LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 08, 2011 11:15 am

Canção de Natal

Era a véspera de Natal do ano de 1818.
Em Hallein, nos Alpes austríacos, o padre Joseph Mohr lia a Bíblia.

Quando se detinha nos versículos que se referiam às palavras do visitante celeste aos pastores de Belém:
Eis que vos trago uma boa nova, que será de grande alegria para todo o povo:
hoje nasceu o Messias, o Esperado..., bateram à porta.

Uma camponesa pedia que fosse abençoar o filho de uns pobres carvoeiros, que acabara de nascer.
O padre colocou as botas de neve, vestiu seu abrigo.
Atravessou o bosque, subiu a montanha.

Em pobre cabana de dois cómodos, cheia de fumaça do fogão, encontrou uma mulher com seu filho nos braços. A criança dormia.

O padre Mohr deu sua bênção ao pequeno e à mãe.
Uma estranha emoção começou a tomar conta dele.
A cabana não era o estábulo de Belém, mas lhe fazia lembrar o nascimento de Jesus.

Ao descer a montanha, de retorno à paróquia, as palavras do Evangelho pareciam ecoar em sua alma.
Aproximando-se da aldeia, pôde observar os archotes que brilhavam na noite, disputando seu brilho com o das estrelas.

Era o povo que seguia para a igreja, a fim de celebrar, ali, em oração, o aniversário do Divino Menino.
A milenária promessa de paz vibrava no silêncio do bosque e no brilho das estrelas.

Padre Mohr não conseguiu dormir naquela noite.
Febricitante, ergueu-se do leito, tomou da pena e escreveu um poema, externando o que lhe ía na alma.
Pela manhã procurou o maestro Franz Gruber, seu amigo. Mostrou-lhe os versos.

O maestro leu o poema e disse, entusiasmado: Padre, esta é a canção de Natal de que necessitamos!
Compôs a música para duas vozes e guitarra, porque o órgão da igreja, o único na localidade, estava estragado.

No dia de Natal de 1818, as crianças se reuniram, debaixo da janela da casa paroquial, para ouvir o padre Mohr e o maestro Gruber cantar.
Era diferente de tudo quanto haviam escutado. Noite de paz, noite de amor...
Dias depois, chegou ao povoado o consertador de órgão.
Consertado o instrumento da igreja, o maestro Gruber tocou a nova melodia, acompanhado pela voz do padre.

O técnico em consertos de órgão era também um excelente musicista e bem depressa aprendeu letra e música da nova canção.
Consertando órgãos por todos os povoados do Tirol, como gostasse de cantar, foi divulgando a nova Canção de Natal.
Não sabia quem a tinha composto pois nem o padre Mohr, nem o maestro Gruber lhe tinham dito que eram os autores.

Entre muitos que aprenderam a Canção, quatro crianças, os irmãos Strasser passaram a cantá-la.
O director de música do Reino da Saxônia, em ouvindo-lhes as vozes claras e afinadas, se interessou por eles e os levou a se apresentarem, num concerto.
A fama dos pequenos cantores se espalhou por toda a Europa e a Canção apaixonava os corações.

Mas ninguém sabia dizer quem era o autor.
Foi um maestro de nome Ambrose quem conseguiu chegar até Franz Gruber.
Haviam se passado mais de trinta anos.

E a história do surgimento da Canção de Natal foi escrita em 30 de dezembro de 1854.

Não são conhecidas outras músicas de Franz Gruber.
A Noite de paz parece ter sido sua única produção.

Não será possível crer que as vozes do céu, que se fizeram ouvir na abençoada noite do nascimento de Jesus, tivessem inspirado os versos e a primorosa melodia para que nós, os homens, pudéssemos cantar com os mensageiros celestes, dizendo da nossa alegria com a comemoração, a cada ano, do aniversário do nosso Mestre e Senhor?

Momento Espírita, com dados colhidos no livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O clarim.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Jesus e os Homens

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 08, 2011 11:17 am

Jesus e os Homens

...E o comentarista do Natal rematou a formosa alocução, com esse apontamento significativo:
- Pois e, meus amigos!...
Entre os homens e Jesus existem correlações que não será lícito olvidar...

E prosseguiu, sereno:
- Quando se mostram ainda ignorantes de qualquer ensinamento dele, é evidente que a animalidade primitivista lhes prepondera na formação...

- Quando dizem que a história do Senhor é simples balela, conquanto lhe conheçam os fundamentos, desejam tão - só rechaça-lo de suas existências, a fim de que não se vejam incomodados na viciação a que se afeiçoam...

- Quando afirmam que a intimidade do Eterno Benfeitor é privilégio da organização religiosa a que pertençam querem segrega-lo no círculo de seus caprichos estreitos...

- Quando perdem a veneração pelo Arauto das Verdades Eternas é porque fogem de conservar o respeito a sim mesmos, nos compromissos que assumem...

- Quando asseveram que o Cristo é uma criatura vulgar, à feição de qualquer outra que haja passado pelo crivo da Terra, pretendem apresentar a si próprios na suposta condição de pessoas iguais ao Cristo...

- Quando propalam que o Senhor está superado, em suas instruções para a vida espiritual, é que aspiram a inclinar os corações que os ouvem a partilhar-lhes a irresponsabilidade ou a rebeldia...

- Quando se queixam de que o Divino Mestre não lhe atende as petições, é que anseiam quebrar as leis que nos regem, na estulta presunção de se imporem a ele...

- Quando sabem que é Jesus e lhe negam autoridade para comandar-lhes a vida, são menores de espíritos, transitoriamente acomodados no distrito dos preconceitos...

Ante a pausa que se fez natural, abeirou-se um companheiro e inquiriu:
- Caro mentor, podemos conhecer os homens que estejam em caminho certo?

O venerando amigo replicou, sem pestanejar:
- Recordemos as palavras do próprio Mensageiro Angélico, ao dizer-nos, imperturbável:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me...”.
Os que transitam na estrada real da redenção revelam-se por semelhante atitude, sem embargo da seita a que pertença,...

Observando que as comemorações natalinas estavam prestes a terminar, foi, então, a minha vez de consultar o admirável expositor de doutrina;
sobre quem desfechei a derradeira pergunta:
- Professor, como saber, do ponto de vista espiritual, qual é a posição de cada inteligência humana, diante do Enviado de Deus?

O interpelado fixou em mim os olhos sublimes, que pareciam traspassados de raios estelares, e pronunciou a última resposta, que transmito aos que porventura me leiam, à guisa de meditação para o Natal:
- Meu amigo, pergunte a cada homem e a cada mulher do seu caminho o que pensam do Cristo de Deus, e pelas afirmações pessoais que lhes derem, você reconhecerá, de pronto, em que situação íntima se encontra cada um deles, porquanto a nossa opinião individual sobre Nosso Senhor Jesus Cristo denota imediatamente a posição em que nos achamos, no território infinito da Vida Eterna.

Irmão X

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 08, 2011 11:17 am

Até Depois

Frequentemente, na Terra, declaramos sofrer:
assédio de tentações;
cansaço da vida;
impaciência contínua;

desânimo sistemático;
acessos de cólera;
crises de tédio;
ingratidão de amigos;

tristeza constante;
inaptidão ao serviço;
isolamento doméstico;

ostracismo social;
desolação interior;
incerteza de rumo.

