Momentos Espíritas III
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O Fantasma do Castelo
Há cerca de duas semanas, a imprensa mundial voltou seus olhos para a fenomenologia espírita, uma vez mais.
No castelo de Hampton Court, uma das residências do monarca inglês Henrique VIII, as câmaras do circuito fechado de televisão do palácio, gravaram uma imagem fantasmagórica:
uma figura em traje de época abre a porta, olha fixamente para o exterior e depois volta-se para dentro, fechando-a às suas costas.
O episódio reforça a tese de que o castelo seja realmente “mal-assombrado”, ou, na linguagem espírita, “habitado por espíritos desencarnados que ali permanecem, indefinidamente, recusando-se ao retorno ao plano espiritual e à continuidade de sua peregrinação evolutiva”.
Não temos nós, de longe, condições técnicas de avaliar mais detidamente o episódio, razão porque vamos apresentar algumas hipóteses de análise.
Primeiramente, devemos cotejar a possibilidade de ser um “jogo de cena publicitário”, afinal de contas, além do palácio conservar a pecha de lugar fantasmagórico, a corte inglesa cobra valores respeitáveis para o ingresso e o tour pela antiga edificação, dos curiosos e turistas.
Um “facto” assim noticiado pela imprensa é efectivamente um motivo a mais para a procura ao lugar turístico, “engordando” ainda mais os cofres da família real britânica.
Deixando de lado o cepticismo, encaremos o fenómeno com os olhos críticos da ciência espiritista.
Primeiramente, o fenómeno de natureza paranormal tem lugar onde o ambiente propicia sua ocorrência, havendo a necessidade de, no caso de uma aparição pública, da doação de matéria ectoplásmica para sua ocorrência.
Em outros termos, para que o ser torne-se visível a todos (ou a quem esteja vislumbrando a fenomenologia, sem utilização de dons mediúnicos pessoais – como se verifica no caso da vidência, nos médiuns – alguém, no castelo, precisa “doar” ectoplasma para que a materialização ocorra.
Em outros tempos, mormente os de ocorrência de aparições, nos séculos XIX e XX (primeira metade), o intuito da espiritualidade era o de atrair a atenção dos estudiosos da doutrina e dos cientistas para a realidade do mundo espiritual.
Tais ocorrências, diga-se de passagem, não são privilégio nem património do Espiritismo.
Volta e meia reaparecem, com objectivos distintos, fundamentalmente para determinar a existência de um “universo paralelo”, habitado por todos aqueles que já deixaram o invólucro corporal, mas que continuam “mais vivos do que nunca”.
Neste sentido, em carácter espiritual-moral, caberiam outras digressões:
Se, realmente, tratar-se do espírito de uma das esposas do monarca (assassinada naquele local, depois que o rei descobriu suas relações sexuais pré-matrimoniais), ou dele próprio, podemos crer que, atávico ainda às imperfeições pessoais e ao remorso de seu passado, a criatura permanece refém de suas próprias impressões espirituais, seja pela constância na atitude de não perdoar seu agressor, ou perdoar a si próprio e, egoisticamente ligado à matéria (poder, riqueza, honra e glória), não admite “ter morrido”, e acha-se, ainda, vivo.
Ou, então, mesmo consciente de sua morte, recusa-se ao retorno à pátria espiritual, porque se compraz em assustar os outros, na qualidade de brincalhão e zombeteiro que possa ser.
A Igreja, em outros tempos, e, talvez, até, agora, resolva endereçar ao local algum de seus especialistas exorcistas, visando “libertar” a alma sofredora.
De nossa parte, espíritas que somos, e, dentro da recomendação de vibração pelos desencarnados, só nos resta, admitindo-se a veracidade da manifestação – e não um truque prestidigitador – evocar os bons espíritos para que acudam a alma enferma, para que ela possa, tão-logo, admitir a necessidade pessoal de seguir o seu curso, deixando seu habitat provisório, no castelo, retornando, enfim, ao lugar de tratamento e reeducação no Plano Espiritual, para, ao final, prosseguir seu curso de redenção.
O grande proveito que devemos tirar da situação é a utilização deste exemplo – mais um – para confirmar nossa tese de sobrevivência do espírito, no post-mortem, para empregá-lo no estudo sério e dedicado das provas da imortalidade e da comunicabilidade entre vivos e mortos.
§.§.§- Ave sem Ninho
No castelo de Hampton Court, uma das residências do monarca inglês Henrique VIII, as câmaras do circuito fechado de televisão do palácio, gravaram uma imagem fantasmagórica:
uma figura em traje de época abre a porta, olha fixamente para o exterior e depois volta-se para dentro, fechando-a às suas costas.
O episódio reforça a tese de que o castelo seja realmente “mal-assombrado”, ou, na linguagem espírita, “habitado por espíritos desencarnados que ali permanecem, indefinidamente, recusando-se ao retorno ao plano espiritual e à continuidade de sua peregrinação evolutiva”.
Não temos nós, de longe, condições técnicas de avaliar mais detidamente o episódio, razão porque vamos apresentar algumas hipóteses de análise.
Primeiramente, devemos cotejar a possibilidade de ser um “jogo de cena publicitário”, afinal de contas, além do palácio conservar a pecha de lugar fantasmagórico, a corte inglesa cobra valores respeitáveis para o ingresso e o tour pela antiga edificação, dos curiosos e turistas.
Um “facto” assim noticiado pela imprensa é efectivamente um motivo a mais para a procura ao lugar turístico, “engordando” ainda mais os cofres da família real britânica.
Deixando de lado o cepticismo, encaremos o fenómeno com os olhos críticos da ciência espiritista.
Primeiramente, o fenómeno de natureza paranormal tem lugar onde o ambiente propicia sua ocorrência, havendo a necessidade de, no caso de uma aparição pública, da doação de matéria ectoplásmica para sua ocorrência.
Em outros termos, para que o ser torne-se visível a todos (ou a quem esteja vislumbrando a fenomenologia, sem utilização de dons mediúnicos pessoais – como se verifica no caso da vidência, nos médiuns – alguém, no castelo, precisa “doar” ectoplasma para que a materialização ocorra.
Em outros tempos, mormente os de ocorrência de aparições, nos séculos XIX e XX (primeira metade), o intuito da espiritualidade era o de atrair a atenção dos estudiosos da doutrina e dos cientistas para a realidade do mundo espiritual.
Tais ocorrências, diga-se de passagem, não são privilégio nem património do Espiritismo.
Volta e meia reaparecem, com objectivos distintos, fundamentalmente para determinar a existência de um “universo paralelo”, habitado por todos aqueles que já deixaram o invólucro corporal, mas que continuam “mais vivos do que nunca”.
Neste sentido, em carácter espiritual-moral, caberiam outras digressões:
Se, realmente, tratar-se do espírito de uma das esposas do monarca (assassinada naquele local, depois que o rei descobriu suas relações sexuais pré-matrimoniais), ou dele próprio, podemos crer que, atávico ainda às imperfeições pessoais e ao remorso de seu passado, a criatura permanece refém de suas próprias impressões espirituais, seja pela constância na atitude de não perdoar seu agressor, ou perdoar a si próprio e, egoisticamente ligado à matéria (poder, riqueza, honra e glória), não admite “ter morrido”, e acha-se, ainda, vivo.
Ou, então, mesmo consciente de sua morte, recusa-se ao retorno à pátria espiritual, porque se compraz em assustar os outros, na qualidade de brincalhão e zombeteiro que possa ser.
A Igreja, em outros tempos, e, talvez, até, agora, resolva endereçar ao local algum de seus especialistas exorcistas, visando “libertar” a alma sofredora.
De nossa parte, espíritas que somos, e, dentro da recomendação de vibração pelos desencarnados, só nos resta, admitindo-se a veracidade da manifestação – e não um truque prestidigitador – evocar os bons espíritos para que acudam a alma enferma, para que ela possa, tão-logo, admitir a necessidade pessoal de seguir o seu curso, deixando seu habitat provisório, no castelo, retornando, enfim, ao lugar de tratamento e reeducação no Plano Espiritual, para, ao final, prosseguir seu curso de redenção.
O grande proveito que devemos tirar da situação é a utilização deste exemplo – mais um – para confirmar nossa tese de sobrevivência do espírito, no post-mortem, para empregá-lo no estudo sério e dedicado das provas da imortalidade e da comunicabilidade entre vivos e mortos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Uma segunda chance
O filho busca o pai no aeroporto.
Entre sorrisos, se abraçam. Entram no carro.
Enquanto rodam pela estrada, o pai vai observando os detalhes da paisagem e, ao contemplar um menino tentando se equilibrar na bicicleta, viaja no tempo e confessa:
Como o tempo passa rápido... ainda ontem você era uma criança.
Agora... ei-lo um homem feito.
Já não sou eu quem o busca, é você quem dirige o carro e me conduz.
Sabe, filho, acho que deveria ter trabalhado menos para ver você crescer.
E, num quase desabafo, completa:
Gostaria de ter uma segunda chance.
O rapaz sorri e, tranquilo, fala, como quem deseja acalmar a angústia paterna:
Tudo bem, pai.
Você tem uma segunda chance.
E, apontando a esposa grávida, que os aguarda em frente à casa, onde acaba de estacionar o carro, complementa:
Ele vai se chamar Gabriel.
As cenas demonstram ternura. Nenhuma reprovação.
Às vezes, amargamos a existência, fixados no passado, porque, em nossa infância, nossos pais não estiveram tão presentes quanto teríamos almejado.
Podemos chegar a culpá-los pelos nossos eventuais fracassos do agora.
No entanto, se ausências ocorreram é de nos perguntarmos o que preocupava nossos pais, naquela época.
Quase sempre, nos esquecemos das lutas insanas, das horas dedicadas ao trabalho para nos prover o pão, o agasalho, o conforto de uma casa, o pagamento da faculdade, as viagens de estudo e de lazer.
Sim, talvez pudéssemos ter abdicado de tantas coisas e teríamos preferido que eles estivessem ao nosso lado.
Contudo, lhes dissemos isso em algum momento ou simplesmente exigíamos mais e mais, em nossos sonhos de adolescentes e jovens?
Que os pais fazem falta aos filhos é verdade inconteste.
Entretanto, que não os culpemos por tudo, inclusive pela nossa incapacidade de compreender, de desculpar e perdoar as suas possíveis faltas.
Todos os pais conscientes procuram fazer o melhor para os seus filhos.
Se falham, não o fazem de forma intencional.
Enquanto inexperientes em muitas questões, detinham as preocupações da manutenção do lar, o provimento de todas as nossas necessidades, a instrução, a educação.
Nesse rol, vez ou outra, podem ter esquecido das manifestações mais ternas do afecto.
No entanto, por que nós, filhos que desejávamos o abraço, a presença, não lhes dissemos, não pedimos?
Importante que se viva o momento presente, que manifestemos nossa profunda gratidão por quem nos deu tanto.
Se nos descobrimos ainda carentes do que desejamos na infância e não tivemos, usufruamos o mais possível, agora, da presença dessas criaturas que nos deram e mantiveram a vida.
E, se estivermos para nos tornarmos pais, ofereçamos a eles a excelente oportunidade de serem avós, permitindo-lhes um tempo mais longo com os netos, tempo que talvez tenham querido mas não puderam ter connosco.
A segunda chance.
A chance de demonstrar o grande amor que trazem em seu coração, chance de serem pais pela segunda vez.
Ofereçamos a eles essa infinita alegria de conviver, de amar, de levar os netos a passear, de os ensinar a se equilibrarem na bicicleta, de irem ao cinema, saírem de carro...
Tantas pequenas grandes coisas que fazem a felicidade e massageiam a alma.
Façamos isso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Entre sorrisos, se abraçam. Entram no carro.
Enquanto rodam pela estrada, o pai vai observando os detalhes da paisagem e, ao contemplar um menino tentando se equilibrar na bicicleta, viaja no tempo e confessa:
Como o tempo passa rápido... ainda ontem você era uma criança.
Agora... ei-lo um homem feito.
Já não sou eu quem o busca, é você quem dirige o carro e me conduz.
Sabe, filho, acho que deveria ter trabalhado menos para ver você crescer.
E, num quase desabafo, completa:
Gostaria de ter uma segunda chance.
O rapaz sorri e, tranquilo, fala, como quem deseja acalmar a angústia paterna:
Tudo bem, pai.
Você tem uma segunda chance.
E, apontando a esposa grávida, que os aguarda em frente à casa, onde acaba de estacionar o carro, complementa:
Ele vai se chamar Gabriel.
As cenas demonstram ternura. Nenhuma reprovação.
Às vezes, amargamos a existência, fixados no passado, porque, em nossa infância, nossos pais não estiveram tão presentes quanto teríamos almejado.
Podemos chegar a culpá-los pelos nossos eventuais fracassos do agora.
No entanto, se ausências ocorreram é de nos perguntarmos o que preocupava nossos pais, naquela época.
Quase sempre, nos esquecemos das lutas insanas, das horas dedicadas ao trabalho para nos prover o pão, o agasalho, o conforto de uma casa, o pagamento da faculdade, as viagens de estudo e de lazer.
Sim, talvez pudéssemos ter abdicado de tantas coisas e teríamos preferido que eles estivessem ao nosso lado.
Contudo, lhes dissemos isso em algum momento ou simplesmente exigíamos mais e mais, em nossos sonhos de adolescentes e jovens?
Que os pais fazem falta aos filhos é verdade inconteste.
Entretanto, que não os culpemos por tudo, inclusive pela nossa incapacidade de compreender, de desculpar e perdoar as suas possíveis faltas.
Todos os pais conscientes procuram fazer o melhor para os seus filhos.
Se falham, não o fazem de forma intencional.
Enquanto inexperientes em muitas questões, detinham as preocupações da manutenção do lar, o provimento de todas as nossas necessidades, a instrução, a educação.
Nesse rol, vez ou outra, podem ter esquecido das manifestações mais ternas do afecto.
No entanto, por que nós, filhos que desejávamos o abraço, a presença, não lhes dissemos, não pedimos?
Importante que se viva o momento presente, que manifestemos nossa profunda gratidão por quem nos deu tanto.
Se nos descobrimos ainda carentes do que desejamos na infância e não tivemos, usufruamos o mais possível, agora, da presença dessas criaturas que nos deram e mantiveram a vida.
E, se estivermos para nos tornarmos pais, ofereçamos a eles a excelente oportunidade de serem avós, permitindo-lhes um tempo mais longo com os netos, tempo que talvez tenham querido mas não puderam ter connosco.
A segunda chance.
A chance de demonstrar o grande amor que trazem em seu coração, chance de serem pais pela segunda vez.
Ofereçamos a eles essa infinita alegria de conviver, de amar, de levar os netos a passear, de os ensinar a se equilibrarem na bicicleta, de irem ao cinema, saírem de carro...
Tantas pequenas grandes coisas que fazem a felicidade e massageiam a alma.
Façamos isso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Novos samaritanos
Aquele que usou de misericórdia para com ele.
Assim termina uma das mais importantes lições do Evangelho de Jesus, quando o Mestre faz o doutor da lei compreender o que significa se tornar o próximo de alguém.
No instante em que o samaritano se dispõe a mudar a rotina de seu dia para ajudar um completo estranho, ele se torna o próximo daquele homem, e é aí que está a essência do amor ao próximo.
Não fazer julgamentos.
Deixar de pensar apenas em si.
Tornar-se útil ao outro e ao mundo.
Misericórdia é colocar o coração na miséria do outro.
O mundo nunca precisou tanto de novos samaritanos como necessita neste momento.
Quem se candidata?
Quem é capaz de interromper sua caminhada e ajudar um total estranho?
De se importar com pessoas que não vão lhe agradecer, que não vão lhe retribuir, mas pelo simples senso de obrigação moral?
De suportar, quem sabe, até a ingratidão, de se esconder no anonimato, de ser visto como politicamente correto – alvo de chacotas. Quem se habilita?
Recrutam-se novos samaritanos.
Nem todos precisam ter denários para doar, apenas tempo para cuidar, atenção para conceder, carinho para acalmar.
Recrutam-se novos samaritanos.
Alguns com a habilidade de derramar óleo e vinho sobre as feridas da alma, através de palavras de optimismo, através de ouvidos atentos ou mesmo de um abraço apertado.
Necessitamos de novos samaritanos, que não se importem com cor, raça, religião.
Que tratem o homem como Espírito, que sopra onde quer, que hoje está no Ocidente e amanhã estará no Oriente; que hoje veste pele de uma cor e que amanhã poderá ser de outra; que hoje chama o pai de Alá e amanhã o chamará apenas de Pai – o que importa?
Felizmente muitos atenderam ao convite.
Não os vemos se vangloriando por aí, pois são discretos.
Não os assistimos ganhando foco em noticiários, pois ainda cultuamos a desgraça e o pessimismo nos meios de comunicação, lamentavelmente.
Mas eles trabalham semeando o amor, a fraternidade, a união.
Não são dessa ou daquela religião, são de todas.
Não são deste país ou daqueloutro, são de todos.
Não são profissionais dessa ou daquela área, são de todas.
Anónimos, que dedicam um pouco de seu tempo para amparar os caídos, que não questionam porque caíram, que não julgam, que não fazem perguntas – só amparam.
Por vezes, pensamos demais.
Intelectualizamos demais os problemas sociais, psicológicos, étnicos e religiosos.
E tudo custa a sair das ideias e ir para as mãos, para a acção.
O samaritano da parábola só agiu, atendendo a emergência, e de sua boca não saíram grandes reflexões ou ensinamentos.
A única fala que Jesus coloca na boca desse personagem inesquecível é:
Trata muito bem deste homem, e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
E isso é o que aqueles que estão em sofrimento profundo e que precisam de amparo, mais querem no mundo: alguém que se importe e se volte para eles.
Você quer ser um novo samaritano?
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Assim termina uma das mais importantes lições do Evangelho de Jesus, quando o Mestre faz o doutor da lei compreender o que significa se tornar o próximo de alguém.
No instante em que o samaritano se dispõe a mudar a rotina de seu dia para ajudar um completo estranho, ele se torna o próximo daquele homem, e é aí que está a essência do amor ao próximo.
Não fazer julgamentos.
Deixar de pensar apenas em si.
Tornar-se útil ao outro e ao mundo.
Misericórdia é colocar o coração na miséria do outro.
O mundo nunca precisou tanto de novos samaritanos como necessita neste momento.
Quem se candidata?
Quem é capaz de interromper sua caminhada e ajudar um total estranho?
De se importar com pessoas que não vão lhe agradecer, que não vão lhe retribuir, mas pelo simples senso de obrigação moral?
De suportar, quem sabe, até a ingratidão, de se esconder no anonimato, de ser visto como politicamente correto – alvo de chacotas. Quem se habilita?
Recrutam-se novos samaritanos.
Nem todos precisam ter denários para doar, apenas tempo para cuidar, atenção para conceder, carinho para acalmar.
Recrutam-se novos samaritanos.
Alguns com a habilidade de derramar óleo e vinho sobre as feridas da alma, através de palavras de optimismo, através de ouvidos atentos ou mesmo de um abraço apertado.
Necessitamos de novos samaritanos, que não se importem com cor, raça, religião.
Que tratem o homem como Espírito, que sopra onde quer, que hoje está no Ocidente e amanhã estará no Oriente; que hoje veste pele de uma cor e que amanhã poderá ser de outra; que hoje chama o pai de Alá e amanhã o chamará apenas de Pai – o que importa?
Felizmente muitos atenderam ao convite.
Não os vemos se vangloriando por aí, pois são discretos.
Não os assistimos ganhando foco em noticiários, pois ainda cultuamos a desgraça e o pessimismo nos meios de comunicação, lamentavelmente.
Mas eles trabalham semeando o amor, a fraternidade, a união.
Não são dessa ou daquela religião, são de todas.
Não são deste país ou daqueloutro, são de todos.
Não são profissionais dessa ou daquela área, são de todas.
Anónimos, que dedicam um pouco de seu tempo para amparar os caídos, que não questionam porque caíram, que não julgam, que não fazem perguntas – só amparam.
Por vezes, pensamos demais.
Intelectualizamos demais os problemas sociais, psicológicos, étnicos e religiosos.
E tudo custa a sair das ideias e ir para as mãos, para a acção.
O samaritano da parábola só agiu, atendendo a emergência, e de sua boca não saíram grandes reflexões ou ensinamentos.
A única fala que Jesus coloca na boca desse personagem inesquecível é:
Trata muito bem deste homem, e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
E isso é o que aqueles que estão em sofrimento profundo e que precisam de amparo, mais querem no mundo: alguém que se importe e se volte para eles.
Você quer ser um novo samaritano?
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um tipo inesquecível
Em criança, descobri, certo dia, no quarto de meu irmão mais velho, muitos exemplares da revista Selecções Reader’s Digest.
Às vésperas das férias de julho, com perspectivas de muitos dias frios e sem programação de viagem, um verdadeiro tesouro.
E, assim todos os dias invernosos foram dedicados à leitura daquelas preciosidades.
Tomei contacto com muitos autores célebres graças aos condensados de várias de suas obras.
O mês acabou e eu quase concluíra a leitura de todos aqueles exemplares ali guardados.
Recordo que havia uma secção que eu apreciava demais.
Chamava-se Meu tipo inesquecível.
Eram leitores que escreviam a respeito de pessoas que tinham feito a grande diferença em suas vidas: professores, amigos, colegas de escola, parentes.
Aquilo me ensinou a olhar mais em meu entorno, aprofundando observações a pessoas de meu relacionamento.
Foi lembrando dessa secção que olhei para aquele homem andando pelas ruas do Jardim Social.
Segundo os moradores, ele parece, simplesmente, ter surgido naquele bairro.
Um homem simples mas portador de enorme inteligência.
Aposentado, enfrenta os problemas de quase todos os que não disponham de aposentadorias especiais:
manter o padrão de vida, prosseguir a viver com dignidade, suprir o necessário para o lar.
Contudo, Fábio descobriu a infinidade de cães existentes no bairro.
Cada família tem dois, três e até quatro.
Por isso, ofereceu-se para ser condutor de cães.
Logo, conseguiu a adesão de muitos moradores.
Desde a madrugada, é possível vê-lo conduzindo aqueles animais de grande estimação dos seus donos.
São animais grandes, médios, pequenos.
Ele passeia com um, dois e até seis ou oito de cada vez, levando-os a caminhar pelas calçadas.
E tudo faz com um amor e uma consideração que vai além de um simples contratado para aquele trabalho.
O que mais chama a atenção é quando ele sai com um animal pequeno, magro, envelhecido.
Com a guia na mão direita, ele lhe permite parar em todas as árvores, arbustos e postes que queira.
Ele espera, com calma, respeitando o ritmo e a vontade do cão.
E os passeios não respeitam sábados, domingos ou feriados.
Literalmente, eles acontecem todos os dias.
De tudo isso, ressaltam duas grandes lições:
Primeira, quem aprendeu a amar o trabalho, sempre encontra o que fazer, principalmente, em épocas difíceis quais as que atravessa o nosso país.
Não importa que não seja o que estava acostumado a fazer, ou que não tenha nenhuma relação com sua profissão.
Em vez de reclamar, de ficar a se lamentar do salário de aposentado, podemos accionar a vontade e encontrar algo com que nos ocuparmos e sermos remunerados por isso.
A segunda lição tem a ver com o carinho dedicado aos animais.
Diga-se, algo que, por vezes, nós mesmos não dispensamos a outras pessoas, especialmente crianças e idosos, que exigem paciência, atenção e cuidados.
Que nos sirva de exemplo o senhor Fábio, o condutor de caninos, um homem de sabedoria, um trabalhador, um homem que ama.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Às vésperas das férias de julho, com perspectivas de muitos dias frios e sem programação de viagem, um verdadeiro tesouro.
E, assim todos os dias invernosos foram dedicados à leitura daquelas preciosidades.
Tomei contacto com muitos autores célebres graças aos condensados de várias de suas obras.
O mês acabou e eu quase concluíra a leitura de todos aqueles exemplares ali guardados.
Recordo que havia uma secção que eu apreciava demais.
Chamava-se Meu tipo inesquecível.
Eram leitores que escreviam a respeito de pessoas que tinham feito a grande diferença em suas vidas: professores, amigos, colegas de escola, parentes.
Aquilo me ensinou a olhar mais em meu entorno, aprofundando observações a pessoas de meu relacionamento.
Foi lembrando dessa secção que olhei para aquele homem andando pelas ruas do Jardim Social.
Segundo os moradores, ele parece, simplesmente, ter surgido naquele bairro.
Um homem simples mas portador de enorme inteligência.
Aposentado, enfrenta os problemas de quase todos os que não disponham de aposentadorias especiais:
manter o padrão de vida, prosseguir a viver com dignidade, suprir o necessário para o lar.
Contudo, Fábio descobriu a infinidade de cães existentes no bairro.
Cada família tem dois, três e até quatro.
Por isso, ofereceu-se para ser condutor de cães.
Logo, conseguiu a adesão de muitos moradores.
Desde a madrugada, é possível vê-lo conduzindo aqueles animais de grande estimação dos seus donos.
São animais grandes, médios, pequenos.
Ele passeia com um, dois e até seis ou oito de cada vez, levando-os a caminhar pelas calçadas.
E tudo faz com um amor e uma consideração que vai além de um simples contratado para aquele trabalho.
O que mais chama a atenção é quando ele sai com um animal pequeno, magro, envelhecido.
Com a guia na mão direita, ele lhe permite parar em todas as árvores, arbustos e postes que queira.
Ele espera, com calma, respeitando o ritmo e a vontade do cão.
E os passeios não respeitam sábados, domingos ou feriados.
Literalmente, eles acontecem todos os dias.
De tudo isso, ressaltam duas grandes lições:
Primeira, quem aprendeu a amar o trabalho, sempre encontra o que fazer, principalmente, em épocas difíceis quais as que atravessa o nosso país.
Não importa que não seja o que estava acostumado a fazer, ou que não tenha nenhuma relação com sua profissão.
Em vez de reclamar, de ficar a se lamentar do salário de aposentado, podemos accionar a vontade e encontrar algo com que nos ocuparmos e sermos remunerados por isso.
A segunda lição tem a ver com o carinho dedicado aos animais.
Diga-se, algo que, por vezes, nós mesmos não dispensamos a outras pessoas, especialmente crianças e idosos, que exigem paciência, atenção e cuidados.
Que nos sirva de exemplo o senhor Fábio, o condutor de caninos, um homem de sabedoria, um trabalhador, um homem que ama.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
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Localização : Porto - Portugal
Você nasceu para ser vencedor
Incessantemente, busque a sua identidade real, isto é, descubra-se, para o seu próprio bem.
Em qualquer circunstância, mantenha-se você mesmo.
Não se apresente superior ao que é, nem se subestime, a ponto de parecer o que não seja.
Ser autêntico é forma de adquirir dignidade.
Quem hoje triunfa, começou a batalha antes.
Quem está combatendo, alcançará a vitória logo mais.
Você nasceu para ser vencedor.
Um vencedor é sempre parte da resposta.
Um perdedor é sempre parte de um problema.
Um vencedor sempre tem um programa.
Um perdedor sempre tem uma desculpa.
Um vencedor diz: Deixe-me ajudá-lo.
Um perdedor diz: Não é minha obrigação!
Um vencedor enxerga uma resposta para cada problema.
Um perdedor enxerga um problema para cada resposta.
Um vencedor diz: Pode ser difícil, mas é possível.
Um perdedor diz: Pode ser possível, mas é difícil.
Rudyard Kipling, criador do personagem Tarzan, escreveu com grande lucidez, o seguinte poema:
Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando e para esses, no entanto, achares uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado, não mentir ao mentiroso;
Ou, sendo odiado, sempre do ódio te esquivares;
E não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a derrota e o triunfo, conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que dissestes, e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada tudo quanto ganhaste em toda a tua vida e perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;
Se és capaz de, entre a plebe não te corromperes; entre reis, não perder a naturalidade, e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
Se a todos podes ser de alguma utilidade; e se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo teu valor e brilho;
Tua é a Terra com tudo que existe no mundo, e – o que ainda é muito mais – és um homem, meu filho!
Seja amigo da verdade, sem a transformar numa arma de destruição ou de ofensa.
Guie-se sempre pela decisão que produza menor soma de prejuízos a você mesmo e ao seu próximo.
Você não é um observador distante da vida.
Você está na condição de membro do organismo universal, investido de tarefas e responsabilidades, de cujo desempenho resultarão a ordem e o sucesso de muitas coisas.
Considere-se pessoa valiosa no conjunto da Criação, tornando-se cada dia mais actuante na obra do Pai e fazendo-a melhor conhecida e mais considerada.
Você é herdeiro de Deus, e o Universo, de alguma forma, também lhe pertence.
Cada dia vencido são vinte e quatro horas que você ganhou.
Momento Espírita, com transcrição do poema Se..., de Rudyard Kipling, tradução de Guilherme de Almeida, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em qualquer circunstância, mantenha-se você mesmo.
Não se apresente superior ao que é, nem se subestime, a ponto de parecer o que não seja.
Ser autêntico é forma de adquirir dignidade.
Quem hoje triunfa, começou a batalha antes.
Quem está combatendo, alcançará a vitória logo mais.
Você nasceu para ser vencedor.
Um vencedor é sempre parte da resposta.
Um perdedor é sempre parte de um problema.
Um vencedor sempre tem um programa.
Um perdedor sempre tem uma desculpa.
Um vencedor diz: Deixe-me ajudá-lo.
Um perdedor diz: Não é minha obrigação!
Um vencedor enxerga uma resposta para cada problema.
Um perdedor enxerga um problema para cada resposta.
Um vencedor diz: Pode ser difícil, mas é possível.
Um perdedor diz: Pode ser possível, mas é difícil.
Rudyard Kipling, criador do personagem Tarzan, escreveu com grande lucidez, o seguinte poema:
Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando e para esses, no entanto, achares uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado, não mentir ao mentiroso;
Ou, sendo odiado, sempre do ódio te esquivares;
E não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a derrota e o triunfo, conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que dissestes, e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada tudo quanto ganhaste em toda a tua vida e perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;
Se és capaz de, entre a plebe não te corromperes; entre reis, não perder a naturalidade, e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
Se a todos podes ser de alguma utilidade; e se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo teu valor e brilho;
Tua é a Terra com tudo que existe no mundo, e – o que ainda é muito mais – és um homem, meu filho!
Seja amigo da verdade, sem a transformar numa arma de destruição ou de ofensa.
Guie-se sempre pela decisão que produza menor soma de prejuízos a você mesmo e ao seu próximo.
Você não é um observador distante da vida.
Você está na condição de membro do organismo universal, investido de tarefas e responsabilidades, de cujo desempenho resultarão a ordem e o sucesso de muitas coisas.
Considere-se pessoa valiosa no conjunto da Criação, tornando-se cada dia mais actuante na obra do Pai e fazendo-a melhor conhecida e mais considerada.
Você é herdeiro de Deus, e o Universo, de alguma forma, também lhe pertence.
Cada dia vencido são vinte e quatro horas que você ganhou.
Momento Espírita, com transcrição do poema Se..., de Rudyard Kipling, tradução de Guilherme de Almeida, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Os mansos herdarão a Terra
Em seu famoso Sermão da Montanha, Jesus enunciou uma série de bem-aventuranças.
Uma delas se refere aos mansos, que herdarão a Terra.
É interessante observar que os bens do mundo são habitualmente tomados pelos espertos e violentos.
Ao longo da História, há inúmeros exemplos de rapinagem, escravização e violência cometidos pelos chamados fortes.
Os povos mais pacatos e ordeiros sempre são as vítimas preferidas.
No âmbito individual, quem não é muito dado a violências e arbitrariedades também é mais visado pelos espertalhões.
Até agora, essa felicidade dos mansos não foi correctamente entendida e percebida.
O Espiritismo lança luz sobre a questão, ao ensinar a respeito da pluralidade dos mundos habitados.
Segundo essa lição, o nível evolutivo dos mundos guarda relação com o dos Espíritos que neles vivem.
Há os mundos primitivos, nos quais ocorrem as primeiras encarnações.
Há os de provas e expiações, em que renascem seres já intelectualmente evoluídos, mas ainda viciosos.
Há os de regeneração e paz, os felizes e os celestes ou divinos.
A Terra da actualidade figura entre os de provas e expiações.
Isso significa que nela encarnam Espíritos com significativa evolução intelectual, mas com moralidade vacilante, revelada por inúmeros vícios e paixões.
A experiência terrena se destina a promover expiações e provas.
Expiações são trânsitos dolorosos voltados a fazer surgir o arrependimento no íntimo de quem se fez vicioso.
Provas são testes para aferir a constância no bem e o vigor na luta.
Nesse contexto, é normal que a vida seja trabalhosa e difícil.
Fora o caso dos missionários do amor, os habitantes do planeta lutam contra si mesmos no processo de aprendizado e sublimação.
Mas o importante é que a transição para mundo de regeneração e paz está próxima.
Trata-se do fim dos tempos de angústia.
Por ora, os Espíritos mais rebeldes se encontram misturados aos demais.
É por intermédio deles que são aplicados os testes mais duros aos candidatos à paz.
No contacto com criaturas difíceis, estes desenvolvem paciência, compaixão, serenidade e fé em Deus.
Ao final, os mansos realmente herdarão a Terra.
Porque quem persistir no mal, quem teimar em ser violento e esperto será degradado.
Passará a viver em mundos inferiores, nos quais sua inteligência será preciosa.
Neles, ao contacto com seres primitivos, aprenderá a lição do amor que rejeitou aqui.
Quando se regenerar, retornará ao convívio de seus amores que permaneceram na Terra.
Ciente dessa realidade, preste atenção em seu viver.
Você figura entre os candidatos à paz ou entre os que, por seu egoísmo, servem à purificação dos mansos?
Pense nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Uma delas se refere aos mansos, que herdarão a Terra.
É interessante observar que os bens do mundo são habitualmente tomados pelos espertos e violentos.
Ao longo da História, há inúmeros exemplos de rapinagem, escravização e violência cometidos pelos chamados fortes.
Os povos mais pacatos e ordeiros sempre são as vítimas preferidas.
No âmbito individual, quem não é muito dado a violências e arbitrariedades também é mais visado pelos espertalhões.
Até agora, essa felicidade dos mansos não foi correctamente entendida e percebida.
O Espiritismo lança luz sobre a questão, ao ensinar a respeito da pluralidade dos mundos habitados.
Segundo essa lição, o nível evolutivo dos mundos guarda relação com o dos Espíritos que neles vivem.
Há os mundos primitivos, nos quais ocorrem as primeiras encarnações.
Há os de provas e expiações, em que renascem seres já intelectualmente evoluídos, mas ainda viciosos.
Há os de regeneração e paz, os felizes e os celestes ou divinos.
A Terra da actualidade figura entre os de provas e expiações.
Isso significa que nela encarnam Espíritos com significativa evolução intelectual, mas com moralidade vacilante, revelada por inúmeros vícios e paixões.
A experiência terrena se destina a promover expiações e provas.
Expiações são trânsitos dolorosos voltados a fazer surgir o arrependimento no íntimo de quem se fez vicioso.
Provas são testes para aferir a constância no bem e o vigor na luta.
Nesse contexto, é normal que a vida seja trabalhosa e difícil.
Fora o caso dos missionários do amor, os habitantes do planeta lutam contra si mesmos no processo de aprendizado e sublimação.
Mas o importante é que a transição para mundo de regeneração e paz está próxima.
Trata-se do fim dos tempos de angústia.
Por ora, os Espíritos mais rebeldes se encontram misturados aos demais.
É por intermédio deles que são aplicados os testes mais duros aos candidatos à paz.
No contacto com criaturas difíceis, estes desenvolvem paciência, compaixão, serenidade e fé em Deus.
Ao final, os mansos realmente herdarão a Terra.
Porque quem persistir no mal, quem teimar em ser violento e esperto será degradado.
Passará a viver em mundos inferiores, nos quais sua inteligência será preciosa.
Neles, ao contacto com seres primitivos, aprenderá a lição do amor que rejeitou aqui.
Quando se regenerar, retornará ao convívio de seus amores que permaneceram na Terra.
Ciente dessa realidade, preste atenção em seu viver.
Você figura entre os candidatos à paz ou entre os que, por seu egoísmo, servem à purificação dos mansos?
Pense nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Dividir para multiplicar
Aquele garoto chegara à cidade cheio de esperanças.
Era muito bem disposto e gostava de compartilhar com os amigos o que tinha ou sabia.
Seu pai comprara uma chácara muito próxima da cidade, e ele seguia feliz, de bicicleta, para a nova escola.
Queria conhecer os colegas, fazer amizades, e estudar muito, o que era seu maior prazer.
Além dos livros escolares, tinha outros livros interessantes, ilustrados.
Também gostava de ler jornais e revistas, por isso, estava sempre bem informado.
Na escola, a professora extremamente dedicada, fazia o possível para que seus alunos aprendessem.
Porém, ele notou a dificuldade de alguns colegas em assimilar as lições.
Assim que fez amizades, chamou-os para conhecerem sua casa durante a tarde e quase todos foram.
Qual não foi a surpresa quando chegaram e viram tantos livros, jornais e revistas numa grande sala de estudos.
Percebendo a surpresa e a curiosidade dos amigos, diante da sua pequena biblioteca, ele expôs uma ideia:
se quisessem, ele poderia compartilhar com eles aquele seu tesouro.
Desde então, a presença dos amigos passou a ser rotina na chácara.
Toda tarde eles liam, conversavam sobre os livros e revistas, comentavam os assuntos vistos na classe, brincavam e ainda tomavam leite com bolo na hora do lanche.
Não demorou muito tempo para a professora perceber a mudança no interesse e aprendizado.
Diante dos comentários, o menino informou que simplesmente buscara colaborar com seus amigos e compartilhara com eles, além das brincadeiras em sua chácara, seu material de estudos e leitura.
E que era muito bom vê-los com nova disposição, interessados em estudar e aprender.
Nenhum sucesso se realiza isoladamente.
Não é por acaso que vivemos em sociedade.
Quem deseja uma vida próspera em aprendizado e fraternidade, deve colaborar com o progresso dos demais.
Quem escolhe viver bem deve ensinar aos outros como fazer o mesmo, porque o valor de uma vida é medido pelas vidas que influencia.
O bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar geral.
De nada adiantaria lutarmos sozinhos por uma vida melhor, cercados de sofrimentos e dificuldades alheias.
Temer a concorrência faz de nós verdadeiros ignorantes ilhados, enquanto compartilhar o que temos e sabemos, faz multiplicar o bem e o bom ao nosso redor.
Ninguém é melhor que outrem, apenas alguns percebem melhor as oportunidades e a elas se dedicam, buscando sua evolução, enquanto outros se acomodam diante da vida.
Ensinar compartilhando é dar oportunidades por igual.
É necessário confraternizarmos, trabalhando sempre pelo bem geral.
Muitos desconhecem a lei divina do trabalho.
Trabalhar é necessidade prioritária em nossas vidas.
Existem trabalhos que exercitam o físico, e trabalhos que exercitam o intelecto.
Toda actividade útil, que colabora para a evolução do homem e do mundo, é abençoada.
Trabalhemos em prol da educação, da evolução.
Saber dividido se multiplica.
Reconhecer-se como um ser imortal, que tem por meta progredir e fomentar o progresso ao seu redor, permite viver com mais alegria.
Fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizessem, é a melhor e mais gratificante receita para a vida.
A amizade constrói a união, e a união edifica a fraternidade.
Compartilhemos o nosso melhor e o mundo se tornará melhor.
Sempre há oportunidade de compartilhar.
Fiquemos atentos e não percamos a chance.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era muito bem disposto e gostava de compartilhar com os amigos o que tinha ou sabia.
Seu pai comprara uma chácara muito próxima da cidade, e ele seguia feliz, de bicicleta, para a nova escola.
Queria conhecer os colegas, fazer amizades, e estudar muito, o que era seu maior prazer.
Além dos livros escolares, tinha outros livros interessantes, ilustrados.
Também gostava de ler jornais e revistas, por isso, estava sempre bem informado.
Na escola, a professora extremamente dedicada, fazia o possível para que seus alunos aprendessem.
Porém, ele notou a dificuldade de alguns colegas em assimilar as lições.
Assim que fez amizades, chamou-os para conhecerem sua casa durante a tarde e quase todos foram.
Qual não foi a surpresa quando chegaram e viram tantos livros, jornais e revistas numa grande sala de estudos.
Percebendo a surpresa e a curiosidade dos amigos, diante da sua pequena biblioteca, ele expôs uma ideia:
se quisessem, ele poderia compartilhar com eles aquele seu tesouro.
Desde então, a presença dos amigos passou a ser rotina na chácara.
Toda tarde eles liam, conversavam sobre os livros e revistas, comentavam os assuntos vistos na classe, brincavam e ainda tomavam leite com bolo na hora do lanche.
Não demorou muito tempo para a professora perceber a mudança no interesse e aprendizado.
Diante dos comentários, o menino informou que simplesmente buscara colaborar com seus amigos e compartilhara com eles, além das brincadeiras em sua chácara, seu material de estudos e leitura.
E que era muito bom vê-los com nova disposição, interessados em estudar e aprender.
Nenhum sucesso se realiza isoladamente.
Não é por acaso que vivemos em sociedade.
Quem deseja uma vida próspera em aprendizado e fraternidade, deve colaborar com o progresso dos demais.
Quem escolhe viver bem deve ensinar aos outros como fazer o mesmo, porque o valor de uma vida é medido pelas vidas que influencia.
O bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar geral.
De nada adiantaria lutarmos sozinhos por uma vida melhor, cercados de sofrimentos e dificuldades alheias.
Temer a concorrência faz de nós verdadeiros ignorantes ilhados, enquanto compartilhar o que temos e sabemos, faz multiplicar o bem e o bom ao nosso redor.
Ninguém é melhor que outrem, apenas alguns percebem melhor as oportunidades e a elas se dedicam, buscando sua evolução, enquanto outros se acomodam diante da vida.
Ensinar compartilhando é dar oportunidades por igual.
É necessário confraternizarmos, trabalhando sempre pelo bem geral.
Muitos desconhecem a lei divina do trabalho.
Trabalhar é necessidade prioritária em nossas vidas.
Existem trabalhos que exercitam o físico, e trabalhos que exercitam o intelecto.
Toda actividade útil, que colabora para a evolução do homem e do mundo, é abençoada.
Trabalhemos em prol da educação, da evolução.
Saber dividido se multiplica.
Reconhecer-se como um ser imortal, que tem por meta progredir e fomentar o progresso ao seu redor, permite viver com mais alegria.
Fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizessem, é a melhor e mais gratificante receita para a vida.
A amizade constrói a união, e a união edifica a fraternidade.
Compartilhemos o nosso melhor e o mundo se tornará melhor.
Sempre há oportunidade de compartilhar.
Fiquemos atentos e não percamos a chance.
Momento Espírita.
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A Tarefa Recusada
Atanásio, o devotado orientador espiritual de grande grupo doutrinário, admitido à presença de nobre mentor dos planos elevados, explicou-se comovido:
- Nobre amigo, venho até aqui solicitar-vos providência inadiável.
- Diga, irmão - respondeu carinhoso o interpelado -, a Bondade Divina nunca nos faltará com recursos necessários aos serviços justos.
- É que o nosso grupo na esfera do Globo - esclareceu o mensageiro, evidenciando sublimes esperanças - precisa estabelecer tarefa curativa, com a cooperação dos companheiros encarnados.
Nossos trabalhos são visitados diariamente por enormes fileiras de criaturas necessitadas de amor e consolação.
Como não ignorais, generoso amigo, há na Terra corações esterilizados pelo sofrimento, espíritos endurecidos pelas desilusões, almas cristalizadas na amargura...
Permiti-me integrar alguns dos irmãos na posse dos bens de curar.
Semelhante concessão seria motivo de enorme contentamento entre os operários espirituais da casa de serviço confiada ao meu coração.
A entidade superior reflectiu alguns instantes e considerou:
- A tarefa, tal qual você a solicita, não pode dispensar a contribuição de cooperadores humanos.
E dispõe você de auxiliares dispostos às dificuldades e tropeços do princípio e sinceramente interessados em servir o Senhor, na actividade de assistência aos que padecem?
Atanásio deixou perceber enorme confiança a lhe vibrar nos olhos muito lúcidos e sentenciou:
- Oh!!! temos numerosos cooperadores, dos quais devo esperar a melhor compreensão.
É incrível não se rejubilem todos com a dádiva tão honrosa!
Entenderão o sagrado objectivo, colocando sobre todas as actividades os divinos interesses do Senhor.
- Pois bem, aceitando-lhe as afirmativas, não tenho qualquer objecção aos seus bons desejos.
E, num gesto significativo, o nobre mentor determinou que se lhe apresentassem dois companheiros de trabalho.
Dirigindo-se a ambos, observou generosamente:
- Abel e Jonas, ficam vocês incumbidos de se encaminharem à Terra, junto a Atanásio, na qualidade de portadores dos recursos necessários ao estabelecimento de tarefa curativa no grupo doutrinário que lhe recebe orientação.
Como responsável pela providência, indicará ele quais os irmãos a quem se deverão entregar as dádivas do nosso plano.
Após ligeira confabulação afectuosa, voltou o orientador, esperançoso e optimista, em companhia de ambos os embaixadores das novas bênçãos.
Chegados ao grupo terrestre, desdobravam-se os serviços de uma das sessões semanais.
Ao término dos trabalhos, o velho Augusto Pena, que dirigia a assembleia, comentou sob a inspiração directa do condutor espiritual da casa:
- Meus amigos, findas as preleções evangélicas, cumpre-me recordar a necessidade premente de instituirmos serviços de assistência fraternal, em nossa tenda de actividades espirituais.
Em vista de trazer o Senhor tantos famintos, enfermos e aflitos às nossas portas, creio chegado o instante de multiplicarmos energias para atender ao trabalho justo de socorro àqueles que o Mestre nos envia.
Entretanto, neste particular, não temos organizações mediúnicas definidas.
Esta realidade, porém, não nos exime da obrigação de entender as sagradas palavras “batei e abrir-se-vos-à”.
Necessitamos, por nossa vez, bater à porta da realização, não com impertinência, mas com o sincero desejo de atender aos propósitos divinos.
Não devemos tentar a colheita de fruto que não amadureceu; mas, devemos adubar a árvore, proteger-lhe as flores e oferecer-lhe condições adequadas à frutificação.
Estou certo de que as faculdades curadoras não chegarão milagrosamente; contudo, precisamos começar nosso esforço, oferecendo sentimento e possibilidades ao Senhor Jesus.
Se é verdade que ainda não dispomos de elementos para subtrair a inquietação ao aflito ou a doença ao enfermo, é possível, pelo menos, amá-los e ajudá-los.
Uma faculdade superior é a síntese de grande conjunto de experiências e note-se que me refiro à faculdade superior, porquanto, no terreno comum, as faculdades naturais pertencem a todos.
Ora, um médico de valor não se forma em alguns dias e é indispensável recordar que o Senhor nos concedeu na Terra não só uma esfera de purificação, mas também vasta universidade de trabalho, onde toda criatura pode preparar-se para o Mais Alto, desde que não desdenhe a luz da boa-vontade.
- Nobre amigo, venho até aqui solicitar-vos providência inadiável.
- Diga, irmão - respondeu carinhoso o interpelado -, a Bondade Divina nunca nos faltará com recursos necessários aos serviços justos.
- É que o nosso grupo na esfera do Globo - esclareceu o mensageiro, evidenciando sublimes esperanças - precisa estabelecer tarefa curativa, com a cooperação dos companheiros encarnados.
Nossos trabalhos são visitados diariamente por enormes fileiras de criaturas necessitadas de amor e consolação.
Como não ignorais, generoso amigo, há na Terra corações esterilizados pelo sofrimento, espíritos endurecidos pelas desilusões, almas cristalizadas na amargura...
Permiti-me integrar alguns dos irmãos na posse dos bens de curar.
Semelhante concessão seria motivo de enorme contentamento entre os operários espirituais da casa de serviço confiada ao meu coração.
A entidade superior reflectiu alguns instantes e considerou:
- A tarefa, tal qual você a solicita, não pode dispensar a contribuição de cooperadores humanos.
E dispõe você de auxiliares dispostos às dificuldades e tropeços do princípio e sinceramente interessados em servir o Senhor, na actividade de assistência aos que padecem?
Atanásio deixou perceber enorme confiança a lhe vibrar nos olhos muito lúcidos e sentenciou:
- Oh!!! temos numerosos cooperadores, dos quais devo esperar a melhor compreensão.
É incrível não se rejubilem todos com a dádiva tão honrosa!
Entenderão o sagrado objectivo, colocando sobre todas as actividades os divinos interesses do Senhor.
- Pois bem, aceitando-lhe as afirmativas, não tenho qualquer objecção aos seus bons desejos.
E, num gesto significativo, o nobre mentor determinou que se lhe apresentassem dois companheiros de trabalho.
Dirigindo-se a ambos, observou generosamente:
- Abel e Jonas, ficam vocês incumbidos de se encaminharem à Terra, junto a Atanásio, na qualidade de portadores dos recursos necessários ao estabelecimento de tarefa curativa no grupo doutrinário que lhe recebe orientação.
Como responsável pela providência, indicará ele quais os irmãos a quem se deverão entregar as dádivas do nosso plano.
Após ligeira confabulação afectuosa, voltou o orientador, esperançoso e optimista, em companhia de ambos os embaixadores das novas bênçãos.
Chegados ao grupo terrestre, desdobravam-se os serviços de uma das sessões semanais.
Ao término dos trabalhos, o velho Augusto Pena, que dirigia a assembleia, comentou sob a inspiração directa do condutor espiritual da casa:
- Meus amigos, findas as preleções evangélicas, cumpre-me recordar a necessidade premente de instituirmos serviços de assistência fraternal, em nossa tenda de actividades espirituais.
Em vista de trazer o Senhor tantos famintos, enfermos e aflitos às nossas portas, creio chegado o instante de multiplicarmos energias para atender ao trabalho justo de socorro àqueles que o Mestre nos envia.
Entretanto, neste particular, não temos organizações mediúnicas definidas.
Esta realidade, porém, não nos exime da obrigação de entender as sagradas palavras “batei e abrir-se-vos-à”.
Necessitamos, por nossa vez, bater à porta da realização, não com impertinência, mas com o sincero desejo de atender aos propósitos divinos.
Não devemos tentar a colheita de fruto que não amadureceu; mas, devemos adubar a árvore, proteger-lhe as flores e oferecer-lhe condições adequadas à frutificação.
Estou certo de que as faculdades curadoras não chegarão milagrosamente; contudo, precisamos começar nosso esforço, oferecendo sentimento e possibilidades ao Senhor Jesus.
Se é verdade que ainda não dispomos de elementos para subtrair a inquietação ao aflito ou a doença ao enfermo, é possível, pelo menos, amá-los e ajudá-los.
Uma faculdade superior é a síntese de grande conjunto de experiências e note-se que me refiro à faculdade superior, porquanto, no terreno comum, as faculdades naturais pertencem a todos.
Ora, um médico de valor não se forma em alguns dias e é indispensável recordar que o Senhor nos concedeu na Terra não só uma esfera de purificação, mas também vasta universidade de trabalho, onde toda criatura pode preparar-se para o Mais Alto, desde que não desdenhe a luz da boa-vontade.
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Re: Momentos Espíritas III
Depois de longa pausa, na qual observava o efeito de suas palavras, o orientador concluiu:
- Desejaria, pois, conhecer quais os companheiros que estarão dispostos a iniciar semelhante serviço.
O trabalho constará de aproximação afectuosa, aqui no grupo, de todos os doentes ou necessitados, no sentido de se lhes proporcionar o conforto possível.
Distribuiremos passes magnéticos, remédios, água efluviada e, sobretudo, conversações sadias.
Creio que a palestra sã, inspirada em Jesus, pode ser muito mais eficaz nos enfermos do que a própria medicação.
Esses trabalhos, porém, deverão ser ininterruptos.
Precisamos de companheiros que perseverem no bem, sem ideia de vantagens, consolações próprias ou recompensas individuais.
Convencido estou de que a Celestial Bondade virá ao encontro dos que insistirem fielmente nas obras do amor, coroando-lhes o espírito de serviço com os mais sublimes patrimónios para a eternidade.
Silêncio inesperado seguiu-se ao apelo do orador.
Necessitando sondar o ânimo da assembleia, o velhinho começou a interrogar individualmente:
- A senhora, D. Joaquina, que me diz?
A interpelada exibiu sorriso vago e respondeu:
- Ora, Sr. Pena, quem sou eu?
Não presto para coisa alguma.
O doutrinador fez um gesto de resignação e continuou:
- Qual a sua opinião, Sr. Tavares?
Mas o Sr. Tavares, fazendo desagradável carantonha, explicou-se, sem preâmbulos:
- Sou um miserável, meu amigo, sou indigno e nem mereço a atenção da pergunta.
- Como interpreta o plano de serviço, Sr. Ferreira? - inquiriu Pena a outro amigo.
- Sou um desgraçado pecador - replicou o interpelado -, não tenho qualidades para pensar nisto.
O velhinho prosseguiu, sem desânimo:
- E a senhora, D. Bonifácia?
- Eu? eu? - exclamou aflita uma velhota que se mantinha em funda concentração - não posso, não posso...
Sou uma ré de outras existências, minhas misérias são intermináveis...
- Sr. António - continuou o velho, paciente -, que me fala do projecto exposto?
- Sou muito imperfeito, sou um criminoso! - respondeu António, amedrontado -, sou indigno de assistir alguém em nome de Jesus.
E, no mesmo diapasão, não houve ali quem aceitasse a incumbência espiritual.
Alguns estavam ocupados com o trabalho, outros com a família.
A maioria declarava-se miserável.
Ninguém possuía dez minutos por dia, nem um centímetro de bondade para o serviço proposto.
Todos se afirmavam por preocupações ou totalmente indignos.
O doutrinador decepcionado encerrou o assunto, prometendo voltar ao caso em breves dias.
Na esfera invisível, todavia o quadro era mais comovente.
Enquanto Abel e Jonas sorriam, Atanásio fazia o possível por dissimular as lágrimas.
- Como vemos - disse Abel ao orientador, com grande bondade -, parece que a casa ainda não se encontra disposta a receber a tarefa.
Todos os componentes se declaram ocupados, miseráveis, imperfeitos ou criminosos.
- Sim, sim - tentou Atanásio, triste -, meus companheiros, por vezes, são demasiadamente humildes.
Nesse instante, porém, fez-se visível, entre os três, a nobre figura do benfeitor espiritual que determinara a concessão, exclamando:
- Não sofra, meu caro Atanásio; mas também não fuja à verdade dos factos.
Seus tutelados são fracos, porém não humildes.
Onde está a humildade, há disposição para servir fielmente a Jesus.
O verdadeiro humilde, embora conheça a insuficiência própria, declara-se escravo da vontade do Senhor, para atender-lhe aos sublimes desígnios, seja onde for.
Aqui, como acontece na maioria das instituições terrestres, todos querem colher, mas não desejam semear.
Gozam direitos e regalias; no entanto, fogem a deveres e eximem-se a qualquer compromisso mais sério.
E por exibirem títulos falsos, antes de conhecerem as responsabilidades e os esforços que lhes são consequentes, terminam sempre as lutas pessoais entre sombra e confusão!...
Vendo que Atanásio chorava, mais comovedoramente, o elevado mentor concluiu:
- Não se inquiete, contudo, desse modo, meu caro amigo.
Por termos sido frágeis, ignorantes ou piores no passado, o Mestre Divino nunca nos abandonou.
As afirmativas de seus tutelados não são filhas da humildade, nem demonstram firmeza de conhecimento de si mesmos; mas, enquanto a tarefa permanece adiada por eles, continuemos trabalhando.
§.§.§- Ave sem Ninho
- Desejaria, pois, conhecer quais os companheiros que estarão dispostos a iniciar semelhante serviço.
O trabalho constará de aproximação afectuosa, aqui no grupo, de todos os doentes ou necessitados, no sentido de se lhes proporcionar o conforto possível.
Distribuiremos passes magnéticos, remédios, água efluviada e, sobretudo, conversações sadias.
Creio que a palestra sã, inspirada em Jesus, pode ser muito mais eficaz nos enfermos do que a própria medicação.
Esses trabalhos, porém, deverão ser ininterruptos.
Precisamos de companheiros que perseverem no bem, sem ideia de vantagens, consolações próprias ou recompensas individuais.
Convencido estou de que a Celestial Bondade virá ao encontro dos que insistirem fielmente nas obras do amor, coroando-lhes o espírito de serviço com os mais sublimes patrimónios para a eternidade.
Silêncio inesperado seguiu-se ao apelo do orador.
Necessitando sondar o ânimo da assembleia, o velhinho começou a interrogar individualmente:
- A senhora, D. Joaquina, que me diz?
A interpelada exibiu sorriso vago e respondeu:
- Ora, Sr. Pena, quem sou eu?
Não presto para coisa alguma.
O doutrinador fez um gesto de resignação e continuou:
- Qual a sua opinião, Sr. Tavares?
Mas o Sr. Tavares, fazendo desagradável carantonha, explicou-se, sem preâmbulos:
- Sou um miserável, meu amigo, sou indigno e nem mereço a atenção da pergunta.
- Como interpreta o plano de serviço, Sr. Ferreira? - inquiriu Pena a outro amigo.
- Sou um desgraçado pecador - replicou o interpelado -, não tenho qualidades para pensar nisto.
O velhinho prosseguiu, sem desânimo:
- E a senhora, D. Bonifácia?
- Eu? eu? - exclamou aflita uma velhota que se mantinha em funda concentração - não posso, não posso...
Sou uma ré de outras existências, minhas misérias são intermináveis...
- Sr. António - continuou o velho, paciente -, que me fala do projecto exposto?
- Sou muito imperfeito, sou um criminoso! - respondeu António, amedrontado -, sou indigno de assistir alguém em nome de Jesus.
E, no mesmo diapasão, não houve ali quem aceitasse a incumbência espiritual.
Alguns estavam ocupados com o trabalho, outros com a família.
A maioria declarava-se miserável.
Ninguém possuía dez minutos por dia, nem um centímetro de bondade para o serviço proposto.
Todos se afirmavam por preocupações ou totalmente indignos.
O doutrinador decepcionado encerrou o assunto, prometendo voltar ao caso em breves dias.
Na esfera invisível, todavia o quadro era mais comovente.
Enquanto Abel e Jonas sorriam, Atanásio fazia o possível por dissimular as lágrimas.
- Como vemos - disse Abel ao orientador, com grande bondade -, parece que a casa ainda não se encontra disposta a receber a tarefa.
Todos os componentes se declaram ocupados, miseráveis, imperfeitos ou criminosos.
- Sim, sim - tentou Atanásio, triste -, meus companheiros, por vezes, são demasiadamente humildes.
Nesse instante, porém, fez-se visível, entre os três, a nobre figura do benfeitor espiritual que determinara a concessão, exclamando:
- Não sofra, meu caro Atanásio; mas também não fuja à verdade dos factos.
Seus tutelados são fracos, porém não humildes.
Onde está a humildade, há disposição para servir fielmente a Jesus.
O verdadeiro humilde, embora conheça a insuficiência própria, declara-se escravo da vontade do Senhor, para atender-lhe aos sublimes desígnios, seja onde for.
Aqui, como acontece na maioria das instituições terrestres, todos querem colher, mas não desejam semear.
Gozam direitos e regalias; no entanto, fogem a deveres e eximem-se a qualquer compromisso mais sério.
E por exibirem títulos falsos, antes de conhecerem as responsabilidades e os esforços que lhes são consequentes, terminam sempre as lutas pessoais entre sombra e confusão!...
Vendo que Atanásio chorava, mais comovedoramente, o elevado mentor concluiu:
- Não se inquiete, contudo, desse modo, meu caro amigo.
Por termos sido frágeis, ignorantes ou piores no passado, o Mestre Divino nunca nos abandonou.
As afirmativas de seus tutelados não são filhas da humildade, nem demonstram firmeza de conhecimento de si mesmos; mas, enquanto a tarefa permanece adiada por eles, continuemos trabalhando.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O oleiro e o poeta
Há muito tempo, na cidade de Zahlé, ocorreu uma rixa entre um jovem poeta, de nome Fauzi, e um oleiro, chamado Nagib.
Para evitar que o tumulto se agravasse, eles foram levados à presença do juiz do lugarejo.
O juiz, homem íntegro e bondoso, interrogou primeiramente o oleiro, que parecia muito exaltado.
Disseram-me que você foi agredido. Isso é verdade?
Sim, senhor juiz. – Confirmou o oleiro.
Fui agredido em minha própria casa por este poeta.
Eu estava, como de costume, trabalhando em minha oficina, quando ouvi um ruído e a seguir um baque.
Quando fui à janela, pude constatar que o poeta Fauzi havia atirado com violência uma pedra, que partiu um dos vasos que estava secando, perto da porta.
Exijo uma indemnização! – Gritava o oleiro.
O juiz voltou-se para o poeta e perguntou-lhe serenamente:
Como justifica o seu estranho proceder?
Senhor juiz, o caso é simples. – Disse o poeta.
Há três dias, eu passava pela frente da casa do oleiro Nagib, quando percebi que ele declamava um dos meus poemas.
Notei com tristeza que os versos estavam errados.
Meus poemas estavam sendo mutilados por ele.
Aproximei-me e lhe ensinei a declamá-los da forma certa, o que ele fez sem grande dificuldade.
No dia seguinte, passei pelo mesmo lugar e ouvi novamente o oleiro a repetir os mesmos versos de forma errada.
Cheio de paciência, tornei a ensinar-lhe a maneira correta e pedi-lhe que não tornasse a deturpá-los.
Hoje, finalmente, eu regressava do trabalho quando, ao passar diante da casa do oleiro, percebi que ele declamava minha poesia estropiando as rimas e mutilando vergonhosamente os versos.
Não me contive.
Apanhei uma pedra e parti com ela um de seus vasos.
Como vê, meu comportamento nada mais é do que uma represália pela conduta dele.
Ao ouvir as alegações do poeta, o juiz dirigiu-se ao oleiro e declarou:
Que este caso, Nagib, sirva de lição para o futuro.
Procure respeitar as obras alheias a fim de que os outros artistas respeitem as suas.
Se você equivocadamente se julgava no direito de quebrar o verso do poeta, achou-se também o poeta egoisticamente no direito de quebrar o seu vaso.
E lavrou a sentença:
Determino que o oleiro Nagib fabrique um novo vaso de linhas perfeitas e cores harmoniosas, no qual o poeta Fauzi escreverá um de seus lindos versos.
Esse vaso será vendido em leilão e a importância obtida pela venda deverá ser dividida em partes iguais entre ambos.
A notícia sobre a forma inesperada como o sábio juiz resolveu a disputa espalhou-se rapidamente.
Foram vendidos muitos vasos feitos por Nagib, adornados com os versos do poeta.
Em pouco tempo Nagib e Fauzi prosperaram.
Tornaram-se amigos e cada qual passou a respeitar e a admirar o trabalho do outro.
O oleiro mostrava-se arrebatado ao ouvir os versos do poeta, enquanto o poeta encantava-se com os vasos admiráveis do oleiro.
Cada ser tem uma função específica a desenvolver na sociedade.
Por isso, há grande diversidade de aptidões e de talentos.
Respeitar o trabalho e a capacidade de cada um possibilita-nos aprender sobre o que não conhecemos e aprimorar nosso conhecimento.
Respeito e colaboração são ferramentas valiosas para o desenvolvimento individual e colectivo.
Momento Espírita, com base em capítulo de O livro de Aladim, de Malba Tahan, ed. Record.
§.§.§- Ave sem Ninho
Para evitar que o tumulto se agravasse, eles foram levados à presença do juiz do lugarejo.
O juiz, homem íntegro e bondoso, interrogou primeiramente o oleiro, que parecia muito exaltado.
Disseram-me que você foi agredido. Isso é verdade?
Sim, senhor juiz. – Confirmou o oleiro.
Fui agredido em minha própria casa por este poeta.
Eu estava, como de costume, trabalhando em minha oficina, quando ouvi um ruído e a seguir um baque.
Quando fui à janela, pude constatar que o poeta Fauzi havia atirado com violência uma pedra, que partiu um dos vasos que estava secando, perto da porta.
Exijo uma indemnização! – Gritava o oleiro.
O juiz voltou-se para o poeta e perguntou-lhe serenamente:
Como justifica o seu estranho proceder?
Senhor juiz, o caso é simples. – Disse o poeta.
Há três dias, eu passava pela frente da casa do oleiro Nagib, quando percebi que ele declamava um dos meus poemas.
Notei com tristeza que os versos estavam errados.
Meus poemas estavam sendo mutilados por ele.
Aproximei-me e lhe ensinei a declamá-los da forma certa, o que ele fez sem grande dificuldade.
No dia seguinte, passei pelo mesmo lugar e ouvi novamente o oleiro a repetir os mesmos versos de forma errada.
Cheio de paciência, tornei a ensinar-lhe a maneira correta e pedi-lhe que não tornasse a deturpá-los.
Hoje, finalmente, eu regressava do trabalho quando, ao passar diante da casa do oleiro, percebi que ele declamava minha poesia estropiando as rimas e mutilando vergonhosamente os versos.
Não me contive.
Apanhei uma pedra e parti com ela um de seus vasos.
Como vê, meu comportamento nada mais é do que uma represália pela conduta dele.
Ao ouvir as alegações do poeta, o juiz dirigiu-se ao oleiro e declarou:
Que este caso, Nagib, sirva de lição para o futuro.
Procure respeitar as obras alheias a fim de que os outros artistas respeitem as suas.
Se você equivocadamente se julgava no direito de quebrar o verso do poeta, achou-se também o poeta egoisticamente no direito de quebrar o seu vaso.
E lavrou a sentença:
Determino que o oleiro Nagib fabrique um novo vaso de linhas perfeitas e cores harmoniosas, no qual o poeta Fauzi escreverá um de seus lindos versos.
Esse vaso será vendido em leilão e a importância obtida pela venda deverá ser dividida em partes iguais entre ambos.
A notícia sobre a forma inesperada como o sábio juiz resolveu a disputa espalhou-se rapidamente.
Foram vendidos muitos vasos feitos por Nagib, adornados com os versos do poeta.
Em pouco tempo Nagib e Fauzi prosperaram.
Tornaram-se amigos e cada qual passou a respeitar e a admirar o trabalho do outro.
O oleiro mostrava-se arrebatado ao ouvir os versos do poeta, enquanto o poeta encantava-se com os vasos admiráveis do oleiro.
Cada ser tem uma função específica a desenvolver na sociedade.
Por isso, há grande diversidade de aptidões e de talentos.
Respeitar o trabalho e a capacidade de cada um possibilita-nos aprender sobre o que não conhecemos e aprimorar nosso conhecimento.
Respeito e colaboração são ferramentas valiosas para o desenvolvimento individual e colectivo.
Momento Espírita, com base em capítulo de O livro de Aladim, de Malba Tahan, ed. Record.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
Ponderada observação
A época era de crise.
Os empregos escasseavam.
Jovem, ele chegara na capital com o objectivo de estudar e, para se manter, buscara uma ocupação remunerada.
Agradável, com esmerado comportamento, logo ficou à vontade no convívio com os colegas.
Sentia-se feliz por ter conseguido, graças a um amigo, a indicação para o cargo que ocupava.
Entretanto, depois de cerca de dois anos de actividade, Elói enveredou por uma estrada um tanto áspera.
Continuava, como no princípio, risonho, comunicativo.
Contudo, passara a utilizar palavrões, no dia a dia.
Por tudo e por nada, se alterava e passava a despejá-los, como numa torrente sem fim.
O pior é que introduzia blasfémias em que ofendia a Divindade, de várias formas.
Isso aborrecia os colegas que passaram apenas a tolerar a sua presença.
Economicamente acomodado, realizava com zelo seu trabalho.
Cuidava do arquivo, de papéis de confiança, juntava a documentação em sua mesa, mantinha anotações precisas, enfim, era tido como um bom funcionário.
Possivelmente, tenha sido esse comportamento o segredo de ter conquistado a simpatia dos patrões e dos colegas.
Mas, agora, estava se tornando uma pessoa um tanto difícil de conviver.
Por qualquer insignificância, proferia palavrões, neles incluindo o Pai Criador e todos os santos que lhe viessem à mente.
Certo dia, essa forma de agir atingiu o ápice.
Procurando por um documento de importância, que lhe era solicitado, começou a mexer nas gavetas, em cima da sua mesa, no armário.
Tudo demonstrava o seu nervosismo por não localizá-lo.
À medida que os minutos passavam, começou a se alterar.
E os disparates brotaram da sua boca.
Deus é isso, Deus é aquilo, gerando um grande mal-estar no recinto de trabalho.
Enquanto os colegas se olhavam um ao outro, não sabendo o que fazer, o chefe do escritório, um homem calmo, respeitado, perguntou-lhe:
Rapaz, você acredita em Deus?
Um silêncio se fez.
Colhido de surpresa, Elói não sabia o que responder.
O ponderado senhor José voltou a fazer a pergunta, que continuou sem resposta.
Então, ele mesmo fez as considerações:
Se você acredita em Deus e o ofende, maculando Aquele que nunca te fez mal, está sendo leviano e injusto.
Entretanto, se você não acredita em Deus, a conclusão é que está ofendendo Quem, no seu entender, não existe.
Como isso é contraditório, devemos admitir que você está doente, muito doente.
O Apóstolo Paulo, prisioneiro em Roma, escreveu aos companheiros de Éfeso, na Ásia.
Nessa carta, entre outras tantas advertências e orientações, estabeleceu:
Não saia da vossa boca nenhuma palavra indigna, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
A amargura, raiva, cólera, gritaria, blasfémia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós.
Assinalava, dessa forma, o compromisso que temos de preservar o ambiente psíquico de onde nos encontramos.
Com nossas palavras podemos promover a paz ou a intranquilidade.
Importante que tenhamos isso em mente.
Conforme pensamos, falamos, agimos, podemos colaborar para a harmonia.
Falemos, portanto, edificando o bem e proporcionando clima de bênçãos.
Momento Espírita, com base no texto A blasfémia, de Guido Del Picchia, do Jornal Mundo Espírita, de março de 1980, ed. FEP e transcrição da Epístola aos Efésios, de Paulo de Tarso, cap. 4, versículos, 29 e 32.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os empregos escasseavam.
Jovem, ele chegara na capital com o objectivo de estudar e, para se manter, buscara uma ocupação remunerada.
Agradável, com esmerado comportamento, logo ficou à vontade no convívio com os colegas.
Sentia-se feliz por ter conseguido, graças a um amigo, a indicação para o cargo que ocupava.
Entretanto, depois de cerca de dois anos de actividade, Elói enveredou por uma estrada um tanto áspera.
Continuava, como no princípio, risonho, comunicativo.
Contudo, passara a utilizar palavrões, no dia a dia.
Por tudo e por nada, se alterava e passava a despejá-los, como numa torrente sem fim.
O pior é que introduzia blasfémias em que ofendia a Divindade, de várias formas.
Isso aborrecia os colegas que passaram apenas a tolerar a sua presença.
Economicamente acomodado, realizava com zelo seu trabalho.
Cuidava do arquivo, de papéis de confiança, juntava a documentação em sua mesa, mantinha anotações precisas, enfim, era tido como um bom funcionário.
Possivelmente, tenha sido esse comportamento o segredo de ter conquistado a simpatia dos patrões e dos colegas.
Mas, agora, estava se tornando uma pessoa um tanto difícil de conviver.
Por qualquer insignificância, proferia palavrões, neles incluindo o Pai Criador e todos os santos que lhe viessem à mente.
Certo dia, essa forma de agir atingiu o ápice.
Procurando por um documento de importância, que lhe era solicitado, começou a mexer nas gavetas, em cima da sua mesa, no armário.
Tudo demonstrava o seu nervosismo por não localizá-lo.
À medida que os minutos passavam, começou a se alterar.
E os disparates brotaram da sua boca.
Deus é isso, Deus é aquilo, gerando um grande mal-estar no recinto de trabalho.
Enquanto os colegas se olhavam um ao outro, não sabendo o que fazer, o chefe do escritório, um homem calmo, respeitado, perguntou-lhe:
Rapaz, você acredita em Deus?
Um silêncio se fez.
Colhido de surpresa, Elói não sabia o que responder.
O ponderado senhor José voltou a fazer a pergunta, que continuou sem resposta.
Então, ele mesmo fez as considerações:
Se você acredita em Deus e o ofende, maculando Aquele que nunca te fez mal, está sendo leviano e injusto.
Entretanto, se você não acredita em Deus, a conclusão é que está ofendendo Quem, no seu entender, não existe.
Como isso é contraditório, devemos admitir que você está doente, muito doente.
O Apóstolo Paulo, prisioneiro em Roma, escreveu aos companheiros de Éfeso, na Ásia.
Nessa carta, entre outras tantas advertências e orientações, estabeleceu:
Não saia da vossa boca nenhuma palavra indigna, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
A amargura, raiva, cólera, gritaria, blasfémia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós.
Assinalava, dessa forma, o compromisso que temos de preservar o ambiente psíquico de onde nos encontramos.
Com nossas palavras podemos promover a paz ou a intranquilidade.
Importante que tenhamos isso em mente.
Conforme pensamos, falamos, agimos, podemos colaborar para a harmonia.
Falemos, portanto, edificando o bem e proporcionando clima de bênçãos.
Momento Espírita, com base no texto A blasfémia, de Guido Del Picchia, do Jornal Mundo Espírita, de março de 1980, ed. FEP e transcrição da Epístola aos Efésios, de Paulo de Tarso, cap. 4, versículos, 29 e 32.
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Erros pedem acertos
A contabilidade divina não erra e não precisa de auditoria externa.
Diante de um erro, por vezes, pensamos que, pelo simples facto de sentirmos remorso ou nos arrependermos, está tudo resolvido.
No entanto, não se dá dessa forma.
O remorso é a inquietação da consciência por culpa ou crime que cometemos.
É o primeiro passo, e a esse deve seguir o arrependimento.
Arrependimento é o pesar pelo que fizemos ou pensamos.
É o prenúncio de mudança de opinião.
Após o arrependimento, portanto, deverá vir a disposição para a reparação do equívoco.
Remorso, arrependimento e reparação.
Ou seja, a consciência pesa e desejamos uma nova postura.
Isso pede esforço pessoal e continuada busca pela reparação.
É a trajectória positiva modificando o passado negativo.
Todos fomos criados para aprender e evoluir.
Os erros fazem parte do aprendizado.
E, como bons alunos, reconhecendo uma lição mal feita, devemos refazê-la.
De nada nos vale ficar olhando para a lição mal feita, apenas lamentando.
Assim não haverá progresso no aprendizado.
Uma vez reconhecido o equívoco, devemos repará-lo, efectivamente.
Então teremos aprendido.
Lições aprendidas são lições superadas.
Estaremos aptos para novas lições a fim de galgar outros degraus na escola da vida.
Dessa forma, não há castigo nem perdão previstos nas soberanas leis divinas, no sentido comum desses termos.
Há, sim, equívoco pedindo reparação.
Erro pedindo acerto.
Problema pedindo solução.
E a oportunidade de reparação, de refazimento, vem do amor de Deus que nos dá esse ensejo para buscar o acerto, a correcção.
As leis divinas, nas quais todos estamos mergulhados e sujeitos, levam em conta nossa intenção e não somente o ato ou o fato em si.
Se, por exemplo, dois homens se jogam na água:
um, para acabar com a própria vida.
Outro, para tentar salvar a vida de alguém que está se afogando e ambos morrem, como serão julgados pelas leis divinas?
O que se suicidou responderá diante das leis pelo seu ato infeliz.
Na tentativa de fugir da vida, acarretou mais problemas para si mesmo.
Terá que recomeçar as lições interrompidas pelo ato infeliz e reparar suas faltas em uma nova existência.
Quanto ao outro, será visto pelas leis divinas como um herói, desde que sua intenção era a de salvar a vida do seu semelhante.
As leis divinas tudo vêem, tudo sabem e delas ninguém está apartado.
Não há castigo, nem perdão. Há equívoco e oportunidade de reparação.
As leis de Deus consideram atenuantes e agravantes, de conformidade com a condição evolutiva e o grau de consciência de cada indivíduo e sua real intenção.
Não nos iludamos pensando que poderemos burlar as leis que regem o universo moral.
Isso é absolutamente impossível.
As leis divinas estão inscritas na nossa própria consciência, portanto, nenhum de nós poderá alegar ignorância.
No momento da morte lembramos de tudo o que se passou connosco desde o nascimento até o fim da existência.
É como se fosse uma fita de vídeo na qual tudo foi gravado e que se assiste em instantes.
Essa é a maneira pela qual Deus nos lembra de todos os actos da existência que termina, de forma que não possamos sequer dizer que os esquecemos.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Diante de um erro, por vezes, pensamos que, pelo simples facto de sentirmos remorso ou nos arrependermos, está tudo resolvido.
No entanto, não se dá dessa forma.
O remorso é a inquietação da consciência por culpa ou crime que cometemos.
É o primeiro passo, e a esse deve seguir o arrependimento.
Arrependimento é o pesar pelo que fizemos ou pensamos.
É o prenúncio de mudança de opinião.
Após o arrependimento, portanto, deverá vir a disposição para a reparação do equívoco.
Remorso, arrependimento e reparação.
Ou seja, a consciência pesa e desejamos uma nova postura.
Isso pede esforço pessoal e continuada busca pela reparação.
É a trajectória positiva modificando o passado negativo.
Todos fomos criados para aprender e evoluir.
Os erros fazem parte do aprendizado.
E, como bons alunos, reconhecendo uma lição mal feita, devemos refazê-la.
De nada nos vale ficar olhando para a lição mal feita, apenas lamentando.
Assim não haverá progresso no aprendizado.
Uma vez reconhecido o equívoco, devemos repará-lo, efectivamente.
Então teremos aprendido.
Lições aprendidas são lições superadas.
Estaremos aptos para novas lições a fim de galgar outros degraus na escola da vida.
Dessa forma, não há castigo nem perdão previstos nas soberanas leis divinas, no sentido comum desses termos.
Há, sim, equívoco pedindo reparação.
Erro pedindo acerto.
Problema pedindo solução.
E a oportunidade de reparação, de refazimento, vem do amor de Deus que nos dá esse ensejo para buscar o acerto, a correcção.
As leis divinas, nas quais todos estamos mergulhados e sujeitos, levam em conta nossa intenção e não somente o ato ou o fato em si.
Se, por exemplo, dois homens se jogam na água:
um, para acabar com a própria vida.
Outro, para tentar salvar a vida de alguém que está se afogando e ambos morrem, como serão julgados pelas leis divinas?
O que se suicidou responderá diante das leis pelo seu ato infeliz.
Na tentativa de fugir da vida, acarretou mais problemas para si mesmo.
Terá que recomeçar as lições interrompidas pelo ato infeliz e reparar suas faltas em uma nova existência.
Quanto ao outro, será visto pelas leis divinas como um herói, desde que sua intenção era a de salvar a vida do seu semelhante.
As leis divinas tudo vêem, tudo sabem e delas ninguém está apartado.
Não há castigo, nem perdão. Há equívoco e oportunidade de reparação.
As leis de Deus consideram atenuantes e agravantes, de conformidade com a condição evolutiva e o grau de consciência de cada indivíduo e sua real intenção.
Não nos iludamos pensando que poderemos burlar as leis que regem o universo moral.
Isso é absolutamente impossível.
As leis divinas estão inscritas na nossa própria consciência, portanto, nenhum de nós poderá alegar ignorância.
No momento da morte lembramos de tudo o que se passou connosco desde o nascimento até o fim da existência.
É como se fosse uma fita de vídeo na qual tudo foi gravado e que se assiste em instantes.
Essa é a maneira pela qual Deus nos lembra de todos os actos da existência que termina, de forma que não possamos sequer dizer que os esquecemos.
Momento Espírita.
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Quando Jesus teria sido maior?
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se ao nascer em Belém sobre as palhas de uma manjedoura, com isso iniciando Sua incomparável exemplificação da humildade; ou quando no templo, ainda na infância, discutia com os doutores, confundindo-os.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se ao ensinar:
Ame seus inimigos, bendiga os que o maldizem; faça o bem aos que o odeiam, e ore pelos que o maltratam e perseguem; ou quando recomenda que, ao darmos uma esmola, cuidemos que não saiba nossa mão esquerda o que fez a direita.
Teria sido ao dizer que, para orar, devemos entrar em nosso aposento e, fechando a porta, dirigir-nos ao nosso Pai que está oculto, pois que Ele, que vê secretamente, nos recompensará; ou quando nos previne a respeito dos falsos profetas, que vêm vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se ao alertar-nos de que não deveríamos julgar, para não sermos julgados; ou quando indicava sensatamente a medida desse conceito, mencionando que não estávamos impedidos de julgar de acordo com a recta justiça.
Se proferindo coisas que teriam lugar vinte séculos após:
O irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais.
Ou quando profetizava:
Não vim trazer a paz, mas a luta, a divisão, a espada.
Isso porque Ele conhecia a Humanidade e, portanto, sabia de antemão que Sua doutrina, pelas diferentes interpretações que os homens lhe dariam, seria dividida em mil pedaços, com lutas, incompreensões e perseguições.
Teria sido ao dizer aos discípulos que fossem e ensinassem a verdade, curassem os enfermos, dando de graça o que de graça recebessem; ou quando acentuava que não necessitavam de médico os sãos, somente os doentes.
Se ao dizer, em maravilhosa síntese:
Eu sou o caminho, a verdade, a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim; ou quando, interpelado por Nicodemos, sublinha: Aquele que não nascer de novo não poderá ver o reino de Deus.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se no famoso episódio da pecadora:
Mulher, onde estão seus acusadores? Ninguém a condenou?
Nem eu também a condeno. Vá e não peques mais.
Ou quando, diante do sumo sacerdote e dos que O acusavam, respondia com o silêncio e a serenidade dos inocentes e dos justos.
Se ao recomendar aos discípulos fossem pelo mundo a pregar o Evangelho a toda criatura, em Seu nome, falando novas línguas; Ou ao erigir o portentoso monumento, que é o Sermão da Montanha, no qual traçava para a Humanidade de todos os tempos o mais autêntico e belo código de conduta.
Não sabemos, francamente, quando Jesus teria sido maior.
Sabemos que, passados quase dois mil anos, ainda rastejamos na Terra, num intérmino aprendizado da Sua doutrina.
Até quando continuaremos como aprendizes?
Quando nos disporemos a praticá-la?
Quando a excelsa doutrina passará do nosso cérebro ao nosso coração, da teoria à prática?
Pensemos nisso. E nos disponhamos à acção.
Momento Espírita, a partir do artigo Quando Jesus teria sido maior, de Lauro Schleder, do Jornal Mundo Espírita, de julho/2000, ed. FEP.
§.§.§- Ave sem Ninho
Se ao nascer em Belém sobre as palhas de uma manjedoura, com isso iniciando Sua incomparável exemplificação da humildade; ou quando no templo, ainda na infância, discutia com os doutores, confundindo-os.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se ao ensinar:
Ame seus inimigos, bendiga os que o maldizem; faça o bem aos que o odeiam, e ore pelos que o maltratam e perseguem; ou quando recomenda que, ao darmos uma esmola, cuidemos que não saiba nossa mão esquerda o que fez a direita.
Teria sido ao dizer que, para orar, devemos entrar em nosso aposento e, fechando a porta, dirigir-nos ao nosso Pai que está oculto, pois que Ele, que vê secretamente, nos recompensará; ou quando nos previne a respeito dos falsos profetas, que vêm vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se ao alertar-nos de que não deveríamos julgar, para não sermos julgados; ou quando indicava sensatamente a medida desse conceito, mencionando que não estávamos impedidos de julgar de acordo com a recta justiça.
Se proferindo coisas que teriam lugar vinte séculos após:
O irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais.
Ou quando profetizava:
Não vim trazer a paz, mas a luta, a divisão, a espada.
Isso porque Ele conhecia a Humanidade e, portanto, sabia de antemão que Sua doutrina, pelas diferentes interpretações que os homens lhe dariam, seria dividida em mil pedaços, com lutas, incompreensões e perseguições.
Teria sido ao dizer aos discípulos que fossem e ensinassem a verdade, curassem os enfermos, dando de graça o que de graça recebessem; ou quando acentuava que não necessitavam de médico os sãos, somente os doentes.
Se ao dizer, em maravilhosa síntese:
Eu sou o caminho, a verdade, a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim; ou quando, interpelado por Nicodemos, sublinha: Aquele que não nascer de novo não poderá ver o reino de Deus.
Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior.
Se no famoso episódio da pecadora:
Mulher, onde estão seus acusadores? Ninguém a condenou?
Nem eu também a condeno. Vá e não peques mais.
Ou quando, diante do sumo sacerdote e dos que O acusavam, respondia com o silêncio e a serenidade dos inocentes e dos justos.
Se ao recomendar aos discípulos fossem pelo mundo a pregar o Evangelho a toda criatura, em Seu nome, falando novas línguas; Ou ao erigir o portentoso monumento, que é o Sermão da Montanha, no qual traçava para a Humanidade de todos os tempos o mais autêntico e belo código de conduta.
Não sabemos, francamente, quando Jesus teria sido maior.
Sabemos que, passados quase dois mil anos, ainda rastejamos na Terra, num intérmino aprendizado da Sua doutrina.
Até quando continuaremos como aprendizes?
Quando nos disporemos a praticá-la?
Quando a excelsa doutrina passará do nosso cérebro ao nosso coração, da teoria à prática?
Pensemos nisso. E nos disponhamos à acção.
Momento Espírita, a partir do artigo Quando Jesus teria sido maior, de Lauro Schleder, do Jornal Mundo Espírita, de julho/2000, ed. FEP.
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Nosso próximo
Jesus nos ensinou que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos.
Quando lhe perguntaram quem seria o próximo, ele respondeu narrando a parábola do samaritano.
Os samaritanos, apesar da mesma origem dos judeus, eram por eles discriminados.
E foi justamente um samaritano que Jesus usou como exemplo de quem ajuda sem se importar com a nacionalidade ou raça daquele que necessita.
Hoje, dois mil anos passados, quem podemos considerar nosso próximo?
A família, os parentes e amigos, dirão alguns.
Sim, de facto são nosso próximo mais próximo.
Mas, há pessoas com as quais nos relacionamos no trabalho, patrões, chefes, colaboradores, subalternos.
Certamente são nosso próximo.
Contudo, há mais, muito mais.
Seriam, talvez, todos aqueles que, de alguma forma, cruzam nosso caminho?
Naturalmente, entretanto, ainda há mais criaturas que devemos amar, entendendo que amar ao próximo como a nós mesmos é ir além de todos os limites que conhecemos.
Ir além do amor à família, ao grupo social e à nação.
É amar toda a Humanidade.
E o que podemos entender por Humanidade?
As pessoas que habitam o planeta Terra?
É necessário considerar que toda Humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fracção dela.
Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
Quando pensamos na grandiosidade do Universo percebemos nossa pequenez e nossa incapacidade de conhecer a totalidade do próximo ao qual devemos amar.
Mal damos conta de amar aquele familiar difícil, ou aquele afecto que nos traiu, o amigo que nos abandonou.
Que dizer, então, de amar biliões de pessoas no nosso planeta e outros tantos centiliões na galáxia?
Seria de enlouquecer se tentássemos quantificar isso.
No entanto, os números não são o mais importante.
Antes de tentar identificar ou contar quantos devemos amar, é necessário ampliar nossa capacidade de amar até o ponto de conseguir devotar amor a qualquer ser, verdadeiramente, em qualquer tempo e espaço.
Devemos nos lembrar que nosso próximo também é aquele que pratica actos com os quais não concordamos, aquele que caiu nas tentações, nos vícios; aquele que se corrompeu, que cometeu crimes terríveis.
Amar esses irmãos é não aumentar a carga de ódio que eles já recebem.
É enviar-lhes vibrações de compaixão para que caiam em si e deixem de se equivocar.
Amar aqueles que nos fazem o bem é fácil. No entanto, é necessário aprender a amar os nossos inimigos.
Pode parecer impossível, mas não é.
Podemos começar meditando sobre as razões que despertaram nossa raiva por eles e, conscientes do nosso ressentimento, gradativamente irmos evitando lhes enviar más vibrações.
Na sequência, ao nos lembrarmos deles, poderemos lhes desejar o bem, pedindo sinceramente ao Pai Celeste que os ilumine, que os ajude a superar as suas próprias dificuldades.
Com o tempo e a prática diária, não mais consideraremos inimigos aqueles que nos ofenderam e orar por eles deixará de ser algo forçado.
Nossas vibrações estarão mais harmonizadas e as mágoas terão diminuído ou desaparecido.
Perceberemos, por fim, com alegria, que somos, sim, capazes de amar nosso próximo, seja ele quem for e esteja onde estiver.
Momento Espírita, com citação do item 6, do cap. III, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quando lhe perguntaram quem seria o próximo, ele respondeu narrando a parábola do samaritano.
Os samaritanos, apesar da mesma origem dos judeus, eram por eles discriminados.
E foi justamente um samaritano que Jesus usou como exemplo de quem ajuda sem se importar com a nacionalidade ou raça daquele que necessita.
Hoje, dois mil anos passados, quem podemos considerar nosso próximo?
A família, os parentes e amigos, dirão alguns.
Sim, de facto são nosso próximo mais próximo.
Mas, há pessoas com as quais nos relacionamos no trabalho, patrões, chefes, colaboradores, subalternos.
Certamente são nosso próximo.
Contudo, há mais, muito mais.
Seriam, talvez, todos aqueles que, de alguma forma, cruzam nosso caminho?
Naturalmente, entretanto, ainda há mais criaturas que devemos amar, entendendo que amar ao próximo como a nós mesmos é ir além de todos os limites que conhecemos.
Ir além do amor à família, ao grupo social e à nação.
É amar toda a Humanidade.
E o que podemos entender por Humanidade?
As pessoas que habitam o planeta Terra?
É necessário considerar que toda Humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fracção dela.
Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
Quando pensamos na grandiosidade do Universo percebemos nossa pequenez e nossa incapacidade de conhecer a totalidade do próximo ao qual devemos amar.
Mal damos conta de amar aquele familiar difícil, ou aquele afecto que nos traiu, o amigo que nos abandonou.
Que dizer, então, de amar biliões de pessoas no nosso planeta e outros tantos centiliões na galáxia?
Seria de enlouquecer se tentássemos quantificar isso.
No entanto, os números não são o mais importante.
Antes de tentar identificar ou contar quantos devemos amar, é necessário ampliar nossa capacidade de amar até o ponto de conseguir devotar amor a qualquer ser, verdadeiramente, em qualquer tempo e espaço.
Devemos nos lembrar que nosso próximo também é aquele que pratica actos com os quais não concordamos, aquele que caiu nas tentações, nos vícios; aquele que se corrompeu, que cometeu crimes terríveis.
Amar esses irmãos é não aumentar a carga de ódio que eles já recebem.
É enviar-lhes vibrações de compaixão para que caiam em si e deixem de se equivocar.
Amar aqueles que nos fazem o bem é fácil. No entanto, é necessário aprender a amar os nossos inimigos.
Pode parecer impossível, mas não é.
Podemos começar meditando sobre as razões que despertaram nossa raiva por eles e, conscientes do nosso ressentimento, gradativamente irmos evitando lhes enviar más vibrações.
Na sequência, ao nos lembrarmos deles, poderemos lhes desejar o bem, pedindo sinceramente ao Pai Celeste que os ilumine, que os ajude a superar as suas próprias dificuldades.
Com o tempo e a prática diária, não mais consideraremos inimigos aqueles que nos ofenderam e orar por eles deixará de ser algo forçado.
Nossas vibrações estarão mais harmonizadas e as mágoas terão diminuído ou desaparecido.
Perceberemos, por fim, com alegria, que somos, sim, capazes de amar nosso próximo, seja ele quem for e esteja onde estiver.
Momento Espírita, com citação do item 6, do cap. III, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
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As crises e nós
Na grande maioria das ocasiões, justificamos nossas aflições, relacionando-as com as crises que enxameiam no mundo.
Acreditamos que aí se encontram as raízes de todas as angústias e problemas da Humanidade.
Dizemos que ninguém pode se sentir realizado em um mundo como este onde vemos nações em lutas encarniçadas; crise nas finanças em nível internacional; os negócios padecendo ágios absurdos.
Onde há crise no atendimento à saúde; agressões em tudo e por quase nada; falta de trabalho para muitos, ora pela tecnologia que substitui o ser humano, ora pela própria ausência do trabalho.
Crise na compreensão dos direitos e deveres humanos; diminuição da fertilidade do solo, vida ambiental empobrecendo, poluição e ameaças de vida; crises de opiniões dividindo e disputando predominâncias; crises de ética, de amor, de confiança, de fraternidade.
Há muita crise pela frente e isso, dizemos, desanima.
Fixando esse pensamento, deixamos de tentar fazer algo diferente.
Entretanto, podemos modificar a paisagem que nos parece anárquica, em marcha para a desagregação.
Uma receita ao alcance de todos nós, pode ajudar nesse impasse cruel que vivemos: levantando o caído, em vez de acusá-lo; cumprindo nossos deveres, não exorbitando dos nossos direitos;
procurando vencer o erro, em vez de censurar o errado; não mensurando valores por meio de medidas exteriores, mas concedendo a todos a oportunidade de crescer; não espalhando o pessimismo, promovendo claridade onde estejamos; não desperdiçando o tempo na inutilidade, mas produzindo alguma coisa de positivo; cultivando a compaixão pelos irmãos combalidos e oferecendo um pouco de nós mesmos.
Terapêutica eficiente para a crise moral que verificamos na Terra é o exercício do amor, em que o Cristo viveu.
Quanto às demais crises - as generalizadas - não nos preocupemos com elas demasiadamente.
Realizemos nossa parte.
Saiamos da crise interior em que nos debatemos sem rumo, iniciando um programa dignificante em favor de nós mesmos.
Dessa forma, perceberemos que o mundo está miniaturizado em nós.
Somos, portanto, uma célula importante do organismo universal que deverá permanecer sadia a benefício geral.
E, conforme asseverou Paulo, apeguemo-nos ao bem, sempre e invariavelmente.
Quando aprendermos a agir ao invés de reagir, veremos que tudo aquilo que nos parecia levar ao caminho de uma crise, nos conduz para uma solução agradável da situação.
Cada momento ou situação difícil é oportunidade de mostrarmos a outra face.
Isso quer dizer: mostrar outra forma de enfrentar situações, nos conduzindo para melhores soluções.
De facto, não podemos resolver todas as crises da vida, mas as que conseguirmos bem direccionar ajudarão a diminuir o montante de desespero que grassa.
Não importa que o próximo não faça a parte dele.
Façamos a nossa parte, mostrando essa nova forma de ver e de realizar o melhor.
Momento Espírita, com base no cap. Crises e você, do livro Sementes de Vida Eterna, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. O Clarim.
§.§.§- Ave sem Ninho
Acreditamos que aí se encontram as raízes de todas as angústias e problemas da Humanidade.
Dizemos que ninguém pode se sentir realizado em um mundo como este onde vemos nações em lutas encarniçadas; crise nas finanças em nível internacional; os negócios padecendo ágios absurdos.
Onde há crise no atendimento à saúde; agressões em tudo e por quase nada; falta de trabalho para muitos, ora pela tecnologia que substitui o ser humano, ora pela própria ausência do trabalho.
Crise na compreensão dos direitos e deveres humanos; diminuição da fertilidade do solo, vida ambiental empobrecendo, poluição e ameaças de vida; crises de opiniões dividindo e disputando predominâncias; crises de ética, de amor, de confiança, de fraternidade.
Há muita crise pela frente e isso, dizemos, desanima.
Fixando esse pensamento, deixamos de tentar fazer algo diferente.
Entretanto, podemos modificar a paisagem que nos parece anárquica, em marcha para a desagregação.
Uma receita ao alcance de todos nós, pode ajudar nesse impasse cruel que vivemos: levantando o caído, em vez de acusá-lo; cumprindo nossos deveres, não exorbitando dos nossos direitos;
procurando vencer o erro, em vez de censurar o errado; não mensurando valores por meio de medidas exteriores, mas concedendo a todos a oportunidade de crescer; não espalhando o pessimismo, promovendo claridade onde estejamos; não desperdiçando o tempo na inutilidade, mas produzindo alguma coisa de positivo; cultivando a compaixão pelos irmãos combalidos e oferecendo um pouco de nós mesmos.
Terapêutica eficiente para a crise moral que verificamos na Terra é o exercício do amor, em que o Cristo viveu.
Quanto às demais crises - as generalizadas - não nos preocupemos com elas demasiadamente.
Realizemos nossa parte.
Saiamos da crise interior em que nos debatemos sem rumo, iniciando um programa dignificante em favor de nós mesmos.
Dessa forma, perceberemos que o mundo está miniaturizado em nós.
Somos, portanto, uma célula importante do organismo universal que deverá permanecer sadia a benefício geral.
E, conforme asseverou Paulo, apeguemo-nos ao bem, sempre e invariavelmente.
Quando aprendermos a agir ao invés de reagir, veremos que tudo aquilo que nos parecia levar ao caminho de uma crise, nos conduz para uma solução agradável da situação.
Cada momento ou situação difícil é oportunidade de mostrarmos a outra face.
Isso quer dizer: mostrar outra forma de enfrentar situações, nos conduzindo para melhores soluções.
De facto, não podemos resolver todas as crises da vida, mas as que conseguirmos bem direccionar ajudarão a diminuir o montante de desespero que grassa.
Não importa que o próximo não faça a parte dele.
Façamos a nossa parte, mostrando essa nova forma de ver e de realizar o melhor.
Momento Espírita, com base no cap. Crises e você, do livro Sementes de Vida Eterna, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. O Clarim.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
Porquês
Releio as suas perguntas,
Meu amigo Rivarol:
- “Por que o Planeta é uma esfera,
Girando em torno do Sol?
Por que o mundo é dividido
Em diversos continentes?
E as raças? Como entender
As línguas e as outras gentes?
Porque Deus criou a cobra,
A pulga, a mosca e o leão?
Porque há homem doente
Ao lado do homem são?
Por que Deus criou a rosa
Em meio de tanto espinho?
O que faz a tartaruga
Avançar devagarinho?”
Meu prezado Rivarol,
Eu não sei. E é uma pena...
Embora desencarnado,
Tenho a cabeça pequena.
Pergunta ainda você:
- “Por que há crentes e ateus?”
- Mas, um amigo Rivarol,
Quem sabe tudo é só Deus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Meu amigo Rivarol:
- “Por que o Planeta é uma esfera,
Girando em torno do Sol?
Por que o mundo é dividido
Em diversos continentes?
E as raças? Como entender
As línguas e as outras gentes?
Porque Deus criou a cobra,
A pulga, a mosca e o leão?
Porque há homem doente
Ao lado do homem são?
Por que Deus criou a rosa
Em meio de tanto espinho?
O que faz a tartaruga
Avançar devagarinho?”
Meu prezado Rivarol,
Eu não sei. E é uma pena...
Embora desencarnado,
Tenho a cabeça pequena.
Pergunta ainda você:
- “Por que há crentes e ateus?”
- Mas, um amigo Rivarol,
Quem sabe tudo é só Deus.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Raio de sol
Ninguém totalmente só neste planeta.
Mesmo os que não constituímos família, os que não casamos, nem temos filhos.
Não estamos sós.
Há sempre uma alma querida que Deus coloca em nosso caminho para nos amar, para nos dizer que Ele não nos esqueceu.
Que Ele sabe das nossas lutas, do plano de progresso que estabelecemos na Espiritualidade, antes de nascer.
E que, para o concretizar em totalidade, necessitamos de uma mão que nos acaricie, um ombro que se nos ofereça como apoio nos dias de desânimo, braços que nos envolvam, uma voz que diga:
Siga em frente! Estou contigo!
Por vezes, é um amigo esse amor que se doa e nos sustenta.
Basta nos perceba o cansaço, e ele vem para nos insuflar novo ânimo.
E, mesmo que não pronunciemos palavras, ele parece descobrir o de que necessitamos, chegando a prover recursos materiais de que carecemos para que não sucumbamos ante o peso das lutas.
É esse amigo que se faz presente no dia do nosso aniversário e nos envia uma mensagem, um cartão, uma flor.
Algo do mais profundo da sua alma.
E, com isso, plenifica de alegria a data.
De outras vezes, é um colega de trabalho, alguém do nosso âmbito profissional.
É o que nos incentiva a ir em frente, a não nos entregarmos ao desalento.
Ele nos ajuda em tarefas mais difíceis, nos orienta em caminhos que ainda não percorremos e sua experiência já palmilhou.
Enfim, ele sempre surge, na manhã nublada, com sua presença irradiante e seu estímulo revigorante.
Assim é ela. Uma jovem que nem chegou aos vinte anos.
Quando chega, é como um raio de sol entrando pela casa.
Ela sorri e parece que ilumina o ambiente.
Ela abraça e a fortaleza dos seus braços tem o dom de nos passar segurança.
Possivelmente, ela nem saiba o quanto sua presença significa.
Tem tal respeito pelos sentimentos alheios que, admiradora de rock e outras músicas barulhentas da actualidade, quando nos leva em seu carro, desliga o som.
Sei que você não gosta desse tipo de música! – Confessa.
E, também, sei que você gosta de conversar, de contar as coisas do seu dia a dia.
E, como boa ouvinte, escuta e argumenta, faz perguntas.
Depois, por sua vez, conta as suas peripécias:
a prova difícil na faculdade, os desajustes com um dos professores, acções que acredita injustas.
Atenciosa, telefona para saber notícias, antes que a soma dos dias resulte em uma semana.
Companheira de sessões de cinema, de espectáculos de ballet, agenda tudo, de forma impecável, para que não percamos a estreia.
Disposta a nos acompanhar ao mercado, ao banco, onde queiramos ir.
E, com um quase orgulho, sentencia:
Eu sou a sua motorista.
Não vou lhe deixar sem carona. Conte comigo.
Raio de sol. Não é filha da nossa carne.
Mas, alguém que Deus mandou para iluminar os nossos dias, tornar mais suave nossa jornada.
Todos temos esses anjos, vestidos de amigos, colegas, parentes.
Chegam de mansinho como quem nada quer.
Mas assinalam sua presença com uma aura de paz e tranquilidade.
Espancam a solidão, enriquecem nossos dias.
Anjos de guarda revestidos de corpos humanos.
Guardiães humanos que se transformam em pilares de sustentação de nossos dias.
Raios de sol.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Mesmo os que não constituímos família, os que não casamos, nem temos filhos.
Não estamos sós.
Há sempre uma alma querida que Deus coloca em nosso caminho para nos amar, para nos dizer que Ele não nos esqueceu.
Que Ele sabe das nossas lutas, do plano de progresso que estabelecemos na Espiritualidade, antes de nascer.
E que, para o concretizar em totalidade, necessitamos de uma mão que nos acaricie, um ombro que se nos ofereça como apoio nos dias de desânimo, braços que nos envolvam, uma voz que diga:
Siga em frente! Estou contigo!
Por vezes, é um amigo esse amor que se doa e nos sustenta.
Basta nos perceba o cansaço, e ele vem para nos insuflar novo ânimo.
E, mesmo que não pronunciemos palavras, ele parece descobrir o de que necessitamos, chegando a prover recursos materiais de que carecemos para que não sucumbamos ante o peso das lutas.
É esse amigo que se faz presente no dia do nosso aniversário e nos envia uma mensagem, um cartão, uma flor.
Algo do mais profundo da sua alma.
E, com isso, plenifica de alegria a data.
De outras vezes, é um colega de trabalho, alguém do nosso âmbito profissional.
É o que nos incentiva a ir em frente, a não nos entregarmos ao desalento.
Ele nos ajuda em tarefas mais difíceis, nos orienta em caminhos que ainda não percorremos e sua experiência já palmilhou.
Enfim, ele sempre surge, na manhã nublada, com sua presença irradiante e seu estímulo revigorante.
Assim é ela. Uma jovem que nem chegou aos vinte anos.
Quando chega, é como um raio de sol entrando pela casa.
Ela sorri e parece que ilumina o ambiente.
Ela abraça e a fortaleza dos seus braços tem o dom de nos passar segurança.
Possivelmente, ela nem saiba o quanto sua presença significa.
Tem tal respeito pelos sentimentos alheios que, admiradora de rock e outras músicas barulhentas da actualidade, quando nos leva em seu carro, desliga o som.
Sei que você não gosta desse tipo de música! – Confessa.
E, também, sei que você gosta de conversar, de contar as coisas do seu dia a dia.
E, como boa ouvinte, escuta e argumenta, faz perguntas.
Depois, por sua vez, conta as suas peripécias:
a prova difícil na faculdade, os desajustes com um dos professores, acções que acredita injustas.
Atenciosa, telefona para saber notícias, antes que a soma dos dias resulte em uma semana.
Companheira de sessões de cinema, de espectáculos de ballet, agenda tudo, de forma impecável, para que não percamos a estreia.
Disposta a nos acompanhar ao mercado, ao banco, onde queiramos ir.
E, com um quase orgulho, sentencia:
Eu sou a sua motorista.
Não vou lhe deixar sem carona. Conte comigo.
Raio de sol. Não é filha da nossa carne.
Mas, alguém que Deus mandou para iluminar os nossos dias, tornar mais suave nossa jornada.
Todos temos esses anjos, vestidos de amigos, colegas, parentes.
Chegam de mansinho como quem nada quer.
Mas assinalam sua presença com uma aura de paz e tranquilidade.
Espancam a solidão, enriquecem nossos dias.
Anjos de guarda revestidos de corpos humanos.
Guardiães humanos que se transformam em pilares de sustentação de nossos dias.
Raios de sol.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Intérprete de Deus
Eu e o pai somos um. – Dessa forma, o Suave Rabi da Galileia se identificou, apresentando as suas credenciais.
Tal frase, anotada pelo Evangelista João, de forma equivocada serviu de argumentação para alguns considerarem como o próprio Deus ao Mestre Jesus.
Contudo, o que desejava nos dizer o Cristo é que Ele interpretava o pensamento de Deus sobre a Terra.
De tal modo comungava com o Pai, que sabia exactamente expressar a Sua vontade.
Espírito enviado para nos servir de Modelo e Guia, elegeu-se o intérprete de Deus, para isso se servindo de simbologias, parábolas, imagens figurativas.
Tudo para nos dar aproximada ideia da infinitude Divina.
A fim de nos oferecer a lição de esperança na Providência Divina, que tudo vê, tudo provê, a tudo está atenta, ergueu Sua voz para declamar:
Contemplai as aves do céu:
não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros.
Contudo, vosso pai celestial as sustenta.
Não tendes vós muito mais valor do que as aves?
E continuando: Olhai os lírios do campo. Eles não fiam, nem tecem.
Eu, todavia, vos asseguro que nem mesmo Salomão, em todo o seu esplendor, pôde se vestir como um deles.
Então, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós outros, homens de pouca fé.
Para legitimar a nossa filiação Divina, ensinou:
Um só é o vosso pai, o qual está nos céus.
E para que entendêssemos a qualidade desse Pai, leccionou:
Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate se lhe abrirá.
Qual pai, dentre vós, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?
Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o pai celestial àqueles que lhe pedirem?
Servindo-se da oportunidade em que um homem correu ao seu encontro e ajoelhando-se, lhe indagou:
Bom mestre! O que devo fazer para herdar a vida eterna?
Replicou: Por que me chamas bom?
Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus!
Mestre de todos os tempos, testificou a lei do trabalho como Lei Divina, ao expressar que o Pai trabalha incessantemente e eu trabalho também.
Jesus! Ninguém maior do que Ele sobre a face da Terra, em todos os tempos.
Intérprete de Deus, nos leccionou a lei do amor, dizendo-nos que Deus, o Pai, deveria ser amado acima de todas as coisas.
Em Seu discurso de despedida, sentenciou:
Na casa de meu pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.
Vou à frente preparar-vos o lugar.
Que lição magnífica: o nosso retorno será para a casa do Pai, que nos criou e alimenta com amor.
Pai que nos protege, nos guarda e aguarda.
Aguarda que, filhos pródigos, retornemos à casa paterna, para sermos felizes, no Seu seio, todos nós, os Seus filhos.
Filhos de todas as raças, todas as nações, todos os credos.
Filhos do Seu amor. Criados para o amor.
Oxalá apressemos esses dias para nossa própria felicidade.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Tal frase, anotada pelo Evangelista João, de forma equivocada serviu de argumentação para alguns considerarem como o próprio Deus ao Mestre Jesus.
Contudo, o que desejava nos dizer o Cristo é que Ele interpretava o pensamento de Deus sobre a Terra.
De tal modo comungava com o Pai, que sabia exactamente expressar a Sua vontade.
Espírito enviado para nos servir de Modelo e Guia, elegeu-se o intérprete de Deus, para isso se servindo de simbologias, parábolas, imagens figurativas.
Tudo para nos dar aproximada ideia da infinitude Divina.
A fim de nos oferecer a lição de esperança na Providência Divina, que tudo vê, tudo provê, a tudo está atenta, ergueu Sua voz para declamar:
Contemplai as aves do céu:
não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros.
Contudo, vosso pai celestial as sustenta.
Não tendes vós muito mais valor do que as aves?
E continuando: Olhai os lírios do campo. Eles não fiam, nem tecem.
Eu, todavia, vos asseguro que nem mesmo Salomão, em todo o seu esplendor, pôde se vestir como um deles.
Então, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós outros, homens de pouca fé.
Para legitimar a nossa filiação Divina, ensinou:
Um só é o vosso pai, o qual está nos céus.
E para que entendêssemos a qualidade desse Pai, leccionou:
Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate se lhe abrirá.
Qual pai, dentre vós, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?
Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o pai celestial àqueles que lhe pedirem?
Servindo-se da oportunidade em que um homem correu ao seu encontro e ajoelhando-se, lhe indagou:
Bom mestre! O que devo fazer para herdar a vida eterna?
Replicou: Por que me chamas bom?
Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus!
Mestre de todos os tempos, testificou a lei do trabalho como Lei Divina, ao expressar que o Pai trabalha incessantemente e eu trabalho também.
Jesus! Ninguém maior do que Ele sobre a face da Terra, em todos os tempos.
Intérprete de Deus, nos leccionou a lei do amor, dizendo-nos que Deus, o Pai, deveria ser amado acima de todas as coisas.
Em Seu discurso de despedida, sentenciou:
Na casa de meu pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.
Vou à frente preparar-vos o lugar.
Que lição magnífica: o nosso retorno será para a casa do Pai, que nos criou e alimenta com amor.
Pai que nos protege, nos guarda e aguarda.
Aguarda que, filhos pródigos, retornemos à casa paterna, para sermos felizes, no Seu seio, todos nós, os Seus filhos.
Filhos de todas as raças, todas as nações, todos os credos.
Filhos do Seu amor. Criados para o amor.
Oxalá apressemos esses dias para nossa própria felicidade.
Momento Espírita.
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Idade : 68
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Meu Brasil brasileiro
Dia da Independência. Feriado Nacional.
Nas grandes cidades, ao som de marchas militares, desfilam os integrantes das forças armadas: Exército, Marinha, Aeronáutica.
Os que acorremos para assistir, nos encantamos com o alinhamento perfeito das fileiras, as evoluções, a impecabilidade dos uniformes e do passo cadenciado.
O tremular da bandeira Nacional, com suas cores vibrantes, permitindo-se dobrar, estender, espreguiçar, pelo vento que a balança, enquanto os acordes do hino pátrio se elevam em muitas vozes, nos falam ao coração.
E há chuva nos olhos, que descem, silentes, pelas faces, ao ritmo do coração em quase disparada.
Sentimos vibrar um sentimento diferente em nosso âmago.
Algo que nos fala que pertencemos a esta terra generosa, na qual, conforme escreveu Pero Vaz de Caminha, em nela se plantando, tudo dá.
Um sentimento de filho desta nação, em que se mesclam o índio, o negro, o imigrante de tantos países, nos fala ao mais íntimo de nós mesmos.
São emoções de momentos que se sucedem, ganhando algumas horas.
No entanto, quando tudo cessa, quando o desfile acaba, a banda silencia, as vozes se calam, o que nos resta como atestado de ser brasileiro?
Cabe-nos pensar que nossa cidadania deve ser exercida trezentos e sessenta e cinco dias no ano e se reprisar a cada doze meses, sem cessar.
Ser brasileiro é ser cidadão que contribua com o bem.
Que se preocupe em educar os filhos, legando-lhes valores morais de honra, dignidade, honestidade.
Colocar-lhes a mente nos livros, o coração no próximo e as mãos no trabalho. Trabalho que produza o bom, o útil, o belo.
Ser brasileiro é honrar a pátria, conhecendo os próprios deveres e direitos, a fim de bem cumprir suas obrigações.
É exercer o direito do voto, com a consciência plena da melhor escolha, não porque o candidato é simpático, amigo ou conhecido.
Ou porque nos conseguirá um cargo que nos haverá de garantir um bom salário, se eleito for.
Ou porque colaborou, em algum momento, com a instituição benemérita, na qual somos voluntário.
Exercer o direito dessa escolha tão importante, com a certeza de nossa contribuição para a administração pública, em qualquer dos seus escalões.
Ser brasileiro é conhecer o idioma pátrio, em todas as suas delicadas e belas nuances.
Se importante se faz falar outras línguas, imprescindível falar bem o nosso idioma, essa flor inculta e bela, conforme a denominou o poeta Olavo Bilac.
Esse idioma no qual Camões chorou, no exílio amargo, o génio sem ventura e o amor sem brilho!
Ser brasileiro é zelar pelas tradições, conhecendo-as a fim de melhor as cultivar.
Ser brasileiro é preservar a memória de tantas lutas, conquistas, batalhas e heróis.
É, enfim, honrar os heróis anónimos de todos os dias que, com seu trabalho, seu intelecto, sua força e sua bravura tornam este imenso país um lugar melhor para vivermos e educarmos nossos filhos.
Pensemos nisso, hoje, enquanto morrem na garganta os últimos versos do hino nacional.
Momento Espírita, com citação de alguns versos do poema Língua portuguesa, de Olavo Bilac.
§.§.§- Ave sem Ninho
Nas grandes cidades, ao som de marchas militares, desfilam os integrantes das forças armadas: Exército, Marinha, Aeronáutica.
Os que acorremos para assistir, nos encantamos com o alinhamento perfeito das fileiras, as evoluções, a impecabilidade dos uniformes e do passo cadenciado.
O tremular da bandeira Nacional, com suas cores vibrantes, permitindo-se dobrar, estender, espreguiçar, pelo vento que a balança, enquanto os acordes do hino pátrio se elevam em muitas vozes, nos falam ao coração.
E há chuva nos olhos, que descem, silentes, pelas faces, ao ritmo do coração em quase disparada.
Sentimos vibrar um sentimento diferente em nosso âmago.
Algo que nos fala que pertencemos a esta terra generosa, na qual, conforme escreveu Pero Vaz de Caminha, em nela se plantando, tudo dá.
Um sentimento de filho desta nação, em que se mesclam o índio, o negro, o imigrante de tantos países, nos fala ao mais íntimo de nós mesmos.
São emoções de momentos que se sucedem, ganhando algumas horas.
No entanto, quando tudo cessa, quando o desfile acaba, a banda silencia, as vozes se calam, o que nos resta como atestado de ser brasileiro?
Cabe-nos pensar que nossa cidadania deve ser exercida trezentos e sessenta e cinco dias no ano e se reprisar a cada doze meses, sem cessar.
Ser brasileiro é ser cidadão que contribua com o bem.
Que se preocupe em educar os filhos, legando-lhes valores morais de honra, dignidade, honestidade.
Colocar-lhes a mente nos livros, o coração no próximo e as mãos no trabalho. Trabalho que produza o bom, o útil, o belo.
Ser brasileiro é honrar a pátria, conhecendo os próprios deveres e direitos, a fim de bem cumprir suas obrigações.
É exercer o direito do voto, com a consciência plena da melhor escolha, não porque o candidato é simpático, amigo ou conhecido.
Ou porque nos conseguirá um cargo que nos haverá de garantir um bom salário, se eleito for.
Ou porque colaborou, em algum momento, com a instituição benemérita, na qual somos voluntário.
Exercer o direito dessa escolha tão importante, com a certeza de nossa contribuição para a administração pública, em qualquer dos seus escalões.
Ser brasileiro é conhecer o idioma pátrio, em todas as suas delicadas e belas nuances.
Se importante se faz falar outras línguas, imprescindível falar bem o nosso idioma, essa flor inculta e bela, conforme a denominou o poeta Olavo Bilac.
Esse idioma no qual Camões chorou, no exílio amargo, o génio sem ventura e o amor sem brilho!
Ser brasileiro é zelar pelas tradições, conhecendo-as a fim de melhor as cultivar.
Ser brasileiro é preservar a memória de tantas lutas, conquistas, batalhas e heróis.
É, enfim, honrar os heróis anónimos de todos os dias que, com seu trabalho, seu intelecto, sua força e sua bravura tornam este imenso país um lugar melhor para vivermos e educarmos nossos filhos.
Pensemos nisso, hoje, enquanto morrem na garganta os últimos versos do hino nacional.
Momento Espírita, com citação de alguns versos do poema Língua portuguesa, de Olavo Bilac.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Cinco preciosidades
Na Sua infinita bondade, Deus providenciou que nosso corpo fosse feito maravilhosamente, com sentidos que nos ajudam a perceber Suas obras e ter prazer com elas.
Se estamos ouvindo esta mensagem, é porque somos dotados do sentido da audição.
Graças a essa preciosidade, podemos notar as nuances de tom de voz de uma pessoa querida, o sussurro do vento entre as árvores, o farfalhar das folhas caídas, roçando o chão, a risada gostosa de uma criancinha.
E quantas emoções nos são propiciadas graças à audição?
A doçura da canção de ninar, o encanto de uma sinfonia, a cadência ritmada dos versos de um poema, uma declaração de amor.
Mas Deus, que nos criou no íntimo de nosso ser e nos teceu no ventre de nossa mãe, nos brindou ainda com o sentido da visão.
É Ele que nos proporciona momentos agradáveis de contemplação da natureza.
Graças à visão, nos extasiamos com as bochechas coradas de uma criança feliz; com a chuva caindo sobre os campos; o vermelho, dourado e violeta do pôr do sol; a escala de cores do arco-íris.
Tudo graças ao olho humano, que é capaz de distinguir mais de trezentas mil cores!
Artefacto inimaginável, próprio de um Deus infinito em Seus atributos.
Um Deus que se esmerou ainda mais e nos deu o olfacto, que nos permite distinguir uns dez mil odores:
o aroma da nossa comida favorita; o delicado perfume da violeta, que se distingue do jasmim, do cravo, da subtileza da camélia, da exuberância da lavanda.
Quem já não se extasiou com o cheiro da terra molhada pelas primeiras gotículas da chuva?
E que se dizer, então, do tacto?
Esse sentido que nos permite sentir a brisa suave no rosto, o abraço caloroso de quem amamos...
O tacto que nos permite sentir o aveludado pelo do gato manhoso, que se espreguiça na tarde quente.
Também a aspereza da lixa e a suavidade de uma fruta.
E basta que demos uma mordida numa fruta para que entre em acção o paladar.
Nossa boca é inundada por uma mistura de sabores subtis, à medida que as papilas gustativas captam a sua complexa composição química.
De facto, temos motivos de sobra para exclamar com o salmista:
Quão abundante é a tua bondade, ó Deus!
É bom que pensemos a respeito dessas preciosidades que são os nossos cinco sentidos para que os utilizemos de forma mais plena.
Portanto, que nossos olhos saibam descobrir a beleza, o encanto da manhã que se lança, luminosa, espancando a noite.
Que nossos ouvidos se aprimorem na captação dos sons mais delicados, descobrindo a gota que cai, devagar, escorrendo da nuvem preguiçosa, o canto longínquo de alguém saudoso...
Que nosso olfacto se detenha na descoberta de aromas sempre novos que a natureza oferece.
Que nosso tacto se aprimore no abraço, na carícia, no aperto de mão espontâneo e fraterno.
E, quando estivermos à mesa, sentindo o sabor que nos causa prazer, lembremos de Deus e aprendamos a louvá-lo enquanto nos deliciamos com a pizza, o cachorro-quente, o sanduíche predilecto, o sorvete, o arroz com feijão.
Aprendamos a agradecer ao Pai por nos ter oferecido, para nosso prazer na Terra essas cinco gemas preciosas.
Pensemos nisso hoje, amanhã e sempre.
Momento Espírita, com citação do Salmo 31, versículo 19.
§.§.§- Ave sem Ninho
Se estamos ouvindo esta mensagem, é porque somos dotados do sentido da audição.
Graças a essa preciosidade, podemos notar as nuances de tom de voz de uma pessoa querida, o sussurro do vento entre as árvores, o farfalhar das folhas caídas, roçando o chão, a risada gostosa de uma criancinha.
E quantas emoções nos são propiciadas graças à audição?
A doçura da canção de ninar, o encanto de uma sinfonia, a cadência ritmada dos versos de um poema, uma declaração de amor.
Mas Deus, que nos criou no íntimo de nosso ser e nos teceu no ventre de nossa mãe, nos brindou ainda com o sentido da visão.
É Ele que nos proporciona momentos agradáveis de contemplação da natureza.
Graças à visão, nos extasiamos com as bochechas coradas de uma criança feliz; com a chuva caindo sobre os campos; o vermelho, dourado e violeta do pôr do sol; a escala de cores do arco-íris.
Tudo graças ao olho humano, que é capaz de distinguir mais de trezentas mil cores!
Artefacto inimaginável, próprio de um Deus infinito em Seus atributos.
Um Deus que se esmerou ainda mais e nos deu o olfacto, que nos permite distinguir uns dez mil odores:
o aroma da nossa comida favorita; o delicado perfume da violeta, que se distingue do jasmim, do cravo, da subtileza da camélia, da exuberância da lavanda.
Quem já não se extasiou com o cheiro da terra molhada pelas primeiras gotículas da chuva?
E que se dizer, então, do tacto?
Esse sentido que nos permite sentir a brisa suave no rosto, o abraço caloroso de quem amamos...
O tacto que nos permite sentir o aveludado pelo do gato manhoso, que se espreguiça na tarde quente.
Também a aspereza da lixa e a suavidade de uma fruta.
E basta que demos uma mordida numa fruta para que entre em acção o paladar.
Nossa boca é inundada por uma mistura de sabores subtis, à medida que as papilas gustativas captam a sua complexa composição química.
De facto, temos motivos de sobra para exclamar com o salmista:
Quão abundante é a tua bondade, ó Deus!
É bom que pensemos a respeito dessas preciosidades que são os nossos cinco sentidos para que os utilizemos de forma mais plena.
Portanto, que nossos olhos saibam descobrir a beleza, o encanto da manhã que se lança, luminosa, espancando a noite.
Que nossos ouvidos se aprimorem na captação dos sons mais delicados, descobrindo a gota que cai, devagar, escorrendo da nuvem preguiçosa, o canto longínquo de alguém saudoso...
Que nosso olfacto se detenha na descoberta de aromas sempre novos que a natureza oferece.
Que nosso tacto se aprimore no abraço, na carícia, no aperto de mão espontâneo e fraterno.
E, quando estivermos à mesa, sentindo o sabor que nos causa prazer, lembremos de Deus e aprendamos a louvá-lo enquanto nos deliciamos com a pizza, o cachorro-quente, o sanduíche predilecto, o sorvete, o arroz com feijão.
Aprendamos a agradecer ao Pai por nos ter oferecido, para nosso prazer na Terra essas cinco gemas preciosas.
Pensemos nisso hoje, amanhã e sempre.
Momento Espírita, com citação do Salmo 31, versículo 19.
§.§.§- Ave sem Ninho
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As cerejeiras
Você já contemplou a beleza de uma cerejeira em flor?
Caso não, apresse-se.
Aproveite cada instante, pois ela não durará muito tempo.
Os samurais, grandes guerreiros japoneses, eram profundos admiradores dessa flor.
Elas representavam a efemeridade da existência humana, que estava relacionada com o lema desses combatentes impávidos:
viver o presente sem medo.
Cada florada da Sakura, como é chamada a árvore no Japão, é bastante curta, e extremamente exuberante, assim como cada existência nossa aqui na Terra.
Temos chance de fazer muito, de realizar, de construir, de semear e, ainda, de chegar ao final da vida mais frondosos do que chegamos.
A cerejeira floresce sem medo, aproveita a beleza enquanto ela existe.
Não se arrepende de todo caminho que a levou até o dia da florada.
Não se lamenta de ter que viver tão pouco tempo repleta de cores.
Assim deveríamos ser.
Nosso tempo é o agora.
Passado e futuro são tempos em suspenso.
Tempos para reflectir, analisar, mas não para se viver.
Os rancorosos e melancólicos vivem presos ao passado, por isso não têm vida.
Os ansiosos vivem trancafiados no futuro.
Da mesma forma não vivem.
O tempo do agora é nosso maior tesouro, pois é o tempo das flores, de aproveitar sua formosidade e aprender com o hoje.
Não falamos de uma vida sem objectivos e projectos, nem de um caminhar que não tenha aprendido com os passos dados, mas de um andar mais leve e corajoso, que sabe que pode errar, que pode mudar de opinião, e que entende isso nos outros também.
Viver o presente sem medo é desafiar-nos constantemente.
Sair de nossa zona de conforto, pois dentro dela quase nada acontece.
Haverá um certo incómodo no começo, mas os resultados finais são inimagináveis.
Iremos encontrar flores e mais flores em galhos que nem imaginávamos existir.
Isso porque ousamos, mergulhamos, saímos do comum, atrevemo-nos a abrir a mente, a pensar diferente.
Viver o presente sem medo é respeitar o corpo e respeitar a mente.
Que tipo de alimento estamos dando a um e a outro?
Não somos apenas corpo. Não somos apenas mente.
Viver o presente sem medo é querer ser melhor, porém melhor que si mesmo.
Competir com nossos trinta anos, se temos quarenta.
Competir com nossos cinquenta, se chegamos aos sessenta.
Melhor coração, melhor amigo, melhor pai, melhor filho, melhor cidadão.
Os samurais davam a vida por sua causa, sem temor algum.
Para eles o importante não era apenas viver, mas viver com honra, defendendo o que acreditavam, mesmo que fosse por curto período de tempo.
Dessa forma seriam exuberantes como a cerejeira.
Nossas espadas hoje são outras, nossas causas são distintas, mas a coragem na alma, a impavidez perante as lutas do dia a dia devem ser as mesmas.
Quando Sócrates, encarcerado, aguardando sua morte, ouviu de seus amigos o plano de fuga que haviam elaborado para que pudessem lhe preservar o que havia de mais importante:
sua vida, respondeu serenamente:
O importante não é viver.
O importante é bem viver.
E recusou a maneira escusa de escapar, respeitando, com tranquilidade e virtude, a pena que lhe havia sido imputada.
Florido como uma Sakura desperta.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Caso não, apresse-se.
Aproveite cada instante, pois ela não durará muito tempo.
Os samurais, grandes guerreiros japoneses, eram profundos admiradores dessa flor.
Elas representavam a efemeridade da existência humana, que estava relacionada com o lema desses combatentes impávidos:
viver o presente sem medo.
Cada florada da Sakura, como é chamada a árvore no Japão, é bastante curta, e extremamente exuberante, assim como cada existência nossa aqui na Terra.
Temos chance de fazer muito, de realizar, de construir, de semear e, ainda, de chegar ao final da vida mais frondosos do que chegamos.
A cerejeira floresce sem medo, aproveita a beleza enquanto ela existe.
Não se arrepende de todo caminho que a levou até o dia da florada.
Não se lamenta de ter que viver tão pouco tempo repleta de cores.
Assim deveríamos ser.
Nosso tempo é o agora.
Passado e futuro são tempos em suspenso.
Tempos para reflectir, analisar, mas não para se viver.
Os rancorosos e melancólicos vivem presos ao passado, por isso não têm vida.
Os ansiosos vivem trancafiados no futuro.
Da mesma forma não vivem.
O tempo do agora é nosso maior tesouro, pois é o tempo das flores, de aproveitar sua formosidade e aprender com o hoje.
Não falamos de uma vida sem objectivos e projectos, nem de um caminhar que não tenha aprendido com os passos dados, mas de um andar mais leve e corajoso, que sabe que pode errar, que pode mudar de opinião, e que entende isso nos outros também.
Viver o presente sem medo é desafiar-nos constantemente.
Sair de nossa zona de conforto, pois dentro dela quase nada acontece.
Haverá um certo incómodo no começo, mas os resultados finais são inimagináveis.
Iremos encontrar flores e mais flores em galhos que nem imaginávamos existir.
Isso porque ousamos, mergulhamos, saímos do comum, atrevemo-nos a abrir a mente, a pensar diferente.
Viver o presente sem medo é respeitar o corpo e respeitar a mente.
Que tipo de alimento estamos dando a um e a outro?
Não somos apenas corpo. Não somos apenas mente.
Viver o presente sem medo é querer ser melhor, porém melhor que si mesmo.
Competir com nossos trinta anos, se temos quarenta.
Competir com nossos cinquenta, se chegamos aos sessenta.
Melhor coração, melhor amigo, melhor pai, melhor filho, melhor cidadão.
Os samurais davam a vida por sua causa, sem temor algum.
Para eles o importante não era apenas viver, mas viver com honra, defendendo o que acreditavam, mesmo que fosse por curto período de tempo.
Dessa forma seriam exuberantes como a cerejeira.
Nossas espadas hoje são outras, nossas causas são distintas, mas a coragem na alma, a impavidez perante as lutas do dia a dia devem ser as mesmas.
Quando Sócrates, encarcerado, aguardando sua morte, ouviu de seus amigos o plano de fuga que haviam elaborado para que pudessem lhe preservar o que havia de mais importante:
sua vida, respondeu serenamente:
O importante não é viver.
O importante é bem viver.
E recusou a maneira escusa de escapar, respeitando, com tranquilidade e virtude, a pena que lhe havia sido imputada.
Florido como uma Sakura desperta.
Momento Espírita.
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Solidariedade
O ser humano, em geral, é muito resistente a mudanças.
O adulto tenta ser natural, embora sempre com um pezinho atrás.
O adolescente, quando não descontraído, é quem mais se encolhe.
As crianças, de modo geral, aceitam melhor e se adaptam.
Enfim, a grande maioria de nós, sempre que levados a determinadas mudanças de rumo, nos sentimos como quem fica sem chão.
Hábitos, costumes, pessoas e situações diferenciadas nos deixam arredios e desconfiados.
Isso não deveria acontecer com tanta frequência, porque somos seres sociais.
No entanto, ao chegarmos a novo bairro, cidade, Estado ou país, nos sentimos verdadeiros ETs.
Elegemos uma espécie de solidão, um escudo invisível para evitarmos aproximações.
Quase nunca nos questionamos sobre essa situação, não buscamos o porquê da tal sensação.
Medo? Insegurança?
O que move nosso interior?
Recentemente, nos encontrávamos em um grupo de vinte pessoas, quando se aproximou uma jovem senhora, bastante retraída, a princípio.
Participávamos de estudo evangélico, que deveria se iniciar em poucos minutos.
Fomos ao seu encontro, demos-lhe as boas vindas, e a convidamos a sentar-se.
Ela olhou para todas, timidamente, cumprimentando com a cabeça e, baixando os olhos, sentou-se ao nosso lado.
Estava ainda silenciosa quando lhe perguntamos o nome e a apresentamos.
Falou pouco durante o tempo em que ali estivemos, mas buscamos familiarizá-la ao ambiente.
Ficou feliz, e disse que não se adaptara ainda à cidade.
Havia sido transferida por motivo profissional, há poucos dias.
Passando em frente ao local, fora atraída por alguns painéis, resolvendo entrar.
Nos dias seguintes, continuou a vir e as amizades foram se concretizando.
Com o tempo, tornou-se excelente companheira de estudos e de voluntariado.
Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu constatar a importância de sermos solidários com quem se sente solitário.
Neste mundo, podemos escolher entre nos afundarmos em solidão ou nos aproximarmos das pessoas para convivermos.
Não esquecer que fomos feitos para viver em sociedade.
A nossa realidade, nos mais variados ramos da vida, nos faz totalmente dependentes uns dos outros, o que favorece a aproximação.
Embora a timidez nos leve a determinadas situações, busquemos vencê-la e sejamos os primeiros a procurar o outro.
Não esperemos ser notados para obtermos um pouco de atenção, e termos alguém interessado em nos ouvir.
É muito fácil e importante perceber que se desejamos que as pessoas se aproximem, nós devemos tentar o passo inicial.
Quando aprendemos a olhar o mundo com certa abertura de espírito e compreendemos o valor da solidariedade, tudo muda ao nosso redor.
Busquemos confraternizar, nos aproximar dos que nos cercam, oferecendo nossa presença, nossa amizade.
Jesus nos ama sem limites, e prossegue, como sempre, de braços abertos.
Sigamos o Seu exemplo.
Observemos com atenção as possíveis necessidades dos que se nos aproximam, ajudando como pudermos.
Sejamos solidários, projectando luz, paz, alegria, conquistando felicidade e progresso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
O adulto tenta ser natural, embora sempre com um pezinho atrás.
O adolescente, quando não descontraído, é quem mais se encolhe.
As crianças, de modo geral, aceitam melhor e se adaptam.
Enfim, a grande maioria de nós, sempre que levados a determinadas mudanças de rumo, nos sentimos como quem fica sem chão.
Hábitos, costumes, pessoas e situações diferenciadas nos deixam arredios e desconfiados.
Isso não deveria acontecer com tanta frequência, porque somos seres sociais.
No entanto, ao chegarmos a novo bairro, cidade, Estado ou país, nos sentimos verdadeiros ETs.
Elegemos uma espécie de solidão, um escudo invisível para evitarmos aproximações.
Quase nunca nos questionamos sobre essa situação, não buscamos o porquê da tal sensação.
Medo? Insegurança?
O que move nosso interior?
Recentemente, nos encontrávamos em um grupo de vinte pessoas, quando se aproximou uma jovem senhora, bastante retraída, a princípio.
Participávamos de estudo evangélico, que deveria se iniciar em poucos minutos.
Fomos ao seu encontro, demos-lhe as boas vindas, e a convidamos a sentar-se.
Ela olhou para todas, timidamente, cumprimentando com a cabeça e, baixando os olhos, sentou-se ao nosso lado.
Estava ainda silenciosa quando lhe perguntamos o nome e a apresentamos.
Falou pouco durante o tempo em que ali estivemos, mas buscamos familiarizá-la ao ambiente.
Ficou feliz, e disse que não se adaptara ainda à cidade.
Havia sido transferida por motivo profissional, há poucos dias.
Passando em frente ao local, fora atraída por alguns painéis, resolvendo entrar.
Nos dias seguintes, continuou a vir e as amizades foram se concretizando.
Com o tempo, tornou-se excelente companheira de estudos e de voluntariado.
Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu constatar a importância de sermos solidários com quem se sente solitário.
Neste mundo, podemos escolher entre nos afundarmos em solidão ou nos aproximarmos das pessoas para convivermos.
Não esquecer que fomos feitos para viver em sociedade.
A nossa realidade, nos mais variados ramos da vida, nos faz totalmente dependentes uns dos outros, o que favorece a aproximação.
Embora a timidez nos leve a determinadas situações, busquemos vencê-la e sejamos os primeiros a procurar o outro.
Não esperemos ser notados para obtermos um pouco de atenção, e termos alguém interessado em nos ouvir.
É muito fácil e importante perceber que se desejamos que as pessoas se aproximem, nós devemos tentar o passo inicial.
Quando aprendemos a olhar o mundo com certa abertura de espírito e compreendemos o valor da solidariedade, tudo muda ao nosso redor.
Busquemos confraternizar, nos aproximar dos que nos cercam, oferecendo nossa presença, nossa amizade.
Jesus nos ama sem limites, e prossegue, como sempre, de braços abertos.
Sigamos o Seu exemplo.
Observemos com atenção as possíveis necessidades dos que se nos aproximam, ajudando como pudermos.
Sejamos solidários, projectando luz, paz, alegria, conquistando felicidade e progresso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Diante do Cristo
Com imensa alegria fomos visitados, na noite de 8 de dezembro de 1955, por novo mensageiro da Espiritualidade Superior.
Esse mensageiro foi o Dr. Alexandre Melo Morais (Espírito) que, controlando as possibilidades mediúnicas, pronunciou a brilhante alocução que prazerosamente reproduzimos neste capítulo.
Diante do Cristo encontra-se o homem à frente da luz do mundo.
Antes dele, embora a ciência de Hermes, a filosofia de Sócrates e a religião de Buda, que lhe foram excelsos mensageiros, a vida no mundo era a absoluta dominação da conquista.
Tenebrosa noite envolvendo o sentimento, rios de sangue afogando a celebração...
Ei-lo, no entanto, que se manifesta no trono da humildade, convidando as Nações à glória da sabedoria e do amor..
Seu programa divino, a espelhar-se no Evangelho que lhe reúne as boas-novas da salvação, preconiza a fraternidade ao invés do egoísmo, a renúncia edificante em vez da posse inútil, o perdão em lugar da vingança, o trabalho com a supressão da inércia, a liberdade, com o olvido da escravidão, e o auxílio à felicidade dos outros, como garantia da própria felicidade.
Defendendo-lhe o código de luz, de Tibério a Diocleciano, milhares e milhares de criaturas sofrem a flagelação e a morte no decurso de quase trezentos anos.
Além disso, desde a conversão de Constantino, em 312, até a morte de Isaac II, em 1204, do ocidente ao oriente todas as gerações de príncipes e guerreiros senhorearam a casta dos sacerdotes, oprimindo as lições do Senhor.
E desde a perseguição ordenada por Inocêncio III contra os albigenses, em 1209, até a Revolução Francesa, a casta dos sacerdotes, através de todos os processos da imposição inquisitorial, senhoreou as gerações de príncipes e guerreiros, deturpando os ensinamentos do Divino Enviado.
Durante quinze séculos sucessivos, os religiosos e os políticos, com justas excepções, empenharam-se ao dogmatismo e à violência, à crueldade e à devassidão, à vindita e ao banditismo coroado.
Eis, porém, que, na actualidade, com a evolução do Direito, acalentado ao sol dos princípios cristãos, culminando na extinção do cativeiro organizado, no seio de todos os povos cultos da Terra, temos no Espiritismo o Cristianismo renascente, concitando-nos, de novo, ao reinado do amor e da sabedoria.
Qual aconteceu ao próprio Evangelho, a Doutrina que o revive nasce sem guerras de sangue e lágrimas. . .
A fonte da Verdade e do Bem sulca o terreno moral do mundo, ao alcance de ignorantes e sábios, felizes e infelizes, justos e injustos.
Até ontem, à face da aventura política dominando tribunais e escolas, casernas e santuários, era de todo impraticável a experiência cristã na vida individual.
Hoje, entretanto, com o avanço da ideia religiosa que nos cabe preservar nobre e livre, pela dignificação e excelência de nossa conduta, conseguimos empreender o nosso reencontro com Jesus, elegendo-o Mestre incomparável de nossos destinos, podendo reverenciá-Lo cada dia em nosso próprio espírito, repetindo a antiga saudação dos primeiros seguidores da Boa-Nova – “Salve Cristo!” - não mais com o objectivo de empunhar, de imediato, a palma do martírio e da morte, mas, a fim de viver e servir com, o nosso Mestre e Senhor para a eternidade...
§.§.§- Ave sem Ninho
Esse mensageiro foi o Dr. Alexandre Melo Morais (Espírito) que, controlando as possibilidades mediúnicas, pronunciou a brilhante alocução que prazerosamente reproduzimos neste capítulo.
Diante do Cristo encontra-se o homem à frente da luz do mundo.
Antes dele, embora a ciência de Hermes, a filosofia de Sócrates e a religião de Buda, que lhe foram excelsos mensageiros, a vida no mundo era a absoluta dominação da conquista.
Tenebrosa noite envolvendo o sentimento, rios de sangue afogando a celebração...
Ei-lo, no entanto, que se manifesta no trono da humildade, convidando as Nações à glória da sabedoria e do amor..
Seu programa divino, a espelhar-se no Evangelho que lhe reúne as boas-novas da salvação, preconiza a fraternidade ao invés do egoísmo, a renúncia edificante em vez da posse inútil, o perdão em lugar da vingança, o trabalho com a supressão da inércia, a liberdade, com o olvido da escravidão, e o auxílio à felicidade dos outros, como garantia da própria felicidade.
Defendendo-lhe o código de luz, de Tibério a Diocleciano, milhares e milhares de criaturas sofrem a flagelação e a morte no decurso de quase trezentos anos.
Além disso, desde a conversão de Constantino, em 312, até a morte de Isaac II, em 1204, do ocidente ao oriente todas as gerações de príncipes e guerreiros senhorearam a casta dos sacerdotes, oprimindo as lições do Senhor.
E desde a perseguição ordenada por Inocêncio III contra os albigenses, em 1209, até a Revolução Francesa, a casta dos sacerdotes, através de todos os processos da imposição inquisitorial, senhoreou as gerações de príncipes e guerreiros, deturpando os ensinamentos do Divino Enviado.
Durante quinze séculos sucessivos, os religiosos e os políticos, com justas excepções, empenharam-se ao dogmatismo e à violência, à crueldade e à devassidão, à vindita e ao banditismo coroado.
Eis, porém, que, na actualidade, com a evolução do Direito, acalentado ao sol dos princípios cristãos, culminando na extinção do cativeiro organizado, no seio de todos os povos cultos da Terra, temos no Espiritismo o Cristianismo renascente, concitando-nos, de novo, ao reinado do amor e da sabedoria.
Qual aconteceu ao próprio Evangelho, a Doutrina que o revive nasce sem guerras de sangue e lágrimas. . .
A fonte da Verdade e do Bem sulca o terreno moral do mundo, ao alcance de ignorantes e sábios, felizes e infelizes, justos e injustos.
Até ontem, à face da aventura política dominando tribunais e escolas, casernas e santuários, era de todo impraticável a experiência cristã na vida individual.
Hoje, entretanto, com o avanço da ideia religiosa que nos cabe preservar nobre e livre, pela dignificação e excelência de nossa conduta, conseguimos empreender o nosso reencontro com Jesus, elegendo-o Mestre incomparável de nossos destinos, podendo reverenciá-Lo cada dia em nosso próprio espírito, repetindo a antiga saudação dos primeiros seguidores da Boa-Nova – “Salve Cristo!” - não mais com o objectivo de empunhar, de imediato, a palma do martírio e da morte, mas, a fim de viver e servir com, o nosso Mestre e Senhor para a eternidade...
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Uma jornada de cura
Debbie tinha apenas dezasseis anos quando seu professor de inglês a sequestrou e lhe tirou a vida.
Sua mãe, Betty, ficou tão deprimida que passou a negligenciar seus outros quatro filhos.
Dia após dia ela amaldiçoava o assassino.
Ele lhe retirara o hálito de vida.
Ele destroçara a vida de uma adolescente risonha e que tecia planos para o futuro.
Nada diminuía a sua dor.
Nem a ausência de qualquer motivo evidente para aquele crime terrível.
Nem a condenação do professor à prisão perpétua.
O ódio a consumia. Começou a ter constantes dores de cabeça e nas costas.
Depois de algum tempo, mal conseguia ficar de pé.
Seis anos se passaram morosos, doloridos.
Até que, no funeral de sua irmã, um trecho da oração dominical a impressionou.
Uma frase, a respeito da qual nunca meditara:
Assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido.
Ela procurou literatura a respeito do perdão.
Talvez encontrasse uma resposta para sua vida.
Foi visitar o túmulo de Debbie.
Pela primeira vez leu com atenção o que estava gravado na lápide:
Do que o mundo precisa agora é de amor.
Logo, Betty estava repetindo em voz alta, como se fosse um mantra: Quero perdoar.
Meses depois, resolveu escrever ao assassino:
Cansei de sentir raiva de você. Posso visitá-lo?
Onze anos depois da morte de sua adorada filha, ela o visitou na prisão.
Disse a ele o que Debbie significava para ela.
O quanto ela sofria.
Ambos acabaram chorando.
Quando deixou a prisão, naquele dia, sentia-se uma pessoa diferente.
Seu coração estava leve.
Ela lançara fora a mágoa e a raiva que tanto a haviam consumido naqueles longos e arrastados anos.
Os amigos, espantados, não conseguiam entender a sua atitude.
A sua resposta era:
O perdão foi o maior presente que dei a mim e aos meus filhos.
Passou a trabalhar como mediadora num programa para vítimas de crimes violentos.
Em paz consigo mesma, afirma que foi uma incrível jornada de cura que salvou a sua vida.
E a jornada se chama perdão.
O perdão substitui sentimentos hostis que destroem a organização física, a paz, por sentimentos positivos que fazem o corpo se acalmar, relaxar, melhorando a saúde.
Agarrar-se a um ressentimento por meses ou anos significa assumir um compromisso com a raiva.
O perdão pode ser um poderoso antídoto contra a raiva.
Quem se permite consumir pela raiva faz ligações perigosas com a hipertensão crónica e tem aumentado o risco de doenças cardíacas.
Além de acarretar benefícios emocionais, purgar a raiva pode ajudar a curar parte do que nos aflige fisicamente.
O simples facto de pensar em solucionar uma mágoa já pode ajudar.
Vale a pena perdoar!
É uma questão de desejar o bem para si mesmo.
Se não conseguirmos perdoar totalmente, o facto de não estar fervendo de raiva, nem planeando vingança, é um bom começo.
De toda forma, o perdão é poderoso. Embora não possa mudar o passado, o fato de confrontar problemas não resolvidos e as pessoas por trás deles, pode conduzir a um futuro mais saudável e feliz.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base no artigo O poder do perdão, de Lisa Collier Cool, de Selecções Reader’s Digest, de junho/2004.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sua mãe, Betty, ficou tão deprimida que passou a negligenciar seus outros quatro filhos.
Dia após dia ela amaldiçoava o assassino.
Ele lhe retirara o hálito de vida.
Ele destroçara a vida de uma adolescente risonha e que tecia planos para o futuro.
Nada diminuía a sua dor.
Nem a ausência de qualquer motivo evidente para aquele crime terrível.
Nem a condenação do professor à prisão perpétua.
O ódio a consumia. Começou a ter constantes dores de cabeça e nas costas.
Depois de algum tempo, mal conseguia ficar de pé.
Seis anos se passaram morosos, doloridos.
Até que, no funeral de sua irmã, um trecho da oração dominical a impressionou.
Uma frase, a respeito da qual nunca meditara:
Assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido.
Ela procurou literatura a respeito do perdão.
Talvez encontrasse uma resposta para sua vida.
Foi visitar o túmulo de Debbie.
Pela primeira vez leu com atenção o que estava gravado na lápide:
Do que o mundo precisa agora é de amor.
Logo, Betty estava repetindo em voz alta, como se fosse um mantra: Quero perdoar.
Meses depois, resolveu escrever ao assassino:
Cansei de sentir raiva de você. Posso visitá-lo?
Onze anos depois da morte de sua adorada filha, ela o visitou na prisão.
Disse a ele o que Debbie significava para ela.
O quanto ela sofria.
Ambos acabaram chorando.
Quando deixou a prisão, naquele dia, sentia-se uma pessoa diferente.
Seu coração estava leve.
Ela lançara fora a mágoa e a raiva que tanto a haviam consumido naqueles longos e arrastados anos.
Os amigos, espantados, não conseguiam entender a sua atitude.
A sua resposta era:
O perdão foi o maior presente que dei a mim e aos meus filhos.
Passou a trabalhar como mediadora num programa para vítimas de crimes violentos.
Em paz consigo mesma, afirma que foi uma incrível jornada de cura que salvou a sua vida.
E a jornada se chama perdão.
O perdão substitui sentimentos hostis que destroem a organização física, a paz, por sentimentos positivos que fazem o corpo se acalmar, relaxar, melhorando a saúde.
Agarrar-se a um ressentimento por meses ou anos significa assumir um compromisso com a raiva.
O perdão pode ser um poderoso antídoto contra a raiva.
Quem se permite consumir pela raiva faz ligações perigosas com a hipertensão crónica e tem aumentado o risco de doenças cardíacas.
Além de acarretar benefícios emocionais, purgar a raiva pode ajudar a curar parte do que nos aflige fisicamente.
O simples facto de pensar em solucionar uma mágoa já pode ajudar.
Vale a pena perdoar!
É uma questão de desejar o bem para si mesmo.
Se não conseguirmos perdoar totalmente, o facto de não estar fervendo de raiva, nem planeando vingança, é um bom começo.
De toda forma, o perdão é poderoso. Embora não possa mudar o passado, o fato de confrontar problemas não resolvidos e as pessoas por trás deles, pode conduzir a um futuro mais saudável e feliz.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base no artigo O poder do perdão, de Lisa Collier Cool, de Selecções Reader’s Digest, de junho/2004.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Amor sem fim
Vivemos o Terceiro Milénio.
Anunciado e intensamente aguardado.
Mas, como estamos vivendo estes dias?
As redes sociais se tornaram as extravasadoras de manifestações de afecto.
As pessoas desejam que todos saibam que elas amam demais a Fulano ou Beltrana.
Declarações como: Encontrei o grande amor da minha vida.
Viverei ao seu lado, eternamente, são frases escritas, gravadas, que emocionam.
No entanto, quando olhamos para os nossos idosos, nos surpreendemos pelo abandono e descaso que muitos deles ainda padecem.
Basta que visitemos um lar de idosos e encontraremos dezenas deles que aguardam, ansiosamente, a cada dia, a cada data especial, a visita do filho, da filha... que nunca vem.
No dia das mães, no dia dos pais, no dia do seu aniversário, Natal, Ano Novo, eles se vestem com o que têm de melhor.
Colocam perfume, arrumam o cabelo e fixam os olhos no portão de entrada.
A qualquer momento, dizem, o filho amado entrará por ali e os virá abraçar.
Ano após ano a esperança persiste.
Até que a chama interior morre e eles fenecem, roídos pela saudade e amortalhados pela enfermidade que os abraça.
Doença, muitas vezes, desencadeada pela dor do abandono, o carinho sempre esperado e nunca sentido.
Por isso, quando somos pródigos nas nossas declarações de amor é bom nos perguntarmos:
Amo verdadeiramente essa pessoa?
Ou somente a digo amar porque ela é útil para mim?
Porque ela atende os meus desejos, antes mesmo de eu os expressar?
Ela é alguém que está sempre a postos quando preciso, me oferecendo o ombro para chorar, o braço para servir de apoio, a mão para me conduzir no rumo das minhas conquistas.
Pensemos: Quando a utilidade dessa pessoa acabar, eu ainda a amarei?
Meu amor é verdadeiro ou somente tem a sazonalidade do me servir, aqui e agora?
Se essa pessoa deixar de ser útil, se sofrer algum problema físico, eu ficarei ao seu lado?
Continuarei amando e então serei eu a lhe ser útil, até o final dos seus dias?
E quando ela se for, ainda haverei de sentir a sua falta?
Falta da sua presença física?
Falta de ter a quem alimentar, a quem deverei levar para tomar sol, acomodar as almofadas, levar a passeio na cadeira de rodas, limpar a face, vestir, dar o remédio nas horas certas...
Se tivermos essa capacidade de ficar ao lado de quem já não pode nos servir, nos oferecer algo em troca; se tivermos esse desejo de amar mesmo que o outro nada mais nos possa dar, então nosso amor é verdadeiro.
E, felizmente, existem desses amores verdadeiros.
Esposos enfermos, idosos, pais e mães que somaram muitos anos, e continuam a ser amados.
Lembramos de Gamaliel, o mestre do apóstolo Paulo.
Idoso, ele se retirara para um oásis de propriedade de seu irmão Ezequias, onde lia e meditava interminavelmente sobre os textos do Evangelista Mateus.
Abandonara as práticas religiosas do judaísmo, e a família, embora não o entendesse, o tratava com muito amor.
O diagnóstico médico afirmava que padecia de singular astenia orgânica, que lhe consumia as últimas forças vitais.
Respeitado, amado, atendido.
Oxalá amemos concretamente e possamos adentrar a velhice ao lado de quem igualmente nos ame, não por nossa utilidade em sua vida, mas por nós mesmos.
Momento Espírita, com dados do cap. 26, do livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. FEP.
§.§.§- Ave sem Ninho
Anunciado e intensamente aguardado.
Mas, como estamos vivendo estes dias?
As redes sociais se tornaram as extravasadoras de manifestações de afecto.
As pessoas desejam que todos saibam que elas amam demais a Fulano ou Beltrana.
Declarações como: Encontrei o grande amor da minha vida.
Viverei ao seu lado, eternamente, são frases escritas, gravadas, que emocionam.
No entanto, quando olhamos para os nossos idosos, nos surpreendemos pelo abandono e descaso que muitos deles ainda padecem.
Basta que visitemos um lar de idosos e encontraremos dezenas deles que aguardam, ansiosamente, a cada dia, a cada data especial, a visita do filho, da filha... que nunca vem.
No dia das mães, no dia dos pais, no dia do seu aniversário, Natal, Ano Novo, eles se vestem com o que têm de melhor.
Colocam perfume, arrumam o cabelo e fixam os olhos no portão de entrada.
A qualquer momento, dizem, o filho amado entrará por ali e os virá abraçar.
Ano após ano a esperança persiste.
Até que a chama interior morre e eles fenecem, roídos pela saudade e amortalhados pela enfermidade que os abraça.
Doença, muitas vezes, desencadeada pela dor do abandono, o carinho sempre esperado e nunca sentido.
Por isso, quando somos pródigos nas nossas declarações de amor é bom nos perguntarmos:
Amo verdadeiramente essa pessoa?
Ou somente a digo amar porque ela é útil para mim?
Porque ela atende os meus desejos, antes mesmo de eu os expressar?
Ela é alguém que está sempre a postos quando preciso, me oferecendo o ombro para chorar, o braço para servir de apoio, a mão para me conduzir no rumo das minhas conquistas.
Pensemos: Quando a utilidade dessa pessoa acabar, eu ainda a amarei?
Meu amor é verdadeiro ou somente tem a sazonalidade do me servir, aqui e agora?
Se essa pessoa deixar de ser útil, se sofrer algum problema físico, eu ficarei ao seu lado?
Continuarei amando e então serei eu a lhe ser útil, até o final dos seus dias?
E quando ela se for, ainda haverei de sentir a sua falta?
Falta da sua presença física?
Falta de ter a quem alimentar, a quem deverei levar para tomar sol, acomodar as almofadas, levar a passeio na cadeira de rodas, limpar a face, vestir, dar o remédio nas horas certas...
Se tivermos essa capacidade de ficar ao lado de quem já não pode nos servir, nos oferecer algo em troca; se tivermos esse desejo de amar mesmo que o outro nada mais nos possa dar, então nosso amor é verdadeiro.
E, felizmente, existem desses amores verdadeiros.
Esposos enfermos, idosos, pais e mães que somaram muitos anos, e continuam a ser amados.
Lembramos de Gamaliel, o mestre do apóstolo Paulo.
Idoso, ele se retirara para um oásis de propriedade de seu irmão Ezequias, onde lia e meditava interminavelmente sobre os textos do Evangelista Mateus.
Abandonara as práticas religiosas do judaísmo, e a família, embora não o entendesse, o tratava com muito amor.
O diagnóstico médico afirmava que padecia de singular astenia orgânica, que lhe consumia as últimas forças vitais.
Respeitado, amado, atendido.
Oxalá amemos concretamente e possamos adentrar a velhice ao lado de quem igualmente nos ame, não por nossa utilidade em sua vida, mas por nós mesmos.
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