LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Críticas aos “Cépticos”

Página 7 de 11 Anterior  1, 2, 3 ... 6, 7, 8, 9, 10, 11  Seguinte

Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 26, 2013 10:35 pm

Continua...

Não obstante, pode-se desculpar aos cépticos se a matéria se detém aí, bem como no passado se fundou em Inglaterra a Society for Psychical Research.

Nos últimos cem anos e especialmente nos últimos cinquenta, observamos no laboratório a percepção extra-sensorial de símbolos em cartas e imagens ocultas a distância e de pensamentos existentes só na consciência de alguém.

Detectamos a PES em pessoas em estado de vigília, ou em transe hipnótico ou dissociado, em estado de Ganzfeld, ou em sonhos.

Encontramos evidências da PES sem distinção de sexo, idade, inteligência, raça ou saúde mental.

Teve mais de mil experimentos publicados em publicações especializadas alguns deles tão cuidadosamente realizados como sendo ridiculamente meticulosos
(Honorton, 1987; McConnell, 1983b; McConnell & Clark, 1987).

Demonstrou-se por meta-análises nos últimos cinco anos que todas as pontuações exitosas nos experimentos psi não podem ser explicados pela selecção de resultados favoráveis para sua publicação e que o sucesso está estatisticamente desconectado da qualidade do experimento.

Tomados em forma separada, qualquer observação da PES pode contribuir pouco à prova definitiva.
Tomados juntos, a totalidade das observações é, a meu juízo, contundente.

Creio que chegará o dia em que, olhando para atrás, os historiadores se perguntem, como poderiam os cientistas do século XX ter sido tão cegos para recusar a psi?

PROBABILIDADES CONTRA BALANCEADAS
Uma questão crucial é, por suposto, como pode uma multidão de observações desconectadas umas de outras ser combinadas como para dizer se psi se manifesta?

Faz muitos anos esbocei uma resposta conceitual a esta pergunta (McConnell, 1977).
Minhas ideias não foram particularmente originais, mas foram cuidadosamente organizadas, e nunca foram debatidas.

Minha linha de argumentação brevemente resumida é que para decidir se um fenómeno como a PES é real, alguém deve formular subjectivamente, comparar e eleger entre duas possibilidades independentemente opostas, uma das quais parecem dizer que a PES existe, enquanto outra a nega.

Para cada uma das observações de um suposto fenómeno psíquico como a PES devemos estimar uma probabilidade subjectiva de que a observação foi o resultado da casualidade e/ou um erro de observação.

De acordo a esta suposição, devemos pôr a um lado todas as crenças quanto a que seja ou não seja a PES o que se manifesta.

Para um laboratório experimental esta probabilidade contra-explicativa subjectiva (PCES) pode ser considerada como a probabilidade aleatória comum de hipótese nula, mais do que probabilidades estimadas de fraude ou erros involuntários qualquer tipo.

Por exemplo, se julgamos um experimento que foi bem feito por um experimentador confiável, podemos chegar a uma PCES tão extensa como um em dez, ainda pensando que a probabilidade aleatória calculada foi tão pequena como um em dez mil.

Por isto, uma probabilidade contra-explicativa de um em dez por um experimento único não é de grande interesse.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 26, 2013 10:35 pm

Continua...

No entanto, quando tais probabilidades são multiplicadas juntas por observações todas independentes, a resultante sobre toda probabilidade subjectiva pode ser sumamente de pouco valor.

Esta probabilidade que inclui tudo, poderia ser considerada como uma aposta desigual alternativa que favorece à PES baseada em toda evidência directa.

Esta é a primeira das duas probabilidades que devem ser provadas uma contra outra.

Por suposto, ademais se deve tomar em consideração a evidência indirecta.

Isto pode ser representado por uma segunda probabilidade, a "probabilidade subjectiva antecedente" (PSA), isto é, que a PES poderia ser um fenómeno real.

Esta segunda probabilidade é anterior no sentido de que está derivado de uma experiência e crença generalizada, incluindo a exposição de um às opiniões dos outros, mais do que o estudo pós-hoc do fenómeno.

Entre a gente culta de nossa sociedade, a probabilidade antecedente da PES é, por regra geral, absolutamente pequena, porque está baseada em duas coisas:
(1) as opiniões geralmente adversas dos cientistas que não estudaram em sua maioria a evidência (McConnell & Clark, 1991), e[/i][b] (2) as especulações a respeito da natureza da PES que não estão sustentadas pela evidência experimental.

Caso se adopte uma opinião negativa entre os cientistas e caso se tenha expectativas fantasiosas de como se manifesta a PES se chega a ocorrer, alguém pode reivindicar uma probabilidade subjectiva antecedente desvanecida pela realidade da PES.

Isto poderia considerar-se como uma aposta alternativa desigual contra a PES baseada numa evidência indirecta.

Por comparação, a probabilidade subjectiva contra-explicativa e a probabilidade subjectiva antecedente, podem formular-se como uma decisão subjectiva quanto à realidade da PES.

Esta não é uma decisão lógica, senão bem mais o critério prático do que cada um faz todos os dias em nossas vidas.

Quero enfatizar que a pressão desta probabilidade contra-balanceada é algo que nós fazemos cada vez que elegemos qualquer acção e que nossa sorte e nossas vidas com frequência dependem disso.

Pelo contrário, só os teólogos e matemáticos dependem de provas lógicas e suas conclusões implicam sempre a origem de suas especulações.

Este é um facto raro que muito poucos cientistas competentes utilizaram:
a probabilidade contra-balanceada próxima à parapsicologia.

É estranho porque só a existência destas duas pequenas probabilidades contraditórias merecem ser atendidas.

Se um exame fora amplamente compreendido usando os princípios précitados, creio que os cientistas geralmente encontrariam a si mesmos de acordo, de que ambas, tanto a PES como a PK, foram demonstradas dentro da estrutura tecnológica da ciência Ocidental.

Não podemos esperar que os cientistas cépticos se sentem e estimem numericamente probabilidades intuitivas.

Não é esta a forma do trabalho científico. O que se poderia esperar é que todos os verdadeiros cientistas considerariam à parapsicologia com mente aberta, tendo em vista o facto que não sabemos nada a respeito da consciência como uma propriedade da matéria física, e que a mecânica quântica está ensinando-nos que não podemos confiar na intuição para dizer-nos os limites da realidade.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 27, 2013 9:15 pm

Continua...

Ademais, esperaria dos verdadeiros cientistas negar um critério sobre as impressões as quais poderiam ter tirado vantagem de extremos tais como o Professor McConnell e os líderes do CSICOP.

Isto é em grande parte o que podemos esperar de todos os cientistas.

Minha esperança para a maioria dos poucos cientistas que se perguntaram com curiosidade a respeito do papel da consciência no universo, e não estão abrumados pela necessidade de publicar ou perecer em sua própria especialidade, e que foram competentes em física elementar, psicologia e estatísticas.

Tenho a esperança de que estes poucos cientistas observariam primeiro a cuidadosa selecção de relatórios originais numa rápida revisão das publicações parapsicológicas e então motivados por suas apreensivas imaginações, observariam o extenso campo da evidência, e tempo depois formar um juízo subjectivo relacionado com a provável realidade do fenómeno psi [3].

Este é o método de avaliação que utilizei faz quarenta anos atrás quando apostei minha carreira profissional na proposta de que, além de toda dúvida razoável, o fenómeno psi existe.

INVESTIGAÇÃO PURA CONTRA INVESTIGAÇÃO APLICADA
Prometi anteriormente discutir a relativa necessidade da investigação pura e aplicada em parapsicologia.

Permitam-me dizer para começar que não me oponho a procurar as aplicações práticas imediatas de psi.

A questão é a importante relação destes dois tipos de investigação e sua inter-relação. Para aclarar esta apresentação, me permitam voltar a outro tema.

Antes que aparecesse a ciência da Química, os médicos durante milhares de anos praticavam a medicina com certo grau de sucesso.

Não obstante, o que sucedeu no último século neste campo tem diminuído em importância todo o anterior, singelamente porque a experimentação básica nos deu um entendimento da ciência.

Uma situação comparável existe com respeito aos fenómenos psíquicos.
Através dos tempos, os sujeitos psíquicos ofereceram inspiração e assistência prática aos seres humanos.

No entanto, depois de milénios de aplicação de psi, não sabemos nada a respeito destes fenómenos além de sua existência.

Ademais, os ensinos éticos de Cristo e outros célebres psíquicos não são em absoluto, tidos em conta pela elite governamental do Ocidente baseado nas numerosas contradições das religiões e sua falta de base científica.

A necessidade de compreender melhor a natureza do homem não foi nunca maior que hoje em dia, mas, se cremos que a busca directa de um benefício clínico do efeito psi nos dirigirá a um controle confiável e à aceitação cultural, penso que estamos enganando a nós mesmos.

A busca da aplicação de psi pode, no entanto, ser útil se assinalar o caminho para a investigação básica.

Não obstante, se isto é levado a cabo como uma disciplina na tradição da ciência Ocidental, poderia produzir certo nível de entendimento empírico.

Mesmo assim, a investigação empírica como força bruta em ciência é reconhecida como incerta e dolorosamente lenta.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 27, 2013 9:16 pm

Continua...