Isso é perfeitamente compreensível até a ocasião em que somos felicitados pelo conhecimento espírita;
depois do conhecimento espírita, entretanto qualquer alegação dessa natureza denota algo errado em nós, reclamando a rectificação necessária.

Um professor interpreta a lição para que o aluno se liberte da ignorância.
Um médico interpreta as informações de laboratório para restabelecer o doente.


Assim também, a Doutrina Espírita interpreta o Evangelho de Jesus, através de Allan Kardec, para que venhamos a entrar na vivência da Religião do Cristo, que é a Religião do Universo.

Para todos nós, os espíritas desencarnados, que não tivemos a felicidade de renascer em berço espírita, com a noção mais ampla de nossas responsabilidades e obrigações adquiridas mais cedo, a reencarnação na Terra se divide em dois quadros distintos para o julgamento diverso:
o que éramos e fazíamos, antes do conhecimento espírita, e o que passamos a ser e fazer depois dele.

Albino Teixeira

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Coragem no Caminho

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 08, 2011 11:19 am

Coragem no Caminho

Se chegaste aos dias anuviados de pranto, à vista de ocorrências infelizes, acende a luz da esperança e caminha adiante, olvidando na rectaguarda o que te possa parecer aflição e desengano.

Outro dia, com novas emoções, espera-te amanhã, renovando-te a vida.

Circunstâncias inesperadas te deslocaram da segurança em que vivias, arrojando-te nas dificuldades do começo da existência...

Esquece quantos te surgiram por instrumentos de inquietação e lembra-te de que as oportunidades de trabalho continuam brilhando para os que não se deixam vencer pelo desânimo.

Pessoas queridas talvez se te hajam transformado em obstáculos à paz, compelindo-te á travessia de espessas nuvens de lágrimas...

Esquece os que se acomodaram com atitudes irreflectidas e pensa nas dedicações sinceras que te felicitam as horas.

Alguém a quem amas, enternecidamente, haverá falhado nos compromissos assumidos, relegando-te ao abandono...

Esquece o menosprezo de que terás sido objecto e conserva a imagem desse alguém no tesouro de tua gratidão pela felicidade que te deu e prossegue em frente, na certeza de que a vida te ofertará estradas novas para a aquisição de alegrias diferentes.

Acontecimentos calamitosos te impeliram a vacilar nos fundamentos da fé, ainda insegura...

Esquece, porém, os fatos amargos e adianta-te na jornada para diante, valorizando os recursos espirituais de que dispões, recordando que o Céu continua alentando a última planta das últimas faixas do deserto e revigorando o verme da mais oculta reentrância de abismo.

Seja qual seja o tipo de provação que te incline ao desalento, vence o torpor da tristeza e segue para a vanguarda de tuas próprias aspirações.

Da imensidão da noite, nascerá sempre o fulgor de novo dia.

Não te permitas qualquer parada nas sombras da inércia.

Trabalha e prossegue em frente, porque a bênção de Deus te espera em cada alvorecer.

Irmã Candoca

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty O Cristo de Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 10, 2011 10:06 am

O Cristo de Deus

Ele já houvera sido cantado por inúmeros profetas de Seu povo, que O designavam como o Messias, o Salvador.

Em torno de Sua figura, as mais variadas expectativas se construíam.
As esperanças de uma nação, firme e sincera em sua fé monoteísta, aguardavam a Sua vinda.

Àquela época, longe se faziam os tempos dos profetas, e as bocas, desde há muito haviam se calado para as vozes dos céus.
A águia romana, que dominava a tudo e a todos, fazia subjugados e servos.

Assim, não eram poucos aqueles que tinham na figura do Messias a concretização dos sonhos de libertação, de retomada da Terra Prometida a Moisés, a Canaã.

As expectativas em torno do Messias eram inúmeras, porém, todas de carácter temporal e passageiro, vinculadas às coisas do mundo.

Ele chegou, anunciando que Seu reino não era deste mundo.
Embora não negando Sua realeza, desprezava os tesouros do mundo, alertando que esses a ferrugem corrói, a traça come e os ladrões roubam.

Afirmava ser a Luz do mundo, mas evitava o brilho vazio das coisas do mundo.
Com a mesma naturalidade que travava reflexões profundas com sábios e estudiosos, falava à multidão iletrada e ignorante.

Era capaz de explicar as coisas de Deus ao Doutor da Lei que O interpelava, assim como aos simples pescadores que O escutavam.

Em uma didáctica perfeita, soube utilizar das coisas do quotidiano, como o grão de mostarda, a pedra do moinho, a figueira seca, para explicar profundos conceitos de vida.

Analisava as leis do Seu povo não com os olhos, que vêem as letras, mas com o coração, que enxerga a alma, dando novo alento às dores e às provações da vida.

Dava pouca ou nenhuma importância à externalidade da fé, das acções e dos sentimentos, se esses não tinham sua nascente no coração, chegando a comparar alguns seres a sepulcros, caiados por fora, e cheios de podridão por dentro.

Alertava acerca dos perigos e desafios da vida, colocando-Se sempre como o Bom Pastor, a cuidar de cada uma das Suas ovelhas que o Senhor da Vida Lhe confiou aos cuidados.

Incitava ao progresso, comparando as criaturas ao precioso sal da terra e convocando-as à responsabilidade, a fim de que o sal não viesse se tornar insosso.

Ofereceu roteiro de felicidade e paz, ao cantar o poema das bem-aventuranças, oferecendo caminho seguro para seguir. Não mais a guerra, a vingança, a revolta, pois bem-aventurados serão os mansos, os pacíficos, os aflitos.

Disponibilizou-Se como servidor de todos, ao convidar a que a Ele se achegassem os cansados e aflitos, pois Ele lhes aliviaria as pesadas cargas e dores.

E, ainda hoje, Ele aguarda a decisão de cada um de nós, a segui-lO, tomar do Seu fardo que é leve e do Seu jugo que é suave.

Já se vão séculos desde que Sua voz cantou as Leis de Deus em perfeição, pelos caminhos da Palestina, encontrando eco em muitos corações que, ao longo da História, se deixaram imolar por amor do Seu nome.

Ele ainda aguarda pacientemente que o Seu verbo encontre ressonância em nossa intimidade, e definitivamente O aceitemos como Modelo e Guia para nosso agir.

Momento Espírita.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 10, 2011 10:07 am

Doacções

Não digas possa existir alguém sem necessidade de ti.

Precisamos dos outros, tanto quanto outros se valem de nós.

Os doenteste pedem amparo e companhia.

Os fracos te requisitam apoio.

Os tristes procuram em tua presença essa ou aquela migalha de alegria.

Os injuriados te esmolam simpatia e defesa.

Os infelizes contam com a força de tia protecção e consolo.

Os companheiros abastados aguardam inspiração de tua influência.

As vítimas da penúria te rogam assistência e socorro.

Os agressores te solicitam desculpa e esquecimento.

Os amigos te reclamam solidariedade.

Os adversários re requisitam entendimento.

As crianças te pedem segurança e carinho.

Com todos aqueles aos quais possas doar algo do que tenhas ou algo do que sejas, para que as tuas dádivas não se percam na esterilidade da incompreensão, não te esqueças de envolvê-las em teu amor na embalagem da paciência.

Meimei

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 10, 2011 10:08 am

Prece de Todo Dia

Senhor, concede-me a consciência dos meus muitos erros.

Não me consintas viver iludido a meu próprio respeito.

Que eu tenha suficiente lucidez para saber quem sou.

Que eu consiga, mais que outros, detectar as fragilidades que me são comuns.

Dá-me a Tua força para que eu possa superar-me, a Tua luz para não caminhar nas trevas, a Tua paz na luta que me aflige.

Que eu seja sempre sincero em meus propósitos e humilde em minhas atitudes, verdadeiro em minhas palavras e fiel aos meus compromissos.

Senhor, não me deixes entregue à invigilância e ao assédio do mal.

Sê meu abrigo e a minha inspiração!...

Assim seja.

Irmão José

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 10, 2011 10:09 am

Religiões Irmanadas

Comentávamos a conveniência de se irmanarem as religiões, em favor da concórdia no mundo, quando meu amigo Tertuliano da Cunha, desencarnado no Pará, falou entre brejeiro e sentencioso:
- Gente, é necessário pensar nisso com precaução.
Ideia religiosa é degrau da verdade e o discernimento varia de cabeça para cabeça.

Exaltam vocês a excelência de larga iniciativa, em que os múltiplos templos sejam convocados à integração num plano único de actividade;
entretanto, não será muito cedo para semelhante cometimento?

Porque a pergunta vagueasse no ar, o experiente sertanista piscou os olhos, sorriu malicioso e aduziu:
- Isso me faz lembrar curiosa fábula que me foi relatada por velho índio, numa de minhas excursões no Xingu.

E contou:
- Reza uma lenda amazónica que, certa feita, a onça, muito bem posta, surgiu na selva, imensamente transformada.
Ela, que estimava a astúcia e a violência, nas correrias contra animais indefesos, escondia as garras tintas de sangue e dizia acalentar o propósito de reunir todos os bichos no caminho da paz.
Declarava haver entendido, enfim, que Deus é o Pai de todas as criaturas e que seria aconselhável que todas o adorassem num só verbo de amor.

Confessava os próprios erros.
Reconhecia haver abusado da inteligência e da força.
Despertara o terror e a desconfiança de todos os companheiros, quando era seu justo desejo granjear lhes a simpatia e a veneração.

Convertera-se, porém, a princípios mais elevados.
Queria reverenciar o Supremo Senhor, que acendera o Sol, distribuíra a água e criara o arvoredo, animada de intenções diferentes.
Para isso, convidava os irmãos à unidade.

Poderiam, agora, viver todos em perpétua harmonia, porquanto, arrependida dos crimes que cometera, aspirava somente a prestigiar a fé única.
Renunciaria ao programa de guerra e dominação.
Não mais perseguiria ou injuriaria a quem quer que fosse.

Pretendia simplesmente estabelecer na floresta uma nova ordem, que a todos levasse a se prosternarem perante Deus, honrando a fraternidade.
Solenizando o acontecimento, congraçar-se-ia a família do labirinto verde em grande furna, para manifestações de louvor à Providência Divina.

Macacos e cervos, lebres e pacas, tucanos e garças, patos e rãs, que oravam, em liberdade, a seu modo, escutaram o nobre apelo, mas duvidaram da sinceridade de tão alto discurso.
Todavia, apareceram serpentes e raposas, aranhas e abutres, amigos incondicionais do ardiloso felídeo, aderindo-lhe ao brilhante projecto.

E tamanhos foram os argumentos, que a bicharada mais humilde se comoveu, assentando, por fim, que era justo aceitar-se a proposta feita em nome do Pai Altíssimo.
Marcado o dia para a importante assembleia, todos se dirigiram para a loca escolhida, repentinamente transfigurada em santuário de flores.

Quando a cerimónia ia a meio caminho, com as raposas servindo de locutoras para entreter os ouvintes, as serpentes deitaram silvos estranhos sobre os crentes pacatos, as aranhas teceram escura teia nos orifícios do antro, embaçando o ambiente, os abutres entupiram a porta de saída, e a onça, cruel, avançou sobre as presas desprevenidas, transformando a reunião em pavoroso repasto...

E os bichos que sobraram foram escravizados na sombra, para banquete oportuno...

Nosso amigo fez longa pausa e ajuntou:
- A união de todos os credos é meta divina para o divino futuro, mas, por enquanto, a Terra ainda está fascinada pelo critério da maioria.
Como vemos, é possível trabalhar pela conciliação dos religiosos de todas as procedências;
no entanto, segundo anotamos, será preciso enfrentar a onça e os amigos da onça...

Onde o melhor caminho para a melhor solução?...

Sorrimos todos, desapontados, mas não houve quem quisesse continuar o exame do assunto, após a palavra do engraçado e judicioso comentarista.

Irmão X

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Os que estão com Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 11, 2011 10:45 am

Os que estão com Jesus

O Evangelho de Marcos lhe dedica dois versículos, sem mencionar seu nome.

Ele era um personagem constante nas pregações de Jesus.
Ninguém sabia ao certo de onde vinha.

Mas, toda vez que o Mestre Jesus tomava da palavra, lá estava ele a postos.
Pegava seus estiletes, suas tintas e seus rolos de papiro e anotava os ensinamentos.
Se Jesus falasse na praça, à margem do lago, na planície ou na montanha, ele O seguia.

Estava bem próximo quando Jesus foi até a casa do chefe da sinagoga e retirou do sono profundo a filhinha, tida como morta.
Presenciou bem de perto o episódio da mulher enferma há anos e que se curou, ao simples toque das vestes do Galileu.

Ninguém o ouvia falar.
Talvez temesse ser identificado como um estrangeiro por aquele povo.
Mas ele ouvia. Com muita atenção, anotando e anotando.

Certo dia, em que a multidão sempre faminta de consolo e de milagres se comprimia na praça, à espera do Nazareno, foi que tudo aconteceu.

O sol estava especialmente quente e à medida que as horas se foram arrastando, o povo começou a ficar inquieto.
Doentes mais graves passaram a se lamentar, crianças se movimentavam, perturbados demonstravam todo seu desequilíbrio.

Em determinado momento, o jovem que sempre seguia Jesus sentiu-se compadecido.
Ele também estava aguardando a presença do doce Rabi.

Olhando aqueles semblantes sofridos, para quem a espera parecia uma eternidade, sentiu-se compadecido.
Aproximou-se de um homem tido por endemoninhado, estendeu as mãos e recordando Jesus, exortou ao Espírito perturbador que o abandonasse.

O doente ainda rolou pelo chão, gritou roucamente.
Finalmente, surpreso, parecendo acordar de um pesadelo, se ergueu, um tanto envergonhado, limpou a poeira da túnica e se foi. Estava curado.

O restante daquele dia foi dedicado todo a curas de obsedados.
Parecia ser a especialidade daquele moço.
Nos dias seguintes, ele continuou.

Discípulos que se aproximavam, em vendo a cena lhe falaram que ele não devia curar ninguém, muito menos usando o nome de Jesus.
Ele não fazia parte do círculo dos Apóstolos do Mestre de Nazaré.

