Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
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Re: Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
Não devo contrariar os desígnios de Deus.
A essa altura do diálogo, interveio o clínico espiritual que nos encaminhara até ali, informando, atencioso:
— Nossa amiga tem razão.
Fernando não poderá acompanhá-la, mas tão nobre tem sido a intercessão materna que tenho instruções para conduzi-lo a lugar seguro, a uma casa de socorro, onde poderá colher o melhor proveito do sofrimento, porquanto será asilado em zona vibratória inacessível as influências inferiores e criminosas, embora situada em regiões baixas.
— Já sei — murmurou Aniceto com grave entoo — trata-se de medida muito acertada.
Em seguida, acentuou como quem não tinha tempo a perder:
— A aflição dos familiares encarnados, aqui presentes, poderá dificultar-nos a acção.
Observem como todos eles emitem recursos magnéticos em benefício do moribundo.
De facto, uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo, quase morto.
— Tais socorros — tornou Aniceto — são agora inúteis para devolver-lhe o equilíbrio orgânico.
Precisamos neutralizar essas forças, emitidas pela inquietação, proporcionando, antes de tudo, a possível serenidade à família.
E, aproximando-se ainda mais do agonizante, tomou a atitude do magnetizador, exclamando:
— Modifiquemos o quadro do coma.
Após alguns minutos em que nosso mentor operava, secundado pelo nosso respeitoso silêncio, ouvimos o médico encarnado anunciar aos parentes do moribundo:
— Melhoram os prognósticos.
A pulsação, inexplicavelmente, está quase normal.
A respiração tende acalmar-se.
Três senhoras suspiraram aliviadas.
— Dona Amanda — dirigiu-se o assistente à esposa do moribundo — convém que vá repousar, levando as suas cunhadas.
O senhor Fernando está muito tranquilo e a situação é francamente favorável.
Ficaremos velando, o senhor Januário e eu.
As senhoras e mais dois cavalheiros, que se prontificavam a retirar, agradeceram satisfeitos e comovidos.
Permaneceram no aposento somente o médico e um irmão do agonizante.
A melhora mórbita tranquilizara a todos.
E, aos poucos, os fios cinzentos que se ligavam ao enfermo desapareceram sem deixar vestígios.
— Abramos a janela — disse o médico satisfeito — o ar talvez acelere as melhoras do nosso amigo.
O senhor Januário atendeu, abrindo a ampla vidraça.
Fundamente espantado, reparei que três rostos horríveis pela expressão diabólica surgiram, de repente, no peitoril, e interrogaram em voz alta:
— Como é? Fernando vem ou não vem?
Ninguém respondeu.
Notei, porém, que Aniceto lhes dirigiu significativo olhar, compelindo-os, tão rápido com essa medida.
A essa altura do diálogo, interveio o clínico espiritual que nos encaminhara até ali, informando, atencioso:
— Nossa amiga tem razão.
Fernando não poderá acompanhá-la, mas tão nobre tem sido a intercessão materna que tenho instruções para conduzi-lo a lugar seguro, a uma casa de socorro, onde poderá colher o melhor proveito do sofrimento, porquanto será asilado em zona vibratória inacessível as influências inferiores e criminosas, embora situada em regiões baixas.
— Já sei — murmurou Aniceto com grave entoo — trata-se de medida muito acertada.
Em seguida, acentuou como quem não tinha tempo a perder:
— A aflição dos familiares encarnados, aqui presentes, poderá dificultar-nos a acção.
Observem como todos eles emitem recursos magnéticos em benefício do moribundo.
De facto, uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo, quase morto.
— Tais socorros — tornou Aniceto — são agora inúteis para devolver-lhe o equilíbrio orgânico.
Precisamos neutralizar essas forças, emitidas pela inquietação, proporcionando, antes de tudo, a possível serenidade à família.
E, aproximando-se ainda mais do agonizante, tomou a atitude do magnetizador, exclamando:
— Modifiquemos o quadro do coma.
Após alguns minutos em que nosso mentor operava, secundado pelo nosso respeitoso silêncio, ouvimos o médico encarnado anunciar aos parentes do moribundo:
— Melhoram os prognósticos.
A pulsação, inexplicavelmente, está quase normal.
A respiração tende acalmar-se.
Três senhoras suspiraram aliviadas.
— Dona Amanda — dirigiu-se o assistente à esposa do moribundo — convém que vá repousar, levando as suas cunhadas.
O senhor Fernando está muito tranquilo e a situação é francamente favorável.
