LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas III

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty O manacá

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 21, 2017 8:43 am

O manacá é uma planta conhecida da Mata Atlântica e espalhada por todo o Brasil.
Ela se adapta bem aos solos pobres, por isso mesmo recomendável para o povoamento de áreas devastadas.
Possui considerável valor ornamental, podendo ser usada em maciços ou isoladamente, na composição dos jardins.
De um modo geral, a coloração das flores ao abrir é branca, alterando depois para o lilás e o roxo-violáceo.
Um manacá em flor proporciona um verdadeiro show natural, que merece admiração.
Possivelmente por esse motivo aquele projecto de árvore, miúdo, baixinho, nos chamou a atenção.
Na sua pequenez, apresentava-se carregado de flores.
Não se sabia, de imediato, se era um arbusto florido ou um ramalhete de flores coloridas que alguém plantara na terra.
Ele mostrava todo seu viço ao sol da manhã e nos detivemos alguns minutos contemplando-o.
Como podia aquela árvore minúscula assim se mostrar rica de flores?
Ela mal colocara o caule reduzidos centímetros acima do solo...
E, olhando-o, entre o espanto e a admiração, é como se ouvíssemos o manacá nos dizer: Eu sou um manacá.
Fui plantado para florir, para embelezar este lugar.
Então, veja o que eu fiz. Eu floresci.
Não importa que eu seja minúsculo, eu fiz a minha parte, eu cumpri a minha missão.
Sou flores, cores, beleza.
Deveríamos ser como o manacá:
atender nossa missão, não nos considerando pequenos, ou inúteis.
Importante é que façamos aquilo para o qual viemos para este mundo. Ou seja, progredir.
E para progredir temos que estudar, reflexionar, ler, meditar.
Aprender e executar.
Realizar a parte que nos toca no concerto da Criação.
Viemos ao mundo para cumprir um plano.
E ninguém é pequeno demais para atender o que lhe foi estabelecido ou escolheu, por vontade própria, antes de nascer.
Podemos não conquistar o primeiro lugar no curso em que nos matriculamos, mas podemos conclui-lo com honra, extraindo dele o melhor.
Podemos não ser o funcionário número um em desempenho, mas podemos realizar a função que nos cabe com seriedade, disciplina, da melhor forma que nos permitam nossas habilidades.
Podemos não falar várias línguas mas podemos utilizar palavras preciosas do nosso idioma, como obrigado, por favor, é possível?
Podemos não ter o QI mais elevado da equipe profissional, mas podemos desenvolver a consciência do dever rectamente cumprido.
Podemos ser os únicos a atravessar a rua na faixa de pedestres, a ceder nosso lugar no colectivo a quem reconhecemos ter alguma dificuldade na sua mobilidade.
Podemos ser os únicos a cumprir todos nossos deveres, a pagar todas as nossas contas, a honrar nossos compromissos.
Podemos, enfim, ser como o manacá.
Um ser minúsculo que acredita não será jamais notado.
Mas, exactamente imitando-o, podemos surpreender a quem se aproxime de nós pela nossa gentileza, nossa disposição de servir, nossa vontade de ajudar.
Permitamos, pois, que qualquer que se nos aproxime receba o perfume da nossa boa vontade, as cores da nossa fraternidade, a beleza da nossa solidariedade.
Pensemos nisso.
Sejamos no mundo, o manacá minúsculo, na aridez das pedras, explodindo em cores e perfumes, embelezando as veredas, surpreendendo as pessoas.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Quando a solidariedade salva vidas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 22, 2017 10:19 am

Nos dias que vivemos, é comum se ouvir falar a respeito da indiferença do ser humano, de como cada um cuida de seus próprios interesses e não se preocupa com o outro.
No entanto, se existem muitos que pensam somente em si mesmos, que buscam conquistar tudo para si, sem pensar no bem-estar alheio, verdadeiro é que todos os dias ouvimos relatos a respeito de movimentos de comunidades que se cotizam, se unem para atender a dificuldades de uma pessoa ou de um grupo.
Não é raro descobrirmos que o medicamento imprescindível à vida de alguém, foi providenciado por mãos bondosas.
Ou que a instituição beneficente teve sua crise resolvida graças ao movimento solidário da comunidade.
E foi uma iniciativa espontânea que salvou a vida de nove pessoas, em uma praia na Flórida.
Roberta estava na companhia da mãe, do marido, de seus filhos e sobrinhos.
Após tomar um banho de mar, ela se surpreendeu ao descobrir seus familiares muito distantes da areia.
As crianças choravam e todos gritavam que estavam sendo puxados para longe, pela correnteza.
Desesperada, pensando em salvá-los, adentrou novamente na água.
Uma banhista percebeu a movimentação e logo se deu conta de que pessoas estavam se afogando.
De imediato, apanhou uma prancha de bodyboard que encontrou na areia e nadou em direcção à família.
Enquanto isso, seu marido também entrou na água, com algumas pessoas, iniciando a formação de uma corrente humana.
E, enquanto Jéssica remava, a corrente foi aumentando, com adesão de oitenta pessoas se dando as mãos, alcançando uma distância de cem metros.
Graças a isso, foi possível salvar todos os membros da família, trazendo-os para a areia um a um.
Roberta comentou, mais tarde, que nem se lembrava de ter sido resgatada.
Apenas recordava ter acordado na praia, após ter desmaiado.
Sua mãe precisou ser reanimada e foi levada ao hospital, em ambulância.
Profundamente agradecida, ela disse dever a sua e a vida de seus familiares a esse grande laço de solidariedade que se formou, ao descobrir pessoas em perigo.

A espontaneidade registada é digna de nota.
Ela nos diz que quando uma pessoa se movimenta no sentido do bem, imediatamente consegue quem com ela se solidarize.
Inspirador perceber como o ser humano se prontifica ao auxílio.
Basta, apenas, que alguém tome a iniciativa que outros o seguem.
Isso nos diz como se faz de importância o exemplo, o bom exemplo, a boa liderança.
Se alguém vai à frente, com certeza muitos o seguirão.
E será exactamente isso que fará a grande diferença na Terra.
A diferença entre a penúria e a fome atendida.
Entre a miséria e o acolhimento.
Entre a ignorância e a instrução.
Em essência, isso nos diz que nos consideramos, verdadeiramente, irmãos uns dos outros, não importando quem somos, a que país pertencemos, qual o idioma pelo qual nos expressamos.
Somos uma única família vivendo no mesmo lar e o auxílio mútuo somente granjeará melhores condições a todos nós.

Pensemos nisso.

Momento Espírita, com base em facto ocorrido em praia da Flórida, Estados Unidos.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Vale a pena lutar

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 23, 2017 9:17 am

A vida na Terra, com suas belezas naturais, é grande dádiva concedida por Deus aos filhos que destinou para este planeta.
O céu nos presenteia com astros e estrelas brilhantes.
A natureza mostra seu colorido exuberante, sempre renovado, surpreendente.
O campo oferece a subsistência.
A chuva abençoa a terra, saneia o ar.
O sol aquece e ilumina, dando vida.
O amor dá sentido à existência...
No entanto, nem todas as criaturas conseguem se dar conta dessas tantas bênçãos.
Há os que, não percebendo essas riquezas que os rodeiam, se acreditam deserdados, infelizes.
São almas ainda infantis, que não aprenderam a valorizar o que é bom e belo.
Renegam suas realidades, julgando-se eternas sofredoras.
Assumem posição de vítimas, ao enfrentar as dificuldades naturais de um planeta de provas e expiações.
E, para tornar ainda mais complicada a questão, colocam a culpa do que lhes acontece na família, nos parceiros, no governo.
São almas que, por falta de amadurecimento, não aceitam críticas nem conselhos.
Não conseguem entender que a vida é feita de vales e de montanhas.
Gostariam, simplesmente, que tudo transcorresse de forma tranquila, plena, atendendo suas vontades.
Em verdade, não são as circunstâncias que as oprimem, mas a indisposição e o pessimismo frente a elas.
Em todas as épocas da Humanidade, viver na Terra com tantas adversidades, não tem sido fácil para ninguém.
Muitas vezes, o cansaço e o desânimo tomam conta da alma inquieta.
Importante lembrar que Deus é amor e bondade infinitas, e sempre nos auxilia.
Quando chegamos à Terra, os primeiros auxiliares, que dEle recebemos, são os pais que nos ensinam, com seus exemplos e carinho.
Depois conquistamos amigos sinceros que nos ajudam a crescer.
Professores, orientadores da cultura, que nos abrem os horizontes do saber.
São todos companheiros a nos enriquecer a vida de múltiplas formas.
Considerando que a vida na Terra é uma oportunidade de crescimento, quando a dor nos chega, importante saber que ela traz consigo grandes ensinamentos.
Tendo, pela experiência, aprendido novas e adequadas formas de enfrentamento, podemos superar os desafios.
A jornada se torna mais acessível e menos preocupante quando decidimos viver com amor e simplicidade.
O desvendar do eu interno nos ensina a conhecer nossas fraquezas e a buscar o fortalecimento necessário.
Ignoramos o grau de nossa resistência ao mal, mas podemos reforçá-la com a perseverança no bem.
Se queremos tranquilidade para o coração, evitemos assuntos infelizes, críticas mordazes, palavreados chulos.
Administrando as dores, exportando alegria e esperança onde estivermos, estaremos nos aperfeiçoando.
Enfrentando problemas com optimismo e coragem, abrimos veredas ensolaradas em nossa caminhada.
A vida não é construída sobre nuvens de eterno descanso.
O mar de rosas só existe na fantasia.
O segredo é se esforçar por fazer o melhor.
Por isso, sempre vale a pena lutar!

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Bem-aventurados os pobres de espírito

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 24, 2017 11:55 am

Quando Jesus reservou bem-aventuranças aos pobres de espírito, não menosprezava a inteligência, nem categorizava o estudo e a habilidade por resíduos inúteis.
O Senhor, aliás, vinha enriquecer a Terra com Espírito e Vida.

O Divino Mestre, ante a dominação da iniquidade no mundo, honrava acima de tudo a humildade, a disciplina e a tolerância.
Louvando os corações sinceros e simples, exaltava Ele:
- os que se empobrecem de ignorância;
- os que arrojam para longe de si mesmos o manto enganoso da vaidade;
- os que olvidam o orgulho cristalizado;
- os que se afastam de caprichos tirânicos;
- os que se ocultam para que os outros recebam a coroa do estímulo no imediatismo da luta material;
- os que renunciam à felicidade própria, a fim de que a verdadeira alegria reine entre as criaturas;
- os que se sacrificam no altar da bondade, cultivando o silêncio e o carinho, a generosidade e a elevação nos domínios da gentileza fraterna, para que o entendimento e a harmonia dirijam as relações comuns no santuário doméstico ou na vida social e que se apagam, a fim de que a glória de Jesus e de seus Mensageiros fulgure para os homens.
Aquele, assim, que souber fazer-se pequenino, embora seja grande pelo conhecimento e pela virtude, convertendo-se em instrumento vivo da Vontade do Senhor, em todos os instantes da jornada redentora, guardando-se pobre de preguiça e egoísmo, de astúcia e maldade, será realmente o detentor das Bem-Aventuranças Divinas na Terra e no Reino Celestial, desde agora.

Do livro Vida e Caminho, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Poder transformador

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 25, 2017 10:07 am

Existe na região da Puglia, na Itália, uma encantadora província chamada Alberobello.
O nome deriva de Sylva Arboris Belli, que significa selva das árvores de guerra.
Bem situada, geograficamente, entre os mares Adriático e Jónico, no alto de uma colina, desde tempos antigos, mereceu a cobiça de conquistadores de diversas procedências.
Chamam a atenção as casas trulli, que significa cúpula.
São casas brancas, cilíndricas, construídas por pedras sobrepostas.
O tecto é formado por uma cúpula, também de pedra, onde, muitas vezes, são pintados símbolos.
As trulli existem apenas nessa região, ao norte de Puglia, mas em nenhum outro lugar a concentração é tão grande quanto em Alberobello.
Por isso mesmo, são consideradas património da Humanidade pela UNESCO, desde 1996.
A província tem uma história rica de glórias e de sacrifícios, sendo, na actualidade, uma grande produtora de azeite de oliva.
O seu solo calcário dá vida a doze milhões de oliveiras, algumas das quais são consideradas as mais antigas do mundo.
No passado, essa região era fundo do mar, aparecendo o solo coberto de pedra calcária, graças às naturais mudanças ocorridas no planeta.
Devastada por conquistadores audaciosos, os seus agricultores tiveram o trabalho de arrebentar a crosta de terra até encontrarem solo adequado para a plantação e vida.
Esse trabalho gigantesco, que requereu grande esforço e persistência, resultou nessa abundante produção de azeite de oliva para quase todo o país e para o Exterior.

Visitando essa região produtora e que atrai centenas de turistas, de forma constante, pensamos no que o ser humano é capaz de fazer.
O seu poder transformador decide conquistar o solo e o faz, vencendo a rocha, buscando a terra fértil para a produção farta.
Nesses dias difíceis que vivemos em nosso país e no mundo, caberia a cada um de nós nos utilizarmos desse poder extraordinário.
Ante as pedras das dificuldades que se apresentam, podemos accionar nossos esforços para vencê-las, sejam as de carácter particular, sejam as que são de toda a comunidade.
Se nos unirmos, seremos ainda mais fortes e poderemos nos tornar uma força impulsionadora do progresso, convertendo desertos em jardins.
Verdadeiramente, pedras em pães, em grãos, em alimento salutar.
Nosso verbo, nossas atitudes poderão incentivar almas indiferentes ou agitadas em tormentos a modificarem o próprio rumo.
Nossas acções servirão de exemplo aos que nos observam e que, estimulados por elas, agregarão esforços aos nossos para a solução de graves problemáticas que angustiam a muitos.
Unidos poderemos erradicar a ignorância, abrandar a fome e agasalhar os que padecem nas intempéries.
Com esforço contínuo, encontraremos o abençoado solo do amor para a plantação da ventura e da paz.
Conscientes dessa nossa capacidade, tornaremos digna nossa existência terrestre, agindo de forma positiva.
A terra infeliz, ainda coberta de pedras e de inutilidade, receberá a acção benéfica da nossa actuação.
Façamos isso. Coloquemos as mãos em acção, coração e cérebro no bem.

Pensemos nisso.

Momento Espírita, com base no artigo Alberobello, de Divaldo Pereira Franco, publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 13.7.2017.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty As árvores amigas

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 26, 2017 9:01 am

Tudo teve início quando aquele amante das árvores contratou a acção de um expert para realizar a poda da laranjeira.
A árvore era como um membro da família.
Ela vira os filhos de Laertes crescerem e os netos chegarem.
Uns e outros a escalaram mais de uma vez para apanhar os frutos, sempre abundantes.
Ela era também lar para alguns pássaros que, no cair da tarde, promoviam uma grande algazarra, disputando os lugares mais acolhedores entre suas ramagens.
O profissional, indicado e recomendado, revelou-se alguém absolutamente desconhecedor da tarefa delicada.
Ele foi cortando galhos e mais galhos e deixou a pobre árvore despida.
Laertes conseguiu salvar um galho, um único galho, mandando parar tudo quando se deu conta do desastre ecológico.
E esse único sobrevivente da sanha destruidora de quem se dissera bom podador, ficou ali, solitário, como um ponteiro apontando os céus.
Os meses passaram e, chegada a época propícia, o vegetal cumpriu sua função.
Primeiro, surgiram as flores, depois os frutos.
Foram tantos que o galho foi vergando, com o peso, até se apoiar no pé de café, ao lado.
O cafeeiro, por sua vez, também se inundou de flores brancas, parecendo ter sido atingido por uma nevasca.
Quando lhe chegaram os frutos, ficou ele suportando ambas as cargas: a dos seus frutos e a dos frutos da laranjeira.
Então, chegaram os tempos frios.
Vinda do sul, uma massa polar alcançou a cidade.
A temperatura baixou para zero grau.
Com os ventos soprando, a sensação era de três graus negativos.
Quem pôde, protegeu as flores mais delicadas para que não fossem queimadas, destruídas pela onda fria.
A noite se fez gélida, alcançando a madrugada com temperaturas mínimas.
Quando a manhã despertou, uma fina camada de gelo cobria os telhados, os campos, os jardins.
O sol se apresentou um pouco depois.
Chegou lindo, brilhante, aquecendo tudo com o toque mágico dos seus raios dourados.
Olhando aqueles cristais minúsculos de gelo cobrindo toda a relva, Laertes pensou no pé de café, tão sensível às baixas temperaturas.
Qual não foi a sua surpresa ao verificar que ele estava ileso, em pé.
A geada sequer o alcançara.
Tudo porque o galho de laranjeira, cujo peso ele suportara, corajosamente, estendera como que um toldo protector, impedindo que o gelo lhe crestasse as folhas e os frutos.
Ali estava ele são e salvo, recebendo a gratidão do galho generoso.

Ouvimos muitas vezes referências de que o bem faz bem a quem o pratica.
Quase sempre, não levamos isso em conta porque nos parece irreal.
Afinal, tantos se esmeram em atender ao próximo e nem sempre são gratificados com bons sentimentos por aqueles mesmos a quem se dedicam.
Isso porque a preciosa pérola da gratidão ainda não se aloja no coração de certos homens.
No entanto, a verdade é incontestável.
Logo ou mais tarde, o bem alcança aquele que semeia benefícios por onde passa.
Trata-se de uma lei da vida que estabelece que se colhe aquilo que se semeia.
Por isso e pela satisfação de fazer o bem, imitemos as árvores amigas, auxiliando-nos mutuamente, não esquecendo jamais de espalhar o delicado perfume da gratidão por onde transitemos.

Momento Espírita, com base em facto narrado por Laércio Furlan.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty O nome de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 27, 2017 9:37 am

Narra o médium mineiro Francisco Cândido Xavier que, durante anos, prestou assistência a uma jovem com deficiência física e mental.
Com um ou outro amigo, comparecia toda semana, em dias determinados, à sua casa, para orar, transmitir as energias vitalizantes do passe e falar-lhe do Evangelho.
Isso mesmo. Embora a sua deficiência, ele lhe falava a respeito de Jesus, dos Seus ditos e dos Seus feitos.
Do Seu profundo amor pelas criaturas humanas.
Quando percebia que a moça demonstrava maior grau de desconforto, por um ou outro problema de saúde, que a martirizasse, colocava sua mão sobre a testa porejada de suor e lhe dizia:
Filha, pensa em Jesus! Jesus, minha filha!
Após alguns minutos, ela se tranquilizava e adormecia, calmamente.
Certo dia, o médium foi chamado às pressas.
A jovem agonizava.
Chico Xavier de imediato se deslocou até sua casa.
A jovem parecia aguardar sua presença, simplesmente.
Ele orou e tornou a lhe falar, suavemente do Mestre de Nazaré.
Recordou-O às margens do Tiberíades, cantando as glórias de Deus.
Lembrou da Sua visita à casa de Jairo, socorrendo-lhe a filha que todos acreditavam morta.
Falou de Suas andanças pelas estradas da Galileia, da tarde amena em que atendeu os pequenos, do Sermão da Montanha.
Percebendo que ela estava prestes a desligar-se do corpo, insistiu o médium mineiro:
Filha, pensa em Jesus!
Ela pareceu fazer um esforço supremo.
Da boca que sempre se mantivera muda, nesta vida, brotou um som, depois outro e outro.
Três sílabas. Todos a ouviram pronunciar, com muita dificuldade: Je-su-so. E morreu.
A emoção, naturalmente, tomou conta dos presentes.

Recordando esta experiência de Chico Xavier, imaginamos o quanto nosso Amado Mestre pode alimentar a esperança e aliviar dores.
Seu olhar dulcifica as multidões.
Seus ouvidos atentos descobrem o pranto oculto, identificam a aflição onde se encontra.
Sua boca, bordada de misericórdia, consola, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova, convocando os homens para a epopeia da felicidade.
Jesus é a luz do mundo.
Veio até nós para nos ensinar a amar e nos alçar na direcção do Excelso Bem.

Companheiro, se atravessas a vida experimentando júbilos e afeições, guarda a certeza de que Jesus está contigo.
Se, no entanto, atravessas os dias de desolação e tristeza; se os amigos não te percebem as angústias, nem te enxergam as lágrimas; se estás sobrecarregado de dores e mesmo assim, te mostras perseverante no bem, então, tem certeza:
Jesus está contigo, sim, mas já estás também com Jesus!

Momento Espírita, com base no verbete Jesus, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Dias perfeitos

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 28, 2017 8:47 am

Dias perfeitos são esses em que a meteorologia afirma “vai chover” e chove mesmo:
não os outros, quando se anda de capa e guarda-chuva para cá e para lá, até se perder um dos dois ou os dois juntos.
Dias perfeitos são esses em que todos os relógios amanhecem certos:
o do pulso, o da cozinha, o da igreja, exceptuando-se apenas os das relojoarias, pois a graça desses é marcarem todos horas diferentes.
Dias perfeitos são esses em que os pneus não amanhecem vazios; as ruas acordam com dois ou três buracos consertados, pelo menos; os ónibus não vêm por cima de nós, buzinando e na contramão; e os sinais de cruzamento não estão enguiçados...
Dias perfeitos são esses em que ninguém pisa nos nossos sapatos, nem esbarra com uma cesta em nossas meias, ou, se isso acontecer, pede milhões de desculpas, hábito que se vai perdendo com uma velocidade imensa.
Dias perfeitos, esses em que voltamos para casa e a encontramos intacta, no mesmo lugar.
E intactos estão nossos tristes ossos, e podemos dormir em paz, tranquilos e felizes como se voltássemos apenas de um pequeno passeio pelos anéis de Saturno.

A crónica de Cecília Meirelles fala desse nosso desejo de que tudo esteja sempre no seu devido lugar.
Somos seres de expectativas.
Esperamos da vida, dos outros, das coisas, de tudo.
E cada vez que algo não corresponde a um desses nossos aguardamentos, emburramos, à maneira das crianças mimadas.
Frustração, decepção, desilusão.
Quanto demonstramos esses sentimentos...
Desejamos ter tudo sob controle, sob nosso controle.
Porém, imaginemos cada ser no planeta querendo o mesmo: será que essa equação fecharia?
Da mesma forma, o que é perfeito para nós pode não ser para o outro.
Como resolveríamos esse impasse?
Quem teria prioridade num Universo justo?
Não criemos expectativas em demasia.
Deixemos a vida nos surpreender.
Esperemos de tudo e não esperemos nada.
As pessoas não pensam como nós e o Universo não está à nossa mercê para ficar simplesmente satisfazendo nossos caprichos aqui e ali.
A beleza da vida está, muitas vezes, exactamente nisso que podemos chamar de imperfeições.
A poetisa a enxergou nos relógios marcando horas diferentes na relojoaria.
Alguém mais prático poderia perguntar:
Mas de que servem esses relógios se não marcam a hora certa?
O poeta responderia:
Que tal se perder na hora, no tempo, de vez em quando, sem saber qual relógio está certo, qual relógio está errado?
Afinal, que é o tempo?
A beleza da vida está em enxergar perfeição nos dias, mesmo que não tenham sido nada do que esperávamos deles.
Está em terminar cada jornada, entre o amanhecer e entardecer, um pouco mais maduros, mais conscientes, mais perfeitos, pois é a nossa própria perfeição que devemos buscar.
Veremos que, conforme vamos nos tornando mais perfeitos, os dias também o serão, independente de como se apresentem.
Mudaremos a lente que os vê, simplesmente.
Dias perfeitos: nós os faremos.

Momento Espírita, com base em trecho da crónica Dias perfeitos, de Cecília Meirelles, do livro Crónicas para jovens, ed. Global.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty A senda estreita

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 29, 2017 10:10 am

"Porfiai por entrar pela porta estreita..."
Jesus. (Lucas, 13:24.)

Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.

Realização pede trabalho.
Vitória exige luta.
Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efémeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.

Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos(1) de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.

Seja qual for a experiência em que te situas na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se com a inércia, no desprezo deliberado às Leis que regem a vida.

Nosso dever é a nossa escola.
Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno.

Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.

Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.

Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, de vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.

Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.

E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a "porta larga" é a paixão desregrada do "Eu" e a "porta estreita" é sempre o Amor intraduzível e incomensurável de Deus.

(1) Fojos: armadilha, precipício, cilada.

Do livro Ceifa de Luz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Plantando e colhendo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2017 9:28 am

Conta uma fábula que, em um país distante e montanhoso, um lago e um riacho viviam lado a lado.
O lago ficava no pé da montanha e o riacho descia de um ponto mais alto.
O lago muito orgulhoso dizia ao pequeno rio:
Veja como sou grande e bonito.
Sim, respondia o riacho, você deve ter muitos amigos, pois pode dar de suas águas para quem queira beber.
Eu ainda sou tão pequeno!
O lago respondeu que se desse de suas águas para todos que dela necessitassem, se tornaria menor.
Um dia, um cabrito se aproximou para beber água, e o lago o expulsou.
O riacho, penalizado, chamou-o e, mesmo tendo pouca água, ofereceu-a para lhe matar a sede.
Mais tarde, um bando de andorinhas pediu água ao lago, que tornou a negá-la.
O riacho, vendo-as cansadas, ofereceu-lhes das suas águas, e elas beberam felizes.
Em um dia muito quente, um rato pediu ao lago que espalhasse suas águas para que chegassem até onde se encontrava um coelho com a pata quebrada, e que padecia muita sede.
Nada tenho com isso, disse o lago, recusando-se.
O riacho desejava ajudar mas suas águas não alcançavam o local onde se encontrava o animal ferido.
Teve então a ideia de pedir à montanha que deixasse a neve do seu topo derreter, permitindo que as águas viessem até ele para que pudesse auxiliar o coelho.
A montanha atendeu o pedido e o riacho pôde ajudar a quem desejava.
Com o calor que se fez durante muitos dias, o lago foi secando.
Diminuiu tanto até se transformar em um pântano.
Por sua vez, com a neve que derretia e agora o alimentava, o riacho se tornou um grande rio, oferecendo-se a todos que se aproximassem de suas margens.
Os animais da floresta, agradecidos, lhe diziam que fora o seu desejo de ajudar aos outros que o tornara tão grande.

Recebemos alertas constantes para o facto de que temos que plantar para colher, temos que doar para receber.
Um cântico nos ensina que é amando que somos amados, e é dando que recebemos.
Jesus já nos advertira de que a cada um seria dado conforme suas obras.
E a Doutrina Espírita, demonstrando a lei de causa e efeito, nos convida a reflectirmos sobre o Amor Divino e Sua Justiça.
Essa lei nos ensina a agir em concordância com o amor.
Como no Universo tudo se encontra intimamente interligado, todas as acções desencadeiam reacções de igual intensidade.
Deus, que é Pai de Amor e Justiça, determinou que nada nos ocorreria fora de Suas sábias leis.
Por isso, somos os únicos responsáveis pelos acontecimentos que ocorrem em nossas vidas.
Sejam eles bons ou maus, fomos nós quem os criamos com nossas acções anteriores.
Se analisarmos o que nos acontece hoje, poderemos ter ideia aproximada da nossa semeadura do ontem.
Mesmo que não recordemos, de forma consciente, por ter sido efectuado em outras vidas, a colheita se faz na exacta medida do nosso plantio.
É através dessa lei, que determina que cada um colhe do que semeia, que podemos compreender a razão dos nossos sofrimentos.
Deus nos concede a liberdade de escolha na hora de agir.
Se a utilizarmos de forma responsável, teremos colheitas positivas a nos enriquecer a vida.
E, por ser Deus Pai de Amor e Justiça, conforme nos ensinou Jesus, cada um de nós recebe de acordo com as suas acções, com a sua semeadura.

Momento Espírita, com base na fábula O lago e o riacho, de Esopo.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty MÉDIUNS INICIANTES

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2017 11:12 am

No intercâmbio espiritual, encontramos vasto grupo de companheiros, carecedores de especial atenção — os médiuns iniciante.
Muitas vezes, fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jacto, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.

Induzamo-los a reconhecer que estamos todos à frente dos Espíritos generosos e sábios, à feição de cooperadores, perante autoridades de serviço, que nos esperam o concurso eficiente e espontâneo.

Não nos compete avançar sem a devida preparação, conquanto supervisionados por mentores respeitáveis e competentes.
Tanto quanto para nós, para cada médium urge o dever de estudar para discernir, e trabalhar para merecer.
Tão-só porque os seareiros da mediunidade revelem facilidades para a transmissão de observações e mensagens, isso não exime da responsabilidade na apresentação, condução e aplicação dos assuntos de que se tornam intérpretes.

Indispensável se capacitem de que a morte não altera a personalidade humana, de modo fundamental.
Acesso à esfera dos seres desencarnados, ainda jungidos ao plano físico, é semelhante ao ingresso em praça pública da própria Terra, onde enxameiam Inteligências de todos os tipos.

Admitido a construções de ordem superior, o médium é convidado ao discernimento e à disciplina, para que se lhe aclarem e aprimorem as faculdades, cabendo-lhe afastar-se do tudo querer e do tudo fazer a que somos impelidos, nós todos, quando imaturos na vida, pelos que se afazem à rebeldia e à perturbação.

Ajudemos os médiuns iniciantes a perceber que na mediunidade, como em qualquer outra actividade terrestre, não há conhecimento real onde o tempo não consagrou a aprendizagem, e que todos os encargos são nobres onde a luz da caridade preside as realizações.

Para esse fim, conduzamo-los a se esclarecerem nos princípios salutares e libertadores da Doutrina Espírita.
Médiuns para fenómenos surgem de toda parte e de todas as posições.
Médiuns para a edificação do aprimoramento e da felicidade, entre as criaturas, são apenas aqueles que se fazem autênticos servidores da Humanidade.

Estude e Viva
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
André Luiz/Waldo Vieira

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 02, 2017 10:07 am

É natural: quando uma grande dor se abate sobre nós, a tendência é ficar paralisado, encolhido.
Parece que tudo para.
O ar fica pesado e a melancolia, em toda parte, faz os ponteiros dos relógios se arrastarem.
No coração, solidão, medo, angústia, sofrimento.
Nessa hora, a maioria de nós tem vontade de deixar todas as coisas de lado, de dormir, esquecer, desaparecer.
Mas a vida prossegue.
E reclama de nós uma atitude: é preciso continuar.
O estômago pede comida, o corpo se revela com sede, a família precisa ser sustentada.
Tudo segue normalmente.
Mas, como prosseguir quando nada parece ter sentido?
Se um enorme vazio toma conta de todas as coisas?
Antes de tudo é preciso ter consciência de que há outras pessoas que dependem de nós, seja fisicamente ou emocionalmente.
Filhos, mulher, marido, pais, irmãos, amigos.
Toda essa multidão sofre junto connosco.
E, por amor a eles, é preciso lutar para superar o que nos magoa.
Se um filho morre, há outros que ficam.
E esses aguardam gestos de amor, cuidados, sorrisos.
E, se não há outros filhos, há outros parentes, há amigos que nos querem bem.
Se perdemos algo, mesmo que seja muito importante, mesmo que seja o trabalho de toda uma vida, é a hora de buscar novos horizontes, novas oportunidades, novos olhares.
O mundo está cheio de descobertas à nossa espera.
Para isso é preciso estar aberto ao mundo, com os braços prontos para abraçar as belezas que a vida oferece.
É preciso saber que não somos solitários no sofrimento.
A dor que nos fere também vitima milhões de outras pessoas.
Cada um carrega a sua dor.
Muitas vezes em segredo.
Muitas vezes sem ninguém com quem compartilhar.
Apesar da dor, o mundo continua a girar, tudo segue seu ritmo normal.
E de nada adianta desejar que tudo pare para nos assistir chorar. Ou para nos consolar.
Temos dentro de nós uma força imensa para resistir a tudo, para suportar todas as provas.
É algo que vem de Deus.
Jesus nos ensinou que Deus não dá provas superiores às nossas forças.
Sim, pois Deus pôs em nosso coração a fortaleza que nos reergue.
É o espírito de luta que surge quando estamos abatidos.
É a força que, de repente, toma conta da alma e nos faz sorrir de novo.
É um presente de Deus. Aproveite.
Essa energia está viva na sua alma.
Agita-se como um pássaro e espera que você a liberte.
Como alcançá-la em nossa intimidade e despertá-la?
Não há segredo e todos, sem excepção, podem conseguir. Chama-se oração.
Deixe seu coração falar com Deus. Abra-lhe sua intimidade.
Confesse-lhe suas amarguras, ansiedades, tristezas.
E tenha certeza. Ele, o amor infinito e a misericórdia plena, não vai deixá-lo sem respostas.
A afirmativa é de Jesus, ao dizer que o pai não dá pedras ao filho que pede pão.
Confie. Dê-se essa oportunidade de fé, com ela buscando fortalecer suas esperanças, renovar seu ânimo para o bem, consolidar sua coragem para retomar a caminhada, conquistar forças para prosseguir com destemor.
Faça isso por você, mas, principalmente pelos seus afectos. Eles precisam muito de você.
Lembre-se que Jesus cantou o hino da esperança e do consolo para a Humanidade, com Seus ditos e feitos, e avisou-nos, afirmando:
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Venham a mim todos os que estão cansados pelas lutas do mundo e eu os aliviarei.

Pense nisso.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Esses outros seres

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 03, 2017 10:29 am

Os animais são seres que muito colaboram com o homem.
A História regista o valor excepcional dessas criaturas, ombreando com o ser humano, no desbravar das terras, no cultivo das searas, no aconchego das cavernas, nas primeiras cabanas.
Desde alguns anos, cientistas passaram a estudar as relações e inter-acções entre animais e humanos, que existem desde sempre.
Baseados nesses estudos, que pontuaram os benefícios que os animais trazem para o bem-estar e a saúde dos homens, foi criada a zooterapia.
Também conhecida como terapia assistida por animais, é uma técnica de reabilitação e reeducação física, psíquica, social e sensorial, na qual os animais são usados como assistentes.

Essa terapia, tanto pode tratar problemas psicológicos quanto físicos.
O cavalo, por exemplo, por seus movimentos para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para a frente e para trás, similares aos padrões do movimento humano, auxilia no desenvolvimento psico-social de crianças e indivíduos com necessidades educativas especiais.
Entre eles, deficientes físicos ou portadores de atraso mental e autismo.
É no nosso dia a dia, entretanto, que alguns animais revelam suas qualidades mais surpreendentes.
O cão, por exemplo, considerado o melhor amigo do homem, fiel até após a morte do seu dono.
É comum os observarmos, ao lado dos humanos, de tal forma interagindo, que não se sabe bem quem pertence a quem.
E, homens e mulheres que não falariam com estranhos, de forma alguma, no parque, na praça, no pet shop, observando um o cão do outro, rapidamente se aproximam, conversam, trocam impressões.
Elogiam o pelo do animal, indagam a respeito de produtos utilizados, a ração mais adequada, a época das vacinas e por aí afora.
Por sua vez, crianças habitualmente tímidas, de imediato, interagem com o animal que lhes atrai a atenção.
Aproximam-se, acariciam, abraçam como se fosse um reencontro.
E, para surpresa dos próprios pais, descrevem, a quem desejar ouvir, em total descontracção, o comportamento do seu animalzinho, do que ele gosta ou não gosta.

A Divindade tem múltiplas formas de auxiliar o ser humano.
Criou a lei de sociedade, levando-nos a essa convivência, a fim de nos auxiliarmos mutuamente, para que cresçamos juntos.
Proporciona ainda a presença desses outros seres, que têm a capacidade de acabar com a tristeza embutida, apenas com o seu alegre abanar da cauda, com as lambidas que nos afagam o rosto e as mãos, com o roçar dengoso em nossas pernas e o abraço inesperado num salto ágil em nossos braços.
Quem pode resistir a tanta insistência?
Nós, os humanos, quando somos rechaçados, nos ressentimos e nos fechamos.
Mas, o cão, ao qual dizemos para se afastar, para ir para longe, volta logo mais e torna a oferecer a sua alegria, de todas as formas possíveis.
Deveríamos aprender com esse ser irracional.
Pensemos nisso e, responsáveis por qualquer animal, lembremos de, além de lhe providenciar o essencial, lhe termos respeito, zelando pelo seu bem-estar.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Você lembrará...

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2017 9:34 am

Quando os cabelos nevados lhe aureolarem a face...
Quando os dias se fizerem frios, porque a gélida solidão faz presença ao seu lado...
Quando seus dias se fizerem de insistente saudade, você lembrará...
Lembrará das tardes quentes, quando levava a passear os pequenos e havia risos de alegria, lambuzeira de sorvete e pipocas espalhadas pelo carro.
Recordará das brincadeiras dos meninos, usando a mangueira do jardim para se molharem uns aos outros, em vez de regar as plantas.
Lembrará de sua voz recomendando menos bagunça, economia de água, de energia eléctrica...
Lembrará das mãos pequeninas que mexiam em sua orelha, enquanto os olhinhos tentavam se fechar, entregando-se ao sono.
Lembrará do ursinho de pelúcia, de olhos grandes, deixado no banco de trás de seu carro, acompanhando-o em viagem de negócios, em visitas a clientes.
O ursinho que ficava ali, sempre à disposição, aguardando o retorno de seu dono, ao final do dia.
Lembrará das vozes perguntando:
Pai, você me ergue?
Não estou vendo nada daqui.
Eu sou muito pequeno.
Você me carrega? Tô cansado.
Mami, você me gosta?
Lembrará do lanche da tarde, das visitas inesperadas portando sorrisos e flores; das festas surpresas nos aniversários; das cartas que chegavam com perfume de lembrei de você; das viagens com os amigos; dos amores, dos afagos, das lágrimas de emoção e contentamento.
Você lembrará...
Tudo passará no caleidoscópio das memórias, trazendo-lhe ao coração ternura e saudade.

Pense nisso, nos dias que vive e aproveite ao máximo o alimento do afecto, da presença, da alegria.
Mantenha a aparência jovial, embora o tempo teime em lhe colocar fios de prata nos cabelos bastos e arabescos na face.
Conserve o sorriso espontâneo e claro, mesmo que a alma esteja em trajes de luto.
Memorize os momentos felizes e arquive tudo no canto mais privilegiado de sua mente.
Não esqueça nenhum detalhe:
o dia cheio de luz ou a chuva insistente; as roupas coloridas, o boné levado pelo vento; os risos, o machucado, o aconchego dos pequenos em seu colo; o adormecer cansado em seus braços, após as horas de corrida e travessuras pelo parque; o cheirinho de bebê, o perfume do xampu, os cabelos escovados ou despenteados, rebeldes, jogados aos ombros.
Observe tudo.
Grave tudo. Um dia, quando a solidão se sentar ao seu lado, esses detalhes, essas pequenas-grandes coisas lhe farão companhia.
Você as retirará, uma a uma, do baú de memórias e alimentará as suas horas, para continuar a ser feliz, como hoje o é.
E talvez nem se dê conta do quanto é feliz.
Preparando a felicidade do seu amanhã, você acabará por descobrir, ainda hoje, o quanto é feliz.

Pense nisso... E aja agora.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Casas velhas, velhas casas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2017 9:44 am

É comum, quando se viaja pelo sul do Brasil, encontrarmos velhas casas de madeira.
Não se trata de casas que tenham sido tombadas pelo património histórico, por qualquer razão, mas, simplesmente, casas antigas.
A madeira envelhecida, as telhas de barro enegrecidas pelas intempéries e os anos rolados, a pintura um tanto desbotada.
Em algumas, ainda persistem as latas vazias de azeite de cozinha, abertas, penduradas com capricho, cheias de flores.
Vasos improvisados que resistiram ao tempo.
Enquanto o automóvel vai cobrindo os quilómetros, permanecemos na observação, que nos leva a cogitar de quantos amores ali viveram.
Quantas vidas nasceram entre aquelas paredes, quantas crianças cantaram, brincaram, gritaram, se divertiram, correndo de um lado para outro, saindo pela porta da frente, dando a volta pelo jardim e entrando pelos fundos.
Quantos pais viram seus filhos partir, olhando-os até desaparecerem na curva da estrada, dali, do portão também de madeira.
Filhos que não retornaram ao lar, por alcançarem estradas internacionais, conquistando lauréis.
Ou por terem ingressado no mundo espiritual, levados pela morte.
Quantos casais envelheceram juntos, vendo o progresso tomar conta das lavouras, das estradas, do mundo.
Quantos dramas terão suportado aquelas paredes, que permanecem em pé, desafiando os anos que se somam, e se multiplicam.
Algumas, um tanto abandonadas, se apresentam tomadas pela hera que as abraça, como desejando reter ali todo o amor que foi vivido, todos os risos e as alegrias experimentadas.
Fica a madeira encoberta pelo verde que insiste em se apoderar dos espaços, mais e mais, como a dizer: Se ninguém aqui mais reside, farei minha essa morada.
Ou talvez porque, em descobrindo a riqueza das vidas ainda presente, dela se deseje nutrir, e preservar essas vibrações tão felizes entre a ramagem que espalha.
Casas velhas. Velhas casas.
Olhando-as, nos pomos a reflexionar em como, por vezes, nos stressamos, nos preocupamos com tantas coisas pequenas, sem importância.
Brigamos, nos desentendemos porque queremos impor nossas vontades.
Discutimos porque o quadro deveria ser pendurado nesse local e não naquele.
Criamos um clima tenso porque não aprovamos a cor da tinta que outros escolheram para nossa casa.
Choramos porque o sofá da sala foi manchado, a fina porcelana quebrou, o vaso se partiu.
E, no entanto, a vida passa tão rapidamente.
E tudo o que é material e pelo qual nos empenhamos, fica para trás.
Alguém, depois que partirmos, assumirá esse património e o modificará, a seu bel-prazer.
Zelará pela sua conservação ou o passará adiante, ou o abandonará.
Ou talvez nem tenhamos, de verdade, a quem legar tudo isso que, ciumentamente, guardamos, e de que nem nos servimos de forma adequada, para não gastar, para não deslustrar.
Pensemos nisso e aprendamos a usufruir dos bens materiais que a Divindade nos permite possuir.
Eles existem para que nos dêem prazer, conforto, aconchego, protecção.
E, de verdade, nos empenhemos em amealhar tesouros da alma, os únicos que levaremos connosco, quando a morte vier nos convidar para adentrarmos a Espiritualidade, outra vez...

Pensemos nisso, agora.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Ainda haverá Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2017 9:35 am

Haverá dias nos quais sentiremos a alma vazia, como um deserto sem vida, sem sinal de renascimento, nada, enfim, que nos indique possibilidades, roubando-nos a esperança.
Ainda assim, haverá Deus.
Haverá dias nos quais nos sentiremos como se um vento gelado tivesse varrido tudo, deixando apenas o nada, congelando-nos o optimismo e a alegria.
Mesmo assim, ainda haverá Deus.
Haverá dias nos quais acordaremos em luto, em tristeza profunda, trazendo na alma os acúmulos das perdas e das dores do caminho percorrido, fazendo-nos temer o próximo passo, a continuidade da caminhada.
Apesar disso, ainda haverá Deus.
Haverá dias nos quais a solidão parecerá ser a única companhia em nossa jornada, como se nada ou ninguém existisse para compartilhar connosco as dificuldades que enfrentamos.
Muito embora não pareça, ainda haverá Deus.
Sempre haverá dias difíceis nos caminhos de todos nós.
Enfrentar-se e enfrentar o mundo não são tarefas de pouca significância, ou de fácil condução.
Haverá momentos em que nos assaltará a certeza de que vamos desfalecer perante as imensas montanhas que se erguem à frente.
Algumas delas estão em nosso mundo íntimo, esperando nossas acções.
Outras, se apresentam nas estradas que percorremos, convidando-nos às lutas necessárias.
É natural que assim seja.
Como nos lembra Jesus, no mundo teremos aflições.
São as aflições que nascem de nossa fé ainda frágil, de nosso entendimento limitado do mundo, de virtudes apenas desabrochando.
Assim, não desanimemos, mesmo em dias tumultuosos.
As aflições serão amenizadas, o aprendizado será construído, as dificuldades serão superadas.
Deus não nos coloca no mundo para sofrermos castigos ou para sermos penalizados.
Nem espera que nos infelicitemos com os problemas que nos cheguem.
Sua amorosidade nos alcança, das mais variadas maneiras e de forma constante.
Por ser justo, permite que enfrentemos as dores necessárias somente quando detenhamos a capacidade e a condição de superá-las.
Dessa forma, quando esses dias nos surgirem, quando o desânimo invadir nossa alma, querendo se alojar de forma permanente, lembremo-nos de Deus.
Recordemos que ele é Pai e, como tal, a Sua doação é sempre a favor dos Seus filhos.
Apesar de tudo e além de tudo, sempre haverá Deus a nos amparar, a nos conduzir e a nos guiar.
Ninguém está ou estará ao abandono da Providência Divina.
Deus vela por nós, zelando por nossos passos a fim de que sigamos para dias mais felizes.
Se Jesus nos alerta que no mundo teremos aflições, igualmente nos convida a termos bom ânimo, a seguirmos Seu exemplo, como Modelo e Guia, pois Ele venceu o mundo.
Portanto, nos dias difíceis, lembremo-nos de Deus.
Busquemos Sua companhia e Seu amparo. Oremos.
Será no regaço Divino que conseguiremos as forças para melhor enfrentar as aflições do mundo porque, por maiores e mais pungentes sejam nossas dificuldades, dores, dúvidas e angústias, sempre haverá Deus nos sustentando e guiando nossos passos.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Praticando a gentileza

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 07, 2017 10:03 am

Naquela manhã, como na maioria das outras, o ónibus estava lotado.
Muita gente impaciente, reclamando de tudo e de todos, tornava o clima além de abafado, irrespirável.
Foi quando, com muita dificuldade, entrou no veículo uma senhora idosa que foi se apoiando nas poltronas conforme podia.
Aconteceu o previsível.
Aquilo que normalmente observamos nos ónibus, quando adentra uma pessoa idosa:
um sono geral se abateu sobre os que estavam sentados.
No entanto, um menino de seis anos, aproximadamente, cutucou seu pai pedindo licença para sair do lugar onde estava.
O pai, indiferente, disse-lhe para ficar sentado.
Mas o menino, em voz alta, convidou-a para que viesse se sentar em seu lugar.
Um silêncio constrangedor se estabeleceu no colectivo, enquanto a senhora, agradecida, ocupava o assento que lhe fora oferecido.

Temos observado que, em meio às inúmeras possibilidades de escolha, aqueles que optam pela cooperação e pela ética constroem relações mais saudáveis e duradouras.
Sendo a gentileza uma amabilidade, uma delicadeza, uma forma de amor, alguns estudos demonstram que pessoas gentis têm aumentado o seu grau de felicidade, porque essa virtude está ligada ao gene que libera o hormónio responsável pelo bem-estar, a dopamina.
Um ditado popular diz que gentileza gera gentileza.
De facto são muito comentados os factos sequentes de atitudes generosas, comprovando que, quando se é gentil com os outros contribuímos para tornar melhor o ambiente em que vivemos.
A gentileza acaba por ser contagiante, e outros são motivados a serem, igualmente, gentis.
Sendo uma forma de atenção, de deferência, que torna os relacionamentos mais humanos, é decorrência natural do respeito e do amor, do prazer de servir, apenas pela alegria de ser útil.
Uma pessoa gentil demonstra cortesia, é educada e atenciosa.
Quando, habitualmente, auxiliamos as pessoas, quando conseguimos ser gentis para com todos, temos igualmente aumentadas nossas probabilidades de gozo de saúde mental.
Nosso sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação directa entre bem-estar, felicidade e saúde.
Quando nos dispomos à gentileza, nos tornamos pessoas cuidadosas e delicadas não apenas com os de fora, mas também dentro do próprio lar.
Sempre atentos para perceber as necessidades do outro, conquistamos a consciência de que aquilo que nos alegra, pode igualmente alegrar a outrem e o que nos entristece, pode da mesma forma entristecê-lo.
Colocamo-nos no lugar do outro para escolher a melhor forma de agir e nos felicitamos.
Dessa forma, sejamos gentis, doemo-nos e veremos como nos sentiremos mais completos e felizes.
Como a gentileza decorre do despertar da consciência, quando nos dispomos a compreender os valores reais da vida, juntamente com essa virtude, conquistamos alegria, amorosidade, afabilidade, amizade, brandura, gratidão, respeito, ternura, tolerância.
O gesto de gentileza é, sem dúvida, um grande passo para modificarmos uma situação de descaso, de indelicadeza ou de indiferença.

Pensemos nisso!

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Ainda haverá Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 08, 2017 10:15 am

Há muita gente que te ignora.
Entretanto, Deus te conhece.

Há quem te veja doente.
Deus, porém, te guarda a saúde.

Companheiros existem que te reprovam.
Mas Deus te abençoa.

Surge quem te apedreje.
Deus, no entanto, te abraça.

Há quem te enxergue caindo em tentação.
Deus, porém, sabe quanto resistes.

Aparece quem te abandona.
Entretanto, Deus te recolhe.

Há quem te prejudique.
Mas Deus te aumenta os recursos.

Surge quem te faça chorar.
Deus, porém, te consola.

Há quem te fira.
No entanto, Deus te restaura.

Há quem te considere no erro.
Mas Deus te vê de outro modo.

Seja qual for a dificuldade,
Faz o bem e entrega-te a Deus.

Do livro Companheiro, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Horizontal e vertical

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 09, 2017 10:03 am

A inteligência é responsável pela grande horizontal das conquistas humanas, mas o sentimento é a grande vertical na direcção de Deus.

Na actualidade, não há como negar as notáveis conquistas da inteligência, responsáveis pela tecnologia e por todas as extraordinárias contribuições da ciência, tornando a vida na Terra mais confortável, com muitos males eliminados ou contornados, propiciando bem-estar, conforto e facilidades de todo porte.
No entanto, não se pode desconhecer que esses instrumentos fabulosos de que se têm utilizado o conhecimento, são também responsáveis por males incontáveis e desastres jamais imaginados de se tornarem realidade.
O conhecimento, que abre as janelas da alma para a percepção da realidade, quando não é alimentado pelo sentimento ético, conduz à cegueira da razão, que somente se direcciona para o imediatismo do prazer e do interesse pessoal, com parcial ou total indiferença pelo que sucede ao redor.
Assim tem sido o comportamento da sociedade nesses longos milénios de desenvolvimento da inteligência.
Enquanto o amor não germinar nos sentimentos, contribuindo em favor da harmonia interna, do equilíbrio das emoções, ainda em fase primária de selecção, o sofrimento seguirá ao lado dos viajantes pelos caminhos do mundo.
Desenvolver um programa de realizações internas, caracterizadas pelos sentimentos de compreensão em favor da família humana, torna-se uma urgente necessidade que não deve ser adiada.
Ninguém consegue viver em equilíbrio sem um projecto de existência alicerçado na afectividade, ou seja, ninguém consegue se realizar durante a vida física sem um objectivo psicológico superior.
Se esse objectivo é material, imediato, constituído por desejos egoístas, o sentido da vida desaparece e o ser resvala em transtorno de comportamento, mergulhando em melancolia e depressão.
A primeira meta deve ser unir as aspirações da inteligência com as aplicações do sentimento.
Sem dúvida, a inteligência é responsável pela grande horizontal das conquistas humanas, mas o sentimento é a grande vertical na direcção de Deus.
No centro em que se encontram as duas vertentes, está o coração pulsando em amor e cantando as glórias do existir.

Quando olhamos para nossos filhos, desejamos que conquistem o mundo.
Por isso nos orgulhamos quando são precoces na fala, hábeis em línguas, quando sua inteligência, no geral, se destaca da maioria.
Principalmente para aqueles pais que vieram de uma situação sócio-económica difícil, o grande sonho é que sejam bem sucedidos.
Tudo é natural e compreensível, porém, não podemos nos esquecer de que o que os fará realmente ter sucesso na encarnação será a bagagem moral que conquistarão.
Dessa forma, apliquemos nossos esforços também na área dos sentimentos, das suas virtudes, do desenvolvimento de sua sensibilidade e senso de fraternidade.
A parte intelectual eles constroem quase que sozinhos, mas a moral ainda necessita do grande apoio da família.

Momento Espírita, com base na mensagem Inteligência e emoção, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, da Revista Reformador, de agosto/2013.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Quando o amor supera a morte

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2017 9:46 am

A jovem chegou na pacata localidade litorânea praticamente sem bagagens.
Arrumou um emprego na lanchonete local e alugou uma casa longe de tudo e de todos.
O seu objectivo era não criar laços afectivos para que ninguém, eventualmente, lhe pudesse descobrir a origem e os motivos que a haviam conduzido até ali.
Apesar disso, uma pretensa vizinha, que dizia morar um pouco mais distante do que ela mesma, se aproximou.
Demonstrou-se amiga, aparecendo nas horas de solidão, acompanhando-a nas idas e vindas do emprego para casa e vice-versa; aconselhando-a a ser menos rigorosa, nos seus posicionamentos e aceitar a ajuda que lhe oferecia o charmoso e gentil viúvo Alex, pai de dois filhos.
A convivência com as duas crianças, que sentem, naturalmente, a ausência da mãe, que morrera, vitimada por um câncer, e as gentilezas de Alex acabam por fazer com que o coração de Katie se entregue à afeição.
Então, em uma manhã radiosa, de forma inesperada, ele lhe entrega uma carta deixada pela esposa.
Estava endereçada: Para ela.
A letra é caprichada e as palavras surpreendentes, escritas com alma e coração:
Para a mulher que meu marido ama.
Se você está lendo está carta, então deve ser verdade:
ele ama você, sem sombra de dúvida.
Eu só espero que você sinta por ele o mesmo que ele sente por você.
Mas, eu quis lhe escrever uma carta porque queria que você soubesse uma coisa muito, muito importante:
estou feliz por ele tê-la encontrado.
Eu só queria poder estar aí, de algum modo, para conhecer você.
Talvez, de alguma forma, eu esteja.
Depois de meu marido e meus dois filhos lindos, você é a pessoa mais importante do mundo para mim porque eu parti e eles são seus agora.
Está tudo bem.
Você precisa cuidar deles, fazê-los rir, abraçá-los quando eles chorarem, defendê-los, ensiná-los a distinguir o bem do mal.
Pensar que você está aí, me dá esperança.
Esperança de que Alex se lembre de como é ser jovem e estar apaixonado.
Esperança de que meu filho tenha de novo com quem pescar.
Esperança de que minha filha tenha alguém para ajudá-la, no dia do casamento.
Espero que um dia minha família esteja novamente completa mas, sobretudo, eu espero que um dia, eu esteja aí, com todos vocês, zelando por vocês.
A carta é emocionante.
Carta de uma esposa e mãe, que, sabendo-se prestes a partir, pensou no marido jovem, na vida que poderia reconstruir, numa mulher que poderia surgir em sua vida para lhe ser a companheira, mulher que também deveria ser mãe para os seus filhos.
O mais interessante, no entanto, é que, graças a uma foto encontrada junto à carta, Katie descobre que a sua amiga especial, aquela que, praticamente, a colocou no seio da família, era a esposa desencarnada.
Sim, nossos amores prosseguem a se interessar pelos que permanecemos sobre a face da Terra, preocupam-se com o que nos ocorre, e, quando possível, por autorização da Bondade Divina, podem estar próximos.

Pensemos nisso: a morte não mata o amor, nem a esperança, nem a saudade.

Momento Espírita, com base no filme Um porto seguro.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty A visão da infância

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2017 9:45 am

Diz-nos Cecília Meirelles que se fosse preciso ainda uma vez recordar a diferença profunda que existe entre a infância e a idade adulta, eu convidaria o leitor a relembrar os lugares por onde passou, quando pequeno.
Então, comparar a impressão que lhe deixavam naquele tempo com a que lhe oferecem agora.
O ambiente em que se desenvolveu a nossa meninice foi visto por nós com olhos tão diversos daqueles que vêem depois as realidades do adulto, que geralmente sentimos uma enorme surpresa revendo esses lugares.
Achamo-los tão mudados... no entanto, não mudaram, eles. Mudamos nós.
As coisas... nós as víamos de perto, com um interesse e uma atenção de que já não dispomos.
Nossos sentidos, donos ainda de raras sensações, analisavam cada espectáculo, linha por linha, percorrendo-os com verdadeiro deslumbramento.
E, nessa encantadora viagem do olhar iam tecendo uma história que foi a primeira legenda, escrita por nós sobre as vidas que encontramos.
Hoje, um insecto é para nós um insecto, apenas, com um lugar determinado na História Natural.
Esse mesmo insecto foi um motivo decorativo de infinita beleza nos nossos tempos de criança.
Conhecíamos com exactidão o desenho das suas asas, a cor que tomavam, com a luz, o movimento que tinham, a resistência que lhe era peculiar.
Como eram enormes as nossas bonecas e os nossos carros!
Se algum deles tivéssemos conservado até hoje, haveríamos de o achar insignificante, e ficaríamos admirados do tamanho que lhe supúnhamos.
A eminente escritora brasileira termina então por questionar:
Com toda essa diferença de visão, como querer fazer que as crianças sintam o que sentimos?
Como forçá-las a compreender o nosso mundo com as proporções que lhe damos?
Como arrancá-las ao seu prodigioso cenário, tão diverso deste que em geral se lhe quer impor, como o único autêntico?
Muito há de se pensar sobre essas questões, certamente.
Preciso se faz reflectir sobre como estamos tratando nossas crianças, e ainda mais: sobre como tratamos a criança que mora em cada um de nós.
Por que perdemos esta visão acurada ao longo do tempo?
Será realmente uma mudança natural, necessária, inevitável?
Não seria possível conservar, como um grande tesouro que se guarda, pelo menos um pouco dessa sensibilidade infantil?
Nós, adultos, temos muito a aprender com as crianças.
Primeiramente entendendo seu mundo, sua visão da vida, sua interpretação dos factos, evitando exigir-lhes compreensões que são nossas apenas.
Em segundo lugar, enamorando-nos de sua sensibilidade apurada, analisando-a com cuidado, e tomando-a como exemplo.
Passemos algumas férias dentro do coração de nossos filhos, procurando viver em seu mundo por alguns instantes, de quando em vez.
Será viagem inesquecível para ambos.
Para eles será prova de amor, de companheirismo.
Para nós, escola moral enriquecedora.

Momento Espírita, com base em texto do livro Crónicas de educação, de Cecília Meirelles, ed. Nova Fronteira.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty A alma infantil

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2017 8:45 am

A alma infantil, nos diz Cecília Meirelles, como aliás, a alma humana, não se revela jamais completa e subitamente, como uma janela que se abre deixando ver todo um cenário.
É necessário ter cuidado para entendê-la, e sensibilidade no coração para admirá-la.
A autora nos narra que, certa vez, ouviu o comentário de uma professora que contava sobre alguns presentes recebidos de alunos seus:
Os presentes mais engraçados que eu já recebi de alunos, foram, certa vez, na zona rural:
um, levou-me uma pena de pavão incompleta:
só com aquela parte colorida na ponta.
Outro, uma pena de escrever, dourada, novinha.
Outro, um pedaço de vidro vermelho...
Cecília afirma que seus olhos se alargaram de curiosidade, esperando a resposta da professora sobre sua compreensão a respeito de cada um dos presentes.
A amiga, então, seguiu dizendo:
O caco de vidro foi o que mais me surpreendeu.
Não sabia o que fazer com ele.
Pus-me a revirá-lo nas mãos, dizendo à criança:
“Mas que bonito, hein?
Muito bonitinho, esse vidro...”
E procurava, assim, provar-lhe o agrado que me causava a oferta.
Ela, porém, ficou meio decepcionada, e, por fim, disse:
“Mas esse vidro não é para se pegar, não...
Sabe para que é?
Olhe: a senhora põe ele assim, num olho, e fecha o outro, e vai ver só:
fica tudo vermelho... Bonito, mesmo!”
A professora finalizou dizendo que esses presentes são, em geral, os mais sinceros.
Têm uma significação muito maior que os presentes comprados.
Cecília Meirelles vai além, e busca ainda fazer uma análise de carácter psicológico:
O que me interessou, no caso relatado, foram os indícios da alma infantil que se encontraram nos três presentes.
E os três parecem ter trazido a mesma revelação íntima:
uma pena de pavão incompleta – reparem bem -, só com aquele pedacinho “colorido” na ponta, uma pena de escrever “dourada” novinha, e um caco de vidro “vermelho” são, para a criança, três representações de beleza.
Três representações de beleza concentradas no prestígio da cor e desdobradas até o infinito, pelo milagre da sua imaginação.
Essas três ofertas, portanto, da mais humilde aparência (para um adulto desprevenido), não devem ser julgadas como esforço entristecido da criança querendo dar um presente, sem ter recursos para comprar.
A significação de dinheiro, mesmo nas crianças de hoje, ainda é das mais vagas e confusas.
E sua relação de valor para com os objectos que a atraem é quase sempre absolutamente inesperada.
Eu tenho certeza - diz a autora ainda – de que uma criança que dá a alguém uma pena dourada, uma pena de pavão e um caco de vidro vermelho, os dá com certo triunfo.
Dá com certa convicção de que se está despojando de uma riqueza dos seus domínios, de que está sendo voluntariamente grande, poderosa, superior.
A infância não é somente útil, necessária, indispensável, mas é, ainda, a consequência natural das leis que Deus estabeleceu, e que regem o Universo.
Com ela, aprendem os Espíritos que reencarnam – mais dóceis e influenciáveis quando no estado infantil.
Aprendem também as almas que as cercam, colhendo desse período de inocência e magia o exemplo da pureza e da simplicidade de vida, que devemos todos encontrar em nosso íntimo.

Momento Espírita, com base no cap. Os indícios da alma infantil, do livro Crónicas de educação, v. 1, de Cecília Meirelles, ed. Nova Fronteira.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Boas palavras

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 13, 2017 9:18 am

O educador Rubem Alves escreveu, certa feita, que as palavras têm o poder de enfeitiçar.
Ele se referia ao processo de educação do ser humano.
Se agasalhamos conceitos, frases ouvidas ou lidas, podemos nos transformar.
É assim que, lendo e relendo o Sermão da Montanha conseguiremos nos pacificar e passarmos a agir de forma mais equilibrada, mais serena.
Mas, se as palavras têm o poder de modificar a mente, de nos permitir a melhoria das próprias atitudes, igualmente guardam a capacidade de modificar a alma, de energizá-la.
Em si mesmas, as palavras são neutras.
Assim, pretensas maldições simplesmente grafadas no papel não guardam sentido algum.
De igual forma, preces e bênçãos, estruturadas em fórmulas mortas, impressas, nenhum efeito surtirão.
No entanto, ganham sentido no momento em que as impregnamos com nossos sentimentos.
Elas, então, passam a ter a vida e a energia que lhes atribuímos.
A partir disso, poderão fazer morada em alheios corações, que, por sintonia, lhe dêem guarida, conferindo-lhes importância.
Portanto, as palavras que nos saem da boca ou as que resultam de nossas acções, não têm apenas o peso do seu significado.
Em verdade, muito mais do que o significado, o seu peso está em relação directa com o sentimento que carregam.
Em nossos contactos diários, se nossas palavras são sinceras e nascem do afecto, do bem querer, da vontade de ajudar, se constituirão em bênçãos, em vibrações de bem-estar para todos que com elas sintonizem.
A mãe, ao beijar a fronte do filho, desejando-lhe um bom dia, uma boa jornada, a companhia divina, o está impregnando com seus verdadeiros sentimentos de amor.
Alguém que deseje ao outro paz, felicidades, alegrias o está envolvendo nessas vibrações.
Como nossa boca fala do que se encontra repleto o coração, como nos explica Jesus, as palavras haverão de reflectir sempre os nossos sentimentos, embora possamos disfarçar, com belas palavras, o que nos vai no íntimo.
Por isso, a importância de atentarmos para a nossa intimidade, de pensarmos no que falamos, no que escrevemos, enviando a terceiros.
É lei da natureza a troca das energias que nos são próprias e que nutrimos, por nossa própria escolha.
É nosso dever, portanto, vigiar os sentimentos, o falar, aquilo que escrevemos.
Pensemos antes de remeter, a quem quer seja, o que tenhamos escrito, em momentos de intempestividade ou desconforto.
Busquemos a harmonia de nossas vibrações, resguardando o próximo, não lhe endereçando energias que poderão lhe provocar mal-estar.
De uma maneira ou outra, as vibrações com que impregnarmos nossas palavras faladas ou escritas, nos chegarão de retorno.
Aqueles que cruzam nosso caminho levarão a nossa mensagem para onde forem, igualmente compartilhando-a, com outros tantos.
Evitemos, dessa forma, os destemperos, as alterações bruscas de humor, os rompantes de raiva, capazes de nos intoxicar, criando enfermidades para nós mesmos e mal-estar aos que convivem connosco.
Seja a nossa a disposição para abençoar, bendizer, agradecer.
Sejamos promotores de alegrias, de entusiasmo, de bem-estar onde quer que transitemos.
Sejam nossas as palavras que traduzam os melhores sentimentos, amparando o caminho alheio.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty Nossos filhos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 14, 2017 8:56 am

Uma notícia publicada na mídia nos fez pensar muito sobre a educação que damos aos filhos.
Relata que um adolescente de quinze anos, em Almeria, na Espanha, processou sua própria mãe, depois que ela lhe tomou o celular para que ele parasse de jogar e se concentrasse nos estudos.
A mãe queria que o filho deixasse o aparelho.
Como ele não o fez, ela decidiu pelo confisco, com uso leve de força, segundo afirmou.
O garoto, inconformado, abriu uma acusação formal contra ela, junto ao ministério fiscal, por maus tratos domésticos.
Pediu, ainda, que passasse nove meses encarcerada, e arcasse com os custos processuais.
O caso foi parar nas mãos do magistrado penal que não só absolveu a mãe, como ainda lembrou que a lei exige que ela tome atitudes como aquela.
Disse que é dever dos responsáveis garantir que as crianças e adolescentes do país tenham boa educação.

A questão da educação no lar gera muitas dúvidas em alguns pais e mães, que parecem não se haverem dado conta da tremenda responsabilidade que lhes cabe.
Aprendemos que grande é a influência que os pais exercem sobre o Espírito do filho após o nascimento.
Todos na Terra concorremos para o progresso uns dos outros, no entanto, os pais têm por missão desenvolver os Espíritos de seus filhos pela educação.
Isso constitui para eles uma tarefa, uma verdadeira missão.
Quando nasce uma criança, embora toda sua fragilidade, o Espírito que habita esse corpo pequeno e frágil, é antigo.
Apenas está retornando à Terra para progredir.
Traz consigo, na forma de pendores e tendências enraizadas, as experiências vivenciadas em passadas existências.
Em razão disso, devemos, desde cedo, observar as acções, o comportamento dos filhos, a fim de conduzi-los pelo melhor caminho.
Fundamental dar-lhes responsabilidades gradativas para que aprendam a responder por seus actos.
Necessário estabelecer limites, a fim de conduzi-los à rectidão moral e ética, preparando-os para a vida.
Por vezes, como pais desejamos poupar nossos filhos das dificuldades que tivemos que enfrentar. Então buscamos lhes satisfazer todos os desejos.
Salutar considerarmos que foram justamente as dificuldades pelas quais passamos que nos impulsionaram ao crescimento e à maturidade.
Portanto, nossos filhos devem aprender a lutar pelos objectivos que desejam alcançar, para melhor entenderem os mecanismos da vida.
E se a tarefa nos parecer demasiado pesada, não esqueçamos de que não estamos sozinhos nesse complexo desafio.
Deus é nosso Pai.
Tanto quanto estabelece directrizes para nós, com o objectivo de que progridamos um tanto mais, Ele se mostra atento às nossas necessidades.
Como Pai generoso, está a postos para nos auxiliar na educação dos nossos filhos, esses Espíritos que ao nascer trazem a confiança de que haveremos de lhes proporcionar o correto aprendizado.
Não os decepcionemos, mesmo que isso doa em nós, vez que outra...
Atendamos à nossa missão.

Momento Espírita, com narração de facto publicado no artigo Final dos tempos, do jornal O Diário do Noroeste, de Paranavaí, em 7 de abril de 2017.

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Momentos Espíritas III - Página 38 Empty O que te faz melhor

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 15, 2017 10:58 am

Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama:
Santidade, qual a melhor religião?
O teólogo confessa que esperava que ele dissesse:
É o budismo tibetano.
Ou São as religiões orientais, muito mais antigas que o Cristianismo.
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:
A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus.
É aquela que te faz melhor.
Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:
O que me faz melhor?
Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...
A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.
O Dalai Lama foi ao cerne da questão:
a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma.
Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.
Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador –independente do nome que este leve ela será uma óptima religião.
Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.
O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz:
Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem.
As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal.
Dessa forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática quotidiana.
Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.
Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.
Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.
A melhor doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.
Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.
Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija.
Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.
Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contacto com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo.

Momento Espírita, com base nos itens 302 e 838, de O livro dos Espíritos, ambos de Allan Kardec, ed. FEB e no livro Espiritualidade, um caminho de transformação, de Leonardo Boff, ed. Sextante.

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