LUZ ESPÍRITA
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Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:48 am

PERGUNTA: — Que aconselhais quanto a essa situação, em que se confundem tão facilmente os falsos e os verdadeiros guias?
RAMATIS: — Allan Kardec já esclareceu perfeitamente essa situação no "Livro dos Médiuns".
As suas conclusões sensatas e os seus comentários esclarecedores sobre a natureza, a acção e o objectivo dos espíritos mistificadores, são de molde a instruir qualquer espírita quanto à sua atitude mais certa.
Trata-se de entidades que se aproveitam facilmente do interesse particular, da vaidade ou da ingenuidade dos médiuns presunçosos que desprezam as advertências alheias e as intuições dos seus amigos espirituais.
Geralmente proferem longos discursos e dão exaustivas mensagens sem nexo à conta da alta filosofia espiritualista, e não se pejam de assinalar com o nome de espíritos santificados pelo serviço cristão da Terra.
No intercâmbio com o Além é preciso manter o raciocínio desperto e evitar o sentimentalismo improfícuo, analisando com absoluta isenção de ânimo as lamuriosas mensagens mediúnicas, cujo conteúdo duvidoso seja firmado por nomes pomposos.
A malícia, a má intenção e a leviandade de certos espíritos rondam-vos constantemente.
Não vos aconselhamos a desconfiança descabida para com as recomendações sadias e sensatas que vos oferecem as almas bem intencionadas.
No entanto, não vos esqueçais de que a árvore boa só se conhece pelos seus frutos bons.
Sê-de prudentes e sensatos no intercâmbio com o Além, cujo mundo vibra noutra dimensão e escapa à aferição positiva dos vossos sentidos.
Quando Jesus se referiu à actuação dos espíritos na matéria, recomendou que fôssemos "mansos" como as pombas, mas "prudentes" como as serpentes!
Não é conveniente cultivar-se o intercâmbio com os desencarnados tal como se fazia no passado, no tempo das sibilas, dos oráculos e das vestais, em que tanto os escravos quanto os imperadores ou reis aceitavam submissamente os conselhos mais desconcertantes e as revelações mais tolas atribuídas aos deuses da época.
Não deveis aceitar sem um exame acurado tudo que os espíritos ventilam para a Terra, como se realmente os desencarnados fossem oráculos infalíveis.
Em qualquer campo de actividade e experimentação do espírito, é preciso permanecer acordado para raciocinar e resolver os problemas pelo próprio esforço. Às vezes é mais produtivo o equívoco que depois de corrigido indica o caminho certo, do que a condição de estropiado mendigo à mercê de todos os conselhos alheios, que tanto podem ajudá-lo, como também prejudicá-lo.
O abuso do "guiísmo"1 na seara espírita pode terminar por conduzir os seus adeptos comodistas e sem iniciativas particulares a um fanatismo ridículo e enfermiço.
A vida física tem por função principal desenvolver o raciocínio, a vontade e o entendimento do ser, por cujo motivo as indagações e rogativas em excesso, aos desencarnados, nem sempre encontram o guia disponível e de plantão para dar o conselho certo.
Quase sempre, à espreita da rogativa trivial, há o espírito adverso que se insinua pela brecha vulnerável da negligência humana, semeando aflições aos incautos pedinchões, que supõem o movimento espírita algo parecido a uma cooperativa de consumo.

PERGUNTA: — Como entendermos esse abuso do "guiismo" na seara espírita?
RAMATIS: — A vida terrena é escola de educação espiritual, já o repetimos várias vezes.
O orbe terráqueo também pode ser comparado a um vasto laboratório de ensaios aperfeiçoai-vos, em que o quimismo da boa vontade e da renúncia catalisa no espírito a sua qualidade angélica e desenvolve-lhe o raciocínio para o entendimento consciente do Universo.
E o Espiritismo, inspirado pelo Alto, e de importante influência no século actual, na hora profética dos "tempos chegados", servirá de óptimo roteiro para a ascensão mais breve da alma imperfeita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:48 am

Mas os terrícolas, julgando que a doutrina deve paraninfar as mais absurdas rogativas, ao modo de pródiga "agência de informações", para solver os assuntos mais frívolos, transformam os seus guias em correctores desencarnados, com a obrigação de resolverem-lhes com urgência todos os problemas do mundo de César.
Obviamente, enquanto atrofiam o seu discernimento espiritual pela fuga da experimentação física, isolam-se dos espíritos sensatos e responsáveis pelo seu progresso espiritual, submetendo-se cegamente aos guias.
Em consequência, as entidades galhofeiras e capciosas, que se aproveitam da oportunidade favorável, passam a substituir os guias sensatos e prudentes, influindo sobre os encarnados e pontificando levianamente com respeito a todos os assuntos do mundo material.
As criaturas que não se exercitam nas vicissitudes da vida humana muito menos poderão atender às tarefas difíceis e resolver os problemas complexos que as esperam no além-túmulo.
Lastimavelmente, elas atravessam a vida terrena com a mente enferrujada pelo desuso, anotando sentenças, conselhos e indicações fáceis que as eximam das complicações cotidianas.

PERGUNTA: — Quando os espíritos são evocados com insistência para atender a todas as solicitações prosaicas dos seus admiradores ou pupilos encarnados, porventura se irritam ou se afastam de nós, magoados e decepcionados?
RAMATIS: — Já imaginastes o absurdo que constituiria o facto de parentes e amigos dos administradores ou autoridades públicas os chamarem a todo instante para eles opinarem sobre o tempero favorável à feijoada completa, a escolha do traje mais apropriado para o chá-dançante, ou sobre qual deveria ser a cor mais apropriada para a cera do assoalho de peroba?
Indubitavelmente, esses homens de responsabilidade pública mostrar-se-iam surpresos e até chocados ante tais solicitações tão infantis, só lhes cabendo um recurso:
deixar-vos sem resposta e entregues ao próprio esforço para a resolução de coisas tão triviais.
Os bons espíritos procuram socorrer e orientar os encarnados independentemente de qualquer interesse ou determinação superior — fazem o bem pelo bem, mas devem atender somente àqueles que realmente estão interessados na sua reforma espiritual. Eles não se submetem à função depreciativa de oráculos graciosos ou informantes ridículos das famílias terrenas despreocupadas dos objectivos sérios da vida, e que os evocam com assiduidade para resolver os assuntos mais triviais da vida humana.
Vivem assoberbados com o serviço de protecção aos desencarnados que ainda se debatem em dificuldades no Além, por cujo motivo só empregam o seu precioso tempo nas obras que produzem resultados benéficos e definitivos nas almas atribuladas, enquanto se afastam das consultas imprudentes e fruto da negligência dos encarnados.
Em consequência, os espíritos laboriosos e socorristas não se irritam nem se mostram magoados pelas solicitações absurdas, cómodas e inconvenientes dos seus tutelados da Terra, mas, ao verificarem a inutilidade do seu esforço para elevar-lhes o padrão espiritual, deixam-nos, para orientar e servir a outros mais sensatos.
E, como já vos dissemos anteriormente, a vaga então é preenchida imediatamente pelas Mediunismo
entidades mistificadoras e irresponsáveis que, adoptando nomes pomposos e consagrados pela história religiosa, passam a satisfazer a vaidade, o interesse e os caprichos tolos dos seus consulentes comodistas.
E a situação ainda é mais grave para os encarnados que não visam objectivos sérios no intercâmbio mediúnico, porque os espíritos levianos, gozadores e ociosos, por eles atraídos, em geral se subordinam à vasta organização de génios do mal sediada no astral inferior.
Eles atuam desapercebidamente na vanguarda, anotando os caracteres precários e as deficiências espirituais dos encarnados, para minar-lhes as forças morais através do enfraquecimento da fé na imortalidade da alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:49 am

PERGUNTA: — Desde que a renúncia e o amor são o apanágio das almas angélicas, como é que os espíritos benfeitores e amigos afastam-se de nós, só porque em nossa ignorância espiritual somos tolos e interesseiros no intercâmbio mediúnico?
Quantas vezes, nós, encarnados, toleramos as incongruências, as solicitações interesseiras e absurdas das crianças, e as atendemos em suas indagações tão frívolas, sem as censurarmos?
Que vos parece esta nossa consideração?
RAMATIS: — Os espíritos bons servem desinteressadamente aos seus entes queridos ainda encarnados, ajudando-os a carregar o seu fardo cármico durante a jornada física.
Mas a bondade e o heroísmo não devem incentivar a imprudência de atenderem a todos os interesses dos seus simpatizantes encarnados, pois a própria bondade, para ser útil, na maioria das vezes deve ser amparada pela sabedoria.
Há casos em que os guias, embora contrafeitos no seu sentimento, precisam adoptar providências draconianas contrários seus protegidos e deixá-los à mercê de sua própria experiência dolorosa.
Malgrado se diga que é preferível a bondade sem a sabedoria à sabedoria sem a bondade.
Às vezes bondade pode tornar-se insensata por alimentar a indisciplina ou a confusão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:49 am

