LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Construindo o homem do futuro

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 26, 2011 10:06 pm

No Terceiro Milénio, que já estamos vivendo, muito se fala a respeito do homem desse mundo novo que todos aguardamos.
Psicólogos, jornalistas, o povo em geral comenta a respeito de como será o homem do futuro.
Uma coisa é certa, ele deverá ser muito melhor do que o homem actual.

É de nos perguntarmos, na condição de pais, o que temos feito para isso.
Porque os nossos filhos, pequenos hoje, serão os homens do futuro, os que viverão, em tese, mais tempo do que nós no Terceiro Milénio.

Alguns pais anseiam que seus filhos se tornem super profissionais.
Então os matriculam em muitos cursos, de forma que a criança não tem tempo para pensar, criar, organizar o pensamento.
É uma verdadeira maratona que criará seres cansados, desanimados e stressados.

Que a criança estude, tenha actividades fora da escola normal, está bem. Mas todo excesso é prejudicial.
É necessário respeitar a infância da criança como esta fase importante para a adaptação ao mundo e à sociedade.
Tanto quanto permitir que ela participe intensamente das tarefas do dia-a-dia.

Ao contrário do selvagem, que permitia que o filho realizasse muitas tarefas, de um modo geral damos as coisas mastigadas para os nossos pequenos.

Importante permitir às crianças tarefas que desenvolvam a sua criatividade e o seu raciocínio.

Um aniversário no lar é uma excelente oportunidade.
Por que não permitir que as crianças pintem ou desenhem os convites?
Poderão não sair maravilhosamente estéticos mas certamente com muito valor.

As que já sabem escrever podem escrever uma pequena mensagem no convite.
Também podem ajudar a pensar em como será o bolo, os doces, tanto quanto planeá-los e fazê-los.
Tudo isso permitirá que eles tenham noção de tempo, espaço, quantidade, nutrição, economia, planeamento, com início, meio e fim das tarefas.

E depois virá a lista dos convidados, as lembrancinhas a serem feitas, a arrumação da casa.
Tudo demonstrará que o melhor é trabalhar em equipe. A união faz a força.

E as férias? Outra oportunidade para crescer.
Arrumar a mala para a viagem, escolher a roupa que irá levar.
Ajudar a escolher o lugar para passar as férias.
Compreender a possibilidade económica da família.

A realização das tarefas é produto da maturidade, enquanto a conversa dos pais com os filhos, conversas alegres, esclarecedoras ajudarão a solidificar os laços do amor.

Criança amada, respeitada, criativa, provavelmente será um indivíduo que ama, que auxilia a sociedade, que produz, que cresce e que faz crescer.

Saiba que se pode limitar a capacidade de raciocínio do filho permitindo que ele tenha uma vida sedentária em frente ao computador ou à televisão.

A repetição de exercícios físicos monótonos e inexpressivos não permitem a criatividade.
As tarefas que podem desenvolver a criatividade são as dinâmicas e participativas.
Por isso mesmo foi que o bom Deus nos criou para viver em sociedade.

Em união. A dependermos uns dos outros para as nossas necessidades.
Isso nos auxilia a expandir a nossa mente, a valorizar a família e os amigos, a amadurecermos como individualidades.

Momento Espírita, com base no artigo Tarefas construtivistas, de Heloísa Pires, publicado no jornal Correio Fraterno do ABC, de novembro de 1999.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Anotações Preventivas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 26, 2011 10:07 pm

Retome o seu dia, buscando olvidar as ocorrências infelizes da Véspera.

A Casa protegida,habitualmente, promove faxinas pela manhã.

Se alguém se lhe fixou na mente como sendo um ponto enfermiço, envolva a imagem desse alguém no bálsamo da prece.

Uma chaga no corpo exige recurso cicatrizante.

Lance boatos e injúrias ao cesto de esquecimento.

A moradia claramente limpa reclama a presença do esgoto.

Abstenha-se de entreter assuntos alusivos á delinquência.

Ninguém lava as mãos num vaso de lama.

Dissipe tentações no calor do trabalho.

As aranhas não resistem ao espanador em movimento.

Ganhe distância dos ambientes que lhe incitem a alma à distorção e ao desiquilíbrio.

Não se lembraria você de banhar-se num pântano.

Evite comentários deprimentes.

Você não serviria um bolo envenenado aos amigos.

Resguardemos o coração nas fontes do bem, pensemos no bem e procuremos falar e agir para o bem, porque servir ao bem dos outros é a melhor forma de atividade preventiva contra enfermidade e perturbação nos domínios da nossa vida mental.

André Luiz

(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier)

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Na via Pública

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 26, 2011 10:08 pm

A rua é um departamento importante da escola do mundo, onde cada criatura pode ensinar e aprender.

Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa da saudação, usando cordialidade e carinho sem excesso.

Caminhe em seu passo natural ou dentro da movimentação que se faça precisa, como se deve igualmente viver: sem atropelar os outros.

Se você está num colectivo, acomode-se de maneira a não incomodar os vizinhos.

Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa, atenda as leis do trânsito e aos princípios do respeito ao próximo, imunizando-se contra males susceptíveis de lhe amargurarem por longo tempo.

Recebendo as saudações de alguém, responda com espontaneidade e cortesia.

Não detenha companheiros na vida pública, absorvendo-lhes tempo e atenção com assuntos adiáveis para momento oportuno.

Ante a abordagem dessa ou daquela pessoa, pratique a bondade e a gentileza, conquanto a pressa, frequentemente, esteja em suas cogitações.

Em meio às maiores exigências de serviço, é possível falar com serenidade e compreensão, ainda mesmo por um simples minuto.

Rogando um favor, faça isso de modo digno, evitando assobios, brincadeiras de mau gosto ou frases desrespeitosas, na certeza de que os outros estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos para nós.

Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente, mas se alguém desenvolve assunto indesejável é possível escutar com tolerância e bondade sem ferir o interlocutor.

Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de compartilhar perturbações ou conflitos de rua.

Perante alguém que surge enfermo ou acidentado, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar difícil desse alguém e providenciemos o socorro possível.

André Luiz

Livro: Sinal Verde
Psicografia de: Francisco C. Xavier

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Erre Auxiliando

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 26, 2011 10:08 pm

Auxilie a todos para o bem.

Auxilie sem condições.

Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.

Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.

Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.

Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa directriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.

Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solver-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibicões.

Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.

Erre auxiliando.

Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Apostilas da Vida.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty O desafio da indulgência

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 27, 2011 11:00 pm

O relacionamento humano é feito de grandes desafios para o mundo íntimo de cada um de nós.
Sempre que nos propomos a nos relacionar, a nos aproximar de alguém, inicia-se a oportunidade de uma nova jornada de aprendizado.

Isso se dá porque não há quem não traga, no seu campo emocional e moral dificuldades de pequena ou de grande monta.
Alguns nos apresentamos egoístas, sempre pensando em nós e nos nossos, com dificuldades para sintonizar com a solidariedade.

Outros, mostramo-nos orgulhosos, colocando-nos em uma posição irretorquível, sem possibilidades ao diálogo ou à crítica construtiva, afastados da humildade que traz o aprendizado.

Não são poucos aqueles que, vestindo-nos da ganância, buscamos sempre mais e mais, disputando mesmo o pouco, que já nos será excesso, na única justificativa de amealhar mais, distanciando-nos da generosidade para com o próximo.

Somos todos nós esses que, ora aqui, ora ali, apresentamos as dificuldades de que ainda somos portadores, constituindo-se a reencarnação a grande escola de reforma das questões da alma.

Desta forma, se temos nossas dificuldades, se ninguém está isento dessa ou daquela atitude, palavra ou pensamento menos nobre, estamos todos em um grande processo de aprendizagem, diferindo muito pouco uns dos outros.

Pensando sob esse prisma, por que julgamos tão severamente nosso próximo?
Por que temos sempre olhos tão atentos para as falhas de quem convive connosco, analisando, julgando e criticando?

O simples facto de percebermos que erramos porque ainda estamos em um processo de aprendizagem, nos deve remeter a pensar que seria muito melhor usar da indulgência para com as ações do próximo.

A indulgência será essa capacidade de olhar com olhos de compreensão frente à falha do nosso próximo, tentando entendê-lo, ao invés de julgá-lo, muitas vezes de forma ácida e contundente.

Ao sermos indulgentes, colocamos a doçura no olhar, a compreensão na mente, e a suavidade na fala, entendendo que o erro do próximo não é muito diferente dos erros que nós mesmos cometemos.

E será o sentimento de indulgência que conseguirá diminuir a dureza com que medimos as atitudes de nossos companheiros, amigos, parentes, dando-nos um tanto de compreensão para com eles.

Exigir a perfectibilidade de alguém é ilusório, senão cruel.
Assim, mais coerente é entender que os erros fazem parte do processo de aprendizado em que nos encontramos inseridos.

E o erro daquele que convive connosco pode ser a oportunidade para o aprendizado da compreensão, do entendimento e da fraternidade incondicional.

Portanto, da próxima vez que estivermos tentados a julgar a atitude de alguém, perguntemo-nos por que a pessoa agiu daquela forma, o que a levou a tomar tal atitude.

Com alguma reflexão, talvez concluamos que se fôssemos nós no lugar dela, agiríamos, quem sabe, muito pior.

Exercitemos a indulgência no olhar, no pensar, no julgar os que convivem connosco, e conquistaremos a paz daqueles que conseguem ver a Humanidade matriculada em um grande colégio, objetivando que aprendamos as lições da vida.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty O Mensageiro da Estrada

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 27, 2011 11:01 pm

Mediunidade a serviço dos semelhantes!

Diz você que isso custa caro, e fala em renúncia e problemas pessoais.
Mas, esquecer-se-á você dos benefícios que os dotes medianímicos trazem a todos aqueles que os mobilizam na extensão das boas obras?

Olvidará quantas vezes a empresa do bem lhe arrebatou o coração às garras do mal?
Pense nisso, meu caro missivista, e não atire fora as suas vantagens que superam de muito os obstáculos que, proventura, lhe estorvem a vida.

A esse respeito, conto a você, em versão nova, uma lenda antiga que corre o mundo cristão, desde longo tempo.

Certo homem, que se reencarnara a fim de educar-se em duras provas, quais sejam enfermidades, abandono e solidão, montou a choupana que lhe serviria de casa à beira de estrada deserta e poeirenta, a cavaleiro de fundo vale, onde uma fonte permanente mantinha no chão seco larga faixa de verdura.

Viajores iam e vinham e, fossem eles ocupantes de carruagens, ou simplesmente pobres romeiros a pé, ei-los que paravam junto ao casebre, contentes e agradecidos por encontrarem, ali, com o homem solitário, uma bênção muito rara na região: a água pura.

O ermitão, em demonstrações de bondade incessante, várias vezes, diariamente, descia a encosta agressiva até o manancial e enchia o cântaro, regressando vereda acima, tão-só no intuito de oferecer água cristalina aos viajantes diversos.

Na faina de auxiliar, entrou em contacto com um Espírito angélico a quem o Senhor incumbira de velar por todos os que transitassem pela extensa rodovia, e o eremita, profundamente emocionado e feliz, passou a chamar-lhe Anjo da Estrada.

Estabeleceu-se para logo, entre os dois, suave convívio.
Nenhum dos passantes lhe via o celestial companheiro;
entretanto, para o solitário, aquele benfeitor espiritual se transformara em presença sublime.

Se cansado, eis que o Anjo lhe restaurava as energias;
se doente, recebia dele o remédio salutar.

Se triste, recolhia-lhe as exortações confortativas e, quando em dúvida sobre doenças e dificuldades naturais do quotidiano, tomava-lhe as sugestões tocadas de amor.

O Amigo do Céu descia com ele até à fonte, tantas vezes quantas fossem necessárias, ajudava-o a transportar o grande vaso cheio, narrava-lhe histórias das Mansões Divinas, recobria-lhe a alma de tranquilidade e júbilo sereno.

O tempo rolou e trinta anos dobraram sobre aquela amizade entre duas criaturas domiciliadas em mundos diferentes.

A estrada era sempre uma estalagem da Natureza, albergando viajores que se renovavam constantemente, mas o ermitão, conquanto satisfeito, mostrava agora a cabeleira branca e os ombros caídos.

Certa feita, um homem prático, de passagem pelo lugar, em lhe enxergando a cabeça vergada ao peso do cântaro bojudo, observou-lhe, conselheiral:
- Amigo, porque um sacrifício assim tão grande?
Não seria melhor e mais justo transferir a casa para a fonte, ao invés de buscar a fonte para casa?


Continua...
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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 27, 2011 11:01 pm

Continua...

O doador de água estremeceu de alegria.
Como não pensara nisso antes?

Da ideia à realização mediaram poucos dias...
No entanto, em carregando o velho material da velha choca para a reentrância do vale, ei-lo que vê o amigo angélico em lágrimas copiosas...

- Anjo bom, porque choras?
E a resposta veio célere:
- Pois, então, não percebes?
Concedeu-me o Senhor a tarefa de proteger as vidas de quantos se arriscaram na estrada...
Enquanto lá te achavas, oferecendo água límpida aos que viajam com sede, tinha eu a permissão de trocar contigo as bênçãos da amizade.

Mas agora...
Se preferes o menor esforço, é forçoso que eu me resigne a distância de ti, esperando que alguém se decida a cooperar comigo, junto dos viajores que me cabe amparar na condição de zelador do caminho!...

O eremita não hesitou.
Suspendeu a mudança, tornou ao lugar primitivo, retomou a sua venturosa paz de espírito ao pé da multidão anónima a que prestava serviço, e preferia trabalhar e ser feliz, em companhia do mensageiro celeste.

Com quem partiu para o Mais Além, no dia em que lhe surgiu a morte do corpo.

Como é fácil de ajuizar e de ver, meu caro amigo, abençoe a sua possibilidade de dessedentar os peregrinos da romagem terrestre com as águas puras de fé viva, esclarecimento, pacificação e consolo, sem se fixar nos eventuais sacrifícios que isso lhe custe.

Você compreenderá, um dia, que vale muito mais livrar-se alguém de aflições e tentações, junto dos Espíritos Benevolentes e Amigos, que viver à conta de nossas próprias imperfeições das existências passadas, e que é muito melhor desencarnar sofrendo, mas servindo ao próximo, em favor da própria libertação espiritual, que ter de acompanhar o desgaste repelente do corpo, a pouco e pouco, em facilidade e descanso, para afundar, de novo, no momento da morte, na corrente profunda de nossas paixões e desequilíbrios.

Livro Estante da Vida
– Pelo Espírito “Irmão X” -
Psicografia Francisco C. Xavier

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Mensagem Breve

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 27, 2011 11:02 pm

Realmente você tem razão quando afirma que o mundo parece modificado e que precisamos imenso desassombro para viver dentro dele.

Os últimos cinquenta anos operaram gigantesca reviravolta nos costumes da Terra.

A casa patriarcal que havíamos herdado do século XIX transformou-se no apartamento a dependurar-se nos arranha-céus;
a locomotiva enfumaçada é quase uma joia rara de museu à frente do avião que elimina distancia;
a gazeta provinciana foi substituída pelos jornais da grande imprensa;
e os saraus caseiros desapareceram, ante a invasão do rádio, cuja programação domina o mundo.


O automóvel, o transatlântico, o cinema e a televisão constituem outros tantos fatores de informe rápido, alterando a mente do povo em todos os climas.

E a garantia dos cidadãos?
Em quase todos os países há leis de segurança para empregados e patrões, homens, mulheres, jovens e crianças.

Há direito de greve, licença, litígio e descanso remunerado.
Existem capitães da indústria e comércio, acumulando riquezas mágicas de um dia para outro, desde que não soneguem o imposto relativo aos monopólios que dirigem contra a harmonia económica.

Temos operários desfrutando inexplicável impunidade, na destruição das casas em que trabalham, com a indisciplina protegida em fundamentos legais.
Há jovens amparados na difusão da leviandade e da mentira, sem qualquer constrangimento por parte das forças que administram a vida pública.

Não estamos fazendo pessimismo.
Sabemos que o mundo permanece sob o governo místico das rédeas divinas e não ignoramos que qualquer perturbação é fenómeno passageiro, em função desajusta da própria região onde surge o desequilíbrio.

Com as nossas observações, tão somente nos propomos reconhecer que a criatura humana de nossa época está mais livre e, por isso, mais destacada em si mesma.

Nos grandes períodos de transição, qual o que estamos atravessando, somos como que chamados pela Sabedoria Divina a provar nossa, madureza interior, nossa capacidade de auto direcção.

Dai resulta a desordem aparente, em que somos compelidos à revelação da própria individualidade.

Na organização colectiva, no grupo social, na equipe de trabalho ou no reduto domestico, vê-se o homem de hoje obrigado a mostrar-se tal qual é, classificando-se, de imediato, pela própria conduta.

As dissensões, os conflitos, as lutas e os embates de todas as procedências oferecem s impressão de caos, provocando a gritaria dos profetas da decadência, e, por isso mesmo, as almas que não se armaram de fé e que não se sustentaram fiéis às raízes simples da vida sofrem pavorosos desastres psíquicos, que as situam nos escuros domínios da alienação mental.

Cresce a loucura em todas as direcções.

O hospício é a última fronteira dos enfermos do espírito, de vez que se agitam eles em todos os setores de nosso tempo, à maneira de consciências que, impelidas ao auto-exame, tentam fugir de si mesmas, humilhadas e estarrecidas.

Em razão disso, creia que o melhor caminho para não cair nas mãos dos psiquiatras é o ajustamento real de nossa personalidade aos princípios cristãos que abraçamos, porque o problema é da alma e não da carne.

Não precisaremos discutir.
A hora actual da Terra é inegavelmente dolorosa, mas a tempestade de hoje passará, como as de ontem.

Refugiemo-nos em Cristo.
O Senhor é a nossa fortaleza.

Se tivermos bastante coragem de viver o Cristianismo em sua feição pura, na condição de solitários carregadores de nossa cruz, poderemos encarar valorosamente a crise e dizer-lhe num sorriso confiante:
- «vamos ver quem pode mais».

Livro Cartas e Crónicas - Espírito Irmão X - Psicografia Francisco C. Xavier.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Joias que brilham

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 28, 2011 10:28 pm

Embora haja um grande esforço para se acabar com toda sorte de preconceito, ele não foi de todo escorraçado do mundo.

Basta que se observe, em qualquer lugar, como as pessoas bem vestidas e de porte altivo são tratadas, em detrimento daquelas mais modestas, de roupas mais simples.

Se andamos pela rua e alguém bem apessoado se aproxima, jamais cogitamos que ele possa ser um ladrão.
Mas, se alguém que calce chinelos, use roupas não bem passadas e o cabelo em desalinho se aproxima, ficamos receosos.

A reação é instintiva. Ficamos de sobreaviso.
Colocamos a mão na bolsa ou na carteira, como querendo protegê-la.
Tudo isso ocorre porque estamos acostumados a avaliar as pessoas pela aparência.

Em épocas recuadas, no tempo em que no Oriente eram abundantes os sultões, princesas e escravos, vivia uma rainha muito rica.

Ela gostava de passear pelas ruas da cidade, todas as tardes, com sua escrava.
Percorria os pontos mais movimentados de Bagdade chamando a atenção com o vistoso colar que usava sempre.

Era uma joia rara e preciosa de nada menos de duzentas e cinquenta e seis enormes e perfeitas pérolas.
Interessante é que, ao seu lado, a escrava usava um enfeite idêntico ao da soberana.

Todos admiravam as joias da rainha e diziam:
É claro que o colar da escrava é falso. Quem não percebe logo?
A rainha assim procede para dar maior realce ao seu colar.
Observem como as gemas verdadeiras têm mais brilho.
Parecem ter luz própria, ter vida!

E tornavam a olhar, a admirar e invejar as joias da rainha.
Os comentários eram tantos que o Vizir começou a se preocupar.
Salteador ousado poderia se aventurar, em algum momento, e roubar a valiosa prenda.

Por isso, compareceu frente à sua soberana e falou:
Majestade, perdoai se ouso vir vos falar.
Preocupa-me a vossa segurança e da joia.
É um perigo sair à rua com tão grande riqueza. Sua vida corre riscos.

A rainha sorriu e o sossegou, explicando:
Não se preocupe, bom homem.
Toda vez que saio, troco o colar com o da minha escrava.
Ela leva em seu pescoço o verdadeiro e eu, o falso.
Estranhamente, é sempre o meu que é admirado.

Acredite, se eu saísse com simples vidrilhos, pedras falsas, todos continuariam a admirar o meu adorno.
Isto somente porque eu sou a rainha.

As aparências enganam e devemos nos habituar a valorizar as pessoas por sua condição interior.
Afinal, temos valor por nós mesmos, pelo nosso proceder e não pelas posses materiais.

Na balança Divina, são iguais todos os homens.
Só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus.
São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos.

Os verdadeiros títulos de nobreza são as virtudes.
Tudo o mais em nada contribui para a verdadeira felicidade.

Momento Espírita, com base em lenda de autoria ignorada.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Veneno Livre

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 28, 2011 10:29 pm

Pede você que os Espíritos desencarnados se manifestem sobre o álcool, sobre os arrasamentos do álcool.

