LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Momentos Espíritas

Página 8 de 41 Anterior  1 ... 5 ... 7, 8, 9 ... 24 ... 41  Seguinte

Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A HISTÓRIA da CHAVE

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:27 pm

A HISTÓRIA da CHAVE

Com a saída do chefe da casa e do filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.

Aí começou uma dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras…
A madrasta bondosa preocupou-se.

Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou... observou...

E ficou sabendo quem lhes subtraía os recursos da horta;
entretanto, repugnava-lhe a ideia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.

Chamou, então, o Chico e lembrou.
- Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria.
Peça-lhe um conselho.
Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?

Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.

O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
- Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos.
Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.

Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.

Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.

Livro: “LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER, de Ramiro Gama.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A BENEFICIÊNCIA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:28 pm

A BENEFICIÊNCIA

A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam.
Oh! Pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão!

Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros!

Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representante da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos:
“Estou com fome!...”

Oh! Compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero!
Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos!

Ide, ide ao encontro do infortúnio;
ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas!
Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador:
[/i]“Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!”

Caridade!
Sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade.
Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor.

Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra.
Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes:
É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida.

Oh! Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós;
vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame!

Quanto bem a fazer!
Oh! Não vos queixeis;
ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento!

Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!...

Texto: Mensagem mediúnica assinada por Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A BENEFICIÊNCIA II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:29 pm

A BENEFICIÊNCIA II

Sede bons e caridosos:
essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos.

Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:
“Amai-vos uns aos outros”.

Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo;
somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação.
Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo.

Cumprido esse dever, abrir-se-vos-à o caminho da felicidade eterna.
Ao demais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um acto de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa?

Se unicamente buscásseis a volúpia que uma acção boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual.
Não vos faltam os exemplos;
rara é apenas a boa-vontade.
Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.

Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor?
Por que desprezar os seus ensinamentos divinos?
Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos?

Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas.
Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada;
deixam no esquecimento esse código admirável.

Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas.
Lede-lhes as páginas cintilantes do devotamento de Jesus e meditai-as.
Homens fortes, armai-vos; homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas.

Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina.
Apenas encorajamento é o que vos vimos dar;
apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros.
Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus;
as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:30 pm

Continua...

A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas.
Sem ela não existem as outras.
Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie, sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.

A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação;
é a mais pura emanação do próprio Criador;
é a sua própria virtude, dada por ele à criatura.

Como desprezar essa bondade suprema?
Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino?
Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?

Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras;
considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes.

Vejo com frequência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa.
Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério;
vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios.

Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o carácter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham.
Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos, para continuar amplamente a obra de propagação da caridade;
no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa;
não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente.

Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo.
Assim seja.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A BENEFICIÊNCIA III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 15, 2011 10:31 pm

A BENEFICIÊNCIA III

Chamo-me Caridade;
sigo o caminho principal que conduz a Deus.
Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.

Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos:
Oh! Meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas!
Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: coragem!

Há corações bons que velam por vós;
não sereis abandonadas;
paciência!

Deus lá está;
sois dele amadas, sois suas eleitas.
Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto;
eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos.

Repetia-lhes: Coragem! Coragem!
Então, uma pobre mãe ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.


Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes.

Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos.

Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo:
Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas.

Não vos digo o que deveis fazer;
deixo aos vossos bons corações a iniciativa.
Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa acção.

Digo-vos apenas: Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.

Mas, se peço, também dou e dou muito.
Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis!
Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos!

Ide, ide, colhei, apanhai todos o frutos dessa magnificente árvore que se chama beneficência.
No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas acções que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível.

Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira.
Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou – a Caridade.

Mensagem mediúnica de Cárita, martirizada em Roma. (Lião, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Semeando rosas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 16, 2011 11:15 pm

Semeando rosas

Uma Rainha de Portugal, de nome Isabel, ficou conhecida por sua bondade e abnegada prática da caridade.

Ocorre que seu marido, o Rei D. Diniz não gostava das excursões da Rainha, pelas ruas da miséria.

Muito menos das distribuições que ela fazia entre os pobres.
Não podia admitir que uma mulher nobre deixasse o trono das honras humanas para se misturar a uma multidão de doentes, famintos e mal vestidos.

A bondosa Rainha, no entanto, burlava a vigilância de soldados e damas de companhia e buscava a dor nos casebres imundos, levando de si mesma e de tudo o mais que pudesse carregar do palácio.

Não levava servas consigo, pois isto seria pedir a elas que desobedecessem às ordens reais.

Era humilhante, segundo o seu marido, o que ela fazia.
Como uma Rainha, nascida para ser servida, realizava o trabalho de criados, carregando sacolas de alimentos, roupas e remédios?

Certo dia, ele mesmo a foi espreitar. Resolveu surpreendê-la na sua desobediência.
Viu quando ela adentrou a despensa do palácio e encheu o avental de alimentos.

Quando ela se dirigia para os jardins do palácio, no intuito de alcançar a estrada poeirenta, nos calcanhares da fome, ele saiu apressadamente do seu esconderijo e perguntou:
Aonde vai, senhora?

Ela parou, assustada no primeiro momento.
E, porque demorasse para responder, ele alterou a voz e com ar acusador, indagou:
O que leva no avental?

Levemente ruborizada, mas com a voz firme, ela finalmente respondeu:
São flores, meu senhor!

Quero ver!
Disse o rei, quase enraivecido, por sentir que estava sendo enganado.
Ela baixou o avental que sustentava entre as mãos e deixou que o seu conteúdo caísse ao chão, num gesto lento e delicado.

