Momentos Espíritas
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Igrejas
“...EDIFICAREI A MINHA Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
Jesus. Mateus, 16:18
Desde tempos imemoriais, quando o homem sentiu o grito da fé, acompanhou-o o zelo de dar, ao seu totem e mais tarde a seus deuses, os maiores tesouros, enfeitando-lhes o altar e guardando-os sob a sombra de tectos forrados de ouro em linhas grandiosas de caracteres deslumbrantes...
A História fala-nos dos templos faustosos de Silva e Rama e, ainda hoje, deslumbram os pesquisadores a riqueza arquitetônica e a grandeza das igrejas de Heliópolis e Karnac, Tebas e Babilônia, Júpiter e Diana, Salomão e Ceres...
Depois do advento do Cristianismo, não há quem não se fascine ante a imponência da Catedral de Latrão, de Santa Maria Maior, dos afrescos de Miguel Ângelo na Capela Sixtina, das Igrejas Ortodoxas e da Catedral de Westminster...
A Terra continua a ser, com o passar dos tempos, depositária de construções grandiosas de igrejas e altares, para guardar os deuses e os totens de todas as criaturas.
Das Igrejas da antiguidade restam ruínas calcinadas pelo tempo, pedras acumuladas, cobertas algumas com mirrados vegetais, em cujos ramos misérrimos cantam os ventos da noite...
As igrejas modernas jazem frias no fátuo dos seus administradores e fiéis, ou embalsamadas pelo orgulho das suas riquezas, sob a frieza das suas pedras impassíveis...
...E Jesus, que construiu a sua Igreja sobre a Verdade, defendeu-a contras as portas do mal que, para ele, jamais estariam abertas.
Vivendo em comunhão com os humildes e sofredores, ergue uma igreja no coração de cada criatura, em cujo interior a Voz de Deus se faria ouvida, através da consciência recta.
Mostrando aos discípulos a Casa de Salomão, “de que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derrubada”, o Mestre ensina, por último, como deve o homem ser o Templo de Deus, forte e poderoso, contra o qual o tempo e a luta são inoperantes e fracos.
Em Sua memória, depois da ressurreição, orava-se ao ar balsâmico da Natureza, em contacto com o céu infinito, misturando-se as preces com as vozes inarticuladas de todas as coisas.
Os primeiros tetos humildes e simples eram antes agasalho do que santuários para orações, sendo o trabalho socorrista a prece maior e mais santa, no serviço aos necessitados.
Continua...
Jesus. Mateus, 16:18
Desde tempos imemoriais, quando o homem sentiu o grito da fé, acompanhou-o o zelo de dar, ao seu totem e mais tarde a seus deuses, os maiores tesouros, enfeitando-lhes o altar e guardando-os sob a sombra de tectos forrados de ouro em linhas grandiosas de caracteres deslumbrantes...
A História fala-nos dos templos faustosos de Silva e Rama e, ainda hoje, deslumbram os pesquisadores a riqueza arquitetônica e a grandeza das igrejas de Heliópolis e Karnac, Tebas e Babilônia, Júpiter e Diana, Salomão e Ceres...
Depois do advento do Cristianismo, não há quem não se fascine ante a imponência da Catedral de Latrão, de Santa Maria Maior, dos afrescos de Miguel Ângelo na Capela Sixtina, das Igrejas Ortodoxas e da Catedral de Westminster...
A Terra continua a ser, com o passar dos tempos, depositária de construções grandiosas de igrejas e altares, para guardar os deuses e os totens de todas as criaturas.
Das Igrejas da antiguidade restam ruínas calcinadas pelo tempo, pedras acumuladas, cobertas algumas com mirrados vegetais, em cujos ramos misérrimos cantam os ventos da noite...
As igrejas modernas jazem frias no fátuo dos seus administradores e fiéis, ou embalsamadas pelo orgulho das suas riquezas, sob a frieza das suas pedras impassíveis...
...E Jesus, que construiu a sua Igreja sobre a Verdade, defendeu-a contras as portas do mal que, para ele, jamais estariam abertas.
Vivendo em comunhão com os humildes e sofredores, ergue uma igreja no coração de cada criatura, em cujo interior a Voz de Deus se faria ouvida, através da consciência recta.
Mostrando aos discípulos a Casa de Salomão, “de que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derrubada”, o Mestre ensina, por último, como deve o homem ser o Templo de Deus, forte e poderoso, contra o qual o tempo e a luta são inoperantes e fracos.
Em Sua memória, depois da ressurreição, orava-se ao ar balsâmico da Natureza, em contacto com o céu infinito, misturando-se as preces com as vozes inarticuladas de todas as coisas.
Os primeiros tetos humildes e simples eram antes agasalho do que santuários para orações, sendo o trabalho socorrista a prece maior e mais santa, no serviço aos necessitados.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Momentos Espíritas
Continua...
Nos seus bancos singelos, sobre o piso humílimo, nas suas improvisadas tribunas, reclinavam-se doentes, aguardando o socorro da caridade, antes que as fórmulas e as disputas verbalistas as modificassem.
Sob a copa das árvores ou sobre o pó dos caminhos, erguiam-se, na assistência fraternal ao necessitado, o altar e o templo, onde, de braços abertos, Jesus era o Sublime Presente, em comunhão com todos.
De todas, a Igreja Eterna, que o mal não pode destruir, é sem dúvida a da Verdade, a que o Nazareno, generoso e bom, aludiu, manifestando-se com profunda sabedoria.
Igrejas grandiosas, com odor de vaidade, são sepulcros para o orgulho e a ostentação das almas vãs.
Igrejas de naves resplandecentes são cenários para espíritos triunfadores do mundo.
Igrejas auríferas e suntuosas são quartéis de ociosidade e contemplação.
Igrejas de pedra são símbolos da caridade fria como colunas.
Igrejas enormes e vazias...
A Igreja de Jesus é o Coração da Natureza, seu altar é o Homem.
“Deus que fez o mundo e tudo o que nele se encontra, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”, disse Paulo aos atenienses.
(Atos 17:24)
O templo que o homem ergue, seja, antes de tudo, o tecto de agasalho onde o cansado repouse, o aflito dormite e o infeliz encontre a paz.
Seja simples e modesto, para que sua ostentação não fira a humildade de quantos o busquem.
Igrejas!... Igrejas!... Desertas e frias!
Igrejas sem crentes...
Crentes sem igrejas...
“Nem em Jerusalém, nem no monte. Dia virá em que o Pai será adorado em espírito e verdade” disse à samaritana o Rabi.
Meditemos!
De nossa vida e dos nossos actos façamos as colunas sobre as quais, um dia, a Bondade Divina colocará o tecto do seu amor infinito e misericordioso, construindo, para os infelizes, a legítima Igreja do Amor sem limites.
Viana de Carvalho
§.§.§- O-canto-da-ave
Nos seus bancos singelos, sobre o piso humílimo, nas suas improvisadas tribunas, reclinavam-se doentes, aguardando o socorro da caridade, antes que as fórmulas e as disputas verbalistas as modificassem.
Sob a copa das árvores ou sobre o pó dos caminhos, erguiam-se, na assistência fraternal ao necessitado, o altar e o templo, onde, de braços abertos, Jesus era o Sublime Presente, em comunhão com todos.
De todas, a Igreja Eterna, que o mal não pode destruir, é sem dúvida a da Verdade, a que o Nazareno, generoso e bom, aludiu, manifestando-se com profunda sabedoria.
Igrejas grandiosas, com odor de vaidade, são sepulcros para o orgulho e a ostentação das almas vãs.
Igrejas de naves resplandecentes são cenários para espíritos triunfadores do mundo.
Igrejas auríferas e suntuosas são quartéis de ociosidade e contemplação.
Igrejas de pedra são símbolos da caridade fria como colunas.
Igrejas enormes e vazias...
A Igreja de Jesus é o Coração da Natureza, seu altar é o Homem.
“Deus que fez o mundo e tudo o que nele se encontra, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”, disse Paulo aos atenienses.
(Atos 17:24)
O templo que o homem ergue, seja, antes de tudo, o tecto de agasalho onde o cansado repouse, o aflito dormite e o infeliz encontre a paz.
Seja simples e modesto, para que sua ostentação não fira a humildade de quantos o busquem.
Igrejas!... Igrejas!... Desertas e frias!
Igrejas sem crentes...
Crentes sem igrejas...
“Nem em Jerusalém, nem no monte. Dia virá em que o Pai será adorado em espírito e verdade” disse à samaritana o Rabi.
Meditemos!
De nossa vida e dos nossos actos façamos as colunas sobre as quais, um dia, a Bondade Divina colocará o tecto do seu amor infinito e misericordioso, construindo, para os infelizes, a legítima Igreja do Amor sem limites.
Viana de Carvalho
§.§.§- O-canto-da-ave
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Idiotia
Tema – Lesões cerebrais irreversíveis
Surge, aqui e ali, quem pergunte por eles, os Tiranos que ensoparam o mundo de lágrimas, conhecidos por lamentáveis fazedores de guerra.
Apropriavam-se da autoridade e comandavam o extermínio das cidades que se lhes rendiam sem restrições;
passavam, quais ciclones pestilentos, incendiando sítios prósperos, aniquilando homens dignos, abatendo enfermos, desrespeitando mulheres, empalando fugitivos ou decepando os braços de crianças inermes;
apareciam por empreiteiros da demolição e do sarcasmo, organizando o cativeiro de povos livres ou formando, em nome da prepotência, as inquisições políticas, nas quais o abuso do poder consagrava a felonia e a traição por bases de governança, a fim de que os quadrilheiros das trevas operassem, impunes;
salientavam-se por mandantes dos choques de violência em que os fracos eram irremediavelmente impelidos à queda ou espoliados sem remissão...
Entretanto, nas seges purpuradas e nos palácios faustosos em que transitavam sorridentes, na direcção do sepulcro, repontavam, sem que eles mesmos percebessem, as maldições dos sacrificados, o choro das viúvas e dos órfãos, os gritos de horror dos perseguidos quando trespassados pelos últimos golpes, as chamas das fogueiras destruidoras, o sofrimento dos mutilados, as pragas dos feridos agonizantes largados à ventania da noite, o sangue dos campos recobertos de cadáveres insepultos, o frio das necrópoles encharcadas de pranto, o infortúnio dos lares vazios, o protesto das escolas arrasadas, a dor silenciosa dos templos derruídos, os adeuses e os soluços dos mortos.
E ao deixarem o corpo físico, muitas vezes com as honras tributadas aos grandes chefes, no próprio catafalco resplendente de lumes, de permeio com os cânticos e as orações, nos quais se lhe homenageavam os restos, passaram a escutar, terrificados e indefesos, o vozerio de condenação e a algazarra do desespero com que eram recebidos em novo nível de consciência.
Atormentados, então, por muitas das vítimas que não lhes desculpavam a crueldade, humilhados e desditosos, suplicaram da Providência Divina a própria internação provisória em celas de esquecimento e renasceram na esfera do raciocínio deformado e entenebrecido.
Quando passes diante de um irmão torturado por lesões cerebrais irreversíveis, não lhe voltes o rosto, nem recorras à eutanásia inconsciente.
Quase sempre, o companheiro situado na provação temporária da idiotia é um génio fulgurante, reencarnado na sombra, a estender-te o pensamento aflito e mudo, necessitado de compaixão.
Emmanuel
§.§.§- O-canto-da-ave
Surge, aqui e ali, quem pergunte por eles, os Tiranos que ensoparam o mundo de lágrimas, conhecidos por lamentáveis fazedores de guerra.
Apropriavam-se da autoridade e comandavam o extermínio das cidades que se lhes rendiam sem restrições;
passavam, quais ciclones pestilentos, incendiando sítios prósperos, aniquilando homens dignos, abatendo enfermos, desrespeitando mulheres, empalando fugitivos ou decepando os braços de crianças inermes;
apareciam por empreiteiros da demolição e do sarcasmo, organizando o cativeiro de povos livres ou formando, em nome da prepotência, as inquisições políticas, nas quais o abuso do poder consagrava a felonia e a traição por bases de governança, a fim de que os quadrilheiros das trevas operassem, impunes;
salientavam-se por mandantes dos choques de violência em que os fracos eram irremediavelmente impelidos à queda ou espoliados sem remissão...
Entretanto, nas seges purpuradas e nos palácios faustosos em que transitavam sorridentes, na direcção do sepulcro, repontavam, sem que eles mesmos percebessem, as maldições dos sacrificados, o choro das viúvas e dos órfãos, os gritos de horror dos perseguidos quando trespassados pelos últimos golpes, as chamas das fogueiras destruidoras, o sofrimento dos mutilados, as pragas dos feridos agonizantes largados à ventania da noite, o sangue dos campos recobertos de cadáveres insepultos, o frio das necrópoles encharcadas de pranto, o infortúnio dos lares vazios, o protesto das escolas arrasadas, a dor silenciosa dos templos derruídos, os adeuses e os soluços dos mortos.
E ao deixarem o corpo físico, muitas vezes com as honras tributadas aos grandes chefes, no próprio catafalco resplendente de lumes, de permeio com os cânticos e as orações, nos quais se lhe homenageavam os restos, passaram a escutar, terrificados e indefesos, o vozerio de condenação e a algazarra do desespero com que eram recebidos em novo nível de consciência.
Atormentados, então, por muitas das vítimas que não lhes desculpavam a crueldade, humilhados e desditosos, suplicaram da Providência Divina a própria internação provisória em celas de esquecimento e renasceram na esfera do raciocínio deformado e entenebrecido.
Quando passes diante de um irmão torturado por lesões cerebrais irreversíveis, não lhe voltes o rosto, nem recorras à eutanásia inconsciente.
Quase sempre, o companheiro situado na provação temporária da idiotia é um génio fulgurante, reencarnado na sombra, a estender-te o pensamento aflito e mudo, necessitado de compaixão.
Emmanuel
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
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Solidão virtual
Houve um tempo onde só podíamos conversar com alguém se estivéssemos fisicamente próximos.
Nessa época, havia uma única possibilidade de se iniciar um relacionamento, de se aumentar a rede de amigos, de se fazer contactos profissionais ou sociais: promover encontros, marcar locais, horários para se reunir, para se conhecer.
E se não estivéssemos com alguém, se não houvesse com quem se encontrar, o resultado, muito frequentemente, era a solidão.
O sentir-se sozinho não era, muitas vezes, uma opção, mas uma contingência, fosse por se residir em um local afastado, ou por se ter pouca ou nenhuma opção de um relacionamento familiar ou social.
Porém, desde os fins do século XX, a tecnologia vem transformando nossas relações sociais.
Avançando em uma velocidade difícil de acompanhar, vem nos disponibilizando recursos fascinantes.
Desde então, ela quebrou a necessidade de estarmos fisicamente juntos para conversarmos, para ampliar a amizade, para trocar emoções.
Passamos a ter a possibilidade de conversar, trocar mensagens, vídeos, fotos, não importando o local, o horário, a distância, conectando-nos todos a tudo.
Passamos a resgatar amizades que se perderam no tempo, a reencontrar familiares que a distância afastou e refazer relacionamentos que se perderam pelos caminhos.
E ainda, são inúmeros os sites de relacionamento que permitem, não só o reencontro, mas o fazer novas amizades, iniciar novos amores, outros colegas.
Agregamo-nos virtualmente pelo estilo de vida, pelos valores, pelas actividades de lazer, pelo gosto musical.
Passamos a ter centenas ou até milhares de amigos que se agregam às nossas redes de relacionamento, que nos seguem virtualmente.
Passamos a estar cercados, envolvidos com muitas pessoas, o tempo todo.
Poderia se pensar que jamais alguém, agregado nessa rede virtual, poderia se queixar de solidão.
Somos tantos, vinculados a tantos outros, que já não haveria espaço para a solidão.
Porém, a alma humana ainda é a mesma.
E a tecnologia que nos cerca externamente, nada preenche intimamente.
Somos inúmeros os agregados aos sites e às redes de relacionamento, contudo, tão poucos aqueles que cultivamos afeições que nos preencham as necessidades íntimas.
Passamos a viver e conviver com a solidão virtual.
Essa dos que tanto têm virtualmente, mas nada se preocupam em cultivar realmente.
A solidão somente desaparece quando passa a ser substituída pela preocupação com o próximo, pela dedicação ao semelhante, pelo importar-se com o outro.
Assim, não será a tecnologia que nos afastará da solidão.
Ela ainda se faz presente, em nosso existir, porque não vivenciamos os valores da solidariedade, da compaixão, da fraternidade.
E, por mais que a tecnologia se desenvolva, por mais recursos nos ofereça, jamais eliminará a solidão de dentro de nós.
Poderá, sim, agregar milhares de nomes em nossas redes de relacionamento.
Porém, para preencher as necessidades de nosso coração, para que nele não haja mais espaço para a solidão, necessitamos cultivar a fraternidade, que pode até se iniciar no mundo virtual, mas terá que inevitavelmente, migrar para a realidade das acções de nosso coração.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Nessa época, havia uma única possibilidade de se iniciar um relacionamento, de se aumentar a rede de amigos, de se fazer contactos profissionais ou sociais: promover encontros, marcar locais, horários para se reunir, para se conhecer.
E se não estivéssemos com alguém, se não houvesse com quem se encontrar, o resultado, muito frequentemente, era a solidão.
O sentir-se sozinho não era, muitas vezes, uma opção, mas uma contingência, fosse por se residir em um local afastado, ou por se ter pouca ou nenhuma opção de um relacionamento familiar ou social.
Porém, desde os fins do século XX, a tecnologia vem transformando nossas relações sociais.
Avançando em uma velocidade difícil de acompanhar, vem nos disponibilizando recursos fascinantes.
Desde então, ela quebrou a necessidade de estarmos fisicamente juntos para conversarmos, para ampliar a amizade, para trocar emoções.
Passamos a ter a possibilidade de conversar, trocar mensagens, vídeos, fotos, não importando o local, o horário, a distância, conectando-nos todos a tudo.
Passamos a resgatar amizades que se perderam no tempo, a reencontrar familiares que a distância afastou e refazer relacionamentos que se perderam pelos caminhos.
E ainda, são inúmeros os sites de relacionamento que permitem, não só o reencontro, mas o fazer novas amizades, iniciar novos amores, outros colegas.
Agregamo-nos virtualmente pelo estilo de vida, pelos valores, pelas actividades de lazer, pelo gosto musical.
Passamos a ter centenas ou até milhares de amigos que se agregam às nossas redes de relacionamento, que nos seguem virtualmente.
Passamos a estar cercados, envolvidos com muitas pessoas, o tempo todo.
Poderia se pensar que jamais alguém, agregado nessa rede virtual, poderia se queixar de solidão.
Somos tantos, vinculados a tantos outros, que já não haveria espaço para a solidão.
Porém, a alma humana ainda é a mesma.
E a tecnologia que nos cerca externamente, nada preenche intimamente.
Somos inúmeros os agregados aos sites e às redes de relacionamento, contudo, tão poucos aqueles que cultivamos afeições que nos preencham as necessidades íntimas.
Passamos a viver e conviver com a solidão virtual.
Essa dos que tanto têm virtualmente, mas nada se preocupam em cultivar realmente.
A solidão somente desaparece quando passa a ser substituída pela preocupação com o próximo, pela dedicação ao semelhante, pelo importar-se com o outro.
Assim, não será a tecnologia que nos afastará da solidão.
Ela ainda se faz presente, em nosso existir, porque não vivenciamos os valores da solidariedade, da compaixão, da fraternidade.
E, por mais que a tecnologia se desenvolva, por mais recursos nos ofereça, jamais eliminará a solidão de dentro de nós.
Poderá, sim, agregar milhares de nomes em nossas redes de relacionamento.
Porém, para preencher as necessidades de nosso coração, para que nele não haja mais espaço para a solidão, necessitamos cultivar a fraternidade, que pode até se iniciar no mundo virtual, mas terá que inevitavelmente, migrar para a realidade das acções de nosso coração.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Jornada Acima
Não consideres secas e amargas as trilhas da romagem com Jesus, quando a viagem da fé, por alongar-se no tempo, alcança as regiões dos testemunhos incessantes do amor, sem alegrias imediatas.
É certo que te sentes, por vezes, na condição da criatura lesada nos mais íntimos sentimentos, qual sucedeu com ele próprio.
Quantos amigos ficaram para trás, imobilizados nos encantamentos da Galiléia!
Entretanto, se acompanhas o Divino Amigo, vencendo barreiras e suportando desafios, já conheces, talvez, quando doem a injustiça e a compreensão, nos conflitos e problemas, que te impõem duras veredas de suor e de lágrimas.
De quando a quando, interrompes os próprios passos, a fim de refletir nos sonhos desfeitos que as circunstâncias te compeliram a deixar na retaguarda.
A jornada parece agora pesada marcha sobre espinhos e pedras, que é preciso transpor, junto dele, o Eterno Amigo que te aceitou a companhia.
Inegavelmente, difícil é a estrada para a conquista do amor sem retribuição....
As intimidações da Terra afiguram-se cutiladas no coração e as dificuldades do caminho parecem nuvens petrificadas que se transformam em aguaceiros de pranto.
Ainda assim, segue com Jesus e abençoa os percalços da senda de elevação.
Silencia agravos recebidos; esquece mágoas ou possíveis ofensas;
auxilia para o bem a quantos te abordem a experiência;
lança as sementes do amor e da harmonia, além da órbita de tua própria influenciação e aceita a cruz que a vida te ofereça, porque, além do sacrifício supremo, se segues com Ele, o Companheiro da Humanidade, encontrar-lhe-ás a moradia da bênção, onde o trabalho se te fará perfeita alegria, entretecida de paz e vida, ascensão e esplendor.
Meimei
§.§.§- O-canto-da-ave
É certo que te sentes, por vezes, na condição da criatura lesada nos mais íntimos sentimentos, qual sucedeu com ele próprio.
Quantos amigos ficaram para trás, imobilizados nos encantamentos da Galiléia!
Entretanto, se acompanhas o Divino Amigo, vencendo barreiras e suportando desafios, já conheces, talvez, quando doem a injustiça e a compreensão, nos conflitos e problemas, que te impõem duras veredas de suor e de lágrimas.
De quando a quando, interrompes os próprios passos, a fim de refletir nos sonhos desfeitos que as circunstâncias te compeliram a deixar na retaguarda.
A jornada parece agora pesada marcha sobre espinhos e pedras, que é preciso transpor, junto dele, o Eterno Amigo que te aceitou a companhia.
Inegavelmente, difícil é a estrada para a conquista do amor sem retribuição....
As intimidações da Terra afiguram-se cutiladas no coração e as dificuldades do caminho parecem nuvens petrificadas que se transformam em aguaceiros de pranto.
Ainda assim, segue com Jesus e abençoa os percalços da senda de elevação.
Silencia agravos recebidos; esquece mágoas ou possíveis ofensas;
auxilia para o bem a quantos te abordem a experiência;
lança as sementes do amor e da harmonia, além da órbita de tua própria influenciação e aceita a cruz que a vida te ofereça, porque, além do sacrifício supremo, se segues com Ele, o Companheiro da Humanidade, encontrar-lhe-ás a moradia da bênção, onde o trabalho se te fará perfeita alegria, entretecida de paz e vida, ascensão e esplendor.
Meimei
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João Mateus
João Mateus, distinto pregador do Evangelho, na noite em que atingiu meio século de idade no corpo físico, depois de orar enternecidamente com os amigos, foi deitar-se, para um merecido descanso.
Sonhou que alcançava as portas da Vida Espiritual e, deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentava alçar-se, para melhor desfrutar a excelsitude do Paraíso, quando um funcionário de Passagem Celeste se aproximou, a lembrar-lhe solícito:
João, para evitar qualquer surpresa desagradável no avanço, convém uma vista d'olhos em sua ficha...
E o viajante recebeu primoroso documento, em cuja face leu, espantadiço :
- João Mateus
- Renascimento na Terra em 1904
- Berço manso
- Pais carinhosos e amigos
- Inteligência preciosa
- Cérebro claro
- Instrução digna
- Bons 1ivros
- Juventude folgada
- Boa saúde
- Invejável noção de conforto
- Sono calmo
- Excelente apetite
- Seguro abrigo doméstico
- Constante proteção espiritual
- Nunca sofreu acidentes de importância
- Aos 20 anos de idade, empregou-se no comércio
- Casou-se aos 25, em regime de escravização da mulher
- Católico romano até os 26
- Presenciou, sem maior atenção, 672 missas
- Aos 27 de idade, transferiu-se para as fileiras espíritas
- Compareceu a 2195 sessões de Espiritismo, sob a invocação de Jesus
- Realizou 1602 palestras e pregações doutrinárias
- Escreve cartas e páginas comoventes
- Notável narrador
- Polemista cauteloso
- Quatro filhos
Continua...
Sonhou que alcançava as portas da Vida Espiritual e, deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentava alçar-se, para melhor desfrutar a excelsitude do Paraíso, quando um funcionário de Passagem Celeste se aproximou, a lembrar-lhe solícito:
João, para evitar qualquer surpresa desagradável no avanço, convém uma vista d'olhos em sua ficha...
E o viajante recebeu primoroso documento, em cuja face leu, espantadiço :
- João Mateus
- Renascimento na Terra em 1904
- Berço manso
- Pais carinhosos e amigos
- Inteligência preciosa
- Cérebro claro
- Instrução digna
- Bons 1ivros
- Juventude folgada
- Boa saúde
- Invejável noção de conforto
- Sono calmo
- Excelente apetite
- Seguro abrigo doméstico
- Constante proteção espiritual
- Nunca sofreu acidentes de importância
- Aos 20 anos de idade, empregou-se no comércio
- Casou-se aos 25, em regime de escravização da mulher
- Católico romano até os 26
- Presenciou, sem maior atenção, 672 missas
- Aos 27 de idade, transferiu-se para as fileiras espíritas
- Compareceu a 2195 sessões de Espiritismo, sob a invocação de Jesus
- Realizou 1602 palestras e pregações doutrinárias
- Escreve cartas e páginas comoventes
- Notável narrador
- Polemista cauteloso
- Quatro filhos
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
- Boa mesa em casa
- Não encontra tempo, para auxiliar os filhos na procura do Cristo
- Efectuou 106 viagens de repouso e distracção
- Grande intolerância para com os vizinhos
- Refractário a qualquer mudança de hábitos para a prestação de serviços aos outros
- Nunca percebe se ofende ao próximo, através de sua conduta, mas revela extrema susceptibilidade ante a conduta alheia
- Relaciona-se tão-somente com amigos do mesmo nível
- Sofre horror às complicações da vida social, embora destaque incessantemente o imperativo da fraternidade entre os homens
- Sabe defender-se com esmero em qualquer problema difícil
- Além dos recursos naturais que lhe renderam respeitável posição e expressivo reconforto doméstico, sob o constante amparo de Jesus, através de múltiplos mensageiros, conserva bens imóveis no valor de Cr$ 600.000,00 e guarda em conta de lucro particular a importância de Cr$ 302.000,00.
- Para Jesus, que o procurou na pessoa de mendigos, de necessitados e doentes, deu durante toda a vida 90 centavos
- Para cooperar no apostolado do Cristo já ofereceu 2 cruzeiros em obras de assistência social
Débito
Quando ia ler o item referente às próprias dívidas, fortemente impressionado, João acordou.
Era manhãzinha...
À noite, bem humorado, reuniu-se aos companheiros, relatando-lhes a ocorrência.
Estava transformado, dizia.
O sonho modificara-lhe o modo de pensar.
Consagrar-se-ia doravante ao trabalho mais vivo, no movimento espírita:
pretendia renovar-se por dentro, reuniria agora palavra e acção.
Para isso, achava-se disposto a colaborar substancialmente na construção de um lar, destinado à recuperação de crianças desabrigadas que, desde muito, desejava socorrer.
A experiência daquela noite inesquecível era, decerto, um aviso precioso.
E, sorridente, despediu-se dos irmãos de ideal, solicitando-lhes novo reencontro para o dia seguinte. Esperava assentar as bases da obra que se propunha levar a efeito.
Contudo, na noite imediata, quando os amigos lhe bateram à porta, vitimado por um acidente das coronárias, João Mateus estava morto.
Irmão X
§.§.§- O-canto-da-ave
- Boa mesa em casa
- Não encontra tempo, para auxiliar os filhos na procura do Cristo
- Efectuou 106 viagens de repouso e distracção
- Grande intolerância para com os vizinhos
- Refractário a qualquer mudança de hábitos para a prestação de serviços aos outros
- Nunca percebe se ofende ao próximo, através de sua conduta, mas revela extrema susceptibilidade ante a conduta alheia
- Relaciona-se tão-somente com amigos do mesmo nível
- Sofre horror às complicações da vida social, embora destaque incessantemente o imperativo da fraternidade entre os homens
- Sabe defender-se com esmero em qualquer problema difícil
- Além dos recursos naturais que lhe renderam respeitável posição e expressivo reconforto doméstico, sob o constante amparo de Jesus, através de múltiplos mensageiros, conserva bens imóveis no valor de Cr$ 600.000,00 e guarda em conta de lucro particular a importância de Cr$ 302.000,00.
- Para Jesus, que o procurou na pessoa de mendigos, de necessitados e doentes, deu durante toda a vida 90 centavos
- Para cooperar no apostolado do Cristo já ofereceu 2 cruzeiros em obras de assistência social
Débito
Quando ia ler o item referente às próprias dívidas, fortemente impressionado, João acordou.
Era manhãzinha...
À noite, bem humorado, reuniu-se aos companheiros, relatando-lhes a ocorrência.
Estava transformado, dizia.
O sonho modificara-lhe o modo de pensar.
Consagrar-se-ia doravante ao trabalho mais vivo, no movimento espírita:
pretendia renovar-se por dentro, reuniria agora palavra e acção.
Para isso, achava-se disposto a colaborar substancialmente na construção de um lar, destinado à recuperação de crianças desabrigadas que, desde muito, desejava socorrer.
A experiência daquela noite inesquecível era, decerto, um aviso precioso.
E, sorridente, despediu-se dos irmãos de ideal, solicitando-lhes novo reencontro para o dia seguinte. Esperava assentar as bases da obra que se propunha levar a efeito.
Contudo, na noite imediata, quando os amigos lhe bateram à porta, vitimado por um acidente das coronárias, João Mateus estava morto.
Irmão X
§.§.§- O-canto-da-ave
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Valer-se da luz
Em uma passagem do Evangelho segundo São João, Jesus afirma:
Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.
Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.
Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.
Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de auto-iluminação precisa ser bem aproveitada.
O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.
Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.
Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.
De outro lado, o futuro é uma incógnita.
O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.
Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.
Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.
A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.
Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.
A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.
Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.
Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.
Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.
Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.
A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contacto com o serviço de que ele necessita.
O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.
Representa a luz a ser bem aproveitada.
No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar, corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.
É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.
A vida na carne passa muito rápida.
Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.
Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.
Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.
Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.
Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.
Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 6 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.
Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.
Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.
Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de auto-iluminação precisa ser bem aproveitada.
O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.
Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.
Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.
De outro lado, o futuro é uma incógnita.
O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.
Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.
Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.
A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.
Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.
A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.
Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.
Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.
Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.
Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.
A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contacto com o serviço de que ele necessita.
O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.
Representa a luz a ser bem aproveitada.
No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar, corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.
É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.
A vida na carne passa muito rápida.
Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.
Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.
Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.
Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.
Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.
Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 6 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
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Jesus, O Pai Espiritual da Medicina
Entre os gregos, salienta a Dra. Jeanne Pontius Rindge, do "Human Dimension Institute", de Nova Iorque, existia uma divisão crescente entre a mente (nous) e o corpo (physis), notavelmente criticada por Platão, cujas instituições transcendiam os limites sensoriais:
Se a cabeça e o corpo devem andar bem, deveis começar por curar a alma;
esta é a primeira coisa... O grande erro da nossa época, no tratamento do corpo humano, é que os médicos separam a alma e o corpo.
Jesus tratou de desarticular essa dicotomia, emprestando novas e magníficas dimensões ao processo de cura.
Sua preocupação pela saúde física e espiritual representou, sem embargo, um ponto de partida revolucionário.
Embora tenha sido chamado de xamã, admite a Dra. Rindge, devido a sua função de mediador entre Deus e os homens, isso não foi, em absoluto, para abrandar os ímpetos de uma divindade vingativa e arbitrária
(Agora que eu sou, Eu somente, e mais nenhum Deus além de mim;
eu mato, e eu faço viver;
eu firo e eu saro;
e não há quem possa livrar alguém de minha mão. Deuteronómio, 32-39),
mas, antes, para canalizar o amor, como uma energia curativa que emana da fonte de todos os seres, descrita por ele como Pai Amoroso.
O Mestre pregou a necessidade de se efectivar a harmonia do ser com essa fonte de amor, evidenciando, entretanto, que a energia para curar pode ser ministrada através dele próprio e de outrem:
"O que eu faço - disse ele aos homens de sua época e de todas as épocas – podeis fazer e melhor!".
Os Evangelhos registam 26 curas individuais e 27 em grupo, por Jesus, e 9 curas múltiplas por seus apóstolos.
Os métodos empregados eram, realmente, notáveis.
O toque, as exortações, as preces, a desobsessão, a fé íntima ou da família e dos amigos, o estranhíssimo emprego da saliva misturada à poeira do chão etc.
Continua...
Se a cabeça e o corpo devem andar bem, deveis começar por curar a alma;
esta é a primeira coisa... O grande erro da nossa época, no tratamento do corpo humano, é que os médicos separam a alma e o corpo.
Jesus tratou de desarticular essa dicotomia, emprestando novas e magníficas dimensões ao processo de cura.
Sua preocupação pela saúde física e espiritual representou, sem embargo, um ponto de partida revolucionário.
Embora tenha sido chamado de xamã, admite a Dra. Rindge, devido a sua função de mediador entre Deus e os homens, isso não foi, em absoluto, para abrandar os ímpetos de uma divindade vingativa e arbitrária
(Agora que eu sou, Eu somente, e mais nenhum Deus além de mim;
eu mato, e eu faço viver;
eu firo e eu saro;
e não há quem possa livrar alguém de minha mão. Deuteronómio, 32-39),
mas, antes, para canalizar o amor, como uma energia curativa que emana da fonte de todos os seres, descrita por ele como Pai Amoroso.
O Mestre pregou a necessidade de se efectivar a harmonia do ser com essa fonte de amor, evidenciando, entretanto, que a energia para curar pode ser ministrada através dele próprio e de outrem:
"O que eu faço - disse ele aos homens de sua época e de todas as épocas – podeis fazer e melhor!".
Os Evangelhos registam 26 curas individuais e 27 em grupo, por Jesus, e 9 curas múltiplas por seus apóstolos.
Os métodos empregados eram, realmente, notáveis.
O toque, as exortações, as preces, a desobsessão, a fé íntima ou da família e dos amigos, o estranhíssimo emprego da saliva misturada à poeira do chão etc.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Em seu livro "Faith Healing and Cristian Faith", o Dr. Wade Boggs afirma que a Medicina negligenciou o extraordinário trabalho de cura levado a efeito por Jesus, em meios, diga-se de passagem, os mais diversos possíveis, e isentos de quaisquer procedimentos antis-sépticos.
"Sem o seu espírito – escreve Dr. Boggs – a Medicina degenera em uma metodologia despersonalizada e o seu código de ética num simples sistema legal.
Jesus induz a correcção do amor, sem a qual a verdadeira cura raramente é possível na realidade.
O pai espiritual da Medicina não foi Hipócrates, da ilha de Cos, porém, Jesus!"
O certo é que, com advento da chamada Idade da Razão e o avanço da ciência, a Medicina ortodoxa, cada vez mais familiarizada com o universo físico, investiu, com ênfase sempre crescente, contra a provável eficácia da magia.
"A medicina empreendeu – esclarece a Dra. Rindge – uma função cuidadosa baseada em factos científicos adequados ao mecanismo Newtoniano, às observações cada vez mais fisicistas, hipóteses agora reivindicadas pelos pensadores evoluídos, como descrições incompletas da Realidade."
Entre esses pensadores evoluídos apontados pela editora da revista "Human Dimensions", permitimo-nos destacar aqueles que, em 1882, iniciaram uma séria e pioneira investigação dos fenómenos paranormais, incluindo a telepatia, a clarividência, o contacto com desencarnados, as curas espirituais, fundando-se, então, a célebre "Society for Psychical Research – SPR".
O trabalho notável desses pesquisadores teria sua continuação, nas primeiras décadas do século XX, pelo Dr. Joseph Banks Rhine e sua esposa Louise, da Universidade de Duke (USA), e por outros actuais destemidos investigadores da fenomenologia supranormal, que ainda abrem caminho, nas florestas densas dos preconceitos e da ortodoxia, para a consolidação, em futuro ignoto, da Medicina Espiritual de que Jesus, de fato e de direito, é o Grande Pai!
Fonte: Jornal Mundo Espírita de Dezembro de 1998
Carlos Bernardo Loureiro
§.§.§- O-canto-da-ave
Em seu livro "Faith Healing and Cristian Faith", o Dr. Wade Boggs afirma que a Medicina negligenciou o extraordinário trabalho de cura levado a efeito por Jesus, em meios, diga-se de passagem, os mais diversos possíveis, e isentos de quaisquer procedimentos antis-sépticos.
"Sem o seu espírito – escreve Dr. Boggs – a Medicina degenera em uma metodologia despersonalizada e o seu código de ética num simples sistema legal.
Jesus induz a correcção do amor, sem a qual a verdadeira cura raramente é possível na realidade.
O pai espiritual da Medicina não foi Hipócrates, da ilha de Cos, porém, Jesus!"
O certo é que, com advento da chamada Idade da Razão e o avanço da ciência, a Medicina ortodoxa, cada vez mais familiarizada com o universo físico, investiu, com ênfase sempre crescente, contra a provável eficácia da magia.
"A medicina empreendeu – esclarece a Dra. Rindge – uma função cuidadosa baseada em factos científicos adequados ao mecanismo Newtoniano, às observações cada vez mais fisicistas, hipóteses agora reivindicadas pelos pensadores evoluídos, como descrições incompletas da Realidade."
Entre esses pensadores evoluídos apontados pela editora da revista "Human Dimensions", permitimo-nos destacar aqueles que, em 1882, iniciaram uma séria e pioneira investigação dos fenómenos paranormais, incluindo a telepatia, a clarividência, o contacto com desencarnados, as curas espirituais, fundando-se, então, a célebre "Society for Psychical Research – SPR".
O trabalho notável desses pesquisadores teria sua continuação, nas primeiras décadas do século XX, pelo Dr. Joseph Banks Rhine e sua esposa Louise, da Universidade de Duke (USA), e por outros actuais destemidos investigadores da fenomenologia supranormal, que ainda abrem caminho, nas florestas densas dos preconceitos e da ortodoxia, para a consolidação, em futuro ignoto, da Medicina Espiritual de que Jesus, de fato e de direito, é o Grande Pai!
Fonte: Jornal Mundo Espírita de Dezembro de 1998
Carlos Bernardo Loureiro
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Re: Momentos Espíritas
Kardec e Vida[/b]
Kardequização do sentimento: equilíbrio
Kardequização do raciocínio: visão
Kardequização da ciência: humanidade
Kardequização da filosofia: discernimento
Kardequização da fé: racionalidade
Kardequização da inteligência: orientação
Kardequização do estudo: esclarecimento
Kardequização do trabalho: organização
Kardequização do serviço: eficiência
Kardequização das relações: sinceridade
Kardequização do progresso: elevação
Kardequização da liberdade: disciplina
Kardequização do lar: harmonia
Kardequização do debate: proveito
Kardequização do sexo: responsabilidade
Kardequização da personalidade: autocrítica
Kardequização da corrigenda: compreensão
Kardequização da existência: caridade
Kardequizemos para evoluir com acerto à frente do Cristo de Deus.
A Terra é nossa escola milenária e, em suas classes múltiplas, somos companheiros uns dos outros.
Kardequizarmo-nos na carteira de obrigações a que estamos transitoriamente jungidos é a fórmula ideal de ascensão.
Estudemos e trabalhemos sempre.
Bezerra de Menezes
§.§.§- O-canto-da-ave
Kardequização do sentimento: equilíbrio
Kardequização do raciocínio: visão
Kardequização da ciência: humanidade
Kardequização da filosofia: discernimento
Kardequização da fé: racionalidade
Kardequização da inteligência: orientação
Kardequização do estudo: esclarecimento
Kardequização do trabalho: organização
Kardequização do serviço: eficiência
Kardequização das relações: sinceridade
Kardequização do progresso: elevação
Kardequização da liberdade: disciplina
Kardequização do lar: harmonia
Kardequização do debate: proveito
Kardequização do sexo: responsabilidade
Kardequização da personalidade: autocrítica
Kardequização da corrigenda: compreensão
Kardequização da existência: caridade
Kardequizemos para evoluir com acerto à frente do Cristo de Deus.
A Terra é nossa escola milenária e, em suas classes múltiplas, somos companheiros uns dos outros.
Kardequizarmo-nos na carteira de obrigações a que estamos transitoriamente jungidos é a fórmula ideal de ascensão.
Estudemos e trabalhemos sempre.
Bezerra de Menezes
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Que é urgente? (O)
Se você tivesse que enumerar, neste instante, todas as suas urgências, o que é que constaria em sua lista?
Talvez tenha na memória os compromissos mais urgentes de hoje, ou já tenha dado uma olhada na agenda e constatado que eles são muitos e quase todos importantes.
Todavia, antes de começar a correria costumeira do seu dia, vale a pena reflectir mais detidamente no que é realmente urgente.
A vida agitada dos dias atuais nos leva a estabelecer uma lista de urgências que nos faz, tantas vezes, perder o significado real do que são prioridades.
Para algumas pessoas, urgente são somente as coisas materiais, esquecidas de que, no dia em que partirem, deixarão pendentes as coisas que realmente eram urgentes.
Para melhor avaliar o que sejam prioridades de facto, verifique sua lista e anote tudo o que terá que ficar na alfândega do túmulo, caso tivesse que partir agora.
Sem desconsiderar as necessidades materiais que a vida no corpo físico exige, é necessário estabelecer prioridades também no campo afetivo, junto às pessoas que estagiam conosco nesta existência.
Urgente, por exemplo, é que você pare um momento na sua vida agitada e se pergunte: Que significado tem tudo isso que faço?
Urgente é que seja mais humano e mais irmão.
É que saiba valorizar o tempo que pede a uma criança.
Urgente é que veja o nascer do sol, sinta o seu calor e agradeça a Deus por tão grandioso presente.
É saber aproveitar as lições do dia-a-dia da melhor forma possível, em benefício do progresso do Espírito imortal, que transcende a vida física.
Urgente é que curta a sua família, seus filhos, sua esposa e todos que o rodeiam, e valorize esse precioso tesouro.
Urgente é que diga às pessoas que lhe são caras o quanto as ama e o quanto são importantes para você.
Urgente é que saiba que é filho de Deus e se dê conta de que Ele o ama e quer vê-lo sorrindo, feliz e cheio de vida!
Urgente é que não deixe a vida passar como um sopro e, quando estiver no fim da linha, não olhe para trás como quem quer voltar e percebe que já não há tempo...
Já não há tempo porque tudo o que fez foi urgente...
Você foi um grande empresário, encheu sua agenda de urgências, compromissos e projetos... mas se esqueceu de viver.
Foram tantas as urgências que deixou passar a verdadeira finalidade da existência, que é aprender a amar.
É desenvolver o amor por si mesmo e estendê-lo ao seu próximo.
Por todas essas razões, reveja sua lista de urgências e priorize aquelas que são realmente importantes.
Faça isso hoje... Não deixe para amanhã.
Se faz muito tempo que não almoça ou janta em casa para atender aos negócios, pense que sua família deve ser a prioridade número um da sua lista.
Você lembra quantas vezes evitou o abraço carinhoso de um filho, para não amarrotar ou sujar a sua roupa, que deveria estar impecável para a próxima reunião?
Lembra-se a quantas festinhas na escola de seu filho deixou de ir por causa das suas urgências profissionais?
Pare um pouco e veja se não há nenhuma inversão de valores em suas urgências.
E se constactar alguma irregularidade, ainda é tempo de reverter a ordem das coisas.
Se você está enfermo, sua prioridade é tratar da saúde.
Se está estressado, sua urgência é buscar um meio de sair desse estado.
Mas, se você sente um grande vazio na alma, nada do que tem feito lhe faz feliz, a depressão ameaça se instalar e nuvens cinzentas pairam sobre seu mundo, você está diante de uma emergência.
Procure uma pequena brecha mais clara, segure as nuvens com as duas mãos e abra-as para que o azul do céu apareça...
E se suas mãos não conseguem afastar as nuvens, rompa-as com uma oração sincera e busque conectar-se com o Alto, permitindo que a Luz Divina penetre em seu ser e ilumine definitivamente o seu caminho.
Momento Espírita com base em frases de autoria desconhecida.
§.§.§- O-canto-da-ave
Talvez tenha na memória os compromissos mais urgentes de hoje, ou já tenha dado uma olhada na agenda e constatado que eles são muitos e quase todos importantes.
Todavia, antes de começar a correria costumeira do seu dia, vale a pena reflectir mais detidamente no que é realmente urgente.
A vida agitada dos dias atuais nos leva a estabelecer uma lista de urgências que nos faz, tantas vezes, perder o significado real do que são prioridades.
Para algumas pessoas, urgente são somente as coisas materiais, esquecidas de que, no dia em que partirem, deixarão pendentes as coisas que realmente eram urgentes.
Para melhor avaliar o que sejam prioridades de facto, verifique sua lista e anote tudo o que terá que ficar na alfândega do túmulo, caso tivesse que partir agora.
Sem desconsiderar as necessidades materiais que a vida no corpo físico exige, é necessário estabelecer prioridades também no campo afetivo, junto às pessoas que estagiam conosco nesta existência.
Urgente, por exemplo, é que você pare um momento na sua vida agitada e se pergunte: Que significado tem tudo isso que faço?
Urgente é que seja mais humano e mais irmão.
É que saiba valorizar o tempo que pede a uma criança.
Urgente é que veja o nascer do sol, sinta o seu calor e agradeça a Deus por tão grandioso presente.
É saber aproveitar as lições do dia-a-dia da melhor forma possível, em benefício do progresso do Espírito imortal, que transcende a vida física.
Urgente é que curta a sua família, seus filhos, sua esposa e todos que o rodeiam, e valorize esse precioso tesouro.
Urgente é que diga às pessoas que lhe são caras o quanto as ama e o quanto são importantes para você.
Urgente é que saiba que é filho de Deus e se dê conta de que Ele o ama e quer vê-lo sorrindo, feliz e cheio de vida!
Urgente é que não deixe a vida passar como um sopro e, quando estiver no fim da linha, não olhe para trás como quem quer voltar e percebe que já não há tempo...
Já não há tempo porque tudo o que fez foi urgente...
Você foi um grande empresário, encheu sua agenda de urgências, compromissos e projetos... mas se esqueceu de viver.
Foram tantas as urgências que deixou passar a verdadeira finalidade da existência, que é aprender a amar.
É desenvolver o amor por si mesmo e estendê-lo ao seu próximo.
Por todas essas razões, reveja sua lista de urgências e priorize aquelas que são realmente importantes.
Faça isso hoje... Não deixe para amanhã.
Se faz muito tempo que não almoça ou janta em casa para atender aos negócios, pense que sua família deve ser a prioridade número um da sua lista.
Você lembra quantas vezes evitou o abraço carinhoso de um filho, para não amarrotar ou sujar a sua roupa, que deveria estar impecável para a próxima reunião?
Lembra-se a quantas festinhas na escola de seu filho deixou de ir por causa das suas urgências profissionais?
Pare um pouco e veja se não há nenhuma inversão de valores em suas urgências.
E se constactar alguma irregularidade, ainda é tempo de reverter a ordem das coisas.
Se você está enfermo, sua prioridade é tratar da saúde.
Se está estressado, sua urgência é buscar um meio de sair desse estado.
Mas, se você sente um grande vazio na alma, nada do que tem feito lhe faz feliz, a depressão ameaça se instalar e nuvens cinzentas pairam sobre seu mundo, você está diante de uma emergência.
Procure uma pequena brecha mais clara, segure as nuvens com as duas mãos e abra-as para que o azul do céu apareça...
E se suas mãos não conseguem afastar as nuvens, rompa-as com uma oração sincera e busque conectar-se com o Alto, permitindo que a Luz Divina penetre em seu ser e ilumine definitivamente o seu caminho.
Momento Espírita com base em frases de autoria desconhecida.
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Jesus em Nós
Contempla o quadro sublime da natureza, ante o sol da manhã.
Tudo brilha ao clarão do Céu.
Aqui, a lama reflecte cintilações, além, o grão de areia assemelha-se a pequeno diamante perdido, e a poeira esparsa lembra filigranas de luz.
Assim, também, no grande mundo de nossa alma, quando Jesus encontra meios de fulgurar em nós, tudo é amor e criação, alegria e serenidade.
Envolvidas em seus divinos raios, a tristeza ou a dor, a necessidade ou a luta representam estímulos à caminhada de ascensão.
Não empanes a glória do astro vivo da fé com a sombra do desânimo ou da indiferença.
Abre as janelas do Ideal à Bênção do Senhor.
Deixa que o pensamento santificante do Mestre te invada o campo íntimo e ouvirás, em ti mesmo, o cântico da paz e do bom ânimo em perene ressurreição.
A existência é o resultado de nossos desejos.
O destino responde às nossas aspirações.
A Graça de Deus vibra em toda parte. É imprescindível, porém, saibamos dilatar a própria visão, de modo a não perder-lhe o favor e o ensinamento.
Cansaço e amargura são ilusões.
Dissabores e desencantos são simples experiências.
Brilhe o sol de Jesus em nossa alma, e tudo será, dentro de nós, entusiasmo de fazer o bem, alegria de viver e privilégio de servir, em plena juvenilidade espiritual para a Vida Eterna.
Agar
Jesus e Nós
A Justiça Divina jamais dorme.
Não permitamos que pensamentos de tristeza e desesperação nos penetrem a cidadela interior.
Ainda que todas as organizações materiais, que representam igualmente envoltórios da alma, se modifiquem, é forçoso lembrar que Jesus em nós é Sol eterno, cabendo-nos fitar a luz da vida, cada manhã, com entendimento mais alto e bom ânimo inexaurível.
Nós somos nós e Jesus é Jesus.
E sendo a Seara do Bem de Jesus e não nossa, a Ele empenhemos vida e esperança, na certeza de que o Senhor fará sempre o melhor.
Batuira
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Tudo brilha ao clarão do Céu.
Aqui, a lama reflecte cintilações, além, o grão de areia assemelha-se a pequeno diamante perdido, e a poeira esparsa lembra filigranas de luz.
Assim, também, no grande mundo de nossa alma, quando Jesus encontra meios de fulgurar em nós, tudo é amor e criação, alegria e serenidade.
Envolvidas em seus divinos raios, a tristeza ou a dor, a necessidade ou a luta representam estímulos à caminhada de ascensão.
Não empanes a glória do astro vivo da fé com a sombra do desânimo ou da indiferença.
Abre as janelas do Ideal à Bênção do Senhor.
Deixa que o pensamento santificante do Mestre te invada o campo íntimo e ouvirás, em ti mesmo, o cântico da paz e do bom ânimo em perene ressurreição.
A existência é o resultado de nossos desejos.
O destino responde às nossas aspirações.
A Graça de Deus vibra em toda parte. É imprescindível, porém, saibamos dilatar a própria visão, de modo a não perder-lhe o favor e o ensinamento.
Cansaço e amargura são ilusões.
Dissabores e desencantos são simples experiências.
Brilhe o sol de Jesus em nossa alma, e tudo será, dentro de nós, entusiasmo de fazer o bem, alegria de viver e privilégio de servir, em plena juvenilidade espiritual para a Vida Eterna.
Agar
Jesus e Nós
A Justiça Divina jamais dorme.
Não permitamos que pensamentos de tristeza e desesperação nos penetrem a cidadela interior.
Ainda que todas as organizações materiais, que representam igualmente envoltórios da alma, se modifiquem, é forçoso lembrar que Jesus em nós é Sol eterno, cabendo-nos fitar a luz da vida, cada manhã, com entendimento mais alto e bom ânimo inexaurível.
Nós somos nós e Jesus é Jesus.
E sendo a Seara do Bem de Jesus e não nossa, a Ele empenhemos vida e esperança, na certeza de que o Senhor fará sempre o melhor.
Batuira
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Kardec e as Primeiras Lições de Moral da Infância
De todas as chagas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de extirpar.
Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais alimentada pelos mesmos hábitos da educação.
Tem-se a impressão que, desde o berço, a gente se esforça para excitar certas paixões que, mais tarde, se tornam uma segunda natureza, e nos admiramos dos vícios da sociedade, quando as crianças os sugam com o leite.
Eis um exemplo que, como cada um pode julgar, pertence mais à regra do que à exceção.
Numa família de nosso conhecimento há uma menina de quatro a cinco anos, de rara inteligência, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, ou seja, é um pouco caprichosa, chorona, teimosa, e nem sempre agradece quando lhe dão alguma coisa, o que os pais cuidam bem de corrigir porque, fora desses pequenos defeitos, segundo eles, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada.
Vejamos como eles agem para lhe tirar essas pequenas manchas e conservar o ouro em sua pureza.
Certo dia trouxeram um doce à criança e, como de costume, lhe disseram:
“Tu o comerás se fores ajuizada”.
Primeira lição de gulodice.
Quantas vezes, à mesa, não acontece dizerem a uma criança que não comerá tal guloseima se chorar.
Dizem:
“Faz isto ou faze aquilo e terás creme”, ou qualquer outra coisa que lhe apeteça;
e a criança é constrangida, não pela razão, mas tendo em vista a satisfação de um desejo sensual que incentivam.
É ainda muito pior quando lhe dizem, o que não é menos frequente, que darão a sua parte a uma outra.
Aqui já não é só a gulodice que está em jogo, é a inveja.
A criança fará o que lhe pedem, não só para ter, mas para que a outra não tenha.
Querem lhe dar uma lição de generosidade?
Então dizem: “Dá esta fruta ou este brinquedo a alguém”.
Se ela recusa, não deixam de acrescentar, para nela estimular um bom sentimento:
“Eu te darei um outro.”
Assim, a criança só se decide a ser generosa quando está certa de nada perder.
Um dia testemunhamos um facto bem característico neste género.
Era uma criança de cerca de dois anos e meio, a quem tinham feito semelhante ameaça, acrescentando:
“Nós o daremos ao irmãozinho e tu não comerás.”
E, para tornar a lição mais sensível, puseram a porção no prato deste;
mas o irmãozinho, levando a coisa a sério, comeu a porção.
À vista disto, o outro ficou vermelho e não era preciso ser pai ou mãe para ver o lampejo de cólera e de ódio que brotou de seus olhos.
A semente estava lançada:
poderia produzir bom grão?
Voltemos à menina, da qual falamos.
Continua...
Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais alimentada pelos mesmos hábitos da educação.
Tem-se a impressão que, desde o berço, a gente se esforça para excitar certas paixões que, mais tarde, se tornam uma segunda natureza, e nos admiramos dos vícios da sociedade, quando as crianças os sugam com o leite.
Eis um exemplo que, como cada um pode julgar, pertence mais à regra do que à exceção.
Numa família de nosso conhecimento há uma menina de quatro a cinco anos, de rara inteligência, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, ou seja, é um pouco caprichosa, chorona, teimosa, e nem sempre agradece quando lhe dão alguma coisa, o que os pais cuidam bem de corrigir porque, fora desses pequenos defeitos, segundo eles, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada.
Vejamos como eles agem para lhe tirar essas pequenas manchas e conservar o ouro em sua pureza.
Certo dia trouxeram um doce à criança e, como de costume, lhe disseram:
“Tu o comerás se fores ajuizada”.
Primeira lição de gulodice.
Quantas vezes, à mesa, não acontece dizerem a uma criança que não comerá tal guloseima se chorar.
Dizem:
“Faz isto ou faze aquilo e terás creme”, ou qualquer outra coisa que lhe apeteça;
e a criança é constrangida, não pela razão, mas tendo em vista a satisfação de um desejo sensual que incentivam.
É ainda muito pior quando lhe dizem, o que não é menos frequente, que darão a sua parte a uma outra.
Aqui já não é só a gulodice que está em jogo, é a inveja.
A criança fará o que lhe pedem, não só para ter, mas para que a outra não tenha.
Querem lhe dar uma lição de generosidade?
Então dizem: “Dá esta fruta ou este brinquedo a alguém”.
Se ela recusa, não deixam de acrescentar, para nela estimular um bom sentimento:
“Eu te darei um outro.”
Assim, a criança só se decide a ser generosa quando está certa de nada perder.
Um dia testemunhamos um facto bem característico neste género.
Era uma criança de cerca de dois anos e meio, a quem tinham feito semelhante ameaça, acrescentando:
“Nós o daremos ao irmãozinho e tu não comerás.”
E, para tornar a lição mais sensível, puseram a porção no prato deste;
mas o irmãozinho, levando a coisa a sério, comeu a porção.
À vista disto, o outro ficou vermelho e não era preciso ser pai ou mãe para ver o lampejo de cólera e de ódio que brotou de seus olhos.
A semente estava lançada:
poderia produzir bom grão?
Voltemos à menina, da qual falamos.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Como não levou em consideração a ameaça, sabendo por experiência que raramente a executavam, desta vez os pais foram mais firmes, pois compreenderam a necessidade de dominar esse pequeno carácter, e não esperar que a idade lhe tivesse feito adquirir um mau hábito.
Diziam que é preciso formar as crianças desde cedo, máxima muito sábia e, para a pôr em prática, eis o que fizeram:
“Eu te prometo - disse a mãe - que se não obedeceres, amanhã cedo darei o teu bolo à primeira criança pobre que passar.”
Dito e feito.
Desta vez cederam e lhe deram uma boa lição.
Assim, no dia seguinte de manhã, tendo sido avistada uma pequena mendiga na rua, fizeram-na entrar, obrigaram a filha a tomá-la pela mão e ela mesma lhe dar o seu bolo.
Acerca disto elogiaram a sua docilidade.
Moralidade:
a filha disse:
“Se eu soubesse disto teria tido pressa em comer o bolo ontem.”
E todos aplaudiram esta resposta espirituosa.
Com efeito, a criança tinha recebido uma forte lição, mas lição de puro egoísmo, da qual não deixará de aproveitar outra vez, pois agora sabe o que custa a generosidade forçada.
Resta saber que frutos dará mais tarde esta semente, quando, com mais idade, a criança fizer aplicação dessa moral em coisas mais sérias que um bolo.
Sabem-se todos os pensamentos que este único facto pode ter feito germinar nessa cabecinha?
Depois disto, como querem que uma criança não seja egoísta quando, em vez de nela despertar o prazer de dar e de lhe representar a felicidade de quem recebe, impõem-lhe um sacrifício como punição?
Não é inspirar aversão ao acto de dar àqueles que têm necessidade?
Um outro hábito, igualmente frequente, é o de castigar a criança mandando-a comer na cozinha com os empregados domésticos.
A punição está menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir para a mesa dos criados.
Assim se acha inoculado, desde a mais tenra idade, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, numa palavra, que são consideradas como as chagas da Humanidade.
É preciso ser dotado de uma natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável e onde não podem encontrar o contrapeso da vontade, nem da experiência.
Assim, por pouco que aí se ache o germe das más paixões, o que é o caso mais comum, considerando-se a natureza da maioria dos Espíritos que encarnam na Terra, não pode senão desenvolver-se sob tais influências, ao passo que seria preciso espreitar-lhe os menores traços para os abafar.
Sem dúvida a falta é dos pais;
mas, é bom dizer, muitas vezes estes pecam mais por ignorância do que por má vontade.
Em muitos há, incontestavelmente, uma censurável despreocupação, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que nada vale, ou que é mal aplicado.
Continua...
Como não levou em consideração a ameaça, sabendo por experiência que raramente a executavam, desta vez os pais foram mais firmes, pois compreenderam a necessidade de dominar esse pequeno carácter, e não esperar que a idade lhe tivesse feito adquirir um mau hábito.
Diziam que é preciso formar as crianças desde cedo, máxima muito sábia e, para a pôr em prática, eis o que fizeram:
“Eu te prometo - disse a mãe - que se não obedeceres, amanhã cedo darei o teu bolo à primeira criança pobre que passar.”
Dito e feito.
Desta vez cederam e lhe deram uma boa lição.
Assim, no dia seguinte de manhã, tendo sido avistada uma pequena mendiga na rua, fizeram-na entrar, obrigaram a filha a tomá-la pela mão e ela mesma lhe dar o seu bolo.
Acerca disto elogiaram a sua docilidade.
Moralidade:
a filha disse:
“Se eu soubesse disto teria tido pressa em comer o bolo ontem.”
E todos aplaudiram esta resposta espirituosa.
Com efeito, a criança tinha recebido uma forte lição, mas lição de puro egoísmo, da qual não deixará de aproveitar outra vez, pois agora sabe o que custa a generosidade forçada.
Resta saber que frutos dará mais tarde esta semente, quando, com mais idade, a criança fizer aplicação dessa moral em coisas mais sérias que um bolo.
Sabem-se todos os pensamentos que este único facto pode ter feito germinar nessa cabecinha?
Depois disto, como querem que uma criança não seja egoísta quando, em vez de nela despertar o prazer de dar e de lhe representar a felicidade de quem recebe, impõem-lhe um sacrifício como punição?
Não é inspirar aversão ao acto de dar àqueles que têm necessidade?
Um outro hábito, igualmente frequente, é o de castigar a criança mandando-a comer na cozinha com os empregados domésticos.
A punição está menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir para a mesa dos criados.
Assim se acha inoculado, desde a mais tenra idade, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, numa palavra, que são consideradas como as chagas da Humanidade.
É preciso ser dotado de uma natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável e onde não podem encontrar o contrapeso da vontade, nem da experiência.
Assim, por pouco que aí se ache o germe das más paixões, o que é o caso mais comum, considerando-se a natureza da maioria dos Espíritos que encarnam na Terra, não pode senão desenvolver-se sob tais influências, ao passo que seria preciso espreitar-lhe os menores traços para os abafar.
Sem dúvida a falta é dos pais;
mas, é bom dizer, muitas vezes estes pecam mais por ignorância do que por má vontade.
Em muitos há, incontestavelmente, uma censurável despreocupação, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que nada vale, ou que é mal aplicado.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam ser instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de os cumprir.
Não basta ao médico saber que deve procurar curar:
é preciso saber como proceder.
Ora, para os pais, onde os meios de instruir-se nesta parte tão importante de sua tarefa?
Hoje se dá muita instrução à mulher;
submetem-na a exames rigorosos;
mas jamais exigiriam de uma mãe que ela soubesse como agir para formar o moral de seu filho.
Ensinam-lhe receitas caseiras, mas não a iniciam nos mil e um segredos de governar os jovens corações.
Assim, os pais são abandonados, sem guia, à sua iniciativa, razão por que tantas vezes enveredam por falsa rota;
também recolhem, nas imperfeições dos filhos já crescidos, o fruto amargo de sua inexperiência ou de uma ternura mal entendida, e a sociedade inteira lhes recebe o contra-golpe.
Considerando-se que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas, enquanto reinarem na Terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade.
É preciso, pois, atacá-los no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes.
Pode o Espiritismo remediar esse mal?
Sem nenhuma dúvida;
e não vacilamos em dizer que é o único bastante poderoso para o fazer cessar, a saber:
por um novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais;
fazendo conhecer a fonte das qualidades inactas, boas ou más;
mostrando a acção que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados;
dando a fé inabalável que sanciona os deveres;
enfim, moralizando os próprios pais.
Ele já prova sua eficácia pela maneira mais racional pela qual são educadas as crianças nas famílias verdadeiramente espíritas.
Os novos horizontes que abre o Espiritismo fazem ver as coisas de modo bem diverso;
sendo o seu objectivo o progresso moral da Humanidade, forçosamente deverá projectar luz sobre a grave questão da educação moral, fonte primeira da moralização das massas.
Um dia compreenderão que este ramo da educação tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, numa palavra, que é uma verdadeira ciência;
talvez um dia, também, haverão de impor a toda mãe de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como impõem ao advogado a de conhecer o Direito.
Texto de Allan Kardec, extraído da Revista Espírita de fevereiro de 1864, ed. FEB.
Allan Kardec
§.§.§- O-canto-da-ave
Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam ser instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de os cumprir.
Não basta ao médico saber que deve procurar curar:
é preciso saber como proceder.
Ora, para os pais, onde os meios de instruir-se nesta parte tão importante de sua tarefa?
Hoje se dá muita instrução à mulher;
submetem-na a exames rigorosos;
mas jamais exigiriam de uma mãe que ela soubesse como agir para formar o moral de seu filho.
Ensinam-lhe receitas caseiras, mas não a iniciam nos mil e um segredos de governar os jovens corações.
Assim, os pais são abandonados, sem guia, à sua iniciativa, razão por que tantas vezes enveredam por falsa rota;
também recolhem, nas imperfeições dos filhos já crescidos, o fruto amargo de sua inexperiência ou de uma ternura mal entendida, e a sociedade inteira lhes recebe o contra-golpe.
Considerando-se que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas, enquanto reinarem na Terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade.
É preciso, pois, atacá-los no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes.
Pode o Espiritismo remediar esse mal?
Sem nenhuma dúvida;
e não vacilamos em dizer que é o único bastante poderoso para o fazer cessar, a saber:
por um novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais;
fazendo conhecer a fonte das qualidades inactas, boas ou más;
mostrando a acção que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados;
dando a fé inabalável que sanciona os deveres;
enfim, moralizando os próprios pais.
Ele já prova sua eficácia pela maneira mais racional pela qual são educadas as crianças nas famílias verdadeiramente espíritas.
Os novos horizontes que abre o Espiritismo fazem ver as coisas de modo bem diverso;
sendo o seu objectivo o progresso moral da Humanidade, forçosamente deverá projectar luz sobre a grave questão da educação moral, fonte primeira da moralização das massas.
Um dia compreenderão que este ramo da educação tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, numa palavra, que é uma verdadeira ciência;
talvez um dia, também, haverão de impor a toda mãe de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como impõem ao advogado a de conhecer o Direito.
Texto de Allan Kardec, extraído da Revista Espírita de fevereiro de 1864, ed. FEB.
Allan Kardec
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Mais belos trajes da alma (Um dos)
O médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega, e de forma ríspida, pergunta:
Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranquilidade, o médico responde: Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Impaciente, a mulher indaga: Será que o senhor é surdo?
Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contesta ele:
Senhora, o médico sou eu. Em que posso ajudá-la?
Como?! O senhor?!?! Com esta roupa?
Ah, senhora! Desculpe-me!
Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...
Oh! Desculpe, doutor! Boa tarde!
É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...
Veja bem as coisas como são...- diz o médico -... As vestes parecem não dizer muitas coisas mesmo...
Quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos, e depois daria um simpaticíssimo "Boa tarde!"
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...
Um dos mais belos trajes da alma é, certamente, a educação.
Educação que, no exemplo em questão, significa cordialidade, polidez, trato adequado para com as pessoas.
São tantos ainda no mundo que não têm tato algum no tratamento para com os outros!
Sofrem e fazem os outros sofrerem com isso.
Parece que vivem sempre à beira de um ataque de nervos, centrados apenas em si, em suas necessidades urgentes e mais nada.
O mundo gira ao seu redor e para lhes servir.
Os outros parecem viver num mundo à parte, menos importante que o seu.
Esses tais modos vêm da infância, claro, em primeiro lugar.
Dos exemplos recebidos da família em anos e anos de convivência.
Mas também precisam vir da compreensão do ser humano, entendendo todos como seus irmãos.
Não há escolhidos na face da Terra.
Não há aqueles que são mais ou menos importantes.
Fomos nós, em nossa pequenez de Espíritos imperfeitos, que criamos essas hierarquias absurdas, onde se chega ao cúmulo de julgar alguém pelas roupas que veste.
Quem planta sorrisos e gentileza recebe alegria e gratidão, e vê muitas portas da vida se abrindo naturalmente, através da força estupenda da bondade.
O bem é muito mais forte que o mal.
O bem responde com muito mais rapidez e segurança às tantas e tantas questões que a existência nos apresenta, na forma de desafios.
Ser gentil, ser cordial é receber a vida e as pessoas de braços abertos, sem medo de agir no bem.
Ser bem educado é contribuir com a semeadura do amor na face da Terra, substituindo, gradualmente, tantas ervas daninhas que ainda existem nesses campos, por flores e mais flores de felicidade.
Ser fraterno, em todas as ocasiões, é vestir-se com este que é um dos mais belos trajes da alma: a educação.
Momento Espírita, com base em conto de autoria desconhecida.
§.§.§- O-canto-da-ave
Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranquilidade, o médico responde: Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Impaciente, a mulher indaga: Será que o senhor é surdo?
Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contesta ele:
Senhora, o médico sou eu. Em que posso ajudá-la?
Como?! O senhor?!?! Com esta roupa?
Ah, senhora! Desculpe-me!
Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...
Oh! Desculpe, doutor! Boa tarde!
É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...
Veja bem as coisas como são...- diz o médico -... As vestes parecem não dizer muitas coisas mesmo...
Quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos, e depois daria um simpaticíssimo "Boa tarde!"
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...
Um dos mais belos trajes da alma é, certamente, a educação.
Educação que, no exemplo em questão, significa cordialidade, polidez, trato adequado para com as pessoas.
São tantos ainda no mundo que não têm tato algum no tratamento para com os outros!
Sofrem e fazem os outros sofrerem com isso.
Parece que vivem sempre à beira de um ataque de nervos, centrados apenas em si, em suas necessidades urgentes e mais nada.
O mundo gira ao seu redor e para lhes servir.
Os outros parecem viver num mundo à parte, menos importante que o seu.
Esses tais modos vêm da infância, claro, em primeiro lugar.
Dos exemplos recebidos da família em anos e anos de convivência.
Mas também precisam vir da compreensão do ser humano, entendendo todos como seus irmãos.
Não há escolhidos na face da Terra.
Não há aqueles que são mais ou menos importantes.
Fomos nós, em nossa pequenez de Espíritos imperfeitos, que criamos essas hierarquias absurdas, onde se chega ao cúmulo de julgar alguém pelas roupas que veste.
Quem planta sorrisos e gentileza recebe alegria e gratidão, e vê muitas portas da vida se abrindo naturalmente, através da força estupenda da bondade.
O bem é muito mais forte que o mal.
O bem responde com muito mais rapidez e segurança às tantas e tantas questões que a existência nos apresenta, na forma de desafios.
Ser gentil, ser cordial é receber a vida e as pessoas de braços abertos, sem medo de agir no bem.
Ser bem educado é contribuir com a semeadura do amor na face da Terra, substituindo, gradualmente, tantas ervas daninhas que ainda existem nesses campos, por flores e mais flores de felicidade.
Ser fraterno, em todas as ocasiões, é vestir-se com este que é um dos mais belos trajes da alma: a educação.
Momento Espírita, com base em conto de autoria desconhecida.
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Kardec e os Detratores
Comumente encontrarmos, aqui e ali, ferrenhos opositores dos postulados espíritas.
Embebidos de um forte sentimento de repulsa, lançam mão de diversos argumentos para afirmarem que o Espiritismo é "coisa" do demónio, para pessoas leigas, de gente "bitolada".
De modo agressivo, tentam dissuadir-nos da crença na reencarnação, na mediunidade, na multiplicidade de mundos habitados...
Muitas vezes nos ofendemos com tais pessoas e sentimos um forte desejo de sair em defesa, criticando-lhes os pontos de vista, os absurdos bíblicos, o materialismo cego, o egocentrismo desmedido e tantas fórmulas esdrúxulas de que se utilizam.
Todavia, procedendo assim longe estaremos de nos diferenciarmos desses irmãos, assumindo postura semelhante.
Nesses momentos de descontentamento, a figura do Mestre Lionês deve ser o nosso exemplo.
Sempre procurado por diverso tipo de pessoas e submetido a toda sorte de perguntas, nunca se exacerbou, deixando que o descontrole dele tomasse conta.
Quando percebia no questionador o propósito único de depreciar a imagem da Doutrina, argumentava, ponderado, que nenhum interesse tinha em submeter-se aos seus caprichos, pois o objectivo do Espiritismo não é criar prosélitos, mas sim, levar aqueles de crença sincera a buscarem o melhor para si próprios.
Embora muitos fossem homens de notável cultura, não se preocupava em convencê-los, compreendendo as necessidades de cada um e respeitando as suas convicções.
Ao sentir no opositor um fanático religioso, ouvia-o com atenção e em momento algum lançava mão de argumentos ofensivos, respondendo a contento as perguntas propostas e esclarecendo ao interlocutor os pontos doutrinários espíritas, sempre brando e enérgico, nunca agressivo e submisso.
Se buscado por aqueles que nada tinham contra a Doutrina e que se imbuíam de um desejo verdadeiro de aprender, com a mesma paciência e disposição prestava esclarecimentos e, caso solicitado, encaminhava estes a um estudo mais sério e detido das manifestações, levando-os à compreensão que ele mesmo já havia logrado.
Portanto, se pretendemos a defesa doutrinária do Espiritismo, a única forma de não sucumbirmos é seguir as pegadas de Kardec.
Ao invés de retribuirmos a ofensa com o desequilíbrio, devemos ser firmes em realçar as verdades espíritas sem, contudo, condenar as "verdades" que esta ou aquela pessoa queira nos impor, deixando que o tempo se encarregue de fazê-las enxergar seus equívocos.
E, caso não nos seja suficiente toda essa argumentação, ouçamos o próprio Allan Kardec a dizer:
"Quando uma coisa é má, todos os elogios não a tornarão boa.
Se o Espiritismo é um erro, ele cairá por si mesmo;
se é uma verdade, todas as diatribes não farão dele uma mentira."
(O Que é o Espiritismo, cap. I, pág. 16, ed. IDE).
Pedro Camilo
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Embebidos de um forte sentimento de repulsa, lançam mão de diversos argumentos para afirmarem que o Espiritismo é "coisa" do demónio, para pessoas leigas, de gente "bitolada".
De modo agressivo, tentam dissuadir-nos da crença na reencarnação, na mediunidade, na multiplicidade de mundos habitados...
Muitas vezes nos ofendemos com tais pessoas e sentimos um forte desejo de sair em defesa, criticando-lhes os pontos de vista, os absurdos bíblicos, o materialismo cego, o egocentrismo desmedido e tantas fórmulas esdrúxulas de que se utilizam.
Todavia, procedendo assim longe estaremos de nos diferenciarmos desses irmãos, assumindo postura semelhante.
Nesses momentos de descontentamento, a figura do Mestre Lionês deve ser o nosso exemplo.
Sempre procurado por diverso tipo de pessoas e submetido a toda sorte de perguntas, nunca se exacerbou, deixando que o descontrole dele tomasse conta.
Quando percebia no questionador o propósito único de depreciar a imagem da Doutrina, argumentava, ponderado, que nenhum interesse tinha em submeter-se aos seus caprichos, pois o objectivo do Espiritismo não é criar prosélitos, mas sim, levar aqueles de crença sincera a buscarem o melhor para si próprios.
Embora muitos fossem homens de notável cultura, não se preocupava em convencê-los, compreendendo as necessidades de cada um e respeitando as suas convicções.
Ao sentir no opositor um fanático religioso, ouvia-o com atenção e em momento algum lançava mão de argumentos ofensivos, respondendo a contento as perguntas propostas e esclarecendo ao interlocutor os pontos doutrinários espíritas, sempre brando e enérgico, nunca agressivo e submisso.
Se buscado por aqueles que nada tinham contra a Doutrina e que se imbuíam de um desejo verdadeiro de aprender, com a mesma paciência e disposição prestava esclarecimentos e, caso solicitado, encaminhava estes a um estudo mais sério e detido das manifestações, levando-os à compreensão que ele mesmo já havia logrado.
Portanto, se pretendemos a defesa doutrinária do Espiritismo, a única forma de não sucumbirmos é seguir as pegadas de Kardec.
Ao invés de retribuirmos a ofensa com o desequilíbrio, devemos ser firmes em realçar as verdades espíritas sem, contudo, condenar as "verdades" que esta ou aquela pessoa queira nos impor, deixando que o tempo se encarregue de fazê-las enxergar seus equívocos.
E, caso não nos seja suficiente toda essa argumentação, ouçamos o próprio Allan Kardec a dizer:
"Quando uma coisa é má, todos os elogios não a tornarão boa.
Se o Espiritismo é um erro, ele cairá por si mesmo;
se é uma verdade, todas as diatribes não farão dele uma mentira."
(O Que é o Espiritismo, cap. I, pág. 16, ed. IDE).
Pedro Camilo
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Jesus
Há dois mil anos surgiu um Homem, entre os milhões de habitantes terrestres...
E Esse Homem veio tornar-se o centro da história da humanidade.
Muita mais do que isso:
Ele tornou um marco para a história da humanidade, de tal modo que até o tempo histórico é contado tendo-O como referência...
Era uma luminosa escuridão
– Esse homem... Não bajulava a nenhum poderoso – e não espezinhava nenhum miserável.
Diáfano como um cristal era o Seu carácter – e, no entanto, é Ele o maior mistério de todos os séculos.
Poeta algum conseguiu atingir-Lhe as excelsitudes – filósofo algum valeu exaurir-Lhe as profundezas...
Esse homem não repudiava “madalenas” nem apedrejava adúlteras – mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida.
Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais – o que Nele havia de maior era Ele mesmo.
Havia inocentes com sorriso nos lábios – e doentes com lágrimas nos olhos.
Havia apóstolos – e apóstatas...
Brincava nos caminhos Desse homem a mais bela das primaveras – e espreitava-Lhe os passos a mais negra das mortes.
Sobre suas prédicas Mahatma Gandhi dizia que eram a mais bela que conhecera à face da Terra e que bastaria que 1/3 daqueles que dizem segui-Lo colocassem em prática sua doutrina para mudar socialmente a face da Terra.
Para o Iluminado da Índia o Sermão do Monte é a mais bela página da humanidade e por si só preservaria os patrimónios espirituais humanos, ainda que se perdessem os livros sagrados de todas as religiões.
Mesmo que Ele fosse um mito, alguém teria que ter concebido as Suas ideias superiores que chegam até nós.
Ele era um homem de singular virtude, que seus companheiros chamam Filho de Deus.
Públio Lentulos dizia que Ele curava os enfermos e levantava os mortos, era belo de figura e atraia os olhares.
Seu rosto inspirava amor e temor ao mesmo tempo.
Seus cabelos eram compridos e louros, lisos até as orelhas, e das orelhas para baixo cresciam crespos anelados.
Dividia-os ao meio uma risca e chegavam-lhes aos ombros segundo o costume da gente de Nazareth.
As faces cobriam de leve rubor.
O nariz era bem contornado, e a barba crescia, um pouco mais escura do que os cabelos, dividida em duas pontas.
Seu olhar revelava sabedoria e candura.
Tinha olhos azuis com reflexos de várias cores.
Este homem amável ao conversar, tornava-se terrível ao fazer qualquer repreensão.
Mas mesmo assim sentia-se Nele um sentimento de segurança e serenidade.
Continua...
E Esse Homem veio tornar-se o centro da história da humanidade.
Muita mais do que isso:
Ele tornou um marco para a história da humanidade, de tal modo que até o tempo histórico é contado tendo-O como referência...
Era uma luminosa escuridão
– Esse homem... Não bajulava a nenhum poderoso – e não espezinhava nenhum miserável.
Diáfano como um cristal era o Seu carácter – e, no entanto, é Ele o maior mistério de todos os séculos.
Poeta algum conseguiu atingir-Lhe as excelsitudes – filósofo algum valeu exaurir-Lhe as profundezas...
Esse homem não repudiava “madalenas” nem apedrejava adúlteras – mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida.
Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais – o que Nele havia de maior era Ele mesmo.
Havia inocentes com sorriso nos lábios – e doentes com lágrimas nos olhos.
Havia apóstolos – e apóstatas...
Brincava nos caminhos Desse homem a mais bela das primaveras – e espreitava-Lhe os passos a mais negra das mortes.
Sobre suas prédicas Mahatma Gandhi dizia que eram a mais bela que conhecera à face da Terra e que bastaria que 1/3 daqueles que dizem segui-Lo colocassem em prática sua doutrina para mudar socialmente a face da Terra.
Para o Iluminado da Índia o Sermão do Monte é a mais bela página da humanidade e por si só preservaria os patrimónios espirituais humanos, ainda que se perdessem os livros sagrados de todas as religiões.
Mesmo que Ele fosse um mito, alguém teria que ter concebido as Suas ideias superiores que chegam até nós.
Ele era um homem de singular virtude, que seus companheiros chamam Filho de Deus.
Públio Lentulos dizia que Ele curava os enfermos e levantava os mortos, era belo de figura e atraia os olhares.
Seu rosto inspirava amor e temor ao mesmo tempo.
Seus cabelos eram compridos e louros, lisos até as orelhas, e das orelhas para baixo cresciam crespos anelados.
Dividia-os ao meio uma risca e chegavam-lhes aos ombros segundo o costume da gente de Nazareth.
As faces cobriam de leve rubor.
O nariz era bem contornado, e a barba crescia, um pouco mais escura do que os cabelos, dividida em duas pontas.
Seu olhar revelava sabedoria e candura.
Tinha olhos azuis com reflexos de várias cores.
Este homem amável ao conversar, tornava-se terrível ao fazer qualquer repreensão.
Mas mesmo assim sentia-se Nele um sentimento de segurança e serenidade.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Ninguém nunca o via rir.
Muitos no entanto O tinham visto chorar.
Era de estatura normal, corpo erecto, mãos e braços tão belos que era um prazer contemplá-los.
Sua Voz era grave.
Falava pouco.
Era modesto.
Era belo quanto um homem podia ser belo.
Chamavam-lhe Jesus."
Ele, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e económicos da humanidade.
Ele é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade, exemplo claro de comportamento moral que reflecte a identidade do ser com o Universo e com Deus.
Para a maioria dos teólogos, Ele é objecto de estudo, nas letras do Velho e do Testamento'>Novo Testamento, imprimindo novo rumo às interpretações de fé.
Para os filósofos, Ele é o centro de polémicas e cogitações infindáveis.
Para nós espíritas, Jesus foi, é e será sempre a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião.
“Tudo tem passado nestes dois mil anos, na Terra – mas a [Sua] Palavra brilha como um Sol sem ocaso, guiando as ovelhas tresmalhadas, os cordeiros perdidos do Rebanho de Israel à porta do aprisco, para restituí-los ao Bom Pastor”
A figura de fulgor resplandecente do Filho de Deus continua sempre, em todos os tempos, como o Guia Espiritual da Humanidade terrena, amando-a e instruindo-a com paciência infinita.
Proclamando as bem-aventuranças à turba no monte, não a induz para a violência, a fim de assaltar o celeiro dos outros.
Multiplica, Ele mesmo, o pão que a reconforte e alimente.
Não convida o povo a reivindicações.
Aconselha respeito aos patrimónios da direcção política, na sábia fórmula com que recomendava seja dado “a César o que é de César”.
Demonstrando as preocupações que o tomavam, perante a renovação do mundo individual, não se contentou em sentar-se no trono directivo, em que os generais e os legisladores costumam ditar determinações...
Desceu, Ele próprio, ao seio do povo e entendeu-se pessoalmente com os velhos e os enfermos, com as mulheres e as crianças.
Entreteve-se em dilatadas conversações com as criaturas transviadas e reconhecidamente infelizes.
Usou a bondade fraternal para com Madalena, a obsidiada, quanto emprega a gentileza no trato com Zaqueu, o rico.
Reconhecendo que a tirania e a dor deveriam permanecer, ainda, por largo tempo, na Terra, na condição de males necessários à rectificação das inteligências, o Benfeitor Celeste foi, acima de tudo, o orientador da transformação individual, o único movimento de liberação do espírito, com bases no esforço próprio e na renúncia ao próprio “eu”.
Continua...
Ninguém nunca o via rir.
Muitos no entanto O tinham visto chorar.
Era de estatura normal, corpo erecto, mãos e braços tão belos que era um prazer contemplá-los.
Sua Voz era grave.
Falava pouco.
Era modesto.
Era belo quanto um homem podia ser belo.
Chamavam-lhe Jesus."
Ele, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e económicos da humanidade.
Ele é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade, exemplo claro de comportamento moral que reflecte a identidade do ser com o Universo e com Deus.
Para a maioria dos teólogos, Ele é objecto de estudo, nas letras do Velho e do Testamento'>Novo Testamento, imprimindo novo rumo às interpretações de fé.
Para os filósofos, Ele é o centro de polémicas e cogitações infindáveis.
Para nós espíritas, Jesus foi, é e será sempre a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião.
“Tudo tem passado nestes dois mil anos, na Terra – mas a [Sua] Palavra brilha como um Sol sem ocaso, guiando as ovelhas tresmalhadas, os cordeiros perdidos do Rebanho de Israel à porta do aprisco, para restituí-los ao Bom Pastor”
A figura de fulgor resplandecente do Filho de Deus continua sempre, em todos os tempos, como o Guia Espiritual da Humanidade terrena, amando-a e instruindo-a com paciência infinita.
Proclamando as bem-aventuranças à turba no monte, não a induz para a violência, a fim de assaltar o celeiro dos outros.
Multiplica, Ele mesmo, o pão que a reconforte e alimente.
Não convida o povo a reivindicações.
Aconselha respeito aos patrimónios da direcção política, na sábia fórmula com que recomendava seja dado “a César o que é de César”.
Demonstrando as preocupações que o tomavam, perante a renovação do mundo individual, não se contentou em sentar-se no trono directivo, em que os generais e os legisladores costumam ditar determinações...
Desceu, Ele próprio, ao seio do povo e entendeu-se pessoalmente com os velhos e os enfermos, com as mulheres e as crianças.
Entreteve-se em dilatadas conversações com as criaturas transviadas e reconhecidamente infelizes.
Usou a bondade fraternal para com Madalena, a obsidiada, quanto emprega a gentileza no trato com Zaqueu, o rico.
Reconhecendo que a tirania e a dor deveriam permanecer, ainda, por largo tempo, na Terra, na condição de males necessários à rectificação das inteligências, o Benfeitor Celeste foi, acima de tudo, o orientador da transformação individual, o único movimento de liberação do espírito, com bases no esforço próprio e na renúncia ao próprio “eu”.
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Re: Momentos Espíritas
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Para isso, lutou, amou, serviu e sofreu até à cruz, confirmando, com o próprio sacrifício, a sua Doutrina de revolução interior, quando disse:
“e aquele que deseje fazer-se o maior no Reino do Céu, seja no mundo o servidor de todos.”
O Espiritismo vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o sentimento e a razão podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano.
Sabemos não ser a experiência humana uma estação de prazer, por isso, continuemos trabalhando no ministério do Cristo, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem violências e presunções, Ele foi tido por imprudente e rebelde, transgressor da lei e inimigo da população, sendo escolhido por essa mesma multidão para receber com a cruz a gloriosa coroa de espinhos, mas sob o influxo do bom ânimo Ele venceu o mundo!
Até porque o sacrifício Dele não deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário.
O Gólgota representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta.
Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino.
Entretanto, a dor material é um fenómeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais.
Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.
Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
Em realidade qualquer palavra , expressão poética, artística, filosófica e qualquer louvor em Sua memória significarão apagada homenagem em face do que Ele representa para cada um de nós.
Referências:
Rohden, Humberto. De alma para alma, SP: Editora: Martin Claret, 20ª ed, 2 001
Idem
Descrição feita pelo pró-consul Públios Lentulos
Disponível em <http:// www.sbee.com.br> acessado em 06/01/06
SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus, SP: ed. O Clarim– Matão, 1993, p. s/n
Xavier, Francisco Cândido. Roteiro, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB – 10a ed.
Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB – 16a. edição
Jorge Hessen
§.§.§- O-canto-da-ave
Para isso, lutou, amou, serviu e sofreu até à cruz, confirmando, com o próprio sacrifício, a sua Doutrina de revolução interior, quando disse:
“e aquele que deseje fazer-se o maior no Reino do Céu, seja no mundo o servidor de todos.”
O Espiritismo vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o sentimento e a razão podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano.
Sabemos não ser a experiência humana uma estação de prazer, por isso, continuemos trabalhando no ministério do Cristo, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem violências e presunções, Ele foi tido por imprudente e rebelde, transgressor da lei e inimigo da população, sendo escolhido por essa mesma multidão para receber com a cruz a gloriosa coroa de espinhos, mas sob o influxo do bom ânimo Ele venceu o mundo!
Até porque o sacrifício Dele não deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário.
O Gólgota representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta.
Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino.
Entretanto, a dor material é um fenómeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais.
Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.
Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
Em realidade qualquer palavra , expressão poética, artística, filosófica e qualquer louvor em Sua memória significarão apagada homenagem em face do que Ele representa para cada um de nós.
Referências:
Rohden, Humberto. De alma para alma, SP: Editora: Martin Claret, 20ª ed, 2 001
Idem
Descrição feita pelo pró-consul Públios Lentulos
Disponível em <http:// www.sbee.com.br> acessado em 06/01/06
SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus, SP: ed. O Clarim– Matão, 1993, p. s/n
Xavier, Francisco Cândido. Roteiro, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB – 10a ed.
Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB – 16a. edição
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Porque morremos?
Você já se perguntou por que morremos, afinal?
Não raro a morte, ao aproximar-se de nossos caminhos, traz consigo dor, saudades, incompreensão e revolta.
Se é assim, nada mais natural do que nos perguntarmos:
Para que morrer? Ou, porque morrer?
Será mesmo necessário passarmos, enfrentarmos situação tão dolorosa?
Se fizermos a pergunta a um filósofo, ele nos trará inúmeras propostas, discutidas e analisadas por eminentes pensadores, reflexionada por sábios e intelectuais, versando sobre a morte.
Se nos dirigirmos a um biólogo, ele trará as explicações do ciclo de vida da natureza, dos processos biológicos naturais, do envelhecimento da estrutura fisiológica.
Para esse ou aquele religioso, a resposta a essa pergunta se limitaria à expressão:
É a vontade de Deus, nada mais conseguindo acrescentar.
Diria que tudo o mais que cerca o fenómeno da morte é mistério de Deus, insondável para todos nós.
Mas, se alguém nos respondesse que morremos para voltar para casa, qual seria nossa reacção?
O que acharíamos da ideia da morte simplesmente como o retorno ao lar?
Em verdade, o que realmente acontece, é simplesmente isso, a volta para casa, despindo-nos de um corpo físico emprestado por Deus.
Todas as vezes que nascemos, e são inúmeras essas vezes, nos vestimos de um corpo material.
No momento da concepção no ventre materno, como Espírito imortal nos vinculamos ao embrião, para conduzir seu desenvolvimento.
Assim, ao nascermos, já serão nove meses de vínculo íntimo com esse novo corpo físico, que foi, ao longo dessas trinta e seis semanas, se desenvolvendo especialmente para nossa nova existência.
Todo um mundo de novas oportunidades e de aprendizado se inicia com essa nova encarnação.
E, como quem se matricula em uma escola, Deus nos oferece a oportunidade de, ao programarmos uma nova existência, nos matricularmos na escola da vida.
Para os que aqui estamos, a Terra é abençoada escola de aprendizado, que nos oferece oportunidades inúmeras de progresso.
Todas as experiências que temos, sejam elas vinculadas aos louros da vitória e da conquista, ou sejam adornadas pela dor e dificuldades mais variadas, se constituem em aprendizado para a alma.
Assim, como todo bom estudante, devemos aproveitar ao máximo a experiência.
Aproveitar a oportunidade da reencarnação para que os dias que estejamos aqui na Terra nos tornem melhores, para que entendamos mais detalhadamente as coisas de Deus.
E não há experiência na vida que não possa se transformar em aprendizado.
Mesmo nossos erros mais graves são lições que, oportunamente, através da reflexão e do amadurecimento, se transformarão em entendimento do certo e do errado.
Porém, como toda escola, também natural que, depois do período programado para o aprendizado, retornemos ao lar.
Assim se dá connosco. Dia virá onde o retorno ao lar acontecerá inevitavelmente.
E quando o retorno de alguém que amamos se dá antes do prazo que gostaríamos ou imaginávamos, que consigamos substituir a dor, ou qualquer sinal de revolta perante a vida, pelo entendimento.
O entendimento de que, nesse retorno, todos nos reencontraremos, pois estamos vinculados, os que nos amamos, por laços que desconhecem o tempo e a distância.
Encarando a morte como um até breve, jamais como um adeus, conseguiremos tranquilamente enfrentar as temporárias separações.
Pensemos nisso!
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Não raro a morte, ao aproximar-se de nossos caminhos, traz consigo dor, saudades, incompreensão e revolta.
Se é assim, nada mais natural do que nos perguntarmos:
Para que morrer? Ou, porque morrer?
Será mesmo necessário passarmos, enfrentarmos situação tão dolorosa?
Se fizermos a pergunta a um filósofo, ele nos trará inúmeras propostas, discutidas e analisadas por eminentes pensadores, reflexionada por sábios e intelectuais, versando sobre a morte.
Se nos dirigirmos a um biólogo, ele trará as explicações do ciclo de vida da natureza, dos processos biológicos naturais, do envelhecimento da estrutura fisiológica.
Para esse ou aquele religioso, a resposta a essa pergunta se limitaria à expressão:
É a vontade de Deus, nada mais conseguindo acrescentar.
Diria que tudo o mais que cerca o fenómeno da morte é mistério de Deus, insondável para todos nós.
Mas, se alguém nos respondesse que morremos para voltar para casa, qual seria nossa reacção?
O que acharíamos da ideia da morte simplesmente como o retorno ao lar?
Em verdade, o que realmente acontece, é simplesmente isso, a volta para casa, despindo-nos de um corpo físico emprestado por Deus.
Todas as vezes que nascemos, e são inúmeras essas vezes, nos vestimos de um corpo material.
No momento da concepção no ventre materno, como Espírito imortal nos vinculamos ao embrião, para conduzir seu desenvolvimento.
Assim, ao nascermos, já serão nove meses de vínculo íntimo com esse novo corpo físico, que foi, ao longo dessas trinta e seis semanas, se desenvolvendo especialmente para nossa nova existência.
Todo um mundo de novas oportunidades e de aprendizado se inicia com essa nova encarnação.
E, como quem se matricula em uma escola, Deus nos oferece a oportunidade de, ao programarmos uma nova existência, nos matricularmos na escola da vida.
Para os que aqui estamos, a Terra é abençoada escola de aprendizado, que nos oferece oportunidades inúmeras de progresso.
Todas as experiências que temos, sejam elas vinculadas aos louros da vitória e da conquista, ou sejam adornadas pela dor e dificuldades mais variadas, se constituem em aprendizado para a alma.
Assim, como todo bom estudante, devemos aproveitar ao máximo a experiência.
Aproveitar a oportunidade da reencarnação para que os dias que estejamos aqui na Terra nos tornem melhores, para que entendamos mais detalhadamente as coisas de Deus.
E não há experiência na vida que não possa se transformar em aprendizado.
Mesmo nossos erros mais graves são lições que, oportunamente, através da reflexão e do amadurecimento, se transformarão em entendimento do certo e do errado.
Porém, como toda escola, também natural que, depois do período programado para o aprendizado, retornemos ao lar.
Assim se dá connosco. Dia virá onde o retorno ao lar acontecerá inevitavelmente.
E quando o retorno de alguém que amamos se dá antes do prazo que gostaríamos ou imaginávamos, que consigamos substituir a dor, ou qualquer sinal de revolta perante a vida, pelo entendimento.
O entendimento de que, nesse retorno, todos nos reencontraremos, pois estamos vinculados, os que nos amamos, por laços que desconhecem o tempo e a distância.
Encarando a morte como um até breve, jamais como um adeus, conseguiremos tranquilamente enfrentar as temporárias separações.
Pensemos nisso!
Momento Espírita.
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Kardec e a Firmeza de Propósitos
Sem, pois, me deixar influenciar seja pelas ideias de uns, seja pelas de outros, sigo a rota que eu mesmo tracei:
tenho um objectivo, vejo-o, sei como e quando o atingirei e não me inquietam os clamores dos que passam por mim.
Crede, Senhores, as pedras não faltam em meu caminho!
Passo por cima delas, mesmo das mais altas e pesadas.
Se conhecesse a verdadeira causa de certas antipatias e de certos afastamentos, muitas surpresas nos aguardariam!
É ainda preciso, entretanto, mencionar as pessoas que são postas, relativamente a mim, em posições falsas, ridículas e comprometedoras e que procuram se justificar, em última instância, recorrendo a pequenas calúnias:
os que esperavam seduzir-me pelos elogios, crendo levar-me a servir aos seus desígnios e que reconheceram a inutilidade de suas manobras para atrair minha atenção;
aqueles que não elogiei nem incensei e que isso esperavam de mim;
aqueles, enfim, que não me perdoam por ter adivinhado suas intenções e que são como a serpente sobre a qual se pisa.
Se todas essas pessoas decidissem se colocar, por um instante sequer, em uma posição extra-terrena e ver as coisas um pouco mais do alto, compreenderiam bem a puerilidade de quanto as preocupa e não se espantariam com a pouca importância que a tudo isso dão os verdadeiros espíritas.
É que o Espiritismo abre horizontes tão vastos, que a vida corporal, curta e efémera, se apaga com todas as suas vaidades e suas pequenas intrigas, ante o infinito da vida espiritual.
Não devo, entretanto, omitir uma censura que me foi endereçada:
a de nada fazer para trazer de novo a mim as pessoas que se afastam.
Isso é verdadeiro e a reprovação fundamentada.
Eu a mereço, pois jamais dei um único passo nesse sentido e aqui estão os motivos de minha indiferença.
Aqueles que de mim se aproximam, fazem-no porque isto lhes convém;
é menos por minha pessoa do que pela simpatia que lhes desperta os princípios que professo.
Os que se afastam fazem-no porque não lhes convenho ou porque nossa maneira de ver as coisas reciprocamente não concorda.
Por que, então, iria eu contrariá-los, impondo-me a eles?
Parece-me mais conveniente deixá-los em paz.
Ademais, honestamente, carece-me tempo para isso.
Sabe-se que minhas ocupações não me deixam um instante para o repouso.
Além disso, para um que parte, há mil que chegam.
Julgo um dever dedicar-me, acima de tudo, a estes e é isso que faço.
Continua...
tenho um objectivo, vejo-o, sei como e quando o atingirei e não me inquietam os clamores dos que passam por mim.
Crede, Senhores, as pedras não faltam em meu caminho!
Passo por cima delas, mesmo das mais altas e pesadas.
Se conhecesse a verdadeira causa de certas antipatias e de certos afastamentos, muitas surpresas nos aguardariam!
É ainda preciso, entretanto, mencionar as pessoas que são postas, relativamente a mim, em posições falsas, ridículas e comprometedoras e que procuram se justificar, em última instância, recorrendo a pequenas calúnias:
os que esperavam seduzir-me pelos elogios, crendo levar-me a servir aos seus desígnios e que reconheceram a inutilidade de suas manobras para atrair minha atenção;
aqueles que não elogiei nem incensei e que isso esperavam de mim;
aqueles, enfim, que não me perdoam por ter adivinhado suas intenções e que são como a serpente sobre a qual se pisa.
Se todas essas pessoas decidissem se colocar, por um instante sequer, em uma posição extra-terrena e ver as coisas um pouco mais do alto, compreenderiam bem a puerilidade de quanto as preocupa e não se espantariam com a pouca importância que a tudo isso dão os verdadeiros espíritas.
É que o Espiritismo abre horizontes tão vastos, que a vida corporal, curta e efémera, se apaga com todas as suas vaidades e suas pequenas intrigas, ante o infinito da vida espiritual.
Não devo, entretanto, omitir uma censura que me foi endereçada:
a de nada fazer para trazer de novo a mim as pessoas que se afastam.
Isso é verdadeiro e a reprovação fundamentada.
Eu a mereço, pois jamais dei um único passo nesse sentido e aqui estão os motivos de minha indiferença.
Aqueles que de mim se aproximam, fazem-no porque isto lhes convém;
é menos por minha pessoa do que pela simpatia que lhes desperta os princípios que professo.
Os que se afastam fazem-no porque não lhes convenho ou porque nossa maneira de ver as coisas reciprocamente não concorda.
Por que, então, iria eu contrariá-los, impondo-me a eles?
Parece-me mais conveniente deixá-los em paz.
Ademais, honestamente, carece-me tempo para isso.
Sabe-se que minhas ocupações não me deixam um instante para o repouso.
Além disso, para um que parte, há mil que chegam.
Julgo um dever dedicar-me, acima de tudo, a estes e é isso que faço.
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Orgulho?
Desprezo por outrem? Oh! Não!
Honestamente, não!
Eu não desprezo ninguém;
lamento os que agem mal, rogo a Deus e aos Bons Espíritos que façam nascer neles melhores sentimentos.
E isso é tudo.
Se retornam, são sempre recebidos com júbilo.
Mas correr ao seu encalço, isso não me é possível fazer, mesmo em razão do tempo que de mim reclamam as pessoas de boa vontade, e, depois, porque não empresto a certos indivíduos a importância que eles a si próprios atribuem.
Para mim, um homem é um homem, isto apenas!
Meço seu valor por seus actos, por seus sentimentos, nunca por sua posição social.
Pertença ele às mais altas camadas da sociedade, se age mal, se é egoísta e negligente de sua dignidade, é, a meus olhos, inferior ao trabalhador que procede correctamente, e eu aperto mais cordialmente a mão de um homem humilde, cujo coração estou a ouvir, do que a de um potentado cujo peito emudeceu.
A primeira me aquece, a segunda me enregela.
Homens da mais alta posição honram-me com sua visita, porém nunca, por causa deles, um proletário ficou na antecâmara.
Muitas vezes, em meu salão, o príncipe se assenta ao lado do operário.
Se se sentir humilhado, dir-lhe-ei simplesmente que não é digno de ser espírita.
Mas, sinto-me feliz em dizer, eu os vi, muitas vezes, apertarem-se as mãos, fraternalmente, e, então, um pensamento me ocorria:
“Espiritismo, eis um dos teus milagres;
este é o prenúncio de muitos outros prodígios!”
Dependeria de mim abrir as portas da alta sociedade, porém nunca fui nelas bater.
Isso exigiria um tempo que prefiro empregar mais utilmente.
Coloco em primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime!
Não vale mais isto do que os lambris doirados?
Guardo milhares de cartas que para mim mais valem do que todas as honrarias da Terra e que olho como verdadeiros títulos de nobreza.
Assim, pois, não vos espanteis se deixo partir aqueles que me dão as costas.
Allan Kardec Viagem Espírita em 1862 O Clarim, 2. ed., pp. 58-62.
Allan Kardec
§.§.§- O-canto-da-ave
Orgulho?
Desprezo por outrem? Oh! Não!
Honestamente, não!
Eu não desprezo ninguém;
lamento os que agem mal, rogo a Deus e aos Bons Espíritos que façam nascer neles melhores sentimentos.
E isso é tudo.
Se retornam, são sempre recebidos com júbilo.
Mas correr ao seu encalço, isso não me é possível fazer, mesmo em razão do tempo que de mim reclamam as pessoas de boa vontade, e, depois, porque não empresto a certos indivíduos a importância que eles a si próprios atribuem.
Para mim, um homem é um homem, isto apenas!
Meço seu valor por seus actos, por seus sentimentos, nunca por sua posição social.
Pertença ele às mais altas camadas da sociedade, se age mal, se é egoísta e negligente de sua dignidade, é, a meus olhos, inferior ao trabalhador que procede correctamente, e eu aperto mais cordialmente a mão de um homem humilde, cujo coração estou a ouvir, do que a de um potentado cujo peito emudeceu.
A primeira me aquece, a segunda me enregela.
Homens da mais alta posição honram-me com sua visita, porém nunca, por causa deles, um proletário ficou na antecâmara.
Muitas vezes, em meu salão, o príncipe se assenta ao lado do operário.
Se se sentir humilhado, dir-lhe-ei simplesmente que não é digno de ser espírita.
Mas, sinto-me feliz em dizer, eu os vi, muitas vezes, apertarem-se as mãos, fraternalmente, e, então, um pensamento me ocorria:
“Espiritismo, eis um dos teus milagres;
este é o prenúncio de muitos outros prodígios!”
Dependeria de mim abrir as portas da alta sociedade, porém nunca fui nelas bater.
Isso exigiria um tempo que prefiro empregar mais utilmente.
Coloco em primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime!
Não vale mais isto do que os lambris doirados?
Guardo milhares de cartas que para mim mais valem do que todas as honrarias da Terra e que olho como verdadeiros títulos de nobreza.
Assim, pois, não vos espanteis se deixo partir aqueles que me dão as costas.
Allan Kardec Viagem Espírita em 1862 O Clarim, 2. ed., pp. 58-62.
Allan Kardec
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Ingrediente secreto (O)
Aquilo incomodava Ben cada vez que passava pela cozinha.
Era a pequena caixa de metal em cima do fogão de Martha.
Ela continha uma receita secreta da sua mãe.
A caixa não tinha nada de especial.
Era tão velha que a maior parte do vermelho e dourado das suas flores originais havia desbotado.
Podia-se dizer exatamente onde ela havia sido pega tantas vezes.
Não eram somente os dedos de Martha que haviam encostado ali.
Também os dedos da sua mãe e da sua avó.
Martha não tinha certeza, mas achava que talvez até mesmo sua bisavó tivesse usado a caixa e seu ingrediente especial.
Tudo que Ben sabia era que, pouco depois de ter casado, Martha recebera a caixa da mãe, que lhe dissera para usar o conteúdo da mesma forma que ela o havia usado.
E ela o usou, fielmente.
Ben nunca viu Martha preparar um prato sem tirar a caixa da prateleira e colocar uma pitada do ingrediente secreto na receita.
O que quer que houvesse na caixa, com certeza funcionava, pois Ben achava que Martha era a melhor cozinheira do mundo.
Não era o único a ter essa opinião.
Qualquer um que comesse em sua casa elogiava muito a comida de Martha.
De alguma maneira, Martha tinha conseguido fazer o conteúdo da caixa render durante os trinta anos de casamento.
Nunca deixara de produzir resultados de dar água na boca.
Ben ficava cada vez mais tentado a olhar no interior da caixa, mas nunca chegou a fazê-lo.
Até que um dia, enquanto andava pela cozinha, viu a caixa na prateleira.
Ela atraía seus olhos como um imã. Decidiu verificar o que havia lá dentro.
Tinha certeza que Martha não se incomodaria.
Colocou a caixa no balcão e tirou cuidadosamente a tampa.
Estava quase com medo de olhar.
Quando viu o interior da caixa, seus olhos se arregalaram.
Encontrou apenas um pedacinho de papel dobrado no fundo.
Pegou o papel e desdobrou-o cuidadosamente sob a luz da cozinha.
Um bilhete curto estava rabiscado e Ben imediatamente reconheceu a letra como sendo a da mãe de Martha.
De maneira simples dizia: Martha, em tudo o que fizer, acrescente uma pitada de amor.
Ben agora entendia por que tudo que Martha fazia tinha um sabor tão especial.
Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida.
Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as leis que produzem o equilíbrio.
Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais da felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.
Transcendendo definições, o amor é vida exuberante.
É a razão básica da manifestação do ser que pensa e sente.
Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude.
Amar é o grande desafio.
Momento Espírita, com base no cap. O ingrediente secreto de Martha, de Dot Abraham, do livro Histórias para aquecer o coração, v. 1, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Heather Mcnamara, ed. Sextante e frases finais do cap. Amorterapia, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal.
§.§.§- O-canto-da-ave
Era a pequena caixa de metal em cima do fogão de Martha.
Ela continha uma receita secreta da sua mãe.
A caixa não tinha nada de especial.
Era tão velha que a maior parte do vermelho e dourado das suas flores originais havia desbotado.
Podia-se dizer exatamente onde ela havia sido pega tantas vezes.
Não eram somente os dedos de Martha que haviam encostado ali.
Também os dedos da sua mãe e da sua avó.
Martha não tinha certeza, mas achava que talvez até mesmo sua bisavó tivesse usado a caixa e seu ingrediente especial.
Tudo que Ben sabia era que, pouco depois de ter casado, Martha recebera a caixa da mãe, que lhe dissera para usar o conteúdo da mesma forma que ela o havia usado.
E ela o usou, fielmente.
Ben nunca viu Martha preparar um prato sem tirar a caixa da prateleira e colocar uma pitada do ingrediente secreto na receita.
O que quer que houvesse na caixa, com certeza funcionava, pois Ben achava que Martha era a melhor cozinheira do mundo.
Não era o único a ter essa opinião.
Qualquer um que comesse em sua casa elogiava muito a comida de Martha.
De alguma maneira, Martha tinha conseguido fazer o conteúdo da caixa render durante os trinta anos de casamento.
Nunca deixara de produzir resultados de dar água na boca.
Ben ficava cada vez mais tentado a olhar no interior da caixa, mas nunca chegou a fazê-lo.
Até que um dia, enquanto andava pela cozinha, viu a caixa na prateleira.
Ela atraía seus olhos como um imã. Decidiu verificar o que havia lá dentro.
Tinha certeza que Martha não se incomodaria.
Colocou a caixa no balcão e tirou cuidadosamente a tampa.
Estava quase com medo de olhar.
Quando viu o interior da caixa, seus olhos se arregalaram.
Encontrou apenas um pedacinho de papel dobrado no fundo.
Pegou o papel e desdobrou-o cuidadosamente sob a luz da cozinha.
Um bilhete curto estava rabiscado e Ben imediatamente reconheceu a letra como sendo a da mãe de Martha.
De maneira simples dizia: Martha, em tudo o que fizer, acrescente uma pitada de amor.
Ben agora entendia por que tudo que Martha fazia tinha um sabor tão especial.
Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida.
Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as leis que produzem o equilíbrio.
Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais da felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.
Transcendendo definições, o amor é vida exuberante.
É a razão básica da manifestação do ser que pensa e sente.
Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude.
Amar é o grande desafio.
Momento Espírita, com base no cap. O ingrediente secreto de Martha, de Dot Abraham, do livro Histórias para aquecer o coração, v. 1, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Heather Mcnamara, ed. Sextante e frases finais do cap. Amorterapia, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal.
§.§.§- O-canto-da-ave
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