CAPÍTULO 30 - O peditório aos amigos do espaço.
PERGUNTA: — Haverá algum perigo em nos entregarmos à orientação de qualquer desencarnado serviçal para solução de nossos problemas particulares, uma vez que confiemos em suas boas intenções?
RAMATIS: — Em singelo exemplo, lembramos-vos que seria bastante insensato e imprudente o santo amoroso, mas inábil que, movido por um sentimento generoso, resolvesse conduzir a fogosa parelha de cavalos atrelada a pesada carruagem repleta de crianças, com o risco de causar trágico acidente pela sua absoluta ignorância no comando do veículo.
Da mesma forma, certos espíritos bons e serviçais, mas inexperientes, transformam-se em procuradores incondicionais dos encarnados, atendendo-lhes toda sorte de imprudências e resolvendo-lhes todos os problemas materiais.
Os homens que se entregam facilmente à orientação de qualquer desencarnado serviçal, sem identificar-lhe a graduação espiritual e conhecer-lhe a competência, podem até perder a dose de bom senso que é peculiar ao ser humano em comum.
Muitos seres surpreendem-se quando, após a sua desencarnação, certificam-se da graduação medíocre de alguns dos seus pseudos guias, que estavam sempre prontos para atender aos pedidos mais absurdos da Terra.

PERGUNTA: — Devemos supor, então, que só os espíritos de graduação elevada podem orientar-nos satisfatoriamente?
RAMATIS: — Alguns espíritos desencarnados e de pouca graduação espiritual ainda permanecem muito ligados às actividades terrenas.
Assim, podem servir-vos com certo êxito nas soluções de alguns problemas adstritos ao mundo carnal, pois infiltram-se com mais facilidade nos ambientes físicos e apercebem-se das intenções dos encarnados.
Deste modo, prevêem alguns acontecimentos e orientam seus inquietos consulentes para realizarem o melhor negócio material; opinam quanto ao noivado da moça casadoira, advertem sobre as amizades inconvenientes à família, indicam o emprego para o rapaz negligente ou aconselham a mudança dos seus pupilos para bairro mais favorável.
No entanto, não resta dúvida de que, neste caso, trata-se de almas bem intencionadas e carinhosas, que tudo fazem por servir e também por melhorar o seu padrão espiritual.
Mas, evidentemente, a sua bondade e a sua ternura se tornam até prejudiciais, porque alimentam a preguiça, o interesse e a cobiça dos terrícolas.
Mas são os próprios encarnados os principais culpados por essa situação em que alguns espíritos bondosos, pacíficos e serviçais ficam presos afectiva e ingenuamente à teia sedutora que lhes estendem da Terra sob o interesse oculto.
Através de rogativas descabidas, a mente encarnada e subvertida pelo interesse enlaça o espírito desencarnado bom e invigilante, transformando-o em um corrector em actividade no mundo astral, convocado a todo instante para suprir a inexaurível mendicância espiritual exercida na matéria.
É acontecimento muito comum nos terreiros de Umbanda, onde muitos frequentadores buscam apenas solucionar as suas tricas particulares, transformando os pretos-velhos e humildes, os caboclos prestativos e os silvícolas ingénuos em seus "escravos psíquicos".
O verbo "pedir" passa a ser empregado sem qualquer cerimónia, disfarçado pelas mais afectadas demonstrações de carinho e gratidão dos encarnados, constituindo verdadeiro suborno espiritual destinado a comover os corações generosos do Além.
Os terrícolas paralíticos da espiritualidade exploram a magnanimidade e a piedade desses espíritos bondosos, sinceros e serviçais para solucionarem desde a transferência do chefe indesejável da repartição, ou a mudança urgente do vizinho ranzinza, até o adjutório para a eleição do político manhoso, que promete "ajudar os pobres", assim que seja eleito.
Aqui, o militar graduado convoca os préstimos do Pai Velho para obter melhor promoção e menos serviço; ali, a senhora balouçante de jóias e de frivolidades roga providências imediatas para o silvícola hercúleo obrigar seu mando a retomar ao lar, embora ela oculte os caprichos, as zangas e os ciúmes que o afastaram; acolá, o filho de Ogum exige que o seu protector movimente o requerimento de aposentadoria prematura no instituto, retido por algum funcionário zeloso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:49 am

Assim, organizam-se trabalhos especiais para se encaminhar um processo em juízo, ou faz-se a evocação urgente do preto-velho para aconselhar a mocinha teimosa e malcriada, ou pede-se então a presença do caboclo rude e sincero para chamar a atenção do caçula birrento e avesso às obrigações escolares.
A falange é chamada às pressas para atender com passes, descargas ou medicamentos-urgentes desde o chefe da casa, vitimado por forte choque hepático em seguida a opíparo banquete de carne de suíno, até à mocinha possessa que, depois de três dias de carnaval frenético, é subjugada por teimoso folião desencarnado que, através de sua mediunidade, ainda tenta festejar o carnaval na quarta-feira de Cinzas.

PERGUNTA: — Mas é censurável o fato de nossos amigos desencarnados ajudarem-nos tanto quanto possível na solução dos problemas e nas vicissitudes de nossa existência?
Porventura Deus exige que na vida física primeiramente tenhamos de sofrer equívocos, para só então merecermos a solução espiritual justa e exacta?
Não se poderia considerar isso um requinte sádico do próprio Criador?
RAMATIS: — Os espíritos desencarnados e de boa índole tudo fazem para ajudar os seus parentes, amigos e admiradores encarnados e os mais heróicos devotam-se em auxiliar os seus próprios desafectos e adversários, praticando o Amor que realmente salva o homem.
Mesmo quando não as evocam nas sessões mediúnicas ou no seio dos lares, essas almas de boas intenções dedicam-se a ajudar aqueles que merecem auxílio nos seus problemas aflitivos.
Mas não é lícito que por isso devam pactuar com a ociosidade, o capricho e o comodismo tão comuns ainda entre os terrícolas irresponsáveis, para só então justificarem o seu afecto de graduação espiritual.
É de senso comum que se os pais não podem afastar os filhos da senda do vício ou dos prazeres perigosos, pelo menos evitam apoiá-los e atendê-los em suas solicitações ilícitas.
Da mesma forma, os espíritos inteligentes não atendem às rogativas que podem anular o discernimento e a livre iniciativa dos encarnados, ou incitá-los à mendicância com os desencarnados mal intencionados.
Conforme diz o conceito, que "a função faz o órgão", é claro que a falta de exercício do raciocínio termina por ofuscar a mente do homem, assim como a fuga de experimentação dos problemas comuns da vida física também cristaliza a acuidade espiritual na escalonada sideral.
Mas Deus não exige que seus filhos primeiramente se equivoquem no trato do mundo material, para só então dar-lhes o apoio ou o discernimento espiritual.
O principal objectivo da experimentação humana, mesmo quando surgem os equívocos, é sempre o de desenvolver no espírito a capacidade de raciocínio e torná-lo conscientemente atilado e receptivo à evocação do Alto.
Os espíritos estóicos enfrentam a existência humana com ânimo e boa vontade, porque reconhecem a necessidade de apurar o seu tom espiritual para a sua mais breve integração à humanidade angélica.
Não nos consta, na história da vida de Jesus, que ele tenha invocado assiduamente os anjos para que lhe resolvessem os assuntos corriqueiros.
A sua rogativa era sempre feita em favor dos deserdados da sorte e nunca em seu próprio benefício.

