LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 28, 2019 7:48 pm

Não seria justo que vocês, meus filhos, cada qual na pauta dos próprios recursos, tentassem oferecer alguma colaboração aos desencarnados amigos? que pusessem de lado escrúpulos tolos e diligenciassem servir como intermediários entre o Socorro Divino e a necessidade humana?
E ante o grupo atento, o Irmão Gustavo narrou, com graça:
— Com respeito a Espíritos e médiuns, quero contar a vocês um episódio simples de minha própria experiência.
Eu era médico em São Joaquim da Barra, no interior de S. Paulo, quando fui chamado para assistir um doente, num sítio a vinte e seis quilómetros.
Nesse tempo, as viagens de carro eram muito raras e o animal de sela era o nosso melhor veículo.
Acontece que, no terceiro dia de minha vigília profissional no referido sítio, o meu cavalo adoeceu, justamente quando recebi por mensageiro que seguia de São Joaquim para Ribeirão Preto o recado de um amigo, solicitando minha presença à cabeceira da esposa, prestes a dar à luz.
Conhecia o caso e sabia que minha cliente arrostaria com embaraços que lhe poderiam ser fatais.
O enfermo a que prestava concurso acusava melhoras e, por isso, afobei-me.
Dei-me pressa e procurei o Coronel Cândido, proprietário de excelentes animais; entretanto, o estimado amigo informou-me que só possuía cavalos árabes, de imenso valor, garanhões de fama, e não podia concordar em colocá-los na estrada com a obrigação de suar para cavaleiros.
Busquei o sitiante João Pedro, mas João Pedro alegou que apenas dispunha de mangalargas puros, de alto preço, e não estava inclinado a prejudicá-los.
Corri até à vivenda de Amaro Silva, dono de grande haras; no entanto, ainda aí, somente existiam animais nobres e selecionados, que não me podiam ajudar em coisa alguma.
Fui, então, à tapera de Tonico Jenipapo, um pobre cliente nosso, expondo-lhe o meu problema.
Tonico não teve dúvida.
Desceu ao quintal e trouxe de lá um asno arrepiado, e apresentou:
“Doutor, este burro é manco e lerdo, mas, se serve…”
Não houve mais conversa.
Arreamos o animal e, aguentando espora e taca, tropeçando e manquitolando, o burro me colocou nas ruas de São Joaquim, para o desempenho de meu dever, a que atendi com absoluto êxito.
Depois de expressiva pausa, o guia rematou:
— Vocês estudem sempre.
Passem a limpo quaisquer fenómenos e exercícios de mediunidade nos cadernos de lições da nossa Renovadora Doutrina; no entanto, em matéria de serviço aos outros, respeitemos cada obreiro no lugar que lhe é próprio.
Pensem nisso, porquanto, apesar da era do automóvel e do avião, em que vocês se acham, é possível surja um dia em que venham a precisar de um burro manco, capaz de ser a solução de muita necessidade e amparo de muita gente.
O mentor afastou-se e, terminada a tarefa, a equipa dispersou-se com a promessa de examinar a comunicação e debatê-la na sessão seguinte.

Irmão X

Blog Espiritismo Na Rede baseado no livro Estante da vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty A mulher, a violência e o homem

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 29, 2019 7:32 pm

(um ponto de vista espírita)
Portugal tem sido assolado por uma onda de violência doméstica sem precedentes.
Somente de janeiro de 2019 a esta data(1), já foram mortas pelos seus companheiros mais de uma dezena de mulheres, inclusive com mortes macabras.
O entendimento do Espiritismo pode resolver esse problema.
No ponto de vista espírita, o Ser Humano é um Espírito imortal, criado por Deus, que começou a sua evolução no reino hominal, na 1ª encarnação em mundos primitivos, simples e ignorante.
Ao longo dos milénios, esse Espírito vai tendo reencarnações sucessivas e progressivas, desenvolvendo o intelecto e a moral, até que um dia atinja o estado de Espírito puro, não necessitando mais de reencarnar, continuando a sua evolução como cocriador de Deus, no Universo.
Nessa viagem de milhões de anos, o Espírito tanto reencarna como homem ou mulher, de acordo com o que for mais útil para si, tendo em conta as suas necessidades evolutivas.
Em “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, que comporta a filosofia espírita, podemos encontrar conceitos claros sobre o assunto, explicando que o Espírito é portador de sexualidade, mas não de sexo.
Apenas quando tem necessidade de reencarnar, o Espírito adopta uma polaridade sexual (masculina ou feminina) tendo em conta aquilo que necessita aprender nessa reencarnação.
Na questão 202 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec pergunta:
“Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num corpo de homem ou de mulher?
Resposta - Isso pouco importa ao Espírito; depende das provas que ele tiver de sofrer.
Os Espíritos encarnam-se homens ou mulheres, porque não têm sexo.
Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e deveres especiais e novas ocasiões de adquirir experiências.
Aquele que fosse sempre homem, só saberia o que sabem os homens”.
Nesse sentido, não faz qualquer sentido haver discriminação de raças (racismo), de povos (xenofobia), desprezo pela Natureza (ecologia), de condição social (pobreza) e de sexo, pois que o Espírito reencarnará na raça, no país, na condição social e com o sexo que lhe forem mais úteis para a sua evolução, naquele momento.
Tendo esse conhecimento, sabendo que o Universo rege-se pela Lei de Causa e Efeito (tudo o que sentimos, pensamos e fazemos repercute sobre nós), somente o desconhecimento das Leis Morais de Deus pode levar a esta autêntica guerra de sexos, ao longo da história da Terra.
Com o Espiritismo, o Homem toma consciência de que é um passageiro no comboio da vida, colhendo mais além o que semeou mais atrás.
Se foi rude, violento, repetidas vezes, para com o sexo oposto, a bondade divina pode proporcionar-lhe, pedagogicamente, uma ou várias vivências futuras na polaridade sexual feminina, para que assim aprenda a valorizar o sexo desprezado, adquirindo qualidades e características típicas desse sexo, que lhe serão úteis para o seu equilíbrio espiritual, em busca da sua felicidade.
O mesmo acontece ao inverso, da polaridade feminina para a masculina.
O homem e a mulher sofrem na Terra as contingências culturais do local onde nascem, a aculturação social, no entanto, trazem no seu íntimo a noção de Bem e de Mal, do que está certo e está errado, do ponto de vista moral.
A reencarnação (hoje provada cientificamente pelos estudos do psiquiatra americano Ian Stevenson, entre outros) tem ainda o condão de proporcionar ao Espírito a vida em sociedade, aprendendo com diferentes pessoas, de ambos os sexos, de diferentes países e culturas, no caminho intelectual e moral que o catapultará para estados de alma mais felizes, em vidas futuras, na Terra ou noutros planetas mais evoluídos.
O planeta Terra pode ser comparado a grande escola, com milhões de alunos, uns mais atrasados do que outros, uns mais pacíficos do que os demais, uns mais inteligentes do que os restantes, no entanto, como em qualquer escola, existem regras de conduta que não podem ser violadas, em prol do bem comum, sob pena de uma advertência ou processo disciplinar, com vista à reeducação do aluno.
Também nas reencarnações sucessivas, o Espírito será sempre o responsável pela sua conduta moral, colhendo as alegrias ou as dores morais que defluem da sua conduta passada.
Acreditamos que com uma maior e melhor divulgação da Doutrina Espírita (Espiritismo ou Doutrina dos Espíritos), que não é mais uma religião ou seita, mas sim uma filosofia de vida, as pessoas despertarão mais rapidamente para uma consciencialização de que são Espíritos imortais, consciência essa que terá inevitavelmente consequências morais na sua maneira de sentir, pensar e agir.
Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”.

(1)Este artigo foi escrito no dia 8 de março de 2019 - Dia Internacional da Mulher.

José Lucas

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty “OS ESPÍRITOS DO UMBRAL QUE NÃO PUDERAM SER SALVOS”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 30, 2019 7:51 pm

Em primeiro lugar você pode estar fazendo algumas perguntas: o que é Umbral?
o Umbral existe? todos nós já fomos para o Umbral?
o que um espírito deve fazer para sair do Umbral?
Neste artigo faremos algumas citações de passagens da obra Aruanda, do médium Robson Pinheiro, ditada pelo espírito de Ângelo Inácio.
O Umbral em curtas palavras seria uma espécie de zona paralela no astral onde espíritos que carregam consigo muitas impurezas têm a necessidade passar uma “temporada”.
Não se trata de Inferno, está mais próximo do conceito de Purgatório.
É como uma espécie de zona de transição; um lugar onde a vibração astral é densa e bastante inferior.
Como já foi dito, não há necessidade dos espíritos passarem a eternidade neste lugar, segundo as Leis Divinas, que carregam o conceito do amor incondicional e da misericórdia.
Mas ficarão por lá até que desejem, de todo coração, mudar seu estado vibracional, abrindo mão de todo o tipo de sentimento de efeito deletério.
Segundo descreve Ângelo Inácio, na obra citada acima:
“Por ser área de transição, encontra-se mergulhado num oceano de vibrações que podemos classificar como inferiores.
Os elementos que constituem essa região são, em essência, a fuligem emanada dos pensamentos desgovernados e a carga emocional tóxica que envolve encarnados e desencarnados em estágios mais primitivos ou acanhados de desenvolvimento espiritual, bem como as criações mentais de magos e cientistas das trevas.
Junta-se a tudo isso, ainda, a contribuição triste da paisagem que se observa nestas regiões sombrias do mundo astral.”
Segundo a abundância de relatos da literatura espírita, assim como na famosa obra de Nosso Lar (Chico Xavier), para que o espírito pudesse sair do Umbral, ele deve arrepender-se de todo o coração, tomando conhecimento da gravidade dos seus actos.
Seria muito fácil um espírito dizer-se arrependido e enganar aos benfeitores, saindo do Umbral sem o mínimo esforço moral.
Para isso, os socorristas espirituais são muito bem preparados.
Veja neste trecho da obra Aruanda, onde os socorristas, acompanhados por Ângelo Inácio, que na época ainda não entendia os melindres do astral inferior, passam por uma área do Umbral onde havia um grupo de espíritos que se diziam arrependidos:
“Quase ao mesmo tempo em que o companheiro falava, ouvimos forte gemido, vindo de um local logo à nossa frente.
Parecia alguém em intenso sofrimento, que então exclamou:
— Socorram-me, socorram-me!
Por quem sois?
Me ajudem, eu preciso sair deste inferno.
Ao nosso redor multiplicavam-se os pedidos de socorro, e me deixei envolver num profundo sentimento por aqueles infelizes.
Desejei auxiliar aqueles espíritos; queria tirá-los dali.
Wallace, por sua vez, deteve-me, enérgico:
— Nem pense em fazer tal coisa, Ângelo!
Estes espíritos são perigosos e ainda não oferecem condições de serem auxiliados.
— Mas não podemos deixá-los sofrendo assim.
É falta de caridade! — declarei, quase chorando.
— Não é falta de caridade preservarmos nosso equilíbrio.
Recobre seu juízo e deixe-os, por agora.
Na realidade, são filhos de Deus, como nós, e merecem nossas orações e todo o incentivo para que melhorem.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 30, 2019 7:51 pm

Mas não é o caso de retirarmos nenhum deles daí, por ora, pois são entidades perversas, que abusaram da vida em muitas oportunidades que Deus lhes concedeu.
Tenha certeza: em seu estado actual, não hesitariam em abusar dessa nova chance.
Olhei e vi que, do pântano umbralino, saíam mãos, cabeças e troncos humanos.
O pedido de socorro era muito intenso, e os gemidos aumentavam cada vez mais.
Catarina veio em meu socorro naquele instante:
— Não deixe de vigiar suas emoções, meu amigo.
Esta lama umbralina que você observa é uma espécie de fluido mais denso, de natureza absorvente.
As entidades que sofrem a acção antitóxica desse fluido ou lama astral estão nessa situação porque trazem seus corpos espirituais repletos de nódoas morais.
Compactuaram com as trevas em sua última encarnação.
De tal modo aviltaram a divina lei e dilapidaram o patrimônio do corpo fluídico que atraíram para si verdadeiras comunidades de larvas e vibriões mentais.
O perispírito de tais infelizes encontra-se profundamente afectado por fluidos mórbidos; trazem estampada em si a marca de seus desvios clamorosos.
— A lama astral — falou o pai-velho — serve para absorver o fluido denso acumulado em seus corpos espirituais.
De modo algum poderão reencarnar antes que uma cota dessa carga tóxica seja absorvida, pois causariam colapso na organização materna.
Também não detêm condição de sair daí e conviver em outro ambiente mais, digamos, espiritualizado.
Como bem asseverou Wallace, voltariam ao mesmo desequilíbrio de antes e perverteriam a ordem e a disciplina reinantes nos ambientes superiores.
Eles já estão sendo amparados, na medida exata dos recursos que oferecem em favor de si mesmos.
A própria lama astralina, absorvente, é a forma de auxílio de que necessitam por ora.
— Mas não é muito doloroso o processo?
— Certamente, meu amigo — respondeu Silva.
No entanto, para cada enfermidade é preciso medicamento apropriado.
Para alguns casos, um simples elixir resolve a situação, para outros, deve-se utilizar o remédio amargo, a seringa ou a cirurgia.
Entendi o recado do pai-velho, que conhecera na roupagem do companheiro Silva.
Na verdade nada poderíamos fazer por aqueles espíritos infelizes, além de orar.
Os pedidos de ajuda foram substituídos por palavrões e manifestações de ódio e ira, tão logo retomamos nosso percurso.”
De acordo com o nosso histórico de seres humanos, já vivemos em eras muito mais bárbaras.
Nossos antepassados matavam sem pestanejar pelos mesmos motivos de hoje em dia.
Uns matavam por prazer, por vingança, guerras, disputas de toda sorte, conflitos de ideologias.
A diferença é que no passado era um processo mais massivo.
Mas além de mortes outras barbaridades também existiam, os mesmos inúmeros sentimentos inferiores humanos presentes hoje.
Dessa forma, levando em consideração que somos espíritos encarnados, e que já vivemos diversas outras encarnações, paremos para pensar em quantas vítimas fizemos no passado.
Os bárbaros do passado somos nós, no presente, pagando nossas dívidas, apenas não lembramos conscientemente disso.
Por isso, costumo pensar que todos nós já fizemos uma “visitinha” ao Umbral em alguma parte da existência do nosso espírito.

Fonte das citações: Aruanda. Robson Pinheiro, ditado pelo espírito Ângelo Inácio. Casa dos Espíritos Editora, 1ªed, 2004.- O ESTUDANTE ESPIRITA

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty "OS ESPÍRITO QUE NÃO ACEITAM A PRÓPRIA MORTE MUITAS VEZES SÃO AMPARADOS EM CENTROS ESPÍRITAS."

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 31, 2019 7:32 pm

Meu Irmão você desencarnou...
– O que é isso?
Você morreu.
– Você ta louco?
Não amigo, chegou a sua hora.
– Não, não posso, tenho projectos, ta doido?
De onde você tirou essa ideia?
Andou bebendo?
Não amigo o médico que falou.
– Pois eu vou processar o médico, era só o que faltava, eu morto?
É cada uma.
Olhe para esse corpo aí é seu?
–Não é não, esse não sou eu, que brincadeira é essa?
Eu estou aonde?
Não estava no hospital?
Eu lembro que ia fazer uma cirurgia, alguém pode me explicar o que está acontecendo? Onde estou?
Você está nesse momento eu um Centro Espírita.
– Centro Espírita?
Isso não é coisa do Demónio?
Não amigo você está sendo atendido, foi resgatado do corpo físico, estava no sono reparador, e foi trazido aqui justamente porque o seu estado de consciência adormecido, não estava permitindo que você despertasse para a nova realidade, você desencarnou, morreu, como dizem entre a maioria dos encarnados, mas ninguém morre, a vida é eterna, você passou para o mundo espiritual, você agora é um espírito, seu corpo não é mais de carne, é de um material diferente, uma mistura de electricidade, magnetismos e matéria quintessenciada (Vaporosa), seu corpo agora é chamado de Perispírito, que é o corpo do espírito, também chamado por outras denominações, como:
Corpo Etéreo; Duplo Etéreo; Corpo Astral, enfim os Povos deram vários nomes, nós Espíritas, chamamos de Perispírito, o corpo do Espírito.
Os Católicos o chamam de Alma, mas Allan Kardec perguntou aos Espíritos qual a diferença entre alma e espírito, e eles responderam que alma é o espírito encarnado, ou seja, ligado a um corpo de carne, também chamada de Espírito encarnado, e, espírito é quando a alma deixa o corpo de carne, pela morte física ou desencarne, quando o laço que une os dois, o cordão luminoso que se localiza na base do umbigo, se rompe e há o desligamento, então o espírito agora assim chamado, passa a fazer parte do mundo Invisível aos olhos grosseiros da maioria dos vivos, ou o Mundo espiritual.
– É mesmo, eu estou diferente, mas estou sentindo dores no peito
Você teve um enfarte, e traumatizou seu perispírito, você ainda tem energias da matéria que precisa perder, quer ir para o hospital para ser medicado?
– Eu não tenho dinheiro, hospital custa caro.
Não meu Irmão estou falando de um hospital no Mundo Espiritual que está na nossa Jurisdição, dentre os inúmeros que existem espalhados pelo planeta para atendimento aos resgatados ou não.
O Crédito aqui é medido no trabalho no bem em existências passadas e nessa, seu crédito pessoal está em déficit, mas amigos emprestaram créditos e a Casa de Oração também goza de créditos no Mundo Espiritual, com isso as leis de Deus estão permitindo que você seja tratado no nosso hospital, ficará com o débito dos empréstimos, agradeça aos poucos amigos que conseguiu fazer com o bem, mesmo que involuntário feito por você em diversas circunstâncias.
Pagará os débitos com trabalho edificante, e com a caridade.
- Há sendo assim eu quero ir para o hospital, para me livrar dessa dor intensa no meu peito.
– Quer ir agora?
Veja aí dois enfermeiros com uma maca para lhe levar, ta vendo?
– Tô, eu vou com eles estão me chamando.
– Vá meu Irmão, que Jesus te acompanhe.

*** Essas são as surpresas, mais comuns, dos recém-desencarnados, que tenho presenciado ao longo dos anos.
Muitas surpresas nos são reveladas que envolvem a vida presente e vidas passadas dos recém-desencarnados que ainda não tiveram consciência na maioria das vezes, nem que desencarnaram e muito menos que já tiveram outras vidas.
Essas são coisas que somente aqueles cuja missão Divina, lhes dá condições de conhecer o Mundo Espiritual e acompanhar a situação dos desencarnados, amigos parentes, conhecidos ou não, poder analisar e fazer reflexões sobre a vida encarnada e desencarnada, porque a vida é uma só:
"A Vida eterna, a vida do Espírito".

Autor desconhecido

Fonte: www.mensagemespirita.com.br/categoria/mensagens/ 10/11/2017

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty “RELACIONAMENTOS CÁRMICOS”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:16 pm

Nos sentimos atraídos por outras pessoas por duas razões, basicamente: afinidade ou compromissos espirituais.
Num primeiro momento, nem sempre é possível distinguir uma coisa da outra quando nos aproximamos de alguém com a intenção de consolidar um relacionamento mais íntimo (amizade, namoro, casamento…).
A dúvida é: – o que estou sentindo advém de uma “atração cármica” ou trata-se de um espírito amigo com o qual já me relacionei saudavelmente no passado?
“Quando duas pessoas se encontram nos caminhos da Vida e sentem, de forma imediata e automática, uma conexão/atração mútua e irresistível, pode tratar-se de uma situação de um relacionamento cármico entre os dois, que já vem de outras vidas”.
Talvez por isso é que muitos relacionamentos que inicialmente pareciam ter tudo para dar certo, acabam de forma dramática e muitas vezes trágica.
Mas por que será que isto acontece?
E o que são encontros cármicos?
São encontros de almas que têm pendências de outras vidas para resolverem entre si.
A principal característica de um relacionamento cármico baseia-se no facto de que ambos parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúmes, raiva, ressentimentos etc, trazidas de outras vidas e que precisam de ser resolvidas na vida atual.
E a oportunidade de resolver dá-se exactamente pelo “reencontro” entre as duas almas.
Num reencontro cármico, a outra pessoa é-nos imediata e estranhamente familiar, mesmo que nunca a tenhamos visto nesta vida ou que não a conheçamos bem.
Este tipo de reencontro, muitas vezes, acaba por se transformar num relacionamento amoroso ou numa intensa paixão.
E então as emoções que experimentamos podem ser tão avassaladoras, que acreditamos ter encontrado a “alma gémea”.
Por causa da “carga emocional” não resolvida, estes dois seres sentem-se atraídos um pelo outro na vida actual e o reencontro é a oportunidade de resolverem o que ficou pendente e libertarem-se, para uma vivência mais plena e feliz.
Então o que acontece quando duas pessoas assim se encontram?
Dois seres com questões por resolver, quando se encontram, sentem uma compulsão, quase que uma emergência em estar mais perto um do outro.
Entretanto, depois de algum tempo, por força dos problemas e atritos que inevitavelmente surgem no relacionamento atual (dessa vida), poderão repetir os mesmos padrões emocionais que causaram rompimentos e dores numa vida passada.
Uma nova existência juntos é a grande oportunidade para enfrentarem os problemas pendentes e lidar com eles de uma forma mais iluminada.
Ou não!
Tudo depende do grau de maturidade emocional de cada um e da vontade de superar as dificuldades do relacionamento.
Por isso, muitos casais acabam por se separar de forma dramática e dolorida, mesmo que o relacionamento tenha começado num aparente “mar de rosas” e, muitas vezes, nem eles mesmos conseguem perceber muito bem por que as coisas deram errado.
Este tipo de relacionamento, por causa da carga emocional e bloqueios que traz consigo, trará sempre grandes desafios, muitos deles bem dolorosos, que virão à tona mais cedo ou mais tarde.
Após algum tempo, geralmente os parceiros acabam envolvendo-se num conflito psicológico, que poderá ter como base a luta pelo poder, o controle e a dependência, seja emocional, material, ou de outra natureza.
E o que isto significa?
Significa que muitas vezes, estes dois seres acabam repetindo comportamentos ou criando situações que o seu subconsciente “ reconhece” de uma vida anterior, onde essas pessoas podem ter sido amantes, pai e filho, patrão e funcionário, ou algum outro tipo de relacionamento.
Pode ser que, nessa vida anterior, um dos dois tenha aberto uma ferida emocional no outro, através infidelidade, abuso de poder, manipulação, agressão etc, tendo provocado cicatrizes profundas e trauma emocional.
O propósito espiritual deste tipo de “reencontro” para ambos os parceiros é que eles aproveitem esta oportunidade para fazer escolhas diferentes das que fizeram numa vida passada e aprendam um com o outro, tudo o que deve ser aprendido e absorvido, para a evolução de ambos.
Identifique se está neste tipo de relacionamento, aprenda as lições necessárias, cresça e amadureça.
Caso ambos parceiros sejam suficientemente maduros e evoluídos emocionalmente, o relacionamento cármico pode sim ser verdadeiramente benéfico e transformador para ambos.

Kardec Rio Preto
Fonte: Espiritbook

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty AS ALMAS QUE SE AMAM SE ENCONTRAM NA ESPIRITUALIDADE?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:34 pm

Na espiritualidade o sentimento é claro, de uma força e suavidade que mostram o que existe entre os espíritos que o sentem.
Tanto mais fácil perceber este elo afectivo, quanto mais desenvolvido moral e espiritualmente é o espírito.
Já durante a encarnação, há uma limitação imposta pelo esquecimento do passado, uma vantagem que Deus nos proporcionou para que o livre-arbítrio fosse pleno em nós.
Quando encarnamos esquecemos do passado, e deixamos adormecidas lembranças e sentimentos.
Se duas almas que se amam se encontram, talvez não venham a perceber imediatamente a importância real de uma na vida da outra, mas sentirão empatia, simpatia ímpar e profunda, o que as faz pender para a pessoa que acabaram de conhecer na nova encarnação.
O reconhecimento de um amor de milénios pode ser forte e imediato, mas em geral, para nos facilitar a vida, surge doce e suave, lenta e profundamente.
O fato de duas almas terem aprendido a amar-se e que se procuram para continuar juntas sua jornada – encontrarem-se na encarnação, não significa necessariamente que devam ficar juntas, enquanto a experiência terrena estiver em andamento. Há reencontros que acontecem para que formem família, exemplifiquem o sentimento, evoluindo e dando, uma à outra, força nas provas, expiações e missões que vieram cumprir.
É bem comum também que afetos verdadeiros não se encontrem, que estejam, cada um, vivendo experiências com outras almas, de modo a ampliar os laços do amor fraternal.
Neste caso, costumam aliviar a saudade através de visitas em espírito (sonhos).
Há ainda outra possibilidade, em geral prova bem difícil por exigir o mais amplo sentimento de resignação, coragem e amor ao próximo: duas almas encontrarem-se, reconhecerem-se, amarem-se e não poderem ficar juntas porque já estão comprometidas com outras pessoas e famílias.
E porque Deus faria isso?
Deus não fez.
As próprias almas pediram esta prova como exercício expiatório e prova de resistência de suas más tendências, em geral, o egoísmo.
Imaginemos…
Duas almas aprendem a se amar; almas gémeas que se tornam, escolhem experiências que irão fazê-las evoluir.
Espíritos ainda em progresso, possuem defeitos morais que estão trabalhando nas existências.
Nascem juntas, separadas, na mesma família, em outras, entre amigos ou inimigos.
Entre tantas vidas, numa optam por temporariamente (o que são os anos de uma encarnação perante a imortalidade?) por encarnarem separadas.
Casam-se com outras pessoas, formam famílias.
Mas um dia encontram-se.
Reconhecem-se. O amor ressurge.
Seus compromissos espirituais são logo esquecidos, desejam-se.
Eles deveriam resistir à tentação de trair, de abandonar os companheiros, os filhos, os compromissos, construindo falsa felicidade sobre lágrimas alheias.
No entanto cedem.
Traem, abandonam, fogem… não importa.
Querem ser felizes e isso lhes basta.
É o egoísmo e a falta de fé no futuro, que lhes dirige a ação.
Mas não há real felicidade senão a conquistada no direito e na justiça.
Se vencerem a tentação de fazer o que citamos, terão no futuro o mérito de estar uma com a outra.
Se se deixam arrastar pelas paixões, estarão fadadas a novos afastamentos, lições dolorosas.
Escolhem esta experiência porque a visão que têm na espiritualidade é diferente da limitada visão da encarnação.
Melhor abrir temporariamente mão da presença amada, já que o afecto não se esvai na ausência, do que abrir mão de estarem juntos em várias vidas e seus intervalos.
Sendo o egoísmo o único motivador (e não o amor) da escolha de ficarem juntos a qualquer preço, constrói-se sólido castelo sobre a areia das ilusões.
Fatalmente ele desmoronará, e será preciso reconstruí-lo.

Fonte:www.espiritbook.com.br

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty “A ESCRAVIDÃO HUMANA”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:53 pm

Para melhor entendimento do que se passa com os próprios homens, analisemos a resposta à questão nº 536 de "O Livro dos Espíritos" diz:
“Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus".
Deus permite que os homens escravizem os homens e usa esse meio para educá-los, tanto a um como ao outro, porque nada se perde, na grande extensão dos meios educativos.
Qual de nós não escravizamos alguém, qual de nós que não fomos escravizados algum dia?
Os negros africanos foram arrebanhados para diversas nações do mundo como escravos, porque eram considerados uma raça primitiva, com excepção de alguns poucos que estavam ali orientando em alguns pontos de princípios educativos.
Não devemos olhar tudo no mundo como tão somente produto da mente humana e, sim, como sistema de despertamento das criaturas.
O que Deus não quer, não existe, e Ele, sendo omnisciente, já sabia de tudo que iria e vai acontecer no futuro.
Começando pelos reinos da natureza, o homem já habituou a vender e trocar o que a Deus pertence, até os animais.
Esse comércio se tornou mais acentuado e passaram a vender seus próprios irmãos, no orgulho irradiante de dominar.
Quem no mundo já pôs termo às guerras fratricidas?
Por que Deus permite essa matança incontrolável em várias nações do mundo?
Isso se processa entre os primitivos e mesmo entre os animais que, por vezes, se alimentam dos próprios companheiros de selva.
Certamente que tudo isso, esses processos violentos, desaparecerão da face da Terra com a maturidade dos homens, mas enquanto não chegar a luz ao coração, os homens vão continuar a matar e a escravizar.
O homem assemelha-se ao animal e é classificado como tal na própria ciência.
É por isso que vive, em parte, vida animal.
Matar e escravizar são factos que acontecem em mundos de provações e expiações.
Quem pode mudar esses acontecimentos?
Somente o tempo.
As almas sairão, certamente, da escuridão, quando acenderem a luz na intimidade da consciência. Jesus veio ao mundo ao encontro da humanidade, para mostrar aos Espíritos como eles mesmos devem se libertar desses actos e factos primitivos, limpando dos seus caminhos as nódoas negras provocadas pela escravidão e matanças.
Contudo, as lições disso oriundas ficarão no centro da vida, e tanto quem morre, como o escravo, quanto o que faz morrer e escraviza, trocam de posições pela lei das vidas sucessivas, e todos aprendem juntos as lições de amor que salvam a todos.
Lemos em Lucas, no capítulo dezoito, versículo trinta e dois:
Pois será ele entregue aos gentios; escarnecido, ultrajado e cuspido.
Por que Deus permitiu que acontecesse isso com Seu filho amado?
A porta que Jesus transpôs foi das mais dolorosas, para voltar aos céus.
Entretanto, somente assim Ele pôde despertar nos homens o desejo da renovação espiritual, ao exemplificar a Sua vida nobre e fecunda.
E as grandes catástrofes da natureza?
Quem as impulsiona e regula?
Somos todos escravos das consequências dos nossos pensamentos.
E por que pensamos assim?
Tudo é organizado por Deus e somente Ele sabe o porquê.
Nós outros devemos obedecer-lhe com humildade, e ainda amá-Lo sobre todas as coisas, porque o Senhor assim o faz por amor a nós, que ainda não sabemos os verdadeiros motivos, por nos faltar capacidade para tal.
Muitos aspectos da Verdade não são ditas, por não termos ainda ouvidos para ouvir.
A Verdade chega aos nossos ouvidos, gradativamente, de acordo com a nossa capacidade espiritual.

Fonte:www.espiritbook.com.br/

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty PARA QUE SERVEM AS FORTALEZAS DE SOCORRO ESPIRITUAL NO UMBRAL?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 04, 2019 6:53 pm

É comum que nos Umbrais hajam espécies de hospitais ou prontos-socorros espirituais.
Tais construcções astrais foram descritas em vários livros espíritas, mas por hora trago uma passagem do livro Aruanda, escrito pelo médium Robson Pinheiro e ditado pelo espírito de Ângelo Inácio.
Nesta passagem, o espírito Ângelo descreve um pouco da sua aparência e do funcionamento interno de um desses locais:
Aproximamo-nos de uma soberba construção.
Erguia-se diante de nós extensas muralhas, que se assemelhavam às construções de antigos castelos medievais.
Dentro daquelas paredes imponentes, avistavam-se torres muito altas e prédios inteiros que desafiavam o ambiente sombrio, abrindo luz ao redor — era como se eles próprios fossem estruturados em luz astral.
De facto, o material com que eram construídos parecia uma espécie de luz coagulada ou congelada, se assim posso me expressar.
Toda a construção fluídica dava a impressão de irradiar uma suave luminosidade em seu redor.
Próximo às muralhas já podíamos avistar alguma vegetação rasteira, semelhante a pequenas heras e trepadeiras, que formavam caramanchões coloridos ao redor da fortaleza.
Ensaiei alguma surpresa ao ver a soberba edificação do lado de cá da vida.
O preto-velho acudiu-me, esclarecendo logo:
— Aqui, nesta região de vibrações mais densas, temos refúgios de paz.
Funcionam como verdadeiros hospitais-escola.
Ao mesmo tempo em que são utilizados para refúgio e auxílio a almas doentes, necessitadas de socorro imediato, existem postos de socorro que atuam igualmente como campo abençoado de trabalho para aqueles espíritos que já despertaram para a espiritualidade.
A aparência da construção fluídica impressionava-me.
Perguntei-me por que tanta imponência na construção espiritual, se a finalidade era abrigar e socorrer almas em sofrimento.
Dessa vez foi Wallace que, tocando-me de leve, asseverou:
— Cada caso é um caso, Ângelo.
Você não ignora que se encontram aqui irmãos nossos distanciados do bem imortal.
Estas regiões do mundo espiritual são habitadas por companheiros nossos que estão em intenso desequilíbrio.
Precisamos impor respeito a essas almas dementadas e, frequentemente, maldosas.
Para isso, a aparência de fortaleza espiritual cumpre seu objetivo, além de proporcionar uma imagem de segurança para os que se sentem amedrontados.
— Mas não é só isso.
Vez ou outra este abençoado oásis de socorro e paz é atacado por espíritos vândalos, que tentam a todo custo impedir que a tarefa seja levada a efeito.
As muralhas que você observa, semelhantes às edificações terrestres da era medieval, actuam como escudo energético: além de proteger e resguardar o posto de socorro, isolam o ambiente interior das irradiações mentais negativas dos companheiros mais desajustados, na região externa.
(…) Grandes portões se abriram, e pudemos observar com antecedência a intensa movimentação em seu interior.
(…) Por dentro das muralhas pude observar com mais detalhes os grandes edifícios que se erguiam, cheios de vida e com intensa atividade.
Adentramos algo semelhante a um pavilhão, onde pude ver mais de mil leitos, como uma enfermaria.
Diversos espíritos, que aparentavam graves enfermidades, estavam estendidos sobre as camas e eram assistidos por outros companheiros, que lhes ministravam medicamentos.
Enquanto isso, eu observava o que ocorria ao redor.
Espíritos dementados, desequilibrados e que apresentavam visível sofrimento estavam deitados por todo lado.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 04, 2019 6:54 pm

O ambiente parecia-se muito com um hospital da Terra.
Era como uma enfermaria de proporções gigantescas.
Foi o pai-velho amigo quem adiantou-se:
— Aqui se encontram alojados muitos espíritos que se especializaram na magia negra.
Resgatados das regiões infelizes, foram para cá transferidos a fim de receber tratamento emergencial.
Estagiaram por tanto tempo nas vibrações grosseiras e perniciosas que suas mentes se afectaram seriamente, comprometendo seu presente estágio evolutivo.
— Você falou magia negra? — Perguntei ao preto velho.
— Exacto, Ângelo.
Ou você ignora que todos utilizamos dos recursos da natureza, colocados à nossa disposição pela divina sabedoria, de acordo com a ética que nos é peculiar?
À manipulação desses recursos mentais, fluídicos, verbais ou energéticos é que denominamos magia.
E, quando alguém se utiliza de maneira desequilibrada ou maldosa do depositário de forças sublimes, dizemos então que se concretiza a magia negra.
São companheiros que se especializaram no mal, pelo mal.

Aruanda- Robson Pinheiro. 1ª edição, Casa dos Espíritos Editora, 2004.
Fonte: O ESTUDANTE ESPIRITA -

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty A MOÇA INOCENTE DE CATANDUVA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 05, 2019 7:09 pm

UMA HISTÓRIA DE DIVALDO FRANCO

Conta Divaldo Franco:
Oportunamente fui pregar em Catanduva.
Naquele tempo viajava-se muito em trens noturnos.
Eu o tomava em Catanduva e ia até São Paulo.
Era uma viagem razoavelmente confortável.
Numa das vezes em que estive naquela cidade, ao regressar, Dona Lola Sanchez e outros confrades me levaram até a estação ferroviária.
O trem saía as 22:30 hrs.
Quando cheguei à plataforma de embarque chamou-me a atenção uma senhora camponesa despedindo-se da filha.
A jovem era uma daquelas meninas bonitinhas, bem modestas, do interior, vestida com simplicidade, o cabelo liso, partido ao meio e muito mimosa.
A mãe abraçava-a e despedia-se, beijava-a e abraçava-a de novo e a cena comoveu-me.
Fiquei olhando a ternura da mãe com a filha de dezoito ou dezanove anos, mais ou menos.
O trem deu o primeiro sinal de partida e me despedi dos amigos.
A mocinha também subiu no trem, apressadamente.
O vagão não estava muito cheio.
Eu me sentei à janela, do lado da plataforma para acenar aos amigos, enquanto que ela sentou-se do outro lado, sozinha.
Quando a composição começou a mover-se, eu vi que da mãe partia um fluido vaporoso, como se fosse uma nuvem alongada, a ideia era de um arminho muito grosso de meio metro de circunferência, que brotava do centro cardíaco, entrava no trem e se implantava na moça.
A medida que o veículo se movia, aquele fluido foi se afinando, quase desaparecendo.
A mãe dava-lhe adeus e chorava; uma despedida quase trágica.
A mocinha chorou um pouco e depois recostou-se, preparando-se para algum repouso, desde que a jornada seria longa: umas sete horas em média.
A viagem prosseguiu.
Quando chegamos a Araraquara, houve uma parada.
Um rapaz entrou, daqueles tipos de conquistadores, num jeito de quem olha a pessoa e despe-a.
Ele abriu a porta, entrou, olhou a todos, deteve-se na moça - o olhar dele era tão típico que me chamou a atenção.
Examinou-a atentamente, ajeitou-se e foi sentar ao lado dela, que estava junto à janela.
Passou o tempo.
Fiquei distraído com outras coisas e quando percebi, ele havia passado o braço por trás da poltrona e se lhe chegara mais perto.
Ela, tímida, encolheu-se um pouco.
Eu pensei: Que coisa estranha esse indivíduo!
Parece-se a um desses conquistadores baratos, aliciadores de menores...
Dentro em pouco ele já estava conversando com a jovem.
Reflecti, comigo mesmo:
Meu Deus, a coitada vai cair nas malhas desse sedutor, porque, totalmente desarmada, não saberá defender-se.
Ele parecia muito loquaz.
Numa estação mais adiante, ele saltou, comprou frutas, ofereceu-lhas.
Ante a gentileza, a moça ficou animada.
Vendo a cena eu orei, temendo o que viria depois; Meu Deus não deixe que ela seja seduzida - eu rogava.
Recordei-me da sua mãe, e a lembrança me sensibilizou tanto que prossegui orando, pedindo a Jesus que a protegesse.
Fiquei a imaginar:
Certamente ela é uma mocinha que vai tentar a vida em São Paulo, ameaçada de cair nas armadilhas de um sedutor profissional.
Fiquei orando, pedindo por ela.
De repente, entrou um Espírito vestido à espanhola, à antiga, tipo sevilhana, uma mantilha de renda, um vestido longo, muito bonito.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 05, 2019 7:12 pm

Ela era uma Entidade veneranda.
Olhou para mim e para o par.
- A tua prece foi ouvida - falou-me.
Dirigiu-se para os dois e começou a aplicar passes na moça.
Eu, então, mentalmente, dizia: Não é nela; é no homem. Afaste-o dela!
O Espírito olhou-me, sorriu e continuou aplicando os passes na moça.
Terminou, fez-me uma saudação e desapareceu.
Eu fiquei frustrado, pensando que algo estava errado.
De súbito, porém a moça deu um soluço, teve um engulho e vomitou no homem, atingindo-o de alto a baixo.
O homem deu um salto e gritou:
- Miserável! Veja o que fez!
E saiu furioso tentando limpar-se.
A moça, muito sem jeito, virou-se para mim e justificou-se:
- Veja, eu nunca enjoei.
Tirei um lenço, dei-o para ela e entendi a técnica que o Espírito usara.
Sentei-me ao seu lado, para bloquear o lugar e perguntei-lhe:
- Minha filha, você está doente?
- Não senhor, de repente me deu uma coisa ... logo aquele rapaz, tão delicado...
- Você o conhece?
- Não senhor.
- Você está indo para onde?
- Estou indo para São Paulo - explicou-me - para trabalhar como dama de companhia numa casa e, aquele rapaz, muito educado, veio dar-me o endereço de uma tia dele que recebe moças como pensionistas.
Ele estava até me oferecendo um emprego melhor, porque ele tem a missão de contratar moças para trabalhar e a tia recebe-as.
Ele estava explicando-me quando aconteceu isto.
O que é que eu faço agora?
- Você vai ser dama de companhia - respondi-lhe.
Este rapaz é um aliciador de moças para a loucura do sexo desregrado.
Expliquei-lhe o que era e ela ficou muito surpresa.
- Mas, não é possível, ele é tão delicado - respondeu-me,
Falou até que estava apaixonado por mim, que nunca tinha visto uma moça tão bonita como eu, que me queria levar para a casa da tia, a fim de defender-me dos "lobos" que existem em São Paulo.
- Você vai fazer exactamente como sua mãe lhe mandou - aconselhei.
Fiquei-lhe ao lado até chegarmos a São Paulo.
Quando saltamos, segui com ela.
Neste momento, vimos o rapaz descer do trem, todo sujo, a roupa branca com enormes manchas cor de café.
Olhei-o e perguntei-lhe, sorrindo:
- Está melhor?
Ele deu uma resposta a seu tipo e foi-se, enquanto eu fiquei a reflexionar na forma como os Espíritos agem.
Com sua atenção despertada desde o início da viagem, Divaldo regista as más intenções do homem que toma lugar junto à jovem.
Nesse momento, Divaldo utiliza a prece em benefício dela.
A resposta ao pedido não se faz esperar.
A técnica de ajuda que os Espíritos amigos adoptam é digna de registo.
É que nem sempre nos é dado avaliar ou entender como se processam os atendimentos.
Nas ocorrências do quotidiano, o homem, não raras vezes, se revolta contra certos factos que, em geral acontecem para seu próprio benefício.
Se a Benfeitora Espiritual tivesse aplicado o passe no homem, visando retirá-lo do lado da moça, sempre haveria a possibilidade que ele voltasse à carga.
Agindo directamente sobre a jovem, da forma como aconteceu, o homem retirou-se revoltado e com asco.
Isso o afastou de vez.
A prece é o meio mais eficaz quando se deseja ser útil, especialmente quando nos faltem quaisquer outros recursos.

Divaldo franco:
Do livro: Semeador de Estrelas

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty “Culpa e direito de errar”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 06, 2019 8:03 pm

(Jorge Hessen)

Moisés nos aconselhou O QUE NÃO DEVEMOS FAZER em nossa trajetória evolutiva, posteriormente, Jesus ensinou O QUE DEVEMOS FAZER e o Espiritismo sugere COMO FAZER.

Essas reflexões nos remeteram ao “Projecto Espiritizar” volumoso estudo da coletânea psicológica de Joana de Angelis organizado pela Federação espírita do estado de Mato Grosso, do qual me situo como humílimo educando.
Dentre múltiplos temas propostos pelo projeto, nomeamos o subtema “Culpa e direito de errar”, do módulo “Directrizes seguras para libertar-se da culpa”, que abreviaremos nas reflexões a seguir.
O movimento da culpa é resultante do culto ao perfeccionismo, eis aí um capcioso quisto psicológico.
Quando erramos, ao invés de assumirmos atitudes reparadoras, cultuamos uma perfeição impraticável e nos acusamos peremptoriamente, por conseguinte não nos consentimos o direito de errar com a correspondente obrigação de reparar.
É importante aprendermos e refletirmos com os erros, assumindo corajosamente a cogente reparação dos mesmos.
Porém, se mergulharmos na síndrome da inútil culpa, minamos a auto-estima e nos punimos, produzindo, assim, todo um estado psíquico de angústia.
Deste modo, nos magoamos com nós mesmos e conservamos uma espécie de ferida aberta na consciência, apunhalando-a sem tréguas.
À vista disso, não vivemos equilibradamente e transformamos nossos anseios em azedumes, mágoas, mau humor acoplados ao cortejo de antipatias, projectando nos outros os detritos psíquicos que empilhamos.
Urge nos permitirmos o direito de errar.
Até porque fomos criados simples e ignorantes.
Ademais, como é possível, em nosso atual estágio evolutivo, acertar sempre?
Isso é impossível!
Assim raciocinando, é fácil perceber que a culpa é intensamente injusta connosco, porque ela não nos permite o direito de errar, aliás, direito que Deus nos proporcionou.
Até porque, fomos criados simples e ignorantes a fim de que evoluíssemos gradualmente, errando e acertando até chegarmos à perfeição relativa, quando atingiremos o nível do “Guia e Modelo” da humanidade.
A partir de então não erraremos mais.
É crença vulgar e equivocada admitir a Justiça Divina como condenatória e punitiva.
As Leis de Deus, incrustadas na consciência humana, não são punitivas, porém são educativas (provação) e reeducativas (expiação).
Ora, se não nos permitimos o direito de errar e o dever de acertar, permaneceremos numa atitude preguiçosa passiva e acomodada.
Para evitar que isso ocorra, é urgente movimentarmo-nos ativamente para a forçosa reparação ante os equívocos deliberados.
Para tal, urge reflexão consciencial, esforço para nos harmonizarmos com as Leis divinas, coragem para pacificarmos nosso eu e desenvolvermos virtudes.
Evidentemente tudo isso é muito custoso.
Mas não podemos permitir os extremos, ou seja, nem exigirmos de nós perfeição e nem ingressarmos na negligência de aperfeiçoamento, senão nos enleamos nas tormentas ao invés de harmonizarmos com nós mesmos (em essência).
As quedas morais das experiências transatas não hão como alterá-las, porque a compulsão da culpa que trazemos de ontem somente será decomposta gradativamente, entretanto tudo que diz respeito aos erros do presente podemos mudar. Como? Já não nutrindo o mecanismo da inutilidade da culpa quando erramos hoje.
Sim, podemos alterar-lhe, tendo consciência de que podemos errar, todavia temos a obrigação de reparar o erro de forma amorosa, bancando o bem na fronteira das nossas energias.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 06, 2019 8:03 pm

A culpa é um anseio de prepotência e omnipotência porque cobiçamos assumir os atributos de Deus ao divergirmos da Lei de misericórdia e da Lei de amor, justiça e caridade.
Ora, se Deus não nos pune, então instituímos uma lei particular e através de um auto decreto infligimos a lei de auto-punição.
Naturalmente na condição de seres humanos acertamos e erramos consecutivamente.
Ou seja, temos sucessos ou desacertos nos empreendimentos da vida.
Um aprendiz consciente aprende mediante a experiência que nem sempre é laureada de sucesso.
Em verdade, o aprendiz consciente objetiva o acerto, mas não na exigência de acertar, porém se esforça em dar o melhor sem paranoides e sem desleixos desculpistas, porque é consciente e como tal, se vê como aprendiz responsável.
Com efeito, se errar o foco dele será no aprendizado em relação ao erro porque a exclusiva atitude positiva e pro-activa frente ao erro é aprender com ele.
Então o aprendiz se esforçará para dar o melhor, admitindo que nesse movimento pode se equivocar e ao errar aprenderá e reparará o engano quantas vezes forem necessárias.
Por outro lado, o perfeccionista não quer errar, porque crê que o erro traz punição e como já está cansado de ser penitenciado escolhe desenvolver a agreste culpa.
Naturalmente sob o véu do perfeccionismo está embutida a soberba egoica.
Por causa disso, quando acerta blasona, mas quando erra se percebe como um asno e se arremessa no despenhadeiro da culpa.
É essa dualidade que sobrevém ao perfeccionista.
A pessoa que acredita que a perfeição é o limite entra no processo de auto-flagelação, porque percebe como difícil e ilusória qualquer aspiração libertadora.
Na verdade, não é difícil, é fadigoso, porque precisa larguear o amor para governar todas as demais virtudes que transmutarão o processo de culpa.
Porque a imprestável culpa é um movimento de auto desamor profundo, uma cruel repressão do amor.
O culpado quer sofrer as consequências martirizantes dos erros porque acha que esse mecanismo é libertador.
Mas só e unicamente o amor liberta a consciência.
O nosso compromisso consciencial é realizar o bem no limite das nossas forças.
Porém, nosso movimento psíquico de cansaço angustiante e inquietante decorrente da culpa só será superado com o descanso para a alma conquistado pelo jugo do amor, da mansidão e da humildade conforme nos convidou Jesus.
Isso será determinante para nosso desenvolvimento consciencial como aprendizes da vida que somos.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Além dos limites impostos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 07, 2019 7:14 pm

O pré-julgamento e o preconceito aliado as questões sociais e culturais de um povo, muitas vezes levam seus indivíduos a praticarem abusos e injustiças uns contra os outros, onde muitos levantam suas espadas em razão de um irmão pertencer a uma determinada nação diferente da sua, bem como ter uma etnia diferenciada, preferências diversas, classes sociais distintas, além é claro, de classificarem o que é bom ou mal levando em consideração as cores, sendo que tudo é criação de Deus, e sabemos que o Pai jamais criaria algo para fazer o mal.

E está certo que há determinados elementos na natureza em sua composição que é letal a vida, porém, tudo tem sua função importante no equilíbrio do universo.

Todavia, é temário transformar o que é de Deus em parâmetros decisivos do que é do bem e do mal, sendo que estes critérios são definidos exclusivamente pelo próprio homem por sua fraqueza e limitação, que aponta estes paradigmas muitas vezes injustas e assim assinala o crivo e o destino do outro deflagrando guerras desleais, desproporcionais e descomunais.

Entretanto, quando o homem aprofunda nos estudos amplificados desprovidos de preconceitos da vida eterna sob diferente ótica, passa a compreender a grandeza do universo e a sua responsabilidade frente à própria condição e a própria sorte, bem como de ser responsável e redator do seu presente e senhor do seu futuro, como passa a entender que tudo que o envolve é fruto das próprias escolhas quanto as oportunidades que lhe são providas.

E, neste viés, acredite, em nada tem ligação com as cores, preferências, nacionalidades e outros critérios particulares que são definidos pelo homem, como em nada destes fragmentos tem acção decisiva na própria condição.

A historia humana é marcada por diferentes momentos em que o homem teve de levantar-se contra outras nações, como é o exemplo do povo Hebreu, que tiveram de lutar, com o auxílio e a protecção de Deus para manter a sua condição pura de Deus em detrimento a outros povos que desafiavam o poder e a soberania do Criador único e todo poderoso desprovido dos elementos humanos que eram determinados pelos domínios da tirania.

No entanto, nestes confrontos haviam o motivo justo pela luta, mas em momento algum essas guerras foram levantadas por conta de definições peculiares ao qual já apontamos e que o homem muitas vezes usa como regra para afrontar uns aos outros.

Contudo, o que é decisivo no momento do homem em seus diferentes estágios está na execução direta de suas obras a favor do bem independente de quem seja quem.

E os critérios do que é do bem e ou do mal está exclusivamente destacado no sentimento e principalmente, no comportamento e nas ações pessoais.

Afinal de contas, cada pessoa, independente de sua condição pode fazer tanto o bem quanto o mal, e isto está na transparência da consciência perante a providencia divina.

Pois o homem pode até esconder e fazer algo de mal contra seu semelhante e não sofrer os reveses das leis humanas, porém, todo o Ser tem completa ligação e inter-acção com Deus que tudo vê e tudo sabe.

Por isto meus amigos, vamos observar mais de perto os nossos comportamentos, pensamentos e acções do que propriamente se preocupar com que estamos usando e quem somos em nossa particularidade, bem como de não traçar o outro pelos mesmos motivos.

E a verdade é que temos de nos preocupar muito mais como o néctar de que com a casca que nem sempre traduz o nosso verdadeiro e mais intenso sabor.

Autor: espírito de Ezequiel
Escrito: médium Marcelo Passos

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty COMO SE REALIZA O PROCESSO REENCARNATÓRIO.

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 08, 2019 7:01 pm

Pode-se considerar 3 tipos básicos de Reencarnação:
– Encarnação Voluntária (Livre)
– Encarnação Semi-Voluntária (Proposta)
– Encarnação Compulsória

Fases da Encarnação
Não existem duas encarnações iguais, mas podemos, didacticamente, separar em fases, jamais estanques, os momentos sucessivos que acompanham o mergulho do Espírito na carne.

1ª Fase: Planeamento encarnatório
2ª Fase: Contacto fluídico com os pais
3ª Fase: Ligação do Espírito à matéria
a) Redução perispiritual
b) Selecção do espermatozóide
c) Fecundação
4ª Fase: Formação do feto
5ª Fase: Adaptação à Vida

Aspectos Psicológicos – Do Reencarnante.
Informa Allan Kardec [LE – qst 339] que o momento da encarnação é seguido de um estado de perturbação mais ou menos longo.
Esta perturbação, algumas vezes bastante dolorosa, tem início quando da redução do perispírito e vai prolongando-se até ao nascimento, quando o grau de inconsciência atinge o apogeu.
A partir do nascimento o reencarnante vai recobrando a lucidez à medida que a as células do sistema nervoso vão se amadurecendo.

O grau e intensidade da perturbação depende de 3 factores:
a) Período de Gestação
b) Evolução do Reencarnante
c) Estado Emocional dos Pais

– Dos Pais
Da mesma forma que o filho recebe da futura mãe os pensamentos e seus conteúdos emocionais, a mãe capta de uma forma mais evidente as vibrações emitidas pelo feto.
André Luiz informa que a gestante é “uma criatura hipnotizada a longo prazo”, exactamente porque traz seu campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do reencarnante.
O futuro pai pode também sofrer alterações em seu campo mental em função da presença de um novo Espírito em seu lar.
Às vezes, vê-se possuído de terrível ciúme e passa a encher a mulher de atenção e carinho.
Outras vezes, torna-se arredio, agressivo, deprimido.

São vibrações de um Espírito ligado a ele por um passado feliz ou infeliz que agora retorna para prosseguir em sua marcha evolutiva, fortalecendo a amizade, se esta já existe, e desfazendo mágoas e desentendimentos se eles ocorreram.

Bibliografia
• Livro dos Espíritos – Allan Kardec
• A Génese – Allan Kardec
• Missionários da Luz – André Luiz/Chico Xavier
• Entre a Terra e o Céu-André Luiz/Chico Xavier
• Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Waldo Vieira
• Espírito, Perispírito e Alma – Hernani Guimar-aes Andrade
• Temas da Vida e da Morte – Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco
• Painéis da Obsessão – Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Esquecimento do passado e consciência

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 14, 2019 6:59 pm

Há milénios o Homem tem consciência da responsabilidade de seus actos, e das consequências a que se vincula, quando os pratica, seja para o bem ou para o mal.
Até mesmo popularmente, em nosso quotidiano, escutamos alguém dizer:
“o que será que fiz na outra vida para passar por isso?”
Temos ouvido isso mesmo dos não espíritas.
Allan Kardec analisa em O livro dos Espíritos a questão do esquecimento e da obrigatoriedade da corrigenda, quando de prejuízos causados, a si mesmo e ao próximo.
Apresentamos abaixo pequenos comentários à questão de número trezentos e noventa e três do livro citado, para nossas reflexões.
“Como o homem pode ser responsável por atos e reparar faltas das quais não tem consciência?
Como pode aproveitar a experiência adquirida em existências caídas no esquecimento?
Poderia se conceber que as adversidades da vida fossem para ele uma lição ao se lembrar do que as originou; mas, a partir do momento que não se lembra, cada existência é para ele como a primeira e está, assim, sempre recomeçando.
Como conciliar isso com a justiça de Deus?”
Respondem os Benfeitores:
“A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem do mal.
Onde estaria o mérito, ao se lembrar de todo o passado?
Quando o Espírito volta à sua vida primitiva (a vida espírita), toda sua vida passada se desenrola diante dele; vê as faltas que cometeu e que são a causa de seu sofrimento e o que poderia impedi-lo de cometê-las.
Ao abordar a inteligência do espírito, desenvolvida a cada existência, a Lei de Progresso se faz presente, ficando embutida a necessidade de agirmos por discernimento moral, e não por conhecimento de causa.
Continua a resposta:
“Compreende que a posição que lhe foi dada foi justa e procura então uma nova existência em que poderia reparar aquela que acabou.”
Neste trecho apreendemos que se a vida que lhe foi dada foi justa, e o próprio espírito se conscientiza disso, significa que há um planeamento, e este é pessoal, e a bondade divina se faz presente dando-lhe nova oportunidade de continuar seu desenvolvimento espiritual através de outra encarnação e ele “Escolhe provas parecidas com as que passou ou as lutas que acredita serem úteis para o seu adiantamento, e pede a Espíritos Superiores para ajudá-lo nessa nova tarefa que empreende, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que cometeu.”
A figura do “anjo da guarda”, tão presente na cultura religiosa da humanidade, é confirmada pelos Benfeitores, demonstrando a participação ativa na vida do espírito, “soprando” conselhos ao seu protegido, mas ficando este livre para seguir ou não o conselho dado.
E finalizam a resposta:
“Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo maldoso que frequentemente vos aparece e ao qual resistis instintivamente, atribuindo a maior parte das vezes essa resistência aos princípios recebidos de vossos pais, enquanto é a voz da consciência que vos fala.
Essa voz é a lembrança do passado, que vos adverte para não recair nas faltas que já cometestes.
O Espírito, ao entrar nessa nova existência, se suporta essas provas com coragem e resiste, eleva-se e sobe na hierarquia dos Espíritos, quando volta para o meio deles.”
Ao reencarnar o espírito traz suas tendências e viciações, que se farão presentes nas provas escolhidas, para corrigir-se através de um novo condicionamento, então fundamentado no conhecimento moral, que a inteligência ajuda a desenvolver, aliviando-lhe a consciência, sede da Lei de Deus, permitindo-lhe sentimento de paz interior e felicidade.
Educador por excelência, Allan Kardec comenta a resposta dada pelos espíritos que formam a equipe do Consolador prometido por Jesus:
“Se não temos, durante a vida corporal, uma lembrança precisa do que fomos e do que fizemos de bem ou mal em existências anteriores, temos a intuição disso, e nossas tendências instintivas são uma lembrança do nosso passado, às quais nossa consciência, que é o desejo que concebemos de não mais cometer as mesmas faltas, nos adverte para resistir.”

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

Nota do editor:
Imagem em destaque disponível em a href="http://vilaclub.vilamulher.com.br/blog/outros/enquete-voce-acredita-em-vidas-passadas">http://vilaclub.vilamulher.com.br/blog/outros/enquete-voce-acredita...–9-6193213-306194-pfi-ideiasdemulher.html>.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty PROVAS ESCOLHIDAS NO “ALÉM” POR “MÉDIUNS” E DOUTRINADORES

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 15, 2019 7:20 pm

QUE ESQUECEM AO REENCARNAREM

Encontrava-me em um Departamento de Instrução e Orientação a Espíritos que se preparavam para o retorno à vida corporal.
O Instrutor Joel, abnegado Benfeitor daquele núcleo, atendia pacientemente aos inúmeros candidatos à Reencarnação.

Diante de um dos seus pupilos, o nobre instrutor falou:
- Augusto, meu filho, rejubilo-me com teus esforços.
Nem todos estão preparados para participarem da escolha das próprias provas...
No entanto, espírito consciente dos erros do passado, auxiliado pelos amigos desta Casa, sabes que de facto, o escolhido será o melhor para ti.
O ouvinte, atencioso, respondeu:
- Sim, irmão Joel, e agradeço o amparo carinhoso que tenho recebido de todos.
Solícito, o Benfeitor explicou:
- Agradeçamos, antes, à bondade infinita de Deus, que nos permite recomeçar, conforme Jesus nos ensinou:
" - Meu Pai não quer a morte do pecador, mas sim que ele se arrependa... "
Lágrimas discretas deslizaram pela face do aprendiz, enquanto o instrutor prosseguia:
- Augusto, confia e prepara-te.
Terás muitas lutas e acerbas dificuldades.
Aflições inúmeras acompanhar-te-ão a trajectória terrena, entretanto, depois das lutas, depararás com a paz que esperas de há muito...
Vai em Paz!
Após Augusto se retirar, interessado em colher novas lições, aproximei-me do irmão Joel e indaguei:
- Benfeitor amigo, pelo que pude apreciar nosso companheiro enfrentará verdadeira prova de fogo na existência terrestre?
- Sim, respondeu o instrutor.
Ele necessitará de muito esforço, renúncia e perseverança.
Enfrentará a miséria?
- Não, o nosso irmão terá o necessário para viver.
- Sofrerá grave enfermidade?
- Não, ele terá saúde equilibrada.
- Viverá em completa e angustiosa solidão?
- Não, viverá cercado de pessoas.
- Mas, então, que prova ele terá?

O Benfeitor sorriu e concluiu explicando:
- “NOSSO AUGUSTO SERÁ MÉDIUM NA TERRA".

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty QUAL A DIFERENÇA ENTRE "VIDÊNCIA" E "CLARIVIDÊNCIA"?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 16, 2019 7:28 pm

O presente trabalho é um esforço para responder a esta questão a partir de algumas premissas:
Os conceitos se acham ambientados dentro da obra de cada autor, e podem variar leve ou notadamente quando analisado em obras de autores diferentes, e até mesmo em livros diferentes do mesmo autor.
No estudo do Espiritismo precisamos conhecer bem a terminologia empregada pelos seus principais contribuintes, a começar de Allan Kardec e dos clássicos, a fim de não confundirmos seu emprego.
O termo Clarividência não foi criado por Kardec, embora tenha sido redefinido pelo Codificador diante dos estudos dos Fenómenos Espirituais.
Isto nos obriga a conhecer os significados que se encontram em teorias não Espíritas, especialmente as que antecederam o Espiritismo e influenciaram o Codificador.

2. Definição e Fenómenos de Clarividência.
O termo clarividência surge pela primeira vez com seu sentido próprio na parte de “O Livro dos Espíritos” que trata da emancipação da alma.
Na questão 402, Kardec trata de uma “espécie de clarividência” que acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que acontecem em outros lugares.
Neste ponto, portanto, ele emprega o termo como uma faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos.
Os sonâmbulos seriam capazes deste fenómeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma. (q. 432)
Pouco depois, na questão 428, ele indaga aos espíritos sobre a “clarividência sonambúlica”.
Ele certamente se refere à faculdade já bastante descrita na literatura que trata do sonambulismo magnético, que, na questão 426, os espíritos consideraram equivalente ao sonambulismo natural, com a diferença de ter sido provocado.
Os espíritos lhe respondem que as duas faculdades possuem uma mesma causa:
a percepção visual é realizada directamente pela alma do clarividente.
Logo a seguir, Kardec pergunta sobre os outros fenómenos da clarividência sonambúlica (q. 429) como a visão através dos corpos opacos e a transposição dos sentidos.
Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem “vendo” por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que precisam deste para perceberem os objectos.
A existência da faculdade sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste estado, com o que concordam os espíritos (q. 430).
Dando continuidade à linha de indagações sobre o sonambulismo, Kardec pergunta de onde se originam os conhecimentos apresentados pelos sonâmbulos que eles não possuem em estado de vigília e que não se explicam directamente pela percepção sonambúlica.
Os espíritos argumentam que em estado de emancipação, os sonâmbulos podem acessar conhecimentos que lhes são próprios, originários de existências anteriores, ou de outros espíritos com quem comunicam-se (q. 431).
Faz sentido, então, questionar se todos os sonâmbulos são médiuns sonambúlicos, distinção esta que Kardec aprofundará em “O Livro dos Médiuns”.
Ainda em “O Livro dos Espíritos”, afirma-se que a maioria dos sonâmbulos vê os espíritos, mas que muitos deles podem crer que se trate de pessoas encarnadas, por lhes ser estranha a ideia de seres espirituais.

3. Êxtase e Clarividência.
Kardec distingue os fenómenos sonambúlicos do êxtase e da dupla vista.
O êxtase seria um sonambulismo profundo.
Neste estado ocorreria o contacto com espíritos etéreos, o que causa as impressões geralmente registadas pelos santos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 16, 2019 7:29 pm

Na questão 455 encontra-se a seguinte descrição:
“Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade:
goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade.
No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo.
Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica.
Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão.
Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial ”
Kardec, entretanto, admite que muitas vezes o estático é vítima da sua própria excitação, fazendo descrições pouco exactas e pouco verossímeis, podendo chegar a ser dominados por espíritos inferiores que se aproveitam da sua condição.
Êxtase, portanto, é um estado sonambúlico profundo caracterizado pela perda ou extrema redução da consciência dos eventos que acontecem ao redor do estático, alterações emocionais e um certo sentimento de “sagrado”, onde o mecanismo básico é a emancipação da alma.

4. Lucidez e Clarividência.
No livro “Definições Espíritas”, Kardec define a clarividência como a “faculdade de ver sem o concurso da visão” e logo depois como “percepção sem o concurso dos sentidos”.
Posteriormente Kardec distingue clarividência de lucidez, da seguinte forma:
“A palavra clarividência é mais genérica; lucidez se diz mais particularmente da clarividência sonambúlica.” (KARDEC, 1997. p. 85)

5. Dupla Vista e Clarividência.
A dupla vista, ao contrário, seria a faculdade de perceber pelos olhos da alma, sem que para tal, seja necessário o estado sonambúlico, em outros termos, sem que o percipiente entre em transe profundo.
A dupla vista seria uma faculdade permanente das pessoas que a possuem, embora não estejam continuamente em exercício da mesma. (q. 448)
É uma faculdade que se manifesta de forma espontânea, embora a vontade de quem a possui tenha um papel em seu mecanismo e possa desenvolver-se com o exercício.
Da mesma forma que a mediunidade, há organismos que são refractários a esta faculdade, e a hereditariedade parece desempenhar algum papel na transmissão da mesma.
Kardec fez uma descrição das alterações psico-físicas que o portador da dupla vista ou segunda vista costuma apresentar (q. 455):
“No momento em que o fenómeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado.
O olhar apresenta alguma coisa de vago.
Ele olha sem ver.
Toda a sua fisionomia reflecte uma como exaltação.
Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenómeno, pelo facto de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos.
Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver.
Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais.
De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho.
O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes.”
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 16, 2019 7:31 pm

Kardec, em suas “Obras Póstumas” (1978, p. 101) faz uma afirmação preciosa para a distinção entre dupla vista e clarividência, que consideramos por bem transcrever:
“No sonambulismo, a clarividência deriva da mesma causa; a diferença está em que, nesse estado, ela é isolada, independe da vista corporal, ao passo que é simultânea nos que dessa faculdade são dotados em estado de vigília.”
É importante frisar que em Kardec o sonambulismo natural, o sonambulismo provocado ou magnético, o êxtase e a dupla vista são faculdades que possuem o mesmo mecanismo: a emancipação da alma.
A clarividência seria um fenómeno passível de ocorrer nos dois primeiros estados.
Embora a clarividência seja um fenómeno predominantemente anímico, há a possibilidade de ocorrerem percepções do mundo dos espíritos, ou seja, de sua associação com faculdades mediúnicas.
Para evitar confusão, consideramos adequado o emprego do termo clarividência mediúnica.

6. Médiuns Videntes e Dupla Vista.
Em “O livro dos médiuns” (parágrafo 167), Kardec considera como médiuns videntes as pessoas dotadas da capacidade de ver os espíritos.
Nesta categoria temos os médiuns capazes de ver os espíritos em estado de vigília e os que apenas a possuem em estado sonambúlico ou próximo deste.
A faculdade não é permanente, estando quase sempre associada a uma crise passageira.
Podemos substituir o termo crise por transe, entendendo que por crise passageira o autor se refere aos chamados estados sub-hipnoidais ou de transe superficial.
As pessoas dotadas de dupla-vista podem ser consideradas médiuns videntes, as que percebem os espíritos durante os sonhos, não.
As aparições acidentais e espontâneas não configuram a existência desta faculdade, que permite ver qualquer espírito que se apresente.
Kardec afirma que este tipo de médiuns julga ver os espíritos com os olhos, mas tanto os vêem com olhos fechados quanto com olhos abertos.
A faculdade pode ser desenvolvida, mas Kardec recomenda que não se provoque este tipo de faculdade, para que o suposto médium não se torne joguete da sua imaginação.
Ele considera prudente não dar crédito senão ante provas positivas, como ”a exactidão no retractar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encarnados”.
Ao advogar a possibilidade de desenvolvimento da faculdade, entendemos que Kardec se refere às pessoas já dotadas da mesma, e não da errónea ideia de desenvolvimento da mediunidade em quem quer que seja.

7. Médiuns Sonambúlicos e Clarividência.
Curiosamente, Allan Kardec distingue em duas classes de médiuns os médiuns videntes e os médiuns sonambúlicos.
Ele justifica esta classificação dizendo que sonambulismo e mediunidade são “duas ordens de fenómenos que frequentemente se acham reunidos”. (parágrafo 172)
…o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo; dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação.
Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns videntes.

8. Conclusões: Vidência e Clarividência em Allan Kardec.
Com as informações até então encontradas, concluímos que a distinção entre vidência e clarividência na obra de Allan Kardec pode ser explicada a partir do esquema abaixo:
Estado de Consciência Transe Profundo (estado sonambúlico e de êxtase, em terminologia kardequiana) Transe Superficial (crise passageira, em terminologia kardequiana)
Fenómenos Anímicos Clarividência sonambúlicos ou lucidez Dupla vista
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 16, 2019 7:31 pm

Fenómenos Mediúnicos, Clarividência mediúnica Vidência mediúnica
Mecanismo Geral Emancipação da alma Emancipação da alma
Concluímos, portanto, que a chave da distinção entre a clarividência e a vidência mediúnicas, encontrada na obra kardequiana, reside na extensão do transe mediúnico.
O leitor da obra de Kardec deve cuidar-se também para não confundir clarividência com mediunidade, uma vez que ele emprega o termo em sentido amplo, podendo referir-se a fenómenos anímicos como a visão à distância sem o emprego dos olhos, visão através de corpos opacos e “transposição de sentidos” (que seria uma impressão do sonâmbulo, e não uma descrição do mecanismo do fenómeno, que é, em última ordem, a emancipação da alma).

9. Fontes Bibliográficas:
AMADOU, Robert. Parapsicologia. São Paulo: Mestre Jou, 1966.
ANDRADE, Hernani G. Parapsicologia experimental. São Paulo: Pensamento, s.n.
ANDRÉ LUIZ. Mecanismos da mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1977. [Psicografado por XAVIER, Francisco Cândido]
______ Nos domínios da mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1979. . [Psicografado por XAVIER, Francisco Cândido]
DELANNE, Gabriel. O espiritismo perante a ciência. Rio de Janeiro: FEB, 1993.
______ A alma é imortal. Rio de Janeiro: FEB, 1978.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. [online] Rio de Janeiro: FEB, edição eletrônica, 1995.
______ O livro dos médiuns. [online] Rio de Janeiro: FEB, edição eletrônica, 1996.
______ Definições espíritas. Niterói – R.J.: Lachâtre, 1997.
______ Obras póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 1978. [“Causa e natureza da clarividência sonambúlica” e “A segunda vista”]
MIRANDA, Hermínio. Clarividência in: Diversidade dos carismas. (vol. 1). Niterói – RJ: Arte e Cultura, 1991. [Atualmente publicado pela Lachâtre]
PERALVA, Martins. Clarividência e clariaudiência. In: Estudando a mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1981.
PIRES, J. Herculano. Parapsicologia hoje e amanhã. São Paulo: Edicel, 1987.
RUSH, Joseph. Parapsychology: a historical perspective. In: EDGE, Hoyt et al. Foundations of parapsychology. Boston: Routledge & Kegan Paul, 1986.
SANTOS, Jorge Andréa. Nos alicerces do inconsciente. Rio de Janeiro: Fon Fon e Seleta, 1980

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty SUA FÉ SUPORTA AS TEMPESTADES DA VIDA?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 17, 2019 7:28 pm

Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam.
E eis que houve grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas.
Jesus, porém, estava dormindo.
Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo:
- Senhor, salva-nos, porque estamos afundando!
Jesus respondeu:
- Por que vocês tem medo, homens de pouca fé?
E, levantando-se, ordenou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo.
Os homens ficaram admirados e disseram:
- Quem é esse que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus, 8:23-27)

OBSERVAÇÃO: Nós podemos dizer que, nossa jornada terrestre é uma longa viagem por mares desconhecidos.
Onde, às vezes, o oceano está belo e calmo, porque seguimos saudáveis e bem dispostos; finanças em ordem; estabilidade no emprego; família em paz; sentimo-nos ajustados e felizes...
Mas que, de repente, sopram os ventos, levantam-se ondas que nos ameaçam.
É quando uma doença inspira cuidados; somos demitidos do emprego; explode a crise familiar; parte o ente querido...
Muitas vezes, experimentamos a dificuldade para lidar com essas situações.
Vai a coragem; chega o pessimismo; nasce o medo; falece a esperança...
Manifestando a perturbação, o desencanto, a revolta, a rebeldia...
Em casos extremos, há quem caia no álcool, nas drogas, no desatino, na depressão, e até o suicídio, essa falsa porta de fuga que apenas nos precipita em sofrimentos mil vezes maiores.
Daí perguntamos: “Por que nos comportamos assim?”
A resposta: “Falta de fé.”

A fé é a bússola, a segurança, o apoio para todas as situações.
Quem conquistou esta fé, nunca se perde nos balanços da vida, mesmo quando sopra o vento da infelicidade.
Porque a fé é uma conquista individual.
Geralmente nos enganamos a respeito da fé.
Porque julgamos possuí-la.
Mas, nosso comportamento sugere o contrário, principalmente nas dificuldades da vida.
Na primeira sacudida em nosso barco, corremos para Jesus e pedimos para que Ele nos socorra, para que Ele solucione nossos problemas, como fizeram os apóstolos.
Mas, a fé tem a função essencial de oferecer forças para solucionar problemas ao invés de afastá-los ou libertar o crente (pessoa que crê) dos testemunhos necessários para a nossa evolução.
Nós, dificilmente corremos para uma religião para buscarmos saber “por que sofremos”, “por que estamos aqui”, “o que Deus quer de nós”, etc.

Nós não queremos saber, porque quando obtermos as respostas, teremos que mudar nosso modo de pensar e agir.

E isto dá trabalho. É mais fácil pedir.

Richard Simonetti

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty Como os Espíritos nos Influenciam?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 18, 2019 6:51 pm

Primeiro, porque estão ao nosso lado e vêem tudo o que fazemos.
Não existe um segredo que possamos esconder deles – mesmo aqueles que escondemos de nós mesmos.
Além disso, existem os espíritos que conhecem também os actos que praticamos em outras vidas e dos quais, momentaneamente, não nos lembramos.
É muito mais fácil esconder algo de pessoas vivas do que dos Espíritos.
Os bons sempre irão procurar nos ajudar de alguma forma, por mais terríveis sejam nossos pensamentos e atos, por uma questão muito simples: eles não julgam e praticam o Bem sem impor condições.
Já os de natureza inferior vão reagir da forma que faziam quando estavam vivos.
Uns vão debochar e zombar de nossas dificuldades, manias, de nossas imperfeições e poderão, se o permitirmos, pregar peças e trazer muitas dificuldades.
Simples assim: os bons pensamentos, boas intenções, o esforço que fazemos por nos tornarmos melhores, atrairão para perto de nós os Espíritos Protetores, especialmente aqueles que são ligados a nós por afeição.
A contrário, quando nosso pensamento é negativo, prejudicial a nós ou a outras pessoas, os Espíritos que pensam de igual modo irão se aproximar de nós por afinidade.
Da mesma forma que possuímos amigos, pessoas que com as quais nos afinamos e cuja companhia nos é agradável, também formamos nosso grupo de Espíritos que nos acompanham por afinidade.
Sabemos que os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e actos e, muitas vezes, podem até nos comandar.
Quando a influência é dominadora, coercitiva, denomina-se obsessão, pois ela se torna prejudicial para sua vítima.
Um Bom Espírito jamais irá nos dominar, pois respeita nosso livre-arbítrio.
Apenas sugere e aconselha, procurando nos conduzir para o bem a fazer.
É muito difícil distinguir quando uma ideia é nossa ou nos é sugerida pelos Espíritos, já que eles agem sobre nós exatamente porque temos afinidade com eles, quer dizer, pensamos da mesma maneira.
Se pensamos igual, como saber se o pensamento é nosso ou não?
O que pode acontecer então se você ficar irritado?
Com a influência dos Espíritos que atrairá a irritação será potencializada, podendo aumentar muito a ponto de você perder o controle e praticar atos não esperados.
Passado o nervosismo e analisadas com mais calma as consequências do seu acto, como ter ofendido pessoas aos gritos, ter agredido alguém etc., você deverá se sentir arrependido do que fez.
Mas da mesma forma que um Espírito mal intencionado potencializa sentimentos ruins em nós (veja bem: o sentimento é nosso, apenas é aumentado), os Bons nos envolvem com ternura e amor, proporcionando bem estar indefinível, quando nos propomos a fazer o Bem.
Sim, o Bem também se propaga.
A sintonia com os Bons Espíritos e os mal intencionados irá sempre depender de nós.
No livro “Pensamento e Vida”, Emmanuel esclarece que sintonizamo-nos com todas as criaturas encarnadas e desencarnadas que pensam como pensamos.
Isso é possível porque o pensamento é uma onda electro-magnética que percorre o espaço a uma velocidade maior do que a da luz.
Portanto, a distância que os Espíritos e as pessoas vivas estão de você, não tem a menor importância.
Pensou, sintonizou instantaneamente.
Por isso, quanto maior o número de pessoas que estão juntas, pensando e fazendo a mesma coisa (boa ou não), maior é o poder de realização pois a força dos pensamentos se multiplica.
Pensamentos de intolerância e ódio, por exemplo, podem nos levar à prática de atos insanos, agressivos e até violentos.
A vigilância, que implica em prudência, atenção, cautela, é um recurso que devemos sempre ter como aliado.
O outro é a prece que nos ligará aos Bons Espíritos que vão nos ajudar, nos fortalecer nos momentos de tormenta.
A escolha sempre dependerá de nós.

Fernando Rossit

Fonte:
O Livro dos Espíritos – questões: 456 a 461

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 7 Empty “BILIÕES DE ESPÍRITOS DISPUTAM UMA VAGA POR UM CORPO FÍSICO”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 19, 2019 6:24 pm

Neste período de transição planetária em que vivemos, a Fila da Reencarnação está enorme.
Biliões de Espíritos disputam vaga por um corpo físico…
Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos.
O Espiritismo explica que estamos vivendo um período de transição.
Deixaremos de ser um mundo de Prova e Expiação para sermos um mundo de Regeneração.
Temos até casos ocorridos no nosso Grupo:
“Um Irmão desencarnado, depois de bater em muitas portas, não conseguindo êxito, manifestou-se pedindo desesperadamente ajuda, facto que tocou o coração de uma Irmã, presente nos Trabalhos, que se prontificou recebê-lo como Filho.
O facto tornou-se realidade, Ele Reencarnou na Casa dela e hoje está com mais ou menos 12 anos.
A fila para reencarnar está enorme.
Biliões de espíritos esperam pela oportunidade de um corpo físico.
A estimativa é de que haja em torno de 30 biliões de espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados.
Há espíritos que não reencarnam há séculos, e precisam apressar-se se quiserem permanecer no planeta.
Os que não se adequarem às novas directrizes serão deportados…
Os avós paternos e maternos do seu pai e os avós paternos e maternos da sua mãe, mais os pais do seu pai e os pais da sua mãe, mais seu pai e sua mãe.
Se os avós de seus pais (os seus bisavós) dependerem de você para nascer, são 8 espíritos disputando uma vaga e meia.
Viu como isso vai longe?
Um outro tipo de vida nos espera, com mais responsabilidades, com participação directa sobre os destinos daqueles que nos são caros e que ficaram para trás.
Ao longo de séculos e milénios, vamos formando afeições e vínculos de toda espécie com muitos espíritos.
Formamos grandes grupos, sobre os quais exercemos influência e pelos quais somos influenciados.
Uns progrediram mais, outros menos, alguns estacionaram há tempo.
Não conseguiremos usufruir de uma condição melhor sabendo que seres de quem gostamos estão afastados de nós por tempo indeterminado.
Também não deve ser agradável constatar que espíritos com quem não simpatizamos estão numa situação muito difícil graças, em parte, aos erros que cometemos em relação a eles no passado.
Que vamos demorar para reencarnar é praticamente certo.
Por mais que isso pareça apocalíptico, é hora de abandonarmos questões vãs, mágoas, recalques, ódio, sentimento de vingança, ambição desmedida, desejo exacerbado.
Tudo o que nos ligue à animalidade é sempre prejudicial, mas num período como o que vivemos não é só prejudicial, é decisivo.
Nosso maior esforço será em relação ao nosso próximo.
Todos nós conhecemos pessoas que não são exatamente elevadas mas pelas quais temos algum sentimento que fará com que nos responsabilizemos por elas.
Não temos mais tempo para brincadeiras.
Não podemos mais nos dar ao luxo de nutrir magoazinhas ridículas.
Se realmente levarmos alguns séculos para reencarnar novamente, encontraremos este planeta mudado.
Serão outros valores, outros padrões de pensamento e comportamento para com o próximo.

FONTE: https://www.facebook.com/GRUPOSOCORRISTA/posts/1234319756625361

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