LUZ ESPÍRITA
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A Ciência confirma o Espiritismo?

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A Ciência confirma o Espiritismo? - Página 12 Empty Re: A Ciência confirma o Espiritismo?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 02, 2013 10:06 pm

Questionamos uma postura rígida no que tange à separação igreja-estado, na medida que pode ignorar a dinâmica cultural subjacente tanto à ciência quanto à religião.

Dada a importância dessa última em nosso mundo conturbado, e a consciência de que símbolos e rituais podem ser poderosos em nossa tentativa de construir um mundo melhor, cremos que a religião tenha o seu lugar em currículos escolares.

Isto seria de pouca valia sem uma percepção simultânea de que o criacionismo não é apenas ciência sem fundamentos, como também religião anacrónica, e os critérios pelos quais julgamos estes problemas são similares nos dois casos.

Uma busca comum é proposta, uma que ressoe na prática das escolas, sejam elas privadas ou públicas.
Esta busca começa e tem como objectivo pôr uma visão de mundo mais coerente, e um padrão compartilhado de valores, cognitivos ou morais.

Se essa busca comum em torno de uma visão mais ampla de racionalidade ocorrer, então talvez um dia essas controvérsias em torno do criacionismo simplesmente desapareçam, assim como a necessidade de um artigo como este.

A história e o jornalismo perderiam assim um tópico interessante, mas a boa ciência e a boa religião teriam muito a ganhar.

Eduardo Rodrigues da Cruz é professor de ciências da religião e história da ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Sua linha de pesquisa estuda as várias interfaces entre ciência e religião, resultando em inúmeros capítulos de livros e artigos, em português e em outras línguas.

E-mail: erodcruz "arroba" pucsp.br.

Leituras Suplementares

Miller, Kenneth R. 1999. Finding Darwin's God: a scientist's search for common ground between God and evolution. New York: Cliff Street Books.

Numbers, Ronald L. 1992. The creationists: the evolution of scientific creationism. New York: Alfred A. Knopf.
Ruse, Michael. 2002. O mistério de todos os mistérios. Vila Nova de Famalicão (PT): Edições Quasi.
_______. 2001. Can a darwinian be a christian? The relationship between science and religion. Cambridge: Cambridge University Press

http://www.comciencia.br/200407/reportagens/16.shtml

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 03, 2013 9:12 pm

...Eduardo Rodrigues da Cruz - entrevista[b] > As pontes entre Ciência e Religião [/i]

Artigos



"As promessas da cura do câncer e da terapia genética já deviam ter ensinado um pouco mais de humildade a quem vê na religião apenas uma barreira" diz o pesquisador Eduardo Rodrigues da Cruz.

Físico e teólogo, o professor Eduardo Rodrigues da Cruz conseguiu unir duas áreas aparentemente divergentes em sua carreira.

Coordenador do curso de pós-graduação de ciências da religião da PUC de São Paulo, ele promove o diálogo entre ambas, por meio de estudos, pesquisas, trabalhos e análises das manifestações religiosas, dentro de uma abordagem interdisciplinar.

Autor do livro A persistência dos deuses: religião, cultura e natureza, ele acredita que somente os pesquisadores têm a ganhar a curto prazo com a chancela oficial para uso de células-tronco embrionárias e defende que a religião ajuda a enfatizar que a definição de pessoa não passa unicamente pela sua racionalidade.

ComCiência - O senhor é cientista (físico) e religioso (teólogo), como fez a ponte entre ciência e religião em sua vida?
Quando começou a se interessar pelo tema?

Eduardo Cruz - Comecei a carreira como físico, em uma época em que os físicos debatiam acaloradamente as grandes questões sociais e intelectuais, e era mais comum que eles passassem a desenvolver outras actividades mais filosóficas.
Paralelamente, a Igreja de São Paulo desenvolvia um activo trabalho pastoral, um espaço de liberdade e criatividade em face da ditadura.
Junte-se a isto uma formação religiosa, e foi assim que começou meu fascínio pelas interfaces entre ciência e religião.

Se é possível estabelecer pontes ou não, é uma hipótese que estou continuamente a testar.
Construir pontes desse tipo não é trabalho para técnicos, mas sim para desbravadores arrojados.

ComCiência - Como um desbravador, o senhor acredita que ciência e religião sejam realmente divergentes ou é possível, e talvez necessário, estimular o diálogo entre ambas para o desenvolvimento da sociedade?
Como desfazer preconceitos e estereótipos dessas áreas e promover um novo olhar?

