LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty O QUE É SER ESPÍRITA PARA VOCÊ?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 26, 2020 7:30 pm

O Capítulo "O Homem de Bem" do O Evangelho Segundo o Espiritismo mostra quais são as Qualidades Essenciais para praticarmos a Doutrina no dia a dia.
Todos nós cometemos erros ao longo de nossas vidas dos quais não nos orgulhamos – como contar uma mentira social, por exemplo.
No entanto, provavelmente, você pode sentir um pouco de remorso por causa destas situações.
Tentamos ser melhores tanto no trabalho quanto na vida pessoal para evoluirmos Espiritualmente.
A Doutrina Em alcançaremos a Perfeição Espiritual, um dia.

Assim, se você quer continuar a desenvolver qualidades voltadas para o bem, aqui estão algumas maneiras de melhorar a si mesmo baseado no Evangelho Segundo o Espiritismo:
1Compreender e praticar o Espiritismo.
O Espiritismo deve ser compreendido como a aplicação as morais que o Cristo nos ensinou.
Para saber quais são, devemos viver os ensinamentos do mestre Jesus.
Um dos méritos da Doutrina dos Espíritos são os Esclarecimentos lúcidos acerca das informações contidas no Evangelho.
A ciência contida nos estudos de Allan Kardec faz com que nós saibamos o Evangelho, mas com base na Filosofia e na Ciência.
Precisamos Orar, Vigiar e ter olhos para ver e ouvidos de ouvir, como diria o Mestre Jesus.

2Ver além da matéria.
Para algumas pessoas, os laços materiais são mais fortes que os do espírito.
Alguns acreditam que sabem muitas coisas sobre os fenómenos do além-túmulo, mas não conhecem o que precisam realizar para melhorar a si mesmos.
Muitos ainda não tentam sequer ajudar o próximo, se o mesmo não compartilhar dos mesmos princípios que os seus.
Portanto, não reserve a sua simpatia apenas por aqueles que são iguais a você.
“Algumas pessoas reservam suas simpatias por aqueles que comungam de suas fraquezas e prevenções”, diz o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Então, devemos fazer o possível para transformar a nós mesmos e não recuar diante das dificuldades que aparecem.
Aperfeiçoar-se é lidar com todos de forma igualitária, sempre fazendo o possível para amar ao seu próximo como a si mesmo.

3 Conquistar o aperfeiçoamento moral.
Evoluir sempre é a Lei da Reencarnação.
Não existem fórmulas prontas para sermos melhores que ontem.
Porém, a reflexão sobre a moral que realizamos todos os dias nos levará a ter uma percepção mais clara do que somos em essência.

Quando estamos num estágio mais avançado de compreensão do Espiritismo, os princípios da Doutrina nos farão vibrar de emoção.
Seremos como um músico que não apenas ouve uma canção, mas sim, se emociona ao ouvir os acordes de uma música.
O Bom Espírita é reconhecido pelo seu esforço em evoluir.
Vemos o quanto ele batalha para vencer suas más inclinações.
Ele percebe o quanto os desafios que viveu serviram apenas para o fazer mais forte e sábio.
Ele vê ainda que nada foi castigo, tudo foi aprendizado.
Sabe que haverá um horizonte de céu límpido e tranquilo onde poderá repousar sua cabeça cansada, mas com a sensação do dever cumprido.

Não é à toa que o capítulo do qual nos referimos hoje está inserido na parte 17 da obra Sede Perfeitos.
Sem dúvida, façamos sempre o necessário para cuidar do nosso corpo e espírito, segundo as Instrucções Espirituais para alcançar a perfeição.

Entre elas:
“Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o:
esse é o meio de torná-lo dócil à vontade de Deus, e o único meio de voz conduzir a perfeição”.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Um coração de mãe perante a desencarnação dos filhos

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 27, 2020 7:35 pm

Se há circunstância bastante desafiadora para o coração de mãe é ter que sepultar o próprio filho.
Lorelei Go, mãe de três filhos, “perdeu” os 3 filhos para o câncer de fígado em um pequeno intervalo de 4 anos.
Rowden, o seu filho mais velho, foi diagnosticado com câncer de fígado em estágio 4 e desencarnou em 2014.
Apenas um ano mais tarde, Lorelei Go estaria enterrando o seu filho do meio, Hasset que sofria do mesmo câncer de fígado.
O filho mais novo, Hisham também foi diagnosticado com câncer de fígado e embora tenha se submetido a diversos tratamentos, incluindo uma criocirurgia experimental na China, pouco mais de dois anos após o falecimento de Hasset, Lorelei teve que sepultar o seu último filho de apenas 27 anos.
Conquanto Lorelei tenha experimentado um momento no qual questionou as leis de Deus, porém percebeu que aquele era um teste de fortalecimento das suas convicções.
Como uma pessoa de fé, ela decidiu pensar em seus filhos em condições mais agradáveis no além tumba, e preserva a esperança do momento no qual ela poderá se reencontrar com eles.
Isso, segundo ela, é o que a dá forças.
Quando falou com o GMA Public affairs, Lorelei disse que sabe que tudo isso faz parte dos planos de Deus para "testar e fortalecer a minha fé", como citado pela goodtimes.my.
Poucos são os que estão preparados para receber a notícia de que um filho tem um câncer voraz.
E muito menos para ver o filho perder a batalha para a doença.
Contudo, urge que pacifiquemos a consciência em vez de nos infelicitarmos quando for dos desígnios de Deus retirar do corpo um de nossos filhos deste planeta de prova e expiação.
Segundo interpretações apressadas, concebemos que muitas situações chamadas de infelicidade, cessam com a vida física e encontram a sua compensação na vida além-túmulo.
Emmanuel, com a nobre sensibilidade que lhe assinala o modo de ser, considera que “nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
E acentua, convincente:
“Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia. [1]
Em realidade, ante aqueles que demandam a Vida na Espiritualidade, o comportamento do espírita é algo diferente, ou pelo menos deve ser diferente, variando, contudo, de pessoa a pessoa, com prevalência, evidentemente, de factores ligados à fé e à emotividade.
Nesses instantes cruciais do sepultamento de um filhinho o espírita chora discreto, mas se fortalece na oração.
Na certeza da Imortalidade gloriosa, domina o pranto que desliza na fisionomia sofrida e busca na esperança uma das virtudes evangélicas, o bálsamo para a saudade justa.
O Espírita consciente nunca se entrega à desesperação.
Não fraqueja ante os convites da rebeldia, porque sabe que revolta é insubordinação ante a Magna Vontade do Criador, que o espírita aprende a compreender e acolher, paradoxal e inexplicavelmente jubiloso, por dentro, vergado conquanto ao peso das mais agudas agonias.

Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
[1] PARALVA, J. Martins. O pensamento de Emmanuel, RJ: Ed FEB, 1990

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty ESPÍRITOS MUITAS VEZES ESTÃO PRESENTES AO SEU PRÓPRIO ENTERRO...

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 28, 2020 8:11 pm

A história nos mostra que desde quando desenvolvemos os primórdios de nossa consciência, ainda como primitivos homens em cavernas, passamos a temer, respeitar e honrar os nossos mortos.
Muitos eram os costumes em diferentes povos:
alguns colocavam roupas, armas, comida, flores, dinheiro... na tentativa de facilitar a vida do desencarnante no mundo espiritual.
O hábito de enterrar os mortos veio como uma política de saúde e higiene, após o homem declinar de seus hábitos nomandes e fixar-se em vilas e cidades.
Allan Kardec, perfeitamente ciente da importância que damos aos que partem desta vida carnal, perguntou aos espíritos, nas questões 320 a 329 de O Livro dos Espíritos, sobre este processo e como é verificado do âmbito espiritual.
Através da leitura deste texto iremos perceber que os espíritos muitas vezes estão presentes ao seu enterro e que outras tantas aguardam ansiosamente o dia de finados para que as lembranças de seus parentes voltem a eles; e que, muito embora não seja necessário, frequentemente nesta data visitam o cemitério a espera de seus parentes queridos, para revê-los e senti-los próximos a si.
Vemos também que, embora a visita ao túmulo, possa agradar aos espíritos, o mais importante que podemos fazer é lembrar de nossos "mortos" diariamente em nossas orações e pensamentos.
Assim não teremos que esperar um ano para "lembrar" daqueles que amamos.
É importante salientar que, apenas para os espíritos ainda mais apegados à matéria, será importante a pompa e os detalhes materiais de seus funeral, túmulo e paramentos; para aqueles que sejam mais desapegados da matéria o que realmente importa será os sentimentos que os que ficam na carne enviem par ele, sob a forma de lembranças sadias e orações de amor e paz.
Outro ponto interessante é o hábito que muitos temos de acender velas em memória de nossos espíritos queridos; a chama, ou o calor, destas velas nada vale para o espírito, que não se beneficia da vela em si, mas do calor espiritual que vem da lembrança e do amor gerado quando se faz uma oração junto àquela vela.
A vela simplesmente nada auxilia o que já desencarnou; nossas lembranças e amor é que tem este poder.
A Doutrina Espírita nos esclarece, através dos próprios espíritos, que a vida não termina no túmulo e que, no mais das vezes, estes que julgamos afastados de nós se encontram mais próximos que imaginamos.
Assim devemos ter a compreensão que não somente no dia de finados eles precisam de nosso apoio, lembranças e orações; espíritos há que se encontram em muita solidão e tristeza porque não tem a lembrança de seus entes queridos.
Façamos regularmente orações pelos que se foram antes de nós para a pátria espiritual, como forma de mantê-los vivos em nossos corações e fazer carinho àqueles que não vemos mais.
Os hábitos e crenças das diversas religiões no globo devem ser respeitados e aceites como válidos para todos que professam àquela crença; Nós, os espíritas, embora respeitemos e aceitemos as crenças de esquecimento ou práticas exteriores, tão comuns neste dia, compreendemos que o verdadeiro respeito e a verdadeira lembrança são as que residem e nossas mentes e corações.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty REENCARNAÇÃO: ELA SE COMPLETA DE FACTO AOS SETE ANOS.

