Momentos Espíritas III
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Proposta de vida
Era uma vila de pescadores. Calma.
O burburinho acontecia na saída dos barcos, pela madrugada e no seu retorno, abarrotados de peixes.
Os dias pareciam muito iguais, algo assim como um amanhecer velho, se reprisando a cada vinte e quatro horas.
Novidades eram raras.
Por isso, qualquer facto inusitado era um acontecimento.
Como naquele dia em que um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar.
Com seus gritos, correram todos.
O que seria? Mãos protegendo os olhos do sol que brilhava, de forma intensa, as pessoas ficaram olhando.
E esperando. A curiosidade foi aumentando e as cogitações começaram a circular de boca a ouvido.
O mar, sem pressa, no seu ritmo constante, finalmente, depositou na praia a forma estranha.
O desapontamento inicial foi geral: era um homem... morto.
Não havia muito a se fazer a não ser enterrar o cadáver.
Naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento.
Assim, o morto foi carregado para uma das casas e elas começaram a sua tarefa.
Primeiro, a limpeza, liberando o corpo das mortalhas verdes do mar: algas e líquens.
Então, uma das mulheres falou:
Quem seria ele? De onde teria vindo? Como teria vivido? Teria família?
As observações prosseguiram:
Se ele tivesse vivido em nossa aldeia, precisaria curvar a cabeça para entrar em nossas casas.
É muito alto.
Enquanto davam continuidade ao trabalho, outra mulher aventurou-se a cogitar:
Como terá sido a sua voz?
Delicada como um sussurro da brisa?
Forte como as ondas do mar arrebentando-se contra as rochas?
O que ele terá dito durante a sua vida?
Conheceria palavras doces, ternas, daquelas que alegram o coração das gentes?
Terá pronunciado muitas palavras de amor para a esposa, os filhos?
Todas sorriram e olharam umas para as outras.
Era estranho tentar descobrir a história da vida daquele homem, a partir do corpo inerte.
Então, outra mulher aventurou-se a falar: Viram as mãos dele?
Como são grandes. Que será que fizeram?
Brincaram com crianças, navegaram pelos mares?
Construíram casas?
Estas mãos terão distribuído carícias à mulher amada?
Terão sabido aconchegar ao corpo uma criança indefesa? Que terão feito?
E, contemplando aqueles pés, grandes, para sustentar um corpo tão alto, elas se perguntaram por onde teriam andado.
Quantos quilómetros teriam percorrido para levar o sustento à família?
Que terras teriam conhecido? Que lugares teriam descoberto?
E, finalmente, elas se indagaram se alguém, em algum lugar, estaria esperando ouvir as passadas firmes e largas anunciando a chegada de retorno ao lar...
Todos vivemos na Terra por um tempo determinado.
Todos sabemos que nossa vida é finita, que pode acabar a qualquer momento.
Por isso, enquanto tivermos um corpo para o trabalho, para o estudo, para o amor, aproveitemo-lo.
E façamos o melhor de nossas horas.
Quando a alma se ausentar, retornando para o mundo espiritual, que quem nos olhe possa admirar a máquina física e dizer que nossa vida valeu a pena.
Que contribuímos para um mundo melhor.
Que fizemos a grande diferença para todos os que conviveram connosco.
Pensemos nisso e comecemos hoje essa nossa proposta de vida.
Momento Espírita, com base no cap. 3, pt. 1, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. VERUS.
§.§.§- Ave sem Ninho
O burburinho acontecia na saída dos barcos, pela madrugada e no seu retorno, abarrotados de peixes.
Os dias pareciam muito iguais, algo assim como um amanhecer velho, se reprisando a cada vinte e quatro horas.
Novidades eram raras.
Por isso, qualquer facto inusitado era um acontecimento.
Como naquele dia em que um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar.
Com seus gritos, correram todos.
O que seria? Mãos protegendo os olhos do sol que brilhava, de forma intensa, as pessoas ficaram olhando.
E esperando. A curiosidade foi aumentando e as cogitações começaram a circular de boca a ouvido.
O mar, sem pressa, no seu ritmo constante, finalmente, depositou na praia a forma estranha.
O desapontamento inicial foi geral: era um homem... morto.
Não havia muito a se fazer a não ser enterrar o cadáver.
Naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento.
Assim, o morto foi carregado para uma das casas e elas começaram a sua tarefa.
Primeiro, a limpeza, liberando o corpo das mortalhas verdes do mar: algas e líquens.
Então, uma das mulheres falou:
Quem seria ele? De onde teria vindo? Como teria vivido? Teria família?
As observações prosseguiram:
Se ele tivesse vivido em nossa aldeia, precisaria curvar a cabeça para entrar em nossas casas.
É muito alto.
Enquanto davam continuidade ao trabalho, outra mulher aventurou-se a cogitar:
Como terá sido a sua voz?
Delicada como um sussurro da brisa?
Forte como as ondas do mar arrebentando-se contra as rochas?
O que ele terá dito durante a sua vida?
Conheceria palavras doces, ternas, daquelas que alegram o coração das gentes?
Terá pronunciado muitas palavras de amor para a esposa, os filhos?
Todas sorriram e olharam umas para as outras.
Era estranho tentar descobrir a história da vida daquele homem, a partir do corpo inerte.
Então, outra mulher aventurou-se a falar: Viram as mãos dele?
Como são grandes. Que será que fizeram?
Brincaram com crianças, navegaram pelos mares?
Construíram casas?
Estas mãos terão distribuído carícias à mulher amada?
Terão sabido aconchegar ao corpo uma criança indefesa? Que terão feito?
E, contemplando aqueles pés, grandes, para sustentar um corpo tão alto, elas se perguntaram por onde teriam andado.
Quantos quilómetros teriam percorrido para levar o sustento à família?
Que terras teriam conhecido? Que lugares teriam descoberto?
E, finalmente, elas se indagaram se alguém, em algum lugar, estaria esperando ouvir as passadas firmes e largas anunciando a chegada de retorno ao lar...
Todos vivemos na Terra por um tempo determinado.
Todos sabemos que nossa vida é finita, que pode acabar a qualquer momento.
Por isso, enquanto tivermos um corpo para o trabalho, para o estudo, para o amor, aproveitemo-lo.
E façamos o melhor de nossas horas.
Quando a alma se ausentar, retornando para o mundo espiritual, que quem nos olhe possa admirar a máquina física e dizer que nossa vida valeu a pena.
Que contribuímos para um mundo melhor.
Que fizemos a grande diferença para todos os que conviveram connosco.
Pensemos nisso e comecemos hoje essa nossa proposta de vida.
Momento Espírita, com base no cap. 3, pt. 1, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. VERUS.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
És professor
Professas, ensinas, ministras aulas, és professor!
Teu coração chegou à Terra preparado para a missão que desejas desempenhar.
A tua mente se ilumina cada vez mais para corresponder, com sabedoria, aos chamados das mentes que te buscam.
Dividindo teu saber, espalhas a chama do conhecimento que retira da ignorância as almas que em ti confiam, na esperança de brilhar.
Dividindo o saber, multiplicas os sábios.
Equação curiosa: quanto mais divides, mais multiplicas.
Teu comportamento está sempre sob a auto-vigilância, pois sabes que teus exemplos serão sempre imitados e os trazes recheados de esperança.
Servindo de espelho constróis um mundo novo.
Tua alegria está em ver tuas lições serem aprendidas com sentimento de felicidade.
Teu sorriso clareia faces e mentes.
Teus passos são firmes no propósito abraçado de cumprir teu desiderato.
O caminho que traças é rota para os que te admiram.
Teu olhar perspicaz enxerga muito além do olhar comum, porque olha firme nos olhos, atravessando as janelas da alma.
Tua voz ganha tonalidades variadas de acordo com a precisão e importância do ensinamento que transmites.
Esses tons repercutirão na lembrança dos que te ouvem.
Tuas mãos alertas acodem, amparam, acarinham, indicam, com segurança, a direcção a seguir.
A sinalização dada por elas é rota de conhecimento e de sabedoria.
Teu pensamento está sempre envolvido com a lição a ser repassada, e com aqueles que a deverão assimilar.
Vários conceitos e ideias serão despertados conforme o ensinamento ofertado.
Tua responsabilidade ecoa para além da vida. Teu exemplo é lição que espalhas ao redor.
No mundo, temos professores que contribuem para nossa ilustração, para nossa instrução.
Mas, temos algumas almas especiais que conseguem nos deixar marcas profundas para a vida inteira.
Aqueles que vivenciam a tarefa com paixão, não são apenas professores.
Para os olhos dos alunos se transformam em heróis, exemplos, companheiros de jornada, amigos...
O verdadeiro professor é aquele que inspira seus alunos a pensarem por si mesmos, a superarem a si mesmos, a vencerem os desafios, a crescerem continuamente.
Jesus, o Mestre dos mestres é, e sempre será, o Modelo a ser copiado, o Guia a ser seguido em todas as áreas.
O amor sempre foi Sua inspiração, onde e com quem estivesse.
Sua paciência, o combustível a mover a máquina do saber e desvendar capacidades adormecidas.
Sua dedicação era bem orientar e conduzir Seus pupilos.
O respeito com que tratava sábios e ignorantes das verdades que defendia, fazia-os respeitadores e fiéis.
Usando de exemplos quotidianos e naturais com os Seus aprendizes, até hoje desperta indagações sobre a verdadeira meta a alcançar.
Seu olhar, penetrando o olhar do aprendiz, desvendava os recônditos da alma.
Seu toque gentil restaurava a vontade de vencer obstáculos e desvendar novos caminhos.
Jesus, o Mestre que se fez exemplo, aguarda que nós, aprendizes da arte de ensinar, nos tornemos inspiração para nossos alunos e seguidores.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Teu coração chegou à Terra preparado para a missão que desejas desempenhar.
A tua mente se ilumina cada vez mais para corresponder, com sabedoria, aos chamados das mentes que te buscam.
Dividindo teu saber, espalhas a chama do conhecimento que retira da ignorância as almas que em ti confiam, na esperança de brilhar.
Dividindo o saber, multiplicas os sábios.
Equação curiosa: quanto mais divides, mais multiplicas.
Teu comportamento está sempre sob a auto-vigilância, pois sabes que teus exemplos serão sempre imitados e os trazes recheados de esperança.
Servindo de espelho constróis um mundo novo.
Tua alegria está em ver tuas lições serem aprendidas com sentimento de felicidade.
Teu sorriso clareia faces e mentes.
Teus passos são firmes no propósito abraçado de cumprir teu desiderato.
O caminho que traças é rota para os que te admiram.
Teu olhar perspicaz enxerga muito além do olhar comum, porque olha firme nos olhos, atravessando as janelas da alma.
Tua voz ganha tonalidades variadas de acordo com a precisão e importância do ensinamento que transmites.
Esses tons repercutirão na lembrança dos que te ouvem.
Tuas mãos alertas acodem, amparam, acarinham, indicam, com segurança, a direcção a seguir.
A sinalização dada por elas é rota de conhecimento e de sabedoria.
Teu pensamento está sempre envolvido com a lição a ser repassada, e com aqueles que a deverão assimilar.
Vários conceitos e ideias serão despertados conforme o ensinamento ofertado.
Tua responsabilidade ecoa para além da vida. Teu exemplo é lição que espalhas ao redor.
No mundo, temos professores que contribuem para nossa ilustração, para nossa instrução.
Mas, temos algumas almas especiais que conseguem nos deixar marcas profundas para a vida inteira.
Aqueles que vivenciam a tarefa com paixão, não são apenas professores.
Para os olhos dos alunos se transformam em heróis, exemplos, companheiros de jornada, amigos...
O verdadeiro professor é aquele que inspira seus alunos a pensarem por si mesmos, a superarem a si mesmos, a vencerem os desafios, a crescerem continuamente.
Jesus, o Mestre dos mestres é, e sempre será, o Modelo a ser copiado, o Guia a ser seguido em todas as áreas.
O amor sempre foi Sua inspiração, onde e com quem estivesse.
Sua paciência, o combustível a mover a máquina do saber e desvendar capacidades adormecidas.
Sua dedicação era bem orientar e conduzir Seus pupilos.
O respeito com que tratava sábios e ignorantes das verdades que defendia, fazia-os respeitadores e fiéis.
Usando de exemplos quotidianos e naturais com os Seus aprendizes, até hoje desperta indagações sobre a verdadeira meta a alcançar.
Seu olhar, penetrando o olhar do aprendiz, desvendava os recônditos da alma.
Seu toque gentil restaurava a vontade de vencer obstáculos e desvendar novos caminhos.
Jesus, o Mestre que se fez exemplo, aguarda que nós, aprendizes da arte de ensinar, nos tornemos inspiração para nossos alunos e seguidores.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
LIBERDADE DE ESCOLHA
Quando o caminho da liberdade te exigir o resultado das próprias decisões, procura dentro do teu próprio ser, aquilo que venha de encontro aos teus propósitos de felicidade e alegria junto aos que padecem os infortúnios do presente e que poderão, no futuro, fora das cogitações superiores, se perderem sem a análise da verdade quanto à existência da alma em prosseguimento à vida.
Aqui encontramos moços sem estrutura exacta da personalidade superior, entregando-se a indagações quanto ao não oferecimento dos propósitos nos quais se desenvolvam a felicidade.
Ali, outros reclamam do esforço jogado ao chão dos desenganos quando as marcas de arrependimento impedem seus corações de viver de maneira a que se propuseram.
Estudando o assunto dentro das máximas ditadas por Jesus em benefício da nossa felicidade, fujamos ao impropério de estudar os meios exteriores que à primeira vista nos parecem os melhores textos para a garantia de nossas alegrias na vida.
É necessário entender que precisamos estar no lugar exacto em que nossas emoções superiores nos podem promover a dias melhores e às rectificações tão necessárias ao nosso aprimoramento.
De nada nos servirá o banco escolar sem a mostra de rumos seguros sobre os quais precisamos direccionar nossas actividades pensando no bem comum que devemos encontrar.
Tudo aquilo que possamos almejar na condição de condutas superiores a nos entregar o sol da felicidade, deve ser dirigido a nos facilitar os passos no caminho que realmente nos trará a felicidade desejada.
Em qualquer actividade, em qualquer escola simples ou sumptuosa, o trabalho de aprendiz facilitará nossas vidas sem as complicações comuns, nos entregando a certeza de que aprender é buscar no futuro a recompensa de cada dia e que só nos trará grandes benefícios quando estivermos cientes de estarmos adaptados àquilo que nos serve de exercício para o corpo e de transformação para a alma.
JAIR PRESENTE
Celso de Almeida Afonso
Do Livro Lado A Lado
§.§.§- Ave sem Ninho
Aqui encontramos moços sem estrutura exacta da personalidade superior, entregando-se a indagações quanto ao não oferecimento dos propósitos nos quais se desenvolvam a felicidade.
Ali, outros reclamam do esforço jogado ao chão dos desenganos quando as marcas de arrependimento impedem seus corações de viver de maneira a que se propuseram.
Estudando o assunto dentro das máximas ditadas por Jesus em benefício da nossa felicidade, fujamos ao impropério de estudar os meios exteriores que à primeira vista nos parecem os melhores textos para a garantia de nossas alegrias na vida.
É necessário entender que precisamos estar no lugar exacto em que nossas emoções superiores nos podem promover a dias melhores e às rectificações tão necessárias ao nosso aprimoramento.
De nada nos servirá o banco escolar sem a mostra de rumos seguros sobre os quais precisamos direccionar nossas actividades pensando no bem comum que devemos encontrar.
Tudo aquilo que possamos almejar na condição de condutas superiores a nos entregar o sol da felicidade, deve ser dirigido a nos facilitar os passos no caminho que realmente nos trará a felicidade desejada.
Em qualquer actividade, em qualquer escola simples ou sumptuosa, o trabalho de aprendiz facilitará nossas vidas sem as complicações comuns, nos entregando a certeza de que aprender é buscar no futuro a recompensa de cada dia e que só nos trará grandes benefícios quando estivermos cientes de estarmos adaptados àquilo que nos serve de exercício para o corpo e de transformação para a alma.
JAIR PRESENTE
Celso de Almeida Afonso
Do Livro Lado A Lado
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
De quem é a culpa?
As perguntas mais frequentes, no ambiente de trabalho, geralmente são:
Quem é o culpado? Quem fez isso? Quem foi?
Por conseguinte, as respostas aparecem: Não fui eu. Não tenho culpa.
Não sei de nada. Eu nem estava aqui.
E assim por diante.
Basta surgir um problema qualquer, ou alguma coisa dar errado e lá vem a pergunta, seguida da esperada resposta.
Não é raro que os acusadores de plantão estejam alertas para denunciar:
Isso é coisa de fulano.
Beltrano é quem costuma fazer isso.
Não disse que não ia dar certo?
Eu sabia que isso iria acontecer.
Assim passam os dias, os meses, os anos... sempre à procura de culpas e de culpados.
No entanto, dizem a razão e o bom senso, que melhor seria encontrar a solução do problema e depois buscar as causas, sempre com intuito de evitar que ocorra novamente.
Uma equipa que agisse dessa maneira, desarmada e comprometida com a tarefa, faria o trabalho fluir de forma harmónica e séria, em vez de emperrar, vez ou outra, para uma busca a pretensos culpados.
Numa equipe que pensa mais em buscar culpados do que encontrar soluções, a criatividade é quase nula, e as pessoas não ousam sair dos limites que lhes foram traçados, para não correr riscos.
O colaborador que trabalha com confiança na sua equipa, certo de que quando errar terá o apoio dos demais para encontrar o caminho certo, será uma pessoa inovadora, criativa, desarmada e sincera.
Por outro lado, num ambiente em que a todo momento correm o risco de serem denunciados, punidos, agredidos com palavras e gestos, as pessoas ficam cada vez mais inseguras, temerosas.
O ambiente se torna falso, irrespirável.
Quando a equipe é madura e seus membros são responsáveis, discutem-se problemas e soluções com tranquilidade, sem melindres, sem acusações de cunho pessoal, com análise sincera do desempenho dos tarefeiros e da tarefa.
O que geralmente ocorre é que as pessoas se acusam, reciprocamente, em vez de avaliar a actividade e envidar esforços para fazer o melhor.
Existem, também, as pessoas imaturas, que levam tudo para o campo pessoal e se melindram quando ouvem críticas ao seu trabalho.
É importante considerar tudo isso e começar a agir com maturidade em prol da actividade, e para o bem de todos.
Trabalhar numa equipe madura e consciente da importância de cada um de seus membros é o grande diferencial para se conseguir o bom desempenho de todos e a excelência do trabalho.
Em vez de acusadores, parceiros.
Em vez de desleixo, descuido e temor, somente colaboração.
O ser humano é naturalmente experimentador, inovador, ousado.
Quando reprimido, torna-se falso, dissimulado, propenso a sabotar o trabalho dos outros.
Quando ouvido, valorizado, considerado, orientado, liberta sua criatividade e produz coisas belas e nobres.
Pense nisso e aja de forma madura com seus pares.
Você cresce e os outros também.
Afinal, a vida na Terra é um aprendizado constante.
E só cresce quem tem humildade para aprender, discernimento para ensinar e, sobretudo, coragem de renovar atitudes para melhor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quem é o culpado? Quem fez isso? Quem foi?
Por conseguinte, as respostas aparecem: Não fui eu. Não tenho culpa.
Não sei de nada. Eu nem estava aqui.
E assim por diante.
Basta surgir um problema qualquer, ou alguma coisa dar errado e lá vem a pergunta, seguida da esperada resposta.
Não é raro que os acusadores de plantão estejam alertas para denunciar:
Isso é coisa de fulano.
Beltrano é quem costuma fazer isso.
Não disse que não ia dar certo?
Eu sabia que isso iria acontecer.
Assim passam os dias, os meses, os anos... sempre à procura de culpas e de culpados.
No entanto, dizem a razão e o bom senso, que melhor seria encontrar a solução do problema e depois buscar as causas, sempre com intuito de evitar que ocorra novamente.
Uma equipa que agisse dessa maneira, desarmada e comprometida com a tarefa, faria o trabalho fluir de forma harmónica e séria, em vez de emperrar, vez ou outra, para uma busca a pretensos culpados.
Numa equipe que pensa mais em buscar culpados do que encontrar soluções, a criatividade é quase nula, e as pessoas não ousam sair dos limites que lhes foram traçados, para não correr riscos.
O colaborador que trabalha com confiança na sua equipa, certo de que quando errar terá o apoio dos demais para encontrar o caminho certo, será uma pessoa inovadora, criativa, desarmada e sincera.
Por outro lado, num ambiente em que a todo momento correm o risco de serem denunciados, punidos, agredidos com palavras e gestos, as pessoas ficam cada vez mais inseguras, temerosas.
O ambiente se torna falso, irrespirável.
Quando a equipe é madura e seus membros são responsáveis, discutem-se problemas e soluções com tranquilidade, sem melindres, sem acusações de cunho pessoal, com análise sincera do desempenho dos tarefeiros e da tarefa.
O que geralmente ocorre é que as pessoas se acusam, reciprocamente, em vez de avaliar a actividade e envidar esforços para fazer o melhor.
Existem, também, as pessoas imaturas, que levam tudo para o campo pessoal e se melindram quando ouvem críticas ao seu trabalho.
É importante considerar tudo isso e começar a agir com maturidade em prol da actividade, e para o bem de todos.
Trabalhar numa equipe madura e consciente da importância de cada um de seus membros é o grande diferencial para se conseguir o bom desempenho de todos e a excelência do trabalho.
Em vez de acusadores, parceiros.
Em vez de desleixo, descuido e temor, somente colaboração.
O ser humano é naturalmente experimentador, inovador, ousado.
Quando reprimido, torna-se falso, dissimulado, propenso a sabotar o trabalho dos outros.
Quando ouvido, valorizado, considerado, orientado, liberta sua criatividade e produz coisas belas e nobres.
Pense nisso e aja de forma madura com seus pares.
Você cresce e os outros também.
Afinal, a vida na Terra é um aprendizado constante.
E só cresce quem tem humildade para aprender, discernimento para ensinar e, sobretudo, coragem de renovar atitudes para melhor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A grande despedida
Nós nascemos frágeis.
De todos os seres vivos do planeta, somos os mais indefesos.
Sem quem nos alimente, nos cuide, vele por nós, perecemos.
Guardados pelo amor de nossos pais ou de generosas mãos que se nos estendem, no carinho de tios, avós, nos desenvolvemos.
Aos poucos, dominamos o corpo, erguemo-nos para andar, apoiando-nos no que esteja por perto.
Depois, aprendemos a correr, a saltar, a subir em árvores.
E ninguém mais nos segura.
Dominamos o alfabeto, os números.
Dos bancos escolares dos primeiros anos, alcançamos os universitários.
Tornamo-nos profissionais, disputamos o mercado.
Cada ano é uma conquista, uma vitória.
Aprendemos algo mais e algo mais nos é permitido.
E tudo é celebrado de forma vibrante.
O diploma, o concurso, a vaga disputada na empresa de renome, a promoção alcançada.
Dentre tantas conquistas, possivelmente uma das mais emocionantes é ter em mãos a Carteira Nacional de Habilitação.
Entrar no carro, dirigir, ir de um lado para outro nos confere ares de liberdade mais ampla.
Sem dependências, sem aguardar ser levado.
Sem precisar esperar para ser apanhado depois da aula, depois da festa, depois do baile.
Liberdade. E, na medida em que os anos dobram, essa independência vai se alargando mais.
Ir ao mercado, ao teatro, ao cinema, ao parque.
Viajar para o campo, para a praia, para a montanha.
Não há limites. Planeamos e concretizamos.
No entanto, quando se chega a determinada idade, parece que aos poucos tudo nos vai sendo retirado.
As limitações se estabelecem, problemas de saúde vão se apresentando.
Para quem ultrapassa os sessenta e cinco anos de idade, em nosso país, as regras para a renovação da Carteira de Habilitação ficam mais severas.
O período de validade é de três anos, somente.
E, como apresentamos limitações de saúde, a permissão para dirigir passa a ter regras exclusivas.
Por exemplo, poder dirigir somente até o pôr do sol.
Quando não conseguimos a renovação, não deixamos de registar certa tristeza.
Desejando homenagear alguns idosos que não terão mais sua Carta de Habilitação, uma empresa de automóveis idealizou algo emocionante.
Num autódromo, eles foram convidados a andar em um dos mais rápidos carros do mundo, ao lado de motorista experiente.
Depois, eles mesmos puderam tomar o volante nas mãos e dirigir, velozmente, pela pista.
Tudo com direito a acompanhantes de motos e plateia vibrando por cada um deles.
Uma alegria enorme! Uma bela despedida do volante!
E cada um ganhou uma carteira especial de habilitação, emoldurada, como um troféu por sua proeza de dirigir tantos e tantos anos.
Maravilhoso gesto de gratidão para quem deu tanto de si, através dos anos, e vai perdendo, a pouco e pouco, sua liberdade de ir e vir, sem limites.
Como seria bom se lembrássemos um pouco mais dos nossos idosos e lhes pudéssemos massagear o coração e a vontade de viver, com essas pequenas grandes coisas que os fazem felizes.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no vídeo A grande despedida, da Nissan.
§.§.§- Ave sem Ninho
De todos os seres vivos do planeta, somos os mais indefesos.
Sem quem nos alimente, nos cuide, vele por nós, perecemos.
Guardados pelo amor de nossos pais ou de generosas mãos que se nos estendem, no carinho de tios, avós, nos desenvolvemos.
Aos poucos, dominamos o corpo, erguemo-nos para andar, apoiando-nos no que esteja por perto.
Depois, aprendemos a correr, a saltar, a subir em árvores.
E ninguém mais nos segura.
Dominamos o alfabeto, os números.
Dos bancos escolares dos primeiros anos, alcançamos os universitários.
Tornamo-nos profissionais, disputamos o mercado.
Cada ano é uma conquista, uma vitória.
Aprendemos algo mais e algo mais nos é permitido.
E tudo é celebrado de forma vibrante.
O diploma, o concurso, a vaga disputada na empresa de renome, a promoção alcançada.
Dentre tantas conquistas, possivelmente uma das mais emocionantes é ter em mãos a Carteira Nacional de Habilitação.
Entrar no carro, dirigir, ir de um lado para outro nos confere ares de liberdade mais ampla.
Sem dependências, sem aguardar ser levado.
Sem precisar esperar para ser apanhado depois da aula, depois da festa, depois do baile.
Liberdade. E, na medida em que os anos dobram, essa independência vai se alargando mais.
Ir ao mercado, ao teatro, ao cinema, ao parque.
Viajar para o campo, para a praia, para a montanha.
Não há limites. Planeamos e concretizamos.
No entanto, quando se chega a determinada idade, parece que aos poucos tudo nos vai sendo retirado.
As limitações se estabelecem, problemas de saúde vão se apresentando.
Para quem ultrapassa os sessenta e cinco anos de idade, em nosso país, as regras para a renovação da Carteira de Habilitação ficam mais severas.
O período de validade é de três anos, somente.
E, como apresentamos limitações de saúde, a permissão para dirigir passa a ter regras exclusivas.
Por exemplo, poder dirigir somente até o pôr do sol.
Quando não conseguimos a renovação, não deixamos de registar certa tristeza.
Desejando homenagear alguns idosos que não terão mais sua Carta de Habilitação, uma empresa de automóveis idealizou algo emocionante.
Num autódromo, eles foram convidados a andar em um dos mais rápidos carros do mundo, ao lado de motorista experiente.
Depois, eles mesmos puderam tomar o volante nas mãos e dirigir, velozmente, pela pista.
Tudo com direito a acompanhantes de motos e plateia vibrando por cada um deles.
Uma alegria enorme! Uma bela despedida do volante!
E cada um ganhou uma carteira especial de habilitação, emoldurada, como um troféu por sua proeza de dirigir tantos e tantos anos.
Maravilhoso gesto de gratidão para quem deu tanto de si, através dos anos, e vai perdendo, a pouco e pouco, sua liberdade de ir e vir, sem limites.
Como seria bom se lembrássemos um pouco mais dos nossos idosos e lhes pudéssemos massagear o coração e a vontade de viver, com essas pequenas grandes coisas que os fazem felizes.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no vídeo A grande despedida, da Nissan.
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Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Vivendo a felicidade
Era um dia quente.
O ónibus estava repleto de pessoas.
Algumas levavam sacolas, pacotes.
Outras seguravam bebés ao colo, enquanto outras mais procuravam acalmar as crianças inquietas, que tentavam atrapalhar a tranquilidade de passageiros sisudos.
Fazia calor. Senhoras conversavam, dizendo das dificuldades de suas vidas, os problemas com os filhos, a falta de dinheiro, o desemprego do marido.
Jovens falavam em tom animado da festa projectada para o final de semana.
Um cenário comum. Todos os dias, as cenas eram mais ou menos semelhantes.
Que se pode esperar de momentos assim, tão comuns?
Mas, enquanto o ónibus ia sacolejando ao longo da estrada, num dos bancos havia um velhinho magricela segurando, com todo cuidado, um ramo de flores.
Eram flores lindas, frescas ainda.
Deviam ter sido colhidas em um jardim muito bem cuidado, no alvorecer, beijadas pelo orvalho.
Do outro lado do corredor, uma garota não desviava os olhos das flores.
Eram lindas, exuberantes.
Então, chegou a hora do homem saltar do ónibus.
Ele se levantou, caminhou em direcção à porta.
Quando passou pela jovem, em um rompante, lhe ofereceu as flores.
Posso ver que você adorou as flores. – Ele explicou.
Acho que minha esposa iria gostar de que ficasse com elas.
Vou dizer para ela que dei as flores para você.
A garota aceitou o buquê, com um sorriso tímido, e nem teve tempo de agradecer.
O homem desceu do ónibus.
Então, ela o viu atravessar a rua e adentrar os portões de um pequeno cemitério.
Para os que amam, a vida não se interrompe quando o corpo do amado desce ao túmulo.
Os que amam têm certeza de que o amor não morre nunca e continuam a levar em frente as suas vidas.
Naturalmente, com uma pequena ponta de tristeza, pela ausência física do ser amado.
Mas, sempre em frente.
A cada dia, oferecem àquele que se foi o melhor de si.
Lembram os dias de felicidade, os passeios, os risos, as viagens.
Oferecem flores que, necessariamente não precisam ser depositadas sobre o túmulo.
Podem ser dispostas num vaso, em casa, e ofertadas.
Ou mesmo, deixadas nos ramos, colorindo o jardim, bastando que se diga:
Amor, vê como estão lindas as rosas? Continuo a cuidar delas.
Em algum momento, quando lhe for possível, quando o Senhor dos céus lhe permitir vir me visitar, você encontrará o jardim como você gostava: cheio de flores, perfumado.
Também cuido dos gerânios.
Não esqueço de aguar as samambaias.
Um dia, quando o tempo esgotar a contagem das minhas horas na Terra, espero poder ir ao seu encontro.
Até lá, receba as flores das minhas lembranças. E as do nosso jardim.
Tenho certeza de que você não se importará que eu colha vez ou outra, algumas margaridas para ofertar aos vizinhos, aos amigos.
Como eu, eles não a esquecem.
Até breve, meu amor!
Pense nisso e, mesmo que sinta o coração faltando um pedaço pela dor da separação pela morte, viva!
Viva intensamente porque quem o ama deseja que você seja feliz, hoje, amanhã e depois...
Até o reencontro.
Pense nisso!
Momento Espírita, com base no conto O presente, de Bennet Cerf, do livro Histórias para aquecer o coração, edição de ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
O ónibus estava repleto de pessoas.
Algumas levavam sacolas, pacotes.
Outras seguravam bebés ao colo, enquanto outras mais procuravam acalmar as crianças inquietas, que tentavam atrapalhar a tranquilidade de passageiros sisudos.
Fazia calor. Senhoras conversavam, dizendo das dificuldades de suas vidas, os problemas com os filhos, a falta de dinheiro, o desemprego do marido.
Jovens falavam em tom animado da festa projectada para o final de semana.
Um cenário comum. Todos os dias, as cenas eram mais ou menos semelhantes.
Que se pode esperar de momentos assim, tão comuns?
Mas, enquanto o ónibus ia sacolejando ao longo da estrada, num dos bancos havia um velhinho magricela segurando, com todo cuidado, um ramo de flores.
Eram flores lindas, frescas ainda.
Deviam ter sido colhidas em um jardim muito bem cuidado, no alvorecer, beijadas pelo orvalho.
Do outro lado do corredor, uma garota não desviava os olhos das flores.
Eram lindas, exuberantes.
Então, chegou a hora do homem saltar do ónibus.
Ele se levantou, caminhou em direcção à porta.
Quando passou pela jovem, em um rompante, lhe ofereceu as flores.
Posso ver que você adorou as flores. – Ele explicou.
Acho que minha esposa iria gostar de que ficasse com elas.
Vou dizer para ela que dei as flores para você.
A garota aceitou o buquê, com um sorriso tímido, e nem teve tempo de agradecer.
O homem desceu do ónibus.
Então, ela o viu atravessar a rua e adentrar os portões de um pequeno cemitério.
Para os que amam, a vida não se interrompe quando o corpo do amado desce ao túmulo.
Os que amam têm certeza de que o amor não morre nunca e continuam a levar em frente as suas vidas.
Naturalmente, com uma pequena ponta de tristeza, pela ausência física do ser amado.
Mas, sempre em frente.
A cada dia, oferecem àquele que se foi o melhor de si.
Lembram os dias de felicidade, os passeios, os risos, as viagens.
Oferecem flores que, necessariamente não precisam ser depositadas sobre o túmulo.
Podem ser dispostas num vaso, em casa, e ofertadas.
Ou mesmo, deixadas nos ramos, colorindo o jardim, bastando que se diga:
Amor, vê como estão lindas as rosas? Continuo a cuidar delas.
Em algum momento, quando lhe for possível, quando o Senhor dos céus lhe permitir vir me visitar, você encontrará o jardim como você gostava: cheio de flores, perfumado.
Também cuido dos gerânios.
Não esqueço de aguar as samambaias.
Um dia, quando o tempo esgotar a contagem das minhas horas na Terra, espero poder ir ao seu encontro.
Até lá, receba as flores das minhas lembranças. E as do nosso jardim.
Tenho certeza de que você não se importará que eu colha vez ou outra, algumas margaridas para ofertar aos vizinhos, aos amigos.
Como eu, eles não a esquecem.
Até breve, meu amor!
Pense nisso e, mesmo que sinta o coração faltando um pedaço pela dor da separação pela morte, viva!
Viva intensamente porque quem o ama deseja que você seja feliz, hoje, amanhã e depois...
Até o reencontro.
Pense nisso!
Momento Espírita, com base no conto O presente, de Bennet Cerf, do livro Histórias para aquecer o coração, edição de ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
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Localização : Porto - Portugal
Auto-estima
Como o próprio nome sugere, auto-estima diz respeito a essa auto-avaliação, ao juízo que fazemos de nós mesmos e se, como resultado disso, sentimo-nos bem ou não connosco mesmos.
A auto-estima envolve o auto-respeito, a auto-confiança, a certeza do próprio valor, o bem-querer a si mesmo.
Normalmente, ouvimos os termos baixa auto-estima e auto-estima elevada, simbolizando os dois extremos bastante comuns.
A baixa auto-estima é produto do Eu não valho nada; Não sou ninguém; Pior do que eu, só eu; num processo de desvalorização sistemática em grande parte das situações da vida.
São vítimas constantes, que não conseguem enxergar seu valor, que se desmerecem em toda e qualquer situação.
Depreciam-se sempre que têm oportunidade.
Não toleram sua imagem no espelho, sua voz, sua fotografia.
Nunca estão satisfeitas com seu corpo.
Então, se escondem ou criam mecanismos de mascarar o que acreditam ser horrível mostrar.
Nas relações amorosas frustram-se facilmente, pois não se acham merecedoras do amor do outro e acabam por auto-boicotarem-se ou mesmo sabotarem qualquer relacionamento que pareça saudável.
A segunda, a auto-estima elevada, fruto do Eu sou o máximo; Melhor do que eu, só eu!
Um orgulho exacerbado, uma superioridade agressiva e que chega a extremos de provocar irritação nos outros.
Aparentam se amarem muito, porém, tudo fica nas aparências, pois querem mais parecer do que ser.
Usam demais a palavra eu.
Eu fiz, eu sei, eu fui.
Falam de si, ouvem pouco.
Chegam a dizer ou pensar, muitas vezes:
Eu não preciso de ninguém. Eu me basto.
Ambos os casos mostram claramente visões distorcidas da realidade.
Os primeiros estão enfermos. E os segundos, também.
Qual o caminho, então, para se construir uma boa auto-estima?
Primeiro, o auto-conhecimento.
Se em ambos os casos nos deparamos com visões falsas, deformadas do eu, é fundamental que tomemos consciência de quem realmente somos, e ainda, de como estamos actualmente em nossa caminhada evolutiva.
Tomemos consciência de nossa realidade, sem máscaras, sem distorções, sem reduções ou amplificações.
Não sejamos cruéis nesta auto-avaliação nem permissivos.
Nenhum dos extremos nos serve.
Depois de conhecer um pouco melhor nosso real estado, passamos para o segundo estágio: a aceitação.
Precisamos nos aceitar como somos, ou melhor, como estamos, pois somos obra em movimento, em construção.
Aceitemo-nos com nossas sombras, com nossas falhas, e não deixemos de perceber o quanto de luz emitimos.
Se em algum momento a auto-avaliação está nos fazendo enxergar apenas sombras ou, no outro extremo, não vê-las, voltemos ao início e recomecemos o processo, pois a visão ainda está distorcida.
Somos uma colecção de conquistas, de histórias, de vitórias.
As derrotas serviram para nos fazer aprender, nos deixar mais fortes e melhor vencer.
Nunca nos deixemos medir apenas pelo que nos falta conseguir.
Uma boa auto-estima determina tudo em nossa vida:
desde a disposição para acordar todo dia, passando pelo tipo de relação que construímos com os outros, que tipo de pessoas atraímos para nosso convívio, até a saúde de nosso corpo físico ao longo da existência terrestre.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
A auto-estima envolve o auto-respeito, a auto-confiança, a certeza do próprio valor, o bem-querer a si mesmo.
Normalmente, ouvimos os termos baixa auto-estima e auto-estima elevada, simbolizando os dois extremos bastante comuns.
A baixa auto-estima é produto do Eu não valho nada; Não sou ninguém; Pior do que eu, só eu; num processo de desvalorização sistemática em grande parte das situações da vida.
São vítimas constantes, que não conseguem enxergar seu valor, que se desmerecem em toda e qualquer situação.
Depreciam-se sempre que têm oportunidade.
Não toleram sua imagem no espelho, sua voz, sua fotografia.
Nunca estão satisfeitas com seu corpo.
Então, se escondem ou criam mecanismos de mascarar o que acreditam ser horrível mostrar.
Nas relações amorosas frustram-se facilmente, pois não se acham merecedoras do amor do outro e acabam por auto-boicotarem-se ou mesmo sabotarem qualquer relacionamento que pareça saudável.
A segunda, a auto-estima elevada, fruto do Eu sou o máximo; Melhor do que eu, só eu!
Um orgulho exacerbado, uma superioridade agressiva e que chega a extremos de provocar irritação nos outros.
Aparentam se amarem muito, porém, tudo fica nas aparências, pois querem mais parecer do que ser.
Usam demais a palavra eu.
Eu fiz, eu sei, eu fui.
Falam de si, ouvem pouco.
Chegam a dizer ou pensar, muitas vezes:
Eu não preciso de ninguém. Eu me basto.
Ambos os casos mostram claramente visões distorcidas da realidade.
Os primeiros estão enfermos. E os segundos, também.
Qual o caminho, então, para se construir uma boa auto-estima?
Primeiro, o auto-conhecimento.
Se em ambos os casos nos deparamos com visões falsas, deformadas do eu, é fundamental que tomemos consciência de quem realmente somos, e ainda, de como estamos actualmente em nossa caminhada evolutiva.
Tomemos consciência de nossa realidade, sem máscaras, sem distorções, sem reduções ou amplificações.
Não sejamos cruéis nesta auto-avaliação nem permissivos.
Nenhum dos extremos nos serve.
Depois de conhecer um pouco melhor nosso real estado, passamos para o segundo estágio: a aceitação.
Precisamos nos aceitar como somos, ou melhor, como estamos, pois somos obra em movimento, em construção.
Aceitemo-nos com nossas sombras, com nossas falhas, e não deixemos de perceber o quanto de luz emitimos.
Se em algum momento a auto-avaliação está nos fazendo enxergar apenas sombras ou, no outro extremo, não vê-las, voltemos ao início e recomecemos o processo, pois a visão ainda está distorcida.
Somos uma colecção de conquistas, de histórias, de vitórias.
As derrotas serviram para nos fazer aprender, nos deixar mais fortes e melhor vencer.
Nunca nos deixemos medir apenas pelo que nos falta conseguir.
Uma boa auto-estima determina tudo em nossa vida:
desde a disposição para acordar todo dia, passando pelo tipo de relação que construímos com os outros, que tipo de pessoas atraímos para nosso convívio, até a saúde de nosso corpo físico ao longo da existência terrestre.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
Construindo a felicidade
O desânimo lhe pesava aos ombros, como nunca antes.
Embora tentasse ser optimista, buscar o melhor de cada situação, para ela, aqueles dias se mostravam desafiadores.
Dentro do lar encontrava a incompreensão a julgar todas as suas acções.
No trabalho, as exigências desmedidas de um chefe intolerante, a pedir mais e mais.
E as dificuldades financeiras habituais, equilibrando-se no orçamento entre lá e cá das dívidas e compromissos assumidos.
Naquele dia, as aflições pareciam tomar um volume mais intenso, a extravasar-lhe do coração.
Foi assim que encontrou velho amigo, que sempre fora seu conselheiro nas horas mais cruciais.
Reconhecendo-lhe na face as dores que a alma passava, convidou-a para uma conversa fraterna.
Parece que este mundo não é para a felicidade. – Desabafou ela, logo de início.
Será que somos condenados às dores, suplícios, dificuldades?
Não temos direito de sermos felizes? – Questionou, com a voz embargada pelas lágrimas que insistiam em inundar seus olhos.
O amigo, profundo conhecedor da natureza humana, falou, com tranquilidade:
Não sei do que você está falando.
Vejo você mesma, neste instante, construindo sua felicidade!
Você deve estar brincando, só pode...
Não vê meu estado, não percebe o que estou passando?
Mesmo assim insisto, você está construindo sua felicidade.
Muitas pessoas chamam de felicidade o sorriso fácil das festas sociais, ou o dinheiro gasto para amealhar bens, ou a quantidade de posses em seu nome.
Essa é uma felicidade que logo se esvai...
Logo que o dinheiro mude de mãos, a saúde não permita mais as extravagâncias, e as ilusões se encerrem em um golpe de dor.
Existem, sim, aqueles que trafegam por estradas estreitas, em desafiadoras provas.
Porém, toda prova bem entendida, correctamente vivenciada, constrói virtudes em nossa intimidade.
E as virtudes que vamos conquistando serão a fonte permanente da felicidade que poderemos usufruir sem medo, quando se implantarem, em definitivo, em nós.
Hoje você passa pela incompreensão no lar.
Mas é lá que você está desenvolvendo a paciência.
No trabalho, enfrenta a intolerância do chefe desmedido.
Mas é lá que você se faz aprendiz da humildade e da compreensão.
As dificuldades financeiras que lhe surgem lhe dão o ensejo de ser comedida, paciente, resignada perante a vida.
Nos dias mais atribulados, nas dificuldades mais intensas, estamos realizando os esforços necessários para cultivarmos as virtudes e valores nobres de que ainda não dispomos.
Imaginar que ser feliz é ter dinheiro, comprar tudo que se deseja, ou dar vazão a todas as nossas extravagâncias é tolice de nossa imaturidade emocional.
Para concluir a conversa, ponderou o velho amigo:
Lembre-se de que as dores e dificuldades pelas quais está passando, logo mais deixarão de existir.
Entretanto, as virtudes, insculpidas a duros golpes nestes dias difíceis, acompanharão você para sempre.
Um breve silêncio se fez entre ambos.
Ela olhou o amigo, abraçou-o e, aconchegando-se a ele, como alguém que sente ter encontrado um porto seguro, agradeceu.
Estava renovada para prosseguir nas lutas, enfrentando as dificuldades.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Embora tentasse ser optimista, buscar o melhor de cada situação, para ela, aqueles dias se mostravam desafiadores.
Dentro do lar encontrava a incompreensão a julgar todas as suas acções.
No trabalho, as exigências desmedidas de um chefe intolerante, a pedir mais e mais.
E as dificuldades financeiras habituais, equilibrando-se no orçamento entre lá e cá das dívidas e compromissos assumidos.
Naquele dia, as aflições pareciam tomar um volume mais intenso, a extravasar-lhe do coração.
Foi assim que encontrou velho amigo, que sempre fora seu conselheiro nas horas mais cruciais.
Reconhecendo-lhe na face as dores que a alma passava, convidou-a para uma conversa fraterna.
Parece que este mundo não é para a felicidade. – Desabafou ela, logo de início.
Será que somos condenados às dores, suplícios, dificuldades?
Não temos direito de sermos felizes? – Questionou, com a voz embargada pelas lágrimas que insistiam em inundar seus olhos.
O amigo, profundo conhecedor da natureza humana, falou, com tranquilidade:
Não sei do que você está falando.
Vejo você mesma, neste instante, construindo sua felicidade!
Você deve estar brincando, só pode...
Não vê meu estado, não percebe o que estou passando?
Mesmo assim insisto, você está construindo sua felicidade.
Muitas pessoas chamam de felicidade o sorriso fácil das festas sociais, ou o dinheiro gasto para amealhar bens, ou a quantidade de posses em seu nome.
Essa é uma felicidade que logo se esvai...
Logo que o dinheiro mude de mãos, a saúde não permita mais as extravagâncias, e as ilusões se encerrem em um golpe de dor.
Existem, sim, aqueles que trafegam por estradas estreitas, em desafiadoras provas.
Porém, toda prova bem entendida, correctamente vivenciada, constrói virtudes em nossa intimidade.
E as virtudes que vamos conquistando serão a fonte permanente da felicidade que poderemos usufruir sem medo, quando se implantarem, em definitivo, em nós.
Hoje você passa pela incompreensão no lar.
Mas é lá que você está desenvolvendo a paciência.
No trabalho, enfrenta a intolerância do chefe desmedido.
Mas é lá que você se faz aprendiz da humildade e da compreensão.
As dificuldades financeiras que lhe surgem lhe dão o ensejo de ser comedida, paciente, resignada perante a vida.
Nos dias mais atribulados, nas dificuldades mais intensas, estamos realizando os esforços necessários para cultivarmos as virtudes e valores nobres de que ainda não dispomos.
Imaginar que ser feliz é ter dinheiro, comprar tudo que se deseja, ou dar vazão a todas as nossas extravagâncias é tolice de nossa imaturidade emocional.
Para concluir a conversa, ponderou o velho amigo:
Lembre-se de que as dores e dificuldades pelas quais está passando, logo mais deixarão de existir.
Entretanto, as virtudes, insculpidas a duros golpes nestes dias difíceis, acompanharão você para sempre.
Um breve silêncio se fez entre ambos.
Ela olhou o amigo, abraçou-o e, aconchegando-se a ele, como alguém que sente ter encontrado um porto seguro, agradeceu.
Estava renovada para prosseguir nas lutas, enfrentando as dificuldades.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Criança também ensina
Pedrinho contava três anos.
Era um menino esperto, tranquilo e antenado com tudo ao seu redor.
Na tarde de um sábado ensolarado, sua mãe o levou e à irmãzinha ainda bebé, ao parquinho próximo de sua casa.
Pedrinho brincava de fazer castelos de areia, construindo o que lhe passava pela imaginação, conforme o fazem muitas crianças.
Dois meninos maiores se aproximaram rindo e, observando o pequeno dizer que o castelo seria da princesinha Luci, sua irmã, olharam–se maliciosamente.
Quando Pedrinho, todo feliz, acabou de construir sua preciosidade, aproximaram-se e com os pés, destruíram tudo.
A mãe observou a cena, à distância e ficou aguardando a reacção do filho.
Foi nesse momento que todos se surpreenderam.
Pedrinho, sacudindo a areia da roupa, ficou em pé, balançou negativamente a cabeça, e disse sereno, mas firme, olhando para os garotos:
Poxa! Vocês derrubaram o castelo que eu fiz com tanto carinho para minha irmãzinha...
Se vocês tivessem uma princesa como a minha, também gostariam de dar a ela um castelo.
Agora, vou ter que fazer outro...
Os meninos se olharam envergonhados.
De cabeça baixa, se afastaram, sem dizer nada.
Certas lições não são aprendidas na escola e nem em regime de severidade.
Algumas nos alcançam a intimidade, pela firmeza e verdade que expressam.
Não é a imposição que nos convence a aceitarmos determinadas correcções.
Quando verificamos a forma serena, decidida e sincera de quem nos recrimina; a verdade que exala de palavras que nos são ditas calmamente, percebemos que elas tocam nosso íntimo, e não podemos deixar de aprender algo mais.
Não importa se tais palavras provêm dos lábios de um ancião ou de uma criança, pois sempre que nos chegam ao entendimento e à razão, nos fazem compreender que faltamos com a ética necessária.
Por vezes, crianças nos ensinam, pela forma tranquila de agir, através de suas palavras inocentes, mas de grande significado, quando nos propomos a aprender.
São almas que conquistaram certa evolução e que retornando à Terra, embora ainda em corpos infantis, têm atitudes que nos tocam os corações, com lições primorosas, de forma amena e meiga.
De outras vezes, suas acções decorrem do ambiente em que se desenvolvem e que muito pode colaborar com essa forma doce e correta de resolver seus impasses.
Importante prestar atenção nas atitudes e nos exemplos que tais crianças nos oferecem com suas palavras e actos manifestados com naturalidade, nos ensinando que sempre podemos resolver, de maneira simples e eficaz, os problemas que nos surjam.
Reunimo-nos na face da Terra para que aprendamos uns com os outros e cheguemos a um patamar de evolução e entendimento que nos aproxime sempre mais, pelos laços da harmonia e do amor.
Não importa a posição material que ocupamos nesta empreitada, visto que o que predomina nesse campo é a superioridade moral que cada qual conquistou.
O que conta verdadeiramente é que juntos aprendamos a semear um futuro de luz, paz e amor entre todas as gerações, para a construção de um mundo melhor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era um menino esperto, tranquilo e antenado com tudo ao seu redor.
Na tarde de um sábado ensolarado, sua mãe o levou e à irmãzinha ainda bebé, ao parquinho próximo de sua casa.
Pedrinho brincava de fazer castelos de areia, construindo o que lhe passava pela imaginação, conforme o fazem muitas crianças.
Dois meninos maiores se aproximaram rindo e, observando o pequeno dizer que o castelo seria da princesinha Luci, sua irmã, olharam–se maliciosamente.
Quando Pedrinho, todo feliz, acabou de construir sua preciosidade, aproximaram-se e com os pés, destruíram tudo.
A mãe observou a cena, à distância e ficou aguardando a reacção do filho.
Foi nesse momento que todos se surpreenderam.
Pedrinho, sacudindo a areia da roupa, ficou em pé, balançou negativamente a cabeça, e disse sereno, mas firme, olhando para os garotos:
Poxa! Vocês derrubaram o castelo que eu fiz com tanto carinho para minha irmãzinha...
Se vocês tivessem uma princesa como a minha, também gostariam de dar a ela um castelo.
Agora, vou ter que fazer outro...
Os meninos se olharam envergonhados.
De cabeça baixa, se afastaram, sem dizer nada.
Certas lições não são aprendidas na escola e nem em regime de severidade.
Algumas nos alcançam a intimidade, pela firmeza e verdade que expressam.
Não é a imposição que nos convence a aceitarmos determinadas correcções.
Quando verificamos a forma serena, decidida e sincera de quem nos recrimina; a verdade que exala de palavras que nos são ditas calmamente, percebemos que elas tocam nosso íntimo, e não podemos deixar de aprender algo mais.
Não importa se tais palavras provêm dos lábios de um ancião ou de uma criança, pois sempre que nos chegam ao entendimento e à razão, nos fazem compreender que faltamos com a ética necessária.
Por vezes, crianças nos ensinam, pela forma tranquila de agir, através de suas palavras inocentes, mas de grande significado, quando nos propomos a aprender.
São almas que conquistaram certa evolução e que retornando à Terra, embora ainda em corpos infantis, têm atitudes que nos tocam os corações, com lições primorosas, de forma amena e meiga.
De outras vezes, suas acções decorrem do ambiente em que se desenvolvem e que muito pode colaborar com essa forma doce e correta de resolver seus impasses.
Importante prestar atenção nas atitudes e nos exemplos que tais crianças nos oferecem com suas palavras e actos manifestados com naturalidade, nos ensinando que sempre podemos resolver, de maneira simples e eficaz, os problemas que nos surjam.
Reunimo-nos na face da Terra para que aprendamos uns com os outros e cheguemos a um patamar de evolução e entendimento que nos aproxime sempre mais, pelos laços da harmonia e do amor.
Não importa a posição material que ocupamos nesta empreitada, visto que o que predomina nesse campo é a superioridade moral que cada qual conquistou.
O que conta verdadeiramente é que juntos aprendamos a semear um futuro de luz, paz e amor entre todas as gerações, para a construção de um mundo melhor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
DEPENDÊNCIA
Não dependamos emocionalmente de ninguém.
Todos somos interdependentes, no entanto cada qual tem o direito de efectuar as suas próprias escolhas.
Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável tratamento.
Não escravizemos ninguém às nossas ideias e ao nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de nos anularmos em nossa própria vontade.
Todo excesso no campo afectivo, a pretexto de amor, é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.
O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal evidente de que algo não está bem connosco e carecemos de reconhecer isto, se não quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.
Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não ser a Deus!
Todos somos afectivamente carentes, mas não nos prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens emocionais.
Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá de volta o que necessita na medida exacta do que houver cedido.
Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que seja.
Sempre ser-nos-à possível encontrar alguém na estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos surpreender como o agente da felicidade que esperamos.
Irmão José (Carlos Baccelli - do livro "Lições da Vida")
§.§.§- Ave sem Ninho
Todos somos interdependentes, no entanto cada qual tem o direito de efectuar as suas próprias escolhas.
Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável tratamento.
Não escravizemos ninguém às nossas ideias e ao nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de nos anularmos em nossa própria vontade.
Todo excesso no campo afectivo, a pretexto de amor, é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.
O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal evidente de que algo não está bem connosco e carecemos de reconhecer isto, se não quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.
Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não ser a Deus!
Todos somos afectivamente carentes, mas não nos prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens emocionais.
Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá de volta o que necessita na medida exacta do que houver cedido.
Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que seja.
Sempre ser-nos-à possível encontrar alguém na estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos surpreender como o agente da felicidade que esperamos.
Irmão José (Carlos Baccelli - do livro "Lições da Vida")
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um homem simples, um homem extraordinário
César residia em Três Corações, Minas Gerais.
Certo dia, um amigo o convidou a ir a Uberaba, para visitar o missionário do amor, Francisco Cândido Xavier.
Era tudo o que ele sempre desejara:
conhecer pessoalmente aquela criatura que exalava bondade e atendia a tantas pessoas, de forma simples, sem afectação alguma.
Um homem chamado Amor.
Chegou em casa alvoroçado e disse para a esposa:
Aurinha, vamos para Uberaba. Arrume as malas.
Ela olhou para o marido e ponderou que tinham três crianças pequenas, que exigiam cuidados.
Vá você, disse ela. E depois me conte.
Na madrugada, ele despertou e preparou-se para partir.
A esposa o beijou e lhe entregou um embrulho:
Amor, eu não poderei ir ver o Chico.
Mas fiz um bolo para ele.
Pelos longos quilómetros até Uberaba, ele foi pensando o que diria ao médium tão admirado e tão amado.
Quando se aproximaram da casa de Chico, viu a fila enorme, aguardando para falar com ele.
César entrou na fila. O coração pulsava acelerado.
Foi quando sentiu um ponto de perfume.
Era um ponto mesmo. Aquele perfume não se espalhava.
Que coisa estranha! – Pensou.
Um ponto de perfume localizado. Olhou para os lados.
As pessoas pareciam não sentir aquele aroma tão bom.
A fila foi andando. Finalmente, ele estava em frente ao Chico.
Estava tão emocionado que não conseguia falar.
Ficou olhando aquele homem simples e tão extraordinário.
Qualquer coisa que dissesse poderia estragar o momento tão especial.
Naqueles poucos segundos, Chico levantou os olhos, sorriu e disse:
O Espírito Sheila foi receber você lá na porta, não é mesmo?
César ficou mais emocionado.
O ponto de perfume que ele sentira fora a presença espiritual de Sheila, que costuma, quando se aproxima, exalar delicado perfume, normalmente percebido pelos presentes.
Como continuasse imóvel frente ao médium, Chico esticou a mão, pegou o embrulho e com sua voz doce e inesquecível, falou:
Diga à Dona Aurinha que fico muito agradecido pelo bolo que ela fez para mim, com tanto carinho.
Quando se deu conta, César estava do lado de fora, no pátio da casa.
Ele estivera frente ao Chico e não dissera uma palavra.
Mas, tudo o que acontecera, calara fundo em sua alma.
Especialmente, Chico saber o nome da sua esposa e que ela havia feito um bolo para ele.
Muitos casos existem relatados por aqueles que estiveram próximos a Chico Xavier.
Casos que dizem da sua extraordinária mediunidade, e da não menos extraordinária humildade.
Um homem que se sentava para receber as pessoas, que tinha uma palavra de bom ânimo e ternura para cada um.
Um homem que beijava as mãos de quem beijasse as suas, em retribuição.
Um homem simples. Um homem que viveu mais de noventa anos nesta Terra e somente semeou o bem.
Partiu tão delicadamente como vivera.
Como ele mesmo anunciara, partiu num dia em que a nação estava feliz:
comemorava o pentacampeonato mundial de futebol.
Para todos os que cremos na Imortalidade da alma, a certeza de que Francisco Cândido Xavier não morreu, somente retornou ao lar primitivo, ao mundo espiritual, depois da exitosa jornada terrena.
Também de que prossegue no trabalho do bem e do amor.
Momento Espírita, com base no artigo A primeira vez é inesquecível – um bolo e uma cirurgia, de César Soares dos Reis, da Revista Cultura Espírita, julho 2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
Certo dia, um amigo o convidou a ir a Uberaba, para visitar o missionário do amor, Francisco Cândido Xavier.
Era tudo o que ele sempre desejara:
conhecer pessoalmente aquela criatura que exalava bondade e atendia a tantas pessoas, de forma simples, sem afectação alguma.
Um homem chamado Amor.
Chegou em casa alvoroçado e disse para a esposa:
Aurinha, vamos para Uberaba. Arrume as malas.
Ela olhou para o marido e ponderou que tinham três crianças pequenas, que exigiam cuidados.
Vá você, disse ela. E depois me conte.
Na madrugada, ele despertou e preparou-se para partir.
A esposa o beijou e lhe entregou um embrulho:
Amor, eu não poderei ir ver o Chico.
Mas fiz um bolo para ele.
Pelos longos quilómetros até Uberaba, ele foi pensando o que diria ao médium tão admirado e tão amado.
Quando se aproximaram da casa de Chico, viu a fila enorme, aguardando para falar com ele.
César entrou na fila. O coração pulsava acelerado.
Foi quando sentiu um ponto de perfume.
Era um ponto mesmo. Aquele perfume não se espalhava.
Que coisa estranha! – Pensou.
Um ponto de perfume localizado. Olhou para os lados.
As pessoas pareciam não sentir aquele aroma tão bom.
A fila foi andando. Finalmente, ele estava em frente ao Chico.
Estava tão emocionado que não conseguia falar.
Ficou olhando aquele homem simples e tão extraordinário.
Qualquer coisa que dissesse poderia estragar o momento tão especial.
Naqueles poucos segundos, Chico levantou os olhos, sorriu e disse:
O Espírito Sheila foi receber você lá na porta, não é mesmo?
César ficou mais emocionado.
O ponto de perfume que ele sentira fora a presença espiritual de Sheila, que costuma, quando se aproxima, exalar delicado perfume, normalmente percebido pelos presentes.
Como continuasse imóvel frente ao médium, Chico esticou a mão, pegou o embrulho e com sua voz doce e inesquecível, falou:
Diga à Dona Aurinha que fico muito agradecido pelo bolo que ela fez para mim, com tanto carinho.
Quando se deu conta, César estava do lado de fora, no pátio da casa.
Ele estivera frente ao Chico e não dissera uma palavra.
Mas, tudo o que acontecera, calara fundo em sua alma.
Especialmente, Chico saber o nome da sua esposa e que ela havia feito um bolo para ele.
Muitos casos existem relatados por aqueles que estiveram próximos a Chico Xavier.
Casos que dizem da sua extraordinária mediunidade, e da não menos extraordinária humildade.
Um homem que se sentava para receber as pessoas, que tinha uma palavra de bom ânimo e ternura para cada um.
Um homem que beijava as mãos de quem beijasse as suas, em retribuição.
Um homem simples. Um homem que viveu mais de noventa anos nesta Terra e somente semeou o bem.
Partiu tão delicadamente como vivera.
Como ele mesmo anunciara, partiu num dia em que a nação estava feliz:
comemorava o pentacampeonato mundial de futebol.
Para todos os que cremos na Imortalidade da alma, a certeza de que Francisco Cândido Xavier não morreu, somente retornou ao lar primitivo, ao mundo espiritual, depois da exitosa jornada terrena.
Também de que prossegue no trabalho do bem e do amor.
Momento Espírita, com base no artigo A primeira vez é inesquecível – um bolo e uma cirurgia, de César Soares dos Reis, da Revista Cultura Espírita, julho 2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O bom e o ruim
Ela era uma jovem talentosa e rica.
Jamais conhecera dias ruins.
Crescera entre os livros, a arte e as horas de lazer.
Mas então decidiu deixar o lar paterno.
Tinha sonhos grandiosos.
Inscreveu-se em um curso em país europeu e partiu.
Meses depois, surpreendeu a família informando que pretendia não mais retornar à casa.
Identificava-se de tal forma com os costumes e a vida do país onde se encontrava, que se decidira por não retornar à terra natal.
Conseguir emprego para se manter foi um desafio.
Falando fluentemente o inglês e o alemão, venceu barreiras.
Em uma tarde de passeio encontrou um rapaz, tão jovem quanto ela própria, e se apaixonou.
O namoro durou alguns meses, depois veio o matrimónio.
Ele era escocês e logo ela descobriu que eram muito diferentes.
Ele manifestava atitudes que a magoavam profundamente.
Ela se sentia só e infeliz.
Idealizara uma vida serena, a dois, e tudo o que encontrava a cada dia eram problemas se somando a dificuldades.
Recordou-se do aconchego materno e passou a telefonar para sua mãe, nas horas da madrugada, quando se sentia mais desesperada.
Não aguento mais, disse uma noite.
Que posso fazer, a tantas milhas de distância? Perguntava a mãe.
Servindo-se de palavras doces, foi acalmando a filha.
E, por fim, lhe disse:
Filha, apanhe um sabonete e escreva num espelho:
“Isso vai passar.” Amanhã lhe telefonarei.
Quando a noite foi vencida pela madrugada ridente e as horas vespertinas se anunciaram, ela telefonou para a filha.
Em prantos, a moça lhe disse:
Eu escrevi, mamãe, como você mandou.
Mas não adiantou nada. Nada passou.
Do outro lado da linha, a voz firme da mãe se fez ouvir:
Torne a apanhar o sabonete e embaixo da frase, escreva agora: “O bom e o ruim.”
A filha não conseguiu entender muito bem o que a mãe lhe desejava dizer com aquilo, mas obedeceu.
Então, quando o telefone tornou a tocar, na rica residência dos pais, a voz da filha estava mais calma:
Eu entendi, mamãe.
Entendi que devo analisar as coisas positivas, não somente ressaltar as questões ruins do meu casamento.
Escrevi tudo o que de bom já vivi com John.
Quando comecei a relacionar as coisas ruins, percebi que não eram tantas quanto supunha.
Vou reformular minha vida.
Vou tentar outra vez.
Desejo ser feliz com ele.
Aliviada, a mãe percebeu que alcançara o objectivo.
A filha estava analisando factos e opiniões.
Não existem na Terra casamentos perfeitos.
Existem, sim, casamentos harmoniosos, porque o casal se empenha em amenizar as diferenças, preocupa-se em renunciar a meros pontos de vista.
Tudo em prol da boa convivência.
Não se cogita de anulação da personalidade de um ou outro, somente em ajuste de entendimento, com paciência e boa vontade.
Mesmo porque, acima e além de tudo, existe o amor.
E o amor é capaz de superar diferenças, promover a paz e solidificar a união.
Momento Espírita, com base em facto.
§.§.§- Ave sem Ninho
Jamais conhecera dias ruins.
Crescera entre os livros, a arte e as horas de lazer.
Mas então decidiu deixar o lar paterno.
Tinha sonhos grandiosos.
Inscreveu-se em um curso em país europeu e partiu.
Meses depois, surpreendeu a família informando que pretendia não mais retornar à casa.
Identificava-se de tal forma com os costumes e a vida do país onde se encontrava, que se decidira por não retornar à terra natal.
Conseguir emprego para se manter foi um desafio.
Falando fluentemente o inglês e o alemão, venceu barreiras.
Em uma tarde de passeio encontrou um rapaz, tão jovem quanto ela própria, e se apaixonou.
O namoro durou alguns meses, depois veio o matrimónio.
Ele era escocês e logo ela descobriu que eram muito diferentes.
Ele manifestava atitudes que a magoavam profundamente.
Ela se sentia só e infeliz.
Idealizara uma vida serena, a dois, e tudo o que encontrava a cada dia eram problemas se somando a dificuldades.
Recordou-se do aconchego materno e passou a telefonar para sua mãe, nas horas da madrugada, quando se sentia mais desesperada.
Não aguento mais, disse uma noite.
Que posso fazer, a tantas milhas de distância? Perguntava a mãe.
Servindo-se de palavras doces, foi acalmando a filha.
E, por fim, lhe disse:
Filha, apanhe um sabonete e escreva num espelho:
“Isso vai passar.” Amanhã lhe telefonarei.
Quando a noite foi vencida pela madrugada ridente e as horas vespertinas se anunciaram, ela telefonou para a filha.
Em prantos, a moça lhe disse:
Eu escrevi, mamãe, como você mandou.
Mas não adiantou nada. Nada passou.
Do outro lado da linha, a voz firme da mãe se fez ouvir:
Torne a apanhar o sabonete e embaixo da frase, escreva agora: “O bom e o ruim.”
A filha não conseguiu entender muito bem o que a mãe lhe desejava dizer com aquilo, mas obedeceu.
Então, quando o telefone tornou a tocar, na rica residência dos pais, a voz da filha estava mais calma:
Eu entendi, mamãe.
Entendi que devo analisar as coisas positivas, não somente ressaltar as questões ruins do meu casamento.
Escrevi tudo o que de bom já vivi com John.
Quando comecei a relacionar as coisas ruins, percebi que não eram tantas quanto supunha.
Vou reformular minha vida.
Vou tentar outra vez.
Desejo ser feliz com ele.
Aliviada, a mãe percebeu que alcançara o objectivo.
A filha estava analisando factos e opiniões.
Não existem na Terra casamentos perfeitos.
Existem, sim, casamentos harmoniosos, porque o casal se empenha em amenizar as diferenças, preocupa-se em renunciar a meros pontos de vista.
Tudo em prol da boa convivência.
Não se cogita de anulação da personalidade de um ou outro, somente em ajuste de entendimento, com paciência e boa vontade.
Mesmo porque, acima e além de tudo, existe o amor.
E o amor é capaz de superar diferenças, promover a paz e solidificar a união.
Momento Espírita, com base em facto.
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Ser luz
O crepúsculo descia num deslumbramento de ouro e brisas cariciosas.
Ao longo de toda a encosta, acotovelava-se a multidão.
Centenas de criaturas se aglomeravam ali, a fim de ouvirem a palavra do Senhor, na paisagem que se aureolava dos brilhos singulares de todo o horizonte pincelado de luz.
Eram velhinhos trémulos, lavradores simples e generosos, mulheres do povo agarradas aos filhinhos.
Entre os mais fortes e sadios, viam-se cegos e crianças doentes, homens maltrapilhos, exibindo os vermes que lhes corroíam as mãos e os pés.
Todos se comprimiam ofegantes.
Ante os seus olhares esperançosos, a figura do Mestre surgiu na eminência enfeitada de verdura, onde sopravam brandamente os ventos amigos da tarde.
Deixando perceber que se dirigia aos vencidos e sofredores do mundo inteiro, Jesus, pela primeira vez, pregou as bem-aventuranças celestiais.
Sua voz caía como bálsamo eterno, sobre os corações desditosos.
Aila estava entre eles.
Nunca ouvira alguém falar assim.
Algo naquele estrangeiro a encantava.
O filho pequeno que carregava nos braços, antes agitado, assustado com os ruídos externos da multidão, agora estava calmo, de olhos abertos, como se também prestasse atenção nas palavras do Mestre.
Em determinado momento, ela teve a impressão de que seus olhares se entre-cruzaram.
Ele lhe parecia familiar...
De onde O conhecia?
Sentiu algo singular que lhe tocou as cordas íntimas da alma.
Parecia um convite... mas, um convite para quê?
Nesse exacto instante, a voz marcante deixava no ar as palavras inesquecíveis:
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte.
Nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina a todos que estão na casa.
Assim, resplandeça a vossa luz adiante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Ela, então, compreendeu o suave chamado:
Ele queria que ela fosse luz ao Seu lado.
Num planeta onde se fala de tanta sombra, de tantas dificuldades, de tamanha noite na alma, temos ideia do que significa ser a luz do mundo?
Parece algo pretensioso?
Algo apenas para grandes Espíritos?
Não, não se trata de ser a luz do mundo, isto é, uma única luz que iluminará todas as trevas do globo.
O que o Mestre quis dizer foi que a claridade na Terra virá de cada um de nós, de nossas potencialidades, de nosso esforço individual, de nossas virtudes.
Ele via em nós, em gérmen, tudo que tínhamos ainda por desenvolver.
Via na semente pequenina a certeza da árvore frondosa.
Seu recado era simples:
Brilhe, deixe sair essa luz que você já dispõe, não a esconda, não permita que suas imperfeições, suas mazelas, o impeçam de irradiar essa luminescência grandiosa.
E Ele foi e é a prova viva de que isso é possível, pois iluminou o mundo naqueles momentos benditos em que esteve entre nós.
Ele se fez Luz do mundo e veio nos convidar a sermos igualmente luz.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ao longo de toda a encosta, acotovelava-se a multidão.
Centenas de criaturas se aglomeravam ali, a fim de ouvirem a palavra do Senhor, na paisagem que se aureolava dos brilhos singulares de todo o horizonte pincelado de luz.
Eram velhinhos trémulos, lavradores simples e generosos, mulheres do povo agarradas aos filhinhos.
Entre os mais fortes e sadios, viam-se cegos e crianças doentes, homens maltrapilhos, exibindo os vermes que lhes corroíam as mãos e os pés.
Todos se comprimiam ofegantes.
Ante os seus olhares esperançosos, a figura do Mestre surgiu na eminência enfeitada de verdura, onde sopravam brandamente os ventos amigos da tarde.
Deixando perceber que se dirigia aos vencidos e sofredores do mundo inteiro, Jesus, pela primeira vez, pregou as bem-aventuranças celestiais.
Sua voz caía como bálsamo eterno, sobre os corações desditosos.
Aila estava entre eles.
Nunca ouvira alguém falar assim.
Algo naquele estrangeiro a encantava.
O filho pequeno que carregava nos braços, antes agitado, assustado com os ruídos externos da multidão, agora estava calmo, de olhos abertos, como se também prestasse atenção nas palavras do Mestre.
Em determinado momento, ela teve a impressão de que seus olhares se entre-cruzaram.
Ele lhe parecia familiar...
De onde O conhecia?
Sentiu algo singular que lhe tocou as cordas íntimas da alma.
Parecia um convite... mas, um convite para quê?
Nesse exacto instante, a voz marcante deixava no ar as palavras inesquecíveis:
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte.
Nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina a todos que estão na casa.
Assim, resplandeça a vossa luz adiante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Ela, então, compreendeu o suave chamado:
Ele queria que ela fosse luz ao Seu lado.
Num planeta onde se fala de tanta sombra, de tantas dificuldades, de tamanha noite na alma, temos ideia do que significa ser a luz do mundo?
Parece algo pretensioso?
Algo apenas para grandes Espíritos?
Não, não se trata de ser a luz do mundo, isto é, uma única luz que iluminará todas as trevas do globo.
O que o Mestre quis dizer foi que a claridade na Terra virá de cada um de nós, de nossas potencialidades, de nosso esforço individual, de nossas virtudes.
Ele via em nós, em gérmen, tudo que tínhamos ainda por desenvolver.
Via na semente pequenina a certeza da árvore frondosa.
Seu recado era simples:
Brilhe, deixe sair essa luz que você já dispõe, não a esconda, não permita que suas imperfeições, suas mazelas, o impeçam de irradiar essa luminescência grandiosa.
E Ele foi e é a prova viva de que isso é possível, pois iluminou o mundo naqueles momentos benditos em que esteve entre nós.
Ele se fez Luz do mundo e veio nos convidar a sermos igualmente luz.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
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Missionários do amor
Quando se fala em missionário, a primeira imagem que nos acode à mente é a de um religioso devotado ao bem, alguém que dedique seus dias e noites, de forma integral, para o bem dos seus irmãos, para a Humanidade.
No entanto, missionários existem de diversos portes.
E alguns muito próximos a nós.
Por vezes, pais amorosos, que recebem nos braços filhos deficientes e os sustentam por toda uma vida, com seus cuidados e extremada ternura.
De outras, amigos excepcionais, que estendem mãos de veludo para aplacar as dores dos espinhos nas carnes alheias.
Filhos dedicados que nascem para iluminar nossas vidas, à semelhança de astros luminíferos em nosso céu borrascoso.
Recordamos de uma família que conhecemos.
O segundo filho do casal nasceu portador de séria enfermidade que, a pouco e pouco, lhe foi retirando a mobilidade.
Primeiro foi o andar impreciso, depois somente com amparo forte, até à imobilidade dos membros inferiores.
Da dificuldade de coordenação motora à dependência total para as mínimas necessidades:
beber um copo d'agua, levar o alimento à boca.
Enquanto o drama era vivido e sofrido pelos pais, a esposa engravidou pela terceira vez.
O diagnóstico nada animador prescrevia um abortamento, dadas as complicações cardíacas da gestante, além da possibilidade do bebé ser portador de microcefalia.
Estribado na fé, o casal aguardou o tempo.
O bebé nasceu perfeito.
Garoto feliz, demonstrou, desde os primeiros momentos, o quanto era grato por estar vivo.
Mais de uma vez, deixava dos folguedos para correr ao pescoço da mãe, abraçá-la e dizer:
Eu amo a minha vida, amo a minha casa, amo todos vocês.
A nota mais interessante começou a ser observada quando o pequeno não tinha mais que ano e meio.
Colocava-se em pé em sua cadeirinha e, com cuidado, ajudava colocar a alimentação na boca do irmão.
Na sua linguagem infantil, pronunciava: Eu judo o mano.
E na medida em que cresceu, a ajuda se tornou mais constante e efectiva.
Hoje, quase aos sete anos, o pequeno é o guardião do seu irmão.
Dormem no mesmo quarto, por insistência dele.
Não são raras as madrugadas em que ele se levanta do leito, atravessa o corredor, se dirige ao quarto dos pais para pedir ajuda para o mano, que precisa alguma atenção maior.
Nenhuma queixa, nenhuma reclamação.
Deixa de brincar com os amigos para se dedicar ao irmão.
Busca água, conduz a cadeira de rodas, joga vídeo-game, assiste filmes, comenta futebol.
Dia desses, na sua inocência infantil, olhou para a mãe e lhe disse:
Mãe, sabe por que eu nasci?
E, ante a surpresa da progenitora, aduziu:
Eu nasci para cuidar do mano.
Missionários existem, sim, em nossos lares.
Anónimos, ocultos, realizam sua tarefa.
Missionário é todo aquele que se entrega em totalidade à tarefa de amor, na obscuridade da estrada ou nos palcos da ciência, da filosofia ou da religião.
Missionário é todo aquele que traz a consciência do seu dever de servir além e acima de qualquer circunstância.
Movido pelo amor, é qual chama ardente que não se extingue.
Sol de primeira grandeza que ilumina outras vidas, em barracos infectos ou em mansões sumptuosas.
Sua missão é amar e servir.
Como a violeta escondida na ramagem do jardim, exala seu perfume e se esconde na capa humilde de servidor.
Quem ama, coroa as horas de luz.
Quem serve, adorna o coração de ventura imorredoura.
Saiamos na direcção do sol para servir.
Momento Espírita, com pensamento final do verbete Servir, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
No entanto, missionários existem de diversos portes.
E alguns muito próximos a nós.
Por vezes, pais amorosos, que recebem nos braços filhos deficientes e os sustentam por toda uma vida, com seus cuidados e extremada ternura.
De outras, amigos excepcionais, que estendem mãos de veludo para aplacar as dores dos espinhos nas carnes alheias.
Filhos dedicados que nascem para iluminar nossas vidas, à semelhança de astros luminíferos em nosso céu borrascoso.
Recordamos de uma família que conhecemos.
O segundo filho do casal nasceu portador de séria enfermidade que, a pouco e pouco, lhe foi retirando a mobilidade.
Primeiro foi o andar impreciso, depois somente com amparo forte, até à imobilidade dos membros inferiores.
Da dificuldade de coordenação motora à dependência total para as mínimas necessidades:
beber um copo d'agua, levar o alimento à boca.
Enquanto o drama era vivido e sofrido pelos pais, a esposa engravidou pela terceira vez.
O diagnóstico nada animador prescrevia um abortamento, dadas as complicações cardíacas da gestante, além da possibilidade do bebé ser portador de microcefalia.
Estribado na fé, o casal aguardou o tempo.
O bebé nasceu perfeito.
Garoto feliz, demonstrou, desde os primeiros momentos, o quanto era grato por estar vivo.
Mais de uma vez, deixava dos folguedos para correr ao pescoço da mãe, abraçá-la e dizer:
Eu amo a minha vida, amo a minha casa, amo todos vocês.
A nota mais interessante começou a ser observada quando o pequeno não tinha mais que ano e meio.
Colocava-se em pé em sua cadeirinha e, com cuidado, ajudava colocar a alimentação na boca do irmão.
Na sua linguagem infantil, pronunciava: Eu judo o mano.
E na medida em que cresceu, a ajuda se tornou mais constante e efectiva.
Hoje, quase aos sete anos, o pequeno é o guardião do seu irmão.
Dormem no mesmo quarto, por insistência dele.
Não são raras as madrugadas em que ele se levanta do leito, atravessa o corredor, se dirige ao quarto dos pais para pedir ajuda para o mano, que precisa alguma atenção maior.
Nenhuma queixa, nenhuma reclamação.
Deixa de brincar com os amigos para se dedicar ao irmão.
Busca água, conduz a cadeira de rodas, joga vídeo-game, assiste filmes, comenta futebol.
Dia desses, na sua inocência infantil, olhou para a mãe e lhe disse:
Mãe, sabe por que eu nasci?
E, ante a surpresa da progenitora, aduziu:
Eu nasci para cuidar do mano.
Missionários existem, sim, em nossos lares.
Anónimos, ocultos, realizam sua tarefa.
Missionário é todo aquele que se entrega em totalidade à tarefa de amor, na obscuridade da estrada ou nos palcos da ciência, da filosofia ou da religião.
Missionário é todo aquele que traz a consciência do seu dever de servir além e acima de qualquer circunstância.
Movido pelo amor, é qual chama ardente que não se extingue.
Sol de primeira grandeza que ilumina outras vidas, em barracos infectos ou em mansões sumptuosas.
Sua missão é amar e servir.
Como a violeta escondida na ramagem do jardim, exala seu perfume e se esconde na capa humilde de servidor.
Quem ama, coroa as horas de luz.
Quem serve, adorna o coração de ventura imorredoura.
Saiamos na direcção do sol para servir.
Momento Espírita, com pensamento final do verbete Servir, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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Essência imortal
Um homem adquiriu uma casa antiga.
Mais de um século de construção, mas bem conservada.
Contudo, logo que entrou na edificação, se deu conta de que muitos consertos eram necessários.
Um detalhe aqui, outro ali.
E, com certeza, ela precisava de uma pintura nova.
Por isso, ele decidiu retirar a tinta antiga e começou a raspar as paredes, a cor velha, um azul sujo e desbotado.
Para sua surpresa, na medida em que ia retirando a cor azul, foi aparecendo por baixo uma outra cor, rosa, mais velha do que a anterior.
Raspou tudo. Aí apareceu uma terceira camada de tinta, cor creme. Depois o branco.
Ele foi descobrindo que cada morador que por ali passara, pintara a casa da cor que lhe agradava, sempre cobrindo a anterior.
Constatando isso, ele decidiu descobrir qual seria a cor original daquela velha casa.
Obstinado, pacientemente, foi retirando camada por camada.
Finalmente, quando acabou o seu trabalho, teve uma grande surpresa.
Mais bonita do que qualquer tinta, havia uma madeira linda, o maravilhoso pinho de riga, com nervuras formando arabescos cor castanha contra um fundo marfim.
Ficou encantado e profundamente feliz – pinho de riga puro, sem nenhuma mão de tinta.
Um tesouro para ser admirado.
Nós somos como a casa velha, com camadas e camadas de tintas de cores diversas.
Para cada ocasião, apresentamos uma das cores:
o azul para os momentos de alegria, o rosa para aqueles serenos, harmoniosos, o vermelho para as horas turbulentas...
As pessoas, que privam do nosso quotidiano, nos conhecem de uma ou de outra forma, dependendo das horas que estejam conosco.
Alguns dirão que somos alegres, outros que somos muito sérios, outros ainda, que somos agitados, tensos.
Tantas são as cores para os períodos mais diversos que, por vezes, nós mesmos temos dificuldades em descobrir como somos realmente.
Somos o amarelo do intelecto, o verde das festas ruidosas, o branco envelhecido dos dias de cansaço?
Quem somos, afinal? Como somos, de verdade?
Importante que nos auto-conheçamos, que saibamos em profundidade dos nossos sentimentos, das nossas aspirações, dos nossos pensamentos.
Auto-conhecimento. E, com um detalhe muito importante:
saber que não somos um corpo que anda, fala, trabalha, executa tarefas, se locomove de um para outro lado.
Somos um Espírito imortal.
Sim, o pinho de riga puro. A essência imortal.
E esse Espírito imortal é quem sente, pensa, idealiza e conduz o corpo com todas suas camadas grossas ou finas de diferentes pinturas.
Definir-nos como ser humano integral é o que nos compete.
Permitir que apareça, com toda sua beleza, esse pinho de riga puro, com seus arabescos maravilhosos.
Descobrir que precisamos retirar a camada rude da nossa indiferença para deixar que o fundo marfim do amor se apresente.
Extravasar em acção nossa vontade de aprender, nosso intuito de melhorar, de apresentar o que tenhamos de melhor para esse mundo maravilhoso em que se movimenta o corpo que comandamos.
Essência imortal, filhos de Deus, herdeiros da Sua luz e do Seu amor.
Momento Espírita, com base no cap. 5, pt. 1, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. Verus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Mais de um século de construção, mas bem conservada.
Contudo, logo que entrou na edificação, se deu conta de que muitos consertos eram necessários.
Um detalhe aqui, outro ali.
E, com certeza, ela precisava de uma pintura nova.
Por isso, ele decidiu retirar a tinta antiga e começou a raspar as paredes, a cor velha, um azul sujo e desbotado.
Para sua surpresa, na medida em que ia retirando a cor azul, foi aparecendo por baixo uma outra cor, rosa, mais velha do que a anterior.
Raspou tudo. Aí apareceu uma terceira camada de tinta, cor creme. Depois o branco.
Ele foi descobrindo que cada morador que por ali passara, pintara a casa da cor que lhe agradava, sempre cobrindo a anterior.
Constatando isso, ele decidiu descobrir qual seria a cor original daquela velha casa.
Obstinado, pacientemente, foi retirando camada por camada.
Finalmente, quando acabou o seu trabalho, teve uma grande surpresa.
Mais bonita do que qualquer tinta, havia uma madeira linda, o maravilhoso pinho de riga, com nervuras formando arabescos cor castanha contra um fundo marfim.
Ficou encantado e profundamente feliz – pinho de riga puro, sem nenhuma mão de tinta.
Um tesouro para ser admirado.
Nós somos como a casa velha, com camadas e camadas de tintas de cores diversas.
Para cada ocasião, apresentamos uma das cores:
o azul para os momentos de alegria, o rosa para aqueles serenos, harmoniosos, o vermelho para as horas turbulentas...
As pessoas, que privam do nosso quotidiano, nos conhecem de uma ou de outra forma, dependendo das horas que estejam conosco.
Alguns dirão que somos alegres, outros que somos muito sérios, outros ainda, que somos agitados, tensos.
Tantas são as cores para os períodos mais diversos que, por vezes, nós mesmos temos dificuldades em descobrir como somos realmente.
Somos o amarelo do intelecto, o verde das festas ruidosas, o branco envelhecido dos dias de cansaço?
Quem somos, afinal? Como somos, de verdade?
Importante que nos auto-conheçamos, que saibamos em profundidade dos nossos sentimentos, das nossas aspirações, dos nossos pensamentos.
Auto-conhecimento. E, com um detalhe muito importante:
saber que não somos um corpo que anda, fala, trabalha, executa tarefas, se locomove de um para outro lado.
Somos um Espírito imortal.
Sim, o pinho de riga puro. A essência imortal.
E esse Espírito imortal é quem sente, pensa, idealiza e conduz o corpo com todas suas camadas grossas ou finas de diferentes pinturas.
Definir-nos como ser humano integral é o que nos compete.
Permitir que apareça, com toda sua beleza, esse pinho de riga puro, com seus arabescos maravilhosos.
Descobrir que precisamos retirar a camada rude da nossa indiferença para deixar que o fundo marfim do amor se apresente.
Extravasar em acção nossa vontade de aprender, nosso intuito de melhorar, de apresentar o que tenhamos de melhor para esse mundo maravilhoso em que se movimenta o corpo que comandamos.
Essência imortal, filhos de Deus, herdeiros da Sua luz e do Seu amor.
Momento Espírita, com base no cap. 5, pt. 1, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. Verus.
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Trabalho que nos engrandece
Interessante era observar a rotina daquele jovem.
Levantava-se pela manhã, cuidava da higiene pessoal, procurava as roupas no armário, demorando-se alguns minutos a decidir pelas mais adequadas para o dia.
Tomava seu café, sem nem atentar para a riqueza da mesa posta, sobre a qual se encontravam sucos, pães, frutas, tudo disposto de forma agradável.
Saía de casa, seguia até o ponto de ónibus e se dirigia para o escritório, realizando as actividades que lhe competiam, sem quase pensar no que fazia.
No horário do almoço, após a refeição, procurava uma poltrona para cochilar alguns minutos, antes de retornar à mesa de trabalho.
As horas seguintes, lentas, se desdobravam e, ao fim do expediente, retornava para sua casa, onde após o jantar, gastava as horas em frente à TV, até ser vencido pelo sono.
Findando o dia, nem se dava conta de que levava a vida de forma repetitiva, fazendo sempre as mesmas coisas, sem pensar, sem se esforçar.
Profissionalmente, não procurava melhorar seu desempenho, aperfeiçoar-se, pensar em algo diferente, inovar.
Sua vida mais parecia a de um relógio, que repetia sempre as horas, sem acrescentar nada a si mesmo.
Sua jovialidade se perdia em uma quase inanição mental, psicológica e física.
Algo parecido com um autómato.
Muito diversa, no entanto, era a vida de Janete, sua colega.
Dizia ela que seu dia era totalmente ocupado por actividades diversas, e que gostaria que ele tivesse mais horas para poder fazer tudo o que desejava.
Morava sozinha e era a única responsável por todas as tarefas, tanto as pessoais, como as do lar.
Levantava-se cedo para deixar a casa em ordem antes de sair para o trabalho e, no final da tarde, ao sair da empresa, ia directamente para a faculdade.
Os domingos e feriados eram tomados, em grande parte, pelos estudos, algumas idas ao cinema ou teatro ou visitas aos familiares.
Olhando para essas duas vidas, acode-nos à mente que o trabalho é Lei Divina, Lei natural. Constitui estímulo aos valores que dormem latentes em nosso íntimo, aguardando despertamento, ampliação, desdobramento e todos, abastados ou necessitados, devemos a ele nos afeiçoar.
Toda ocupação útil é trabalho.
Se não dependemos do trabalho remunerado para a própria subsistência, devemos empregar nosso tempo em actividades de solidariedade, de serviços de enobrecimento humano.
É salutar sair da rotina e da acomodação que acaba por matar o entusiasmo de viver, os estímulos para enfrentar desafios novos.
Cultivar o hábito da leitura que eleva, conversas que enobrecem, novos aprendizados, distracção que edifica, atendimento ao necessitado, são trabalhos de elevação espiritual.
A boa mídia e a sua riqueza de informações instrutivas trabalha e engrandece nosso intelecto.
E o limite do trabalho será sempre o das nossas forças.
Quando as forças físicas diminuem, as da alma continuam na activa do crescimento interior.
Sejam nossas vidas verdadeiras usinas de trabalho digno, e muitas bênçãos de luz, paz e amor se farão em nós e ao nosso redor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Levantava-se pela manhã, cuidava da higiene pessoal, procurava as roupas no armário, demorando-se alguns minutos a decidir pelas mais adequadas para o dia.
Tomava seu café, sem nem atentar para a riqueza da mesa posta, sobre a qual se encontravam sucos, pães, frutas, tudo disposto de forma agradável.
Saía de casa, seguia até o ponto de ónibus e se dirigia para o escritório, realizando as actividades que lhe competiam, sem quase pensar no que fazia.
No horário do almoço, após a refeição, procurava uma poltrona para cochilar alguns minutos, antes de retornar à mesa de trabalho.
As horas seguintes, lentas, se desdobravam e, ao fim do expediente, retornava para sua casa, onde após o jantar, gastava as horas em frente à TV, até ser vencido pelo sono.
Findando o dia, nem se dava conta de que levava a vida de forma repetitiva, fazendo sempre as mesmas coisas, sem pensar, sem se esforçar.
Profissionalmente, não procurava melhorar seu desempenho, aperfeiçoar-se, pensar em algo diferente, inovar.
Sua vida mais parecia a de um relógio, que repetia sempre as horas, sem acrescentar nada a si mesmo.
Sua jovialidade se perdia em uma quase inanição mental, psicológica e física.
Algo parecido com um autómato.
Muito diversa, no entanto, era a vida de Janete, sua colega.
Dizia ela que seu dia era totalmente ocupado por actividades diversas, e que gostaria que ele tivesse mais horas para poder fazer tudo o que desejava.
Morava sozinha e era a única responsável por todas as tarefas, tanto as pessoais, como as do lar.
Levantava-se cedo para deixar a casa em ordem antes de sair para o trabalho e, no final da tarde, ao sair da empresa, ia directamente para a faculdade.
Os domingos e feriados eram tomados, em grande parte, pelos estudos, algumas idas ao cinema ou teatro ou visitas aos familiares.
Olhando para essas duas vidas, acode-nos à mente que o trabalho é Lei Divina, Lei natural. Constitui estímulo aos valores que dormem latentes em nosso íntimo, aguardando despertamento, ampliação, desdobramento e todos, abastados ou necessitados, devemos a ele nos afeiçoar.
Toda ocupação útil é trabalho.
Se não dependemos do trabalho remunerado para a própria subsistência, devemos empregar nosso tempo em actividades de solidariedade, de serviços de enobrecimento humano.
É salutar sair da rotina e da acomodação que acaba por matar o entusiasmo de viver, os estímulos para enfrentar desafios novos.
Cultivar o hábito da leitura que eleva, conversas que enobrecem, novos aprendizados, distracção que edifica, atendimento ao necessitado, são trabalhos de elevação espiritual.
A boa mídia e a sua riqueza de informações instrutivas trabalha e engrandece nosso intelecto.
E o limite do trabalho será sempre o das nossas forças.
Quando as forças físicas diminuem, as da alma continuam na activa do crescimento interior.
Sejam nossas vidas verdadeiras usinas de trabalho digno, e muitas bênçãos de luz, paz e amor se farão em nós e ao nosso redor.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
CAMINHO
Mostremos o caminho, ensinemos a caminhar, mas não obriguemos ninguém a seguir sobre os nossos passos.
Cada espírito tem a sua própria trajectória na conquista das experiências que lhe dizem respeito.
Não nos aflijamos porque observemos aqueles que mais amamos se distanciando de nós, ao enveredarem por perigosos atalhos.
Em essência, esteja onde estiver, cada qual estará buscando a sua realização pessoal.
O anseio da descoberta é apanágio de todos os espíritos.
As palavras, por mais fiéis, nunca transmitem as lições que somente a experiência conseguirá, na linguagem inarticulada da dor.
Para seguirmos juntos não teremos necessariamente que caminhar lado a lado; os caminhos paralelos acabam por se convergirem adiante...
Palmilhemos a senda que nos diz respeito, estendendo, além de seus limites, as nossas mãos em auxílio aos que avançam pelas veredas que elegeram para si.
Afirmando ser o Caminho, Jesus não exigiu que ninguém o seguisse!
Compreendamos, assim, os companheiros que se afastam de nós e oremos a Deus pela sua felicidade, renunciando à alegria de tê-los connosco na jornada que empreendemos.
Quanto a nós, perseveremos no cumprimento do dever que abraçamos, longe do qual estaremos sempre desnorteados em nós mesmos, em completo desencontro com a Vida.
Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Lições da Vida")
§.§.§- Ave sem Ninho
Cada espírito tem a sua própria trajectória na conquista das experiências que lhe dizem respeito.
Não nos aflijamos porque observemos aqueles que mais amamos se distanciando de nós, ao enveredarem por perigosos atalhos.
Em essência, esteja onde estiver, cada qual estará buscando a sua realização pessoal.
O anseio da descoberta é apanágio de todos os espíritos.
As palavras, por mais fiéis, nunca transmitem as lições que somente a experiência conseguirá, na linguagem inarticulada da dor.
Para seguirmos juntos não teremos necessariamente que caminhar lado a lado; os caminhos paralelos acabam por se convergirem adiante...
Palmilhemos a senda que nos diz respeito, estendendo, além de seus limites, as nossas mãos em auxílio aos que avançam pelas veredas que elegeram para si.
Afirmando ser o Caminho, Jesus não exigiu que ninguém o seguisse!
Compreendamos, assim, os companheiros que se afastam de nós e oremos a Deus pela sua felicidade, renunciando à alegria de tê-los connosco na jornada que empreendemos.
Quanto a nós, perseveremos no cumprimento do dever que abraçamos, longe do qual estaremos sempre desnorteados em nós mesmos, em completo desencontro com a Vida.
Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Lições da Vida")
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Gente precisa de gente
A senhora chegou ao consultório sozinha.
Com suas sete décadas de vida, era totalmente independente.
No entanto, embora o aparente vigor físico, as faces se mostravam emurchecidas, como flor que perdera o viço das manhãs.
Iniciada a consulta, após a descrição dos pequenos males que a incomodavam, o médico decidiu ir mais fundo.
Por que um olhar tão apagado, como se os dias não tivessem mais brilho?
Por isso, de forma subtil, foi inquirindo a paciente, a fim de que lhe dissesse como transcorriam os seus dias, como era sua vida.
Ela era viúva, disse.
O marido se fora há alguns anos.
Ela morava só. Tivera cinco filhos.
Todos haviam cursado os bancos universitários e exerciam profissões com carreiras exitosas.
Quatro deles eram casados, tinham filhos.
A mais jovem, no entanto, não se consorciara.
Preocupara-se em atender aos seus sonhos académicos e, perseguindo-os, deixara de lado o matrimónio.
Morava em um pequeno apartamento e tinha, para lhe fazer companhia, um cachorro.
Entendia-se muito bem com ele, que a aguardava, toda noite, à porta, vigilante.
Era o momento em que ela descontraía, servia-lhe a refeição e conversava com ele, como se falasse a uma criança.
Aquilo até parecia estranho, dizia a senhora.
Mas, então, marejando-lhe os olhos, confidenciou:
Vou lhe dizer uma coisa, doutor.
Tenho netos de todos os filhos casados.
Costumo visitá-los nos finais de semana, nos feriados, nos momentos em que sei que estão em casa.
Eu chego, vou logo anunciando:
“Vovó chegou! Oi, criançada.”
Nenhum deles vem ao meu encontro.
Se estão em frente à TV, não param de assistir ao que seja para me cumprimentar.
Se estão de olho no celular, continuam a digitar, a passar mensagens, a ler o que alguém distante lhes mandou.
É como se eu não existisse.
E é sempre assim. Dói na alma, doutor.
Nenhum sorriso, nenhum abraço, mesmo que eu me demore em suas casas.
Não largam do celular, não se afastam da TV.
Agora, eu lhe digo o seguinte:
quando vou à casa da minha filha, basta que eu ponha os pés para dentro do apartamento, o cão corre ao meu encontro.
Ele salta, pula de alegria, me envolve as pernas com as suas patas como se fosse um abraço.
Sento-me à mesa para o café, o chá, uma conversa com minha menina.
O cão deita aos meus pés e fica ali.
De vez em quando, ele roça suas patas em mim, como a dizer: “Oi, estou aqui.”
Pois é, doutor, até parece que o cão é o meu único neto.
Dá para acreditar numa coisas dessas?
Todos desejamos ser amados.
Todos precisamos de carinho, de atenção.
Quando a dor nos dilacerar a alma, quando nos sentirmos sós, quando desejarmos ardentemente que alguém nos abrace, não importarão os milhões de amigos que tenhamos em nosso Facebook, os que nos seguem no Twitter.
Ou as centenas de mensagens, fotos e vídeos que nos cheguem diariamente pelo Whatsapp.
Nada disso substitui um olhar de amor, uma carícia de ternura, um abraço envolvente.
Por isso, sirvamo-nos do que a tecnologia nos propicia mas não esqueçamos de que somos gente.
E gente precisa de gente perto de si, de calor humano, de afago.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base em facto.
§.§.§- Ave sem Ninho
Com suas sete décadas de vida, era totalmente independente.
No entanto, embora o aparente vigor físico, as faces se mostravam emurchecidas, como flor que perdera o viço das manhãs.
Iniciada a consulta, após a descrição dos pequenos males que a incomodavam, o médico decidiu ir mais fundo.
Por que um olhar tão apagado, como se os dias não tivessem mais brilho?
Por isso, de forma subtil, foi inquirindo a paciente, a fim de que lhe dissesse como transcorriam os seus dias, como era sua vida.
Ela era viúva, disse.
O marido se fora há alguns anos.
Ela morava só. Tivera cinco filhos.
Todos haviam cursado os bancos universitários e exerciam profissões com carreiras exitosas.
Quatro deles eram casados, tinham filhos.
A mais jovem, no entanto, não se consorciara.
Preocupara-se em atender aos seus sonhos académicos e, perseguindo-os, deixara de lado o matrimónio.
Morava em um pequeno apartamento e tinha, para lhe fazer companhia, um cachorro.
Entendia-se muito bem com ele, que a aguardava, toda noite, à porta, vigilante.
Era o momento em que ela descontraía, servia-lhe a refeição e conversava com ele, como se falasse a uma criança.
Aquilo até parecia estranho, dizia a senhora.
Mas, então, marejando-lhe os olhos, confidenciou:
Vou lhe dizer uma coisa, doutor.
Tenho netos de todos os filhos casados.
Costumo visitá-los nos finais de semana, nos feriados, nos momentos em que sei que estão em casa.
Eu chego, vou logo anunciando:
“Vovó chegou! Oi, criançada.”
Nenhum deles vem ao meu encontro.
Se estão em frente à TV, não param de assistir ao que seja para me cumprimentar.
Se estão de olho no celular, continuam a digitar, a passar mensagens, a ler o que alguém distante lhes mandou.
É como se eu não existisse.
E é sempre assim. Dói na alma, doutor.
Nenhum sorriso, nenhum abraço, mesmo que eu me demore em suas casas.
Não largam do celular, não se afastam da TV.
Agora, eu lhe digo o seguinte:
quando vou à casa da minha filha, basta que eu ponha os pés para dentro do apartamento, o cão corre ao meu encontro.
Ele salta, pula de alegria, me envolve as pernas com as suas patas como se fosse um abraço.
Sento-me à mesa para o café, o chá, uma conversa com minha menina.
O cão deita aos meus pés e fica ali.
De vez em quando, ele roça suas patas em mim, como a dizer: “Oi, estou aqui.”
Pois é, doutor, até parece que o cão é o meu único neto.
Dá para acreditar numa coisas dessas?
Todos desejamos ser amados.
Todos precisamos de carinho, de atenção.
Quando a dor nos dilacerar a alma, quando nos sentirmos sós, quando desejarmos ardentemente que alguém nos abrace, não importarão os milhões de amigos que tenhamos em nosso Facebook, os que nos seguem no Twitter.
Ou as centenas de mensagens, fotos e vídeos que nos cheguem diariamente pelo Whatsapp.
Nada disso substitui um olhar de amor, uma carícia de ternura, um abraço envolvente.
Por isso, sirvamo-nos do que a tecnologia nos propicia mas não esqueçamos de que somos gente.
E gente precisa de gente perto de si, de calor humano, de afago.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base em facto.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Trazer pela mão
Pequenas gentilezas têm grandes significados.
Numa grande cidade brasileira, um médico que clinica em uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA, recebe aplausos de todos que estão na sala de espera, cada vez que abre a porta de seu consultório.
O que ele faz para merecer tão efusiva homenagem?
Ele apenas sai de sua sala para buscar cada senhora em seu assento, no sector de espera, e a conduz pela mão, até o local da consulta.
Excelente médico. Vim ontem com minha mãe de oitenta e oito anos e ele a veio buscar na cadeira e levar no consultório.
Atencioso, cuidadoso e muito humano! – Disse uma das entrevistadas.
É de emocionar! Ainda existem profissionais que atendem com amor e com respeito ao próximo.
– Afirmou uma das pacientes, que fez questão de gravar em vídeo algumas cenas.
Como estamos realizando nossas actividades profissionais?
O trazer pela mão pode ser entendido de uma forma muito ampla e pode ser aplicado em toda actividade que desempenhamos.
Significa esse algo mais, esse cuidado especial com o outro, que independe de quanto ganhamos, das condições de trabalho e até de como estejamos nos sentindo.
Parece ter ficado difícil exigir tanto assim, mas, acreditemos, é possível.
E temos muitos bons exemplos ao nosso lado.
Anónimos que fazem seu trabalho bem feito, com carinho e dedicação e fazem muito mais do que foram contratados para fazer.
Sair da sala e ir buscar alguém, é sair de sua zona de conforto.
É uma postura oposta àquela de ficar sentado à espera dos que virão pedir ajuda.
Aquele médico entendeu que seu tratamento começa mesmo antes do consultório.
Começa no primeiro toque, na conversa, na atenção que dá.
Atenção que muitas daquelas pessoas, às vezes, não têm. São carentes de tudo.
A gentileza anda tão escassa que cada gesto desses que as pessoas recebem as faz se sentirem importantes, melhores, mais amadas.
E se tratamos a alma, tratamos o corpo.
Um simples sorriso, um olhar no olho, que seria extremamente natural, virou algo a se elogiar na atitude de alguém.
Assim, pensemos qual foi a última vez que conduzimos alguém pelas mãos, que oferecemos uma atenção a mais, que ouvimos com ouvidos empáticos, sem julgar, sem impaciência.
Não nos referimos apenas aos profissionais da área da saúde ou aos que tratam pacientes em qualquer outra área, estamos lembrando que todos podemos ser mais gentis, mais atenciosos.
Não faremos isso pelos aplausos – aplauso é recompensa pouca, imediata e pueril.
Faremos pela alegria de ver alguém se sentir bem, de ver um sorriso onde não havia, de enxergar uma face mais leve, desanuviada.
Faremos pelo sentimento de dever cumprido, pela felicidade que nos invadirá, pela certeza de que é assim que é para ser.
Pensemos nisso.
Pensemos em trazer alguém pela mão ainda hoje.
Pensemos em fazer algo mais ainda hoje.
Percebamos as reacções.
Percebamos como mudamos o ambiente e assim mudamos o mundo.
Momento Espírita, com base em matéria publicada no site www.sonoticiaboa.com.br.
§.§.§- Ave sem Ninho
Numa grande cidade brasileira, um médico que clinica em uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA, recebe aplausos de todos que estão na sala de espera, cada vez que abre a porta de seu consultório.
O que ele faz para merecer tão efusiva homenagem?
Ele apenas sai de sua sala para buscar cada senhora em seu assento, no sector de espera, e a conduz pela mão, até o local da consulta.
Excelente médico. Vim ontem com minha mãe de oitenta e oito anos e ele a veio buscar na cadeira e levar no consultório.
Atencioso, cuidadoso e muito humano! – Disse uma das entrevistadas.
É de emocionar! Ainda existem profissionais que atendem com amor e com respeito ao próximo.
– Afirmou uma das pacientes, que fez questão de gravar em vídeo algumas cenas.
Como estamos realizando nossas actividades profissionais?
O trazer pela mão pode ser entendido de uma forma muito ampla e pode ser aplicado em toda actividade que desempenhamos.
Significa esse algo mais, esse cuidado especial com o outro, que independe de quanto ganhamos, das condições de trabalho e até de como estejamos nos sentindo.
Parece ter ficado difícil exigir tanto assim, mas, acreditemos, é possível.
E temos muitos bons exemplos ao nosso lado.
Anónimos que fazem seu trabalho bem feito, com carinho e dedicação e fazem muito mais do que foram contratados para fazer.
Sair da sala e ir buscar alguém, é sair de sua zona de conforto.
É uma postura oposta àquela de ficar sentado à espera dos que virão pedir ajuda.
Aquele médico entendeu que seu tratamento começa mesmo antes do consultório.
Começa no primeiro toque, na conversa, na atenção que dá.
Atenção que muitas daquelas pessoas, às vezes, não têm. São carentes de tudo.
A gentileza anda tão escassa que cada gesto desses que as pessoas recebem as faz se sentirem importantes, melhores, mais amadas.
E se tratamos a alma, tratamos o corpo.
Um simples sorriso, um olhar no olho, que seria extremamente natural, virou algo a se elogiar na atitude de alguém.
Assim, pensemos qual foi a última vez que conduzimos alguém pelas mãos, que oferecemos uma atenção a mais, que ouvimos com ouvidos empáticos, sem julgar, sem impaciência.
Não nos referimos apenas aos profissionais da área da saúde ou aos que tratam pacientes em qualquer outra área, estamos lembrando que todos podemos ser mais gentis, mais atenciosos.
Não faremos isso pelos aplausos – aplauso é recompensa pouca, imediata e pueril.
Faremos pela alegria de ver alguém se sentir bem, de ver um sorriso onde não havia, de enxergar uma face mais leve, desanuviada.
Faremos pelo sentimento de dever cumprido, pela felicidade que nos invadirá, pela certeza de que é assim que é para ser.
Pensemos nisso.
Pensemos em trazer alguém pela mão ainda hoje.
Pensemos em fazer algo mais ainda hoje.
Percebamos as reacções.
Percebamos como mudamos o ambiente e assim mudamos o mundo.
Momento Espírita, com base em matéria publicada no site www.sonoticiaboa.com.br.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Por que matar seu filho?
Os três funcionários daquela secção eram bons amigos.
A senhora que ocupava o cargo de chefia era uma espécie de mãe para aqueles dois rapazes.
O horário de expediente não era próprio para intensificar a amizade.
Por essa razão Ronaldo, casado, convidou o amigo para visitar sua casa.
Raul, o jovem solteiro, passou a frequentar o lar do colega e os laços do afecto se estreitaram também com sua jovem esposa.
Passado algum tempo, o casal comemorava o nascimento da primeira filha, Ana Cláudia.
O tempo passou. Certo dia, Ronaldo chegou ao trabalho meio cabisbaixo, o que não passou despercebido ao amigo, sempre atencioso e sensível.
O que está acontecendo? Perguntou.
Ronaldo disse-lhe que algo o estava preocupando muito e convidou Raul para tomar o cafezinho habitual, alguns minutos antes. Precisava desabafar.
Mal se sentaram à mesa e Ronaldo foi falando:
Sabe que minha esposa está grávida outra vez?
E, rápido, completou, aborrecido:
Eu não vou aceitar esse filho.
Já marcamos o aborto para amanhã cedo.
Vamos tirar a criança.
Raul sentiu como se o chão lhe faltasse sob os pés.
Como cristão, não conseguia entender como um pai e uma mãe têm coragem de cometer um crime desses.
Ronaldo continuou:
Não dá para aceitar um filho logo em seguida do outro.
Nossa menina está com apenas dez meses...
Raul agora entendera melhor as razões do amigo e perguntou, com sincera vontade de obter uma resposta séria:
Mas, por que você deseja matar seu filho?
A pergunta caiu como uma bomba no coração de Ronaldo.
Ele pensara em abortamento, não no que ele representa: um homicídio.
Raul ainda lhe fez mais uma pergunta:
E se sua filha vier a morrer, como ficarão as coisas?
Ronaldo ficou desconcertado, abaixou a cabeça, terminou de tomar seu café e voltaram, ambos, para o trabalho.
Naquela noite, Raul rogou com fervor a Deus para que salvasse aquela criança.
No dia imediato, embora ansioso, não teve coragem para perguntar nada. Temia a resposta.
Porém, Ronaldo tomou a iniciativa:
Minha esposa e eu não conseguimos dormir esta noite...
O coração do amigo bateu acelerado...
Logo, Ronaldo concluiu:
Resolvemos deixar que venha mais um...
Raul explodiu em lágrimas de profunda alegria.
Meses depois estava na festa de um ano de Ana Paula, a segunda filha do casal, contemplando, feliz, o paizão exibindo as duas meninas, uma em cada braço.
O tempo passou.
Então, retornando de breve viagem, Raul não encontrou o amigo na repartição, e quis saber o que havia acontecido.
A chefe lhe falou:
Então, você ainda não sabe?
Não, me diga o que houve.
E a notícia o abalou ao ouvir a resposta:
A filha mais velha do Ronaldo morreu.
Raul dirigiu-se imediatamente para o lar dos amigos.
Ronaldo chorando, discretamente, com a segunda filha adormecida em seu colo, disse com profunda dor ao amigo:
Quero lhe agradecer por ter salvado minha vida.
Se você não tivesse evitado que eu matasse Ana Paula, a essa hora eu já teria matado a mim, movido pelo remorso e pelo desespero.
Ambos se abraçaram e choraram juntos por algum tempo.
Entretanto, Raul não esqueceu de agradecer a Deus por ter atendido as suas preces, poupando a vida daquela criança, que agora dormia, serena, no colo do pai, que um dia havia pensado em matá-la, no ventre da mãe.
Momento Espírita, com base em facto narrado por Raul Teixeira em palestra na Comunhão Espírita Cristã de Curitiba – PR, em 11.4.2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
A senhora que ocupava o cargo de chefia era uma espécie de mãe para aqueles dois rapazes.
O horário de expediente não era próprio para intensificar a amizade.
Por essa razão Ronaldo, casado, convidou o amigo para visitar sua casa.
Raul, o jovem solteiro, passou a frequentar o lar do colega e os laços do afecto se estreitaram também com sua jovem esposa.
Passado algum tempo, o casal comemorava o nascimento da primeira filha, Ana Cláudia.
O tempo passou. Certo dia, Ronaldo chegou ao trabalho meio cabisbaixo, o que não passou despercebido ao amigo, sempre atencioso e sensível.
O que está acontecendo? Perguntou.
Ronaldo disse-lhe que algo o estava preocupando muito e convidou Raul para tomar o cafezinho habitual, alguns minutos antes. Precisava desabafar.
Mal se sentaram à mesa e Ronaldo foi falando:
Sabe que minha esposa está grávida outra vez?
E, rápido, completou, aborrecido:
Eu não vou aceitar esse filho.
Já marcamos o aborto para amanhã cedo.
Vamos tirar a criança.
Raul sentiu como se o chão lhe faltasse sob os pés.
Como cristão, não conseguia entender como um pai e uma mãe têm coragem de cometer um crime desses.
Ronaldo continuou:
Não dá para aceitar um filho logo em seguida do outro.
Nossa menina está com apenas dez meses...
Raul agora entendera melhor as razões do amigo e perguntou, com sincera vontade de obter uma resposta séria:
Mas, por que você deseja matar seu filho?
A pergunta caiu como uma bomba no coração de Ronaldo.
Ele pensara em abortamento, não no que ele representa: um homicídio.
Raul ainda lhe fez mais uma pergunta:
E se sua filha vier a morrer, como ficarão as coisas?
Ronaldo ficou desconcertado, abaixou a cabeça, terminou de tomar seu café e voltaram, ambos, para o trabalho.
Naquela noite, Raul rogou com fervor a Deus para que salvasse aquela criança.
No dia imediato, embora ansioso, não teve coragem para perguntar nada. Temia a resposta.
Porém, Ronaldo tomou a iniciativa:
Minha esposa e eu não conseguimos dormir esta noite...
O coração do amigo bateu acelerado...
Logo, Ronaldo concluiu:
Resolvemos deixar que venha mais um...
Raul explodiu em lágrimas de profunda alegria.
Meses depois estava na festa de um ano de Ana Paula, a segunda filha do casal, contemplando, feliz, o paizão exibindo as duas meninas, uma em cada braço.
O tempo passou.
Então, retornando de breve viagem, Raul não encontrou o amigo na repartição, e quis saber o que havia acontecido.
A chefe lhe falou:
Então, você ainda não sabe?
Não, me diga o que houve.
E a notícia o abalou ao ouvir a resposta:
A filha mais velha do Ronaldo morreu.
Raul dirigiu-se imediatamente para o lar dos amigos.
Ronaldo chorando, discretamente, com a segunda filha adormecida em seu colo, disse com profunda dor ao amigo:
Quero lhe agradecer por ter salvado minha vida.
Se você não tivesse evitado que eu matasse Ana Paula, a essa hora eu já teria matado a mim, movido pelo remorso e pelo desespero.
Ambos se abraçaram e choraram juntos por algum tempo.
Entretanto, Raul não esqueceu de agradecer a Deus por ter atendido as suas preces, poupando a vida daquela criança, que agora dormia, serena, no colo do pai, que um dia havia pensado em matá-la, no ventre da mãe.
Momento Espírita, com base em facto narrado por Raul Teixeira em palestra na Comunhão Espírita Cristã de Curitiba – PR, em 11.4.2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Construção sobre a rocha
Você se considera uma pessoa de fé?
Não importa qual seja a sua religião, mas será que você tem plena confiança nas verdades que aprende, a ponto de obter sustentação nas horas difíceis?
Para os cristãos, há um ensinamento do Cristo que vale a pena relembrar e reflectir.
Em Mateus, cap. 7, versículos 21 a 29, lemos o seguinte:
Todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, será como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra a casa, mas ela não desabou. Estava fundada na rocha.
Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será como um homem tolo que construiu sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi sua ruína.
Jesus se refere, claramente, à fé operante daqueles que ouvem as Suas palavras e as praticam.
A fé operante é aquela que nos sustenta nas horas mais difíceis da vida.
Será que a nossa fé resiste às chuvas, ventos e enxurradas que chegam a cada dia?
Ou será que o mais leve vento derruba a nossa confiança em Deus?
Será que, quando o vendaval da morte arranca do nosso convívio uma pessoa querida, nossa casa ainda continua firme, ou desaba como as construções feitas sobre a areia?
Nesses momentos, só a certeza da Imortalidade da alma e da individualidade que nosso ente caro guarda após a morte, será capaz de nos trazer conforto íntimo.
Quando a nossa fé não está fundamentada na razão, passamos a nos questionar:
E se a morte for o fim de tudo?
E se meu familiar querido se foi para sempre?
E se aquele corpo que foi enterrado era tudo que existia?
Nessas horas, o cristão se esquece que o Mestre, de quem se diz seguidor, deu o maior exemplo de Imortalidade e individualidade, voltando depois de ter sido morto e enterrado.
E voltou para provar que o túmulo não é o fim da vida, e que o Espírito conserva sua individualidade, isto é, não se perde no todo, como uma gota d'água no oceano.
Tendo essas bases sustentando a fé, nada a fará desabar, nem mesmo os mais terríveis temporais.
E se é capaz de sustentar diante da mais terrível das dores, que é a da separação pela morte, que força não terá frente às demais amarguras?
Se em algum momento a sua fé demonstrar fragilidade diante de uma situação qualquer, talvez seja hora de você buscar solidificar suas certezas.
Se você diz ter fé num Deus justo e bom, nada que lhe aconteça deverá ser motivo de desespero.
Se nas bases da sua fé está bem sedimentada a certeza de que cada um receberá segundo suas obras, nenhuma tempestade a abalará.
Você terá sempre confiança plena no Criador, que tudo sabe e a tudo provê.
Mas, se a mais leve brisa abala suas frágeis crenças, é hora de reflectir, estudar a fundo as bases da sua religião e fortalecê-las.
Só assim essa construção estará firmada na rocha.
Na rocha de convicções inabaláveis.
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Pense nisso!
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não importa qual seja a sua religião, mas será que você tem plena confiança nas verdades que aprende, a ponto de obter sustentação nas horas difíceis?
Para os cristãos, há um ensinamento do Cristo que vale a pena relembrar e reflectir.
Em Mateus, cap. 7, versículos 21 a 29, lemos o seguinte:
Todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, será como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra a casa, mas ela não desabou. Estava fundada na rocha.
Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será como um homem tolo que construiu sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi sua ruína.
Jesus se refere, claramente, à fé operante daqueles que ouvem as Suas palavras e as praticam.
A fé operante é aquela que nos sustenta nas horas mais difíceis da vida.
Será que a nossa fé resiste às chuvas, ventos e enxurradas que chegam a cada dia?
Ou será que o mais leve vento derruba a nossa confiança em Deus?
Será que, quando o vendaval da morte arranca do nosso convívio uma pessoa querida, nossa casa ainda continua firme, ou desaba como as construções feitas sobre a areia?
Nesses momentos, só a certeza da Imortalidade da alma e da individualidade que nosso ente caro guarda após a morte, será capaz de nos trazer conforto íntimo.
Quando a nossa fé não está fundamentada na razão, passamos a nos questionar:
E se a morte for o fim de tudo?
E se meu familiar querido se foi para sempre?
E se aquele corpo que foi enterrado era tudo que existia?
Nessas horas, o cristão se esquece que o Mestre, de quem se diz seguidor, deu o maior exemplo de Imortalidade e individualidade, voltando depois de ter sido morto e enterrado.
E voltou para provar que o túmulo não é o fim da vida, e que o Espírito conserva sua individualidade, isto é, não se perde no todo, como uma gota d'água no oceano.
Tendo essas bases sustentando a fé, nada a fará desabar, nem mesmo os mais terríveis temporais.
E se é capaz de sustentar diante da mais terrível das dores, que é a da separação pela morte, que força não terá frente às demais amarguras?
Se em algum momento a sua fé demonstrar fragilidade diante de uma situação qualquer, talvez seja hora de você buscar solidificar suas certezas.
Se você diz ter fé num Deus justo e bom, nada que lhe aconteça deverá ser motivo de desespero.
Se nas bases da sua fé está bem sedimentada a certeza de que cada um receberá segundo suas obras, nenhuma tempestade a abalará.
Você terá sempre confiança plena no Criador, que tudo sabe e a tudo provê.
Mas, se a mais leve brisa abala suas frágeis crenças, é hora de reflectir, estudar a fundo as bases da sua religião e fortalecê-las.
Só assim essa construção estará firmada na rocha.
Na rocha de convicções inabaláveis.
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Pense nisso!
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Um simples sonho
De que tamanho são os nossos sonhos?
Alguns sonhamos com viagens ao exterior, a fim de conhecermos maravilhas exóticas.
Ou para nos enriquecermos da cultura de outros povos.
Sonhamos adentrar em museus como o Hermitage, na Rússia ou nos extasiarmos com a produção artística e histórica do Museu do Louvre, em Paris.
Sonhamos visitar castelos antigos, respirando aventuras.
Castelos imponentes que mantêm, entre as suas paredes, os registos de muitas gerações.
Outros sonhamos em possuir uma grande casa, quase mansão, com piscina, gramados extensos, jardins multicoloridos.
Sonhamos...
Mas, para alguns o sonho é bem mais modesto, embora não menos difícil de ser alcançado.
O de Beatriz, por exemplo.
Aos dezanove anos, grávida do segundo filho, é simplesmente vender o seu café e, com a renda diária concluir o seu barraco, antes do nascimento do bebé.
Andando pelo asfalto de movimentada cidade brasileira, entre os carros, oferecendo o café, certo dia, um ónibus parou.
Pela janela, um passageiro gritou:
Ei, você, quer um chá de bebé?
Ela foi tomada pela surpresa e, de forma maquinal, respondeu afirmativamente.
Ficou pensando que, em algum dia, em meio ao engarrafamento das sete da manhã, alguém descesse do veículo para lhe entregar um pacote de fraldas.
Talvez algumas roupinhas usadas.
Três semanas depois, ao embarcar no horário habitual, no ónibus da linha que vai do Rio de Janeiro a Niterói, em duas únicas viagens diárias, uma de ida e outra de volta, ela foi surpreendida.
O ónibus estava decorado com flores e balões.
Os passageiros, que tinham tudo combinado, previamente, haviam trazido bolo, salgadinhos e refrigerantes.
E ela teve o seu chá de bebé, ganhando roupinhas e muitas fraldas.
Uma passageira usou seu batom como pincel para enfeitar a barriga de Beatriz com o nome de Heloísa, que está a caminho.
Depois, Beatriz foi vendada e recebeu o desafio de adivinhar, pelo tacto, os presentes que estava recebendo.
A brincadeira se estendeu até Niterói e ela, a mãe e a filha de três anos voltaram de carona no mesmo ónibus.
Uma cortesia de Jorge, o motorista.
Emocionada, Beatriz diz que pretende trabalhar até os oito meses de gestação.
Diz que não se importa de enfrentar sol, chuva e poeira, para terminar a casa.
Um acto de solidariedade de passageiros acostumados a se servir do mesmo colectivo, todos os dias, fez sorrir uma jovem mãe.
Uma mãe que sonha com tão pouco: um local para receber bem quem está a caminho.
Ela nos fez recordar da gente que vive neste país.
Gente deste torrão brasileiro.
Gente que mora num barraco, no alto do morro, bem pertinho do céu. Um barraco que é um lar.
Gente que tem garra, que sonha com um amanhã melhor, um futuro risonho, nesta bendita Terra do Cruzeiro.
Gente que sai pela manhã para defender o pão honrado do dia para si e para seus filhos.
Gente que acredita no verde da esperança e no amarelo ouro de uma oportunidade que virá, em algum momento.
Gente brasileira. Gente de fé. Povo do meu país.
Momento Espírita, com base em notícia de Carina Bacelar, do Jornal O Globo, de 6.10.2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
Alguns sonhamos com viagens ao exterior, a fim de conhecermos maravilhas exóticas.
Ou para nos enriquecermos da cultura de outros povos.
Sonhamos adentrar em museus como o Hermitage, na Rússia ou nos extasiarmos com a produção artística e histórica do Museu do Louvre, em Paris.
Sonhamos visitar castelos antigos, respirando aventuras.
Castelos imponentes que mantêm, entre as suas paredes, os registos de muitas gerações.
Outros sonhamos em possuir uma grande casa, quase mansão, com piscina, gramados extensos, jardins multicoloridos.
Sonhamos...
Mas, para alguns o sonho é bem mais modesto, embora não menos difícil de ser alcançado.
O de Beatriz, por exemplo.
Aos dezanove anos, grávida do segundo filho, é simplesmente vender o seu café e, com a renda diária concluir o seu barraco, antes do nascimento do bebé.
Andando pelo asfalto de movimentada cidade brasileira, entre os carros, oferecendo o café, certo dia, um ónibus parou.
Pela janela, um passageiro gritou:
Ei, você, quer um chá de bebé?
Ela foi tomada pela surpresa e, de forma maquinal, respondeu afirmativamente.
Ficou pensando que, em algum dia, em meio ao engarrafamento das sete da manhã, alguém descesse do veículo para lhe entregar um pacote de fraldas.
Talvez algumas roupinhas usadas.
Três semanas depois, ao embarcar no horário habitual, no ónibus da linha que vai do Rio de Janeiro a Niterói, em duas únicas viagens diárias, uma de ida e outra de volta, ela foi surpreendida.
O ónibus estava decorado com flores e balões.
Os passageiros, que tinham tudo combinado, previamente, haviam trazido bolo, salgadinhos e refrigerantes.
E ela teve o seu chá de bebé, ganhando roupinhas e muitas fraldas.
Uma passageira usou seu batom como pincel para enfeitar a barriga de Beatriz com o nome de Heloísa, que está a caminho.
Depois, Beatriz foi vendada e recebeu o desafio de adivinhar, pelo tacto, os presentes que estava recebendo.
A brincadeira se estendeu até Niterói e ela, a mãe e a filha de três anos voltaram de carona no mesmo ónibus.
Uma cortesia de Jorge, o motorista.
Emocionada, Beatriz diz que pretende trabalhar até os oito meses de gestação.
Diz que não se importa de enfrentar sol, chuva e poeira, para terminar a casa.
Um acto de solidariedade de passageiros acostumados a se servir do mesmo colectivo, todos os dias, fez sorrir uma jovem mãe.
Uma mãe que sonha com tão pouco: um local para receber bem quem está a caminho.
Ela nos fez recordar da gente que vive neste país.
Gente deste torrão brasileiro.
Gente que mora num barraco, no alto do morro, bem pertinho do céu. Um barraco que é um lar.
Gente que tem garra, que sonha com um amanhã melhor, um futuro risonho, nesta bendita Terra do Cruzeiro.
Gente que sai pela manhã para defender o pão honrado do dia para si e para seus filhos.
Gente que acredita no verde da esperança e no amarelo ouro de uma oportunidade que virá, em algum momento.
Gente brasileira. Gente de fé. Povo do meu país.
Momento Espírita, com base em notícia de Carina Bacelar, do Jornal O Globo, de 6.10.2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Cultivando o silêncio
Há um provérbio chinês que diz que a palavra é prata, o silêncio é ouro.
Significa que é preferível silenciar antes de falar o que não tem importância, ou até que venha a prejudicar a pessoas ou instituições.
Silêncio é, em verdade, atitude necessária e importante na vida.
Significando a cessação de barulho, ruído ou inquietação, promove a paz de espírito.
Muitas situações se resolvem, de modo mais construtivo e pacífico, quando fazemos alguns segundos de silêncio, em vez de discutir, criticar ou agredir.
No silêncio é possível asserenar o ânimo, reflectir com calma, observar os factos e situações com lucidez e tomar decisões com acerto.
É um recurso valioso quando verdadeiramente compreendido.
Em diversas circunstâncias converte-se em porta-voz da verdade, do amor e da sabedoria.
Na actualidade, observamos que poucos sabemos valorizar o silêncio, tão condicionados nos encontramos ao excesso de sons variados.
Ou em comentar a respeito de tudo que nos aconteça ou que presenciamos.
Vivendo constantemente em ambientes barulhentos, apresentamos, por vezes, dificuldades em focar o essencial.
Dessa forma, a mente não consegue se equilibrar, e conflitos diversos nos atormentam.
A tendência é que a situação se faça mais complicada a cada momento.
Em desarmonia acabamos por contaminar, de forma negativa, os lugares onde nos encontramos.
Por outro lado, quando em paz, nossos próprios pensamentos nos proporcionam calma e melhores condições de discernimento.
Nessas circunstâncias, é possível refazer-se dos problemas, reflectir, relaxar e orar.
A oração e a meditação visam, justamente, restabelecer e manter a quietude para que o Divino se reflicta em nós.
No silêncio se pode ouvir melhor a voz da consciência.
Na quietude interior se consegue perceber, com maior clareza, as instruções dos Espíritos superiores.
O estado de quietude é mais uma atitude interna do que externa.
O homem sábio vive em quietude, e só rompe o silêncio íntimo para falar o que é verdadeiro, útil e bom.
As tarefas importantes e elevadas, muitas vezes, ocorrem no silêncio e no anonimato.
Silenciando, na grande maioria das situações, estaremos lucrando em paz e em saúde mental.
Discussões envenenam o corpo e infelicitam a alma.
Reclamar não resolve impasses e situações críticas.
Desesperar só acarreta sombras.
Irritação só demonstra nossa reacção ainda instintiva.
Para a grande maioria dos males que nos alcançam, a fórmula mais eficiente é silenciar e meditar para proceder de forma correta.
Manter o silêncio, compreender melhor a situação e agir ajudando, nos traz a certeza de que, no tempo certo, tudo se resolverá.
Estando sóbrio e sereno o pensamento, melhor se poderá colaborar para o equilíbrio de qualquer dissabor.
Portanto, quando tivermos a certeza de que a palavra pode ajudar, falemos com sabedoria.
Caso tenhamos dúvidas se devemos falar e o que dizer, optemos pela manutenção do silêncio.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Significa que é preferível silenciar antes de falar o que não tem importância, ou até que venha a prejudicar a pessoas ou instituições.
Silêncio é, em verdade, atitude necessária e importante na vida.
Significando a cessação de barulho, ruído ou inquietação, promove a paz de espírito.
Muitas situações se resolvem, de modo mais construtivo e pacífico, quando fazemos alguns segundos de silêncio, em vez de discutir, criticar ou agredir.
No silêncio é possível asserenar o ânimo, reflectir com calma, observar os factos e situações com lucidez e tomar decisões com acerto.
É um recurso valioso quando verdadeiramente compreendido.
Em diversas circunstâncias converte-se em porta-voz da verdade, do amor e da sabedoria.
Na actualidade, observamos que poucos sabemos valorizar o silêncio, tão condicionados nos encontramos ao excesso de sons variados.
Ou em comentar a respeito de tudo que nos aconteça ou que presenciamos.
Vivendo constantemente em ambientes barulhentos, apresentamos, por vezes, dificuldades em focar o essencial.
Dessa forma, a mente não consegue se equilibrar, e conflitos diversos nos atormentam.
A tendência é que a situação se faça mais complicada a cada momento.
Em desarmonia acabamos por contaminar, de forma negativa, os lugares onde nos encontramos.
Por outro lado, quando em paz, nossos próprios pensamentos nos proporcionam calma e melhores condições de discernimento.
Nessas circunstâncias, é possível refazer-se dos problemas, reflectir, relaxar e orar.
A oração e a meditação visam, justamente, restabelecer e manter a quietude para que o Divino se reflicta em nós.
No silêncio se pode ouvir melhor a voz da consciência.
Na quietude interior se consegue perceber, com maior clareza, as instruções dos Espíritos superiores.
O estado de quietude é mais uma atitude interna do que externa.
O homem sábio vive em quietude, e só rompe o silêncio íntimo para falar o que é verdadeiro, útil e bom.
As tarefas importantes e elevadas, muitas vezes, ocorrem no silêncio e no anonimato.
Silenciando, na grande maioria das situações, estaremos lucrando em paz e em saúde mental.
Discussões envenenam o corpo e infelicitam a alma.
Reclamar não resolve impasses e situações críticas.
Desesperar só acarreta sombras.
Irritação só demonstra nossa reacção ainda instintiva.
Para a grande maioria dos males que nos alcançam, a fórmula mais eficiente é silenciar e meditar para proceder de forma correta.
Manter o silêncio, compreender melhor a situação e agir ajudando, nos traz a certeza de que, no tempo certo, tudo se resolverá.
Estando sóbrio e sereno o pensamento, melhor se poderá colaborar para o equilíbrio de qualquer dissabor.
Portanto, quando tivermos a certeza de que a palavra pode ajudar, falemos com sabedoria.
Caso tenhamos dúvidas se devemos falar e o que dizer, optemos pela manutenção do silêncio.
Momento Espírita.
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MENSAGEM DA IRMÃ “DULCE”
CONVIDANDO-NOS A AJUDAR JESUS, A CONDUZIR A HUMANIDADE A DIAS MAIS FELIZES, LONGE DAS INCERTEZAS E LONGE DA IGNORÂNCIA DA ALMA.
Amados.
Quando a estrada ficar tortuosa, pedregosa e parecer sem fim, persistam com seus passos para atingirem um caminhar mais suave.
Quando estiverem sentindo o decair de suas forças na perseverança do Bem, lembrem-se que tantos lhes esperam para um consolo, para um alento, para repousarem de suas lutas.
Lembrem-se de quanto bem sentem ao servirem.
Quando pensarem que neste mundo falta tanto amor, não se esqueçam de enviarem o seu, a todos os irmãos que sofrem e que não tem condição nem de ouvir uma palavra amiga, de ter um pensamento de esperança.
Esmerem-se em enviar-lhes o seu amor.
Por mais que essa vida lhes pareça ruim, triste e sem sentido, lembrem-se do propósito de Jesus, de conduzir a humanidade a dias mais felizes, longe das incertezas e longe da ignorância da alma.
Quem tanto amou a humanidade, lhes sirvam de exemplo, para que não desistam ante os obstáculos que se apresentam, pois, somente por continuarem a caminhada no bem, essa jornada já lhes terá valido a pena.
Dulce.
§.§.§- Ave sem Ninho
Amados.
Quando a estrada ficar tortuosa, pedregosa e parecer sem fim, persistam com seus passos para atingirem um caminhar mais suave.
Quando estiverem sentindo o decair de suas forças na perseverança do Bem, lembrem-se que tantos lhes esperam para um consolo, para um alento, para repousarem de suas lutas.
Lembrem-se de quanto bem sentem ao servirem.
Quando pensarem que neste mundo falta tanto amor, não se esqueçam de enviarem o seu, a todos os irmãos que sofrem e que não tem condição nem de ouvir uma palavra amiga, de ter um pensamento de esperança.
Esmerem-se em enviar-lhes o seu amor.
Por mais que essa vida lhes pareça ruim, triste e sem sentido, lembrem-se do propósito de Jesus, de conduzir a humanidade a dias mais felizes, longe das incertezas e longe da ignorância da alma.
Quem tanto amou a humanidade, lhes sirvam de exemplo, para que não desistam ante os obstáculos que se apresentam, pois, somente por continuarem a caminhada no bem, essa jornada já lhes terá valido a pena.
Dulce.
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A fria noite da saudade
Eles cresceram habituados aos holofotes, à acirrada vigilância de fotógrafos e repórteres, sempre a postos para captar uma cena inusitada.
E tudo virava notícia: um deles, criança, demonstrando cansaço em determinada cerimónia ou um pequeno gesto de enfado, até os abraços carinhosos da mãe.
Da mãe, eles recordam com especial carinho.
Lembram-se de sua ternura para com eles, de como se tornava criança para desfrutar das suas brincadeiras e da sua risada espontânea.
Uma mulher que parecia ter surgido de um conto de fadas.
Uma mulher que o mundo postou com uma auréola.
Uma mulher que se serviu de sua posição, de sua condição real para ajudar a muitas pessoas.
Falamos dos príncipes William e Harry, e da princesa de Gales, Diana, que desencarnou em 1997.
Adultos, eles recordam dos dias felizes passados com ela, também da tristeza que os abateu, quando da separação dos pais.
Lembram de como passaram a ir de um lado a outro, ora desfrutando da companhia do pai, ora da companhia da mãe.
A mãe que, embora distante, não deixava de lhes telefonar, de lhes mandar cartões, sempre descontraídos, alegres.
Recordam, especialmente, que estavam em férias em Balmoral, num dia alegre de convívio com os primos, quando foram chamados para atender a um telefonema.
Era Diana a lhes dizer das suas saudades, a lhes indagar de como estavam, o que faziam.
Coisas próprias de mãe.
Ambos, no entanto, estavam ansiosos por retornarem às brincadeiras e atenderam ao telefonema com certa indiferença.
Mal sabiam eles que seria a última vez que ouviriam a voz de sua mãe.
Sim, porque naquele 31 de agosto, ela morreu, em Paris, de forma trágica.
William tinha quinze anos e Harry doze.
Ficaram estarrecidos ao observarem aquele verdadeiro mar de flores, deixados na residência londrina da princesa, o palácio de Kensington.
Harry se perguntava:
Como essas pessoas, que não conheceram minha mãe, podem chorar e estarem mais tristes do que eu?
Somente o tempo o faria se dar conta do que acontecera:
não teria mais os abraços dela, nem seus beijos, nem sua ternura para confortar e alegrar a sua vida.
Ela se fora para um outro mundo, para outra realidade.
E o que ficou foi somente saudade.
Uma imensa e dolorida saudade.
Ambos, relembrando aquele telefonema derradeiro, lamentam:
Se soubéssemos que aquela seria a última vez, teríamos alongado muito a conversa...
* * *
De um modo geral, somos assim.
Enquanto estamos ao lado dos que amamos, enquanto lhes desfrutamos da companhia, do riso, da palavra, todos os dias, tudo nos parece natural, normal, eterno.
Esquecemos de que tudo nesta vida é transitório.
Inclusive a presença dos nossos amores.
De repente, eles podem dizer adeus e embarcar para a viagem de retorno ao lar verdadeiro, a Espiritualidade.
Por isso, vivamos intensamente ao lado deles. Desfrutemos de cada momento.
Não percamos oportunidade de lhes dizer que os amamos.
E os abracemos, beijemos, aconcheguemos junto ao peito.
Então, quando eles se forem, teremos muitas e ternas lembranças para aquecer a fria noite da nossa saudade.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
E tudo virava notícia: um deles, criança, demonstrando cansaço em determinada cerimónia ou um pequeno gesto de enfado, até os abraços carinhosos da mãe.
Da mãe, eles recordam com especial carinho.
Lembram-se de sua ternura para com eles, de como se tornava criança para desfrutar das suas brincadeiras e da sua risada espontânea.
Uma mulher que parecia ter surgido de um conto de fadas.
Uma mulher que o mundo postou com uma auréola.
Uma mulher que se serviu de sua posição, de sua condição real para ajudar a muitas pessoas.
Falamos dos príncipes William e Harry, e da princesa de Gales, Diana, que desencarnou em 1997.
Adultos, eles recordam dos dias felizes passados com ela, também da tristeza que os abateu, quando da separação dos pais.
Lembram de como passaram a ir de um lado a outro, ora desfrutando da companhia do pai, ora da companhia da mãe.
A mãe que, embora distante, não deixava de lhes telefonar, de lhes mandar cartões, sempre descontraídos, alegres.
Recordam, especialmente, que estavam em férias em Balmoral, num dia alegre de convívio com os primos, quando foram chamados para atender a um telefonema.
Era Diana a lhes dizer das suas saudades, a lhes indagar de como estavam, o que faziam.
Coisas próprias de mãe.
Ambos, no entanto, estavam ansiosos por retornarem às brincadeiras e atenderam ao telefonema com certa indiferença.
Mal sabiam eles que seria a última vez que ouviriam a voz de sua mãe.
Sim, porque naquele 31 de agosto, ela morreu, em Paris, de forma trágica.
William tinha quinze anos e Harry doze.
Ficaram estarrecidos ao observarem aquele verdadeiro mar de flores, deixados na residência londrina da princesa, o palácio de Kensington.
Harry se perguntava:
Como essas pessoas, que não conheceram minha mãe, podem chorar e estarem mais tristes do que eu?
Somente o tempo o faria se dar conta do que acontecera:
não teria mais os abraços dela, nem seus beijos, nem sua ternura para confortar e alegrar a sua vida.
Ela se fora para um outro mundo, para outra realidade.
E o que ficou foi somente saudade.
Uma imensa e dolorida saudade.
Ambos, relembrando aquele telefonema derradeiro, lamentam:
Se soubéssemos que aquela seria a última vez, teríamos alongado muito a conversa...
* * *
De um modo geral, somos assim.
Enquanto estamos ao lado dos que amamos, enquanto lhes desfrutamos da companhia, do riso, da palavra, todos os dias, tudo nos parece natural, normal, eterno.
Esquecemos de que tudo nesta vida é transitório.
Inclusive a presença dos nossos amores.
De repente, eles podem dizer adeus e embarcar para a viagem de retorno ao lar verdadeiro, a Espiritualidade.
Por isso, vivamos intensamente ao lado deles. Desfrutemos de cada momento.
Não percamos oportunidade de lhes dizer que os amamos.
E os abracemos, beijemos, aconcheguemos junto ao peito.
Então, quando eles se forem, teremos muitas e ternas lembranças para aquecer a fria noite da nossa saudade.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
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