ESPECULAÇÕES
Para finalizar, darei minha própria visão do papel da parapsicologia experimental tal como poderia influir no futuro.

Limitarei-me principalmente ao tema da cura e a saúde.

Do estudo da literatura chega a ser evidente para mim faz cerca de uma década atrás, que a consciência pode influir o corpo através da PK.

Para alguns parapsicólogos isto foi evidente por muito tempo enquanto para outros não foi evidente em absoluto.

Ademais, não só pode cada um de nós influir sobre nosso próprio corpo desta forma, senão que algumas pessoas que têm um dom especial para a cura podem influir em forma significativa o corpo de outra pessoa directamente pela oração, ou sugestão ou qualquer outro termo com o que você queira denominá-lo.

Para terminar, oferecerei seis especulações de cuja veracidade estou mais ou menos convicto, e que poderiam chegar a ser verificados depois de uma maior investigação.

1- Estou convicto pelos experimentos publicados na literatura, que a psicocinésia é a essência da hipnose, e o que os teólogos chamam "oração" é actualmente a PK (McConnell, 1983a, pp.154-177).

2- Não tenho dúvida que no futuro, bem como hoje, umas poucas pessoas fazendo uso da PK experimentarão dramáticas curas por eles mesmos ou com a ajuda de outros, mas a prova do efeito placebo sugere que estes efeitos benéficos só serão aproveitados por acaso e será assim somente para uma minoria, a não ser que obtenhamos um entendimento básico da ciência dos fenómenos mentais subjacentes.

3- Suponho que a cura por auto-hipnose é um processo normal, mas que a cura de outra pessoa por hipnose, como a "imposição de mãos" sem contacto, é anormal num sentido evolutivo.

No mesmo caminho, deduzo que um dos desafios para o futuro da parapsicologia seria desenvolver técnicas pelas quais cada um de nós possa aceitar tais influências psicocinéticas externas como desejemos e possamos recusar ou defender-nos nós mesmos contra intenções daninhas de terceiros.

4- Desde que acredito na realidade da PK, penso quase com certeza que há um componente psi que os cientistas ortodoxos prudentemente o chamam "medicina da conduta".

A Psico-neuro-inunologia tem algo a ver com o mecanismo mente-cérebro da cura. O acompanhante da inter-relação consciência-cérebro é de importância para a parapsicologia (Braud, 1990; McConnell, 1987b, 1987c).

5- Recomendaria que consideremos a possibilidade da importância técnica da parapsicologia deriva do facto de que está dedicado ao estudo da psicocinese e a PES fora do corpo, onde alguém pode esperar separar as variáveis e realizar experimentos simples.

Para descobrir a natureza científica de psi que ocorre dentro do corpo humano.

6- E finalmente, não estou só quando espero que o grande benefício social algum dia sobrevirá por parte dos parapsicólogos: quem somos?
Nossos limites individuais se estendem em algum lugar além de nossa pele?
Como nos relacionaremos com nossos semelhantes que relacionando-nos uns com os outros?


Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 27, 2013 9:16 pm

Continua...

NOTAS
1- Conferência convidada à 33ra. Convenção Anual da Parapsychological Association (PA) realizada em Chevy Chase, Maryland, a 18 de Agosto de 1990.

É uma amostra das condições pré-paradigmáticas no campo da parapsicologia que imediatamente depois de sua deliberação oral este relatório foi entusiasticamente aceitado para sua publicação pelo editor do Journal of Parapsychology, mas depois de uma consulta com seus colegas, decidiu-se que a palavra "inimigo" é "demasiado dura para uma publicação científica" e se mudaria o título e o texto.

Este relatório está publicado tal como foi lido, com o agregado de notas a pé de página e referências.

2- McConnell, 1987a.
O recente estudo realizado pelo National Research Council (Capítulo 9 em Druckman e Swets, 1988) foi um amplo relatório de dois membros do Conselho Directivo do CSICOP.
Ver Palmer, Honorton e Utts (1989) e McConnell e Clark (1991).

3- Alguns trabalhos parapsicológicos publicados desde 1980 que seria de interesse para os cientistas cépticos são:
Alcock (1987); Braud (1990); Braud e Schlitz (1990); Dunne, Nelson e Jahn (1988); Honorton (1985, 1987); Honorton et ao.(1989); Honorton e Ferrari (1989); Honorton, Ferrari e Bem (1990); Hyman e Honorton (1986); Jahn (1982); Jahn e Dunne (1986); May, Humprhey e Hubbard (1980); McConnell (1983b, 1989); McConnell e Clark (1987, 1990); Radin e Ferrari (1990); Radin e Nelson (1989); Rao e Palmer (1987); Schlitz e Gruber (1980, 1981); Schmidt (1981); Schmidt, Morris, and Rudolph (1986).

Included here are papers by Alcock and Hyman, two of the most virulent critics of parapsychology in modem times.

Papers listed with an asterisk after the date are meta-analyses especially useful for surveying the field. Regarding meta-analyses in geral, see Rosenthal (1986).

Another 24 papers of substantial evidential significance published between 1965 and 1979 have been listed by McConnell
(1983a, pp. 311-323).

REFERÊNCIAS

Alcock, J. E. (1987). Parapsychology: Science of the anomalous or search for the soul? Behavioral and Brain Sciences, 10, 553-565.
Braud, W. G. (1990). Distant mental influence on rate of hemolysis of human red blood cells. Journal of the American Societyfor Psychical Research, 84, 1-24.

Braud, W. G., & Schlitz, M. (1989). A methodology for the objective study of transpersonal imagery. Journal of Scientiftc Exploration, 3, 43-63.

Druckman, D., & Swets, J. A. (Eds.) (1988). Enhancing Human Performance. Washington, D.C.: National Academy Press.
Dunne, B. J., Nelson, R. D., & Jahn, R. G. (1988). Operator-related anomalies in a random mechanical cascade. Journal of Scientific Exploration, 2, 155-179.

Honorton, C. (1985). Meta-analysis of psi Ganzfeld research: A response to Hyman. Journal of Parapsychology, 49, 51-91.
Honorton, C. (1987). Precognition and real-time ESP performance in a computer task with an exceptional subject. Journal of Parapsychology, 51, 291-320.

Honorton, C., Berger, R. E., Varvoglis, M. P., Quant, M., Derr, P., Schechter, E. I., & Ferrari, D. C. (1990). Psi conununication in the Ganzfeld: Experiments with an automated testing system and a comparison with a meta-analysis of earlier studies. Journal of Parapsychology (in press).

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 27, 2013 9:16 pm

Continua...

Honorton, C., & Ferrari, D. C. (1989). "Future telling": A meta-analysis of forced-choice precognition experiments, 1935-1987. Journal of Parapsychology, 53, 281-308.

Honorton, C., Ferrari, D. C., Bem, D. (1990). Extraversion and ESP performance: A meta-analysis and a new confirmation. Proceedings of the Presented Papers of the Parapsychological Association 33rd. Annual Convention (pp.136-170).

Hyrnan, R., & Honorton, C. (1986). A joint communique: The psi Ganzfeld controversy. Journal of Parapsychology, 50,351-364.
Jahn, R. G. (1982). The persistent paradox of psychic phenomena: An engineering perspective. Proceedings of the Institute of Electrical and Electronics Engineers, 70, 136-170.

Jahn, R. G., & Dunne, B. J. (1986). On the quantum mechanics of consciousness, with application to anomalous phenomena. Foundations of Physics, 16, 721-772.

May, E. C., Humphrey, B. S., & Hubbard, G. S. (1980). Electronic System Perturbation Techniques. (Final Report, 30 September 1980). Menlo Park, California: SRI International.

McConnell, R. A. (1977). The resolution of conflicting beliefs about the ESP evidence. Journal of Parapsychology, 41, 198-214. (Reimpreso como el Capítulo 16 en R. A. McConnell [Ed.) Encounters with Parapsychology. Pittsburgh, PA: Editor, 1982.)

McConnell, R. A. (1983a). Introduction to Parapsychology in the Context of Science. Pittsburgh, PA: Author.
McConnell, R. A. (1983b). Wishing with dice revisited. En R. A. McConnell (Ed.), Parapsychology and Self-Deception in Science (pp. 29-53). Pittsburgh, PA: Editor.

McConnell, R. A. (1987a). Forces of darkness. En R. A. McConnell (Ed.), Parapsychology in Retrospect: My Search for the Unicorn (pp. 180-206). Pittsburgh, PA: Editor.

McConnell, R. A. (1987b). Unintended psychokinesis. En R. A. McConnell (Ed.), Parapsychology in Retrospect: My Search for the Unicorn (pp. 95-105). Pittsburgh, PA: Editor.

McConnell, R. A. (1987c). Self-psychokinesis. En R. A. McConnell (Ed.) Parapsychology in Retrospect:My Search for the Unicorn (pp. 106-121). Pittsburgh, PA: Editor.

McConnell, R. A. (1989). Psychokinetic data structure. Journal of the American Society for Psychical Research, 83, 217-226.
McConnell, R. A., & Clark, T.K. (1991). National Academy of Sciences opinion on parapsychology. Journal of the American Society for Psychical Research, (in press).

