ARTIGOS DIVERSOS I
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Espiritismo só se aprende com disciplina e muito estudo
A casa espírita deve ser impreterivelmente um centro formador da educação moral e espiritual e ser um santuário de oração e de serviço fraterno.
Os aspirantes à prática da mediunidade necessitam ter consciência de que se deparam perante uma das mais sérias obrigações espirituais com a vida.
Antes de serem fixados nas reuniões mediúnicas, os médiuns precisam cientificar-se, com segurança e discernimento, do que seja o Espiritismo.
Contudo, quase sempre os candidatos à tarefa mediúnica desconhecem os princípios fundamentais deixados por Allan Kardec nas obras basilares e nas instruções complementares.
Isso equivale afirmar que não se pode falar em ensino espírita, sem partirmos dos seus pressupostos básicos, ou seja, do acervo que existe nos livros da Codificação.
Kardec sistematizou o Projeto da Terceira Revelação e criou além de muito outros, os vocábulos Espiritismo e Espírita.
Em o “Projecto 1868”, o Codificador esclarece que “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios.
Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos e capazes de espalhar as ideias espíritas, além de desenvolver grande número de médiuns.
“Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas consequências”. (1)
A rigor, em uma Casa Espírita equilibrada, o estudo doutrinário deve ter prioridade número UM.
Essa é a ÚNICA maneira de os grupos espíritas funcionarem de forma harmónica.
No Brasil um grande impulso para os bons estudos doutrinários aconteceu com o aparecimento do médium Chico Xavier, onde destacamos, em meados do século passado, os 16 livros da série “A Vida no Mundo Espiritual”.
Pois é! André Luiz não deve ser apenas lido. Para um melhor aprendizado, suas obras devem ser estudadas em profundidade.
Há também as contribuições preciosas de Yvonne A. Pereira, Pedro Franco Barbosa, Deolindo Amorim, Zilda Gama, Cairbar Schutel.
O Centro Espírita deve ser a universidade da alma, portanto, tanto quem ensina como quem aprende, deve se compenetrar de suas responsabilidades perante si mesmo e perante os outros.
Adverte o Espírito de Verdade: “Espíritas:
amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.(2)
Obviamente a obrigatoriedade pelo estudo deve ser relativizado, pois muitos confrades não sabem ler e nem escrever.
A relação ensino-aprendizagem é de grande utilidade, tanto para o instrutor como para o aprendiz.
Contudo, não se pode transformar o ensino-aprendizagem doutrinário em um acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.
Aprender Espiritismo requer atenção contínua, observação profunda e, sobretudo, como todas as ciências humanas, a continuidade e a perseverança.
É necessário muitos anos para a formação de um médico medíocre e algumas reencarnações para edificação de um sábio, por isso Kardec lembra que muitos querem obter, em algumas horas, a Ciência do infinito!
Que ninguém, portanto, se iluda:
“O estudo do Espiritismo é imenso; liga-se a todas as questões metafísicas e de ordem social; é todo um mundo que se abre diante de nós.
Será de espantar que exija tempo, e muito tempo, para a sua realização? ” (3)
Os aspirantes à prática da mediunidade necessitam ter consciência de que se deparam perante uma das mais sérias obrigações espirituais com a vida.
Antes de serem fixados nas reuniões mediúnicas, os médiuns precisam cientificar-se, com segurança e discernimento, do que seja o Espiritismo.
Contudo, quase sempre os candidatos à tarefa mediúnica desconhecem os princípios fundamentais deixados por Allan Kardec nas obras basilares e nas instruções complementares.
Isso equivale afirmar que não se pode falar em ensino espírita, sem partirmos dos seus pressupostos básicos, ou seja, do acervo que existe nos livros da Codificação.
Kardec sistematizou o Projeto da Terceira Revelação e criou além de muito outros, os vocábulos Espiritismo e Espírita.
Em o “Projecto 1868”, o Codificador esclarece que “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios.
Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos e capazes de espalhar as ideias espíritas, além de desenvolver grande número de médiuns.
“Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas consequências”. (1)
A rigor, em uma Casa Espírita equilibrada, o estudo doutrinário deve ter prioridade número UM.
Essa é a ÚNICA maneira de os grupos espíritas funcionarem de forma harmónica.
No Brasil um grande impulso para os bons estudos doutrinários aconteceu com o aparecimento do médium Chico Xavier, onde destacamos, em meados do século passado, os 16 livros da série “A Vida no Mundo Espiritual”.
Pois é! André Luiz não deve ser apenas lido. Para um melhor aprendizado, suas obras devem ser estudadas em profundidade.
Há também as contribuições preciosas de Yvonne A. Pereira, Pedro Franco Barbosa, Deolindo Amorim, Zilda Gama, Cairbar Schutel.
O Centro Espírita deve ser a universidade da alma, portanto, tanto quem ensina como quem aprende, deve se compenetrar de suas responsabilidades perante si mesmo e perante os outros.
Adverte o Espírito de Verdade: “Espíritas:
amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.(2)
Obviamente a obrigatoriedade pelo estudo deve ser relativizado, pois muitos confrades não sabem ler e nem escrever.
A relação ensino-aprendizagem é de grande utilidade, tanto para o instrutor como para o aprendiz.
Contudo, não se pode transformar o ensino-aprendizagem doutrinário em um acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.
Aprender Espiritismo requer atenção contínua, observação profunda e, sobretudo, como todas as ciências humanas, a continuidade e a perseverança.
É necessário muitos anos para a formação de um médico medíocre e algumas reencarnações para edificação de um sábio, por isso Kardec lembra que muitos querem obter, em algumas horas, a Ciência do infinito!
Que ninguém, portanto, se iluda:
“O estudo do Espiritismo é imenso; liga-se a todas as questões metafísicas e de ordem social; é todo um mundo que se abre diante de nós.
Será de espantar que exija tempo, e muito tempo, para a sua realização? ” (3)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126629
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Há aqueles que priorizam, unicamente, o serviço de assistência social a fim de se elevar na categoria de espírita completo e excelente médium. Entretanto, reflictamos com o Convertido de Damasco na obra Paulo e Estêvão:
“É justo não esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e aos necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação.
Existem, porém, outros sectores de actividade, outros horizontes essenciais.
Poderemos atender a muitos pobres, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados, na Terra.
Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar.
Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado”.(4)
Estamos diante do confronto entre a fome física e a ignorância espiritual – dois dos grandes flagelos da Humanidade.
Qualquer pessoa de forma automática pode socorrer à fome material.
Mas, raras criaturas conseguem socorrer a ignorância do espírito.
Para sanar a fome do corpo físico, basta ofertar o pão.
Para suprimir a ignorância do espírito é indispensável fazer luz.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, p. 342.
[2] Kardec, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999, cap. VI – O Cristo Consolador, Espírito de Verdade.
[3] Kardec, Allan. “O Livro dos Espíritos”, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. XIII – As divergências de linguagem.
[4] Xavier, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, Ditado pelo Espirito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1978, pág 326.
§.§.§- Ave sem Ninho
“É justo não esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e aos necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação.
Existem, porém, outros sectores de actividade, outros horizontes essenciais.
Poderemos atender a muitos pobres, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados, na Terra.
Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar.
Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado”.(4)
Estamos diante do confronto entre a fome física e a ignorância espiritual – dois dos grandes flagelos da Humanidade.
Qualquer pessoa de forma automática pode socorrer à fome material.
Mas, raras criaturas conseguem socorrer a ignorância do espírito.
Para sanar a fome do corpo físico, basta ofertar o pão.
Para suprimir a ignorância do espírito é indispensável fazer luz.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, p. 342.
[2] Kardec, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999, cap. VI – O Cristo Consolador, Espírito de Verdade.
[3] Kardec, Allan. “O Livro dos Espíritos”, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. XIII – As divergências de linguagem.
[4] Xavier, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, Ditado pelo Espirito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1978, pág 326.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Respostas da Vida - Parte 9
André Luiz
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. A gentileza no trato com as pessoas deve ser cultivada?
Evidentemente. É importante adicionar esperança e optimismo à conversação, falar motivando as criaturas para o bem, observar respeito pelas tarefas alheias e, em especial, ser gentil com todas as pessoas.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
B. Condenar o próximo é algo que devemos evitar sempre?
Sim. A existência humana é uma colecção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior.
Quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
C. Existe distinção entre misericórdia e perdão?
Segundo André Luiz, sim.
Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.
Mas a misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
Texto para leitura
179. Minidepósitos – Uma frase de louvor para quem trabalha.
Silenciar reclamações mesmo justas.
Abster-se de falar em momentos de irritação.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
180. Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
181. Adicionar esperança e optimismo à conversação.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
182. Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.
Evitar perguntas claramente desnecessárias.
Calar os defeitos do próximo.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
183. Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.
Silenciar gracejos e ironias.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
184. Falar motivando as criaturas para o bem.
Cultivar gentileza.
Observar respeito pelas tarefas alheias.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
185. Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência nos assuntos que lhes pertençam à vida.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
186. Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
187. Querer os amigos em regime de liberdade.
Prestar serviço espontâneo.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. A gentileza no trato com as pessoas deve ser cultivada?
Evidentemente. É importante adicionar esperança e optimismo à conversação, falar motivando as criaturas para o bem, observar respeito pelas tarefas alheias e, em especial, ser gentil com todas as pessoas.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
B. Condenar o próximo é algo que devemos evitar sempre?
Sim. A existência humana é uma colecção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior.
Quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
C. Existe distinção entre misericórdia e perdão?
Segundo André Luiz, sim.
Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.
Mas a misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
Texto para leitura
179. Minidepósitos – Uma frase de louvor para quem trabalha.
Silenciar reclamações mesmo justas.
Abster-se de falar em momentos de irritação.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
180. Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
181. Adicionar esperança e optimismo à conversação.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
182. Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.
Evitar perguntas claramente desnecessárias.
Calar os defeitos do próximo.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
183. Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.
Silenciar gracejos e ironias.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
184. Falar motivando as criaturas para o bem.
Cultivar gentileza.
Observar respeito pelas tarefas alheias.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
185. Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência nos assuntos que lhes pertençam à vida.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
186. Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
187. Querer os amigos em regime de liberdade.
Prestar serviço espontâneo.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
188. Auxiliar sem ferir. Admirar sem invejar.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
189. Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
190. Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
191. Prestar alguns instantes de presença afectuosa onde alguém necessite de reconforto.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
192. Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
193. Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer.
Evitar complicações.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
194. Experimente lançar estes mini-depósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
195. Desculpar – Desculpe e você compreenderá.
Onde existe amor não há lugar para ressentimento.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
196. Ao colocar-se na condição de quem erra, seja qual seja o problema, de imediato você notará que a compaixão nos dissolve qualquer sombra de crítica.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
197. A existência humana é uma colecção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior; quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
198. Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.
Às vezes, aquilo que parece ofensa é o socorro oculto do Mundo Espiritual em seu benefício.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
199. A misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
200. Em muitas ocasiões a Divina Providência nos permite erro para que aprendamos a perdoar.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
201. A indulgência é a fonte que lava os venenos da culpa.
Perdão é a fórmula da paz.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
202. Aprendamos a tolerar, para que sejamos tolerados.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
§.§.§- Ave sem Ninho
(Respostas da Vida, cap. 21.)
189. Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
190. Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
191. Prestar alguns instantes de presença afectuosa onde alguém necessite de reconforto.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
192. Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
193. Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer.
Evitar complicações.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
194. Experimente lançar estes mini-depósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.
(Respostas da Vida, cap. 21.)
195. Desculpar – Desculpe e você compreenderá.
Onde existe amor não há lugar para ressentimento.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
196. Ao colocar-se na condição de quem erra, seja qual seja o problema, de imediato você notará que a compaixão nos dissolve qualquer sombra de crítica.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
197. A existência humana é uma colecção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior; quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
198. Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.
Às vezes, aquilo que parece ofensa é o socorro oculto do Mundo Espiritual em seu benefício.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
199. A misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
200. Em muitas ocasiões a Divina Providência nos permite erro para que aprendamos a perdoar.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
201. A indulgência é a fonte que lava os venenos da culpa.
Perdão é a fórmula da paz.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
202. Aprendamos a tolerar, para que sejamos tolerados.
(Respostas da Vida, cap. 22.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Respostas da Vida - Parte 10
André Luiz
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. Qual é, em nossa vida, a importância de nossos pensamentos?
Têm os pensamentos importância fundamental em nossa vida, que será sempre o que estejamos mentalizando constantemente.
Em razão disso, diz André Luiz, qualquer mudança real em nossos caminhos virá unicamente da mudança dos nossos pensamentos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
B. Qual é o melhor caminho para a libertação?
É o trabalho, seja qual for a vicissitude, seja qual for o sofrimento por que estejamos passando.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
C. Que fazer quando tudo pareça estar contra nós?
A respeito dessa questão, André Luiz é directo e taxativo:
“Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está connosco e de que amanhã será outro dia”.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
Texto para leitura
203. Pensar – O pensamento é a nossa capacidade criativa em acção.
Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.
A ideia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
204. A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente.
Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
205. Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de ideias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.
As leis do destino carrearão de volta a você tudo aquilo que você pense.
Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione connosco, tanto no que se refere ao bem, quanto ao mal.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
206. Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui, tudo aquilo que faz parte do seu dia a dia.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
207. Deus é Amor e não pune criatura alguma.
A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
208. Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
209. O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. Qual é, em nossa vida, a importância de nossos pensamentos?
Têm os pensamentos importância fundamental em nossa vida, que será sempre o que estejamos mentalizando constantemente.
Em razão disso, diz André Luiz, qualquer mudança real em nossos caminhos virá unicamente da mudança dos nossos pensamentos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
B. Qual é o melhor caminho para a libertação?
É o trabalho, seja qual for a vicissitude, seja qual for o sofrimento por que estejamos passando.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
C. Que fazer quando tudo pareça estar contra nós?
A respeito dessa questão, André Luiz é directo e taxativo:
“Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está connosco e de que amanhã será outro dia”.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
Texto para leitura
203. Pensar – O pensamento é a nossa capacidade criativa em acção.
Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.
A ideia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
204. A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente.
Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
205. Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de ideias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.
As leis do destino carrearão de volta a você tudo aquilo que você pense.
Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione connosco, tanto no que se refere ao bem, quanto ao mal.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
206. Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui, tudo aquilo que faz parte do seu dia a dia.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
207. Deus é Amor e não pune criatura alguma.
A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
208. Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
209. O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
210. Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo de nós que dermos aos outros, receberemos dos outros centuplicadamente.
(Respostas da Vida, cap. 23.)
211. Trabalhar – Se você acredita no valor da preguiça, olhe a água parada.
Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.
Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
212. Diante de qualquer sofrimento o trabalho é o nosso melhor caminho para a libertação.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
213. Não se aborreça se alguns companheiros lhe abandonaram a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
214. O que você faz é aquilo que você tem.
A força está com a razão, mas a razão está do lado de quem trabalha.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
215. Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio que oferece complemento a todos eles.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
216. Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
217. O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor na acção que o realiza.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
218. Talvez hoje – Talvez hoje surja quem procure ditar-lhe o que você precisa fazer; entretanto, embora agradecendo as elogiáveis intenções de quem lhe oferece pontos de vista, ouça, antes de tudo, a sua própria consciência quanto ao dever que lhe cabe.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
219. É possível apareça algum coração amigo impondo-lhe quadros de pessimismo e perturbação, relativamente às dificuldades do mundo; compadecendo-se, porém da criatura que se entrega ao derrotismo e ao desânimo, você observará a renovação para o bem que a Sabedoria Divina promove em toda parte.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
220. É provável que essa ou aquela pessoa queira impor a você ideias de fadiga e doenças; mas conquanto a sua gratidão aos que lhe desejem bem-estar, você prosseguirá trabalhando e servindo ao alcance de suas forças.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
221. Possivelmente hoje notícias menos agradáveis venham a suscitar-lhe inquietações e traçar-lhe problemas; no entanto, você conservará a própria paz e não se desligará das suas orações e pensamentos de optimismo e esperança. (Respostas da Vida, cap. 25.)
222. Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está connosco e de que amanhã será outro dia.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
§.§.§- Ave sem Ninho
(Respostas da Vida, cap. 23.)
211. Trabalhar – Se você acredita no valor da preguiça, olhe a água parada.
Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.
Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
212. Diante de qualquer sofrimento o trabalho é o nosso melhor caminho para a libertação.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
213. Não se aborreça se alguns companheiros lhe abandonaram a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
214. O que você faz é aquilo que você tem.
A força está com a razão, mas a razão está do lado de quem trabalha.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
215. Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio que oferece complemento a todos eles.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
216. Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
217. O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor na acção que o realiza.
(Respostas da Vida, cap. 24.)
218. Talvez hoje – Talvez hoje surja quem procure ditar-lhe o que você precisa fazer; entretanto, embora agradecendo as elogiáveis intenções de quem lhe oferece pontos de vista, ouça, antes de tudo, a sua própria consciência quanto ao dever que lhe cabe.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
219. É possível apareça algum coração amigo impondo-lhe quadros de pessimismo e perturbação, relativamente às dificuldades do mundo; compadecendo-se, porém da criatura que se entrega ao derrotismo e ao desânimo, você observará a renovação para o bem que a Sabedoria Divina promove em toda parte.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
220. É provável que essa ou aquela pessoa queira impor a você ideias de fadiga e doenças; mas conquanto a sua gratidão aos que lhe desejem bem-estar, você prosseguirá trabalhando e servindo ao alcance de suas forças.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
221. Possivelmente hoje notícias menos agradáveis venham a suscitar-lhe inquietações e traçar-lhe problemas; no entanto, você conservará a própria paz e não se desligará das suas orações e pensamentos de optimismo e esperança. (Respostas da Vida, cap. 25.)
222. Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está connosco e de que amanhã será outro dia.
(Respostas da Vida, cap. 25.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Reflexões sobre a “Ingratidão dos filhos e os laços de família”
Se formos observar, em toda a Obra Kardequiana as mensagens de Aurélio Agostinho se relacionam sempre com a família, porque Santo Agostinho passou por sérios problemas familiares durante sua vida.
Em primeiro lugar com relação ao seu pai, Patrício.
O pai de Santo Agostinho era um homem complicado, com uma vida um pouco desregrada e um tanto quanto livre.
Patrício era funcionário na prefeitura de Tagaste - na época província romana, hoje é a atual Argélia - mas ele se interessava pelo filho, notava que Aurélio Agostinho era muito inteligente, e queria que ele fosse estudar, fazer um curso, como a maioria dos pais desejam para seus filhos.
Graças à generosidade de um amigo de grandes posses de seu pai, chamado Romaniano, Aurélio Agostinho foi enviado para a cidade de Cartago, também na África, para estudar retórica.
Nesse meio tempo, Agostinho arranjou uma namorada com a qual teve um filho chamado Adeodato (que significa a presença de Deus), que ele assumiu prontamente.
E isso é da mais alta importância, porque nos sabemos que dentro da Doutrina Espírita, espíritos como Emmanuel, André Luiz e outros que comunicaram através de Chico Xavier, sempre chamaram a atenção para o sexo responsável.
Agostinho, portanto, assumiu e cuidou do menino.
Mas a mãe de Aurélio Agostinho - Mónica, posteriormente, Santa Mónica - tinha uma ligação muito grande com ele; não diríamos incestuosa, mas uma ligação que Freud explicou com certa clareza em seu Complexo de Édipo.
Ela se preocupava com exagero e ficou completamente arrasada com aquela situação do filho.
Mónica pertencia à raça berbere, que até hoje existe no norte da África, de nómadas, e ela, mulher muito complicada, carregava certos costumes, como, por exemplo, levar comida para os familiares que haviam morrido colocando em suas sepulturas.
Aurélio Agostinho procurou de todas as formas, fazer com que sua mãe mudasse seu comportamento apegado, suas atitudes, mas em vão.
A única coisa solução que ele encontrou foi se transferir para Roma – ele era professor de retórica nessa época.
Mas para viajar ele teve que usar um artifício, uma mentira, que depois, com certeza, trouxe para ele um sentimento de culpa.
Quando ia viajar para a capital do império, a mãe dele, um tanto quanto desconfiada, não desgrudava do filho e, o acompanhou até o porto.
Aí então, Agostinho pediu à sua mãe que entrasse num templo que havia ali perto e fizesse uma oferenda e, disse a ela que iria até o navio ancorado levar uma “encomenda” para um amigo - era mentira.
Na embarcação já estavam a sua mulher e o filho Adeodato, aguardando para partirem rumo a Roma.
E naturalmente Agostinho não voltou.
Ele deixou sua mãe “esperando” e seguiu viagem.
Tempos depois, sua mãe, Mónica, também seguiu para Roma.
Em Roma, um grande amigo de Aurélio Agostinho, Alípio, queria que ele se casasse com uma garota de 12 anos, ele que já era um homem de 33 anos, e Agostinho falou ao amigo:
“Eu não posso fazer isso, é um absurdo!”.
E continuou com a namorada, mãe de seu filho, até que, certo dia, a senhora sua mãe chegou a Roma e exigiu que Aurélio mandasse sua mulher de volta para África e que não continuasse com aquele relacionamento de concubinato.
Veja, caro leitor, que relacionamento familiar é um assunto muito sério na vida de Santo Agostinho.
Há um livro de Aurélio Agostinho – “De Magistro” - em que o seu filho Adeodato participa do diálogo e, aí notamos que o garoto era de uma inteligência brilhante.
Adeodato morreu com 16 anos de idade.
Em primeiro lugar com relação ao seu pai, Patrício.
O pai de Santo Agostinho era um homem complicado, com uma vida um pouco desregrada e um tanto quanto livre.
Patrício era funcionário na prefeitura de Tagaste - na época província romana, hoje é a atual Argélia - mas ele se interessava pelo filho, notava que Aurélio Agostinho era muito inteligente, e queria que ele fosse estudar, fazer um curso, como a maioria dos pais desejam para seus filhos.
Graças à generosidade de um amigo de grandes posses de seu pai, chamado Romaniano, Aurélio Agostinho foi enviado para a cidade de Cartago, também na África, para estudar retórica.
Nesse meio tempo, Agostinho arranjou uma namorada com a qual teve um filho chamado Adeodato (que significa a presença de Deus), que ele assumiu prontamente.
E isso é da mais alta importância, porque nos sabemos que dentro da Doutrina Espírita, espíritos como Emmanuel, André Luiz e outros que comunicaram através de Chico Xavier, sempre chamaram a atenção para o sexo responsável.
Agostinho, portanto, assumiu e cuidou do menino.
Mas a mãe de Aurélio Agostinho - Mónica, posteriormente, Santa Mónica - tinha uma ligação muito grande com ele; não diríamos incestuosa, mas uma ligação que Freud explicou com certa clareza em seu Complexo de Édipo.
Ela se preocupava com exagero e ficou completamente arrasada com aquela situação do filho.
Mónica pertencia à raça berbere, que até hoje existe no norte da África, de nómadas, e ela, mulher muito complicada, carregava certos costumes, como, por exemplo, levar comida para os familiares que haviam morrido colocando em suas sepulturas.
Aurélio Agostinho procurou de todas as formas, fazer com que sua mãe mudasse seu comportamento apegado, suas atitudes, mas em vão.
A única coisa solução que ele encontrou foi se transferir para Roma – ele era professor de retórica nessa época.
Mas para viajar ele teve que usar um artifício, uma mentira, que depois, com certeza, trouxe para ele um sentimento de culpa.
Quando ia viajar para a capital do império, a mãe dele, um tanto quanto desconfiada, não desgrudava do filho e, o acompanhou até o porto.
Aí então, Agostinho pediu à sua mãe que entrasse num templo que havia ali perto e fizesse uma oferenda e, disse a ela que iria até o navio ancorado levar uma “encomenda” para um amigo - era mentira.
Na embarcação já estavam a sua mulher e o filho Adeodato, aguardando para partirem rumo a Roma.
E naturalmente Agostinho não voltou.
Ele deixou sua mãe “esperando” e seguiu viagem.
Tempos depois, sua mãe, Mónica, também seguiu para Roma.
Em Roma, um grande amigo de Aurélio Agostinho, Alípio, queria que ele se casasse com uma garota de 12 anos, ele que já era um homem de 33 anos, e Agostinho falou ao amigo:
“Eu não posso fazer isso, é um absurdo!”.
E continuou com a namorada, mãe de seu filho, até que, certo dia, a senhora sua mãe chegou a Roma e exigiu que Aurélio mandasse sua mulher de volta para África e que não continuasse com aquele relacionamento de concubinato.
Veja, caro leitor, que relacionamento familiar é um assunto muito sério na vida de Santo Agostinho.
Há um livro de Aurélio Agostinho – “De Magistro” - em que o seu filho Adeodato participa do diálogo e, aí notamos que o garoto era de uma inteligência brilhante.
Adeodato morreu com 16 anos de idade.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Nesta época, Agostinho entrou numa depressão muito grave e, então, ele foi para um retiro campestre pensar em sua vida, encontrar um propósito para sua vida.
Até que seu grande amigo Alípio sugeriu a ele que fosse para uma grande praça e lesse trechos das epístolas de Paulo e, assim ele fez.
Abrindo a esmo a parte das epístolas, caiu no versículo Romanos 13:13, que diz:
“Andemos honestamente, como de dia:
não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja”.
Enquanto ele lia, ouviu uma voz de criança, que ele não sabia se era uma menina ou um menino, que apenas disse:
“Toma e lê”.
Ele abriu o Evangelho e sentiu que a partir daquele momento precisava seguir o Cristo.
Havia necessidade, realmente, de mudar o rumo de sua vida.
Assim, Aurélio Agostinho recebeu o amparo do bispo daquela localidade que propiciou meios e condições para ele estudar as Escrituras Sagradas e a vida dele prosseguiu, com sua mãe junto a ele, com seu amor doentio.
É bom saber disso para que pensemos na questão do apego (exagerado) que a maioria das mães tem pelos filhos.
Sempre digo que a mãe não tem que se apegar aos filhos.
A mãe tem que valorizar o marido e, deixar os filhos, para que eles sejam filhos do mundo.
Tanto que há um médico italiano autor de um livro já traduzido para o português, em que ele cita o caso de outro médico que recebeu na condição de filho uma criança com severo retardo mental e, mesmo assim, este médico agradeceu a Deus por ter tido aquele filho, porque ele sabia que o único filho que é realmente do papai e da mamãe é aquele que tem um retardamento mental ou outras doenças incapacitantes.
Filhos saudáveis são filhos do mundo!
Em minha opinião, isso é muito importante para tomarmos cuidado com a forma como falamos dos filhos, porque, nós pais, temos a mania de dizer:
“Meu filho, minha filha” e na verdade deveríamos falar:
“Meu irmão, minha irmã” - que estão na condição actual de filho e filha.
Somos todos filhos de Deus.
A nossa mania de dizer “o meu isso, o meu aquilo” ocorre porque temos a tendência do amor possessivo.
O psicanalista alemão Erich Fromm nos mostra em seu livro a “Arte de Amar” que o amor possessivo é um amor infantil, imaturo, e este amor apenas prejudica as pessoas.
O amor verdadeiro, maduro, deixa a pessoa amada livre para que possa seguir seu caminho. É libertador.
Mas voltando a Aurélio Agostinho, quando sua mãe faleceu em Roma, houve com ele um fenómeno mediúnico:
ele viu o espírito da mãe e novamente entrou numa fase de depressão por causa desta situação.
Observe, caro leitor, que Aurélio Agostinho precisava realmente escrever sobre a família porque ele viveu situações familiares um tanto quanto complicadas.
Agostinho foi contemporâneo de São Jerónimo – tradutor da Bíblia do grego para o latim - e ele, seguindo as ideias deste santo, passou a combater o sexo.
Aurélio Agostinho tinha um bloqueio nesta área por causa de sua mãe, que, de forma inconsciente causou nele o que a psicanálise chama de “castração psicológica”.
Assim, muito preocupado, passou a partir desta época a combater o sexo e chegou até a dizer:
“O sexo está entre fezes e urina”, sendo que, como todos sabem, é através do sexo que o processo da reencarnação se processa.
Até que seu grande amigo Alípio sugeriu a ele que fosse para uma grande praça e lesse trechos das epístolas de Paulo e, assim ele fez.
Abrindo a esmo a parte das epístolas, caiu no versículo Romanos 13:13, que diz:
“Andemos honestamente, como de dia:
não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja”.
Enquanto ele lia, ouviu uma voz de criança, que ele não sabia se era uma menina ou um menino, que apenas disse:
“Toma e lê”.
Ele abriu o Evangelho e sentiu que a partir daquele momento precisava seguir o Cristo.
Havia necessidade, realmente, de mudar o rumo de sua vida.
Assim, Aurélio Agostinho recebeu o amparo do bispo daquela localidade que propiciou meios e condições para ele estudar as Escrituras Sagradas e a vida dele prosseguiu, com sua mãe junto a ele, com seu amor doentio.
É bom saber disso para que pensemos na questão do apego (exagerado) que a maioria das mães tem pelos filhos.
Sempre digo que a mãe não tem que se apegar aos filhos.
A mãe tem que valorizar o marido e, deixar os filhos, para que eles sejam filhos do mundo.
Tanto que há um médico italiano autor de um livro já traduzido para o português, em que ele cita o caso de outro médico que recebeu na condição de filho uma criança com severo retardo mental e, mesmo assim, este médico agradeceu a Deus por ter tido aquele filho, porque ele sabia que o único filho que é realmente do papai e da mamãe é aquele que tem um retardamento mental ou outras doenças incapacitantes.
Filhos saudáveis são filhos do mundo!
Em minha opinião, isso é muito importante para tomarmos cuidado com a forma como falamos dos filhos, porque, nós pais, temos a mania de dizer:
“Meu filho, minha filha” e na verdade deveríamos falar:
“Meu irmão, minha irmã” - que estão na condição actual de filho e filha.
Somos todos filhos de Deus.
A nossa mania de dizer “o meu isso, o meu aquilo” ocorre porque temos a tendência do amor possessivo.
O psicanalista alemão Erich Fromm nos mostra em seu livro a “Arte de Amar” que o amor possessivo é um amor infantil, imaturo, e este amor apenas prejudica as pessoas.
O amor verdadeiro, maduro, deixa a pessoa amada livre para que possa seguir seu caminho. É libertador.
