Artigos sobre a Mediunidade
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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A mediunidade, como todas as faculdades naturais do ser humano, é inalienável, irreprimível.
Todas as leis e forças da natureza devem ser conhecidas, estudadas e, não, negadas.
(Ou então, cuidemos para não retroceder ao período pré-cartesiano!).
A grande contribuição da ciência espírita para o conjunto do conhecimento humano é justamente o domínio do fenómeno mediúnico em todas as suas formas de manifestação.
E a grande contribuição da filosofia espírita é a abordagem e utilização ética desse grande canal de comunicação entre diferentes dimensões da realidade, de maneira que ele cumpra sua função natural de impulsionar a evolução do indivíduo e da civilização.
Nos últimos anos temos visto um crescente, avassalador mesmo, interesse pelos factos mediúnicos, parapsicológicos ou psicobiofísicos, abordados, geralmente, sob um enfoque místico e supersticioso.
Ora, a obra iniciada por Kardec e corajosamente continuada por inúmeros pesquisadores e divulgadores é uma pedra de toque, um porto seguro, um farol iluminando uma prática tão difícil e ardilosa.
Daí a responsabilidade dos espíritas em contribuir para o momento histórico com a abordagem e prática racional e lúcida da mediunidade.
A prática mediúnica é complicada, cheia de percalços e escolhos?
Existem muitas pessoas que se dizem médiuns e, produzindo fenómenos esdrúxulos expõem a doutrina espírita ao ridículo?
Outros exploram o fenómeno mediúnico, autêntico ou fraudulento, em benefício da auto-promoção e até do enriquecimento ilícito?
As respostas a todas estas perguntas e a muitas outras que podem ser feitas, é afirmativa.
Por isso vamos então reprimir ou coibir a mediunidade nos centros espíritas?
Ora, isto equivaleria ao "retirar o sofá da sala" da velha anedota popular.
Vamos continuar o trabalho kardequiano de educar a faculdade mediúnica, pois, tal tarefa implica em contribuir na grande obra de educação do próprio homem, condição indispensável de progresso, como afirma com veemência a filosofia espírita.
Na verdade, não estaríamos aqui tratando de tais assuntos ou lembrando, ainda que subtilmente, certos editoriais da imprensa espírita, se não fosse o prazer de escrever.
Pois, não há motivo de preocupação quanto a certas decisões ou modismos recorrentes no movimento espírita.
As organizações, por mais que se julguem iluminadas, não conseguiriam nunca implementar atitudes como a inibição ou eliminação do fenómeno mediúnico dos centros.
Ele, o movimento, é livre, multiforme, suficientemente anárquico, para vir a ser uniformizado sob um dogmatismo qualquer.
Centro Espírita Luz Eterna - CELE
§.§.§- O-canto-da-ave
A mediunidade, como todas as faculdades naturais do ser humano, é inalienável, irreprimível.
Todas as leis e forças da natureza devem ser conhecidas, estudadas e, não, negadas.
(Ou então, cuidemos para não retroceder ao período pré-cartesiano!).
A grande contribuição da ciência espírita para o conjunto do conhecimento humano é justamente o domínio do fenómeno mediúnico em todas as suas formas de manifestação.
E a grande contribuição da filosofia espírita é a abordagem e utilização ética desse grande canal de comunicação entre diferentes dimensões da realidade, de maneira que ele cumpra sua função natural de impulsionar a evolução do indivíduo e da civilização.
Nos últimos anos temos visto um crescente, avassalador mesmo, interesse pelos factos mediúnicos, parapsicológicos ou psicobiofísicos, abordados, geralmente, sob um enfoque místico e supersticioso.
Ora, a obra iniciada por Kardec e corajosamente continuada por inúmeros pesquisadores e divulgadores é uma pedra de toque, um porto seguro, um farol iluminando uma prática tão difícil e ardilosa.
Daí a responsabilidade dos espíritas em contribuir para o momento histórico com a abordagem e prática racional e lúcida da mediunidade.
A prática mediúnica é complicada, cheia de percalços e escolhos?
Existem muitas pessoas que se dizem médiuns e, produzindo fenómenos esdrúxulos expõem a doutrina espírita ao ridículo?
Outros exploram o fenómeno mediúnico, autêntico ou fraudulento, em benefício da auto-promoção e até do enriquecimento ilícito?
As respostas a todas estas perguntas e a muitas outras que podem ser feitas, é afirmativa.
Por isso vamos então reprimir ou coibir a mediunidade nos centros espíritas?
Ora, isto equivaleria ao "retirar o sofá da sala" da velha anedota popular.
Vamos continuar o trabalho kardequiano de educar a faculdade mediúnica, pois, tal tarefa implica em contribuir na grande obra de educação do próprio homem, condição indispensável de progresso, como afirma com veemência a filosofia espírita.
Na verdade, não estaríamos aqui tratando de tais assuntos ou lembrando, ainda que subtilmente, certos editoriais da imprensa espírita, se não fosse o prazer de escrever.
Pois, não há motivo de preocupação quanto a certas decisões ou modismos recorrentes no movimento espírita.
As organizações, por mais que se julguem iluminadas, não conseguiriam nunca implementar atitudes como a inibição ou eliminação do fenómeno mediúnico dos centros.
Ele, o movimento, é livre, multiforme, suficientemente anárquico, para vir a ser uniformizado sob um dogmatismo qualquer.
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Animismo
Animismo
André Luiz (espírito)
MEDIUNIDADE E ANIMISMO
Alinhando apontamentos sobre a mediunidade, não será licito esquecer algumas considerações em torno do animismo ou conjunto dos fenómenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em acção.
Temos aqui muitas ocorrências que podem repontar nos fenómenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual pode efectivamente desdobrar-se e actuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico.
A verificação de semelhantes acontecimentos criou entre os opositores da Doutrina Espírita as teorias de negação, porquanto, admitida a possibilidade de o próprio Espírito encarnado poder actuar fora do traje fisiológico, apressaram-se os cépticos inveterados a afirmar que todos os sucessos medianímicos se reduzem à influência de uma força nervosa que efectua, fora do corpo carnal, determinadas acções mecânicas e plásticas, configurando, ainda, alucinações de variada espécie.
Todavia, os estardalhaços e pavores levantados por esses argumentos indébitos, arredando para longe o optimismo e a esperança de tantas criaturas que começam confiantemente a iniciação nos serviços da mediunidade, não apresentam qualquer significado substancial, porque é forçoso ponderar que os Espíritos desencarnados e encarnados não se filiam a raças antagónicas que se devam reencontrar em condições miraculosas.
SEMELHANÇAS DAS CRIATURAS
Somos necessariamente impelidos a reconhecer que, se os vivos da Terra e os vivos do Além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental.
Seres em desenvolvimento para a vida eterna, uns e outros guardam consigo, seja no plano extra-físico, preparando o retomo ao campo terrestre, ou no plano físico, em direcção à esfera espiritual, faculdades adquiridas no vasto caminho da experiência, as quais lhes servirão de recursos à percepção no ambiente próximo.
Tem cada Espírito, em vias de reencarnação, todos os meios de que já se muniu para continuar no circulo dos encarnados o trabalho de aperfeiçoamento que lhe é próprio, conservando-os potencialmente no feto, tanto quanto possui o Espírito encarnado toada as possibilidades que já entesourou em si mesmo para prosseguir em suas actividades no Plano Espiritual, depois da morte.
Assinalada essa observação, é fácil anotar que a criatura na Terra partilha, assim, até certo ponto, dos sentidos que caracterizam a criatura desencarnada, nas esferas imediatas à experiência humana, conseguindo, às vezes, desenfaixar-se do corpo denso e proceder como a Inteligência desenleada do indumento carnal ou, ainda, obedecer aos ditames dos Espíritos desencarnados, como agente mais ou menos fiel de seus desejos.
Encontramos, nessa base, a elucidação clara de muitos dos fenómenos do faquirismo vulgar, em que o Espírito encarnado, ao desdobrar-se, pode provocar, em relativo estado de consciência, certa classe de fenómenos físicos, enquanto o corpo carnal se demora na letargia comum.
Continua...
André Luiz (espírito)
MEDIUNIDADE E ANIMISMO
Alinhando apontamentos sobre a mediunidade, não será licito esquecer algumas considerações em torno do animismo ou conjunto dos fenómenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em acção.
Temos aqui muitas ocorrências que podem repontar nos fenómenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual pode efectivamente desdobrar-se e actuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico.
A verificação de semelhantes acontecimentos criou entre os opositores da Doutrina Espírita as teorias de negação, porquanto, admitida a possibilidade de o próprio Espírito encarnado poder actuar fora do traje fisiológico, apressaram-se os cépticos inveterados a afirmar que todos os sucessos medianímicos se reduzem à influência de uma força nervosa que efectua, fora do corpo carnal, determinadas acções mecânicas e plásticas, configurando, ainda, alucinações de variada espécie.
Todavia, os estardalhaços e pavores levantados por esses argumentos indébitos, arredando para longe o optimismo e a esperança de tantas criaturas que começam confiantemente a iniciação nos serviços da mediunidade, não apresentam qualquer significado substancial, porque é forçoso ponderar que os Espíritos desencarnados e encarnados não se filiam a raças antagónicas que se devam reencontrar em condições miraculosas.
SEMELHANÇAS DAS CRIATURAS
Somos necessariamente impelidos a reconhecer que, se os vivos da Terra e os vivos do Além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental.
Seres em desenvolvimento para a vida eterna, uns e outros guardam consigo, seja no plano extra-físico, preparando o retomo ao campo terrestre, ou no plano físico, em direcção à esfera espiritual, faculdades adquiridas no vasto caminho da experiência, as quais lhes servirão de recursos à percepção no ambiente próximo.
Tem cada Espírito, em vias de reencarnação, todos os meios de que já se muniu para continuar no circulo dos encarnados o trabalho de aperfeiçoamento que lhe é próprio, conservando-os potencialmente no feto, tanto quanto possui o Espírito encarnado toada as possibilidades que já entesourou em si mesmo para prosseguir em suas actividades no Plano Espiritual, depois da morte.
Assinalada essa observação, é fácil anotar que a criatura na Terra partilha, assim, até certo ponto, dos sentidos que caracterizam a criatura desencarnada, nas esferas imediatas à experiência humana, conseguindo, às vezes, desenfaixar-se do corpo denso e proceder como a Inteligência desenleada do indumento carnal ou, ainda, obedecer aos ditames dos Espíritos desencarnados, como agente mais ou menos fiel de seus desejos.
Encontramos, nessa base, a elucidação clara de muitos dos fenómenos do faquirismo vulgar, em que o Espírito encarnado, ao desdobrar-se, pode provocar, em relativo estado de consciência, certa classe de fenómenos físicos, enquanto o corpo carnal se demora na letargia comum.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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OBSESSÃO E ANIMISMO
Muitas vezes, conforme as circunstâncias, qual ocorre no fenómeno hipnótico isolado, pode cair a mente nos estados anómalos de sentido inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em atitudes estranhas ou indesejáveis.
Nesse aspecto, surpreendemos multiformes processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas.
Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas no mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, expõem a si mesmas,- a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam.
ANIMISMO E HIPNOSE
Imaginemos um sensitivo a quem o magnetizador intencionalmente fizesse recuar até esse ou aquele marco do pretérito, pela deliberada regressão da memória, e o deixasse nessa posição durante semanas, meses ou anos a fio, e teremos exacta compreensão dos casos mediúnicos em que a tese do animismo é chamada para a explicação necessária.
O «sujet», nessa experiência, declarar-se-ia como sendo a personalidade invocada pelo hipnotizador, entrando em conflito com a realidade objectiva, mas não deixaria, por isso, de ser ele mesmo sob controle da ideia que o domina.
Nas ocorrências várias da alienação mental, encontramos fenómenos assim tipificados, reclamando larga dose de paciência e carinho, porquanto as vítimas desses processos de fixação não podem ser categorizadas à conta de mistificadores inconscientes, pois representam, de facto, os agentes desencarnados a elas jungidos por teias fluídicas de significativa expressão, tal qual acontece ao sensitivo comum, mentalmente modificado, na hipnose de longo curso, em que demonstra a influência do magnetizador.
DESOBSESSÃO E ANIMISMO
Nenhuma justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez que são, em si próprias, Espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro.
O amparo espontâneo e o auxílio genuinamente fraterno lhes reajustarão as ondas mentais, concurso esse que se estenderá, inevitável, aos companheiros do pretérito que lhes assediem o pensamento, operando a reconstituição de caminhos rectos para os sensitivos corporificados na Terra, tão importantes e tão nobres em sua estrutura quanto aqueles que os doutrinadores encarnados se propõem traçar para os amigos desencarnados menos felizes.
Aliás, é preciso destacar que o esforço da escola, seja ela o recinto consagrado à instrução primária ou a instituto correctivo, funciona como recurso renovador da mente, equilibrando-lhe as oscilações para níveis superiores.
Continua...
OBSESSÃO E ANIMISMO
Muitas vezes, conforme as circunstâncias, qual ocorre no fenómeno hipnótico isolado, pode cair a mente nos estados anómalos de sentido inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em atitudes estranhas ou indesejáveis.
Nesse aspecto, surpreendemos multiformes processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas.
Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas no mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, expõem a si mesmas,- a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam.
ANIMISMO E HIPNOSE
Imaginemos um sensitivo a quem o magnetizador intencionalmente fizesse recuar até esse ou aquele marco do pretérito, pela deliberada regressão da memória, e o deixasse nessa posição durante semanas, meses ou anos a fio, e teremos exacta compreensão dos casos mediúnicos em que a tese do animismo é chamada para a explicação necessária.
O «sujet», nessa experiência, declarar-se-ia como sendo a personalidade invocada pelo hipnotizador, entrando em conflito com a realidade objectiva, mas não deixaria, por isso, de ser ele mesmo sob controle da ideia que o domina.
Nas ocorrências várias da alienação mental, encontramos fenómenos assim tipificados, reclamando larga dose de paciência e carinho, porquanto as vítimas desses processos de fixação não podem ser categorizadas à conta de mistificadores inconscientes, pois representam, de facto, os agentes desencarnados a elas jungidos por teias fluídicas de significativa expressão, tal qual acontece ao sensitivo comum, mentalmente modificado, na hipnose de longo curso, em que demonstra a influência do magnetizador.
DESOBSESSÃO E ANIMISMO
Nenhuma justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez que são, em si próprias, Espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro.
O amparo espontâneo e o auxílio genuinamente fraterno lhes reajustarão as ondas mentais, concurso esse que se estenderá, inevitável, aos companheiros do pretérito que lhes assediem o pensamento, operando a reconstituição de caminhos rectos para os sensitivos corporificados na Terra, tão importantes e tão nobres em sua estrutura quanto aqueles que os doutrinadores encarnados se propõem traçar para os amigos desencarnados menos felizes.
Aliás, é preciso destacar que o esforço da escola, seja ela o recinto consagrado à instrução primária ou a instituto correctivo, funciona como recurso renovador da mente, equilibrando-lhe as oscilações para níveis superiores.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Não há novidade alguma no impositivo da acolhida magnânima aos obsessos dessa natureza, hipnotizados por forças que os comandam espiritualmente, a distância.
ANIMISMO E CRIMINALIDADE
Os manicómios e as penitenciárias estão repletos de irmãos nossos obsidiados que, alcançando o ponto específico de suas recapitulações do pretérito culposo, à falta de providências reeducativas, nada mais puderam fazer que recair na loucura ou no crime, porque, em verdade, a alienação e a delinquência, na maioria das vezes, expressam a queda mental do Espírito em reminiscências de lutas pregressas, à semelhança do aluno que, voltando à lição, com recursos deficitários, incorre lamentavelmente nos mesmos erros.
O ressurgimento de certas situações e a volta de marcadas criaturas ao nosso campo de actividade, do ponto de vista da reencarnação, funcionam em nossa vida íntima como reflexos condicionado, comprovando-nos a capacidade de superação de nossa inferioridade, antigamente positivada.
Se estivermos desarmados de elementos morais susceptíveis de alterar-nos a onda mental para a assimilação de recursos superiores, quase sempre tornamos à mesma perturbação e à mesma crueldade que nos assinalaram as experiências passadas.
Nesse fenómeno reside a maior percentagem das causas de insânia e criminalidade em todos os sectores da civilização terrestre, porquanto é ai, nas chamadas predisposições mórbidas, que se rearticulam velhos conflitos, arrasando os melhores propósitos da alma que descure de si mesma.
Convenhamos, pois, que a tarefa espírita é chamada de maneira particular, a contribuir no aperfeiçoamento dos impulsos mentais, favorecendo a solução de todos os problemas suscitados pelo animismo.
Através dela, são eles endereçados à esfera iluminativa da educação e do amor, para que os sensitivos, estagnados nessa classe de acontecimento, sejam devidamente amparados nos desajustes de que se vejam portadores, impedindo-se--lhes o mergulho nas sombras da perturbação e recuperando-se-lhes a actividade para a sementeira da luz.
(F C Xavier - Waldo Vieira – em Mecanismos da Mediunidade - FEB)
§.§.§- O-canto-da-ave
Não há novidade alguma no impositivo da acolhida magnânima aos obsessos dessa natureza, hipnotizados por forças que os comandam espiritualmente, a distância.
ANIMISMO E CRIMINALIDADE
Os manicómios e as penitenciárias estão repletos de irmãos nossos obsidiados que, alcançando o ponto específico de suas recapitulações do pretérito culposo, à falta de providências reeducativas, nada mais puderam fazer que recair na loucura ou no crime, porque, em verdade, a alienação e a delinquência, na maioria das vezes, expressam a queda mental do Espírito em reminiscências de lutas pregressas, à semelhança do aluno que, voltando à lição, com recursos deficitários, incorre lamentavelmente nos mesmos erros.
O ressurgimento de certas situações e a volta de marcadas criaturas ao nosso campo de actividade, do ponto de vista da reencarnação, funcionam em nossa vida íntima como reflexos condicionado, comprovando-nos a capacidade de superação de nossa inferioridade, antigamente positivada.
Se estivermos desarmados de elementos morais susceptíveis de alterar-nos a onda mental para a assimilação de recursos superiores, quase sempre tornamos à mesma perturbação e à mesma crueldade que nos assinalaram as experiências passadas.
Nesse fenómeno reside a maior percentagem das causas de insânia e criminalidade em todos os sectores da civilização terrestre, porquanto é ai, nas chamadas predisposições mórbidas, que se rearticulam velhos conflitos, arrasando os melhores propósitos da alma que descure de si mesma.
Convenhamos, pois, que a tarefa espírita é chamada de maneira particular, a contribuir no aperfeiçoamento dos impulsos mentais, favorecendo a solução de todos os problemas suscitados pelo animismo.
Através dela, são eles endereçados à esfera iluminativa da educação e do amor, para que os sensitivos, estagnados nessa classe de acontecimento, sejam devidamente amparados nos desajustes de que se vejam portadores, impedindo-se--lhes o mergulho nas sombras da perturbação e recuperando-se-lhes a actividade para a sementeira da luz.
(F C Xavier - Waldo Vieira – em Mecanismos da Mediunidade - FEB)
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Animismo
Animismo
Martins Peralva
Revestem-se de profunda sabedoria e oportunidade as palavras do Assistente Àulus, no capitulo «Emersão do passado», quando afirma que muitos espíritos «vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem».
Efectivamente essa é a verdade.
Muitos companheiros se mostram incapazes de remover os obstáculos criados pelo animismo, destruindo, assim, magnífica oportunidade de ajudarem elementos que, buscando os centros espíritas nessas condições, poderiam, posteriormente, contribuir em favor dos necessitados.
Que é Animismo?
Essa pergunta deve ser colocada em primeiro plano, no presente capítulo, como ponto de partida para as nossas singelas considerações.
Animismo é o fenómeno pelo qual a pessoa arroja ao passado os próprios sentimentos, «de onde recolhe as impressões de que se vê possuída».
A cristalização da nossa mente, hoje, em determinadas situações, pode motivar, no futuro, a manifestação de fenómenos anímicos, do mesmo modo que tal cristalização ou fixação, se realizada no passado, se exterioriza no presente.
A lei é sempre a mesma, agora e em qualquer tempo ou lugar.
Muitas vezes, portanto, aquilo que se assemelha a um transe mediúnico, com todas as aparências de que há a interferência de um Espírito, nada mais é do que o médium, naturalmente o médium desajustado, revivendo cenas e acontecimentos recolhidos do seu próprio mundo subconsciencial, fenómeno esse motivado pelo contacto magnético, pela aproximação de entidades que lhe partilharam as remotas experiências.
No fenómeno anímico o médium se expressa como se ali estivesse, realmente, um Espírito a se comunicar.
O médium nessas condições deve ser tratado «com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam».
Por isso, a direcção de trabalhos mediúnicos pede, sem nenhuma dúvida, muito amor, compreensão e paciência - virtudes que, somadas, dão como resultado aquilo que os instrutores classificam como «TACTO FRATERNO», a fim de que não sejam prejudicados os que em tais condições se encontram.
Se o dirigente de sessões mediúnicas não é portador de sincera bondade, acreditamos que pouco ou nenhum benefício receberá o médium no agrupamento.
O médium inclinado ao animismo é um vaso defeituoso, que «pode ser consertado e restituído ao serviço», pela compreensão do dirigente, ou destruído, pela sua incompreensão.
Reajustado, pacientemente, com os recursos da caridade evangélica, pode transformar-se em valioso companheiro.
Incompreendido, pode ser vitimado pela obsessão.
Continua...
Martins Peralva
Revestem-se de profunda sabedoria e oportunidade as palavras do Assistente Àulus, no capitulo «Emersão do passado», quando afirma que muitos espíritos «vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem».
Efectivamente essa é a verdade.
Muitos companheiros se mostram incapazes de remover os obstáculos criados pelo animismo, destruindo, assim, magnífica oportunidade de ajudarem elementos que, buscando os centros espíritas nessas condições, poderiam, posteriormente, contribuir em favor dos necessitados.
Que é Animismo?
Essa pergunta deve ser colocada em primeiro plano, no presente capítulo, como ponto de partida para as nossas singelas considerações.
Animismo é o fenómeno pelo qual a pessoa arroja ao passado os próprios sentimentos, «de onde recolhe as impressões de que se vê possuída».
A cristalização da nossa mente, hoje, em determinadas situações, pode motivar, no futuro, a manifestação de fenómenos anímicos, do mesmo modo que tal cristalização ou fixação, se realizada no passado, se exterioriza no presente.
A lei é sempre a mesma, agora e em qualquer tempo ou lugar.
Muitas vezes, portanto, aquilo que se assemelha a um transe mediúnico, com todas as aparências de que há a interferência de um Espírito, nada mais é do que o médium, naturalmente o médium desajustado, revivendo cenas e acontecimentos recolhidos do seu próprio mundo subconsciencial, fenómeno esse motivado pelo contacto magnético, pela aproximação de entidades que lhe partilharam as remotas experiências.
No fenómeno anímico o médium se expressa como se ali estivesse, realmente, um Espírito a se comunicar.
O médium nessas condições deve ser tratado «com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam».
Por isso, a direcção de trabalhos mediúnicos pede, sem nenhuma dúvida, muito amor, compreensão e paciência - virtudes que, somadas, dão como resultado aquilo que os instrutores classificam como «TACTO FRATERNO», a fim de que não sejam prejudicados os que em tais condições se encontram.
Se o dirigente de sessões mediúnicas não é portador de sincera bondade, acreditamos que pouco ou nenhum benefício receberá o médium no agrupamento.
O médium inclinado ao animismo é um vaso defeituoso, que «pode ser consertado e restituído ao serviço», pela compreensão do dirigente, ou destruído, pela sua incompreensão.
Reajustado, pacientemente, com os recursos da caridade evangélica, pode transformar-se em valioso companheiro.
Incompreendido, pode ser vitimado pela obsessão.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Nos fenómenos psíquicos, comuns nos agrupamentos mediúnicos, há, por conseguinte, de se fazer a seguinte distinção:
1. Factos anímicos
2. Factos espiríticos
Factos anímicos são, como já acentuamos, aqueles em que o médium, sem nenhuma ideia preconcebida de mistificação, recolhe impressões do pretérito e as transmite, como se por ele um Espírito estivesse comunicando.
Factos espiríticos ou mediúnicos, propriamente ditos, são aqueles em que o médium é, apenas, um veículo a receber e transmitir as ideias dos Espíritos desencarnados ou. ... encarnados.
O estudo e a observação ajudam-nos a fazer tal distinção.
Uma pessoa encarnada também pode determinar uma comunicação mediúnica, isto é, fazer que o sensitivo lhe assimile as ondas mentais e as reproduza pela escrita ou pela palavra.
Em face da lei de sintonia, pessoas adormecidas igualmente podem provocar comunicações mediúnicas, uma vez que, enquanto dormimos, nosso Espírito se afasta do corpo e age sobre terceiros, segundo os nossos sentimentos, desejos e preferências.
Voltemos, porém, às considerações em torno da necessidade de os dirigentes e colaboradores do sector mediúnico se munirem de recursos evangélicos, a fim de que as tarefas assistenciais, a seu cargo, apresentem aquele sentido edificante e construtivo que é de se almejar nas actividades espiritistas cristãs.
Vejamos a conclusão de André Luiz, ante as ponderações de Àulus e o exame do caso da senhora objecto da assistência do grupo do irmão Raul Silva:
«Mediúnicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo.
Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma.»
A fixação mental - assunto abordado no capitulo próprio, neste livro - provoca o animismo.
Imaginemos, agora, o que pode ocorrer se uma criatura em tais condições busca um núcleo mediúnico onde apenas funciona o intelectualismo pretensioso, seguido da doutrinação periférica, sem o menor sentido de fraternidade!
Ao invés de compreensão, tal criatura encontrará, sem dúvida, a ironia e a má vontade, acompanhadas, via de regra, do comentário maledicente.
Ao invés de companheiros interessados no seu reajustamento, encontrará verdugos fantasiados de doutrinadores.
Ao invés do socorro que se faz indispensável, ver-se-á defrontada, impiedosamente, por companheiros, às vezes até bem intencionados, que, em nome da «verdade», ou melhor, das «suas verdades», não lhe compreenderão o aflitivo problema.
Ouçamos o Assistente Àulus:
«Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender.
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Nos fenómenos psíquicos, comuns nos agrupamentos mediúnicos, há, por conseguinte, de se fazer a seguinte distinção:
1. Factos anímicos
2. Factos espiríticos
Factos anímicos são, como já acentuamos, aqueles em que o médium, sem nenhuma ideia preconcebida de mistificação, recolhe impressões do pretérito e as transmite, como se por ele um Espírito estivesse comunicando.
Factos espiríticos ou mediúnicos, propriamente ditos, são aqueles em que o médium é, apenas, um veículo a receber e transmitir as ideias dos Espíritos desencarnados ou. ... encarnados.
O estudo e a observação ajudam-nos a fazer tal distinção.
Uma pessoa encarnada também pode determinar uma comunicação mediúnica, isto é, fazer que o sensitivo lhe assimile as ondas mentais e as reproduza pela escrita ou pela palavra.
Em face da lei de sintonia, pessoas adormecidas igualmente podem provocar comunicações mediúnicas, uma vez que, enquanto dormimos, nosso Espírito se afasta do corpo e age sobre terceiros, segundo os nossos sentimentos, desejos e preferências.
Voltemos, porém, às considerações em torno da necessidade de os dirigentes e colaboradores do sector mediúnico se munirem de recursos evangélicos, a fim de que as tarefas assistenciais, a seu cargo, apresentem aquele sentido edificante e construtivo que é de se almejar nas actividades espiritistas cristãs.
Vejamos a conclusão de André Luiz, ante as ponderações de Àulus e o exame do caso da senhora objecto da assistência do grupo do irmão Raul Silva:
«Mediúnicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo.
Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma.»
A fixação mental - assunto abordado no capitulo próprio, neste livro - provoca o animismo.
Imaginemos, agora, o que pode ocorrer se uma criatura em tais condições busca um núcleo mediúnico onde apenas funciona o intelectualismo pretensioso, seguido da doutrinação periférica, sem o menor sentido de fraternidade!
Ao invés de compreensão, tal criatura encontrará, sem dúvida, a ironia e a má vontade, acompanhadas, via de regra, do comentário maledicente.
Ao invés de companheiros interessados no seu reajustamento, encontrará verdugos fantasiados de doutrinadores.
Ao invés do socorro que se faz indispensável, ver-se-á defrontada, impiedosamente, por companheiros, às vezes até bem intencionados, que, em nome da «verdade», ou melhor, das «suas verdades», não lhe compreenderão o aflitivo problema.
Ouçamos o Assistente Àulus:
«Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Um doutrinador sem TACTO FRATERNO apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse correctivo inoportuno, ao invés de socorro providencial.
Primeiro é preciso remover o mal, para depois fortificar a vitima na sua própria defesa.»
O doutrinador usará sempre do carinho fraterno, fazendo que as suas palavras, dirigidas ao espírito do próprio médium, levem o melhor que a sua alma prosa oferecer.
A consolação e a prece, seguidas do esclarecimento edificante, são os recursos aplicáveis ao caso.
Recorramos ao livro «Nos Domínios da Mediunidade», reproduzindo-lhe alguns tópicos relativos ao assunto:
«Solucionados diversos problemas alusivos ao programa da noite, eis que uma das senhoras enfermas cai em pranto convulsivo, exclamando:
- Quem me socorre? quem me socorre ?!...
E comprimindo o peito com as mãos, acrescentava em tom comovedor:
- Covarde? porque apunhalar, assim, uma indefesa mulher?
serei totalmente culpada?
meu sangue condenará o seu nome infeliz...»
Lembremos que André Luiz e Hilário, em companhia do assistente Àulus, visitam o grupo dirigido pelo irmão Raul Silva, e que a cena acima descrita aparece no capitulo «Emersão do passado».
Notemos que todos os indícios revelam, à primeira vista, as características de uma comunicação mediúnica;
Contudo, estamos apenas diante de um autêntico fenómeno de animismo.
A senhora enferma, com a mente cristalizada no pretérito, identifica-se com cenas desagradáveis, às quais está directamente ligada.
«Ante a aproximação de antigo desafecto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado.»
É ainda Àulus quem explica:
«Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque, ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemónicos tão somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento.
Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao electrochoque; entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo AMPARO MORAL E CULTURAL para a renovação intima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.»
Esse amparo moral, a que alude o Assistente, podemos defini-lo como paciência, carinho e consolo.
O cultural ser-lhe-á ministrado pelo estudo evangélico e doutrinário que, além do esclarecimento, operar-lhe-á a modificação dos centros mentais, reajustando-lhe a mente.
E, concluindo, é oportuno perguntemos:
Podem os serviços mediúnicos prescindir do Evangelho e da Doutrina?
A resposta cada um a encontrará na própria consciência...
(Retirado de "Estudando a Mediunidade" - FEB)
§.§.§- O-canto-da-ave
Um doutrinador sem TACTO FRATERNO apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse correctivo inoportuno, ao invés de socorro providencial.
Primeiro é preciso remover o mal, para depois fortificar a vitima na sua própria defesa.»
O doutrinador usará sempre do carinho fraterno, fazendo que as suas palavras, dirigidas ao espírito do próprio médium, levem o melhor que a sua alma prosa oferecer.
A consolação e a prece, seguidas do esclarecimento edificante, são os recursos aplicáveis ao caso.
Recorramos ao livro «Nos Domínios da Mediunidade», reproduzindo-lhe alguns tópicos relativos ao assunto:
«Solucionados diversos problemas alusivos ao programa da noite, eis que uma das senhoras enfermas cai em pranto convulsivo, exclamando:
- Quem me socorre? quem me socorre ?!...
E comprimindo o peito com as mãos, acrescentava em tom comovedor:
- Covarde? porque apunhalar, assim, uma indefesa mulher?
serei totalmente culpada?
meu sangue condenará o seu nome infeliz...»
Lembremos que André Luiz e Hilário, em companhia do assistente Àulus, visitam o grupo dirigido pelo irmão Raul Silva, e que a cena acima descrita aparece no capitulo «Emersão do passado».
Notemos que todos os indícios revelam, à primeira vista, as características de uma comunicação mediúnica;
Contudo, estamos apenas diante de um autêntico fenómeno de animismo.
A senhora enferma, com a mente cristalizada no pretérito, identifica-se com cenas desagradáveis, às quais está directamente ligada.
«Ante a aproximação de antigo desafecto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado.»
É ainda Àulus quem explica:
«Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque, ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemónicos tão somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento.
Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao electrochoque; entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo AMPARO MORAL E CULTURAL para a renovação intima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.»
Esse amparo moral, a que alude o Assistente, podemos defini-lo como paciência, carinho e consolo.
O cultural ser-lhe-á ministrado pelo estudo evangélico e doutrinário que, além do esclarecimento, operar-lhe-á a modificação dos centros mentais, reajustando-lhe a mente.
E, concluindo, é oportuno perguntemos:
Podem os serviços mediúnicos prescindir do Evangelho e da Doutrina?
A resposta cada um a encontrará na própria consciência...