Ficaremos velando, o senhor Januário e eu.
As senhoras e mais dois cavalheiros, que se prontificavam a retirar, agradeceram satisfeitos e comovidos.
Permaneceram no aposento somente o médico e um irmão do agonizante.
A melhora mórbita tranquilizara a todos.
E, aos poucos, os fios cinzentos que se ligavam ao enfermo desapareceram sem deixar vestígios.
— Abramos a janela — disse o médico satisfeito — o ar talvez acelere as melhoras do nosso amigo.
O senhor Januário atendeu, abrindo a ampla vidraça.
Fundamente espantado, reparei que três rostos horríveis pela expressão diabólica surgiram, de repente, no peitoril, e interrogaram em voz alta:
— Como é? Fernando vem ou não vem?
Ninguém respondeu.
Notei, porém, que Aniceto lhes dirigiu significativo olhar, compelindo-os, tão rápido com essa medida.
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Re: Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
Meia hora passou, dentro da qual o médico e o senhor Januário, quase despreocupados do agonizante, pelas melhoras havidas, encetaram uma conversação animada, relativamente a problemas do mundo.
Aproveitou Aniceto a serenidade ambiente e começou a retirar o corpo espiritual de Fernando, desligando-o dos despojos, reparando eu que iniciara a operação pelos calcanhares, terminando na cabeça, a qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos.
Aniceto cortou-o com esforço.
O corpo de Fernando deu um estremeção, chamando o médico humano ao novo quadro.
A operação não fora curta e fácil.
Demorara-se longos minutos, durante os quais fez o nosso instrutor empregar todo seu o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas.
A família do morto, informada pelo senhor Januário, aflita penetrou no quarto, ruidosamente.
A progenitora do desencarnado, porém, auxiliada por Aniceto e pelo facultativo espiritual que nos levara até ali, prestou ao filho os socorros necessários.
Dai a instantes, enquanto a família terrena se debruçava em pranto sobre o cadáver, a pequena expedição constituída por três entidades, as duas senhoras e o clínico, saía conduzindo o desencarnado ao Instituto de assistência, reparando eu, contudo, que não saíam utilizando a volitação, mas caminhando como simples mortais.
Sentia-me fortemente impressionado.
Intrigava-me, sobretudo, o aparecimento daqueles rostos satânicos quando se abrira a janela.
Porque semelhante menosprezo a um agonizante?
Retirando-nos da residência, o instrutor me fitou atento, e, antes que formulasse qualquer pergunta, esclareceu:
— Não se preocupe tanto, André, com os vagabundos que esperavam nosso irmão infeliz.
Só não penetraram na câmara de dor porque a nobre presença maternal impedia tal assédio.
E, depois de calar-se por momentos, acrescentou:
— Cada criatura, na vida, cultiva as afeições que prefere.
Fernando estimava os companheiros desregrados.
Não é, pois, estranhável, que tenham vindo esperá-lo na estação de volta à existência real.
Pauto de Tarso, no capítulo 12 da Epístola aos Hebreus, disse que o homem está cercado de uma grande “nuvem de testemunhas”.
Ora, essa informação foi endereçada ao espírito humano há quase vinte séculos.
Cada um, pois, tem o séquito invisível a que se devota na Terra.
Mais tarde, quando a colectividade apreender a grandeza das lições evangélicas, todo homem terá cuidado na escolha de suas testemunhas.
Aproveitou Aniceto a serenidade ambiente e começou a retirar o corpo espiritual de Fernando, desligando-o dos despojos, reparando eu que iniciara a operação pelos calcanhares, terminando na cabeça, a qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos.
Aniceto cortou-o com esforço.
O corpo de Fernando deu um estremeção, chamando o médico humano ao novo quadro.
A operação não fora curta e fácil.
Demorara-se longos minutos, durante os quais fez o nosso instrutor empregar todo seu o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas.
A família do morto, informada pelo senhor Januário, aflita penetrou no quarto, ruidosamente.
A progenitora do desencarnado, porém, auxiliada por Aniceto e pelo facultativo espiritual que nos levara até ali, prestou ao filho os socorros necessários.
Dai a instantes, enquanto a família terrena se debruçava em pranto sobre o cadáver, a pequena expedição constituída por três entidades, as duas senhoras e o clínico, saía conduzindo o desencarnado ao Instituto de assistência, reparando eu, contudo, que não saíam utilizando a volitação, mas caminhando como simples mortais.
Sentia-me fortemente impressionado.