Mas voltando a Aurélio Agostinho, quando sua mãe faleceu em Roma, houve com ele um fenómeno mediúnico:
ele viu o espírito da mãe e novamente entrou numa fase de depressão por causa desta situação.
Observe, caro leitor, que Aurélio Agostinho precisava realmente escrever sobre a família porque ele viveu situações familiares um tanto quanto complicadas.
Agostinho foi contemporâneo de São Jerónimo – tradutor da Bíblia do grego para o latim - e ele, seguindo as ideias deste santo, passou a combater o sexo.
Aurélio Agostinho tinha um bloqueio nesta área por causa de sua mãe, que, de forma inconsciente causou nele o que a psicanálise chama de “castração psicológica”.
Assim, muito preocupado, passou a partir desta época a combater o sexo e chegou até a dizer:
“O sexo está entre fezes e urina”, sendo que, como todos sabem, é através do sexo que o processo da reencarnação se processa.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Conhecendo melhor a vida de Santo Agostinho, é muito importante nos lembrarmos daquilo que ele diz sobre a ingratidão:
“Quando eu sinto que uma pessoa agiu com ingratidão a meu respeito é porque o que eu fiz para aquela pessoa foi por orgulho, por interesse.
Se faço alguma coisa a alguém com desprendimento eu jamais vou sentir ou achar que aquela pessoa é ingrata, ela naturalmente não me agradeceu, mas eu não estou preso à necessidade de agradecimento”.
Portanto, meus irmãos, o item do Capítulo 14 do Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado “A ingratidão dos filhos e os laços de família”, escrito por Santo Agostinho, em Paris, 1862, vem mostrar que os filhos são espíritos que vem ao nosso encontro para acerto de contas - a grande maioria -, e outros para nos auxiliarem, nos darem forças, para que possamos prosseguir em nossa jornada, vencer aqueles obstáculos, superar aquelas dificuldades que nós não vencemos em vidas passadas.
Por conseguinte, nós, espíritas, precisamos estudar a Doutrina Espírita para entendermos essa mecânica da ligação do filho com a mãe e da ligação da filha com o pai, e compreendermos que o Complexo de Édipo, estudado por Sigmund Freud, pode ser explicado à luz da Doutrina Espírita, que dá explicação para tudo.
No livro "Obreiros da Vida Eterna”, de André Luiz, através de Chico Xavier, nas páginas 32 a 34, há uma palestra no Nosso Lar do Dr. Barcellos, psiquiatra desencarnado, para várias pessoas, dentre elas André Luiz.
E o Dr. Barcellos afirma que:
“O que falta a Freud e seus seguidores é a noção dos princípios reencarnacionistas...”
Assim, lembremos que é preciso estudar a Doutrina Espírita todos os dias, imitar o nosso Chico Xavier que lia Allan Kardec diariamente.
Devemos também ler e percorrer os livros recebidos por Chico Xavier e reler os livros não só de Emmanuel e André Luiz, mas também os livros dos poetas – “Antologia dos Imortais”, “O Parnaso de Além-Túmulo” etc.
Mas por que os poetas?
Porque na poesia a comunicação é directa do inconsciente do poeta para o inconsciente do leitor.
Isso explica a dificuldade das pessoas em ler poesias, pois elas podem ter medo de que o poeta leve até elas alguma coisa que seu inconsciente teme aceitar.
Por exemplo, quando lemos as poesias de Cornélio Pires, aqueles personagens dele, na verdade, somos nós, ele usa aqueles nomes caipiras e roceiros, situações engraçadas e pitorescas para mostrar nossa realidade que, muitas vezes, não queremos ver.
Portanto agradeçamos a Deus poder estudar a Doutrina Espírita e peçamos a Ele para que continuemos firmes na prática do bem tanto quanto possível, sempre nos identificando com o Cristo em Espírito e Verdade! (2) (3)
(1) Dr. Elias Barbosa é médico psiquiatra, professor e escritor espírita, nascido em 1934 e desencarnado em 2011.
(2) Esse trecho foi transcrito de uma palestra realizada por Dr. Elias Barbosa, quando ele comentava o Capítulo XIV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, item 9 – Instruções dos Espíritos – “A ingratidão dos filhos e dos laços de família”, ditado por Santo Agostinho, Paris, 1862.
Elias Barbosa.
(3) Transcrição feita por Fernando Ferreira Filho, genro do Dr. Elias Barbosa.
§.§.§- Ave sem Ninho
“Quando eu sinto que uma pessoa agiu com ingratidão a meu respeito é porque o que eu fiz para aquela pessoa foi por orgulho, por interesse.
Se faço alguma coisa a alguém com desprendimento eu jamais vou sentir ou achar que aquela pessoa é ingrata, ela naturalmente não me agradeceu, mas eu não estou preso à necessidade de agradecimento”.
Portanto, meus irmãos, o item do Capítulo 14 do Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado “A ingratidão dos filhos e os laços de família”, escrito por Santo Agostinho, em Paris, 1862, vem mostrar que os filhos são espíritos que vem ao nosso encontro para acerto de contas - a grande maioria -, e outros para nos auxiliarem, nos darem forças, para que possamos prosseguir em nossa jornada, vencer aqueles obstáculos, superar aquelas dificuldades que nós não vencemos em vidas passadas.
Por conseguinte, nós, espíritas, precisamos estudar a Doutrina Espírita para entendermos essa mecânica da ligação do filho com a mãe e da ligação da filha com o pai, e compreendermos que o Complexo de Édipo, estudado por Sigmund Freud, pode ser explicado à luz da Doutrina Espírita, que dá explicação para tudo.
No livro "Obreiros da Vida Eterna”, de André Luiz, através de Chico Xavier, nas páginas 32 a 34, há uma palestra no Nosso Lar do Dr. Barcellos, psiquiatra desencarnado, para várias pessoas, dentre elas André Luiz.
E o Dr. Barcellos afirma que:
“O que falta a Freud e seus seguidores é a noção dos princípios reencarnacionistas...”
Assim, lembremos que é preciso estudar a Doutrina Espírita todos os dias, imitar o nosso Chico Xavier que lia Allan Kardec diariamente.
Devemos também ler e percorrer os livros recebidos por Chico Xavier e reler os livros não só de Emmanuel e André Luiz, mas também os livros dos poetas – “Antologia dos Imortais”, “O Parnaso de Além-Túmulo” etc.
Mas por que os poetas?
Porque na poesia a comunicação é directa do inconsciente do poeta para o inconsciente do leitor.
Isso explica a dificuldade das pessoas em ler poesias, pois elas podem ter medo de que o poeta leve até elas alguma coisa que seu inconsciente teme aceitar.
Por exemplo, quando lemos as poesias de Cornélio Pires, aqueles personagens dele, na verdade, somos nós, ele usa aqueles nomes caipiras e roceiros, situações engraçadas e pitorescas para mostrar nossa realidade que, muitas vezes, não queremos ver.
Portanto agradeçamos a Deus poder estudar a Doutrina Espírita e peçamos a Ele para que continuemos firmes na prática do bem tanto quanto possível, sempre nos identificando com o Cristo em Espírito e Verdade! (2) (3)
(1) Dr. Elias Barbosa é médico psiquiatra, professor e escritor espírita, nascido em 1934 e desencarnado em 2011.
(2) Esse trecho foi transcrito de uma palestra realizada por Dr. Elias Barbosa, quando ele comentava o Capítulo XIV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, item 9 – Instruções dos Espíritos – “A ingratidão dos filhos e dos laços de família”, ditado por Santo Agostinho, Paris, 1862.
Elias Barbosa.
(3) Transcrição feita por Fernando Ferreira Filho, genro do Dr. Elias Barbosa.
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PECADO E PUNIÇÃO
Jesus havia terminado uma de suas pregações na praça pública, quando percebeu que a multidão se movimentava em alvoroço.
Alguns populares mais exaltados prorrompiam em gritos, enquanto uma mulher ofegante, cabelos desgrenhados e faces macilentas, se aproximava dele, com uma súplica de protecção a lhe sair dos olhos tristes.
Os muitos judeus ali aglomerados excitavam o ânimo geral, reclamando o apedrejamento da pecadora, na conformidade das antigas tradições.
Solicitado, então, a se constituir juiz dos costumes do povo, o Mestre exclamou com serenidade e desassombro, causando estupefacção aos que o ouviram:
- Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra!
Por toda a assembleia se fez sentir uma surpresa inquietante.
As acusações morreram nos lábios mais exaltados.
A multidão ensimesmava-se, para compreender a sua própria situação.
Enquanto isso, o Mestre pôs-se a escrever no solo despreocupadamente.
Aos poucos, o local ficara quase deserto.
Apenas Jesus e alguns discípulos lá se conservavam, tendo ao lado a mulher a ocultar as faces com as mãos.
Em dado instante, o Mestre Divino ergueu a fronte e perguntou à infeliz:
- Mulher, onde estão os teus juízes?
Observando que a pecadora lhe respondia apenas com o olhar reconhecido, onde as lágrimas aljofravam num misto de agradecimento e alegria, Jesus continuou:
- Ninguém te condenou?
Também eu não te condeno.
Vai, e não peques mais.
A infeliz criatura retirou-se, experimentando uma sensação nova no espírito.
A generosidade do Messias lhe iluminava o coração, em claridades vivas que lhe banhavam a alma toda.
Mas, enquanto a pecadora se retirava, presa de intensa alegria, os poucos discípulos que se encontravam junto do Senhor não conseguiam ocultar a estranheza que lhes causara o seu gesto.
Porque não condenara ele aquela mulher de vida censurável aos olhos de todos?
Não se tratava de uma adúltera?
Nesse ínterim, João se aproximou e interrogou:
- Mestre, por que não condenastes a meretriz de vida infame?
Jesus fixou no discípulo o olhar calmo e bondoso e redarguiu:
- Quais as razões que aduzes em favor dessa condenação?
Sabes o motivo por que essa pobre mulher se prostituiu?
Terás sofrido alguma vez a dureza das vicissitudes que ela atravessou em sua vida?
Ignoras o vulto das necessidades e das tentações que a fizeram sucumbir a meio do caminho.
Não sabes quantas vezes tem sido ela objecto do escárnio dos pais, dos filhos e dos irmãos das mulheres mais felizes.
Não seria justo agravar-lhe os padecimentos infernais da consciência pesarosa e sem rumo.
- Entretanto - exclamou João, defendendo os princípios da lei antiga - ela pecou e fez jus à punição.
Não está escrito que os homens pagarão, ceitil por ceitil, os seus próprios erros?
O Mestre sorriu sem se perturbar e esclareceu:
- Ninguém pode contestar que ela tenha pecado; quem estará irrepreensível na face da Terra?
Há sacerdotes da lei, magistrados e filósofos, que prostituíram suas almas por mais baixo preço; contudo, ainda não lhes vi os acusadores.
A hipocrisia costuma campear impune, enquanto se atiram pedras ao sofrimento.
João, o mundo está cheio de túmulos caiados.
Deus, porém, é o Pai de Bondade Infinita que aguarda os filhos pródigos em sua casa.
Alguns populares mais exaltados prorrompiam em gritos, enquanto uma mulher ofegante, cabelos desgrenhados e faces macilentas, se aproximava dele, com uma súplica de protecção a lhe sair dos olhos tristes.
Os muitos judeus ali aglomerados excitavam o ânimo geral, reclamando o apedrejamento da pecadora, na conformidade das antigas tradições.
Solicitado, então, a se constituir juiz dos costumes do povo, o Mestre exclamou com serenidade e desassombro, causando estupefacção aos que o ouviram:
- Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra!
Por toda a assembleia se fez sentir uma surpresa inquietante.
As acusações morreram nos lábios mais exaltados.
A multidão ensimesmava-se, para compreender a sua própria situação.
Enquanto isso, o Mestre pôs-se a escrever no solo despreocupadamente.
Aos poucos, o local ficara quase deserto.
Apenas Jesus e alguns discípulos lá se conservavam, tendo ao lado a mulher a ocultar as faces com as mãos.
Em dado instante, o Mestre Divino ergueu a fronte e perguntou à infeliz:
- Mulher, onde estão os teus juízes?
Observando que a pecadora lhe respondia apenas com o olhar reconhecido, onde as lágrimas aljofravam num misto de agradecimento e alegria, Jesus continuou:
- Ninguém te condenou?
Também eu não te condeno.
Vai, e não peques mais.
A infeliz criatura retirou-se, experimentando uma sensação nova no espírito.
A generosidade do Messias lhe iluminava o coração, em claridades vivas que lhe banhavam a alma toda.
Mas, enquanto a pecadora se retirava, presa de intensa alegria, os poucos discípulos que se encontravam junto do Senhor não conseguiam ocultar a estranheza que lhes causara o seu gesto.
Porque não condenara ele aquela mulher de vida censurável aos olhos de todos?
Não se tratava de uma adúltera?
Nesse ínterim, João se aproximou e interrogou:
- Mestre, por que não condenastes a meretriz de vida infame?
Jesus fixou no discípulo o olhar calmo e bondoso e redarguiu:
- Quais as razões que aduzes em favor dessa condenação?
Sabes o motivo por que essa pobre mulher se prostituiu?
Terás sofrido alguma vez a dureza das vicissitudes que ela atravessou em sua vida?
Ignoras o vulto das necessidades e das tentações que a fizeram sucumbir a meio do caminho.
Não sabes quantas vezes tem sido ela objecto do escárnio dos pais, dos filhos e dos irmãos das mulheres mais felizes.
Não seria justo agravar-lhe os padecimentos infernais da consciência pesarosa e sem rumo.
- Entretanto - exclamou João, defendendo os princípios da lei antiga - ela pecou e fez jus à punição.
Não está escrito que os homens pagarão, ceitil por ceitil, os seus próprios erros?
O Mestre sorriu sem se perturbar e esclareceu:
- Ninguém pode contestar que ela tenha pecado; quem estará irrepreensível na face da Terra?
Há sacerdotes da lei, magistrados e filósofos, que prostituíram suas almas por mais baixo preço; contudo, ainda não lhes vi os acusadores.
A hipocrisia costuma campear impune, enquanto se atiram pedras ao sofrimento.
João, o mundo está cheio de túmulos caiados.
Deus, porém, é o Pai de Bondade Infinita que aguarda os filhos pródigos em sua casa.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Poder-se-ia desejar para a pecadora humilde tormento maior do que aquele a que ela própria se condenou por tempo indeterminado?
Quantas vezes lhe tem faltado pão à boca faminta ou a manifestação de um carinho sincero à alma angustiada?
Raras dores no mundo serão idênticas às agonias de suas noites silenciosas e tristes.
Esse o seu doloroso inferno, sua aflitiva condenação.
É que, em todos os planos da vida, o instituto da justiça divina funciona, naturalmente, com seus princípios de compensação.
Cada ser traz consigo a fagulha sagrada do Criador e erige, dentro de si, o santuário de sua presença ou a muralha sombria da negação; mas, só a luz e o bem são eternos e, um dia, todos os redutos do mal cairão, para que Deus resplandeça no espírito de seus filhos.
Não é para ensinar outra coisa que está escrito na lei - "Vós sois deuses!"
Porventura, não sabes que a herança de um pai se divide entre os filhos em partes iguais?