Eduardo Cruz - Ciência e religião pertencem a categorias diferentes.
Avaliar a história da ciência, por ser uma disciplina respeitada, é sempre o primeiro passo para conseguir a ponte entre as duas, quando há um suposto conflito no presente, e achamos que os motivos são fúteis.
Como dois sujeitos tão diferentes podem dialogar?

Basicamente, em três níveis: por meio do diálogo entre especialistas, cientistas e teólogos; no plano social ou ético, o diálogo entre as comunidades científicas e religiosas;
e por meio da percepção das semelhanças entre a atitude científica e a religiosa, das bases evolutivas e comuns entre a aquisição de conhecimento e a construção de símbolos e rituais religiosos.

Este tipo de diálogo já ocorre, bastaria que os meios de comunicação, os livros didácticos e paradidácticos, e as escolas e universidades se preocupassem mais em enfatizar as iniciativas de diálogo.

ComCiência - Muitas publicações de divulgação científica têm divulgado matérias sobre assuntos religiosos.
Como o senhor vê esse fenómeno e por que as pessoas estão procurando mais por esses temas?

Eduardo Cruz - De facto, com excepção das mais tradicionais, como a Scientific American, as outras têm trazido com mais frequência tais matérias.
Parece haver interesse popular, mas essas reportagens reflectem mais o senso-comum dos cientistas, não são resultado de pesquisas consistentes e sistemáticas.

Como essas pesquisas têm crescido em número e qualidade, é de se esperar que as matérias ganhem pouco a pouco mais destaque e qualidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 03, 2013 9:13 pm

ComCiência - Como o jornalismo científico deve olhar para as questões religiosas e qual deve ser o seu papel numa sociedade que busca mais informações sobre o assunto?
Eduardo Cruz - Não parar nas fontes mais óbvias, buscando fontes mais académicas e também mais fontes na Igreja.
Seu papel na sociedade, a meu ver, é desfazer os mitos que a grande imprensa produz a respeito do assunto.

ComCiência - Muitos cientistas costumam ver a religião apenas como barreira para os avanços científicos.
A religião pode de alguma forma ajudar a ciência e a sociedade, principalmente quando se refere a questões éticas?
Quem garante que uma inovação ou descoberta científica será aproveitada de maneira responsável e contribuir para uma vida melhor?

Eduardo Cruz - Sem dúvida, a religião sempre surgiu como uma reserva de sentido contra o espírito de can do-will do (posso fazer-vou fazer), frequentemente travestido na pele de avanços científicos.
As promessas da cura do câncer e da terapia genética já deviam ter ensinado um pouco mais de humildade a quem só vê na religião uma barreira.

ComCiência - Há cientistas que dizem que se criou um optimismo exagerado sobre a aprovação do uso terapêutico de células-tronco, porque as pesquisas científicas costumam ser demoradas e a expectativa de cura de muitas pessoas pode ser frustrante, por não terem sido bem informadas. O que o senhor pensa a respeito?
Eduardo Cruz - Há que se distinguir entre tratamentos com células-tronco em geral, vide avanços recentes na medicina brasileira, e células-tronco embrionárias.
Apenas esta última é controversa. Isso porque, a célula-tronco adulta é do indivíduo mesmo, e sua retirada não mata o doador.
No caso das células embrionárias torna-se mais difícil dizer que os pais sejam "donos" do embrião, ou que não há morte de um indivíduo em potencial.

De qualquer forma, a pesquisa com células-tronco embrionárias ainda está na sua infância, e há um longo caminho a percorrer antes que algum tratamento oficialmente aceito esteja disponível.

Apenas os pesquisadores têm a ganhar, no curto prazo, com a chancela oficial para essas pesquisas.
Quanto ao argumento de que muitas dessas células vão ser descartadas de qualquer jeito, há que se lembrar uma questão moral anterior, a do desejo de "um-bebé-a-qualquer-custo", sem que o casal incline-se mais para uma adopção.

ComCiência - Como o senhor avalia os recentes episódios de "espetacularização" da vida e da morte nos casos de Terri Schiavo?
Eduardo Cruz - De facto, o caso dela, pelos aspectos políticos, emocionais e morais envolvidos, dá margem ao espectáculo.
Os grupos religiosos que a defendiam foram castigados pela mídia, associados que foram à direita política e ao irracionalismo.

Mas eles levantaram uma questão importante.
Como a ciência pode provar que Terri nada sentiu nas duas semanas em que definhou até a morte?
E ainda tem que haver um consenso sobre o que é "sentir".
In dúbio, pro reu (na dúvida, julgue-se a favor do réu).