Muito difícil, entretanto, enfileirar palavras e definir-lhe a influência.

Basta lembrar que a cobra, nossa velha conhecida, cujo bote comumente não alcança mais que uma só pessoa, é combatida a vara de ferro, porrete, pedra, armadilha, borralho, água fervente e boca de fogo, vigiada de perto pela gritaria dos meninos, pela cautela das donas de casa e pela defesa do serviço municipal, mas o álcool, que destrói milhares de criaturas, é veneno livre, onde quer que vá, e, em muitos casos, quando se fantasia de champanha ou de uísque, chega a ser convidado de honra, consagrando eventos sociais.

Escorrega na goela de ministros com a mesma sem-cerimónia com que desliza na garganta dos malandros encarapitados na rua.

Endoidece artistas notáveis, desfibra o carácter de abnegados pais de família, favorece doenças e engrossa a estatística dos manicómios;
no entanto, diga isso num banquete de luxo e tudo indica que você, a conselho dos amigos mais generosos, será conduzido ao psiquiatra, se não for parar no hospício.

Ninguém precisa escrever sobre a aguardente, tenha ela o nome de vodca ou suco de cana, rum ou conhaque, de vez que as crónicas vivas, escritas por ela mesma, estão nos próprios consumidores, largados à bebedeira, nos crimes que a imprensa recama de sensacionalismo, nos ataques da violência e nos lares destruídos.

E se comentaristas de semelhantes demolições devem ser chamados à mesa redonda da opinião pública, é indispensável sejam trazidos à fala as vítimas de espancamento no recinto doméstico, os homens e as mulheres de vida respeitável que viram a loucura aparecer de chofre no ânimo de familiares queridos, as crianças transidas de horror ante o desvario de tutores inconscientes e, sobretudo, os médicos encanecidos no duro oficio de aliviar os sofrimentos humanos.

Qual! Não acredite que nós, pobres inteligências desencarnadas, possamos grafar com mais vigor os efeitos da calamidade terrível que escorre, de copinho a copinho.

É por isso talvez que as tragédias do alcoolismo são, quase sempre, tratadas a estilete de sarcasmo.
E creia você que a ironia vem de longe.

Continua...
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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 28, 2011 10:30 pm

Continua...

Consta do folclore israelita, numa história popular, fartamente anotada cm vários países por diversos autores, que Noé, o patriarca, depois do grande dilúvio, rematava aprestos para lançar à terra ainda molhada a primeira vinha, quando lhe apareceu o Espírito das Trevas, perguntando, insolente:
- Que desejas levantar, agora?
- Uma vinha - respondeu o ancião, sereno.

O sinistro visitante indagou quanto aos frutos esperados da plantação.
- Sim - esclareceu o bondoso velho -, serão frutos doces e capitosos.
As criaturas poderão deliciar-se com eles, em qualquer tempo, depois de colhidos.

Além disso, fornecerão milagroso caldo que se transformará facilmente em vinho, saboroso elixir capaz de adormecê-las em suaves delírios de felicidade e respouso...
- Exijo sociedade nessa lavoura! - gritou Satanás, arrogante.

Noé, submisso, concordou sem restrições e o Génio do Mal encarregou-se de regar a terra e adubá-la, para o justo cultivo.

Logo após, com a intenção de exaltar a crueldade, o parceiro maligno retirou quatro animais da arca enorme e passou a fazer adubagem e a rega com a saliva do bode, com o sangue do leão, com a gordura do porco e com excremento do macaco.

À vista disso, quantos se entregam ao vício da embriaguez apresentam os trejeitos e os berros sádicos do bode ou a agressividade do leão, quando não caem na estupidez do porco ou na momice dos macacos.

Esta é a lenda;
entretanto, nós, meu amigo, integrados no conhecimento da reencarnação, estamos cientes de que o álcool, intoxicando temporariamente o corpo espiritual, arroja a mente humana em primitivos estados vibratórios, detendo-a, de maneira anormal, na condição de qualquer bicho.

Francisco Cândido Xavier.
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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Bilhete Paternal

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 28, 2011 10:31 pm

Sim, meu filho, talvez por um capricho dos seus treze anos, você deseja receber um bilhete do amigo desencarnado, cujas páginas começou a ler.

Você – um menino! – solicita orientação espiritual.
Tenho escrito muitos contos, depois da morte, mas sinceramente não me recordo de haver dirigido, até hoje, qualquer recado a gente verde do seu porte.

Perdoe se não lhe correspondo à expectativa.

Diz você que não espera uma história da carochinha, baseada em génios protectores.
E remata:
"quero, irmão X, que você me diga quais são as coisas mais importantes da vida, apontando-me aquilo de bom que devo querer e aquilo de mau que preciso evitar".

Lembro-me, assim, de oferecer a você uma lista curiosa que um velho amigo me ofereceu, ai no mundo, precisamente quando eu tinha sua idade.

A relação apresentava o título "Aprenda meu filho..." e continha as seguintes informações:

1. O maior e melhor amigo: DEUS.
2. Os melhores companheiros: os pais.

3. A melhor casa: o lar.
4. A maior felicidade: a boa consciência.

5. O mais belo dia: hoje.
6. O melhor tempo: agora.

7. A melhor regra para vencer: a disciplina.
8. O melhor negócio: o trabalho.

9. O melhor divertimento: o estudo.
10. A colecção mais rica: a das boas acções.

11. A estrada mais fácil para ser feliz: o caminho recto.
12. A maior alegria: o dever cumprido.

13. A maior força: o bem.
14. A melhor atitude: a cortesia.

15. O maior heroísmo: a coragem de ser bom.
16. A maior falta: a mentira.

17. A pior pobreza: a preguiça.
18. O pior fracasso: o desânimo.

19. O maior inimigo: o mal.
20. O melhor dos desportos: a prática do bem.

Siga esta lista de informações, sempre que você puder, e veja por si como vai indo sua orientação.

E se quer mais um aviso de amigo velho, cada noite acrescente esta pergunta a você mesmo, depois de sua oração para o repouso:
"Que fiz hoje de bom que somente um amigo de Jesus conseguiria fazer?"

Xavier, Francisco Cândido.
Ditado pelo Espírito Irmão X.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty A serpente e a virtude

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 29, 2011 9:37 pm

Em conhecida passagem do Evangelho, Jesus orientou Seus Apóstolos a respeito da missão que teriam pela frente.

Ele afirmou que os enviava como ovelhas no meio de lobos.
Portanto, deveriam ser mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.
Dessa narrativa, é possível extrair lições muito úteis.

Jesus exortou Seus auxiliares mais directos ao trabalho de evangelização.
Mas tratou de esclarecê-los quanto às dificuldades que encontrariam.
Em sua condição de homens bons e idealistas seriam como ovelhas no meio de lobos.

Essa significativa imagem persiste atual.
Ainda há muita maldade na Terra.
Os desonestos, os aproveitadores e os espertalhões continuam em grande número.

Embora o progresso verificado em dois mil anos, persiste como tarefa difícil viver com pureza e dignidade.

Daí, a cada dia, vale lembrar a lição de Jesus.
É preciso seguir em frente, viver e semear o bem.
Mas sem ser ingénuo e achar que o mundo é cor-de-rosa.

Constitui perigosa ilusão ver o bem onde não existe ou deixar de identificar o mal onde ele se encontra.

O cristão deve ser leal e generoso, mas não tolo.
Para dar cabo de sua tarefa, precisa ser manso como as pombas e prudente como as serpentes.
A mansidão é preciosa para evitar envolvimento com as correntes de ódio e intolerância.

A genuína bondade nunca se agasta, mesmo quando incompreendida e vilipendiada.
O idealista encontra a justificativa da vida em seu ideal, não no comportamento alheio.
Ainda que os resultados demorem ou pareçam não vir, ele segue em frente.

Contudo, não basta a mansidão.
Também é preciso usar de prudência.
Ou seja, ser prático e saber mensurar os meios de que dispõe para atingir os fins.

O ideal é importante para ter força em momentos difíceis.
Mas é inadiável perceber o mundo em que se vive.
Assim, o cristão é ao mesmo tempo doce e decidido.

Com doçura e energia, realiza sua tarefa no mundo.
Bondoso e idealista, mas também prático e lúcido.
Percebe as dificuldades dos que o rodeiam, mas ainda assim os estima e valoriza.

Por identificar as necessidades alheias, sem desprezar ninguém, é que pode ser sal da terra e luz do mundo.

Aliás, nesse sentido, a lição de Jesus é muito significativa.
Veja-se que o Mestre identificou virtude em uma serpente.
Trata-se de um animal habitualmente objeto de repulsa e medo e tomado por símbolo de coisas negativas.

Mas o Cristo utilizou uma característica sua e a realçou de forma positiva.

Em face de pessoas difíceis, convém agir assim.
Perceber suas virtudes e incentivá-las.
Gradualmente, o bem que se estimula e valoriza torna-se pujante, enquanto o mal perde a força.

Pense nisso.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Valiosa observação de Hermínio

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 29, 2011 9:38 pm

O consagrado escritor Hermínio Miranda, autor de vários e notáveis livros, em entrevista concedida à revista Universo Espírita, edição 42 – ano 4, na última pergunta, abordou importante questão que merece nossa maior atenção.

A pergunta é Como você vê os caminhos do Espiritismo hoje?

E a valiosa reposta:
Acho que ele corre dois riscos:
o de ser deturpado e o de ficar engessado.


Acho um pouco exagerada a fixação dos divulgadores espíritas de conversarem apenas entre si.
Os grandes filósofos do passado foram grandes comunicadores, falavam para todos e todos entendiam. (...).

Não me estendo na transcrição, desejando fixar-me apenas nesse ponto:
o da comunicação, clara, abrangente.

Eis o papel dos divulgadores:
alcançar o grande público!

Muitas vezes ficamos escrevendo e falando para nós mesmos.
Ora, a proposta espírita é para a humanidade.
As ideias, quero dizer.

A linguagem, verbal ou escrita, há que ser clara, acessível, de fácil assimilação, fiel aos princípios que a norteiam e atender aos anseios da alma...

Vemos instituições lotadas, em dias de passe, com pessoas ansiosas, aflitas.
Já não é hora de nos perguntarmos como estamos dirigindo o raciocínio no entendimento dessa proposta extraordinária de bem estar e felicidade trazida pelo Espiritismo?

A preocupação central deve ser transmitir o Espiritismo, com clareza e fidelidade aos seus fundamentos.
E isso deve ser feito de forma dinâmica, atraente, clara, atendendo aos anseios do quotidiano.

É claro que devemos criar oportunidades de aprofundamento no estudo dos temas inesgotáveis que o Espiritismo oferece, todavia, há que se ter a preocupação de tornar as abordagens acessíveis ao grande público, especialmente a grande massa que vai a procura de passes e tratamentos espirituais.

É exatamente o ensino espírita que vai libertar de traumas, culpas, medos, geradores todos de perturbações e enfermidades.
A preferência é, pois, pela transmissão clara do ensino espírita.

Expositores, dirigentes, escritores, coordenadores de cursos e estudos, atendentes, devemos todos nos preparar para uma comunicação eficiente, clara, agradável, amistosa.

Muitas de nossas atitudes e palavras, impensadas ou precipitadas, geram interpretações prejudiciais. Isso pode significar deturpação ou engessamento das ideias, como lembra Hermínio.

Por isso, uma vez mais, a necessidade de estudar continuamente.
Provocar diálogos construtivos, encontros e debates, incentivar o estudo, indicar obras, aproximar as pessoas, parece-nos serem os recursos ideais para alcance desses objectivos.

É bom pinçarmos essas instruções de matérias, reportagens e entrevistas.
Sempre trazem reflexões de importância.

É uma boa oportunidade de meditarmos sobre o que estamos fazendo com o tesouro do conhecimento espírita em nossas mãos.

Orson Carrara

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Valores

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 29, 2011 9:39 pm

O que ninguém te furta é o que trazes dentro de ti - a tua alegria, a tua fé, a tua luz.

Dinheiro, muita gente o tem;
o que te pode diferenciar é a tua riqueza interior.

Adquire sabedoria.

Não te precipites na apreciação das pessoas.
Nem te detenhas na aparência das coisas.

A Verdade não carece de interpretação.

Quem muito acumula ajunta peso desnecessário na alma.

Quem se apega ao que é transitório não evita a decepção.
O tempo passa depressa, e tudo deixarás de improviso, mas a tua essência permanecerá intocada.

Irmão José

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Valorize o Seu Dia

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 29, 2011 9:39 pm

Cada dia corresponde a uma nova página escrita no livro da sua vida, onde você deverá escrever as melhores memórias.

Assim, quando desperte,dirija ao infinito a sua prece.
Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período começante.

Eleve as vibrações da alma e entregue-se ao Senhor, totalmente.
Erga-se e alegre-se com a oportunidade de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso.

Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.
À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume, procurando compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.

Perante as ocorrências da violência e diante dos quadros de agressões que vejam em sua rota, realize o melhor que possa, sem praguejamentos, sem revolta, sem desespero, porque você não está senão no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.

Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do Apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.

Busque fazer amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros.
A amizade no mundo é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.

Alimente-se com moderação.
Não é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme o estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de o intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.

Afaste-se das pseudo-necessidades alcoólicas.
O álcool de que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica.
Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.

Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades, ou para não perder seu preciso tempo com intermináveis lorotas e banalidades que lhe possam prender as horas as visco la leviandade.

Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.

E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação.
Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que ítens deveria ter agido melhor, e sem remorsos perniciosos, faça projetos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los seriamente.

Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.

Valorize o seu dia.
Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.

Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.

MEDITAÇÃO:
Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver.

Não;
vivei com os homens da vossa época, como devem vier os homens.

Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que a possa santificar.
(Cap. XVII, item 10, segundo parágrafo)

Joanes

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty DESCULPE, FOI ENGANO

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 30, 2011 10:30 pm

Era uma vez um rapaz que tinha muitos problemas.
Constantemente, em suas orações, ele pedia que Jesus viesse visitá-lo no seu sofrimento.
Um dia, Jesus bateu à sua porta.

Ele, maravilhado, convidou-o a entrar e Jesus sentou-se no sofá da sala.
Na mesinha de centro encontrava-se uma Bíblia aberta no Salmo 91.
Numa das paredes estava pendurado um bordado com o Salmo 23, e na outra um quadro da Santa Ceia.

"Senhor Jesus", disse o jovem, "em primeiro lugar gostaria de dizer que é uma honra recebê-lo em minha casa, conforme o Senhor deve saber, estou passando por algumas dificuldades e preciso muito da Sua ajuda..."

"Filho", interrompeu Jesus, ]"antes de conversarmos sobre os seus pedidos, gostaria de conhecer sua casa.
Onde é que você dorme?"

No mesmo instante o rapaz se lembrou que guardava, no quarto, umas revistas terríveis e se apressou em dar uma desculpa:
"Não, Jesus, lá não! Meu quarto não está arrumado!"
"Bem", disse Jesus, "e a cozinha, posso conhecer sua cozinha?"

O rapaz lembrou que na cozinha havia algumas garrafas de bebida que ele não gostaria que Jesus visse.
"Senhor, desculpe, mas prefiro que não", respondeu o rapaz, "a minha cozinha está vazia, não tenho nada de bom para oferecer-lhe."

Neste instante, um barulho forte interrompe a conversa.
- Pam, pam,pam...!
Era alguém que batia furiosamente na porta.

O rapaz se levantou, assustado, e foi ver quem era.
Abriu a porta meio desconfiado, e viu que era o diabo.
"Sai da frente que eu quero entrar!", gritou o tentador.

"De jeito nenhum", respondeu o rapaz, e assim começou a briga.
Com muita dificuldade o homem conseguiu empurrar o diabo e fechar a porta.

Cansado, o rapaz voltou para a sala e continuou:
"Então, Jesus", disse ele, "como eu estava falando com o Senhor, estou precisando de tantas coisas..."

Mas, outra vez a conversa é interrompida por um barulho forte que vinha da janela do quarto.

O rapaz correu para ver quem era e ao abri-la se deparou, novamente, com o diabo:
"Agora não tem jeito, eu vou entrar!", disse o inimigo.
Mais uma vez o rapaz se debateu com ele e conseguiu trancar a janela.

"Senhor", disse ele, "desculpe a interrupção, conforme lhe dizia..."

Outra vez, dos fundos da casa, se ouvia tamanho barulho como se alguém quisesse arrombar a porta.
Era novamente o diabo: "Eu quero entrar!"
O rapaz, já exausto, lutou com ele e conseguiu mantê-lo do lado de fora.

Ao voltar, contrariado, disse a Jesus:
"Eu não entendo. O Senhor está na minha casa e por que o diabo fica insistindo em entrar?"
"Sabe o que é meu filho", explicou Jesus, "é que na sua casa você só me deu a sala."

O rapaz humildemente entendeu a lição de Jesus e fez uma faxina na casa para entregá-la aos cuidados do Senhor.

Neste instante, o diabo bateu mais uma vez à porta.
O rapaz olhou para Jesus sem entender, e o Senhor disse:
"Deixa que eu vou atender."

Quando o diabo viu que era Jesus, que atendia a porta, disse:
"Desculpe, foi engano," e sumiu rapidinho.

Muitas vezes, é assim que acontece com o nosso coração.
Entregamos a Jesus só uma parte dele, apenas a sala, ficando as dúvidas a morar no quarto, o descaso na cozinha, o orgulho na varanda, a inveja no quintal, a soberba no banheiro, então lutamos e não vencemos porque a casa está dividida.

"Os olhos do Pai passeiam por toda a terra para se mostrar forte para com aqueles cujo coração é inteiramente seu".
Desculpe, foi engano...

Medite nisso, pois você leu este texto e não foi por engano!...

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Vamos, Amigo!

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 30, 2011 10:31 pm

O mundo é uma escola vasta, cujos portais atravessamos para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.

Dentro desse educandário milagroso, encontramos todos os recursos imprescindíveis à nossa habilitação para a divina luz, articulados pelos mestres da sabedoria e do amor e pelos lidadores e estudantes que nos antecederam.

A ordem, o ensinamento, a oportunidade, valores inapreciáveis que desfrutamos na condição de encarnados, constituem vantagens que herdamos de nossos predecessores.

Se você deseja uma Terra aperfeiçoada ou uma escola mais eficiente, que faz por auxiliá-la?

Recorde aqueles que morreram nos cárceres, nos obstáculos e nas experiências para que você disponha de liberdade, esclarecimento e saúde e não perca o seu glorioso ensejo de cooperar.

A sua hora de contribuir, no engrandecimento humano, não está marcada em relógios celestiais.

Soa aqui mesmo, onde nossos corações estão aprendendo a soletrar os regulamentos da Boa Lei.

Não espere uma auréola de santidade para ser útil ainda hoje.

Você ainda não é um conviva no banquete dos heróis.

É irmão dos homens, que esperam a sua colaboração à mesa da fraternidade.

Somos imperfeitos, sim, mas não inúteis.

O diamante na pedra bruta é incompleto, mas resplandece depois, quando se confia à lição do lapidador.

Vamos, amigo!

O tempo é a sua riqueza, a oportunidade de servir é a nossa glória sublime.

Você, em verdade, ainda não pode criar um paraíso na Terra, mas pode dar alguma cousa de você mesmo, em favor da conformidade, a fim de que o homem de amanhã, em lhe tomando o lugar, possa engrandecer o seu nome, encontrando, com o seu auxílio, um mundo renovado e melhor.

José de Castro

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Velhice Digna

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 30, 2011 10:31 pm

Nada há mais belo do que envelhecer com dignidade.

Já publiquei uma pequena «Oração para envelhecer dignamente”, esperando ajudar os que envelhecem a obedecerem a certas regras de viver.

Eis um resumo da oração:
“Meu Deus, sei que estou envelhecendo.
Ajuda-me a não ser tagarela e enfadonho, a não ser obstinado e veemente a respeito das muitas coisas que eu conheço tão pouco.

Ajudai-me a não ter o hábito do monólogo.
Ensinai-me tanto a ouvir quanto a falar.

Fazei que eu evite dar uma verdadeira biografia de todas pessoas que menciono ou que esteja sempre oferecendo detalhes sobre todas as coisas.

Ajudai-me a compreender que para ter amigos, tanto jovens quanto idosos, não devo estar sempre me lamentando de meus males ou me queixando de injustiças por parte dos outros.

Que jamais fale da ingratidão de meus filhos.
Que nunca esteja falando sobre minhas doenças, a não ser com meu médico.

Ajudai-me a perceber que para manter meus velhos amigos e conseguir novos, devo ser afável e fazê-los sentir que minha companhia não aborrece.

Ajudai-me a ter real interesse pelos meus conhecidos e amigos, simpatia por eles, inclusive agindo para ajudá-los em seus problemas.
Ensinai-me ouvi-los, pacientemente, inclusive em suas queixas.

Ajudai-me a estar sempre bem com meus parentes e meus amigos.
Ajudai-me a livrar-me ideia de que eu posso dirigir a vida daqueles que estão em torno de mim.

Ajudai-me a compreender meus próprios problemas e não dizer aos outros o que devem fazer.
E, acima de tudo, bom Deus, ajudai-me a ser atencioso e delicado, livrando-me da amargura, livrando-me da mania de falar mal dos governantes ou de alguns de seus actos dos quais não tenha gostado.

Livrai-me dos acessos de raiva por qualquer aborrecimento.
Ajudai-me a evitar a avareza.
Ajudai-me a conservar o bom-humor e a autocrítica e fazei que eu suporte as queixas e irritações de outras pessoas, porque, na verdade, necessito que elas também suportem meus defeitos e irritações.”

Fonte: Reformador 1966

Walter C.Alvarez

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Velórios

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 30, 2011 10:32 pm

Diante do corpo de alguém que demandou a Pátria Espiritual, examina o próprio comportamento, a fim de que não te faças pernicioso, nem resvales pelas frivolidades, que nesse instante devem ser esquecidas.

O velório é um ato de fraternidade e de afeição aos recém-desencarnados, embora continuem vinculados aos despojos, não poucas vezes, em graves perturbações.

Imantados à organização somática, da qual são expulsos pelo impositivo da morte, que os surpreende com o "milagre da vida", não obstante em outra dimensão, desesperam-se, experimentando asfixia e desassossegos de difícil classificação, acompanhando o acontecimento, em crescente inquietude.

Raras pessoas estão preparadas para entender o fenómeno da morte, ou possuem suficientes recursos de elevação moral a fim de serem trasladados do local mortuário, de modo a serem certificadas do ocorrido em circunstâncias favoráveis, benignas...

No mais das vezes, atropelam-se com outros desencarnados, interrogam os amigos que lhes vêm trazer o testemunho último aos despojos carnais, caindo, quase sempre, em demorado hebetamento ou terrível alucinação...

Em tais circunstâncias medita a posição que desfrutas nos quadros da vida orgânica, considerando a inadiável imposição do teu regresso à Espiritualidade.

Se desejas ajudar ao amigo em trânsito, cujo corpo velas, ora por ele.

No silêncio a que te recolhes, evoca os acontecimentos felizes a que ele se encontra vinculado, os gestos de nobreza que o caracterizaram, as renúncias que se impôs e os sacrifícios a que se submeteu...
Recorda-o lutando e renovando-se.

Não o lamentes, arrolando os insucessos que o martirizaram, as aflições em rebeldia que experimentou.

O choro do desespero como as observações malévolas, as imprecações quanto as blasfémias ferem-nos à semelhança de ácido derramado em chagas abertas.

De forma alguma registes mágoas ou desaires entre ti e ele, os vínculos da ira ou as cicatrizes do ódio ainda remanescentes.

Possivelmente ele te ouvirá as vibrações mentais, sem compreender o que se passa, ou sofrerá a constrição das tuas memórias que acionarão desconhecidas forças na sua memória que, então, sintonizará contigo, fazendo que as paisagens lembradas o dulcifiquem - se são reminiscências felizes - ou o requeimem interiormente - se são amargas ou cruéis - fomentando estados íntimos que se adicionarão ao que já experimentam...

A frivolidade de muitos homens tem transformado os velórios em lugares de azedas recriminações ao desencarnado, recinto de conversas malsãs, cenáculo de anedotário vinagroso e picante, sala de maledicências insidiosas ou agrupamento para regabofes, onde o respeito, a educação, a consideração à dor alheia, quase sempre batem em retirada...

E não pode haver uma dor tão grande na Terra, quanto a que experimenta alguém que se despede de outrem, amado, pela desencarnação.

Sem embargo, o desencarnado vive.

Ajuda-o nesse transe grave, que defrontarás também, quando, quiçá esse por quem oras hoje, seja as duas mãos da cordialidade que te receberão no além ao iniciares, por tua vez, a vida nova...

Unge-te, pois, de piedade fraternal nas vigílias mortuárias, e comporta-te da forma como gostarias que procedessem para contigo nas mesmas circunstâncias.

Joanna de Ângelis

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Trabalho anónimo

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:44 pm

Uma enfermeira, que trabalhava em certa Unidade de Terapia Intensiva de um grande hospital, tinha suas obrigações determinadas, ao longo das horas diárias de plantão.

Administrar a cada paciente a medicação prescrita pela equipe médica, auxiliar na higiene diária e oferecer a alimentação, na maioria da vezes, através de sondas.

Para quem já teve a oportunidade de estar em uma Unidade de Terapia Intensiva, seja como paciente ou visitando um ente querido, sabe como esse é um ambiente delicado.

São locais em que a prioridade é manter a vida.
Como o próprio nome diz, tratamento intensivo, onde tudo está sendo feito para que o paciente supere a dificuldade orgânica e tenha a vida preservada.

Respeito especial aos projectos que vêm sendo implantados em UTI's de alguns hospitais, onde tem se tentado humanizar, cada vez mais, esse ambiente de trabalho.

Essa enfermeira cumpria com grande responsabilidade toda a tarefa que lhe era designada.
Contudo, fazia algo mais do que sua obrigação.

Todos os dias, no início do seu plantão, passava no leito de cada paciente oferecendo o seu bom dia.
Trazia junto a informação de que dia da semana e do mês se tratava, pois sabia que muitos deles perdiam um pouco a noção do tempo.

Informava, também, como estava o clima lá fora.
O mais interessante é que alguns deles se encontravam inconscientes.
Para ela, não fazia diferença.

Cada vez que passava próximo aos leitos tinha o cuidado de arrumar carinhosamente o lençol que lhes cobria o corpo, pois imaginava que, se estivessem conscientes, se sentiriam expostos.

Tinha a preocupação de auxiliar na movimentação e na mudança do posicionamento, oferecendo alívio ao corpo cansado do leito.

Quando sobrava algum tempo, elegia um dos pacientes para estar ao lado.
Contava histórias do quotidiano, escutava outras.
Sabia que o momento da visita familiar era breve e pouco supria a falta dos entes queridos.

Certo dia, estava ali internado um senhor em grave estado.
Tratava-se de um advogado, senhor muito amado pela família, conforme ela havia constatado nos momentos das visitas.

A equipe médica, percebendo o rápido agravamento do quadro de saúde, tratou de pedir que avisassem a família para se dirigir ao hospital. O quadro era irreversível, e ele tinha poucas horas de vida.

Passava das dezanove horas e aquela enfermeira havia terminado o seu plantão.
Preparava-se para ir embora, pois a colega de trabalho que a iria substituir, lá se encontrava.
Observou que a família do advogado ainda não havia chegado e que ele estava quase inconsciente, com a respiração muito superficial.

Então, fez a necessária higiene das mãos e se dirigiu ao leito onde ele se encontrava.
Segurou-lhe a mão e disse-lhe: Sou eu, sua enfermeira, estou com você, fique tranquilo, façamos uma oração.
Começou a proferir palavras de agradecimento pela vida e a pedir a Deus que Seus Mensageiros ali estivessem, de braços abertos, para receber aquele irmão que agora partia.

Terminada a oração, soou o alarme do monitor cardíaco indicando que naquele corpo não havia mais vida.
A enfermeira enxugou as lágrimas, desejando que aquela alma seguisse em paz.

Logo em seguida, a família chegou. Não a tempo da despedida.
Mas teve o consolo de saber que, no momento da partida, o esposo e pai não estava sozinho.
Fora acompanhado por uma enfermeira bondosa.