Intrigava-me, sobretudo, o aparecimento daqueles rostos satânicos quando se abrira a janela.
Porque semelhante menosprezo a um agonizante?
Retirando-nos da residência, o instrutor me fitou atento, e, antes que formulasse qualquer pergunta, esclareceu:
— Não se preocupe tanto, André, com os vagabundos que esperavam nosso irmão infeliz.
Só não penetraram na câmara de dor porque a nobre presença maternal impedia tal assédio.
E, depois de calar-se por momentos, acrescentou:
— Cada criatura, na vida, cultiva as afeições que prefere.
Fernando estimava os companheiros desregrados.
Não é, pois, estranhável, que tenham vindo esperá-lo na estação de volta à existência real.
Pauto de Tarso, no capítulo 12 da Epístola aos Hebreus, disse que o homem está cercado de uma grande “nuvem de testemunhas”.
Ora, essa informação foi endereçada ao espírito humano há quase vinte séculos.
Cada um, pois, tem o séquito invisível a que se devota na Terra.
Mais tarde, quando a colectividade apreender a grandeza das lições evangélicas, todo homem terá cuidado na escolha de suas testemunhas.
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Re: Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
LI - Nas despedidas
Depois de outras actividades espirituais, findou a semana de serviço a que Aniceto nos admitira em sua companhia.
Seguíramos o nobre instrutor, através de tarefas variadas e complexas.
Sediados no templo acolhedor de Isabel, atendêramos a considerável número de doentes, bem como a irmãos outros perturbados, abatidos, transviados e moribundos.
Nosso orientador tinha, para todos os casos, maravilhosos recursos de improvisação, sempre atencioso e optimista.
Aqueles poucos dias de trabalho novo encheram-me o cérebro de raciocínios novos e o coração de sentimentos que até então desconhecera.
Ao contacto das revelações de Aniceto, nos domínios da electricidade e do magnetismo, reformara todos os meus antigos conhecimentos de medicina.
A ascendência mental no equilíbrio orgânico, as forças radioactivas, o campo das bactérias, a visão mais ampla da matéria organizada, compeliam-me a nova conceituação científica na arte de curar os corpos enfermos.
Alargara-se, sobretudo, em minh’alma, o entendimento acerca do Médico Divino que restabelece a saúde do Espírito imortal.
A claridade extensa, que me felicitava agora o espírito, fornecia mais largo conhecimento de Jesus.
Compreendi, então, que a fé não constitui uma afirmativa de lábios, nem uma adesão de ordem estatística.
Procurá-la-ia, em vão, na esfera sectária, nas disputas vulgares, nos cultos exteriores alteráveis todos os dias.
Era, sim, uma fonte d’água viva, nascendo espontaneamente em minha alma.
Traduzia-se em reverência profunda, aliada ao mais alto conceito de serviço e responsabilidade, diante das sublimes concessões do Eterno Pai.
Encontrara um tesouro inacessível à destruição e um bem intransferível, por nascido e consolidado em mim mesmo.
Quando o Instrutor nos convidou a regressar, sentia-me positivamente outro.
Guardava a impressão de haver encontrado as notícias directas do Senhor Jesus na descoberta do meu próprio mundo interior.
Como poderia pagar ao prestimoso Aniceto semelhante capitalização de bens imortais?
Havia terminado o serviço de orações, na última reunião semanal da residência de Isidoro e Isabel.
Os trabalhos, sempre activos, haviam representado esfera de observações e experiências sempre novas.
Grande número de amigos de Aniceto acercaram-se do instrutor, ansiosos por partilharem a luz da conversação de despedidas.
O devotado orientador oferecia a todos a sua palavra de bom ânimo, optimismo, alegria e confiança no Senhor, como um príncipe de legenda, cuja boca fosse fonte inesgotável de ouro espiritual.
Vicente e eu tínhamos os olhos húmidos, desejosos de externar-lhe verbalmente nosso reconhecimento pelas bênçãos recolhidas; mas, ao nos aproximarmos, o abnegado orientador sorriu e antecipou:
— Agradeçam a Jesus pelo muito que nos tem dado.
E tomando a Bíblia, como interessado em fixar o assunto geral no amor às coisas santificadas, leu em voz alta, no capítulo segundo dos Provérbios de Salomão.
— “Filho meu, se aceitares as minhas palavras e guardares contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o teu coração ao entendimento; e se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros ocultos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.”
Depois de outras actividades espirituais, findou a semana de serviço a que Aniceto nos admitira em sua companhia.
Seguíramos o nobre instrutor, através de tarefas variadas e complexas.