A religião ajuda a enfatizar que a definição de pessoa não passa unicamente pela sua racionalidade.

ComCiência - A Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) tem lançado projectos para promover a aproximação entre ciência e religião.
Muitas universidades norte-americanas como a University of Duke estão estudando cientificamente os efeitos da fé sobre as pessoas e já existem até disciplinas obrigatórias sobre medicina e espiritualidade.
Por que esses estudos ainda são tão recentes no Brasil e vistos ainda como assuntos menores por grande parte da academia, sendo o país tão rico na pluralidade religiosa?

Eduardo Cruz - Também nos Estados Unidos esses estudos ainda são vistos como assuntos menores.
A diferença é que lá eles já estão institucionalizados e ganharam um espaço que parece definitivo, e aqui ainda não.
A meu ver, a questão básica passa pela competência e pelo interesse.

No momento em que algum cientista ou grupo de pesquisa de ponta começa a trabalhar nessas temáticas, elas passam a ganhar destaque e respeito académico.
Ainda estamos aguardando os brasileiros que darão início a isso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 03, 2013 9:13 pm

ComCiência - Diferenciar religião de esoterismo e auto-ajuda pode ajudar a traçar rumos mais sérios para o diálogo entre ciência e religião e evitar a pseudociência?
Como fazer isso?
Eduardo Cruz - Esotéricos pressupõem possuir um tipo especial de acesso ao plano transcendente comum entre ciência e religião, uma dimensão mística que dispensaria o trabalho penoso e ascético que leva à boa ciência e à boa religião.

Desenvolver essas últimas não significa apaziguamento da consciência, mas enfrentar seriamente a dura, indiferente e elusiva realidade.
Questionar o esoterismo como proposta de diálogo deve ser feito pela reafirmação dos princípios epistemológicos e morais da velha e judiada "ciência moderna", assim como da religião ocidental.

ComCiência - Quais serão os desafios do novo papa em relação aos temas científicos?
O senhor acredita que se a Igreja não começar a dialogar mais com a ciência e se actualizar poderá perder ainda mais fiéis, principalmente no Brasil?

Eduardo Cruz - Justamente por ser um papa de sólida formação intelectual, vindo de um país onde cientistas e teólogos já têm uma tradição de debate e diálogo, é de se esperar que ele estimule, ainda mais que João Paulo II, o diálogo com a ciência.
Por outro lado, sociologicamente não há um nexo entre "ser actualizada" e "ganhar fiéis".

Por exemplo, as igrejas protestantes na Europa, em princípio mais actualizadas que a católica, perdem ainda mais fiéis.
Há outros critérios para "actualizado" que não o científico, veja-se o sucesso das igrejas evangélicas no Brasil.

ComCiência - Muitas congregações e instituições religiosas são donas ou mantêm muitas universidades e colégios no país.
Dessa forma, grande parte dos futuros cientistas pode estar sendo formada a partir de bases religiosas.
No passado, muitos padres e seguidores de outras religiões foram cientistas famosos, por que hoje existe a tendência de separar tanto as duas coisas, causando ainda estranheza a existência de cientistas religiosos?

Eduardo Cruz - Também os cientistas do passado e do presente foram formados, aqui no Brasil, em colégios confessionais.
Mas não quer dizer que as pessoas saiam como uma "base religiosa" explícita.
Penso que a coisa vem mais de família do que propriamente dos colégios.

O que mostra que colégios e universidades confessionais falham ao não apresentar uma visão comum crível que saiba unir as aulas de ciências e a formação religiosa.
Quanto aos cientistas famosos que professam uma religião, eles são tão comuns no passado como no presente.

Newton era anglicano, Einstein era judeu, o biólogo contemporâneo de Darwin, Alfred Russell Wallace reconheceu o espiritismo, Francis Coolins, director do projecto Genoma Humano é presbiteriano.

Hoje, muitos apenas relegam sua religiosidade ao domínio privado, um traço típico da modernidade.

Entrevista feita por Cristiana Felipe

http://www.comciencia.br/entrevistas/2005/05/entrevista1.htm

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 04, 2013 9:10 pm

.. Rodrigo Cunha > Criação versus evolução:
uma disputa pelo controlo da política educacional

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Desde que o estado norte-americano de Kansas decidiu excluir a teoria da evolução, de Charles Darwin, das provas de ciências das escolas públicas, em 1999, tem crescido em vários países do mundo o movimento dos que defendem o criacionismo, corrente abraçada por religiosos e cientistas, segundo a qual a origem do universo e da vida é fruto da criação divina.

Em alguns países da Europa, o criacionismo se fortalece apenas gradativamente, mas em outros, o movimento já começa a dar sinais de poder na definição das políticas públicas de educação.

O jornal britânico The Independent publicou no dia 13 de junho deste ano uma matéria sobre a ligação do primeiro-ministro Tony Blair com escolas que ensinam o criacionismo.
Segundo a matéria, ele inaugurou pessoalmente um desses estabelecimentos de ensino, dirigido por Peter Vardy, a quem Blair já havia concedido uma espécie de comenda, em 2001, por serviços prestados à educação.

O texto do Independent aponta o conselheiro de Blair, Andrew Adonis, como a principal força por trás da expansão das escolas religiosas no Reino Unido.

Nos últimos 10 anos, foram criadas na Inglaterra cerca de 180 novas escolas secundárias ligadas à igreja.
O primeiro-ministro britânico, em entrevista na TV, já havia se declarado favorável ao que ele chamou de "diversidade no ensino":

a actual política educacional do Reino Unido determina que o currículo das escolas deve conter a teoria da evolução, mas permite que elas também ensinem o criacionismo.

A National Secular Society, uma organização racionalista fundada em 1866, que luta contra os privilégios religiosos, classificou a defesa do criacionismo no ensino como uma "deplorável aceitação de anti-ciência" por parte do primeiro-ministro.

Não é apenas em países predominantemente protestantes, como os Estados Unidos e a Inglaterra, que o movimento anti-evolucionista vem crescendo.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Educação da Itália, um país fortemente católico, publicou o novo programa do ensino médio, que exclui do currículo o aprendizado da teoria da evolução.

Um grupo de renomados cientistas italianos, incluindo o vencedor do Prémio Nobel de medicina, Renato Dulbecco, publicou no jornal La Repubblica um apelo colectivo ao ministério para que reconsiderasse o programa, pois segundo eles, a exclusão "representa uma limitação cultural e uma renúncia ao desenvolvimento da curiosidade científica e da abertura da mente" da nova geração do país.

Em nota sobre o assunto, o Centro Studi Creazionismo afirmou que apesar de não compartilhar da teoria evolucionista, não é contrário ao seu ensino, mas defende que ela seja tratada de modo crítico e não dogmático.

Na Itália, onde o movimento anti-evolucionista já existe há mais de uma década, há quem adopte uma posição mais radical sobre essa questão.

Em 1991, Fernando De Angelis, doutor em Ciências Agrárias pela Universidade de Perugia, e fundador da Associação Cultural Evangélica Daniele-Baltazzar, publicou um livro que ataca o darwinismo já em seu título:
A origem da vida por evolução, um obstáculo ao desenvolvimento da ciência.

Outros países europeus de maioria católica, como a Espanha, ou protestante, como a Alemanha, também possuem suas organizações criacionistas.
Já na França, berço do iluminismo racionalista, os religiosos aparentemente não vêem conflito entre a ideia da criação divina da vida e a evolução das espécies.

"Nas escolas francesas, a origem do universo e da vida é apresentada unicamente em seu aspecto científico", afirma Jacques Abbatucci, do Groupe d'étude Teilhard de Chardin, referindo-se à teoria do Big Bang que explica a origem do universo - e ao evolucionismo darwiniano.

Esse grupo de estudos é uma das várias associações francesas seguidoras da obra do geólogo, paleontólogo e padre jesuíta Pierre Teilhard de Chardin.
No livro Le Phénomène Humain, publicado no ano de sua morte, em 1955, o jesuíta e pesquisador Teilhard apresenta sua visão em torno do tema central da evolução, desenvolvendo o conceito de "noosfera" - um termo com certo sentido espiritual (algo como a rede cósmica das consciências individuais).
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 04, 2013 9:11 pm

Ele esteve ligado ao longo de toda a sua carreira científica ao Museu Nacional de História Natural da França, sede da Fundação Teilhard de Chardin, fundada em 1962 em sua homenagem.

Já no continente americano, algumas organizações criacionistas, como a canadense, ainda lutam para obter espaço nas políticas educacionais de seus países.
"O ensino da evolução nas escolas públicas do Canadá é terrível", disse por e-mail à ComCiência Laurence Tisdall, presidente da Associação de Ciência Criacionista de Québec.

Essa entidade, ligada ao movimento da Criação Inteligente - segundo o qual, a natureza apresenta sinais evidentes de ter sido planejada por uma inteligência pré-existente integra a Access Research Network, uma organização de pesquisadores do Canadá e dos Estados Unidos dedicada a assuntos controversos como criação/evolução, engenharia genética e eutanásia, entre outros.