Ao final do dia, quando eufóricos informaram a Jesus sobre a sua atitude, o Mestre lhes ordenou que retornassem até o jovem com a ordem para que prosseguisse no seu apostolado.

E concluiu: Quem não é contra vós, é por vós.
Nunca ninguém lhe registou o nome.
Na juventude, chamavam-no moço. Na velhice, avozinho.

Personagem grandiosa, trabalhador da seara de Jesus, a ele se refere o Evangelho com rapidez.
No entanto, seu nome está escrito no livro dos céus, pelo desempenho da grande tarefa: amar a Deus, ao próximo e ao Evangelho do Mestre de Nazaré.

Todo aquele que segue as orientações do Cristo está a Seu favor, é alguém que contribui com o Mestre na Sua seara.

Por conseguinte, todo aquele que diz Senhor, Senhor, mas não vive os Seus ensinamentos, está apartado Dele, mesmo que se diga cristão.

Momento Espírita, com base no cap. 5, do livro Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, ed. Feb.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Em Favor de Você

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 11, 2011 10:46 am

Em Favor de Você

Trabalhe sempre, mas não fuja ao serviço que você já iniciou.

Ajude a todos, mão não se esqueça dos deveres imediatos.

Sofra resignado, mas não faça ninguém sofrer.

Exalte o perdão, mas olvide o ressentimento.

Auxilie a quem errou, mas não esmiúce o erro do próximo.

Procure acertar, mas não desculpe a própria irreflexão.

Busque o êxito, mas regozije-se com a vitória dos outros.

Troque ideias, mas não censure aquilo que você não entende.

Estude o que puder, mas não recuse aplicar a lição nobre.

Assuma compromisso, mas não deixe ninguém a esperar por você.

Escreva aos amigos, mas não exija resposta.

Guarde eficiência, mas não vive apressado.

Use o dinheiro, mas não abuse.

Cultive a bondade, mas crie a própria disciplina para o serviço do bem.

André Luis

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Aos Descrentes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 11, 2011 10:47 am

Aos Descrentes

Vós, que seguis a turba desvairada,
As hostes dos descrentes e dos loucos,
Que de olhos cegos e de ouvidos moucos
Estão longe da senda iluminada,

Retrocedei dos vossos mundos ocos,
Começai outra vida em nova estrada,
Sem a ideia falaz do grande Nada,
Que entorpece, envenena e mata aos poucos.

Ó ateus como eu fui – na sombra imensa
Erguei de novo o eterno altar da crença,
Da fé viva, sem cárcere mesquinho!

Banhai-vos na divina claridade
Que promana das luzes da Verdade,
Sol eterno na glória do caminho!

Olavo Bilac

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 11, 2011 10:48 am

Corte Isso

A existência na Terra é comparável a um filme que você está protagonizando.

O director e o intérprete se conjugam em você mesmo, porque a objectiva da livre escolha jaz em suas mãos, tanto quanto as imagens da película são arquitectadas por seus próprios pensamentos.

Atenda aos seus encargos, tão bem quanto lhe seja possível.

Muitos episódios e trechos inconvenientes podem ser evitados para que se lhe destaque a excelência do trabalho:
lembranças amargas;
ideias de vingança;

ressentimentos;
desilusões;
prejuízos e fracassos;
doenças e tristezas;

irritação e azedume;
condenação e queixa;
cólera e impaciência; reclamações...

Quando qualquer desses lances vier a surgir em seu caminho ou em sua imaginação, corte isso.

Converta a sombra em luz, na vivência da esperança e do bem.

E arrede de você tudo o que lhe possa tisnar a tranquilidade, porque em futuro próximo ou menos próximo, o seu filme estará na tela da verdade e as suas escolhas vão passar.

André Luis

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Com os ouvidos da alma

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 12, 2011 10:49 am

Com os ouvidos da alma

O facto é narrado por uma mulher que vivia nas colinas da Escócia.

Era inverno, próximo ao Natal.
Roberto, o marido, era ferreiro.
Ela, mãe ocupada, cuidava dos quatro filhos.

O menor era o que lhe dava maior preocupação.
É que o garoto era surdo.
Ela ficara muito doente durante a sua gestação e o menino nascera com aquela deficiência.

De resto, era esperto e depressa aprendeu a ler.
Para manter a conversação com a mãe e os irmãos, André se servia de gestos e, como aos cinco anos já sabia escrever muitas palavras, usava papel e caneta para expressar aquilo que não conseguiam entender por seus gestos.

Naqueles dias, próximos ao Natal, o marido foi chamado para prestar serviços em uma fazenda distante e ela ficou só com as quatro crianças.
A tempestade veio e durou dias.
A caixa de lenha ao lado do fogão começou a ficar vazia.

Na quase véspera do Natal, Elizabeth agradeceu a Deus pela colheita do verão ter sido boa, pelas compotas terem dado certo e pela boa caça do seu marido.
Assim, eles teriam o suficiente para se alimentarem até acabar aquele inverno ingrato.

Mas a lenha acabou.
Ela reuniu os quatro filhos, calçaram e se agasalharam bem e saíram quando o tempo deu uma trégua.

Os pequenos Mary, Alice e André brincavam entre as árvores, felizes por estarem fora de casa.
Corriam de um lado para outro, enquanto ela e o filho maior, de 15 anos, cortavam troncos em pedaços pequenos e colocavam no trenó.

Num piscar de olhos, o tempo mudou.
O vento soprou forte e a neve caiu violenta.
Ela conseguiu encontrar as duas meninas mas não o pequeno André.

Por mais que chamasse, ele não a ouviria. Era surdo.
Voltaram para casa a fim de não congelarem.
As horas angustiosas passaram lentas.
Quando a tempestade acalmou, ela se preparou para ir procurar o menino.

Estaria vivo?
Teria caído, cego pela tempestade, em algum penhasco?
Então, alguém bateu na porta.
Era o pequeno André, sorridente.

Entre gestos e escritos no papel explicou que logo que a tempestade começou, ficou agachado atrás de um tronco.
Depois, escreveu que ouviu chamar o seu nome: André. Foi até onde a voz vinha e não tinha ninguém.
Então ouviu de novo: Venha, André, venha para casa.

Continuou caminhando, seguindo a voz, embora não visse ninguém.
E assim foi até chegar em casa.
Então a mãe caiu de joelhos, abraçou seu tesouro e agradeceu a Deus por ter enviado um mensageiro Seu, aquela voz para guiar o seu filho.

Uma voz que não vinha do mundo exterior, mas que se fez ouvir na alma do pequenino André. A voz dos invisíveis.

O Natal é uma época de esperança, de confiança e de fé.
É uma época de acreditar no invisível e em maravilhas que o Divino Pai nos proporciona.
Uma época em que os Mensageiros de Deus cantam, falam e os surdos ouvem as Suas vozes.

Natal é o momento em que a Terra toca os céus, aquieta os seus gritos para ouvir o excelso canto da esperança.
Jesus nasceu em Belém.
A esperança se renova. Comemoremos.

Momento Espírita, com base no conto Tempestade nas montanhas, de autoria ignorada.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty O Temor da Morte

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 12, 2011 10:50 am

O Temor da Morte

- Doutor, a sua competência é a nossa esperança.
O senhor já operou Paulínia por duas vezes...

Narciso Meireles pedia o concurso do Dr Sales Neto, distinto médico espírita, para a mulher que experimentava parto difícil, em vilarejo distante.
- Por que deixaram ficar assim, tão longe? – disse o médico, procurando esquivar-se.

- A crise apareceu de surpresa...
O senhor prefere o avião? Dez minutos apenas...

- Nada disso.
Perdi dois amigos de uma só vez na semana passada. Nada de voo....

- Um carro?
- A estrada é péssima.
Não soube do desastre havido anteontem?

- Um cavalo, doutor?
Arranjo-lhe um cavalo...

- Era o que faltava!
Não posso expor-me assim...

- Que sugere? –
roga o marido desapontado.
- Se quiserem – disse o médico -, tragam a parturiente aqui, como julgarem melhor...
De minha parte, não me arrisco...

Em face da evidente má-vontade do facultativo, o esposo aflito aquiesceu e partiu a galope, em busca do teco-teco.

No outro dia, porém, quando a senhora Meireles chegou, abatida, na expectativa da intervenção, a residência do operador estava cheia de gente.

O Dr. Sales Neto, naquela noite, havia morrido, no próprio leito, em consequência de uma trombose...

Hilário Silva

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Convivência

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 12, 2011 10:51 am

Convivência

A Vida vem de Deus, a convivência vem de nós.

Aqueles companheiros que nos partilham a experiência do quotidiano são os melhores que a Divina Sabedoria nos concede, a favor de nós mesmos.

Se você encontra uma pessoa difícil em sua intimidade, essa é a criatura exacta que as leis da reencarnação lhe trazem ao trabalho de burilamento próprio.

As pessoas que nos compreendem são bênçãos que nos alimentam o ânimo de trabalhar, entretanto, aquelas outras que ainda não nos entendem são testes que a vida igualmente nos oferece, a fim de que aprendamos a compreender.

Recordemos: nos campos da convivência é preciso saber suportar os outros para que sejamos suportados.

Se alguém surge como sendo um enigma em seu caminho, isso quer dizer que você é igualmente um enigma para esse alguém.

Nunca diga que a amizade não existe;
qual nos acontece, cada amigo nosso tem suas limitações e se algo conseguimos fazer em auxílio do próximo, nem sempre logramos fazer o máximo, de vez que somente Deus consegue tudo em todos.

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, ajude-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.

Quem valoriza a estima alheia, procura igualmente estimar.

Se você acredita que franqueza rude pode ajudar a alguém, observe o que ocorre com a planta a que você atire água fervente.

Abençoemos se quisermos ser abençoados.

André Luis

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Sempre Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 12, 2011 10:52 am

Sempre Jesus

...E tudo passará nos domínios do mundo,
do grânulo de pó ao espaço irrestrito,
as civilizações e as eras em conflito
fogem de passo em passo e segundo
a segundo...

tudo o tempo transforma em silêncio profundo
da lava comburente ao bloco de granito.
E o homem segue além, procurando o Infinito
Entre o sonho criador e o cansaço
Infecundo!...

Esplendores da Assíria, Egipto, Grécia, Roma...
A morte tudo altera e a vida se retoma
A fim de burilar-se em tudo quanto
Encerra...

Unicamente o Cristo Augusto e Soberano
Rebrilha sempre mais sobre o destino Humano
Promovendo a grandeza e a perfeição
Da Terra!...

Constâncio Alves

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty As lágrimas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 13, 2011 11:01 am

As lágrimas

Existem pessoas que afirmam ter uma grande dificuldade para chorar.
Algumas, com certa inveja, comentam sobre a facilidade de outras em demonstrar sentimentos através das lágrimas.

Há quem acredite que as lágrimas são próprias da feminilidade, que atestam fraqueza, fragilidade.

Lemos, recentemente, a história de um pai que não conseguia chorar e foi surpreendido pela pergunta de seu filho de 5 anos:
- Pai, por que nunca vi você chorar?

Que poderia ele responder?
Talvez fossem seus anos de raiva, tristeza e até alegria engolidas, que o impedissem de se expressar com lágrimas.
Ou talvez porque fora educado com os conceitos de que o homem não deve chorar.

A verdade é que aquele pai sofria de problemas de depressão, com os quais lutava há tempos e somente respondeu:
- Filho, lágrimas fazem bem para meninos e meninas.
Fico feliz que você possa chorar sempre que está triste.
Os pais, às vezes, têm dificuldade para mostrar como se sentem.
Talvez eu possa melhorar algum dia.

Nos dias que se seguiram, o pai orou intensamente a Deus rogando por alguma coisa que o fizesse sentir-se melhor.

Aproximava-se o Natal com todo seu encanto e magia.
O director da escola perguntou se Patrick, o garoto de 5 anos, poderia cantar pequena estrofe de uma canção natalina, em um culto na igreja.

Naturalmente, os pais se encheram de entusiasmo.
O filho tinha pendores para a música.
Estudava piano desde os 4 anos de idade. Gostava de cantar.

À medida que os dias iam sendo marcados no calendário, dando ciência da proximidade do evento, pais e filho começaram a ficar assustados.
O menino começou a temer não conseguir e o pai, principalmente o pai, compareceu à cerimónia religiosa na véspera de Natal, com expectativas limitadas.

Colocou-se no lugar do filho e imaginou que jamais ele enfrentaria um microfone e uma igreja com centenas de pessoas.
O garoto, vestido de branco, aproximou-se do microfone e começou a entoar as notas uma a uma.
Eram versos lindos que enchiam o espaço e os corações.

O pai contemplou o menino e sentiu-se invadir por uma onda de ternura.
O que seu filho cantava tinha sabor de eternidade, uma beleza sem par.
Parecia-lhe que um anjo se corporificara ali, perante a congregação, para brindar a todos com um presente especial de Natal.

Então, grossas lágrimas surgiram nos olhos daquele pai.
A canção terminou e ele buscou o filho, ainda nos corredores.
Ajoelhou-se, para ficar do tamanho dele e penetrou com o seu o olhar azul do filho.

Patrick, você se lembra de quando me perguntou por que nunca me tinha visto chorar?
O menino afirmou com a cabeça.
Bem, estou chorando agora.
Seu canto foi tão lindo que me fez chorar.

O garoto sorriu, feliz, e atirou-se nos braços do pai, dizendo-lhe ao ouvido enquanto o estreitava fortemente:
Às vezes, a vida é tão bonita que a gente tem de chorar.

Por temperamento nos retraímos em muitas circunstâncias, quando deveríamos exteriorizar os sentimentos que nos invadem.

Todos detemos a capacidade dos melhores sentimentos de amor.
Expressá-los, permitir que outros compartilhem das nossas emoções, das alegrias ou das dores que nos invadam o íntimo, é também exercício de humildade e fraternidade.

Quando nos sentirmos tocar nas fibras mais delicadas de nosso ser, pela música, um gesto de carinho, uma conquista dos nossos pequenos, permitamo-nos a visita das lágrimas doces, expressão do amor que alimenta outros amores, sem vergonha, porque ninguém evolui realmente sem o cultivo dos sentimentos mais edificantes.

Momento Espírita com base no conto Longe, na manjedoura, da revista Selecções Reader’s Digest, de dezembro de 1998.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty PARA MEDITAR

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 13, 2011 11:10 am

PARA MEDITAR
Camillo Castelo Branco

"Se em vez do que vindes tentando improficuamente, procurásseis meios de vos tornardes agentes da lídima Fraternidade, exercida com tanta eficiência pelo Divino Modelo do Amor, já vos encontraríeis vitoriosos, espalmando alegrias que longe estariam de vos manter a alma assim torva e encapelada.

A Caridade, meus amigos - permita-me que vo-lo recorde -, é a generosa redentora daqueles que se desviaram da rota delineada pela Providência!
Por isso mesmo o sábio Rabi da Galileia ofereceu-a como ensinamento supremo à Humanidade, que Ele sabia divorciada da Luz, por mais fácil e mais rápido caminho para a regeneração!

É tempo já de pensardes com desprendimento na Divina Mensagem trazida por Jesus e de saturardes os arcanos do ser com algumas gotas das suas essências imortais e incomparáveis!

Avultam nas camadas sociais terrenas, como nas invisíveis, problemas dolorosos a serem solucionados, desvarios a serem moderados, infinitas modalidades de desgraças, desventuras acérrimas a afligirem a Humanidade, requisitando concurso fraterno de cada coração generoso a fim de serem ressarcidas, consoladas!

Nos hospitais, nas prisões, nas residências humildes como na opulência dos palácios, por toda a parte encontram-se mentes enoitadas pela incompreensão e pelo desespero, corações precipitados pelo ritmo violento de provações e de problemas insolúveis neste século!

Em qualquer recanto onde se haja ocultado a descrença, onde a paixão se instale e a desventura e o infortúnio se mesclem de revolta ou desânimo;
onde a honra, a moral, o respeito próprio e alheio não forem consultados para a prática das acções, e onde, enfim, a vida se converteu em fonte de animalidade e egoísmo, lavra a possibilidade de uma queda nos abismos de trevas onde vos agitastes entre raivosas convulsões!

Diligenciai por encontrar tais recantos: estão por aí, a cada passo!...

Aconselhai o pecador a deter-se, em nome da vossa experiência!... e apontai-lhe, como bálsamo para as amarguras, aquele mesmo que desdenhastes quando homem e hoje reconheceis como o único refrigério, a única força capaz de soerguer a criatura da desgraça para enobrecê-la à mirífica luz da conformidade nos prélios dignificantes de onde sairá vitoriosa, quaisquer que sejam as decepções que a açoitem: o Amor de Deus!

A submissão ao Irrevogável!

Tornai-vos consoladores, exercitando agenciar a Beneficência, segredando sugestões animadoras e reconfortativas ao coração das mães aflitas, dos jovens desesperados pelas desilusões prematuras, das desgraçadas mulheres atiradas ao lodo, cujos infortúnios raramente encontram a compassividade alheia, as quais sofrem insuladas entre os espinhos das próprias inconsequências, desencorajadas de reclamarem, para si também, a ternura paternal de Deus, a que, como as demais criaturas têm sacrossantos direitos!

São, todos estes, seres que estão a requisitar alento protector dos corações sensíveis, bem-intencionados, quando mais não seja com a dádiva luminosa de uma prece!

Pois dai-lho, uma vez que também o recebestes de almas serviçais e ternas, quando vos encontráveis a bracejar entre bramidos de dor, nas trevas que vos surpreenderam após a tragédia em que vos deixastes enredar!

Preferi, portanto, as manobras santificantes da Caridade discreta e obscura, preferi!...
E bem cedo reconhecereis, através das trilhas que haveis de palmilhar, as florescências de muito doces alegrias..."

(Espírito Camillo Castelo Branco - Yvonne Pereira - Obra: Memórias de um Suicida - FEB)

Nota: trecho de conselhos de um Espírito Superior, dirigindo-se a um grupo de suicidas, incluindo aí Camillo Castello Branco, quando se encontravam em recuperação no Plano Espiritual.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty O Choque do Retorno

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 13, 2011 11:11 am

O Choque do Retorno
Camilo

Importante é notar que quando se agride a uma pessoa, em qualquer nível, ou por qualquer razão, é lei divina que se está desatendendo, embora a agressão possa ter sido dirigida a essa ou àquela pessoa.

Logo, mesmo quando o agredido consegue perdoar, mantendo-se íntegro e pacificado pela desenvolvida indulgência, caberá ao ofensor dar conta do seu desiquilíbrio ante à Consciência Cósmica, contra a qual agiu.

A acção das leis divinas é francamente educativa, permitindo que cada filho do Grande Pai se recomponha para a felicidade, que é inalienável destino.

Sabemos que enquanto não desaparecerem os últimos vestígios da agressão, dos desatinos contra os preceitos das leis superiores do Criador, a expiação consistirá nos sofrimentos físicos e morais que lhe sejam conseqüentes, tanto na actual romagem corporal, quanto na vida do Além, podendo, ainda, prosseguir na busca do equilíbrio em outras reencarnações.

Diante das várias reflexões a respeito da vida, das agressões e da lei do retorno, seria muito importante que a pessoa envidasse esforços por educar os sentimentos, o temperamento, disciplinando a sua vida mental, deixando, assim, aos poucos, de encontrar motivos de cometer agressões, passando a pensar a vida e vivê-la com entusiasmo, com fraternidade, fazendo ao semelhante tudo quanto gostaria que ele lhe fizesse, como ensinou o Homem de Nazaré.

JUSTIÇA E AMOR, pelo Espírito CAMILO, psicografia de J. Raul Teixeira, Ed. FRÁTER

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Estás preocupado?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 13, 2011 11:12 am

Estás preocupado?
Camilo

É compreensível que te surpreendas em estado de preocupação, quando te defrontes com os diversos desafios do teu quotidiano.

Não será tarefa simplista o ter que dar conta dos que fazeres domésticos, associados aos da profissão e do convívio social.

Realmente, concebe-se que são tantas coisas a pesar sobre o teu sentimento, sobre os teus pensamentos, sobre o teu humor, que, vez que outra, percebes que foste invadido por ondas de preocupações, para o que abriste as portas morais.

Entretanto, vale parar um pouco e meditar acerca desse fenómeno.

Quando te preocupas, passas a despender largas quotas das tuas energias na direcção do objecto da tua preocupação.

Se a causa é válida, converte a preocupação em acção positiva e benfazeja, ao invés de te manteres paralisado à frente do desafio.

Se o móvel da preocupação não tiver a marca do legítimo valor, se o seu estado psicológico prende-se ao desejo de posse, ao ciúme, à falta de fé em Deus ou a qualquer capricho nocivo à saúde da alma, é chegado o tempo de, à custa dos necessários esforços, te desligares dessa sintonia, que te irá minando o mundo íntimo, sem que encontres solução, podendo escorregar para valões de desespero, mágoa, ódio ou indiferença, ou, em estado extremo, podendo impulsionar-te para o crime, que tem variado espectro para as almas lúcidas que conhecem, ainda que por simples informações, as orientações das Leis Divinas.

Desse modo, estuda com clareza as fontes e motivos das tuas preocupações, considerando com o Celeste Guia que "a cada dia já basta o seu mal".

Na certeza de que estás no mundo a fim de aprender, crescer e amar, nos roteiros da felicidade, não te permitas sucumbir ante problemas de saúde, financeiros, mal-entendidos ou familiares.

Aprende a resolver, um após outro, os teus problemas e, na certeza de que o tempo é o factor de resolução de todos os enigmas, entregue as tuas preocupações ao Criador e marcha adiante aguardando a luz do novo dia, que sempre brilha após as noites de horror e sombras.

Não te deixes aturdir pelas exageradas preocupações, trabalhando com valor e afinco o cerne de ti mesmo.

De “Revelações da Luz”, de J. Raul Teixeira

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Símbolos do Natal

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 14, 2011 10:37 pm

Símbolos do Natal

O Natal, que logo estaremos a comemorar, apresenta alguns aspectos pouco conhecidos.

Em especial no que diz respeito aos seus símbolos.
Por exemplo, a árvore de Natal.
Alguns acreditam que ela se originou no século oitavo.
Teria sido o missionário São Bonifácio que a idealizou, em substituição ao culto realizado nas florestas ao deus Odin.

Outros afirmam que foi Martinho Lutero o seu idealizador, no século dezasseis.

Regista a História que, na noite de Natal, Lutero caminhava por uma floresta de pinheiros.
Olhando para o céu, viu as estrelas brilhando ainda mais belas, através dos galhos cobertos de neve.
Encantado com a beleza do quadro, cortou um galho, levou-o para casa e usou velas acesas para imitar o brilho dos astros que presenciara.

A árvore de Natal veio para a América, na época colonial, trazida pelos alemães.
O presépio, por sua vez, teve origem no século treze. Foi na Itália.

Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco de dezembro de mil duzentos e vinte e quatro, Francisco de Assis teve a ideia de representar o nascimento de Cristo.

Preparou uma encenação, num estábulo verdadeiro, da manjedoura, do boi e do jumento.
A tempos regulares ele mesmo aparecia em cena e falava a respeito do nascimento de Jesus.
Ainda no século treze, a representação idealizada pelo fundador das Ordens Franciscanas ficou conhecida em toda a Europa.

Os cartões de Natal surgiram na Inglaterra por volta de mil oitocentos e quarenta e três.
A iniciativa foi do director do Museu Britânico de Londres, Sir Henry Cole.
Foram popularizados e começaram a ser impressos em mil oitocentos e cinquenta e um.

Dar presentes é uma tradição que tem origem em tempos recuados.
Fazia parte das saturnálias, festas orgíacas de Roma, como também de festividades nórdicas.
Entre os cristãos, o costume iniciou no século sete, com o Papa Bonifácio, que presenteava os necessitados, em nome do Divino aniversariante.

As velas acesas no Natal para enfeitar as árvores e outros arranjos têm origem comum: o culto ao fogo.
Só o tempo fez desaparecer as orgias pagãs e ajudou a apagar as recordações sobre a origem do fogo, que era o velho culto ao sol.
Desde que os símbolos não remontam à época do Cristo, conclui-se que ele, em essência, nada tem a ver com nenhum deles.

Assim, comemorar o Natal nos permite ornamentar o lar com luzes, cores, enfeites.
Mas importante não esquecer de preparar o coração.
Preparar a ceia de Natal para parentes e amigos, mas não esquecer de, em nome do Divino aniversariante, saciar a fome de quem a sofre.

Em mil oitocentos e setenta, durante a guerra entre a Alemanha e a França, um oficial prussiano idealizou cartões de Natal a partir de capas de alguns cadernos de colégio.

Distribuiu aos seus soldados para que eles pudessem escrever aos seus parentes.
Foi assim que nasceram os primeiros cartões postais, que depois sofreram várias modificações.

Pode-se imaginar a emoção de uma mãe, uma esposa, a namorada, irmãos recebendo uma mensagem de Natal, escrita de próprio punho, por seu amor, de uma frente de batalha.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Endereço Errado

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 14, 2011 10:38 pm

Momentos Espíritas - Página 7 Cl_22588
Endereço Errado

Uma jovem, com discreta beleza, procurou-nos no Centro Espírita.

Tinha acabado de chegar de Curitiba, ainda estava com a mala.
Pediram-nos que conversássemos com ela, que a orientássemos.

Ao nos apresentarmos mutuamente, perguntamos em que lhe poderíamos ser útil e ela nos contou.

Era noiva. O noivo mostrava-se distante.
Conversavam pela internet e ele estava se ausentando.
Ela foi até Curitiba verificar o que se passava e, após conversarem, ele lhe pediu um “tempo” – em outras palavras, terminaram.

Em Curitiba, uma senhora a abrigou e lhe disse que faria um “trabalho” para o caso e a aconselhou a procurar um Centro Espírita para um “trabalho” por aqui.

Que trabalho? – inocentemente perguntamos.
Achamos difícil, na hora, entender o que ela propunha.

Tivemos que adivinhar.
Ela queria segurar o noivo a qualquer custo e achou que o Centro Espírita se propunha a isso.

Conversamos um tempo com ela, relatando que, sob as orientações de Jesus e Kardec, o “trabalho” que o Centro Espírita propunha era o de esclarecimento, de estudos e busca de conhecimentos e, por conseguinte, de maior compreensão das leis divinas e, por isso mesmo, de consolação para as aflições.

O que poderíamos fazer no caso dela era convidá-la para o estudo, para o Evangelho e o trabalho de passes.

Demos até nossa opinião, que dissemos a ela ser pessoal.
No caso do tempo que ele pediu, que ela aguardasse.
Se ele realmente a amasse, ele teria certeza disso.

Era melhor que ela tivesse seu mérito pessoal no caso, do que se comprometer perante as leis divinas em situações que obrigassem o jovem a ficar com ela.

Seria melhor não ficar em débitos com as leis divinas comprometendo-se com situações difíceis.
Era melhor terminar do que, casando, ver depois que não era bem isso o que desejavam, separando-se, como vemos acontecer tanto nos dias de hoje.

Casamentos precipitados confundindo amor com paixão – depois de um tempo, separação e, com filhos, muitas vezes, sendo que estes são os que mais sofrem com as separações.

Mencionamos o caso de uma menina, que chegou até nós numa crise asmática intensa.
Tinha 9 anos, nunca tinha adoecido.

“O que aconteceu que te abalou?”
Fazia um mês que ela estava adoecendo nessas crises.
“Meu pai”, ela disse, na mesma hora, “ia sair de casa, ia embora, separar-se da minha mãe.
Ele não foi porque eu implorei a ele para não ir.”

E estava doente a menina.
“Abandono”, “decepção de amor”, o sofrimento de almas feridas.

Conversamos com essa jovem, dissemos estar a Casa Espírita aberta para ela, para o estudo, a consolação, o aprimoramento.

Demos-lhe os horários da Casa.
Passamos horários de outros centros espíritas que se encaixassem melhor ao seu horário de trabalho.

Quantos sofrimentos abalam os seres!
Quanta ignorância ainda como sendo a mãe de tantos sofrimentos!
Quanta luz para a alma o esclarecimento traz!

Por isso o espírita sincero busca cumprir o ensinamento do Espírito de Verdade:
“Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”.

O pessoal, por ignorância, ainda confunde muito Espiritismo com Umbanda, ou Quimbanda, ou Candomblé.