Sediados no templo acolhedor de Isabel, atendêramos a considerável número de doentes, bem como a irmãos outros perturbados, abatidos, transviados e moribundos.
Nosso orientador tinha, para todos os casos, maravilhosos recursos de improvisação, sempre atencioso e optimista.
Aqueles poucos dias de trabalho novo encheram-me o cérebro de raciocínios novos e o coração de sentimentos que até então desconhecera.
Ao contacto das revelações de Aniceto, nos domínios da electricidade e do magnetismo, reformara todos os meus antigos conhecimentos de medicina.
A ascendência mental no equilíbrio orgânico, as forças radioactivas, o campo das bactérias, a visão mais ampla da matéria organizada, compeliam-me a nova conceituação científica na arte de curar os corpos enfermos.
Alargara-se, sobretudo, em minh’alma, o entendimento acerca do Médico Divino que restabelece a saúde do Espírito imortal.
A claridade extensa, que me felicitava agora o espírito, fornecia mais largo conhecimento de Jesus.
Compreendi, então, que a fé não constitui uma afirmativa de lábios, nem uma adesão de ordem estatística.
Procurá-la-ia, em vão, na esfera sectária, nas disputas vulgares, nos cultos exteriores alteráveis todos os dias.
Era, sim, uma fonte d’água viva, nascendo espontaneamente em minha alma.
Traduzia-se em reverência profunda, aliada ao mais alto conceito de serviço e responsabilidade, diante das sublimes concessões do Eterno Pai.
Encontrara um tesouro inacessível à destruição e um bem intransferível, por nascido e consolidado em mim mesmo.
Quando o Instrutor nos convidou a regressar, sentia-me positivamente outro.
Guardava a impressão de haver encontrado as notícias directas do Senhor Jesus na descoberta do meu próprio mundo interior.
Como poderia pagar ao prestimoso Aniceto semelhante capitalização de bens imortais?
Havia terminado o serviço de orações, na última reunião semanal da residência de Isidoro e Isabel.
Os trabalhos, sempre activos, haviam representado esfera de observações e experiências sempre novas.
Grande número de amigos de Aniceto acercaram-se do instrutor, ansiosos por partilharem a luz da conversação de despedidas.
O devotado orientador oferecia a todos a sua palavra de bom ânimo, optimismo, alegria e confiança no Senhor, como um príncipe de legenda, cuja boca fosse fonte inesgotável de ouro espiritual.
Vicente e eu tínhamos os olhos húmidos, desejosos de externar-lhe verbalmente nosso reconhecimento pelas bênçãos recolhidas; mas, ao nos aproximarmos, o abnegado orientador sorriu e antecipou:
— Agradeçam a Jesus pelo muito que nos tem dado.
E tomando a Bíblia, como interessado em fixar o assunto geral no amor às coisas santificadas, leu em voz alta, no capítulo segundo dos Provérbios de Salomão.
— “Filho meu, se aceitares as minhas palavras e guardares contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o teu coração ao entendimento; e se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros ocultos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.”
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Re: Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
Deixou em seguida o livro sagrado sobre a mesa, e sentenciou:
— Lembremo-nos do Senhor em nossas despedidas.
Ratifiquemos, irmãos, nossos compromissos de trabalho e testemunho.
Em tão pequeno trecho dos Provérbios encontramos muitos verbos que interessam os espíritos cristãos.
Aceitar os mandamentos divinos e guardá-los, tornar o ouvido atento e o coração esclarecido, pedir entendimento e inteligência alçando a voz acima dos objectivos inferiores, buscar os tesouros do Cristo e procurar-lhe o programa de serviços, representa o esforço nobre daquele que, de facto, deseja a Divina Sabedoria.
Não esqueçamos esses deveres.
Como a pausa se fizesse mais longa, um Irmão rogou ao querido amigo prosseguisse na interpretação do texto, mas Aniceto replicou em tom fraternal:
— Por agora, meu Irmão, não é mais possível.
Outras obrigações nos chamam de longe.
E, dirigindo-se particularmente a Vicente e a mim, acentuou:
— Já que voltaremos pela estrada comum, poderemos esperar por nossa amiga Isabel, para apresentar-lhe nossos agradecimentos e despedidas.
Daí a momentos, a nobre companheira de Isidoro, abandonando o corpo ao repouso do sono veio até nós, junto do esposo espiritual, atendendo ao convite mental do nosso dedicado orientador.
Aniceto exprimiu-lhe profundo reconhecimento, falou-lhe da nossa alegria, das oportunidades santas do serviço que a bondade divina nos havia proporcionado.
Dona Isabel agradeceu, comovidamente, deixando transparecer as lágrimas da gratidão que lhe dominava o espírito.
— Nobre Aniceto — disse enxugando os olhos —, se for possível, voltai sempre ao nosso modesto lar.
Ensinai-me a paciência e a coragem, generoso amigo!
Quando puderdes, não me deixeis transviar nos deveres de mãe, tão difíceis de cumprir na carne, onde os interesses menos dignos se entrechocam com violência.
Amparai-me as obrigações de serva do Evangelho de nosso Senhor!
Por vezes, profundas saudades da família espiritual me dilaceram o coração... desejaria arrebatar meus filhos esfera superior, incliná-los ao bem, para que a nossa união divina não tarde nos planos mais altos da vida.
E essas saudades de “Nosso Lar” me pungem a alma, ameaçando, por vezes, minha tarefa humilde na Terra.
Nobre Aniceto, não vos esqueçais desta amiga pobre e imperfeita.
Sei que Isidoro me segue passo a passo, mas ele e eu precisamos de amigos fortes na fé, como vós, que nos reavive o bom ânimo na jornada dos deveres cristãos!...
— Lembremo-nos do Senhor em nossas despedidas.
Ratifiquemos, irmãos, nossos compromissos de trabalho e testemunho.
Em tão pequeno trecho dos Provérbios encontramos muitos verbos que interessam os espíritos cristãos.
Aceitar os mandamentos divinos e guardá-los, tornar o ouvido atento e o coração esclarecido, pedir entendimento e inteligência alçando a voz acima dos objectivos inferiores, buscar os tesouros do Cristo e procurar-lhe o programa de serviços, representa o esforço nobre daquele que, de facto, deseja a Divina Sabedoria.
Não esqueçamos esses deveres.
Como a pausa se fizesse mais longa, um Irmão rogou ao querido amigo prosseguisse na interpretação do texto, mas Aniceto replicou em tom fraternal:
— Por agora, meu Irmão, não é mais possível.
Outras obrigações nos chamam de longe.
E, dirigindo-se particularmente a Vicente e a mim, acentuou:
— Já que voltaremos pela estrada comum, poderemos esperar por nossa amiga Isabel, para apresentar-lhe nossos agradecimentos e despedidas.
Daí a momentos, a nobre companheira de Isidoro, abandonando o corpo ao repouso do sono veio até nós, junto do esposo espiritual, atendendo ao convite mental do nosso dedicado orientador.
Aniceto exprimiu-lhe profundo reconhecimento, falou-lhe da nossa alegria, das oportunidades santas do serviço que a bondade divina nos havia proporcionado.
Dona Isabel agradeceu, comovidamente, deixando transparecer as lágrimas da gratidão que lhe dominava o espírito.
— Nobre Aniceto — disse enxugando os olhos —, se for possível, voltai sempre ao nosso modesto lar.
Ensinai-me a paciência e a coragem, generoso amigo!
Quando puderdes, não me deixeis transviar nos deveres de mãe, tão difíceis de cumprir na carne, onde os interesses menos dignos se entrechocam com violência.
Amparai-me as obrigações de serva do Evangelho de nosso Senhor!
Por vezes, profundas saudades da família espiritual me dilaceram o coração... desejaria arrebatar meus filhos esfera superior, incliná-los ao bem, para que a nossa união divina não tarde nos planos mais altos da vida.
E essas saudades de “Nosso Lar” me pungem a alma, ameaçando, por vezes, minha tarefa humilde na Terra.
Nobre Aniceto, não vos esqueçais desta amiga pobre e imperfeita.
Sei que Isidoro me segue passo a passo, mas ele e eu precisamos de amigos fortes na fé, como vós, que nos reavive o bom ânimo na jornada dos deveres cristãos!...
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Re: Série André Luiz - OS MENSAGEIROS
Continua...
A irmã Isabel não pôde continuar, porque o pranto lhe embargara a voz.
Aniceto, de olhos brilhantes e serenos, enlaçou-a como pai e falou brandamente:
— Isabel, segue em teus testemunhos e não temas.
Estaremos contigo, agora e sempre.
Muitas criaturas admiráveis tiveram a tarefa, mas não esqueçamos, filha, que Jesus teve a tarefa e o sacrifício no mundo.
Não nos faltará no caminho redentor o terno cuidado do Guia Vigilante.
Tem bom ânimo e caminha!
