Momentos Espíritas
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Mais rico (O)
Você é uma pessoa que se considera rica ou pobre?
Como você mensura a riqueza? Pelo tamanho da mansão?
Pelo carro do ano? Pelas roupas importadas?
Pela possibilidade de viagens internacionais de longo período?
Ou você é daqueles que considera a saúde, a harmonia no lar como itens de imensa riqueza?
Certa vez, um pai de família muito rico resolveu levar seu filho em uma viagem para o interior.
O seu propósito era mostrar quanto as pessoas podiam ser pobres.
Consequentemente, como eles eram ricos.
Planeou tudo com cuidado e escolheu a fazenda de uma família que ele considerava muito pobre.
Passaram um dia e uma noite com eles.
No retorno da viagem, em um carro último tipo, brilhante, motor poderoso, o pai orgulhoso pergunta ao filho:
Como foi a viagem?
Muito boa, papai!
Você viu como as pessoas podem ser pobres? Continuou a perguntar o pai.
Sim, respondeu o garoto.
Ante respostas tão curtas, o pai finalmente questionou:
Mas, afinal, o que você aprendeu?
Agora, com entusiasmo, respondeu o menino:
Muita coisa, pai.
Eu aprendi que nós só temos um cachorro de pelo lustroso, gordo e orgulhoso, como nós, que fica olhando os que chegam como se fossem de outro mundo, com ar de superioridade.
Mas eles têm quatro cachorros, super amigos.
Mal cheguei e já estavam rolando comigo pelo chão, correndo atrás de mim, me fazendo subir em árvores e pular cercas.
Recebem os amigos dos seus donos abanando a cauda, latindo festivos e lambendo as mãos.
Nós temos uma piscina enorme, que vai até o meio do jardim.
E que permanece a maior parte do tempo vazia porque seleccionamos demais aqueles que devem entrar nela ou ficar ao redor dela, brincando.
Mas eles, aqueles meninos, têm um riacho de água corrente que não tem fim.
A água é cristalina, corre por entre pedras, inventa mil curvas pelo caminho e ainda tem peixes.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, com cadeiras especiais, mesas e adornos.
Eles têm a lua e as estrelas.
Deitam no tapete aveludado da grama e por mais que fiquem contando os astros no céu, não conseguem terminar a conta.
Além do que, a lua e as estrelas deles iluminam a estrada, todo o caminho que outros tantos também passam.
O nosso quintal, pai, vai até o portão de entrada e está protegido com muros, grades fortes e altas.
Eles têm uma floresta inteira, cheia de animais diferentes e de surpresas.
Quando entram nela, não sabem se toparão com um veado assustado, uma coruja sonolenta ou pássaros cantantes.
E ante o assombro do pai, ainda arrematou:
Obrigado, pai, por me mostrar o quanto nós somos pobres!
Existem tesouros inumeráveis, no mundo, que desfrutamos sem sequer nos mostrarmos agradecidos ao dono de tudo que é Deus.
Subimos serras, entramos no mar e nos maravilhamos com as suas cores, seu vigor, a riqueza das flores e dos animais.
Viajamos através de estradas respirando o ar puro das árvores que se ergueram há séculos e sustentam o frescor do verde da primavera que apenas despertou.
Refrescamo-nos nos rios de água cristalina, saciamos a sede em fontes naturais, límpidas, desfrutamos do sol, do ar.
É um mundo grandioso de tesouros que se sucede, sem parar.
Somos verdadeiramente pessoas muito ricas.
Para completar a nossa riqueza, somente nos falta a virtude da gratidão de erguer o coração em prece e louvar ao Pai de todos nós, pela distribuição farta que nos oferece todos os dias.
Momento Espírita
§.§.§- O-canto-da-ave
Como você mensura a riqueza? Pelo tamanho da mansão?
Pelo carro do ano? Pelas roupas importadas?
Pela possibilidade de viagens internacionais de longo período?
Ou você é daqueles que considera a saúde, a harmonia no lar como itens de imensa riqueza?
Certa vez, um pai de família muito rico resolveu levar seu filho em uma viagem para o interior.
O seu propósito era mostrar quanto as pessoas podiam ser pobres.
Consequentemente, como eles eram ricos.
Planeou tudo com cuidado e escolheu a fazenda de uma família que ele considerava muito pobre.
Passaram um dia e uma noite com eles.
No retorno da viagem, em um carro último tipo, brilhante, motor poderoso, o pai orgulhoso pergunta ao filho:
Como foi a viagem?
Muito boa, papai!
Você viu como as pessoas podem ser pobres? Continuou a perguntar o pai.
Sim, respondeu o garoto.
Ante respostas tão curtas, o pai finalmente questionou:
Mas, afinal, o que você aprendeu?
Agora, com entusiasmo, respondeu o menino:
Muita coisa, pai.
Eu aprendi que nós só temos um cachorro de pelo lustroso, gordo e orgulhoso, como nós, que fica olhando os que chegam como se fossem de outro mundo, com ar de superioridade.
Mas eles têm quatro cachorros, super amigos.
Mal cheguei e já estavam rolando comigo pelo chão, correndo atrás de mim, me fazendo subir em árvores e pular cercas.
Recebem os amigos dos seus donos abanando a cauda, latindo festivos e lambendo as mãos.
Nós temos uma piscina enorme, que vai até o meio do jardim.
E que permanece a maior parte do tempo vazia porque seleccionamos demais aqueles que devem entrar nela ou ficar ao redor dela, brincando.
Mas eles, aqueles meninos, têm um riacho de água corrente que não tem fim.
A água é cristalina, corre por entre pedras, inventa mil curvas pelo caminho e ainda tem peixes.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, com cadeiras especiais, mesas e adornos.
Eles têm a lua e as estrelas.
Deitam no tapete aveludado da grama e por mais que fiquem contando os astros no céu, não conseguem terminar a conta.
Além do que, a lua e as estrelas deles iluminam a estrada, todo o caminho que outros tantos também passam.
O nosso quintal, pai, vai até o portão de entrada e está protegido com muros, grades fortes e altas.
Eles têm uma floresta inteira, cheia de animais diferentes e de surpresas.
Quando entram nela, não sabem se toparão com um veado assustado, uma coruja sonolenta ou pássaros cantantes.
E ante o assombro do pai, ainda arrematou:
Obrigado, pai, por me mostrar o quanto nós somos pobres!
Existem tesouros inumeráveis, no mundo, que desfrutamos sem sequer nos mostrarmos agradecidos ao dono de tudo que é Deus.
Subimos serras, entramos no mar e nos maravilhamos com as suas cores, seu vigor, a riqueza das flores e dos animais.
Viajamos através de estradas respirando o ar puro das árvores que se ergueram há séculos e sustentam o frescor do verde da primavera que apenas despertou.
Refrescamo-nos nos rios de água cristalina, saciamos a sede em fontes naturais, límpidas, desfrutamos do sol, do ar.
É um mundo grandioso de tesouros que se sucede, sem parar.
Somos verdadeiramente pessoas muito ricas.
Para completar a nossa riqueza, somente nos falta a virtude da gratidão de erguer o coração em prece e louvar ao Pai de todos nós, pela distribuição farta que nos oferece todos os dias.
Momento Espírita
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um Lustro
Foi no dia 30 de junho de 2002, que o Brasil conquistou mais um título da conhecida Copa do Mundo.
Apesar dos interesses vergonhosos que culminaram com a perda do título em 1998 e a eliminação em 2006, as alegrias e expectativas do futebol conseguem fechar o comércio e parar o país por ocasião das Copas.
Um lustro, cinco anos.
Naquele mesmo dia de alegrias, logo no início da noite, despedia-se do sofrido corpo o médium Chico Xavier, em Uberaba, Minas Gerais.
Estive na cidade na segunda-feira, dia 1º de julho, como repórter e fotógrafo, que virou feriado municipal e trouxe para o velório uma multidão incalculável, provinda de todos os locais do país e mesmo do exterior.
Chico, assim como o Papa João Paulo II, Madre Teresa, Irmã Dulce e outros vultos – muitas vezes anónimos, mas nem por isso diferentes ou menores –, pautaram a vida pelo amor ao próximo.
Daí o carinho merecido que recebem da população.
Ainda que em memória, como ocorre com todos eles, na actualidade.
Tais personalidades, caracterizadas pelo desprendimento, pela renúncia e pelo acendrado sentimento de amor pelos irmãos de humanidade, marcaram profundamente a história e os caminhos do sofrido planeta.
Todos eles caracterizam o que podemos denominar de Homens de Bem.
São criaturas, homem ou mulher, que compreendendo a finalidade de viver, aplicam no próprio comportamento a lei de justiça, de amor e caridade.
Sempre colocando em primeiro lugar os interesses e a felicidade do próximo.
Renunciam, por isso, a sentimentos de vaidade, orgulho e egoísmo.
Demonstrando sempre uma confiança em Deus, que nunca se abala, e extremada fé no futuro, agem esparzindo luzes de esperança por onde passam e a todos que com eles se relacionam.
Compreendem que as dificuldades passam e que elas possuem um sentido didáctico de aprendizado que não devemos desprezar.
Ao mesmo tempo não demonstram irritação, não alimentam rancor, nem desejo de vingança, respeitando diferentes crenças e opiniões, comportamentos e posturas.
Ao invés de se promoverem, tornam-se alicerces para que outras pessoas brilhem, estudando as próprias imperfeições que ainda trazem para continuamente se corrigirem, como Gandhi, Santo Agostinho, Sócrates, para ficar apenas nesses exemplos.
Respeitando direitos, agindo continuamente com bondade, perseverando no bem, confiando em Deus e sempre trabalhando pelo bem do semelhante tornam-se verdadeiros sóis, autênticas estrelas brilhantes no caminho humano.
São exemplos vivos que dignificam a condição humana.
Nunca perdem a oportunidade de promover o próximo, de estimular o bem geral, de promover a paz.
Agem assim porque são assim, pacificados interiormente, bondosos, indulgentes;
nunca evidenciam as fraquezas alheias e estão distantes de quaisquer posições de vaidade ou orgulho pessoal.
Como também já venceram o egoísmo, ou disso já estão muito próximos, pela própria disciplina que se impõe a si mesmos, tornam-se faróis de orientação colectiva.
Suas palavras, suas vidas, as obras que e causas pelas quais lutaram, contagiam grupos e pessoas e mesmo depois da morte biológica, eles permanecem perfumando o planeta.
Graças a esses notáveis vultos, a vida se torna mais suave, mais bela.
O perfume de amor e esperança que espalharam não se dilui com o tempo.
Ele permanece.
Por uma razão muito simples:
eles nos ensinam a amar, razão maior da vida no planeta...
Única solução para os difíceis quadros vividos pelo planeta.
Orson Carrara
§.§.§- O-canto-da-ave
Apesar dos interesses vergonhosos que culminaram com a perda do título em 1998 e a eliminação em 2006, as alegrias e expectativas do futebol conseguem fechar o comércio e parar o país por ocasião das Copas.
Um lustro, cinco anos.
Naquele mesmo dia de alegrias, logo no início da noite, despedia-se do sofrido corpo o médium Chico Xavier, em Uberaba, Minas Gerais.
Estive na cidade na segunda-feira, dia 1º de julho, como repórter e fotógrafo, que virou feriado municipal e trouxe para o velório uma multidão incalculável, provinda de todos os locais do país e mesmo do exterior.
Chico, assim como o Papa João Paulo II, Madre Teresa, Irmã Dulce e outros vultos – muitas vezes anónimos, mas nem por isso diferentes ou menores –, pautaram a vida pelo amor ao próximo.
Daí o carinho merecido que recebem da população.
Ainda que em memória, como ocorre com todos eles, na actualidade.
Tais personalidades, caracterizadas pelo desprendimento, pela renúncia e pelo acendrado sentimento de amor pelos irmãos de humanidade, marcaram profundamente a história e os caminhos do sofrido planeta.
Todos eles caracterizam o que podemos denominar de Homens de Bem.
São criaturas, homem ou mulher, que compreendendo a finalidade de viver, aplicam no próprio comportamento a lei de justiça, de amor e caridade.
Sempre colocando em primeiro lugar os interesses e a felicidade do próximo.
Renunciam, por isso, a sentimentos de vaidade, orgulho e egoísmo.
Demonstrando sempre uma confiança em Deus, que nunca se abala, e extremada fé no futuro, agem esparzindo luzes de esperança por onde passam e a todos que com eles se relacionam.
Compreendem que as dificuldades passam e que elas possuem um sentido didáctico de aprendizado que não devemos desprezar.
Ao mesmo tempo não demonstram irritação, não alimentam rancor, nem desejo de vingança, respeitando diferentes crenças e opiniões, comportamentos e posturas.
Ao invés de se promoverem, tornam-se alicerces para que outras pessoas brilhem, estudando as próprias imperfeições que ainda trazem para continuamente se corrigirem, como Gandhi, Santo Agostinho, Sócrates, para ficar apenas nesses exemplos.
Respeitando direitos, agindo continuamente com bondade, perseverando no bem, confiando em Deus e sempre trabalhando pelo bem do semelhante tornam-se verdadeiros sóis, autênticas estrelas brilhantes no caminho humano.
São exemplos vivos que dignificam a condição humana.
Nunca perdem a oportunidade de promover o próximo, de estimular o bem geral, de promover a paz.
Agem assim porque são assim, pacificados interiormente, bondosos, indulgentes;
nunca evidenciam as fraquezas alheias e estão distantes de quaisquer posições de vaidade ou orgulho pessoal.
Como também já venceram o egoísmo, ou disso já estão muito próximos, pela própria disciplina que se impõe a si mesmos, tornam-se faróis de orientação colectiva.
Suas palavras, suas vidas, as obras que e causas pelas quais lutaram, contagiam grupos e pessoas e mesmo depois da morte biológica, eles permanecem perfumando o planeta.
Graças a esses notáveis vultos, a vida se torna mais suave, mais bela.
O perfume de amor e esperança que espalharam não se dilui com o tempo.
Ele permanece.
Por uma razão muito simples:
eles nos ensinam a amar, razão maior da vida no planeta...
Única solução para os difíceis quadros vividos pelo planeta.
Orson Carrara
§.§.§- O-canto-da-ave
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Localização : Porto - Portugal
Um Novo Dia
Esperança que se renova, de um dia melhor, por homens melhores.
As estações da natureza vêm e vão, as horas passam e a vida estua, seguindo seu curso adredemente estabelecido.
Um dia melhor somente se concretizará com o esforço construtivo, no trabalho digno e contínuo, na interiorização das experiências renovadoras e transformadoras dos alicerces da alma.
Um dia feliz será aquele em que nos abrirmos para amar, para servir, usando de nossos talentos com a responsabilidade inerente ao seu grau de quantidade e qualidade.
Todos temos desafios e dias tormentosos, de sombras e escuridão, de medo, de angústia e incerteza ante o açodar das paixões ou o guante das provações.
Entretanto, aquele que tem um ideal, tendo fé em Deus, e por isso mesmo em suas próprias possibilidades evolutivas, eleva a fronte e segue adiante, sem perda de tempo em queixas, lamentações ou explicações.
Continuemos, meus irmãos, um dia melhor é um horizonte possível.
Construamo-no pelos nossos esforços no Bem.
Jesus nos amparará.
Josué
§.§.§- O-canto-da-ave
As estações da natureza vêm e vão, as horas passam e a vida estua, seguindo seu curso adredemente estabelecido.
Um dia melhor somente se concretizará com o esforço construtivo, no trabalho digno e contínuo, na interiorização das experiências renovadoras e transformadoras dos alicerces da alma.
Um dia feliz será aquele em que nos abrirmos para amar, para servir, usando de nossos talentos com a responsabilidade inerente ao seu grau de quantidade e qualidade.
Todos temos desafios e dias tormentosos, de sombras e escuridão, de medo, de angústia e incerteza ante o açodar das paixões ou o guante das provações.
Entretanto, aquele que tem um ideal, tendo fé em Deus, e por isso mesmo em suas próprias possibilidades evolutivas, eleva a fronte e segue adiante, sem perda de tempo em queixas, lamentações ou explicações.
Continuemos, meus irmãos, um dia melhor é um horizonte possível.
Construamo-no pelos nossos esforços no Bem.
Jesus nos amparará.
Josué
§.§.§- O-canto-da-ave
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Um Novo Olhar
“e fecharam seus olhos, para que não vejam com os olhos, para que não ouçam com os ouvidos, compreendam com o coração.”
Mateus13:15
Chama-nos a atenção a grande incidência de cegos no Evangelho.
Há, por assim dizer, uma “preferência” do Cristo na sua cura.
Há os de nascença, os que encegueceram por um período, os que voltaram a ver e permaneceram vendo e muitos que voltaram às trevas após terem visto a luz;
há ainda aqueles a quem foi pedido não contar o milagre a ninguém e os que ficaram liberados para adentrar a aldeia;
os que foram curados após muitos gritos e os que em silêncio foram libertados da escuridão...
O que a Psicologia tem a nos dizer sobre esses acontecimentos?
É que os olhos representam a luz da consciência plenificada.
As trevas da linguagem evangélica, ilustradas pelos cegos em questão, serão antes as do próprio espírito apartado das leis divinas, órfão psíquico do Pai de Amor, estrangeiro em terras próprias.
Se trouxermos essas reflexões para a actualidade, encontraremos na abordagem sistémica uma forte aliada porque fundamentada em ideias da física quântica, propondo ao homem um novo olhar.
O “olhar redondo” ou sistémico guarda fortes conotações com as verdades cristãs como veremos a seguir.
É um olhar holográfico, parabólico, que traduz uma postura de vida compreensiva, diferente daquele olhar particular, ajuizante.
Intencionados a ver o todo de qualquer situação ou ideia,e isto nos inclui, obteremos a possibilidade de alcançar novas dimensões da mesma.
Só assim compreenderemos, isto é, faremos uma apreensão do todo.
O olhar particularizante é o famoso “olho ruim”.
Já vemos de forma preconcebida, absoluta, e em seguida lançamos o nosso julgamento:
isto é bom;
isto é ruim, sem deixar qualquer margem para o relativo.
E o relativo é sinónimo de justiça.
Estamos de tal forma condicionados a olhar apenas a parte que o fazemos inconscientemente, iniciando de nós próprios.
Costumamos dizer que não necessitaríamos de quaisquer inimigos:
nós mesmos damos conta de nos derrubar!
O primeiro pensamento inquietante, a primeira imagem infeliz e já nos damos por perdidos.
Lógico que temos a responsabilidade primeira com esses pensamentos, mas é igualmente lógico que podemos mudar o rumo de nossas vibrações para ambientes psíquicos melhores.
Para tanto sobram-nos recursos variados, sejam da casa de orações escolhida pela nossa fé, seja através da psicologia humanista, que inclui o homem em sua tridimensionalidade:
corpo, mente, transcendência.
O novo olhar é ético e, portanto, ecológico.
Olhemos com respeito a vida incluindo todos os seres vivos fazendo com que o egoísmo, filho directo não só de nosso orgulho, como também de nossa insegurança, desarme as suas improdutivas defesas com as quais nos iludimos.
Poderemos inclusive, ao final deste processo de mudança , acessar a intuição jogando fora o controle que só vê de perto, pequeno e claro (conexão local) enquanto a intuição vê longe, grande e no escuro (conexão não local).
Consequências variadas e salutares começam a ser colhidas e a principal delas é a tolerância para com nós mesmos e para os que nos cercam.
Vamos exercitar esse novo olhar.
De nada nos custa e afinal...
“Todo mundo tem razão, inclusive você”.
Alcione Albuquerque
§.§.§- O-canto-da-ave
Mateus13:15
Chama-nos a atenção a grande incidência de cegos no Evangelho.
Há, por assim dizer, uma “preferência” do Cristo na sua cura.
Há os de nascença, os que encegueceram por um período, os que voltaram a ver e permaneceram vendo e muitos que voltaram às trevas após terem visto a luz;
há ainda aqueles a quem foi pedido não contar o milagre a ninguém e os que ficaram liberados para adentrar a aldeia;
os que foram curados após muitos gritos e os que em silêncio foram libertados da escuridão...
O que a Psicologia tem a nos dizer sobre esses acontecimentos?
É que os olhos representam a luz da consciência plenificada.
As trevas da linguagem evangélica, ilustradas pelos cegos em questão, serão antes as do próprio espírito apartado das leis divinas, órfão psíquico do Pai de Amor, estrangeiro em terras próprias.
Se trouxermos essas reflexões para a actualidade, encontraremos na abordagem sistémica uma forte aliada porque fundamentada em ideias da física quântica, propondo ao homem um novo olhar.
O “olhar redondo” ou sistémico guarda fortes conotações com as verdades cristãs como veremos a seguir.
É um olhar holográfico, parabólico, que traduz uma postura de vida compreensiva, diferente daquele olhar particular, ajuizante.
Intencionados a ver o todo de qualquer situação ou ideia,e isto nos inclui, obteremos a possibilidade de alcançar novas dimensões da mesma.
Só assim compreenderemos, isto é, faremos uma apreensão do todo.
O olhar particularizante é o famoso “olho ruim”.
Já vemos de forma preconcebida, absoluta, e em seguida lançamos o nosso julgamento:
isto é bom;
isto é ruim, sem deixar qualquer margem para o relativo.