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 29, 2020 8:00 pm

A Reencarnação segundo a etimologia da palavra significa o ingresso repetido num involucro físico ou carnal.
Então, pode-se dizer que Reencarnação é o retorno da alma ou espírito à vida corpórea, num novo corpo físico.
Em cada existência temos a oportunidade de ter novas experiências e de progredir com o objectivo de alcançar a perfeição, sendo assim, cada encarnação é um recomeço, uma nova oportunidade de Reeducação Espiritual.
A Reencarnação não é uma criação do Espiritismo.
É um conhecimento milenar, vinda do oriente e de outras partes do mundo, alguns séculos antes de Jesus Cristo.
Quando o Espiritismo trouxe novamente a ideia da reencarnação como um princípio, a reencarnação ganhou espaço dentro da ciência, e hoje temos diversas pesquisas extraordinárias desenvolvidas oficialmente dentro de universidades, por cientistas, anatomistas, sobre o tema, legitimadas com a descoberta científica do campo de vida, que é o responsável pela construção, organização de todo corpo físico.
Este campo de vida também é conhecido com o nome de Períspirito, que faz a ligação do Espírito ao corpo, e que acontece em regra geral na hora da fecundação.
Mas o Espírito também pode começar a se ligar antes, durante ou depois da fecundação.
Este é o motivo pelo qual o Espiritismo é contra o aborto, pois a partir da ligação do espírito ao corpo, materializa-se o processo de reencarne.
Abortar não é somente um crime perante a lei dos homens e de Deus, mas também negar a oportunidade da reencarnação e, portanto da evolução, pois o espírito perderá a chance de uma nova existência corporal, tendo que esperar para recomeçá-la em outra oportunidade.
A forma do corpo é determinada pela característica hereditária do material genético dos progenitores e seus antepassados, mas a construcção e a organização do corpo físico são executadas pelo Períspirito, que segue a ordem Reencarnatória, num automatismo da natureza.
É neste processo de construção do corpo que pode se formar alguma deficiência física, caso exista alguma desarmonia em determinada região do Períspirito, causada pelo impacto traumático construído durante a encarnação anterior.
Assim sendo, agressões feitas a si mesmo como suicídio, acidentes, excessos de toda ordem, utilizações de drogas, entre outros, marcam o corpo físico com defeitos e doenças que deverão ser superados ao longo da encarnação.
A reencarnação e o inicio na vivencia corporal é composta por varias fases.
André Luiz, no livro, “Missionários da Luz”, nos esclarece que: a reencarnação inicia-se na fecundação e se completa por volta dos sete anos de idade, já que é um processo e, portanto, não possui um ponto limite, uma fronteira a não ser seu início e seu fim.
A prova disso é que a memoria extra cerebral, a maior lembrança de criança é até os 7 anos de idade.

Anete Guimarães medica e espírita, comenta em sua palestra sobre reencarnação, algumas fases de desenvolvimento do espírito e da criança, conforme abaixo:
a) Inicia-se no mundo espiritual a preparação do espírito que irá encarnar;

b) Após a Fecundação, gravidez e do nascimento teremos o abaixo:

c) De 0 a 6 meses de vida, o espírito fundamenta o seu “eu” e forma a base da sua personalidade.
Neste período ele passa a maior parte do tempo dormindo, pois está se adaptando a sua nova encarnação.
Esta fase é fundamental para o seu equilíbrio e se houver algum problema como:
violência física, verbal ou rejeição, poderá surgir no futuro transtornos psicológicos de alta gravidade, pois ainda tem a consciência de sua vida adulta anterior e que irá influenciar muito no comportamento emocional do adulto.

d) Entre 6 meses e 4 anos de vida, o espírito já começa a ter a consciência de sua nova vida actual, desenvolve o reconhecimento das pessoas que vivem ao seu redor.
É comum a lembrança de suas experiências passadas e por isso às vezes são vistos como génios.
Eles têm intensa actividade cerebral e multiplicação de neurónios.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 29, 2020 8:01 pm

e) De 4 a 7 anos de idade, começam a estabelecer as hierarquias, o julgamento de valores, as preferências afetivas, a sua personalidade.
Por isso é uma fase perfeita para sua educação moral e espiritual.

f) Aos 7 anos o sistema orgânico (corpo) já está totalmente ligado ao espírito.
Nesta fase se houver algum problema psicológico, emocional ou violência física, é considerado de baixa gravidade, pois a personalidade da criança em termos estruturais já estará formada.
Havendo desencarne durante a fase infantil, é importante compreender que a reencarnação e a Justiça Divina estão ligadas a este acontecimento.
Não há nenhuma injustiça por se tratar de uma criança.

Dependendo da fase em que ocorre o desencarne, o espírito ao se desligar, vai ao mundo espiritual como adulto ou como criança, conforme abaixo:
a) Ocorrendo o desencarne na fase de 0 a 4 anos o espírito retorna como adulto, levando consigo a consciência do encarne anterior, pois não perdeu totalmente a sua lucidez.

b) Se ocorre após os 4 anos, o espírito retorna ao mundo espiritual como criança e completa as fases do seu desenvolvimento no mundo espiritual até retornar a fase da consciência adulta, podendo então prosseguir em sua caminhada rumo a evolução.

Por isso é um equivoco nos preocupamos mais em como falar com uma criança a partir dos 4 anos, quando na verdade deveríamos nos preocupar com ela desde a noticia da gravidez, pois até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para nova existência.
Nessa etapa ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica.
Suas recordações da existência anterior são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer um novo caminho nesta reencarnação.
Para concluir este assunto não podemos deixar de falar da justiça divina perante a reencarnação.
Segundo Kardec no livro dos espíritos item 171, todos os Espíritos estão destinados à perfeição, e Deus lhes fornece os meios de alcançá-la pelas provações da vida corporal.
Mas, na sua justiça, lhes permite cumprir, em novas existências, o que não puderam fazer, ou acabar, numa existência anterior.

Pensemos!
Não estaria de acordo com a igualdade entre todos os seus filhos, nem com a justiça, nem com a bondade de Deus, condenar para sempre os que encontraram no próprio meio em que viveram, obstáculos ao seu melhoramento, independentemente de sua vontade.
Se a sorte do homem estivesse irrevogavelmente fixada após a morte, Deus não teria pesado as acções de todos, numa única e mesma balança e não agiria com imparcialidade.
A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem diversas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens que se acham numa condição moral inferior; a única que pode nos explicar o futuro e estabelecer esperança de um futuro melhor, porque nos oferece o meio de resgatar nossos erros por novas experiências educativas.
O homem que tem consciência de sua inferioridade encontra na doutrina da reencarnação uma esperança consoladora.
Se acredita na justiça de Deus, não pode esperar achar-se, perante a eternidade, em pé de igualdade, com aqueles que agiram melhor do que ele.
Contudo, o pensamento de que essa inferioridade não o exclui para sempre do bem supremo que conquistará mediante novos esforços o sustenta e lhe reanima a coragem.
Quem é que, no término de sua caminhada, não lamenta ter adquirido muito tarde uma experiência que não pode mais aproveitar?
Porém, essa experiência tardia não está perdida; tirará proveito dela numa nova vida.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty MÉDIUNS EM SUA MAIORIA, SÃO ESPÍRITOS EXTREMAMENTE ENDIVIDADOS PERANTE ÀS LEIS ETERNAS…

