LUZ ESPÍRITA
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Chama Eterna - Luiz Sérgio/Irene Pacheco Machado

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Chama Eterna - Luiz Sérgio/Irene Pacheco Machado - Página 4 Empty Re: Chama Eterna - Luiz Sérgio/Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:55 pm

Briguento, mas digno e bom.
Portanto, amigo, peço perdão se hoje abri o nosso túmulo e dele retirei as últimas reminiscências.
Foi preciso. Você tem necessidade de redescobrir Deus.
Ele é justo, nós é que nos distanciamos d'Ele.
Remorsos são bengalas que só servem aos fracos, principalmente quando não devemos possuí-las.
As lágrimas corriam pelo meu rosto e o meu companheiro Cinaro, carinhosamente, apertou-me o ombro, dizendo:
- Por hoje, basta.
Você, Luiz, e o seu amigo, tiveram muitas oportunidades.
Se na última encarnação, vocês dois, desde pequenos, tivessem sido orientados para o trabalho da caridade, tudo teria sido diferente, pois só a Caridade cobre a multidão dos pecados.
Você e seu amigo devem dar graças a Deus por tudo ter terminado bem.
Recordei-me de vovó e vi que tudo foi muito bem preparado. De facto, eu teria duas saídas: desde criança ter-me dedicado aos pobres, vivendo uma vida missionária; ou o desencarne, ainda jovem, e de maneira violenta.
Decidi-me pela segunda, não só eu, mas Roberto também.
Foi o caminho mais árduo, todavia o escolhido.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:55 pm

Capítulo 23 - A TAREFA DA DIVULGAÇÃO EDUCAÇÃO SEXUAL NA INFÂNCIA
Muitos sonham em conhecer o pretérito, mas Deus é tão sábio que nos oferece o esquecimento.
Ali, diante do meu passado, compreendi a importância da Doutrina Espírita:
só ela dá ao homem conhecimento do valor do seu espírito; só a Doutrina nos oferece explicações precisas sobre todas as nossas dúvidas; só a consciência da vida espiritual dá ao homem a vontade de ser bom.
O estudo sério leva-nos ao desprendimento das coisas terrenas e só convivendo com Jesus despertaremos para a caridade.
Não adianta batermos no peito, rotulando o templo que frequentamos, o necessário, sim, é ter mais fé e amor no coração.
Despido diante de Deus, dei-Lhe graças por me ter ofertado inúmeras oportunidades.
- Cinaro, não é fácil a gente se deparar com o passado.
Sinto-me até sem fôlego.
Parece que o relógio da vida só marcou para mim as horas em que eu fiz mal ao meu próximo e, por mais que eu peça perdão, vejo-me corroído de remorsos.
- Sérgio, recorde que você só veio até aqui porque já está apto para saber o passado.
- E, mas é muita verdade para ser suportada!
Ele me convidou a nos retirarmos.
Olhei as máquinas do tempo e as saudei:
- Obrigado, amigas, espero voltar logo, quero saber mais sobre minhas vidas.
Cinaro sorriu, dizendo-me:
- Você não disse há pouco que é muito difícil suportar a verdade?
- E assim mesmo: a gente sofre, mas quer saber.
Detive-me e voltei para perto das máquinas.
Cinaro nada fez para me impedir; somente percebi preocupação no seu olhar.
Apertei um certo botão e, com espanto, me vi na época dos primeiros cristãos.
Munido de boa cultura, tinha facilidade no trato com o público, era portador de um grande carisma.
Inteligente, abusava disso; crescia em mim a vaidade e esta, pouco a pouco, tomava conta do meu espírito.
Aproveitando-me da fé do humilde povo de Éfeso, vivia eu pregando uma doutrina diferente, nada de cristã.
Não aceitava a caridade nem a humildade como lema.
Meu nome:
Alexandre.
Mesmo dizendo o nome de Deus, pregava uma doutrina contrária à dos apóstolos de Jesus.
Habitava casa confortável, usufruindo dos bens materiais.
Ali no vídeo a minha imagem e, ao meu lado, um fiel amigo: Himeneu.
Não aceitávamos os cristãos que, através da pobreza, davam ao mundo grandes exemplos.
Tudo fizemos por uma doutrina segundo a qual os cultos eram servidos pelos pobres ignorantes.
Quando fomos descobertos pelos verdadeiros filhos de Deus, vimo-nos desmoralizados.
Furiosos ficamos, tudo fazendo para que a Doutrina do amor não fosse seguida.
Se descobríamos alguma coisa escrita, tentávamos destruí-la, dificultando a vida dos cristãos de Éfeso.
Revoltados, decidimos ir para outra cidade, mas em todos os lugares as palavras de Deus eram levadas pelos Seus verdadeiros apóstolos.
Assim vivemos o resto da nossa vida, tentando contradizer os apóstolos de Jesus.
Só bem velhinhos desistimos.
Falei a Cinaro:
- Agora compreendo porque tenho hoje a tarefa de apresentar Jesus aos espíritas ou não espíritas e porque me foi ofertado o trabalho dos livros espíritas.
Só agora eu compreendo!
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:55 pm

Ontem eu atrapalhei a divulgação da Doutrina do Cristo.
Hoje aqui estou para trazer à terra o remédio da paz.
Fui saindo bem devagar.
Meus olhos não lacrimejavam, mas meu coração doía.
Cinaro me abraçou, dizendo:
- Graças a Deus nós hoje trabalhamos mais cientes do valor do Pai.
No passado erramos, porque a vida terrena era mais palpável para nós.
No presente conhecemos o tesouro da verdade.
Rendi homenagem a Deus por tanta bondade.
- Cinaro, quando eu vivi naquela encarnação, possuía uma outra crença.
Esse o motivo de não aceitar os cristãos.
- Sim, Luiz, você e seu grande amigo agiam julgando certa a religião que professavam.
- E ela existe até hoje?
- Sim, meu amigo, mas graças a Deus a verdade e Jesus estão brilhando muito mais.
- Cinaro, eu adoro a Doutrina do Cristo.
Ela é para mim um universo de amor. Nós estamos no Seu caminho, que não é fácil, dado os inúmeros trabalhos que nos surgem a cada passo.
Ganhando a rua, despedi-me do meu novo amigo e procurei meu grupo.
Meditando caminhei por um jardim repleto de hortênsias.
Admirando seus diferentes matizes, o roxo bem forte de uma delas chamou-me a atenção e me senti reconfortado para chegar até meus companheiros.
Samita me viu e veio abraçar-me:
- Tudo bem, Sérgio?
Penso que nos meus olhos as lágrimas teimavam em aflorar.
- Querido, o que importa é o presente e tu estás aproveitando os ensinamentos de Deus.
Nisso, uma luz acendeu e fui convidado a entrar, juntamente com a equipe, numa sala em penumbra, o palco semi-iluminado.
Todos se alojaram em suas cadeiras, em silêncio.
Confesso que a curiosidade era imensa, mas fiz uma prece e me aquietei.
A luz do palco se acendeu e um senhor, bem simpático, iniciou a prelecção, não sem antes ter sido feita uma prece, que ressoou em todo o ambiente.
Era quase um hino de tão bela.
- "Irmãos, nós, que estamos acompanhando o crescimento da Chama eterna, não podemos esquecer que o sopro da vida precisou de um estágio em vários reinos e, quando da passagem por eles, adquiriu tendências.
Portanto, não devemos julgar os outros, porque ainda desconhecemos o nosso interior.
Nos dias atuais a Humanidade está por demais envolvida sexualmente; nunca se viu tantos apelos sexuais e os espíritos que estão reencarnando amedrontados se encontram, pois bem sabemos que poucos já possuem evolução para uma renúncia sexual.
O homem, ainda animalizado, dificilmente terá condição de viver sem sexo, ainda mais se ele saiu recentemente da sua condição animal.
Mas isto não justifica a sua animalidade; ele precisa burilar as suas energias e isso só se consegue com o tempo.
E condenável certas religiões aprisionarem os seus adeptos através do medo de serem castigados, ou por levar o jovem a uma abstinência do sexo, através de exercícios mentais, dizendo que eles libertam o espírito.
Em consequência, o jovem bloqueia os seus canais energéticos e estes, bloqueados, o levam ao desequilíbrio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:55 pm