Este ano de 2010, com o centenário de “Chico Xavier”, tem sido muito esclarecedor, um ano do Espiritismo.
As páginas da revista Veja já colocam “Nosso Lar”, por causa provavelmente da propaganda do filme que chega em setembro, psicografado por Chico Xavier, como um dos dez mais vendidos.

Pessoas lendo para depois verem o filme, é o que deduzimos.
Isso é bom. Esclarecer e aprender é fundamental.

Quanto maior o estudo, menos casos como o dessa jovem que queria fazer um “trabalho” para o noivo voltar atrás e casar-se com ela.

Esperamos que após nossa conversa ela nos tenha ouvido e procure o Centro Espírita para aprender, para se consolar, para se tornar uma cristã melhor.

Jane Vilela

Grupo de Estudo Espírita Luz da Vida

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Segue Avante

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 14, 2011 10:39 pm

Segue Avante
Adelino de Carvalho

A obra de cristianização dos sentimentos prossegue!

O programa de Deus para as suas criaturas segue no alevantamento dos ideais de progresso e aperfeiçoamento do homem.

O evangelho de Jesus mantém a sua actualidade ante os principais dramas do relacionamento social, conjugal e espiritual.

Sempre, em Seus ensinos, o Mestre exaltou a ética ideal no combate aos inimigos da iluminação dos seres: o orgulho e o egoísmo.

Os séculos não turbaram a cristalinidade evangélica que assumiu nova luz com o advento do Espiritismo.

A reencarnação, a imortalidade da alma, a crença em Deus dão aos estudantes espíritas segurança e precisão na análise e solução aos problemas que afligem e consomem.

Para tal cometimento é indispensável a boa vontade, dedicação e perseverança, a fim de alcançar-se nos questionamentos, o ponto mediano ante aos paradoxos de comportamento.

Os espíritos espíritas seguem estimulando nas sessões e conclaves, cultos domésticos ou simples diálogos pessoais, o estudo da mensagem de Jesus segundo a interpretação dos espíritos da luz no espiritismo.

Mãos, portanto, à obra, no desbravamento psicológico mediante a conscientização do papel do espírita na família e na sociedade, promovendo o despertar do amor e do serviço que enobrece.

O lar é a oficina onde são laborados os personagens que no futuro dirigirão os caminhos, humanos e os espíritas, com o mapa da felicidade nas mãos, são os promotores da nova era que se inicia.

Aproveitar, na transição que se opera, os momentos de iluminação é obrigação individual e intransferível de cada um a favor da colectividade.

Avante, amigos, que o Senhor aguarda de cada um a contribuição indispensável daqueles que, uma vez tendo encontrado Jesus, jamais serão os mesmos.

Mensagem psicografada pelo médium Públio Carísio de Paula, na noite de 04/12/99 no C. E. Amor e Fraternidade - Catalão - GO
Jornal Perseverança Nº 175 Janeiro/Fevereiro de 2000

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Momentos Espíritas - Página 7 Empty A AFABILIDADE e a DOÇURA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 14, 2011 10:40 pm

A AFABILIDADE e a DOÇURA

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são a forma de manifestar-se.
Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências.

A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades.
Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores!

O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno;
que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade;
cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos.

Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir.

Envaidecem-se de poderem dizer:
“Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado”.

Não basta que dos lábios manem leite e mel.
Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia.

Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente:
é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade.
Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.

“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus”
Jesus. (Mateus - 5:9)

Texto: Mensagem mediúnica do Benfeitor Espiritual Lázaro (Paris, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

§.§.§- O-canto-da-ave
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Momentos Espíritas - Página 7 Empty Doando para ser feliz

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:26 pm

Doando para ser feliz

Ele era um homem bem sucedido naquela aldeia da Finlândia.
Alfaiate, sustentava com seu trabalho a esposa e os filhos, até o dia em que uma grande epidemia matou todos os seus amores.
Ficou só e, por essa razão, deixou de trabalhar.

Dentro em breve ninguém mais o reconhecia.
Andava pelas ruas, maltrapilho e triste.
Era um homem amargurado.

Embora os cânticos do Natal se fizessem ouvir em todas as esquinas, ele continuava mergulhado em sua tristeza.
De repente, se viu defronte a uma grande vitrina, cheia de brinquedos.
Um garoto pobre olhava com desesperança e desilusão as coisas bonitas e vistosas.

O homem pareceu ouvir em sua intimidade o que pensava o garoto:
Eu nunca saberei o que é ter brinquedos tão bonitos assim.

O antigo alfaiate começou a chorar, pela primeira vez em muito tempo, não por si mesmo, mas pelo menino.
Pensou em quantas crianças como aquela existiriam em sua aldeia.
Pobres que não teriam nenhum brinquedo naquele Natal.

Sem pensar por onde andava, ele foi seguindo por caminhos desconhecidos.
Então, se viu diante de um barracão onde as pessoas da aldeia jogavam bugigangas. Coisas que não queriam mais.

Entrou, sem bem saber porquê.
Mas parecia que alguém lhe comandava os gestos.

E agora, lhe dizia, bem dentro do seu coração:
Veja! Procure entre as bugigangas o que possa ser consertado.
Leve para casa e conserte. Pinte.
Presenteie. Faça uma criança feliz.

Ele começou a remexer os entulhos.
Havia bonecas, carrinhos e, maravilha!
Encontrou até um caixote de ferramentas.

Estavam enferrujadas mas ele as lixou, afiou e ficaram como novas.
Numa das divisões do caixote encontrou um jogo de agulhas de costura e linhas de muitas cores.

Ele se pôs a trabalhar.
Nos dias seguintes, recolheu brinquedos quebrados por toda parte.
Discretamente, perguntou e se informou onde morava cada criança carente da cidade.

Trabalhou arduamente até altas horas da noite.
Até os seus olhos doerem, sua visão ficar embaçada e ele adormecer na cadeira.
Ao despontar o dia, acordava e continuava o seu trabalho de amor.

Na noite de Natal ele saiu com vários embrulhos e foi andando, deixando em cada porta das casas das crianças da sua lista, um brinquedo.
Uma boneca, um carrinho, um cavalo de pau.
A noite estava fria e ventava muito.

Várias vezes ele foi e voltou, até distribuir todos os sete grandes sacos que conseguira recolher e arrumar.
Depois de uma longa noite de trabalho, o homem morreu bem cedinho no silêncio da madrugada de Natal, indo ao encontro dos seus amores.
Quando o dia despertou, os sorrisos se multiplicaram nas casas pobres, ante a surpresa e o encanto com os brinquedos.

Faça deste Natal um Natal inesquecível.
Conheça Aquele que deu origem ao Natal.
Aquele que dá amor e alegria a milhões de pessoas.

Abra o seu coração para Jesus.
Encha-se do Seu amor, da Sua paz e alegria para sempre.
Aprenda, como o alfaiate da nossa história, que dar é muito melhor que receber.

Preencha sua vida com actos de amor, fazendo outras vidas felizes.
Faça deste Natal o início de um Natal permanente em seu coração.

Momento Espírita, com base no conto O segredo do alfaiate, de autoria ignorada.

§.§.§- O-canto-da-ave
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