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 30, 2020 7:43 pm

“Em sua generalidade, não são Missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das Leis Divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso.”
Assim, todo Médium deve resguardar-se na Humildade, na Modéstia, convicto de que é uma Alma em Processo de Redenção e Aperfeiçoamento, pelo Trabalho e o Estudo.
A seriedade de uma Reunião, entretanto, não é sempre suficiente para haver comunicações elevadas.
É indispensável a harmonização dos sentimentos e o amor para atrair os bons Espíritos.
Por isso os componentes da Reunião devem esforçar-se por manter os requisitos mínimos, instruindo-se e elevando-se moralmente.
Os Médiuns deverão manter disciplina interior, equilibrando suas emoções, seus pensamentos, palavras e actos para se tornarem maleáveis às instruções dos Espíritos superiores.
A Faculdade Mediúnica não os isenta das responsabilidades morais imprescindíveis à própria renovação e esclarecimento, o que irá facilitar a sintonia com os mentores da reunião e melhores condições de exercerem a enfermagem libertadora aos Espíritos trazidos para tratamento.
O Dirigente deverá possuir os requisitos mínimos para liderar o grupo mediúnico que são: amor, boa vontade, estudo e atitudes corretas.
Segundo André Luiz [Nos Domínios da Mediunidade], o dirigente deverá ter:
“Devoção à Fraternidade, Correcção no Cumprimento dos Deveres, Fé Ardorosa, Compreensão, Boa Vontade, Equilíbrio, Prudência e Muito Amor no coração.”
Os Doutrinadores devem, igualmente, Evangelizar-se Estudando a Doutrina e capacitando-se para entender e elaborar nos diversos misteres do Serviço de Esclarecimento e Tratamento Espiritual.
Na mesma linha de deveres dos Médiuns, não poderão descurar do problema psíquico da sintonia, a fim de estabelecerem contacto com o Dirigente do Plano Espiritual que supervisiona os empreendimentos de tal natureza.
O Doutrinador exerce a posição de elemento-terra, o mediador consciente da Espiritualidade, que deverá analisar os problemas e as ideias de modo equilibrado e inteiramente lúcido, revestindo-as com as luzes do Evangelho de Jesus e em coerência com os ensinamentos codificados por Allan Kardec.
Não poderemos deixar de analisar a influência dos Espíritos que são trazidos em tratamento às reuniões mediúnicas.
Invariavelmente, aqueles que sabem perseverar, sem adiarem o trabalho de edificação interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados nas sementeira da esperança e da felicidade na Terra – programa sublime presidido por Jesus, das altas esferas.
Nas Reuniões sérias, os seus membros não podem compactuar com a negligência aos deveres estabelecidos em prol da ordem geral e da harmonia, para que a infiltração dos Espíritos infelizes não as transformem em celeiros de balbúrdia, de desordem e perturbação.
Para que uma Reunião Espírita possa interessar aos Instrutores Espirituais, não poderá abstrair do elevado padrão moral de que se devem revestir todos os participantes, … principalmente o Médium onde a exteriorização dos seus fluidos, isto é, a vibração do seu próprio Espírito, que é resultante dos actos morais praticados, o distingue das diversas criaturas, oferecendo material específico aos instrutores espirituais para as múltiplas operações que se realizam nos abençoados núcleos espiritistas sérios, que têm em vista o santificante programa de Desobsessão Espiritual.

Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty O Pecado da Permanência

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 01, 2020 7:40 pm

Por Jane Maiolo

Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores.
Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. [1]
A palavra pecado no hebraico e no grego comum significa “errar”, no sentido de não atingir um alvo, ideal ou padrão.
Na acepção bíblica denota qualquer acto, sentimento ou pensamento que viola a Lei de Deus , ou seja , pecar é “falhar” ou transgredir os Códigos dos estatutos divinos.
Bem provável que nós seres espirituais em constante aprendizado na matéria densa já experienciamos inúmeras situações onde a “falha” era nossa marca registada.
A transgressão à lei de amor tem nos feito cativos, recalcitrantes e vagarosos.
O Espiritismo surge em nossa existência como farol a iluminar os caminhos que percorremos.
É bem verdade que antes do conhecimento do Espiritismo não era tão consciente e nítida nossa condição de espíritos imortais e responsáveis pelos atos perante a eternidade.
Beneficiados pela Terceira Revelação somos compelidos a adoptar novos rumos de entendimento, sempre atentos à afirmativa do apóstolo Tiago:
“Portanto, se alguém sabe fazer o que é certo e ainda assim não o faz, está pecando.” [2]
É bem verdade que por decorrência dessas inobservâncias e “falhas” acumulamos débitos, muitas vezes impagáveis, contudo por misericórdia divina realinharemo-nos com as propostas de evolução que nenhum de nós conseguiremos fugir.
Pelas nossas transgressões à lei divina, intoxicamo-nos de ideias mal-sãs, comportamentos duvidosos e geramos frutos do dissabor.
Adoecemos, pois o corpo mental não suporta a vibração e sintonia constante do mal.
Somos seres completos e complexos.
Entre o espírito e o corpo físico existe o corpo psicossomático (períspirito) dotado de um campo magnético definido por André Luiz como túnica eletromagnética.
Tal Benfeitor revelou a singularidade da vida no mundo espiritual, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Esse corpo subtil, quintessenciado é capaz de captar as ondas do pensamento, agregá-las, irradiá-las e emanar os fluidos pertencentes à sua identidade espiritual.
Esclarece o autor de “Nosso Lar” que “todos os seres vivos (…) dos mais rudimentares aos mais complexos se revestem de um halo energético que lhes corresponde à natureza(…)
Nas reentrâncias e ligações subtis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda.” [3]
A mente, essa incógnita para a ciência humana, verdadeiramente deve ser conhecida, explorada, apreendida e meditada.
As “falhas” que temos cometido por imaturidade, insensatez, invigilância, ignorância ou simplesmente por maldade tendem a conspurcar essa túnica eletromagnética que Jesus afirmou ser o traje nupcial necessário para permanecer na esferas mais elevadas do mundo espiritual.
As anomalias psíquicas estão cada vez mais frequentes e passamos achar que é normal aquilo que antanho conceituamos anormal.
Agredimos o semelhante, dissimulamos situações, corrompemos os sentimentos, caluniamos contra o próximo e tantas outras insanidades perpetramos ao longo do tempo.
Portanto, cometemos “pecados”.
O homem do século XXI enfermou moralmente.
“Falhou”. Transgrediu. “Pecou”.
Não que dantes estivesse incólume ao “pecado”, mais porque a ignorância, de certa forma atenuava, suas responsabilidades.
Evoluímos. Sentimos. Expressamos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 01, 2020 7:41 pm

O corpo doente é o reflexo do estado mórbido do ser espiritual.
As doenças psicossomáticas nascem da obstinação da ira, do rancor, do ressentimento, da mágoa, do orgulho, da presunção, dentre tantos outros vícios morais que impregnamos na intimidade.
O padrão mental que adoptamos é capaz de alterar nossas estruturas mais íntimas a ponto de perturbar as células físicas e culminar em doenças instaladas no corpo físico pelo desequilíbrio psicoemocional e energético.
O adoecer psíquico é o mais grave problema do ser imortal, visto que macula sua identidade espiritual conduzindo-o pelos caminhos da culpa, levando-o a experienciar angústias, medos, inseguranças, que nada mais são que consequências correspondentes às “falhas morais” ante os ditames dos códigos do BEM.
Importante lembrar que ao estagiar nessas estações de aprendizagem o espírito pode adoptar, se assim o desejar, uma nova postura mental e compreender que haverá enormes esforços a serem empregados para realinhar-se ao que é bom, saudável e divino.
Pois se a mente em desequilíbrio é capaz de fazer-nos adoecer, é preciso aceitar racionalmente que a mente sã é capaz de gerar saúde em nós.
É como diz o adágio:
Mens sana in corpore sano (“uma mente sã num corpo são”) é uma célebre frase latina, proveniente da obra Sátira X do poeta romano Juvenal.
Ensinariam os nobres amigos da erraticidade:
“A espiritualidade vem demonstrando a relação da mente com o sistema imunológico afirmando que ideias enobrecedoras levam a fixações positivas, com a formação de substâncias defensivas vindas do pensamento, com o aumento da imunoglobulinas” [4] que são as defesas do soro sanguíneo.
A Doutrina Espírita vem lançar luzes sobre esses pontos nevrálgicos e nos ensina a buscar horizontes e fixar de maneira educativa nossa mente em paisagens mais esperançosas.
É possível nos transformar.
Busquemo-nos a renovação mental através da lei de justiça ,amor e caridade e viveremos saudáveis invariavelmente identificados com as leis de Deus.

Referências bibliográficas:
[1]Tiago 2:9
[2]Tiago 4:17
[3] XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em dois mundos- cap.17- primeira parte- ditado pelo espírito André Luiz – Brasília /DF: Ed FEB.
[4] Franco, Divaldo Pereira; Outros; Albuquerque, Alcione; Paulo, Jaider Rodrigues de – Livro: Das Patologias aos Transtornos Espirituais- AMEMG- pág, 78.1ª edição .BH. editora INEDE, 2006.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty SER VERDADEIRAMENTE ESPÍRITA...