Isto está acontecendo muito até na Doutrina Espírita.
Dizem alguns pregadores que o missionário não pode constituir família, quando bem sabemos que não é a família que atrapalha o trabalho do missionário e sim a sua própria fraqueza.
Não podemos levar a Doutrina ao descrédito científico e desde o momento em que, desejando satisfazer o homem, nos propusermos a lhe tirar a liberdade, o medo pode gerar no jovem uma depressão difícil de ser tratada.
Ele lutará contra o seu corpo que, possuidor de forte energia, não encontrará meios de liberá-la; esta mesma energia levá-lo-á a desequilíbrios e desajustes emocionais.
Portanto, há tantos conhecimentos para se transmitir ao próximo, por que oferecer o que se conhece tão pouco?
O que vem ocorrendo é uma carência de elucidação sobre sexo.
De um lado, a liberação; de outro, a proibição.
O certo é obtermos, pouco a pouco, o conhecimento da vida e encontrarmos o Seu criador: Deus.
Conhecendo o Pai, buscar a Sua verdade que jamais nos criará neuroses.
No momento em que Deus entrar em nossas vidas, vamos compreender que sexo não é castigo, pois se assim fosse o Pai não o criaria em nós.
O sexo é um meio; o mal é julgá-lo princípio e fim.
Desde o instante em que o homem se liberta de si próprio, vai entendendo que o sexo precisa ser digno.
Não se castra por imposição teórica, procura-se viver a plenitude do amor com o parceiro, ou parceira, escolhido dentro dos padrões divinos.
Existem homens que colocam o sexo na mente e este se vê exposto a críticas e maledicências.
Desde que levemos a vida equilibradamente, ela irá distanciando-se da procura das emoções mais fortes.
O sexo a dois é o encontro de corpos físicos ou reencontro de almas apaixonadas.
Quando isto se dá, o espírito se vê dono de si próprio e no companheiro ou companheira o prolongamento de si mesmo, aí não existe separação ou troca, são almas fundidas em uma vibração de amor.
Mas como na Terra ainda o desencontro se dá, deparamos com homens e mulheres extremamente infelizes, porque buscam um no outro a satisfação da vida, julgando que ela se limita a uma relação sexual, quando essa mesma relação sexual traz outras responsabilidades que talvez serão amargas para parceiros invigilantes.
Um ser é extremamente infeliz quando busca em alguém a sua felicidade, sem saber ele que o outro faz o mesmo.
No dia em que se der a verdadeira permuta de energia, o homem vai compreender porque Deus criou o sexo.
Até esse dia, nos depararemos com todo um desequilíbrio emocional.
O sexo parece maldito, porque o homem ainda se encontra endurecido e ignorante e, pouco inteligente, quer usar e abusar de algo que ainda não conhece.
Devemo-nos lembrar de que lares são arruinados por traição, existem crimes praticados, suicídios, roubos, tudo partindo de uma relação amorosa doentia.
Isso se dá porque nós ainda não sabemos amar.
Deus, pacientemente, espera que cada um conquiste a própria felicidade.
Ele nos ama."
Houve uma pausa. Olhei Sadu e apertei a mão de Samita.
O irmão continuou:
- "Nunca devemos ser radicais, somente porque nos sentimos mais próximos de Jesus, ou estamos compreendendo o Mestre através do Seu Evangelho.
Cada caso é um caso; não podemos englobá-los, sem uma análise criteriosa.
Ditar regras torna-se perigoso; a própria vida se encarrega de apagar ou gravar as verdades de cada um.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:55 pm

0 dia-a-dia do homem, cedo ou tarde, irá levá-lo a uma compreensão maior.
Deus foi quem criou o homem e a mulher, a fêmea e o macho; por que, com o fanatismo, desejamos separá-los?
Enquanto queremos proibir, afastamos o homem de Deus, pois ele indagará sempre:
"se o sexo é sujo, por que Deus o criou?"
O que se deve fazer é orientar, mas quem está preparado para tão difícil tarefa?
Difícil sim, em razão do homem ter adquirido o instinto sexual através de um aprendizado errado.
Muitas vezes somos chamados para esclarecer os pais durante o sono, porque estes se vêem às voltas com as atitudes estranhas dos filhos, porém, muitas vezes, os pais é que levam as crianças ao desequilíbrio sexual.
Muitos homens, desejando um filho varão, vivem dele exigindo masculinidade, o que acarreta na criança marcas profundas de desequilíbrio.
Com o tempo procurará suplantar a mulher e com isso jamais terá uma companheira realizada, mas uma escrava para servi-lo.
Alguns pais, bastante desinformados, levam os filhos a uma busca precoce do prazer, dizendo que o "homem tem de ser homem".
E o garoto inicia a sua experiência sexual sem nenhum amor, o que o conduzirá a uma constante procura, porque será um eterno insatisfeito.
Ele sofrerá de uma inibição inconsciente, um simples retraimento sem conhecer a origem do problema; a sua inibição será tanta que ele procurará no sexo a sua força; e um órgão é um órgão, não uma alma.
Portanto, é antipsicológico pregarmos contra o sexo, principalmente se somos explanadores do Evangelho.
Os que não crêem no espírito não têm tanta culpa ao fazer tal pregação, mas os espíritas esclarecidos não podem esquecer que o espírito está evoluindo há milénios, possuindo tendências extremamente resistentes e que não podem ser violentadas de uma hora para outra, mas sim buriladas através de uma vida equilibrada.
As crianças são muito reprimidas, porém, quem compreende a reencarnação sabe que em um corpo infantil habita um velho espírito, muitas vezes enfermo sexualmente.
Como devem agir os pais?
Orientar o filho, desde pequeno, e fazê-lo liberar essas energias através dos desportos, desviando a atenção da criança.
Quando percebermos que nela estão contidas lembranças desequilibradas, nada melhor do que despertar a sua atenção para algo mais nobre:
leitura, desporto, música, teatro, etc.
Não deixar essas crianças brincando sozinhas, elas precisam ter uma vida bem movimentada, sem lhes dar muito tempo para pensar.
Os pensamentos nesses espíritos surgem das lembranças pretéritas e elas os conduzem às aberrações sexuais.
Quem possui um filho assim, tem de ajudá-lo.
Devemos recordar, torno a repetir, que em um corpo infantil encontra-se uma alma velha e nela se encontra alojado um aprendizado erróneo em relação ao sexo.
Não importa se hoje estamos no século XX, mas que busquemos em nossas crianças as raízes das suas frustrações e, se somos reencarnacionistas, sabemos que essas raízes estão na velha alma que ora retorna à Terra.
Como tratá-las?
Com carinho e respeito, sem culpá-las, quando percebermos que algo estranho existe nas suas atitudes.
É muito difícil para um espírito voltar a habitar um corpo infantil.
Quando dizemos que a criança, desde pequena, possui instintos sexuais, é porque ela possui um espírito velho e este, mesmo semiadormecido, tem relances de lembranças.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:19 pm

Reclamar das suas atitudes ou espancá-las não é correcto.
0 certo é buscar curá-las através de uma disciplinada vida e para isso, nada melhor do que uma programação cultural aliada à presença digna e equilibrada dos pais.
Calou-se e logo percebi que era a hora das perguntas.
-Irmão, a criança deve ser criada livre, isto é, fazendo o que deseja? - indagou um dos assistentes.
- É evidente que se criarmos a criança sem disciplina, ela se tornará uma selvagem, porque todos nós somos educados para viver em sociedade, onde nem tudo é permitido.
As crianças, muitas vezes, não gostam de comer na hora certa, negligenciam o banho, enfim, preferem apenas brincar, e até o colégio não será por elas frequentado.
Sendo espíritos velhos em corpos infantis e livres de qualquer repressão, será travada uma luta de vida e morte entre os instintos baixos e as lembranças dos valores que cada um aprende na faculdade da erraticidade.
Esse duelo tornará o ser muito mais infeliz.
A sociedade procura fazer com que os homens se tornem civilizados, polimento necessário para o convívio social.
Recebem no lar, na escola, no trabalho, em cada circunstância da vida, as lições para aprenderem a viver.
A criança retorna à terra com a grande oportunidade do esquecimento e os pais são os primeiros mestres.
Infelizmente, muitos pensam que os filhos lhes pertencem e desejam moldá-los ao seu carácter que, não raro, deixa muito a desejar.
A criança, gradativamente, vai formando a sociedade dentro dela; capta e grava no seu interior o que a rodeia.
Portanto, devemos ter cuidado com as nossas atitudes, para assegurar à criança um belo futuro.
Os espíritas sabem que já tivemos muitas vidas e várias vezes compelidos a criar dentro de nós um mundo digno.
Em cada reencarnação precisamos de bons professores, seja qual for o nosso estágio.
- Obrigado, irmão.
Fiz uma pergunta:
- Muitas das nossas neuroses foram adquiridas por uma educação por demais severa?
- Uma criança de cinco anos, mesmo já sendo um espírito velho, não distingue o que é moral e imoral; ignora, ainda, as leis da sociedade, mas mesmo assim, a ela pertence.
Pode tornar-se neurótica porque os pais lhe cobram um comportamento ou de adulto ou de neném.
Os pais que vêem nos filhos companheiros, amigos, não os forçam a nada, mas também não os deixam inteiramente livres, porque a criança não é um animal.
Porém, é muito difícil educar quando não se é educado.
As pessoas que foram mal-educadas, transmitem aos filhos o que a vida lhes deu: "repressão".
Cada ser obedece a uma sinalização chamada censura, pois nem tudo podemos fazer.
Não nos é permitido nos deitar sobre o fogão ou fazer necessidades fisiológicas no chão da sala ou do quarto.
A vida nos ensina a viver em sociedade.
Repressão é uma coisa e educação outra.
Reprimir é só dizer:
não faça; educar é explicar porque não o devemos fazer.
A criança, se reprimida, um dia vai fazer tudo o que os pais não lhe explicaram, só proibiram.
Portanto, o certo não é reprimir - volto a dizer - é ensinar, e isto só se faz com amor e respeito à fragilidade da criança, sempre medindo, analisando as suas reacções, para saber se ela está assimilando bem os ensinamentos.
Caso contrário, uma sobrecarga de esclarecimentos sobre regras de comportamento pode levá-la a uma saturação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:19 pm

Quando os pais compartilham com os filhos o seu dia-a-dia, estes vão crescendo, ficando adultos e com poucas neuroses.
- Poucas, irmão? - perguntei.
Ele respondeu:
- Sim, poucas. Um mínimo de criaturas não carrega dentro de si fracassos e ansiedades.
0 quotidiano leva o homem para frente, mesmo não ficando inerte ele muitas vezes nada carrega de proveitoso consigo.
Portanto, passa pela vida, mas dela nada aproveitou, é como um aluno que vai à escola apenas para passar de ano, sem aprender.
No dia em que o homem dormir e acordar procurando a razão da vida e nas suas indagações sentir que é um ser muito bem preparado para se tornar deus, ele mesmo colocará para fora as suas frustrações; e estas, em geral, nos acompanham por milhares de anos.
- Irmão, o que devemos fazer quando a criança possui tendência acentuada para o sexo?
- Primeiro, observar o bebé.
Se temos conhecimentos espíritas, devemos compreendê-lo e amá-lo, muito mais do que aqueles que ignoram a ida e vinda dos espíritos.
Em um corpo infantil se encontra prisioneiro um espírito velho e muitas vezes experiente por demais e quando de volta ao corpo físico, embora adormecido, possui sensações.
E mesmo ainda bebé, ele experimenta prazer ao ser tocado ou quando as suas roupinhas estão apertadas.
Disto, não busquemos escandalizar-nos: ele não deixa de ser uma criança inocente, mas, por mais que a vida nos leve a uma condição de aprendiz, não esquecemos totalmente o passado.
O homem se escandaliza, mas também viveu o que hoje estou narrando aqui:
ele se via criança, mas muitas vezes sentindo-se adulto.
Os pais devem ajudar os filhos no seu difícil estágio infantil, dar-lhes educação, levando-os à prática de desportos e diversões culturais.
Do contrário, eles procurarão buscar nos seus próprios corpos o prazer e serão presas de um sentimento de culpa que carregarão pela vida afora.
E se esses pequenos forem descobertos praticando actos que os adultos consideram imoral, não os condenem, procurem elucidá-los; eles precisam muito de forças para chegar ao fim da estrada.
O homem é um animal cujo corpo já atingiu um melhoramento, mas ainda carrega consigo o instinto dos irracionais e só com a sua própria luta sairá vencedor."
0 amigo despediu-se e se retirou.
A prece foi feita e nós fomos saindo vagarosamente.
Eu pensei:
Meu Deus, por que nós somos tão severos com o próximo?
Ninguém pode dizer que conhece alguém sem lhe conhecer a alma.
Fui chamado, era a bela irmã Corina.
Cumprimentei-a, respeitosamente, e fui informado de que teria aula no teatro vivo da Faculdade, e me vi apressando os passos, mas logo parei, porque Corina não tinha pressa.
Ela me sorriu e me senti feliz por possuir amigos, e não existe nada mais belo que um belo sorriso de carinho.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:19 pm

Capítulo 24 - AARÃO - MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS
Aproveitei o momento e perguntei a Corina:
- Irmã, todos os irmãos cursam a Faculdade?
- Eles a conhecem, mas só alguns levam adiante a oportunidade.
- Ainda bem que eu adoro, porque deve ser triste a gente deixar passar tão belo chamado.
Deparei com um grupo.
Eram conhecidos meus, cujos parentes vivem pedindo mensagens.
Corina prontamente me informou que eles estavam ali para aprender a psicografar.
- Luiz, muitos vivem pedindo para o médium mensagens dos filhos e ficam zangados porque não as recebem.
Não sabem o quanto é difícil para aqueles que partiram manusear a caneta física, que é o médium.
A maioria desiste logo no início.
- De que modo podem ajudar?
- Orando pelos seus entes queridos com a mais bela oração: a da caridade.
- Aí é que complica!
Muitos temem o contacto com os pobres. . .
- A caridade, Sérgio, é o único caminho da salvação.
O caridoso é leal, compreensivo, humilde, trabalhador e desprendido.
Ouvimos dizer que a mais importante é a caridade moral.
Estou com Francisco de Assis:
quando lhe perguntaram qual das duas é a mais importante, ele respondeu:
mas já dividiram a caridade?
O caridoso não está preocupado em baptizar seus actos, ele apenas segue os preceitos do Cristo, que disse:
Bem-aventurados os misericordiosos.
Observei ainda aqueles espíritos preparando-se para mandar suas cartinhas aos que ficaram.
- Irmã, também existem os que não gostam de escrever?
- Sim, Luiz, e muitos deles nem chegam a ensaiar as primeiras letras.
- Acho muito complicado, Irmã Corina, este trabalho.
Chegam até a invocar os espíritos; por desconhecerem a disciplina espiritual, julgam que é só chamar e serão atendidos.
- Os médiuns devem ser esclarecidos, quando se julgam capazes desse trabalho.
Ele é muito digno para não ser levado a sério.
As mensagens surgiram na Doutrina para tornar mais conhecida a doçura do bom Deus, ao qual ela se consagra como mensageira divina.
Porém - note bem - mensagens de amor, para mostrar àqueles que ficaram que Deus não mata.
Quando transpusemos a entrada, acercamo-nos dos demais e me despedi de Corina, que se dirigiu para junto dos outros mestres.
No salão iluminado, fomo-nos acomodando.
O palco circundava o ambiente e ao dar início à sessão logo me senti emocionado.
Vi Moisés receber dos Mensageiros de Deus os primeiros códigos do Mundo Maior.
Com igual carinho e admiração surgiu à nossa frente Aarão, o companheiro de Moisés, o grande mestre Aarão.
E se segue o Capítulo 7, do Êxodo, versículo 8:
E o Senhor disse a Moisés e Aarão: Quando o faraó vos disser:
Fazei alguns prodígios, tu dirás a Aarão:
pega a tua vara e lança-a por terra diante do faraó, e ela se converterá em serpente.
Então percebemos os grandes médiuns de efeitos físicos que eram Moisés e Aarão e acompanhamos a vida do grande amigo de Moisés.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:19 pm