PERGUNTA: — Quais os recursos ou providências que os guias adoptam para nos ajudar na jornada terrena?
RAMATIS: — Já vo-lo dissemos; os espíritos prudentes e benfeitores procuram despertar as energias superiores de vossa alma, muito antes de só ajudar-vos a acumular fortuna.
Preferem mesmo retardar-vos a saúde física, se isso puder livrar-vos de qualquer excesso ou abuso nocivo à harmonia espiritual.
O seu principal escopo é ajudar-vos a dominar o orgulho, a vaidade, a crueldade, o ódio, a avareza ou a desonestidade, o que infelizmente só o conseguis através das dificuldades materiais ou pelo sofrimento redentor.
Embora esses amigos desencarnados vos amem profundamente, nem por isso devem assumir o papel de "camelô" da espiritualidade, comprometendo-se a descobrir-vos os negócios escusos, as empreitadas desonestas ou facilidades censuráveis.
Malgrado tenham sido às vezes vossos parentes carnais, depois da morte física reconhecem o enorme prejuízo gerado pelo devotamento fanático aos familiares encarnados, quando estes ainda persistam em' abdicar do esforço próprio para exercer um intercâmbio mediúnico puramente interesseiro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:49 am

PERGUNTA: — Consequentemente, os guias não nos podem ajudar na solução dos problemas materiais, mas apenas assistir ao nosso desenvolvimento espiritual e à recuperação moral; não é assim?
RAMATIS: — Os guias nunca vos deixam sem assistência espiritual, seja qual for a necessidade de vossa vida.
Mesmo em relação aos problemas comuns da vida quotidiana, alguém do "lado de cá", sempre vos presta a cooperação desinteressada.
Mas isso é feito através da via-inspirativa ou da sugestão benfeitora, em que vos fica o mérito da boa escolha, de acordo com o vosso discernimento espiritual.
Sob qualquer hipótese, os protectores só vos inspiram nos negócios honestos e nas realizações benfazejas, e afastam propositadamente os seus pupilos das transacções lucrativas, quando disso possam resultar prejuízos materiais ao próximo.
Eles evitam-vos toda vantagem ou conforto da vida carnal, desde que tal coisa possa agravar-vos a dívida cármica com consequente prejuízo para o espírito imortal.
São sempre inescrupulosas as rogativas que alguns católicos, espíritas, umbandistas ou outros religiosos fazem aos seus guias, Orixás ou santos, para que os ajudem a vender objectos defeituosos, coisas desvalorizadas ou efectuar transacções incorrectas, assim como saber quem pode ter surripiado o talher de prata ou ludibriando-lhes no troco.
Os desencarnados sensatos não aceitam, no Além, a função de Investigadores de Polícia à procura dos penduricalhos da matéria.
Quando vos inspiram é para agirdes unicamente no sentido do bem, pois o seu principal escopo é livrar-vos do comprometimento espiritual que mais tarde pode lançar-vos nos charcos pestilentos do mundo astral.

PERGUNTA: — Poderíeis esclarecer-nos melhor quanto à maneira dos nossos guias nos favorecerem espiritualmente, embora sejamos prejudicados materialmente?
RAMATIS: — Suponhamos que desejais vender um automóvel defeituoso e desvalorizado, que impressiona pela sua aparência, mas que só causará prejuízos ao comprador inexperiente.
Então apresentam-se dois homens interessados em sua compra, um deles aceita o veículo pelo preço exorbitante, enquanto o outro oferece importância perfeitamente compatível com o seu exacto valor.
Intimamente, credes que o vosso guia espiritual há de ajudar-vos a realizar o melhor negócio, isto é, em que vendereis o automóvel defeituoso pelo preço mais alto.
No entanto, o vosso protector, interessado na redução do vosso fardo cármico e progresso espiritual, não há de pactuar com o negócio desonesto feito com prejuízo alheio.
Desde que lhe seja possível intervir, ele tudo fará para que o automóvel depreciado seja vendido justamente àquele que oferece o menor preço, porém o mais justo e com menor prejuízo alheio.

PERGUNTA: — Considerando-se que o homem peca ao gerar um pensamento desonesto, porventura ficará isento de culpa espiritual, porque o guia impediu o seu protegido de efectivar uma transacção escusa que já havia deliberado em sã consciência?
A intenção clara de realizar um negócio desonesto não bastaria para um agravo espiritual?
RAMATIS: — Realmente, o homem comete pecado só em emitir um pensamento ruinoso.
Mas é evidente que o espírito que projecta negócios ilícitos já é naturalmente de índole pecadora, quer ele execute ou não a transacção desonesta.
A sua deficiência espiritual não se comprova unicamente porque ele pensa ou tenta negócios desonestos.
Isso é fruto natural do seu temperamento, do seu grau psíquico, de sua índole psicológica, que então o induzem a proceder de modo irregular.
Mas se o guia evita que o seu pupilo pratique qualquer acção ilícita, ele também o livra de sofrer a colheita danosa no futuro.
O pensamento ruinoso traz prejuízos e estigmatiza espiritualmente o seu próprio autor, mas só depois de materializado é que então exige a reparação total do prejuízo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:49 am

CAPÍTULO 31 - As influências obsessivas sobre os médiuns e suas consequências.
PERGUNTA: — Certos candidatos a médium e adeptos do Espiritismo queixam-se de que não podem dominar o seu torpor visual assim que procuram estudar ou ler as obras espíritas.
Acreditam mesmo que são espíritos atrasados ou malévolos que procuram impedi-los no seu desenvolvimento mediúnico e no seu progresso espiritual.
Há fundamento em tais alegações?
RAMATIS: — Achamos algo estranho que essas criaturas sintam as pálpebras pesadas quando lêem obras espíritas e, em geral, nada lhes suceda de incómodo ou inoportuno assim que se devotam à leitura de novelas fúteis, romances quilométricos, revistas tolas ou dramalhões lamuriosos.
Se elas manifestassem o mesmo interesse, prazer e devotamento para com as obras de esclarecimento espiritual, cremos que nenhuma força oculta ou sugestão inferior seria capaz de cansar-lhes os olhos ou entorpecer-lhes o cérebro.
Supondo-se, no entanto, que elas não possam realmente vencer de qualquer modo essa má influência que as perturba durante a leitura espiritual construtiva, é aconselhável que se submetam a um tratamento urgente psíquico, porquanto se trata então de criaturas obsidiadas e que abdicaram de sua vontade.
Em muitos casos elas não têm interesse pela valiosidade dos ensinamentos da vida imortal, principalmente quando são criaturas que já se condicionaram às leituras fúteis, às histórias de quadrinhos e às novelas melodramáticas, que são verdadeiros desestímulos para a leitura de obras de profundidade espiritual.
São devotos das verborragias sentimentalistas que lhes dispensam o esforço do raciocino e servem de "mata-tempo".
Assim, evitam o livro sério, útil e sensato, em que a pessoa quando lê também deve pensar.
Displicentes para consigo mesmas, algumas delas lançam a culpa de sua preguiça mental sobre espíritos desencarnados que, sem dúvida, devem perturbá-las mesmo, assim que se devotam à leitura superior.
Deste modo, o médium fica aguardando o dia miraculoso em que provavelmente há de eclodir a jacto a sua mediunidade, enquanto o adepto espírita aguarda a sua angelização instantânea, sem necessidade de manusear qualquer obra espiritualista ou devotar-se a leituras mais edificantes.

PERGUNTA: — Algumas pessoas que costumam dormir nas sessões espíritas, por não resistirem em vigília ao tempo normal do trabalho mediúnico ou da oratória, alegam que por mais que se esforcem não conseguem manter-se despertas.
Que dizeis sobre isso?
RAMATIS: — Embora reconheçamos que no transe sonambúlico o corpo físico adormece profundamente, enquanto o espírito do médium pode distanciar-se bastante para exercer algum serviço espiritual, isso não é tão comum naqueles que ressonam à larga durante os trabalhos espíritas.
Em verdade, o que mantém a criatura desperta durante conferências, leituras, trabalhos mediúnicos ou doutrinários nos centros espíritas é sempre o interesse espontâneo causado pelo desejo sincero de aperfeiçoamento espiritual.
Em geral, os que dormem facilmente nas sessões mediúnicas e se cansam nas reuniões evangélicas muito raramente adormecem durante o futebol, o turfe, a irradiação da novela xaroposa e mesmo no cinema, malgrado projectar-se péssimo filme.
Há criaturas que dormem nas igrejas católicas, no templo protestante e nas instituições culturais, assim que o sacerdote empunha o Evangelho para a leitura de praxe, o pastor abre a Bíblia para o comentário do dia ou o conferencista aborda o tema instrutivo de sua palestra.
É evidente que só dormem nos ambientes religiosos ou espíritas as criaturas muito cansadas por um labor excessivo durante o dia e os que realmente não se preocupam nem se interessam por aquilo que ouvem ou de que participam.
Os frequentadores dorminhocos dos ambientes espíritas, ou os que adormecem durante as leituras espiritualistas, comprovam obviamente que não estão se interessando pelo assunto em foco, pois se se interessassem ficariam despertos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:50 am

PERGUNTA: — Alguns confrades explicam que, durante esse sono intempestivo, os dorminhocos costumam doar fluidos em favor dos enfermos situados à distância.
É assim mesmo?
RAMATIS: — Trata-se de acontecimento muito raro.
Cremos que só em casos excepcionais os espíritos de responsabilidade extraem fluidos de pessoas sonolentas nas sessões espíritas para atender enfermos à distância, pois eles não costumam violentar ou vampirizar as criaturas que dormem displicentemente e que não estão participando em vigília dos fenómenos caritativos.
Não agrada a tais espíritos fazer a caridade sem o consentimento do dono dos fluidos, que é o menos interessado no caso.
O motor que produz fluidos benfeitores ao próximo deve ser movido pela vontade daquele que deseja servir.
A caridade só é plausível quando o seu agente também oferta algo de si, consciente e espontaneamente, impregnando a sua acção com o calor do seu coração, porquanto o céu não se conquista através de procuração alheia e nem comodamente adormecido. Sem dúvida, a extracção indébita de fluidos daqueles que dormem nos ambientes espiríticos, na verdade, não passaria de censurável vampirismo, embora praticada pelos espíritos benfeitores e destinada a fins úteis.