E o relativo é sinónimo de justiça.
Estamos de tal forma condicionados a olhar apenas a parte que o fazemos inconscientemente, iniciando de nós próprios.
Costumamos dizer que não necessitaríamos de quaisquer inimigos:
nós mesmos damos conta de nos derrubar!
O primeiro pensamento inquietante, a primeira imagem infeliz e já nos damos por perdidos.
Lógico que temos a responsabilidade primeira com esses pensamentos, mas é igualmente lógico que podemos mudar o rumo de nossas vibrações para ambientes psíquicos melhores.
Para tanto sobram-nos recursos variados, sejam da casa de orações escolhida pela nossa fé, seja através da psicologia humanista, que inclui o homem em sua tridimensionalidade:
corpo, mente, transcendência.
O novo olhar é ético e, portanto, ecológico.
Olhemos com respeito a vida incluindo todos os seres vivos fazendo com que o egoísmo, filho directo não só de nosso orgulho, como também de nossa insegurança, desarme as suas improdutivas defesas com as quais nos iludimos.
Poderemos inclusive, ao final deste processo de mudança , acessar a intuição jogando fora o controle que só vê de perto, pequeno e claro (conexão local) enquanto a intuição vê longe, grande e no escuro (conexão não local).
Consequências variadas e salutares começam a ser colhidas e a principal delas é a tolerância para com nós mesmos e para os que nos cercam.
Vamos exercitar esse novo olhar.
De nada nos custa e afinal...
“Todo mundo tem razão, inclusive você”.
Alcione Albuquerque
§.§.§- O-canto-da-ave
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Alguém para amar
O mundo está cheio de queixas.
De pessoas que se dizem solitárias.
Que desejariam ser amadas.
Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências.
Carências afectivas.
Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
- Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária.
Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo.
Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
Honrada com o Prémio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre.
Tudo o que lhe importava eram os seus pobres.
E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites.
Serviu a Jesus em plenitude.
E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO.
Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.
Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.
§.§.§- O-canto-da-ave
De pessoas que se dizem solitárias.
Que desejariam ser amadas.
Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências.
Carências afectivas.
Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
- Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária.
Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo.
Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
Honrada com o Prémio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre.
Tudo o que lhe importava eram os seus pobres.
E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites.
Serviu a Jesus em plenitude.
E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO.
Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.
Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.
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Um Pouco de Paz
Sê amoroso, contigo e com os teus.
Procura o teu centro em meio as tuas angústias, em meio as tuas confusões...
É o teu estado amoroso que te dará o fortalecimento necessário para saberes que, viver amorosamente faz parte da tua natureza.
Protege-te, docemente, e ouve o murmurar da paz em teu coração.
Invoca Luz ao teu caminho e traz bênçãos, todas as bênçãos do Universo para junto de ti.
Anda com teus planos, com tua harmonia e cerca-te de tranquilidade.
Não prolongues as tuas causas mal resolvidas; apressa-te a ter contacto com a natureza, com as águas doces correndo pelas verdes matas e lá, silencia, sente o que é estar na paz do teu silêncio, a que destes permissão para existir.
Nada há para temeres.
Muito há ainda para conheceres e te deleitares...
Quando desejares por algo que te possa ajudar ainda mais em tua alegria, em teu amor, pede e ser-te-á dado.
Viver assim é feito para um ser que, como tu, merece todo amor, toda alegria e toda ajuda possível para que esta realidade seja verdadeira e não um mero sonho...
Sê feliz, dá a ti mesmo toda atenção e todo cuidado.
Acima de todas as coisas, tua alegria e teu amor são necessários para que a luz do amor e da alegria voltem a brilhar sobre o mundo, o mundo que, dia a dia, escolhemos para viver.
§.§.§- O-canto-da-ave
Procura o teu centro em meio as tuas angústias, em meio as tuas confusões...
É o teu estado amoroso que te dará o fortalecimento necessário para saberes que, viver amorosamente faz parte da tua natureza.
Protege-te, docemente, e ouve o murmurar da paz em teu coração.
Invoca Luz ao teu caminho e traz bênçãos, todas as bênçãos do Universo para junto de ti.
Anda com teus planos, com tua harmonia e cerca-te de tranquilidade.
Não prolongues as tuas causas mal resolvidas; apressa-te a ter contacto com a natureza, com as águas doces correndo pelas verdes matas e lá, silencia, sente o que é estar na paz do teu silêncio, a que destes permissão para existir.
Nada há para temeres.
Muito há ainda para conheceres e te deleitares...
Quando desejares por algo que te possa ajudar ainda mais em tua alegria, em teu amor, pede e ser-te-á dado.
Viver assim é feito para um ser que, como tu, merece todo amor, toda alegria e toda ajuda possível para que esta realidade seja verdadeira e não um mero sonho...
Sê feliz, dá a ti mesmo toda atenção e todo cuidado.
Acima de todas as coisas, tua alegria e teu amor são necessários para que a luz do amor e da alegria voltem a brilhar sobre o mundo, o mundo que, dia a dia, escolhemos para viver.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Vacinas da Alma
Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão.
Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.
Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã.
Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.
Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando.
Da mente aos lábios, temos um trajecto controlável para as nossas manifestações.
Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento activo em circulação.
André Luiz
§.§.§- O-canto-da-ave
Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.
Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã.
Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.
Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando.
Da mente aos lábios, temos um trajecto controlável para as nossas manifestações.
Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento activo em circulação.
André Luiz
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Valiosa observação de Hermínio
O consagrado escritor Hermínio Miranda, autor de vários e notáveis livros, em entrevista concedida à revista Universo Espírita, edição 42 – ano 4, na última pergunta, abordou importante questão que merece nossa maior atenção.
A pergunta é Como você vê os caminhos do Espiritismo hoje?
E a valiosa reposta:
Acho que ele corre dois riscos:
o de ser deturpado e o de ficar engessado.
Acho um pouco exagerada a fixação dos divulgadores espíritas de conversarem apenas entre si.
Os grandes filósofos do passado foram grandes comunicadores, falavam para todos e todos entendiam. (...).
Não me estendo na transcrição, desejando fixar-me apenas nesse ponto:
o da comunicação, clara, abrangente.
Eis o papel dos divulgadores:
alcançar o grande público!
Muitas vezes ficamos escrevendo e falando para nós mesmos.
Ora, a proposta espírita é para a humanidade.
As ideias, quero dizer.
A linguagem, verbal ou escrita, há que ser clara, acessível, de fácil assimilação, fiel aos princípios que a norteiam e atender aos anseios da alma...
Vemos instituições lotadas, em dias de passe, com pessoas ansiosas, aflitas.
Já não é hora de nos perguntarmos como estamos dirigindo o raciocínio no entendimento dessa proposta extraordinária de bem estar e felicidade trazida pelo Espiritismo?
A preocupação central deve ser transmitir o Espiritismo, com clareza e fidelidade aos seus fundamentos.
E isso deve ser feito de forma dinâmica, atraente, clara, atendendo aos anseios do quotidiano.
É claro que devemos criar oportunidades de aprofundamento no estudo dos temas inesgotáveis que o Espiritismo oferece, todavia, há que se ter a preocupação de tornar as abordagens acessíveis ao grande público, especialmente a grande massa que vai a procura de passes e tratamentos espirituais.
É exactamente o ensino espírita que vai libertar de traumas, culpas, medos, geradores todos de perturbações e enfermidades.
A preferência é, pois, pela transmissão clara do ensino espírita.
Expositores, dirigentes, escritores, coordenadores de cursos e estudos, atendentes, devemos todos nos preparar para uma comunicação eficiente, clara, agradável, amistosa.
Muitas de nossas atitudes e palavras, impensadas ou precipitadas, geram interpretações prejudiciais.
Isso pode significar deturpação ou engessamento das ideias, como lembra Hermínio.
Por isso, uma vez mais, a necessidade de estudar continuamente.
Provocar diálogos construtivos, encontros e debates, incentivar o estudo, indicar obras, aproximar as pessoas, parece-nos serem os recursos ideais para alcance desses objectivos.
É bom pinçarmos essas instruções de matérias, reportagens e entrevistas.
Sempre trazem reflexões de importância.
É uma boa oportunidade de meditarmos sobre o que estamos fazendo com o tesouro do conhecimento espírita em nossas mãos.
Orson Carrara
§.§.§- O-canto-da-ave
A pergunta é Como você vê os caminhos do Espiritismo hoje?
E a valiosa reposta:
Acho que ele corre dois riscos:
o de ser deturpado e o de ficar engessado.
Acho um pouco exagerada a fixação dos divulgadores espíritas de conversarem apenas entre si.
Os grandes filósofos do passado foram grandes comunicadores, falavam para todos e todos entendiam. (...).
Não me estendo na transcrição, desejando fixar-me apenas nesse ponto:
o da comunicação, clara, abrangente.
Eis o papel dos divulgadores:
alcançar o grande público!
Muitas vezes ficamos escrevendo e falando para nós mesmos.
Ora, a proposta espírita é para a humanidade.
As ideias, quero dizer.
A linguagem, verbal ou escrita, há que ser clara, acessível, de fácil assimilação, fiel aos princípios que a norteiam e atender aos anseios da alma...
Vemos instituições lotadas, em dias de passe, com pessoas ansiosas, aflitas.
Já não é hora de nos perguntarmos como estamos dirigindo o raciocínio no entendimento dessa proposta extraordinária de bem estar e felicidade trazida pelo Espiritismo?
A preocupação central deve ser transmitir o Espiritismo, com clareza e fidelidade aos seus fundamentos.
E isso deve ser feito de forma dinâmica, atraente, clara, atendendo aos anseios do quotidiano.
É claro que devemos criar oportunidades de aprofundamento no estudo dos temas inesgotáveis que o Espiritismo oferece, todavia, há que se ter a preocupação de tornar as abordagens acessíveis ao grande público, especialmente a grande massa que vai a procura de passes e tratamentos espirituais.
É exactamente o ensino espírita que vai libertar de traumas, culpas, medos, geradores todos de perturbações e enfermidades.
A preferência é, pois, pela transmissão clara do ensino espírita.
Expositores, dirigentes, escritores, coordenadores de cursos e estudos, atendentes, devemos todos nos preparar para uma comunicação eficiente, clara, agradável, amistosa.
Muitas de nossas atitudes e palavras, impensadas ou precipitadas, geram interpretações prejudiciais.
Isso pode significar deturpação ou engessamento das ideias, como lembra Hermínio.
Por isso, uma vez mais, a necessidade de estudar continuamente.
Provocar diálogos construtivos, encontros e debates, incentivar o estudo, indicar obras, aproximar as pessoas, parece-nos serem os recursos ideais para alcance desses objectivos.
É bom pinçarmos essas instruções de matérias, reportagens e entrevistas.
Sempre trazem reflexões de importância.
É uma boa oportunidade de meditarmos sobre o que estamos fazendo com o tesouro do conhecimento espírita em nossas mãos.
Orson Carrara
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Uma vida, duas vidas, um sorriso
Foi durante a guerra civil na Espanha.
Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia.
Certa feita, caiu nas mãos dos adversários.
Foi preso e condenado à morte.
Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.
O guarda era muito jovem.
Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos.
Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.
Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.
Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada.
Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra.
De início, foi inútil.
Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.
Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso.
Sorriu e perguntou de forma tímida:
Você é pai?
A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.
Eu também, falou o prisioneiro.
Só que há uma enorme diferença entre nós dois.
Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado.
Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.
Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência.
E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico.
Quando o dia amanhecer, eu morrerei.
Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor.
Diga a ele: "Amo você. Você é a razão da minha vida."
Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?
O guarda continuava parado, imóvel.
Parecia um cadáver que respirava.
O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.
As lágrimas jorraram dos olhos.
Ele notou que o guarda também chorava.
Parecia ter despertado do seu torpor.
Não disse uma única palavra.
Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo.
Com uma outra chave abriu a lingueta.
Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.
O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.
O jovem soldado lhe apontou a direcção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.
O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.
Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.
Entretanto, as vozes da Imortalidade cantam. Deus canta em todo o Universo a glória do amor.
Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.
Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.
Momento Espírita, com base em Conferência de Divaldo Pereira Franco, na abertura do 4. Simpósio Paranaense de Espiritismo, em Curitiba, Paraná.
§.§.§- O-canto-da-ave
Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia.
Certa feita, caiu nas mãos dos adversários.
Foi preso e condenado à morte.
Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.
O guarda era muito jovem.
Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos.
Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.
Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.
Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada.
Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra.
De início, foi inútil.
Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.
Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso.
Sorriu e perguntou de forma tímida:
Você é pai?
A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.
Eu também, falou o prisioneiro.
Só que há uma enorme diferença entre nós dois.
Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado.
Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.
Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência.
E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico.
Quando o dia amanhecer, eu morrerei.
Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor.
Diga a ele: "Amo você. Você é a razão da minha vida."
Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?
O guarda continuava parado, imóvel.
Parecia um cadáver que respirava.
O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.
As lágrimas jorraram dos olhos.
Ele notou que o guarda também chorava.
Parecia ter despertado do seu torpor.
Não disse uma única palavra.
Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo.
Com uma outra chave abriu a lingueta.
Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.
O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.
O jovem soldado lhe apontou a direcção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.
O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.
Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.
Entretanto, as vozes da Imortalidade cantam. Deus canta em todo o Universo a glória do amor.
Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.
Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.
Momento Espírita, com base em Conferência de Divaldo Pereira Franco, na abertura do 4. Simpósio Paranaense de Espiritismo, em Curitiba, Paraná.
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Valores
O que ninguém te furta é o que trazes dentro de ti - a tua alegria, a tua fé, a tua luz.
Dinheiro, muita gente o tem; o que te pode diferenciar é a tua riqueza interior.
Adquire sabedoria.
Não te precipites na apreciação das pessoas.
Nem te detenhas na aparência das coisas.
A Verdade não carece de interpretação.
Quem muito acumula ajunta peso desnecessário na alma.
Quem se apega ao que é transitório não evita a decepção.
O tempo passa depressa, e tudo deixarás de improviso, mas a tua essência permanecerá intocada.
Irmão José
§.§.§- O-canto-da-ave
Dinheiro, muita gente o tem; o que te pode diferenciar é a tua riqueza interior.
Adquire sabedoria.
Não te precipites na apreciação das pessoas.
Nem te detenhas na aparência das coisas.
A Verdade não carece de interpretação.
Quem muito acumula ajunta peso desnecessário na alma.
Quem se apega ao que é transitório não evita a decepção.
O tempo passa depressa, e tudo deixarás de improviso, mas a tua essência permanecerá intocada.
Irmão José
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Valorize o Seu Dia
Cada dia corresponde a uma nova página escrita no livro da sua vida, onde você deverá escrever as melhores memórias.
Assim, quando desperte, dirija ao infinito a sua prece.
Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período começante.
Eleve as vibrações da alma e entregue-se ao Senhor, totalmente.
Erga-se e alegre-se com a oportunidade de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso.
Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.
À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume, procurando compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.
Perante as ocorrências da violência e diante dos quadros de agressões que vejam em sua rota, realize o melhor que possa, sem praguejamentos, sem revolta, sem desespero, porque você não está senão no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.
Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do Apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.
Busque fazer amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros.
A amizade no mundo é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.
Alimente-se com moderação.
Não é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme o estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de o intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.
Afaste-se das pseudo necessidades alcoólicas.
O álcool de que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica. Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.
Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades, ou para não perder seu preciso tempo com intermináveis lorotas e banalidades que lhe possam prender as horas as visco la leviandade.
Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.
E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação.
Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que ítens deveria ter agido melhor, e sem remorsos perniciosos, faça projectos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los seriamente.
Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.
Valorize o seu dia.
Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.
Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.
MEDITAÇÃO:
Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver.
Não; vivei com os homens da vossa época, como devem vier os homens.
Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que a possa santificar.
(Cap. XVII, item 10, segundo parágrafo)
Joanes
§.§.§- O-canto-da-ave
Assim, quando desperte, dirija ao infinito a sua prece.
Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período começante.
Eleve as vibrações da alma e entregue-se ao Senhor, totalmente.
Erga-se e alegre-se com a oportunidade de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso.
Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.
À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume, procurando compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.
Perante as ocorrências da violência e diante dos quadros de agressões que vejam em sua rota, realize o melhor que possa, sem praguejamentos, sem revolta, sem desespero, porque você não está senão no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.
Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do Apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.
Busque fazer amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros.
A amizade no mundo é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.
Alimente-se com moderação.
Não é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme o estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de o intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.
Afaste-se das pseudo necessidades alcoólicas.
O álcool de que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica. Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.
Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades, ou para não perder seu preciso tempo com intermináveis lorotas e banalidades que lhe possam prender as horas as visco la leviandade.
Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.
E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação.
Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que ítens deveria ter agido melhor, e sem remorsos perniciosos, faça projectos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los seriamente.
Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.
Valorize o seu dia.
Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.
Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.
MEDITAÇÃO:
Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver.
Não; vivei com os homens da vossa época, como devem vier os homens.
Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que a possa santificar.
(Cap. XVII, item 10, segundo parágrafo)
Joanes
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Varando Sombras
Empeços, lutas, problemas, limitações, críticas...
Deixemos a mágoa de lado e sigamos em frente, trabalhando e compreendendo sempre.
Os que não desejam avançar, tentarão prejudicar-nos a caminhada.
Os que não querem servir, buscarão envolver-nos no desânimo.
Os que não acreditam no bem, assumirão atitudes estranhas contra nós.
Mas não recuemos.
O nosso compromisso é com a própria consciência.
Varemos as sombras como archote da fé operosa.
No serviço do Evangelho, ninguém se encontra sozinho.
Forças divinas suplementam as nossas forças e vozes tutelares inspiram os nossos passos.
Haveremos de triunfar.
A obra pertence ao Cristo de Deus e nada deterá a sua marcha vitoriosa.
Batuira
§.§.§- O-canto-da-ave
Deixemos a mágoa de lado e sigamos em frente, trabalhando e compreendendo sempre.
Os que não desejam avançar, tentarão prejudicar-nos a caminhada.
Os que não querem servir, buscarão envolver-nos no desânimo.
Os que não acreditam no bem, assumirão atitudes estranhas contra nós.
Mas não recuemos.
O nosso compromisso é com a própria consciência.
Varemos as sombras como archote da fé operosa.
No serviço do Evangelho, ninguém se encontra sozinho.
Forças divinas suplementam as nossas forças e vozes tutelares inspiram os nossos passos.
Haveremos de triunfar.
A obra pertence ao Cristo de Deus e nada deterá a sua marcha vitoriosa.
Batuira
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O essencial
Existe uma técnica pedagógica em que se propõe para a pessoa a seguinte situação:
ela deve ir para uma ilha deserta e somente pode levar três coisas.
O que deseja levar?
Ante o questionamento, não são poucos os que ficam confusos porque, afinal, são tantas as coisas que se desejaria levar, e que acreditamos nos sejam indispensáveis.
Em tempos remotos, quando a Águia Romana dominava o mundo com a extensa sombra das suas enormes asas, existiu uma patrícia muito rica.
Tendo que realizar uma grande viagem, ela tomou uma luxuosa galera e seguiu com seu filho de apenas cinco anos.
Sua bagagem despertou curiosidade no embarque.
Dois escravos carregaram muitos volumes de jóias diferentes.
Eram colares e braceletes, redes de ouro, pedrarias, camafeus riquíssimos.
Todo o pessoal de serviço se inclinou perante a dama nobre, em sinal de respeito pelo tesouro que ela trazia para bordo.
Durante os primeiros dias de viagem ela foi o centro das atenções.
Era convidada para a mesa das festividades e todos se interessavam em estar com ela, para poder observar os adornos brilhantes que usava.
Em certa manhã de sol, a embarcação se chocou em traiçoeiro recife.
Uma grande brecha se fez na galera e as águas a invadiram.
Todos a bordo começaram a lutar, tentando resolver o problema.
Finalmente, verificaram que havia necessidade de abandonar o navio.
Alguns botes foram colocados à disposição dos viajantes para o salvamento.
A rica dama se apresentou, tão logo foi chamada.
Nos braços trazia o filho, envolto em manta bordada a ouro e um pequeno pacote que segurava com vigor.
Todos imaginaram que a bela senhora levava consigo as jóias mais caras.
Entretanto, porque a viagem arriscada até o porto mais próximo se demorava horas intermináveis, ela abriu o embrulho, mostrando aos irmãos de infortúnio o seu conteúdo.
Eram dois pães e dez figos maduros, com os quais se alimentaram durante as horas que os separavam da terra firme.
Estreitando o filho de encontro ao coração, ela falou: Meu filho é o que tenho de mais precioso.
E o que considero de mais útil, nesta circunstância, é o alimento que nos manterá vivos.
A felicidade real não se fundamenta em riquezas transitórias.
Sempre chega um dia em que o homem é convidado a se separar delas.
Os que vivem o hoje se apegam a terras, construções, moedas e prazeres.
O Espírito prudente, porém, não desconhece que todos os patrimónios da Terra devem ser usados para o enriquecimento da virtude.
Também sabe que as bênçãos mais simples da natureza são as bases da nossa tranquilidade essencial.
Convém recordar a recomendação de Jesus: Procurai antes o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas.
Momento Espírita, com base no cap. 44, do livro Jesus no lar, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
ela deve ir para uma ilha deserta e somente pode levar três coisas.
O que deseja levar?
Ante o questionamento, não são poucos os que ficam confusos porque, afinal, são tantas as coisas que se desejaria levar, e que acreditamos nos sejam indispensáveis.
Em tempos remotos, quando a Águia Romana dominava o mundo com a extensa sombra das suas enormes asas, existiu uma patrícia muito rica.
Tendo que realizar uma grande viagem, ela tomou uma luxuosa galera e seguiu com seu filho de apenas cinco anos.
Sua bagagem despertou curiosidade no embarque.
Dois escravos carregaram muitos volumes de jóias diferentes.
Eram colares e braceletes, redes de ouro, pedrarias, camafeus riquíssimos.
Todo o pessoal de serviço se inclinou perante a dama nobre, em sinal de respeito pelo tesouro que ela trazia para bordo.
Durante os primeiros dias de viagem ela foi o centro das atenções.
Era convidada para a mesa das festividades e todos se interessavam em estar com ela, para poder observar os adornos brilhantes que usava.
Em certa manhã de sol, a embarcação se chocou em traiçoeiro recife.
Uma grande brecha se fez na galera e as águas a invadiram.
Todos a bordo começaram a lutar, tentando resolver o problema.
Finalmente, verificaram que havia necessidade de abandonar o navio.
Alguns botes foram colocados à disposição dos viajantes para o salvamento.
A rica dama se apresentou, tão logo foi chamada.
Nos braços trazia o filho, envolto em manta bordada a ouro e um pequeno pacote que segurava com vigor.
Todos imaginaram que a bela senhora levava consigo as jóias mais caras.
Entretanto, porque a viagem arriscada até o porto mais próximo se demorava horas intermináveis, ela abriu o embrulho, mostrando aos irmãos de infortúnio o seu conteúdo.
Eram dois pães e dez figos maduros, com os quais se alimentaram durante as horas que os separavam da terra firme.
Estreitando o filho de encontro ao coração, ela falou: Meu filho é o que tenho de mais precioso.
E o que considero de mais útil, nesta circunstância, é o alimento que nos manterá vivos.
A felicidade real não se fundamenta em riquezas transitórias.
Sempre chega um dia em que o homem é convidado a se separar delas.
Os que vivem o hoje se apegam a terras, construções, moedas e prazeres.
O Espírito prudente, porém, não desconhece que todos os patrimónios da Terra devem ser usados para o enriquecimento da virtude.
Também sabe que as bênçãos mais simples da natureza são as bases da nossa tranquilidade essencial.
Convém recordar a recomendação de Jesus: Procurai antes o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas.
Momento Espírita, com base no cap. 44, do livro Jesus no lar, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
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A força das mulheres
(Clevane Pessoa)
Nunca é demais lembrar porque em 8 de março comemora-se o DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Em Nova York, as operárias uma fábrica de Cotton reivindicaram uma jornada de trabalho menor.
Queriam trabalhar menos horas.
Como se sabe, a jornada operativa das mulheres, é dupla.
Põem o pé em casa - e já tem início toda uma infraestrutura a activar:
lavar/passar/cozinhar, ensinar tarefas escolares, arrumar, educar e... cumprir as "obrigações sexuais", senão, é um "Deus nos acuda".
Hoje, felizmente, com o advento da pílula anticoncepcional, descobriram que tinham direito ao prazer, que a sexualidade não existia apenas para a procriação...
Mas voltemos à data e questão.
Os patrões simplesmente mandaram atear fogo onde estavam as rebeldes grevistas.
Assim consta.
Morreram queimadas.
As que trabalhavam para sustentar ou ajudar a sustentar a casa, os filhos...
As que tinham lá a convivência de uma história de amor, deixando os companheiros sozinhos...
As mães, cujos filhos as estavam aguardando em casa, com a ansiedade das crianças cujas mães saem todos os dias, e elas esperam que voltem - mas nunca têm absoluta certeza
(no consultório, em ludoterapia estou sempre testando essa angústia infantil, ajudando a curar as psicossomatizações...
com a violência humana de hoje, então -
"o ladrão pode matar a mamãe, que é auxiliar de enfermagem e sai tarde do trabalho..."
"minha mãe tem que trabalhar para me dar as coisas" "eu quero ir junto, mas não posso..."
"ela me disse que agora que ela e papai se separaram, vai trabalhar nos Estados Unidos e vou ficar..."
"Tenho medo que..."... São dores legítimas, temores justificados...
E os que não sabem falar, desenham, modelam, choram)...
Fico pensando naquelas que estariam grávidas...
A morte multiplicada no corpo, como digo num poema.
Nas que ainda iam iniciar a vida em comum, nos intervalos e folgas, a coser, bordar o enxoval...
Nas que tinham um pai, mãe, avós idosos tão dependentes delas quanto crianças...
Trabalhei na Casa Abrigo Sempre Viva, que a Prefeitura Municipal mantém.
Mulheres assustadas, ali escondidas com seus filhos, a quem re-ensinávamos a re-viver, a se re/conhecer, tão perdidas de si mesmas e assustadas estavam.
Nunca é demais lembrar porque em 8 de março comemora-se o DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Em Nova York, as operárias uma fábrica de Cotton reivindicaram uma jornada de trabalho menor.
Queriam trabalhar menos horas.
Como se sabe, a jornada operativa das mulheres, é dupla.
Põem o pé em casa - e já tem início toda uma infraestrutura a activar:
lavar/passar/cozinhar, ensinar tarefas escolares, arrumar, educar e... cumprir as "obrigações sexuais", senão, é um "Deus nos acuda".
Hoje, felizmente, com o advento da pílula anticoncepcional, descobriram que tinham direito ao prazer, que a sexualidade não existia apenas para a procriação...
Mas voltemos à data e questão.
Os patrões simplesmente mandaram atear fogo onde estavam as rebeldes grevistas.
Assim consta.
Morreram queimadas.
As que trabalhavam para sustentar ou ajudar a sustentar a casa, os filhos...
As que tinham lá a convivência de uma história de amor, deixando os companheiros sozinhos...
As mães, cujos filhos as estavam aguardando em casa, com a ansiedade das crianças cujas mães saem todos os dias, e elas esperam que voltem - mas nunca têm absoluta certeza
(no consultório, em ludoterapia estou sempre testando essa angústia infantil, ajudando a curar as psicossomatizações...
com a violência humana de hoje, então -
"o ladrão pode matar a mamãe, que é auxiliar de enfermagem e sai tarde do trabalho..."
"minha mãe tem que trabalhar para me dar as coisas" "eu quero ir junto, mas não posso..."
"ela me disse que agora que ela e papai se separaram, vai trabalhar nos Estados Unidos e vou ficar..."
"Tenho medo que..."... São dores legítimas, temores justificados...
E os que não sabem falar, desenham, modelam, choram)...
Fico pensando naquelas que estariam grávidas...
A morte multiplicada no corpo, como digo num poema.
Nas que ainda iam iniciar a vida em comum, nos intervalos e folgas, a coser, bordar o enxoval...
Nas que tinham um pai, mãe, avós idosos tão dependentes delas quanto crianças...
Trabalhei na Casa Abrigo Sempre Viva, que a Prefeitura Municipal mantém.
Mulheres assustadas, ali escondidas com seus filhos, a quem re-ensinávamos a re-viver, a se re/conhecer, tão perdidas de si mesmas e assustadas estavam.
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Havia quem apanhasse porque penteava os cabelos - uma vaidade, um pecado, sentenciava o algoz..
Quem tinha de "suportar" o marido drogado de pé, contra a parede, enquanto amamentava um bebé.
Sem carinho, sem desejo, objecto de uso!
Quem poderia, a qualquer momento ser assassinada - como queima de arquivo, já que o companheiro era traficante...
As vítimas de delírio celotípico (o monstro do ciúme, injustificado, a torturar mental e fisicamente)...
As casadas com adúlteros machistas, que batiam nelas enquanto paparicavam amantes.
Os maus, os monstros, os doentes mentais...
Mas mulher se refaz de si.
É forte, corajosa e bela.
Como a Fénix mitológica, grega, que renascia das cinzas, mas bela.
Ou como a Fénix japonesa, bicando o peito num período de seca, para alimentar, com o próprio sangue os filhotes a piar nos ninhos...
A mulher antiga tinha a intuição altamente desenvolvida.
Via, com os olhos da alma.
Preparava remédios fitoterápicos.
Fazia partos.
Amparava tantos os que nasciam quanto os que morriam.
E continuava amparando os que viviam.
Na Inquisição, taxadas de feiticeiras e torturadas barbaramente, morriam pelas dores, por ataques cardíacos, por cansaço, pelo fogo, enterradas vivas, desarticuladas.
Passaram às demais, a noção de PERIGO.
Era perigoso ser mulher.
E, na ampulheta do tempo, longo tempo se passou, para escoar a areia, até que hoje, todas querem se renovar, se empoderar.
Na moderna Wicca - a ciência do natural - recuperam o perdido...
Este escrito hoje, é para homenagear a vocês, MULHERES, e lhes desejar LUZ para que jamais sucumbam nem permitam que lhes seja roubada a sua extrema FORÇA.
VOCÊS PODEM.
Pensem nisso.
§.§.§- O-canto-da-ave
Havia quem apanhasse porque penteava os cabelos - uma vaidade, um pecado, sentenciava o algoz..
Quem tinha de "suportar" o marido drogado de pé, contra a parede, enquanto amamentava um bebé.
Sem carinho, sem desejo, objecto de uso!
Quem poderia, a qualquer momento ser assassinada - como queima de arquivo, já que o companheiro era traficante...
As vítimas de delírio celotípico (o monstro do ciúme, injustificado, a torturar mental e fisicamente)...
As casadas com adúlteros machistas, que batiam nelas enquanto paparicavam amantes.
Os maus, os monstros, os doentes mentais...
Mas mulher se refaz de si.
É forte, corajosa e bela.
Como a Fénix mitológica, grega, que renascia das cinzas, mas bela.
Ou como a Fénix japonesa, bicando o peito num período de seca, para alimentar, com o próprio sangue os filhotes a piar nos ninhos...
A mulher antiga tinha a intuição altamente desenvolvida.
Via, com os olhos da alma.
Preparava remédios fitoterápicos.
Fazia partos.
Amparava tantos os que nasciam quanto os que morriam.
E continuava amparando os que viviam.
Na Inquisição, taxadas de feiticeiras e torturadas barbaramente, morriam pelas dores, por ataques cardíacos, por cansaço, pelo fogo, enterradas vivas, desarticuladas.
Passaram às demais, a noção de PERIGO.
Era perigoso ser mulher.
E, na ampulheta do tempo, longo tempo se passou, para escoar a areia, até que hoje, todas querem se renovar, se empoderar.
Na moderna Wicca - a ciência do natural - recuperam o perdido...
Este escrito hoje, é para homenagear a vocês, MULHERES, e lhes desejar LUZ para que jamais sucumbam nem permitam que lhes seja roubada a sua extrema FORÇA.
VOCÊS PODEM.
Pensem nisso.
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Você consegue me ouvir?
L. R. Silvado
Me contaram a história de um homem que estava com muitas dificuldades para comunicar-se com a sua esposa e começou a desconfiar que ela estava ficando surda.
Uma noite eles estavam sentados na sala de visitas e ele resolveu fazer um teste.
Sentado em uma cadeira o mais longe possível de sua esposa ele sussurrou:
- Você consegue me ouvir?
Nenhuma resposta.
Então levantou-se e foi um pouco mais perto e voltou a sussurrar:
- Você consegue me ouvir?
Mesmo assim não obteve resposta.
Sem fazer barulho, ele então foi para mais perto e sussurrou:
- Você consegue me ouvir?
[verde]E mais uma vez ele não recebeu nenhuma resposta.
Finalmente, ele colocou-se bem atrás da esposa e sussurrou:
[púrpura]- Você consegue me ouvir?
Para a sua surpresa, ele ouviu uma resposta irritada:
- Pela quarta vez, é claro que estou ouvindo você!
Ele é que estava com problemas de audição e por isto não se comunicava bem com a esposa.
Que alerta para nós sobre a facilidade com que julgamos os outros.
Normalmente consideramos que a falha é da outra pessoa e não nossa.
Usamos este processo para encobrir os nossos erros e também não precisarmos encarar a realidade do pecado em nossas vidas.
Fazemos isto com as pessoas que estão ao nosso redor e com Deus.
Jesus falou sobre este problema e nos deu algumas orientações para vivermos uma vida melhor:
"Por que é que você olha para cisco que está no olho do seu irmão e não vê o pedaço de madeira que está no seu próprio olho?
Como pode dizer ao seu irmão:
'Irmão, me deixe tirar esse cisco do seu olho', se você não vê o pedaço de madeira que está no seu próprio olho?
Hipócrita! Tire primeiro o pedaço de madeira que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão".
"Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês.
Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês."
Se você está sempre procurando nas outras pessoas defeitos para corrigir, seria melhor experimentar dar uma boa olhada no espelho!
Além de ser mais paciente com os erros dos outros você e os outros viverão mais felizes!
Faça isto e viva melhor!
§.§.§- O-canto-da-ave
Me contaram a história de um homem que estava com muitas dificuldades para comunicar-se com a sua esposa e começou a desconfiar que ela estava ficando surda.
Uma noite eles estavam sentados na sala de visitas e ele resolveu fazer um teste.
Sentado em uma cadeira o mais longe possível de sua esposa ele sussurrou:
- Você consegue me ouvir?
Nenhuma resposta.
Então levantou-se e foi um pouco mais perto e voltou a sussurrar:
- Você consegue me ouvir?
Mesmo assim não obteve resposta.
Sem fazer barulho, ele então foi para mais perto e sussurrou:
- Você consegue me ouvir?
[verde]E mais uma vez ele não recebeu nenhuma resposta.
Finalmente, ele colocou-se bem atrás da esposa e sussurrou:
[púrpura]- Você consegue me ouvir?
Para a sua surpresa, ele ouviu uma resposta irritada:
- Pela quarta vez, é claro que estou ouvindo você!
Ele é que estava com problemas de audição e por isto não se comunicava bem com a esposa.
Que alerta para nós sobre a facilidade com que julgamos os outros.
Normalmente consideramos que a falha é da outra pessoa e não nossa.
Usamos este processo para encobrir os nossos erros e também não precisarmos encarar a realidade do pecado em nossas vidas.
Fazemos isto com as pessoas que estão ao nosso redor e com Deus.
Jesus falou sobre este problema e nos deu algumas orientações para vivermos uma vida melhor:
"Por que é que você olha para cisco que está no olho do seu irmão e não vê o pedaço de madeira que está no seu próprio olho?
Como pode dizer ao seu irmão:
'Irmão, me deixe tirar esse cisco do seu olho', se você não vê o pedaço de madeira que está no seu próprio olho?
Hipócrita! Tire primeiro o pedaço de madeira que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão".
"Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês.
Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês."
Se você está sempre procurando nas outras pessoas defeitos para corrigir, seria melhor experimentar dar uma boa olhada no espelho!
Além de ser mais paciente com os erros dos outros você e os outros viverão mais felizes!
Faça isto e viva melhor!
§.§.§- O-canto-da-ave
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A melhor idade do amor
Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã.
Chuva insistente de outono.
Um casal adentra uma panificadora para tomar café.
Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.
Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.
Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.
A diferença de idade é gritante.
Não mais de quarenta, ela. Próximo aos oitenta, ele.
Ele olha para fora pela janela entreaberta.
Ela sorri, carinhosa.
Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?
Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.
E você? Onde nasceu? - Volta a inquirir a mulher.
Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.
E o que você lembra de lá?
Ah... Muitas coisas... - Responde ele, com leve sorriso.
Então, silencia.
Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste.
Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.
Sabe... Acho que tive uma vida feliz...
Ela permanece interessada.
Um interesse de primeiro encontro.
Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.
Respira fundo.
Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.
Você só casou uma vez? - Pergunta ela, com certo embaraço na voz.
Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.
Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente.
Esboça um sorriso para disfarçar.
Olha para a mesa. Ainda resta um pão.
Pode comer. Já estou satisfeita.
Almoçamos juntos amanhã? - Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.
Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos.
Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...
Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...
Não tem problema. - Diz ela, carinhosa.
Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.
Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre.
Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não "enferrujar". - Conclui ele.
É verdade... - Ela suspira. - Precisamos cuidar da memória...
Novamente um longo silêncio entre os dois.
Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.
Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.
Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.
Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:
Pai... Pai... Posso pedir a conta?
Ele acena positivamente. A conta chega.
Ela se levanta primeiro, vai em direcção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.
Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.
Foram nossos progenitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.
Pensando em tudo isso, louve aos seus pais.
Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.
Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai.
Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;
Ouça o que eles tenham a dizer.
Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você.
Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus progenitores anos atrás.
Momento Espírita com base no cap. 7, do livro Acções corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita da Silva, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.
§.§.§- O-canto-da-ave
PS: Não há dia nem hora para termos provas de carinho e afecto, e assim vivemos o Amor...
Chuva insistente de outono.
Um casal adentra uma panificadora para tomar café.
Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.
Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.
Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.
A diferença de idade é gritante.
Não mais de quarenta, ela. Próximo aos oitenta, ele.
Ele olha para fora pela janela entreaberta.
Ela sorri, carinhosa.
Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?
Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.
E você? Onde nasceu? - Volta a inquirir a mulher.
Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.
E o que você lembra de lá?
Ah... Muitas coisas... - Responde ele, com leve sorriso.
Então, silencia.
Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste.
Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.
Sabe... Acho que tive uma vida feliz...
Ela permanece interessada.
Um interesse de primeiro encontro.
Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.
Respira fundo.
Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.
Você só casou uma vez? - Pergunta ela, com certo embaraço na voz.
Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.
Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente.
Esboça um sorriso para disfarçar.
Olha para a mesa. Ainda resta um pão.
Pode comer. Já estou satisfeita.
Almoçamos juntos amanhã? - Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.
Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos.
Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...
Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...
Não tem problema. - Diz ela, carinhosa.
Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.
Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre.
Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não "enferrujar". - Conclui ele.
É verdade... - Ela suspira. - Precisamos cuidar da memória...
Novamente um longo silêncio entre os dois.
Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.
Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.
Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.
Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:
Pai... Pai... Posso pedir a conta?
Ele acena positivamente. A conta chega.
Ela se levanta primeiro, vai em direcção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.
Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.
Foram nossos progenitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.
Pensando em tudo isso, louve aos seus pais.
Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.
Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai.
Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;
Ouça o que eles tenham a dizer.
Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você.
Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus progenitores anos atrás.
Momento Espírita com base no cap. 7, do livro Acções corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita da Silva, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.
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PS: Não há dia nem hora para termos provas de carinho e afecto, e assim vivemos o Amor...
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Trovão na viola
(Leonardo Teixeira)
Entre as árvores tortas daquele solo fulvo, depois do Morro do Maçado e das curvas do caminho, onde escorre fino o córrego Guará, tentando vencer a seca, cravado no ermo, afastado de tudo - não fosse o brejo mateiro das cercanias - Tião Galego aprumou seu rancho e sua choça de adobe.
Para vencer a guerra de silêncios, Tião Galego, com o arrebatamento da finada Anajoana, resolveu arrumar um tomba-litro farejador, para ver se o entretinha, se a saudade amainasse naquele estado de amodorramento.
Tião Galego era velho, bem enxuto de carnes, a pele adusta de tanto sol, como se dia a dia se enfornasse na estufa constante para ser amornado na boca da cova, assim como Anajoana, no fim de seus dias.
Naquela altura do tempo, Trovão já era cachorro crescido e tornou-se a única companhia do velho Tião.
O nome surgiu desde pequeno, com a mania de uivar para o ribombo dos trovões.
O velho tinha um olhar opaco e fundo, ao contrário de Trovão, olho vivo de bicho do mato, olhar procurativo.
O velho era banguela, o cão tinha dentes de prego, acostumados a perseguir seriemas, tatus e lagartos.
A discrepância se aglutinava em estreito afecto e profunda amizade recíproca.
A casa mais próxima dali ficava a cinco quilómetros.
O único trieiro era visto ao longe pela inclinação do morro abaixo.
Próximo à barra do horizonte, na orla da estrada, subia um trémulo nevoeiro luminoso, que o mormaço solar irisava.
Vez por outra se via uma imagem desfigurada, minúscula, que parecia delinear os traços de Anajoana, mas Tião Galego rompia logo a quietude para dizer "bobagem, é miragem da estiagem!"
Tião Galego era carpinteiro, fazedor de viola.
Adorava o serviço de lapidação da paciência.
Com as sobras fazia bonecos, bois, cachorros para Trovão brincar.
Ganhava uns trocos na cidade, onde recebia as encomendas das violas.
Dava folgado pro sal, alho, açúcar e café.
Nos meses que não tem "r" (maio, junho, julho e agosto), de preferência o final de junho que é início do inverno, para a madeira não ficar "gripada", durante a lua minguante, que é para ser mais durável, flexível e não carunchar, porque viola com caruncho fica "leprosa", esse era o segredo da fabricação.
Tião Galego usaria cedro ou jacarandá, mas acabou arranjando um caixão velho de pinho sem serventia e fez as duas tampas da viola.
O caixão virou viola.
Usou apenas canivete, barbante, fogo e cola vegetal de sumbaré.
Estava tudo no padrão dos conformes.
Continua...
Entre as árvores tortas daquele solo fulvo, depois do Morro do Maçado e das curvas do caminho, onde escorre fino o córrego Guará, tentando vencer a seca, cravado no ermo, afastado de tudo - não fosse o brejo mateiro das cercanias - Tião Galego aprumou seu rancho e sua choça de adobe.
Para vencer a guerra de silêncios, Tião Galego, com o arrebatamento da finada Anajoana, resolveu arrumar um tomba-litro farejador, para ver se o entretinha, se a saudade amainasse naquele estado de amodorramento.
Tião Galego era velho, bem enxuto de carnes, a pele adusta de tanto sol, como se dia a dia se enfornasse na estufa constante para ser amornado na boca da cova, assim como Anajoana, no fim de seus dias.
Naquela altura do tempo, Trovão já era cachorro crescido e tornou-se a única companhia do velho Tião.
O nome surgiu desde pequeno, com a mania de uivar para o ribombo dos trovões.
O velho tinha um olhar opaco e fundo, ao contrário de Trovão, olho vivo de bicho do mato, olhar procurativo.
O velho era banguela, o cão tinha dentes de prego, acostumados a perseguir seriemas, tatus e lagartos.
A discrepância se aglutinava em estreito afecto e profunda amizade recíproca.
A casa mais próxima dali ficava a cinco quilómetros.
O único trieiro era visto ao longe pela inclinação do morro abaixo.
Próximo à barra do horizonte, na orla da estrada, subia um trémulo nevoeiro luminoso, que o mormaço solar irisava.
Vez por outra se via uma imagem desfigurada, minúscula, que parecia delinear os traços de Anajoana, mas Tião Galego rompia logo a quietude para dizer "bobagem, é miragem da estiagem!"
Tião Galego era carpinteiro, fazedor de viola.
Adorava o serviço de lapidação da paciência.
Com as sobras fazia bonecos, bois, cachorros para Trovão brincar.
Ganhava uns trocos na cidade, onde recebia as encomendas das violas.
Dava folgado pro sal, alho, açúcar e café.
Nos meses que não tem "r" (maio, junho, julho e agosto), de preferência o final de junho que é início do inverno, para a madeira não ficar "gripada", durante a lua minguante, que é para ser mais durável, flexível e não carunchar, porque viola com caruncho fica "leprosa", esse era o segredo da fabricação.
Tião Galego usaria cedro ou jacarandá, mas acabou arranjando um caixão velho de pinho sem serventia e fez as duas tampas da viola.
O caixão virou viola.
Usou apenas canivete, barbante, fogo e cola vegetal de sumbaré.
Estava tudo no padrão dos conformes.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Cavalete, filete, rastilho de taquara, pestana, braço, cravelha de criuvinha, cordas de aço, depois de quase cinco estações estava pronta a sua viola nº 5 de dez cordas.
Essa sim, com tanto capricho, não venderia a ninguém.
Dizem que violeiro passa a metade da vida tentando afinar a viola e a outra metade toca desafinado mesmo.
Para o Tião Galego nada disso importava.
Só tinha os ouvidos do Trovão por perto.
Era sempre ele que se empolgava com a cantoria, deitava perto do velho e ficava escutando com alegria.
Trazia até os bonecos de madeira para ouvir também.
"Deixei pra traz o mato e a poeira, ficou triste o meu coração, o progresso fez a vida traiçoeira, que saudade do meu sertão"
Naquele caixa-prego do calcanhar do Judas, era preciso tocar uma hortaliça, pescar e de vez em quando caçar.
As pacas, os caititus, os veados e até os tatus andavam muito ariscos, as arapucas, os mundéus e outras armadilhas ficaram praticamente ineficazes.
Foi nesse entremeio que Trovão engajou-se como caçador.
A vontade de um treco vermelho assado era tanta que Tião já preparava os gravetos.
Como Trovão conhecia os trejeitos do velho, o diálogo corporal era compreendido ao menor movimento de uma sobrancelha.
Ficou a postos, correndo em zigue-zague.
Era só esperar Tião colocar o chapéu e sair pro capoeirão.
Eis o início da acossa.
O costume era Trovão disparar pro ermo e sumir por um tempo.
Voltava depois com um bicho no beiço, contando vitória.
Às vezes ficava estático, hipnotizado na vertigem de um animal desavisado.
Deitava rasteiro com o prosseguimento milimétrico.
Quando ultrapassava o limite do invisível, o outro bicho dava o sinal de descobrimento e corria.
Trovão era bom de patas.
Poucas vezes perdia corrida.
Tatu é que dava trabalho, se entocava no buraco fundo e estreito.
Trovão cavava as tocas e o encarapuçado ainda tinha outra reserva.
O cachorro, coberto de terra, arfante, procuraria outro menos astuto.
Aquela vez Trovão demorou bastante.
Tião Galego ficou preocupado.
A vontade de comer era tanta que já tava no goto o quitute.
O sol mergulhou nas longínquas colinas e nada do cachorro.
A lua clareou aquele campestre.
Apesar de não ter mais o viço, a rigeza e o pulso de outrora, partiu sem detença em busca do parceiro.
Apesar do vigor daqueles caminhos soturnos, Tião engoliu um toco de coragem e adentrou a brenha suja.
Continua...
Cavalete, filete, rastilho de taquara, pestana, braço, cravelha de criuvinha, cordas de aço, depois de quase cinco estações estava pronta a sua viola nº 5 de dez cordas.
Essa sim, com tanto capricho, não venderia a ninguém.
Dizem que violeiro passa a metade da vida tentando afinar a viola e a outra metade toca desafinado mesmo.
Para o Tião Galego nada disso importava.
Só tinha os ouvidos do Trovão por perto.
Era sempre ele que se empolgava com a cantoria, deitava perto do velho e ficava escutando com alegria.
Trazia até os bonecos de madeira para ouvir também.
"Deixei pra traz o mato e a poeira, ficou triste o meu coração, o progresso fez a vida traiçoeira, que saudade do meu sertão"
Naquele caixa-prego do calcanhar do Judas, era preciso tocar uma hortaliça, pescar e de vez em quando caçar.
As pacas, os caititus, os veados e até os tatus andavam muito ariscos, as arapucas, os mundéus e outras armadilhas ficaram praticamente ineficazes.
Foi nesse entremeio que Trovão engajou-se como caçador.
A vontade de um treco vermelho assado era tanta que Tião já preparava os gravetos.
Como Trovão conhecia os trejeitos do velho, o diálogo corporal era compreendido ao menor movimento de uma sobrancelha.
Ficou a postos, correndo em zigue-zague.
Era só esperar Tião colocar o chapéu e sair pro capoeirão.
Eis o início da acossa.
O costume era Trovão disparar pro ermo e sumir por um tempo.
Voltava depois com um bicho no beiço, contando vitória.
Às vezes ficava estático, hipnotizado na vertigem de um animal desavisado.
Deitava rasteiro com o prosseguimento milimétrico.
Quando ultrapassava o limite do invisível, o outro bicho dava o sinal de descobrimento e corria.
Trovão era bom de patas.
Poucas vezes perdia corrida.
Tatu é que dava trabalho, se entocava no buraco fundo e estreito.
Trovão cavava as tocas e o encarapuçado ainda tinha outra reserva.
O cachorro, coberto de terra, arfante, procuraria outro menos astuto.
Aquela vez Trovão demorou bastante.
Tião Galego ficou preocupado.
A vontade de comer era tanta que já tava no goto o quitute.
O sol mergulhou nas longínquas colinas e nada do cachorro.
A lua clareou aquele campestre.
Apesar de não ter mais o viço, a rigeza e o pulso de outrora, partiu sem detença em busca do parceiro.
Apesar do vigor daqueles caminhos soturnos, Tião engoliu um toco de coragem e adentrou a brenha suja.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Como os cacarejos miúdos e distantes dos galos anunciavam a proximidade do dia, Tião retornou cabisbaixo.
Sentado no toco da gameleira, ainda forçou as vistas para alcançar qualquer movimento parecido com seu companheiro.
Sem querer, o cansaço pregou as pálpebras num sono manso de boi antigo.
Quando a lanterna do sol apontou os olhos, Tião tomou um café requentado, engoliu um doce de buriti, pegou o embornal com algumas tranqueiras e foi avizinhar as outras moradas. Nenhum sinal.
Cachorro bom de faro daquele, e porte de bezerro, não faria papel de troncho para se perder por aí.
Ainda de tarde resolveu seguir as pegadas e viu que tinha um rastro de ida sem o par de volta.
Lá na frente um treco roliço, possivelmente um ingazeiro tombado, vedava o rastro no trieiro.
Eis que um ronco, urrado típico das sucuris, rompeu o silêncio do matagal e se encantou com o vento, invadindo os ouvidos do velho.
Tião aproximou-se e vislumbrou aquela imensa sucuri, devia ter uns onze metros.
Ela estava quieta, e, pelo calombo no meio do corpo serpenteado, percebia-se que a digestão ainda demoraria um bocado.
Devia ter comido um veado qualquer.
Tião Galego buscou o enxadão e o golpe partiu a cabeça da sucuri, que media um palmo e meio.
Teve a ideia de vender o couro, mas descobriu que Trovão jazia todo quebrado, no meio da gosma digestiva.
Os olhos do velho se esbugalharam como só se viu com o passamento de Anajoana.
A córnea humedecida deixou pingar a gota dolorida do desespero.
Era preciso construir um caixão para o jazigo.
Tião Galego usou algumas tábuas, desmanchou a viola e aproveitou a madeira.
A viola virou caixão.
Lá dentro as lembranças da cobra, de Trovão, dos bonecos de madeira e da viola ficaram amarradas pelas cordas de aço, incorporando a musicalidade da tristeza silenciosa.
Aquela foi a última vez que Tião Galego mexeu com carpintaria.
§.§.§- O-canto-da-ave
Como os cacarejos miúdos e distantes dos galos anunciavam a proximidade do dia, Tião retornou cabisbaixo.
Sentado no toco da gameleira, ainda forçou as vistas para alcançar qualquer movimento parecido com seu companheiro.
Sem querer, o cansaço pregou as pálpebras num sono manso de boi antigo.
Quando a lanterna do sol apontou os olhos, Tião tomou um café requentado, engoliu um doce de buriti, pegou o embornal com algumas tranqueiras e foi avizinhar as outras moradas. Nenhum sinal.
Cachorro bom de faro daquele, e porte de bezerro, não faria papel de troncho para se perder por aí.
Ainda de tarde resolveu seguir as pegadas e viu que tinha um rastro de ida sem o par de volta.
Lá na frente um treco roliço, possivelmente um ingazeiro tombado, vedava o rastro no trieiro.
Eis que um ronco, urrado típico das sucuris, rompeu o silêncio do matagal e se encantou com o vento, invadindo os ouvidos do velho.
Tião aproximou-se e vislumbrou aquela imensa sucuri, devia ter uns onze metros.
Ela estava quieta, e, pelo calombo no meio do corpo serpenteado, percebia-se que a digestão ainda demoraria um bocado.
Devia ter comido um veado qualquer.
Tião Galego buscou o enxadão e o golpe partiu a cabeça da sucuri, que media um palmo e meio.
Teve a ideia de vender o couro, mas descobriu que Trovão jazia todo quebrado, no meio da gosma digestiva.
Os olhos do velho se esbugalharam como só se viu com o passamento de Anajoana.
A córnea humedecida deixou pingar a gota dolorida do desespero.
Era preciso construir um caixão para o jazigo.
Tião Galego usou algumas tábuas, desmanchou a viola e aproveitou a madeira.
A viola virou caixão.
Lá dentro as lembranças da cobra, de Trovão, dos bonecos de madeira e da viola ficaram amarradas pelas cordas de aço, incorporando a musicalidade da tristeza silenciosa.
Aquela foi a última vez que Tião Galego mexeu com carpintaria.
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A busca do amor
Em plena juventude, como fruto verde que aguarda a primavera, esperei intensamente pelo amor.
Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.
E porque ele tardasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.
Andei por caminhos inúmeros e estradas solitárias.
Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe.
Corria e o que conseguia ver era somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.
Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos.
Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar;
casais trocando juras;
crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.
Em todos estava o amor.
Somente eu prosseguia solitário e triste.
Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.
De longe, pude sentir o perfume dos lírios.
Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.
Você voltou! - Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.
Seja bem vindo! - Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.
É bom tê-lo de volta. - Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.
Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis.
As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.
Uma emoção me invadiu a alma.
Abri as portas e janelas do meu ser.
Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, o amor passa por minha porta.
Apressadamente, coloco flores de laranjeira na casa do meu coração.
Atapeto o chão para que ele entre, iluminando a escuridão da minha soledade.
Tremo de ternura.
Já não sofro desejo, nem aflição.
Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.
Há tanta beleza no amor que me emociono.
Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.
Em razão disso, agora que descubro de verdade o que é o amor, não o retenho.
Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada.
Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.
Aprendi a amar.
Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.
Feliz o que leu e entendeu o cântico do pobre de Assis: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é melhor amar que ser amado.
Por ser de essência Divina, o amor supre na criatura todas as suas necessidades e a torna feliz, mesmo em meio às dificuldades, lutas e tristezas.
Momento Espírita, com base no cap. LVII, do livro Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
§.§.§- O-canto-da-ave
Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.
E porque ele tardasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.
Andei por caminhos inúmeros e estradas solitárias.
Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe.
Corria e o que conseguia ver era somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.
Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos.
Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar;
casais trocando juras;
crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.
Em todos estava o amor.
Somente eu prosseguia solitário e triste.
Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.
De longe, pude sentir o perfume dos lírios.
Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.
Você voltou! - Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.
Seja bem vindo! - Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.
É bom tê-lo de volta. - Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.
Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis.
As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.
Uma emoção me invadiu a alma.
Abri as portas e janelas do meu ser.
Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, o amor passa por minha porta.
Apressadamente, coloco flores de laranjeira na casa do meu coração.
Atapeto o chão para que ele entre, iluminando a escuridão da minha soledade.
Tremo de ternura.
Já não sofro desejo, nem aflição.
Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.
Há tanta beleza no amor que me emociono.
Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.
Em razão disso, agora que descubro de verdade o que é o amor, não o retenho.
Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada.
Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.
Aprendi a amar.
Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.
Feliz o que leu e entendeu o cântico do pobre de Assis: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é melhor amar que ser amado.
Por ser de essência Divina, o amor supre na criatura todas as suas necessidades e a torna feliz, mesmo em meio às dificuldades, lutas e tristezas.
Momento Espírita, com base no cap. LVII, do livro Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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Saudades
Saudade é um parto reverso,
é um cais onde nenhum navio aporta,
é uma fogueira que não mostra a chama,
é uma dor que não sai nas radiografias.
Saudade é doce lembrança, que amarga como fel, quando deixamos de viver a realidade, para viver de factos e pessoas que já não estão por aqui, é manter uma agulha na pele, ou vinagre na ferida que não fecha.
O pai que se foi, o relacionamento que se perdeu, a mãe que partiu, o filho que morreu, a gravidez perdida, o amigo que desapareceu, uma recordação embasada na mente, uma roupa que deixou marcas, um perfume que não esquecemos, um beijo que marcou uma vida, são mais do que recordações...
São âncoras que prendem vidas ao passado, impedem-nos de sermos felizes, porque a Saudade que sentimos, deve ser impulso para dias melhores, dias com certeza de reencontro, de novidade de vida, da grandeza de Deus, da certeza que a vida continua, além do além, além do vazio da Saudade, desse vazio que por vezes chega a te consumir, mas, que te empurra para a vida, que por vezes deixas de viver.
Se a saudade te corrói, faça já uma prece, pelos que se foram e deixaram marcas, pelos que estão chegando e vão te marcar, e pelos que ainda virão,
que poderão ser os frutos da mesma semente,
que um dia plantaste em algum coração,
que brotou da saudade, regada pelo amor e pela paixão.
Paulo Roberto Gaefke
§.§.§- O-canto-da-ave
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Olhar...
O olhar é revelador desnuda o nosso interior...
olhos castanhos, negros, azuis, verdes, violetas, cor de mel, todos fazendo o seu papel.
Falam da alma... se está tensa ou calma...
Os olhos falam de sentimentos.
Mágoa, dor, tristeza, reprovação, ira, medo e paixão.
O olhar que corrige e se aflige...
Os olhos não enganam, não conseguem dissimular o que pensamos guardar.
Quando apaixonados estamos, mostramos pelo olhar...
O brilho a espelhar nossa alma, irradia, ilumina com singela beleza, envolve o coração, faz vibrar a emoção.
Nossos olhos são câmaras permanentes registam a cada momento hora e lugar, tudo em nosso caminhar.
Nos mostra a pessoa querida com a qual iremos partilhar, desempenhar o nosso papel no filme que é a vida...
O brilho dos olhos como estrelas iluminam, nos guia para o caminho onde leva ao amor e a felicidade.
©Vera Lucia de Oliveira
§.§.§- O-canto-da-ave
olhos castanhos, negros, azuis, verdes, violetas, cor de mel, todos fazendo o seu papel.
Falam da alma... se está tensa ou calma...
Os olhos falam de sentimentos.
Mágoa, dor, tristeza, reprovação, ira, medo e paixão.
O olhar que corrige e se aflige...
Os olhos não enganam, não conseguem dissimular o que pensamos guardar.
Quando apaixonados estamos, mostramos pelo olhar...
O brilho a espelhar nossa alma, irradia, ilumina com singela beleza, envolve o coração, faz vibrar a emoção.
Nossos olhos são câmaras permanentes registam a cada momento hora e lugar, tudo em nosso caminhar.
Nos mostra a pessoa querida com a qual iremos partilhar, desempenhar o nosso papel no filme que é a vida...
O brilho dos olhos como estrelas iluminam, nos guia para o caminho onde leva ao amor e a felicidade.
©Vera Lucia de Oliveira
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Localização : Porto - Portugal
O capitão da Nau
Sou eu, sim, sou eu,
o compositor da música da minha vida,
o escultor da obra que enfeitará ou empobrecerá o meu destino,
o capitão do navio que atravessa os rios turbulentos da vida,
eu sou o escritor dessa peça, que às vezes é puro drama, e por vezes, comédia que me faz rir sem querer.
Sou eu, sim, sou eu mesmo,
e não quero transferir para ninguém os resultados dessa direcção,
se chover, eu abro o guarda chuva, preparo as velas, coloco a capa,
se o sol estiver muito forte, aproveito para me bronzear, e se me derem um limão, faço uma limonada.
Nada pode me abater, já passei por muitas tormentas e tempestades, já ouvi desaforos, engoli sapos e fiquei deprimido, hoje sei quem sou e onde quero chegar.
Meu destino?
É logo ali, entre a ilha Felicidade e o território da Vitória, vou passando com meu barco chamado Perseverança, cruzando o Cabo do Amor, rasgando as dificuldades do vento contrário, afinal de contas, hoje sou eu quem dirige o leme, quem decide a rota, e decidi apontar para o infinito, para o amor que busco, e nada pode me impedir de chegar no porto do seu coração.
Paulo R. Gaefke
§.§.§- O-canto-da-ave
o compositor da música da minha vida,
o escultor da obra que enfeitará ou empobrecerá o meu destino,
o capitão do navio que atravessa os rios turbulentos da vida,
eu sou o escritor dessa peça, que às vezes é puro drama, e por vezes, comédia que me faz rir sem querer.
Sou eu, sim, sou eu mesmo,
e não quero transferir para ninguém os resultados dessa direcção,
se chover, eu abro o guarda chuva, preparo as velas, coloco a capa,
se o sol estiver muito forte, aproveito para me bronzear, e se me derem um limão, faço uma limonada.
Nada pode me abater, já passei por muitas tormentas e tempestades, já ouvi desaforos, engoli sapos e fiquei deprimido, hoje sei quem sou e onde quero chegar.
Meu destino?
É logo ali, entre a ilha Felicidade e o território da Vitória, vou passando com meu barco chamado Perseverança, cruzando o Cabo do Amor, rasgando as dificuldades do vento contrário, afinal de contas, hoje sou eu quem dirige o leme, quem decide a rota, e decidi apontar para o infinito, para o amor que busco, e nada pode me impedir de chegar no porto do seu coração.
Paulo R. Gaefke
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Na tarefa do bem
Maria Rita
Quem nasce para o bem,
Não pode esquecer-se
Da tarefa que escolheu.
Se outro caminho cruzar
E por ele se enveredar,
Vai se auto castigar.
Castigo, sinónimo de sofrimento,
Imposto por nós mesmos.
Paremos para pensar,
Se persistirmos no erro,
Vamos nos torturar.
Enlouquecer nossas vidas,
Criando chagas doloridas,
Sem podermos caminhar.
Feito água estagnada,
Que não serve para nada,
Como poderemos ajudar!
Se tentarmos fugir,
Não teremos para onde ir.
Inevitavelmente voltaremos
Para dentro de nós mesmos,
Intensificando nosso sofrimento.
Então, sigamos em frente;
Nossas metas alcançaremos;
Nossas tarefas fazendo
Estruturados no amor,
De Jesus nosso Senhor.
§.§.§- O-canto-da-ave
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