Compreendemos o quanto ele foi importante em todos os momentos em que Moisés dele necessitou.
Ainda no Capítulo 7:
Primeira praga: a transformação da água em sangue.
No versículo 19:
Diz a Aarão:
Toma a tua vara e estende a tua mão sobre as águas para que se convertam em sangue.
E Aarão, levantando a vara, feriu a água na presença do faraó e de seus servos, e ela se converteu em sangue.
Segunda praga, Capítulo 8, versículos 5 e 6:
Dize a Aarão:
Estende tua mão sobre os rios e sobre os ribeiros e lagoas e faze sair rãs sobre a terra do Egipto.
Aarão estendeu a sua mão sobre as águas do Egipto, e as rãs saíram e cobriram a terra do Egipto.
Terceira praga, Capítulo 8, versículo 16:
E o Senhor disse a Moisés:
Diz a Aarão: estende a tua vara e fere o pó da terra, e haja piolhos em toda a terra do Egipto.
Acompanhando Moisés e Aarão, defrontamo-nos com a mediunidade de efeitos físicos e Aarão tornou-se para nós uma figura querida.
Quando falamos em Moisés, poucas vezes recordamos do seu fiel companheiro e Aarão, ali no teatro vivo, foi-nos apresentado como um precursor da mediunidade de efeitos físicos.
Ele abriu, junto com Moisés, as primeiras páginas do Espiritismo.
No Capítulo 32 do Êxodo, acompanhamos a caída do médium.
Aarão era o companheiro de Moisés, um bom médium de efeitos físicos, só que ao enfrentar sozinho uma multidão de acusadores, ele se viu acovardado.
Quantos médiuns hoje, no século XX, ficam ao lado de Jesus na hora da ceia divina, mas O deixam sozinho na hora da crucificação!
Vamos recordar.
No Capítulo 32, versículos 1 e 2: O Bezerro de Ouro.
Mas o povo vendo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se contra Aarão e disse:
Levanta-te, faz-nos deuses que vão adiante de nós! porque não sabemos o que aconteceu a Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egipto.
Aarão disse-lhe:
tomai os pendentes de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossas filhas, de vossos filhos e trazei-mos.
Assistimos de que modo a fraqueza e a vaidade varriam a alma de Aarão.
Quando se viu inquirido pelo povo, aflorou nele o espírito de liderança; ele que, ao lado de Moisés, só recebia ordens, na sua ausência desejou mandar; mas, como muitos de nós, sem preparo ainda.
Com esse gesto contraiu Aarão uma dívida de verdade para com aquele povo que nele confiou.
Aarão era um sacerdote, mas a sua fraqueza diante do povo ficou nele gravada para reencarnações futuras.
Moisés lhe perdoou, mas Aarão teve de quebrar o bezerro de ouro, trazendo à Terra a verdade do Alto, dando a cada homem a certeza de que só o amor constrói os altares, e as estatuetas nada são diante da eternidade da alma.
Acompanhamos Aarão, vivendo nos tabernáculos, ele como sacerdote.
Encontramos Moisés e Aarão no Livro Levítico, em cujas páginas várias orientações são dadas sobre bebida e comida.
Entendemos que a tarefa de Moisés e de Aarão, seu companheiro, foi a de orientar o povo do Egipto.
Quantas regras foram dadas a Moisés, até sobre higiene!
Conhecendo a vida de Moisés, penetramos na de Aarão e sua família, percebendo como afloram as imperfeições no homem, mesmo sendo ele um sacerdote.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:20 pm

No Livro Números, Capítulo 12, versículos 1 e 2:
Murmurações de Miriã e Aarão contra Moisés.
Miriã e Aarão falaram contra Moisés.
Porventura o Senhor falou só por Moisés?
Não nos falou ele igualmente a nós?
A vaidade outra vez toma conta do homem e nessa passagem surge o trabalho dos mensageiros do Senhor tentando aplacar a maledicência e o mal-entendido entre as pessoas que possuem missão.
Nesse Capítulo vemos o desespero de Miriã, julgando-se castigada por Deus.
Ela contraiu lepra e foi posta fora do templo, mas o povo em oração pediu perdão por ela.
Essa mesma Miriã teve com Aarão posteriormente uma bela tarefa através da bênção da reencarnação.
Vamos encontrar ainda Aarão em vários versículos do Antigo Testamento; por eles nos é dado compreender a bondade divina para com os espíritos missionários.
Por outro lado, nos mostram a luta que com frequência têm de enfrentar.
Portanto, não devemos invejar o lugar de outro; muitas vezes não estamos preparados para ocupá-lo.
A vida de Aarão é muito rica para o médium que deseja ser fiel ao chamado.
Ali, defronte do palco, Aarão surgiu à nossa frente com um rosto muito conhecido, mas aqui estou não para revelar vidas passadas, mas para narrar o que venho aprendendo na bela e abençoada Faculdade de Maria, onde chegamos graças às benditas mãos de Jesus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:20 pm

Capítulo 25 - EXEMPLOS DE PERSEVERANÇA, HUMILDADE E FÉ
A Faculdade representa o coração de Maria de Nazaré, acolhendo todos os que A procuram e graças a Ela eu cheguei até aqui, onde muito venho aprendendo.
Fazendo uma análise criteriosa, concluí que são muitos os espíritos dedicados ao aprendizado, o que me fez pensar:
Por que ainda existem, perambulando pela terra, sugando energia dos encarnados, espíritos que não desejam viver nas colónias, simplesmente por não se interessarem em seguir o caminho do Mestre?
- Posso saber por que o olhar tristonho? - perguntou-me Conrad, vendo-me pensativo.
- Sim. Indago-me por que nem todos desejam aprender a lei do trabalho.
- Luiz, a cada um basta a sua própria consciência.
Nem todos estão aptos a enxergar a luz.
Devemos orar para que esses não retardem a hora do chamado.
- E mesmo, amigo.
E com pesar percebo que não são apenas os desencarnados que negligenciam oportunidades como esta; os encarnados também jogam fora as pérolas, e ainda as esmigalham com os pés da vaidade.
- Luiz, como estás amargo!
- Até que não. Estou feliz.
A vida é bela e eu sou uma partícula do Ser maior que a criou.
Nesse momento, as luzes fizeram o chamado, pedindo silêncio, pois a aula iria começar.
Atentos, vimos o Livro de Ester tomar toda a tela e dele saírem, um a um, os personagens.
A rainha Vasti, toda imponente, dava o primeiro grito de independência da mulher.
Logo após aparece Ester, bela e forte, humilde e leal.
Nesse Livro podemos perceber que a mulher cresce diante do povo.
Vasti teve coragem para dizer não e Ester foi uma grande mulher; ajudou Mordecai, que trabalhou para seu povo e pela prosperidade de todos os de sua raça.
Surgiu depois o Livro de Jó.
Ele na opulência e nos momentos de dor, quando no Capítulo 1?, versículo 21, diz:
Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!
Acompanhamos Jó no seu sofrimento e na sua fé.
No Capítulo 42, versículos 1 e 2, diz Jó:
Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos podem ser frustrados.
No mesmo livro deparamos com o amor de Jó para com os seus amigos e colhemos os frutos da perseverança e da fé.
A última página do Livro de Jó nos mostra o retorno de sua riqueza, a alegria de suas belas filhas.
A tudo isso presenciando, chegamos à conclusão de que pouco mudou a humanidade.
Existem momentos tristes e alegres na vida de todos nós, só precisamos ter força e coragem para não cair ou tombar por fraqueza.
À medida que as folhas eram abertas, os personagens iam saindo das páginas e, ao finalizar, iam lentamente retornando.
Lindo, lindo, lindo!
Na sequência, vieram os Salmos: Capítulo 19:
Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
Os Provérbios, no Capítulo 16, versículo 2:
Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o Espírito.
E o versículo 6:
Pela misericórdia e pela verdade se expia a culpa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:20 pm

Destacava-se agora Isaías.
Capítulo 19, versículo 11:
De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor.
Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados o não me agrado do sangue dos novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.
No versículo 17:
Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei o opressor; defendei o direito dos órfãos, pleiteai a causa das viúvas.
E ainda em Isaías, no capítulo 65, versículo 17:
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembranças das causas passadas, jamais haverá memória delas.
- Eis-nos diante da reencarnação! Deus nos oferece o esquecimento para que possamos caminhar sem remorsos.
No último versículo de Isaías, o teatro vivo nos apresentou a seguinte cena:
um clarão no céu e cadáveres se debatendo e deles saindo formas humanas um pouco retorcidas, mais parecendo vermes; mas mesmo quase sem forma, possuíam um sopro de luz.
Capítulo 66, versículo 24:
Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim, porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará e eles serão um horror para toda a carne.
O Livro de Isaías se fechou.
Achei-o rico de ensinamentos espíritas.
Aparece então Jeremias.
No início da página surge, no Capítulo 19, versículo 5:
Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta das nações.
Tive vontade de mandar parar neste versículo, tão viva era a imagem à minha frente.
Quando apresentaram Jeremias, voltaram ao seu passado e assistimos à sua preparação para cumprir a tarefa de mensageiro.
Por isso disse o Senhor:
Eu te conheci, e antes que saísses do ventre materno te consagrei e te constituí profeta das nações.
Quanta responsabilidade tem o espírito que é preparado para transmitir a palavra do Senhor!
Mas continuemos a acompanhar Jeremias.
No Capítulo 7, versículos 6 e 7: se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão e a viúva nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, eu vos farei habitar na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos.
Seguimos Jeremias, seu sofrimento, sua luta, e paramos no momento em que ele fala ao Senhor, Capítulo 12:
Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito, contudo falarei contigo dos teus juízos.
Por que prospera o caminho dos perversos e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?
Confesso que sorri.
Até hoje Deus houve destas queixas.
E vemos no Capítulo 12, versículo 5, a resposta de Deus:
Se te fatigas, correndo com homens que vão a pé, como podes competir com os que vão a cavalo?
Fiquei sem entender, mas logo veio a explicação:
se o homem, mesmo na opulência, não descobre Deus, imaginemos na miséria e na dor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:21 pm