PERGUNTA: — Conhecemos alguns trabalhos de intercâmbio mediúnico especializado, em que os espíritos obsessores são afastados compulsoriamente de junto dos seus obsidiados e impedidos de agir malignamente.
Certos espiritualistas afirmam que é de salutar eficiência esse tipo de trabalho de terreiro, em que os espíritos atormentadores são tolhidos em sua acção nefasta sobre suas vítimas encarnadas.
Que dizeis?
RAMATIS: — Inúmeras vezes os instrutores espirituais têm vos advertido de que a singela providência de afastar as moscas das feridas não é suficiente para estas serem curadas.
Da mesma forma, o afastamento forçado do obsessor de junto de sua vítima obsidiada também não soluciona certos problemas psíquicos dolorosos, que há muitos séculos se enraízam devido à crueldade e vingança de ambas as partes.
Essa providência draconiana é bem semelhante ao efeito da injecção violenta — enquanto persiste a sua acção no organismo físico, há cura aparente e contemporiza-se o sintoma doloroso, — mas isso não é a remoção da causa oculta da enfermidade.
O obsessor afastado violentamente de junto do obsidiado apenas aguarda o ensejo oportuno para retomar ainda mais enfurecido sobre a vítima e continuar a sua vingança odiosa.
Certos espíritos vingativos, astutos e maquiavélicos, fingem aderir às imposições violentas que os forçam a deixar suas vítimas cármicas, mas depois vigiam-nas incessantemente, espreitando o momento de feri-las de modo a as aniquilarem sem qualquer probabilidade de recuperação.
Muitas vezes já se manifesta entre os encarnados o júbilo decorrente da conversão e do arrependimento lacrimoso do obsessor que foi afastado pelo caboclo de Ogum ou de Oxóssi, quando ele então faz desabar o seu derradeiro ataque e logra a sua vingança homicida.
Aqui, lança o velho desafecto sob as rodas do veículo pesado; ali, invalida a vítima para o resto da existência no acidente inevitável; acolá, fere-a fundamente no afecto mais querido ou destrói-lhe os bens terrenos.
Não se soluciona o problema da obsessão pelo simples afastamento dos espíritos obsessores, nem impedindo-os de se aproximarem de suas vítimas.
Esse recurso intempestivo não liquida a responsabilidade cármica e recíproca, em que ambos, vítima e algoz, encontram-se enleados na rede de ódios e desforras cruéis.
Esse recurso apenas resolve temporariamente o problema, mas não o soluciona.
Persistindo o ódio, como a causa da enfermidade espiritual, sem dúvida retoma o perseguidor, assim como as moscas regressam sobre a ferida mal cheirosa.
Só a conversão simultânea do obsessor e do obsidiado é que realmente proporciona a solução espiritual que a violência e a força nunca poderão resolver.
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Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:50 am

PERGUNTA: — Temos defrontado casos tão impiedosos por parte de espíritos obsessores tão cruéis, sobre suas vítimas, que achamos algo razoável o emprego da força e da disciplina férrea com que os silvícolas dominam violentamente essas vontades maldosas e tão destrutivas.
RAMATIS: — Não nos consta que Buda, Crisna, Rama Crisna, Maharishi, Ghandi, Vicente de Paula, Francisco de Assis e principalmente Jesus, espíritos que renunciaram as gloríolas terrenas para se devotar ao bem do próximo, tenham sido vítimas das entidades obsessoras sediadas no mundo oculto.
Allan Kardec, a nosso ver, foi uma das criaturas que mais lidaram com os espíritos de todos os matizes e graus espirituais, enquanto também enfrentava a campanha difamante do Clero e dos pseudos cientistas da época.
No entanto, nenhum espírito desencarnado malévolo e cruel conseguiu atacar o codificador do Espiritismo, ou firmar as bases para quaisquer empreendimentos obsessivos.
De acordo com os princípios justos da Lei do Carma, a interferência de espíritos cruéis e enfurecidos tentando obsidiar os encarnados não é acontecimento acidental ou proceder injusto, mas apenas o efeito de alguma causa infeliz ou trágica do passado.
Foi o próprio obsidiado que engendrou as consequências dolorosas que depois vem a sofrer.
Ele também feriu ou traiu aquele que o persegue.
A lei rectificadora de tais casos, Jesus a enunciou claramente, quando advertia que "quem com ferro fere com ferro será ferido", ou seja, o equivalente ao próprio adágio terrícola, de "quem semeia ventos colhe tempestades".
Não há injustiças no mecanismo ordeiro da evolução espiritual criada por Deus; ninguém será perseguido, maltratado ou enganado, salvo por sua própria imprudência ou culpa pregressa.

PERGUNTA: — Como dominar esse tigre furioso e rebelde a qualquer providência amorosa?
RAMATIS: — Malgrado compareis o obsessor cruel ao tigre feroz e refractário à linguagem amorosa, não tenhais dúvida de que sua vítima é a principal culpada de atraí-lo à sua presença, em face dos prejuízos que também o fez sofrer no passado.
Mesmo as feras pressentem a criatura inofensiva e amorosa, pois, enquanto alguns homens têm sido sacrificados entre os animais, outros há que nunca foram picados por abelhas, répteis ou insectos venenosos, nem mordidos por cães, escoiceados por cavalos ou feridos por outros animais.
Francisco de Assis, no seu imenso amor, exortava as aves e as feras, fazendo imorredoura amizade com o lobo feroz.
Jesus estendia suas mãos sobre as serpentes e elas se enrodilhavam enlanguescidas pelo seu magnetismo sublime.
Ramana Maharishi, quando jovem, entregava-se aos seus êxtases, enquanto aranhas subiam-lhe pelo rosto e as feras lambiam-lhe as mãos, participando também de suas refeições.
O castigo ou a prisão não apagam as chamas do ódio que alimentam os espíritos em mútuo processo obsessivo, onde um deles leva a vantagem de operar do Invisível.
Só há um recurso ou solução — o amor pregado pelo Cristo, e que converte até as feras.
O espírito perseguidor e cruel é apenas o credor que regressa para cobrar suas dívidas, exigindo os juros escorchantes da chantagem de que foi vítima no passado.
Infelizmente, mesmo entre alguns espíritas estudiosos da doutrina, ainda se alimenta odiosa animosidade para com o obsessor sediado no Além, enquanto se procura ignorar o ódio, a irascibilidade e a blasfémia da própria vítima, que assim tenta ignorar suas culpas pregressas.
A família do obsidiado tenta liquidar o problema aflitivo e incómodo a qualquer preço e modo.
Para isso, move terra e céus com o fito de afastar o obsessor ou, se possível, liquidá-lo.
Raramente os prejudicados reconhecem os gritos de ódio, os propósitos de vingança e o desespero espiritual que vai na alma daquele que foi a vítima de ontem.
Poucos se dispõem a conquistar o coração daquele que o persegue, pois tentam ignorar suas culpas pregressas e fugir á responsabilidade cármica.
Até que os laços atados pelo ódio sejam desatados pelos sentimentos sublimes do amor e da ternura crística, o problema obsessivo continuará insolúvel, prolongando-se reciprocamente por outras existências futuras e na erraticidade do Espaço, sob a condenável perda de tempo, em que se retarda tanto a ventura espiritual do obsessor como a do obsidiado.
É inútil afastar com violência os obsessores, caso suas vítimas ainda não passem de ímãs vivos, cuja vibração odiosa insiste em atrair os seus perseguidores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 9:50 am