Segundo Tisdall, sua associação acaba de finalizar um artigo que critica página por página o manual de biologia usado actualmente no ensino secundário canadense.

"Esse livro menciona fraudes conhecidas desde 1937 como se fossem fatos!", ataca.
Uma das fraudes mencionadas pelo criacionista canadense é sobre a evolução da inteligência desde os ancestrais do Homo sapiens até o homem moderno.

Tisdall afirma que "há provas demonstrando que o homem das cavernas havia sido não apenas tão inteligente quanto nós, mas talvez até mais inteligente" (veja box ao final dessa reportagem).

Estados Unidos: onde a disputa ferve

"O clamor pelo ensino do criacionismo tornou-se mais forte nos anos que se seguiram à publicação de Voices for Evolution", conta Mollen Matsumura, do Centro Nacional para Educação da Ciência (NCSE, na sigla em inglês), uma organização norte-americana dedicada à defesa do ensino da evolução.

"É como se o brado pelo criacionismo fosse outrora um tímido ruído surdo e prolongado de trovão no horizonte, e agora, em mais e mais comunidades, o relâmpago esteja caindo", continua.

Esse livro, cuja primeira versão foi editada por Betty McCollister e publicada pelo NCSE saiu em 1981, contém dados sobre casos na justiça envolvendo a controvérsia evolução/criação, e o posicionamento de 15 organizações religiosas, 11 organizações de defesa das liberdades civis e dezenas de organizações científicas e educacionais sobre o assunto.

A segunda edição, revisada e ampliada, sob responsabilidade de Matsumura, foi publicada em 1995.

Nos Estados Unidos já existem associações criacionistas há décadas, como a Creation Research Society, criada por dez cientistas, no estado de Michigan, em 1963.

Mas foi só na década de 80 - após a publicação de Voices of Evolution - que os criacionistas norte-americanos conseguiram uma vitória significativa no campo educacional:
a Suprema Corte do país determinou que os estados não poderiam impedir o ensino do criacionismo nas escolas.

Uma das principais instituições responsáveis pelo lobby que levou a essa decisão foi o Institute for Creation Research, da Califórnia, que realiza seminários, conferências e debates sobre o assunto, possui uma rádio e um Museu da Criação e da História da Terra, além de publicar periódicos como Vital Articles on Science Creation, para o qual contribuem pesquisadores de diversas universidades do país.

Após a decisão da Suprema Corte, os estados do Alabama, Novo México e de Nebrasca adoptaram mudanças no currículo científico, apresentando o evolucionismo apenas como uma das possíveis teorias sobre a vida na Terra.

Os estados do Texas, de Ohio, Washington, New Hampshire e Tennessee adoptaram posição similar, incluindo a apresentação de evidências contradizendo a teoria da evolução, mas revogaram posteriormente essa última medida.

A mudança mais radical aconteceu em 1999, quando o Conselho de Educação de Kansas aprovou por seis votos a quatro o currículo padrão para as escolas públicas do estado, elaborado com o auxílio da Creation Science Association for Mid-America, excluindo questões sobre o evolucionismo em provas de admissão e de avaliação em vários níveis do ensino.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 04, 2013 9:11 pm

Essa medida, segundo os que defendem o evolucionismo, apesar de não impedir, desestimula o seu ensino nas escolas de Kansas.

"A controvérsia criação/evolução não é uma disputa intelectual ou científica, nem é um conflito entre ciência e religião", comenta Stanley Weinberg, fundador do primeiro dos 50 comités regionais que integram o Centro Nacional para Educação da Ciência - que conta ainda com cinco representações no Canadá.

"Basicamente, é uma disputa pelo controle da política educacional", completa.

Um caso exemplar na controvérsia

No final dos anos 90, uma descoberta de ossos de um Neandertal perto de Dusserldorf, na Alemanha, suscitou um grande interesse tanto entre evolucionistas quanto entre criacionistas.

Comparando o DNA mitocondrial do osso do Neandertal com o do homem moderno, pesquisadores evolucionistas afirmaram que a "linha neandertaliana" divergia da "linha dos hominídeos", sem contribuir para o DNA do Homo sapiens moderno.

Pesquisadores ligados ao criacionismo questionaram a cientificidade dos resultados, dizendo que a comparação de uma única amostra de Neandertal com o valor médio de resultados de 1669 homens modernos não é apropriada do ponto de vista estatístico.