(Retirado de "Estudando a Mediunidade" - FEB)
§.§.§- O-canto-da-ave
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A Prática Mediúnica e a Exortação do Espírito de Verdade
A Prática Mediúnica e a Exortação do Espírito de Verdade
Jarbas Leone Varanda
De algum tempo a esta parte, tem havido na seara espírita, um extraordinário surto de factos relacionados com a fenomenologia mediúnica, ensejando a oportunidade aos estudiosos de se posicionarem, doutrinariamente, perante os problemas surgidos e decorrentes de tais factos.
Isto, todavia, ao invés de ser um empecilho ao exercício da mediunidade, constitui estímulo ao seu melhor conhecimento, através do estudo, da observação, da experiência mediúnica colhida ao longo do tempo, objectivando a aquisição do discernimento necessário à superação dos escolhos e à obtenção de proveitosas comunicações, com evidente destaque e valorização da Mediunidade.
Além do mais, a prática mediúnica é rica, claras e satisfatórias são as propostas que os Espíritos dão, na Codificação, às diferentes questões suscitadas, atendendo os diversos níveis de inteligência e cultura dos estudiosos do assunto.
Daí ter razão Allan Kardec quando, em "O Livros dos Médiuns", ressalta que as dificuldades e desilusões na prática espiritista decorrem da ignorância dos princípios doutrinários e que tal obra objectiva orientar as manifestações mediúnicas, apontando as dificuldades encontradas e ensinando a maneira de os homens se comunicarem com os Espíritos, evitando a zombaria e as críticas em razão das ideias falsas do Mundo Espiritual, cujas leis, que governam as relações entre encarnados e desencarnados, somente agora começam a ser conhecidas com a Mediunidade.
Essas considerações são a propósito de práticas mediúnicas exercidas, de algum tempo a esta parte, no país.
De saída, citemos as comunicações e curas do Dr.Fritz, através de vários médiuns, após a desencarnação de Arigó, ensejando à revista Veja considerações críticas desairosas sobre a autenticidade ou não de tais comunicações, perguntando:
Afinal quem é o verdadeiro, quais são os impostores?
Tal facto deve levar os dirigentes e médiuns espíritas a usarem de cautela e vigilância no trato da Mediunidade, atentos à advertência do apóstolo João:
"Não creiais em todos os Espíritos, mas vede antes se são de Deus".
Viria mais tarde, ainda, a eclosão de verdadeiros modismos, em nossas Casas Espíritas, com as chamadas comunicações electrónicas com os mortos, descartando a Mediunidade no intercâmbio com o Plano Espiritual, portanto, sem apoio doutrinário, as "cirurgias psíquicas", a cristal-terapia, a cromoterapia, a projecciologia, shows musicais mediúnicos e outras manifestações artísticas, em que o fenómeno passa a ser fim e não meio, revelando tudo isso a ignorância dos princípios doutrinários por colocar a tarefa prioritária da execução do Evangelho de Jesus que visa ao adiantamento moral da criatura humana, em plano secundário.
E mais recentemente, tivemos o caso Ayrton Senna, na área das comunicações, quando uma médium paulista teria recebido, durante o velório daquele piloto, uma mensagem dele, sendo tal comunicação contestada por confrades nossos, também paulistas.
E, ainda, com relação ao citado piloto, na fase de sua subida ao "podium espiritual", tivemos a infeliz matéria da revista Contigo, que envolve o médium Francisco Cândido Xavier, por atribuir-lhe uma mensagem dirigida à família de A.S., sem solicitação desta, tendo sido desmentida, porque não seria crível que o nosso Chico desrespeitasse aquela família que é protestante, ele que sempre respeitou todas as crenças!...
Também é bom lembrar, no caso de desencarnações recentes, as lições contidas em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.
Assim, se o tempo não constitui impedimento para as manifestações, não podemos nos esquecer de que cada pessoa é um caso, onde factores diversos, ligados ao período de perturbação, à natureza da desencarnação e sua posição evolutiva como Espírito ditam normas para seu relacionamento com os encarnados, e isto sem esquecer a questão da identificação e a credibilidade do médium, sendo certa, mais uma vez, a afirmativa de Chico Xavier de que não devemos forçar as coisas, pois "o telefone deve tocar de lá para cá e não daqui para lá."
Nesse sentido, ainda, Leon Denis, em "Depois da Morte", teve oportunidade de asseverar, também com muita propriedade, que "o estudo do mundo invisível exige muita prudência e perseverança", exigindo - diríamos nós agora - conhecimento doutrinário, o facho da Razão e a prática das virtudes evangélicas, sendo oportuna e sublime a exortação do Espírito de Verdade, em o Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI:
"Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo."
O Reformador, novembro de 1994.
§.§.§- O-canto-da-ave
Jarbas Leone Varanda
De algum tempo a esta parte, tem havido na seara espírita, um extraordinário surto de factos relacionados com a fenomenologia mediúnica, ensejando a oportunidade aos estudiosos de se posicionarem, doutrinariamente, perante os problemas surgidos e decorrentes de tais factos.
Isto, todavia, ao invés de ser um empecilho ao exercício da mediunidade, constitui estímulo ao seu melhor conhecimento, através do estudo, da observação, da experiência mediúnica colhida ao longo do tempo, objectivando a aquisição do discernimento necessário à superação dos escolhos e à obtenção de proveitosas comunicações, com evidente destaque e valorização da Mediunidade.
Além do mais, a prática mediúnica é rica, claras e satisfatórias são as propostas que os Espíritos dão, na Codificação, às diferentes questões suscitadas, atendendo os diversos níveis de inteligência e cultura dos estudiosos do assunto.
Daí ter razão Allan Kardec quando, em "O Livros dos Médiuns", ressalta que as dificuldades e desilusões na prática espiritista decorrem da ignorância dos princípios doutrinários e que tal obra objectiva orientar as manifestações mediúnicas, apontando as dificuldades encontradas e ensinando a maneira de os homens se comunicarem com os Espíritos, evitando a zombaria e as críticas em razão das ideias falsas do Mundo Espiritual, cujas leis, que governam as relações entre encarnados e desencarnados, somente agora começam a ser conhecidas com a Mediunidade.
Essas considerações são a propósito de práticas mediúnicas exercidas, de algum tempo a esta parte, no país.
De saída, citemos as comunicações e curas do Dr.Fritz, através de vários médiuns, após a desencarnação de Arigó, ensejando à revista Veja considerações críticas desairosas sobre a autenticidade ou não de tais comunicações, perguntando:
Afinal quem é o verdadeiro, quais são os impostores?
Tal facto deve levar os dirigentes e médiuns espíritas a usarem de cautela e vigilância no trato da Mediunidade, atentos à advertência do apóstolo João:
"Não creiais em todos os Espíritos, mas vede antes se são de Deus".
Viria mais tarde, ainda, a eclosão de verdadeiros modismos, em nossas Casas Espíritas, com as chamadas comunicações electrónicas com os mortos, descartando a Mediunidade no intercâmbio com o Plano Espiritual, portanto, sem apoio doutrinário, as "cirurgias psíquicas", a cristal-terapia, a cromoterapia, a projecciologia, shows musicais mediúnicos e outras manifestações artísticas, em que o fenómeno passa a ser fim e não meio, revelando tudo isso a ignorância dos princípios doutrinários por colocar a tarefa prioritária da execução do Evangelho de Jesus que visa ao adiantamento moral da criatura humana, em plano secundário.
E mais recentemente, tivemos o caso Ayrton Senna, na área das comunicações, quando uma médium paulista teria recebido, durante o velório daquele piloto, uma mensagem dele, sendo tal comunicação contestada por confrades nossos, também paulistas.
E, ainda, com relação ao citado piloto, na fase de sua subida ao "podium espiritual", tivemos a infeliz matéria da revista Contigo, que envolve o médium Francisco Cândido Xavier, por atribuir-lhe uma mensagem dirigida à família de A.S., sem solicitação desta, tendo sido desmentida, porque não seria crível que o nosso Chico desrespeitasse aquela família que é protestante, ele que sempre respeitou todas as crenças!...
Também é bom lembrar, no caso de desencarnações recentes, as lições contidas em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.
Assim, se o tempo não constitui impedimento para as manifestações, não podemos nos esquecer de que cada pessoa é um caso, onde factores diversos, ligados ao período de perturbação, à natureza da desencarnação e sua posição evolutiva como Espírito ditam normas para seu relacionamento com os encarnados, e isto sem esquecer a questão da identificação e a credibilidade do médium, sendo certa, mais uma vez, a afirmativa de Chico Xavier de que não devemos forçar as coisas, pois "o telefone deve tocar de lá para cá e não daqui para lá."
Nesse sentido, ainda, Leon Denis, em "Depois da Morte", teve oportunidade de asseverar, também com muita propriedade, que "o estudo do mundo invisível exige muita prudência e perseverança", exigindo - diríamos nós agora - conhecimento doutrinário, o facho da Razão e a prática das virtudes evangélicas, sendo oportuna e sublime a exortação do Espírito de Verdade, em o Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI:
"Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo."
O Reformador, novembro de 1994.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
As Equipas Mediúnicas
José Ferraz
As actividades das equipes mediúnicas nos Centros espíritas são de fundamental importância para o tratamento de problemas psíquicos, desenvolvimento da mediunidade e desobsessão dos seus integrantes com uma perspectiva para o atendimento aos Espíritos sofredores e perturbadores que renteiam na esfera de acção dos encarnados.
Todas as Casas espíritas precisam destas actividades para manterem, inclusive, a coesão de pensamento nos ideais de enobrecimento das criaturas humanas, que se propõem a trabalhar pela causa do amor ao próximo e sofrem investidas de entidades malévolas, empenhadas em criar desentendimentos e dissensões entre as hostes espíritas.
Por esta razão, o bom senso demonstra que a prioridade na escolha dos componentes das equipes mediúnicas, de qualquer instituição espírita, deve recair sobre aqueles que fazem parte da Casa, em todos os sectores, presumindo-se que possuam conhecimento doutrinário razoável, vida moral regular, e estejam incorporados às tarefas de promoção humana que a Casa realiza.
Sem convites precipitados, os dirigentes dos Centros espíritas aguardam as solicitações dos frequentadores das reuniões doutrinárias, para se incorporarem às equipes das sessões mediúnicas, analisando cada caso cuidadosamente, com base nas directrizes traçadas por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, antes de conceder a necessária permissão para trabalhar.
O dirigente encarnado de cada equipe deve ser um elemento que esteja ligado à directoria ou faça parte da mesma, devendo preencher os mínimos requisitos para o desempenho da tarefa, notadamente o conhecimento teórico sobre a mediunidade, traços de liderança, e ascendência moral na convivência com encarnados e desencarnados.
No seu impedimento, não havendo substituto devidamente credenciado pelo titular, não é recomendável que se processe a parte prática das sessões.
Nesses casos as leituras preparatórias serão realizadas normalmente, com posterior conversação edificante sobre as questões lidas, finalizando-se as sessões com vibrações salutares e prece de encerramento.
No transcorrer destas actividades, os Instrutores Espirituais farão o atendimento aos Espíritos sofredores, programados, no campo de sua actuação, com os recursos energéticos simultâneos, do mundo físico e extra-físico.
Na hipótese de ser um grupo iniciante, sem médiuns actuantes, as reuniões devem tomar um carácter de estudo sistemático da doutrina, com leituras diversificadas das obras básicas e clássicas do Espiritismo, desdobradas através de comentários objectivos e resumidos, devendo-se evitar a dinâmica das palestras discursivas próprias das reuniões doutrinárias ou as polémicas apaixonadas.
No final destas sessões de estudos reservam-se alguns minutos para a aclimatação daqueles possuidores da faculdade em afloramento, através de uma convivência mais estreita com os Espíritos sofredores trazidos pelos Instrutores Espirituais, para o atendimento de enfermagem espiritual.
Sobre o número máximo de pessoas que devem compor a equipe mediúnica há variadas opiniões.
Na literatura mediúnica consta quinze elementos, todavia caberá ao dirigente encarnado dimensionar a quantidade ideal para a formação de um grupo bem afinado.
Seria conveniente adoptarem-se algumas normas disciplinares para o bom andamento dos trabalhos de intercâmbio espiritual, dando-se conhecimento antecipado aos integrantes das equipes.
Aliás, os Instrutores Espirituais recomendam a todos os frequentadores das reuniões mediúnicas manterem as seguintes normativas:
frequência regular, tanto as reuniões mediúnicas quanto doutrinárias, faltando somente por razões graves;
três faltas consecutivas sem justa causa são motivo para o afastar o frequentador temporariamente, ficando submetido a um novo pedido de permissão para voltar a se integrar na equipa;
não deve ser permitido o ingresso na sala mediúnica de nenhum dos participantes, depois de iniciada a parte prática;
a duração dos trabalhos não deve ultrapassar noventa minutos, incluída a parte preparatória;
evitar a todo custo conversações vulgares ou rotineiras no ambiente mediúnico, antes ou depois das actividades.
Importante frisar que o êxito das actividades com o mundo espiritual vai depender exclusivamente da postura pessoal dos seus integrantes.
Devem, portanto, fazer uma preparação individual antecipada, principalmente no campo mental, não excluindo a necessidade de um repouso físico para relaxar as tensões físicas e psicológicas, oriundas das actividades quotidianas.
Revista "Presença Espírita", Março/abril de 1990.
§.§.§- O-canto-da-ave
José Ferraz
As actividades das equipes mediúnicas nos Centros espíritas são de fundamental importância para o tratamento de problemas psíquicos, desenvolvimento da mediunidade e desobsessão dos seus integrantes com uma perspectiva para o atendimento aos Espíritos sofredores e perturbadores que renteiam na esfera de acção dos encarnados.
Todas as Casas espíritas precisam destas actividades para manterem, inclusive, a coesão de pensamento nos ideais de enobrecimento das criaturas humanas, que se propõem a trabalhar pela causa do amor ao próximo e sofrem investidas de entidades malévolas, empenhadas em criar desentendimentos e dissensões entre as hostes espíritas.
Por esta razão, o bom senso demonstra que a prioridade na escolha dos componentes das equipes mediúnicas, de qualquer instituição espírita, deve recair sobre aqueles que fazem parte da Casa, em todos os sectores, presumindo-se que possuam conhecimento doutrinário razoável, vida moral regular, e estejam incorporados às tarefas de promoção humana que a Casa realiza.
Sem convites precipitados, os dirigentes dos Centros espíritas aguardam as solicitações dos frequentadores das reuniões doutrinárias, para se incorporarem às equipes das sessões mediúnicas, analisando cada caso cuidadosamente, com base nas directrizes traçadas por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, antes de conceder a necessária permissão para trabalhar.
O dirigente encarnado de cada equipe deve ser um elemento que esteja ligado à directoria ou faça parte da mesma, devendo preencher os mínimos requisitos para o desempenho da tarefa, notadamente o conhecimento teórico sobre a mediunidade, traços de liderança, e ascendência moral na convivência com encarnados e desencarnados.
No seu impedimento, não havendo substituto devidamente credenciado pelo titular, não é recomendável que se processe a parte prática das sessões.
Nesses casos as leituras preparatórias serão realizadas normalmente, com posterior conversação edificante sobre as questões lidas, finalizando-se as sessões com vibrações salutares e prece de encerramento.
No transcorrer destas actividades, os Instrutores Espirituais farão o atendimento aos Espíritos sofredores, programados, no campo de sua actuação, com os recursos energéticos simultâneos, do mundo físico e extra-físico.
Na hipótese de ser um grupo iniciante, sem médiuns actuantes, as reuniões devem tomar um carácter de estudo sistemático da doutrina, com leituras diversificadas das obras básicas e clássicas do Espiritismo, desdobradas através de comentários objectivos e resumidos, devendo-se evitar a dinâmica das palestras discursivas próprias das reuniões doutrinárias ou as polémicas apaixonadas.
No final destas sessões de estudos reservam-se alguns minutos para a aclimatação daqueles possuidores da faculdade em afloramento, através de uma convivência mais estreita com os Espíritos sofredores trazidos pelos Instrutores Espirituais, para o atendimento de enfermagem espiritual.
Sobre o número máximo de pessoas que devem compor a equipe mediúnica há variadas opiniões.
Na literatura mediúnica consta quinze elementos, todavia caberá ao dirigente encarnado dimensionar a quantidade ideal para a formação de um grupo bem afinado.
Seria conveniente adoptarem-se algumas normas disciplinares para o bom andamento dos trabalhos de intercâmbio espiritual, dando-se conhecimento antecipado aos integrantes das equipes.
Aliás, os Instrutores Espirituais recomendam a todos os frequentadores das reuniões mediúnicas manterem as seguintes normativas:
frequência regular, tanto as reuniões mediúnicas quanto doutrinárias, faltando somente por razões graves;
três faltas consecutivas sem justa causa são motivo para o afastar o frequentador temporariamente, ficando submetido a um novo pedido de permissão para voltar a se integrar na equipa;
não deve ser permitido o ingresso na sala mediúnica de nenhum dos participantes, depois de iniciada a parte prática;
a duração dos trabalhos não deve ultrapassar noventa minutos, incluída a parte preparatória;
evitar a todo custo conversações vulgares ou rotineiras no ambiente mediúnico, antes ou depois das actividades.
Importante frisar que o êxito das actividades com o mundo espiritual vai depender exclusivamente da postura pessoal dos seus integrantes.
Devem, portanto, fazer uma preparação individual antecipada, principalmente no campo mental, não excluindo a necessidade de um repouso físico para relaxar as tensões físicas e psicológicas, oriundas das actividades quotidianas.
Revista "Presença Espírita", Março/abril de 1990.
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MENSAGEM DO O ESPÍRITO DE VERDADE SOBRE OS MÉDIUNS
MENSAGEM DO O ESPÍRITO DE VERDADE SOBRE OS MÉDIUNS
Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir à causa do Espiritismo na medida de sua faculdade, mas são bem poucos os que não se deixam prender na armadilha do amor-próprio.
É uma pedra de tropeço que raramente deixa de produzir seu efeito.
Assim é que, em cem médiuns, encontrareis com dificuldade um, por muito humilde que seja, que não tenha acreditado, nos primeiros tempos de sua mediunidade, que estava destinado a obter resultados superiores e predestinado a grandes missões.
Aqueles que aceitam essa vaidosa esperança, e o número é grande, tornam-se presas inevitáveis de Espíritos obsessores, que não tardam em dominá-los, envaidecendo seu orgulho e prendendo-os pela sua fraqueza;
quanto mais quiserem se elevar, mais sua queda será ridícula, quando não desastrosa para eles.
As grandes missões são apenas confiadas aos homens de qualidade, e apenas Deus os coloca, sem que eles procurem, no lugar e na posição onde seu concurso possa ser eficaz.
Nunca é demais recomendar aos médiuns inexperientes desconfiar do que certos Espíritos poderão lhes dizer em relação ao pretenso papel que são chamados a desempenhar;
porque, se os levam a sério, recolherão apenas desapontamentos neste mundo e um severo castigo no outro.
Que se convençam de que, na esfera modesta e obscura onde estão colocados, podem prestar grandes serviços, ajudando na conversão de incrédulos, consolando aflitos.
Se chegarem a ter notoriedade social, serão conduzidos por uma mão invisível, que preparará os caminhos da evidência, por assim dizer, sem que eles queiram.
Que se lembrem destas palavras:
“Todo aquele que se elevar será rebaixado; todo aquele que se rebaixar será elevado”.
O Espírito de Verdade
§.§.§- O-canto-da-ave
Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir à causa do Espiritismo na medida de sua faculdade, mas são bem poucos os que não se deixam prender na armadilha do amor-próprio.
É uma pedra de tropeço que raramente deixa de produzir seu efeito.
Assim é que, em cem médiuns, encontrareis com dificuldade um, por muito humilde que seja, que não tenha acreditado, nos primeiros tempos de sua mediunidade, que estava destinado a obter resultados superiores e predestinado a grandes missões.
Aqueles que aceitam essa vaidosa esperança, e o número é grande, tornam-se presas inevitáveis de Espíritos obsessores, que não tardam em dominá-los, envaidecendo seu orgulho e prendendo-os pela sua fraqueza;
quanto mais quiserem se elevar, mais sua queda será ridícula, quando não desastrosa para eles.
As grandes missões são apenas confiadas aos homens de qualidade, e apenas Deus os coloca, sem que eles procurem, no lugar e na posição onde seu concurso possa ser eficaz.
Nunca é demais recomendar aos médiuns inexperientes desconfiar do que certos Espíritos poderão lhes dizer em relação ao pretenso papel que são chamados a desempenhar;
porque, se os levam a sério, recolherão apenas desapontamentos neste mundo e um severo castigo no outro.
Que se convençam de que, na esfera modesta e obscura onde estão colocados, podem prestar grandes serviços, ajudando na conversão de incrédulos, consolando aflitos.
Se chegarem a ter notoriedade social, serão conduzidos por uma mão invisível, que preparará os caminhos da evidência, por assim dizer, sem que eles queiram.
Que se lembrem destas palavras:
“Todo aquele que se elevar será rebaixado; todo aquele que se rebaixar será elevado”.
O Espírito de Verdade
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Animismo
Animismo
Hermínio C. Miranda
1) A teoria e a experiência
Por ocasião dos preparativos ao Congresso Espírita internacional, programado para Glasgow em setembro de 1937, o comité organizador escreveu ao cientista italiano Enesto Bozzano convidando-o a participar dos trabalhos na honrosa (e merecida) condição de seu vice-presidente.
Pedia ainda o comité que Bozzano preparasse um resumo de sua obra, já bastante volumosa àquela época, destacando como tema básico a questão do animismo, de forma a encaminhar uma solução conclusiva para o problema que se colocava na seguinte pergunta-título sugerida para seu ensaio:
Animism or spiritualism - Which explains the facts? (Animismo ou espiritismo - Qual deles explica os factos?).
O eminente pesquisador italiano alcançara, em 1937, a respeitável idade de 75 anos - viveria mais seis anos, pois morreu em 1943 -, e o tema proposto pelos organizadores do congresso significava, como ele próprio o caracterizou, "formidável encargo", dado que se datava de "resumir a maior parte da minha obra de 40 anos".
A despeito disso, o idoso cientista entusiasmou-se pelo assunto, que se apresentava como "teoricamente muito importante".
Foi assim que os estudiosos dos fenómenos psíquicos se viram presenteados com mais um de seus notáveis e competentes estudos, que a Federação Espírita Brasileira vem publicando, em sucessivas edições, sob o título Animismo ou Espiritismo?
Não foi difícil para ele responder o que lhe fora perguntado, mesmo porque a resposta estava implícita em sua obra:
- Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenómenos supra-normais.
Ambos são indispensáveis a tal fim e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única, e esta causa é o espírito humano que, quando se manifesta, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenómenos anímicos e, quando se manifesta mediúnicamente, durante a existência 'desencarnada', determina os fenómenos espiríticos.
(Bozzano, Ernesto, 1987.)
O tema já fora tratado, aliás, em outra importante obra a de Alexandre Aksakof, igualmente publicada pela FEB, sob o título Animismo e Espiritismo (2 volumes).
Tanto a obra de Bozzano quanto a de Aksakof são enriquecidas como relato de inúmeros factos colhidos e examinados com atento critério selectivo.
A de Bozzano, como vimos, foi motivada pela solicitação dos organizadores do Congresso de 1937;
a de Aksakof resultou de sua corajosa decisão de responder à altura as veementes criticas do filósofo Eduard von Hartmann, intitulada O Espiritismo, que alcançara certa repercussão pelo prestígio de que gozava seu brilhante autor.
Somos levados a crer, hoje, que o factor importante no êxito do livro de Hartmann foi o facto de que era o primeiro ataque maciço e inegavelmente inteligente às teses doutrinárias do espiritismo, ao oferecer explicações alternativas aceitáveis, em princípio, ou seja, a de que os fenómenos, nos quais o espiritismo via manifestações de seres desencarnados sobreviventes, deveriam ser considerados como produzidos pelas faculdades normais da mente humana.
Continua...
Hermínio C. Miranda
1) A teoria e a experiência
Por ocasião dos preparativos ao Congresso Espírita internacional, programado para Glasgow em setembro de 1937, o comité organizador escreveu ao cientista italiano Enesto Bozzano convidando-o a participar dos trabalhos na honrosa (e merecida) condição de seu vice-presidente.
Pedia ainda o comité que Bozzano preparasse um resumo de sua obra, já bastante volumosa àquela época, destacando como tema básico a questão do animismo, de forma a encaminhar uma solução conclusiva para o problema que se colocava na seguinte pergunta-título sugerida para seu ensaio:
Animism or spiritualism - Which explains the facts? (Animismo ou espiritismo - Qual deles explica os factos?).
O eminente pesquisador italiano alcançara, em 1937, a respeitável idade de 75 anos - viveria mais seis anos, pois morreu em 1943 -, e o tema proposto pelos organizadores do congresso significava, como ele próprio o caracterizou, "formidável encargo", dado que se datava de "resumir a maior parte da minha obra de 40 anos".
A despeito disso, o idoso cientista entusiasmou-se pelo assunto, que se apresentava como "teoricamente muito importante".
Foi assim que os estudiosos dos fenómenos psíquicos se viram presenteados com mais um de seus notáveis e competentes estudos, que a Federação Espírita Brasileira vem publicando, em sucessivas edições, sob o título Animismo ou Espiritismo?
Não foi difícil para ele responder o que lhe fora perguntado, mesmo porque a resposta estava implícita em sua obra:
- Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenómenos supra-normais.
Ambos são indispensáveis a tal fim e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única, e esta causa é o espírito humano que, quando se manifesta, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenómenos anímicos e, quando se manifesta mediúnicamente, durante a existência 'desencarnada', determina os fenómenos espiríticos.
(Bozzano, Ernesto, 1987.)
O tema já fora tratado, aliás, em outra importante obra a de Alexandre Aksakof, igualmente publicada pela FEB, sob o título Animismo e Espiritismo (2 volumes).
Tanto a obra de Bozzano quanto a de Aksakof são enriquecidas como relato de inúmeros factos colhidos e examinados com atento critério selectivo.
A de Bozzano, como vimos, foi motivada pela solicitação dos organizadores do Congresso de 1937;
a de Aksakof resultou de sua corajosa decisão de responder à altura as veementes criticas do filósofo Eduard von Hartmann, intitulada O Espiritismo, que alcançara certa repercussão pelo prestígio de que gozava seu brilhante autor.
Somos levados a crer, hoje, que o factor importante no êxito do livro de Hartmann foi o facto de que era o primeiro ataque maciço e inegavelmente inteligente às teses doutrinárias do espiritismo, ao oferecer explicações alternativas aceitáveis, em princípio, ou seja, a de que os fenómenos, nos quais o espiritismo via manifestações de seres desencarnados sobreviventes, deveriam ser considerados como produzidos pelas faculdades normais da mente humana.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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O vigoroso estudo de Hartmann como que atendia a uma ansiada expectativa de parte de inúmeros cépticos e negativistas irredutíveis, desesperados por uma teoria inteligente que demolisse, de uma vez para sempre, as estruturas do espiritismo nascente.
Para estes a obra de Hartmann foi um alívio.
Afinal surgia alguém que conseguia 'demonstrar' ser uma grande tolice essa história da sobrevivência do ser que os espíritas estavam a disseminar por toda a parte, conseguindo até 'envolver' figuras da maior projecção na sociedade, nas artes e, principalmente, na ciência.
Era uma loucura, a que alguém precisava mesmo por um ponto final.
Acharam que Hartmann havia conseguido essa proeza histórica - a de deter com argumentos tidos como irrespondíveis a maré crescente do espiritismo.
Na verdade Hartmann era um pensador de considerável prestígio e montou seu sistema metafísico sobre o conceito do inconsciente, doutrina que expôs com brilhantismo e competência em Die Philosophie des Unbewussten (A Filosofia do inconsciente), publicada em três volumes, em 1869, em Berlim.
Era seu segundo Livro e foi acolhido com respeito.
Ele morreu em 1906, aos 64 anos de idade, e deixou vasta obra como pensador.
Obviamente, suas biografias não abordam o assunto, mas sabemos que ele também sobreviveu como espírito imortal...
É certo que voltará um dia para colocar sua brilhante inteligência a serviço de causa menos ingrata do que a de dar combate à doutrina dos espíritos.
O maior impacto da obra de Hartmann sobre o espiritismo, contudo, provem do facto de que ele tinha razão, em parte, pois trabalhou com os recursos da meia-verdade.
Não, certamente, por desonestidade artificiosa, mas porque estava convicto de suas posturas teóricas e apresentava factos observados que lhes pareciam dar sustentação.
E, realmente, davam-na, porque fenómenos semelhantes ou idênticos aos mediúnicos ocorrem sem que seja necessário convocar a interferência dos desencarnados.
Aksakof concordou com ele neste ponto, como Bozzano também iria concordar mais tarde.
Nenhum dos dois estava excluindo ou escamoteando a realidade dos fenómenos anímicos, ou seja, produzidos pela alma dos encarnados.
A divergência entre Aksakof e Bozzano, de um lado, e Hartmann, de outro, estava em que este deixou de considerar em seu estudo os factos que não se acomodavam à doutrina animista, ou seja, fenómenos que precisavam, irremediavelmente, da doutrina espírita para serem compreendidos e explicados, pois nada tinham que os justificasse como manifestações anímicas.
Escreveu Aksakof:
- Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo todos os fenómenos intelectuais e micos que deixam supor uma actividade extra-corpórea ou à distância do organismo humano e mais especialmente todos os fenómenos mediúnicos que podem ser explicados por uma acção que o homem vivo exerce além dos limites do corpo.
(Aksakof, Alexandre, 1983,)
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O vigoroso estudo de Hartmann como que atendia a uma ansiada expectativa de parte de inúmeros cépticos e negativistas irredutíveis, desesperados por uma teoria inteligente que demolisse, de uma vez para sempre, as estruturas do espiritismo nascente.
Para estes a obra de Hartmann foi um alívio.
Afinal surgia alguém que conseguia 'demonstrar' ser uma grande tolice essa história da sobrevivência do ser que os espíritas estavam a disseminar por toda a parte, conseguindo até 'envolver' figuras da maior projecção na sociedade, nas artes e, principalmente, na ciência.
Era uma loucura, a que alguém precisava mesmo por um ponto final.
Acharam que Hartmann havia conseguido essa proeza histórica - a de deter com argumentos tidos como irrespondíveis a maré crescente do espiritismo.
Na verdade Hartmann era um pensador de considerável prestígio e montou seu sistema metafísico sobre o conceito do inconsciente, doutrina que expôs com brilhantismo e competência em Die Philosophie des Unbewussten (A Filosofia do inconsciente), publicada em três volumes, em 1869, em Berlim.
Era seu segundo Livro e foi acolhido com respeito.
Ele morreu em 1906, aos 64 anos de idade, e deixou vasta obra como pensador.
Obviamente, suas biografias não abordam o assunto, mas sabemos que ele também sobreviveu como espírito imortal...
É certo que voltará um dia para colocar sua brilhante inteligência a serviço de causa menos ingrata do que a de dar combate à doutrina dos espíritos.
O maior impacto da obra de Hartmann sobre o espiritismo, contudo, provem do facto de que ele tinha razão, em parte, pois trabalhou com os recursos da meia-verdade.
Não, certamente, por desonestidade artificiosa, mas porque estava convicto de suas posturas teóricas e apresentava factos observados que lhes pareciam dar sustentação.
E, realmente, davam-na, porque fenómenos semelhantes ou idênticos aos mediúnicos ocorrem sem que seja necessário convocar a interferência dos desencarnados.
Aksakof concordou com ele neste ponto, como Bozzano também iria concordar mais tarde.
Nenhum dos dois estava excluindo ou escamoteando a realidade dos fenómenos anímicos, ou seja, produzidos pela alma dos encarnados.
A divergência entre Aksakof e Bozzano, de um lado, e Hartmann, de outro, estava em que este deixou de considerar em seu estudo os factos que não se acomodavam à doutrina animista, ou seja, fenómenos que precisavam, irremediavelmente, da doutrina espírita para serem compreendidos e explicados, pois nada tinham que os justificasse como manifestações anímicas.
Escreveu Aksakof:
- Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo todos os fenómenos intelectuais e micos que deixam supor uma actividade extra-corpórea ou à distância do organismo humano e mais especialmente todos os fenómenos mediúnicos que podem ser explicados por uma acção que o homem vivo exerce além dos limites do corpo.
(Aksakof, Alexandre, 1983,)
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Em nota de rodapé, ele acrescenta que a palavra psiquismo também serviria a esse propósito, mas por uma questão de uniformidade preferiu ficar com radicais e estruturas latinos (anima = alma), dado que o termo destinava-se a ser utilizado em estreita conexão com a palavra espiritismo, de origem latina.
Reservava para esta última palavra - espiritismo - somente os "fenómenos que, após exame, não podem ser explicados por nenhuma da teorias precedentes e oferecem bases serias para a admissão da hipótese de uma comunicação com os mortos."
Observe-se que ele não deseja impor, a qualquer preço, a doutrina da sobrevivência.
Embora convicto dela, quer apenas mostrar que há fenómenos muito bem observados e documentados que não se enquadram no rígido esquema de von Hartmann.