CAPÍTULO 32 - Considerações sobre o desenvolvimento mediúnico.
PERGUNTA: — Alguns médiuns queixam-se do seu insucesso quando desenvolviam a mediunidade nas mesas kardecistas, alegando que se desenvolveram rapidamente assim que passaram a frequentar os terreiros.
Que dizeis a isso?
RAMATIS: — Embora respeitando o método de desenvolvimento mediúnico nos terreiros, que é bastante diferente e até oposto ao que se processa na área do Espiritismo codificado por Allan Kardec, devemos dizer que em ambos os casos o êxito não depende de maior ou menor desembaraço ou agitação física, mas sim é dependente do conteúdo espiritual superior que o médium kardecista ou o "cavalo" de Umbanda tenham podido acumular e consolidar no seu espírito.
A mediunidade, e principalmente a de prova, não é um dom concedido pelo Alto para ser aproveitado de qualquer modo e a qualquer preço, com o fito de "salvação" urgente da humanidade terrena.
Ela é um recurso, ou seja, um acréscimo divino concedido prematuramente para a melhoria espiritual do próprio candidato a médium, geralmente bastante endividado pelas suas imprudências do pretérito.
Em consequência, o que importa não é a quantidade do tempo que ele precisa despender para o seu desenvolvimento, mas é a qualidade espiritual aprimorada, conseguida durante o exercício ou o comparecimento à sessão mediúnica.
Que vale um desenvolvimento mediúnico rápido e fenoménico, se o médium ainda nada possui de útil e bom para ofertar ao próximo?
Porventura, não seria insensatez oferecer-se uma taça vazia àquele que agoniza de sede?
Desde que a faculdade mediúnica não é banho miraculoso capaz de transformar instantaneamente o seu portador num sábio ou num santo, mas sim uma hipersensibilidade perispiritual prematura nos médiuns em prova, ela deve ser desenvolvida em perfeita concomitância com a recuperação espiritual do seu próprio agente, pois ele é o mais necessitado e também é aquele que pode ser o mais beneficiado.
Como o desenvolvimento mediúnico não consiste numa série de movimentos rítmicos, algo parecidos à ginástica física muscular, o candidato a médium encontra no ambiente de trabalho espirítico a oportunidade valiosa de apurar os seus atributos angélicos, muito antes de tomar-se um intermediário fenoménico dos espíritos desencarnados.
Na sua frequência assídua à sessão mediúnica e ante a influência benfeitora da oração e dos ensinamentos evangélicos, ele terá ensejo de dominar muitos impulsos viciosos e moderar os sentimentos irascíveis e indisciplinados.
Comprovando a imortalidade da alma, através dos espíritos comunicantes, também elevará o seu tom psíquico, dinamizando sua fé nos propósitos da vida espiritual.
No serviço de irradiação aos enfermos o médium activa as próprias células cerebrais, enquanto desenvolve melhor o senso crítico e ajuizamento no julgar as coisas ao defrontar-se com os motivos de angústia e de perturbação dos espíritos sofredores, que são alvo dos esclarecimentos benfeitores do doutrinador.

PERGUNTA: — Mas não é louvável a ansiedade de todo médium em comunicar o mais breve possível o pensamento dos espíritos desencarnados, a fim de cumprir o seu dever espiritual e fortalecer-se sob a protecção do guia para enfrentar os óbices da vida humana?
RAMATIS: — Embora sem comunicar directamente o pensamento dos espíritos dos falecidos, ele há de incorporar inúmeros valores no seu acanhado património espiritual, muito antes da aflitiva ideia fixa de ser médium para receber o guia ou "fazer a caridade", à guisa de académico diplomado para exercer determinada profissão no mundo profano.
Junto à mesa kardecista, o aspirante a médium não desfruta só do seu desenvolvimento mediúnico; ele também afina o seu sentimento fraterno em favor dos necessitados, assim como conquista novas amizades benfeitoras, tomando a mente receptiva aos conhecimentos técnicos sobre a mediunidade e aos princípios salutares da doutrina espírita.
Mesmo antes de exercer o seu mandato mediúnico, ele desembaraça a língua na cooperação ao doutrinador da noite e apura o seu juízo no entendimento psicológico da vida, para servir tanto aos "mortos" como aos "vivos".
Esperançoso de que a sua mediunidade há de eclodir dum momento para outro, o candidato então persevera pacientemente na frequência assídua à sessão mediúnica.
Deste modo, aproveita centenas de horas exercendo actividade benfeitora e em atitude louvável, evitando consumi-las no jogo vicioso, no anedotário indecente, na palestra fútil, na crítica injusta, na discussão política ou no despeito desportivo, e que sempre deixam na alma os resíduos tóxicos psíquicos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:11 am

Evita, assim, a ingestão de alcoólicos, protela a tirania do cigarro, vence a ociosidade mental e não desperdiça o tempo precioso à escuta da novela radiofónica xaroposa ou então na leitura da revista barata e lacrimosa.
Acontece, infelizmente, que o futuro candidato a médium, ainda inconsciente das virtudes e dos atributos superiores que já incorporava aos poucos em seu património espiritual e graças à demora do seu desenvolvimento mediúnico, deixa-se dominar pela impaciência e abandona o banco de sua escola espiritual preliminar, decidido a promover a eclosão miraculosa de sua faculdade, embora seja activada por estímulos inoportunos e fora de tempo.
Confundindo, de início, aprimoramento psíquico com dinamismo muscular ou espasmo físico, ele já se acredita senhor absoluto do poder medianímico, passando a solver os problemas dificultosos alheios muito antes de conseguir o seu próprio equilíbrio espiritual.
Eufórico pela manifestação fenoménica que se processa à periferia do seu corpo carnal, confiante em que o seu provável guia doravante lhe fornecerá, sem o menor esforço, tudo o que lhe requisitar, descura-se então do estudo, da pesquisa e de sua própria recuperação espiritual.
Paradoxalmente, mais tarde faltar-lhe-á o tempo para atender à sua própria penúria no imo da alma, ante a multiplicidade de problemas que se põe a resolver junto de criaturas por vezes mais ricas de conhecimentos do que ele.
Algumas vezes o médium pseudamente desenvolvido é um indivíduo que mal se livrou de incómoda fascinação do Além-Túmulo, quando não se trata apenas de um portador de neurose crónica à conta de mediunidade diagnosticada por outro médium incipiente.
Então, aos primeiros pruridos na sua organização psíco-física, ele põe-se a receitar e a distribuir passes fora do ambiente onde mal se reajusta, e que logo abandona zangado com as advertências prudentes dos seus companheiros mais experientes.
Há os que, embora ainda exsudem fluidos enfermos por todos os poros e incapazes de atender às necessidades imprescindíveis de sua própria família, atiram-se aflitos e afoitos ao trabalho mediúnico para o qual ainda não possuem credenciais nem se encontram devidamente preparados, a fim de cumprir a "todo pano" a missão espiritual de que se supõem seriamente investidos.

PERGUNTA: — Sabemos de alguns confrades que viviam accionados por espíritos cuja actuação ainda mais se agravava nos dias determinados para os trabalhos mediúnicos.
No entanto, assim que eles se assentavam junto à mesa kardecista, para o devido desenvolvimento, a influência do Além cessava-lhes instantaneamente.
Porventura não seria justo que eles tentassem o seu desenvolvimento em outro ambiente ou mesmo sob métodos diferentes, mas capazes de ajudá-los à mais breve eclosão de sua faculdade?
RAMATIS: — Os guias, certas vezes, costumam apelar para os irmãos menores, ou seja, espíritos de fluidos mais espessos e constritivos, que então projectam periodicamente certa carga fluídica aflitiva e constritiva nos seus pupilos encarnados e desinteressados das coisas espirituais.
Estes, assim que são alvo dessas cargas fluídicas incomodativas, põem-se em campo à procura de lenitivo, desconfiados de sofrer algo detestável ou perigoso na sua rede nervosa.
Inquietos e aflitos, efectuam a tradicional "via sacra" pelos consultórios médicos, sem lograr resultados proveitosos, coleccionando os mais exóticos diagnósticos e entregando-se à ingestão de tóxicos medicamentosos a granel.
Visitam abalizados psiquiatras e neurologistas, submetem-se à psicanálise ou narcoanálise, passam por toda sorte de radiografias e exames de laboratórios, sem conseguir solucionar o seu problema tão incomum e complicado.
Alguns amigos mais afins os advertem de que se trata de algum problema psíquico, talvez a eclosão de mediunidade, e sugerem-lhes o recurso ao Espiritismo.
Mas o credo, a convicção ateísta ou o diploma académico os impedem, por vezes, de solicitar os préstimos tão humildes dos médiuns espíritas.
Finalmente, depois do cansaço físico e dos gastos vultosos, o paciente aceita o indesejável diagnóstico de que pode ser um médium em potencial e precisa desenvolver-se na sessão espírita, a fim de livrar-se dos fluidos agressivos que o põem enfermo e desesperado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:11 am

Então o guia, que planejara situar seu pupilo negligente, sarcástico e ateísta, no ambiente espiritista, tudo faz para encaminhá-lo às obras fundamentais da doutrina e desenvolver-lhe propósitos espirituais mais sadios para o seu melhor aproveitamento da existência física. Depois que verifica a presença assídua do seu tutelado aos trabalhos mediúnicos para obter a cura psíquica, onde há de receber esclarecimentos úteis para o seu espírito embrutecido, suspende-lhe as cargas fluídicas coercivas e periódicas, que o forçavam a procurar o ambiente espírita enfraquecendo-lhe a orgulhosa convicção ateísta.
No entanto, o pupilo recuperado em sua saúde e livre do "peso" e da "angústia" nervosa que o acometiam antes, desaparece das sessões mediúnicas e das reuniões evangélicas, retomando à antiga situação improdutiva e indolente.
Não tarda, pois, a esquecer o seu velho caso doloroso, alegando entre os amigos que fora vítima de alguma alucinação nervosa ou neurose acidental, cuja manifestação mórbida teria desaparecido graças aos efeitos retardatários dos medicamentos prescritos pelos médicos.
Mas o seu guia está atento.
Eis que o tutelado irresponsável não tarda a sentir novamente o mesmo fenómeno estranho e incomodativo, a mesma angústia e descontrole psíquico anterior; reaparecem-lhe as cargas fluídicas agressivas que o obrigam a frequentar, outra vez, o mesmo círculo de amizade espírita ou submeter-se à disciplina do desenvolvimento mediúnico que já o aliviara.
Ignora ele que, ao fugir do ambiente doutrinário, que atendia à sua carência espiritual, passou a sofrer da mesma carga fluídica coerciva das entidades mais rudes a serviço do seu guia.
E, para que ele continue a frequentar regularmente o centro espírita onde hauria conhecimentos e apurava o seu sentimento embrutecido, essa actuação mais forte e agressiva regista-se justamente no próprio dia do trabalho mediúnico.
Mas acontece que alguns desses candidatos bastante inconscientes de suas próprias necessidades espirituais e aflitos por se libertarem o mais cedo possível do incómodo psíquico, lançam-se à procura de ambientes ou de trabalhos que os desenvolvam às pressas, embora eles ainda engatinhem em espírito.
Ignorando que a sua própria recuperação espiritual é mais importante do que os poderes medianímicos em sua manifestação fenoménica, o inquieto candidato a médium passa a confundir trejeitos físicos incontroláveis com aprimoramento mediúnico, em oposição ao programa superior delineado pelo seu guia.
Sem dúvida, o generoso mentor espiritual não logra outra saída que a de deixar seu pupilo actuando no ambiente que ele considera mais simpático e favorável para si, no qual só lhe interessam o êxito da fenomenologia mediúnica e a libertação mais breve do seu incómodo psíquico.
Malgrado não seja essa a solução desejada pelo guia para o seu versátil tutelado, ele prefere vê-lo situado em ambiente de menor aproveitamento espiritual, mas que o livra, por algum tempo, da sua actuação viciosa e censurável no mundo profano.

PERGUNTA: — Suponhamos que o médium frequente um ambiente espírita kardecista atrasado, em que os seus dirigentes sejam incultos, negligentes e demasiadamente ortodoxos, e onde o seu desenvolvimento estaciona por falta de novos estímulos.
Não deve esse médium procurar outro meio mais favorável para lograr o seu objectivo?
RAMATIS: — O progresso da faculdade mediúnica, já o dissemos, é fruto do esforço próprio, da perseverança e da tenacidade.
O médium estudioso, pesquisador incansável dos preceitos superiores da vida imortal, é interessado em todos os esforços educativos da Ciência e da Filosofia do mundo, não tarda em superar o ambiente acanhado de que participa, tomando-se elemento útil e sábio que, invertendo os papéis, passa a esclarecer os próprios companheiros mais ignorantes.
O esclarecimento da razão e o aprimoramento espiritual são tarefas tanto de médiuns, doutrinadores e dirigentes, como também de adeptos espíritas.
Os que ficarem na dependência do progresso dos companheiros, aguardando comodamente a colaboração alheia e o esclarecimento mecânico de fora, não há dúvida de que terminarão cristalizados sob condenável estagnação espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:11 am

O próprio Jesus efectuou convite aos seus discípulos para que tomassem de suas cruzes e o seguissem, mas não os arrastou com o fito de angelizá-los fora de tempo e violentar-lhes a ascese espiritual.
E o médium que se descura de sua urgente renovação interior e do seu aprimoramento intelectivo estaciona improdutivamente nas comunicações mediúnicas mais chãs e batidíssimas, desinteressando o próprio público no ambiente onde pontifica tão mediocremente.
E, quando percebe que já não o lisonjeiam nem atribuem qualquer importância às suas mensagens, revelações rotineiras e insossas, muda-se para outro ambiente à procura de "corrente mais afim", ou onde lhe prestem a homenagem digna de sua "missão sacrificial" no mundo.
Sem dúvida, ele confunde sua pobreza espiritual com a deficiência do meio onde atua, atribuindo a sua própria estagnação espiritual à falta de conhecimento do comando superior por parte dos seus confrades.
Todos os trabalhadores da seara espírita precisam instruir-se de modo eficiente.
Mas para isso, não basta ler e reler exclusivamente as obras espíritas e dispor-se a enfrentar um público cada vez mais ávido de conhecimentos evolutivos em todos os sectores da vida humana.
Inúmeras fontes educativas espiritualistas e muitas obras que tratam das últimas conquistas da Ciência, Filosofia e Psicologia ajudam o espírita a disciplinar sua mente, ajuizar seus impulsos ocultos que se projectam do subconsciente na tentativa de escravizar a alma às suas investidas inferiores.

PERGUNTA: — É contraproducente a ansiedade de quase todos os médiuns neófitos em receber logo o seu guia, a fim de participar proveitosamente no serviço da caridade espirita?
Não é a receita mediúnica, o passe espírita ou a revelação dos desencarnados a característica básica de médium desenvolvido?
RAMATIS: — Somos de parecer que a manifestação súbita do espírito-guia não é suficiente para despertar no médium os tesouros de amor que porventura ele ainda não tenha revelado no trato cotidiano com o próximo.
O sentimento caridoso, que faz participar e sofrer pela desdita alheia, não pode ser despertado ou merecer a assistência das almas excelsas se a própria criatura desejosa de fazer o bem não se esforça para despertar em si mesma o prazer de servir e amar.
Caridade, em sua essência absoluta, é a emoção estética amorosa da alma angelizada; é sensibilidade espiritual fruto natural do grau evolutivo do ser, que então produz o bem pelo exercício espontâneo do próprio bem, mas absolutamente isento de qualquer interesse pessoal e mesmo da própria ansiedade utilitarista de alcançar o céu. Francisco de Assis, Vicente de Paula, Paulo de Tarso, Buda, Gandhi e o Amado Jesus, assim como determinados apóstolos e cristãos massacrados, provaram realmente a grandiosidade do sentimento de caridade, pois não só viveram entregues ao serviço do amor ao próximo, como também se sacrificaram em holocausto heróico sem qualquer preocupação de lucro espiritual.

PERGUNTA: — Cremos, no entanto, que o desejo de fazer o bem e ser útil ao próximo, como objectivo esperançoso dos médiuns em desenvolvimento, é sempre intenção louvável e estímulo para o futuro serviço de caridade; não é assim?
RAMATIS: — Mas é evidente que esse sentimento de caridade deve ser permanente no indivíduo e manifestado como um estado natural da alma que dispense qualquer clima religioso ou ambiente espiritista para ser praticado, e sem depender de quaisquer influências exteriores.
Será de pouca valia a febre dos médiuns em fazer a caridade no receituário mediúnico distribuindo passes, recebendo desencarnados sofredores ou devotando-se às campanhas filantrópicas, se depois fracassarem nos actos e nas coisas mais simples.
Muitas vezes, no trajecto entre o lar e o centro espírita onde pretendem fazer benefícios ao próximo, há médiuns que deixam de cumprir os actos mais singelos de amor ao próximo.
Aqui, faltam com a caridade amistosa para com o amigo de infância empobrecido e viciado, que à distância os fitou receoso como o cão surrado; ali, são rudes para com o condutor de veículo colectivo que, exausto e neurasténico, demorou no troco ou estacionou além do ponto indicado; acolá, acoimam de gatuno o merceeiro que se equivocou no peso, ou censuram o vagabundo ou o embriagado que o Alto lhes situou no caminho para experimentar-lhes a temperatura do coração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:12 am

Esse descaridoso espírito de crítica vai desde a censura contra os frequentadores de bares, as prostitutas infelizes e os mendigos que exploram a caridade pública, até às acusações levianas de peculato aos servidores públicos ou críticas acerbas às instituições religiosas adversas.
À espera do ônibus ou do elevador, os candidatos à prestação da caridade protestam vivamente contra o aumento injusto do pão, do leite, da carne e as negociatas censuráveis dos açambarcadores do povo.
Mas não deixam de desperdiçar dinheiro em cigarros, alcoólicos ou futilidades dispensáveis na vida humana, vícios que, se forem abandonados, beneficiarão até a saúde orgânica.
Há longas discussões com o fornecedor que altera o preço do azeite, do queijo ou do feijão, mas cessam todos os protestos diante do ourives que anuncia o custo astronómico da pedra preciosa destinada a ornamentar a vaidade humana.
Sem dúvida, justificam-se a crítica sadia e o protesto justo contra o império do roubo, do crime e da corrupção administrativa, assim como a censura pela indiferença das autoridades com relação ao problema do menor abandonado, da juventude transviada ou da mulher desamparada.
Mas, em nosso caso, referimo-nos especialmente àqueles que, assumindo graves responsabilidades no ambiente espírita e ensejando o desenvolvimento mediúnico para servir ao próximo, contradizem-se com frequência e alternam os "momentos caridosos" com outros "momentos descaridosos".
Isso não os ajuda a conseguir os bons fluidos nem apurá-los para o passe espírita, para a irradiação aos enfermos e fluidificação da água curadora, pois, ao se movimentarem pela vida em comum, contaminam-se facilmente com os tóxicos gerados pela intolerância, cólera, maledicência, irritação ou pelo desamor ao próximo.

PERGUNTA: — Há fundamento na afirmação de certos doutrinadores espíritas de que os médiuns na fase do seu desenvolvimento, e que ainda não receberam seus guias, conservam suas auras sujas dos maus fluidos dos espíritos sofredores?
RAMATIS — Nos bons trabalhos mediúnicos os espíritos perturbados ou sofredores baixam sob o controle e os cuidados do guia da casa.
E, quando se retiram do equipo mediúnico, os técnicos do "lado de cá" higienizam-lhes o perispírito e procuram dissolver-lhes quaisquer fluidos ou miasma ali deixados.
Evidentemente, o que mais suja a aura dos encarnados ainda é o depósito de fluidos deletérios alimentados pelos vícios, pelos pensamentos obscenos, coléricos ou maledicentes, que depois cimentam as bases para as entidades malfeitoras concretizarem os seus propósitos perniciosos no mundo físico.
O espírito sofredor pode causar mal-estar e macular o perispírito do médium na hora de sua comunicação, mas as infiltrações e interferências pervertidas, que se manifestam pela mente indisciplinada ou pelos desejos impuros, passam a se constituir em manchas lodosas definitivas, que dificilmente se desintegram em quem as produziu.
Jesus esteve em contacto com nossas mazelas e fluidos torturados do orbe terráqueo, mas nem por isso ele desafinizou-se com a natureza sublime do Espírito Santo, que lhe orientava os passos no mundo e lhe nutria o espírito com as energias do Alto.

PERGUNTA: — Quais os factores mais eficientes para auxiliarem o desenvolvimento dos médiuns nos trabalhos espíritas kardecistas?
RAMATIS: — Desde que o desenvolvimento mediúnico não é ginástica física, como já dissemos, e seu êxito depende muitíssimo do apuro do intelecto e do sentimento do médium, é evidente que, além do treino disciplinado junto à mesa espírita, o candidato a médium deve procurar incessantemente o seu esclarecimento espiritual.
É tempo de extinguir-se o velho tabu de que não tem importância o médium' ser analfabeto, desde que ele seja humilde e de boas intenções.
Sem dúvida, há casos em que a mediunidade floresce com desusado sucesso em certas criaturas incultas e humildes, capazes de cumprir louvavelmente o seu mandato mediúnico, porque não se afastam de modo algum da prática evangélica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:12 am

No entanto, o médium que, além de possuir bons sentimentos e alimentar propósitos superiores na sua tarefa mediúnica, ainda for estudioso da doutrina espírita e culto no trato com outras fontes de educação espiritual do mundo, certamente há de converter mais facilmente o próximo, quer pela sua humildade afectuosa, quer pela argumentação intelectual superior.
Nas palestras, conferências, estudos e comunicações mediúnicas no seio espirítico, os seus responsáveis devem exigir um padrão de conhecimento e cultura que não empobreça a divulgação dos postulados doutrinários em público.

PERGUNTA: — Que dizeis sobre a formação de escolas para a orientação e o desenvolvimento disciplinado de médiuns?
Há quem censure qualquer movimento ou pragmática no seio do Espiritismo, capaz de roubar a espontaneidade mediúnica e artificializar-lhe a prática.
RAMATIS: — Infelizmente, ainda predomina entre muitos espíritas um sistematismo cabeçudo por parte dos médiuns e dirigentes de sessões, que confundem a sua ortodoxia enfermiça com a linhagem iniciática da doutrina.
Em sua ignorância, bastante generalizada, eles defendem a rectidão, a imutabilidade e a disciplina das leis que Deus criou para reger os fenómenos da vida em toda sua manifestação no Cosmo e, paradoxalmente, exigem a incúria, o empirismo, a indisciplina e a surpresa para o desenvolvimento da faculdade mediúnica.
Se a própria flor, que se supõe abrir-se espontaneamente à luz do Sol, é acontecimento resultante de milhares de processos e reacções técnicas disciplinadas por leis inteligentes, que lhe regem desde o eclodir da semente até o quimismo da cor, por que a mediunidade, que é faculdade complexa de relação entre o mundo espiritual e a matéria, deve prescindir de qualquer roteiro científico, educativo ou técnico?
Obviamente, ela exige tratamento e controle científico tão eficaz quanto qualquer outra manifestação da vida oculta, uma vez que também se subordina a leis inteligentes e definitivas, que não podem ser contrariadas pela vontade humana.
Além do seu treino psíquico e de sua garantia evangélica, o êxito da mediunidade requer a cultura, a disciplina e o controle consciente, em concomitância com a exigência da doutrina espírita no seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia/ e Religião.
Se a evangelização é assunto íntimo e espontâneo do candidato a médium, já o seu desenvolvimento mediúnico requer a sessão especializada e a direcção do instrutor apto, a fim de se evitar o abastardamento dos princípios lógicos e sensatos com que Allan Kardec cimentou a base da doutrina espírita.
Em consequência, é sempre aconselhável a escola de médiuns ou os cursos disciplinados que devem graduar os candidatos pela sua competência e responsabilidade, pois, embora a mediunidade seja faculdade que, na opinião cândida e ortodoxa de alguns espíritas, deva desenvolver-se espontaneamente, ela requer a experimentada assistência técnica e o controle inteligente, para evitar-se o ridículo e o rebaixamento nas relações espirituais.
Inúmeros médiuns cujo desenvolvimento se processou à revelia de qualquer orientação sadia e sensata, em vez de exaltarem ou justificarem a sensatez dos postulados espíritas, ainda mais os ridicularizam e lançam o desânimo até nas criaturas mais esperançosas.

PERGUNTA: — Alguns confrades espíritas condenam a escola de médiuns, porque temem que os cursos especializadas do Mediunismo terminem por induzir à mercantilização da faculdade mediúnica.
Argumentam, também, contra o perigo dos diplomas, das insígnias de mérito ou graduações ao gosto académico do mundo profano, capaz de criar nova casta de sacerdotes ou uma hierarquia espírita.
Que dizeis?
RAMATIS: — Aliás, não preconizamos a criação de qualquer classe de sacerdotes médiuns subordinada à hierarquia de chefes, subchefes ou acólitos de menor envergadura, copiando-se os vícios comuns das religiões seculares, que sustentam os seus dignitários às expensas do povo.
Referimo-nos unicamente à necessidade de o médium corrigir e educar sua imaginação desatinada, sem desprezar a disciplina, a técnica e a cultura da vida material e para evitar os tabus e as convicções ingénuas, que o situam à margem do programa e das realizações do mundo terreno.
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Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:12 am

A escola de médiuns sob o controle das federações e instituições espíritas de responsabilidade e juízo claro é o recurso aconselhável para o desenvolvimento mediúnico sem o empirismo dispersivo, assim como também proporciona o ensejo das arguições e dos "testes", que comprovam o conhecimento e o progresso do médium em relação aos postulados espíritas que ele pretende divulgar e proteger.
O curso mediúnico disciplinado livra o médium dos datismos, das estultices, das frivolidades, dos exotismos e das manifestações excêntricas, que se antepõem à lógica e à prudência espirítica.
Os cursos elementares, preparatórios e conclusivos da pedagogia mediúnica não só auxiliam o aperfeiçoamento teórico e prático do médium, desenvolvendo-lhe também o entendimento psicológico dos fenómenos do subconsciente, como lhe apura a capacidade de oratória e o manuseio correcto da palavra em público.
É lamentável que o índice crescente de médiuns incultos e sem a compreensão psicológica de suas tarefas em público sirvam de motivo para os adversários inescrupulosos zombarem do Espiritismo.
Os leigos mal-intencionados costumam tecer críticas injustas contra a doutrina, depois de colherem o material censurável nos exotismos, nas banalidades filosóficas, exortações tolas ou revelações excêntricas, que os médiuns incultos e presunçosos transmitem à conta de mensagens importantes.

PERGUNTA: — Certa vez ouvimos abalizado espírita alegar que o Espiritismo progrediu satisfatoriamente em um século de actividades, sem precisar recorrer às escolas de médiuns, por cujo motivo tal iniciativa actual é perfeitamente dispensável.
RAMATIS: — Se na actualidade os homens se agrupam e disciplinam para proteger suas profissões mais humildes, instituindo-se desde a academia de barbeiros até a faculdade para especialização de física nuclear, por que motivo a mediunidade não há de merecer um tratamento sensato, um roteiro sadio e progressivo, a fim de treinar os médiuns à distância dos escolhos e das decepções próprias das tentativas empíricas e desordenadas?
O homem moderno disciplina-se até para escovar os dentes e lograr a melhor higiene bucal.
No entanto, a prática mediúnica, que serve de ligação entre o mundo das forças ocultas e incontroláveis e a matéria impotente, deve ser abandonada ao juízo esdrúxulo do primeiro conselheiro ignorante?
O médium, na maioria das vezes, é pobre, inculto e onerado por doloroso carma, a debater-se desarvorado contra as investidas maquiavélicas do Além-Túmulo.
Quase sempre enfrenta problemas dificultosos e dramáticos no seio do lar, ou então a descrença ou a censura da parentela adversa ao Espiritismo.
Sem disciplina espiritual interior, sem o conhecimento suficiente da maneira como se manifesta sua faculdade mediúnica e que lhe sacode brutalmente o psiquismo, ele ainda é alvo da crítica fácil dos fiscais ortodoxos da doutrina.
Caso sobreviva com êxito no mar revolto de suas contradições e angústias, prestando favores e ajudando um público sedento de soluções para os seus interesses comuns será fonte de louvores, respeitado e desejado à mesa de todos os lares.
Mas, se o infeliz tomba exausto e massacrado pela própria ignorância, pelas dificuldades domésticas e desorientações maquiavélicas do Além, julgam-no imediatamente um perdulário dos bens divinos, decaído da espiritualidade e vítima da sua própria presunção, vaidade, orgulho, interesse ou indiferença às sábias advertências dos seus confrades.
A escola de médiuns, portanto, é abençoado "oásis" onde os médiuns de boa vontade poderão mitigar a sede de esclarecimentos, de conforto e de amparo para a sua "via-crucis" ainda tão mal compreendida pelos seus próprios companheiros de doutrina.

PERGUNTA: — Reflectindo sobre vossas explicações acerca do Mediunismo, cremos que ainda é muito dificultoso para os guias desenvolverem satisfatoriamente seus futuros médiuns; não é assim?
Que dizeis quanto ao processo de desenvolvimento de médiuns, como se costuma fazer à luz da doutrina espírita codificada por Kardec?
RAMATIS: — Nem sempre os guias prevêem qual seja o êxito e aproveitamento nas suas relações futuras com os seus pupilos ou candidatos a médiuns em serviço espiritual na Terra.
Embora os medianeiros, em geral, "desçam" para a carne depois de efectuar mil promessas de absoluto devotamento ao serviço mediúnico na matéria e renúncia às ilusões sedutoras e sensuais da vida física, são poucos os que resistem às vicissitudes humanas ou dominam os prazeres deletérios.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:12 am

Alguns tombam desamparados por falta de recursos económicos; outros debilitam suas forças espirituais arrasados pelas paixões viciosas; alguns desanimam diante da tarefa mais simples; outros esgotam-se no trabalho desordenado.
Assim, enfrentando todas as probabilidades hostis no labor espiritual junto à Terra, os guias precisam estudar previamente o ambiente fluídico onde devem operar através dos encarnados que lhes servirão de medianeiros.
Analisam os fluidos ambientais, as auras perispirituais e as correntes magnéticas que poderão influir na receptividade mediúnica; investigam desde as amizades terrenas, e quanto ao tipo dos espíritos desencarnados que poderão influir futuramente em suas comunicações doutrinárias.
Malgrado esse trabalho inteligente, exaustivo e cuidadoso, dos mentores desencarnados, o programa espiritual em descenso para a matéria continua a sofrer os mais variados tropeços, cuja maior percentagem vai até ao fracasso, ante a imperícia, a má vontade, a negligência, a vaidade e os interesses dos médiuns esquecidos do seu compromisso pré-reencarnatório.
A obra benfeitora ideada no Espaço retarda-se na sua transferência para o mundo físico, pois, embora os guias sejam argutos e inteligentes, nem por isso são oráculos infalíveis e capazes de prever as fraquezas, a enfermidade, a rebeldia, o desânimo e a desconfiança dos seus medianeiros futuros.
O trabalho do bem, na Terra, ainda é duvidoso e imprevisível, pois além de laboratório correctivo do espírito, trata-se de um planeta geologicamente instável e que se sincroniza perfeitamente com a discórdia, o sensualismo, a cupidez, o egoísmo e a crueldade dos seus habitantes.

PERGUNTA: — Poderíeis dar-nos vossa opinião a respeito do que seria mais sensato no ajuste dos novos candidatos recém-chegados ao serviço mediúnico?
RAMATIS: — Sempre é aconselhável que o candidato ao desenvolvimento mediúnico, e elemento novo na reunião mediúnica, primeiramente se mantenha na expectativa, sem participar directamente do trabalho, num estágio de um ou mais meses, a fim de que possa avaliar a sua própria electividade ou antipatia para com o ambiente ou seus componentes.
Assim, evita-se o dispêndio de tempo inutilmente no serviço de intercâmbio espiritual e o constrangimento da presença de um elemento novo ainda desafinado à "corrente mediúnica", ou mesmo desinteressado do seu progresso espiritual.
Depois de um período de observação ou aclimatação ao novo ambiente, o candidato então poderia ser admitido, enquadrando-se à disciplina peculiar da casa espírita que ele já encontra organizada e independente de sua cooperação.
Em trabalhos de maior capacidade intelectiva e entendimento doutrinário, convém que os seus directores procedam a "testes" elementares com referência aos novos elementos, a fim de seleccionarem os que manifestam a faculdade de modo mais positivo, espontâneo e certo, por cujo motivo exigem maior urgência no seu desenvolvimento.
Os demais elementos, cujo Mediunismo não se define e se confunde facilmente com as perturbações nervosas, a histeria, o puro animismo ou fenómenos neuro-vegetativos, devem aguardar melhor localização psíquica, a fim de se evitar a perda de tempo em tentativas empíricas e sem resultados úteis para o futuro.
Há que distinguir, pois, entre o "doente" que se enquadra especificamente na terminologia patogénica da medicina académica, o qual será improdutivo junto à mesa mediúnica, e o médium cujo psiquismo destrambelhado pode levá-lo ao desequilíbrio mental. Reconhecemos que a maioria das moléstias da carne tem sua origem nas perturbações do psiquismo desgovernado, podendo ser curadas em trabalhos especializadas e sob a égide da doutrina espírita.
No entanto, não se justifica forçar o desenvolvimento mediúnico de um epiléptico na sessão de desenvolvimento, o qual pode encontrar o seu alívio ou sua cura na sessão de passes, receituário mediúnico ou mesmo trabalhos de irradiação fluídica à distância.
Aliás, o médium de prova é espírito onerado com dívidas pretéritas, o qual, em geral, só se conforma com o desenvolvimento mediúnico depois de muitas perturbações e sofrimentos.
Em consequência, a sua adaptação psíquica a qualquer ambiente espírita deve ser feita gradativamente, até que ele se harmonize e se ajuste satisfatoriamente à equipe de trabalho.
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Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: Mediunismo - Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 9:12 am

Mediunismo.
Psicografia de Hercílio Maes
Espírito Ramatis

O Mediunismo, tão antigo quanto a humanidade, em seus múltiplos aspectos e subtilezas, é abordado por Ramatis nesta obra, com toda a riqueza e profundidade de um Mestre de Sabedoria.
Todo o amplo espectro dos fenómenos mediúnicos, dos efeitos físicos à mais subtil intuição telepática, passando por temas nunca ou raramente tratados da complexa fenomenologia da mediunidade, são elucidados com a peculiar objectividade de Mestre Ramatis.
Longe de trilhas a senda das instruções já conhecidas sobre o tema, ele desbrava exactamente os territórios inusitados e controversos, dúbios ou intrigantes, dessa matéria que fascina o ser humano desde os primórdios de sua existência planetária.
Há trinta anos "Mediunismo", em sucessivas edições, já se tornou um clássico da matéria, insubstituível para tantos quantos buscam a compreensão mais profunda do fenómeno mediúnico.

§.§.§- Ave sem Ninho
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