As criaturas transviadas são as que não souberam entrar na posse de seu quinhão divino, permutando-o pela satisfação de seus caprichos no desregramento ou no abuso, na egolatria ou no crime, pagando alto preço pelas suas decisões voluntárias.
Examinada a situação por esse prisma, temos de reconhecer no mundo uma vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da traição aos seus próprios deveres.
A Terra, portanto, pode ser tida como um grande hospital, onde o pecado é a doença de todos; o Evangelho, no entanto, traz ao homem enfermo o remédio eficaz, para que todas as estradas se transformem em suave caminho de redenção.
É por isso que não condeno o pecador para afastar o pecado e, em todas as situações, prefiro acreditar sempre no bem.
Quando observares, João, os seres mais tristes e miseráveis, arrastando-se numa noite pesada de sombra e desolação, lembra-te da semente grosseira que encerra um gérmen divino e que um dia se elevará do seio da terra para o beijo de luz do Sol.
Terminada a explicação do Mestre, o filho de Zebedeu, deixando transparecer na luz do olhar a sua profunda admiração, pôs-se a meditar nos ensinamentos recebidos.
Muito tempo ainda não transcorrera depois desse acontecimento, quando Jesus subiu de Cafarnaum para Jerusalém, acompanhado por alguns de seus discípulos.
Celebravam-se festas tradicionais entre os judeus.
O Messias chegou num sábado, sob a fiscalização severa dos espíritos rigoristas de sua época.
Não foram poucos os paralíticos que o cercaram, ansiosos pelo benefício de sua virtude salvadora.
Escandalizando os fanáticos, o Mestre curava e consolava, na sua jornada de gloriosa redenção.
Explicando que o sábado fora feito para o homem e não o homem para o sábado, enfrentava sorridente as preocupações dos mais exigentes.
Vendo tantos cegos e aleijados aglomerados à passagem, Tiago o interpelou:
- Mestre, sendo Deus tão misericordioso, porque pune seus filhos com defeitos e moléstias tão horríveis?
- Acreditas, Tiago -respondeu Jesus - que Deus desça de sua sabedoria e de seu amor para punir seus próprios filhos?
O Pai tem o seu plano determinado com respeito à criação inteira; mas, dentro desse plano, a cada criatura cabe uma parte na edificação, pela qual terá de responder.
Abandonando o trabalho divino, para viver ao sabor dos caprichos próprios, a alma cria para si a situação correspondente, trabalhando para reintegrar-se no plano divino, depois de se haver deixado levar pelas sugestões funestas, contrárias à sua própria paz.
João compreendeu que a palavra do Messias era a confirmação dos ensinamentos que já ouvira de seus lábios, na tarde em que a multidão exigia o apedrejamento da pecadora.
Afastaram-se, em seguida, do Tanque de Betsaida cujas águas eram tidas, em Jerusalém, na conta de miraculosas e onde o Mestre fizera andar paralíticos, dera vista a cegos e limpara leprosos.
Quantas vezes lhe tem faltado pão à boca faminta ou a manifestação de um carinho sincero à alma angustiada?
Raras dores no mundo serão idênticas às agonias de suas noites silenciosas e tristes.
Esse o seu doloroso inferno, sua aflitiva condenação.
É que, em todos os planos da vida, o instituto da justiça divina funciona, naturalmente, com seus princípios de compensação.
Cada ser traz consigo a fagulha sagrada do Criador e erige, dentro de si, o santuário de sua presença ou a muralha sombria da negação; mas, só a luz e o bem são eternos e, um dia, todos os redutos do mal cairão, para que Deus resplandeça no espírito de seus filhos.
Não é para ensinar outra coisa que está escrito na lei - "Vós sois deuses!"
Porventura, não sabes que a herança de um pai se divide entre os filhos em partes iguais?
As criaturas transviadas são as que não souberam entrar na posse de seu quinhão divino, permutando-o pela satisfação de seus caprichos no desregramento ou no abuso, na egolatria ou no crime, pagando alto preço pelas suas decisões voluntárias.
Examinada a situação por esse prisma, temos de reconhecer no mundo uma vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da traição aos seus próprios deveres.
A Terra, portanto, pode ser tida como um grande hospital, onde o pecado é a doença de todos; o Evangelho, no entanto, traz ao homem enfermo o remédio eficaz, para que todas as estradas se transformem em suave caminho de redenção.
É por isso que não condeno o pecador para afastar o pecado e, em todas as situações, prefiro acreditar sempre no bem.
Quando observares, João, os seres mais tristes e miseráveis, arrastando-se numa noite pesada de sombra e desolação, lembra-te da semente grosseira que encerra um gérmen divino e que um dia se elevará do seio da terra para o beijo de luz do Sol.
Terminada a explicação do Mestre, o filho de Zebedeu, deixando transparecer na luz do olhar a sua profunda admiração, pôs-se a meditar nos ensinamentos recebidos.
Muito tempo ainda não transcorrera depois desse acontecimento, quando Jesus subiu de Cafarnaum para Jerusalém, acompanhado por alguns de seus discípulos.
Celebravam-se festas tradicionais entre os judeus.
O Messias chegou num sábado, sob a fiscalização severa dos espíritos rigoristas de sua época.
Não foram poucos os paralíticos que o cercaram, ansiosos pelo benefício de sua virtude salvadora.
Escandalizando os fanáticos, o Mestre curava e consolava, na sua jornada de gloriosa redenção.
Explicando que o sábado fora feito para o homem e não o homem para o sábado, enfrentava sorridente as preocupações dos mais exigentes.
Vendo tantos cegos e aleijados aglomerados à passagem, Tiago o interpelou:
- Mestre, sendo Deus tão misericordioso, porque pune seus filhos com defeitos e moléstias tão horríveis?
- Acreditas, Tiago -respondeu Jesus - que Deus desça de sua sabedoria e de seu amor para punir seus próprios filhos?
O Pai tem o seu plano determinado com respeito à criação inteira; mas, dentro desse plano, a cada criatura cabe uma parte na edificação, pela qual terá de responder.
Abandonando o trabalho divino, para viver ao sabor dos caprichos próprios, a alma cria para si a situação correspondente, trabalhando para reintegrar-se no plano divino, depois de se haver deixado levar pelas sugestões funestas, contrárias à sua própria paz.
João compreendeu que a palavra do Messias era a confirmação dos ensinamentos que já ouvira de seus lábios, na tarde em que a multidão exigia o apedrejamento da pecadora.
Afastaram-se, em seguida, do Tanque de Betsaida cujas águas eram tidas, em Jerusalém, na conta de miraculosas e onde o Mestre fizera andar paralíticos, dera vista a cegos e limpara leprosos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Na companhia de Tiago e João, o Senhor encaminhou-se para o templo, onde um dos paralíticos que ele havia curado relatava o acontecido, cheio de sincera alegria.
Jesus aproximou-se dele e, deixando entrever aos seus discípulos que desejava confirmar os ensinamentos sobre pecado e punição, falou-lhe abertamente, como se lê no texto evangélico de João:
- "Eis que estás são.
Não peques mais, para que te não suceda coisa pior."
Desde que esses ensinos foram dados, novas ideias de fraternidade povoaram o mundo, com respeito aos transviados, aos criminosos e aos inimigos, atingindo a própria organização política dos Estados.
O Império Romano vulgarizara os mais nefandos processos de regeneração ou de vingança.
Escravos ignorantes eram pasto das feras, nos divertimentos públicos, pelas faltas mais insignificantes nas casas dos patrícios.
Só de uma vez, trinta mil desses servos, a quem se negava qualquer bem do espírito, foram crucificados numa festa, próximo aos soberbos aquedutos da Via Ápia.
Os açoites humilhantes eram castigo suave.
Entretanto, desde a tarde em que Jesus se encontrou com a pecadora em frente da multidão, um pensamento novo entrou a dominar aos poucos o espírito do mundo.
A substância evangélica do ensino inolvidável penetrou o aparelho judiciário de todos os povos.
A sociedade começou a compreender suas obrigações e procurou segregar o criminoso, como se isola um doente, buscando auxiliar-lhe a reforma definitiva, por todos os meios ao seu alcance.
Os menores delinquentes foram amparados pelas numerosas escolas de regeneração.
Todo o sistema da justiça humana evolveu para os princípios da magnanimidade, e os juízes modernos, lavrando suas sentenças, sem nunca haverem manuseado o Novo Testamento, talvez ignorem que procedem assim por ter sido Jesus o grande reformador da criminologia.
Blog Espiritismo Na Rede baseado no capitulo 13 do livro Boa Nova Humberto de Campos, Espírito/Chico Xavier
§.§.§- Ave sem Ninho
Jesus aproximou-se dele e, deixando entrever aos seus discípulos que desejava confirmar os ensinamentos sobre pecado e punição, falou-lhe abertamente, como se lê no texto evangélico de João:
- "Eis que estás são.
Não peques mais, para que te não suceda coisa pior."
Desde que esses ensinos foram dados, novas ideias de fraternidade povoaram o mundo, com respeito aos transviados, aos criminosos e aos inimigos, atingindo a própria organização política dos Estados.
O Império Romano vulgarizara os mais nefandos processos de regeneração ou de vingança.
Escravos ignorantes eram pasto das feras, nos divertimentos públicos, pelas faltas mais insignificantes nas casas dos patrícios.
Só de uma vez, trinta mil desses servos, a quem se negava qualquer bem do espírito, foram crucificados numa festa, próximo aos soberbos aquedutos da Via Ápia.
Os açoites humilhantes eram castigo suave.
Entretanto, desde a tarde em que Jesus se encontrou com a pecadora em frente da multidão, um pensamento novo entrou a dominar aos poucos o espírito do mundo.
A substância evangélica do ensino inolvidável penetrou o aparelho judiciário de todos os povos.
A sociedade começou a compreender suas obrigações e procurou segregar o criminoso, como se isola um doente, buscando auxiliar-lhe a reforma definitiva, por todos os meios ao seu alcance.
Os menores delinquentes foram amparados pelas numerosas escolas de regeneração.
Todo o sistema da justiça humana evolveu para os princípios da magnanimidade, e os juízes modernos, lavrando suas sentenças, sem nunca haverem manuseado o Novo Testamento, talvez ignorem que procedem assim por ter sido Jesus o grande reformador da criminologia.
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Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boas
Algumas das coisas que mais temos dificuldade de entender são:
Porque as pessoas boas sofrem tanto?
Porque ocorrem coisas ruins a pessoas boas
Porque uma pessoa tão boa e tão especial, morreu tão cedo, morreu tão jovem
Essas perguntas todas podem ser sintetizadas da seguinte forma:
Afinal, como funciona a justiça de Deus?
Nós, comummente, achamos que as pessoas boas deveriam ser agraciadas com coisas boas e as pessoas ruins deveriam sofrer os reveses da vida.
Para nós, a Justiça deveria funcionar assim.
Entretanto, o que parece ocorrer é justamente o contrário.
Quantas vezes não vemos a seguinte frase:
“Se fosse um homem de bem, teria morrido.
Mas, como é um marginal, conseguiu escapar da tragédia.”
Ou ainda:
“Fulano é uma pessoa tão boa mas nunca vi sofrer tanto!”.
Estaria Deus alheio ao que se passa na Terra?
Será que a Justiça de Deus tem falhas?
A resposta a todas essas perguntas é simples e directa:
A Justiça de Deus não falha nunca!
Mas, se não falha nunca, como explicar as injustiças que vemos todos os dias ao nosso redor?
Vamos então às explicações para que compreendamos de uma vez por todas a infinita Bondade, Amor e Justiça de nosso Pai Criador e, para isso, precisamos esclarecer dois pontos primordiais sobre as nossas vidas:
1- Nós não temos apenas uma vida.
Não temos apenas esta vida. Não.
Nós todos somos espíritos eternos, criados por Deus a milhões de anos atrás e, reencarnação após reencarnações, vimos progredindo passo a passo.
Isso significa que a nossa vida de hoje é consequência dos nossos actos passados, actos de nossas vidas passadas.
Como dizemos comummente:
Somos sempre livres para plantar as sementes de nossas atitudes, mas a colheita do que plantamos é sempre obrigatória e compulsiva.
2 – Achamos que o sofrimento é uma coisa ruim.
Não é bem assim.
Ninguém gosta de sofrer.
Nem mesmo nós, os Espíritas.
O que ocorre é que temos uma percepção diferente do sofrimento.
Os Espíritos nos esclarecem que o sofrimento é uma maneira de crescermos e evoluirmos, já que através dele nos tornamos pessoas mais equilibradas e mais conscientes do valor da vida.
Assim, temos:
Todos nós gostamos de progredir, de crescer, de melhorar.
Essa é determinação do Espírito também.
Então, quando cometemos erros em uma vida, ao chegarmos no plano espiritual muitas vezes nos damos conta dos erros cometidos.
Então, voltamos a reencarnar e, muitas vezes, pedimos que o anjo do sofrimento e da dor nos visite.
Isso nos torna mais humildes, ao passo que somos compelidos, automaticamente, a passar pelos sofrimentos que, no passado, fizemos os outros passarem.
Assim, se nós enfrentarmos a dor e sofrimento, as traições, as calúnias e as dificuldades da vida, sem revoltas, com confiança em Deus, estamos dando o nosso testemunho a Deus que confiamos em sua justiça.
Porque as pessoas boas sofrem tanto?
Porque ocorrem coisas ruins a pessoas boas
Porque uma pessoa tão boa e tão especial, morreu tão cedo, morreu tão jovem
Essas perguntas todas podem ser sintetizadas da seguinte forma:
Afinal, como funciona a justiça de Deus?
Nós, comummente, achamos que as pessoas boas deveriam ser agraciadas com coisas boas e as pessoas ruins deveriam sofrer os reveses da vida.
Para nós, a Justiça deveria funcionar assim.
Entretanto, o que parece ocorrer é justamente o contrário.
Quantas vezes não vemos a seguinte frase:
“Se fosse um homem de bem, teria morrido.
Mas, como é um marginal, conseguiu escapar da tragédia.”
Ou ainda:
“Fulano é uma pessoa tão boa mas nunca vi sofrer tanto!”.
Estaria Deus alheio ao que se passa na Terra?
Será que a Justiça de Deus tem falhas?
A resposta a todas essas perguntas é simples e directa:
A Justiça de Deus não falha nunca!
Mas, se não falha nunca, como explicar as injustiças que vemos todos os dias ao nosso redor?
Vamos então às explicações para que compreendamos de uma vez por todas a infinita Bondade, Amor e Justiça de nosso Pai Criador e, para isso, precisamos esclarecer dois pontos primordiais sobre as nossas vidas:
1- Nós não temos apenas uma vida.
Não temos apenas esta vida. Não.
Nós todos somos espíritos eternos, criados por Deus a milhões de anos atrás e, reencarnação após reencarnações, vimos progredindo passo a passo.
Isso significa que a nossa vida de hoje é consequência dos nossos actos passados, actos de nossas vidas passadas.
Como dizemos comummente:
Somos sempre livres para plantar as sementes de nossas atitudes, mas a colheita do que plantamos é sempre obrigatória e compulsiva.
2 – Achamos que o sofrimento é uma coisa ruim.
Não é bem assim.
Ninguém gosta de sofrer.
Nem mesmo nós, os Espíritas.
O que ocorre é que temos uma percepção diferente do sofrimento.
Os Espíritos nos esclarecem que o sofrimento é uma maneira de crescermos e evoluirmos, já que através dele nos tornamos pessoas mais equilibradas e mais conscientes do valor da vida.
Assim, temos:
Todos nós gostamos de progredir, de crescer, de melhorar.
Essa é determinação do Espírito também.
Então, quando cometemos erros em uma vida, ao chegarmos no plano espiritual muitas vezes nos damos conta dos erros cometidos.
Então, voltamos a reencarnar e, muitas vezes, pedimos que o anjo do sofrimento e da dor nos visite.
Isso nos torna mais humildes, ao passo que somos compelidos, automaticamente, a passar pelos sofrimentos que, no passado, fizemos os outros passarem.
Assim, se nós enfrentarmos a dor e sofrimento, as traições, as calúnias e as dificuldades da vida, sem revoltas, com confiança em Deus, estamos dando o nosso testemunho a Deus que confiamos em sua justiça.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Também quitamos nossas dívidas de nosso passado e, assim, livres de débitos, somos livres para flutuar a níveis mais elevados de espiritualidade.
A vida aproveita todas as oportunidades que tem para nos fazer crescer e resgatarmos nosso passado.
Até mesmo na morte.
O corpo físico deve ser tratado com carinho e respeito e avida na Terra é um presente de Deus.
Acontece, porém, que o corpo físico nada mais é do que uma roupa e que a vida na terra é apenas uma de muitas existências.
Assim, muitas vezes vemos pessoas que têm desencarnes violentos, em tragédias, atropelamentos, etc.
Ora, isso também é um resgate e dura um tempo muito curto diante da eternidade que tem o Espírito, que estará livre de todo o débito do passado.
Para ser ainda mais claro:
Para nós, uma boa morte seria morrermos velhinhos e, de preferência, durante o sono.
Mas, imagine se em vidas atrás, eu tivesse assassinado meus inimigos de forma brutal.
Hoje, consciente dos meus erros, bem que eu poderia aproveitar o meu tipo de morte para, em vez de morrer dormindo, submeter-me a tipo de morte que viesse a marcar o meu espírito com o conhecimento definitivo do que significa causar aquele tipo de dor a alguém.
Ora, pode parecer algo terrível para nossa visão limitada, mas quando estamos no plano espiritual, entendemos que a existência carnal dura apenas um instante e que a dor passa, sempre passa, e que estaremos livres para plantarmos um novo jardim em nossas vidas.
Não mais espinhos e sim flores.
O Espiritismo, ao esclarecer que temos muitas vidas, nos faz enxergar a existência terrestre como um período muito curto diante da eternidade de nossa evolução, ao passo que nos mostra que o sofrimento e a dor, ainda que nos seja desagradável enquanto encarnados, é profundamente salutar para a nossa verdadeira vida, a vida do Espírito.
É assim que pessoas tão iluminadas, quanto a veneranda D. Zilda Arns, depois de tanto bem e tanta luz que semeou através da iniciativa católica da Pastoral da Criança, desencarnou em meio a uma tragédia tão grande, no gigantesco resgate colectivo que foi o terremoto do Hait em 2010.
Criaturas assim são recebida no plano espiritual com imenso amor e respeito, em nenhum momento queixam-se de seu tipo de desencarne, agindo de forma oposta, ou seja, agradecendo a Deus a oportunidade de quitar ainda mais um débito do passado longínquo.
Recomendamos enfaticamente a leitura de O Livro dos Espíritos, que esclarece de forma tão clara e lógica a temática deste post.
Que nos ampare Jesus, o médico de nossas almas!
§.§.§- Ave sem Ninho
A vida aproveita todas as oportunidades que tem para nos fazer crescer e resgatarmos nosso passado.
Até mesmo na morte.
O corpo físico deve ser tratado com carinho e respeito e avida na Terra é um presente de Deus.
Acontece, porém, que o corpo físico nada mais é do que uma roupa e que a vida na terra é apenas uma de muitas existências.
Assim, muitas vezes vemos pessoas que têm desencarnes violentos, em tragédias, atropelamentos, etc.
Ora, isso também é um resgate e dura um tempo muito curto diante da eternidade que tem o Espírito, que estará livre de todo o débito do passado.
Para ser ainda mais claro:
Para nós, uma boa morte seria morrermos velhinhos e, de preferência, durante o sono.
Mas, imagine se em vidas atrás, eu tivesse assassinado meus inimigos de forma brutal.
Hoje, consciente dos meus erros, bem que eu poderia aproveitar o meu tipo de morte para, em vez de morrer dormindo, submeter-me a tipo de morte que viesse a marcar o meu espírito com o conhecimento definitivo do que significa causar aquele tipo de dor a alguém.
Ora, pode parecer algo terrível para nossa visão limitada, mas quando estamos no plano espiritual, entendemos que a existência carnal dura apenas um instante e que a dor passa, sempre passa, e que estaremos livres para plantarmos um novo jardim em nossas vidas.
Não mais espinhos e sim flores.
O Espiritismo, ao esclarecer que temos muitas vidas, nos faz enxergar a existência terrestre como um período muito curto diante da eternidade de nossa evolução, ao passo que nos mostra que o sofrimento e a dor, ainda que nos seja desagradável enquanto encarnados, é profundamente salutar para a nossa verdadeira vida, a vida do Espírito.
É assim que pessoas tão iluminadas, quanto a veneranda D. Zilda Arns, depois de tanto bem e tanta luz que semeou através da iniciativa católica da Pastoral da Criança, desencarnou em meio a uma tragédia tão grande, no gigantesco resgate colectivo que foi o terremoto do Hait em 2010.
Criaturas assim são recebida no plano espiritual com imenso amor e respeito, em nenhum momento queixam-se de seu tipo de desencarne, agindo de forma oposta, ou seja, agradecendo a Deus a oportunidade de quitar ainda mais um débito do passado longínquo.
Recomendamos enfaticamente a leitura de O Livro dos Espíritos, que esclarece de forma tão clara e lógica a temática deste post.
Que nos ampare Jesus, o médico de nossas almas!
§.§.§- Ave sem Ninho
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A HISTÓRIA DAS QUATRO ALMAS
Era uma vez quatro almas que nasceram na matéria.
A primeira delas era um pouco mais esclarecida, e por isso, Deus lhe deu a missão de conduzir as outras três almas pelos caminhos da luz.
Logo após o nascimento, durante sua existência corporal, a primeira alma, mais esclarecida, foi ao encontro da segunda alma.
Assim que a encontrou, pegou em sua mão e, de mãos dadas, a foi conduzindo pela escuridão.
Após um tempo, apontou para ela o caminho da luz e a deixou seguir sozinha.
Logo depois, foi ao encontro da segunda alma e fez a mesma coisa:
pegou em sua mão e, de mãos dadas, a primeira alma conduziu a terceira alma pela escuridão, mostrando depois o caminho a ser seguido para a luz.
Assim que deixou a terceira alma, a primeira alma foi ao encontro da quarta e última alma que ela deveria auxiliar na vida corpórea.
Fez exactamente o mesmo das duas primeiras:
pegou em sua mão e, de mãos dadas, ambas começaram a caminhar juntas.
No entanto, a quarta alma deu dois passos e logo depois parou.
A primeira alma disse:
“Vamos. Eu te mostrarei o caminho”.
Mas a quarta alma retrucou:
“Não quero ir.
Prefiro permanecer aqui mesmo”.
A primeira alma insistiu:
“Procure entender que aqui só existe escuridão.
Mas há um lugar melhor para todas nós, almas de Deus, que é um local todo iluminado”.
A quarta alma permaneceu irredutível e reafirmou:
“Não me importo.
Quero ficar aqui.”
Nesse momento, de mãos dadas, enquanto a primeira alma fazia força para frente, a quarta alma fazia força para trás, e força de uma anulava a força da outra.
Acreditando saber o que é melhor, a primeira alma, ainda de mãos dadas, tentou convence-la e fez ainda mais força para que ambas seguissem, mas a quarta alma insistiu que preferia ficar, e por isso, fez mais força ainda para ficar onde estava.
A primeira alma, mais esclarecida, acabou ficando presa nessa situação, de mãos dadas com a outra, tentando carrega-la e forçando seu caminhar, mas a quarta alma não queria de jeito nenhum seguir para a luz.
A vida material de ambas foi se esgotando, até que chegou ao fim.
A primeira alma acabou ficando presa ao mundo, sem conseguir ir para a luz.
A quarta alma também permaneceu presa à matéria, como era seu desejo.
Por isso, as duas almas acabaram se transformando em fantasmas que perambulavam perdidas e erráticas pelo mundo astral da Terra.
Essa é uma lição que serve para todos nós.
Aquele que pega na mão de uma pessoa e tenta leva-la ao melhor caminho, deve entender que o outro pode não querer ser ajudado e pode optar em permanecer estagnado onde está.
Assim, quando damos a mão a alguém e essa pessoa não quer seguir em frente, o melhor é soltar sua mão e caminhar sem ela.
Caso contrário, os dois ficarão estacionados, presos e o resultado será a perda de suas vidas.
Não jogue fora a sua vida tentando carregar os outros.
Se a pessoa que você ama não quer se melhorar, solte sua mão e siga em frente.
Não tente forçar a melhora do outro; não intente modificar alguém que não quer mudar; não imponha o desenvolvimento a ninguém.
Respeite sua livre vontade de ficar onde está e não se melhorar.
Se a pessoa não quiser caminhar, solte sua mão e caminhe você…
Cada alma que vem a Terra é responsável apenas e tão somente pelo seu próprio destino.
Ninguém pode forçar a caminhada daqueles que preferem ficar inertes e estacionados em seu próprio nível.
(Hugo Lapa)
§.§.§- Ave sem Ninho
A primeira delas era um pouco mais esclarecida, e por isso, Deus lhe deu a missão de conduzir as outras três almas pelos caminhos da luz.
Logo após o nascimento, durante sua existência corporal, a primeira alma, mais esclarecida, foi ao encontro da segunda alma.
Assim que a encontrou, pegou em sua mão e, de mãos dadas, a foi conduzindo pela escuridão.
Após um tempo, apontou para ela o caminho da luz e a deixou seguir sozinha.
Logo depois, foi ao encontro da segunda alma e fez a mesma coisa:
pegou em sua mão e, de mãos dadas, a primeira alma conduziu a terceira alma pela escuridão, mostrando depois o caminho a ser seguido para a luz.
Assim que deixou a terceira alma, a primeira alma foi ao encontro da quarta e última alma que ela deveria auxiliar na vida corpórea.
Fez exactamente o mesmo das duas primeiras:
pegou em sua mão e, de mãos dadas, ambas começaram a caminhar juntas.
No entanto, a quarta alma deu dois passos e logo depois parou.
A primeira alma disse:
“Vamos. Eu te mostrarei o caminho”.
Mas a quarta alma retrucou:
“Não quero ir.
Prefiro permanecer aqui mesmo”.
A primeira alma insistiu:
“Procure entender que aqui só existe escuridão.
Mas há um lugar melhor para todas nós, almas de Deus, que é um local todo iluminado”.
A quarta alma permaneceu irredutível e reafirmou:
“Não me importo.
Quero ficar aqui.”
Nesse momento, de mãos dadas, enquanto a primeira alma fazia força para frente, a quarta alma fazia força para trás, e força de uma anulava a força da outra.
Acreditando saber o que é melhor, a primeira alma, ainda de mãos dadas, tentou convence-la e fez ainda mais força para que ambas seguissem, mas a quarta alma insistiu que preferia ficar, e por isso, fez mais força ainda para ficar onde estava.
A primeira alma, mais esclarecida, acabou ficando presa nessa situação, de mãos dadas com a outra, tentando carrega-la e forçando seu caminhar, mas a quarta alma não queria de jeito nenhum seguir para a luz.
A vida material de ambas foi se esgotando, até que chegou ao fim.
A primeira alma acabou ficando presa ao mundo, sem conseguir ir para a luz.
A quarta alma também permaneceu presa à matéria, como era seu desejo.
Por isso, as duas almas acabaram se transformando em fantasmas que perambulavam perdidas e erráticas pelo mundo astral da Terra.
Essa é uma lição que serve para todos nós.
Aquele que pega na mão de uma pessoa e tenta leva-la ao melhor caminho, deve entender que o outro pode não querer ser ajudado e pode optar em permanecer estagnado onde está.
Assim, quando damos a mão a alguém e essa pessoa não quer seguir em frente, o melhor é soltar sua mão e caminhar sem ela.
Caso contrário, os dois ficarão estacionados, presos e o resultado será a perda de suas vidas.
Não jogue fora a sua vida tentando carregar os outros.
Se a pessoa que você ama não quer se melhorar, solte sua mão e siga em frente.
Não tente forçar a melhora do outro; não intente modificar alguém que não quer mudar; não imponha o desenvolvimento a ninguém.
Respeite sua livre vontade de ficar onde está e não se melhorar.
Se a pessoa não quiser caminhar, solte sua mão e caminhe você…
Cada alma que vem a Terra é responsável apenas e tão somente pelo seu próprio destino.
Ninguém pode forçar a caminhada daqueles que preferem ficar inertes e estacionados em seu próprio nível.
(Hugo Lapa)
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Como conviver com o luto
Manhã de 31 de março de 1869.
Amélie-Gabrielle Boudet, mais conhecida como Madame Allan Kardec, rapidamente subia as escadas do apartamento do casal na passagem Sant’Anne, nº 59, Paris.
Ao adentrar, ela notou uma movimentação muito estranha em sua sala.
Eram os confrades Alexandre Delanne e o senhor E. Muller, que se encontravam completamente desolados…
Horas mais tarde, estas tristes palavras seriam impressas num telegrama escrito pelo mesmo senhor E. Muller, e remetidas aos confrades da cidade francesa de Lyon:
“Amélie encontrava-se como uma estátua explodida.
Seus olhos, vagando ao longe, não derramaram lágrimas.
Ela estava desesperada por ter estado ausente, não sendo capaz de segurar a mão dele no momento supremo (…).”
Allan Kardec estava morto!
“O fundador da Doutrina Espírita, o Patriarca do Espiritismo, o mestre, não vive mais entre nós como espírito encarnado”, foi o que escreveu a revista madrilena El Criterio Espiritista.
Viúva Kardec, então com seus 74 anos de idade, reflectiu sobre as amorosas convivências do casal até aquele momento, as mesmas que apontavam para incríveis 37 anos de felicidade tranquila e segura ao lado de seu companheiro e confidente inseparável, aquele que havia escrito O livro dos espíritos – inaugurando a Filosofia Espírita no mundo.
Talvez, mesmo sem saber, em suas reflexões íntimas diante da súbita partida do mestre, a viúva Kardec estava iniciando a elaboração de seu próprio luto.
Não adianta negar o luto!
Testemunhas presentes no funeral de Allan Kardec não notaram a presença da viúva.
Tudo indica que – desmoronada psíquica e moralmente – ela se resguardou em casa.
O ano seguinte mostra como a enlutada Amélie enfrentou a difícil situação daquele vazio em sua vida.
Ela se ocupou de diversos afazeres espíritas, a fim de vivenciar o seu luto com dignidade e coragem.
Ao lado do amigo, sr. Joly, ela ajudou a planear a construção do monumento fúnebre à memória de Kardec, que está hoje no cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
Guerreira, enfrentando a pior perda sentimental de sua vida, encarou empreiteiros, escultores, gravadores, pedreiros, além de enfrentar os administradores do cemitério que a apressavam à conclusão da obra fúnebre kardecista, que obstruía parte de uma ala inteira do cemitério.
Foram meses árduos de planeamento, tento ainda que constatar o genocídio urbano da Comuna de Paris (Guerra civil que se instaurou na cidade à época), que prejudicou sobremaneira a inauguração do túmulo, prevista para 31 de março de 1870.
Outra grande perda para Amélie, nesta época de dores e lamentos, foi constatar que a Revista Espírita caminhava à falência, já que boa parte dos assinantes passou por dificuldades durante a sangrenta Guerra.
Bónus: Saiba mais sobre a história de Allan Kardec
A elaboração do luto da mulher mais importante do Espiritismo francês não aconteceu antes de cinco anos, permanecendo Amélie fiel às vestes do luto, típicas da época.
A mesma Revista Espírita, edição de março de 1883, traz pistas seguras sobre o fim de seu luto, ao dizer que “Madame Allan Kardec provou, especialmente, mais independência depois de 1874, quando os membros da Sociedade deixaram de fazer suas visitas anuais à villa Ségur.”
Amélie-Gabrielle Boudet, mais conhecida como Madame Allan Kardec, rapidamente subia as escadas do apartamento do casal na passagem Sant’Anne, nº 59, Paris.
Ao adentrar, ela notou uma movimentação muito estranha em sua sala.
Eram os confrades Alexandre Delanne e o senhor E. Muller, que se encontravam completamente desolados…
Horas mais tarde, estas tristes palavras seriam impressas num telegrama escrito pelo mesmo senhor E. Muller, e remetidas aos confrades da cidade francesa de Lyon:
“Amélie encontrava-se como uma estátua explodida.
Seus olhos, vagando ao longe, não derramaram lágrimas.
Ela estava desesperada por ter estado ausente, não sendo capaz de segurar a mão dele no momento supremo (…).”
Allan Kardec estava morto!
“O fundador da Doutrina Espírita, o Patriarca do Espiritismo, o mestre, não vive mais entre nós como espírito encarnado”, foi o que escreveu a revista madrilena El Criterio Espiritista.
Viúva Kardec, então com seus 74 anos de idade, reflectiu sobre as amorosas convivências do casal até aquele momento, as mesmas que apontavam para incríveis 37 anos de felicidade tranquila e segura ao lado de seu companheiro e confidente inseparável, aquele que havia escrito O livro dos espíritos – inaugurando a Filosofia Espírita no mundo.
Talvez, mesmo sem saber, em suas reflexões íntimas diante da súbita partida do mestre, a viúva Kardec estava iniciando a elaboração de seu próprio luto.
Não adianta negar o luto!
Testemunhas presentes no funeral de Allan Kardec não notaram a presença da viúva.
Tudo indica que – desmoronada psíquica e moralmente – ela se resguardou em casa.
O ano seguinte mostra como a enlutada Amélie enfrentou a difícil situação daquele vazio em sua vida.
Ela se ocupou de diversos afazeres espíritas, a fim de vivenciar o seu luto com dignidade e coragem.
Ao lado do amigo, sr. Joly, ela ajudou a planear a construção do monumento fúnebre à memória de Kardec, que está hoje no cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
Guerreira, enfrentando a pior perda sentimental de sua vida, encarou empreiteiros, escultores, gravadores, pedreiros, além de enfrentar os administradores do cemitério que a apressavam à conclusão da obra fúnebre kardecista, que obstruía parte de uma ala inteira do cemitério.
Foram meses árduos de planeamento, tento ainda que constatar o genocídio urbano da Comuna de Paris (Guerra civil que se instaurou na cidade à época), que prejudicou sobremaneira a inauguração do túmulo, prevista para 31 de março de 1870.
Outra grande perda para Amélie, nesta época de dores e lamentos, foi constatar que a Revista Espírita caminhava à falência, já que boa parte dos assinantes passou por dificuldades durante a sangrenta Guerra.
Bónus: Saiba mais sobre a história de Allan Kardec
A elaboração do luto da mulher mais importante do Espiritismo francês não aconteceu antes de cinco anos, permanecendo Amélie fiel às vestes do luto, típicas da época.
A mesma Revista Espírita, edição de março de 1883, traz pistas seguras sobre o fim de seu luto, ao dizer que “Madame Allan Kardec provou, especialmente, mais independência depois de 1874, quando os membros da Sociedade deixaram de fazer suas visitas anuais à villa Ségur.”
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Como conviver com o luto?
Os factores que auxiliaram na elaboração do luto da viúva Kardec, por exemplo, foram as tomadas de acções simples e práticas em seu dia a dia, que podem ser naturalmente adoptadas por qualquer pessoa que passe, ou mesmo que esteja passando por uma perda na vida, especialmente a de entes queridos.
Em verdade, viúva Amélie não se acomodou por muito tempo dentro de casa.
Essa é uma primeira e óptima acção a ser tomada pelos enlutados contemporâneos.
Como vimos, ela entregou-se à criação e acompanhamento da execução do monumento fúnebre à memória de Kardec.
Ocupou-se também da criação da Sociedade Anónima (1870) e da Sociedade para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec (1873).
Na sua residência, ao lado de sua amiga Berthe Fropo, não abriu mão de evocar o suposto Espírito Allan Kardec, além do comparecimento anual nas sessões de comemoração ao Dia dos Mortos, sempre em 1º de novembro de cada ano.
Inclusive, esse célebre evento espírita foi criado por ela, também para ajudá-la a lidar com a partida prematura do marido, ao mesmo tempo em que auxiliava outras famílias francesas a enfrentarem seus lutos e perdas.
E quando acabará o meu luto?
Prazos são muito relativos e dizem respeito a cada enlutado – sempre de acordo com o tipo de vínculo afectivo estabelecido com quem desencarnou.
Quando mais vínculo sentimental, mais estendida e complexa será uma elaboração. A dor é proporcional ao espaço que a pessoa ocupava em nossa vida…
Alguns psicólogos, além de outros especialistas em lutos e perdas, falam em 12 meses.
Entretanto, faz-se importante observar os seguintes princípios para quem perde algo ou alguém importante na vida:
– Respeitar o próprio tempo;
– Respeitar o tempo do outro;
– Valorizar o que se sente;
– Compreender as lágrimas;
– Falar do morto deixando ele ir;
– Lembrar que cada indivíduo tem o seu jeito de chorar e de sofrer.
Por fim, durante o luto, é essencial que se promova uma libertação de sentimentos.
Chore o quanto precisar chorar.
Viva intensamente esse momento e compreenda o que está sentindo.
Não represe o choro! Se permita!
Não tenha vergonha de extravasar os seus sentimentos.
A nossa vovó Kardec se permitiu. Faça o mesmo!
Adriano Calsone Blog
§.§.§- Ave sem Ninho
Os factores que auxiliaram na elaboração do luto da viúva Kardec, por exemplo, foram as tomadas de acções simples e práticas em seu dia a dia, que podem ser naturalmente adoptadas por qualquer pessoa que passe, ou mesmo que esteja passando por uma perda na vida, especialmente a de entes queridos.
Em verdade, viúva Amélie não se acomodou por muito tempo dentro de casa.
Essa é uma primeira e óptima acção a ser tomada pelos enlutados contemporâneos.
Como vimos, ela entregou-se à criação e acompanhamento da execução do monumento fúnebre à memória de Kardec.
Ocupou-se também da criação da Sociedade Anónima (1870) e da Sociedade para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec (1873).
Na sua residência, ao lado de sua amiga Berthe Fropo, não abriu mão de evocar o suposto Espírito Allan Kardec, além do comparecimento anual nas sessões de comemoração ao Dia dos Mortos, sempre em 1º de novembro de cada ano.
Inclusive, esse célebre evento espírita foi criado por ela, também para ajudá-la a lidar com a partida prematura do marido, ao mesmo tempo em que auxiliava outras famílias francesas a enfrentarem seus lutos e perdas.
E quando acabará o meu luto?
Prazos são muito relativos e dizem respeito a cada enlutado – sempre de acordo com o tipo de vínculo afectivo estabelecido com quem desencarnou.
Quando mais vínculo sentimental, mais estendida e complexa será uma elaboração. A dor é proporcional ao espaço que a pessoa ocupava em nossa vida…
Alguns psicólogos, além de outros especialistas em lutos e perdas, falam em 12 meses.
Entretanto, faz-se importante observar os seguintes princípios para quem perde algo ou alguém importante na vida:
– Respeitar o próprio tempo;
– Respeitar o tempo do outro;
– Valorizar o que se sente;
– Compreender as lágrimas;
– Falar do morto deixando ele ir;
– Lembrar que cada indivíduo tem o seu jeito de chorar e de sofrer.
Por fim, durante o luto, é essencial que se promova uma libertação de sentimentos.
Chore o quanto precisar chorar.
Viva intensamente esse momento e compreenda o que está sentindo.
Não represe o choro! Se permita!
Não tenha vergonha de extravasar os seus sentimentos.
A nossa vovó Kardec se permitiu. Faça o mesmo!
Adriano Calsone Blog
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Respostas da Vida (Parte 11)
André Luiz
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. Doar e doar-se são recomendações que nossos Benfeitores espirituais sempre nos lembram.
Que pensar acerca das pequenas doações?
André Luiz também tratou disso.
Pede-nos ele que não desprezemos o valor das chamadas "pequenas doações".
O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.
O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
B. Qual a melhor atitude para que a paz se faça em torno de nós e dos que nos cercam?
André Luiz propõe-nos, se realmente almejamos a paz:
Não perturbe. Tranquilize.
Não grite. Converse.
Não critique. Auxilie.
Não acuse. Ampare.
Não se irrite. Sorria.
Não fira. Balsamize.
Não se queixe. Compreenda.
Não condene. Abençoe.
Não exija. Sirva.
Não destrua. Edifique.
E assevera:
A Humanidade é uma colecção de grupos e a paz do grupo de corações a que pertencemos começa de nós.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
C. Reclamar é ferir-se?
Sim. É isso que André Luiz entende.
Propõe-nos ele:
"Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
Reclamar é ferir-se".
(Respostas da Vida, cap. 28.)
Texto para leitura
223. Doações mínimas – Não subestime as chamadas "pequenas doações".
O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
224. A peça de vestuário que você entregou ao companheiro em penúria terá representado o apoio providencial com que se livrou de moléstia.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
225. A reduzida poção de remédio que conseguiu você doar em favor de um doente foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
226. A visita rápida que você levou ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Respostas da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1975.
Questões preliminares
A. Doar e doar-se são recomendações que nossos Benfeitores espirituais sempre nos lembram.
Que pensar acerca das pequenas doações?
André Luiz também tratou disso.
Pede-nos ele que não desprezemos o valor das chamadas "pequenas doações".
O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.
O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
B. Qual a melhor atitude para que a paz se faça em torno de nós e dos que nos cercam?
André Luiz propõe-nos, se realmente almejamos a paz:
Não perturbe. Tranquilize.
Não grite. Converse.
Não critique. Auxilie.
Não acuse. Ampare.
Não se irrite. Sorria.
Não fira. Balsamize.
Não se queixe. Compreenda.
Não condene. Abençoe.
Não exija. Sirva.
Não destrua. Edifique.
E assevera:
A Humanidade é uma colecção de grupos e a paz do grupo de corações a que pertencemos começa de nós.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
C. Reclamar é ferir-se?
Sim. É isso que André Luiz entende.
Propõe-nos ele:
"Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
Reclamar é ferir-se".
(Respostas da Vida, cap. 28.)
Texto para leitura
223. Doações mínimas – Não subestime as chamadas "pequenas doações".
O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
224. A peça de vestuário que você entregou ao companheiro em penúria terá representado o apoio providencial com que se livrou de moléstia.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
225. A reduzida poção de remédio que conseguiu você doar em favor de um doente foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
226. A visita rápida que você levou ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
227. O bilhete ligeiro que você endereçou ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora que haverá retomado o acesso à esperança.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
228. O minuto de tolerância com que você suportou a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
229. Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o seu interlocutor evitará render-se a ideias de suicídio ou delinquência.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
230. Os seus instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo de que não prescinde, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
231. Não menospreze o valor das mini-doações.
O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
232. Pacificar – Recomendações que têm por alvo a paz em todos os que nos cercam:
Não perturbe. Tranquilize.
Não grite. Converse.
Não critique. Auxilie.
Não acuse. Ampare.
Não se irrite. Sorria.
Não fira. Balsamize.
Não se queixe. Compreenda.
Não condene. Abençoe.
Não exija. Sirva.
Não destrua. Edifique.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
233. Recorde: a Humanidade é uma colecção de grupos e a paz do grupo de corações a que pertencemos começa de nós.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
234. Melhorar – Melhore sempre suas condições pessoais, pelo trabalho e pelo estudo, a fim de que você melhore a vida, em redor de você.
Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de protecção.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
235. Amplie quanto puder a sua exportação de gentileza.
Fazer "algo mais além do próprio dever", em benefício dos outros, é criar um gerador de simpatia, em nosso auxílio.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
236. Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
Reclamar é ferir-se.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
237. Se você deseja vencer, aprenda a sorrir, além do cansaço.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
238. O grupo familiar recorda a terra que produz para nós, segundo a nossa própria plantação.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
239. Esperança vitoriosa é aquela que não deixa de trabalhar.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
240. Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
§.§.§- Ave sem Ninho
(Respostas da Vida, cap. 26.)
228. O minuto de tolerância com que você suportou a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
229. Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o seu interlocutor evitará render-se a ideias de suicídio ou delinquência.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
230. Os seus instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo de que não prescinde, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
231. Não menospreze o valor das mini-doações.
O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
(Respostas da Vida, cap. 26.)
232. Pacificar – Recomendações que têm por alvo a paz em todos os que nos cercam:
Não perturbe. Tranquilize.
Não grite. Converse.
Não critique. Auxilie.
Não acuse. Ampare.
Não se irrite. Sorria.
Não fira. Balsamize.
Não se queixe. Compreenda.
Não condene. Abençoe.
Não exija. Sirva.
Não destrua. Edifique.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
233. Recorde: a Humanidade é uma colecção de grupos e a paz do grupo de corações a que pertencemos começa de nós.
(Respostas da Vida, cap. 27.)
234. Melhorar – Melhore sempre suas condições pessoais, pelo trabalho e pelo estudo, a fim de que você melhore a vida, em redor de você.
Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de protecção.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
235. Amplie quanto puder a sua exportação de gentileza.
Fazer "algo mais além do próprio dever", em benefício dos outros, é criar um gerador de simpatia, em nosso auxílio.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
236. Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
Reclamar é ferir-se.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
237. Se você deseja vencer, aprenda a sorrir, além do cansaço.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
238. O grupo familiar recorda a terra que produz para nós, segundo a nossa própria plantação.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
239. Esperança vitoriosa é aquela que não deixa de trabalhar.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
240. Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros.
(Respostas da Vida, cap. 28.)
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Comunicações mediúnicas entre vivos (Parte 12)
Ernesto Bozzano
Continuamos o estudo do livro Comunicações mediúnicas entre vivos, de autoria de Ernesto Bozzano, traduzido para o idioma português por J. Herculano Pires.
Questões preliminares
A. Os factos apoiam a tese de que nas manifestações mediúnicas entre vivos ocorre, de facto, uma conversa entre duas personalidades espirituais subconscientes?
Claro. Bozzano apresenta neste livro inúmeros casos, todos comprovados, nos quais é evidente que em um número enorme de fenómenos a conversa gira em torno de assuntos ou ocorrências actuais, e não sobre factos registados no passado. William Stead contribuiu de forma notável com suas experiências para a comprovação dessa tese.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
B. Que diz Bozzano sobre a outra explicação, que não admite a conversa, mas sim a colecta de certas informações por meio de uma clarividência telepática especial do sensitivo?
Bozzano afirma que tal explicação é puramente fantástica e cientificamente insustentável, porque destituída de qualquer fundamento na prática, ou seja, ela não se apoia em factos, como os exemplos mostrados neste livro comprovam de forma cabal.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
C. Nas comunicações entre vivos, o comunicante encarnado, vendo depois a mensagem psicografada pelo médium, costuma lembrar-se de tê-la escrito?
Muitos factos descritos nesta obra mostram que não.
Ele confirma o que está escrito, as informações que ali estão grafadas, mas não se recorda de haver escrito a mensagem.
Pelo menos, na maioria dos casos.
É como ocorre nos sonhos, cujo conteúdo nem sempre lembramos, porque se dão durante o sono corpóreo, e não no estado de vigília.
O caso que se passou com William Stead em Redcar, no norte da Inglaterra, quando ele foi recepcionar uma senhora, colaboradora da Review of Reviews, mostra exactamente isso.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
Texto para leitura
170. Como vimos, é facto positivamente verificado que, nas manifestações mediúnicas de vivos, trata-se de uma conversa entre duas personalidades espirituais subconscientes.
Segue-se daí que as mesmas manifestações se transformam em provas decisivas de identificação pessoal dos vivos comunicantes, provas que, por sua vez, confirmam também, respectivamente, as manifestações análogas pelas quais se obtêm provas de identificação pessoal dos mortos.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
171. Supondo-se, entretanto, como o fantasiam os opositores da hipótese espírita, que, nas comunicações mediúnicas entre vivos, os médiuns extraem das subconsciências destes as notícias que fornecem sobre a sua vida particular, deveriam ser interpretadas, de modo análogo, as provas em favor da identidade dos mortos, considerando-as um noticiário de factos privados, surrupiados pelos médiuns às subconsciências dos vivos que conheceram o morto que se diz presente, tal coisa tornaria mais difícil a demonstração rigorosamente científica das provas de identificação espírita.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
Continuamos o estudo do livro Comunicações mediúnicas entre vivos, de autoria de Ernesto Bozzano, traduzido para o idioma português por J. Herculano Pires.
Questões preliminares
A. Os factos apoiam a tese de que nas manifestações mediúnicas entre vivos ocorre, de facto, uma conversa entre duas personalidades espirituais subconscientes?
Claro. Bozzano apresenta neste livro inúmeros casos, todos comprovados, nos quais é evidente que em um número enorme de fenómenos a conversa gira em torno de assuntos ou ocorrências actuais, e não sobre factos registados no passado. William Stead contribuiu de forma notável com suas experiências para a comprovação dessa tese.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
B. Que diz Bozzano sobre a outra explicação, que não admite a conversa, mas sim a colecta de certas informações por meio de uma clarividência telepática especial do sensitivo?
Bozzano afirma que tal explicação é puramente fantástica e cientificamente insustentável, porque destituída de qualquer fundamento na prática, ou seja, ela não se apoia em factos, como os exemplos mostrados neste livro comprovam de forma cabal.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
C. Nas comunicações entre vivos, o comunicante encarnado, vendo depois a mensagem psicografada pelo médium, costuma lembrar-se de tê-la escrito?
Muitos factos descritos nesta obra mostram que não.
Ele confirma o que está escrito, as informações que ali estão grafadas, mas não se recorda de haver escrito a mensagem.
Pelo menos, na maioria dos casos.
É como ocorre nos sonhos, cujo conteúdo nem sempre lembramos, porque se dão durante o sono corpóreo, e não no estado de vigília.
O caso que se passou com William Stead em Redcar, no norte da Inglaterra, quando ele foi recepcionar uma senhora, colaboradora da Review of Reviews, mostra exactamente isso.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
Texto para leitura
170. Como vimos, é facto positivamente verificado que, nas manifestações mediúnicas de vivos, trata-se de uma conversa entre duas personalidades espirituais subconscientes.
Segue-se daí que as mesmas manifestações se transformam em provas decisivas de identificação pessoal dos vivos comunicantes, provas que, por sua vez, confirmam também, respectivamente, as manifestações análogas pelas quais se obtêm provas de identificação pessoal dos mortos.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
171. Supondo-se, entretanto, como o fantasiam os opositores da hipótese espírita, que, nas comunicações mediúnicas entre vivos, os médiuns extraem das subconsciências destes as notícias que fornecem sobre a sua vida particular, deveriam ser interpretadas, de modo análogo, as provas em favor da identidade dos mortos, considerando-as um noticiário de factos privados, surrupiados pelos médiuns às subconsciências dos vivos que conheceram o morto que se diz presente, tal coisa tornaria mais difícil a demonstração rigorosamente científica das provas de identificação espírita.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
172. Note-se que digo “mais difícil” somente e não teoricamente impossível, como pretendem alguns opositores.
E digo assim porque tal demonstração se apoia solidamente em algumas modalidades de manifestação mais do que suficientes para distinguir as comunicações dos vivos daquelas dos mortos, como o demonstraremos nas conclusões.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
173. De qualquer maneira, repito que a hipótese de uma clarividência telepática especial, que possa seleccionar à distância em alguma subconsciência alheia as notícias necessárias aos médiuns com a insulsa finalidade de se mistificar a si mesmo e aos outros, é puramente fantástica e cientificamente insustentável, por isso que destituída de qualquer fundamento na prática.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
174. Se quisessem explicar, com essa hipótese, os casos de identificação pessoal dos mortos, dever-se-ia pressupor que os médiuns conseguem seleccionar nas subconsciências alheias coisinhas insignificantes, ocorridas, algumas vezes, mais de um século antes, sucedidas, não com a própria pessoa examinada pelo médium e sim com outras pessoas dele conhecidas.
E isto mesmo quando o vivo em exame já esqueceu completamente e há muitos anos as ninharias em questão, o que o médium descobriria, seleccionaria e surrupiaria igualmente da subconsciência de tal pessoa.
Francamente, nada disto é sensato e parece incrível que tenhamos de levá-lo a sério, porque se encontram eminentes cientistas que acolhem, favoravelmente, tais fantasias.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
175. Passando a outras experiências com a mesma sensitiva, menciono aqui a narrativa de uma visita a Windsor, feita pela Srta. Summers, transmitida mediunicamente a Stead, do qual se achava a 250 milhas de distância.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
176. Em 15 de outubro de 1893, pôs-se diante da mesa, dirigindo o pensamento para a sua “correspondente espiritual”.
Sua mão começou então a escrever o seguinte:
“Faz um dia esplêndido.
Parti da estação de Paddington pelo trem de 1:15.
Cheguei a Windsor, visitei o castelo, gozamos da vista desde o terraço e passamos logo a visitar a capela de São Jorge.
Tinha desejado fazê-lo detidamente, porém, por falta de tempo, passei para o parque, em busca do seu célebre carvalho, sem chegar a encontrá-lo.
Gamos saíam de todos os lados.
Errei pelo bosque, encontrando um velho carvalho, mas não era o que procurava.
Gastei três xelins de trem, meia coroa em comida, seis pence de telegrama e ónibus, num total de cinco xelins e dez pence.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
177. William Stead, muito oportunamente, observa:
“Tais informações se verificaram exactas:
a hora da saída do trem, a sucessão dos factos, os gastos, tudo excepto a soma, em que se enganou.
Curioso esse erro de soma, frequente nas comunicações entre vivos e mortos, erro que provavelmente não depende de interferências subconscientes, senão de um mau cálculo da personalidade normal da Srta. Summers, acolhido pela personalidade subconsciente.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
E digo assim porque tal demonstração se apoia solidamente em algumas modalidades de manifestação mais do que suficientes para distinguir as comunicações dos vivos daquelas dos mortos, como o demonstraremos nas conclusões.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
173. De qualquer maneira, repito que a hipótese de uma clarividência telepática especial, que possa seleccionar à distância em alguma subconsciência alheia as notícias necessárias aos médiuns com a insulsa finalidade de se mistificar a si mesmo e aos outros, é puramente fantástica e cientificamente insustentável, por isso que destituída de qualquer fundamento na prática.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
174. Se quisessem explicar, com essa hipótese, os casos de identificação pessoal dos mortos, dever-se-ia pressupor que os médiuns conseguem seleccionar nas subconsciências alheias coisinhas insignificantes, ocorridas, algumas vezes, mais de um século antes, sucedidas, não com a própria pessoa examinada pelo médium e sim com outras pessoas dele conhecidas.
E isto mesmo quando o vivo em exame já esqueceu completamente e há muitos anos as ninharias em questão, o que o médium descobriria, seleccionaria e surrupiaria igualmente da subconsciência de tal pessoa.
Francamente, nada disto é sensato e parece incrível que tenhamos de levá-lo a sério, porque se encontram eminentes cientistas que acolhem, favoravelmente, tais fantasias.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
175. Passando a outras experiências com a mesma sensitiva, menciono aqui a narrativa de uma visita a Windsor, feita pela Srta. Summers, transmitida mediunicamente a Stead, do qual se achava a 250 milhas de distância.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
176. Em 15 de outubro de 1893, pôs-se diante da mesa, dirigindo o pensamento para a sua “correspondente espiritual”.
Sua mão começou então a escrever o seguinte:
“Faz um dia esplêndido.
Parti da estação de Paddington pelo trem de 1:15.
Cheguei a Windsor, visitei o castelo, gozamos da vista desde o terraço e passamos logo a visitar a capela de São Jorge.
Tinha desejado fazê-lo detidamente, porém, por falta de tempo, passei para o parque, em busca do seu célebre carvalho, sem chegar a encontrá-lo.
Gamos saíam de todos os lados.
Errei pelo bosque, encontrando um velho carvalho, mas não era o que procurava.
Gastei três xelins de trem, meia coroa em comida, seis pence de telegrama e ónibus, num total de cinco xelins e dez pence.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
177. William Stead, muito oportunamente, observa:
“Tais informações se verificaram exactas:
a hora da saída do trem, a sucessão dos factos, os gastos, tudo excepto a soma, em que se enganou.
Curioso esse erro de soma, frequente nas comunicações entre vivos e mortos, erro que provavelmente não depende de interferências subconscientes, senão de um mau cálculo da personalidade normal da Srta. Summers, acolhido pela personalidade subconsciente.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
178. Citarei ainda um exemplo tomado das experiências com a Srta. Summers, que servirá para convalidar quanto se disse sobre a sinceridade, sem reservas, com que as personalidades subconscientes confiam a um terceiro os seus casos mais delicados.
Em 20 de setembro de 1893, Stead, como de costume, dirigiu seu pensamento à Srta. Summers, pedindo notícias.
Imediatamente sua mão escreveu o seguinte:
“Hoje, para mim, é um dia de tristes ilusões.
Em paga do meu trabalho recebi uma quantia bem inferior à que esperava, de modo que passo por dificuldades económicas.
Não lhe quis dizer nada, pois sabia que me daria o que me faz falta, mas não o quero.
Entre outras coisas, devo três libras ao senhorio, mas logo lhe pagarei.
Eu lhe disse:
– Mandar-lhe-ei o que lhe faz falta.
– Não, não o aceitarei.
Devolverei a quantia, pois não quero ser uma colaboradora mercenária.
No dia seguinte, enviei à casa da Srta. Summers uma pessoa de toda a minha confiança, a qual me confirmou tudo o que havia sido escrito mediunicamente.
Aconteceu, porém, que quando a Srta. Summer soube que eu me havia inteirado de suas dificuldades económicas, teve um grande desgosto.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
179. Pelo caso exposto, vê-se que nas experiências em exame não pode tratar-se de clarividência telepática, mas de verdadeiro diálogo entre duas personalidades subconscientes.
Observe-se que, quando Stead disse:
“Mandar-lhe-ei o que lhe faz falta”, a Srta. Summers respondeu:
“Não, não o aceitarei”, resposta que implica uma acção dialogada no presente, e de nenhuma forma uma selecção de recordações latentes na subconsciência alheia.
E, como o diálogo se mostrou verídico, não é o caso de invocar a hipótese das chamadas “novelas subliminais” ou subconscientes.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
180. O caso que segue se deu entre Stead e seu próprio filho, quando se achava no Reno, em viagem de recreio.
Escreve o pai:
“Meu filho levava consigo uma Kodak e, como com frequência acontece, ficou sem chapas, de maneira que nos escreveu pedindo-as.
Fi-las enviar e, quando já haviam transcorrido os dias necessários para o seu recebimento, interroguei-o mediunicamente, respondendo ele que as esperava com impaciência, pois não haviam chegado.
Pedi informações e disseram-me que as chapas tinham sido enviadas.
Porém, dois dias após, meu filho escreveu por minha mão:
‘Por que não me remete as chapas?’
Informei-me mais uma vez e soube mais uma vez que as chapas tinham sido expedidas havia já uma semana.
Deduzi que minha mão estava sendo influenciada por interferências subconscientes e não quis provocar novos ditados de meu filho.
Quando, porém, voltei para casa, soube com espanto que as chapas não tinham chegado ao seu destino e que as duas perguntas impacientes ditadas, em seu nome, pela minha mão em Wimbledon, correspondiam exactamente ao estado de ânimo de meu filho, quando se encontrava em Boppart.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
Em 20 de setembro de 1893, Stead, como de costume, dirigiu seu pensamento à Srta. Summers, pedindo notícias.
Imediatamente sua mão escreveu o seguinte:
“Hoje, para mim, é um dia de tristes ilusões.
Em paga do meu trabalho recebi uma quantia bem inferior à que esperava, de modo que passo por dificuldades económicas.
Não lhe quis dizer nada, pois sabia que me daria o que me faz falta, mas não o quero.
Entre outras coisas, devo três libras ao senhorio, mas logo lhe pagarei.
Eu lhe disse:
– Mandar-lhe-ei o que lhe faz falta.
– Não, não o aceitarei.
Devolverei a quantia, pois não quero ser uma colaboradora mercenária.
No dia seguinte, enviei à casa da Srta. Summers uma pessoa de toda a minha confiança, a qual me confirmou tudo o que havia sido escrito mediunicamente.
Aconteceu, porém, que quando a Srta. Summer soube que eu me havia inteirado de suas dificuldades económicas, teve um grande desgosto.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
179. Pelo caso exposto, vê-se que nas experiências em exame não pode tratar-se de clarividência telepática, mas de verdadeiro diálogo entre duas personalidades subconscientes.
Observe-se que, quando Stead disse:
“Mandar-lhe-ei o que lhe faz falta”, a Srta. Summers respondeu:
“Não, não o aceitarei”, resposta que implica uma acção dialogada no presente, e de nenhuma forma uma selecção de recordações latentes na subconsciência alheia.