O eminente cientista russo propõe para os fenómenos anímicos uma classificação em quatro categorias distintas, todos eles, contudo, resultantes do que ele chama de "acção extra-corpórea do homem vivo", isto é, fenómenos produzidos pelo ser encarnado para os quais não há necessidade de recorrer-se à interferência de desencarnados.
Nesse quadro ele colocou:
1) efeitos psíquicos (telepatia, impressões transmitidas à distância);
2) efeitos físicos (fenómenos telecinéticos, isto é, movimento à distância);
3) projecção da imagem (fenómenos telefânicos, ou seja, desdobramento);
4) projecção de imagens "com certos atributos de corporeidade", isto é, formação de corpos materializados.
Estou convencido de que teríamos hoje outras categorias a acrescentar e outros fenómenos a enquadrar, bem como fenómenos mistos, nos quais podemos identificar características nitidamente animistas e também interferências ou participação de seres desencarnados.
Isto, porém, veremos no momento próprio, neste livro.
É das mais importantes, por conseguinte, a contribuição desses dois eminentes cientistas ao melhor entendimento das faculdades mediúnicas, o russo Alexandre Aksakof e o italiano Ernesto Bozzano, sem nenhum desdouro para o filósofo alemão von Hartmann, que a despeito de seu brilhantismo não conseguiu demolir a realidade da sobrevivência do espírito.
Sei que muitos consideram o problema ainda por resolver, mas essa é a verdade e o tempo irá demonstra-la fatalmente e de maneira incontestável, sem mais deixar espaços abertos para os profissionais da negação.
2) O animismo na codificação
Empenhados na elaboração de uma obra tão abrangente quanto possível, os instrutores da codificação se viram forçados a sacrificar o particular em favor do geral, o pormenor em beneficio da visão de conjunto.
Do contrário a obra assumiria proporções e complexidades que a tornariam praticamente inabordável.
Limitaram-se, pois, no caso específico do animismo, a referências sumárias, apenas para indicar a existência do problema, como que deixando-o a futuros desdobramentos de iniciativa dos próprios seres encarnados, ainda que sempre ajudados e assistidos pelos mentores desencarnados.
Continua...
Em nota de rodapé, ele acrescenta que a palavra psiquismo também serviria a esse propósito, mas por uma questão de uniformidade preferiu ficar com radicais e estruturas latinos (anima = alma), dado que o termo destinava-se a ser utilizado em estreita conexão com a palavra espiritismo, de origem latina.
Reservava para esta última palavra - espiritismo - somente os "fenómenos que, após exame, não podem ser explicados por nenhuma da teorias precedentes e oferecem bases serias para a admissão da hipótese de uma comunicação com os mortos."
Observe-se que ele não deseja impor, a qualquer preço, a doutrina da sobrevivência.
Embora convicto dela, quer apenas mostrar que há fenómenos muito bem observados e documentados que não se enquadram no rígido esquema de von Hartmann.
O eminente cientista russo propõe para os fenómenos anímicos uma classificação em quatro categorias distintas, todos eles, contudo, resultantes do que ele chama de "acção extra-corpórea do homem vivo", isto é, fenómenos produzidos pelo ser encarnado para os quais não há necessidade de recorrer-se à interferência de desencarnados.
Nesse quadro ele colocou:
1) efeitos psíquicos (telepatia, impressões transmitidas à distância);
2) efeitos físicos (fenómenos telecinéticos, isto é, movimento à distância);
3) projecção da imagem (fenómenos telefânicos, ou seja, desdobramento);
4) projecção de imagens "com certos atributos de corporeidade", isto é, formação de corpos materializados.
Estou convencido de que teríamos hoje outras categorias a acrescentar e outros fenómenos a enquadrar, bem como fenómenos mistos, nos quais podemos identificar características nitidamente animistas e também interferências ou participação de seres desencarnados.
Isto, porém, veremos no momento próprio, neste livro.
É das mais importantes, por conseguinte, a contribuição desses dois eminentes cientistas ao melhor entendimento das faculdades mediúnicas, o russo Alexandre Aksakof e o italiano Ernesto Bozzano, sem nenhum desdouro para o filósofo alemão von Hartmann, que a despeito de seu brilhantismo não conseguiu demolir a realidade da sobrevivência do espírito.
Sei que muitos consideram o problema ainda por resolver, mas essa é a verdade e o tempo irá demonstra-la fatalmente e de maneira incontestável, sem mais deixar espaços abertos para os profissionais da negação.
2) O animismo na codificação
Empenhados na elaboração de uma obra tão abrangente quanto possível, os instrutores da codificação se viram forçados a sacrificar o particular em favor do geral, o pormenor em beneficio da visão de conjunto.
Do contrário a obra assumiria proporções e complexidades que a tornariam praticamente inabordável.
Limitaram-se, pois, no caso específico do animismo, a referências sumárias, apenas para indicar a existência do problema, como que deixando-o a futuros desdobramentos de iniciativa dos próprios seres encarnados, ainda que sempre ajudados e assistidos pelos mentores desencarnados.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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É a impressão que se colhe quando hoje analisamos vários aspectos dos ensinamentos que nos legaram directamente ou por intermédio dos escritos pessoais de Allan Kardec.
No capítulo XIX de O Livro dos Médiuns ("Do papel dos médiuns nas comunicações espíritas") Kardec reproduz o teor das consultas que formulou a dois dos mais competentes especialistas sobre o fenómeno mediúnico, ou seja, Erasto e Timóteo, que parece terem sido incumbidos de orientar os estudos em tomo da mediunidade.
A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro.
Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de espírito.
Tendes a prova disso nas visitas que vos fazem as almas de pessoas vivas, as quais muitas vezes se comunicam convosco pela escrita, sem que as chameis.
Porque, ficai sabendo, entre os espíritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra.
Eles, então, vos falam como espíritos e não como homens, Porque não se havia de dar o mesmo como médium?
(Kardec, Allan, 1975.)
Em O Livro dos Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da alma") foi também abordado o tema da actividade espiritual do ser encarnado.
Se nos lembrarmos de que a codificação conceitua a alma (anima) como espírito encarnado, temos aí a clara abordagem à questão do animismo, embora o termo somente seria proposto, anos mais tarde, por Aksakof, como vimos.
Cuida esse capítulo da actividade da alma, enquanto desdobrada do corpo físico pelo sono comum, e nisto estão incluídos os sonhos, contactos pessoais com outros indivíduos, acamados ou desencarnados, telepatia, letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão.
Todo esse capítulo cuida, portanto, da fenomenologia anímica, ainda que de maneira um tanto sumária, pelas razões já expostas.
3) A palavra dos continuadores
O estudo mais aprofundado dessas questões parece ter sido reservado aos acamados.
Assumiram a responsabilidade pela tarefa não apenas Aksakof e Bozzano, como outro seguro e competente estudioso espírita:
Gabriel Delanne, em obra aliás, não muito difundida no Brasil, já que não foi traduzida para a nossa língua.
Trata-se de Recherches sur la Médiumnité, com 515 páginas compactas, expondo cerrada argumentação, toda ela apoiada em fatos observados com o necessário rigor científico.
O livro compõe-se de dez partes:
1) o fenómeno espírita e a escrita automática das histéricas;
2) animismo;
3) espiritismo.
Que eu saiba, é uma das únicos obras, no contexto doutrinário do espiritismo, que estuda em profundidade o problema da "psicografia automática", ou seja, a escrita produzida pelo inconsciente, funcionando o sensitivo como médium de si mesmo.
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É a impressão que se colhe quando hoje analisamos vários aspectos dos ensinamentos que nos legaram directamente ou por intermédio dos escritos pessoais de Allan Kardec.
No capítulo XIX de O Livro dos Médiuns ("Do papel dos médiuns nas comunicações espíritas") Kardec reproduz o teor das consultas que formulou a dois dos mais competentes especialistas sobre o fenómeno mediúnico, ou seja, Erasto e Timóteo, que parece terem sido incumbidos de orientar os estudos em tomo da mediunidade.
A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro.
Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de espírito.
Tendes a prova disso nas visitas que vos fazem as almas de pessoas vivas, as quais muitas vezes se comunicam convosco pela escrita, sem que as chameis.
Porque, ficai sabendo, entre os espíritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra.
Eles, então, vos falam como espíritos e não como homens, Porque não se havia de dar o mesmo como médium?
(Kardec, Allan, 1975.)
Em O Livro dos Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da alma") foi também abordado o tema da actividade espiritual do ser encarnado.
Se nos lembrarmos de que a codificação conceitua a alma (anima) como espírito encarnado, temos aí a clara abordagem à questão do animismo, embora o termo somente seria proposto, anos mais tarde, por Aksakof, como vimos.
Cuida esse capítulo da actividade da alma, enquanto desdobrada do corpo físico pelo sono comum, e nisto estão incluídos os sonhos, contactos pessoais com outros indivíduos, acamados ou desencarnados, telepatia, letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão.
Todo esse capítulo cuida, portanto, da fenomenologia anímica, ainda que de maneira um tanto sumária, pelas razões já expostas.
3) A palavra dos continuadores
O estudo mais aprofundado dessas questões parece ter sido reservado aos acamados.
Assumiram a responsabilidade pela tarefa não apenas Aksakof e Bozzano, como outro seguro e competente estudioso espírita:
Gabriel Delanne, em obra aliás, não muito difundida no Brasil, já que não foi traduzida para a nossa língua.
Trata-se de Recherches sur la Médiumnité, com 515 páginas compactas, expondo cerrada argumentação, toda ela apoiada em fatos observados com o necessário rigor científico.
O livro compõe-se de dez partes:
1) o fenómeno espírita e a escrita automática das histéricas;
2) animismo;
3) espiritismo.
Que eu saiba, é uma das únicos obras, no contexto doutrinário do espiritismo, que estuda em profundidade o problema da "psicografia automática", ou seja, a escrita produzida pelo inconsciente, funcionando o sensitivo como médium de si mesmo.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Os livros de Boddington também chamam a atenção para este aspecto, mas longe estão da profundidade e da documentação de que se vale Delanne, embora sua atitude seja bem radical ao sugerir que comunicações que estejam dentro das possibilidades culturais do médium devam ser consideradas como originárias do inconsciente do próprio sensitivo.
Para o autor inglês, textos de legitima autoria dos desencarnados são somente aqueles que demonstrem conhecimentos superiores ao do médium.
Não apenas julgo o critério demasiado rígido, mas também inadequado, porque dificilmente conheceremos com segurança o vigor intelectual do espírito do médium, ou seja, da sua individualidade, em contraste com seu conhecimento como ser encarnado, na faixa da personalidade.
Em outras palavras:
o médium pode ser um espírito de elevada condição intelectual ainda que, como encarnado, seja culturalmente medíocre.
É o mais provável, urna vez que a experiência ensina que o acervo mental oculto no inconsciente, na memória integral, tem de ser, necessariamente, muito superior, em volume e qualidade, ao que trazemos no limitado âmbito do consciente e do subconsciente, isto é, nas memórias da vida presente, em contraste com os imensos arquivos das vidas anteriores.
Não é, pois, de admirar-se que um sensitivo dotado de modestos recursos intelectuais, como ser encarnado, seja capaz de produzir, pelo processo da psicografia automática, um texto brilhante, se conseguir criar condições propicias à manifestação anímica, isto é, se permitir que se manifeste em todo o seu potencial seu próprio inconsciente.
Isto, porém, de forma alguma invalida, pelo contrário, confirma a tese de Aksakof e Bozzano, Delanne e outros, de que o fenómeno anímico, longe de excluir a possibilidade do fenómeno espírita, é um factor a mais para corroborar este último.
O raciocino pode ser colocado na seguinte ordem:
admitida a sobrevivência do espírito, seria ridículo e anticientífico declarar que o espírito encarnado pode manifestar-se pela psicografia, mas o desencarnado não.
Sei que muitos contestarão o argumento dizendo que ele é falho, no sentido de que não está provada, ainda, a sobrevivência.
Isto, porém, não é objecção que me aflija.
Primeiro, porque este não é um livro apologético, concebido para demonstrar ou provar a existência ou sobrevivência do espírito e, sim, uma discussão do problema da mediunidade.
Segundo, entendo que, enquanto os cépticos os negadores duvidam e procuram demolir as estruturas da realidade espiritual, é preciso que alguém assuma essa realidade - que a nosso ver está suficientemente demonstrada - e dê prosseguimento ao trabalho de inseri-la no contexto humano e colocá-la a serviço de um relacionamento mais inteligente, dinâmico e construtivo das duas faces da realidade, uma visível, outra invisível.
A rejeição é problema daquele que rejeita, não do que está convencido dessa realidade.
A esta altura da história do espiritismo no mundo, não estão mais obrigados os espíritas a continuar de braços cruzados enquanto os negadores se engalfinham em um verdadeiro corpo-a-corpo para 'provar' que estão com a razão nos seus postulados.
Continua...
Os livros de Boddington também chamam a atenção para este aspecto, mas longe estão da profundidade e da documentação de que se vale Delanne, embora sua atitude seja bem radical ao sugerir que comunicações que estejam dentro das possibilidades culturais do médium devam ser consideradas como originárias do inconsciente do próprio sensitivo.
Para o autor inglês, textos de legitima autoria dos desencarnados são somente aqueles que demonstrem conhecimentos superiores ao do médium.
Não apenas julgo o critério demasiado rígido, mas também inadequado, porque dificilmente conheceremos com segurança o vigor intelectual do espírito do médium, ou seja, da sua individualidade, em contraste com seu conhecimento como ser encarnado, na faixa da personalidade.
Em outras palavras:
o médium pode ser um espírito de elevada condição intelectual ainda que, como encarnado, seja culturalmente medíocre.
É o mais provável, urna vez que a experiência ensina que o acervo mental oculto no inconsciente, na memória integral, tem de ser, necessariamente, muito superior, em volume e qualidade, ao que trazemos no limitado âmbito do consciente e do subconsciente, isto é, nas memórias da vida presente, em contraste com os imensos arquivos das vidas anteriores.
Não é, pois, de admirar-se que um sensitivo dotado de modestos recursos intelectuais, como ser encarnado, seja capaz de produzir, pelo processo da psicografia automática, um texto brilhante, se conseguir criar condições propicias à manifestação anímica, isto é, se permitir que se manifeste em todo o seu potencial seu próprio inconsciente.
Isto, porém, de forma alguma invalida, pelo contrário, confirma a tese de Aksakof e Bozzano, Delanne e outros, de que o fenómeno anímico, longe de excluir a possibilidade do fenómeno espírita, é um factor a mais para corroborar este último.
O raciocino pode ser colocado na seguinte ordem:
admitida a sobrevivência do espírito, seria ridículo e anticientífico declarar que o espírito encarnado pode manifestar-se pela psicografia, mas o desencarnado não.
Sei que muitos contestarão o argumento dizendo que ele é falho, no sentido de que não está provada, ainda, a sobrevivência.
Isto, porém, não é objecção que me aflija.
Primeiro, porque este não é um livro apologético, concebido para demonstrar ou provar a existência ou sobrevivência do espírito e, sim, uma discussão do problema da mediunidade.
Segundo, entendo que, enquanto os cépticos os negadores duvidam e procuram demolir as estruturas da realidade espiritual, é preciso que alguém assuma essa realidade - que a nosso ver está suficientemente demonstrada - e dê prosseguimento ao trabalho de inseri-la no contexto humano e colocá-la a serviço de um relacionamento mais inteligente, dinâmico e construtivo das duas faces da realidade, uma visível, outra invisível.
A rejeição é problema daquele que rejeita, não do que está convencido dessa realidade.
A esta altura da história do espiritismo no mundo, não estão mais obrigados os espíritas a continuar de braços cruzados enquanto os negadores se engalfinham em um verdadeiro corpo-a-corpo para 'provar' que estão com a razão nos seus postulados.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Decorrido mais de um século, não conseguiram provar que os nossos estão errados.
O problema é deles e está com eles, não connosco.
Por isso, a postura assumida neste livro é a de que não temos nada a provar a ninguém, mesmo porque não estamos apoiados em crenças ou crendices, hipóteses ou suposições, mas na sólida estrutura de uma doutrina racional, sustentada por factos bem observados e bem documentados que nos garantem sua autenticidade pelo testemunho repetido e concordante de cientistas e pesquisadores confiáveis.
4) O fantasma do animismo
Essa realidade nos leva à conclusão que há, sim, fenómenos de natureza anímica, ou seja, que podem ser explicados – e o são mesmo como manifestações do espírito do próprio sensitivo.
Que os críticos insistam em dizer que são tais fenómenos produzidos pela mente ou pelo inconsciente das pessoas, isso é problema deles, empenhados como estão em questões semânticas.
O espiritismo nada tem a temer, nem aí nem em nenhum outro ponto de sua estrutura doutrinaria.
Como tenho dito alhures, o espiritismo tem sua própria teoria do conhecimento que, em vez de resultar de especulações teóricas, ainda que inteligentes e até brilhantes, foi deduzida dos factos observados.
Desmintam os factos antes de proporem a rejeição ou modificações estruturais inaceitáveis.
Em paralelo com fenómenos de natureza anímica produzidos pelo espírito encarnado, há fenómenos espíritas gerados por seres humanos temporariamente desprovidos de corpos físicos, ou seja, desencarnados.
Essa é a realidade.
E uma não exclui a outra, ao contrário, complementam-se e se explicam mutuamente.
Na verdade a questão do animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos.
Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenómeno anímico e não espírita.
Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não há fenómeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencontrados, em nosso contexto terreno, precisa do médium acamado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, anímicas.
Escrevem Erasto e Timóteo, em O Livro dos Médiuns:
- O espírito do médium é o intérprete, porque está ligado ao corpo, que serve para falar, e por ser necessária uma cadeia entre vós e os espíritos que se comunicam, como é preciso um fio eléctrico para comunicar à grande distância uma notícia, na extremidade do fio, uma pessoa inteligente, que a receba e transmita.
(Kardec, Allan, 1975.)
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Decorrido mais de um século, não conseguiram provar que os nossos estão errados.
O problema é deles e está com eles, não connosco.
Por isso, a postura assumida neste livro é a de que não temos nada a provar a ninguém, mesmo porque não estamos apoiados em crenças ou crendices, hipóteses ou suposições, mas na sólida estrutura de uma doutrina racional, sustentada por factos bem observados e bem documentados que nos garantem sua autenticidade pelo testemunho repetido e concordante de cientistas e pesquisadores confiáveis.
4) O fantasma do animismo
Essa realidade nos leva à conclusão que há, sim, fenómenos de natureza anímica, ou seja, que podem ser explicados – e o são mesmo como manifestações do espírito do próprio sensitivo.
Que os críticos insistam em dizer que são tais fenómenos produzidos pela mente ou pelo inconsciente das pessoas, isso é problema deles, empenhados como estão em questões semânticas.
O espiritismo nada tem a temer, nem aí nem em nenhum outro ponto de sua estrutura doutrinaria.
Como tenho dito alhures, o espiritismo tem sua própria teoria do conhecimento que, em vez de resultar de especulações teóricas, ainda que inteligentes e até brilhantes, foi deduzida dos factos observados.
Desmintam os factos antes de proporem a rejeição ou modificações estruturais inaceitáveis.
Em paralelo com fenómenos de natureza anímica produzidos pelo espírito encarnado, há fenómenos espíritas gerados por seres humanos temporariamente desprovidos de corpos físicos, ou seja, desencarnados.
Essa é a realidade.
E uma não exclui a outra, ao contrário, complementam-se e se explicam mutuamente.
Na verdade a questão do animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos.
Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenómeno anímico e não espírita.
Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não há fenómeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencontrados, em nosso contexto terreno, precisa do médium acamado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, anímicas.
Escrevem Erasto e Timóteo, em O Livro dos Médiuns:
- O espírito do médium é o intérprete, porque está ligado ao corpo, que serve para falar, e por ser necessária uma cadeia entre vós e os espíritos que se comunicam, como é preciso um fio eléctrico para comunicar à grande distância uma notícia, na extremidade do fio, uma pessoa inteligente, que a receba e transmita.
(Kardec, Allan, 1975.)
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Quando falamos ao telefone, por melhor que seja a aparelhagem utilizada, nossa voz sofre inevitável influência do equipamento.
- O espírito do médium exerce alguma influência sobre as comunicações que fluem por seu intermédio?
Respondem taxativamente os instrutores.
- Exerce. Se estes não lhe são simpáticos, pode de alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias ideias e a seus pendores não influencia, porém, as próprios espíritos, autores das respostas;
constitui-se apenas em mau intérprete.
(Idem )
E prossegue a aula:
assim como o espírito manifestante precisa utilizar-se de certa parcela de energia, que vai colher no médium, para movimentar um objecto, também "para uma comunicação inteligente ele precisa de um intermediário inteligente", ou seja, do espírito do próprio médium.
O bom médium, portanto, é aquele que transmite tão fielmente quanto possível o pensamento do comunicante, interferindo o mínimo que possa no que este tem a dizer.
Quando Kardec pergunta como é que um espírito manifestante fala uma língua que não conheceu quando acamado, Erasto e Timóteo declaram que o próprio Kardec respondeu à sua dúvida, ao afirmar, no início de sua pergunta, que "os espíritos só têm a linguagem do pensamento;
não dispõem da linguagem articulada".
Exactamente por isso, ou seja, por não se comunicarem por meio de palavras, eles transmitem aos médiuns seus pensamentos e deixam a cargo do instrumento vesti-los, obviamente, na língua própria do sensitivo.
Reiteramos, portanto, que não há fenómeno mediúnico sem participação anímica.
O cuidado que se toma necessário ter na dinâmica do fenómeno não é colocar o médium sob suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma, e sim ajudá-lo a ser um instrumento fiel, traduzindo em palavras adequadas o pensamento que lhe está sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.
Certamente ocorrem manifestações de animismo puro, ou seja, comunicações e fenómenos produzidos pelo espírito do médium sem nenhum componente espiritual estranho, sem a participação de outro espírito, encarnado ou desencontrado.
Nem isso, porém, constitui motivo para condenação sumária ao médium e, sim, objecto de exame e análise competente e serena, com a finalidade de apurar o sentido do fenómeno, seu porquê, suas causas e consequências.
Suponhamos, por exemplo, que ante determinada manifestação espiritual em certo médium de um grupo, outro médium do mesmo grupo mergulhe, de repente, em um processo espontâneo de regressão de memória.
Pode ocorrer que ele passe a 'viver', em toda a sua intensidade e realismo, sua própria personalidade de anterior existência.
Apresentará, sob tais circunstâncias, todas as características de uma manifestação mediúnica espírita, como se ali estivesse um espírito desencontrado.
Continua...
Quando falamos ao telefone, por melhor que seja a aparelhagem utilizada, nossa voz sofre inevitável influência do equipamento.
- O espírito do médium exerce alguma influência sobre as comunicações que fluem por seu intermédio?
Respondem taxativamente os instrutores.
- Exerce. Se estes não lhe são simpáticos, pode de alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias ideias e a seus pendores não influencia, porém, as próprios espíritos, autores das respostas;
constitui-se apenas em mau intérprete.
(Idem )
E prossegue a aula:
assim como o espírito manifestante precisa utilizar-se de certa parcela de energia, que vai colher no médium, para movimentar um objecto, também "para uma comunicação inteligente ele precisa de um intermediário inteligente", ou seja, do espírito do próprio médium.
O bom médium, portanto, é aquele que transmite tão fielmente quanto possível o pensamento do comunicante, interferindo o mínimo que possa no que este tem a dizer.
Quando Kardec pergunta como é que um espírito manifestante fala uma língua que não conheceu quando acamado, Erasto e Timóteo declaram que o próprio Kardec respondeu à sua dúvida, ao afirmar, no início de sua pergunta, que "os espíritos só têm a linguagem do pensamento;
não dispõem da linguagem articulada".
Exactamente por isso, ou seja, por não se comunicarem por meio de palavras, eles transmitem aos médiuns seus pensamentos e deixam a cargo do instrumento vesti-los, obviamente, na língua própria do sensitivo.
Reiteramos, portanto, que não há fenómeno mediúnico sem participação anímica.
O cuidado que se toma necessário ter na dinâmica do fenómeno não é colocar o médium sob suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma, e sim ajudá-lo a ser um instrumento fiel, traduzindo em palavras adequadas o pensamento que lhe está sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.
Certamente ocorrem manifestações de animismo puro, ou seja, comunicações e fenómenos produzidos pelo espírito do médium sem nenhum componente espiritual estranho, sem a participação de outro espírito, encarnado ou desencontrado.
Nem isso, porém, constitui motivo para condenação sumária ao médium e, sim, objecto de exame e análise competente e serena, com a finalidade de apurar o sentido do fenómeno, seu porquê, suas causas e consequências.
Suponhamos, por exemplo, que ante determinada manifestação espiritual em certo médium de um grupo, outro médium do mesmo grupo mergulhe, de repente, em um processo espontâneo de regressão de memória.
Pode ocorrer que ele passe a 'viver', em toda a sua intensidade e realismo, sua própria personalidade de anterior existência.
Apresentará, sob tais circunstâncias, todas as características de uma manifestação mediúnica espírita, como se ali estivesse um espírito desencontrado.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Vamos lembrar, novamente, o ensinamento de Erasto e Timóteo:
- "A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro".
E isto é válido para a psicografia e para a psicofonia ou até mesmo para fenómenos de efeitos físicos.
Não nos cansamos de repetir que tais fenómenos não invalidam a realidade da comunicação espírita e, sim, a complementam e ajudam a entendê-la melhor.
A fim de que possamos estudar o mundo espiritual, adverte Delanne, precisamos de um instrumento, um intermediário entre as duas faces da vida - o médium.
"Como possui uma alma e um corpo" - prossegue o eminente continuador de Kardec -, "ele tem acesso, por uma, à vida do espaço e, pelo outro, se prende à Terra, podendo servir de intérprete entre os dois mundos."
Não deixa, portanto, de ser um espírito somente porque está encarnado.
Os fenómenos que produzir, como espírito, são também dignos de exame e não de condenação sumária.
Algumas perguntas podem ser formuladas para servir de orientação a essa análise.
São realmente fenómenos anímicos?
Ou interferências pessoais do médium nas comunicações, no processo mesmo de as "vestir" com palavras, como dizem os espíritos?
Por que estariam sendo produzidos?
E como?
Com que finalidade?
Como poderemos ajudá-lo a interferir o mínimo possível a fim de que as comunicações traduzam com fidelidade o pensamento dos espíritos?
5) A fraude e o automatismo
Entendo, à vista da experiência pessoal em cerca de duas décadas no trato constante com a prática mediúnica, que é possível realizar um bom trabalho saneador nas possíveis interferências, não porém pela condenação sumária e áspera do médium.
Se ele for, comprovadamente, um médium defraudador, precisará ser tratado com certa energia, nunca, porém, com rudeza ou agressividade.
Está realmente defraudando?
Porquê?
Exibicionismo? Vaidade?
Desejo de agradar as pessoas?
A despeito de fraudes eventuais ou costumeiras, tem ou não faculdades mediúnicas autênticas?
Como ajudá-lo a livrar-se dos seus defeitos e fraquezas, a fim de tornar-se um médium confiável?
A história do espiritismo regista episódios em que médiuns dotados de excepcionais e comprovadas faculdades mediúnicas recorreram também a fraudes, como a legendária Eusapia Paladino, que produziu fenómenos incontestáveis sob as mais severas condições de controle, perante cientistas atentos e geniais, mas que também produzia, por fraude, ridículas imitações, facilmente detectáveis.
Continua...
Vamos lembrar, novamente, o ensinamento de Erasto e Timóteo:
- "A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro".
E isto é válido para a psicografia e para a psicofonia ou até mesmo para fenómenos de efeitos físicos.
Não nos cansamos de repetir que tais fenómenos não invalidam a realidade da comunicação espírita e, sim, a complementam e ajudam a entendê-la melhor.
A fim de que possamos estudar o mundo espiritual, adverte Delanne, precisamos de um instrumento, um intermediário entre as duas faces da vida - o médium.
"Como possui uma alma e um corpo" - prossegue o eminente continuador de Kardec -, "ele tem acesso, por uma, à vida do espaço e, pelo outro, se prende à Terra, podendo servir de intérprete entre os dois mundos."
Não deixa, portanto, de ser um espírito somente porque está encarnado.
Os fenómenos que produzir, como espírito, são também dignos de exame e não de condenação sumária.
Algumas perguntas podem ser formuladas para servir de orientação a essa análise.
São realmente fenómenos anímicos?
Ou interferências pessoais do médium nas comunicações, no processo mesmo de as "vestir" com palavras, como dizem os espíritos?
Por que estariam sendo produzidos?
E como?
Com que finalidade?
Como poderemos ajudá-lo a interferir o mínimo possível a fim de que as comunicações traduzam com fidelidade o pensamento dos espíritos?
5) A fraude e o automatismo
Entendo, à vista da experiência pessoal em cerca de duas décadas no trato constante com a prática mediúnica, que é possível realizar um bom trabalho saneador nas possíveis interferências, não porém pela condenação sumária e áspera do médium.
Se ele for, comprovadamente, um médium defraudador, precisará ser tratado com certa energia, nunca, porém, com rudeza ou agressividade.
Está realmente defraudando?
Porquê?
Exibicionismo? Vaidade?
Desejo de agradar as pessoas?
A despeito de fraudes eventuais ou costumeiras, tem ou não faculdades mediúnicas autênticas?
Como ajudá-lo a livrar-se dos seus defeitos e fraquezas, a fim de tornar-se um médium confiável?
A história do espiritismo regista episódios em que médiuns dotados de excepcionais e comprovadas faculdades mediúnicas recorreram também a fraudes, como a legendária Eusapia Paladino, que produziu fenómenos incontestáveis sob as mais severas condições de controle, perante cientistas atentos e geniais, mas que também produzia, por fraude, ridículas imitações, facilmente detectáveis.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Vamos lembrar, novamente, o ensinamento de Erasto e Timóteo:
- "A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro".
Atenção, porém, para um pormenor importante que tem sido muito negligenciado nas discussões acerca da mediunidade.
O fenómeno fraudulento nada tem a ver com animismo, mesmo quando inconsciente.
Não é o espírito do médium que o está produzindo através do seu próprio corpo mediunizado, para usar uma expressão dos próprios espíritos, mas o médium, como ser encarnado, como pessoa humana, que não está sendo honesto nem com os assistentes, nem consigo mesmo.
O médium que produz uma página por psicografia automática, com os recursos do seu próprio inconsciente, não está necessariamente defraudando e sim gerando um fenómeno anímico.
É seu espírito que se manifesta.
Só estará sendo desonesto e defraudando se desejar fazer passar sua comunicação por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que não for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum espírito desencontrado.
Sem nenhum receio infundado ou temor de estar oferecendo argumentos aos negadores contumazes da sobrevivência e comunicabilidade dos espíritos, Delanne lembra claramente que:
- (...) nas sessões espíritas, ao lado de médiuns verdadeiros, há também automatistas que escrevem mecanicamente e sem consciência aparente do conteúdo intelectual da mensagem.
Durante muito tempo tem faltado aos espíritos um critério que lhes permuta proceder a uma triagem entre as comunicações verdadeiras e as produções subconscientes do médium.
(Delanne, Gabriel, 1909.) (Grifo nosso)
O critério recomendado pelo pesquisador francês é o mesmo de sempre:
submeter a atento exame crítico os textos produzidos a fim de separar o joio do trigo.
Sem isto, acabam sendo aceitas como revelações do mundo espiritual tolas fantasias subliminares produzidas pelo próprio médium.
Convém observar, contudo - e isto vai por muna conta -, que a mensagem não é tola somente porque emerge do inconsciente do médium, nem é boa e autêntica porque há segura evidência de ser de origem espiritual.
O que vale de facto é seu conteúdo, sua coerência, a elevação de seus conceitos éticos ou filosóficos, ainda que a linguagem possa apresentar-se, aqui e ali, com algumas incorrecções.
Como o espírito do médium também pode comunicar-se - e o faz como espírito, segundo nos assegura a codificação e não como ser humano -, é bem possível que ele tenha uma bagagem espiritual respeitável e uma experiência consolidada por inúmeras vidas que o autorizem a produzir uma comunicação de elevado teor, perfeitamente aceitável do ponto de vista doutrinário e moral e tão autêntica quanto as de origem espiritual, de responsabilidade de seres desencarnados.
Após sensatos e oportunas observações de quem sabe do que fala, Delanne acrescenta:
- Parece-nos, portanto, indispensável lembrar que somos mais ricos do que geralmente julgamos.
Abaixo da consciência jaz um maravilhoso depósito de documentos inexplorados que têm algo a ensinar-nos sobre o próprio substrato da individualidade, da qual depende nosso carácter. (Idem)
Continua...
Vamos lembrar, novamente, o ensinamento de Erasto e Timóteo:
- "A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro".
Atenção, porém, para um pormenor importante que tem sido muito negligenciado nas discussões acerca da mediunidade.
O fenómeno fraudulento nada tem a ver com animismo, mesmo quando inconsciente.
Não é o espírito do médium que o está produzindo através do seu próprio corpo mediunizado, para usar uma expressão dos próprios espíritos, mas o médium, como ser encarnado, como pessoa humana, que não está sendo honesto nem com os assistentes, nem consigo mesmo.
O médium que produz uma página por psicografia automática, com os recursos do seu próprio inconsciente, não está necessariamente defraudando e sim gerando um fenómeno anímico.
É seu espírito que se manifesta.
Só estará sendo desonesto e defraudando se desejar fazer passar sua comunicação por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que não for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum espírito desencontrado.
Sem nenhum receio infundado ou temor de estar oferecendo argumentos aos negadores contumazes da sobrevivência e comunicabilidade dos espíritos, Delanne lembra claramente que:
- (...) nas sessões espíritas, ao lado de médiuns verdadeiros, há também automatistas que escrevem mecanicamente e sem consciência aparente do conteúdo intelectual da mensagem.
Durante muito tempo tem faltado aos espíritos um critério que lhes permuta proceder a uma triagem entre as comunicações verdadeiras e as produções subconscientes do médium.
(Delanne, Gabriel, 1909.) (Grifo nosso)
O critério recomendado pelo pesquisador francês é o mesmo de sempre:
submeter a atento exame crítico os textos produzidos a fim de separar o joio do trigo.
Sem isto, acabam sendo aceitas como revelações do mundo espiritual tolas fantasias subliminares produzidas pelo próprio médium.
Convém observar, contudo - e isto vai por muna conta -, que a mensagem não é tola somente porque emerge do inconsciente do médium, nem é boa e autêntica porque há segura evidência de ser de origem espiritual.
O que vale de facto é seu conteúdo, sua coerência, a elevação de seus conceitos éticos ou filosóficos, ainda que a linguagem possa apresentar-se, aqui e ali, com algumas incorrecções.
Como o espírito do médium também pode comunicar-se - e o faz como espírito, segundo nos assegura a codificação e não como ser humano -, é bem possível que ele tenha uma bagagem espiritual respeitável e uma experiência consolidada por inúmeras vidas que o autorizem a produzir uma comunicação de elevado teor, perfeitamente aceitável do ponto de vista doutrinário e moral e tão autêntica quanto as de origem espiritual, de responsabilidade de seres desencarnados.
Após sensatos e oportunas observações de quem sabe do que fala, Delanne acrescenta:
- Parece-nos, portanto, indispensável lembrar que somos mais ricos do que geralmente julgamos.
Abaixo da consciência jaz um maravilhoso depósito de documentos inexplorados que têm algo a ensinar-nos sobre o próprio substrato da individualidade, da qual depende nosso carácter. (Idem)
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Com o que estamos de pleno acordo.
Ainda hoje, no meio espírita, são muitos os que super-valorizam a palavra dos espíritos e consideram com certa desconfiança, hostilidade mesmo ou, ainda, menor dose de confiança o que provém do ser acamado.
Suponhamos, para argumentar, que, reencarnado em futura existência, um espírito da competência de Erasto ou de Timóteo, de Delanne ou de Kardec produza textos anímicos por psicografia automática, sem nenhuma interferência de seres desencarnados.
Certamente teremos a aprender com eles, ante a riqueza de seus conhecimentos e experiência a que se refere Delanne no trecho há pouco transcrito.
Seria desastroso rejeitar suas produções apenas porque não se consegue detectar nelas quaisquer sinais de origem rigorosamente espírita.
Mais adiante, prossegue Delanne:
- A escrita automática poderá trazer ao nosso conhecimento textos perfeitamente coordenados, soluções de problemas considerados insolúveis pelo sensitivo ou ensinamentos que nos parecerão inéditos, sem que atribuamos, necessariamente, tais produções a espíritos desencarnados.(Idem)
O julgamento de textos, portanto, não deve ser conduzido à base de impulsos e desconfianças apriorísticas e, sim, após criterioso exame crítico de forma e fundo, de conteúdo ideológico e doutrinário.
A mensagem é boa?
Não importa o nome que a subscreve ou deixa de subscrevê-la.
É inaceitável?
Por mais 'importante' que seja o declarado autor, deve ser rejeitada sem remorsos.
O que é preciso evitar, em tais circunstâncias, é criar uma atmosfera de suspeição em tomo do médium.
Por duas válidas e significativas razões.
Se a mensagem não está bem, ainda assim não significa, indiscutivelmente, que ele esteja defraudando.
Embora isso possa ocorrer, é também possível que ele tenha acolhido um espírito despreparado que não tenha muito que dar de si, nesse campo.
Se, por outro lado, a mensagem é aceitável e até boa ou excelente, também não quer dizer que não possa ter sido produzida pelo próprio espírito do médium, como estamos vendo.
Continua Delanne:
- Agora que sabemos da extraordinária riqueza da memória latente, povoada de lembranças de tudo quanto estudamos, vimos, ouvimos e pensamos em nossa vida, que sabemos que a actividade do espírito durante a noite é preservada (na memória), que impressões sensoriais, das quais não temos consciência, podem revelar-se aura dado momento, devemos ser bem circunspectos para afana que o conteúdo de uma mensagem não provém do subconsciente. (Idem)
As mensagens devem, por conseguinte, ser examinadas e aceitas (ou rejeitadas) pelo que são em si mesmas e não por serem de origem espiritual ou anímica.
Tanto há mensagens boas de origem anímica como mensagens inaceitáveis de origem espiritual.
Não estamos autorizados a colocar o médium sob suspeita apenas porque produziu uma mensagem ou manifestação anímica.
Continua...
Com o que estamos de pleno acordo.
Ainda hoje, no meio espírita, são muitos os que super-valorizam a palavra dos espíritos e consideram com certa desconfiança, hostilidade mesmo ou, ainda, menor dose de confiança o que provém do ser acamado.
Suponhamos, para argumentar, que, reencarnado em futura existência, um espírito da competência de Erasto ou de Timóteo, de Delanne ou de Kardec produza textos anímicos por psicografia automática, sem nenhuma interferência de seres desencarnados.
Certamente teremos a aprender com eles, ante a riqueza de seus conhecimentos e experiência a que se refere Delanne no trecho há pouco transcrito.
Seria desastroso rejeitar suas produções apenas porque não se consegue detectar nelas quaisquer sinais de origem rigorosamente espírita.
Mais adiante, prossegue Delanne:
- A escrita automática poderá trazer ao nosso conhecimento textos perfeitamente coordenados, soluções de problemas considerados insolúveis pelo sensitivo ou ensinamentos que nos parecerão inéditos, sem que atribuamos, necessariamente, tais produções a espíritos desencarnados.(Idem)
O julgamento de textos, portanto, não deve ser conduzido à base de impulsos e desconfianças apriorísticas e, sim, após criterioso exame crítico de forma e fundo, de conteúdo ideológico e doutrinário.
A mensagem é boa?
Não importa o nome que a subscreve ou deixa de subscrevê-la.
É inaceitável?
Por mais 'importante' que seja o declarado autor, deve ser rejeitada sem remorsos.
O que é preciso evitar, em tais circunstâncias, é criar uma atmosfera de suspeição em tomo do médium.
Por duas válidas e significativas razões.
Se a mensagem não está bem, ainda assim não significa, indiscutivelmente, que ele esteja defraudando.
Embora isso possa ocorrer, é também possível que ele tenha acolhido um espírito despreparado que não tenha muito que dar de si, nesse campo.
Se, por outro lado, a mensagem é aceitável e até boa ou excelente, também não quer dizer que não possa ter sido produzida pelo próprio espírito do médium, como estamos vendo.
Continua Delanne:
- Agora que sabemos da extraordinária riqueza da memória latente, povoada de lembranças de tudo quanto estudamos, vimos, ouvimos e pensamos em nossa vida, que sabemos que a actividade do espírito durante a noite é preservada (na memória), que impressões sensoriais, das quais não temos consciência, podem revelar-se aura dado momento, devemos ser bem circunspectos para afana que o conteúdo de uma mensagem não provém do subconsciente. (Idem)
As mensagens devem, por conseguinte, ser examinadas e aceitas (ou rejeitadas) pelo que são em si mesmas e não por serem de origem espiritual ou anímica.
Tanto há mensagens boas de origem anímica como mensagens inaceitáveis de origem espiritual.
Não estamos autorizados a colocar o médium sob suspeita apenas porque produziu uma mensagem ou manifestação anímica.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Propõe Delanne critério semelhante ao de Boddington para testar a origem da comunicação.
Se ela estiver acima da capacidade do médium, poderá ser considerada como provinda de espíritos desencarnados.
De minha parte, com todo o respeito que me merecem esses dois eminentes autores, não acho que o critério, embora válido sob certos aspectos, seja ainda o definitivo, quando sabemos, pela palavra do próprio Delanne, da insuspeitada riqueza cultural que trazemos nos vastos armazéns da memória inconsciente.
Sempre que esse material tiver condições de emergir pelo processo da psicografia automática, será compatível com os conhecimentos que o médium traz como espírito encarnado, dono que ele é de vasto material acumulado ao longo de inúmeras existências pregressas.
Jamais nos esqueçamos, contudo, do princípio ordenador da mediunidade, ou seja, o de que ela é um processo de intercâmbio entre as duas faces da vida inteligente e que, portanto, participa de uma e de outra.
Do que se depreende que toda comunicação ou fenómeno mediúnico terá sempre um componente maior ou menor de cada uma dessas duas faces da realidade.
Há, pois, nas manifestações mediúnicas, um componente espiritual (do desencarnado) e um componente anímico (do encarnado).
Como também poderá provir apenas do ser encarnado, sem participação de espíritos desencarnados, pois o espírito encarnado também se manifesto como espírito...
Em suma:
o espírito desencarnado precisa do médium encarnado para comunicar-se connosco, mas este pode prescindir, sob condições especiais, da participação dos companheiros desencarnados para transmitir seus próprios pensamentos, armados como material que se encontra depositado nos seus arquivos inconscientes.
Voltamos, para concluir, reiterando o ensinamento de Ernesto Bozzano sobre a interacção animismo/espiritismo:
Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenómenos supra-normais.
Ambos são indispensáveis a tal e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única e esta causa única é o espírito humano que, quando se manifesto, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenómenos anímicos e quando se manifesto mediunicamente, durante a existência desencarnada, determina os fenómenos espiríticos.
(Bozzano, Ernesto, 1987.)
6) Aspectos provacionais do fenómeno anímico
O fenómeno anímico exige, por conseguinte, experiência e atenção de quem trabalha com médiuns regularmente ou ocasionalmente testemunha manifestações mediúnicas.
Não constitui, contudo, um tabu, nem se apresenta como fantasma aterrador que é preciso exorcizar.
Escreve André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade:
- Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do espiritismo, vêm convertendo a teoria anímica num travão injustificável a lhes congelar preciosas oportunidades de realização do bem;
portanto, não nos cabe adoptar como justas as palavras "mistificação inconsciente ou subconsciente" para baptizar o fenómeno.
(Xavier, Francisco C./André Luiz, 1973a.)
Continua...
Propõe Delanne critério semelhante ao de Boddington para testar a origem da comunicação.
Se ela estiver acima da capacidade do médium, poderá ser considerada como provinda de espíritos desencarnados.
De minha parte, com todo o respeito que me merecem esses dois eminentes autores, não acho que o critério, embora válido sob certos aspectos, seja ainda o definitivo, quando sabemos, pela palavra do próprio Delanne, da insuspeitada riqueza cultural que trazemos nos vastos armazéns da memória inconsciente.
Sempre que esse material tiver condições de emergir pelo processo da psicografia automática, será compatível com os conhecimentos que o médium traz como espírito encarnado, dono que ele é de vasto material acumulado ao longo de inúmeras existências pregressas.
Jamais nos esqueçamos, contudo, do princípio ordenador da mediunidade, ou seja, o de que ela é um processo de intercâmbio entre as duas faces da vida inteligente e que, portanto, participa de uma e de outra.
Do que se depreende que toda comunicação ou fenómeno mediúnico terá sempre um componente maior ou menor de cada uma dessas duas faces da realidade.
Há, pois, nas manifestações mediúnicas, um componente espiritual (do desencarnado) e um componente anímico (do encarnado).
Como também poderá provir apenas do ser encarnado, sem participação de espíritos desencarnados, pois o espírito encarnado também se manifesto como espírito...
Em suma:
o espírito desencarnado precisa do médium encarnado para comunicar-se connosco, mas este pode prescindir, sob condições especiais, da participação dos companheiros desencarnados para transmitir seus próprios pensamentos, armados como material que se encontra depositado nos seus arquivos inconscientes.
Voltamos, para concluir, reiterando o ensinamento de Ernesto Bozzano sobre a interacção animismo/espiritismo:
Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenómenos supra-normais.
Ambos são indispensáveis a tal e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única e esta causa única é o espírito humano que, quando se manifesto, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenómenos anímicos e quando se manifesto mediunicamente, durante a existência desencarnada, determina os fenómenos espiríticos.
(Bozzano, Ernesto, 1987.)
6) Aspectos provacionais do fenómeno anímico
O fenómeno anímico exige, por conseguinte, experiência e atenção de quem trabalha com médiuns regularmente ou ocasionalmente testemunha manifestações mediúnicas.
Não constitui, contudo, um tabu, nem se apresenta como fantasma aterrador que é preciso exorcizar.
Escreve André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade:
- Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do espiritismo, vêm convertendo a teoria anímica num travão injustificável a lhes congelar preciosas oportunidades de realização do bem;
portanto, não nos cabe adoptar como justas as palavras "mistificação inconsciente ou subconsciente" para baptizar o fenómeno.
(Xavier, Francisco C./André Luiz, 1973a.)
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Refere-se o instrutor Áulus, nesta passagem, a uma senhora que, embora com as usuais características de uma incorporação obsessiva de espírito perseguidor, estava apenas deixando emergir do seu próprio inconsciente memórias desagradáveis de uma existência anterior que nem mesmo o choque biológico da nova encarnação conseguira "apagar".
Tratava-se de uma doente mental, cujos passados conflitos ainda a atormentavam e se exteriorizavam naquela torrente de palavras e gestos sonidos como se estivesse possuída por um espírito desarmonizado.
No caso, havia, sim, um espírito em tais condições - era o seu próprio e, portanto, ela estava ali funcionando como médium de si mesma, produzindo uma manifestação anímica.
Mais que ignorância, seria uma crueldade deixar de socorrê-la com atenção e amor fraterno somente porque a manifestação era anímica.
Continua Áulus, mais adiante:
- Um doutrinador sem tacto fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse correctivo inoportuno em vez de socorro providencial. (Idem)
Em Mecanismos da Mediunidade (cap. XXIII), encontramos observação semelhante, colocada nestes termos:
- Frequentemente pessoas encarnadas nessa modalidade de provação regeneradora são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas sob o fascínio dos desencarnados que as subjugavam.
(Xavier, Francisco C. / André Luiz, 1986.)
Lembra esse autor espiritual, a seguir, que se fossemos levados, pelo processo da regressão da memória, a uma situação qualquer em urna de nossas vidas anteriores e lá deixados por algumas semanas, apresentaríamos o mesmo fenómeno de aparente alienação mental, complicada com características facilmente interpretadas como de possessão, pelo observador despreparado.
Ou, então, a pessoa seria tida como mistificadora inconsciente.
Em ambas as hipóteses, o diagnóstico estaria errado e, por conseguinte, qualquer forma de tratamento porventura proposto ou tentado.
Escreve ainda André Luiz:
- Nenhuma justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez que são, em si próprias, espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro.
(Idem) (Destaque nosso)
Podemos concluir, pois, que muitos médiuns com excelente potencial de realizações e serviços ao próximo podem ser desastradamente rejeitados pela simples e dolorosa razão de que não foram atendidos com amor e competência na fase em que viviam conflitos emocionais mal compreendidos.
(Diversidades dos Carismas. Teoria e Prática da Mediunidade - Lachatrê Publicações)
§.§.§- O-canto-da-ave
Refere-se o instrutor Áulus, nesta passagem, a uma senhora que, embora com as usuais características de uma incorporação obsessiva de espírito perseguidor, estava apenas deixando emergir do seu próprio inconsciente memórias desagradáveis de uma existência anterior que nem mesmo o choque biológico da nova encarnação conseguira "apagar".
Tratava-se de uma doente mental, cujos passados conflitos ainda a atormentavam e se exteriorizavam naquela torrente de palavras e gestos sonidos como se estivesse possuída por um espírito desarmonizado.
No caso, havia, sim, um espírito em tais condições - era o seu próprio e, portanto, ela estava ali funcionando como médium de si mesma, produzindo uma manifestação anímica.
Mais que ignorância, seria uma crueldade deixar de socorrê-la com atenção e amor fraterno somente porque a manifestação era anímica.
Continua Áulus, mais adiante:
- Um doutrinador sem tacto fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse correctivo inoportuno em vez de socorro providencial. (Idem)
Em Mecanismos da Mediunidade (cap. XXIII), encontramos observação semelhante, colocada nestes termos:
- Frequentemente pessoas encarnadas nessa modalidade de provação regeneradora são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas sob o fascínio dos desencarnados que as subjugavam.
(Xavier, Francisco C. / André Luiz, 1986.)
Lembra esse autor espiritual, a seguir, que se fossemos levados, pelo processo da regressão da memória, a uma situação qualquer em urna de nossas vidas anteriores e lá deixados por algumas semanas, apresentaríamos o mesmo fenómeno de aparente alienação mental, complicada com características facilmente interpretadas como de possessão, pelo observador despreparado.
Ou, então, a pessoa seria tida como mistificadora inconsciente.
Em ambas as hipóteses, o diagnóstico estaria errado e, por conseguinte, qualquer forma de tratamento porventura proposto ou tentado.
Escreve ainda André Luiz:
- Nenhuma justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez que são, em si próprias, espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro.
(Idem) (Destaque nosso)
Podemos concluir, pois, que muitos médiuns com excelente potencial de realizações e serviços ao próximo podem ser desastradamente rejeitados pela simples e dolorosa razão de que não foram atendidos com amor e competência na fase em que viviam conflitos emocionais mal compreendidos.
(Diversidades dos Carismas. Teoria e Prática da Mediunidade - Lachatrê Publicações)
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A Vidência
A Vidência
Carlos Bernardo Oliveira
Allan Kardec recomenda provas positivas aos médiuns videntes.
Segundo Allan Kardec, os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos.
Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram.
Outros só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado ao sonambulismo.
Incluem-se na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de dupla vista.
A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência.
O médium vidente acredita ver pelos olhos, como os que têm dupla vista, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados.
Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver Espíritos.
As primeiras ocorrem com mais frequência no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas que vêm advertir-nos de sua passagem para o outro mundo.
Há numerosos exemplos de casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono.
De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda - é sempre a execução de um serviço que ele não pôde fazer em vida ou o socorro das preces.
Essas aparições constituem factos isolados, tendo um carácter individual e pessoal.
Não constituem, pois, uma faculdade propriamente dita.
A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos frequente, de ver os Espíritos que se aproximam, mesmo que estranhos.
É esta faculdade que define o médium vidente.
Entre os médiuns videntes há os que vêem somente os Espíritos evocados, podendo descrevê-los com minuciosa exactidão.
Conseguem descrevê-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressão fisionómica, os traços característicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam.
Há outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a população espírita do ambiente ir e, poder-se-ia dizer, entregue a seus afazeres.
Kardec, ainda em "O LIVRO DOS MÉDIUNS", relata o seguinte e singular episódio:
- Assistimos, certa noite, à representação da ópera Óberon ao lado de um excelente médium vidente.
Havia no salão grande número de lugares vazios, mas muitos estavam ocupados por Espíritos que pareciam escutar as suas conversas.
No palco se passava outra cena;
por trás dos actores muitos Espíritos joviais se divertiam em contracená-los, imitando-lhes os gestos de maneira grotesca.
Outros, mais sérios, pareciam inspirar os cantores, esforçando-se por lhes dar mais energia.
Um desses mantinha-se junto a uma das principais cantoras.
Julgamos as suas intenções um tanto levianas e o evocamos após o baixar das cortinas.
Continua...
Carlos Bernardo Oliveira
Allan Kardec recomenda provas positivas aos médiuns videntes.
Segundo Allan Kardec, os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos.
Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram.
Outros só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado ao sonambulismo.
Incluem-se na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de dupla vista.
A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência.
O médium vidente acredita ver pelos olhos, como os que têm dupla vista, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados.
Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver Espíritos.
As primeiras ocorrem com mais frequência no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas que vêm advertir-nos de sua passagem para o outro mundo.
Há numerosos exemplos de casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono.
De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda - é sempre a execução de um serviço que ele não pôde fazer em vida ou o socorro das preces.
Essas aparições constituem factos isolados, tendo um carácter individual e pessoal.
Não constituem, pois, uma faculdade propriamente dita.
A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos frequente, de ver os Espíritos que se aproximam, mesmo que estranhos.
É esta faculdade que define o médium vidente.
Entre os médiuns videntes há os que vêem somente os Espíritos evocados, podendo descrevê-los com minuciosa exactidão.
Conseguem descrevê-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressão fisionómica, os traços característicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam.
Há outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a população espírita do ambiente ir e, poder-se-ia dizer, entregue a seus afazeres.
Kardec, ainda em "O LIVRO DOS MÉDIUNS", relata o seguinte e singular episódio:
- Assistimos, certa noite, à representação da ópera Óberon ao lado de um excelente médium vidente.
Havia no salão grande número de lugares vazios, mas muitos estavam ocupados por Espíritos que pareciam escutar as suas conversas.
No palco se passava outra cena;
por trás dos actores muitos Espíritos joviais se divertiam em contracená-los, imitando-lhes os gestos de maneira grotesca.
Outros, mais sérios, pareciam inspirar os cantores, esforçando-se por lhes dar mais energia.
Um desses mantinha-se junto a uma das principais cantoras.
Julgamos as suas intenções um tanto levianas e o evocamos após o baixar das cortinas.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Atendeu-nos e reprovou o nosso julgamento temerário.
- Não sou o que pensas - disse - sou o seu guia protector;
cabe-me dirigi-la.
Após alguns minutos de conversação bastante séria, deixou-nos dizendo:
- Adeus. Ela está no seu camarim e preciso velar por ela;
Evocamos depois o Espírito de Weber, autor da peça, e lhe perguntamos o que achava da representação.
- Não foi muito má - respondeu -, mas fraca.
Os actores cantam, eis tudo. Faltou inspiração.
Espera - acrescentou - vou tentar insuflar-lhes um pouco do fogo sagrado!
Vimo-lo, então, sobre o palco, palrando acima dos actores.
Um eflúvio parecia se derramar dele para os intérpretes, espalhando-se sobre eles.
Nesse momento verificou-se entre eles uma visível recrudescência da energia.
Kardec conta, em seguida, outro caso:
- Assistíamos a uma representação teatral com outro médium vidente.
Conversando com um Espírito espectador, disse-nos ele:
- Estás vendo aquelas duas senhoras sozinhas num camarote de primeira?
Pois bem, vou me esforçar para tirá-las do salão.
Dito isso, dirigiu-se ao camarote das senhoras e começou a falar-lhes.
Súbito as duas, que estavam muito atentas ao espectáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se, e a seguir se foram, não voltando mais.
O Espírito nos fez, então, um gesto gaiato, significando que cumprira a palavra.
Mas não o pudemos rever para pedir-lhe maiores explicações.
Muitas vezes somos assim testemunhas (visuais) do papel que os Espíritos exercem entre os vivos.
Observamo-los em diversos lugares de reunião:
em bailes, concertos, sermões, funerais, núpcias etc., e em toda parte os encontramos atiçando as más paixões, insuflando a discórdia, excitando as rixas, motivando os apetites sexuais e rejubilando-se com suas proezas.
Outros, pelo contrário, combatem essa influência perniciosa, mas só raramente são ouvidos...
A faculdade de ver os Espíritos é uma dessas faculdades cujo desenvolvimento deve processar-se naturalmente, sem que se provoque.
Os médiuns videntes, finaliza Kardec, são raros e deve-se ter muitas razões para submetê-los ao crivo da observação.
É prudente não lhes dar fé senão mediante provas positivas.
Não nos referimos - sentencia Kardec - aos que alimentam a ridícula ilusão dos Espíritos-glóbulos.
1. A vidência propriamente dita independe dos olhos material, porque é uma visão anímica, a alma vê fora do corpo.
É o que a Parapsicologia chama de percepção extrasensorial'.
A dupla vista se manifesta sempre como um desdobramento da visão norma.
2. O exame de alguns efeitos ópticos deram origem ao estranho sistema dos Espíritos-glóbulos.
Esses efeitos ópticos são considerados, por algumas pessoas, Espíritos.
Afirmam que eles as acompanham:
vão para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo, conforme elas movem a cabeça.
Publicado na Revista Internacional de Espiritismo - O Clarim - Junho 1998
§.§.§- O-canto-da-ave
Atendeu-nos e reprovou o nosso julgamento temerário.
- Não sou o que pensas - disse - sou o seu guia protector;
cabe-me dirigi-la.
Após alguns minutos de conversação bastante séria, deixou-nos dizendo:
- Adeus. Ela está no seu camarim e preciso velar por ela;
Evocamos depois o Espírito de Weber, autor da peça, e lhe perguntamos o que achava da representação.
- Não foi muito má - respondeu -, mas fraca.
Os actores cantam, eis tudo. Faltou inspiração.
Espera - acrescentou - vou tentar insuflar-lhes um pouco do fogo sagrado!
Vimo-lo, então, sobre o palco, palrando acima dos actores.
Um eflúvio parecia se derramar dele para os intérpretes, espalhando-se sobre eles.
Nesse momento verificou-se entre eles uma visível recrudescência da energia.
Kardec conta, em seguida, outro caso:
- Assistíamos a uma representação teatral com outro médium vidente.
Conversando com um Espírito espectador, disse-nos ele:
- Estás vendo aquelas duas senhoras sozinhas num camarote de primeira?
Pois bem, vou me esforçar para tirá-las do salão.
Dito isso, dirigiu-se ao camarote das senhoras e começou a falar-lhes.
Súbito as duas, que estavam muito atentas ao espectáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se, e a seguir se foram, não voltando mais.
O Espírito nos fez, então, um gesto gaiato, significando que cumprira a palavra.
Mas não o pudemos rever para pedir-lhe maiores explicações.
Muitas vezes somos assim testemunhas (visuais) do papel que os Espíritos exercem entre os vivos.
Observamo-los em diversos lugares de reunião:
em bailes, concertos, sermões, funerais, núpcias etc., e em toda parte os encontramos atiçando as más paixões, insuflando a discórdia, excitando as rixas, motivando os apetites sexuais e rejubilando-se com suas proezas.
Outros, pelo contrário, combatem essa influência perniciosa, mas só raramente são ouvidos...
A faculdade de ver os Espíritos é uma dessas faculdades cujo desenvolvimento deve processar-se naturalmente, sem que se provoque.
Os médiuns videntes, finaliza Kardec, são raros e deve-se ter muitas razões para submetê-los ao crivo da observação.
É prudente não lhes dar fé senão mediante provas positivas.
Não nos referimos - sentencia Kardec - aos que alimentam a ridícula ilusão dos Espíritos-glóbulos.
1. A vidência propriamente dita independe dos olhos material, porque é uma visão anímica, a alma vê fora do corpo.
É o que a Parapsicologia chama de percepção extrasensorial'.
A dupla vista se manifesta sempre como um desdobramento da visão norma.
2. O exame de alguns efeitos ópticos deram origem ao estranho sistema dos Espíritos-glóbulos.
Esses efeitos ópticos são considerados, por algumas pessoas, Espíritos.
Afirmam que eles as acompanham:
vão para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo, conforme elas movem a cabeça.
Publicado na Revista Internacional de Espiritismo - O Clarim - Junho 1998
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Critérios Mediúnicos
Critérios Mediúnicos
Joana Paes Leme e Cunha
Uma constante dentro da realidade das casas espíritas é o interesse desenfreado de seus frequentadores pelas práticas mediúnicas.
Aliás, depois dos problemas obsessivos, são elas as grandes molas que impulsionam as pessoas a adentrarem as instituições, seja por terem uma visão distorcida dos fenómenos (adquirida através das especulações feias pela a mídia), seja pela necessidade de buscarem notícias de parentes e entes queridos que já transpuseram a fronteira entre a vida e a morte.
Dessa forma, tão logo chegam à casa espírita, querem participar dos grupos mediúnicos, na tentativa de satisfazer aos seus interesses imediatos.
E, diante da negação, muitos não a compreendem e desistem de permanecer na instituição, buscando outros centros, acreditando-se injustiçados.
Algumas casas, tão logo a pessoa demonstra interesse pelas reuniões mediúnicas, tratam de apressar a sua frequência em tais ocasiões, sob alegação de que precisam "segurar" o indivíduo na instituição, para que ele não enverede por "outros caminhos".
Primeiramente, centro espírita algum tem a função de segurar as pessoas:
se procuram sedimentar um corpo de trabalhadores, deve buscá-los entre todos os que, de boa vontade, se predispõem às actividades gerais e se interessam pelo estudo da Doutrina.
Em segundo lugar, instituições que agem de tal forma é que incorrem em caminho incorrecto, desvirtuando todo o carácter sério do Espiritismo e coibindo a liberdade das pessoas, visto quererem "amarrá-las" aos trabalhos da casa.
Há quem diga que é uma questão de segregação por parte daqueles que estão à frente das tarefas;
mas não, é questão de responsabilidade, pois toda actividade em sector específico reclama dos seus executores conhecimentos também específicos e relativos à respectiva área a que se destinam, e da mesma forma é com a Doutrina Espírita.
Principalmente as reuniões mediúnicas, ponto delicado do estudo espírita, onde se lida directamente com o psiquismo humano, tanto de encarnados quanto de desencarnados, solicitando um mínimo de equilíbrio e conhecimentos, em benefício próprio e do grupo em si.
As reuniões mediúnicas não são restritas porque é preciso algum tipo de iniciação ritualística ou porque envolvem "mistérios do desconhecido".
Nelas são trabalhadas energias muito subtis, onde os espíritos infelizes são levados para que sejam tratados de suas chagas morais, e a menor fuga a este objectivo, por parte de um único componente do grupo que esteja despreparado, pode levar todo o trabalho à ruína.
Assim, para dedicar-se à actividade mediúnica, é preciso, antes, dedicar-se ao estudo dos fenómenos, buscando compreender as suas peculiaridades, bem como as suas implicações, obedecendo aos devidos critérios exigidos pelo bom senso e observando a recomendação do Espírito de Verdade:
"Espíritas! (...) instruí-vos..."
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI, item 5).
§.§.§- O-canto-da-ave
Joana Paes Leme e Cunha
Uma constante dentro da realidade das casas espíritas é o interesse desenfreado de seus frequentadores pelas práticas mediúnicas.
Aliás, depois dos problemas obsessivos, são elas as grandes molas que impulsionam as pessoas a adentrarem as instituições, seja por terem uma visão distorcida dos fenómenos (adquirida através das especulações feias pela a mídia), seja pela necessidade de buscarem notícias de parentes e entes queridos que já transpuseram a fronteira entre a vida e a morte.
Dessa forma, tão logo chegam à casa espírita, querem participar dos grupos mediúnicos, na tentativa de satisfazer aos seus interesses imediatos.
E, diante da negação, muitos não a compreendem e desistem de permanecer na instituição, buscando outros centros, acreditando-se injustiçados.
Algumas casas, tão logo a pessoa demonstra interesse pelas reuniões mediúnicas, tratam de apressar a sua frequência em tais ocasiões, sob alegação de que precisam "segurar" o indivíduo na instituição, para que ele não enverede por "outros caminhos".
Primeiramente, centro espírita algum tem a função de segurar as pessoas:
se procuram sedimentar um corpo de trabalhadores, deve buscá-los entre todos os que, de boa vontade, se predispõem às actividades gerais e se interessam pelo estudo da Doutrina.
Em segundo lugar, instituições que agem de tal forma é que incorrem em caminho incorrecto, desvirtuando todo o carácter sério do Espiritismo e coibindo a liberdade das pessoas, visto quererem "amarrá-las" aos trabalhos da casa.
Há quem diga que é uma questão de segregação por parte daqueles que estão à frente das tarefas;
mas não, é questão de responsabilidade, pois toda actividade em sector específico reclama dos seus executores conhecimentos também específicos e relativos à respectiva área a que se destinam, e da mesma forma é com a Doutrina Espírita.
Principalmente as reuniões mediúnicas, ponto delicado do estudo espírita, onde se lida directamente com o psiquismo humano, tanto de encarnados quanto de desencarnados, solicitando um mínimo de equilíbrio e conhecimentos, em benefício próprio e do grupo em si.
As reuniões mediúnicas não são restritas porque é preciso algum tipo de iniciação ritualística ou porque envolvem "mistérios do desconhecido".
Nelas são trabalhadas energias muito subtis, onde os espíritos infelizes são levados para que sejam tratados de suas chagas morais, e a menor fuga a este objectivo, por parte de um único componente do grupo que esteja despreparado, pode levar todo o trabalho à ruína.
Assim, para dedicar-se à actividade mediúnica, é preciso, antes, dedicar-se ao estudo dos fenómenos, buscando compreender as suas peculiaridades, bem como as suas implicações, obedecendo aos devidos critérios exigidos pelo bom senso e observando a recomendação do Espírito de Verdade:
"Espíritas! (...) instruí-vos..."
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI, item 5).
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