"A anatomia do Neandertal é essencialmente humana, com o mesmo número de ossos, o mesmo funcionamento", afirma Dave Phillips, mestre em antropologia e doutor em paleontologia pela Universidade da Califórnia, em artigo publicado na Vital Articles on Science Creation. Ele reconhece que existem diferenças no tamanho e na resistência dessa estrutura óssea, mas diz que elas não são significativas.

"Essas diferenças são sem importância e podem ser encontradas entre os humanos modernos", continua. Phillips menciona no artigo a descoberta de uma pequena flauta feita a partir do fémur de um urso, junto a restos de ossos de Neandertal, uma evidência cultural que o leva a concluir que "os Neandertais eram humanos".

http://www.comciencia.br/200407/reportagens/04.shtml

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 05, 2013 9:58 pm

.. Alexandre Cumino > Umbanda, Candomblé e Kardecismo

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Sabemos que Umbanda não é Candomblé e nem Kardecismo, a confusão é grande, pois Candomblé é religião de culto aos Orixás e Kardecismo é religião de trabalho com os espíritos, ambas calcadas no fenómeno Mediunidade.

Encontramos na Umbanda aspectos das duas, assim como de tantas outras para um observador mais atento, mas o facto de ter algo em comum não quer dizer que podemos adoptar por livre e espontânea vontade as práticas, e filosofias religiosas das mesmas para dentro de nosso terreiro, pois a Umbanda possui filosofia e práticas próprias que são observadas e trazidas a luz através dos espíritos guias.

Sim, nós também cultuamos aos Orixás mas de forma diferente do ancestral culto Africano, pois os vemos sob outro ponto de vista, se fosse para ser igual não haveria de se fundar outra religião, simplesmente adoptaríamos o "Candomblé de Caboclo".

Logo, quando surgir uma dúvida, antes de recorrer ao que é tão funcional dentro do âmbito de "Culto de Nação", espere, consulte e tenha fé que seus guias de Umbanda terão as soluções, dentro e segundo nossas práticas.

Quanto ao kardecismo a maioria de nós Umbandistas tem recorrido à sua vasta literatura para nos esclarecermos quanto "ao mundo dos espíritos".
O movimento kardecista esmiuçou e foi a fundo no estudo do fenómeno Mediunidade, o que nos vale como ponto em comum.

Já a maneira de se trabalhar mediunicamente dentro da Umbanda é única, pois ela vai além do "passe e doutrina", os guias de Umbanda têm extrema afinidade e conhecimento das manipulações de elementos da natureza e processos magísticos, motivo pelo qual possuem toda uma variedade de recursos como o uso do fumo, das velas, ponto riscado, ponteiros, Otás, pedras e cristais, guias, banhos, defumações e etc...

O que muitas vezes é visto como um "atraso religioso", na verdade em sua humildade "esconde" toda uma riqueza jamais imaginada pelo "leigo critico".

fonte: Jornal de Umbanda Sagrada

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 05, 2013 9:59 pm

.. Alexandre Cumino> Umbanda: Matriz Religiosa Brasileira

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Dia 13 de Novembro de 2008 publiquei o texto UMBANDA: MATRIZ RELIGIOSA BRASILEIRA, no Jornal de Umbanda Sagrada, e por incrível que pareça até esta data não encontrei nenhuma publicação umbandista que aborda-se o tema.

Também não recebi, até a data citada, nenhum e-mail que se refere desta forma à Umbanda, ou seja nenhum documento chegou às minhas mãos que apresenta-se outro irmão umbandista abordando ou defendendo esta questão impar para a religião de Umbanda.

Afinal o uso do termo Matriz Religiosa Brasileira é novo e faz parte do contexto de Sociologia da Religião, mais precisamente um termo cunhado pelo sociólogo José Bettencourt Filho, que aparece como tese no livro Matriz Religiosa Brasileira, Ed. Vozes, 2003.

Por ser um estudo especifico da área de Sociologia da Religião ou de Ciências da Religião é compreensivo que poucos tivessem tido acesso ao mesmo, afinal sempre que se fala de Umbanda costuma-se defini-la como religião de Matriz Afro-Brasileira, um termo que se aplica correctamente ao Candomblé.

Por ter uma raiz afro é que se costuma colocar a Umbanda entre as religiões de Matriz Afro-Brasileiras, mas a Umbanda não tem também uma raiz indígena e outra europeia (na influencia católica e "kardecista")?
Então também seria de Matriz Indígena e Europeia?

Segundo BETTENCOURT, citando a fonte correta, existe uma Matriz Brasileira no que diz respeito à cultura brasileira que é, esta sim, formada pelas diversas culturas que aqui chegaram com a colonização e a Matriz Religiosa Brasileira está inserida dentro da Matriz Cultural Brasileira.

Esta é uma abordagem nova, digna e muito importante para quem segue uma religião brasileira, pois é partindo deste ponto que alcançaremos um entendimento maior do que também é chamado de "caldo cultural brasileiro".

A Matriz Religiosa Brasileira, ao contrário do que pode parecer não é um simples sincretismo do branco-negro-índio, ela se formou de forma tardia pois além destas três culturas seu ultimo elemento formador aportou no Brasil apenas no século XIX, que é o "kardecismo" (Espiritismo).

Graças ao irmão Cássio Ribeiro e Sandra Santos, chegamos à Câmara dos Deputados em Brasília, no dia 10 de Novembro, onde fui convidado para apresentar o texto, que foi lido pelo Deputado Vicentinho.

Por meio da irmã Sandra Santos enviei três textos:
Matriz Religiosa Brasileira; XV de Novembro; Cem Anos de Umbanda

Foi escolhido o texto Cem Anos de Umbanda, que junto do texto Matriz Religiosa Brasileira, fazem parte do livro UMBANDA:
TRAJECTÓRIA DE UMA RELIGIÃO, que será lançado em 2009, em parceria com a Editora Madras.

Um dos objectivos deste livro é apresentar esta Matriz Religiosa Brasileira e os caminhos que conduzem a este raciocínio ou seja quais foram os estudos que antecederam a este e como uma tese é defendida em cima das ideias propostas por outro autor que a antecede.

Sempre ouvimos falar que Umbanda é sincretismo e todos nós defendemos esta ideia, no entanto há agora uma mudança de paradigma (ponto de partida ou ponto de vista), que também é nova, no entanto foi defendida por Renato Ortiz em 1975 (Tese de Doutorado em Paris, orientada por Roger Bastide) e publicada no Brasil com o titulo de A Morte Branca do Feiticeiro Negro (São Paulo: Ed. Brasiliense).

Este novo paradigma, defendido por Renato Ortiz, diz que a Umbanda é muito mais que sincretismo, Umbanda é a síntese do povo brasileiro, juntando ORITIZ com BETTENCOURT temos então a faca e o queijo na mão para entender e defender a Umbanda como Religião Brasileira.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 05, 2013 9:59 pm

Igualmente ao termo Matriz Religiosa Brasileira ainda não é costume do umbandista entender a Umbanda como "síntese do povo brasileiro", pois até nossos dias o que mais ouvimos é "sincretismo de culturas" como definição para a Umbanda.

No dia 18 de Novembro de 2008 tive a oportunidade de palestrar na Câmara Municipal de São Paulo, a convite do Pai Guimarães e neste dia, graças aos Orixás com casa cheia, pude então apresentar as teses de que "Umbanda é mais do que sincretismo é a síntese do povo brasileiro" (tese de Renato Ortiz, devidamente citado no dia) e que "Umbanda é religião de Matriz Religiosa Brasileira" (tese de José Bettencourt Filho, também citado devidamente no dia), passando por Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Roger Bastide, Câmara Cascudo, Renato Ortiz e José Bettencourt.

Agora mais surpreso ainda fiquei eu ao saber que o irmão Roger Tausing irá apresentar o tema "Matriz Religiosa Brasileira:
Passado, Presente e Futuro da Umbanda" no dia 9 de Dezembro em um seminário com o tema "Centenário da Umbanda: Matriz Religiosa Brasileira", deve ser uma feliz coincidência.

Aproveito esta oportunidade para dar os parabéns aos irmãos que conquistaram esta data na Câmara dos Deputados, todas as comemorações em homenagem ao centenário engrandecem a religião de Umbanda, e marcam definitivamente no inconsciente colectivo e também no consciente desta nação que Umbanda tem história e é uma religião brasileira.

Ofereço como colaboração o texto que foi publicado dia 13 de Novembro de 2008 no Jornal de Umbanda Sagrada (Umbanda: Matriz Religiosa Brasileira), já que nenhum umbandista, que eu saiba, tenha abordado o tema até aqui, creio que toda colaboração é valida, segue o texto:

UMBANDA: Matriz Religiosa Brasileira

Por Alexandre Cumino

Eduardo Refkalefsky, Doutor em Comunicação e Cultura e professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao lado da aluna de graduação (ECO/UFRG) Cyntia R. J. Lima, apresentaram o tema POSICIONAMENTO E MARKETING RELIGIOSO IURDIANO:
UMA LITURGIA SEMI-IMPORTADA DA UMBANDA, onde faz considerações importantes para este nosso estudo:
(...) a Umbanda representa melhor do que qualquer outra religião, culto ou doutrina os elementos da "Matriz Religiosa Brasileira", termo criado pelo sociólogo José Bettencourt Filho (2003).

A Matriz Religiosa é parte da Matriz Cultural Brasileira, fruto do processo de colonização.
No processo de formação da nacionalidade brasileira, o que em demografia representa a miscigenação , se traduz no campo religioso como sincretismo.

Do ponto de vista conceitual, a Matriz compreende:
(...) formas, condutas religiosas, estilos de espiritualidade, e condutas religiosas uniformes evidenciam a presença influente de um substrato religioso-cultural que denominamos Matriz Religiosa Brasileira.

Esta expressão deve ser apreendida em seu sentido lato, isto é, como algo que busca traduzir uma complexa interacção de ideias e símbolos religiosos que se amalgamaram num decurso multissecular, portanto, não se trata stricto sensu de uma categoria de definição, mas de um objecto de estudo.

Esse processo multissecular teve, como desdobramento principal, a gestão de uma mentalidade religiosa média dos brasileiros, uma representação colectiva que ultrapassa mesmo a situação de classe em que se encontrem. (...) essa mentalidade expandiu sua base social por meio de injunções incontroláveis (...) para num determinado momento histórico, ser incorporada definitivamente ao inconsciente colectivo nacional, uma vez que já se incorporara, através de séculos, à prática religiosa [BETTENCOURT, 2003, p. 42s].
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 05, 2013 9:59 pm

As características principais da Matriz Religiosa Brasileira e da Umbanda, em especial, são:
a) o contacto directo com o sagrado (através das incorporações de "espíritos");
b) o uso intensivo de elementos sincréticos, provenientes de várias origens religiosas;

c) o carácter de magia prática para solução de problemas cotidianos;
d) a relação de trocas ("eu te ajudo para que você me ajude") com estas entidades e o Sagrado, de modo geral;
e) a prática de uma religiosidade individual, à margem das instituições eclesiásticas;

e f) uma moral "franciscana" (LIMA FILHO, 2005), que privilegia atitudes e comportamentos "simples", "líricos", quase animistas em relação à natureza, avessos à cultura letrada, ao intelectualismo, mercantilismo (a modernidade de Weber) e defensores dos "fracos e oprimidos".

Estas são conclusões inevitáveis a quem estuda religião de forma séria, mesmo que não conhecêssemos a história de Zélio de Moraes ainda assim Umbanda seria uma religião brasileira, pois em lugar nenhum, no tempo e no espaço se reuniu os elementos que são presentes na Umbanda da forma como a conhecemos.

Pois a Umbanda não prescinde de cada um dos elementos das diversas culturas presentes nesta matriz.
A História do Zélio faz confirmar a nacionalidade de Umbanda.

Não encontraríamos a integridade de todos elementos apenas em uma ou outra cultura, portanto o nascimento se dá do encontro ou síntese de todas elas.

O que temos são raízes ou "origens" diversas que se combinam.
Quanto a uma suposta origem na Lemúria, Atlântida ou Índia a resposta é simples, não há umbanda sem o Preto-velho (negro que foi escravo no Brasil, baptizado com nome português como João, José, Benedito...) e quem é este preto-velho nestas supostas origens?
A Umbanda não antecede quem a formou O Caboclo e o Preto-velho.

Assim podemos entender esta suposta origem e a teoria do AUMBANDHÃ como um "Mito Fundante" criado ou "forjado" para colocar a Umbanda em posição privilegiada.
Eu particularmente não creio neste mito, respeito quem acredita, mas devo como sempre fundamentar porquê não creio...

Por fim a teoria de "religião primordial" e "religião verdadeira" ("religiovera?") foram teorias católicas adaptadas para a Umbanda, também é uma teoria que se inspira na Teosofia como origem de todas as religiões.

Hoje sabemos que o que sempre houve na humanidade foi experiência religiosa e não esta ou aquela religião, não há uma religião superior à outra.

A Umbanda é apenas a nossa firma de praticar religião, uma forma brasileira...

AXÉ a todos que batem cabeça no congá de Oxalá e que o Caboclo das Sete Encruzilhadas nos inspire palavras e pensamentos que dignifiquem a religião fundamentada por ele um século atrás.

Alexandre Cumino

§.§.§- O-canto-da-ave
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