Em seguida, olhando-nos a todos, de frente, o nobre amigo exclamou:
— Agora, irmãos, auxiliem-me a orar!
E conservando Isabel e Isidoro, unidos ao seu coração, Aniceto fixou os olhos no alto e falou com sublime beleza.
“Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do serviço!
Ainda não sabemos, Amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos confiaste!
Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em
nossos corações com as aparências do bem!
Dá-nos, Mestre, o espírito de consagração aos nossos deveres e desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!
Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que reconheçamos os teus santos objectivos!
Senhor amorável, ajuda-nos a ser teus leais servidores,
Mestre Amoroso, concede-nos, ainda, as tuas lições,
Juiz Recto, conduzi-nos aos caminhos direitos,
Médico Sublime, restaura-nos a saúde,
Pastor Compassivo, guia-nos à fonte das águas vivas,
Engenheiro Sábio, dá-nos teu roteiro,
Administrador Generoso, inspira-nos a tarefa,
Semeador do Bem, ensina-nos a cultivar o campo de nossas almas,
Carpinteiro Divino, auxilia-nos a construir nossa casa eterna,
Oleiro Cuidadoso, corrige-nos o vaso do coração,
Amigo Desvelado, sê indulgente, ainda, para com as nossas fraquezas,
Príncipe da Paz, compadece-te de nosso espírito frágil, abre nossos olhos e mostra-nos a estrada de teu Reino!”
Aniceto calou-se comovido, e, de olhos húmidos, contendo a custo as lágrimas do meu reconhecimento, incorporei-me à nobre caravana que seguiria connosco de regresso a “Nosso Lar”.
(1) (Provérbios,2:1-5.-Nota do autor espiritual).
Fim
§.§.§- O-canto-da-ave
Caro amigo:
Se você gostou do livro e tem condições de comprá-lo, faça-o, pois assim estarás ajudando diversas instituições de caridade; que é para onde os direitos autorais desta obra são destinados.
Muita Paz
Que Jesus o abençoe
A irmã Isabel não pôde continuar, porque o pranto lhe embargara a voz.
Aniceto, de olhos brilhantes e serenos, enlaçou-a como pai e falou brandamente:
— Isabel, segue em teus testemunhos e não temas.
Estaremos contigo, agora e sempre.
Muitas criaturas admiráveis tiveram a tarefa, mas não esqueçamos, filha, que Jesus teve a tarefa e o sacrifício no mundo.
Não nos faltará no caminho redentor o terno cuidado do Guia Vigilante.
Tem bom ânimo e caminha!
Em seguida, olhando-nos a todos, de frente, o nobre amigo exclamou:
— Agora, irmãos, auxiliem-me a orar!
E conservando Isabel e Isidoro, unidos ao seu coração, Aniceto fixou os olhos no alto e falou com sublime beleza.
“Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do serviço!
Ainda não sabemos, Amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos confiaste!
Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em
nossos corações com as aparências do bem!
Dá-nos, Mestre, o espírito de consagração aos nossos deveres e desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!
Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que reconheçamos os teus santos objectivos!
Senhor amorável, ajuda-nos a ser teus leais servidores,
Mestre Amoroso, concede-nos, ainda, as tuas lições,
Juiz Recto, conduzi-nos aos caminhos direitos,
Médico Sublime, restaura-nos a saúde,
Pastor Compassivo, guia-nos à fonte das águas vivas,
Engenheiro Sábio, dá-nos teu roteiro,
Administrador Generoso, inspira-nos a tarefa,
Semeador do Bem, ensina-nos a cultivar o campo de nossas almas,
Carpinteiro Divino, auxilia-nos a construir nossa casa eterna,
Oleiro Cuidadoso, corrige-nos o vaso do coração,
Amigo Desvelado, sê indulgente, ainda, para com as nossas fraquezas,
Príncipe da Paz, compadece-te de nosso espírito frágil, abre nossos olhos e mostra-nos a estrada de teu Reino!”
Aniceto calou-se comovido, e, de olhos húmidos, contendo a custo as lágrimas do meu reconhecimento, incorporei-me à nobre caravana que seguiria connosco de regresso a “Nosso Lar”.
(1) (Provérbios,2:1-5.-Nota do autor espiritual).
Fim
§.§.§- O-canto-da-ave
Caro amigo:
Se você gostou do livro e tem condições de comprá-lo, faça-o, pois assim estarás ajudando diversas instituições de caridade; que é para onde os direitos autorais desta obra são destinados.
Muita Paz
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