E, como o diálogo se mostrou verídico, não é o caso de invocar a hipótese das chamadas “novelas subliminais” ou subconscientes.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
180. O caso que segue se deu entre Stead e seu próprio filho, quando se achava no Reno, em viagem de recreio.
Escreve o pai:
“Meu filho levava consigo uma Kodak e, como com frequência acontece, ficou sem chapas, de maneira que nos escreveu pedindo-as.
Fi-las enviar e, quando já haviam transcorrido os dias necessários para o seu recebimento, interroguei-o mediunicamente, respondendo ele que as esperava com impaciência, pois não haviam chegado.
Pedi informações e disseram-me que as chapas tinham sido enviadas.
Porém, dois dias após, meu filho escreveu por minha mão:
‘Por que não me remete as chapas?’
Informei-me mais uma vez e soube mais uma vez que as chapas tinham sido expedidas havia já uma semana.
Deduzi que minha mão estava sendo influenciada por interferências subconscientes e não quis provocar novos ditados de meu filho.
Quando, porém, voltei para casa, soube com espanto que as chapas não tinham chegado ao seu destino e que as duas perguntas impacientes ditadas, em seu nome, pela minha mão em Wimbledon, correspondiam exactamente ao estado de ânimo de meu filho, quando se encontrava em Boppart.”
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
181. No caso exposto, e do ponto de vista da autenticidade das comunicações mediúnicas entre vivos, é interessante a circunstância de que Stead tinha a certeza de que as chapas fotográficas já haviam sido expedidas, certeza esta irreconciliável com a hipótese de uma mistificação subconsciente, pois em tal caso o pai devia ter-se sugestionado no sentido da própria certeza e provocar uma resposta conforme a mesma e, ao contrário, como a realidade era outra, a resposta do filho vinha de acordo com a realidade, a qual confirma que realmente existia o diálogo mediúnico.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
182. O episódio seguinte se deu com uma pessoa que ignorava o facto de William Stead fazer experiências de comunicação mediúnica entre vivos, não havendo com a mesma laços especiais de família ou de simpatia.
Escreve ele:
“Poder-se-ia objectar que meu filho ou a Srta. Summers sabiam que eu tencionava fazê-los escrever com a minha mão, porém não se pode dizer o mesmo no caso seguinte, em que se trata de uma senhora estranha e com a qual eu só havia falado uma vez.
Há alguns meses eu me achava em Redcar, no norte da Inglaterra, e fui à estação esperar a referida senhora, colaboradora da Review of Reviews, que me havia escrito informando que chegaria ali pelas três da tarde.
Eu era hóspede de meu irmão, cuja casa se encontrava a uns dez minutos da estação.
Quando faltavam cerca de vinte minutos para as três, pensei que, com a expressão “ali pelas três da tarde”, aquela senhora queria significar algum tempo antes da hora indicada e, como não tinha no momento um guia de horário das estradas de ferro, dirigi meu pensamento para a senhora, pedindo que me informasse, por intermédio de minha mão, a hora precisa da chegada do trem.
É preciso notar que era a primeira vez que eu tentava a experiência com ela, e a resposta veio logo, dizendo que o trem chegaria às três menos dez.
Não havia tempo a perder, porém, antes de sair de casa, quis saber em que estação se achava ela naquele momento.
Minha mão escreveu:
– Neste momento o trem entra na curva antes da estação de Redcar.
Dentro de um minuto chegaremos.
Perguntei ainda:
– Porque tanto atraso?
– Não sei porquê.
Deteve-se muito na estação de Middlesbourough.
Guardei o papel e fui para a plataforma; o trem aparecia.
Quando a senhora desceu, perguntei-lhe:
– Porque tanto atraso?
– Ignoro o motivo.
O trem se deteve muito na estação de Middlesborough – respondeu-me.
Então eu lhe dei o papel para ler.
Ela confirmou tudo o que eu havia escrito, acrescentando que não tinha nenhuma lembrança de ter sido interrogada telepaticamente por mim, nem de haver respondido.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
183. No episódio narrado fica bem clara a autenticidade do fenómeno de comunicação entre vivos, como também de se haver desenrolado uma conversa verdadeira e própria, entre duas personalidades espirituais subconscientes.
O episódio torna oportuna uma discussão ulterior para esclarecimento do asserto de que, quando uma pessoa entra em relação psíquica e conversa mediúnica com outra pessoa distante, deve necessariamente cair em sonolência notória ou disfarçada.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
182. O episódio seguinte se deu com uma pessoa que ignorava o facto de William Stead fazer experiências de comunicação mediúnica entre vivos, não havendo com a mesma laços especiais de família ou de simpatia.
Escreve ele:
“Poder-se-ia objectar que meu filho ou a Srta. Summers sabiam que eu tencionava fazê-los escrever com a minha mão, porém não se pode dizer o mesmo no caso seguinte, em que se trata de uma senhora estranha e com a qual eu só havia falado uma vez.
Há alguns meses eu me achava em Redcar, no norte da Inglaterra, e fui à estação esperar a referida senhora, colaboradora da Review of Reviews, que me havia escrito informando que chegaria ali pelas três da tarde.
Eu era hóspede de meu irmão, cuja casa se encontrava a uns dez minutos da estação.
Quando faltavam cerca de vinte minutos para as três, pensei que, com a expressão “ali pelas três da tarde”, aquela senhora queria significar algum tempo antes da hora indicada e, como não tinha no momento um guia de horário das estradas de ferro, dirigi meu pensamento para a senhora, pedindo que me informasse, por intermédio de minha mão, a hora precisa da chegada do trem.
É preciso notar que era a primeira vez que eu tentava a experiência com ela, e a resposta veio logo, dizendo que o trem chegaria às três menos dez.
Não havia tempo a perder, porém, antes de sair de casa, quis saber em que estação se achava ela naquele momento.
Minha mão escreveu:
– Neste momento o trem entra na curva antes da estação de Redcar.
Dentro de um minuto chegaremos.
Perguntei ainda:
– Porque tanto atraso?
– Não sei porquê.
Deteve-se muito na estação de Middlesbourough.
Guardei o papel e fui para a plataforma; o trem aparecia.
Quando a senhora desceu, perguntei-lhe:
– Porque tanto atraso?
– Ignoro o motivo.
O trem se deteve muito na estação de Middlesborough – respondeu-me.
Então eu lhe dei o papel para ler.
Ela confirmou tudo o que eu havia escrito, acrescentando que não tinha nenhuma lembrança de ter sido interrogada telepaticamente por mim, nem de haver respondido.”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
183. No episódio narrado fica bem clara a autenticidade do fenómeno de comunicação entre vivos, como também de se haver desenrolado uma conversa verdadeira e própria, entre duas personalidades espirituais subconscientes.
O episódio torna oportuna uma discussão ulterior para esclarecimento do asserto de que, quando uma pessoa entra em relação psíquica e conversa mediúnica com outra pessoa distante, deve necessariamente cair em sonolência notória ou disfarçada.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
De facto, no caso em apreço, nota-se que a amiga de William Stead teve de responder às suas perguntas em dois tempos diversos e que em ambas as vezes o fez imediatamente.
Surgem, portanto, os seguintes quesitos:
“É lícito admitir-se essa rapidez na passagem do estado normal à condição de inconsciência e vice-versa?”
Parece que sim.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
184. Durante a conferência de Stead em The London Spiritualist Alliance, foram formulados tais quesitos, e o Rev. G. W. Allen narrou, a propósito, o seguinte incidente pessoal que tende a demonstrar essa possibilidade:
“Tinham de extrair-me dois dentes molares e fui aconselhado a submeter-me à acção do clorofórmio.
Eu me achava em estado de convalescença de grave enfermidade e sob a suspeita de que, em tal estado de saúde, o clorofórmio me faria mal, tornava-me um tanto hesitante.
Quando começaram a aplicar-me o anestésico, fui tomado de um grande pânico e tirei a máscara, exclamando:
‘Não aguento, não quero tomá-lo’.
O médico que me estava cloroformizando disse-me:
‘Fez muitíssimo mal em retirar a máscara, porque estava a ponto de adormecer.
Experimente de novo e lhe garanto que tudo correrá bem’.
Igualmente, a enfermeira, por sua vez, também me animava e por isso me decidi a submeter-me à prova, mesmo com o risco de sucumbir.
Ajustaram-me de novo a máscara e respirei profundamente algumas vezes, depois levantei-me de um salto e sentei-me no leito, exclamando:
‘É inútil tentar a prova.
Não posso adormecer’.
O doutor disse-me:
‘Faça o favor de lavar a boca com esta solução’.
Perguntei-lhe: ‘Porquê?’
Acrescentou ele:
‘Porque já lhe extraímos os dentes!’
Pois bem, eu teria jurado por qualquer tribunal de justiça que não havia perdido a consciência um só momento.
E, ao contrário, tinha ficado inconsciente o tempo preciso para me extraírem dois dentes.
Assim sendo, não é perfeitamente admissível que se possa realmente passar a outra condição de existência por um tempo mais ou menos curto, sem disso conservar recordação alguma?”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
§.§.§- Ave sem Ninho
Surgem, portanto, os seguintes quesitos:
“É lícito admitir-se essa rapidez na passagem do estado normal à condição de inconsciência e vice-versa?”
Parece que sim.
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
184. Durante a conferência de Stead em The London Spiritualist Alliance, foram formulados tais quesitos, e o Rev. G. W. Allen narrou, a propósito, o seguinte incidente pessoal que tende a demonstrar essa possibilidade:
“Tinham de extrair-me dois dentes molares e fui aconselhado a submeter-me à acção do clorofórmio.
Eu me achava em estado de convalescença de grave enfermidade e sob a suspeita de que, em tal estado de saúde, o clorofórmio me faria mal, tornava-me um tanto hesitante.
Quando começaram a aplicar-me o anestésico, fui tomado de um grande pânico e tirei a máscara, exclamando:
‘Não aguento, não quero tomá-lo’.
O médico que me estava cloroformizando disse-me:
‘Fez muitíssimo mal em retirar a máscara, porque estava a ponto de adormecer.
Experimente de novo e lhe garanto que tudo correrá bem’.
Igualmente, a enfermeira, por sua vez, também me animava e por isso me decidi a submeter-me à prova, mesmo com o risco de sucumbir.
Ajustaram-me de novo a máscara e respirei profundamente algumas vezes, depois levantei-me de um salto e sentei-me no leito, exclamando:
‘É inútil tentar a prova.
Não posso adormecer’.
O doutor disse-me:
‘Faça o favor de lavar a boca com esta solução’.
Perguntei-lhe: ‘Porquê?’
Acrescentou ele:
‘Porque já lhe extraímos os dentes!’
Pois bem, eu teria jurado por qualquer tribunal de justiça que não havia perdido a consciência um só momento.
E, ao contrário, tinha ficado inconsciente o tempo preciso para me extraírem dois dentes.
Assim sendo, não é perfeitamente admissível que se possa realmente passar a outra condição de existência por um tempo mais ou menos curto, sem disso conservar recordação alguma?”
(2ª Categoria: Mensagens mediúnicas entre vivos e à distância. Subgrupo C)
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O Espiritismo na sua expressão mais simples (Parte 8 e final)
Allan Kardec
Concluímos nesta edição o estudo do livro O Espiritismo na sua expressão mais simples, publicado no ano de 1862 por Allan Kardec.
Este estudo foi feito com base na tradução para o idioma português efectuada por Salvador Gentile.
Questões preliminares
A. Porque se diz que a fortuna é uma prova mais difícil do que a miséria?
São os Espíritos que entendem que a fortuna é uma prova mais difícil porque é uma tentação para o abuso e os excessos, e porque é mais difícil ser moderado que ser resignado.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
B. A caridade é uma virtude mais ampla do que geralmente se pensa?
Sim. Ela não se resume, como muitos pensam, ao acto de ajudar, de dar esmolas, porque a caridade pode expressar-se por meio de pensamentos, palavras e actos.
Ser indulgente para com as faltas do próximo é uma faceta da caridade em pensamentos.
Não dizer nada que possa prejudicar o próximo faz parte da caridade em palavras.
Assistir o próximo na medida de nossas forças, eis o que caracteriza a caridade por meio de actos.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
C. Os chamados mortos estão mais vivos que nós?
Sim. Segundo os Espíritos instrutores, aqueles que consideramos mortos estão mais vivos do que nós, porque veem o que não vemos, ouvem o que não ouvimos e, portanto, têm uma visão mais ampla acerca da vida e dos problemas que nos acometem.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
Texto para leitura
152. Ore, cada um, segundo suas convicções e o modo que entenda seja o mais conveniente, porque a forma não é nada, o pensamento é tudo; a sinceridade e a pureza de intenção são essenciais; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras, que se assemelham ao ruído de um moinho e onde o coração não está em nada.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
153. Deus fez homens fortes e poderosos para serem o sustentáculo dos fracos; o forte que oprime o fraco é maldito de Deus; frequentemente, disso recebe o castigo nesta vida, sem prejuízo do futuro.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
154. A fortuna é um depósito do qual o possuidor não tem senão que usufruí-lo, uma vez que não o carrega com ele no túmulo; ele prestará uma conta severa do emprego que houver feito dele.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
Concluímos nesta edição o estudo do livro O Espiritismo na sua expressão mais simples, publicado no ano de 1862 por Allan Kardec.
Este estudo foi feito com base na tradução para o idioma português efectuada por Salvador Gentile.
Questões preliminares
A. Porque se diz que a fortuna é uma prova mais difícil do que a miséria?
São os Espíritos que entendem que a fortuna é uma prova mais difícil porque é uma tentação para o abuso e os excessos, e porque é mais difícil ser moderado que ser resignado.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
B. A caridade é uma virtude mais ampla do que geralmente se pensa?
Sim. Ela não se resume, como muitos pensam, ao acto de ajudar, de dar esmolas, porque a caridade pode expressar-se por meio de pensamentos, palavras e actos.
Ser indulgente para com as faltas do próximo é uma faceta da caridade em pensamentos.
Não dizer nada que possa prejudicar o próximo faz parte da caridade em palavras.
Assistir o próximo na medida de nossas forças, eis o que caracteriza a caridade por meio de actos.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
C. Os chamados mortos estão mais vivos que nós?
Sim. Segundo os Espíritos instrutores, aqueles que consideramos mortos estão mais vivos do que nós, porque veem o que não vemos, ouvem o que não ouvimos e, portanto, têm uma visão mais ampla acerca da vida e dos problemas que nos acometem.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
Texto para leitura
152. Ore, cada um, segundo suas convicções e o modo que entenda seja o mais conveniente, porque a forma não é nada, o pensamento é tudo; a sinceridade e a pureza de intenção são essenciais; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras, que se assemelham ao ruído de um moinho e onde o coração não está em nada.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
153. Deus fez homens fortes e poderosos para serem o sustentáculo dos fracos; o forte que oprime o fraco é maldito de Deus; frequentemente, disso recebe o castigo nesta vida, sem prejuízo do futuro.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
154. A fortuna é um depósito do qual o possuidor não tem senão que usufruí-lo, uma vez que não o carrega com ele no túmulo; ele prestará uma conta severa do emprego que houver feito dele.
(O Espiritismo na sua expressão mais simples - Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos.)
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