Jeremias, grande mensageiro de Deus, advertiu os homens, no Capítulo 23, versículos 9 e 10, contra os falsos profetas:
Acerca dos profetas.
O meu coração está quebrantado dentro de mim, todos os meus ossos estremecem; sou como homem embriagado e como homem vencido pelo vinho, por causa do Senhor, e por causa das suas santas palavras.
Porque a terra está cheia de adúlteros, e chora por causa da maldição divina...
Nº 21:
Não mandei esses profetas, todavia eles foram correndo; não lhes falei e eles, contudo, profetizaram.
Vejam como estão bem atuais estas palavras.
Jeremias foi preparado para explanar a palavra do Alto, se recordarmos aqui o Senhor dizendo: eu o preparei.
Portanto, o homem não pode preparar o próprio homem para se tornar mensageiro de Deus.
Pode, sim, prepará-lo para tornar-se discípulo no trabalho da caridade.
Versículo 26:
Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração?
Acho que todos os amigos leitores devem ler o livro de Jeremias, principalmente aqueles que sonham com uma mediunidade gloriosa.
Esse livro ofertou-me grandes lições e eu me sentia feliz.
Uma música servia de fundo para as Lamentações de Jeremias.
E lá no Capítulo 3, versículos 58 e 59:
Pleiteaste Senhor a causa da minha alma, remiste a minha vida.
Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa.
Terminara a aula.
Olhei para a plateia e percebi que alguns choravam.
Um senhor que estava sentado junto a mim falou:
- Feliz o médium que chega ao final da tarefa e recita uma rogativa de agradecimento por todo o trabalho oferecido e mais ainda por tê-lo cumprido bem.
Feliz aquele que não usa mal o seu dom; feliz o que, ao se tornar profeta, não abusa dos que desconhecem o poder de Deus.
Dito isso, levantou-se.
Só muito depois eu o reconheci:
foi um conceituado médium brasileiro.
- Que Deus o abençoe, Espírito amigo! - ainda tentei lhe dizer, mas ele desapareceu entre os alunos.
Deixei vagarosamente o local.
Samita aproximou-se de mim e fomos até a Alameda das Rosas, onde estas, muito perfumadas, davam-nos a certeza da presença de Deus.
Ainda soavam aos meus ouvidos as lamentações de Jeremias, como no Capítulo 5, versículo 16:
Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós, porque pecamos!
- Samita, é muito sério o convívio com os "mortos", infeliz daquele que brincar com eles.
- Sérgio, muito se vê ainda hoje falsos profetas apoderando-se de nomes respeitáveis, para se tornarem admirados.
Ninguém deseja receber o Zé ou o João, deseja nomes ilustres, mesmo que ao proferir a mensagem esta nada tenha de aproveitável.
- O que está precisando ainda?
- Humildade.
O homem necessita sentar no último lugar e se respeitar, porque quem não se gosta fica exposto ao ridículo, e não há facto mais triste que se ver alguém mistificando.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:21 pm

Jeremias temia esses irmãos e hoje ainda presenciamos aqueles que contam sonhos e profetizam em nome do Senhor.
- Morro de medo deles, Samita!
- Verdade? Mas quem não tem?...
Rimos e ela me convidou a chegarmos até uma ala de estudos médicos, onde se encontravam espíritos de crianças recém-libertos da carne em tratamento para o retorno ao corpo físico.
Percebi neles a saudade dos pais e, por mais que os encarregados do tratamento lutassem para libertá-los, faziam-se acompanhar dos fluidos da dor e do desespero de familiares.
Acerquei-me de uma criança de dois aninhos, muito linda.
Ela gemia agarrada ao travesseiro.
Um irmão cantava para ela.
Ao me perceber, abriu os olhos e exclamou!
- Papai!
Peguei sua mãozinha e ela me implorou o colo.
Samita o permitiu e, quando a enlacei, aquietou-se, cerrando os olhos.
Cantei esta canção:
Dorme criança dorme
Dorme meu neném
Dorme criança dorme
Dorme meu neném
Lá fora o vento sussurra
A chuva quer te molhar

Aqui Maria murmura:
- Criança, vamos brincar!
Lá fora a dor da saudade
Não te deixa sonhar
Procura a felicidade
E vamos criança esperar
A volta da realidade Logo ela vai voltar.

Abrindo os olhos, me disse:
- Titio, eu gosto de ti.
- Eu também te gosto.
Ia colocá-la na cama, mas pediu o chão, e, andando com desenvoltura, ia de caminha em caminha, olhar as outras crianças.
Uma das enfermeiras, carinhosamente, enlaçou sua mão e a trouxe novamente a nós, para se despedir.
Ela seria transferida para um dos sectores do Departamento da Reencarnação.
- O que aconteceu?
Eu só cantei... - comentei com Samita.
- Sérgio, esta criança está precisando reencarnar, mas o pai, Inconformado, só sabe reclamar de Deus e mentaliza sempre a filha morta.
Ela sofre tanto com isso, que procura a fuga no sono e nada a fazia desejar sair da cama.
- E que fiz eu?
- Quase nada, só que, ao abraçá-la, você lhe deu a certeza de que a vida continua e que nós devemos acreditar nas pessoas.
- Não entendi.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:21 pm

- Muito fácil:
ela compreendeu que tinha condição de recusar da família os fluidos negativos da revolta.
Enquanto você cantava, ela, prestando atenção à música, não sentiu mais dor na cabeça.
- Na cabeça?
- Sim. Ela desencarnou com meningite.
Recordei-me do Livro de Ezequiel, Capítulo 2, versículo 1:
E disse-me: filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.
Acerquei-me de um garoto que havia desencarnado com pneumonia e encontrava ainda muita dificuldade para respirar.
Esclareceu Samita:
- Este garoto necessita reencarnar urgente e, por mais que tentemos, não encontramos meios de curá-lo.
Ele terá de ser tratado no corpo físico.
Só assim conseguiremos limpar o seu perispírito.
- E daí, no corpo físico, ele será sempre um doente?
- Nos primeiros anos de vida, sim.
Principalmente se os pais não o tratarem espiritualmente.
Uma criança nessas condições necessita ser medicada com homeopatia, tomar passes, e viver num ambiente cristão, evitando excesso de medicamentos.
Água fluída é um óptimo remédio!
A criança respirava através de um aparelho.
Fitei-a e ela cobriu a cabeça, não queria me olhar.
Acariciei-a e fui até outro garoto, que logo retornaria ao plano físico.
Tinha sofrido um acidente e a mãe só pensava em suicidar-se, sem imaginar que este gesto iria afastá-la ainda mais do filho querido.
O perispírito do garoto apresentava-se muito manchado; os pais teimavam em recordá-lo entre as ferragens.
Notei que a cama era circundada por uma rede protectora, que isolava apenas quarenta por cento das vibrações de desespero e dor dos pais.
- Samita, é justo este espírito voltar logo?
Não é mais fácil curar-se aqui?
- Sérgio, ele não era para estar aqui, ele veio como estão vindo muitos ultimamente: por abuso da máquina ou outros abusos.
Ele não tem muito tempo.
Se aqui permanecer, os seus companheiros de evolução o encontrarão fora de época.
A futura esposa estará mais velha, e até os que seriam seus filhos.
- O que? Os filhos?
- Estou brincando, mas se ele se atrasar na reencarnação, muitos serão prejudicados.
E ele tem um tarefa.
Ali, naquela enfermaria, os espíritos se encontravam muito perturbados.
Era a parada para o futuro.
Todos eles obedeceriam a uma reencarnação rápida.
Muitos só passariam dois meses na Espiritualidade, teriam de retornar, mesmo doentes.
Mas no corpo físico continuarão a receber o tratamento dos médicos espirituais.
Samita aproximou-se de uma garota de seus seis anos; ela chorava muito, chamando pela mãe.
Por mais que Samita empregasse métodos modernos, não parava de gritar pela mãe.
Samita apertou um botão e Olavo se fez presente.
Ele fixou bem a garota e a chamou pelo nome.
- Clarisse, por que chora?
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:06 pm

- Quero minha mãe!
- Se você deseja sua mãe, Clarisse, não deseja aliviar a sua dor e não é a mamãe que o irá fazer, é você, menina!
Olhe o seu braço e o imagine curado, ele não está deficiente.
Sua respiração está normal.
Aqui nos encontramos protegidos.
Portanto, Clarisse, vamos imaginar que esta bolha que a protege vai ficando cada vez mais azul.
Clarisse olhava Olavo, assustada.
Ela me pareceu dentro de um aparelho que a deixava apenas com a cabeça de fora.
Quanto mais eu fixava a vista, mais entrava em seu campo mental e o aparelho mais real me parecia.
A medida que Olavo ia-lhe dominando a mente, o aparelho ia ficando mais etéreo e, pouco a pouco, desaparecendo.
Olavo activava o subconsciente de Clarisse e a trazia à realidade, e esta realidade era uma cama forrada de lençol azul e Clarisse livre de qualquer aparelho.
Enquanto Olavo trabalhava com a mente de Clarisse. vimos na tela a família que havia ficado sendo atendida por outros médicos, devido à depressão a que se entregavam.
Os pais, inconformados, só se recordavam da filha naquele estranho aparelho no qual passara as últimas horas anteriores ao desencarne.
Muito ligada a eles, ela não conseguia libertar-se para a realidade espiritual.
Olavo, carinhoso, lentamente dominava as vibrações más dos pais distantes, actuando sobre a mente da garotinha.
Observando aqueles amigos, senti-me feliz.
Como é importante a vida que Deus bondosamente me ofertou!
Estava de saída quando o bom Olavo cruzou comigo.
Cumprimentei-o, respeitosamente.
- Como vão os livros? - perguntou-me sorrindo.
- Optimamente bem.
Hoje, senhor, tive oportunidade de assistir ao seu trabalho, e desejei muito consultá-lo, pois recebo cartas e mais cartas de pessoas indagando-me sobre sonhos.
Gostaria que o senhor me desse algumas explicações.
- Sérgio, quando vamos estudar a alma humana, devemos perguntar:
O que é alma?
Porque poucas pessoas conhecem o seu valor.
E dentro de cada ser existe uma inteligência que comanda.
Psiquismo?
Sim, para os psicólogos; alma, para os religiosos, Espírito, para os que vão além do psiquismo.
Portanto, Luiz Sérgio, vamos tratar de estudar o Espírito, compreender a alma, e buscar no consciente a causa das nossas neuroses e, diante de certos factos, o porquê dos sonhos.
O Espiritismo define os sonhos como actividade do espírito liberto do corpo físico.
Muito certo.
As vezes o homem, ao voltar ao corpo, recorda vagamente alguns fatos ocorridos durante o sono.
Às vezes sonhamos factos que jamais faríamos em nosso dia-a-dia.
Se nos liberamos durante o sono culpamo-nos e os sonhos são tidos como pesadelos.
São desejos reprimidos que, ao acordarmos, não queremos relembrar, sentimos vergonha do sonho.
O homem é um ser duplo: de um lado, o bem; do outro, o mal e suas tendências ainda não buriladas.
No momento em que saímos da prisão da carne ou do meio onde temos de usar máscara, somos nós mesmos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:06 pm

Aí é que a nossa consciência nos acusa, porque sentimos prazer naquilo que sabemos não ser correto.
- Olavo, então o sonho é uma vontade?
- O sonho é o prolongamento da vigília, só que quando dormimos, viajamos para um país mais livre e, de posse da liberdade, fazemos tudo o que nos é proibido; todavia a viagem é muito rápida e na volta nos sentimos tristes e muitas vezes infelizes.
Chamamos de pesadelo aquilo que gostaríamos que fosse realidade.
- Mas, Olavo, e quando sonhamos que somos assaltados?
Ou que caímos dos alturas?
- Recordamos esses trágicos momentos, mas não o que nos levou a eles.
Pode parecer difícil de entender, porque muitas vezes os chamados pesadelos são terríveis, eles são aquilo que não conseguimos realizar e que quando realizamos nos apavoram, pois o nosso eu deseja e não deseja, não possui firmeza no que quer.
E também, Luiz, existem os segredos da alma, o nosso cofre de lembranças que, muitas vezes, solta alguns fragmentos e muitos deles nada agradáveis.
As vidas sucessivas dão resposta a muitas neuroses.
E lamentável que os estudiosos não entrelacem as mãos com os factos.
Mas chegaremos lá, espero.
- Enquanto isso, Olavo, o que devemos fazer para não sonhar coisas feias?
- E tratar de buscar em si próprio a intensidade do querer.
Não se culpar e, sim, procurar no dia-a-dia o crescimento necessário.
E isto se faz com muita força de vontade e perseverança.
O homem precisa descobrir nele o seu próprio valor.
- Irmão, e quanto à família de Clarisse, de que modo ela irá se curar?
- Procurando viver normalmente, porque ninguém consegue viver de lembranças.
A saudade desequilibrada faz o ser fugir da realidade.
0 homem que vive em sociedade não pode esquecer que hoje é hoje, senão ele enlouquece de vez.
Estarei sempre naquele lar tentando dar à família um pouco do meu trabalho e espero vê-la restabelecida.
O certo seria buscar uma Casa espírita para compreender o porquê da separação.
- Obrigado, Olavo, você é sempre você!
Ele me sorriu e eu fui juntar-me aos outros.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:07 pm

Capítulo 26 - RESPEITEMOS NOSSA MEDIUNIDADE
Ainda levava no semblante a admiração pelas palavras de Olavo, quando me juntei aos outros.
- Sérgio, pensei que você houvesse terminado o curso - falou Lourival.
- Não, amigo, é que sou ainda muito imperfeito e preciso respirar de quando em vez.
Então eu paro, visito os departamentos, e assim vou haurindo forças para continuar.
Dirigimo-nos ao anfiteatro onde iríamos continuar assistindo às páginas bíblicas.
Ao sentarmos, avistei o querido Benigno que, atento, admirava tudo, ele, que nas experiências relatadas no livro Consciência foi um grande companheiro.
Cumprimentamo-nos, respeitosamente - o local isso exigia.
Na tela, o Livro de Jeremias, Capítulo 37, versículos 14 e 15:
Então o rei Zedequeus mandou trazer o profeta Jeremias.
Disse Jeremias:
Se eu te disser porventura não me matarás?
Se eu te aconselhar, não me atenderás.
E logo após os conselhos de Jeremias.
Este capítulo, todo ele é repleto de premonições.
- Por que estamos revendo o livro de Jeremias? - perguntei.
- Simplesmente porque mais tarde teremos uma aula sobre mediunidade - respondeu-me Samita.
Não estava compreendendo muito bem.
Nisso, um simpático irmão fez-se presente no palco.
O assunto relacionava-se à época de Jesus.
Passou a narrar a fidelidade do Mestre para com os valores de Deus; a dignidade do Espírito que conviveu com a ignorância e não Se disse sábio; o respeito de Jesus para com o próximo, calando-se para não nos humilhar com a Sua sabedoria.
Desfilaram diante de nós as cenas com Jesus e o Seu silêncio; as pessoas perturbadas sendo socorridas por Ele, mas jamais sendo censuradas; e também os companheiros de Jesus.
Junto aos apóstolos, Ele se fez um deles.
Em nenhum instante portou-se como dirigente ou ídolo; tornou-se irmão de todos vivendo ao nosso lado.
E vimos o momento em que, conhecendo as necessidades da Terra, precisou dos apóstolos para Lhe fazerem companhia, chamando-os para segui-Lo.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir, disse-lhes Jesus.
Sua missão para o mundo foi de reivindicar os sagrados direitos da Lei.
Veio para explicar a relação da lei para com os homens, e exemplificar lhes os preceitos mediante Sua própria vida de obediência.
Deus nos deu Seus santos ensinamentos porque ama a Humanidade.
Quando a Lei foi proclamada no Sinai, Deus tornou conhecida aos homens a possibilidade da perfeição do carácter, a fim de que pudessem os anjos decaídos erguerem-se da própria luta.
Na vida do Cristo tornaram-se patentes os princípios da Lei.
Moisés a recebeu, Jesus a viveu.
Os que infringirem os mandamentos e ensinarem os outros a fazer assim serão condenados pelos remorsos.
Os doutores da lei consideravam sua justiça um passaporte para o céu; mas Jesus declarou-a injusta e indigna.
Os cerimoniais exteriores ficam na terra, só acompanha o ser o que ele fez de bom.
Em toda experiência humana, o conhecimento teórico da verdade se tem demonstrado insuficiente para a salvação da alma, não produz frutos de justiça.
Os mais negros capítulos da História acham-se repletos de registros de crimes cometidos por fanáticos adeptos de religiões.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:07 pm

Os fariseus consideravam-se puros, os maiores religiosos do mundo, mas sua chamada ortodoxia levou-os a crucificar o Senhor da paz.
O perigo existe ainda.
Muitos se julgam cristãos, mas não introduziram, ainda, a verdade na vida prática.
Assim vão caindo um por um os falsos profetas.
Várias religiões já se tornaram caducas, e por quê?
Simplesmente por vaidade, por considerarem-nas melhores que outras.
Já imaginaram se Jesus tivesse feito o mesmo?
Mas, não! Preocupado com todos nós, Jesus incumbiu um grande homem de tirar o véu da letra, e surgiu a Doutrina Espírita, simples, mas profundamente filosófica.
Todos podem compreendê-la, mas poucos terão força suficiente para vivê-la.
Juntamente com a Doutrina, veio a educação mediúnica, remédio que faltou aos profetas.
Allan Kardec apresentou muito bem a fórmula do bom senso, mas o tempo pretendeu apagar as verdades doutrinárias e, com tristeza, voltamos a presenciar o misticismo dentro da própria Doutrina.
Muitos templos foram abertos, mas poucos conservando a pureza kardequiana; as verdades passaram a ser deturpadas, surgindo os falsos profetas dizendo-se espíritas, sem respeitarem o desespero e a dor dos seus semelhantes.
Portanto, precisamos dar ao homem que crê na imortalidade da alma o conhecimento de que podemos ser espíritas sem precisar conviver com os desencarnados.
E basta buscarmos nos livros o porquê da vida.
Precisamos dar àqueles que nos procuram a certeza de que Deus nos ama, cuidando para não desejar torná-los espíritas a peso de ameaças de umbral e de obsessão.
A Doutrina não precisa de propaganda gratuita, mas de grandes exemplos e esses nos pedem apenas renúncia.
Para ter na Doutrina péssimos espíritas, é muito melhor que sejam bons em outras religiões.
Se disserem: por minha causa vários amigos se tornaram espíritas, perguntaremos:
bons espíritas ou tementes espiritualistas?
O homem ao buscar as verdades espirituais desprende-se do ego e cresce cada vez mais para o alto; torna-se pessoa mansa e amiga da verdade.
Hoje, analisando o movimento espírita, constatamos entristecidos que vários centros espíritas brincam com a ignorância do próximo; médiuns doentes e fanáticos enxergam espíritos em todos os lugares e mentem na conversação, comunicando fatos que percebemos logo serem mentirosos.
Existem aqueles que falam do passado, do presente e do futuro, que lutam para dissolver grupos, porque a vaidade lhes banha a alma.
Todos os médiuns precisam conscientizar-se de que a Lei de Deus é uma só e chama-se Verdade.
Deixemos a vaidade de lado e não busquemos nos espíritos conhecidos a ascensão do nosso caminho; ao invés disso busquemos nos amigos espirituais as palavras simples e amigas de Jesus.
Não desejemos mediunidade ostensiva, mas aquela que nos ofereça oportunidades de trabalho.
Por que essa vontade de dirigir alguém, se Jesus, como Governador do Planeta,
Se fez o menor de todos? Se você ouve espíritos, eduque-os para os lugares certos de conversação.
Nada mais desagradável do que vivermos misturando espíritos com encarnados.
Se enxergamos os amigos espirituais, não fiquemos a tocar a trombeta por isso; nem todo mundo está preparado para ouvir falar deles.
Se temos premonição, que a guardemos para lugares apropriados; é muito triste brincarmos com a verdade.
Se possuímos mediunidade de psicofonia, cuidemos para bem servir àqueles que nos buscam; nada mais desagradável do que o descrédito se nos toma a vaidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:07 pm

Se a psicografia é a nossa tarefa, respeitemos os nomes veneráveis e não nos preocupemos tanto com os nomes famosos.
A mensagem se conhece pelo valor moral que ela nos traz.
Se desejamos possuir conhecimento, que o façamos de maneira equilibrada, não misturando tudo de uma só vez dando margem ao desequilíbrio, porque não temos ainda maturidade para compreendermos a grandeza de Deus.
Cuidado devemos tomar.
Os homens passam, mas a Doutrina é eterna.
Se hoje a traímos, amanhã talvez não tenhamos tempo para pedir perdão.
Jeremias, orando a Deus, falou no Capítulo 44, versículos 4 e 5:
Todavia começando eu de madrugada, lhes tenho enviado os meus servos, os profetas para lhes dizer.
Não façais esta coisa abominável que aborrece.
Mas eles não obedeceram, nem inclinaram os ouvidos para se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a outros deuses.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:07 pm

Capítulo 27 - Ó PASTORES, OUVI A PALAVRA DO SENHOR!
Contemplando o teatro vivo e plasmando no coração as imagens daqueles que escreveram a história bíblica, observei que vários deles continuaram a missão divina, só revestidos de outros corpos, como o caso do grande companheiro de Moisés - Aarão.
Depois, com que carinho acompanhamos a vida do profeta Jeremias e a sua luta como enviado de Deus!
Logo após vimos sua reencarnação na época de Jesus, lutando também para transmitir as palavras do Alto.
Pouco a pouco o cenário foi mudando.
Vimos Ezequiel e sua visão quando previu a vinda de Jesus, no Capítulo 1?, versículo 28:
Com aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chuva, assim era o esplendor em redor, esta era a aparência da glória do Senhor; vendo isto cai com o rosto em terra, e ouvi a voz de quem falava.
No Capítulo 19 diz Ezequiel, versículos 5 a 7:
Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta; tinham a semelhança de homem.
Cada um tinha quatro rostos, como também asas.
Os seus pés eram direitos e a planta de seus pés era como a de um bezerro e luzia como o brilho de bronze.
Se já conhecemos o Apocalipse, lembraremos que os Evangelistas são indicados por quatro animais.
No versículo 10:
forma de seus rostos era a de homem, os quatro tinham o rosto de leão, rosto de boi e também rosto de águia.
Marcos, é indicado como leão, Lucas como novilho, Mateus, um animal com aspecto de homem, e João, um animal semelhante à águia.
Ezequiel, ainda no versículo 11:
Assim eram os seus rostos.
Suas asas se abriam em cima; cada ser tinha duas asas, unidas cada uma à do outro; outras duas cobriam os corpos deles.
E Ezequiel continua narrando a vida desses seres que ele chamava de seres viventes.
No versículo 26:
Por cima do firmamento que estava sobre as suas cabeças, havia algo semelhante a um trono, como uma safira; sobre esta espécie de trono estava sentada uma figura semelhante a de um homem.
Eis aqui Jesus!
Linhas atrás citei o versículo 28, quando Ezequiel, ao vê-lo, cai com o rosto em terra.
No Capítulo 2, Ezequiel se defronta com o Evangelho de Jesus.
Vejamos os versículos 8 e 9:
Tu, ó filho do homem, ouve o que eu digo, não te insurjas, como a casa rebelde; abre a boca, e come o que eu dou.
Então vi, e eis que certa mão se estendia para mim, e nela se achava o rolo de um livro.
Fiquei deslumbrado com esta passagem.
Primeiro, foram apresentados os Evangelistas, depois Jesus e o Seu Evangelho. Isso tudo para um homem que, muitos anos depois, Allan Kardec denominaria médium, médium com Jesus, sério, disciplinado e verdadeiro.
Senti vontade de chorar.
Meu Deus, como é grandiosa a tarefa mediúnica!
E a vida de Ezequiel foi pouco a pouco se tornando íntima, mas o meu coração gradativamente se entristecia.
Ezequiel, na sua gloriosa vidência, previa a dureza da humanidade, o orgulho do homem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:08 pm

No Capítulo 12, versículo 20:
As cidades habitadas cairão em ruínas e a terra se tornará em desolação; e sabereis que eu sou o senhor.
Aos poucos, a Doutrina Espírita se destaca e se faz brilhante, só ela nos coloca frente à razão.
Kardec aconselha que rejeitemos noventa e nove verdades a aceitar uma só mentira.
Aqui Ezequiel diz, Capitulo 13, profecia contra os falsos profetas, versículo 3:
Assim diz o Senhor Deus:
Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito, sem nada ter visto!
Ainda nos versículos 6 a 8:
Tiveram visões falsas e adivinhações mentirosas os que dizem:
O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; e esperam o cumprimento da palavra.
Não tivestes visões falsas e não falastes adivinhações mentirosas, quando dissestes:
o Senhor diz, sendo que eu tal não falei?
Portanto, assim diz o Senhor Deus:
como falais falsidades e tendes visões mentirosas, por isso eu sou contra vós outros, diz o Senhor Deus.
Que beleza esta passagem!
Confirma a luta do espírita sério contra a doença de certos médiuns que criam na própria imaginação quadros e factos e julgam-se óptimos médiuns.
Se tiverem tempo e boa vontade leiam todo o livro de Ezequiel para terem oportunidade de compreender a bondade de Deus quando deu a Allan Kardec a missão de nos enviar as verdades divinas.
Mas, voltemos ao Capítulo 13, versículo 18:
Assim diz o Senhor Deus:
Ai das que cosem invólucros feiticeiros para todas as articulações das mãos. e fazem véus para cabeça de todo tamanho, para caçarem almas.
E o versículo 23:
Por isso já não tereis visões falsas, nem jamais fareis adivinhações, livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor.
E assim sabemos nós porque a proibição de Moisés.
Depois Cristo ofereceu grandes ensinamentos e restabeleceu a comunicação com os espíritos no Monte Tabor, dando-nos a certeza de que o espírito é Chama eterna e jamais sucumbirá junto a um amontoado de carne.
Saiu do túmulo para nos mostrar o caminho da verdade e da vida eterna; para dizer que nós também podemos sair do túmulo para crescer para Deus.
Ezequiel dá a todos nós o exemplo do amor a Deus e alerta os médiuns para o perigo do fanatismo.
Mediunidade não é um diploma que se obtém para a glória do homem da Terra, mediunidade é uma enxada que Deus coloca em nossas mãos para que elas fiquem calejadas pela humildade. Jamais devemos expor a nossa mediunidade ao ridículo, transformando-a em objecto de propaganda pessoal.
Como ninguém é enganado por muito tempo, logo se percebe a vaidade em um médium.
Os bons instrumentos pouco falam da sua mediunidade.
A Doutrina Espírita muito bem elucida o homem para o perigo do fanatismo e hoje ainda o que mais se vê são pessoas colocando nomes naquilo que recebem dos espíritos sem um mínimo de bom senso.
Quando o médium está começando a se desenvolver, ele é ajudado por espíritos capacitados para esse trabalho, portanto, este médium não deve ficar preocupado com o nome do Espírito.
Vamos ler um pouco mais e tomar cuidado com as nossas palavras.
E ridículo o que se vê em muitos lugares: médiuns se dizendo videntes, a narrar sem critério e isso em qualquer lugar em que ele se encontre.
Existe na Doutrina muitos lugares de trabalho e por que não fazemos do Evangelho o nosso caminho?
Só ele fortalecerá o nosso Espírito, e este, fortalecido, não será presa dos obsessores maiores da Humanidade:
a vaidade, o egoísmo e o orgulho.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:08 pm

E jamais serviremos ao próximo com estes inimigos abrigados em nossas almas.
Falar bonito somente nada acrescenta em nossas vidas se não nos tornamos bons.
E lamentável defrontarmo-nos com pessoas que se dizem médiuns audientes, psicofónicos, psicógrafos, videntes, e mais tarde ficarmos desiludidos, ao descobrirmos que são poços de vaidade e fanáticos religiosos.
E preferível o médium trabalhar em silêncio, do que afastar de si as pessoas que desejam servir à Doutrina com dignidade.
Torno a repetir: os bons médiuns não fazem propaganda de si mesmos, são simples e fogem de qualquer publicidade, por saberem que o seu dom não lhes pertence.
0 profeta Ezequiel dá-nos exemplo de fidelidade a Deus.
Por que não fazemos o mesmo?
E tão fácil!
E só nos respeitarmos, e só é respeitado aquele que se dá ao respeito.
O fanático não só se desrespeita, como faz tudo para ser ridicularizado.
A identificação luminosa da minha cadeira mantinha-se acesa.
Fui o último a sair.
No palco, uma luz banhava este trecho do livro de Ezequiel e a sua figura, de joelhos, com as mãos para cima, pronunciava com humildade:
As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes, e por todo elevado outeiro, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque.
Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor. (Capítulo 34, versículos 6 e 7).
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:08 pm

Capítulo 28 - DE VOLTA AO DEPARTAMENTO DAS ARTES
Ia alcançando o jardim, andando devagar; para que apressar-me?
Mas, para minha surpresa, ali fora me esperavam Samuel, Lourival, Sara, Conrad, Saturnino. Assustei-me.
- Vocês estão me aguardando?
Se soubesse não teria demorado tanto.
- Gostaste da aula?
Sara perguntou-me.
- Muito, querida.
Todas elas têm sido óptimas.
- Estávamos esperando-o para darmos uma chegada no Jardim das Artes - explicou Samuel.
- Já não estivemos lá?
- Sim, mas o Pierre Lambret irá fazer uma conferência sobre psicopictografia, e será de bom proveito para todos nós.
- Então, pé na estrada!...
Falando assim, dirigimo-nos àquele belo Departamento.
Parecia uma cidade encantada, muito bem iluminada, praças lindíssimas.
Muitas delas ainda conservavam os seus coretos e suas lanternas.
Os pássaros eram tão saltitantes que me chamaram a atenção.
Também, pudera, eles aqui são livres!
Lourival cantou uma canção muito linda, mais ou menos assim:
O Senhor é meu Pastor Nada me faltará
O Senhor é meu Pastor Nada me faltará
As rosas sempre lindas O chão a trabalhar
Pássaros saltitantes
Sempre, sempre a cantar
Nós, os eternos viajantes
Encontrando no Senhor
A força para andar o céu sempre azul
Árvores tão amigas
O mar cantando dolente
Sua estranha cantiga
Preocupado com a gente
E com a baleia amiga
O Senhor é o Pastor Das almas do Criador.
- Dando uma de cantor, hein? - brinquei.
- Nas horas vagas..., nas horas vagas.
Quando chegamos, o pátio já se encontrava repleto.
Sentamos na relva mesmo.
Ao lado de Sara me acomodei, e confesso mais que curioso.
Nós já estiváramos ali, e agora por que a volta?
Uma melodia se fazia ouvir e pouco a pouco compreendemos: era a hora do silêncio. Iniciou-se a prece e logo após, o nosso Pierre apresentou vários quadros lindos, lindos, falando sobre a técnica da pintura e se colocou à disposição dos interessados.
Perguntei-lhe o porquê da terapia das cores. Ele respondeu:
- O mundo não foi criado em preto e branco, Deus o coloriu e graças à sua arte a natureza é lindíssima.
Daí entendermos que nas cores se encontram concentradas as energias e, conforme o nosso desgaste, necessário se faz uma reposição das cores nas nossas auras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:08 pm

- Elas curam?
- Sim. A cor restaura um quadro corroído ou danificado.
Se a tela ganha nova aparência quando tratada por pintor capacitado, o corpo, da mesma forma, se bem tratado, volta a possuir luminosidade.
A aplicação da cor nos corpos é uma nova terapia, que será muito proveitosa para a Humanidade.
- E os desenhos mediúnicos?
- Já tratamos aqui desse assunto, mas nunca é tarde para estudarmos um pouco mais, principalmente porque se trata de algo que pode abalar a integridade da Doutrina Espírita.
Meus amigos, a mediunidade psicopictográfica pede a cada médium muita humildade; não convém a esses medianeiros assinar seus trabalhos sem critério.
Quem conhece arte não compra um quadro somente pela assinatura.
Infelizmente, poucos quadros psicopictografados são obras completas do artista citado, portanto, se a tela for parar em mão de pessoas capacitadas, logo cairá no descrédito.
Um especialista em pintura encontrará traços do próprio médium e isto fará a tela perder autenticidade.
O certo é não assinar.
- E se o médium é mecânico?
- Poucos, muito poucos, são mecânicos e assim mesmo devemos tomar cuidado.
Os grupos mediúnicos devem alertar seus médiuns.
Existem quadros lindíssimos psicopictografados, mas com apenas cinquenta por cento da arte do mestre da pintura.
E um conhecedor não aceitará um quadro que tenha, por outro lado, cinquenta por cento do médium.
E cinquenta por cento é considerado por nós um índice excelente!
- Pierre, portanto, os médiuns não devem assinar, mesmo um quadro belíssimo?
- Não devem, se possuírem bom senso, principalmente se respeitam a Doutrina Espírita.
Só se o médium passar os seus quadros a uma apreciação de pessoas capacitadas, não somente da Doutrina, mas ligadas à arte.
A vaidade poderá cortar uma bela tarefa.
E daqui faço um apelo aos dirigentes de grupos: que formem grupos exclusivamente de pintura, mas obedecendo o Evangelho de Jesus, onde o silêncio é gratificante.
Nada de estrelismos.
0 pintor do Departamento da Arte só vai ao mundo físico para pintar se já passou pelo departamento da humildade.
E, sendo assim, não importa de se manter oculto.
Juntar vários médiuns de pintura é muito bom, não só para o grupo, como para todo o Centro.
As cores curam e dão equilíbrio.
- Pierre - argumentou Conrad - dias atrás apreciei um quadro mediúnico seu e percebi que ele possuía muito vermelho e sei que você quase não utiliza essa cor.
- E verdade, só uso o vermelho para criar outras cores.
Mas o médium que me serviu a usou muito.
Mas nem por isso o quadro ficou feio. Porém, se analisado por um conhecedor, não poderá ser considerado autêntico.
- A psicografia é mais fácil, não?
- Não tenho capacidade para responder, o meu Departamento é o da Arte.
- Pierre, hoje qualquer médium está assinando nome de pintores famosos.
0 que você lhes aconselha?
- Prudência. E muito triste sermos ridicularizados porque não possuímos o bom senso da humildade.
Não importa o nome, um quadro se conhece por seus traçados firmes e pelas cores harmoniosas.
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