Num fenómeno maravilhoso, rosas de diferentes tonalidades e intensamente perfumadas coloriram o chão.
Consta que o Rei nunca mais tentou impedir a rainha da prática da caridade.

Para quem padece as agruras da fome, sentindo o estômago reclamar do vazio que o consome;
para quem ouve, sofrido, as indagações dos filhos por um pedaço de pão, umas colheres de arroz, a cota de alimento que lhes acalme as necessidades é semelhante a um frasco de medicação poderosa.

Para quem esteja atravessando a noite da angústia junto ao leito de um filho delirando em febres, as gotas do medicamento são a condensação da esperança do retorno à saúde.

Para quem sente as garras afiadas do inverno cortar-lhe as carnes, receber uma manta que o proteja do vento gélido é uma ventura.
Por isso, quem leva pães, agasalho e conforto é portador de flores perfumadas de vários matizes.

Há muitos que afirmam que dar coisas é alimentar a preguiça e fomentar acomodação.
Contudo, bocas famintas e corpos enfermos não podem prescindir do alimento correto e da medicação adequada.

Se desejarmos os seres activos, envolvidos com o trabalho, preciso é que se lhes dê as condições mínimas.
Não se pode ensinar a pescar alguém que sequer tem forças para segurar a vara de pesca.

Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A BUSCA DA PERFEIÇÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 16, 2011 11:18 pm

A BUSCA DA PERFEIÇÃO
LIVRO: “A BUSCA DA PERFEIÇÃO”
EROS / DIVALDO FRANCO

o charco triunfante trombeteou sua superioridade, ameaçando o lírio em botão:
- Tenho-te as raízes presas ao meu lodo, com o qual irei envenenar-te.

Sem qualquer reprimenda ou ressentimento, a planta permaneceu silenciosa e, ao amanhecer do dia seguinte, coroou-se de flores alvas, que amenizaram a podridão do paul com o suave perfume que trescalava.

A noite vitoriosa e dominadora, desafiava o Sol­oculto:
- Que és e que podes fazer, pobre Estrela que eu cubro com as minha sombras?
Onde te escondes, ilusão dos parvos?

Evitando a contenda inútil, o Astro-rei lentamente surgiu no amanhecer e devorou atreva com beijos de luz, avançando com o seu carro de fogo pelo zimbório transparente.

A perversidade espalhava sua virulência em gargalhadas de zombaria em relação ao amor, e interrogava, alucinada:
- A tudo submeto sob o meu talante.
Temida e respeitada, avanço pelos campos juncados de vítimas, ampliando o meu terreno de vitórias e submetendo multidões.
Que fazes, pobre amor desprezado?

Levantando os tombados e vencidos pela perversidade, o amor alimentava-os de reconciliação com o inimigo, conquistando, um a um, aqueles que haviam sido vitimados pelo horror, apontando-lhes o rumo da compaixão e da bondade, com que alterariam o rumo do futuro próprio e de outros seres humanos inexperientes.

Sou um soberano que governa incontável número de vidas - blasonava o medo -.
Por onde passo, deixo marcas de sofrimentos e receios em torno do futuro.
Sou imbatível, porque me alimento da ignorância e da desconfiança.
Reino, triunfante, sem qualquer temor de ser vencido.

Lentamente, a saúde vestiu-se de esperança, começando a aninhar-se nos corações temerosos e abriu os braços ao bem-estar, que passou a dominar as pessoas, recuperadas e laboriosas, sem qualquer exibição ou debate inútil.
A degenerescência, a sombra, a perversidade, o medo, são filhos diletos da ignorância, do desconhecimento da Verdade.

Estradas acidentadas por onde transitam muitas vidas, são incapazes, no entanto, de impedir o avanço, no rumo da sabedoria, que elimina todos os factores
de perturbação e de desdita.

Quem ignora, teme.
Quem conhece e sabe, avança no rumo da perfeição.


Enquanto a ignorância domina, o desconforto e a agressividade estabelecem morada no coração.
No momento em que a sabedoria se instala, peregrina luz penetra o ser e liberta-o de toda sombra para sempre.
Vicejando a superstição, a falsa cultura, a presunção e a violência nos sentimentos humanos, desaparecem os ideais de nobreza e felicidade, substituídos pela alucinação e pelo sofrimento.

A busca da sabedoria constitui um grande desafio, que não deve ser postergado, porque, quanto mais conhecedor da Verdade, mais livre se encontra o ser, que avança no rumo da plenitude, que é a perfeição, sua meta.

Este pequeno livro contém algumas histórias, lendas e propostas com temática oriental, algumas cristãs, que induzem ao conhecimento da sabedoria, contribuindo humildemente para o despertar de alguém que se encontre no letargo da ignorância, ensejando-lhe o amanhecer de novos motivos existenciais que proporcionam a felicidade.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A INDULGÊNCIA - I

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 16, 2011 11:20 pm

A INDULGÊNCIA - I
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
José, Espírito Protector. (Bordéus, 1863).

Queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso. A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.

Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com a aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.

A indulgência jamais se ocupa com os maus actos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.

Não faz observações chocantes não tem nos lábios censuras;
apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.

Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras?

A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar;
que valeis mais do que o culpado.

Ó homens! Quando será que julgareis os próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios actos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos?
Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?

Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros.
Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os actos.

Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema!
Tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.

Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
José, Espírito Protector.
(Bordéus, 1863).

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A INDULGÊNCIA - II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 16, 2011 11:20 pm

A INDULGÊNCIA - II
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
João, bispo de Bordéus. (1862).

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam;
não julgueis com severidade senão as vossas próprias acções e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes:
animai-os à perseverança.

Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento;
mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.

Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos actos:
“Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido”.

Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão?
Será unicamente o olvido das vossas ofensas?

Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exacto, mas tampouco recompensaria.
A recompensa não pode constituir prémio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido.

Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidires neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos.

Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor;
fazei por eles o que pediríeis fizesse o Pai celestial por vós.

Substituí a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.

Pregai, exemplificando, essa caridade activa, infatigável, que Jesus vos ensinou;
pregai-a, como ele fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito.

Segui esse modelo divino;
caminhai em suas pegadas;
elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta.

Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Uma Figura Incomparável

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 17, 2011 10:36 pm

Uma Figura Incomparável

A figura de Jesus não encontra equivalente em nenhuma outra.
Qualquer que seja a personalidade humana que se pretenda estudar, ela apresenta nuances de luz e sombra.
Em algum aspecto de sua vida, titubeou e cometeu deslizes.

Com Jesus isso não se verifica.
Ele é o Modelo dado por Deus a todos os homens.
Ao surgir no cenário terreno, já havia atingido o ápice de Seu estado evolutivo.

Embora essencialmente humano, não portava nenhuma das mazelas comuns aos homens.
Justamente por isso, causou tanto impacto.
Como Ser perfeito, não Se deixou contaminar por desejos e preconceitos humanos.

Transcendeu a todos os vícios, embora cheio de compaixão pelos pobres viciados.
Sua Celestial Sabedoria confundiu os mais doutos da época.
Sempre pacífico, nem por isso deixou de combater a hipocrisia.

Sem desrespeitar as consciências alheias, tratou de demonstrar em que realmente consistia a essência das Leis Divinas.

Valorizou as mulheres, em uma época em que nenhum direito lhes era reconhecido.
Tratou de leprosos, quando todos fugiam deles.
Amparou e encaminhou prostitutas, as quais eram objecto de intenso desprezo.

Conviveu com pessoas de má vida, sem Se importar com as críticas.
Abriu os braços às crianças, encantado com sua fragilidade e com a pureza que simbolizam.
Gastou tempo com seres ignorantes e rudes, sempre paciente e benfazejo.

Ele viveu no mundo, sem ser do mundo.
Amparou, cuidou e esclareceu a toda a gente, sem jamais ser manchado pela impureza que O rodeava.
Qualquer que seja o ângulo pelo qual se observa, a grandeza de Jesus impressiona.

Não Se deixou tocar pelos preconceitos próprios da época.
Amou sem esperar ser amado.
Ensinou e viveu a compaixão em um período de sentimentos rudes e hábitos cruéis.

Movimentou recursos magnéticos e de cura até hoje desconhecidos.
Lançou a ideia da vida futura, como uma esperança para todos os homens.
Substituiu o conceito de um Deus vingativo e cruel pelo de um Pai amoroso.

Trata-Se de uma figura incomparável, superior a qualquer outra.
E é dEle o convite que ressoa, através dos séculos:
Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!

Em algum momento será necessário atender ao amoroso chamado, romper com o passado de equívocos e marchar para a luz.

O seu momento pode ser agora!

Pense nisso.

Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A CARIDADE MATERIAL e A CARIDADE MORAL

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 17, 2011 10:38 pm

A CARIDADE MATERIAL e A CARIDADE MORAL
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Mensagem mediúnica de Irmã Rosália. (Paris, 1860)

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles”.
Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos.

Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes:
não mais aí ódios, nem ressentimentos.

Direi ainda:
não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.

Ricos! Pensai nisto um pouco.
Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes.
Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sair-des do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.

Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...

Amai, portanto, o vosso próximo;
amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora.

Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.

A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados.
Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se deixando fale outro mais tolo do que ele.
É um género de caridade isso.

Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer;
não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mal proceder de outrem é caridade moral.

Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra.
Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante.

Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito:
Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa.

Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.

Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo.

Adeus: pensai nos que sofrem e orai.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A CARIDADE MATERIAL e A CARIDADE MORAL - II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 17, 2011 10:39 pm

A CARIDADE MATERIAL e A CARIDADE MORAL - II
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Um Espírito Protector. (Lião, 1860)

“Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer:
Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?

Amigos, de mil maneiras se faz a caridade.
Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por acções.
Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz.
Uma prece feita de coração os alivia.

Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo:
"Eu era como sois;
sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz."

Aos velhos que vos disserem:
"É inútil; estou no fim da minha jornada;
morrerei como vivi", dizei:
"Deus usa de justiça igual para com todos nós;
lembrai-vos dos obreiros da última hora."

Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei:
"Deus vos vê, meus caros pequenos", e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras.

Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade.

Dizem, outros dentre vós:
"Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos.
" Escutai bem isto, meus amigos:
Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os biliões de grãos de areia que a cobrem?

Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus.
Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa

Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência.
Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará.

Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal.
Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso.

Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.

Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte.
Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo:
"Amai-vos uns aos outros."

Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Ternura

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 18, 2011 10:47 pm

Ternura

É tão importante que sustenta a vida.
Muitas criaturas a negam, mas ninguém a dispensa.

Apresenta-se tímida, quase como se não existisse.
No entanto, engrandece quem a dá e embeleza quem a recebe.

Manifesta-se em pequenos nadas, como um olhar num momento muito especial.
Um olhar que tem o brilho de uma estrela em um céu cheio de astros.

Pode se exteriorizar em um sorriso, em um aperto de mão.
O namorado que se aproxima da sua amada e lhe acaricia com suavidade o rosto, como se estivesse tocando o veludo de uma rosa que desabrocha.

Pode ser sentida em uma canção que alguém entoa à distância, uma canção que fala de momentos doces, de um pôr-de-sol, de um amanhecer...

Irradia-se de uma palavra em um momento oportuno.
Palavra que tem o dom de acariciar a alma e lembra o voo gracioso de uma ave no céu azul.

Expressa-se no silêncio de um amigo que nos reconhece a dor íntima e simplesmente se senta ao nosso lado, aguardando que desejemos falar, dizer do que nos está magoando, machucando.

Oferece-nos o ombro amigo para o desabafo e as lágrimas.
Ela fala sem voz. Actua sem mãos. Brilha sem luz...

Falamos da ternura, que é alma e é coração.
Ela sustenta os matrimónios na Terra e aquece os corações maternos quando a neve dos invernos já coloriu os cabelos com sua brancura.

No namoro, ela faz parte do doce encantamento que toma de assalto os enamorados.
Nos primeiros dias do casamento, é a brisa que visita os apaixonados todas as manhãs.
Depois, quando os anos já se dobram sobre o casal, é o sentimento que alimenta a relação a dois.

Feita de coisas pequenas, como chegar do trabalho com uma flor e oferecer à amada.
Ou um telefonema, no meio da tarde, para uma pequena declaração de eterno amor.
Um bilhete em envelope discreto, com uma frase curta e a marca de um beijo.

Quando a ternura se ausenta, as criaturas envelhecem mais rapidamente, parecendo murchar, como flores sem água, sem sol, sem ar.

A ternura é sempre espontânea, por isso mesmo tão preciosa. Não pode ser imposta.
Quem pode dizer a uma criança que deixe a brincadeira e nos venha acariciar os cabelos com suas mãos pequeninas?

Mas, quando ela o faz de forma espontânea, nos enriquece e enche de bênçãos o coração.
A ternura é componente imprescindível às manifestações do amor.
Brota como as flores que explodem dos botões aos beijos do sol da primavera.

Onde chega produz harmonia, paz, porque a ternura é a mais forte expressão que traduz a elevação do Espírito.

Quando a brisa passa pelas ramagens dos arbustos e arvoredos, quando ela canta suave nos galhos, acaricia a folhagem que se agita em movimentos rítmicos.

A carícia, na Terra, é dádiva de Deus para a preservação da esperança na dor, do sacrifício na aflição, do alento na luta.
Façamos da nossa passagem pelo mundo uma permanente carícia de amor nobre, manifestando ternura aos nossos amores.

Sejamos como a madrugada que, ao despontar, acaricia o sono da noite que desperta.

Momento Espírita, com base no cap. Ternura, do livro Heranças de amor, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A ESCOLA DAS ALMAS

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 18, 2011 10:48 pm

A ESCOLA DAS ALMAS
Livro: “Jesus no Lar”
Neio Lúcio / Chico Xavier

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
Quando a palavra divina terminou a formosa prelecção, a sogra de Pedro indagou,inquieta:
- Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?

Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
- Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos.
No começo é a promessa de paz e compreensão;
entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores…

Reparando que a senhora galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
E, sorrindo, perguntou:
- Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de servi-las à refeição?

A interpelada respondeu, titubeante:
- Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas.
Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.

- Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
- De modo algum
– tornou a velha humilde – antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno.
Sem essa medida...

O Divino Amigo então considerou:
- Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai.
O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador.

O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.
O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.

Nunca notou a rapidez da existência de um homem?

A vida carnal é idêntica à flor da erva.
Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece...
O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.

A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou:
- Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.

O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
- Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à acção do fogo?
- Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.
- Ocorre o mesmo –
terminou o Mestre – com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.

A luta comum mantém a fervura benéfica;
todavia, quando chega a morte, a grande seleccionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A FÉ e A CARIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 18, 2011 10:49 pm

A FÉ e A CARIDADE
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
um Espírito Protector. (Cracóvia, 1861)

Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes.
Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé.

Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm;
porém, essa caridade austera que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.

Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe lícito ocupar-se unicamente com a sua felicidade. Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade;
entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material.

Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade.

Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.

Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem.
A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício.

Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade.

Triunfareis se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A LEI DO AMOR

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 18, 2011 10:49 pm

A LEI DO AMOR

O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados a altura do progresso realizado.

No seu início, o homem não tem senão instintos;
mais avançado e corrompido, só tem sensações;
mais instruído e purificado, tem sentimentos;

e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.

A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais.
Feliz aquele que, ultrapassando a sua humildade, ama com amplo amor seus irmãos em dores!
Feliz aquele que ama, porque não conhece nem a angústia da alma, nem a miséria do corpo;
seus pés são leves e vive como que transportado para fora de si mesmo.

Quando Jesus pronunciou esta palavra divina - AMOR -, ela fez estremecer os povos;
e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo, a seu turno, vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino;
estai atentos, porque esta palavra ergue a pedra dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando sobre a morte, revela ao homem maravilhado seu património intelectual;
não é mais aos suplícios que ela o conduz, mas à conquista do seu ser, elevado e transfigurado.

O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve hoje resgatar o homem da matéria.
Disse eu que no seu início o homem não tem senão instintos e aquele, pois, em quem os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do objectivo.

Para mais avançar em direcção ao objectivo, é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, quer dizer, aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.

Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos;
eles carregam consigo o progresso, como a bolota encerra o carvalho, e os seres menos avançados são aqueles que, não se despojando senão pouco a pouco de sua crisálida, permanecem escravizados aos instintos.

O Espírito deve ser cultivado como um campo; toda a riqueza futura depende do labor presente, e mais do que bens terrestres, levar-vos-á à gloriosa elevação;
é então que, compreendendo a lei de amor que une todos os seres, nela encontrareis as suaves alegrias da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A LEI DO AMOR II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 18, 2011 10:50 pm

A LEI DO AMOR - II

O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.
É facto, que já haveis podido comprovar muitas vezes, este:
o homem, por mais abjecto, vil e criminoso que seja, vota a um ente ou a um objecto qualquer viva e ardente afeição, à prova de tudo quanto tendesse a diminuí-la e que alcança, não raro, sublimes proporções.

A um ente ou um objecto qualquer, disse eu, porque há entre vós indivíduos que, com o coração a transbordar de amor, despendem tesouros desse sentimento com animais, plantas e, até, com coisas materiais:
espécies de misantropos que, a se queixarem da Humanidade em geral e a resistirem ao pendor natural de suas almas, que buscam em torno de si a afeição e a simpatia, rebaixam a lei de amor à condição de instinto.

Entretanto, por mais que façam, não logram sufocar o gérmen vivaz que Deus lhes depositou nos corações ao criá-los.
Esse gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência e, embora comprimido amiúde pelo egoísmo, torna-se a fonte das santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana.

Há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a ideia de que outros venham a partilhar das afectuosas simpatias de que são ciosas.
Pobres irmãos!
O vosso afecto vos torna egoístas;
o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais.

Pois bem!
Para praticardes a lei de amor, tal como Deus o entende, preciso se faz chegueis passo a passo a amar a todos os vossos irmãos indistintamente.
A tarefa é longa e difícil, mas cumprir-se-á:

Deus o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que um dia matará o egoísmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade.

Disse Jesus:
“Amai o vosso próximo como a vós mesmos”.
Ora, qual o limite com relação ao próximo?
Será a família, a seita, a nação?
Não; é a Humanidade inteira.

Nos mundos superiores, o amor recíproco é que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam, e o vosso planeta, destinado a realizar em breve sensível progresso, verá seus habitantes, em virtude da transformação social por que passará, a praticar essa lei sublime, reflexo da Divindade.

Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre.

Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito:
Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam:
fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes.

Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano;
ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede.
É um imã a que não lhe é possível resistir.

O contacto desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente, nos vossos corações.
A terra, orbe de provação e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá praticados na sua superfície a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor.

Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João, o Evangelista.
Como sabeis, quando a enfermidade e a velhice o obrigaram a suspender o curso de suas prédicas, limitava-se a repetir estas suavíssimas palavras:
“Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”.

Amados irmãos, aproveitai dessas lições;
é difícil o praticá-las, porém, a alma colhe delas imenso bem.
Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço:
“Amai-vos” e vereis a Terra em breve transformada num Paraíso onde as almas dos justos virão repousar.

Texto: Mensagem mediúnica assinada por Fénelon. (Bordéus, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Tempo para os filhos

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 20, 2011 10:37 pm

Tempo para os filhos

Uma nota publicada em o jornal O globo, alertou que o tempo que os pais dedicam aos filhos está diminuindo.
Segundo um psiquiatra infantil, o convívio diário entre mães e filhos, nas grandes cidades, não ultrapassa duas horas.
E há trinta anos, o número era de dez horas.

A mesma coisa acontece nos países ricos.
Nos Estados Unidos, mais de dez milhões de crianças costumam ficar sozinhas em casa.
Na Itália, em Bolonha, um pesquisador de nome Ernesto Caffo criou um serviço para receber denúncias de violência contra menores.

De forma surpreendente, um terço das ligações era de crianças sozinhas à noite, que pediam para conversar.
A poetisa Gabriela Mistral, chamando a atenção a respeito do descuido para com os pequenos, diz: Somos culpados de muitos erros e muitas falhas.

Mas o pior crime é abandonar as crianças, desprezando a fonte da vida.
Muitas das coisas que precisamos podem esperar. A criança não pode.
É exactamente agora que seus ossos estão se formando, seu sangue é produzido, e seus sentidos estão se desenvolvendo.

Para ela não podemos responder amanhã. Seu nome é hoje.
Ante tais considerações, verifiquemos como anda nossa permanência com nossos filhos.
Considerando, é claro, tanto a quantidade quanto a qualidade dessas horas.
Se dispomos de pouco tempo com nossos filhos, busquemos aproveitar ao máximo esse tempo.

Por isso, em vez de assistir televisão juntos, vamos passear juntos.
Vamos andar de bicicleta, jogar bola.
Ouvir as histórias das crianças.

A maravilhosa encenação que é um dia infantil.
Tenhamos paciência e tempo para ouvir todos os detalhes.
Da borboleta que pousou na rosa até o gato que subiu na mesa e lambeu o pão com doce.

Existem pais que não conseguem entender o que seus filhos falam quando esses começam a dizer as primeiras palavras, a comunicarem-se. Precisam de um tradutor, que normalmente é a babá.

Isso é resultado da falta de convívio entre os pais e os filhos.
Estejamos atentos.
Dediquemos todos os momentos possíveis aos nossos filhos.
Aprendamos a fazer muitas coisas em conjunto.

Aproveitemos todos os tempinhos.
Enquanto lavamos o carro a quatro mãos, pai e filho, conversemos a respeito da escola, das suas vontades, dos seus anseios.

E não nos esqueçamos de criar tempo para ouvir, falar, conversar, trocar ideias.
Dediquemos um dia, em sete, na semana, para ouvir o coração do nosso filho bater compassado e nos confidenciar o que ele almeja para si, para sua vida, para o mundo.

Organize a sua vida.
Reconsidere as suas atitudes perante a existência, melhorando-as.
Não se envolva tanto com o trabalho profissional ao ponto de seus filhos não terem espaço para estar com você.

Conseguir recursos para manter a família é louvável, mas se você não passar valores reais aos seus filhos, eles não conseguirão administrar os bens que lhes chegam às mãos.

Cultive, portanto, o amor, o diálogo, o carinho pois o homem não consegue viver sem emoção, sentimento, ideais e virtudes.

Momento Espírita, com base nas notas A criança não pode esperar e Menos tempo para os filhos, do Jornal O sol nascente, de abril de 2000.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A LIÇÃO DA SEMENTE

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 20, 2011 10:38 pm

A LIÇÃO DA SEMENTE

Diante da perplexidade dos ouvintes, falou Jesus, convincente:
- Em verdade é muito difícil vencer os aflitivos cuidados da vida humana.
Para onde se voltem nossos olhos, encontramos a guerra, a incompreensão, a injustiça e o sofrimento.

No Templo, que é o Lar do Senhor, comparecem o orgulho e a vaidade nos ricos, o ódio e a revolta nos pobres.
Nem sempre é possível trazer o coração puro e limpo, como seria de desejar, porque há espinheiros, lamaçais e serpentes que nos rodeiam.

Entretanto, a ideia do Reino Divino é assim como a semente minúscula do trigo.
Quase imperceptível é lançada à terra, suportando-lhe o peso e os detritos, mas, se germina, a pressão e as impurezas do solo não lhe paralisam a marcha.

Atravessa o chão escuro e, embora dele retire em grande parte o próprio alimento, o seu impulso de procurar a luz de cima é dominante.
Desde então, haja sol ou chuva, faça dia ou noite, trabalha sem cessar no próprio crescimento e, nessa ânsia de subir, frutifica para o bem de todos.

O aprendiz que sentiu a felicidade do avivamento interior, qual ocorre à semente do trigo, observa que longas raízes o prendem às inibições terrestres…

Sabe que a maldade e a suspeita lhe rondam os passos, que a dor é ameaça constante;
todavia, experimenta, acima de tudo, o impulso de ascensão e não mais consegue deter-se.
Age constantemente na esfera de que se fez peregrino, em favor do bem geral.

Não encontra seduções irresistíveis nas flores da jornada.
O reencontro com a Divindade, de que se reconhece venturoso herdeiro, constitui-lhe objectivo imutável e não mais descansa, na marcha, como se uma luz consumidora e ardente lhe torturasse o coração.

Sem perceber, produz frutos de esperança, bondade, amor e salvação, porque jamais recua para contar os benefícios de que se fez instrumento fiel.
A visão do Pai é a preocupação obcecante que lhe vibra na alma de filho saudoso.

O Mestre silenciou por momentos e concluiu:
- Em razão disso, ainda que o discípulo guarde os pés encarcerados no lodo da Terra, o trabalho infatigável no bem, no lugar em que se encontra, é o traço indiscutível de sua elevação.

Conheceremos as árvores pelos frutos e identificaremos o operário do Céu pelos serviços em que se exprime.

A essa altura, Pedro interferiu, perguntando:
- Senhor: que dizer, então, daqueles que conhecem os sagrados princípios da caridade e não os praticam?
Esboçou Jesus manifesta satisfação no olhar e elucidou:
- Estes, Simão, representam sementes que dormem, apesar de projectadas no seio dadivoso da terra. Guardarão consigo preciosos valores do Céu, mas jazem inúteis por muito tempo.

Estejamos, porém, convictos de que os aguaceiros e furacões passarão por elas, renovando-lhes a posição no solo, e elas germinarão, vitoriosas, um dia.

Nos campos de Nosso Pai, há milhões de almas assim, aguardando as tempestades renovadoras da experiência, para que se dirijam à glória do futuro.

Auxiliemo-las com amor e prossigamos, por nossa vez, mirando a frente!

Em seguida, ante o silêncio de todos, Jesus abençoou a pequena assembleia familiar e partiu.

Neio Lúcio/Chico Xavier
Livro: “Jesus no Lar”

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A PACIÊNCIA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 20, 2011 10:39 pm

A PACIÊNCIA

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos;
não vos aflijais, pois, quando sofrerdes;
antes, bendizei de Deus omnipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede pacientes.
A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.
A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas.

Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória:
a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei.
Compõem-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir.
Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores.

O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos!
Tendes no Cristo o vosso modelo.

Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro.

Sede, pois, pacientes, sede cristãos.
Essa palavra resume tudo.

Texto: "Um Espírito Amigo (Havre, 1862)".
Livro: "O Evangelho Segundo o Espiritismo"

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty A PRIMEIRA SESSÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 20, 2011 10:39 pm

A PRIMEIRA SESSÃO

De princípios de 1920 a 1927, Chico não mais conseguiu avistar-se pessoalmente com o Espírito de Dona Maria João de Deus.
Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja.
Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões.

Terminara o curso primário no Grupo Escolar "São José", de Pedra Leopoldo em 1923, levantando-se às seis da manhã para começar às sete as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde para sair às onze da noite.

O trabalho, porém, era exaustivo e, em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite, com o salário de treze cruzeiros por mês.

Entretanto, continuavam as perturbações nocturnas.
Depois de dormir, caía em transes surpreendentes.
Perambulava pela casa falava em voz alta, dava notícias de pessoas que sofriam no Além, mantinha longas conversações, cujo fio era impenetrável aos familiares aflitos...

Em 1927, porém, eis que a sua irmã D. Maria da Conceição Xavier, hoje mãe de família, cai doente.
Era um doloroso processo de obsessão.
Tratada carinhosamente pelo confrade Sr. José Hermínio Perácio, que actualmente reside em Belo Horizonte, a jovem curou-se.

Foi assim que se realizou a primeira sessão espírita no lar da família Xavier, em Pedra Leopoldo.
Perácio, na direcção, pronunciava vibrante prece.

Na mesa, dois livros.
Eram eles:
“ O Evangelho Segundo o Espiritismo" e “ O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.

O Espírito de Dona Maria João de Deus comparece e grafa longa mensagem aos filhos presentes, através da médium D. Carmem Pena Perácio, devotada esposa do companheiro a que nos referimos.

Reporta-se a cada filho, de maneira particular.

E, dirigindo-se ao Chico, comove-o, escrevendo:
- Chico, meu filho, eis que nos achamos mais juntos, novamente.

Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz.
Estude-os, cumpra os seus deveres e, em breve,a Bondade Divina nos permitirá mostrar a você os seus novos caminhos.

E assim realmente aconteceu.

Livro: “Lindos Casos de Chico Xavier”, de Ramiro Gama

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty O garoto do terminal

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 21, 2011 10:59 am

O garoto do terminal

Terminal de ónibus.
Manhã de frio e neblina forte. Muitos se acotovelam, aguardando a condução que os haverá de conduzir ao trabalho ou à escola.
Entre tantos, alguém chama a atenção da jovem que também aguarda.

É um menino de uns dez anos, não mais.
Pele morena, blusa de lã, cabelos cortados rente. Olhos pequenos, infinitamente pretos, agitando-se nas órbitas.
Vez ou outra, de forma quase contínua, ele levava a mão esquerda à boca e ela percebia que ele estava cheirando cola.

Era um viciado.
Tão pequeno, tão indefeso e penetrando já por vielas tão obscuras.

Poderia ser meu filho, pensou a jovem.
Não fosse eu a mãe dedicada e que tem a possibilidade de deixar o próprio rebento aos cuidados de pessoa nobre, enquanto trabalho.

Poderia ser meu filho, continua a pensar ela.
Não estivesse eu, aqui na Terra, ao lado do filho de minhas entranhas.

Poderia ser meu filho se eu não desfrutasse dos valores dignificantes que o cristianismo propõe e que repasso a cada dia, para meu filho.

Sentiu que as lágrimas lhe chegavam aos olhos.
Onde estaria a mãe daquela criança?
Saberia o que seu filho estava fazendo àquela hora da manhã?

Seu olhar encontrou o do pequeno, que logo desviou os seus dos olhos dela, incomodado.

Ela cedeu ao impulso e se aproximou.
Ele se retraiu. Estranha cena.
Ela estendeu a mão e lhe acariciou a face, depois a orelha.

Achegou-se bem perto e começou a lhe falar ao ouvido.
Falava tão baixo e de forma tão doce, que chamou a atenção do companheiro do garoto que também se aproximou, desejando ouvir.

Ela lhe falou dos perigos da droga, dos problemas que ela lhe causaria ao cérebro tão novo.
Problemas para o restante da sua vida.
Depois foram palavras de afago, de ternura que brotaram daqueles lábios jovens.

Palavras que lhes acenavam com esperança e reconforto.
Os meninos ouviram nos primeiros instantes.
Depois se tornaram desconfiados e pulando a amurada, debandaram.

O carinho dela os havia afugentado.
Pequenas aves assustadas, sem ninho.
Acostumadas a pedradas, a olhares de reprovação e impiedade, não podiam imaginar que aquela pessoa falasse a verdade.

Assustaram-se como aves que fogem aos passos apressados dos caminhantes nas calçadas.
A jovem ainda ficou ali um tanto mais, acompanhando-os com o olhar, até os ver sumirem no mar da multidão.

Poderia ser meu filho, falou para si mesma, não estivesse ele protegido em meu lar, sob os afagos do carinho e os cuidados da maternidade e paternidade responsáveis.

Enquanto prosseguimos nos digladiando em nome de ideias diferentes a respeito desse ou daquele ponto de vista, sobre esta ou aquela forma de interpretação das passagens evangélicas, a morte ronda os passos dos filhos de ninguém.

Muitos deles não chegarão à juventude, porque têm a infância agredida e os anos roubados pela droga.
Enquanto isso, o apelo de Jesus prossegue:
Deixai que venham a mim os pequeninos, e não os impeçais...
E qualquer dessas coisas que fizerdes a um desses pequeninos, a mim mesmo o fazeis...


Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty AVISO A VOCÊ

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 21, 2011 11:00 am

AVISO A VOCÊ

Aprenda a admoestar-se, antes que a vida admoeste a você.

Se o seu problema é alimentar-se excessivamente, exponha na mesa está legenda escrita, diante dos olhos:
- Devo moderar meu apetite.

Se a sua luta decorre da preguiça, dependure este dístico à frente do próprio leito para a reflexão cada manhã:
- Devo trabalhar honestamente.

Se a sua intranquilidade surge da irritação sistemática, coloque este aviso em evidência no lar para observação incessante:
- Devo governar minhas emoções.

Se o seu impedimento irrompe de vícios arraigados, carregue consigo um cartão com esta lembrança breve:
- Devo renovar-me.

Se o seu caso difícil é a inquietação sexual, traga no pensamento este aviso constante:
- Devo controlar meus impulsos.

Se o seu ponto frágil está na palavra irreflectida, espalhe este memorando em torno de seus passos:
- Devo falar caridosamente.

Não acredite em liberdade incondicional.
Todo direito está subordinado a determinado dever.
Ninguém abusa sem consequências.

Repare os sistemas penalógicos da vida funcionando espontaneamente.
Enfermidades compartilham excessos...
Obsessões cavalgam desequilíbrios...

Cárceres segregam a delinquência...
Reencarnações expiatórias acompanham desatinos...
Corrijamos a nós mesmos, antes que o mundo nos corrija.

Todos sabemos proclamar os méritos do pensamento positivo, entretanto, não há pensamento positivo para o bem sem pensamento recto.

O tempo é aquele orientador incansável que ensina a cada um de nós, hoje, amanhã e sempre que ninguém pode realmente brincar de viver.

ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER
LIVRO: "IDEAL ESPÍRITA"

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty À MÃE SANTÍSSIMA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 21, 2011 11:01 am

À MÃE SANTÍSSIMA

Mãe Santíssima!...

Enquanto as mães do mundo são reverenciadas, deixa te recordemos a pureza incomparável e o exemplo sublime...

Soberana, que recebeste na palha singela o Redentor da Humanidade, sem te rebelares contra as mães felizes, que afagavam espíritos criminosos em palácios de ouro, ensina-nos a entesourar as bênçãos da humanidade.

Lâmpada de ternura, que apagaste o próprio brilho para que a luz do Cristo fulgurasse entre os homens, ajuda-nos a buscar na construção do bem para os outros o apoio de nossa própria felicidade.

Benfeitora, que te desvelaste, incessantemente, pelo Mensageiro da Eterna Sabedoria, sofrendo-lhe as dores e compartilhando-lhe as dificuldades, sem qualquer pretensão de furtá-lo aos propósitos de Deus, auxilia-nos a extirpar do sentimento as raízes do egoísmo e da crueldade com que tantas vezes tentamos reter na inconformação e no desespero os corações que mais amamos.

Senhora, que viste na cruz da morte o Filho Divino, acompanhando-lhe a agonia com as lágrimas silenciosas de tua dor, sem qualquer sinal de reclamação contra os poderes do Céu e sem qualquer expressão de revolta contra as criaturas da Terra, conduz-nos para a fé que redime e para a renúncia que eleva.

Missionária, salva-nos do erro.
Anjo, estende sobre nós as níveas asas!...
Estrela, clareia-nos a estrada com teu lume...
Mãe querida, agasalha-nos a existência em teu manto constelado de amor!...

E que todas nós, mulheres desencarnadas e encarnadas em serviço na Terra, possamos repetir, diante de Deus, cada dia, a tua oração de suprema felicidade:
“- Senhor, eis aqui tua serva, cumpra-se em mim segundo a tua palavra”.

Anália Franco / Chico Xavier.
Livro: “Vozes do Grande Além”.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty PAULO E ESTEVÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 21, 2011 11:04 am

"PAULO E ESTEVÃO" (I)

Chico precisava trabalhar.
E trabalhava muito para cumprir o combinado com Emmanuel.
Em 1941, colocou no papel uma de suas obras preferidas, ‘Paulo e Estevão’, ditada por seu guia.

Durante oito meses, ele se trancou no porão da casa do patrão Rómulo Joviano, na Fazenda Modelo, após o expediente.

Todas as noites, das 17:15 à 1:00, desfilaram, diante de seus olhos, numa tela imaginária, cenas de dois mil anos atrás, sequências da vida dos apóstolos de Cristo, imagens da Roma antiga.

O trabalho era pesado.
Chico preenchia as páginas em branco com textos assinados por seu guia, passava a limpo os originais, dactilografava tudo na máquina emprestada pelo patrão e apagava

o que tinha escrito a lápis para reaproveitar o papel.
O salário continuava curto.

A mulher de Rômulo, Wanda Joviano, mandava uma empregada lhe servir um lanche e escalava um funcionário para deixar o rapaz em casa de charrete.
Havia apenas uma condição: ele deveria estar de volta, pontualmente, às 7:30 no dia seguinte.

Enquanto escrevia ‘Paulo e Estevão’, Chico teve um companheiro constante e compenetrado: um sapo enorme.
No início, o rapaz olhou desconfiado para o bicho. Emmanuel acalmou o protegido.

O animal também era filho de Deus, uma forma de transição.
Chico se acostumou com o espectador, embora o achasse estranho.

Todas as tardes, o bicho o esperava na entrada do porão, acompanhava-o até a mesa e ficava quieto num canto.
Quando o escritor saía, ele saía junto e sumia no mato.
No dia seguinte, estava lá, a postos, pronto para outra.

Chico teve crises de choro durante os oito meses de trabalho.
Quando pingou o ponto final na obra, viu um espírito desmontar uma espécie de painel, que transformava aquele cómodo numa cabine isolada do mundo.

Começou a sentir saudades dos personagens do livro, saudades da viagem no tempo, gratidão a Emmanuel.

Precisava agradecer.
Correu os olhos pelo quarto subterrâneo e deparou com o sapo. Tudo resolvido.

Encarou o animal e garantiu:
- Irmão sapo, a graça divina há também de brilhar para você.

Daquele dia em diante o bicho sumiu.

“As Vidas de Chico Xavier”
Marcel Souto Maior – Editora Rocco Ltda

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126697
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 8 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 8 de 41 Anterior  1 ... 5 ... 7, 8, 9 ... 24 ... 41  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos