Momentos Espíritas III
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O teatro da vida
A vida na Terra pode ser comparada a um imenso teatro, e as pessoas, nas suas diferentes vivências, grandes actores.
Neste palco colorido e cheio de emoções, ora esbarramos em personagens muito bonitas e cheias de charme; ora nos deparamos com cabeças coroadas a esbanjar seu orgulho.
Ora com o sábio observador, com o tolo indiferente e até mesmo, com o feio a se esgueirar; ora nos vemos à frente de palhaços brincalhões e de figuras carismáticas a se apresentarem como lhes convêm.
No final da peça que vivenciamos, acabamos percebendo que todos partilhamos os mesmos vestuários.
Quando os aplausos cessam, tanto uns como outros, dividimos o mesmo camarim.
Somos todos os verdadeiros actores dos dramas representados no grande palco.
O teatro da vida não conta com muito tempo de ensaio para a sua apresentação.
Cada qual vem com seu papel previamente planeado, podendo facilitar ou complicar durante a representação.
Há actores que, tendo recebido simples papéis, acabam se dedicando tanto que roubam a cena, deixando marcas que servem de exemplo para os demais.
Outros pedem grandes performances, mas o desânimo e a preguiça os fazem desmerecer o posto almejado, tendo que esperar por nova programação.
Assim acontece com cada um de nós, seres humanos, neste mundo.
Nosso palco é a Terra, a peça em que actuamos, a presente reencarnação, nossos companheiros de palco, os nossos familiares.
Se dentro da mesma cena os actores não apresentarem bom desempenho com relação à amizade, ao respeito e à participação positiva de todos, a cena se esfumaça, e o sentido real do ato deixa de existir.
Nossa plateia é a Humanidade, com suas preferências, seus padrões e seus preconceitos.
Se não nos revestirmos de respeito às diferenças, de carinhosa atenção aos demais, não teremos aceitação e êxito.
Todos nos vestimos do corpo carnal e dividimos o mesmo camarim das experiências comuns.
Todos almejamos os aplausos do sucesso, mas nem todos nos esforçamos o suficiente para merecê-los.
Da mesma forma, perdemos oportunidades e ficamos à espera de novas chances para refazer, para recomeçar.
Sejamos pois, a alma sedenta de bom desempenho, que se tranquilizará após nobre actuação, sem ficar a exigir os principais papéis.
Abençoemos o cansaço de cada dia, sem escolher leito sofisticado, mas que possamos descansar em qualquer banco do caminho, fazendo dele um castelo de paz.
Bendito seja o suor do trabalho árduo, a dor das mãos calejadas que dão mostras de ocupação valiosa, que não nos permite a mente vazia.
Mantenhamos o silêncio construtivo ao palavrório sem conteúdo.
Valorizemos o riso que embeleza a face sóbria de uma vida enriquecida de amor.
Bem-vindas as muitas perguntas rumo à sabedoria, as muitas buscas de oportunidades, que nos farão mais esclarecidos e realizados.
Abençoadas sejam as declarações de amor e amizade que colorirem nossos caminhos.
Benditos os dias que pudermos tropeçar, cair e nos erguermos, abraçados à poesia da vida, desejosos de emocionar até o último ato.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Neste palco colorido e cheio de emoções, ora esbarramos em personagens muito bonitas e cheias de charme; ora nos deparamos com cabeças coroadas a esbanjar seu orgulho.
Ora com o sábio observador, com o tolo indiferente e até mesmo, com o feio a se esgueirar; ora nos vemos à frente de palhaços brincalhões e de figuras carismáticas a se apresentarem como lhes convêm.
No final da peça que vivenciamos, acabamos percebendo que todos partilhamos os mesmos vestuários.
Quando os aplausos cessam, tanto uns como outros, dividimos o mesmo camarim.
Somos todos os verdadeiros actores dos dramas representados no grande palco.
O teatro da vida não conta com muito tempo de ensaio para a sua apresentação.
Cada qual vem com seu papel previamente planeado, podendo facilitar ou complicar durante a representação.
Há actores que, tendo recebido simples papéis, acabam se dedicando tanto que roubam a cena, deixando marcas que servem de exemplo para os demais.
Outros pedem grandes performances, mas o desânimo e a preguiça os fazem desmerecer o posto almejado, tendo que esperar por nova programação.
Assim acontece com cada um de nós, seres humanos, neste mundo.
Nosso palco é a Terra, a peça em que actuamos, a presente reencarnação, nossos companheiros de palco, os nossos familiares.
Se dentro da mesma cena os actores não apresentarem bom desempenho com relação à amizade, ao respeito e à participação positiva de todos, a cena se esfumaça, e o sentido real do ato deixa de existir.
Nossa plateia é a Humanidade, com suas preferências, seus padrões e seus preconceitos.
Se não nos revestirmos de respeito às diferenças, de carinhosa atenção aos demais, não teremos aceitação e êxito.
Todos nos vestimos do corpo carnal e dividimos o mesmo camarim das experiências comuns.
Todos almejamos os aplausos do sucesso, mas nem todos nos esforçamos o suficiente para merecê-los.
Da mesma forma, perdemos oportunidades e ficamos à espera de novas chances para refazer, para recomeçar.
Sejamos pois, a alma sedenta de bom desempenho, que se tranquilizará após nobre actuação, sem ficar a exigir os principais papéis.
Abençoemos o cansaço de cada dia, sem escolher leito sofisticado, mas que possamos descansar em qualquer banco do caminho, fazendo dele um castelo de paz.
Bendito seja o suor do trabalho árduo, a dor das mãos calejadas que dão mostras de ocupação valiosa, que não nos permite a mente vazia.
Mantenhamos o silêncio construtivo ao palavrório sem conteúdo.
Valorizemos o riso que embeleza a face sóbria de uma vida enriquecida de amor.
Bem-vindas as muitas perguntas rumo à sabedoria, as muitas buscas de oportunidades, que nos farão mais esclarecidos e realizados.
Abençoadas sejam as declarações de amor e amizade que colorirem nossos caminhos.
Benditos os dias que pudermos tropeçar, cair e nos erguermos, abraçados à poesia da vida, desejosos de emocionar até o último ato.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um sábio diferente
Conta-se que vivia, em um velho hotel em Marrakech, um homem de nome Vladimir Kolievich.
Falava pouco e quando conversava com os outros hóspedes não fazia referências sobre seu passado.
Deixava, às vezes, escapar observações eruditas, que davam mostras de grande e extraordinário saber.
Uma noite, quando vários hóspedes se encontravam reunidos na sala, uma jovem escritora russa perguntou se alguém saberia onde ficava um rio de nome Falgu.
Embora fossem pessoas cultas e estudiosas, todos confessaram ignorar tal informação.
Para surpresa geral, porém, o misterioso Vladimir aproximou-se dizendo:
O rio Falgu fica perto da cidade de Gaya, na Índia.
Para os budistas é considerado um rio sagrado, pois junto a ele Buda teria recebido a inspiração divina.
Diante da admiração de todos, continuou:
Seu leito apresenta-se coberto de areia, parecendo eternamente seco, árido como um deserto.
O viajante que dele se aproxima não vê água, nem ouve o menor rumor do líquido.
Cavando-se, no entanto, alguns palmos na areia, encontra-se um lençol de água pura e límpida.
E, com a simplicidade e a clareza peculiares aos grandes sábios, passou a contar coisas curiosas, não só da Índia, mas também de diversas partes do mundo.
Falou sobre filanezes, espécie de cadeiras usadas pelos habitantes de Madagascar, quando viajam.
Depois, discorreu a respeito da vida e da obra de diversos romancistas franceses.
Todos estavam admirados com a facilidade com que ele passava de um assunto para outro, sem perder a segurança, não deixando pairar qualquer dúvida sobre a extensão de seus conhecimentos.
De repente, começou uma forte ventania e alguns dos presentes demonstraram intranquilidade.
Vladimir acalmou a todos, tecendo comentários esclarecedores sobre variados flagelos da natureza.
No dia seguinte um dos hóspedes, seriamente intrigado, procurou-o para saber, afinal, quem seria aquele sábio que quase passara ignorado.
O senhor nos maravilhou ontem com seu saber.
Não imaginávamos que tivesse tão grande cultura.
Na sua academia, com certeza...
Foi interrompido por Vladimir que se sentia muito constrangido pela forma como era tratado.
Não me considere um sábio.
Eu pouco sei, ou melhor, nada sei.
Não reparou nas palavras de que tratei?
Falgu, filanezes, França, flagelos...
Todas começam com a letra “f”.
Como o seu interlocutor mostrasse surpresa, explicou:
Estive, por motivos políticos, preso durante dez anos nas prisões da Sibéria.
O condenado que havia ficado antes na cela em que me puseram, deixou os restos de uma velha enciclopédia.
Como não havia com o que mais me ocupar, li e reli, centenas de vezes aquelas páginas.
Eram todas da letra “f”.
Sou precisamente o contrário do rio Falgu, pois pareço possuir uma correnteza enorme e profunda de saber.
No entanto, minha erudição não vai além de alguns verbetes decorados de uma velha enciclopédia.
Costumamos nos iludir facilmente com aparências e belas palavras.
Criamos expectativas, idolatramos os outros para, logo em seguida, ao conhecê-los um pouco melhor, nos dizermos desapontados e desiludidos.
Só se desilude quem se ilude, porque buscamos mitos e modelos em seres tão imperfeitos quanto nós mesmos.
Jesus, nosso Irmão e Mestre é o único Modelo seguro do qual podemos nos valer, hoje e sempre.
Momento Espírita, com base em capítulo Do livro Os melhores contos, de Malba Tahan, ed. Record.
§.§.§- Ave sem Ninho
Falava pouco e quando conversava com os outros hóspedes não fazia referências sobre seu passado.
Deixava, às vezes, escapar observações eruditas, que davam mostras de grande e extraordinário saber.
Uma noite, quando vários hóspedes se encontravam reunidos na sala, uma jovem escritora russa perguntou se alguém saberia onde ficava um rio de nome Falgu.
Embora fossem pessoas cultas e estudiosas, todos confessaram ignorar tal informação.
Para surpresa geral, porém, o misterioso Vladimir aproximou-se dizendo:
O rio Falgu fica perto da cidade de Gaya, na Índia.
Para os budistas é considerado um rio sagrado, pois junto a ele Buda teria recebido a inspiração divina.
Diante da admiração de todos, continuou:
Seu leito apresenta-se coberto de areia, parecendo eternamente seco, árido como um deserto.
O viajante que dele se aproxima não vê água, nem ouve o menor rumor do líquido.
Cavando-se, no entanto, alguns palmos na areia, encontra-se um lençol de água pura e límpida.
E, com a simplicidade e a clareza peculiares aos grandes sábios, passou a contar coisas curiosas, não só da Índia, mas também de diversas partes do mundo.
Falou sobre filanezes, espécie de cadeiras usadas pelos habitantes de Madagascar, quando viajam.
Depois, discorreu a respeito da vida e da obra de diversos romancistas franceses.
Todos estavam admirados com a facilidade com que ele passava de um assunto para outro, sem perder a segurança, não deixando pairar qualquer dúvida sobre a extensão de seus conhecimentos.
De repente, começou uma forte ventania e alguns dos presentes demonstraram intranquilidade.
Vladimir acalmou a todos, tecendo comentários esclarecedores sobre variados flagelos da natureza.
No dia seguinte um dos hóspedes, seriamente intrigado, procurou-o para saber, afinal, quem seria aquele sábio que quase passara ignorado.
O senhor nos maravilhou ontem com seu saber.
Não imaginávamos que tivesse tão grande cultura.
Na sua academia, com certeza...
Foi interrompido por Vladimir que se sentia muito constrangido pela forma como era tratado.
Não me considere um sábio.
Eu pouco sei, ou melhor, nada sei.
Não reparou nas palavras de que tratei?
Falgu, filanezes, França, flagelos...
Todas começam com a letra “f”.
Como o seu interlocutor mostrasse surpresa, explicou:
Estive, por motivos políticos, preso durante dez anos nas prisões da Sibéria.
O condenado que havia ficado antes na cela em que me puseram, deixou os restos de uma velha enciclopédia.
Como não havia com o que mais me ocupar, li e reli, centenas de vezes aquelas páginas.
Eram todas da letra “f”.
Sou precisamente o contrário do rio Falgu, pois pareço possuir uma correnteza enorme e profunda de saber.
No entanto, minha erudição não vai além de alguns verbetes decorados de uma velha enciclopédia.
Costumamos nos iludir facilmente com aparências e belas palavras.
Criamos expectativas, idolatramos os outros para, logo em seguida, ao conhecê-los um pouco melhor, nos dizermos desapontados e desiludidos.
Só se desilude quem se ilude, porque buscamos mitos e modelos em seres tão imperfeitos quanto nós mesmos.
Jesus, nosso Irmão e Mestre é o único Modelo seguro do qual podemos nos valer, hoje e sempre.
Momento Espírita, com base em capítulo Do livro Os melhores contos, de Malba Tahan, ed. Record.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A transitoriedade do mundo
A cada quatro anos acontecem as Olimpíadas.
Foi o historiador e pedagogo francês Pierre de Frédy, também conhecido como Barão de Coubertin quem restabeleceu os Jogos Olímpicos da era moderna.
Ele declarava que o importante nos jogos olímpicos não era vencer, mas competir...
O essencial não era triunfar, mas batalhar.
Coubertin acreditava que a competição sadia poderia criar um bom carácter, promover um julgamento sólido e estimular a boa conduta.
As Olimpíadas, segundo ele, poderiam ensinar as pessoas a viver em paz.
O que nos chama a atenção, a cada Olimpíada é a história reprisada de centenas de atletas que se apresentam, com o objectivo de honrar as cores do seu país, levando consigo a medalha de ouro.
Ou, ao menos, a de prata ou de bronze.
Eles se preparam para as mais diversas modalidades.
Todos investem horas e horas de treinamento, se impõem muitas renúncias, intensa disciplina, concentração.
Mas o que se observa, em cada competição, é que aquele que brilhou de forma ostensiva na Olimpíada anterior, ou nas competições preparatórias, nem sempre consegue reprisar o mesmo sucesso.
Há os que chegam à Olimpíada como grandes promessas, contudo, muitas vezes não conseguem superar as marcas de outros atletas.
Então, o ouro tão ambicionado, e conquistado anteriormente, não torna a ser colocado em seu peito.
Isso nos fala da transitoriedade do mundo, de como hoje podemos ser aplaudidos, intensamente, ovacionados, tidos como os melhores do mundo nessa ou naquela modalidade e, logo mais, alguém nos supera e leva a glória.
Nosso lugar no pódio é ocupado por outros, a mídia nos esquece e foca no vencedor do momento, numa constante renovação de atletas melhores e melhores.
Isso nos diz de como tudo é efémero no mundo.
Aliás, não foi diferente com o Mestre Jesus.
Quem O ovacionou em Sua entrada triunfal em Jerusalém, recebendo-O com palmas e colocando seus mantos no chão para serem pisoteados pelo jumento que Ele montava, O apuparam na semana seguinte.
Mesma localidade, poucos dias de diferença, e um cenário tão diverso...
Se ao Mestre, Modelo e Guia, Espírito de inigualável grandeza na Terra, assim fizeram, o que podemos nós, pobres criaturas ainda em evolução, almejar?
Como podemos imaginar que aqueles que hoje nos aplaudem, amanhã continuarão connosco, se a cena for diferente, se situações adversas se apresentarem, se outras forem as circunstâncias?
Isso deve servir para nos trabalhar o orgulho.
Para nos alertar da transitoriedade de tudo na Terra.
Permanente somente nossas conquistas morais, nosso crescimento interior, nossa evolução intelectual, nosso progresso geral.
Património inalienável, que nos seguirá ao longo de todas as vidas.
Pensemos nisso e invistamos mais no nosso património de Imortalidade, em nossa condição de Espírito, nas conquistas que o ladrão não rouba e a traça não corrói.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Foi o historiador e pedagogo francês Pierre de Frédy, também conhecido como Barão de Coubertin quem restabeleceu os Jogos Olímpicos da era moderna.
Ele declarava que o importante nos jogos olímpicos não era vencer, mas competir...
O essencial não era triunfar, mas batalhar.
Coubertin acreditava que a competição sadia poderia criar um bom carácter, promover um julgamento sólido e estimular a boa conduta.
As Olimpíadas, segundo ele, poderiam ensinar as pessoas a viver em paz.
O que nos chama a atenção, a cada Olimpíada é a história reprisada de centenas de atletas que se apresentam, com o objectivo de honrar as cores do seu país, levando consigo a medalha de ouro.
Ou, ao menos, a de prata ou de bronze.
Eles se preparam para as mais diversas modalidades.
Todos investem horas e horas de treinamento, se impõem muitas renúncias, intensa disciplina, concentração.
Mas o que se observa, em cada competição, é que aquele que brilhou de forma ostensiva na Olimpíada anterior, ou nas competições preparatórias, nem sempre consegue reprisar o mesmo sucesso.
Há os que chegam à Olimpíada como grandes promessas, contudo, muitas vezes não conseguem superar as marcas de outros atletas.
Então, o ouro tão ambicionado, e conquistado anteriormente, não torna a ser colocado em seu peito.
Isso nos fala da transitoriedade do mundo, de como hoje podemos ser aplaudidos, intensamente, ovacionados, tidos como os melhores do mundo nessa ou naquela modalidade e, logo mais, alguém nos supera e leva a glória.
Nosso lugar no pódio é ocupado por outros, a mídia nos esquece e foca no vencedor do momento, numa constante renovação de atletas melhores e melhores.
Isso nos diz de como tudo é efémero no mundo.
Aliás, não foi diferente com o Mestre Jesus.
Quem O ovacionou em Sua entrada triunfal em Jerusalém, recebendo-O com palmas e colocando seus mantos no chão para serem pisoteados pelo jumento que Ele montava, O apuparam na semana seguinte.
Mesma localidade, poucos dias de diferença, e um cenário tão diverso...
Se ao Mestre, Modelo e Guia, Espírito de inigualável grandeza na Terra, assim fizeram, o que podemos nós, pobres criaturas ainda em evolução, almejar?
Como podemos imaginar que aqueles que hoje nos aplaudem, amanhã continuarão connosco, se a cena for diferente, se situações adversas se apresentarem, se outras forem as circunstâncias?
Isso deve servir para nos trabalhar o orgulho.
Para nos alertar da transitoriedade de tudo na Terra.
Permanente somente nossas conquistas morais, nosso crescimento interior, nossa evolução intelectual, nosso progresso geral.
Património inalienável, que nos seguirá ao longo de todas as vidas.
Pensemos nisso e invistamos mais no nosso património de Imortalidade, em nossa condição de Espírito, nas conquistas que o ladrão não rouba e a traça não corrói.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Nossos filhos – homens do mundo
Grandes dificuldades que atravessa nossa sociedade poderiam ser solucionadas a partir da orientação, da educação consciente, no lar.
Além do despreparo e, até possível descuido, por parte dos progenitores, actualmente observamos também que, com algumas interpretações nem sempre correctas de determinadas técnicas educacionais, muitos pais bem intencionados acabam por cair em equívocos.
É preciso, acima de tudo, ter em mente que nossos filhos são Espíritos.
Filhos de Deus, que aguardam de nós a segura educação, que os auxilie no aperfeiçoamento moral e na consequente evolução espiritual.
Entendendo moral como a regra de bem proceder, esta deve ser trabalhada desde que o bebé anuncia sua vinda ao mundo.
Ainda no ventre materno, enquanto Espírito, ele percebe o que acontece em seu entorno.
Pode, com os ouvidos da alma, captar os pensamentos e sentimentos que lhe endereçam os pais.
E as vibrações emanadas desses pensamentos e sentimentos sendo de acolhimento, de harmonia, de amor, lhe falam da agradável expectativa pela sua chegada.
Em decorrência, o tranquilizam, o alimentam e lhe fazem muito bem.
Assim unido aos pais, absorvendo as vibrações de um e de outro, inicia-se o processo de educação daquele que ainda nem nasceu para a vida.
Daquele que é alguém sem certidão de nascimento, mas com direitos, como todos nós.
Daquele que nos ouve, que capta nossos pensamentos, que observa as acções que praticamos todos os dias, dentro ou fora dos quadros morais.
E será essa educação, recebida no lar, desde agora e com a posterior convivência, através das lições faladas, exemplificadas e ensinadas, através dos direitos e deveres ali praticados, que alicerçará sua futura conduta.
Exemplo disso é aquela mãe de família que recebera orientação segura na infância, e tinha um filho tetraplégico com quarenta e seis anos.
Tentou conseguir fraldas descartáveis, com razoável desconto.
Ao apresentar a receita emitida pelo médico, na farmácia, foi-lhe esclarecido que o desconto somente era permitido para maiores de sessenta anos.
A atendente a orientou para solicitar ao médico que a receita fosse refeita e em seu próprio nome para conseguir o que desejava.
No entanto, atendendo seu dever de consciência, ela descartou essa possibilidade, não desejando agir de forma incorrecta.
Quando aceitamos o Cristo Jesus como Modelo e Guia de nossas vidas, não mais nos permitimos desvios de comportamento.
O verdadeiro cristão é aquele que edifica a si mesmo e à sua família nos alicerces do Evangelho de Jesus.
Busca visualizar o seu eu imortal, vence a si mesmo e as suas imperfeições, tornando-se simples, íntegro e verdadeiro.
E vê nos filhos os seres imortais que Deus lhe envia para que os conduza, nos caminhos do dever, crescendo para a luz.
Seres que primeiramente se aninham em seu lar, como aves buscando apoio e que se vão, depois, para conquistar o mundo, enquanto espalham, com as suas presenças, as benesses recebidas através da educação, fazendo a diferença, onde quer que se encontrem.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Além do despreparo e, até possível descuido, por parte dos progenitores, actualmente observamos também que, com algumas interpretações nem sempre correctas de determinadas técnicas educacionais, muitos pais bem intencionados acabam por cair em equívocos.
É preciso, acima de tudo, ter em mente que nossos filhos são Espíritos.
Filhos de Deus, que aguardam de nós a segura educação, que os auxilie no aperfeiçoamento moral e na consequente evolução espiritual.
Entendendo moral como a regra de bem proceder, esta deve ser trabalhada desde que o bebé anuncia sua vinda ao mundo.
Ainda no ventre materno, enquanto Espírito, ele percebe o que acontece em seu entorno.
Pode, com os ouvidos da alma, captar os pensamentos e sentimentos que lhe endereçam os pais.
E as vibrações emanadas desses pensamentos e sentimentos sendo de acolhimento, de harmonia, de amor, lhe falam da agradável expectativa pela sua chegada.
Em decorrência, o tranquilizam, o alimentam e lhe fazem muito bem.
Assim unido aos pais, absorvendo as vibrações de um e de outro, inicia-se o processo de educação daquele que ainda nem nasceu para a vida.
Daquele que é alguém sem certidão de nascimento, mas com direitos, como todos nós.
Daquele que nos ouve, que capta nossos pensamentos, que observa as acções que praticamos todos os dias, dentro ou fora dos quadros morais.
E será essa educação, recebida no lar, desde agora e com a posterior convivência, através das lições faladas, exemplificadas e ensinadas, através dos direitos e deveres ali praticados, que alicerçará sua futura conduta.
Exemplo disso é aquela mãe de família que recebera orientação segura na infância, e tinha um filho tetraplégico com quarenta e seis anos.
Tentou conseguir fraldas descartáveis, com razoável desconto.
Ao apresentar a receita emitida pelo médico, na farmácia, foi-lhe esclarecido que o desconto somente era permitido para maiores de sessenta anos.
A atendente a orientou para solicitar ao médico que a receita fosse refeita e em seu próprio nome para conseguir o que desejava.
No entanto, atendendo seu dever de consciência, ela descartou essa possibilidade, não desejando agir de forma incorrecta.
Quando aceitamos o Cristo Jesus como Modelo e Guia de nossas vidas, não mais nos permitimos desvios de comportamento.
O verdadeiro cristão é aquele que edifica a si mesmo e à sua família nos alicerces do Evangelho de Jesus.
Busca visualizar o seu eu imortal, vence a si mesmo e as suas imperfeições, tornando-se simples, íntegro e verdadeiro.
E vê nos filhos os seres imortais que Deus lhe envia para que os conduza, nos caminhos do dever, crescendo para a luz.
Seres que primeiramente se aninham em seu lar, como aves buscando apoio e que se vão, depois, para conquistar o mundo, enquanto espalham, com as suas presenças, as benesses recebidas através da educação, fazendo a diferença, onde quer que se encontrem.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Tentativa e Aprendizado
Depois de variadas experiências, vim a Pedro Leopoldo pela primeira vez, após a libertação.
Como se me afigurou diferente o grupo que eu visitara, em agosto de 1937, em companhia do meu prezado Watson! (1)
A casa humilde estava repleta de gente desencarnada.
Os companheiros, ao redor da mesa, eram poucos.
Não excedia de vinte o número de pessoas no recinto.
As paredes como que se desmaterializavam, dando lugar a vasto ajuntamento de almas necessitadas, que o orientador da casa, com a colaboração de muitos trabalhadores, procurava socorrer coma palavra evangélica.
Entrei, ladeando três irmãos, recebendo abraços acolhedores.
Notando os cuidados do dirigente, prevendo as particularidades da reunião, recordei os Espíritos controladores a que se referem comummente nossos companheiros da Inglaterra.
Estávamos perante equilibrado director espiritual.
Todas as experiências e realizações da noite permaneciam programadas.
Incontáveis fios de substância escura partiam, como riscos móveis, das entidades perturbadas e sofredoras, tentando atingir os componentes da pequena assembleia de encarnados, mas, sob a supervisão do mentor do grupo, fez-se belo traço de luz, em torno do quadrado a que vocês se acolhiam, traço esse que atraía as emanações de plúmbea cor, extinguindo-as.
Explicou-me um amigo que as pessoas angustiadas, sem o corpo físico, projectam escuros apelos, filhos da tristeza e da revolta, nas casas de fraternidade cristã em que se improvisam tarefas de auxílio.
Enquanto vocês oravam e atendiam a solicitações entre os dois mundos, observei que trabalhadores espirituais extraíam de alguns elementos da reunião; grande cópia de energias fluídicas, aproveitando-as na materialização de benefícios para os desencarnados em condições dolorosas.
Não pude analisar toda a extensão do serviço que aí se processava, mas esclareceu-me dedicado companheiro que em todas as sessões de fé religiosa, consagradas ao bem do próximo, os cooperadores dispostos a auxiliar com alegria são aproveitados pelos mensageiros dos planos superiores, que retiram deles os recursos magnéticos que Reichenbach baptizou por “forças ódicas”, convertendo-os em utilidades preciosas para as entidades dementes e suplicantes.
Minha mente, contudo, interessava-se na aproximação com o médium, fixa na ideia de valer-se dele para contacto menos ligeiro com o mundo que eu havia deixado.
Rompi as conveniências e pedi a colaboração do supervisor da casa, embora o respeito que a presença dele me inspirava.
Não me recebeu o pedido com desagrado.
Tocou-me os ombros, paternalmente, e acentuou, esquivando-se:
-Meu bom amigo, é justo esperar um pouco mais.
Não temos aqui um serviço de mero registo.
Convém ambientar a organização mediúnica.
A sintonia espiritual exige trato mais demorado.
Lembrei-me, então, imperfeito e egoísta que ainda sou, de Ande Luiz.
Ele não fora espiritista; no entanto, começara, de pronto, o noticiário do “outro mundo”.
O director, liberal e compreensivo, mergulhou em mim os olhos penetrantes, como se estivesse a ler as páginas mais íntimas de meu coração e, sem que eu enunciasse o que pensava, acrescentou, humilde:
-Não julgue que André Luiz haja alcançado a iniciação, de improviso.
Sofreu muito nas esferas purificadoras e frequentar-nos a tarefa durante setecentos dias consecutivos, afinando-se com a instrumentalidade.
Além disto, o esforço dele é impessoal e reflecte a cooperação indirecta de muitos benfeitores nossos que respiram em esferas mais elevadas.
E passou a explicar-me as dificuldades, indicando os óbices que se antepunham à ligação e relacionando esclarecimento científicos que não pude guardar de memória.
Em seguida, prometeu que me auxiliaria no instante oportuno.
Realmente, estava desapontado, mas satisfeito.
Avizinhara-me dos amigos, incapaz de fazer-me percebido; entretanto, começava a entender, não somente os empecilhos naturais no intercâmbio do desprendimento e da renúncia, na obra cristã que o Espiritismo, com Jesus está realizando em favor do mundo.
(1) – (Em agosto de 1937, o Autor esteve pessoalmente em Pedro Leopoldo, acompanhado de um amigo).
§.§.§- Ave sem Ninho
Como se me afigurou diferente o grupo que eu visitara, em agosto de 1937, em companhia do meu prezado Watson! (1)
A casa humilde estava repleta de gente desencarnada.
Os companheiros, ao redor da mesa, eram poucos.
Não excedia de vinte o número de pessoas no recinto.
As paredes como que se desmaterializavam, dando lugar a vasto ajuntamento de almas necessitadas, que o orientador da casa, com a colaboração de muitos trabalhadores, procurava socorrer coma palavra evangélica.
Entrei, ladeando três irmãos, recebendo abraços acolhedores.
Notando os cuidados do dirigente, prevendo as particularidades da reunião, recordei os Espíritos controladores a que se referem comummente nossos companheiros da Inglaterra.
Estávamos perante equilibrado director espiritual.
Todas as experiências e realizações da noite permaneciam programadas.
Incontáveis fios de substância escura partiam, como riscos móveis, das entidades perturbadas e sofredoras, tentando atingir os componentes da pequena assembleia de encarnados, mas, sob a supervisão do mentor do grupo, fez-se belo traço de luz, em torno do quadrado a que vocês se acolhiam, traço esse que atraía as emanações de plúmbea cor, extinguindo-as.
Explicou-me um amigo que as pessoas angustiadas, sem o corpo físico, projectam escuros apelos, filhos da tristeza e da revolta, nas casas de fraternidade cristã em que se improvisam tarefas de auxílio.
Enquanto vocês oravam e atendiam a solicitações entre os dois mundos, observei que trabalhadores espirituais extraíam de alguns elementos da reunião; grande cópia de energias fluídicas, aproveitando-as na materialização de benefícios para os desencarnados em condições dolorosas.
Não pude analisar toda a extensão do serviço que aí se processava, mas esclareceu-me dedicado companheiro que em todas as sessões de fé religiosa, consagradas ao bem do próximo, os cooperadores dispostos a auxiliar com alegria são aproveitados pelos mensageiros dos planos superiores, que retiram deles os recursos magnéticos que Reichenbach baptizou por “forças ódicas”, convertendo-os em utilidades preciosas para as entidades dementes e suplicantes.
Minha mente, contudo, interessava-se na aproximação com o médium, fixa na ideia de valer-se dele para contacto menos ligeiro com o mundo que eu havia deixado.
Rompi as conveniências e pedi a colaboração do supervisor da casa, embora o respeito que a presença dele me inspirava.
Não me recebeu o pedido com desagrado.
Tocou-me os ombros, paternalmente, e acentuou, esquivando-se:
-Meu bom amigo, é justo esperar um pouco mais.
Não temos aqui um serviço de mero registo.
Convém ambientar a organização mediúnica.
A sintonia espiritual exige trato mais demorado.
Lembrei-me, então, imperfeito e egoísta que ainda sou, de Ande Luiz.
Ele não fora espiritista; no entanto, começara, de pronto, o noticiário do “outro mundo”.
O director, liberal e compreensivo, mergulhou em mim os olhos penetrantes, como se estivesse a ler as páginas mais íntimas de meu coração e, sem que eu enunciasse o que pensava, acrescentou, humilde:
-Não julgue que André Luiz haja alcançado a iniciação, de improviso.
Sofreu muito nas esferas purificadoras e frequentar-nos a tarefa durante setecentos dias consecutivos, afinando-se com a instrumentalidade.
Além disto, o esforço dele é impessoal e reflecte a cooperação indirecta de muitos benfeitores nossos que respiram em esferas mais elevadas.
E passou a explicar-me as dificuldades, indicando os óbices que se antepunham à ligação e relacionando esclarecimento científicos que não pude guardar de memória.
Em seguida, prometeu que me auxiliaria no instante oportuno.
Realmente, estava desapontado, mas satisfeito.
Avizinhara-me dos amigos, incapaz de fazer-me percebido; entretanto, começava a entender, não somente os empecilhos naturais no intercâmbio do desprendimento e da renúncia, na obra cristã que o Espiritismo, com Jesus está realizando em favor do mundo.
(1) – (Em agosto de 1937, o Autor esteve pessoalmente em Pedro Leopoldo, acompanhado de um amigo).
§.§.§- Ave sem Ninho
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Vento oportuno
A origem das palavras, por vezes, carrega tesouros inestimáveis.
Os romanos, nos tempos antigos, tinham o hábito de dar nome aos ventos.
Um vento que eles apreciavam era o vento ob Portus.
Ele levava os navios em direcção ao porto e, por isso, foi chamado de vento oportuno.
Acabamos, assim, descobrindo a origem de uma palavra que utilizamos com certa frequência: oportunidade.
Em sua origem romana, oportunidade nos remete à ideia de ventos favoráveis que nos levam à segurança de um porto.
O vento inoportuno, por sua vez, é aquele que nos conduz para longe do cais, das realizações, dos objectivos.
Assim como na vida, nem sempre os melhores ventos para navegação são os que nos atingem a popa, os que chamamos de ventos a favor.
Esses, por vezes, causam uma instabilidade muito grande na nau, tornando-a incontrolável.
O vento ob Portus não era um vento totalmente a favor.
Exigia certa habilidade do navegador.
Posicionar e ajustar as velas, virar o leme no ângulo perfeito e perceber o que acontecia ao redor.
O vento da oportunidade também não era uma garantia de que o barco iria chegar sozinho ao porto, sem esforço algum de seus tripulantes.
O trabalho era intenso e constante.
Isso nos remete a pensar nas oportunidades que surgem em nossos dias.
A primeira delas, a maior de todas, é sem dúvida, a própria existência terrena.
A oportunidade da vida, a oportunidade de crescer; de voltar e acertar; de se perdoar; de acertar as contas; de seguir adiante.
As múltiplas existências são ventos oportunos que nos levam ao porto de nossa felicidade futura.
Caberá à nossa habilidade posicionar as velas alvas da compreensão, o timão seguro do esforço, os mastros grandiosos da fraternidade para que cheguemos lá, mais cedo ou mais tarde.
E depois seguem outras, muitas e muitas, as que percebemos e as que não nos damos conta.
Por vezes, a tripulação está adormecida e os bons ventos simplesmente passam sem serem aproveitados.
Em outras nos falta habilidade, paciência, sabedoria ou calma.
Ainda há vezes em que desprezamos ventanias, acreditando que de nada nos servirão, que só irão tirar a nau de seu prumo e lá se vai outro vento oportuno desperdiçado.
As oportunidades nem sempre são óbvias, não vêm com rótulo, instruções ou avisos luminosos.
Caberá à nossa sabedoria decifrá-las.
Porém, elas não cessam de chegar, como esta agora, aqui, neste momento.
Você, ouvindo algumas palavras de incentivo, de ânimo, de despertamento.
O que você fará com isso logo após?
Que mudanças irá propor para você mesmo? Não será esse mais um vento oportuno?
Pense nisso.
Dia novo, oportunidade renovada.
Cada amanhecer representa divina concessão, que não podemos nem devemos desconsiderar.
Mantenhamos, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados.
Optimismo diante das ocorrências que surgirão; coragem nos confrontos das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planeado.
Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis.
Momento Espírita, com citação do cap. 1, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os romanos, nos tempos antigos, tinham o hábito de dar nome aos ventos.
Um vento que eles apreciavam era o vento ob Portus.
Ele levava os navios em direcção ao porto e, por isso, foi chamado de vento oportuno.
Acabamos, assim, descobrindo a origem de uma palavra que utilizamos com certa frequência: oportunidade.
Em sua origem romana, oportunidade nos remete à ideia de ventos favoráveis que nos levam à segurança de um porto.
O vento inoportuno, por sua vez, é aquele que nos conduz para longe do cais, das realizações, dos objectivos.
Assim como na vida, nem sempre os melhores ventos para navegação são os que nos atingem a popa, os que chamamos de ventos a favor.
Esses, por vezes, causam uma instabilidade muito grande na nau, tornando-a incontrolável.
O vento ob Portus não era um vento totalmente a favor.
Exigia certa habilidade do navegador.
Posicionar e ajustar as velas, virar o leme no ângulo perfeito e perceber o que acontecia ao redor.
O vento da oportunidade também não era uma garantia de que o barco iria chegar sozinho ao porto, sem esforço algum de seus tripulantes.
O trabalho era intenso e constante.
Isso nos remete a pensar nas oportunidades que surgem em nossos dias.
A primeira delas, a maior de todas, é sem dúvida, a própria existência terrena.
A oportunidade da vida, a oportunidade de crescer; de voltar e acertar; de se perdoar; de acertar as contas; de seguir adiante.
As múltiplas existências são ventos oportunos que nos levam ao porto de nossa felicidade futura.
Caberá à nossa habilidade posicionar as velas alvas da compreensão, o timão seguro do esforço, os mastros grandiosos da fraternidade para que cheguemos lá, mais cedo ou mais tarde.
E depois seguem outras, muitas e muitas, as que percebemos e as que não nos damos conta.
Por vezes, a tripulação está adormecida e os bons ventos simplesmente passam sem serem aproveitados.
Em outras nos falta habilidade, paciência, sabedoria ou calma.
Ainda há vezes em que desprezamos ventanias, acreditando que de nada nos servirão, que só irão tirar a nau de seu prumo e lá se vai outro vento oportuno desperdiçado.
As oportunidades nem sempre são óbvias, não vêm com rótulo, instruções ou avisos luminosos.
Caberá à nossa sabedoria decifrá-las.
Porém, elas não cessam de chegar, como esta agora, aqui, neste momento.
Você, ouvindo algumas palavras de incentivo, de ânimo, de despertamento.
O que você fará com isso logo após?
Que mudanças irá propor para você mesmo? Não será esse mais um vento oportuno?
Pense nisso.
Dia novo, oportunidade renovada.
Cada amanhecer representa divina concessão, que não podemos nem devemos desconsiderar.
Mantenhamos, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados.
Optimismo diante das ocorrências que surgirão; coragem nos confrontos das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planeado.
Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis.
Momento Espírita, com citação do cap. 1, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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As cruzes do caminho
Você já deve ter reparado, no curso das rodovias federais e estaduais, um sem fim de cruzes espalhadas ao longo dos inúmeros quilómetros que ligam as pontas de nosso país.
Em geral, elas assinalam um acontecimento trágico ocorrido naquele trecho da estrada:
um atropelamento, um choque entre veículos, um tombamento de caminhão, cujo desfecho é a morte de uma ou mais pessoas.
Elas também registam, de forma singela, a tristeza, o pesar daqueles que padecem a saudade da ausência física de seus amores.
Estradas, tantos quilómetros... e tantas cruzes.
Silenciosas, discretas...
Ali está o memorial em respeito à lembrança de alguém.
Para nós, um desconhecido, mas que foi muito amado por ser filho, filha, esposo, esposa, pai, mãe.
Erigidas em meio à pressa, à velocidade, erguem-se em respeito à saudade, às recordações, às lágrimas.
Quantas cruzes deixamos às margens do nosso caminho?
Quantas lágrimas deixamos correr soltas, quantos arrependimentos sepultados, amarguras, desilusões, frustrações?
Jesus, o Mestre Nazareno, sentenciou:
Se alguém quiser me seguir, negue a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.
Cada cruz que deixamos em nossos caminhos, ainda que referenciem as dores e os sofrimentos pelos quais passamos, ajudam a contar os passos que demos para chegar onde estamos e para sermos o que somos.
As cruzes deixadas representam a morte de um antigo eu, a fim de que possamos renascer mais experientes, mais sábios, mais preparados para os novos desafios.
Na Epístola aos Efésios, colhemos:
Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho.
Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
Para cada cruz em nossa jornada, uma despedida.
Ainda que com lágrimas, pouco a pouco damos adeus ao nosso orgulho, à nossa maledicência, à vaidade, ao desamor, à falta de caridade e fé.
Em toda cruz, paulatinamente, vamos deixando para trás o homem velho, os velhos hábitos, os antigos preconceitos.
A cada cruz, a exemplo do Rabi da Galileia, entregamos nas mãos do Pai nosso Espírito em marcha, o qual ruma em direção à verdade, ao bem e à felicidade.
As cruzes, ao longo das rodovias, representam apenas um breve adeus, uma vez que a vida jamais cessa, os laços fraternos jamais se desfazem e não há dúvidas quanto ao reencontro com nossos amores, no outro plano da existência.
Da mesma forma, as cruzes que deixamos no curso de nosso caminho representam lágrimas passageiras, dores que não são eternas, visto que o norte de nossa jornada é a felicidade, o bem, a paz.
Tomemos as nossas cruzes, os nossos desafios, os nossos medos, os nossos infortúnios e sigamos o Cristo.
As cruzes às margens de nossas jornadas e as que carregamos são os desafios que a Providência Divina sabe sermos capazes de superar. Com elas aprendemos e através delas nos renovamos.
Pensemos nisso! Confiemos!
Momento Espírita, com citações do Evangelho de Lucas, cap.9, versículo 23 e da Epístola aos Efésios, cap. V, vers. 22 a 24.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em geral, elas assinalam um acontecimento trágico ocorrido naquele trecho da estrada:
um atropelamento, um choque entre veículos, um tombamento de caminhão, cujo desfecho é a morte de uma ou mais pessoas.
Elas também registam, de forma singela, a tristeza, o pesar daqueles que padecem a saudade da ausência física de seus amores.
Estradas, tantos quilómetros... e tantas cruzes.
Silenciosas, discretas...
Ali está o memorial em respeito à lembrança de alguém.
Para nós, um desconhecido, mas que foi muito amado por ser filho, filha, esposo, esposa, pai, mãe.
Erigidas em meio à pressa, à velocidade, erguem-se em respeito à saudade, às recordações, às lágrimas.
Quantas cruzes deixamos às margens do nosso caminho?
Quantas lágrimas deixamos correr soltas, quantos arrependimentos sepultados, amarguras, desilusões, frustrações?
Jesus, o Mestre Nazareno, sentenciou:
Se alguém quiser me seguir, negue a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.
Cada cruz que deixamos em nossos caminhos, ainda que referenciem as dores e os sofrimentos pelos quais passamos, ajudam a contar os passos que demos para chegar onde estamos e para sermos o que somos.
As cruzes deixadas representam a morte de um antigo eu, a fim de que possamos renascer mais experientes, mais sábios, mais preparados para os novos desafios.
Na Epístola aos Efésios, colhemos:
Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho.
Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
Para cada cruz em nossa jornada, uma despedida.
Ainda que com lágrimas, pouco a pouco damos adeus ao nosso orgulho, à nossa maledicência, à vaidade, ao desamor, à falta de caridade e fé.
Em toda cruz, paulatinamente, vamos deixando para trás o homem velho, os velhos hábitos, os antigos preconceitos.
A cada cruz, a exemplo do Rabi da Galileia, entregamos nas mãos do Pai nosso Espírito em marcha, o qual ruma em direção à verdade, ao bem e à felicidade.
As cruzes, ao longo das rodovias, representam apenas um breve adeus, uma vez que a vida jamais cessa, os laços fraternos jamais se desfazem e não há dúvidas quanto ao reencontro com nossos amores, no outro plano da existência.
Da mesma forma, as cruzes que deixamos no curso de nosso caminho representam lágrimas passageiras, dores que não são eternas, visto que o norte de nossa jornada é a felicidade, o bem, a paz.
Tomemos as nossas cruzes, os nossos desafios, os nossos medos, os nossos infortúnios e sigamos o Cristo.
As cruzes às margens de nossas jornadas e as que carregamos são os desafios que a Providência Divina sabe sermos capazes de superar. Com elas aprendemos e através delas nos renovamos.
Pensemos nisso! Confiemos!
Momento Espírita, com citações do Evangelho de Lucas, cap.9, versículo 23 e da Epístola aos Efésios, cap. V, vers. 22 a 24.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Benfeitora
A dor tem sido, em todas as épocas da Humanidade, uma constante entre os seres.
Instala-se de forma inesperada e passa, a partir daí, a ser o centro das atenções, modificando planos, alterando rumos.
Quando detestada, suas reacções são violentas, tornando-se ainda mais forte.
Quando aceita, seus efeitos são mais brandos.
A verdade é que a dor se faz conhecida de todos e ninguém pode lhe impedir a presença.
Ela assume as mais variadas facetas e depois que encerra um ciclo, prepara, para um novo cometimento, a sua oportuna aparição.
Ora são as dificuldades económicas que afligem, ora a solidão afectiva que o dinheiro não consegue aplacar.
Ali é o ódio que dilacera os tecidos íntimos do ser, acolá são as garras das enfermidades irreversíveis que reduzem a pó as mais sinceras esperanças.
São amores que partem para o outro plano da vida, sem nem mesmo um último adeus.
São mentiras que destroem sonhos e afastam corações amigos.
A dor, como ferramenta divina de depuração, submete e atinge, sem excepção, todas as criaturas.
Os prepotentes, que a desconsideram, não chegam ao termo da jornada sem lhe experimentar a companhia.
Os orgulhosos, que a desprezam, considerando-se inalcançáveis, encontram-na logo adiante.
Seu cerco é invencível.
Instrumento da Lei de Deus, a dor serve como benfeitora anónima que a todos visita.
Sua acção não é resultado do acaso, tampouco pode ser considerada como uma ocorrência injusta.
Nossas atribulações nada mais são do que consequências de equívocos do passado, exigindo a cabível reparação e o devido resgate.
São repercussões da violação das Leis Divinas.
São ocasiões benditas de aprendizado e refazimento.
A dor, que a muitos amesquinha, humilha e atordoa, deve constituir estímulo de crescimento e evolução, a fim de que alcancemos a grande vitória sobre nós mesmos.
Não temamos. Não nos deixemos dominar pelo sofrimento e pela sensação de auto-comiseração.
Quando um motivo de dor ou de contrariedade nos atingir, elevemo-nos acima das circunstâncias, dominando os impulsos de impaciência, de cólera ou de desespero.
Podemos, pela própria vontade, domar ou vencer a dor, ou, pelo menos, fazer dela meio de elevação.
A dor serve para polir, lapidar, esculpir e edificar as verdadeiras qualidades do Espírito imortal.
Lembremo-nos: bem-aventurados os aflitos porque têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus.
E porque passada a tempestade, eles terão as alegrias que lhes faltam na Terra.
A felicidade não é deste mundo.
A dor será necessária enquanto os homens não pautarem seus actos, pensamentos e palavras de acordo com as Leis eternas.
Todas as aflições do presente são frutos de um passado equivocado.
Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor são condições essenciais à felicidade.
Há pessoas que detêm tudo o que falta a outros e também não se sentem felizes.
Utilizemos a fé como remédio certo para o sofrimento.
Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombra do presente.
Momento Espírita, com base no cap.4, Do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL; no cap. 5, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec e no cap. XXVI, pt. 3, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Instala-se de forma inesperada e passa, a partir daí, a ser o centro das atenções, modificando planos, alterando rumos.
Quando detestada, suas reacções são violentas, tornando-se ainda mais forte.
Quando aceita, seus efeitos são mais brandos.
A verdade é que a dor se faz conhecida de todos e ninguém pode lhe impedir a presença.
Ela assume as mais variadas facetas e depois que encerra um ciclo, prepara, para um novo cometimento, a sua oportuna aparição.
Ora são as dificuldades económicas que afligem, ora a solidão afectiva que o dinheiro não consegue aplacar.
Ali é o ódio que dilacera os tecidos íntimos do ser, acolá são as garras das enfermidades irreversíveis que reduzem a pó as mais sinceras esperanças.
São amores que partem para o outro plano da vida, sem nem mesmo um último adeus.
São mentiras que destroem sonhos e afastam corações amigos.
A dor, como ferramenta divina de depuração, submete e atinge, sem excepção, todas as criaturas.
Os prepotentes, que a desconsideram, não chegam ao termo da jornada sem lhe experimentar a companhia.
Os orgulhosos, que a desprezam, considerando-se inalcançáveis, encontram-na logo adiante.
Seu cerco é invencível.
Instrumento da Lei de Deus, a dor serve como benfeitora anónima que a todos visita.
Sua acção não é resultado do acaso, tampouco pode ser considerada como uma ocorrência injusta.
Nossas atribulações nada mais são do que consequências de equívocos do passado, exigindo a cabível reparação e o devido resgate.
São repercussões da violação das Leis Divinas.
São ocasiões benditas de aprendizado e refazimento.
A dor, que a muitos amesquinha, humilha e atordoa, deve constituir estímulo de crescimento e evolução, a fim de que alcancemos a grande vitória sobre nós mesmos.
Não temamos. Não nos deixemos dominar pelo sofrimento e pela sensação de auto-comiseração.
Quando um motivo de dor ou de contrariedade nos atingir, elevemo-nos acima das circunstâncias, dominando os impulsos de impaciência, de cólera ou de desespero.
Podemos, pela própria vontade, domar ou vencer a dor, ou, pelo menos, fazer dela meio de elevação.
A dor serve para polir, lapidar, esculpir e edificar as verdadeiras qualidades do Espírito imortal.
Lembremo-nos: bem-aventurados os aflitos porque têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus.
E porque passada a tempestade, eles terão as alegrias que lhes faltam na Terra.
A felicidade não é deste mundo.
A dor será necessária enquanto os homens não pautarem seus actos, pensamentos e palavras de acordo com as Leis eternas.
Todas as aflições do presente são frutos de um passado equivocado.
Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor são condições essenciais à felicidade.
Há pessoas que detêm tudo o que falta a outros e também não se sentem felizes.
Utilizemos a fé como remédio certo para o sofrimento.
Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombra do presente.
Momento Espírita, com base no cap.4, Do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL; no cap. 5, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec e no cap. XXVI, pt. 3, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
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Noventa segundos
A neurocientista americana Jill Bolte Taylor teve um derrame em 2008, aos trinta e sete anos.
Seu cérebro ficou comprometido de tal forma que, quando foi apresentada a uma simples conta de matemática, como um mais um, não sabia o que era o número um.
Hoje, totalmente recuperada, Jill vem pesquisando o funcionamento do cérebro e das emoções.
Oferece palestras e escreveu um livro sobre o que descobriu desde o Acidente Vascular Cerebral até a recuperação.
Revela que nossas emoções são originadas por descargas químicas na corrente sanguínea.
Dessa forma, diante de um estímulo, nosso corpo reage movido por substâncias que permanecem durante um tempo no sangue.
Depois, o organismo absorve essas substâncias e volta ao normal.
A doutora Jill explica que a raiva e outras emoções são respostas programadas que podem ser disparadas automaticamente.
Diz ela: Uma vez desencadeada, a química liberada por meu cérebro percorre meu corpo e tenho a experiência fisiológica.
Noventa segundos depois do disparo inicial, o componente químico da raiva dissipou-se completamente do meu sangue e minha resposta automática está encerrada.
Se, porém, me mantenho zangada depois desses noventa segundos, é porque escolhi manter o circuito rodando.
Essa constatação da doutora Jill nos faz reflectir.
Se as emoções, entre elas a raiva, são reacções que podem ocorrer, automaticamente mas, a química que liberam dura apenas noventa segundos em nós, por que, então, nos permitimos sentir raiva por horas, dias, semanas, meses e anos?
Porque escolhemos continuar sentindo raiva, seria a resposta da pesquisadora.
Quantas vezes sentimos raiva de alguém ou de alguma situação, por muito tempo?
Quantas vezes escolhemos continuar alimentando raiva de uma pessoa que nos magoou, ou que simplesmente não atendeu nossas expectativas?
As causas que disparam a emoção da raiva podem ser muitas, mas o tempo de permanência desse sentimento em nós é uma escolha.
Quando o Mestre Jesus nos disse para perdoarmos setenta vezes sete vezes, ele nos deu a chave para não sentirmos raiva, para não desejarmos vingança.
Porém, nosso orgulho nos domina e, muitas vezes, nos induz a atos dos quais nos arrependeremos num futuro próximo.
Alimentar a raiva é contaminar-se diariamente e enviar aos que nos rodeiam vibrações carregadas de negatividade.
Também comprometer nosso organismo, envenenar órgãos nobres, criando possibilidades para o aparecimento de enfermidades.
Mas, como podemos evitar que sentimentos negativos perdurem em nós?
Primeiramente, observando a nós mesmos.
Porque nos irritamos?
Porque nos abalamos tanto com o que os outros fazem e falam?
Se conseguirmos observar o outro que nos fere e tentar compreender o que o move, talvez possamos perceber um irmão ferido, doente, que sofre e ainda não tem condição de agir de outra forma.
Não temos controle sobre a forma do nosso próximo agir, mas podemos controlar a forma como nós reagiremos ao que ele nos apresenta.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no livro A cientista que curou seu próprio cérebro, de Jill Bolte Taylor, ed. Ediouro.
§.§.§- Ave sem Ninho
Seu cérebro ficou comprometido de tal forma que, quando foi apresentada a uma simples conta de matemática, como um mais um, não sabia o que era o número um.
Hoje, totalmente recuperada, Jill vem pesquisando o funcionamento do cérebro e das emoções.
Oferece palestras e escreveu um livro sobre o que descobriu desde o Acidente Vascular Cerebral até a recuperação.
Revela que nossas emoções são originadas por descargas químicas na corrente sanguínea.
Dessa forma, diante de um estímulo, nosso corpo reage movido por substâncias que permanecem durante um tempo no sangue.
Depois, o organismo absorve essas substâncias e volta ao normal.
A doutora Jill explica que a raiva e outras emoções são respostas programadas que podem ser disparadas automaticamente.
Diz ela: Uma vez desencadeada, a química liberada por meu cérebro percorre meu corpo e tenho a experiência fisiológica.
Noventa segundos depois do disparo inicial, o componente químico da raiva dissipou-se completamente do meu sangue e minha resposta automática está encerrada.
Se, porém, me mantenho zangada depois desses noventa segundos, é porque escolhi manter o circuito rodando.
Essa constatação da doutora Jill nos faz reflectir.
Se as emoções, entre elas a raiva, são reacções que podem ocorrer, automaticamente mas, a química que liberam dura apenas noventa segundos em nós, por que, então, nos permitimos sentir raiva por horas, dias, semanas, meses e anos?
Porque escolhemos continuar sentindo raiva, seria a resposta da pesquisadora.
Quantas vezes sentimos raiva de alguém ou de alguma situação, por muito tempo?
Quantas vezes escolhemos continuar alimentando raiva de uma pessoa que nos magoou, ou que simplesmente não atendeu nossas expectativas?
As causas que disparam a emoção da raiva podem ser muitas, mas o tempo de permanência desse sentimento em nós é uma escolha.
Quando o Mestre Jesus nos disse para perdoarmos setenta vezes sete vezes, ele nos deu a chave para não sentirmos raiva, para não desejarmos vingança.
Porém, nosso orgulho nos domina e, muitas vezes, nos induz a atos dos quais nos arrependeremos num futuro próximo.
Alimentar a raiva é contaminar-se diariamente e enviar aos que nos rodeiam vibrações carregadas de negatividade.
Também comprometer nosso organismo, envenenar órgãos nobres, criando possibilidades para o aparecimento de enfermidades.
Mas, como podemos evitar que sentimentos negativos perdurem em nós?
Primeiramente, observando a nós mesmos.
Porque nos irritamos?
Porque nos abalamos tanto com o que os outros fazem e falam?
Se conseguirmos observar o outro que nos fere e tentar compreender o que o move, talvez possamos perceber um irmão ferido, doente, que sofre e ainda não tem condição de agir de outra forma.
Não temos controle sobre a forma do nosso próximo agir, mas podemos controlar a forma como nós reagiremos ao que ele nos apresenta.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no livro A cientista que curou seu próprio cérebro, de Jill Bolte Taylor, ed. Ediouro.
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Não sei...
Algumas pessoas passam pela vida perguntando se vale a pena tanto sofrimento...
Se tanta correria vai nos levar a algum lugar, nesse curto tempo de uma vida.
Se o desamor e a miséria, que nos rodeiam, merecem nosso esforço por algo, ou alguém, ainda hoje.
Se a vida que temos nos levará a sentirmos mais paz e alegria, algum dia.
Muitas são as nossas dúvidas, quando desprovidos de conhecimentos maiores.
Diversas inquietudes nos movimentam a mente que se encontra sem um porto seguro.
A incredulidade cria forças frente aos desatinos que se presencia a todo instante.
Por vezes, temos a impressão de que deve existir algo mais positivo, mas não registamos claramente, ainda.
Sentimos ter recurso valioso, em nosso interior profundo, mas vivenciamos tudo, automaticamente, no exterior.
E, por esse não entendimento da vida e do tempo, nos equivocamos.
Em muitas oportunidades, amamos apenas aos que nos amam, e deixamos às margens de nosso querer, outros que caminham ao nosso lado...
Auxiliamos a quem nos auxilia, e nem observamos os que choram suas necessidades em nosso caminho...
Oferecemos aos nossos filhos o melhor que sabemos, temos, e podemos, e ignoramos a criança faminta que pede um pão...
Tantas dúvidas permeiam nossos dias na Terra...
Somente quando a vida nos leva a reflexões maiores, passamos a compreender o seu real sentido.
Aprendemos que a realidade que somos e vivemos, é uma grande oportunidade de crescimento interior.
Nada de bom ou de ruim nos chega por mero acaso, desde que acaso não existe nos planos Divinos.
Aprendemos que o sofrimento é lição para a alma se aprimorar, na grande e libertadora escola da vida.
Que a solidariedade nos faz mais felizes ao vermos a alegria no olhar do irmão atendido.
Que nosso gesto de carinho para quem sofre nos inunda de sentimentos até então desconhecidos.
Que a oração que elevamos aos céus nos deixa mais leves e satisfeitos com a vida que temos.
Compreender o real sentido da vida nos leva a sair de nós mesmos e seguir ao encontro do outro.
A exigirmos menos de tudo o que nos cerca e a darmos mais do que possuímos.
A valorizarmos o que antes não percebíamos e a deixar de lado o que nada nos acrescenta.
A nos preocuparmos mais com o que fazemos e menos com o que os outros fazem.
E, a percebermos que o que fazemos na vida e da vida, é responsabilidade nossa.
Aquilo que o outro faz é problema dele.
Enfim, a entendermos, mais e melhor, as palavras da grande poetisa, Cora Coralina, quando regista:
Não sei... Se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura... enquanto durar.
Momento Espírita, com transcrição de versos da poesia Não sei, de Cora Coralina, disponível no site http://www.tempodepoesia.name/naosei_cc.htm
§.§.§- Ave sem Ninho
Se tanta correria vai nos levar a algum lugar, nesse curto tempo de uma vida.
Se o desamor e a miséria, que nos rodeiam, merecem nosso esforço por algo, ou alguém, ainda hoje.
Se a vida que temos nos levará a sentirmos mais paz e alegria, algum dia.
Muitas são as nossas dúvidas, quando desprovidos de conhecimentos maiores.
Diversas inquietudes nos movimentam a mente que se encontra sem um porto seguro.
A incredulidade cria forças frente aos desatinos que se presencia a todo instante.
Por vezes, temos a impressão de que deve existir algo mais positivo, mas não registamos claramente, ainda.
Sentimos ter recurso valioso, em nosso interior profundo, mas vivenciamos tudo, automaticamente, no exterior.
E, por esse não entendimento da vida e do tempo, nos equivocamos.
Em muitas oportunidades, amamos apenas aos que nos amam, e deixamos às margens de nosso querer, outros que caminham ao nosso lado...
Auxiliamos a quem nos auxilia, e nem observamos os que choram suas necessidades em nosso caminho...
Oferecemos aos nossos filhos o melhor que sabemos, temos, e podemos, e ignoramos a criança faminta que pede um pão...
Tantas dúvidas permeiam nossos dias na Terra...
Somente quando a vida nos leva a reflexões maiores, passamos a compreender o seu real sentido.
Aprendemos que a realidade que somos e vivemos, é uma grande oportunidade de crescimento interior.
Nada de bom ou de ruim nos chega por mero acaso, desde que acaso não existe nos planos Divinos.
Aprendemos que o sofrimento é lição para a alma se aprimorar, na grande e libertadora escola da vida.
Que a solidariedade nos faz mais felizes ao vermos a alegria no olhar do irmão atendido.
Que nosso gesto de carinho para quem sofre nos inunda de sentimentos até então desconhecidos.
Que a oração que elevamos aos céus nos deixa mais leves e satisfeitos com a vida que temos.
Compreender o real sentido da vida nos leva a sair de nós mesmos e seguir ao encontro do outro.
A exigirmos menos de tudo o que nos cerca e a darmos mais do que possuímos.
A valorizarmos o que antes não percebíamos e a deixar de lado o que nada nos acrescenta.
A nos preocuparmos mais com o que fazemos e menos com o que os outros fazem.
E, a percebermos que o que fazemos na vida e da vida, é responsabilidade nossa.
Aquilo que o outro faz é problema dele.
Enfim, a entendermos, mais e melhor, as palavras da grande poetisa, Cora Coralina, quando regista:
Não sei... Se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura... enquanto durar.
Momento Espírita, com transcrição de versos da poesia Não sei, de Cora Coralina, disponível no site http://www.tempodepoesia.name/naosei_cc.htm
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Auto-avaliação
Com tantas dificuldades em nossas vidas na Terra, muito nos equivocamos.
É comum, ao não conseguirmos alcançar os resultados desejados, colocarmos nos outros a culpa pelos nossos fracassos.
Sem reais fundamentos, nos entregamos a reclamações.
Embora nossos olhos estejam estrategicamente posicionados para olhar para fora, devemos aprender a olhar para dentro de nós mesmos.
E dessa forma, quando um fracasso acontecer, quando a decepção nos alcançar ou a indignação alheia nos ferir, é o momento exacto de nos questionarmos:
Onde foi que eu falhei?
Em que ponto necessito agir melhor?
Meu esforço e dedicação ao objectivo desejado têm sido suficientes?
Muitos acreditamos que o sucesso deva cair em nossas mãos milagrosamente, mas, na verdade, sua concretização só se torna possível quando nos esforçamos para conquistá-lo.
Para isso é necessário ter muito claro em nós o que realmente queremos, qual a meta que buscamos alcançar.
E, quando surgirem as dificuldades, não devemos desistir ou adiar nossos projectos, mas enfrentá-las corajosamente para superá-las, por mais desafiadoras nos pareçam.
Dar o primeiro passo para essa mudança pode parecer difícil, mas é imprescindível para possibilitar que qualquer empreendimento possa ser bem sucedido.
Os que já alcançaram o sucesso, na busca de seus interesses, com certeza, deram esse passo.
Precisamos planear nossa sonhada realização, estudar os possíveis desafios, conhecer o percurso, caminhar no rumo certo.
Dificuldades no trabalho podem ser apenas a indicação de que estamos necessitando de reciclagem.
Complicações nos relacionamentos pessoais podem significar que precisamos rever nossa maneira de tratar as demais pessoas.
Descrença, desânimo, depressão, muitas vezes estão a pedir um exame criterioso para avaliarmos nossos reais interesses e nossa maneira de viver.
Da mesma forma que um académico passa por avaliações no seu desempenho escolar, precisamos de avaliações nas práticas diárias da vida.
Por vezes nos deixamos levar pelo automatismo, sem avaliar se nossas atitudes são as mais adequadas.
Estudar, actualizar-se, aprender sempre mais, nos fará sentir maior segurança, crescer intelectual e moralmente.
Por outro lado, não devemos esquecer da nossa realidade espiritual, pois somos Espíritos imortais, estagiando na Terra para progredir.
Pensamentos positivos e optimistas nos clareiam o caminho.
Leituras esclarecedoras nos proporcionam novas ideias.
Músicas elevadas harmonizam e enobrecem nosso clima interior.
Conversas construtivas e edificantes nos enriquecem interiormente e descortinam novos horizontes, novas possibilidades.
Meditações nos permitem identificar nossos pontos frágeis, e nos inspiram melhores formas de agir.
Orações de louvor e agradecimento - sempre temos algo a agradecer - nos permitem a sintonia com o Pai Criador, com as esferas elevadas, através das quais haurimos as benesses divinas...
Auto-avaliação, auto-análise e auto-aprimoramento são ferramentas imprescindíveis à nossa evolução.
O mundo pode estar um caos, a vida um redemoinho, mas nós devemos lutar por permanecermos firmes.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
É comum, ao não conseguirmos alcançar os resultados desejados, colocarmos nos outros a culpa pelos nossos fracassos.
Sem reais fundamentos, nos entregamos a reclamações.
Embora nossos olhos estejam estrategicamente posicionados para olhar para fora, devemos aprender a olhar para dentro de nós mesmos.
E dessa forma, quando um fracasso acontecer, quando a decepção nos alcançar ou a indignação alheia nos ferir, é o momento exacto de nos questionarmos:
Onde foi que eu falhei?
Em que ponto necessito agir melhor?
Meu esforço e dedicação ao objectivo desejado têm sido suficientes?
Muitos acreditamos que o sucesso deva cair em nossas mãos milagrosamente, mas, na verdade, sua concretização só se torna possível quando nos esforçamos para conquistá-lo.
Para isso é necessário ter muito claro em nós o que realmente queremos, qual a meta que buscamos alcançar.
E, quando surgirem as dificuldades, não devemos desistir ou adiar nossos projectos, mas enfrentá-las corajosamente para superá-las, por mais desafiadoras nos pareçam.
Dar o primeiro passo para essa mudança pode parecer difícil, mas é imprescindível para possibilitar que qualquer empreendimento possa ser bem sucedido.
Os que já alcançaram o sucesso, na busca de seus interesses, com certeza, deram esse passo.
Precisamos planear nossa sonhada realização, estudar os possíveis desafios, conhecer o percurso, caminhar no rumo certo.
Dificuldades no trabalho podem ser apenas a indicação de que estamos necessitando de reciclagem.
Complicações nos relacionamentos pessoais podem significar que precisamos rever nossa maneira de tratar as demais pessoas.
Descrença, desânimo, depressão, muitas vezes estão a pedir um exame criterioso para avaliarmos nossos reais interesses e nossa maneira de viver.
Da mesma forma que um académico passa por avaliações no seu desempenho escolar, precisamos de avaliações nas práticas diárias da vida.
Por vezes nos deixamos levar pelo automatismo, sem avaliar se nossas atitudes são as mais adequadas.
Estudar, actualizar-se, aprender sempre mais, nos fará sentir maior segurança, crescer intelectual e moralmente.
Por outro lado, não devemos esquecer da nossa realidade espiritual, pois somos Espíritos imortais, estagiando na Terra para progredir.
Pensamentos positivos e optimistas nos clareiam o caminho.
Leituras esclarecedoras nos proporcionam novas ideias.
Músicas elevadas harmonizam e enobrecem nosso clima interior.
Conversas construtivas e edificantes nos enriquecem interiormente e descortinam novos horizontes, novas possibilidades.
Meditações nos permitem identificar nossos pontos frágeis, e nos inspiram melhores formas de agir.
Orações de louvor e agradecimento - sempre temos algo a agradecer - nos permitem a sintonia com o Pai Criador, com as esferas elevadas, através das quais haurimos as benesses divinas...
Auto-avaliação, auto-análise e auto-aprimoramento são ferramentas imprescindíveis à nossa evolução.
O mundo pode estar um caos, a vida um redemoinho, mas nós devemos lutar por permanecermos firmes.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Noite Inexcedível
Vivia-se o período da supremacia do poder absoluto sobre as pessoas e as nações.
O ser humano era, de alguma sorte, alimária submetida ao jugo das paixões dos conquistadores impiedosos e dos regimes perversos.
Os direitos repousavam nos poderes execrandos que não distinguiam justos de injustos, nobres de serviçais, todos colocados na mesma lixeira de degradação gerada pelos fâmulos das glórias mentirosas de um dia.
A Terra estorcegava sob as legiões romanas que, embora tolerassem alguns cultos dos vencidos e as suas tradições, estorquiam ao máximo todas as possibilidades de sobrevivência, mediante impostos absurdos e perseguições sem nome.
Esplendia o Império em glórias da literatura, da arte, da beleza, mas, sobretudo, da guerra.
Espalhadas, praticamente, por quase todo o mundo conhecido, não havia fronteiras para delimitar o poder de Roma, que se assenhoreara do planeta através das suas forças poderosas.
Antes desse período, Alexandre Magno, da Macedónia, Ciro, rei dos persas, Aníbal, o cartaginês e outros sicários dos povos haviam passado, deixando rastros de destruição e de desgraça, assinalando as suas conquistas com o pesado tributo das vidas que eram arrebatadas.
O mundo sofria a opressão dos mais perversos e a lei era sempre aplicada pelas armas de aniquilamento das vidas.
Israel havia perdido a direcção do seu pensamento vinculado ao Deus único, padecendo as injunções arbitrárias dos seus governantes insanos, encontrando-se sob o jugo de Herodes, o Grande, que nem sequer era judeu, mas idumeu.
Tentando harmonizar a sua origem com a raça hebreia, casou-se com Marianne, de origem hasmoniana, filha de nobre sacerdote do Templo, a quem mandou matar por inconcebível suspeita de adultério, como fizera com alguns dos seus próprios filhos, temendo que lhe tomassem o poder.
Tentando diminuir os ódios da raça que administrava, encarregou-se de embelezar o Templo, adornando-o com uma parreira de ouro maciço numa das laterais de entrada, e continuando a construção grandiosa, que seria derrubada por Tito, no ano 70 d. C., não ficando pedra sobre pedra.
O seu execrando governo deixou marcas inapagáveis de imoralidade e de perversão por toda parte, facultando que o povo sofresse todos os tipos de perseguição e aumentasse a sanha dos ódios entre as diferentes classes.
A religião descera ao fundo do poço do desrespeito às leis mosaicas e às tradições proféticas, tornando-se um negócio rendoso que engabelava os frequentadores do Templo de Jerusalém e das sinagogas, mais caracterizados pelos formalismos do que, realmente, pelo significado espiritual que desaparecera quase em totalidade.
Raros, eram os sacerdotes escrupulosos e respeitáveis, porquanto a imensa maioria se encontrava mancomunada com os governantes em lamentáveis conciliábulos de exploração da ignorância e da superstição.
* * *
É nesse clima de hostilidades e no surgimento de uma fase nova na governança do Império romano, que nasceu Jesus.
Contrastando com as construções luxuosas e as hospedarias erguidas no fausto e na ostentação, Ele veio ter com a Humanidade numa gruta modesta de calcário nas cercanias de Belém, numa noite arrebatadora de estrelas fulgurantes em verdadeira orquestração de luzes.
Ao invés da presença da elite em torno do seu berço e dos destacados administradores do país, esteve cercado pelos pais e pelos animais domésticos que dormiam na modesta brecha da Natureza.
O vento frio que soprava no exterior não perturbava o aquecimento pela fogueira no pequenino espaço em que Ele dormia.
Nada obstante, uma insuperável musicalidade angélica esparzia as vibrações harmónicas em toda parte, anunciando a chegada à Terra do Seu Rei e Senhor.
Nunca mais o opróbrio ganharia prémios nem se destacaria nas comunidades humanas, porque Ele viera para que os oprimidos experimentassem o arrebentar das grilhetas, os vencidos pudessem respirar o ar balsâmico da liberdade, os infelizes tivessem ensejo de cultivar a esperança e os abandonados recebessem carinho onde quer que se encontrassem.
Jesus foi o Homem que demarcou a História com a Sua presença, assinalando-lhe todos os fastos antes e depois da Sua estada entre nós.
Mais tarde, atendendo às injunções tradicionais, Seus pais levaram-nO ao Templo, onde foi reconhecido como o Messias e distinguido por Simeão e Ana que logo O identificaram.
Ainda jovem, retornou ao grande santuário durante as celebrações da Páscoa, que mais tarde se tornarão trágicas, enfrentando os astutos sacerdotes num diálogo extraordinário, a todos confundindo com a Sua palavra excepcional.
(...)E, posteriormente, saiu a ensinar o amor e a vivê-lo em toda a sua gloriosa dimensão, modificando a paisagem humana do planeta que, embora ainda não haja absorvido todos os Seus ensinamentos, caminha, inexoravelmente, para o clímax após a transição que hoje experimenta.
Jesus não é um símbolo da grandeza do amor, mas o Amor mesmo em nome do Pai, alterando a legislação dos homens, sempre interesseiros, e da governança, invariavelmente injusta, em novas condutas para a felicidade dos povos.
Sob todos os aspectos considerados, é excepcional o Seu ministério terrestre e incomparável a Sua dedicação.
Ruiu o Império Romano, outros o sucederam, modificaram-se as organizações terrestres, a Sua doutrina foi ultrajada pelos interesses mesquinhos dos infiéis seguidores, mas ela permanece imutável na mensagem moral de que se reveste, renascendo sob outras formas de dedicação e de caridade, como caminhos de auto-iluminação e de vida para todas as criaturas.
Logo mais, celebrar-se-ão as festas evocativas daquela noite inexcedível.
Faz silêncio de oração e deixa-te mimetizar pelo psiquismo do Mestre a quem amas, dedicando a tua existência ao serviço de amor, nestes tormentosos dias da Humanidade.
Não permitas que o Natal seja apenas uma festa vulgar de trocas de presentes e de comilanças, mas, sobretudo, de espiritualidade, contribuindo para que a dor seja menos sofrida e o desespero ceda lugar à alegria em memória dEle, o Conquistador inconquistado.
§.§.§- Ave sem Ninho
O ser humano era, de alguma sorte, alimária submetida ao jugo das paixões dos conquistadores impiedosos e dos regimes perversos.
Os direitos repousavam nos poderes execrandos que não distinguiam justos de injustos, nobres de serviçais, todos colocados na mesma lixeira de degradação gerada pelos fâmulos das glórias mentirosas de um dia.
A Terra estorcegava sob as legiões romanas que, embora tolerassem alguns cultos dos vencidos e as suas tradições, estorquiam ao máximo todas as possibilidades de sobrevivência, mediante impostos absurdos e perseguições sem nome.
Esplendia o Império em glórias da literatura, da arte, da beleza, mas, sobretudo, da guerra.
Espalhadas, praticamente, por quase todo o mundo conhecido, não havia fronteiras para delimitar o poder de Roma, que se assenhoreara do planeta através das suas forças poderosas.
Antes desse período, Alexandre Magno, da Macedónia, Ciro, rei dos persas, Aníbal, o cartaginês e outros sicários dos povos haviam passado, deixando rastros de destruição e de desgraça, assinalando as suas conquistas com o pesado tributo das vidas que eram arrebatadas.
O mundo sofria a opressão dos mais perversos e a lei era sempre aplicada pelas armas de aniquilamento das vidas.
Israel havia perdido a direcção do seu pensamento vinculado ao Deus único, padecendo as injunções arbitrárias dos seus governantes insanos, encontrando-se sob o jugo de Herodes, o Grande, que nem sequer era judeu, mas idumeu.
Tentando harmonizar a sua origem com a raça hebreia, casou-se com Marianne, de origem hasmoniana, filha de nobre sacerdote do Templo, a quem mandou matar por inconcebível suspeita de adultério, como fizera com alguns dos seus próprios filhos, temendo que lhe tomassem o poder.
Tentando diminuir os ódios da raça que administrava, encarregou-se de embelezar o Templo, adornando-o com uma parreira de ouro maciço numa das laterais de entrada, e continuando a construção grandiosa, que seria derrubada por Tito, no ano 70 d. C., não ficando pedra sobre pedra.
O seu execrando governo deixou marcas inapagáveis de imoralidade e de perversão por toda parte, facultando que o povo sofresse todos os tipos de perseguição e aumentasse a sanha dos ódios entre as diferentes classes.
A religião descera ao fundo do poço do desrespeito às leis mosaicas e às tradições proféticas, tornando-se um negócio rendoso que engabelava os frequentadores do Templo de Jerusalém e das sinagogas, mais caracterizados pelos formalismos do que, realmente, pelo significado espiritual que desaparecera quase em totalidade.
Raros, eram os sacerdotes escrupulosos e respeitáveis, porquanto a imensa maioria se encontrava mancomunada com os governantes em lamentáveis conciliábulos de exploração da ignorância e da superstição.
* * *
É nesse clima de hostilidades e no surgimento de uma fase nova na governança do Império romano, que nasceu Jesus.
Contrastando com as construções luxuosas e as hospedarias erguidas no fausto e na ostentação, Ele veio ter com a Humanidade numa gruta modesta de calcário nas cercanias de Belém, numa noite arrebatadora de estrelas fulgurantes em verdadeira orquestração de luzes.
Ao invés da presença da elite em torno do seu berço e dos destacados administradores do país, esteve cercado pelos pais e pelos animais domésticos que dormiam na modesta brecha da Natureza.
O vento frio que soprava no exterior não perturbava o aquecimento pela fogueira no pequenino espaço em que Ele dormia.
Nada obstante, uma insuperável musicalidade angélica esparzia as vibrações harmónicas em toda parte, anunciando a chegada à Terra do Seu Rei e Senhor.
Nunca mais o opróbrio ganharia prémios nem se destacaria nas comunidades humanas, porque Ele viera para que os oprimidos experimentassem o arrebentar das grilhetas, os vencidos pudessem respirar o ar balsâmico da liberdade, os infelizes tivessem ensejo de cultivar a esperança e os abandonados recebessem carinho onde quer que se encontrassem.
Jesus foi o Homem que demarcou a História com a Sua presença, assinalando-lhe todos os fastos antes e depois da Sua estada entre nós.
Mais tarde, atendendo às injunções tradicionais, Seus pais levaram-nO ao Templo, onde foi reconhecido como o Messias e distinguido por Simeão e Ana que logo O identificaram.
Ainda jovem, retornou ao grande santuário durante as celebrações da Páscoa, que mais tarde se tornarão trágicas, enfrentando os astutos sacerdotes num diálogo extraordinário, a todos confundindo com a Sua palavra excepcional.
(...)E, posteriormente, saiu a ensinar o amor e a vivê-lo em toda a sua gloriosa dimensão, modificando a paisagem humana do planeta que, embora ainda não haja absorvido todos os Seus ensinamentos, caminha, inexoravelmente, para o clímax após a transição que hoje experimenta.
Jesus não é um símbolo da grandeza do amor, mas o Amor mesmo em nome do Pai, alterando a legislação dos homens, sempre interesseiros, e da governança, invariavelmente injusta, em novas condutas para a felicidade dos povos.
Sob todos os aspectos considerados, é excepcional o Seu ministério terrestre e incomparável a Sua dedicação.
Ruiu o Império Romano, outros o sucederam, modificaram-se as organizações terrestres, a Sua doutrina foi ultrajada pelos interesses mesquinhos dos infiéis seguidores, mas ela permanece imutável na mensagem moral de que se reveste, renascendo sob outras formas de dedicação e de caridade, como caminhos de auto-iluminação e de vida para todas as criaturas.
Logo mais, celebrar-se-ão as festas evocativas daquela noite inexcedível.
Faz silêncio de oração e deixa-te mimetizar pelo psiquismo do Mestre a quem amas, dedicando a tua existência ao serviço de amor, nestes tormentosos dias da Humanidade.
Não permitas que o Natal seja apenas uma festa vulgar de trocas de presentes e de comilanças, mas, sobretudo, de espiritualidade, contribuindo para que a dor seja menos sofrida e o desespero ceda lugar à alegria em memória dEle, o Conquistador inconquistado.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um ingrediente especial
Solidão é algo que nos deixa, habitualmente, entristecidos.
Quando dizemos que desejamos ficar sós, que precisamos descansar do corre-corre diário, naturalmente desejamos algumas horas de tranquilidade.
Não estamos cogitando de nos retirarmos do convívio de familiares, amigos, conhecidos, para sempre.
Histórias de pessoas que ficaram isoladas em determinadas localidades, por um largo tempo, testemunham da necessidade de ouvirem a voz humana, uma outra, que não a sua própria.
Pessoas confinadas, por períodos largos, em isolamento, passam a sofrer certos distúrbios.
O homem foi criado para viver em sociedade.
No livro bíblico de Génesis, lê-se que Deus verificou que ao homem não seria bom viver só.
E lhe providencia uma companheira.
Nasciam ali as normativas de uma Lei Divina, a lei de sociedade.
Ter relações de vizinhança, de amizade é de suma importância para o ser humano.
Isso foi plenamente atestado pelo casal José, de oitenta e nove anos e Michele, de noventa e quatro, que mora sozinho, em um apartamento em Roma.
Isolados de contactos exteriores, certo dia, ambos tiveram um ataque de pânico.
Os seus gritos atraíram a atenção dos vizinhos, que accionaram a polícia.
Pensando se tratar de um assalto, quatro oficiais, que estavam em patrulha, nas proximidades, atenderam ao chamado.
Quando chegaram ao apartamento, constataram o isolamento e o pânico do casal.
Andrea, um dos policiais, se deu conta de que eles estavam desesperados por se sentirem sozinhos, esquecidos de todos.
Então, enquanto aguardava a ambulância, num gesto cheio de humanidade, foi para a cozinha e se pôs, simplesmente, a cozinhar esparguete com manteiga e queijo para os vovós.
Enquanto isso, os outros colegas se puseram a conversar com eles.
O resultado foi um autêntico jantar em família, sem cerimónias, servido ali mesmo, na cozinha.
Os idosos comeram e choraram.
Mas, suas lágrimas eram de alegria, por estranhos se importarem com eles.
Um gesto simples, mas de relevância para aqueles dois idosos, que se sentiam perdidos no mundo.
Para os policiais italianos, nada de mais cozinhar o esparguete, conversar, entretê-los enquanto chegava o socorro que os conduziria para um atendimento especializado.
Nada de mais a não ser um ingrediente muito, muito precioso: humanidade.
Dias actuais. Época de muita comunicação.
Sabemos o que ocorre em nossa aldeia global, em tempo real.
No entanto, são tempos em que também nos isolamos.
Vivendo em grandes edifícios, muitos desconhecemos os vizinhos do mesmo andar.
Somos desconhecidos, vivendo lado a lado, parede a parede.
Entramos e saímos dos elevadores sem erguer os olhos, sem nos cumprimentarmos, sem sabermos os nomes uns dos outros.
Precisamos tanto uns dos outros.
Aprendamos a viver com nossos vizinhos.
Afinal, eles são os mais próximos de nós, para o bom dia, o olho no olho, um sorriso, uma conversa rápida, um saber que não estamos sós.
Que, logo ali, estão pessoas com as quais podemos contar, um dia, em algum momento.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com informações colhidas no site www.sonoticiaboa.com.br.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quando dizemos que desejamos ficar sós, que precisamos descansar do corre-corre diário, naturalmente desejamos algumas horas de tranquilidade.
Não estamos cogitando de nos retirarmos do convívio de familiares, amigos, conhecidos, para sempre.
Histórias de pessoas que ficaram isoladas em determinadas localidades, por um largo tempo, testemunham da necessidade de ouvirem a voz humana, uma outra, que não a sua própria.
Pessoas confinadas, por períodos largos, em isolamento, passam a sofrer certos distúrbios.
O homem foi criado para viver em sociedade.
No livro bíblico de Génesis, lê-se que Deus verificou que ao homem não seria bom viver só.
E lhe providencia uma companheira.
Nasciam ali as normativas de uma Lei Divina, a lei de sociedade.
Ter relações de vizinhança, de amizade é de suma importância para o ser humano.
Isso foi plenamente atestado pelo casal José, de oitenta e nove anos e Michele, de noventa e quatro, que mora sozinho, em um apartamento em Roma.
Isolados de contactos exteriores, certo dia, ambos tiveram um ataque de pânico.
Os seus gritos atraíram a atenção dos vizinhos, que accionaram a polícia.
Pensando se tratar de um assalto, quatro oficiais, que estavam em patrulha, nas proximidades, atenderam ao chamado.
Quando chegaram ao apartamento, constataram o isolamento e o pânico do casal.
Andrea, um dos policiais, se deu conta de que eles estavam desesperados por se sentirem sozinhos, esquecidos de todos.
Então, enquanto aguardava a ambulância, num gesto cheio de humanidade, foi para a cozinha e se pôs, simplesmente, a cozinhar esparguete com manteiga e queijo para os vovós.
Enquanto isso, os outros colegas se puseram a conversar com eles.
O resultado foi um autêntico jantar em família, sem cerimónias, servido ali mesmo, na cozinha.
Os idosos comeram e choraram.
Mas, suas lágrimas eram de alegria, por estranhos se importarem com eles.
Um gesto simples, mas de relevância para aqueles dois idosos, que se sentiam perdidos no mundo.
Para os policiais italianos, nada de mais cozinhar o esparguete, conversar, entretê-los enquanto chegava o socorro que os conduziria para um atendimento especializado.
Nada de mais a não ser um ingrediente muito, muito precioso: humanidade.
Dias actuais. Época de muita comunicação.
Sabemos o que ocorre em nossa aldeia global, em tempo real.
No entanto, são tempos em que também nos isolamos.
Vivendo em grandes edifícios, muitos desconhecemos os vizinhos do mesmo andar.
Somos desconhecidos, vivendo lado a lado, parede a parede.
Entramos e saímos dos elevadores sem erguer os olhos, sem nos cumprimentarmos, sem sabermos os nomes uns dos outros.
Precisamos tanto uns dos outros.
Aprendamos a viver com nossos vizinhos.
Afinal, eles são os mais próximos de nós, para o bom dia, o olho no olho, um sorriso, uma conversa rápida, um saber que não estamos sós.
Que, logo ali, estão pessoas com as quais podemos contar, um dia, em algum momento.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com informações colhidas no site www.sonoticiaboa.com.br.
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Localização : Porto - Portugal
Ágape
Os gregos antigos eram muito sofisticados ao falar sobre o amor.
Segundo eles, era impossível utilizar uma única palavra para definir tudo aquilo que a nossa cultura chama, unicamente, amor.
Para eles, havia seis formas de amor, cada qual com suas características.
O primeiro tipo, o amor Eros, era nomeado assim por conta do deus grego da fertilidade, representando a ideia de paixão.
Eros era o amor capaz de dominar e eximir o ser de sua racionalidade.
Envolvia uma falta de controle, que assustava os gregos.
A segunda variedade, o Philia, era relativo à amizade, à fidelidade entre companheiros unidos por laços fraternos.
Essa forma de amor era muito mais valorizada do que a primeira.
O Ludus, terceira forma, guardava relação com a diversão, com a afeição, com as boas companhias e com o prazer de se estar ao lado de quem se quer bem.
O amor Àgape, quarto tipo, era a mais radical das formas.
Foi traduzido mais tarde para o latim como Caritas, do qual se originou o termo caridade.
Ágape representava o amor abnegado, desinteressado.
Aquele que se estende ao próximo, a fim de transformá-lo em um irmão.
Essa é a forma de amor ensinada na maioria das tradições religiosas.
No cristianismo, representa o amor divino que deve ser cultivado e estendido aos nossos semelhantes, seguindo o ensinamento de Jesus:
Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.
Ainda, o amor Pragma, o amor maduro, resultado de profundo entendimento, consideração, respeito e admiração, que se desenvolve entre casais de longo matrimónio e entre pessoas que convivem muitos anos.
Passadas as ilusões, deixam se levar pela alegria da convivência.
É o júbilo de saber que o outro ali está, em todos os momentos e circunstâncias, por mais difíceis e dolorosas que elas sejam.
Finalmente, a última forma, o amor Philautia ou auto-amor.
Não se trata de narcisismo, mas sim de uma maneira muito mais elevada de amor.
Os gregos entendiam que, quanto mais a criatura se ama, mais amor tem a oferecer.
De que forma entendemos o amor?
O que ele representa para nós?
Como damos, recebemos e vivenciamos o amor?
Entregamo-nos aos preceitos de Jesus, buscando o auto-amor, o amor ao próximo, o amor familiar e fraternal, o amor abnegado?
Ou ainda nos perdemos nas teias de Eros, das ilusões e paixões, dos interesses?
Qual a nossa verdadeira compreensão do que é o amor?
Importante se faz a reflexão a respeito.
Importante que analisemos nossas acções, nossos sentimentos, a fim de bem avaliarmos de que espécie é o amor que nos move.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, dizia o Apóstolo Paulo.
Pensemos nisso! Pensemos sobre o amor.
Busquemos o amor que se oferece, que é fiel, que vive a alegria de ver o outro feliz.
Vivenciemos o amor, em suas nuances mais sublimes, sempre, diária e constantemente.
Momento Espírita, com base na obra How should we live, de Roman Krznaric, ed. BlueBridge.
§.§.§- Ave sem Ninho
Segundo eles, era impossível utilizar uma única palavra para definir tudo aquilo que a nossa cultura chama, unicamente, amor.
Para eles, havia seis formas de amor, cada qual com suas características.
O primeiro tipo, o amor Eros, era nomeado assim por conta do deus grego da fertilidade, representando a ideia de paixão.
Eros era o amor capaz de dominar e eximir o ser de sua racionalidade.
Envolvia uma falta de controle, que assustava os gregos.
A segunda variedade, o Philia, era relativo à amizade, à fidelidade entre companheiros unidos por laços fraternos.
Essa forma de amor era muito mais valorizada do que a primeira.
O Ludus, terceira forma, guardava relação com a diversão, com a afeição, com as boas companhias e com o prazer de se estar ao lado de quem se quer bem.
O amor Àgape, quarto tipo, era a mais radical das formas.
Foi traduzido mais tarde para o latim como Caritas, do qual se originou o termo caridade.
Ágape representava o amor abnegado, desinteressado.
Aquele que se estende ao próximo, a fim de transformá-lo em um irmão.
Essa é a forma de amor ensinada na maioria das tradições religiosas.
No cristianismo, representa o amor divino que deve ser cultivado e estendido aos nossos semelhantes, seguindo o ensinamento de Jesus:
Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.
Ainda, o amor Pragma, o amor maduro, resultado de profundo entendimento, consideração, respeito e admiração, que se desenvolve entre casais de longo matrimónio e entre pessoas que convivem muitos anos.
Passadas as ilusões, deixam se levar pela alegria da convivência.
É o júbilo de saber que o outro ali está, em todos os momentos e circunstâncias, por mais difíceis e dolorosas que elas sejam.
Finalmente, a última forma, o amor Philautia ou auto-amor.
Não se trata de narcisismo, mas sim de uma maneira muito mais elevada de amor.
Os gregos entendiam que, quanto mais a criatura se ama, mais amor tem a oferecer.
De que forma entendemos o amor?
O que ele representa para nós?
Como damos, recebemos e vivenciamos o amor?
Entregamo-nos aos preceitos de Jesus, buscando o auto-amor, o amor ao próximo, o amor familiar e fraternal, o amor abnegado?
Ou ainda nos perdemos nas teias de Eros, das ilusões e paixões, dos interesses?
Qual a nossa verdadeira compreensão do que é o amor?
Importante se faz a reflexão a respeito.
Importante que analisemos nossas acções, nossos sentimentos, a fim de bem avaliarmos de que espécie é o amor que nos move.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, dizia o Apóstolo Paulo.
Pensemos nisso! Pensemos sobre o amor.
Busquemos o amor que se oferece, que é fiel, que vive a alegria de ver o outro feliz.
Vivenciemos o amor, em suas nuances mais sublimes, sempre, diária e constantemente.
Momento Espírita, com base na obra How should we live, de Roman Krznaric, ed. BlueBridge.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Desculpar
Procura motivos para desculpar tantos quantos te possam ter ofendido dessa ou daquela forma, com ou sem motivos aparentes, directa ou indirectamente, para que a vitória da paz, e a implantação da harmonia, em torno de teus passos não se demore a estabelecer.
É, certo que, o mal que te possam ter causado sem que “nada tenhas feito por merecer”, estará sendo apreciado cedo ou tarde pelo Tribunal da Justiça Divina, e que, em sendo assim, terás por certo teus direitos reconhecidos e, por conseguinte, quem te houver causado prejuízos de qualquer ordem, arcará, inevitavelmente, com as consequências dos actos e acções, indevidamente relacionados com teu nome.
Mas, como indivíduo encarnado num planeta de provas e expiações, bem distante da pureza espiritual, como nos informam os Espíritos Superiores, é prudente e até mesmo inteligente, procurar desculpar e esquecer o quanto já te mostres capaz, as possíveis falhas do teu semelhante em relação a ti, pois, do mesmo modo que te utilizar para julgar as palavras, actos e acções de teus irmãos, serás também, medido e pesado, pela Justiça Maior, com os respectivos instrumentos de que tenhas te servido, para que também tu, prestes contas dos teus desatinos frente à contabilidade Celeste.
Procura entender, que nem todos os que nos ofendem ou caluniam, o fazem por maldade, e sim por pura ignorância e, até, por motivos de infortúnio e desespero, a quem precisamos dar nossa cota de contribuição e empenho no socorro que devemos ofertar aos necessitados que nos pedem ajuda e compreensão no dia a dia de nossas vidas, concedendo-nos excelentes oportunidades de desenvolver em nós as virtudes divinas do amor no exercício da verdadeira caridade.
Quem, de nós, em sã consciência, poderá medir ou, sequer avaliar, a extensão das trevas nas mãos que se envolveram em crimes?
Quem, de nós, seres humanos estará suficientemente capacitado a tudo, para distinguir toda a extensão da dor e da necessidade que provoca em alguém o desespero e a revolta?
Acautela-te, portanto, ante todo aquele que te possa trazer dissabores ou prejuízos, buscando na oração o combustível da fé e da esperança, desculpando infinitamente a todos, deixando a cargo da Soberana Justiça do Universo o julgamento final e inequívoco, em benefício de todos, e, que em relação a ti, possa garantir paz e tranquilidade para que tua consciência se conserve harmonizada e em cumprimento das sábias e imutáveis Leis de Deus.
Josepha
§.§.§- Ave sem Ninho
É, certo que, o mal que te possam ter causado sem que “nada tenhas feito por merecer”, estará sendo apreciado cedo ou tarde pelo Tribunal da Justiça Divina, e que, em sendo assim, terás por certo teus direitos reconhecidos e, por conseguinte, quem te houver causado prejuízos de qualquer ordem, arcará, inevitavelmente, com as consequências dos actos e acções, indevidamente relacionados com teu nome.
Mas, como indivíduo encarnado num planeta de provas e expiações, bem distante da pureza espiritual, como nos informam os Espíritos Superiores, é prudente e até mesmo inteligente, procurar desculpar e esquecer o quanto já te mostres capaz, as possíveis falhas do teu semelhante em relação a ti, pois, do mesmo modo que te utilizar para julgar as palavras, actos e acções de teus irmãos, serás também, medido e pesado, pela Justiça Maior, com os respectivos instrumentos de que tenhas te servido, para que também tu, prestes contas dos teus desatinos frente à contabilidade Celeste.
Procura entender, que nem todos os que nos ofendem ou caluniam, o fazem por maldade, e sim por pura ignorância e, até, por motivos de infortúnio e desespero, a quem precisamos dar nossa cota de contribuição e empenho no socorro que devemos ofertar aos necessitados que nos pedem ajuda e compreensão no dia a dia de nossas vidas, concedendo-nos excelentes oportunidades de desenvolver em nós as virtudes divinas do amor no exercício da verdadeira caridade.
Quem, de nós, em sã consciência, poderá medir ou, sequer avaliar, a extensão das trevas nas mãos que se envolveram em crimes?
Quem, de nós, seres humanos estará suficientemente capacitado a tudo, para distinguir toda a extensão da dor e da necessidade que provoca em alguém o desespero e a revolta?
Acautela-te, portanto, ante todo aquele que te possa trazer dissabores ou prejuízos, buscando na oração o combustível da fé e da esperança, desculpando infinitamente a todos, deixando a cargo da Soberana Justiça do Universo o julgamento final e inequívoco, em benefício de todos, e, que em relação a ti, possa garantir paz e tranquilidade para que tua consciência se conserve harmonizada e em cumprimento das sábias e imutáveis Leis de Deus.
Josepha
§.§.§- Ave sem Ninho
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Que eu não tenha medo
Que eu não tenha medo de descobrir;
Que eu não tenha medo de ser descoberto;
De clamar e de sorrir.
Não tenha medo de fazer o certo.
Que eu não tenha medo de me expor;
De falar a verdade e de mudar o que penso.
Que eu não tenha medo de suportar a dor;
De jurar lealdade, de ouvir o bom senso.
Que eu não tema o ser que ainda sou,
Nem as máscaras que vou tirando;
Nem o lar para onde vou,
Nem as páginas que vou virando.
Que eu não tema chuva, tempestade, trovão;
Saiba ver adiante: calma, bondade e razão.
Que eu não tema os maus – todos voltam ao Pai.
Que eu não tema o mal – a ignorância um dia se esvai.
Que eu não tema mais...
O medo é um dos gigantes da alma.
Gigante que nos aturde, nos aflige, que tira a razão de ser de nossa existência.
O medo paralisa, o medo é uma força que não nos deixa andar.
E são tantos nossos temores...
Medo de dizer a verdade; medo de falar em público; medo de assumir que errou; de expressar o que sente; de mudar de posição; de mudar de emprego; medo de amar.
O Espírito Joanna de Ângelis afirma que na base de todos os medos, existem seis:
medo da morte; medo da velhice; medo da pobreza; medo da doença; medo da crítica e medo da perda de seres amados.
Se formos fazer uma análise mais profunda eles estão, sim, na nascente de todos nossos temores do dia a dia, desde os declarados aos mais secretos, às vezes até desconhecidos por nós.
E são eles que têm nos impedido de viver por completo, que têm nos feito impossível, por vezes, uma vida de entrega: entrega à uma causa, entrega ao outro, entrega aos nossos próprios princípios e valores.
Pois quem teme vive pela metade.
Quem teme em demasia fica a observar a vida pela janela, perdendo a oportunidade de respirar o ar puro lá de fora.
Simão Pedro, por medo dos poderosos do seu tempo, negou o amigo que o amava e a quem amava.
Judas, por medo de que Jesus não levasse a cabo os compromissos assumidos, vendeu o Benfeitor.
Os beneficiários das mãos misericordiosas do Mestre, por medo se omitiram, quando Ele foi levado ao holocausto.
Pilatos, por medo, indeciso e sem coragem, lavou as mãos quanto à vida do justo.
E Anás, Caifás, a multidão, com medo do homem livre, resolveram crucificá-lo.
Ele porém, não teve medo.
Pensa e busca-O nos momentos em que te sentires invadido pelo medo.
Inspira-te na coragem do Mestre e pede para que possas ter pelo menos uma pequena parte dela.
Reflicta. De onde vinha tal coragem?
No que pensava Jesus para ser portador de tal bravura em todos os momentos, em todos os desafios?
Verás que quando se tem o amor radiante na alma, não há espaço para a escuridão do medo.
Quando se ama só há confiança plena, certeza em forma de fé, fé em si, fé no futuro e fé em Deus.
Assim, ama e confia e não haverá mais medo em teu Espírito imortal.
Momento Espírita, com base no poema Que eu não tenha medo, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
Que eu não tenha medo de ser descoberto;
De clamar e de sorrir.
Não tenha medo de fazer o certo.
Que eu não tenha medo de me expor;
De falar a verdade e de mudar o que penso.
Que eu não tenha medo de suportar a dor;
De jurar lealdade, de ouvir o bom senso.
Que eu não tema o ser que ainda sou,
Nem as máscaras que vou tirando;
Nem o lar para onde vou,
Nem as páginas que vou virando.
Que eu não tema chuva, tempestade, trovão;
Saiba ver adiante: calma, bondade e razão.
Que eu não tema os maus – todos voltam ao Pai.
Que eu não tema o mal – a ignorância um dia se esvai.
Que eu não tema mais...
O medo é um dos gigantes da alma.
Gigante que nos aturde, nos aflige, que tira a razão de ser de nossa existência.
O medo paralisa, o medo é uma força que não nos deixa andar.
E são tantos nossos temores...
Medo de dizer a verdade; medo de falar em público; medo de assumir que errou; de expressar o que sente; de mudar de posição; de mudar de emprego; medo de amar.
O Espírito Joanna de Ângelis afirma que na base de todos os medos, existem seis:
medo da morte; medo da velhice; medo da pobreza; medo da doença; medo da crítica e medo da perda de seres amados.
Se formos fazer uma análise mais profunda eles estão, sim, na nascente de todos nossos temores do dia a dia, desde os declarados aos mais secretos, às vezes até desconhecidos por nós.
E são eles que têm nos impedido de viver por completo, que têm nos feito impossível, por vezes, uma vida de entrega: entrega à uma causa, entrega ao outro, entrega aos nossos próprios princípios e valores.
Pois quem teme vive pela metade.
Quem teme em demasia fica a observar a vida pela janela, perdendo a oportunidade de respirar o ar puro lá de fora.
Simão Pedro, por medo dos poderosos do seu tempo, negou o amigo que o amava e a quem amava.
Judas, por medo de que Jesus não levasse a cabo os compromissos assumidos, vendeu o Benfeitor.
Os beneficiários das mãos misericordiosas do Mestre, por medo se omitiram, quando Ele foi levado ao holocausto.
Pilatos, por medo, indeciso e sem coragem, lavou as mãos quanto à vida do justo.
E Anás, Caifás, a multidão, com medo do homem livre, resolveram crucificá-lo.
Ele porém, não teve medo.
Pensa e busca-O nos momentos em que te sentires invadido pelo medo.
Inspira-te na coragem do Mestre e pede para que possas ter pelo menos uma pequena parte dela.
Reflicta. De onde vinha tal coragem?
No que pensava Jesus para ser portador de tal bravura em todos os momentos, em todos os desafios?
Verás que quando se tem o amor radiante na alma, não há espaço para a escuridão do medo.
Quando se ama só há confiança plena, certeza em forma de fé, fé em si, fé no futuro e fé em Deus.
Assim, ama e confia e não haverá mais medo em teu Espírito imortal.
Momento Espírita, com base no poema Que eu não tenha medo, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Um simples número errado
Você já recebeu alguma ligação equivocada?
Alguém que telefona, por vezes, a horas mortas, fazendo com que seu coração se sobressalte e pareça bater descompassado no cérebro?
É bem possível que isso tenha ocorrido a muitos de nós.
Pessoas se equivocam ao digitar o número e a ligação nos chega e, antes que possamos esclarecer que não somos quem elas pensam, despejam o seu palavreado de forma desenfreada.
Esclarecido o equívoco, a pessoa se desculpa, e nada de extraordinário ocorre.
Mas, e se a pessoa que telefona é alguém em dificuldades e que esteja pedindo socorro?
A situação inusitada aconteceu com um gerente de vendas de automóveis, de nome Dang Vuong, no Reino Unido.
A idosa, do outro lado da linha, pensando se tratar da filha, com quem desejava se comunicar, foi logo dizendo que escorregara no banheiro enquanto tomava banho.
Ela parecia muito assustada. Dang não hesitou.
Disse que ela ficasse calma que ele a iria socorrer.
Num primeiro momento, pensou que ela residisse do outro lado da rua.
No entanto, logo descobriu que morava bem mais longe.
Quase cinco quilómetros do seu local de trabalho.
Pediu ao recepcionista da loja que a mantivesse ao telefone, enquanto ele apanhou o carro e dirigiu até a casa da desconhecida.
Quando chegou, encontrou-a caída no banheiro.
Ela parecia estar em choque, havia sangue no rosto e a banheira estava transbordando.
Ele se identificou, colocou-a no sofá, limpou-lhe a boca, que sangrava, cobriu-a com um cobertor.
Conseguiu o número do celular dos familiares e os notificou.
E ficou esperando até que chegasse a filha da senhora atendida.
Certificando-se de que ela se acalmara, estava bem e amparada, voltou ao seu local de trabalho.
É comum nos referirmos ao mundo global, em que vivemos, como um local muito frio, no qual ninguém se importa com ninguém.
Isso pode ser verdade, em parte.
No entanto, atitudes como a desse homem de trinta e quatro anos, que deixou tudo para atender uma desconhecida, que se deslocou quilómetros para socorrê-la, nos diz que há muito carinho e atenção sendo distribuídos pelo mundo;
Que, embora sejamos sete biliões de almas sobre esta Terra, continuamos a ser uma única e grande comunidade.
Uma comunidade de seres com necessidades, anseios.
Uma comunidade na qual uns aguardam e desejam o apoio do outro.
Enfim, uma aldeia em que os habitantes confiam que serão atendidos por seu irmão.
Em contrapartida, aquele que age com desprendimento, accionando os recursos em favor de quem necessita, doando o que tenha e doando-se, acredita que nada fez de excepcional.
Afinal, comenta, o próximo é o seu irmão, não importando onde resida, que nacionalidade seja a sua, em que idioma se expresse.
Esse é o verdadeiro virtuoso.
Age de forma espontânea, com desprendimento, e acredita nada ter feito de excepcional.
Nada além do que qualquer pessoa faria...
Aprendamos com essas criaturas.
Momento Espírita, com facto extraído do site www.sonoticiaboa.com.br.
§.§.§- Ave sem Ninho
Alguém que telefona, por vezes, a horas mortas, fazendo com que seu coração se sobressalte e pareça bater descompassado no cérebro?
É bem possível que isso tenha ocorrido a muitos de nós.
Pessoas se equivocam ao digitar o número e a ligação nos chega e, antes que possamos esclarecer que não somos quem elas pensam, despejam o seu palavreado de forma desenfreada.
Esclarecido o equívoco, a pessoa se desculpa, e nada de extraordinário ocorre.
Mas, e se a pessoa que telefona é alguém em dificuldades e que esteja pedindo socorro?
A situação inusitada aconteceu com um gerente de vendas de automóveis, de nome Dang Vuong, no Reino Unido.
A idosa, do outro lado da linha, pensando se tratar da filha, com quem desejava se comunicar, foi logo dizendo que escorregara no banheiro enquanto tomava banho.
Ela parecia muito assustada. Dang não hesitou.
Disse que ela ficasse calma que ele a iria socorrer.
Num primeiro momento, pensou que ela residisse do outro lado da rua.
No entanto, logo descobriu que morava bem mais longe.
Quase cinco quilómetros do seu local de trabalho.
Pediu ao recepcionista da loja que a mantivesse ao telefone, enquanto ele apanhou o carro e dirigiu até a casa da desconhecida.
Quando chegou, encontrou-a caída no banheiro.
Ela parecia estar em choque, havia sangue no rosto e a banheira estava transbordando.
Ele se identificou, colocou-a no sofá, limpou-lhe a boca, que sangrava, cobriu-a com um cobertor.
Conseguiu o número do celular dos familiares e os notificou.
E ficou esperando até que chegasse a filha da senhora atendida.
Certificando-se de que ela se acalmara, estava bem e amparada, voltou ao seu local de trabalho.
É comum nos referirmos ao mundo global, em que vivemos, como um local muito frio, no qual ninguém se importa com ninguém.
Isso pode ser verdade, em parte.
No entanto, atitudes como a desse homem de trinta e quatro anos, que deixou tudo para atender uma desconhecida, que se deslocou quilómetros para socorrê-la, nos diz que há muito carinho e atenção sendo distribuídos pelo mundo;
Que, embora sejamos sete biliões de almas sobre esta Terra, continuamos a ser uma única e grande comunidade.
Uma comunidade de seres com necessidades, anseios.
Uma comunidade na qual uns aguardam e desejam o apoio do outro.
Enfim, uma aldeia em que os habitantes confiam que serão atendidos por seu irmão.
Em contrapartida, aquele que age com desprendimento, accionando os recursos em favor de quem necessita, doando o que tenha e doando-se, acredita que nada fez de excepcional.
Afinal, comenta, o próximo é o seu irmão, não importando onde resida, que nacionalidade seja a sua, em que idioma se expresse.
Esse é o verdadeiro virtuoso.
Age de forma espontânea, com desprendimento, e acredita nada ter feito de excepcional.
Nada além do que qualquer pessoa faria...
Aprendamos com essas criaturas.
Momento Espírita, com facto extraído do site www.sonoticiaboa.com.br.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Decida pelo amor
Todos sonhamos, um dia, possuir uma família harmoniosa, repleta de amor e carinho.
Mas a grande maioria das famílias, na Terra, ainda é formada de criaturas carentes de simpatia, de afectividade, e sem disposição para amar sem interesse.
Isso acontece porque reunimos em nosso grupo familiar almas com as quais ainda não construímos laços de afinidade.
Quando o núcleo familiar estiver assentado em um relacionamento realmente afectivo, mais fácil será conseguir-se um quadro de carinho verdadeiro.
Quando o amor for cultivado e manifestado sem medos e sem receios, teremos uma família bem constituída e bem consolidada.
Seus integrantes serão moralmente bem estruturados e fortalecidos para os desafios naturais da existência.
A família nasce do amor e dele se alimenta.
Ela não é apenas a base da sociedade, mas base de toda a Humanidade.
É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra.
Qualquer quebra, enfraquecimento ou instabilidade nos vínculos de amor desse conjunto provocará sempre, maior prejuízo para os filhos.
Numa fase em que, com justa razão, o mundo clama por paz, a única solução definitiva é o cultivo do amor incondicional por parte de todos os homens.
Cultivar o hábito de amar é um aprendizado que começamos a desenvolver na vida em família.
O tratamento que, por vezes, costumamos oferecer aos nossos amores, nem sempre é o mesmo que queremos deles receber.
As palavras, que de ordinário proferimos, ao nos dirigirmos aos mais próximos, sequer pensamos em ouvir de alguém.
Os favores, as gentilezas negadas por simples pirraça ou desdém, se por nós recebidos nos deixariam fora dos eixos.
Os gestos, os movimentos que utilizamos para provocar, não os queremos para nós.
Afirmamos que é difícil tratar bem os mais próximos, porque se convive mais intimamente e por mais tempo, e os atritos surgem...
E, porque a paciência em casa é mais difícil de se manter, frente a tantos problemas que aparecem.
Mas se analisarmos, nesses mesmos exemplos, encontraremos as oportunidades que favorecerão um convívio mais leve, agradável e feliz.
Se a família nasce do amor e com ele se alimenta, é tempo de utilizarmos um olhar mais amoroso na intimidade do lar.
Se algo não nos agrada, antes de reagir devemos buscar agir, indo ao encontro do outro com um diálogo esclarecedor.
Se ainda utilizamos defesas e palavras chulas ou agressivas, é hora de vigiarmos mais nosso falar.
Se gostamos de receber favores ou colaboração, sigamos o ensinamento de Jesus de praticar esses mesmos actos com mais carinho, junto ao outro.
A convivência mais longa permite conhecer melhor a nós mesmos e ao outro.
E, nos esforçando por nos melhorar, poderemos fazer mais por todos.
Paciência quer dizer a ciência da paz, que quanto mais praticada melhor se faz.
Ajudar em casa é tarefa de todos os que compartilham suas benesses.
Direitos e deveres devem ser metas cumpridas com carinho, sempre.
Na boa convivência doméstica, é que se concretiza o aprendizado da solidariedade e do amor com que as gerações modelarão o futuro.
Importante, pois, decidirmos pelo amor!
Momento Espírita, com base no texto Relacionamento familiar, pais e filhos, de Herculano Pires, do Editorial de Reformador de maio 2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
Mas a grande maioria das famílias, na Terra, ainda é formada de criaturas carentes de simpatia, de afectividade, e sem disposição para amar sem interesse.
Isso acontece porque reunimos em nosso grupo familiar almas com as quais ainda não construímos laços de afinidade.
Quando o núcleo familiar estiver assentado em um relacionamento realmente afectivo, mais fácil será conseguir-se um quadro de carinho verdadeiro.
Quando o amor for cultivado e manifestado sem medos e sem receios, teremos uma família bem constituída e bem consolidada.
Seus integrantes serão moralmente bem estruturados e fortalecidos para os desafios naturais da existência.
A família nasce do amor e dele se alimenta.
Ela não é apenas a base da sociedade, mas base de toda a Humanidade.
É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra.
Qualquer quebra, enfraquecimento ou instabilidade nos vínculos de amor desse conjunto provocará sempre, maior prejuízo para os filhos.
Numa fase em que, com justa razão, o mundo clama por paz, a única solução definitiva é o cultivo do amor incondicional por parte de todos os homens.
Cultivar o hábito de amar é um aprendizado que começamos a desenvolver na vida em família.
O tratamento que, por vezes, costumamos oferecer aos nossos amores, nem sempre é o mesmo que queremos deles receber.
As palavras, que de ordinário proferimos, ao nos dirigirmos aos mais próximos, sequer pensamos em ouvir de alguém.
Os favores, as gentilezas negadas por simples pirraça ou desdém, se por nós recebidos nos deixariam fora dos eixos.
Os gestos, os movimentos que utilizamos para provocar, não os queremos para nós.
Afirmamos que é difícil tratar bem os mais próximos, porque se convive mais intimamente e por mais tempo, e os atritos surgem...
E, porque a paciência em casa é mais difícil de se manter, frente a tantos problemas que aparecem.
Mas se analisarmos, nesses mesmos exemplos, encontraremos as oportunidades que favorecerão um convívio mais leve, agradável e feliz.
Se a família nasce do amor e com ele se alimenta, é tempo de utilizarmos um olhar mais amoroso na intimidade do lar.
Se algo não nos agrada, antes de reagir devemos buscar agir, indo ao encontro do outro com um diálogo esclarecedor.
Se ainda utilizamos defesas e palavras chulas ou agressivas, é hora de vigiarmos mais nosso falar.
Se gostamos de receber favores ou colaboração, sigamos o ensinamento de Jesus de praticar esses mesmos actos com mais carinho, junto ao outro.
A convivência mais longa permite conhecer melhor a nós mesmos e ao outro.
E, nos esforçando por nos melhorar, poderemos fazer mais por todos.
Paciência quer dizer a ciência da paz, que quanto mais praticada melhor se faz.
Ajudar em casa é tarefa de todos os que compartilham suas benesses.
Direitos e deveres devem ser metas cumpridas com carinho, sempre.
Na boa convivência doméstica, é que se concretiza o aprendizado da solidariedade e do amor com que as gerações modelarão o futuro.
Importante, pois, decidirmos pelo amor!
Momento Espírita, com base no texto Relacionamento familiar, pais e filhos, de Herculano Pires, do Editorial de Reformador de maio 2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Aprender a amar
De que vale a vida?
Qual o motivo de estarmos aqui?
São tantos os problemas, que temos dificuldades em responder a essas perguntas.
Ouve-se, com frequência, os noticiários das catástrofes naturais, que nos assustam.
Outras vezes, são crimes hediondos que chocam.
Dias há em que a saúde nos falta, outros em que o nosso amor se despede e parte para onde os olhos não enxergam.
E ainda outros são dias de problemas no seio da família e no trabalho.
Jesus, ao afirmar que neste mundo só teríamos aflições, lembra-nos que a vida é escola a nos dar lições, nem todas permeadas pela alegria e a satisfação.
Porém, qual a finalidade dessas lições?
O que a vida espera de cada um de nós, ao nos impor desafios pesados, aflições que nos perturbam e nos exigem tanto da alma?
Em outras palavras, o que a vida quer de nós?
Jesus foi indagado a respeito, quando, utilizando o linguarar da época, alguém lhe perguntou qual o maior mandamento da Lei de Deus.
Para o religioso que o indagara, entender o mandamento da Lei de Deus significava entender o próprio objectivo da vida.
E Jesus foi claro ao responder que o objectivo maior da vida é o de amar.
Seja o amor a Deus, o amor ao próximo ou o amor a si mesmo, devemos aprender a amar.
Dessa forma, seja o que for que nos ocorra, essas situações serão sempre dádivas da vida a nos oferecer possibilidades para o aprendizado do amor.
Seja o que quer que venha a nos suceder, lembremos que no fundo e no final de tudo, está o aprendizado para o amor.
Por isso, a atitude mais sábia que podemos ter perante a vida é a de amar.
Amar incondicionalmente.
Pensando dessa forma, Richard Allens escreveu um poema que diz o seguinte:
Quando ames, dá tudo o que tenhas
E quando tenhas chegado ao teu limite, dá ainda mais
E esquece a tua dor.
Porque frente à morte, só o amor que tenhamos dado e recebido é que contará.
Tudo o mais: as vitórias, as lutas, os embates ficarão esquecidos em nossas reflexões.
E conclui o poeta:
E se tenhas amado bem, então tudo terá valido a pena.
E o prazer que encontrarás nisso durará até o final.
Porém, se não o tenhas feito, a morte sempre te chegará muito rápida, e afrontá-la será por demais terrível.
Assim, compreendemos que a única coisa que importa é o amor.
Tudo o mais, nossas conquistas, nossos títulos, o dinheiro que temos ou a posição social que desfrutamos, é secundário.
O que fazemos não é importante.
A única coisa que importa é como fazemos.
E o que realmente importa é que o façamos com amor.
Por isso, antes que a morte nos convide a retornar ao grande lar, antes que nossa jornada de aprendizado aqui se conclua, aproveitemos o tempo e as lições para que o amor comece a ganhar espaço em nosso mundo íntimo.
Aproveitemos os dias valiosos da existência.
A cada nascer do sol aceitemos o convite ao aprendizado do amor que se renova.
Entendendo a vida por esse prisma, tenhamos a certeza de que as dores amenizarão e as ansiedades repousarão na certeza de que Deus vela por todos, aguardando que as lições do Seu amor se façam em cada um de nós.
Momento Espírita, com poema extraído do cap. El capullo y la mariposa, do livro Conferencias: morir es de vital importancia, de Elizabeth Kluber Ross, ed. Luciérnaga.
§.§.§- Ave sem Ninho
Qual o motivo de estarmos aqui?
São tantos os problemas, que temos dificuldades em responder a essas perguntas.
Ouve-se, com frequência, os noticiários das catástrofes naturais, que nos assustam.
Outras vezes, são crimes hediondos que chocam.
Dias há em que a saúde nos falta, outros em que o nosso amor se despede e parte para onde os olhos não enxergam.
E ainda outros são dias de problemas no seio da família e no trabalho.
Jesus, ao afirmar que neste mundo só teríamos aflições, lembra-nos que a vida é escola a nos dar lições, nem todas permeadas pela alegria e a satisfação.
Porém, qual a finalidade dessas lições?
O que a vida espera de cada um de nós, ao nos impor desafios pesados, aflições que nos perturbam e nos exigem tanto da alma?
Em outras palavras, o que a vida quer de nós?
Jesus foi indagado a respeito, quando, utilizando o linguarar da época, alguém lhe perguntou qual o maior mandamento da Lei de Deus.
Para o religioso que o indagara, entender o mandamento da Lei de Deus significava entender o próprio objectivo da vida.
E Jesus foi claro ao responder que o objectivo maior da vida é o de amar.
Seja o amor a Deus, o amor ao próximo ou o amor a si mesmo, devemos aprender a amar.
Dessa forma, seja o que for que nos ocorra, essas situações serão sempre dádivas da vida a nos oferecer possibilidades para o aprendizado do amor.
Seja o que quer que venha a nos suceder, lembremos que no fundo e no final de tudo, está o aprendizado para o amor.
Por isso, a atitude mais sábia que podemos ter perante a vida é a de amar.
Amar incondicionalmente.
Pensando dessa forma, Richard Allens escreveu um poema que diz o seguinte:
Quando ames, dá tudo o que tenhas
E quando tenhas chegado ao teu limite, dá ainda mais
E esquece a tua dor.
Porque frente à morte, só o amor que tenhamos dado e recebido é que contará.
Tudo o mais: as vitórias, as lutas, os embates ficarão esquecidos em nossas reflexões.
E conclui o poeta:
E se tenhas amado bem, então tudo terá valido a pena.
E o prazer que encontrarás nisso durará até o final.
Porém, se não o tenhas feito, a morte sempre te chegará muito rápida, e afrontá-la será por demais terrível.
Assim, compreendemos que a única coisa que importa é o amor.
Tudo o mais, nossas conquistas, nossos títulos, o dinheiro que temos ou a posição social que desfrutamos, é secundário.
O que fazemos não é importante.
A única coisa que importa é como fazemos.
E o que realmente importa é que o façamos com amor.
Por isso, antes que a morte nos convide a retornar ao grande lar, antes que nossa jornada de aprendizado aqui se conclua, aproveitemos o tempo e as lições para que o amor comece a ganhar espaço em nosso mundo íntimo.
Aproveitemos os dias valiosos da existência.
A cada nascer do sol aceitemos o convite ao aprendizado do amor que se renova.
Entendendo a vida por esse prisma, tenhamos a certeza de que as dores amenizarão e as ansiedades repousarão na certeza de que Deus vela por todos, aguardando que as lições do Seu amor se façam em cada um de nós.
Momento Espírita, com poema extraído do cap. El capullo y la mariposa, do livro Conferencias: morir es de vital importancia, de Elizabeth Kluber Ross, ed. Luciérnaga.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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A primeira pedra
Reflictamos hoje sobre esse costume humano de apontar faltas, defeitos, problemas, no outro.
Julgamos sempre.
Na maioria das vezes, ainda, com uma severidade desproporcional – dessa que não desejaríamos para connosco de forma alguma.
Somos demasiadamente cruéis em nossos julgares, pois raramente analisamos a situação com cuidado.
Raramente consideramos atenuantes e quase nunca somos imparciais.
Recordamos os acusadores da mulher adúltera, na conhecida passagem evangélica.
O julgamento foi sumário.
A lei humana, na pobreza de achar que a punição pela morte seria a solução, condenou aquela mulher ao apedrejamento em praça pública.
Assim, achamo-nos no direito de apedrejar.
Enchemo-nos de razão e raiva, carregamos as mãos das melhores pedras, e apontamos para o criminoso.
Mas, quem de nós não está criminoso?
– Poderíamos inquirir, inspirados pela pergunta feita por Jesus naquela feita.
Dizemos não está ao invés de não é, pelo simples facto de que ninguém está fadado ao mal, ninguém foi feito criminoso.
É um estado temporário no erro.
Quem de nós não está criminoso?
Esta proposta – que é de Jesus - não isenta a pessoa de assumir a responsabilidade sobre seus actos.
Ela apenas ajuda a controlar nossa crueldade, num primeiro momento, e depois, auxilia no reconhecimento de nossas próprias falhas.
A lição do atire a primeira pedra aquele que não se encontra em pecado é um exercício de tolerância e de auto-conhecimento também.
Evita-se a condenação cruel, intolerante, e, logo após, se promove uma reflexão íntima, buscando cada um as suas próprias dificuldades a vencer.
Todos estamos inseridos neste processo de erros e acertos.
Todos fazemos parte dos mecanismos da lei de progresso que nos impulsiona para frente.
Perdoar, compreender os erros alheios, não é promover a impunidade – de maneira nenhuma.
A Lei Divina sempre irá cobrar seus devedores.
Tolerar significa estender as mãos de amor a quem precisa de amparo, de orientação.
Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflecte-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem.
Põe-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos subtis de nossa alma.
Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação, o que assimilara, fazendo-o, seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.
É por essa razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas acções que condenam no próximo.
Interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.
Estejamos, assim procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, reflectiremos os cultivadores da luz...
Momento Espírita, com base no cap. 8 do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Julgamos sempre.
Na maioria das vezes, ainda, com uma severidade desproporcional – dessa que não desejaríamos para connosco de forma alguma.
Somos demasiadamente cruéis em nossos julgares, pois raramente analisamos a situação com cuidado.
Raramente consideramos atenuantes e quase nunca somos imparciais.
Recordamos os acusadores da mulher adúltera, na conhecida passagem evangélica.
O julgamento foi sumário.
A lei humana, na pobreza de achar que a punição pela morte seria a solução, condenou aquela mulher ao apedrejamento em praça pública.
Assim, achamo-nos no direito de apedrejar.
Enchemo-nos de razão e raiva, carregamos as mãos das melhores pedras, e apontamos para o criminoso.
Mas, quem de nós não está criminoso?
– Poderíamos inquirir, inspirados pela pergunta feita por Jesus naquela feita.
Dizemos não está ao invés de não é, pelo simples facto de que ninguém está fadado ao mal, ninguém foi feito criminoso.
É um estado temporário no erro.
Quem de nós não está criminoso?
Esta proposta – que é de Jesus - não isenta a pessoa de assumir a responsabilidade sobre seus actos.
Ela apenas ajuda a controlar nossa crueldade, num primeiro momento, e depois, auxilia no reconhecimento de nossas próprias falhas.
A lição do atire a primeira pedra aquele que não se encontra em pecado é um exercício de tolerância e de auto-conhecimento também.
Evita-se a condenação cruel, intolerante, e, logo após, se promove uma reflexão íntima, buscando cada um as suas próprias dificuldades a vencer.
Todos estamos inseridos neste processo de erros e acertos.
Todos fazemos parte dos mecanismos da lei de progresso que nos impulsiona para frente.
Perdoar, compreender os erros alheios, não é promover a impunidade – de maneira nenhuma.
A Lei Divina sempre irá cobrar seus devedores.
Tolerar significa estender as mãos de amor a quem precisa de amparo, de orientação.
Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflecte-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem.
Põe-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos subtis de nossa alma.
Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação, o que assimilara, fazendo-o, seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.
É por essa razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas acções que condenam no próximo.
Interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.
Estejamos, assim procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, reflectiremos os cultivadores da luz...
Momento Espírita, com base no cap. 8 do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Quando a dor chega
Quando a dor chega, ninguém permanece indiferente, não importando suas causas.
Por vezes, chega através da doença física, minando a saúde antes inabalável.
De outras, é a dor da separação do ente amado, que segue para o mundo espiritual pelos braços da morte física.
E, também, pode se apresentar na feição de reveses morais, que atormentam muito mais a alma do que o corpo.
De toda forma, não importando por quais caminhos ela nos visite, sempre é presença contundente, alterando-nos as paisagens emocionais.
Alguns, ao enfrentá-la, o fazemos com galhardia, coragem, optimismo, entendendo o processo como passageiro, aguardando que dias tranquilos logo mais retornem.
Pautados na resignação que a fé oportuniza, mesmo que não entendamos as causas mais profundas da dor que nos atormenta, conseguimos compreender que esses dias difíceis são momentâneos, porque tudo é passageiro, nesta vida.
Contudo, outros, visitados pela dor, a encaramos como castigo, punição por algo que não conseguimos avaliar ou porque acreditamos se tratar de capricho da Divindade.
Então, sob o espectro da dor, reagimos com revolta, posicionando-nos como injustiçados, não merecedores de tal sina.
Há também os que interpretamos os processos de dor apenas como algo fortuito, obra do acaso, de algum azar hereditário ou de posturas inadequadas que tenhamos assumido em dias recentes.
De toda forma, a dor sempre será instrumento para nosso aprendizado.
Ela sempre traz consigo seu carácter pedagógico, em um convite ao cultivo das virtudes que ainda não nos dispusemos a accionar.
Trazemos todos um histórico de experiências difíceis, portadoras de inúmeras complicações emocionais ao longo da nossa trajectória de Espíritos imortais.
Desse rol de experiências, fruto do uso tantas vezes inadequado de nosso livre-arbítrio, trazemos, a cada nova existência física, necessidades inúmeras de aprendizado.
Como não nos dispomos ou não desenvolvemos maturidade e entendimento adequados sobre as finalidades da existência física, as dores nos chegam, propondo reflexões.
Quando isso ocorre pode ser convite para uma pausa, a fim de que promovamos um balanço das próprias acções.
Não há castigo Divino, nem existe acaso.
Tudo tem sua razão de ser.
Há uma programação da Providência Divina para que tudo aconteça a seu tempo, da melhor maneira para o nosso avanço moral.
Se hoje a dor nos visita, perguntemo-nos o que podemos ou temos que aprender neste momento.
A dor é, sempre, uma bênção que Deus nos envia, permitindo-nos o ensejo de nos libertarmos dos equívocos ou alcançarmos o progresso, a fim de alçar voo rumo às virtudes que ainda dormem latentes na intimidade de nosso coração.
Disponhamo-nos a suportar a dor com heroísmo, a ouvir-lhe os aconselhamentos e as ponderações.
Aprendamos com ela.
Não desperdicemos a chance que nos é ofertada.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Por vezes, chega através da doença física, minando a saúde antes inabalável.
De outras, é a dor da separação do ente amado, que segue para o mundo espiritual pelos braços da morte física.
E, também, pode se apresentar na feição de reveses morais, que atormentam muito mais a alma do que o corpo.
De toda forma, não importando por quais caminhos ela nos visite, sempre é presença contundente, alterando-nos as paisagens emocionais.
Alguns, ao enfrentá-la, o fazemos com galhardia, coragem, optimismo, entendendo o processo como passageiro, aguardando que dias tranquilos logo mais retornem.
Pautados na resignação que a fé oportuniza, mesmo que não entendamos as causas mais profundas da dor que nos atormenta, conseguimos compreender que esses dias difíceis são momentâneos, porque tudo é passageiro, nesta vida.
Contudo, outros, visitados pela dor, a encaramos como castigo, punição por algo que não conseguimos avaliar ou porque acreditamos se tratar de capricho da Divindade.
Então, sob o espectro da dor, reagimos com revolta, posicionando-nos como injustiçados, não merecedores de tal sina.
Há também os que interpretamos os processos de dor apenas como algo fortuito, obra do acaso, de algum azar hereditário ou de posturas inadequadas que tenhamos assumido em dias recentes.
De toda forma, a dor sempre será instrumento para nosso aprendizado.
Ela sempre traz consigo seu carácter pedagógico, em um convite ao cultivo das virtudes que ainda não nos dispusemos a accionar.
Trazemos todos um histórico de experiências difíceis, portadoras de inúmeras complicações emocionais ao longo da nossa trajectória de Espíritos imortais.
Desse rol de experiências, fruto do uso tantas vezes inadequado de nosso livre-arbítrio, trazemos, a cada nova existência física, necessidades inúmeras de aprendizado.
Como não nos dispomos ou não desenvolvemos maturidade e entendimento adequados sobre as finalidades da existência física, as dores nos chegam, propondo reflexões.
Quando isso ocorre pode ser convite para uma pausa, a fim de que promovamos um balanço das próprias acções.
Não há castigo Divino, nem existe acaso.
Tudo tem sua razão de ser.
Há uma programação da Providência Divina para que tudo aconteça a seu tempo, da melhor maneira para o nosso avanço moral.
Se hoje a dor nos visita, perguntemo-nos o que podemos ou temos que aprender neste momento.
A dor é, sempre, uma bênção que Deus nos envia, permitindo-nos o ensejo de nos libertarmos dos equívocos ou alcançarmos o progresso, a fim de alçar voo rumo às virtudes que ainda dormem latentes na intimidade de nosso coração.
Disponhamo-nos a suportar a dor com heroísmo, a ouvir-lhe os aconselhamentos e as ponderações.
Aprendamos com ela.
Não desperdicemos a chance que nos é ofertada.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Projectos inacabados
Faz parte da natureza humana sonhar e idealizar as mais variadas realizações.
Um hábito muito comum é a lista que fazemos no início de cada ano, as famosas proposições de Ano Novo.
Costumamos relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas...
Propostas razoáveis e, na maioria das vezes, necessárias ao nosso desenvolvimento.
No entanto, comummente, antes mesmo da primeira semana do ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a disposição sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para nós mesmos.
A quem esperamos enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente ao próprio interessado.
Propostas como essas, abandonadas, lembram projectos que iniciamos e não realizamos.
São barcos que jamais alcançam o mar.
Textos sem ponto final.
Obras que não saem da prancheta de desenho.
Músicas jamais executadas.
Flores que não desabrocharam.
Filhos que não nasceram.
Amores inconfessados.
Desenhos que nunca tocaram um papel.
Promessas não cumpridas.
Sonhos abandonados.
Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e, mais adiante, caem das árvores, enquanto passamos nossos dias adiando partidas, retardando começos e cancelando mudanças.
E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se tornando obrigatório.
A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não levamos a termo.
Que realizações serão essas?
Grandes feitos?
Conquistas retumbantes?
Não.
Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas têm o objectivo de domar nossas próprias imperfeições.
É tão difícil vencer hábitos antigos! – Podemos argumentar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles que nos cercam.
Projectos inacabados, por certo, temos vários.
Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?
Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e mais viável, neste momento.
Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.
É chegada a hora de realizar e de transformar.
É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de teimosia vã.
Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de nossas existências.
Pouco importa o dia da semana.
Não interessa em que mês do ano estejamos.
Não há porque esperar por outra oportunidade.
Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão de igual forma.
Não há motivo real e justo para permanecermos estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem.
Coragem e disposição hão de ser a inspiração que nos faltava.
Não amanhã, mas hoje.
Não depois, mas a partir de agora.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um hábito muito comum é a lista que fazemos no início de cada ano, as famosas proposições de Ano Novo.
Costumamos relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas...
Propostas razoáveis e, na maioria das vezes, necessárias ao nosso desenvolvimento.
No entanto, comummente, antes mesmo da primeira semana do ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a disposição sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para nós mesmos.
A quem esperamos enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente ao próprio interessado.
Propostas como essas, abandonadas, lembram projectos que iniciamos e não realizamos.
São barcos que jamais alcançam o mar.
Textos sem ponto final.
Obras que não saem da prancheta de desenho.
Músicas jamais executadas.
Flores que não desabrocharam.
Filhos que não nasceram.
Amores inconfessados.
Desenhos que nunca tocaram um papel.
Promessas não cumpridas.
Sonhos abandonados.
Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e, mais adiante, caem das árvores, enquanto passamos nossos dias adiando partidas, retardando começos e cancelando mudanças.
E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se tornando obrigatório.
A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não levamos a termo.
Que realizações serão essas?
Grandes feitos?
Conquistas retumbantes?
Não.
Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas têm o objectivo de domar nossas próprias imperfeições.
É tão difícil vencer hábitos antigos! – Podemos argumentar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles que nos cercam.
Projectos inacabados, por certo, temos vários.
Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?
Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e mais viável, neste momento.
Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.
É chegada a hora de realizar e de transformar.
É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de teimosia vã.
Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de nossas existências.
Pouco importa o dia da semana.
Não interessa em que mês do ano estejamos.
Não há porque esperar por outra oportunidade.
Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão de igual forma.
Não há motivo real e justo para permanecermos estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem.
Coragem e disposição hão de ser a inspiração que nos faltava.
Não amanhã, mas hoje.
Não depois, mas a partir de agora.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Nossa vida religiosa
É comum confundirmos a nossa vida religiosa com outros sentimentos conhecidos no mundo.
Poucos nos damos conta de que religião, do latim religare significa religar.
Ou seja, religar a alma humana ao Criador.
Criados pelo amor de Deus, nascemos ligados a Ele por um cordão umbilical simbólico.
Colocados na estrada da evolução, servindo-nos do nosso livre-arbítrio, temos necessidade de desenvolver nosso progresso.
Cometendo erros aqui e acolá, vamos nos distanciando do Pai Criador.
Nossa destinação é retornar a Ele conscientes, amadurecidos, como um filho que sai de sua casa para estudar numa universidade e volta formado, para colaborar no lar com a família.
Dessa forma, vamos percebendo a importância de nossa vida religiosa.
Não é religião o que dizemos, é religião o que fazemos.
Nossa vida religiosa é uma realidade interna do ser.
É uma verdade que se passa portas adentro de nossa alma.
E a exteriorizamos de diversas formas.
Quando, como pais dedicados, transpiramos no trabalho de reeducação dos nossos filhos; quando, com firmeza, investimos amorosos recursos para bem conduzi-los, estamos realizando actos religiosos.
Quando, como médicos, nos devotamos ao paciente, nos interessamos por ele, verdadeiramente, e não por quanto ele nos paga;
Quando estamos desejosos de fazer valer o juramento de Hipócrates, de salvar vidas, recebendo ou não, por isso, estamos realizando um acto religioso.
Cada vez que, no momento da cólera, do alvoroço, tenhamos uma palavra apaziguadora, uma palavra de harmonia, é um gesto religioso.
Igualmente, quando emitimos um bom pensamento para alguém, desejando que seja feliz, que seja bem sucedido, que consiga o emprego.
Se trabalhamos honestamente, desejosos de que a comunidade em que vivemos se beneficie do que sabemos fazer; se nos entregamos a uma tarefa voluntária, com vontade de colaborar, de servir; se optamos pelo trabalho da orientação das pessoas, norteando as sociedades, ajudando-as, como administradores, como políticos de boa índole; se colocamos nossa vida à disposição da Divindade, esses são gestos religiosos.
A verdadeira religião é importante exactamente porque nos faz mudar.
Esta é a melhor religião, a que transforma os seres em homens de bem, amantes da paz, do serviço ao próximo.
Jesus assinalou que a boca fala daquilo que está cheio o coração, daquilo que a alma se preenche.
Isso nos diz, sem sombra de dúvidas, que é muito importante que a religião seja um gesto, um ato, uma acção, muito mais do que palavras.
Religarmo-nos a Deus é, pois, realizar, nos caminhos que trilhamos aqui na Terra, tudo que seja importante para que tenhamos uma vida mais bela, mais clara; e conduzamos connosco aqueles que nos são queridos, os nossos dependentes afectivos.
Com a vida religiosa bem nutrida, bem arejada, conseguiremos, gradativamente, seguir através do caminho que nos leva à verdade em prol da vida porque foi Jesus quem disse que ninguém chegaria ao Pai senão por Ele, apresentando-se como o Caminho, a Verdade e a Vida.
Momento Espírita, com base no cap. 16, do livro Vida e Valores, organizado e redacionado por Maria Helena Marcon, a partir do programa televisivo de mesmo nome, de Raul Teixeira, ed. FEP.
§.§.§- Ave sem Ninho
Poucos nos damos conta de que religião, do latim religare significa religar.
Ou seja, religar a alma humana ao Criador.
Criados pelo amor de Deus, nascemos ligados a Ele por um cordão umbilical simbólico.
Colocados na estrada da evolução, servindo-nos do nosso livre-arbítrio, temos necessidade de desenvolver nosso progresso.
Cometendo erros aqui e acolá, vamos nos distanciando do Pai Criador.
Nossa destinação é retornar a Ele conscientes, amadurecidos, como um filho que sai de sua casa para estudar numa universidade e volta formado, para colaborar no lar com a família.
Dessa forma, vamos percebendo a importância de nossa vida religiosa.
Não é religião o que dizemos, é religião o que fazemos.
Nossa vida religiosa é uma realidade interna do ser.
É uma verdade que se passa portas adentro de nossa alma.
E a exteriorizamos de diversas formas.
Quando, como pais dedicados, transpiramos no trabalho de reeducação dos nossos filhos; quando, com firmeza, investimos amorosos recursos para bem conduzi-los, estamos realizando actos religiosos.
Quando, como médicos, nos devotamos ao paciente, nos interessamos por ele, verdadeiramente, e não por quanto ele nos paga;
Quando estamos desejosos de fazer valer o juramento de Hipócrates, de salvar vidas, recebendo ou não, por isso, estamos realizando um acto religioso.
Cada vez que, no momento da cólera, do alvoroço, tenhamos uma palavra apaziguadora, uma palavra de harmonia, é um gesto religioso.
Igualmente, quando emitimos um bom pensamento para alguém, desejando que seja feliz, que seja bem sucedido, que consiga o emprego.
Se trabalhamos honestamente, desejosos de que a comunidade em que vivemos se beneficie do que sabemos fazer; se nos entregamos a uma tarefa voluntária, com vontade de colaborar, de servir; se optamos pelo trabalho da orientação das pessoas, norteando as sociedades, ajudando-as, como administradores, como políticos de boa índole; se colocamos nossa vida à disposição da Divindade, esses são gestos religiosos.
A verdadeira religião é importante exactamente porque nos faz mudar.
Esta é a melhor religião, a que transforma os seres em homens de bem, amantes da paz, do serviço ao próximo.
Jesus assinalou que a boca fala daquilo que está cheio o coração, daquilo que a alma se preenche.
Isso nos diz, sem sombra de dúvidas, que é muito importante que a religião seja um gesto, um ato, uma acção, muito mais do que palavras.
Religarmo-nos a Deus é, pois, realizar, nos caminhos que trilhamos aqui na Terra, tudo que seja importante para que tenhamos uma vida mais bela, mais clara; e conduzamos connosco aqueles que nos são queridos, os nossos dependentes afectivos.
Com a vida religiosa bem nutrida, bem arejada, conseguiremos, gradativamente, seguir através do caminho que nos leva à verdade em prol da vida porque foi Jesus quem disse que ninguém chegaria ao Pai senão por Ele, apresentando-se como o Caminho, a Verdade e a Vida.
Momento Espírita, com base no cap. 16, do livro Vida e Valores, organizado e redacionado por Maria Helena Marcon, a partir do programa televisivo de mesmo nome, de Raul Teixeira, ed. FEP.
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O grande amor fraternal
Ela contava quase oitenta anos de idade.
Então, certa manhã, acordou repassando mentalmente os anos vividos.
Pela memória, foi relembrando as tantas pessoas que haviam passado por sua vida, quantas amara e de que formas tão diversas.
Criança e adolescente, sua mãe fora seu grande amor, assinalado por um clima de carinho sem fim.
Lembrou do pai.
Com ele, tinha uma relação de um certo temor, porque era muito exigente e um tanto autoritário.
Nem por isso deixara de gostar dele, algo como um amor feito de respeito.
Era um homem trabalhador, correto, atento às questões que envolviam a esposa e os filhos.
Quanto às irmãs, recordava que ora tinha vontade de estar perto, ora de se afastar, quando não a entendiam.
Amigas não tinham sido muitas, mas algumas lhe haviam até despertado a vontade de ser como elas, despreocupada, leve.
Ao recordar de quando conheceu aquele que viria a ser seu marido, a lembrança era dos dias em que seu coração parecia querer pular fora do peito. Uma louca paixão.
A recordação do nascimento do primeiro filho lhe trouxe à mente um sentimento que superou tudo que havia sentido, até então: um amor especial.
E quando esse filho se casou, seu coração doeu muito.
Parecia que o iria perder.
Logo compreendera que o filho nascera para o mundo, não para si.
E, afinal, sem muito tardar, surgiram outros amores, os netos.
Eles lhe haviam transformado o coração em doçura, numa relação feita de ternura.
Os anos transcorridos, o casal a sós e ela se deu conta de que o amor que sentia por seu marido havia se modificado.
Ele envelhecera, ela também.
A paixão se transformara num doce sentimento de amizade.
Entendia, nessa rememoração, que o amor verdadeiro não ferve o tempo todo.
Transforma-se, mas continua vivo.
Revivendo tantas experiências, percebeu que aprendera a amar a todos que a cercavam, de uma maneira mais tranquila, sem cobranças.
É como se tivesse conquistado mais equilíbrio na arte de amar.
Os amores familiares são os compromissos maiores da alma.
Os laços consanguíneos são conquistas que podemos concretizar para a eternidade.
Os laços de amizade surgem de simpatias naturais, que nos envolvem em desejos e sonhos que vêm e que vão.
Já o sentimento nobre da fraternidade, que nos deve acompanhar em todos os relacionamentos, é mais duradouro.
Preservar esse sentimento entre os seres que nos são queridos é o que demonstra maturidade, equilíbrio e bom senso.
Afinal, a fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.
Fraternidade quer dizer afecto de irmão para irmão, definindo o que na realidade somos: todos irmãos perante o Pai Celestial.
Ora reencarnamos em uma posição familiar, ora noutra, mas o que importa realmente é a nossa posição espiritual.
Deus é nosso Pai Criador, logo, como irmãos é que devemos nos amar.
Compondo a grande família universal, todas as formas de amor haverão de se fundir, um dia, em um grande e uníssono amor fraternal.
Momento Espírita, com base no cap. 141, do livro Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Então, certa manhã, acordou repassando mentalmente os anos vividos.
Pela memória, foi relembrando as tantas pessoas que haviam passado por sua vida, quantas amara e de que formas tão diversas.
Criança e adolescente, sua mãe fora seu grande amor, assinalado por um clima de carinho sem fim.
Lembrou do pai.
Com ele, tinha uma relação de um certo temor, porque era muito exigente e um tanto autoritário.
Nem por isso deixara de gostar dele, algo como um amor feito de respeito.
Era um homem trabalhador, correto, atento às questões que envolviam a esposa e os filhos.
Quanto às irmãs, recordava que ora tinha vontade de estar perto, ora de se afastar, quando não a entendiam.
Amigas não tinham sido muitas, mas algumas lhe haviam até despertado a vontade de ser como elas, despreocupada, leve.
Ao recordar de quando conheceu aquele que viria a ser seu marido, a lembrança era dos dias em que seu coração parecia querer pular fora do peito. Uma louca paixão.
A recordação do nascimento do primeiro filho lhe trouxe à mente um sentimento que superou tudo que havia sentido, até então: um amor especial.
E quando esse filho se casou, seu coração doeu muito.
Parecia que o iria perder.
Logo compreendera que o filho nascera para o mundo, não para si.
E, afinal, sem muito tardar, surgiram outros amores, os netos.
Eles lhe haviam transformado o coração em doçura, numa relação feita de ternura.
Os anos transcorridos, o casal a sós e ela se deu conta de que o amor que sentia por seu marido havia se modificado.
Ele envelhecera, ela também.
A paixão se transformara num doce sentimento de amizade.
Entendia, nessa rememoração, que o amor verdadeiro não ferve o tempo todo.
Transforma-se, mas continua vivo.
Revivendo tantas experiências, percebeu que aprendera a amar a todos que a cercavam, de uma maneira mais tranquila, sem cobranças.
É como se tivesse conquistado mais equilíbrio na arte de amar.
Os amores familiares são os compromissos maiores da alma.
Os laços consanguíneos são conquistas que podemos concretizar para a eternidade.
Os laços de amizade surgem de simpatias naturais, que nos envolvem em desejos e sonhos que vêm e que vão.
Já o sentimento nobre da fraternidade, que nos deve acompanhar em todos os relacionamentos, é mais duradouro.
Preservar esse sentimento entre os seres que nos são queridos é o que demonstra maturidade, equilíbrio e bom senso.
Afinal, a fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.
Fraternidade quer dizer afecto de irmão para irmão, definindo o que na realidade somos: todos irmãos perante o Pai Celestial.
Ora reencarnamos em uma posição familiar, ora noutra, mas o que importa realmente é a nossa posição espiritual.
Deus é nosso Pai Criador, logo, como irmãos é que devemos nos amar.
Compondo a grande família universal, todas as formas de amor haverão de se fundir, um dia, em um grande e uníssono amor fraternal.
Momento Espírita, com base no cap. 141, do livro Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A FORÇA DO COMPANHEIRO INVISÍVEL.
Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.
Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorriso de um ente amado.
Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança; e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.
Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objectivos que procuramos nas conquistas do Espírito.
Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.
Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião de esmorecimento.
Desanimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito.
Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.
Venha o desanimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar e servir sempre.
Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.
Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.
Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar, e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias.
Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.
Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranquilidade e vitória.
Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.
Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstancia, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angustia, chama por Ele.
Ele te atenderá pelo nome de Deus.
Livro : “Rumo Certo” – Chico Xavier – Emmanuel
§.§.§- Ave sem Ninho
Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorriso de um ente amado.
Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança; e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.
Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objectivos que procuramos nas conquistas do Espírito.
Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.
Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião de esmorecimento.
Desanimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito.
Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.
Venha o desanimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar e servir sempre.
Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.
Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.
Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar, e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias.
Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.
Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranquilidade e vitória.
Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.
Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstancia, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angustia, chama por Ele.
Ele te atenderá pelo nome de Deus.
Livro : “Rumo Certo” – Chico Xavier – Emmanuel
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