Palmer, J.A., Honorton, C., & Utts, J. (1989). Reply to the National Research Council study on parapsychology. Journal of the American Society for Psychical Research, 83, 31-49.

Radin, D. 1. (1988). Effects of a priori probability on psi perception: Does precognition predict actual or probable futures? Journal of Parapsychology, 52, 187-212.

Radin, D. I. (1990). Testing the plausibility of psi-mediated computer system failures. Journal of Parapsychology, 54, 1-20.
Radin, D. I., & Ferrari, D. C. (1990). Effects of consciousness on the fall of dice: A meta-analysis. Proceedings of the Presented Papers of the Parapsychological Association 33rd Annual Convention, (pp. 256-272).

Radin, D. I., & Nelson, R. D., (1989). Evidence for consciousness-related anomalies in random physical systems. Foundations of Physics, 19, 1499-1514.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 27, 2013 9:17 pm

Continua...

Radin, D. & Utts, J. (1989). Experiments investigating the influence of intention on random and pseudo-random events. Journal of Scientific Exploration, 3, 65-79.

Rao, K. R., & Palmer, J. (1987). The anomaly called psi: Recent research and criticism. Behavioral and Brain Sciences, 10, 539-551.
Rosenthal, Robert (1986). Meta-analytic procedures and the nature of replication: The Ganzfeld debate. Journal of Parapsychology, 50, 315-336.

Schlitz, M. & Gruber, E. (1980). Transcontinental remote viewing. Journal of Parapsychology, 44, 305-317.
Schlitz, M. & Gruber, E. (1981). Transcontinental remote viewing: A rejudging. Journal of Parapsychology, 45, 233-237.

Schmidt, H. (1981). PK tests with pre-recorded and preinspected seed numbers. Journal of Parapsychology, 45, 87-98.
Schmidt, H. (1985). Addition effects for PK on prerecorded targets. Journal of Parapsychology, 49, 229-244.

Schmidt, H., Morris, R., & Rudolph, L. (1986). Channeling evidence for a PK effect to independent observers. Journal of Parapsychology, 50, 1-15.

Artigo disponível em http:www.alipsi.com.arpublicaciones_articulo.asp?id_articulo=58

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 28, 2013 8:46 pm

Implicações filosóficas dos estudos parapsicológicos (1)
John Beloff *
Anos atrás, fui convidado por um editor londrino a escrever uma breve história da parapsicologia (Beloff, 1993).

Neste livro, tentei delinear a evolução de nossa disciplina desde a época do mesmerismo e inclusive ainda antes, até a actualidade.

Sempre tive presente que isto não seria uma tarefa fácil, mas essa dificuldade não foi somente quanto a seu aspecto prático, tratando de condensar um grande número de factos numa narração que pudesse ser compreensível, senão que, o verdadeiro desafio, foi como manter o interesse dos leitores sobre uma história que não pode ser apresentada como uma sucessão de factos históricos exitosos como quem tentaria fazer se fora a escrever a história de qualquer das ciências convencionais.

No entanto, dizendo isto, não estou minimizando os esforços dos pesquisadores, pelo contrário, sua dedicação à ciência enfrentando toda classe de obstáculos pode ser descrita como heróica.

Mas em relação aos três principais critérios de sucesso na ciência convencional:
conhecimento teórico, aplicação prática e prestígio intelectual, não se pode pretender que a parapsicologia (ou investigação psíquica; utilizarei estes termos de maneira recíproca) tenha-os comprovado até agora por si mesma.

Deste modo, deveríamos considerá-los como nossa primeira lição de história: essa lição é a humildade.

A dura verdade que temos que enfrentar é que a crua realidade do fenómeno psi não foi verificada à satisfação de todos.

A RELEVÂNCIA DA HISTÓRIA
No entanto, para sermos honestos a nós mesmos deveríamos dizer que só esse avanço espectacular chegou a ser uma regra nas ciências físicas ou naturais.

Pensemos simplesmente o que sucedeu em áreas como a investigação na medicina, a informação tecnológica, a física das partículas ou a cosmologia, por nomear só uns poucos exemplos sobressalentes e para dar-se conta o que significam estes progressos.

No caso das ciências humanas ou sociais, pelo contrário, já seja em economia, sociologia, antropologia, ou, em especialmente em psicologia.

Primeiro, descobrimos que não há muitos achados revolucionários ou permanentes progressos como uma sucessão de pontos de vista, ou escolas de pensamento, emparelhadas a uma progressiva sofisticação quanto a técnica e metodologia.

Por exemplo, a aplicação de análises computadorizadas nas ciências sociais aumentou consideravelmente o poder destas ciências.

A parapsicologia não se compara desfavoravelmente com essas outras ciências humanas quando introduz uma estatística depurada ou a inovação instrumental.

Não obstante, as vicissitudes na área da parapsicologia são bem mais dramáticas do que nestas outras ciências, especialmente no que diz respeito aos "fenómenos intensos", pois para falar de história da parapsicologia, é necessário distinguir entre um fenómeno que, levado ao valor nominal é de por si, evidentemente de carácter paranormal, isto é, um fenómeno intenso;
daqueles nos que se avalia a paranormalidade por uma análise estatística, isto é, um fenómeno pouco ostensível.

Isto último, ainda que conhecido desde o século XIX, não chega ser importante até a "Revolução Rhineana" (como me agrada denominá-la).

Quanto à história dos fenómenos intensos concerne, o que encontramos é algo que tem muitas mais reminiscências na história da arte que na história das ciências, sejam estas naturais ou sociais.

Por isso, na história da arte, e isto é legítimo em literatura e em música, bem como em artes visuais, não existem progressos sistemáticos.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 28, 2013 8:47 pm

Continua...

O que você encontrará em lugar disso, é o breve surgimento de alguma nova escola ou movimento, normalmente centrada ao redor de certos génios, copiados por seguidores não inspirados, e imitando sua obra até que esta finalmente se dissolve ou eclipsa, depois do qual uma nova escola ou movimento surge em qualquer outro lugar, dedicada inteiramente a ideais diferentes, até que esta a sua vez, também se extingue e é substituída.

Do mesmo modo, encontramos na história da parapsicologia, numerosos exemplos de progressos promissores, normalmente centrados ao redor de certos indivíduos dotados que asseguram possuir poderes sobrenaturais e que por um tempo, fazem supor como se fora iminente uma nova era.

Mas, que sucede?

O fenómeno declina, estes sujeitos perdem seu poder ou são desacreditados, e o que começou com boas perspectivas, converte-se num falso amanhecer.

Talvez, o exemplo mais recente do que dizemos seja o dos dobradores de metais, que começou com a chegada de Uri Geller a princípios da década de 70.

Por suposto, uma diferença crítica entre a história da arte e a história da parapsicologia é que a obra artística normalmente parece viva, e por isso não há porque diferir frente ao juízo dos historiadores.

No caso da parapsicologia, pelo contrário, o fenómeno em questão não está tão estendido como para um exame crítico, de modo que nós dependemos absolutamente dos relatórios e registos.

Se poderia dizer, por suposto, que não há diferença alguma com respeito à história dos políticos, onde estamos tratando igualmente sobre acontecimentos passados dos que só os documentos históricos podem dar depoimento.

Na natureza do caso, é isto precisamente, o porquê os fenómenos paranormais estão sob suspeita de uma forma que não o estão os factos históricos convencionais.

Talvez, se os grandes expoentes destes fenómenos do passado se tivessem dedicado a produzir factos paranormais (por exemplo, os Objectos Paranormais Permanentes), em lugar de materializações espúrias ou levitações de mesas, estaríamos mais próximos da posição do historiador de arte, coisa que em realidade não sucedeu.

O que neste ponto quero assinalar é que como aparecem aqueles reflexos de criatividade que geralmente associamos com a actividade artística, a manifestação do fenómeno paranormal aparece também de maneira ciclotímica.

Isto deveria ser assim, se o consideramos a seu devido momento.

Enquanto, estou-o propondo como nossa segunda lição de história.

Uma consequência de todas estas flutuações é que muitos fenómenos intensos não se observam com frequência hoje em dia, e tendem a ser considerados como fraudulentos ainda por quem são muito cientes de factos históricos.

Por outra parte, não só os críticos da parapsicologia duvidam da importância da evidência histórica, senão também muitos experimentados parapsicólogos.

A posição que eles adoptam é que, se um fenómeno dado não pode ser elucidado com propósitos experimentais, poderia ser prudente simplesmente ignorá-lo.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 28, 2013 8:47 pm

Continua...

A parapsicologia de acordo a esta escola de pensamento deveria interessar-se exclusivamente em questões que todos nós podemos esperar resolver.

Devo dissentir neste aspecto. Se aspiramos a ser algo mais do que só técnicos, é necessário manter uma perspectiva.

Limitar nosso atendimento no aqui e agora é, creio, um sinal de provincialismo.

Prefiro pensar do estudo do paranormal como o despregue de uma vasta paisagem repleto de toda classe de flora e fauna fantástica e exótica, e que são demasiado importantes como para ignorá-las, estando ainda actualmente inacessíveis.

Em síntese, escrevendo a história da parapsicologia me convenci que essa história tem ensinos e que o passado não é irrelevante para os problemas e inquietudes actuais.

O EFEITO DE DECLINAÇÃO
Um aspecto desse curso irregular que nossa ciência tomou foi a contínua diminuição da intensidade dos fenómenos paranormais que tratamos de estudar.

Isto se pode perceber mais visivelmente no caso do fenómeno para físico.

Na actualidade, a mediunidade física é só uma coisa do passado, do que resulta que só os casos de poltergeist são os fenómenos de macro-PK mais acessíveis para estudar.

Curiosamente, estes casos constituem a excepção, e ainda que eles mudaram muito pouco desde faz séculos não mostram ainda sinais de desaparecer.

Desgraçadamente, estes fenómenos são fatos de curta duração e ainda quando são estudados seriamente, apresentam grandes dificuldades práticas para efectuar uma investigação sistemática e categórica.

Seja como for, se na actualidade você quer realizar um estudo sobre PK, o melhor método é conseguir que o sujeito trate de influir um sistema binário electrónico do Gerador de Números Aleatórios (Random Number Generator, ou RNG).

Em realidade, o uso desta técnica foi posta em dúvida por alguns parapsicólogos contemporâneos ao ponto em que muitos duvidam a respeito de se esta seja a forma de demonstrar convincentemente a macro-PK.

Mas com tudo, nesta era computadorizada, agora estamos recém capacitados para desenvolver milhões de provas num breve lapso, de maneira que até um efeito PK de um só minuto nos poderia proporcionar uma interessante média integral, só que neste caso a direcção da pontuação permanecerá constante.

Desafortunadamente, muito poucos sujeitos estão dotados desta regularidade durante um lapso bastante intenso como para proporcionar médias que sejam bem mais significativos que quando devíamos recorrer ao árduo processo do lançamento de dados em épocas passadas.

Em verdade, um recente meta-análise levada a cabo por Radin e Ferrari (1991) demonstrou que o valor total do efeito dos experimentos com dados é levemente superior aos dos experimentos com o RNG, ainda que ambos são em extremo marginalmente significativos.

O breve termo do efeito de declinação foi, efectivamente, uma característica familiar no laboratório de parapsicologia onde a investigação de J.B. Rhine teve seu maior auge.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 29, 2013 8:31 pm

Continua...

Em realidade, nos primeiros trabalhos de PK, a declinação intra-sesional proporcionou provavelmente o indício mais evidente de do que algo fora do comum estava ocorrendo.

Desafortunadamente, desde cedo transpareceu que um efeito de declinação para a ESP não é menor do que para a PK, e que este poderia continuar através e ao longo de todas as sessões.

Pelo geral, todos os sujeitos com altas pontuações de ESP perderam finalmente sua faculdade.

Inclusive, Pavel Stepanek cujos dez anos de carreira como sujeito ESP lhe mereceram uma menção no Livro Guiness dos Records, também perdeu sua capacidade.

Quando, depois de algum tempo, Stepanek foi testado novamente pelo doutor Kappers em Amsterdam faz pouco tempo, só pôde produzir médias próximas ao acaso (Kappers et ao., 1990).

Não creio que isto tenha sido por uma falta de motivação ou cansaço se for o caso, como algumas vezes se expôs como uma explicação para o efeito de declinação, pois foi conhecida a grande resistência de Stepanek, a quem nunca se viu cansado fisicamente.

Nem sequer podemos tomar em sério a tentativa de Martin Gardner de explicar como Stepanek poderia tê-lo levado a cabo em forma fraudulenta (Gardner, 1989).

Se realmente fora um enganador devia ter aperfeiçoado a técnica à medida que adquiriu mais prática.

Qualquer que seja a explicação desse longo período de declinação de suas faculdades, deve ser seguramente uma explicação mais profunda e verdadeira.

DOIS FALSOS AMANHECERES
Uma consequência dessas vicissitudes históricas é que, mais de uma vez, parece-nos estar parados no umbral de uma nova era em que a parapsicologia poderia chegar a ser maior de idade e finalmente, ganhar o reconhecimento universal.

Em particular, impressionaram-me dois exemplos enquanto escrevia esta história.

O primeiro se refere à fundação da Society for Psychical Research (SPR) de Londres em 1882;
o segundo, à criação do Laboratório dirigido por Rhine na Universidade de Duke.

O começo da SPR foi bastante modesto.

Seu início se deveu ao generoso apoio financeiro dos espiritistas, os quais inicialmente se incorporaram como membros para que isto pudesse funcionar.

Mesmo assim, rapidamente começaram a atrair a eminentes professores e científicos e a muitos outros notáveis da Inglaterra victoriana, e durante uma década pôde orgulhar-se por incluir em seu Conselho não menos de oito membros da Royal Society [de Ciências].

Mas o mais importante em suas relações públicas naqueles dias foi a grande produtibilidade, e o elevado nível de erudição mantido como o testemunham os antigos Proceedings (Actas) da SPR.

Isto se deveu graças a uns poucos mais infatigáveis entusiastas entre quem se encontravam Myers, Gurney, Hodgson e Eleanor Sidgwick, que são as figuras mais destacáveis.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 29, 2013 8:32 pm

Continua...

Seus trabalhos incluem uma vasta colecção de casos espontâneos, teste com médiuns e psíquicos, experimentos de laboratório empregando hipnose, e bem mais.

Particularmente Myers, desfrutou de uma reputação internacional e foi figura proeminente no primeiro congresso europeu de psicologia, pois, nos finais do século XIX, existia especialmente em França grande interesse pelo tema da dissociação, exemplificado pelos diversos automatismos inconscientes.

Isto foi uma característica distintiva do trabalho de Myers com as médiuns sobre a que desenvolveu sua teoria do eu subliminal.

Em que se equivocou?
Que fez que esta promissora iniciativa se frustrasse?
Porquê os membros da sociedade não se incrementaram desde aqueles primeiros dias?


Poderíamos ter uma resposta se recorremos a um artigo de William James (19091960).

Posso dizer que James, inquestionavelmente, foi a figura mais brilhante que chegou a ser presidente da SPR (durante o período 1894-95), ainda que seu maior aporte neste campo, a meu parecer, foi o de ter descoberto a incomparável Leonora Piper, a quem agradava chamar sua "white crow" [corvo branco], quem fora de toda dúvida, convenceu-o da realidade do fenómeno psíquico.

Num artigo escrito em 1909, recorda um encontro com Henry Sidgwick, o primeiro presidente da Sociedade, que morreu em 1900:
"Como todos os fundadores, Sidgwick esperava sucessos assegurados nos resultados;
e lhe escutei dizer, um ano antes de sua morte, que se alguém lhe tivesse manifestado em seu começo, que vinte anos depois teria tantas perguntas como ao princípio, poderia julgar à profecia como incrível.

Parecia impossível que toda esta evidência pudesse apresentar resultados finais tão pobres."
(James, 1909, p.310)

James então procedeu a discutir suas próprias experiências das que, diz-nos, foram similares às de Sidgwick:

"Durante 25 anos estive ao tanto da literatura da investigação psíquica e tive contacto com numerosos pesquisadores.

Também dediquei bastantes horas... a presenciar os fenómenos.

Não estou teoricamente além do que estava quando comecei e estou disposto a crer que o Criador teve eternamente em mira esta parte da natureza como uma perfeita pergunta permanentemente, incitando nossa curiosidade e nossas expectativas e suspeitas, todas em sua justa medida;
assim que, ainda que fantasmas, clarividências, raps, e mensagens dos espíritos estejam sempre existindo, e nunca possam ser explicados no todo, não poderão ser em si mesmos susceptíveis de uma corroboração total
(James, 19091960, p.310).

James não foi pessimista ou derrotista por natureza, e penso que suas palavras reflectem o que muitos devem ter sentido em seu tempo.

Ainda que comparado com o nosso, não parece ter tido uma ausência de fenómenos para estudar.

A SPR esteve por então preocupada no famoso caso das "correspondências cruzadas".

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 29, 2013 8:33 pm

Continua...

Mas foi possível só pela disponibilidade de um sem número de dotados automatistas, a maioria dos quais não eram médiuns profissionais em absoluto, senão pessoas cultas e inclusive mulheres universitárias, como Margaret Verral e sua filha Helen, a respeito de quem não vimos a ninguém que se lhes pareça.

Prossigamos e consideremos o caso da "Revolução Rhine".

Em 1933, J.B.Rhine produzia uma monografia titulada Extra-Sensory Perception [Percepção Extrasensorial], a qual incluía as investigações parapsicológicas levadas a cabo durante vários anos.

Rhine lhe enviou a monografia a W.F.Prince, presidente por então da Boston Society for Psychical Research e um de seus principais mentores.

No entanto, Prince talvez não teve ideia da importância deste relatório, já que em 1934 se a editou numa tiragem de tão só 900 cópias.

Ao ano seguinte, Bruce Humphries de Boston, um editor comercial, tomou o livro e o lançou ao mercado literário.

Penso que se pode dizer que nenhuma outra publicação na história da parapsicologia ou a investigação psíquica conseguiu tantos elogios e gozar de tão ampla circulação.

Os jornalistas de ciência em América escreveram entusiastas artigos a respeito de Rhine na imprensa nacional e os Departamentos de Psicologia em todos os Estados Unidos, solicitaram estes inovadores testes de adivinhação de naipes que, vá casualidade, tinham o estilo que a psicologia americana estava adoptando naquele tempo em todos lados.

De seguro, se teve um avanço sensacional em parapsicologia isto pode sê-lo.

Mas, que sucedeu?
Qual foi o erro?


Uma breve resposta seria que o fenómeno não era facilmente acessível.

Rhine considerava quase como um artigo de fé à ESP como um dom universal -todos nós a temos num pequeno grau pois por onde se veja, deveria classificar-se como um efeito estatístico.

Ademais, suas experiências iniciais com estudantes voluntários na Universidade de Duke pareciam confirmar esta suposição.

Não cabe dúvida que seus primeiros resultados poderiam ser desatendidos devido às condições pouco rigorosas de observação que então prevaleciam, mas em sua monografia há citados não menos de oito indivíduos que foram capazes de manter-se à margem da casualidade, sob condições seguras de observação, durante um período bastante extenso, e conseguir totalizar pontuações significativamente superiores ao nível da casualidade.

Esses resultados não podem deixar-se facilmente de lado. Dos sujeitos mencionados, o mais sobressalente foi Hubert Pearce, um estudante de teologia de Duke.

Eu creio que ninguém fez mais para confirmar a legitimidade da actuação de Pearce do que o argumento ridículo do que Marck Hansel esteve impulsionado a inventar para desacreditá-lo (Hansel, 1966).

Mas, porquê teve tão poucos "Hubert Pearces" e inclusive resultados similares em outras universidades? e porquê foi Rhine incapaz de descobrir outro "Hubert Pearce"?

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 30, 2013 9:49 pm

Continua...

Não tenho a resposta a ambas perguntas, mas duvido que possamos aperfeiçoar muito a explicação oferecida por Rhine no prólogo que escreveu para a edição de 1964 de Extrasensory Perception.

Rhine afirma que existia, nesse tempo e lugar, um excepcional fervor e um espírito de equipa como não os teve em outros momentos que o igualasse, seja ali ou em qualquer outro lado.

Se Rhine foi exacto, talvez poderia proporcionar-nos um dos indícios aos reiterados "falsos amanheceres" da parapsicologia nos que pus um cuidadoso atendimento. Qualquer seja a razão, podemos voltar com posterioridade a isto.

Ao que parece, as manifestações psi são situações dependentes num nível que tem poucos paralelos em psicologia.

Em realidade, poderia ir muito mais longe ao ponto de dizer que esta conclusão poderia ser a maior lição de todas.

Esta Revolução Rhineana teve dois principais objectivos.

O primeiro foi demonstrar, a satisfação de toda a comunidade científica, a existência da ESP -uma realidade para o mesmo Rhine que nunca vacilou em negar.
O segundo objectivo foi fazer à parapsicologia academicamente respeitável.

Rhine confiou em isto e o conseguiu levando o paranormal fora do escuro quarto de sessões (sua desafortunada briga com a médium Margery lhe deixou uma impressão indelével) e na clareza de um laboratório, se poderia dizer que Rhine rendeu culto à ciência.

Esta ocupou o lugar de Deus depois que teve perdido a fé religiosa de sua juventude, ainda que sua mãe confiou em que poderia chegar a ser um sacerdote.

Inclusive, quando Rhine morreu em fevereiro de 1980, estes dois originários objectivos estiveram muito próximos a cumprir-se.

Por um lado, o golpe baixo dos cépticos juntou forças momentaneamente e muitos eminentes cientistas estiveram prestando seu apoio à nova organização céptica, CSICOP (Committee for the Investigation of Claims of the Paranormal [Comité para a Investigação dos Supostos Fenómenos Paranormais]), fundada em 1976.

Por outro lado, o ocultismo popular e a moda "New Age" [Nova Era] não jogaram luz a estes estudos para o público em geral, fazendo ainda mais difícil à parapsicologia poder oferecer uma informação responsável.

O PROBLEMA DA FRAUDE
Os científicos delinquentes não são nada novo na história, e não creio, apesar dos casos de W.J. Levy no Laboratório de Rhine e de S.G.Soal em Inglaterra, que obtiveram ampla publicidade, que a parapsicologia tenha chamado a atenção porque estes renegados tenham tido participação.

O indiscutível é que a parapsicologia é, por razões óbvias, bem mais vulnerável do que as ciências convencionais, aos nefastos efeitos de tais escândalos.
Em ambos casos, a única graça salvadora é que os próprios parapsicólogos foram quem denunciaram aos delinquentes.

Com o tempo, no entanto, o que causou mais dano à imagem da parapsicologia foi a confusão criada pelos falsos dotados, aqueles pseudo-psíquicos que deliberadamente pretenderam enganar aos pesquisadores e algumas vezes conseguiram seu intento.

Como devemos actuar para evitar estes abusos?

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 30, 2013 9:49 pm

Continua...

Sustentaram-se diferentes conclusões de parte de diferentes figuras de prestígio com respeito a esta particular lição de história.

Alguns parapsicólogos que conheço são arredios a tomar qualquer aparente psíquico conhecido, preferindo trabalhar com voluntários anónimos que não têm caprichos nem grandes pretensões, não exigem um tratamento especial e em quem se pode confiar e se submeterão humildemente a qualquer condição que se lhes imponha.

Ainda se, ao final do dia, suas médias poderiam não ser muito significativas.
No entanto, eu o prefiro de uma maneira diferente.

Crendo - como o faço - que a capacidade psi é tão rara como valiosa, penso que nos arriscamos a perder fazendo caso omisso a isto, já que poderia ser difícil de enfrentar.

Sem dúvida, se alguém pudesse dizer com certeza que um indivíduo determinado é autêntico ou uma fraude, a situação poderia bem mais simples.

Mas a história sugere que alguns dos mais talentosos atores são os que aprendemos em chamar "casos mistos".

Com frequência, Eusapia Palladino é mencionada como um clássico exemplo desta categoria (Beloff, 1991) mas em realidade, mais ou menos todas as médiuns físicas, desde a irmãs Fox em adiante, foram detectados em fraude e, do mesmo modo, Eva Carriere ou Margery também deram motivos de sobra para a suspeita.

Uma consequência disto é que a SPR, promovida por Hodgson e Podmore, determinaram que a mediunidade física era mais incómoda que meritória.

Daqui por diante, algumas promissoras médiuns como Mrs.Leonard foram dissuadidos a comprometer-se em isto.

Como resultado desta política, a maioria dos melhores trabalhos com as médiuns físicas neste século foi os realizados no Instituto Meta psíquico de Paris.

A MATERIALIZAÇÃO
A risco de comover a alguns dos parapsicólogos mais ortodoxos, me agradaria dizer algo sobre a controvertida questão da materialização.

Penso que todos podemos estar de acordo no fato de que existiu certa forma de materialização completa, e este fenómeno poderia ultrapassar qualquer outra classe de fenómeno paranormal conhecido em toda a investigação psíquica.

Depois de tudo, nada poderia ser mais incrível do que a existência de um ser que durante uma sessão pode falar, caminhar, e aparecer (completamente vestido) como se fosse uma pessoa viva.

Em consequência, não poderia culpar a ninguém por considerar que em realidade não existe um só caso genuíno de materialização como isto.

No entanto, ninguém poderia negar que existe na literatura, alguns relatos um pouco enigmáticos que pudessem sugerir o contrário.

Um ano depois das famosas sessões de Nápoles, em outubro de 1909, Hereward Carrington publicou um artigo no jornal americano McClure’s Magazine titulado "Eusápia Palladino: O Desespero da Ciência".

Hoje em dia, Palladino não é considerada como antes, uma médium de materialização.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 30, 2013 9:50 pm

Continua...

Se ela foi capaz de fazer levitar uma pequena mesa sem utilizar seus pés ou suas mãos, ou pôde fazer que as cortinas ou sua saia ondulassem num quarto fechado, os pesquisadores ficaram satisfeitos.

Todas estas materializações, que ela gerou em certas ocasiões foram de muito pouco valor, em sua maior parte.

Não obstante, não sempre parece ter sido assim.
Neste artigo, Carrington relata este curioso episódio a respeito de um membro do Institut Geral Psychologique [Instituto Geral de Psicologia], M. Yourievitch que desde 1905 até 1908, levou a cabo extensas sessões inconclusivas com Eusápia.

Algumas das luminárias da cena intelectual francesa, tais como Pierre e Marie Curie e Henri Bergson participaram nas sessões. Com respeito a Yourievitch, Carrington escreve:
"Seu pai tinha morrido faz alguns anos.

Numa das sessões de Eusápia um corpo sólido ainda que invisível, tangível através da cortina se lhe acercou dizendo-lhe ser seu pai.
Agora bem, seu pai tinha a peculiaridade de ter um dedo deformado:
afiado em ponta e com uma unha deformada para adaptar-se ao dedo.

M.Yourievitch perguntou a seu "pai" em russo -uma linguagem totalmente desconhecida para Eusápia - se podia pôr sua mão na argila húmida que se achava no gabinete, por trás da cortina.

Depois de certo tempo, sendo a médium cuidadosamente sujeita e vigiada, enquanto, os pesquisadores pediram que se acendessem as luzes.

Então, examinaram a argila no gabinete e encontraram a impressão de uma mão:
o primeiro dedo mostrava marcas idênticas de deformidade como as que tinha seu pai morto." (Carrington, 1909, p.662)."

Que se pode pensar de semelhante história?
Está Carrington tratando de pôr-nos uma corda ao pescoço?
Ou está correndo o risco de ser exposto ante o mundo como um mentiroso podendo alguém acusá-lo?

Ou quiçá Yurievitch inventou todo o incidente só para ver como Carrington mordia o anzol?
E se assim fora, que podemos dizer do eminente psiquiatra e criminalista italiano Lombroso?
Em seu livro a respeito de Palladino, Lombroso descreve a materialização completa de sua própria mãe
(Lombroso, 19091988).

Também informa que Morselli, o Director de uma clínica psiquiátrica de Génova, que levou a cabo o que foi, creio, a mais extensa série de teste com Eusápia nunca antes realizada, que fora publicada em dois volumes, teve igualmente um encontro com sua mãe durante uma sessão - muito a seu pesar, já que, segundo Lombroso, Morselli não era precisamente um espiritista.

Inclusive, Lombroso relata que Bozzano, outro pioneiro da investigação psíquica italiana, teve uma vez um encontro com sua longínqua mulher numa sessão.

Ao longo de sua vida, Bozzano tinha tido um longo litígio com ela, e era a última pessoa a quem ele tivesse querido encontrar!
Ainda falando-lhe num dialecto genovês que Eusápia, uma napolitana, não pôde ter conhecido.
Por suposto, tudo isto é um rumor.

Honestamente, não estamos obrigados a acreditar em todas estas histórias, mas deveríamos perguntar-nos porquê tantos académicos disseram a mesma mentira sem razão aparente!

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 01, 2013 9:25 pm

Continua...

Voltarei a uma evidência mais interessante de materialização completa.

Em 1924, certo F.W. Pawlowski, um americano de descendência polaca que era por então professor de Engenharia Aeronáutica na Universidade de Michigan, foi um fim-de-semana à Europa e participou numa sessão em Varsóvia oferecida pelo médium Franek Kluski.

Pawlowski escreve suas observações num artigo que publicou no Journal of the American Society for Psychical Research (Pawlowski, 1925).

("Franek Kluski", agora sabemos [ver Weaver, 1992] foi o pseudónimo de Teofil Modrzejewski, um banqueiro, foi também escritor, jornalista e um poeta de certa fama).

Quase acidentalmente, depois de assistir a umas sessões da médium Jan Guzik, descobriu que possuía o dom da mediunidade como seu pai.

Ainda que nunca fez uso destes dons com fins mercantilistas, inclusive sabendo que era talvez, o mais notável médium de materialização de todos os tempos.

Uma das mais extraordinárias características de suas sessões foi o grande número de diversas aparições que invadiam permanentemente o quarto onde se realizava a sessão, fazendo estas muitas vezes travessuras e falando diferentes idiomas.

Ocasionalmente, observaram-se estranhas aparições de pássaros e mamíferos.

Por suposto, tudo isto sucedeu com uma iluminação muito ténue, ainda que a maioria dos fantasmas são descritos como seres com luminosidade própria.

Mas o mais estranho, é que apareciam de um tamanho menor do que tiveram em vida, atingindo o tamanho de um adulto normal à medida que decorria a sessão, ganhando o médium em energia.

Pode ter sido uma alucinação de Pawlowski tudo isto?

De facto não é admitido como uma possível explicação pois cabe a possibilidade que o médium empregasse engenhosas estratagemas.

Durante as sessões de Kluski era comum pedir às aparições que submergissem suas mãos em cera de parafina líquida.

Então quando a cera se esfriava, podia tomar forma numa luva de não mais de um milímetro de espessura.

Um ser humano não pode livrar-se de uma luva sem deformá-la, mas como um fantasma pode desmaterializar-se, poderia ser capaz de abandonar um molde vazio e avariado quando se desmaterializa.

E isto é o que os fantasmas de Kluski tiveram a gentileza de fazer.
Depois, pode-se verter sulfato de cal na luva vazia e assim obter-se um molde de gesso.
Estes moldes mostram uma minuciosa textura e as marcas de pele de uma mão humana.

E para certificarem-se precisamente de que não pudesse substituir-se alguma outra luva em nenhum momento das sessões, adicionavam-se certos produtos químicos à parafina líquida como a colestrina, sem que o médium ou os assistentes o soubessem, especialmente nas sessões dirigidas por Geley em Paris.

Felizmente, alguns desses moldes de gesso foram conservados até hoje.
A maioria deles estão no Institut Metapsychique International de Paris, mas vi algumas mostras na SPR de Londres, e há muitas ilustrações no livro de Geley (19271975).

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 01, 2013 9:26 pm

Continua...

Alguns dos moldes de Kluski são muito complexos, mostrando as duas mãos entrelaçadas.

Outra curiosa característica de alguns moldes é que, ainda que têm as dimensões da mão de uma pessoa adulta, têm o tamanho das mãos de um menino - o qual coincide com as observações de Pawlowsky de que os fantasmas só se desenvolvem em seu tamanho normal durante o curso de uma sessão.

Há uma passagem para o final do artigo de Pawlowski que é insuportavelmente subtil à luz de tudo o que se divulgou, ali o declara:
"Estou perfeitamente convicto que estamos no umbral de uma nova ciência e provavelmente de uma nova era.

Para qualquer um, é impossível descartar ou negar estes fenómenos e é impossível também explicá-los por hábeis truques.
Dou-me conta perfeitamente que é difícil para qualquer pessoa aceitá-los."


E umas poucas linhas mais abaixo agrega:
"Aceitá-los significaria mudar completamente nossa atitude para a vida e a morte, forçando-nos a revisar todas nossas ciências e nossa filosofia" (Pawlowski, 1925, p.503).

Bem, até aqui conhecemos demasiado bem o que actualmente se divulgou.
Kluski ofereceu sua última sessão em 1926, depois de só sete anos de actividade mediúnica, morreu em 1942, aos 70 anos.

Não se viu nem remotamente nada parecido outra vez (senão, ver Beloff & Playfair, 1993).

Hoje nossas esperanças estão centradas, não em indivíduos excepcionais como Kluski, senão na excelente criatividade metodológica de nossos principais pesquisadores, quem, apesar de sua falta de fundos, se esforçam para conseguir progressos, conquanto não espectaculares, se bastante seguros.

Com tudo, não creio que se possam minimizar as investigações de hoje em dia, se dissesse que qualquer engenhosa iniciativa fora capaz de render dividendos indefinidamente.

Porquanto, se há uma lição que a história deveria ter-nos ensinado, é que o centro da questão é a inovação, e que a rotina pode resultar fatal para conseguir sucesso.

CONCLUSÕES

Se nós aceitarmos a interpretação céptica e enfocarmos a história da parapsicologia como nada mais que uma sucessão de sucessos e de fracassos, então assim poderiam explicar-se o paulatino desaparecimento dos fenómenos.

De tanto em tanto, os pesquisadores responsáveis que chegam a topar-se com algum conjunto especial de fenómenos paranormais, costumam ser desacreditados, e a comoção se dilui até que um novo conjunto de impostores, com um novo repertório de fraudes chega a primeiro plano e o ciclo se repete.

Uma imperfeita interpretação céptica fracassou por não oferecer nada preciso e plausível, nem uma contra-hipótese normal aos diferentes casos como os que mencionei, e que são os que compõem nossa história.

Isso faz que devamos considerar outras possibilidades, não obstante algo de arrancar os cabelos, para explicar este efeito de paulatino desaparecimento nesta história sobre a que tenho um cuidado especial.

Me agradaria, para finalizar, propor a seguinte ideia.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 01, 2013 9:26 pm

Continua...

Poderíamos dizer que um fenómeno paranormal representa uma violação à ordem natural, conquanto a natureza parece reagir ante tais violências da mesma maneira que nossos corpos reagem ante uma infecção.

Portanto, inclusive se nós pudéramos por um momento conseguir ser mais astutos, a natureza se vingaria e teríamos que começar um novo rumo.

Não há dúvida que isto soa muito antropomórfico -algo bem como dizer que a natureza abomina o vácuo- mas prossigamos com o tema.

Imaginemos a importância desta violação ou infecção, a natureza vigorosamente se esforçará por reacomodar o status quo.

Portanto, podem-se deduzir dois envolvimentos deste modelo.

Primeiro, poderíamos predizer que cada novo fenómeno ou cada nova investigação em parapsicologia provavelmente prosperará, se de algum modo, a natureza teve a possibilidade de reunir seus defesas.

Em tal caso desaparecerá gradualmente, deixando só um rastro de dúvida, de confusão e de suspeita.

Segundo, poderíamos deduzir quanto tempo perdurará a debilidade do fenómeno em questão, através do mínimo desvio da norma que isto representa.

Nesta analogia com a imunologia sabemos que os organismos estranhos, bacilos, ou o que sejam, podem sobreviver indefinidamente nos tecidos de um corpo são, informando-nos que se disseminaram o suficiente como para enganar ao sistema imunológico e fingir que não existe uma ameaça para o sujeito que os leva.

Portanto, poderíamos predizer uma longa vida para o fenómeno psi no laboratório, ainda quando existem muitas inovações que devessem ser consideradas.

Intuitivamente, teria que tratar de ordenar a diversidade de fenómenos paranormais dentro de uma hierarquia de acordo ao grau em que alteram o status quo.

Deste modo, numa escala de valores, as materializações completas poderiam assinalar o ponto mais alto, enquanto a micro-PK de um RNG, poderiam representar o ponto mais baixo.

As respostas livres de ESP adequadas poderiam ocupar uma posição entre ambos extremos, e o ponto central que procuro assinalar aqui é que não importa com que fenómeno em particular nós estamos enfrentando.

É em vão esperar que possamos chegar à fórmula perfeita que, se nos aderimos sinceramente, poderia garantir-nos um resultado exitoso.

A receptibilidade em nosso campo nunca pode ser absoluta.

Em mudança, devemos reconhecer que estamos imersos numa batalha de talento contra as conservadoras forças da natureza, e o sucesso sempre dependerá em que durante nossa existência sejamos capazes de estar um passo mais adiante.

Em todo caso, estas são as lições que depois de uma cuidadosa análise, tenho de minha leitura de nossa história. Ofereço-a a consideração de meus leitores.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 01, 2013 9:26 pm

Continua...

REFERENCIAS

Beloff, J. (1991) Once a cheat always a cheat? Eusapia Palladino revisited. Proceedings of the Presented Papers: The 34th.Annual Convention of the Parapsychological Association.

Beloff, J. (1993) Parapsychology: A Concise History. New York: St.Martin’s Press.
Beloff, J. & Playfair, G.L. (1993) Peixotinho: A Latter-Day Brazilian Klusky? Journal of the Society for Psychical Research 59, Pp.204-206.-

Carrington, H. (1909) Eusapia Palladino: The Despair of Science. McClure’s Magazine 33, Pp.660-675.-
Gardner, M. (1989). How Not to Test a Psychic. Buffalo, NY: Prometheus.

Geley, G. (19271975) Clairvoyance and Materialization: A Record of Experiments. New York: Arno.
Hansel, C.E.M. (1966) ESP a Scientific Evaluation. New York: Scribner’s.

James, W. (19091960) The final impressions of a psychical researcher. En G.Murphy & R.D.Ballou (Eds.) William James on Psychical Research (pp.309-325). New York: Viking.

Kappers, J. Akkerman, A.E. van der Sidje, P.C. & Bierman, D.J. (1990) Resuming work with Pavel Stepanek. Journal of the Society for Psychical Research 56, Pp.138-147.-

Lombroso, C. (19091988) After Death -What? (con una Introduccion de Colin Wilson). Wellingborough, Northants: Aquarian Press. Pp.68-69.-
Pawlowski, F.W. (1925) The mediumship of Franek Kluski of Warsaw. Journal of the American Society for Psychical Research 19, Pp.481-504.-

Radin, D.I. & Ferrari, D.C. (1991) Effects of consciousness in the fall of dice: A meta-analysis. Journal of Scientific Exploration 5, Pp.61-83.-
Weaver, Z. (1992). The enigma of Franek Kluski. Journal of the Society for Psychical Research 58, Pp.289-301.-

(1) Traduzido do inglês por Jorge Villanueva.

*Doutor em Psicologia.
Editor do Journal of the Society for Psychical Research.
Professor adjunto de parapsicologia na Universidade de Edinburgo (Escócia).
Publicado na RAPP, Volume 05, Nº 02, Abril de 1994

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 02, 2013 9:05 pm

O Empobrecido Estado do Cepticismo
Charles Honorton

Resumo
Poucos de nós dispõe de tempo para familiarizarmos com os detalhados e frequentemente muito técnicos argumentos que suportam as afirmações de novos conhecimentos que poderiam permitir-nos avaliar devidamente os méritos de tais afirmações por nós mesmos.

Na maior parte do tempo confiamos nos “especialistas” para que façam isto por nós.

Nós recebemos um serviço muito pobre quando somente um lado da controvérsia aparece mas nos beneficiamos quando todas as perspectivas são debatidas vigorosamente por protagonistas peritos.

O Comité Italiano para o Controle das Afirmações do Paranormal tem provido um serviço inestimável apresentando um fórum equilibrado para discutir o estado da parapsicologia por seis investigadores e críticos.

A iniciativa do CICAP a este respeito é provavelmente única, e sua contra parte americana, o Comité para Investigações Científicas de Afirmações Paranormais (CSICOP) faria bem de imitar.

Para levar a cabo este formato inovador, o CICAP pediu à parapsicóloga céptica Susan Blackmore a crítica das contribuições dos parapsicólogos e a mim pediram para comentar as contribuições dos críticos.

Descrição: Cepticismo, Ganzfeld, Sonhos, Meditação, Moderação, Hipnose.

O que os críticos já não reclamam
Antes de examinar os argumentos apresentados por Hyman, Alcock e Randi, é importante entender o que eles não estão reclamando mas que estavam reclamando no passado Primeiro, já não reclamam que os resultados das maiores linhas de investigação experimental psi sejam consistentes com a hipótese nula (uma mera flutuação estatística).

Eles concedem que alguns efeitos parapsicológicos são, para usar as palavras de Hyman, “astronomicamente significativos”.

Esta concessão é importante porque muda o foco do debate da existência dos efeitos para a sua interpretação.
Segundo, já não protestam que demonstraram uma relação entre as falhas metodológicas e os resultados dos estudos.

Estas concessões que são documentadas na sessão 3, não eram fáceis de obter e os críticos obviamente não estão muito ansiosos para anunciá-las.

Na última década Hyman e os outros críticos tentaram bastante demonstrar que os efeitos psi não eram realmente significativos ou que seu significado estava relacionado sistematicamente à presença das falhas nas experiências.

Desde que falharam em ambas as coisas, os críticos têm agora diante de si um sério dilema:
foram forçados a admitir que a parapsicologia demonstrou efeitos anómalos que necessitam ser explicados e, que já não possuem nenhuma explicação trivial.

O que os críticos agora reclamam
Um século das falhas?

Em seu lugar, eles oferecem uma caricatura da história da parapsicologia e apresentam argumentos controversos e destinados a convencer-nos que realmente não há nada na parapsicologia que garanta o interesse científico, excepto, talvez, o estudo das motivações de que persistem em investigar.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 02, 2013 9:05 pm

Continua...

O uso que faz Hyman de uma linguagem absolutista para caracterizar as afirmações dos dados dos parapsicólogos parece destinado a afastar os cientistas.

A diferença das ciências formais tais como a matemática, as ciências empíricas, não tratam de “provas irrefutáveis” ou "evidência à prova de falhas”.

A evidência empírica é sempre uma questão de grau, e permanece sujeita a interpretações posteriores.

É neste sentido que a ciência representa uma aproximação única e auto corrigível do conhecimento.

As verdades científicas levam sempre um aviso "até novas evidências".

No núcleo dos argumentos actuais dos críticos está a afirmação retórica de que 100 anos de investigação falharam em fornecer evidência convincente dos fenómenos parapsicológicos.

Enquanto os parapsicólogos não tiveram a oportunidade de responder, afirmaram que 130 anos da investigação não produziram a evidência de psi
(Druckman e Swets, 1988).

Um crítico inglês que foi designado recentemente para um período de 4 anos por 100000 libras esterlinas para investigações psíquicas na faculdade de Darwin de Cambridge para que escrevesse um livro sobre o porque das pessoas acreditarem em coisas impossíveis, foi mencionado na New Scientist dizendo que após 150 anos de investigações psíquicas "não há evidência alguma de que haja um fenómeno" (Marrom, 1992).

Tais conhecimentos são afirmações extraordinárias, já que a investigação psíquica não existiu até 1882 e as investigações sistemáticas em laboratório que usam métodos quantitativos não começaram até princípios dos anos 1930.

Através da história a investigação parapsicológica foi mantida através de pouquíssimos recursos.

O psicólogo Sybo Schouten da Universidade de Utrecht comparou os patrocínios financeiros da parapsicologia com aqueles da psicologia americana.

Encontrou que o total dos recursos financeiros e humanos dedicados à parapsicologia desde 1882 no melhor dos casos, apenas são iguais às despesas por dois meses da investigação psicológica convencional no ano de 1873.

É a psicologia uma ciência ‘falida’?

Se nós aplicássemos o argumento do "século das falhas" de Hyman e de Alcock à psicologia académica nós poderíamos concluir que a psicologia falhou em sua missão:
após 100 anos de investigações relativamente bem financiadas, todavia se encontram controvérsias vigorosas sobre fenómenos tão básicos como a memória, a aprendizagem e a percepção.

O acto simples de reconhecimento dos rostos humanos, por exemplo, ainda são um mistério e são um tópico “quente” da investigação na psicologia cognitiva.

E embora se suponha extensamente de que a consciência é um subproduto da actividade do cérebro;
nem a psicologia nem a fisiologia, produziram, após mais de 100 anos sequer um modelo inteligível simples de como os processos bioquímicos podem ser transformados em experiências conscientes.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 02, 2013 9:06 pm

Continua...

Serão a psicologia e a fisiologia ciências falidas?


Naturalmente que não.
As ciências mais bem sucedidas como a física, tratam de processos relativamente simples e invariáveis.

Os electrões por exemplo são intercambiáveis, não possuem personalidades individuais, estados emocionais e motivacionais.

As ciências de comportamento devem tratar com sistemas biológicos extremamente complexos e variáveis e muitos outros atributos do indivíduo.

Não obstante, estas ciências conseguiram muitos resultados, e mesmo a parapsicologia, embora seja forçada a existir às margens da ciência estabelecida com pouquíssimos recursos os artigos de Broughton, de Krippner e de Morris, sumariam alguns dos logros da parapsicologia.

A falta de investigação por parte dos críticos e suas consequências.
Há, no entanto, uma diferença importante entre a controvérsia psi e as disputas na ciência convencional.

As controvérsias na ciência normalmente ocorrem entre grupos de pesquisadores que formulam hipóteses, desenvolvem métodos de investigação, e colectam dados empíricos para provar suas hipóteses.

Quando resulta alguma disputa sobre a interpretação dos achados experimentais, ou quando os críticos suspeitam de que os achados foram causados por artefactos, desenham-se novos experimentos para provar as explicações internas ou o impacto dos artefactos suspeitados.

É através deste processo que as controvérsias científicas se resolvem.

Em contraste, a controvérsia psi, está caracterizada grandemente por disputas entre um grupo de investigadores, os parapsicólogos e um grupo de críticos que não fazem investigação experimental para provar as afirmações psi ou a viabilidade de suas contra-hipóteses.

Os críticos de psi discutem a possibilidade de diversas hipóteses alternativas (ou a impossibilidade das hipóteses psi mas eles muito raramente se sentem forçados para o provar).

Isto foi especialmente verdadeiro para a actual geração crítica da psi, cuja maioria dela não fez contribuições originais à investigação.

Excepções como Susan Blackmore e David Marks somente confirmam a regra.

A falta da investigação por parte dos críticos poderiam surpreender o leitor, especialmente se sua fonte preliminar de informação sobre a parapsicologia vier da literatura céptica onde se pode encontrar expressões tais como a seguinte do céptico bem-conhecido americano Martin Gardner (1983).

Como pode o público saber que por 50 anos os psicólogos cépticos têm se esforçado para replicar os fenómenos clássicos da psi, sem nenhum sucesso observado?
É este facto mais que qualquer outra coisa que tem ocasionado a estagnação perpétua da parapsicologia.

A evidência positiva continua vindo de um pequeno grupo de entusiastas, visto que a evidência negativa tem vindo de um grupo muito maior de cépticos
(pp. 60 os sublinhados são meus).

Gardner não tenta documentar esta afirmação, nem pode fazê-lo, é pura ficção.
Procure isto nas experiências dos cépticos e veja o que pode encontrar.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 03, 2013 9:38 pm

Continua...

(para seu crédito, Gardner disse uma coisa correcta:
Meio século é um intervalo de tempo mais exacto que aquele dos 100 ou 150 anos
) a falta da investigação por parte dos críticos serve para perpetuar a controvérsia psi porque lhes permite mudar continuamente de uma linha de cepticismo a outra a medida que cada uma é contestada sucessivamente através de novas investigações conduzidas pelos parapsicólogos.

Está claro nas expressões de Hyman, Alcock e Randi de que eles esperam que a controvérsia se estenda ainda por um futuro indefinido.

Qualquer que seja o intervalo de tempo que alguém escolha ou adapte, penso que todos nós podemos concordar em dois pontos:
que a controvérsia psi já durou muito tempo, e sua falta de definição representa uma situação muito insatisfatória.

Falta de acumulação?


Como se pode reconciliar o argumento de "um século de falhas" com a admissão da parte dos críticos de que existem efeitos “astronomicamente significativos” e a falha em demonstrar ao menos alguma explicação alternativa possível para estes efeitos?

A resposta, dizem eles, é que falta à parapsicologia “acumulação”.
"Toda a ciência excito a parapsicologia," diz Hyman "constrói sobre seus dados precedentes.

A base de dados se expande outra vez com cada geração e as investigações originais são ainda incluídas.

Na parapsicologia, a base de dados expande muito pouco porque as experiências antigas são rejeitadas continuamente e as novas tomam seu lugar ".

Os efeitos astronomicamente significativos para os quais não existe uma explicação alternativa razoável são, diz Hyman, baseados em meta-análises "retrospectivas" de muitas experiências similares.

Todo o leitor verdadeiramente céptico seria alarmado pela contradição lógica neste argumento:
se a parapsicologia fosse "não-acumulativa" e cada geração nova os parapsicólogos rejeitassem os resultados da geração precedente, como poderia ter efeitos "astronomicamente significativos" nas meta-análises que são, pela definição, a acumulação dos resultados de muitos estudos precedentes?

Hyman se refere somente a meta-análises relativas a duas áreas de investigação, Ganzfeld e das experiências de geradores de número aleatório
(Honorton, 1985; Hyman, 1985; Randi e Nelson, 1989).

Ele deprecia outras meta-análises, como discutido por Broughton e por Morris, que envolvem as experiências do precognição (Honorton e Ferrari 1989) e a investigação do psicocinese com dados (Radin e Nelson, 1989) que envolvem a acumulação dos resultados das investigações que datam dos anos 1930.

Na secção 3, eu apresento um exemplo detalhado de uma linha da investigação da parapsicológica que foi construída sistematicamente em investigações precedentes.

Também há outras inconsistências na análise histórica de Hyman que são auto documentáveis:

Em 1940 J.B. Rhine e seus colegas publicaram um livro intitulado Percepção Extra-sensorial após sessenta anos (a percepção extra-sensorial após 60 anos) que sumariaram todos os estudos de PES desde a fundação da Society for Psychical Research en 1882 (Pratt, Rhine, Smith, Stuart y Greenwood, 1940-1966).

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 03, 2013 9:38 pm

Continua...

É sabido dentro do campo da parapsicologia que este livro ESP-60 é um clássico da parapsicologia experimental.

Como nós poderemos reconciliar ESP-60 com as afirmações de Hyman de que cada geração dos parapsicólogos encontra a evidência nova para a psi "sem fazer a referência aos dados usados pela geração precedente?", (realçado por Hyman).

"Nos anos 40s", afirma Hyman, "os próprios parapsicólogos admitiram que as experiências de Rhine tiveram muitos erros para classificá-los como evidências de psi a prova de falhas ".

Como nós podemos reconciliar esta afirmação com o facto de que ainda até 1980 o crítico inglês C. E M. Hansel estava ainda tentando explicar os resultados destas experiências em cenários especulativos de fraude?[/i] (Hansel, 1966-1980).

Revisão histórica da controvérsia psi
Vou agora resumir uma visão alternativa da história da controvérsia psi que sugere uma conclusão muito diferente, isto é, que nos últimos 60 anos da investigação experimental activa por parte dos parapsicólogos, os críticos tem falhado consistentemente em demonstrar explicações alternativas razoáveis para os efeitos psi.

Ao examinar a controvérsia psi, é útil observar a ordem em que diversos tipos de cepticismos aconteceram.

Durante cada fase maior da controvérsia os cepticismos seguiram o seguinte padrão.

Críticas estatísticas que tentam demonstrar que os efeitos encontrados não eram realmente significativos.

Este tipo de crítica é usada normalmente por psicólogos e é refutada por estatísticos.
Se os críticos pudessem sustentar seu caso, neste ponto, a controvérsia tinha terminado.

Críticas metodológicas de que os efeitos são causados por erros dos procedimentos.

Como eu já disse anteriormente os defensores da hipótese do erro raramente colocaram suas hipóteses de erros a provas empíricas, e em seu lugar tenderam a discutir sua plausibilidade.

Em resposta, os parapsicólogos conduziram novas experiências que eliminam os suspeitados erros.

Críticas especulativas baseadas em argumentos a priori e ad hominem.

Esta forma do criticismo está baseada geralmente em supor que a existência dos fenómenos psi é incompatível com os princípios científicos fundamentais, mas os proponentes dos argumentos a priori nunca demonstraram satisfatoriamente a natureza de tal incompatibilidade mútua.

A polémica PES dos anos 30
A primeira grande fase da controvérsia psi aconteceu entre 1934 e 1939 e foi estimulada pela publicação das experiências de adivinhação de cartas PES iniciado por J. B. Rhine e seus colegas na Universidade do Duque (Rhine, 1934-1964) durante este período, apareceram aproximadamente 60 artigos críticos, principalmente na literatura psicológica americana.

Em um outro lugar (Honorton, 1975) eu tenho já apresentado uma revisão detalhada desta controvérsia na referência aos artigos mais críticos.

Na maioria das experiências iniciais de adivinhação de cartas, incitou-se as pessoas para supor a ordem de um baralho selado de 25 cartas randomizadas, e aquele continha cinco exemplos cada um de cinco símbolos geométricos diferentes.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122615
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Críticas aos “Cépticos” - Página 7 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 7 de 11 Anterior  1, 2, 3 ... 6, 7, 8, 9, 10, 11  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos