Momentos Espíritas III
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Levar o amor
Que eu leve o amor... a mim, em primeiro lugar.
Que eu leve o amor para dentro de mim, e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.
Que eu me dê novas chances... de amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.
Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.
Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!
Que eu leve o amor... à minha família.
Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...
Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.
Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas.
Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...
Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido.
Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.
Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos.
Que minha ternura não seque tão facilmente.
Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.
Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.
São os pais que preciso. São os pais que me amam.
Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.
São os espinhos da convivência.
Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.
Que eu leve o amor... aos meus inimigos.
Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.
Que eu respeite. Que eu compreenda.
Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.
Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.
Que ore por eles.
Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.
Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.
Que eu leve o amor... a minha sociedade.
Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.
Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...
Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.
Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.
Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das leis de Deus, do mundo em progresso gerido por leis de amor Maior.
Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma.
Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.
Sou agente transformador.
Sou agente iluminador.
Sou instrumento da paz no mundo.
Que eu leve o amor...
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Que eu leve o amor para dentro de mim, e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.
Que eu me dê novas chances... de amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.
Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.
Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!
Que eu leve o amor... à minha família.
Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...
Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.
Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas.
Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...
Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido.
Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.
Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos.
Que minha ternura não seque tão facilmente.
Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.
Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.
São os pais que preciso. São os pais que me amam.
Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.
São os espinhos da convivência.
Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.
Que eu leve o amor... aos meus inimigos.
Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.
Que eu respeite. Que eu compreenda.
Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.
Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.
Que ore por eles.
Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.
Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.
Que eu leve o amor... a minha sociedade.
Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.
Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...
Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.
Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.
Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das leis de Deus, do mundo em progresso gerido por leis de amor Maior.
Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma.
Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.
Sou agente transformador.
Sou agente iluminador.
Sou instrumento da paz no mundo.
Que eu leve o amor...
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Vida e morte
Os amigos se encontraram para um bate-papo e o assunto resvalou para o tema vida e morte.
As opiniões diferiam.
Dizia um que viver era respirar, comer, dormir e gozar a vida.
Outro falava que o privilégio da vida se dava tão somente enquanto podíamos fugir da chamada morte, porque então tudo se findava.
Depois de ouvir uma série de palpites onde a vida era tão amesquinhada, Josué resolveu falar:
Pois eu discordo de todos vocês.
Dentro do entendimento que tenho, a vida é imortal.
Ela nos é dada por Deus e a devemos utilizar, tanto no corpo físico, quanto fora dele, para evoluir.
Alguém fez uma chacota, dizendo que no cemitério ninguém aprende mais nada.
Aí é que mora o grande engano, disse Josué.
A crença de que somos este corpo material tão somente, é enganosa.
Seria muito pouco creditarmos sua criação a um tão excelente Criador.
Somos muito mais que matéria passageira, somos princípios inteligentes.
O corpo material vai morrer em dado momento, mas nós somos Espíritos imortais, e continuaremos vivos.
Por isso dizemos que a vida é permanente, e a morte um facto que alcança somente ao que é perecível.
Os amigos se entreolharam pensativos.
A conversa assumiu ares mais sérios, levando a reflexões.
Alguns, curiosos, se estenderam em perguntas, desejando obter mais detalhes sobre essa maneira de entender a vida.
Interessante como alguns temores que ainda trazemos em nós, nos levam a pensar na continuidade da vida.
Por exemplo, por que muitos ainda temos pavor do inferno ou esperamos encontrar o céu, depois da vida física?
Por que oramos, nos velórios, nos enterros?
Naturalmente, porque cremos que essas preces alcançarão quem se foi, beneficiando-o.
E, com certeza, não será o corpo pois esse está morto.
Por que colocamos, nas lápides dos túmulos, mensagens de amor aos que têm ali seus corpos enterrados?
É porque, de alguma forma, cremos, sim, nessa vida que nunca finda e que, portanto, os que se foram, de alguma forma, receberão essas frases de verdadeiro afecto.
Como viajores do tempo e do espaço, algo nos diz que continuaremos a caminhada, depois da tumba.
É verdade: a vida jamais se extingue.
Portanto, morrer não é uma desgraça, é um fato natural, que se liga directamente ao que é material e perecível.
Morremos para a Terra, nascemos para o mundo espiritual.
Registou o Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios:
Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.
Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Que esperança para quem viu seus amores partirem, o saber que estarão à espera, para o reencontro feliz.
Conhecendo a realidade maravilhosa, eles vibram pelo sucesso do nosso progredir, porque a felicidade, no Além, depende dos valores conquistados.
E bons valores são a prática do amor, da caridade, da abnegação, da dignidade, da consciência tranquila.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com citação da I Epístola aos Coríntios, capítulo 15, versículo 44, de Paulo de Tarso.
§.§.§- Ave sem Ninho
As opiniões diferiam.
Dizia um que viver era respirar, comer, dormir e gozar a vida.
Outro falava que o privilégio da vida se dava tão somente enquanto podíamos fugir da chamada morte, porque então tudo se findava.
Depois de ouvir uma série de palpites onde a vida era tão amesquinhada, Josué resolveu falar:
Pois eu discordo de todos vocês.
Dentro do entendimento que tenho, a vida é imortal.
Ela nos é dada por Deus e a devemos utilizar, tanto no corpo físico, quanto fora dele, para evoluir.
Alguém fez uma chacota, dizendo que no cemitério ninguém aprende mais nada.
Aí é que mora o grande engano, disse Josué.
A crença de que somos este corpo material tão somente, é enganosa.
Seria muito pouco creditarmos sua criação a um tão excelente Criador.
Somos muito mais que matéria passageira, somos princípios inteligentes.
O corpo material vai morrer em dado momento, mas nós somos Espíritos imortais, e continuaremos vivos.
Por isso dizemos que a vida é permanente, e a morte um facto que alcança somente ao que é perecível.
Os amigos se entreolharam pensativos.
A conversa assumiu ares mais sérios, levando a reflexões.
Alguns, curiosos, se estenderam em perguntas, desejando obter mais detalhes sobre essa maneira de entender a vida.
Interessante como alguns temores que ainda trazemos em nós, nos levam a pensar na continuidade da vida.
Por exemplo, por que muitos ainda temos pavor do inferno ou esperamos encontrar o céu, depois da vida física?
Por que oramos, nos velórios, nos enterros?
Naturalmente, porque cremos que essas preces alcançarão quem se foi, beneficiando-o.
E, com certeza, não será o corpo pois esse está morto.
Por que colocamos, nas lápides dos túmulos, mensagens de amor aos que têm ali seus corpos enterrados?
É porque, de alguma forma, cremos, sim, nessa vida que nunca finda e que, portanto, os que se foram, de alguma forma, receberão essas frases de verdadeiro afecto.
Como viajores do tempo e do espaço, algo nos diz que continuaremos a caminhada, depois da tumba.
É verdade: a vida jamais se extingue.
Portanto, morrer não é uma desgraça, é um fato natural, que se liga directamente ao que é material e perecível.
Morremos para a Terra, nascemos para o mundo espiritual.
Registou o Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios:
Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.
Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Que esperança para quem viu seus amores partirem, o saber que estarão à espera, para o reencontro feliz.
Conhecendo a realidade maravilhosa, eles vibram pelo sucesso do nosso progredir, porque a felicidade, no Além, depende dos valores conquistados.
E bons valores são a prática do amor, da caridade, da abnegação, da dignidade, da consciência tranquila.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com citação da I Epístola aos Coríntios, capítulo 15, versículo 44, de Paulo de Tarso.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Aos Pais De Família
“Ó espíritas!
Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprires.
Os vossos e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro.
Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus:
Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”
(“O Evangelho segundo o Espiritismo” - Cap. XVI – Comunicação de Santo Agostinho.)
Pediram-me que patrocinasse uma exposição da moral evangélica-espírita para uso dos pais de família nos primeiros passos da educação religiosa e filosófica dos filhos.
Impossível seria furtar-me a esse convite tão sugestivo no momento difícil que a humanidade atravessa, quando a fé e a moral, a solidez dos costumes, o cumprimento do dever e a responsabilidade de cada um se diriam em colapso, desorientando a muitos, vencendo outros tantos, desanimando ou enrijecendo o coração de quase todos para lançar o caos na sociedade humana, assinalando as últimas etapas do fim de uma civilização.
Aquiesci, portanto, visto que ao servo zeloso cumpre agenciar com os talentos confiados à sua guarda, a fim de renderem o máximo, para gáudio do Senhor, que deseja ver a sua vinha habilmente cultivada, oferecendo frutos excelentes de amor e justiça, para felicidade das gerações vindouras.
O lar é a grande escola da família, em cujo seio o indivíduo se habilita para a realização dos próprios compromissos perante as leis de Deus e para consigo mesmo, na caminhada para o progresso.
É aí de preferência a qualquer outra parte, que a criança, o cidadão futuro, o futuro governante, o futuro elemento da sociedade, se deverá educar, adquirindo aquela sólida formação moral-religiosa que resistirá, vitoriosamente, aos embates das lutas quotidianas, das provações e mil complexos próprios de um planeta ainda inferior.
Nem o mestre, nem o adepto de uma crença qualquer, nem o amigo, por maior que lhes seja o desejo de servir, conseguirá cultivar no coração da infância os valores da moral evangélica se os pais, por sua vez, não edificarem no próprio lar o templo feliz do ensinamento que tenderá a florescer e frutecer para a eternidade.
Daí a urgente necessidade de os pais espíritas se habilitarem para dar aos filhos pequeninas aulas de moral, aulas de Evangelho, aulas de legítimo Espiritismo e mesmo aulas de boa educação social e doméstica, pois o espírita, antes de mais nada, necessita manter a boa educação doméstica e social, sem a qual não será cristão.
Outrossim, será necessário que, de uma vez para sempre, os pais de família observem a prática do amor recíproco, que assumiram ao se tornarem cônjuges, qual a conquista do progresso através da paternidade; que zelem pela harmonia e a serenidade doméstica de cada dia, jamais se permitindo displicências de quais quer natureza, discussões, hostilidades, pois será necessário que respeitem os filhos, lembrando-se de que das suas atitudes surgirão exemplos para a prole e que esses exemplos deverão ser os melhores, para que não enfraqueçam a própria autoridade e o respeito para dirigir a família.
Se tais atitudes não forem observadas, dificilmente poderão cumprir o próprio dever de orientadores da família, e a grandes responsabilidades serão chamados na realidade do mundo espiritual.
Não obstante, será bom que a criança e o adolescente assistam a aulas educativas de moral religiosa na sua agremiação espírita.
Deverão mesmo fazê-lo, pois será também necessário cultivar a convivência com os futuros companheiros de ideal, ampliar relações fraternas, desenvolver traquejo para futuros certames de cunho espírita, e em razão de que o Centro Espírita deve ser prolongamento do lar.
O que, porém, é necessário e indispensável, o que é extremamente urgente e que os pais não releguem a outrem o dever de encaminhar os filhos para Deus, dever com o qual se comprometeram perante as Leis ao reencarnar, perante as exigências sociais do matrimónio e perante as disposições morais da paternidade.
A criança é grande enamorada dos próprios pais.
Segue-os de olhos fixos.
Uma lição, uma advertência carinhosa dos pais, se prudente e sabiamente aplicadas, serão facilmente assimiladas pelo filho, ainda frágil e simples.
Se se descurou, porém, a educação na primeira infância, a puberdade e a adolescência tornar-se-ão fases de orientação mais difícil.
Mesmo em se tratando de criança de índole rebelde, grandes benefícios advirão, se tal dever, o de educar, for fielmente observado pelos pais.
Jamais estes deverão alimentar a pretensão de que seu filho seja modelo de boas qualidades, enquanto o filho do próximo é atestado de qualidades inferiores, visto que tal ilusão entravará desastrosamente as providências educativas a favor do próprio filho.
Que os pais rejeitem, sem vacilações, a notícia mediunicamente revelada, de que “grandes missionários” são seus filhos reencarnados.
Semelhantes informações serão quase sempre fruto de mistificação, de preferência veiculadas por obsessores e não por amigos espirituais, porquanto estes seriam prudentes em não se permitirem tais indiscrições, mais prejudiciais que úteis ao próprio futuro da criança.
Entretanto, à mãe compete ainda maior dose de responsabilidade no certame.
O facto de ser mãe não será apenas acontecimento biológico, mas posto de trabalho árduo, testemunho de paciência, digno atestado de vigilância, de coragem, de amor, concordância com a renúncia e o sacrifício.
Não terá bem cumprido a própria tarefa a mulher que deixar de observar tal lema.
Um grande filósofo, adepto do Espiritismo, acentuou, numa das suas obras de educação e instrução, a seguinte reflexão:
“...tal seja a mulher tal é o filho, tal será o homem.
É a mulher que, desde o berço, modela a alma das gerações.
É ela que faz os heróis, os poetas, os artista, cujos feitos e obras fulguram através dos séculos.”
“...para desempenhar, porém, tão sagrada missão educativa (na antiguidade grega), era necessário a iniciação no grande mistério da vida e do destino, o conhecimento da lei das preexistências e das reencarnações, porque só essa lei dá à vida do ser, que vai desabrochar sob a égide materna, sua significação tão bela e tão comovedora.”(*)
Patrocinando, pois, um ensaio literário-espírita para auxílio das mães e dos pais de família, durante as noites de serão no lar, onde o Evangelho do Senhor e seus consequentes benefícios no indivíduo e na sociedade serão ministrados e examinados, eu o faço no cumprimento dos próprios deveres para com o Consolador, enviado pelo Céu à Terra como orientador da renovação moral de cada um, para efectivação dos desígnios de Deus em relação à Humanidade.
Que tão belos serões renovadores do lar e dos corações obtenham êxitos na boa educação da infância e o meu desejo.
Espírito Yvone A. Pereira
Comunicação obtida pela médium, na noite de 11 de agosto de 1966, Rio de Janeiro – RJ, transcrita de Obreiros do Bem, de dezembro de 1976. Gotas De Luz – Abril/Maio/Junho/2001
§.§.§- Ave sem Ninho
Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprires.
Os vossos e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro.
Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus:
Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”
(“O Evangelho segundo o Espiritismo” - Cap. XVI – Comunicação de Santo Agostinho.)
Pediram-me que patrocinasse uma exposição da moral evangélica-espírita para uso dos pais de família nos primeiros passos da educação religiosa e filosófica dos filhos.
Impossível seria furtar-me a esse convite tão sugestivo no momento difícil que a humanidade atravessa, quando a fé e a moral, a solidez dos costumes, o cumprimento do dever e a responsabilidade de cada um se diriam em colapso, desorientando a muitos, vencendo outros tantos, desanimando ou enrijecendo o coração de quase todos para lançar o caos na sociedade humana, assinalando as últimas etapas do fim de uma civilização.
Aquiesci, portanto, visto que ao servo zeloso cumpre agenciar com os talentos confiados à sua guarda, a fim de renderem o máximo, para gáudio do Senhor, que deseja ver a sua vinha habilmente cultivada, oferecendo frutos excelentes de amor e justiça, para felicidade das gerações vindouras.
O lar é a grande escola da família, em cujo seio o indivíduo se habilita para a realização dos próprios compromissos perante as leis de Deus e para consigo mesmo, na caminhada para o progresso.
É aí de preferência a qualquer outra parte, que a criança, o cidadão futuro, o futuro governante, o futuro elemento da sociedade, se deverá educar, adquirindo aquela sólida formação moral-religiosa que resistirá, vitoriosamente, aos embates das lutas quotidianas, das provações e mil complexos próprios de um planeta ainda inferior.
Nem o mestre, nem o adepto de uma crença qualquer, nem o amigo, por maior que lhes seja o desejo de servir, conseguirá cultivar no coração da infância os valores da moral evangélica se os pais, por sua vez, não edificarem no próprio lar o templo feliz do ensinamento que tenderá a florescer e frutecer para a eternidade.
Daí a urgente necessidade de os pais espíritas se habilitarem para dar aos filhos pequeninas aulas de moral, aulas de Evangelho, aulas de legítimo Espiritismo e mesmo aulas de boa educação social e doméstica, pois o espírita, antes de mais nada, necessita manter a boa educação doméstica e social, sem a qual não será cristão.
Outrossim, será necessário que, de uma vez para sempre, os pais de família observem a prática do amor recíproco, que assumiram ao se tornarem cônjuges, qual a conquista do progresso através da paternidade; que zelem pela harmonia e a serenidade doméstica de cada dia, jamais se permitindo displicências de quais quer natureza, discussões, hostilidades, pois será necessário que respeitem os filhos, lembrando-se de que das suas atitudes surgirão exemplos para a prole e que esses exemplos deverão ser os melhores, para que não enfraqueçam a própria autoridade e o respeito para dirigir a família.
Se tais atitudes não forem observadas, dificilmente poderão cumprir o próprio dever de orientadores da família, e a grandes responsabilidades serão chamados na realidade do mundo espiritual.
Não obstante, será bom que a criança e o adolescente assistam a aulas educativas de moral religiosa na sua agremiação espírita.
Deverão mesmo fazê-lo, pois será também necessário cultivar a convivência com os futuros companheiros de ideal, ampliar relações fraternas, desenvolver traquejo para futuros certames de cunho espírita, e em razão de que o Centro Espírita deve ser prolongamento do lar.
O que, porém, é necessário e indispensável, o que é extremamente urgente e que os pais não releguem a outrem o dever de encaminhar os filhos para Deus, dever com o qual se comprometeram perante as Leis ao reencarnar, perante as exigências sociais do matrimónio e perante as disposições morais da paternidade.
A criança é grande enamorada dos próprios pais.
Segue-os de olhos fixos.
Uma lição, uma advertência carinhosa dos pais, se prudente e sabiamente aplicadas, serão facilmente assimiladas pelo filho, ainda frágil e simples.
Se se descurou, porém, a educação na primeira infância, a puberdade e a adolescência tornar-se-ão fases de orientação mais difícil.
Mesmo em se tratando de criança de índole rebelde, grandes benefícios advirão, se tal dever, o de educar, for fielmente observado pelos pais.
Jamais estes deverão alimentar a pretensão de que seu filho seja modelo de boas qualidades, enquanto o filho do próximo é atestado de qualidades inferiores, visto que tal ilusão entravará desastrosamente as providências educativas a favor do próprio filho.
Que os pais rejeitem, sem vacilações, a notícia mediunicamente revelada, de que “grandes missionários” são seus filhos reencarnados.
Semelhantes informações serão quase sempre fruto de mistificação, de preferência veiculadas por obsessores e não por amigos espirituais, porquanto estes seriam prudentes em não se permitirem tais indiscrições, mais prejudiciais que úteis ao próprio futuro da criança.
Entretanto, à mãe compete ainda maior dose de responsabilidade no certame.
O facto de ser mãe não será apenas acontecimento biológico, mas posto de trabalho árduo, testemunho de paciência, digno atestado de vigilância, de coragem, de amor, concordância com a renúncia e o sacrifício.
Não terá bem cumprido a própria tarefa a mulher que deixar de observar tal lema.
Um grande filósofo, adepto do Espiritismo, acentuou, numa das suas obras de educação e instrução, a seguinte reflexão:
“...tal seja a mulher tal é o filho, tal será o homem.
É a mulher que, desde o berço, modela a alma das gerações.
É ela que faz os heróis, os poetas, os artista, cujos feitos e obras fulguram através dos séculos.”
“...para desempenhar, porém, tão sagrada missão educativa (na antiguidade grega), era necessário a iniciação no grande mistério da vida e do destino, o conhecimento da lei das preexistências e das reencarnações, porque só essa lei dá à vida do ser, que vai desabrochar sob a égide materna, sua significação tão bela e tão comovedora.”(*)
Patrocinando, pois, um ensaio literário-espírita para auxílio das mães e dos pais de família, durante as noites de serão no lar, onde o Evangelho do Senhor e seus consequentes benefícios no indivíduo e na sociedade serão ministrados e examinados, eu o faço no cumprimento dos próprios deveres para com o Consolador, enviado pelo Céu à Terra como orientador da renovação moral de cada um, para efectivação dos desígnios de Deus em relação à Humanidade.
Que tão belos serões renovadores do lar e dos corações obtenham êxitos na boa educação da infância e o meu desejo.
Espírito Yvone A. Pereira
Comunicação obtida pela médium, na noite de 11 de agosto de 1966, Rio de Janeiro – RJ, transcrita de Obreiros do Bem, de dezembro de 1976. Gotas De Luz – Abril/Maio/Junho/2001
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Verdadeiro respeito
Ainda hoje é comum se observar desrespeito entre membros de religiões diferentes.
Um ditado popular até inclui religião entre os temas que não devem ser conversados ou discutidos, entre colegas ou amigos.
É questão nevrálgica que pode gerar desentendimentos.
É que, quase sempre, um termina por ofender o outro por serem diferentes os conceitos a respeito de Deus, da alma, das penas e recompensas futuras.
Contudo, entre grandes líderes religiosos há muito respeito.
Exactamente porque um no outro admira o compromisso integral com sua própria crença.
Recordamos que no ano de 1219, Francisco de Assis, que fora se juntar aos combatentes da Quinta Cruzada, decidiu ir à presença do sultão Al-Malik Al-Kamil.
Ele desejava converter o sobrinho de Saladino ao Cristianismo.
E se isso redundasse em martírio, não se importava.
Com seu companheiro Illuminatus foi em direcção ao quartel-general do sultão.
Era sabido que os cristãos podiam praticar sua fé em terras muçulmanas.
Mas, se tentassem converter algum maometano, estariam sujeitos à pena capital.
Quando Francisco e o amigo se aproximaram do acampamento do sultão foram imediatamente levados à sua presença.
O governante muçulmano tinha a mesma idade de Francisco.
Ele governava o Egipto, a Palestina e a Síria.
Era competente em artes militares.
Também completamente dedicado às tradições de sua fé e à sua disseminação.
Cinco vezes ao dia, ao ouvir o chamado para a adoração a Alá, era o primeiro a assumir a postura devida.
Francisco de Assis, pois, estava diante de um homem profundamente devoto, que também acreditava em um Deus único.
Francisco, através de um intérprete, falou ao sultão e ao seu conselho sobre a fé em Cristo e o apelo de paz em nome de Jesus, o filho de Deus.
Quando concluiu, os conselheiros presentes opinaram que os visitantes deveriam ser, de imediato, decapitados.
Entretanto, o sultão era homem que apreciava a verdadeira fé onde quer que a encontrasse e disse:
Vou contrariar esses conselhos.
Jamais te condenarei à morte.
Seria uma perversa recompensa para alguém que voluntariamente arriscou-se a morrer a fim de salvar minha vida diante de Deus, como acreditas.
Até onde os registos medievais, em italiano e francês, bem como as crónicas muçulmanas relatam, o facto não teve precedente na História das relações entre cristãos e muçulmanos.
Os frades ficaram no acampamento durante uma semana.
E, ao despedi-los, o sultão forneceu a ambos salvo-conduto de volta ao seu acampamento.
E até mesmo a Jerusalém, pois Francisco desejava venerar os ditos lugares santos cristãos.
Deu-lhes o suficiente em provisões para a viagem de retorno e presentes preciosos.
Esses, delicadamente foram recusados por Francisco, o que mais provocou a admiração de Al-Kamil.
Francisco não conseguiu converter o sultão à fé cristã mas saiu de lá com uma impressão bem diferente do seu anfitrião.
Eram dois líderes.
Um liderava homens à guerra, motivados por suas convicções religiosas.
O outro somente desejava que se implantasse a paz do Cristo no mundo.
Dois líderes. Conceitos divergentes.
Batalhas gigantescas a vencer. Armas diferentes.
Mas um ao outro ouviu e deixou bem claras as linhas do respeito.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. Doze – 1219 – 1220, do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objectiva.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um ditado popular até inclui religião entre os temas que não devem ser conversados ou discutidos, entre colegas ou amigos.
É questão nevrálgica que pode gerar desentendimentos.
É que, quase sempre, um termina por ofender o outro por serem diferentes os conceitos a respeito de Deus, da alma, das penas e recompensas futuras.
Contudo, entre grandes líderes religiosos há muito respeito.
Exactamente porque um no outro admira o compromisso integral com sua própria crença.
Recordamos que no ano de 1219, Francisco de Assis, que fora se juntar aos combatentes da Quinta Cruzada, decidiu ir à presença do sultão Al-Malik Al-Kamil.
Ele desejava converter o sobrinho de Saladino ao Cristianismo.
E se isso redundasse em martírio, não se importava.
Com seu companheiro Illuminatus foi em direcção ao quartel-general do sultão.
Era sabido que os cristãos podiam praticar sua fé em terras muçulmanas.
Mas, se tentassem converter algum maometano, estariam sujeitos à pena capital.
Quando Francisco e o amigo se aproximaram do acampamento do sultão foram imediatamente levados à sua presença.
O governante muçulmano tinha a mesma idade de Francisco.
Ele governava o Egipto, a Palestina e a Síria.
Era competente em artes militares.
Também completamente dedicado às tradições de sua fé e à sua disseminação.
Cinco vezes ao dia, ao ouvir o chamado para a adoração a Alá, era o primeiro a assumir a postura devida.
Francisco de Assis, pois, estava diante de um homem profundamente devoto, que também acreditava em um Deus único.
Francisco, através de um intérprete, falou ao sultão e ao seu conselho sobre a fé em Cristo e o apelo de paz em nome de Jesus, o filho de Deus.
Quando concluiu, os conselheiros presentes opinaram que os visitantes deveriam ser, de imediato, decapitados.
Entretanto, o sultão era homem que apreciava a verdadeira fé onde quer que a encontrasse e disse:
Vou contrariar esses conselhos.
Jamais te condenarei à morte.
Seria uma perversa recompensa para alguém que voluntariamente arriscou-se a morrer a fim de salvar minha vida diante de Deus, como acreditas.
Até onde os registos medievais, em italiano e francês, bem como as crónicas muçulmanas relatam, o facto não teve precedente na História das relações entre cristãos e muçulmanos.
Os frades ficaram no acampamento durante uma semana.
E, ao despedi-los, o sultão forneceu a ambos salvo-conduto de volta ao seu acampamento.
E até mesmo a Jerusalém, pois Francisco desejava venerar os ditos lugares santos cristãos.
Deu-lhes o suficiente em provisões para a viagem de retorno e presentes preciosos.
Esses, delicadamente foram recusados por Francisco, o que mais provocou a admiração de Al-Kamil.
Francisco não conseguiu converter o sultão à fé cristã mas saiu de lá com uma impressão bem diferente do seu anfitrião.
Eram dois líderes.
Um liderava homens à guerra, motivados por suas convicções religiosas.
O outro somente desejava que se implantasse a paz do Cristo no mundo.
Dois líderes. Conceitos divergentes.
Batalhas gigantescas a vencer. Armas diferentes.
Mas um ao outro ouviu e deixou bem claras as linhas do respeito.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. Doze – 1219 – 1220, do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objectiva.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Religião e Deus
Quantos são os caminhos para encontrar Deus?
De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus?
Quais são os caminhares que nos levam a Deus?
Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.
As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.
Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.
E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.
Seja o Deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o Deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o Deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.
E hoje, como entendemos Deus?
Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.
E é exactamente para isso que as religiões se estruturam:
para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.
Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio.
O meio que encontramos para entender Deus e tê-lO na nossa vida diária.
E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.
Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.
Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito.
Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.
Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida.
Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.
Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de rectidão de carácter inquestionável.
E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.
Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.
Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.
O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adoptamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender Deus e trazê-lO para dentro de si.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus?
Quais são os caminhares que nos levam a Deus?
Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.
As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.
Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.
E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.
Seja o Deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o Deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o Deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.
E hoje, como entendemos Deus?
Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.
E é exactamente para isso que as religiões se estruturam:
para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.
Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio.
O meio que encontramos para entender Deus e tê-lO na nossa vida diária.
E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.
Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.
Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito.
Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.
Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida.
Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.
Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de rectidão de carácter inquestionável.
E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.
Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.
Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.
O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adoptamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender Deus e trazê-lO para dentro de si.
Momento Espírita.
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Aparências
O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.
Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.
Conforme o local, as exigências mudam.
Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.
Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.
Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.
Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.
É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.
Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.
Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.
Tudo o que é material é sempre efémero.
Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.
A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.
É possível adoptar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem-estar do próximo.
A título de princípio, vale a disciplina do exterior.
Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.
Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.
Cedo ou tarde, as aparências cessarão.
Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.
Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.
A essência da criatura reside em sua realidade íntima.
Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.
Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.
Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.
Para os que estão à sua volta parecem exemplos de dignidade.
Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os vêem de modo bem diverso.
Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.
Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.
Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.
Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.
Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.
Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.
Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.
Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.
Conforme o local, as exigências mudam.
Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.
Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.
Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.
Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.
É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.
Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.
Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.
Tudo o que é material é sempre efémero.
Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.
A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.
É possível adoptar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem-estar do próximo.
A título de princípio, vale a disciplina do exterior.
Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.
Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.
Cedo ou tarde, as aparências cessarão.
Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.
Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.
A essência da criatura reside em sua realidade íntima.
Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.
Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.
Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.
Para os que estão à sua volta parecem exemplos de dignidade.
Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os vêem de modo bem diverso.
Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.
Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.
Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.
Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.
Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.
Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.
Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.
Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.
Momento Espírita.
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Caminhos
São muitos os caminhos...
Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.
Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.
Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.
Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.
Caminhos de lama, após a chuva torrencial.
Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.
Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros.
Caminhos curtos. Caminhos longos.
Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum:
o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.
Assim, o mais importante não é escolhê-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento.
O mais importante é saber onde se pretende chegar.
Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades.
São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.
Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.
Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.
Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam.
São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores.
Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.
São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.
Os servidores da caridade escolhem roteiros de acção constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.
A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.
Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.
não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.
Hoje como ontem, Jesus, o Mestre Incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.
O Seu convite perene é para que nos acerquemos dEle usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando sempre.
Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros que fazeres do dia a dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.
Retornar aos seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.
Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.
Momento Espírita, com base no Prefácio, do livro Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.
Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.
Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.
Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.
Caminhos de lama, após a chuva torrencial.
Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.
Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros.
Caminhos curtos. Caminhos longos.
Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum:
o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.
Assim, o mais importante não é escolhê-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento.
O mais importante é saber onde se pretende chegar.
Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades.
São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.
Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.
Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.
Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam.
São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores.
Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.
São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.
Os servidores da caridade escolhem roteiros de acção constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.
A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.
Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.
não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.
Hoje como ontem, Jesus, o Mestre Incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.
O Seu convite perene é para que nos acerquemos dEle usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando sempre.
Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros que fazeres do dia a dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.
Retornar aos seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.
Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.
Momento Espírita, com base no Prefácio, do livro Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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Viver agora
Este é o teu momento de viver intensamente a realidade da vida.
Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.
Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.
A tomada de consciência é um trabalho de actualidade, de valorização das horas, de realização constante.
A vida é para ser vivida agora.
Postergar experiências significa prejuízo em crescimento na economia da vida.
Antecipar ocorrências representa precipitação de factos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso.
As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.
Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento actual é a vida, que resulta das actividades pretéritas e elabora o programa do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.
A vida é um sublime dom de Deus.
Naturalmente, quando recebes um presente de alguém sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.
Desse modo, agradece a Deus o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.
Deus, nosso Pai de infinita justiça e bondade:
Como é bom agradecer pela vida, por esta oportunidade sem igual de fazer parte de Teu Universo resplandecente.
Brilha meu coração quando, ao observar o cântico da Tua natureza, percebe que tudo é feliz e cumpre seu papel resignadamente.
Brilha meu coração quando compreendo Tuas leis perfeitas a reger o cosmo; das leis que equilibram os corpos no espaço às leis morais que harmonizam as relações humanas.
Brilha meu coração ao saber que todos rumamos para a felicidade e que, embora acampemos agora em campos de aflição e dúvida, o passar das eras está construindo em nós as bases de dias felizes.
Brilha meu coração, hoje, agora, enquanto me dou conta de Ti, de mim, de meu próximo e percebo que estamos todos entrelaçados, e que a felicidade depende de como cuido de Ti, de mim e de meu próximo.
Brilha meu coração que é Teu, Pai amado.
E a luz que ele emite é a gratidão da criatura para com o Seu Criador.
É um despertar decisivo para a verdadeira vida, agora, aqui, na imensidão de minha alma encantada ao descobrir-Te, gradual e definitivamente.
Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.
Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.
A tomada de consciência é um trabalho de actualidade, de valorização das horas, de realização constante.
A vida é para ser vivida agora.
Postergar experiências significa prejuízo em crescimento na economia da vida.
Antecipar ocorrências representa precipitação de factos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso.
As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.
Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento actual é a vida, que resulta das actividades pretéritas e elabora o programa do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.
A vida é um sublime dom de Deus.
Naturalmente, quando recebes um presente de alguém sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.
Desse modo, agradece a Deus o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.
Deus, nosso Pai de infinita justiça e bondade:
Como é bom agradecer pela vida, por esta oportunidade sem igual de fazer parte de Teu Universo resplandecente.
Brilha meu coração quando, ao observar o cântico da Tua natureza, percebe que tudo é feliz e cumpre seu papel resignadamente.
Brilha meu coração quando compreendo Tuas leis perfeitas a reger o cosmo; das leis que equilibram os corpos no espaço às leis morais que harmonizam as relações humanas.
Brilha meu coração ao saber que todos rumamos para a felicidade e que, embora acampemos agora em campos de aflição e dúvida, o passar das eras está construindo em nós as bases de dias felizes.
Brilha meu coração, hoje, agora, enquanto me dou conta de Ti, de mim, de meu próximo e percebo que estamos todos entrelaçados, e que a felicidade depende de como cuido de Ti, de mim e de meu próximo.
Brilha meu coração que é Teu, Pai amado.
E a luz que ele emite é a gratidão da criatura para com o Seu Criador.
É um despertar decisivo para a verdadeira vida, agora, aqui, na imensidão de minha alma encantada ao descobrir-Te, gradual e definitivamente.
Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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Saberes diferentes
Narra-se que, num largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro.
Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito e com ar altivo, o advogado pergunta ao barqueiro:
Companheiro, você entende de leis?
Não. Responde o barqueiro.
E o advogado compadecido acrescenta:
É pena... Você perdeu metade de sua vida!
A professora, então, muito social, adentra na conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não. Responde o remador.
Que pena! – Condói-se a mestra.
Você perdeu metade de sua vida!
Nisso, uma onda muito forte vira o barco.
O canoeiro, preocupado, pergunta:
Vocês dois sabem nadar?
Não! Responderam eles rapidamente, em conjunto.
Então é pena! – Conclui o barqueiro.
Vocês perderam toda sua vida!
O texto do educador Paulo Freire mostra, com bom humor e profundidade, que não há saber maior ou saber menor, apenas saberes diferentes.
Todos somos importantes e sempre temos algo a contribuir para com a sociedade.
Cada um com suas habilidades, na sua área de conhecimento específico, fazemos parte de uma grande engrenagem, tanto na Terra, como no Cosmo.
Para que essa engrenagem funcione bem, os dentes precisam estar bem encaixados, uns oferecendo, outros recebendo e vice-versa.
Juntos formamos um organismo completo, onde as pequenas e importantes peças, sempre solidárias entre si, complementam-se, preenchendo as deficiências umas das outras.
A lei maior do progresso dita que todos, um dia, saberemos tudo sobre tudo.
Porém, neste longo caminho a ser trilhado, vamos adquirindo tais conhecimentos gradualmente.
A Sabedoria Divina, sempre fabulosa, faz com que tenhamos uma interdependência entre nós, para que nos ajudemos mutuamente e não nos isolemos.
Dessa forma, as sociedades precisam dos advogados, das professoras, dos médicos.
Mas também carecem dos barqueiros, dos garis, dos músicos etc.
É nisto que está a beleza da vida, das habilidades que se complementam e se auxiliam para que todos possam não só viver, mas bem viver.
Nunca desmereça os serviços aparentemente simples e maquinais.
Os trabalhos manuais enriquecem a alma, da mesma forma que aqueles que exigem muitos conhecimentos.
Cada um deve servir com suas forças, com aquilo que tem de melhor.
Nossas diferenças nos enriquecem, nos fazem aprender uns com os outros em toda ocasião.
Aproveitemos as oportunidades de aprender com o diferente, construindo no íntimo as virtudes da humildade e do respeito.
Viva a diferença que pode conviver em harmonia!
Momento Espírita, com base no texto A canoa, de Paulo Freire.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito e com ar altivo, o advogado pergunta ao barqueiro:
Companheiro, você entende de leis?
Não. Responde o barqueiro.
E o advogado compadecido acrescenta:
É pena... Você perdeu metade de sua vida!
A professora, então, muito social, adentra na conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não. Responde o remador.
Que pena! – Condói-se a mestra.
Você perdeu metade de sua vida!
Nisso, uma onda muito forte vira o barco.
O canoeiro, preocupado, pergunta:
Vocês dois sabem nadar?
Não! Responderam eles rapidamente, em conjunto.
Então é pena! – Conclui o barqueiro.
Vocês perderam toda sua vida!
O texto do educador Paulo Freire mostra, com bom humor e profundidade, que não há saber maior ou saber menor, apenas saberes diferentes.
Todos somos importantes e sempre temos algo a contribuir para com a sociedade.
Cada um com suas habilidades, na sua área de conhecimento específico, fazemos parte de uma grande engrenagem, tanto na Terra, como no Cosmo.
Para que essa engrenagem funcione bem, os dentes precisam estar bem encaixados, uns oferecendo, outros recebendo e vice-versa.
Juntos formamos um organismo completo, onde as pequenas e importantes peças, sempre solidárias entre si, complementam-se, preenchendo as deficiências umas das outras.
A lei maior do progresso dita que todos, um dia, saberemos tudo sobre tudo.
Porém, neste longo caminho a ser trilhado, vamos adquirindo tais conhecimentos gradualmente.
A Sabedoria Divina, sempre fabulosa, faz com que tenhamos uma interdependência entre nós, para que nos ajudemos mutuamente e não nos isolemos.
Dessa forma, as sociedades precisam dos advogados, das professoras, dos médicos.
Mas também carecem dos barqueiros, dos garis, dos músicos etc.
É nisto que está a beleza da vida, das habilidades que se complementam e se auxiliam para que todos possam não só viver, mas bem viver.
Nunca desmereça os serviços aparentemente simples e maquinais.
Os trabalhos manuais enriquecem a alma, da mesma forma que aqueles que exigem muitos conhecimentos.
Cada um deve servir com suas forças, com aquilo que tem de melhor.
Nossas diferenças nos enriquecem, nos fazem aprender uns com os outros em toda ocasião.
Aproveitemos as oportunidades de aprender com o diferente, construindo no íntimo as virtudes da humildade e do respeito.
Viva a diferença que pode conviver em harmonia!
Momento Espírita, com base no texto A canoa, de Paulo Freire.
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Perspectiva Espírita
"Assim corro também eu, não sem meta;assim luto, não como desferindo golpes no ar." - l Coríntios, Cap.9-v.26
Qual será o objectivo do homem desprovido de perspectivas para o futuro?
De que maneira vive, interiormente, quem nada espera da Vida além da morte?
Quais os pensamentos de quem se acredita à mercê das forcas do acaso sobre a Terra?
Enquanto doutor da lei, o objectivo de Paulo se resumia na ambição de conquistar uma cadeira no Sinédrio e deixar-se envelhecer na rotina de intermináveis discussões teológicas; todavia, a partir de seu encontro com o Cristo, no deserto de Damasco, alteraram–se-lhe os valores de modo substancial: não mais vivia preso a tão estreita visão da Vida!
Quão desesperançada deve ser existência de quem a nada mais aspira para além do sepulcro?
De fato, a vida no mundo, sem o seu natural desdobramento nas dimensões espirituais, careceria de sentido mais,justo.
O inolvidável Apóstolo dos Gentios deixa claro neste trecho de sua primeira carta aos coríntios que, antes de conhecer Jesus Cristo, corria sem meta a lutava como quem desferia golpes no ar...
Se a meta do homem se restringisse a enriquecer a vencer profissionalmente, convenhamos que ela lhe haveria de ser extremamente pobre, indigna até de quem se considera o centro da Criação.
A aceitação do Cristo em sua vida projecta a criatura na direcção do Infinito, ampliando-lhe os horizontes consideravelmente; não mais apenas berço e túmulo, mas, sim, "nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre tal é a Lei".
O conhecimento da Doutrina Espírita descortina novos horizontes para a alma.
Ao tomar consciência de que deve a si mesmo o que foi, o que é e o que será, o homem ganha diferente motivação pare viver e não mais questiona a importância do trabalho.
O espírita, portanto, corre, mas não corre sem meta, e luta, mas não como quem precisa vencer um adversário inexistente.
A perspective espírita da Vida dignifica a Sabedoria de Deus e justifica o pranto e o suor que o homem derrama no vale em que segue carpindo as suas dores, à distância das estrelas que atingirá, um dia.
Livro: Ramos da Vida - Irmão José - Psicografia Carlos A. Baccelli
§.§.§- Ave sem Ninho
Qual será o objectivo do homem desprovido de perspectivas para o futuro?
De que maneira vive, interiormente, quem nada espera da Vida além da morte?
Quais os pensamentos de quem se acredita à mercê das forcas do acaso sobre a Terra?
Enquanto doutor da lei, o objectivo de Paulo se resumia na ambição de conquistar uma cadeira no Sinédrio e deixar-se envelhecer na rotina de intermináveis discussões teológicas; todavia, a partir de seu encontro com o Cristo, no deserto de Damasco, alteraram–se-lhe os valores de modo substancial: não mais vivia preso a tão estreita visão da Vida!
Quão desesperançada deve ser existência de quem a nada mais aspira para além do sepulcro?
De fato, a vida no mundo, sem o seu natural desdobramento nas dimensões espirituais, careceria de sentido mais,justo.
O inolvidável Apóstolo dos Gentios deixa claro neste trecho de sua primeira carta aos coríntios que, antes de conhecer Jesus Cristo, corria sem meta a lutava como quem desferia golpes no ar...
Se a meta do homem se restringisse a enriquecer a vencer profissionalmente, convenhamos que ela lhe haveria de ser extremamente pobre, indigna até de quem se considera o centro da Criação.
A aceitação do Cristo em sua vida projecta a criatura na direcção do Infinito, ampliando-lhe os horizontes consideravelmente; não mais apenas berço e túmulo, mas, sim, "nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre tal é a Lei".
O conhecimento da Doutrina Espírita descortina novos horizontes para a alma.
Ao tomar consciência de que deve a si mesmo o que foi, o que é e o que será, o homem ganha diferente motivação pare viver e não mais questiona a importância do trabalho.
O espírita, portanto, corre, mas não corre sem meta, e luta, mas não como quem precisa vencer um adversário inexistente.
A perspective espírita da Vida dignifica a Sabedoria de Deus e justifica o pranto e o suor que o homem derrama no vale em que segue carpindo as suas dores, à distância das estrelas que atingirá, um dia.
Livro: Ramos da Vida - Irmão José - Psicografia Carlos A. Baccelli
§.§.§- Ave sem Ninho
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Muito humilde
A pessoa que trabalha lá em casa é muito, muito humilde.
Você já deve ter ouvido esta frase, com certeza.
E com a mesma certeza sabe que quem assim fala está se referindo a alguém com poucos recursos amoedados. Ou intelectuais. Ou ambos.
De um modo geral, associamos pobreza, analfabetismo, ignorância à humildade.
Contudo, foram humildes Jesus de Nazaré, Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier.
E esses não se enquadram nos itens destacados.
Jesus era humilde, no entanto, a ninguém ocorre imaginar que Ele fosse um iletrado.
Profundo conhecedor da alma humana, o que Lhe confere, de imediato, alta condição psicológica, era igualmente conhecedor da História de Israel, da cultura do mundo em que vivia, das escrituras.
Provam isso suas falas, seus pronunciamentos, reportando-se à Lei antiga, aos profetas, ao tempo político que se vivia então.
Ademais, era poeta, utilizando-se sabiamente de figuras de linguagem, adequando-as ao ensino que desejava oferecer e às pessoas para as quais falava.
Ninguém foi tão grande quanto Ele. E era humilde.
Ele mesmo o disse:
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
Francisco Cândido Xavier não dispunha de recursos financeiros, nem diplomas.
Mas ninguém ousaria dizê-lo ignorante.
Basta recordar-lhe a sabedoria nas entrevistas que concedeu a jornalistas, repórteres, cientistas que desejaram estudar-lhe as qualidades mediúnicas.
Sabia portar-se em público, utilizando-se de vocabulário adequado, demonstrando a ilustração do seu intelecto.
Francisco de Assis nasceu em berço rico e abraçou a pobreza, por opção do ensino que desejou ministrar, em plena Idade Média.
Era humilde e conhecedor do Evangelho.
Foi ainda compositor.
Dizia-se o cantor do Grande Rei, Deus.
No ideal de divulgar o Evangelho de Jesus em sua essência mais pura, agregou jovens ricos, homens cultos, no mesmo ideal e os liderou.
Falava ao povo simples, falava a magistrados e às autoridades eclesiásticas.
Conta-se que, certa vez, em retornando de Roma a Assis, deteve-se na cidade de Ímola.
Por questão de respeito hierárquico, apresentou-se ao bispo e expressou o desejo de pregar na igreja local.
Eu prego a meu povo e isso é o bastante! – Foi a resposta do bispo.
Francisco se retirou e voltou uma hora depois, fazendo o mesmo pedido.
Ante o espanto do bispo, pela insistência, respondeu:
Meu senhor, se um pai expulsa o filho por uma porta, ele deve voltar por outra!
O raciocínio coerente lhe valeu o direito de tomar lugar no púlpito do prelado para a pregação.
Humildade é virtude que brilha nos corações dos homens de bem.
Homens de intelecto mas que a ninguém desprezam.
Homens de posses, que a todos acolhem.
Homens que sabem reivindicar seus direitos, nunca sendo omissos.
Homens de bem. Humildes.
Repensemos nossos conceitos.
Momento Espírita, com relato de fato colhido no cap. Onze (1213-1218), do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objectiva.
§.§.§- Ave sem Ninho
Você já deve ter ouvido esta frase, com certeza.
E com a mesma certeza sabe que quem assim fala está se referindo a alguém com poucos recursos amoedados. Ou intelectuais. Ou ambos.
De um modo geral, associamos pobreza, analfabetismo, ignorância à humildade.
Contudo, foram humildes Jesus de Nazaré, Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier.
E esses não se enquadram nos itens destacados.
Jesus era humilde, no entanto, a ninguém ocorre imaginar que Ele fosse um iletrado.
Profundo conhecedor da alma humana, o que Lhe confere, de imediato, alta condição psicológica, era igualmente conhecedor da História de Israel, da cultura do mundo em que vivia, das escrituras.
Provam isso suas falas, seus pronunciamentos, reportando-se à Lei antiga, aos profetas, ao tempo político que se vivia então.
Ademais, era poeta, utilizando-se sabiamente de figuras de linguagem, adequando-as ao ensino que desejava oferecer e às pessoas para as quais falava.
Ninguém foi tão grande quanto Ele. E era humilde.
Ele mesmo o disse:
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
Francisco Cândido Xavier não dispunha de recursos financeiros, nem diplomas.
Mas ninguém ousaria dizê-lo ignorante.
Basta recordar-lhe a sabedoria nas entrevistas que concedeu a jornalistas, repórteres, cientistas que desejaram estudar-lhe as qualidades mediúnicas.
Sabia portar-se em público, utilizando-se de vocabulário adequado, demonstrando a ilustração do seu intelecto.
Francisco de Assis nasceu em berço rico e abraçou a pobreza, por opção do ensino que desejou ministrar, em plena Idade Média.
Era humilde e conhecedor do Evangelho.
Foi ainda compositor.
Dizia-se o cantor do Grande Rei, Deus.
No ideal de divulgar o Evangelho de Jesus em sua essência mais pura, agregou jovens ricos, homens cultos, no mesmo ideal e os liderou.
Falava ao povo simples, falava a magistrados e às autoridades eclesiásticas.
Conta-se que, certa vez, em retornando de Roma a Assis, deteve-se na cidade de Ímola.
Por questão de respeito hierárquico, apresentou-se ao bispo e expressou o desejo de pregar na igreja local.
Eu prego a meu povo e isso é o bastante! – Foi a resposta do bispo.
Francisco se retirou e voltou uma hora depois, fazendo o mesmo pedido.
Ante o espanto do bispo, pela insistência, respondeu:
Meu senhor, se um pai expulsa o filho por uma porta, ele deve voltar por outra!
O raciocínio coerente lhe valeu o direito de tomar lugar no púlpito do prelado para a pregação.
Humildade é virtude que brilha nos corações dos homens de bem.
Homens de intelecto mas que a ninguém desprezam.
Homens de posses, que a todos acolhem.
Homens que sabem reivindicar seus direitos, nunca sendo omissos.
Homens de bem. Humildes.
Repensemos nossos conceitos.
Momento Espírita, com relato de fato colhido no cap. Onze (1213-1218), do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objectiva.
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O servidor medroso
A parábola dos talentos é uma das mais conhecidas dentre as contadas por Jesus.
Segundo ela, um senhor que se ausentaria em viagem chamou seus servidores e lhes confiou seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro deu um.
Ao retornar de sua viagem, chamou os servidores para uma prestação de contas.
Os dois primeiros tinham multiplicado os talentos recebidos.
O senhor ficou satisfeito com sua fidelidade e prometeu lhes confiar mais coisas.
Entretanto, o terceiro limitou-se a enterrar o tesouro recebido.
Ao falar com o senhor, disse estar ciente da severidade dele e de que ele colhia onde nada semeara.
medo, não agira para multiplicar o talento que lhe fora confiado.
O senhor determinou que lhe tirassem o recurso que restara inútil em suas mãos.
É interessante observar a postura desse último servidor.
Por medo, ficou inerte.
Entendeu melhor enterrar seu talento do que se arriscar a cometer algum erro.
Terminou por perdê-lo de qualquer modo, tanto que foi entregue ao que já tinha dez talentos.
São inúmeras as leituras que se podem fazer dessa parábola.
Uma delas é que esses talentos representam os variados dons e recursos de que os homens são dotados.
A Providência Divina lhes faculta acesso a tesouros de inefável valor.
Pode ser a riqueza material, o dom da palavra, a vocação para as artes, para a maternidade, a medicina, o magistério.
Antes de retomar nova existência, renascendo, cada Espírito elabora, em linhas gerais, uma programação de vida.
Na existência terrena, lentamente os meios para cumprir o acordado e fazer o bem lhe chegam às mãos.
Nem sempre a criatura é feliz em suas opções.
São frequentes os êxitos parciais e mesmo os fracassos.
Como são imperfeitos e vivem para aprender, não é raro que homens se equivoquem.
Apenas é necessário tentar de verdade.
Dos equívocos surge a experiência, que facilitará o acerto mais tarde.
Nesse contexto, torna-se evidente o grave equívoco do servidor medroso.
Ele não se permitiu errar no empenho de acertar e ser útil.
Terminou por perder tudo sem ter auferido sequer a experiência oriunda da tentativa.
Convém reflectir sobre isso sempre que surgir o desejo de desistir antes mesmo de tentar.
A prudência é uma virtude que mensura a eficiência dos meios de que se dispõe para a realização dos objectivos.
Se ela aponta alguma deficiência, esta deve ser trabalhada.
Entretanto, o medo é um péssimo conselheiro de vida.
Ele pode colocar a perder oportunidades valiosas de aprendizado e progresso.
Pense nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Segundo ela, um senhor que se ausentaria em viagem chamou seus servidores e lhes confiou seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro deu um.
Ao retornar de sua viagem, chamou os servidores para uma prestação de contas.
Os dois primeiros tinham multiplicado os talentos recebidos.
O senhor ficou satisfeito com sua fidelidade e prometeu lhes confiar mais coisas.
Entretanto, o terceiro limitou-se a enterrar o tesouro recebido.
Ao falar com o senhor, disse estar ciente da severidade dele e de que ele colhia onde nada semeara.
medo, não agira para multiplicar o talento que lhe fora confiado.
O senhor determinou que lhe tirassem o recurso que restara inútil em suas mãos.
É interessante observar a postura desse último servidor.
Por medo, ficou inerte.
Entendeu melhor enterrar seu talento do que se arriscar a cometer algum erro.
Terminou por perdê-lo de qualquer modo, tanto que foi entregue ao que já tinha dez talentos.
São inúmeras as leituras que se podem fazer dessa parábola.
Uma delas é que esses talentos representam os variados dons e recursos de que os homens são dotados.
A Providência Divina lhes faculta acesso a tesouros de inefável valor.
Pode ser a riqueza material, o dom da palavra, a vocação para as artes, para a maternidade, a medicina, o magistério.
Antes de retomar nova existência, renascendo, cada Espírito elabora, em linhas gerais, uma programação de vida.
Na existência terrena, lentamente os meios para cumprir o acordado e fazer o bem lhe chegam às mãos.
Nem sempre a criatura é feliz em suas opções.
São frequentes os êxitos parciais e mesmo os fracassos.
Como são imperfeitos e vivem para aprender, não é raro que homens se equivoquem.
Apenas é necessário tentar de verdade.
Dos equívocos surge a experiência, que facilitará o acerto mais tarde.
Nesse contexto, torna-se evidente o grave equívoco do servidor medroso.
Ele não se permitiu errar no empenho de acertar e ser útil.
Terminou por perder tudo sem ter auferido sequer a experiência oriunda da tentativa.
Convém reflectir sobre isso sempre que surgir o desejo de desistir antes mesmo de tentar.
A prudência é uma virtude que mensura a eficiência dos meios de que se dispõe para a realização dos objectivos.
Se ela aponta alguma deficiência, esta deve ser trabalhada.
Entretanto, o medo é um péssimo conselheiro de vida.
Ele pode colocar a perder oportunidades valiosas de aprendizado e progresso.
Pense nisso.
Momento Espírita.
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Dias de solidão
Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu.
Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.
São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.
São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.
Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si.
Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.
Outras vezes são os problemas económicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.
A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.
Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.
Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.
Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.
Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.
Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam rectos nosso proceder e nossas acções.
Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.
Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.
Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.
Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.
Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.
Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.
São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.
São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.
Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si.
Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.
Outras vezes são os problemas económicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.
A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.
Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.
Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.
Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.
Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.
Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam rectos nosso proceder e nossas acções.
Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.
Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.
Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.
Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.
Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.
Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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Onde está o inimigo?
Lemos, dia desses, interessante artigo de um antropólogo.
Intitulava-se: O inimigo está lá fora!
A abordagem girava em torno da competitividade nas empresas.
E alertava a respeito da inexistência da união entre os funcionários.
Em vez de se unirem a fim de planearem estratégias de mercado, conquista de novos segmentos, crescimento conjunto, um departamento envidava esforços para mostrar as falhas do outro sector.
Em vez de estarem a planear estratégias para melhorar a performance da empresa, os funcionários concentravam toda sua energia em colectar dados, elaborar planilhas, gráficos e estatísticas para derrotar o colega de trabalho.
Ninguém estava se preocupando senão consigo próprio, em aparecer, em mostrar a sua eficiência e as falhas alheias.
O tempo, que deveria ser empregado para o melhor atendimento ao cliente, à melhoria da qualidade, era desperdiçado com a fofoca, preparar armadilhas e dificultar o trabalho do colega.
Em vez da preocupação em criar um ambiente sadio e produtivo, uma convivência amistosa, existia o preparo de planos para destruir o companheiro.
Naturalmente, uma empresa com tais funcionários vai mal.
Tem problemas sérios em relação a seus clientes, à qualidade, à logística, à distribuição em todas as áreas.
Enquanto a empresa vai apresentando desempenho negativo, comprometendo empregos, cargos, funções, salários, os colaboradores se ocupam em combater seus pares.
Procuram erros nos outros em vez de corrigir os próprios equívocos.
O artigo finalizava aconselhando ser imprescindível acabar com as brigas internas, pois elas são contagiosas e atingem a todos.
Lembrava, por fim, que o pretenso inimigo não está dentro da empresa.
O adversário é o concorrente.
E há que se ter união para vencer em qualidade e crescer.
Embora a temática objective o lucro, o crescimento material, no caso em tela, de imediato nos recordamos das palavras do Celeste Amigo:
A casa dividida não subsistirá.
Jesus, o Mestre dos mestres, estabeleceu linhas de acção para a felicidade do ser humano.
Elas são válidas para a vida, em todas as suas nuances.
Também para as questões do progresso e bem-estar do indivíduo e da colectividade.
Excelentes em todos os tempos, quem siga as regras do Nazareno alcançará paz íntima, serenidade nas dificuldades e felicidade.
Será um promotor da tranquilidade onde se encontre.
Como profissional, um colaborador eficiente, com preocupação em realizar o melhor sempre.
Aquele que prioriza o bom atendimento, a gentileza, o coleguismo.
Pronto a auxiliar a chefia, subalternos ou iguais, sem preocupação em sobrepujar a ninguém.
No lar é o que serve, se preocupa com o outro, na tentativa ideal do exercício do amor ágape.
Na sociedade, é o que age a bem de todos, consciente de que ninguém pode viver sozinho.
E que todos compomos, neste lar chamado Terra, uma única família que deve se unir sob os laços do amor.
Momento Espírita, com base em artigo intitulado O inimigo está lá fora, de Luiz Marins, publicada na revista Voe trip, ano 22, de abril de 2010 e no site www.marins.com.br e com citação do versículo 25, do cap. 12 do Evangelho de Mateus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Intitulava-se: O inimigo está lá fora!
A abordagem girava em torno da competitividade nas empresas.
E alertava a respeito da inexistência da união entre os funcionários.
Em vez de se unirem a fim de planearem estratégias de mercado, conquista de novos segmentos, crescimento conjunto, um departamento envidava esforços para mostrar as falhas do outro sector.
Em vez de estarem a planear estratégias para melhorar a performance da empresa, os funcionários concentravam toda sua energia em colectar dados, elaborar planilhas, gráficos e estatísticas para derrotar o colega de trabalho.
Ninguém estava se preocupando senão consigo próprio, em aparecer, em mostrar a sua eficiência e as falhas alheias.
O tempo, que deveria ser empregado para o melhor atendimento ao cliente, à melhoria da qualidade, era desperdiçado com a fofoca, preparar armadilhas e dificultar o trabalho do colega.
Em vez da preocupação em criar um ambiente sadio e produtivo, uma convivência amistosa, existia o preparo de planos para destruir o companheiro.
Naturalmente, uma empresa com tais funcionários vai mal.
Tem problemas sérios em relação a seus clientes, à qualidade, à logística, à distribuição em todas as áreas.
Enquanto a empresa vai apresentando desempenho negativo, comprometendo empregos, cargos, funções, salários, os colaboradores se ocupam em combater seus pares.
Procuram erros nos outros em vez de corrigir os próprios equívocos.
O artigo finalizava aconselhando ser imprescindível acabar com as brigas internas, pois elas são contagiosas e atingem a todos.
Lembrava, por fim, que o pretenso inimigo não está dentro da empresa.
O adversário é o concorrente.
E há que se ter união para vencer em qualidade e crescer.
Embora a temática objective o lucro, o crescimento material, no caso em tela, de imediato nos recordamos das palavras do Celeste Amigo:
A casa dividida não subsistirá.
Jesus, o Mestre dos mestres, estabeleceu linhas de acção para a felicidade do ser humano.
Elas são válidas para a vida, em todas as suas nuances.
Também para as questões do progresso e bem-estar do indivíduo e da colectividade.
Excelentes em todos os tempos, quem siga as regras do Nazareno alcançará paz íntima, serenidade nas dificuldades e felicidade.
Será um promotor da tranquilidade onde se encontre.
Como profissional, um colaborador eficiente, com preocupação em realizar o melhor sempre.
Aquele que prioriza o bom atendimento, a gentileza, o coleguismo.
Pronto a auxiliar a chefia, subalternos ou iguais, sem preocupação em sobrepujar a ninguém.
No lar é o que serve, se preocupa com o outro, na tentativa ideal do exercício do amor ágape.
Na sociedade, é o que age a bem de todos, consciente de que ninguém pode viver sozinho.
E que todos compomos, neste lar chamado Terra, uma única família que deve se unir sob os laços do amor.
Momento Espírita, com base em artigo intitulado O inimigo está lá fora, de Luiz Marins, publicada na revista Voe trip, ano 22, de abril de 2010 e no site www.marins.com.br e com citação do versículo 25, do cap. 12 do Evangelho de Mateus.
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Louvar a Deus
Eloim, Yaveh, Jeová, Alá.
Força suprema, energia maior, Deus.
Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.
Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.
Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenómenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.
Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.
Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, O vêem como perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar Suas pesadas penas.
Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-lO como Pai, protector e soberanamente bom e justo.
Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus.
Porém, sem excepção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.
Porém, há que nos perguntarmos:
Qual a melhor maneira de louvarmos a Deus?
Como devemos louvar a Deus?
Devemos mesmo fazê-lo?
O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.
Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.
Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.
O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz reflectir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.
Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao Autor da vida e às Suas obras.
Assim, estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.
Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.
Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas acções mais simples do nosso quotidiano.
Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-lO nas pequenas acções de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Força suprema, energia maior, Deus.
Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.
Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.
Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenómenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.
Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.
Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, O vêem como perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar Suas pesadas penas.
Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-lO como Pai, protector e soberanamente bom e justo.
Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus.
Porém, sem excepção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.
Porém, há que nos perguntarmos:
Qual a melhor maneira de louvarmos a Deus?
Como devemos louvar a Deus?
Devemos mesmo fazê-lo?
O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.
Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.
Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.
O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz reflectir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.
Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao Autor da vida e às Suas obras.
Assim, estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.
Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.
Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas acções mais simples do nosso quotidiano.
Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-lO nas pequenas acções de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Perseguindo metas
Dois irmãos decidiram cavar um buraco bem profundo, atrás de sua casa.
Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar:
O que vocês estão fazendo? – Perguntou um deles.
Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da Terra! – Respondeu, entusiasmado, um dos irmãos, mostrando o rosto sujo.
Os outros meninos começaram a rir.
Disseram a eles que era impossível cavar um buraco que atravessasse toda a Terra.
Nem com escavadeira.
Imagine com as pás pequenas que eles dispunham.
Os irmãos se entreolharam.
Por um momento, pareceu que estavam derrotados.
Após um longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco cheio de pedrinhas de vários tamanhos, cores e formas.
Umas eram pontudas, outras pareciam polidas, quase preciosas.
Removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos gozadores.
Então, disse confiante:
Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, mesmo que não consigamos chegar do outro lado, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!
O objectivo deles era por demais ambicioso, mas fez com que cavassem.
Cavando, foram encontrando tesouros e mais tesouros.
Pedras de cores variadas.
As crianças, de um modo geral, são assim.
Para elas, o objectivo final não tem muita importância.
Elas se sentem felizes, realizando as tarefas.
É só observar os bebés e as crianças pequenas:
montam brinquedos e os desmontam, para montar outra vez. E outra mais.
A satisfação está no prazer de fazer.
Quando viajam, pedem para parar muitas vezes.
Querem ver a roda d’agua girar, a cascata jogar suas águas, cantando pela encosta da montanha.
Pedem para parar na beira da estrada para comer melancia, mesmo que tenham acabado de sair da mesa.
Desejam colher flores, olhar o campo de trigo sem a velocidade do carro, juntar pedrinhas.
Em síntese: gozar a viagem em plenitude.
É bom que aprendamos com as crianças. Estabeleçamos metas.
Mas com o objectivo maior de fazer com que nos movamos em direcção de nossas escolhas.
Ou seja, comecemos a cavar.
É possível que nem toda meta seja alcançada inteiramente.
Nem todo trabalho termine em sucesso.
Nem todo esforço seja recompensado.
Nem todo sonho se realize.
Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez possa dizer:
Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho!
Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer alguma coisa!
Vejam os amigos que fiz. O que aprendi.
Pense que é no trabalho de escavar que a vida é vivida.
E que é a alegria da viagem que realmente importa!
Seja apaixonado. Ame o que faz.
As maiores riquezas são a família e os amigos. Desfrute o amor deles.
Lembre que todo dia é especial. Faça-o ser o melhor possível.
Não se contente com uma resposta negativa. Vá atrás do sim.
Enfim, lembre que o maior fracasso é deixar de tentar.
Persiga seu sonho. Desperte e aja.
Momento Espírita, com base no texto Cavando um buraco, de autor desconhecido, tradução de Sérgio Barros e no cap. Receita de seis passos para o sucesso, de Jeffrey Gitomer, do livro Listas para aquecer o coração, de Alice Gray, Steve Stephens, John Van Diest, ed. Atos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar:
O que vocês estão fazendo? – Perguntou um deles.
Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da Terra! – Respondeu, entusiasmado, um dos irmãos, mostrando o rosto sujo.
Os outros meninos começaram a rir.
Disseram a eles que era impossível cavar um buraco que atravessasse toda a Terra.
Nem com escavadeira.
Imagine com as pás pequenas que eles dispunham.
Os irmãos se entreolharam.
Por um momento, pareceu que estavam derrotados.
Após um longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco cheio de pedrinhas de vários tamanhos, cores e formas.
Umas eram pontudas, outras pareciam polidas, quase preciosas.
Removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos gozadores.
Então, disse confiante:
Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, mesmo que não consigamos chegar do outro lado, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!
O objectivo deles era por demais ambicioso, mas fez com que cavassem.
Cavando, foram encontrando tesouros e mais tesouros.
Pedras de cores variadas.
As crianças, de um modo geral, são assim.
Para elas, o objectivo final não tem muita importância.
Elas se sentem felizes, realizando as tarefas.
É só observar os bebés e as crianças pequenas:
montam brinquedos e os desmontam, para montar outra vez. E outra mais.
A satisfação está no prazer de fazer.
Quando viajam, pedem para parar muitas vezes.
Querem ver a roda d’agua girar, a cascata jogar suas águas, cantando pela encosta da montanha.
Pedem para parar na beira da estrada para comer melancia, mesmo que tenham acabado de sair da mesa.
Desejam colher flores, olhar o campo de trigo sem a velocidade do carro, juntar pedrinhas.
Em síntese: gozar a viagem em plenitude.
É bom que aprendamos com as crianças. Estabeleçamos metas.
Mas com o objectivo maior de fazer com que nos movamos em direcção de nossas escolhas.
Ou seja, comecemos a cavar.
É possível que nem toda meta seja alcançada inteiramente.
Nem todo trabalho termine em sucesso.
Nem todo esforço seja recompensado.
Nem todo sonho se realize.
Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez possa dizer:
Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho!
Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer alguma coisa!
Vejam os amigos que fiz. O que aprendi.
Pense que é no trabalho de escavar que a vida é vivida.
E que é a alegria da viagem que realmente importa!
Seja apaixonado. Ame o que faz.
As maiores riquezas são a família e os amigos. Desfrute o amor deles.
Lembre que todo dia é especial. Faça-o ser o melhor possível.
Não se contente com uma resposta negativa. Vá atrás do sim.
Enfim, lembre que o maior fracasso é deixar de tentar.
Persiga seu sonho. Desperte e aja.
Momento Espírita, com base no texto Cavando um buraco, de autor desconhecido, tradução de Sérgio Barros e no cap. Receita de seis passos para o sucesso, de Jeffrey Gitomer, do livro Listas para aquecer o coração, de Alice Gray, Steve Stephens, John Van Diest, ed. Atos.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
Amar ao Próximo como a si mesmo...
O Cristianismo, fundamentado no conceito sublime do "amar ao próximo como a si mesmo", abriu as primeiras portas da compaixão e da misericórdia aos portadores de lepra, nos dias difíceis dos séculos passados.
Proliferaram, assim, os lazaretos,onde cada recém-chegado era considerado como "se fosse o próprio Cristo que ali se hospedava", passando a receber a caridade da assistência e o socorro do amor fraterno.
Muito deve a Humanidade a esses primeiros hospitais, se levarmos em consideração a época de ignorância e promiscuidade, de imundície e indiferença humana, em que se multiplicaram.
Se o passado é nossa sombra de dor, o futuro significa a nossa primavera de bênçãos, conforme o presente ao nosso alcance.
As trevas cedem ante a luz, e o sofrimento desaparece em face à alegria da esperança e ao consolo da consciência em tranquilidade.
Ninguém paga além do débito a que se vincula.
O amor, porém, é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças quer por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Não receies, nem temas, nunca!
O pântano desprezível é desafio ao nosso esforço para mudar-lhe o aspecto, e a aridez do deserto é incitação à nossa capacidade de transformá-la em jardim de esperanças e em pomar de bênçãos...
Imprescindível começar agora a nossa obra de aprimoramento interior, enquanto surge a oportunidade favorável.
Amanhã, talvez seja tarde demais, e o minuto valioso já se terá esvaído na ampulheta do tempo.
Cada coração é nosso momento de produzir.
Cada sofrimento é a nossa quota de reparação.
O adversário significa o solo a trabalhar, esperando por nós, enquanto o amigo é dádiva de que nos devemos utilizar com respeito e elevação.
Espírito Victor Hugo
De Divaldo P. Franco em "Sublime Expiação"
§.§.§- Ave sem Ninho
Proliferaram, assim, os lazaretos,onde cada recém-chegado era considerado como "se fosse o próprio Cristo que ali se hospedava", passando a receber a caridade da assistência e o socorro do amor fraterno.
Muito deve a Humanidade a esses primeiros hospitais, se levarmos em consideração a época de ignorância e promiscuidade, de imundície e indiferença humana, em que se multiplicaram.
Se o passado é nossa sombra de dor, o futuro significa a nossa primavera de bênçãos, conforme o presente ao nosso alcance.
As trevas cedem ante a luz, e o sofrimento desaparece em face à alegria da esperança e ao consolo da consciência em tranquilidade.
Ninguém paga além do débito a que se vincula.
O amor, porém, é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças quer por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Não receies, nem temas, nunca!
O pântano desprezível é desafio ao nosso esforço para mudar-lhe o aspecto, e a aridez do deserto é incitação à nossa capacidade de transformá-la em jardim de esperanças e em pomar de bênçãos...
Imprescindível começar agora a nossa obra de aprimoramento interior, enquanto surge a oportunidade favorável.
Amanhã, talvez seja tarde demais, e o minuto valioso já se terá esvaído na ampulheta do tempo.
Cada coração é nosso momento de produzir.
Cada sofrimento é a nossa quota de reparação.
O adversário significa o solo a trabalhar, esperando por nós, enquanto o amigo é dádiva de que nos devemos utilizar com respeito e elevação.
Espírito Victor Hugo
De Divaldo P. Franco em "Sublime Expiação"
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ouvindo corações
Grande sabedoria é poder olhar a vida com olhos de ver.
Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual.
Ir além das aparências.
Não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue.
Somos tudo isso e mais a essência, o Espírito.
É essa essência que nos faz ficar enfermos ou recuperar a saúde apesar de portadores de uma doença sem bons prognósticos.
Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções.
Mas, a essência não pode ser esquecida.
Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico.
Depois de alguns anos, mal conseguia se levantar da cama pela manhã porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas.
De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar.
Para que tudo aquilo, afinal?
Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem.
Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos.
O importante não era mudar de hospital, de actividade.
Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente.
E sugeriu que, a cada dia, durante quinze minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo:
O que me surpreendeu hoje?
O que me perturbou ou me emocionou?
O que me inspirou?
Ele tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada.
A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta.
Procurasse histórias.
Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela, outra vez e lhe falou das suas experiências.
Estava mudado. Sereno.
Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que regredira poucos centímetros.
O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes.
Certo dia, observando uma jovem mulher, que ele operara de um câncer no ovário, tudo mudou.
Ela estava muito debilitada pela quimioterapia.
Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos.
As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas.
Como ela conseguia aquilo?
Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte.
Uma força que a estava curando.
E começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença.
As respostas eram muito diversas.
O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir.
E percebeu que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia.
Algumas até lhe davam presentes.
Mudou o seu relacionamento com os doentes.
Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido.
Presente de um paciente.
Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu:
Ouvir os corações, Rachel.
Ouvir os corações.
Todas as vidas têm um significado.
Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente.
Por vezes, é somente enxergar a rotina de uma forma diversa.
A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição.
Mas só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.
Momento Espírita com base no cap. Encontrando novos olhos, do livro As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante e na crónica Colcha de retalhos, de Luiz Carlos Prates (Diário Catarinense, 15.9.2003).
§.§.§- Ave sem Ninho
Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual.
Ir além das aparências.
Não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue.
Somos tudo isso e mais a essência, o Espírito.
É essa essência que nos faz ficar enfermos ou recuperar a saúde apesar de portadores de uma doença sem bons prognósticos.
Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções.
Mas, a essência não pode ser esquecida.
Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico.
Depois de alguns anos, mal conseguia se levantar da cama pela manhã porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas.
De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar.
Para que tudo aquilo, afinal?
Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem.
Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos.
O importante não era mudar de hospital, de actividade.
Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente.
E sugeriu que, a cada dia, durante quinze minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo:
O que me surpreendeu hoje?
O que me perturbou ou me emocionou?
O que me inspirou?
Ele tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada.
A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta.
Procurasse histórias.
Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela, outra vez e lhe falou das suas experiências.
Estava mudado. Sereno.
Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que regredira poucos centímetros.
O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes.
Certo dia, observando uma jovem mulher, que ele operara de um câncer no ovário, tudo mudou.
Ela estava muito debilitada pela quimioterapia.
Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos.
As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas.
Como ela conseguia aquilo?
Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte.
Uma força que a estava curando.
E começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença.
As respostas eram muito diversas.
O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir.
E percebeu que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia.
Algumas até lhe davam presentes.
Mudou o seu relacionamento com os doentes.
Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido.
Presente de um paciente.
Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu:
Ouvir os corações, Rachel.
Ouvir os corações.
Todas as vidas têm um significado.
Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente.
Por vezes, é somente enxergar a rotina de uma forma diversa.
A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição.
Mas só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.
Momento Espírita com base no cap. Encontrando novos olhos, do livro As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante e na crónica Colcha de retalhos, de Luiz Carlos Prates (Diário Catarinense, 15.9.2003).
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
A paz no mundo virá dos lares
A natureza respirava perfumes suaves, carreados nos braços dos ventos brandos.
Pairavam nas mentes e nos corações ansiedades feitas de alegrias e expectativas.
João, o discípulo amado, acercou-se de Jesus e, com serenidade, interrogou:
Quando dizemos que Deus é nosso Pai Amantíssimo, porque é Criador de todas as coisas, devemos entender que todos somos irmãos, mesmo em relação àqueles que se afastam de nós e nos detestam?
Sem dúvida, João. – Confirmou o Amigo.
Os maus e indiferentes, os perversos e odiosos também são nossos irmãos, pois se fora ao contrário, concordaríamos que existiria outro Progenitor Divino.
Pertencemos todos à família universal, ligados, uns aos outros, pela mesma energia que a tudo deu origem.
A fim de que o amor se estabeleça entre as criaturas de conduta e de sentimentos tão difíceis, o Excelso Pai fez o ser humano também cocriador.
Assim contribui com Ele para o crescimento de cada um, através da união conjugal, da qual surge a família consanguínea, que é a precursora da universal.
Graças à união dos indivíduos pelo sangue, surgem as oportunidades da convivência saudável, mediante o exercício da tolerância e da fraternidade.
Tal exercício é treinamento para a compreensão dos comportamentos tão diversos que serão enfrentados nos relacionamentos fora do lar.
Jesus deixa muito clara a importância da instituição familiar no mundo.
Mostrando apenas uma de suas mil nuances abençoadas, o Mestre reforça a dedicação que devemos aplicar no lar.
Somos cocriadores e tal deferência nos deve fazer sentir honrados e felizes.
Não criamos almas, mas contribuímos para a criação dos novos corpos que recebem, diariamente, Espíritos que ainda precisam voltar à carne.
Assim, dos laços de sangue, pela íntima relação que proporcionam, nascem novos amores ou se fortalecem antigos.
Dos laços de sangue nasce a oportunidade do reajuste, do perdão, da aceitação.
Dos laços de sangue surge uma nova história, o renascer da água e do Espírito, a chance de refazer os caminhos.
Dessa forma, precisamos estar atentos à família que nos abraça.
Estão ali, muito claros para nós, os maiores objectivos que nos trazem a mais uma encarnação na Terra.
Estão ali, nas diferenças e afinidades que nos unem, as provas benditas que nos farão melhores hoje do que fomos ontem.
Estão ali, no coração do pai, da mãe, dos irmãos e dos filhos, as sementes da Nova Era de paz que se estabelece gradualmente no globo terrestre.
A paz no mundo virá dos lares.
A paz no mundo virá do amor dos pais aos filhos.
Virá da tolerância e do respeito dos filhos em relação a seus pais.
Virá da amizade entre os irmãos.
A paz no mundo reinará quando houver amor completo nas famílias.
Momento Espírita, com base no cap. 14, do livro A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Pairavam nas mentes e nos corações ansiedades feitas de alegrias e expectativas.
João, o discípulo amado, acercou-se de Jesus e, com serenidade, interrogou:
Quando dizemos que Deus é nosso Pai Amantíssimo, porque é Criador de todas as coisas, devemos entender que todos somos irmãos, mesmo em relação àqueles que se afastam de nós e nos detestam?
Sem dúvida, João. – Confirmou o Amigo.
Os maus e indiferentes, os perversos e odiosos também são nossos irmãos, pois se fora ao contrário, concordaríamos que existiria outro Progenitor Divino.
Pertencemos todos à família universal, ligados, uns aos outros, pela mesma energia que a tudo deu origem.
A fim de que o amor se estabeleça entre as criaturas de conduta e de sentimentos tão difíceis, o Excelso Pai fez o ser humano também cocriador.
Assim contribui com Ele para o crescimento de cada um, através da união conjugal, da qual surge a família consanguínea, que é a precursora da universal.
Graças à união dos indivíduos pelo sangue, surgem as oportunidades da convivência saudável, mediante o exercício da tolerância e da fraternidade.
Tal exercício é treinamento para a compreensão dos comportamentos tão diversos que serão enfrentados nos relacionamentos fora do lar.
Jesus deixa muito clara a importância da instituição familiar no mundo.
Mostrando apenas uma de suas mil nuances abençoadas, o Mestre reforça a dedicação que devemos aplicar no lar.
Somos cocriadores e tal deferência nos deve fazer sentir honrados e felizes.
Não criamos almas, mas contribuímos para a criação dos novos corpos que recebem, diariamente, Espíritos que ainda precisam voltar à carne.
Assim, dos laços de sangue, pela íntima relação que proporcionam, nascem novos amores ou se fortalecem antigos.
Dos laços de sangue nasce a oportunidade do reajuste, do perdão, da aceitação.
Dos laços de sangue surge uma nova história, o renascer da água e do Espírito, a chance de refazer os caminhos.
Dessa forma, precisamos estar atentos à família que nos abraça.
Estão ali, muito claros para nós, os maiores objectivos que nos trazem a mais uma encarnação na Terra.
Estão ali, nas diferenças e afinidades que nos unem, as provas benditas que nos farão melhores hoje do que fomos ontem.
Estão ali, no coração do pai, da mãe, dos irmãos e dos filhos, as sementes da Nova Era de paz que se estabelece gradualmente no globo terrestre.
A paz no mundo virá dos lares.
A paz no mundo virá do amor dos pais aos filhos.
Virá da tolerância e do respeito dos filhos em relação a seus pais.
Virá da amizade entre os irmãos.
A paz no mundo reinará quando houver amor completo nas famílias.
Momento Espírita, com base no cap. 14, do livro A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Nuvens que passam
O dia amanhecera ensolarado.
Nos quintais, a criançada se divertia, correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas.
De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores, arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as à distância.
Parecia que, de repente, a natureza houvesse enlouquecido e, desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes a procurarem abrigo.
O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o dia se fez noite, em plena manhã.
Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences.
Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, que as arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, as grandes árvores.
Foram somente alguns minutos.
Depois, os relâmpagos se apagaram e a chuva parou.
Uma grande quietude invadiu a natureza.
A ramagem verde sacudiu as últimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se.
Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz.
Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que há pouco a borrasca se fizera violenta.
Assim também é na vida.
Os momentos de lutas e de bonança se alternam.
Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afectos mais chegados, tamanha é a dor, que deixa em frangalhos o coração.
Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.
Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados.
A impressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.
Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.
E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores, dirás a ti mesmo:
Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo.
Até parece um sonho distante.
Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.
O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.
Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus actuando favoravelmente.
Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo.
No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar.
Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao pai ou ao coração de mãe.
Não entregues a batalha a meio. Prossegue.
Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.
Sol em tua alma, em tua vida.
Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.
Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.
Confia nEle.
Momento Espírita
§.§.§- Ave sem Ninho
Nos quintais, a criançada se divertia, correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas.
De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores, arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as à distância.
Parecia que, de repente, a natureza houvesse enlouquecido e, desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes a procurarem abrigo.
O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o dia se fez noite, em plena manhã.
Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences.
Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, que as arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, as grandes árvores.
Foram somente alguns minutos.
Depois, os relâmpagos se apagaram e a chuva parou.
Uma grande quietude invadiu a natureza.
A ramagem verde sacudiu as últimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se.
Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz.
Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que há pouco a borrasca se fizera violenta.
Assim também é na vida.
Os momentos de lutas e de bonança se alternam.
Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afectos mais chegados, tamanha é a dor, que deixa em frangalhos o coração.
Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.
Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados.
A impressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.
Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.
E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores, dirás a ti mesmo:
Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo.
Até parece um sonho distante.
Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.
O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.
Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus actuando favoravelmente.
Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo.
No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar.
Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao pai ou ao coração de mãe.
Não entregues a batalha a meio. Prossegue.
Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.
Sol em tua alma, em tua vida.
Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.
Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.
Confia nEle.
Momento Espírita
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Amor conjugal
O grande rei dos persas, Ciro, durante uma de suas campanhas guerreiras, dominou o exército da Líbia e aprisionou um príncipe.
Levado à presença do conquistador, ajoelhou-se perante ele o príncipe, e assim também os seus filhos e sua esposa.
Os soldados vencedores, os generais da batalha, ministros e toda uma corte se juntou para tomar conhecimento da sentença real.
O rei persa coçou o queixo, olhou longamente para aquela família à sua frente, à espera de sua decisão e perguntou ao nobre pai de família:
Se eu te disser que te concederei a liberdade, o que poderias me oferecer em troca?
Rapidamente respondeu o prisioneiro:
Metade do meu reino.
Ciro continuou, paciente, a interrogar:
E se eu te oferecer a liberdade dos teus filhos, que me darás?
Ainda rápido, tornou a responder:
A outra metade do meu reino.
Ainda calmo, o conquistador lhe lançou a terceira pergunta:
E o que me darás, então, em troca da vida de tua esposa?
O príncipe sentiu o coração pulsar rapidamente no peito, parecendo arrebentar a musculatura.
O sangue lhe subiu ao rosto, as pernas fraquejaram.
Reconhecia que, no anseio da liberdade dos seus, tinha oferecido tudo, sem se recordar da companheira de tantos anos, sua esposa e mãe dos seus filhos.
Foi só um momento mas para todos pareceu uma eternidade.
Um sussurro crescente tomou conta do ambiente, pois cada qual ficou a imaginar o que faria agora o vencido.
Após aquele momento fugaz, ele tornou a erguer a cabeça e com voz firme, clara, que ressoou em todo o salão, disse:
Alteza, entrego a mim mesmo pela liberdade de minha esposa.
O grande rei ficou surpreso com a resposta e decidiu conceder a liberdade para toda a família.
De retorno para casa, o príncipe tomou da mão da esposa, beijou-a com carinho e lhe perguntou se ela havia observado como era serena e altiva a fisionomia do monarca persa.
Não, disse ela. Não observei.
Durante todo o tempo os meus olhos ficaram fixos naquele que estava disposto a dar a sua própria vida pela minha liberdade.
Para quem ama, não há limites na doação.
Quando dois seres se amam verdadeiramente dão origem a outras vidas e as alimentam, enquanto eles mesmos um ao outro sustentam, na jornada dos dissabores e das lutas.
O amor conjugal é, dentre as formas de amor, um dos exercícios do amor que requerem respeito, paciência e dedicação.
Solidifica-se através dos anos e tanto mais se aprofunda quanto mais intensas se fazem as lutas e as conquistas de vitórias.
Para os que se amam profundamente não há lutas impossíveis, não existem batalhas que não possam ser vencidas.
Em todos os departamentos do Universo existe a mensagem do amor, que é o estágio mais elevado do sentimento.
O homem somente atinge a plenitude quando ama.
Enquanto procura ser amado, sofre infância emocional.
Por isso, o importante é amar, mesmo que não se receba a recíproca do ser amado.
O que é essencial é amar, sem solicitação.
Momento Espírita, com base no conto Olhando só para ele, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record e pensamentos finais do cap. 2, do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Levado à presença do conquistador, ajoelhou-se perante ele o príncipe, e assim também os seus filhos e sua esposa.
Os soldados vencedores, os generais da batalha, ministros e toda uma corte se juntou para tomar conhecimento da sentença real.
O rei persa coçou o queixo, olhou longamente para aquela família à sua frente, à espera de sua decisão e perguntou ao nobre pai de família:
Se eu te disser que te concederei a liberdade, o que poderias me oferecer em troca?
Rapidamente respondeu o prisioneiro:
Metade do meu reino.
Ciro continuou, paciente, a interrogar:
E se eu te oferecer a liberdade dos teus filhos, que me darás?
Ainda rápido, tornou a responder:
A outra metade do meu reino.
Ainda calmo, o conquistador lhe lançou a terceira pergunta:
E o que me darás, então, em troca da vida de tua esposa?
O príncipe sentiu o coração pulsar rapidamente no peito, parecendo arrebentar a musculatura.
O sangue lhe subiu ao rosto, as pernas fraquejaram.
Reconhecia que, no anseio da liberdade dos seus, tinha oferecido tudo, sem se recordar da companheira de tantos anos, sua esposa e mãe dos seus filhos.
Foi só um momento mas para todos pareceu uma eternidade.
Um sussurro crescente tomou conta do ambiente, pois cada qual ficou a imaginar o que faria agora o vencido.
Após aquele momento fugaz, ele tornou a erguer a cabeça e com voz firme, clara, que ressoou em todo o salão, disse:
Alteza, entrego a mim mesmo pela liberdade de minha esposa.
O grande rei ficou surpreso com a resposta e decidiu conceder a liberdade para toda a família.
De retorno para casa, o príncipe tomou da mão da esposa, beijou-a com carinho e lhe perguntou se ela havia observado como era serena e altiva a fisionomia do monarca persa.
Não, disse ela. Não observei.
Durante todo o tempo os meus olhos ficaram fixos naquele que estava disposto a dar a sua própria vida pela minha liberdade.
Para quem ama, não há limites na doação.
Quando dois seres se amam verdadeiramente dão origem a outras vidas e as alimentam, enquanto eles mesmos um ao outro sustentam, na jornada dos dissabores e das lutas.
O amor conjugal é, dentre as formas de amor, um dos exercícios do amor que requerem respeito, paciência e dedicação.
Solidifica-se através dos anos e tanto mais se aprofunda quanto mais intensas se fazem as lutas e as conquistas de vitórias.
Para os que se amam profundamente não há lutas impossíveis, não existem batalhas que não possam ser vencidas.
Em todos os departamentos do Universo existe a mensagem do amor, que é o estágio mais elevado do sentimento.
O homem somente atinge a plenitude quando ama.
Enquanto procura ser amado, sofre infância emocional.
Por isso, o importante é amar, mesmo que não se receba a recíproca do ser amado.
O que é essencial é amar, sem solicitação.
Momento Espírita, com base no conto Olhando só para ele, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record e pensamentos finais do cap. 2, do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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Amigos distantes
Ter um bom amigo é um dos maiores prazeres da vida.
Contudo, ser bom amigo é um dos mais nobres e mais difíceis compromissos.
Nos dias em que vivemos, parece que esse compromisso vai se tornando mais árduo.
Crescemos ao lado de alguém, convivemos, tornamo-nos amigos inseparáveis.
Então, um dia, motivos profissionais, familiares ou financeiros nos remetem a outras paragens, muito distante desses amigos.
Os anos passam, as tarefas se multiplicam, a vida nos envolve com tantas coisas, e o tempo vai se tornando sempre mais curto para os amigos... tão distantes.
Por isso, algumas dicas podem ser colocadas em prática, a fim de não se perder essa preciosidade que se chama amizade.
Primeiro: marquemos encontros.
A frequência com que poderemos fazer isso dependerá de tempo, distância, finanças e muitos outros factores.
Contudo, se não for possível sempre, procuremos estar pessoalmente presentes, ao menos uma vez por ano.
Segundo: invistamos na telefonia.
O celular pode se tornar uma linha viva de comunicação entre amigos que estão longe um do outro.
Pensemos em nossa conta de celular como um investimento em nossas amizades.
Terceiro: usemos a tecnologia.
Enviemos e-mails, mas não fiquemos copiando e-mails enormes da internet, mensagens de outros.
Não. Escrevamos nós mesmos, com nossas palavras.
Isso vale muito mais. Sejamos breves.
Se o nosso tempo é precioso, o do amigo também é.
Mensagens retiradas da internet são recebidas às dezenas, duplicadas ou triplicadas.
Não têm o mesmo valor.
O nosso e-mail será único e é isso que importa para a amizade.
Quarto: enviemos fotos.
Este é um modo excelente do amigo saber como estamos.
Façamos fotos nossas, em diferentes lugares, em diversas situações e mandemos, vez ou outra, aos amigos.
Não esqueçamos de escrever uma notinha.
Reconhecer nossas letras será sempre emocionante.
Quinto: passemos férias juntos.
Encontremo-nos em algum lugar, entre nossas cidades.
Consultemos colónias de férias, hotéis, lugares agradáveis e combinemos passar uma semana divertindo-nos e renovando a amizade.
Coloquemos o papo em dia.
Recordemos bons momentos e produzamos outros tantos para recordar, nos dias de separação que tornarão a acontecer.
Sexto: ao menos digamos oi.
Se estivermos muito ocupados, atolados em papéis e obrigações, sem tempo para respirar; se acharmos que não temos condições de escrever ou telefonar, separemos uns minutinhos para escrever uma mensagem breve: Oi, tudo bem?
Usemos a web, o skype e perguntemos:
Tudo bem, aí? Até depois!
Mantenhamos as linhas de comunicação abertas.
Sétimo: oremos pelos nossos amigos.
A oração estabelece linhas de comunicação invisíveis, ao tempo em que, igualmente, estaremos rogando a protecção dos céus ao amigo que, por vezes, está passando por situação dolorosa.
Oremos sempre e com fidelidade.
Recomendemos nossos amigos a Deus, aos bons Espíritos.
É possível que não consigamos seguir todos estes itens, mas tentemos, começando ao menos com um deles.
Porque o único meio de conservar um amigo é ser amigo.
Invistamos na bolsa de valores da amizade, todos os dias.
Os lucros sempre serão compensadores.
Lembremo-nos: amigo verdadeiro é aquele que compartilha todas as tristezas e dobra as alegrias.
Sejamos amigo!
O amigo alegre é como um dia de sol, que lança seu brilho em tudo à volta.
Sejamos um dia de sol, todos os dias.
Momento Espírita, com base no cap. Grandes citações sobre a amizade e cap. Dez ideias para permanecer perto quando se está distante, do livro Listas para aquecer o coração, de Alice Gray, Steve Stephens e John Van Diest, ed. ATOS.
§.§.§- Ave sem Ninho
Contudo, ser bom amigo é um dos mais nobres e mais difíceis compromissos.
Nos dias em que vivemos, parece que esse compromisso vai se tornando mais árduo.
Crescemos ao lado de alguém, convivemos, tornamo-nos amigos inseparáveis.
Então, um dia, motivos profissionais, familiares ou financeiros nos remetem a outras paragens, muito distante desses amigos.
Os anos passam, as tarefas se multiplicam, a vida nos envolve com tantas coisas, e o tempo vai se tornando sempre mais curto para os amigos... tão distantes.
Por isso, algumas dicas podem ser colocadas em prática, a fim de não se perder essa preciosidade que se chama amizade.
Primeiro: marquemos encontros.
A frequência com que poderemos fazer isso dependerá de tempo, distância, finanças e muitos outros factores.
Contudo, se não for possível sempre, procuremos estar pessoalmente presentes, ao menos uma vez por ano.
Segundo: invistamos na telefonia.
O celular pode se tornar uma linha viva de comunicação entre amigos que estão longe um do outro.
Pensemos em nossa conta de celular como um investimento em nossas amizades.
Terceiro: usemos a tecnologia.
Enviemos e-mails, mas não fiquemos copiando e-mails enormes da internet, mensagens de outros.
Não. Escrevamos nós mesmos, com nossas palavras.
Isso vale muito mais. Sejamos breves.
Se o nosso tempo é precioso, o do amigo também é.
Mensagens retiradas da internet são recebidas às dezenas, duplicadas ou triplicadas.
Não têm o mesmo valor.
O nosso e-mail será único e é isso que importa para a amizade.
Quarto: enviemos fotos.
Este é um modo excelente do amigo saber como estamos.
Façamos fotos nossas, em diferentes lugares, em diversas situações e mandemos, vez ou outra, aos amigos.
Não esqueçamos de escrever uma notinha.
Reconhecer nossas letras será sempre emocionante.
Quinto: passemos férias juntos.
Encontremo-nos em algum lugar, entre nossas cidades.
Consultemos colónias de férias, hotéis, lugares agradáveis e combinemos passar uma semana divertindo-nos e renovando a amizade.
Coloquemos o papo em dia.
Recordemos bons momentos e produzamos outros tantos para recordar, nos dias de separação que tornarão a acontecer.
Sexto: ao menos digamos oi.
Se estivermos muito ocupados, atolados em papéis e obrigações, sem tempo para respirar; se acharmos que não temos condições de escrever ou telefonar, separemos uns minutinhos para escrever uma mensagem breve: Oi, tudo bem?
Usemos a web, o skype e perguntemos:
Tudo bem, aí? Até depois!
Mantenhamos as linhas de comunicação abertas.
Sétimo: oremos pelos nossos amigos.
A oração estabelece linhas de comunicação invisíveis, ao tempo em que, igualmente, estaremos rogando a protecção dos céus ao amigo que, por vezes, está passando por situação dolorosa.
Oremos sempre e com fidelidade.
Recomendemos nossos amigos a Deus, aos bons Espíritos.
É possível que não consigamos seguir todos estes itens, mas tentemos, começando ao menos com um deles.
Porque o único meio de conservar um amigo é ser amigo.
Invistamos na bolsa de valores da amizade, todos os dias.
Os lucros sempre serão compensadores.
Lembremo-nos: amigo verdadeiro é aquele que compartilha todas as tristezas e dobra as alegrias.
Sejamos amigo!
O amigo alegre é como um dia de sol, que lança seu brilho em tudo à volta.
Sejamos um dia de sol, todos os dias.
Momento Espírita, com base no cap. Grandes citações sobre a amizade e cap. Dez ideias para permanecer perto quando se está distante, do livro Listas para aquecer o coração, de Alice Gray, Steve Stephens e John Van Diest, ed. ATOS.
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Acreditemos na vida
Rosana conversava no corredor da Faculdade com alguns amigos.
O assunto era o colega do segundo turno que, na véspera, havia cometido suicídio.
Aliás, era o tema das conversas em toda a Universidade, nesse dia.
O foco era saber se o suicida merecia ou não o perdão de Deus e se as orações o poderiam beneficiar.
Alguém disse que quem comete esse tipo de morte, não pode ter perdão.
Foi logo contrariado na sua afirmativa, quando outro disse que todo suicida merece ser compreendido.
Como Rosana permanecia calada, a provocaram, perguntando o que achava da situação.
Sinceramente, disse ela, penso que a oração não deve ser negada a ninguém, e que esta conversa não ajuda nada ao amigo.
Ajudá-lo? Como assim? Ele morreu!
Ela respondeu: A morte não existe.
Pereceu o corpo, o Espírito é imortal.
Depois dessa morte, fica só a decepção de se ter multiplicado o sofrimento.
Os colegas se entreolharam.
E o assunto se alongou, com Rosana detalhando as razões da sua afirmativa.
Triste se constatar que um amigo, colega ou parente se evadiu pela enganosa porta do suicídio.
Alguém disse, certa vez, que quem comete suicídio, em verdade não deseja se matar.
Deseja, sim, matar a dor, a decepção que ele não consegue suportar.
Quando a fé e o bom ânimo fazem parte da vida da criatura, ela procura se refazer do sofrimento e buscar superação.
Quem não acredita na Imortalidade da alma, se prende tão somente às amarguras da vida.
Quem assim vive, sente vontade de abandonar tudo, para se livrar do sofrimento pois, nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio, suas misérias.
A incredulidade sobre o futuro, as ideias materialistas fermentam esse desejo.
Contudo, o suicida logo descobre que não matou a vida, ele prossegue vivendo.
E essa é, com certeza, sua maior dor.
Ele é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de ser cumprida a pena.
Quando preso de novo, é mais severamente tratado.
A vida é um dom Divino que nos é dado para o crescimento, o progresso.
Se lutas árduas nos chegam, tenhamos a certeza de que não nos faltarão as forças.
Isso porque Deus nunca confere fardo maior do que possamos carregar.
Dessa forma, jamais nos entreguemos ao desespero.
Busquemos auxílio, digamos das nossas dificuldades.
Sempre haverá um coração disposto a nos ouvir.
O mundo está repleto de pessoas bondosas.
Basta, por vezes, que olhemos para o lado e peçamos ajuda.
Não acreditemos que a morte solucionará nossos problemas.
Quando o corpo fenece, nós, Espíritos, continuamos na vida, embora invisíveis aos olhos carnais.
E somos responsáveis pelo uso que fizermos e o destino que dermos aos nossos corpos.
Responderemos por todos os atos que colidirem com as leis morais estabelecidas pela Divindade.
Dessa forma, jamais pensemos em desistir da vida.
E nas nossas rogativas a Deus, não peçamos que nos abrevie esta existência.
Peçamos, sim, que nos dê forças para tudo suportar, com coragem.
E Ele, o bom Pai, jamais nos negará auxílio.
Momento Espírita, com citação do item 71, do cap. XXVIII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
O assunto era o colega do segundo turno que, na véspera, havia cometido suicídio.
Aliás, era o tema das conversas em toda a Universidade, nesse dia.
O foco era saber se o suicida merecia ou não o perdão de Deus e se as orações o poderiam beneficiar.
Alguém disse que quem comete esse tipo de morte, não pode ter perdão.
Foi logo contrariado na sua afirmativa, quando outro disse que todo suicida merece ser compreendido.
Como Rosana permanecia calada, a provocaram, perguntando o que achava da situação.
Sinceramente, disse ela, penso que a oração não deve ser negada a ninguém, e que esta conversa não ajuda nada ao amigo.
Ajudá-lo? Como assim? Ele morreu!
Ela respondeu: A morte não existe.
Pereceu o corpo, o Espírito é imortal.
Depois dessa morte, fica só a decepção de se ter multiplicado o sofrimento.
Os colegas se entreolharam.
E o assunto se alongou, com Rosana detalhando as razões da sua afirmativa.
Triste se constatar que um amigo, colega ou parente se evadiu pela enganosa porta do suicídio.
Alguém disse, certa vez, que quem comete suicídio, em verdade não deseja se matar.
Deseja, sim, matar a dor, a decepção que ele não consegue suportar.
Quando a fé e o bom ânimo fazem parte da vida da criatura, ela procura se refazer do sofrimento e buscar superação.
Quem não acredita na Imortalidade da alma, se prende tão somente às amarguras da vida.
Quem assim vive, sente vontade de abandonar tudo, para se livrar do sofrimento pois, nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio, suas misérias.
A incredulidade sobre o futuro, as ideias materialistas fermentam esse desejo.
Contudo, o suicida logo descobre que não matou a vida, ele prossegue vivendo.
E essa é, com certeza, sua maior dor.
Ele é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de ser cumprida a pena.
Quando preso de novo, é mais severamente tratado.
A vida é um dom Divino que nos é dado para o crescimento, o progresso.
Se lutas árduas nos chegam, tenhamos a certeza de que não nos faltarão as forças.
Isso porque Deus nunca confere fardo maior do que possamos carregar.
Dessa forma, jamais nos entreguemos ao desespero.
Busquemos auxílio, digamos das nossas dificuldades.
Sempre haverá um coração disposto a nos ouvir.
O mundo está repleto de pessoas bondosas.
Basta, por vezes, que olhemos para o lado e peçamos ajuda.
Não acreditemos que a morte solucionará nossos problemas.
Quando o corpo fenece, nós, Espíritos, continuamos na vida, embora invisíveis aos olhos carnais.
E somos responsáveis pelo uso que fizermos e o destino que dermos aos nossos corpos.
Responderemos por todos os atos que colidirem com as leis morais estabelecidas pela Divindade.
Dessa forma, jamais pensemos em desistir da vida.
E nas nossas rogativas a Deus, não peçamos que nos abrevie esta existência.
Peçamos, sim, que nos dê forças para tudo suportar, com coragem.
E Ele, o bom Pai, jamais nos negará auxílio.
Momento Espírita, com citação do item 71, do cap. XXVIII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
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Às Vésperas da Reencarnação
Estou sentado embaixo de uma árvore, recostado em seu tronco, vendo o céu maravilhosamente azul.
O sol quente esquenta meu corpo.
Estou em paz.
Olho bem para o alto e vejo pássaros brancos voando em bando, meus olhos os seguem... meu pensamento os acompanha.
Para onde será que eles estão indo? Não sei.
Fico sentado aqui, sentindo a brisa no meu rosto e, junto com esta brisa, vem o cheiro das flores.
Sinto-me preguiçoso, lânguido; gostaria de assim ficar por muito tempo, mas o dever me chama.
Tenho compromissos a cumprir; levanto-me devagar, espreguiço-me e sinto-me revigorado.
Agora vou trabalhar.
Gostaria de encontrar alguém conhecido, mas não vejo ninguém.
Porém, não me aborreço.
Espero com tranquilidade este encontro.
Sei que, com paciência, vou acabar conseguindo o que quero.
Sei que tenho que ser tolerante com esta situação.
Sinto, no fundo do meu coração, que logo estarei de volta.
Não gostaria de voltar, mas sei também que não posso me esquivar do compromisso.
Que pena! Vou ter que abandonar lugar tão bom!
Mas sinto que, dessa vez, serei muito mais feliz.
Tenho certeza que conseguirei trilhar meu novo caminho terreno sem muitos tropeços, sem novamente me desviar do caminho que tracei.
Nestes muitos anos vivendo aqui, consegui entender bem o significado das palavras "AMOR", "AMIZADE", "CARINHO".
Desta vez, conseguirei implantar estes sentimentos no meu novo caminhar.
Ah! como já sinto saudades daqui!
Olho ao redor e sinto uma pontada de medo...
Mas levanto minha cabeça, me entrego a "Deus" e tenho certeza que vou sair-me bem.
Adeus, Cowboy
Vagner
§.§.§- Ave sem Ninho
O sol quente esquenta meu corpo.
Estou em paz.
Olho bem para o alto e vejo pássaros brancos voando em bando, meus olhos os seguem... meu pensamento os acompanha.
Para onde será que eles estão indo? Não sei.
Fico sentado aqui, sentindo a brisa no meu rosto e, junto com esta brisa, vem o cheiro das flores.
Sinto-me preguiçoso, lânguido; gostaria de assim ficar por muito tempo, mas o dever me chama.
Tenho compromissos a cumprir; levanto-me devagar, espreguiço-me e sinto-me revigorado.
Agora vou trabalhar.
Gostaria de encontrar alguém conhecido, mas não vejo ninguém.
Porém, não me aborreço.
Espero com tranquilidade este encontro.
Sei que, com paciência, vou acabar conseguindo o que quero.
Sei que tenho que ser tolerante com esta situação.
Sinto, no fundo do meu coração, que logo estarei de volta.
Não gostaria de voltar, mas sei também que não posso me esquivar do compromisso.
Que pena! Vou ter que abandonar lugar tão bom!
Mas sinto que, dessa vez, serei muito mais feliz.
Tenho certeza que conseguirei trilhar meu novo caminho terreno sem muitos tropeços, sem novamente me desviar do caminho que tracei.
Nestes muitos anos vivendo aqui, consegui entender bem o significado das palavras "AMOR", "AMIZADE", "CARINHO".
Desta vez, conseguirei implantar estes sentimentos no meu novo caminhar.
Ah! como já sinto saudades daqui!
Olho ao redor e sinto uma pontada de medo...
Mas levanto minha cabeça, me entrego a "Deus" e tenho certeza que vou sair-me bem.
Adeus, Cowboy
Vagner
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Quando a morte chega
Quando a morte chega, com sua face negra e leva consigo um dos nossos amores, o coração se parte.
É tão grande a dor que parece que o ar nos falta, que o mundo perdeu para sempre o colorido.
E nada há, ao nosso redor, que nos interesse.
Que importam nossas posses, compromissos, honrarias?
Que importa a festa programada com tanto zelo e antecedência?
Nosso mais precioso tesouro foi arrebatado.
Não mais ouviremos sua voz, nem a cristalina cascata do seu riso.
Em vão nossos braços tentarão abraçar-lhe a silhueta, que se foi para os campos da Espiritualidade.
No entanto, a dor que parece destroçar-nos o ser, não nos mata.
Prosseguimos vivendo.
A madrugada rompe as trevas e o sol se apresenta, com seu carro de ouro, cavalgando a luminosidade extraordinária do dia.
Os pássaros cantam nas ramadas.
O joão-de-barro anda pelo jardim, à cata de alimento e material para sua casa, no alto da árvore.
O vento passa sibilante, arrancando as folhas do arvoredo e atapetando o chão com flores coloridas, colhidas dos galhos generosos.
Tudo continua. As pessoas vão ao trabalho, enfrentam o trânsito, comparecem aos bancos escolares, discutem, vivem.
Mas, aquele pai, de pouco mais de cinquenta anos, desesperou-se quando a filha Anna Laura morreu em um acidente.
Tudo foi tão rápido, tão brusco, tão inesperado.
Quem, afinal, em sã consciência, cogita, algum dia, que sua filha poderá lhe ser arrebatada dos braços em um infeliz acidente?
Contudo, ele e a esposa optaram por homenagear a filha querida, perpetuando-lhe a memória no tempo, para si e para muitas outras pessoas.
Tiveram a ideia e criaram parques para crianças com mobilidade reduzida e/ou alterações sensoriais e intelectuais.
O processo de lidar com a perda se tornou menos difícil a partir desse momento.
Se a dor diminuiu? Sim, diz o pai.
A sensação de ajudar ao próximo é de prazer e isso acaba diminuindo a dor e ajudando na superação do acontecimento, proporcionando conforto e vontade de viver.
Ele compara a morte da filha a uma batalha perdida. Mas a vida continua, complementa Cláudia, a mãe.
Assim, Anna Laura vive nas homenagens que beneficiam a muitas crianças e seus pais.
Quando saímos de nós mesmos e nos interessamos pelo próximo, atraímos para nós atenções espirituais, que nos sustentam ante dores profundas.
O amor de Deus, que se multiplica no mundo, graças às nossas mãos, nos beneficia, em primeiro lugar, porque o bem faz bem, primeiramente, a quem o pratica.
Exactamente como quando, em plena escuridão, se acende um fósforo ou um lampião, somos os primeiros a recebermos a luz, a nos iluminarmos.
E, para quem partiu, ter sua lembrança associada a benefícios a terceiros, traz igualmente recompensa. Toda vez que alguém, agradecido, ergue sua alma em prece, pelo bem recebido, alcança aquele que indirectamente se tornou o agente disso tudo.
É uma doce forma de perpetuar a memória de quem se ama.
E, sim, há muitas formas de se superar a própria dor.
Amar o próximo e importar-se com ele, dedicar-se a quem tem carências de qualquer ordem, é, com certeza, uma das mais belas formas de superação.
Momento Espírita, com base no artigo Do desafio à superação, de Willian Bressan, do Jornal Gazeta do Povo, de 20.9.2015.
§.§.§- Ave sem Ninho
É tão grande a dor que parece que o ar nos falta, que o mundo perdeu para sempre o colorido.
E nada há, ao nosso redor, que nos interesse.
Que importam nossas posses, compromissos, honrarias?
Que importa a festa programada com tanto zelo e antecedência?
Nosso mais precioso tesouro foi arrebatado.
Não mais ouviremos sua voz, nem a cristalina cascata do seu riso.
Em vão nossos braços tentarão abraçar-lhe a silhueta, que se foi para os campos da Espiritualidade.
No entanto, a dor que parece destroçar-nos o ser, não nos mata.
Prosseguimos vivendo.
A madrugada rompe as trevas e o sol se apresenta, com seu carro de ouro, cavalgando a luminosidade extraordinária do dia.
Os pássaros cantam nas ramadas.
O joão-de-barro anda pelo jardim, à cata de alimento e material para sua casa, no alto da árvore.
O vento passa sibilante, arrancando as folhas do arvoredo e atapetando o chão com flores coloridas, colhidas dos galhos generosos.
Tudo continua. As pessoas vão ao trabalho, enfrentam o trânsito, comparecem aos bancos escolares, discutem, vivem.
Mas, aquele pai, de pouco mais de cinquenta anos, desesperou-se quando a filha Anna Laura morreu em um acidente.
Tudo foi tão rápido, tão brusco, tão inesperado.
Quem, afinal, em sã consciência, cogita, algum dia, que sua filha poderá lhe ser arrebatada dos braços em um infeliz acidente?
Contudo, ele e a esposa optaram por homenagear a filha querida, perpetuando-lhe a memória no tempo, para si e para muitas outras pessoas.
Tiveram a ideia e criaram parques para crianças com mobilidade reduzida e/ou alterações sensoriais e intelectuais.
O processo de lidar com a perda se tornou menos difícil a partir desse momento.
Se a dor diminuiu? Sim, diz o pai.
A sensação de ajudar ao próximo é de prazer e isso acaba diminuindo a dor e ajudando na superação do acontecimento, proporcionando conforto e vontade de viver.
Ele compara a morte da filha a uma batalha perdida. Mas a vida continua, complementa Cláudia, a mãe.
Assim, Anna Laura vive nas homenagens que beneficiam a muitas crianças e seus pais.
Quando saímos de nós mesmos e nos interessamos pelo próximo, atraímos para nós atenções espirituais, que nos sustentam ante dores profundas.
O amor de Deus, que se multiplica no mundo, graças às nossas mãos, nos beneficia, em primeiro lugar, porque o bem faz bem, primeiramente, a quem o pratica.
Exactamente como quando, em plena escuridão, se acende um fósforo ou um lampião, somos os primeiros a recebermos a luz, a nos iluminarmos.
E, para quem partiu, ter sua lembrança associada a benefícios a terceiros, traz igualmente recompensa. Toda vez que alguém, agradecido, ergue sua alma em prece, pelo bem recebido, alcança aquele que indirectamente se tornou o agente disso tudo.
É uma doce forma de perpetuar a memória de quem se ama.
E, sim, há muitas formas de se superar a própria dor.
Amar o próximo e importar-se com ele, dedicar-se a quem tem carências de qualquer ordem, é, com certeza, uma das mais belas formas de superação.
Momento Espírita, com base no artigo Do desafio à superação, de Willian Bressan, do Jornal Gazeta do Povo, de 20.9.2015.
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