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 02, 2020 7:32 pm

Há quem diga que ser Espírita é muito difícil, que é só para quem já é santo.
Allan Kardec, no entanto, vai dizer que o espírita é reconhecido pelo esforço que faz pela sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.
Fazer esforço é bem diferente de ser santo.
Ainda nos falta um longo caminho.
Alguns companheiros dizem que estão tentando ser espírita.
Estes estão em dúvida e temem assumir a responsabilidade de afirmar: sou espírita.
Nosso desafio, porém, é buscar ser hoje, melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.
Na natureza nada dá saltos.
Todos nós que estamos hoje ligados à doutrina espírita, já estivemos no catolicismo, no protestantismo, no budismo entre outras religiões.
Mesmo nessa encarnação foram poucos que nascemos num lar espírita.
Viemos de outros caminhos religiosos, mas ao encontrar o Espiritismo descobrimos o Consolador prometido por Jesus, que veio ensinar todas as coisas e fazer compreender o que o Cristo havia dito por parábolas.
Neste porto seguro, encontramos a fé racciocinada, a crença da imortalidade da alma, a certeza da reencarnação e a da comunicabilidade com os espíritos.
Que bom que podemos dizer que somos espíritas, que estamos buscando vencer nossas más inclinações.
É o auto-conhecimento e a auto-transformação que nos tornam homens e mulheres melhores.
Essa postura vai reflectir na família, onde cada um testemunhará a luz interior, a sua transformação moral, pelo comportamento equilibrado e amoroso.
No trabalho, sendo um exemplo de bom funcionário ou de bom patrão.
Na sociedade, sendo um bom cristão, alguém que é lembrado pelo amor ao próximo e suas atitudes correctas.
Portanto, somos espíritas 24 horas por dia.
Não dá para vestir a capa de humildade, de fraternidade somente quando estamos no Centro Espírita.
“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.”
O Espírito de Verdade nos convida a demonstrarmos quem somos, pelas atitudes de amor, de fraternidade e caridade.
Olhar o outro como um irmão que devemos aprender a amar, apesar dos defeitos e imperfeições, que só pela prática das virtudes e da busca constante da iluminação através do estudo, que iremos nos libertar desse homem velho que ainda trazemos dentro de nós.
O desafio não é vencer o outro, ser melhor, mais poderoso, é nos conhecermos, domarmos nossas imperfeições e “só por hoje” nos aproximarmos de nosso modelo e guia, que é Jesus.
Para aqueles que acham que essa postura é difícil, é porque ainda não compreenderam que somente escolhendo a porta estreita, se libertarão das imperfeições.
É esse o caminho para a plenitude e a paz íntima.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty QUANDO DESENCARNARMOS QUE SERÁ DE NÓS?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 03, 2020 8:20 pm

Imaginem que nós todos perdemos o corpo físico ontem…
Mas não perdemos o nosso sentido de viver, porque somos eternos.
Então o nosso instinto funcionaria procurando a companhia de outras pessoas…
Estaríamos aqui à procura de fazer alguma coisa, a sermos aproveitados nisto ou naquilo…
Não temos méritos para subir aos Céus, mas também nos acreditamos filhos de Deus e não seríamos enviados a regiões inferiores…
Não deixaríamos de ser nós mesmos; cada qual com aquilo que fez, com as imperfeições que cada um de nós, especialmente eu, trazemos de vidas passadas…
Todos estaríamos ajustando os nossos pensamentos para saber aqui quem é que poderia ensinar, encaminhar, maternar crianças abandonadas…
Procuraríamos, enfim, um meio de trabalhar e de servir.
Muito se fala no meio espiritualista sobre a importância de se manter o padrão vibratório elevado, a fim de evitarmos diversos problemas de ordem física, emocional e especialmente espiritual.
Os estudiosos do espiritismo sabem que um padrão elevado de pensamento é a maior defesa que temos contra as investidas dos irmãozinhos desencarnados que ainda se encontram nas trevas.
Uma pessoa obsediada, por exemplo, pode passar por diversos trabalhos de desobsessão, mas se ela não mudar sua faixa vibratória irmãos serão encaminhados (doutrinados) mas outros tantos virão e assim sucessivamente.

Mas o que fazer para manter o padrão vibratório elevado?
Não existe uma receita de bolo e, para nós encarnados, é quase impossível nos mantermos assim o tempo todo... mas quero compartilhar com vocês algumas dicas que recebemos em aula de desenvolvimento mediúnico ministrada no Templo do qual faço parte.
São dicas simples e que, se exercitadas diariamente, podem fazer uma grande diferença em nossa vida.

1. Tenha Fé, especialmente nos guias espirituais.
Se você frequenta ou faz parte de algum centro, acredite no que lhe é passado.
A dúvida é porta aberta para influências negativas em nosso pensamento; enquanto a fé é um cadeado a prova de invasão.

2. Ore e Vigie.
Este é um dos conselhos de nosso mestre Jesus.
Orar é reconhecidamente uma das melhores formas de se manter a conexão com o alto.
Vigiar pensamentos, ações, palavras, sentimentos.
Percebeu que está vulnerável, irritado, atordoado? ORE.
"Vigiem e orem para que não caiam em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:41 )

3. Realize a sua reforma íntima a sério.
Uma mente viciada e enferma cria sintonia com energias e fluidos densos.
A reforma íntima se consegue através de posturas íntimas corretas, da manutenção de emoções sadias e do optimismo.
Medite sobre suas más tendências e vá tentando aos poucos modificá-las.
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações. (Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4)

4. Pratique a caridade com desprendimento.
Auxilie a todos sem esperar nada em troca.
Faça a caridade com amor, sem interesse.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 03, 2020 8:22 pm

Se você faz parte de uma corrente mediúnica, se dedique, se entregue, confiando sempre.
Meus filhos, na máxima:
Fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no céu.
Sobre a Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor. (Evangelho Segundo o Espiritismo)

5. Se empenhe no trabalho.
Existe um ditado popular que diz:
"Mente parada, oficina do demo"
O trabalho é uma ótima terapia, além de ser mais uma das formas que Deus nos oferece de praticarmos a caridade.

6. Faça o Evangelho no Lar.
O culto do Evangelho no Lar cria uma egrégora de luz que irá proteger você e seus familiares.
É um momento de reunião com a espiritualidade superior.
Saiba mais acessando nosso artigo Culto do Evangelho no Lar.

7. Cuidado no uso de computador e celular.
Não abuse do tempo que você passa conectado.
Já se sabe que a viciação em internet é uma das formas mais atuais e eficientes de obsessão.
Saiba mais em nossa resenha do livro A Marca da Besta.

8. Não faça fofocas.
Não faça e nem escute fofocas.
Não existe nada de útil nisso.
Trata-se de pura maledicência e conversas não edificantes só atraem energias ruins.

9. Realize a leitura-terapia. Leia bons livros.
Obras que tragam conhecimentos elevados.
Você já reparou como a leitura de um bom livro espírita, por exemplo, nos traz inigualável sensação de paz?
Esta dica é válida também para filmes e músicas.

10. Pare de reclamar.
E também evite as pessoas que só reclamam da vida.
Queixumes não trazem soluções e também atrai energias nocivas, dentre elas as formas-pensamento conhecidas como miasmas, cascões e larvas astrais.
Saiba mais no livro Além da Matéria.

11. Acredite em você e nas suas intuições.
Escute sua voz interior, seu Anjo de Guarda, seus Guias.
Você pode estar se perguntando como saber se a intuição é de um espírito elevado ou não.
Uma amiga sempre me diz que se uma ideia traz paz, ela é boa.
Se não traz, deve ser evitada.

12. Deixe de ser melindroso.
O melindre trabalha a serviço do orgulho. Evite-o.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 03, 2020 8:22 pm

13. Não seja raivoso.
A raiva também trabalha a serviço do orgulho e da vaidade e faz com que o padrão vibratório despenque.
Saiba mais em nosso artigo Bem aventurados os mansos e pacíficos - uma reflexão sobre o orgulho e a cólera.

14. Seja gentil, amável e misericordioso.
Ame. Trate bem seus irmãos.
É o que Deus espera de nós.
Foi assim que Jesus nos ensinou.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes. (Marcos 12:30-31)

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty O Estupro na Visão Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 04, 2020 7:44 pm

Diversos temas são considerados intrigantes, porque despertam o exercício do raciocínio lógico-sistemático aplicado à temática espírita.
Estupro é, em realidade, uma destas temáticas, em que os institutos jurídicos e as questões sociais de nosso tempo merecem um estudo comparativo com a filosofia espírita.
Considerado como um crime de conteúdo “bárbaro”, o estupro pertence ao grupo de delitos contra os costumes contra a liberdade do indivíduo (liberdade sexual ), que atentam contra a integridade física e a saúde da mulher.
A conduta típica, prevista no artigo 213 do Código Penal Brasileiro , consiste no ato voluntário do homem em constranger mulher, contra sua vontade, à conjunção carnal , mediante violência (física ou moral) ou grave ameaça (efeito de produzir medo na vítima, para que esta ceda ao desejo do primeiro).
Há, ainda, no tocante à definição teórica e à interpretação da Justiça brasileira, um agravante, resultando na consideração do estupro como crime hediondo , caso o resultado da ação delituosa seja a morte ou a lesão corporal grave da vítima.
Tanto o estupro (conjunção carnal) quanto o atentado violento ao pudor (outras ações delitivas relacionadas são considerados actos contrários à liberdade sexual, e a previsão jurídico-legal está relacionada à tutela das liberdades pessoais contra acções que visem constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência , a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda .
Historicamente, o estupro era tratado com rigor pelos povos antigos, apenando com a morte caso algum indivíduo violasse mulher desposada (prometida em núpcias), ou, em caso de virgem, a pena era pecuniária e de casamento, cumuladamente.
No Egipto, o ofensor era mutilado.
Na Grécia, inicialmente, apenas de cunho financeiro, acrescendo-lhe, depois, igualmente, a pena capital, no que eram repetidos pelos romanos, considerado que era como crime vil.
Assim também procediam os julgamentos germânico, canónico, espanhol, e inglês (neste último, depois, substituído pela castração e vazamento dos olhos – cegueira provocada).
Actualmente, todos os povos civilizados possuem, em seus ordenamentos, referências explícitas e severas ao tipo criminal do estupro.
Nosso ordenamento jurídico brasileiro afasta completamente a digressão acerca da posição social ou das virtudes morais da vítima, independentemente de ser prostituta, deflorada ou virgem.
Uma meretriz não tem mais ou menos direito de dispor livremente de seu corpo e de definir, por opção pessoal, com quem deseja envolver-se sexualmente.
Conceitualmente, entretanto, especialistas encontram uma pequena distinção entre o crime que tem como vítima uma prostituta (que teria violada, apenas, a sua liberdade sexual) e qualquer outra mulher (que, além daquela violação, também veria atingida sua honra).
Na aplicação da pena, contudo, nenhuma diferença se estabelece, na prática.
Qualquer movimento em defesa dos direitos e garantias fundamentais e, mais especificamente, na direcção da protecção à mulher é uma oportuna chamada de atenção às autoridades públicas e à colectividade no sentido da exigência de ações públicas permanentes de contenção à violência.
A partir da noção constitucional da igualdade, a protecção jurídica consagra o princípio da não-discriminação em função do sexo, bem como o entendimento de que a violência contra as mulheres é uma violação aos direitos humanos.

Feitos tais comentários, vejamos a inter-relação da temática com a filosofia espírita.
Inicialmente, busquemos situar o Espírito na Terra. Conceitos fundamentais da Doutrina Espírita, apontam:
1) Imortalidade – continuidade da vida, em termos espirituais;
2) Localização – a Terra é um plano de provas e expiações, o segundo nível na gradação dos Mundos Habitados;
3) Encarnação – oportunidade de aprendizado, enquadrando provas (testes para adiantamento espiritual) e expiações (resgates de erros pretéritos);
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 04, 2020 7:44 pm

4) Afinidade – lei que preside as relações humano-espirituais, sobretudo em termos psíquicos;
5) Livre-arbítrio – liberdade de agir, permitindo, neste aspecto, o cometimento de atos contrários às leis (divinas e/ou humanas);
6) Violência – agressão física ou moral contra direitos ou liberdades de outrem;
7) Planeamento Encarnatório – conjunto de elementos componentes do plano existencial do Espírito, definido antes da encarnação (nascimento) e sujeito à dinâmica de acções e reacções, permitindo alterações (para melhor ou para pior), sendo relativo e não absoluto; e,
8) Mecanismo da Justiça Divina – perfeito, imutável e universal, tratando cada um “segundo suas obras”.

Em um nosso recente trabalho, intitulado “O direito em O livro dos espíritos”, afirmamos que a liberdade é o traço caracterizador da existência espiritual, razão pela qual “[...] a Lei Divina preza pela independência individual e pelo direito de dispor sobre si mesmo, e fazer (ou não fazer) aquilo que seus desejos e aspirações indicarem”.
Não é possível abdicar de tal “direito”, nem desprezar sua absoluta protecção.
O estupro, como ato atentatório à liberdade sexual das mulheres representa um dos actos mais abjectos, mais censuráveis e condenáveis – do ponto de vista ético-jurídico – porque a acção delituosa invade o “santuário” de sua individualidade físico-psicológica, bem como desrespeita e avilta o sexo, enquanto canal genésico-psíquico de intercâmbio de energias criadoras e equilibradoras do ser.
Constranger a vítima – por violência ou ameaça – a manter relações sexuais com o agressor, em qualquer circunstância, importa, com a consequência do acto, em impingir-lhe uma nódoa que carregará na memória (actual e futura) por muito tempo, maculando sua existência.
Reportagens e documentários que enquadram depoimentos de mulheres estupradas ou relatórios clínicos assinados por profissionais de saúde que as atenderam (física ou psicologicamente) demonstram a gravidade da lesão perpetrada pelo agressor, consistindo, muitas vezes, na dificuldade ou impossibilidade de praticar o sexo e ter prazer com o acto sexual, com alguns casos de completa aversão à proximidade física com qualquer outro homem.
Encarando o sexo como o veículo de manifestação dos nobres sentimentos do amor, em nenhuma hipótese podemos cogitar acerca da relação sexual forçada, podendo isto importar na desconsideração completa de elementos como o desejo, a vontade e a afinidade biopsíquica.
E, considerando o prazer como uma busca e um caminho para a felicidade, todos precisamos ver assegurada a liberdade de pensamento e ação que fundamentam nossas escolhas, na vida.
Finalmente, é imperioso analisar o estupro sob o prisma da encarnação e do planeamento encarnatório.
Se é patente que as ligações espirituais se formam no campo das vibrações (emanações energéticas ou psíquicas), existem vínculos espirituais entre criaturas, seja no vórtice positivo (amor, bem-querência e fraternidade), seja no negativo (ódio, antipatia e aversão), os quais atravessam existências e nos mantém ligados a diversas outras criaturas.
Isto pode levar à aproximação ou ao distanciamento entre nós e os outros e, em função do livre-arbítrio, do atraso espiritual e da manifestação dos instintos primitivos, determinado Espírito investido na formologia masculina poderá investir contra outro de tipologia feminina, obrigando-o, pelas circunstâncias, à prática forçada do envolvimento sexual.
Contudo, em nenhum momento podemos falar de “preparação” ou “predisposição” espiritual para a prática de crimes de qualquer natureza, entre os quais está o estupro.
Que sabedoria divina seria esta que permitisse o pagamento do “mal pelo mal”, isto é, o resgate ou a experimentação (em termos de oportunidade) pelo crime? Isto me parece a tradução (contemporânea) da Lei de Talião (“olho por olho, dente por dente”), um mecanismo precário e superado de julgamento e condenação de delinquentes que denotaria a profunda injustiça de conceber a dinâmica do sofrimento “na mesma moeda” para impor a compensação do mal porventura praticado ou para ensinar (reeducar) o infrator.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 04, 2020 7:45 pm

Quão cruel seria este sistema se obrigasse o estuprador a vir como mulher e ser estuprado por sua anterior vítima, ou por terceiro, apenas como “paga” por erros cometidos, sem consideração do quantum de compensação que as atitudes construtivas e reequilibradas do Espírito poderá representar, em cada caso.
Isto, é claro, considerando a célebre assertiva de Pedro, de que “o amor cobre uma multidão de pecados”.
Admitir que quem aborte tenha de ser abortado; que aquele que seja homicida volte para ser morto; que quem seja responsável por um acidente de trânsito, retorne para ser vítima de um outro acidente, é duvidar da absoluta misericórdia de Deus que não trata assim seus filhos, nem concebeu um mecanismo de administração judicial calcado nestes princípios.
Do contrário, estabeleceu um sistema perfeito de aquilatação dos atos (positivos e negativos) de cada Espírito, dentro de um conjunto de Leis sábias e imutáveis, permitindo, a cada passo e momento, a recomposição da trajectória dos seres, considerando virtudes e defeitos, acertos e erros.
Numa palavra, permite a regeneração espiritual pelas provas, conferindo às expiações o carácter de construtividade, não o de revanche.

Marcelo Henrique Pereira

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Problemas da obsessão infantil

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 05, 2020 7:54 pm

“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes.
A acção malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo.
A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante acção […] deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.”¹
Intriga-nos, sem dúvida, que esta situação possa ocorrer com crianças.
A análise, feita por Allan Kardec, da resposta dada pelos Espíritos Superiores, à questão 199, em O livro dos espíritos, esclarece-nos sobre o problema.

Diz o Codificador:
Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se veem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que todos lhes dão? […].²
Conclui Kardec, no mesmo comentário, que esses Espíritos se revelam viciosos por não possuírem progresso, sofrendo, então, por efeito de sua inferioridade.
Essas crianças, geralmente, manifestam comportamentos desequilibrados, como resultante da rebeldia, da insatisfação, do nervosismo, da dificuldade intelectual que apresentam, agravando-se, cada vez mais, a sua existência, caso não recebam os cuidados urgentes dos pais, em forma de afecto, compreensão e providências terapêuticas adequadas, para que consigam superar reminiscências tão dolorosas.
Além da assistência espiritual a ser dada às crianças, portadoras de dificuldades de natureza obsessiva – no atendimento de passes magnéticos, da água fluidificada, das reuniões do Evangelho no Lar e da Evangelização Infantil –, torna-se imprescindível atender às privações morais sem esquecer, todavia, das reais necessidades do Espírito, que constituem os princípios e os fins da Doutrina Espírita.
O Espírito Bezerra de Menezes alerta-nos para o facto de que determinados indivíduos, na fase infantil, sofrem processos seríssimos de obsessão, culminando em tragédias como o suicídio na idade adulta.
É o caso de Leonel, figura do livro Dramas da obsessão, que sofria pressões de inimigos invisíveis, curvando-se a essa influência nefasta ao longo da sua existência, tornando-se irremediável a sua decisão de autocídio:
As anormalidades morais e psíquicas surgiram na vida de Leonel desde a infância.
Durante esse período, em que, geralmente, a criança é graciosa e gentil, passiva às disciplinas educativas, a dita personagem mostrava-se avessa aos próprios carinhos maternos, preferindo rebelar-se contra toda e qualquer modalidade de correção imposta pelos pais, e também pelos mestres, na escola que frequentava, e repelindo conselhos e advertências que visavam a orientá-la para bons princípios.
Demorara a instruir-se nas escolas […] queixando-se de constantes depressões, e frequentemente tornando-se presa de violentas dores de cabeça, que o arrastavam a crises de desesperos impróprias de uma criança.
Dificilmente concordava em ingerir as drogas receitadas pelo médico da família, o qual se abalava, às vezes altas horas da noite, solicitado por alguém da família […].³
Narra o generoso Espírito que Leonel, geralmente possesso pelas entidades trevosas do Plano Espiritual, agredia a família, quebrando e estragando os objetos da casa, completamente desequilibrado e demonstrando excessiva violência, não se sentindo à vontade com a chegada do médico e insultando-o com certo desprezo e desconsideração.
Aos poucos, o menino atingiu a puberdade, oferecendo possibilidades de cura para o seu doloroso problema, numa nova trajetória em seu destino.
Porém, seus pais e familiares, indiferentes aos assuntos espirituais, conservando-se quase materialistas, não cogitaram de nenhum tratamento que lhe ajudasse efectivamente a se libertar do assédio intermitente dos obsessores.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 05, 2020 7:54 pm

Apesar de encaminhá-lo para uma Igreja Católica, onde foi recebido afectuosamente, sobretudo, pelo vigário paroquial, Leonel tinha aversão por todos os ensinamentos religiosos, afastando-se rapidamente da catequese e sendo avaliado como uma criança incorrigível.
Anos mais tarde, casado e com filhos, atormentado pelos ataques obsessivos, Leonel se suicida, legando seu exemplo para Alícia, sua filha, jovem de 20 anos, que se suicidou 10 meses após a sua morte.
Já Orlando, seu filho, de 15 anos, que também cultivava ideias de extermínio de si mesmo, tentou se jogar à frente de um trem, sem tê-lo conseguido graças à acção prestimosa de seus amigos, após intervenção espiritual de Espíritos Superiores e do próprio Bezerra de Menezes.
Conforme a análise feita pelo grupo de Espíritos benévolos, que os assistiam, tratava-se de uma família inteira que sentia ímpetos para o suicídio, todos obsidiados e de forma coletiva, carentes de intervenção imediata e de socorro espiritual.
A obsessão na infância e na adolescência é assunto delicado e traz suas causas profundas no pretérito, atingindo desde cedo a vida dessas crianças, situação passível de mudança de acordo com as circunstâncias, graças à misericórdia divina, que nunca desamparou a nenhum de seus filhos.
Os estudos sobre obsessão, entretanto, são extremamente complexos pela diversidade de manifestações e origens e, para podermos compreender o que se passa com a criança, atingida por esse grave problema, é importante analisarmos de que forma a ação obsessiva prejudica a todos aqueles que se entregam a certas faixas de pensamentos e sentimentos, presos às situações prejudiciais, de transtornos mentais e espirituais, dificultando suas experiências de vida na matéria.
De acordo com a observação de Kardec, ao final da resposta dos Espíritos reveladores à questão 199, em O livro dos espíritos, citada no início do presente artigo, surgem a seguintes indagações:
[…] Donde, porém, provirão instintos tão diversos em crianças da mesma idade, educadas em condições idênticas e sujeitas às mesmas influências?
Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?
As que se revelam viciosas, é porque seus Espíritos muito pouco hão progredido.
Sofrem então, por efeito dessa falta de progresso, as consequências, não dos atos que praticam na infância, mas dos de suas existências anteriores.
Assim é que a lei é uma só para todos e que todos são atingidos pela Justiça de Deus.⁴
Ao avaliar as condições morais de certas crianças, Allan Kardec procurou transmitir alertas e orientações sobre a periculosidade de indivíduos reencarnados, mostrando, ainda pequenos, a maldade que existe em alguns deles, fruto de sua falta de progresso espiritual.
Um desses casos ocorreu com o assassinato de cinco crianças, cometido por um menino de 12 anos, contra seus colegas de brincadeiras e jogos, em 20 de outubro de 1857, em Bolkenham, na Silésia.
O pavoroso acontecimento estarreceu as pessoas que leram a notícia na Gazette de Silésie, e publicada na Revista Espírita:
jornal de estudos psicológicos, de Allan Kardec, em outubro de 1858.
O caso singular foi motivo de estudos entre os grupos espíritas, evocando a opinião de Espíritos Superiores sobre o grave desenlace das crianças assassinadas.
Conforme depoimento dos participantes, determinadas respostas dadas por um dos Espíritos comunicantes aclararam as razões do ato aberrante:

Que motivo teria levado uma criança dessa idade a cometer uma acção tão atroz e com tanto sangue-frio?
Resp. – A maldade não tem idade; é ingénua na criança e raciocinada no homem adulto.

Quando a maldade existe numa criança que não raciocina, não denotará a encarnação de um Espírito muito inferior?
Resp. – Nesse caso, procede diretamente da perversidade do coração; é seu próprio Espírito que o domina e o impele à perversidade.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 05, 2020 7:55 pm

Qual poderia ter sido a existência anterior de semelhante Espírito?
Resp. – Horrível.

Nessa idade tinha perfeita consciência do crime que cometia?
Como Espírito, será responsabilizado por ele?

Resp. – Tinha a idade da consciência, e isso basta.⁵

O poder mental, como força criadora e renovadora, nem sempre nos nivela com a faixa de pensamentos elevados, mas nos ajusta às criaturas que permanecem no mesmo nível evolutivo:
Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele.
É daquele fluido que importa desembaraçá-lo.
Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau […].⁶
Como agir em casos como esses?
Há necessidade de muito estudo, de observações cuidadosas e de realizações efectivas no bem, para que em nome da Doutrina consigamos ajudar situações como essas. A caridade não pode excluir o bom senso; para se chegar a grandes fins não se pode utilizar limitados meios.⁷

É imprescindível o estudo do obsesso, em quem vamos operar o trabalho que nos reclama a filantropia do coração:
estudo fisiológico e patológico, estudo das causas determinantes dos sofrimentos que nos comovem; estudo do meio em que vamos atuar; dos sentimentos religiosos daquele a quem pretendemos curar; das suas qualidades morais; dos seus princípios; da sua educação; do tempo, de tudo, finalmente, que possa concorrer para a nossa orientação no trabalho que pretendemos fazer.
Nesse estudo sério, seguro, é que […] nos guiará na obra da salvação do infeliz irmão, ovelha desgarrada, na frase do Evangelho […]⁸

Além disso, refletir sobre o valor imprescindível da Evangelização Espírita da criança, como portadora indispensável da contribuição ética e espiritual no desenvolvimento do carácter e na afirmação da personalidade do ser, visto que […] o Evangelho e o trabalho incessante pela renovação do homem interior devem constituir a nossa causa comum […],⁹ de acordo com a orientação dos Espíritos responsáveis por esse trabalho, na urgente e nobilíssima tarefa de promover a Educação Espírita das novas gerações.

REFERÊNCIAS:
¹ KARDEC, Allan. A gênese . Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 6. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2016. cap. 14, it. 45.
² ______. O livro dos espíritos . Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 8. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2019.
³ PEREIRA, Yvonne do A. Dramas da obsessão . Pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes. 11. ed. 3. imp. Brasília: FEB, 2014. 1a pt. – Nos serviços do Consolador, cap. 7.
⁴ KARDEC, Allan. O livro dos espíritos . Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 8. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2019.
⁵ ______. Revista Espírita : jornal de estudos psicológicos. ano 1, n. 10, out. 1858. Assassinato de cinco crianças por outra de doze anos – Problema moral [questões. 2, 3, 4, 6]. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 5. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2014.
⁶ ______. A gênese . Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 6. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2016. cap. 14, it. 46.
⁷ ______. A prece . Trad. Guillon Ribeiro. 54. ed. 1. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2018. Instruções de Allan Kardec aos espíritas do Brasil , it. II – Estudos sobre obsessões [médium: Frederico Pereira da Silva Júnior].
⁸ ______. ______.
⁹ XAVIER, Francisco C. Pelo Espírito Emmanuel. À luz do evangelho . In : Reformador . ARAÚJO, Clara Lila G. de. Evangelização na infância – ação edificante e duradoura , ago. 2011, p. 17(295).

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Como os espíritos obsessores sugam a energia vital de encarnados

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 06, 2020 7:27 pm

A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose mental.
Esse processo é tão antigo como o próprio homem.
Após a morte, os espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne ou arruam empreitadas de vingança e violência contra eles.
Na parasitose mental temos o vampirismo.
Por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças das mais variadas e até mesmo a morte prematura.
Para o mundo espiritual, “vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”.
O médico desencarnado Dias da Cruz lembra que “toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva”.
E explica a técnica utilizada pelos espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por acção do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário, que lhe obedece o comando.
Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força.
Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.

SUGANDO AS ENERGIAS
Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais (linguagem e sensibilidade, memória e percepção), dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano.
Criam, assim, doenças fantasmas de todos os tipos, mas causam também degeneração dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte.
Entre essas doenças, Dias da Cruz afirma que “podemos encontrar desde a neurastenia até a loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afemia estudada por Broca”.
Relaciona ainda outras moléstias:
“pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral.
Através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como são as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”.

Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz se refere a um caso interessante de um homem desencarnado e uma mulher encarnada que vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro.
Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do espírito obsessor.
Bastou, porém, que o espírito fosse retirado para que ela o fosse procurar, reclamando sua presença.
Há muitos casos em que o encarnado julga querer o reajustamento, porém, no íntimo, alimenta-se dos fluidos doentios do companheiro desencarnado e se apega a ele instintivamente.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 06, 2020 7:28 pm

Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em uma enfermaria de hospital.
“Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”, afirma.
E confessa que os quadros lhe traziam grande mal-estar.

VAMPIRISMO COM REPERCUSSÕES ORGÂNICAS
Na possessão, temos um grau mais avançado de atuação do espírito obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsediado.
Kardec a compreendeu como “uma substituição, posto que parcial, de um espírito errante a um encarnado”.
Como se trata de um grau mais avançado de vampirismo, as patologias orgânicas estão sempre presentes.
Dentro desse item de vampirismo com repercussões orgânicas, destacamos os casos de epilepsia e obsessão, como por exemplo no livro Nos Domínios da Mediunidade, caso Pedro.
Analisando essa casuística, constatamos que a possessão tem características e mecanismos diversos.
No caso Pedro-Camilo, instalou-se ao longo de 20 anos sob a actuação de um único obsessor.
Durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do perispírito se desequilibrou e, consequentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais a ameaça de amolecimento cerebral.
No caso Margarida, estabeleceu-se mais efectivamente em dez dias, com organização técnica competente e actuação de uma falange composta de, aproximadamente, 60 obsessores, entre os quais dois hipnotizadores e dezenas de parasitas ovóides, decretando a falência orgânica quase total em virtude do controle do sistema endócrino, da pressão sanguínea e de funções importantes da economia orgânica.

INFECÇÕES FLUÍDICAS
Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas, resultantes do desequilíbrio mental.
O instrutor Aniceto, em conversa com André Luiz, argumenta que “se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias.
Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas”.
Os homens não têm preparo quase nenhum para a vida espiritual.
Em geral, não têm á mínima idéia de que “a cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afectam profundamente a vida íntima”.
E cada uma dessas viciações da personalidade produz as larvas mentais que lhe são consequentes, contaminando o meio ambiente onde quer que o responsável pela sua produção circule ou estagie.
Elas não têm forma esférica, nem são do tipo bastonete, como as bactérias biológicas, mas formam colónias densas e terríveis.
E tal qual acontece no plano físico, o contágio também pode se verificar na esfera psíquica.
Na condição de parasitismo mental, as larvas servem de alimento habitual, porque são portadoras de vigoroso magnetismo animal.
Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância ainda encarnados como erva daninha aos galhos das árvores e sugar-lhes a substância vital.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 06, 2020 7:29 pm

SUBSTÂNCIAS PARA DOMINAR O PENSAMENTO
Dentro do estudo a que nos propomos, temos de considerar também a produção dos espíritos inferiores desencarnados.
As ´substâncias” destrutivas produzidas dentro do quimismo que lhes é próprio atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas.
Esses produtos, conhecidos como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos dó tálamo, no diencéfalo.
Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da natureza.
Os obsessores tomam conta dos neurónios do hipotálamo, “acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzindo nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático”.
Temos aí um intrincado processo de vampirismo, que leva as vítimas ao medo, à guerra nervosa, alterando-lhes a mente e o corpo.
É possível compreender, assim, os casos de possessos relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas quando os espíritos inferiores que os subjugavam foram retirados pela acção curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.
Por enquanto, os médicos estão às voltas com a extensa variedade de micro-organismos patogénicos que devem combater diuturnamente.
Mas, no futuro, “a medicina da alma absorverá a medicina do corpo.
Poderemos, na actualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alivio, mas no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito”.

Marlene Rossi Severino Nobre

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Última edição por Ave sem Ninho em Qui maio 07, 2020 7:04 pm, editado 1 vez(es)
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Relações artificiais

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 07, 2020 7:03 pm

Para evoluir, o ser humano foi chamado a viver no mundo em sociedade(1), e seu isolamento social e cultural, desde que voluntário, reflecte apenas o acto egoísta de pensar só em si mesmo e uma pretensa superioridade sobre os outros.
“O meio natural de evolução – diz Herculano Pires –, para o homem e para todas as coisas e todos os seres, é a relação.”(2)
“O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades:
precisa do contacto dos outros homens.
No isolamento, ele se embrutece e se estiola.”(3)
A experiência que faz amadurecer a alma flui mais autêntica e eficiente nas relações inter-pessoais.
O homem precisa do homem.
Em matéria de aprender sentimento nada substitui o contacto directo, o calor da palavra, a permuta de energia e conhecimento entre as pessoas nas relações objetivas da vida material.
Porém, as circunstâncias do desenvolvimento do mundo actual têm feito as pessoas buscarem alternativas de convivência que acabam se opondo aos seus verdadeiros interesses naturais.
A violência e o medo na vida moderna (mas não só isso) estão afastando cada vez mais umas das outras, forçando-as a se relacionarem por vias artificiais.
Cercadas por grades e sistemas de segurança, fechadas em seus condomínios, apartamentos e escritórios, é possível que se sintam mais seguras para se entregarem ao “faz de conta” das redes sociais e às facilidades tecnológicas, mas não percebem que esse distanciamento aumenta o mal social.
O vai e vem condicionado e restritivo dos shoppings, o confinamento dos membros da família, cada um no seu cómodo, os incontáveis guetos religiosos que se isolam em pequenos (ou grandes) rebanhos que não se afinam uns com os outros, tudo isso concorre para que as pessoas se afastem da vida real.
As diferenças e atritos em nosso mundo decorrem (também) da heterogeneidade de condição dos homens.
Seus problemas pessoais e de relacionamento do passado e do presente precisam ser resolvidos na Terra e não num mundo imaginário.
Isolando-se, não encontrarão parâmetros, portanto ficarão sem muitas respostas.
O processo de crescimento é em boa medida individual, mas, sem referências práticas externas, a experiência humana será pobre e limitada.
A espiritualização do homem, que passa antes pela sua humanização no plano da matéria, requer compatibilidade entre suas ações e o seu desejo de liberdade e plenitude, que muitos chamam de felicidade.
Isso ele conseguirá vivendo entre os homens, procurando aprender, acertar e influir positivamente.
É preciso pensar que, se o homem, por força da Lei de Deus, assume o compromisso de reencarnar na Terra, estará aceitando tacitamente sua meta principal aqui: evoluir.
Precisará da diversidade humana como forma de ganhar experiência e garantir a sua formação como indivíduo.
A diversidade servirá de matéria de análise sobre como melhor agir nesse mundo, sobre o que aceitar e o que evitar.
Em consequência, conclui-se: assim como não dá para “se jogar no mundo”, não dá também para se encastelar no egoísmo individual ou de grupo.
O mundo actual, passível de progresso, não pode prescindir da colaboração de todos e de cada um em particular.
Talvez precisemos retomar algumas práticas antigas no campo da convivência, abandonadas pela ansiedade do futuro, e implementá-las com amor e fraternidade:
as reuniões em família, as visitas, as conversas, o abraço, a gentileza e os pequenos favores, os elogios, as “lembrancinhas”...
Não se trata de voltar ao passado, mas de enriquecer o presente com emoções duráveis.
Creio que isso fará bem a todos.

Cláudio Bueno da Silva

Referências:
(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 766, LAKE.
(2) Agonia das Religiões, J. Herculano Pires, Paidéia, 1.976.
(3) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 768, LAKE.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty SEVEROS, PORÉM SEM CULPA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 08, 2020 7:52 pm

Severidade connosco significa vigilância mental activa, crescente e permanente para não permitirmos hiatos nos esforços educativos das nossas inclinações.
Esse cuidado com a personalidade é essencial ao progresso moral e espiritual, porque é exatamente nos instantes de relaxamento interior que costumam brotar o derrotismo, a obsessão e as más ideias; é quando se percebe com mais clareza as insatisfações que vinham sendo esquecidas e superadas no trabalho do bem, nas que sob uma análise descuidada podem tomar proporções onerosas aos projetos de elevação nos quais nos encontramos incursos, levando a decisões precipitadas e imprevisíveis.
Limite ténue existe entre a severidade como regime de disciplina e o sentimento de cobrança que conduz-nos a querer fazer o que ainda não damos conta.
Uma imposição para a qual não temos preparo, sendo injustos connosco.
Em tudo deve vigorar o equilíbrio.
Ser severo com compassiva tolerância às nossas fragilidades é o que sugere o bom senso e a caridade.
Auto-aceitação sem conivência.
No entanto, o sentimento de culpa, com suas lamentáveis consequências, tem comparecido em razão de reminiscências da condenação eterna, fundamento da formação religiosa tradicional.
Surge na forma de subtil desconfiança na possibilidade verdadeira de crescimento e melhoria individual, gerando uma atmosfera de descrença nos ideais e no seu próprio esforço.
Quanto mais passa o tempo, mais a criatura estabelece cobranças no seu aperfeiçoamento moral e, não atingindo os patamares desejados, cai no desânimo e na deserção.
Muitos corações idealistas, portadores de valores forjados no sacrifício da renovação interior, habituaram a julgar-se hipócritas e desleais perante seus deslizes, penetrando as faixas emocionais da auto-punição em descaridosos episódios de desamor a si próprios.
Esquecem-se do quanto já edificaram de bom na intimidade e optam por fixar-se em crenças negativas, super-valorizando suas imperfeições, negando o auto-perdão, caminhando para conflituosos estados íntimos que ativam os sentimentos de desprezo, raiva, desânimo, ansiedade, tristeza, desespero, pessimismo.
Grande diferença existe entre ser imperfeito e estar imperfeito.
Não fomos criados para o sofrimento e o mal.
O facto de cometer faltas não intencionais faz parte do demorado processo de transformação da personalidade.
Os que verdadeiramente nos comprometemos com a melhoria interior precisamos nos das conta de que as vacilantes intenções de ser um homem novo necessitam do optimismo para se concretizar.
Não somos infelizes, estamos, temporariamente, infelizes.
Não somos deprimidos, estamos, passageiramente, deprimidos. Somos luz, somos deuses.
Trágico equívoco acreditar na perfeição instantânea depois de milhares de anos no cultivo intencional de ervas daninhas no solo do coração.
Conhecimento não basta.
Quando Jesus afirma o valoroso ensino Conhecereis a verdade e ela vos libertará, certamente não se referia à verdade que permanece na órbita do cérebro, porque se assim fosse todos os espíritas, detentores de largos fachos de luz da verdade, estariam libertos das lutas contra a inferioridade que ainda nos aprisiona nas celas da vaidade e do orgulho.
O Mestre referia-se à verdade que atinge as distantes regiões do coração, à verdade sobre nós mesmos, a nossa realidade.
Devemos mergulhar na vida profunda do inconsciente – o desconhecido reino do automatismo – e pesquisar as raízes afetivas de nossas vivências.
Culparmo-nos, pelo mal que ainda não conseguimos vencer, em nada nos melhora.
Certamente em alguns casos de personalidade rebelde ela funciona como uma defesa a fim de não desistirmo-nos de lutar, impulsionando a criatura ao recomeço para não agir novamente da mesma forma.
Afora isso, é um instrumento pouco eficiente para promover a correção.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 08, 2020 7:52 pm

Melhora real só obteremos com auto-estima, valorizando, severamente, a parte boa que possuímos, fixando as crenças no homem novo que já desejamos ser, guardando o olhar mental na meta gloriosa de ser hoje melhor que ontem, sem distrair com os chamados inferiores do homem velho que agoniza, mas teima em ressuscitar.
Culpa é tortura e desamor, impulso para baixo.
Severidade é crescimento e auto-amor, motivação para continuar nos desafios de aprimoramento.
Jamais desistamos da melhora.
O tempo e a maturidade demonstrarão como é preenchedora a opção que escolhemos sob a égide dos luminosos ideais espíritas-cristãos.
Sem perfeccionismo e fazendo o melhor que pudermos, experimentaremos a alegria da vitória, cujo troféu chama-se felicidade.

Blog Espiritismo Na Rede baseado em texto do Livro: Mereça Ser Feliz – Superando as ilusões do orgulho - Espírito Ermance Dufaux

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 24 Empty Problemas Psicológicos Sob o Olhar Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 09, 2020 7:30 pm

Começamos essa reflexão com a definição dos transtornos psiquiátricos de acordo com a OMS (Organização das Nações Unidas)
“Existem diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes.
Eles geralmente são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afectar as relações com outras pessoas.
Entre os transtornos mentais, estão a depressão, o transtorno afectivo bipolar, a esquizofrenia e outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos de desenvolvimento, incluindo o autismo. ”
Caracterizar o exato motivo de isso acontecer em casos distintos, com transtornos distintos seria passar uma informação errónea sobre a visão espirita de tais transtornos.
Não cabe a este artigo julgar isoladamente cada doença e o motivo de pessoas passarem por isso.
Nosso maior intuito é passar uma informação baseada na doutrina, e já no início deste artigo, gostaríamos de dizer que você não encontrará uma verdade absoluta sobre os factos.
No livro ‘Loucura Sob um Novo Prisma’ do Dr. Bezerra de Menezes, ele aborda dois factores diferentes para a explicação sobre os transtornos psicológicos.
O primeiro fator abordado é sobre o a patologia do cérebro em casos de transtornos psiquiátricos.
De acordo com Bezerra, ‘Levados pelo princípio, que julgam ser uma lei natural, de que toda a perturbação do estado fisiológico do ser humano procede invariavelmente de uma lesão orgânica, os homens da ciência têm, até hoje, como verdade incontroversa, que a alienação mental, conhecida pelo nome de loucura, é efeito de um estado patológico do cérebro, órgão do pensamento, para uns — glândula secretora do pensamento, para outros.’’
Quando falamos de patologia do cérebro, podemos dizer de problemas de causas orgânicas, onde com um exame é fácil constatar a doença do órgão responsável por controlar nossa estrutura física. Nesta explicação, independentemente do tipo de doença psicológica, podemos levar em consideração os seres eternos e em constante evolução que somos e encarar de um panorama macro esta situação.
Analisando que somos espíritos errantes, em busca de progresso e se espelhando no mestre Jesus como exemplo de compaixão e amor, e analisando o facto de que a doutrina explica que jamais podemos regredir, para melhor ficar entendido esta questão, no Livro Dos Espíritos questão 398, Kardec pergunta aos irmãos que ajudaram na codificação do Consolador anunciado por Cristo:
398. Sendo os pendores instintivos uma reminiscência do seu passado, dar-se-á que, pelo estudo desses pendores, seja possível ao homem conhecer as faltas que cometeu?
"Até certo ponto, assim é.
Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa ter operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade.
Pode suceder que a existência actual seja muito melhor que a precedente.”
a) - Poderá também ser pior, isto é, poderá o Espírito cometer, numa existência, faltas que não praticou em a precedente?
“Depende do seu adiantamento. Se não souber triunfar das provas, possivelmente será arrastado a novas faltas, consequentes, então, da posição que escolheu.
Mas, em geral, estas faltas denotam mais um estacionamento que uma retrogradação, porquanto o Espírito é suscetível de se adiantar ou de parar, nunca, porém, de retroceder.”
Entendido este ponto, podemos dizer que se hoje não somos espíritos perfeitos, e sim, errantes em busca da perfeição, em vidas retrógradas, estivemos em uma situação pior, cometendo, sabe-se lá, quais erros que serão pagos nestas ou em vidas futuras.
Com base neste entendimento é que podemos dizer que, quando o transtorno psiquiátrico tem natureza física, ou seja, algo no órgão físico do cérebro, que isto pode ser um resgate de dívidas passadas, vindo assim, o próprio espírito escolher este caminho para pagar os erros que cometeu anteriormente.
Porém, como já havíamos enunciado, não existe certeza absoluta sobre factos, pois generalizando casos e doenças, temos que pensar que são milhares de espíritos passando por esta situação atualmente, onde nesta explicação, podemos ainda acrescentar que seria um resgate para a família, ou outros fatores que podem levar a esta questão.
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