Possamos nos inspirar nesse exemplo, tentando fazer sempre mais do que a nossa obrigação, sem esperar recompensas.

Façamos do nosso trabalho, seja ele qual for, e também da nossa vida, um acto de amor ao próximo.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Vem Aí

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:45 pm

A jovem casara-se com o homem amado, contudo, não suportava a sogra.

A nobre dama recebia da nora injúrias, remoques, humilhações.

Não podia acariciar o filho, sob pena de ver-se repentinamente insultada.

Não conseguia trabalhar, coagida pelas críticas incessantes.

Tentava-se se explicar era interpretada por descortês.

Se doente, era obrigada a sofrer pesado martírio para que o filho não sofresse mais que ela própria.

Aproveitando-se de viagem longa do esposo, que se ausentara em serviço, a nora expulsou a velhinha numa noite de frio rude e com tanto desconforto, perambulou a infeliz que voltou à casa, depois de cinco dias, simplesmente para morrer.

Anos rolaram entre as saudades do filho e as queixas da esposa, que nunca se reconciliara com a sogra.

Entretanto, chegou o dia em que a nora também desencarnou e ao perguntar pela sogra veio, a saber, espantada, que ela estava em seu próprio lar.

Reencarnara-se, desde muito, e recebera-lhe extremo carinho na posição de filha caçula, tendo ficado na Terra, como apoio afectivo do próprio pai.

Não vale o cultivo da aversão de qualquer natureza, porque todo o Universo vive equilibrado na lei do amor.

Quando você voltar a ponto de odiar alguém, não se esqueça de que a reencarnação vem ai.

Valerium

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty Vença o Medo

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:45 pm

Os dias tumultuosos do presente ensejam ansiedades, preocupações, insegurança, medo...

Medo de ser assaltado, de contrair uma doença, medo que o dinheiro acabe, medo de falar em público, medo do relacionamento, medo de viver e de morrer, medo que algo ruim aconteça com alguém de nossa família, medo de perder o emprego...

Ah! A lista é interminável, embora ninguém ouse negar que viver nos dias atuais é realmente um enorme desafio.

Porém, o medo em nada ajuda. Só atrapalha.
Se a prudência ajuda e é necessária, o medo em nada colabora.

Inspiro-me para escrever o presente artigo no capítulo Dia de vencer o medo, do livro Para o dia nascer feliz, de autoria do amigo José Carlos de Lucca, com pequenas transcrições parciais.

Aproveitando o pensamento do autor, consideremos que o medo paralisa as acções, neutraliza ideais.
O autor chega a comentar um caso de pessoa conhecida que tinha tanto medo de ser assaltada que resolveu não mais sair de casa, nem de noite, nem de dia.

Era aposentada.
Fazia tudo por telefone, inclusive as compras.
Mas morreu em casa, vítima de bala perdida que entrou pela janela do apartamento. Já imaginaram?

Acabou sendo vítima daquilo que tanto temia:
a violência.

Esse é um dos efeitos do que o medo produz.
Os leitores já reparam que as baratas e besouros voam directo para aqueles que mais os temem?
É que o medo traz tudo aquilo que mais tememos, tudo o que queremos evitar.
Ocorre que somos aquilo que pensamos e se nossos pensamentos são de medo, criamos em torno de nós uma ambientação energética de igual teor, atraindo, pela lei de afinidade vibratória, as situações que tanto tememos.

Como vencer, pois, o medo?
Esse sentimento cresce se o cultivarmos.
Para início de conversa, não cultive o medo.
Ao perceber um pensamento ou sentimento de medo, procuremos eliminá-lo imediatamente com sua substituição por pensamentos de coragem e fé.

Para não ser vencido por ele...
Todo mal sempre encerra um bem porque a vida nunca está contra nós.
Só nos ocorre aquilo que for necessário, desde que não busquemos outros caminhos que somente a imprudência e falta do bom senso podem acarretar.

Basta pensarmos que sempre estaremos nas mãos de Deus e se me reconheço indestrutível, temer o quê?
Nenhuma doença, nenhum infortúnio, nenhum problema conseguirá vencer-me se sinto-me um ser imortal.

Tudo é uma questão de ponto de vista.
Bons pensamentos, boas atitudes garantem uma vida de paz, sem medo.

Diga para si mesmo:
Sou uma pessoa corajosa e sempre estou protegido.
E afasto de mim todo pensamento de medo.
Sou forte, sou capaz. Tenho força para superar as adversidades.


Orson Carrara

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty A Beneficência

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:46 pm

Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos.

Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:
"Amai-vos uns aos outros."

Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo;
somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação.

Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo.
Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna.

Ao demais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um ato de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa?

Se unicamente buscásseis a volúpia que uma acção boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual.

Não vos faltam os exemplos;
rara é apenas a boa-vontade.

Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.

Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor?

Porque desprezar os seus ensinamentos divinos?

Porque fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos?


Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas.

Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada;
deixam no esquecimento esse código admirável.

Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas.
Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.

Homens fortes, armai-vos;
homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas.

Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina.

Apenas encorajamento é o que vos vimos dar;
apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros.

Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus;
as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.

A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas.
Sem ela não existem as outras.

Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie;
sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.

A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação;
é a mais pura emanação do próprio Criador;
é a sua própria virtude, dada por ele à criatura.

Como desprezar essa bondade suprema?
Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino?

Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia:
a caridade?

Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras;
considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes.

Vejo com frequência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa.

Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério;
vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios.

Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o carácter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham.

Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos para continuar amplamente a obra de propagação da caridade;
no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa;
não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente.


Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo.
Assim seja.

S.Vicente de Paulo

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Momentos Espíritas - Página 19 Empty A inigualável palavra de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:50 pm

Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus.
A palavra do Cristo é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo divino de nossa construção espiritual.

Erguendo-a, vemos o milagre do pão que, pela fraternidade, em nós se transforma, na boca faminta, em felicidade para nós mesmos.

Irradiando-a, descobrimos que a tolerância por nós exercida se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor.

Distribuindo-a, observamos que o consolo e a esperança, o carinho e a bondade, veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos, no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos, neles se revelam por bênçãos de alegria, felicitando-nos a estrada.

Geme a Terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos...
Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência.
E assim como a fonte nasce para estender-se, desce o dom inefável de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.


Levantemos, cada hora, essa Luz Sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem.

O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam.
Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança.
Não nos esqueçamos de que o tempo é um empréstimo sagrado, e quem se refere a tempo diz oportunidade de ajudar para ser ajudado;

De suportar para ser suportado, de balsamizar as feridas alheias para que as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem, para que o bem nos conduza à definitiva libertação.

Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus.

Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores.
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores.
Ante a lembrança Dele, pensemos nas nossas escolhas de vida.

Reflictamos se estamos escolhendo o caminho mais cómodo, ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo.

A palavra de Jesus nos orienta com clareza.
Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir.
Em algum momento todos teremos que despertar para o bem, e nada melhor do que despertar ao som dos ensinos deste Amigo tão querido e zeloso.

Esqueçamos os fanatismos religiosos.
Esqueçamos dogmas e mistérios.
Lembremos apenas das lições do Mestre que nos apontam o amor como solução, como sentido para a vida.

Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma: amor.
Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade.

Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Vozes do grande além, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

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