Estudos Avançados Espíritas
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O Espaço e o Tempo
Carlos Alberto Correa Fonseca
Não raro, nos envolvemos na expectativa gerada pela espera de um novo tempo, demarcado pelos valores transitórios.
A ansiedade vazia que nos leva aos excessos, não contribui para iniciarmos ou revigorarmos nossos ideais de renovação espiritual.
O homem, impossibilitado de amar uns aos outros, como preceitua Jesus, institui o Dia da Confraternização Universal, que por sua vez, é um grande passo para conquistas maiores e melhores no campo do sentimento virtuoso.
Confraternizar, significa unir com amizades íntima, é estreitar nossos relacionamentos com o próximo, e esse acto deve ser comum a todos, isto é, universalizado.
Ao reflectirmos sobre algumas comunicações que trazem a assinatura:
Galileu, publicadas no livro "A Génese", um dos volumes do Pentateuco Kardequiano, capítulo VI, Uranografia Geral, item:
"O Espaço e o Tempo", nosso conceito sobre as tradicionais festividades de fim de ano, alterar-se-ão profundamente.
O autor, esclarece a relação do Espaço e o Tempo com o infinito, dizendo que os mesmos não tem limites, e que, embora nossas faculdades sejam restritas, podemos representá-los pelo pensamento.
Suponhamos, diz ele, que partindo da terra, localizada no meio do infinito, em direcção a qualquer ponto do Universo, na velocidade prodigiosa da faísca eléctrica, depois de percorrermos milhões de léguas, nos encontraremos num local onde a Terra aparece como uma pálida estrela e, continuando nosso percurso na mesma direcção, chegaremos às estrelas longínquas, e já não distinguimos mais a terra, nem mesmo o sol.
Milhares e milhares de mundos passaram sob nossos olhos e no entanto, diz ele, na realidade não avançamos um só passo pelo universo afora.
Eis o que é espaço!
Do Tempo, também faremos uma ideia mais justa estabelecendo sua analogia com a eternidade.
Presumamos estar, antes da Terra balançar sob o divino impulso, pois o pêndulo dos séculos ainda não está em movimento.
Porém, momentos depois, a Terra começa a mover-se no espaço, existindo manhã e tarde.
Além Terra, a eternidade jaz impassível e imóvel, embora o Tempo caminhe também em outros mundos, incompatíveis, uma vez que cada um fora criado em épocas diferentes.
Continua...
Não raro, nos envolvemos na expectativa gerada pela espera de um novo tempo, demarcado pelos valores transitórios.
A ansiedade vazia que nos leva aos excessos, não contribui para iniciarmos ou revigorarmos nossos ideais de renovação espiritual.
O homem, impossibilitado de amar uns aos outros, como preceitua Jesus, institui o Dia da Confraternização Universal, que por sua vez, é um grande passo para conquistas maiores e melhores no campo do sentimento virtuoso.
Confraternizar, significa unir com amizades íntima, é estreitar nossos relacionamentos com o próximo, e esse acto deve ser comum a todos, isto é, universalizado.
Ao reflectirmos sobre algumas comunicações que trazem a assinatura:
Galileu, publicadas no livro "A Génese", um dos volumes do Pentateuco Kardequiano, capítulo VI, Uranografia Geral, item:
"O Espaço e o Tempo", nosso conceito sobre as tradicionais festividades de fim de ano, alterar-se-ão profundamente.
O autor, esclarece a relação do Espaço e o Tempo com o infinito, dizendo que os mesmos não tem limites, e que, embora nossas faculdades sejam restritas, podemos representá-los pelo pensamento.
Suponhamos, diz ele, que partindo da terra, localizada no meio do infinito, em direcção a qualquer ponto do Universo, na velocidade prodigiosa da faísca eléctrica, depois de percorrermos milhões de léguas, nos encontraremos num local onde a Terra aparece como uma pálida estrela e, continuando nosso percurso na mesma direcção, chegaremos às estrelas longínquas, e já não distinguimos mais a terra, nem mesmo o sol.
Milhares e milhares de mundos passaram sob nossos olhos e no entanto, diz ele, na realidade não avançamos um só passo pelo universo afora.
Eis o que é espaço!
Do Tempo, também faremos uma ideia mais justa estabelecendo sua analogia com a eternidade.
Presumamos estar, antes da Terra balançar sob o divino impulso, pois o pêndulo dos séculos ainda não está em movimento.
Porém, momentos depois, a Terra começa a mover-se no espaço, existindo manhã e tarde.
Além Terra, a eternidade jaz impassível e imóvel, embora o Tempo caminhe também em outros mundos, incompatíveis, uma vez que cada um fora criado em épocas diferentes.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Tantos mundos haja na vasta expansão, tantos tempos diversos haverão.
Conclui seu pensamento, pedindo para amontoarmos milhares e milhares de séculos, formando um número colossal, esse número não representaria senão um ponto na eternidade.
Tempo e Espaço:
eternidade sem restrições e imensidade sem limites.
Tais duas grandes propriedades da natureza universal, afirma nosso irmão.
Como estamos trabalhando nossas esperanças para o futuro?
Presos a datas circunscritas ou nos entendendo como Espíritos Eternos, que nossas potencialidades "em ser", podem e devem ser estimuladas hoje, amanhã, domingo, segunda, janeiro ou agosto?
O tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias.
A eternidade não é susceptível de nenhuma medida do ponto de vista de sua duração, para ela, não há começo nem fim, para ela, tudo é presente.
Se séculos e séculos são menos que um segundo em relação à eternidade, o que será então a duração da vida humana?
Aí está, uma valiosa contribuição do Espiritismo no processo regenerativo da humanidade, induzindo-nos a reflectir sobre os valores espirituais acima dos temporais, conduzindo-nos através do esclarecimento, à compreensão do viver com serenidade, como vivera Jesus e, incorporando à nossa vida, o dizer do Mestre:
"a cada dia, basta seu próprio mal".
Não guardando rancores ou qualquer outro sentimento que não seja FRATERNAL.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Tantos mundos haja na vasta expansão, tantos tempos diversos haverão.
Conclui seu pensamento, pedindo para amontoarmos milhares e milhares de séculos, formando um número colossal, esse número não representaria senão um ponto na eternidade.
Tempo e Espaço:
eternidade sem restrições e imensidade sem limites.
Tais duas grandes propriedades da natureza universal, afirma nosso irmão.
Como estamos trabalhando nossas esperanças para o futuro?
Presos a datas circunscritas ou nos entendendo como Espíritos Eternos, que nossas potencialidades "em ser", podem e devem ser estimuladas hoje, amanhã, domingo, segunda, janeiro ou agosto?
O tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias.
A eternidade não é susceptível de nenhuma medida do ponto de vista de sua duração, para ela, não há começo nem fim, para ela, tudo é presente.
Se séculos e séculos são menos que um segundo em relação à eternidade, o que será então a duração da vida humana?
Aí está, uma valiosa contribuição do Espiritismo no processo regenerativo da humanidade, induzindo-nos a reflectir sobre os valores espirituais acima dos temporais, conduzindo-nos através do esclarecimento, à compreensão do viver com serenidade, como vivera Jesus e, incorporando à nossa vida, o dizer do Mestre:
"a cada dia, basta seu próprio mal".
Não guardando rancores ou qualquer outro sentimento que não seja FRATERNAL.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
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O difícil aprendizado de viver em sociedade
Nilza Teresa Rotter Pelá
Diariamente presenciamos na mídia e no quotidiano de nossas vidas o desrespeito ao direito do outro, quer seja esse outro uma pessoa, um grupo, uma etnia ou mesmo uma nação.
Alguns episódios são de extrema violência gerando indignação e até intervenção armada de forças internacionais, outras são subtis passando desapercebida até para os mais próximos.
O olhar percorrendo a história da humanidade revela que este desrespeito assume vestes diferenciadas, mas, também revela sempre a presença do egoísmo como pano de fundo das diferentes manifestações.
A respeito do egoísmo assim se expressa Kardec em Obras Póstumas em sua dissertação O Egoísmo e o Orgulho:
"O egoísmo e o orgulho têm origem num sentimento natural: o instinto de conservação.
Todos os instintos têm sua utilidade e sua ração de ser, pois Deus nada faz que seja inútil.
Deus não criou o mal.
É o homem que o causa pelo abuso dos dons de Deus, em virtude do livre arbítrio que, exercido dentro dos justos limites, é um sentimento bom.
Seu uso exagerado é que o torna mau e pernicioso."
Podemos perceber que o instinto de conservação desencadeia manifestações extremamente individualistas na pessoa que sente que sua integridade está ameaçada, assim a disputa fica exacerbada quando um indivíduo percebe que o outro pode lhe tirar o que lhe é essencial para a sobrevivência.
Foi este estilo de vida que caracterizou os primeiros estádios evolutivos do ser humano.
À medida que o estilo de vida foi se modificando o ser humano apropriou-se dos avanços tecnológicos para assegurar sua alimentação, abrigo e mesmo sua integridade física.
A agricultura forneceu-lhe mais alimentos que o necessário; as técnicas de construção, ambientes cada vez mais espaçosos e a indústria forneceram-lhe maneiras requintadas de defesa de sua pessoa e de seus espaços.
Evoluiu intelectualmente, mas a evolução moral não acompanhou este desenvolvimento.
TER passou a ser seu objectivo de vida, agora não mais porque preciso mais porque quero independente de estar fazendo falta ao outro.
Como diz Kardec acima citado, é o exagero.
Em Lei de Conservação, Kardec formula sete questões e dois desdobramentos sobre os gozos dos bens terrenos e sobre o necessário e o supérfluo, nas respostas dos Espíritos evidencia-se que as necessidades humanas modificam-se com a evolução social mas, ainda assim os vícios criam necessidades artificiais.
São essas necessidades artificiais nascidas da percepção de superioridade dos demais achando que tem mais direitos e ofendendo-se com qualquer coisa que a seu ver o esteja lesando" que caracterizam o uso exagerado que é mau e pernicioso.
Continua...
Diariamente presenciamos na mídia e no quotidiano de nossas vidas o desrespeito ao direito do outro, quer seja esse outro uma pessoa, um grupo, uma etnia ou mesmo uma nação.
Alguns episódios são de extrema violência gerando indignação e até intervenção armada de forças internacionais, outras são subtis passando desapercebida até para os mais próximos.
O olhar percorrendo a história da humanidade revela que este desrespeito assume vestes diferenciadas, mas, também revela sempre a presença do egoísmo como pano de fundo das diferentes manifestações.
A respeito do egoísmo assim se expressa Kardec em Obras Póstumas em sua dissertação O Egoísmo e o Orgulho:
"O egoísmo e o orgulho têm origem num sentimento natural: o instinto de conservação.
Todos os instintos têm sua utilidade e sua ração de ser, pois Deus nada faz que seja inútil.
Deus não criou o mal.
É o homem que o causa pelo abuso dos dons de Deus, em virtude do livre arbítrio que, exercido dentro dos justos limites, é um sentimento bom.
Seu uso exagerado é que o torna mau e pernicioso."
Podemos perceber que o instinto de conservação desencadeia manifestações extremamente individualistas na pessoa que sente que sua integridade está ameaçada, assim a disputa fica exacerbada quando um indivíduo percebe que o outro pode lhe tirar o que lhe é essencial para a sobrevivência.
Foi este estilo de vida que caracterizou os primeiros estádios evolutivos do ser humano.
À medida que o estilo de vida foi se modificando o ser humano apropriou-se dos avanços tecnológicos para assegurar sua alimentação, abrigo e mesmo sua integridade física.
A agricultura forneceu-lhe mais alimentos que o necessário; as técnicas de construção, ambientes cada vez mais espaçosos e a indústria forneceram-lhe maneiras requintadas de defesa de sua pessoa e de seus espaços.
Evoluiu intelectualmente, mas a evolução moral não acompanhou este desenvolvimento.
TER passou a ser seu objectivo de vida, agora não mais porque preciso mais porque quero independente de estar fazendo falta ao outro.
Como diz Kardec acima citado, é o exagero.
Em Lei de Conservação, Kardec formula sete questões e dois desdobramentos sobre os gozos dos bens terrenos e sobre o necessário e o supérfluo, nas respostas dos Espíritos evidencia-se que as necessidades humanas modificam-se com a evolução social mas, ainda assim os vícios criam necessidades artificiais.
São essas necessidades artificiais nascidas da percepção de superioridade dos demais achando que tem mais direitos e ofendendo-se com qualquer coisa que a seu ver o esteja lesando" que caracterizam o uso exagerado que é mau e pernicioso.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
É amplamente conhecido o adágio que nosso direito termina quando começa o direito do outro, bem como que o que é bem colectivo não pode ser usado exclusivamente em benefício pessoal.
A primeira vista e conceitualmente isto parece óbvio, entretanto o exercício destes dois paradigmas resolveria na quase totalidade grandes problemas do viver em sociedade.
Pois se ainda não o amo pelo menos eu o respeito
A todos nos ocorre as imagens das CPIs dos poderes públicos, mas é preciso ir além, pois uma grande parte dos indivíduos já não cometem essa atrocidades.
Assim poderíamos pensar que desta já nos livramos, o que não podemos esquecer é que quando atingimos este nível esta na hora de "aparar as rebarbas."
É um processo de refinamento tal como é o desenvolvimento de nossa psicomotricidade, primeiro os grandes movimentos, depois os mais finos e subtis, primeiro aprendo a não lesar meu próximo, depois a não magoá-lo por palavras ou gestos.
Assim entendendo, cuido de meu espaço e de meus direitos, mas minha acção é pautada levando em consideração que nem sempre eu venho em primeiro lugar, que algumas vezes é a vez do outro, como em outra é a minha vez.
Ilustrando este aspecto podemos colocar a homenagem que os alunos prestaram a um colega de classe no dia formatura, presenciamos certa vez uma destas homenagens, a colega que foi encarregada da mesma colocou o motivo:
o universitário sempre soube estar presente quando alguém necessitou de compreensão, incentivo e apoio;
acrescentando que esse aluno estuda e trabalha (e tenha dois empregos) portanto o cansaço era seu companheiro diário e mesmo assim teve disponibilidade para se preocupar com seu próximo.
Bonita sua vida ao longo dos anos universitários e bonito também os colegas que se apagaram no dia da formatura para dizer:
"você foi um exemplo para nós"
Oxalá pudéssemos todo nós entender que há o dia de brilhar mas há o dia de permitir que a luz do próximo também brilhe.
Este seria o momento que o egoísmo estaria a caminho que ser transformado em generosidade a grande chave da transformação moral de nosso planeta e o caminho para a instalação do amor como princípio norteador das relações humanas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
É amplamente conhecido o adágio que nosso direito termina quando começa o direito do outro, bem como que o que é bem colectivo não pode ser usado exclusivamente em benefício pessoal.
A primeira vista e conceitualmente isto parece óbvio, entretanto o exercício destes dois paradigmas resolveria na quase totalidade grandes problemas do viver em sociedade.
Pois se ainda não o amo pelo menos eu o respeito
A todos nos ocorre as imagens das CPIs dos poderes públicos, mas é preciso ir além, pois uma grande parte dos indivíduos já não cometem essa atrocidades.
Assim poderíamos pensar que desta já nos livramos, o que não podemos esquecer é que quando atingimos este nível esta na hora de "aparar as rebarbas."
É um processo de refinamento tal como é o desenvolvimento de nossa psicomotricidade, primeiro os grandes movimentos, depois os mais finos e subtis, primeiro aprendo a não lesar meu próximo, depois a não magoá-lo por palavras ou gestos.
Assim entendendo, cuido de meu espaço e de meus direitos, mas minha acção é pautada levando em consideração que nem sempre eu venho em primeiro lugar, que algumas vezes é a vez do outro, como em outra é a minha vez.
Ilustrando este aspecto podemos colocar a homenagem que os alunos prestaram a um colega de classe no dia formatura, presenciamos certa vez uma destas homenagens, a colega que foi encarregada da mesma colocou o motivo:
o universitário sempre soube estar presente quando alguém necessitou de compreensão, incentivo e apoio;
acrescentando que esse aluno estuda e trabalha (e tenha dois empregos) portanto o cansaço era seu companheiro diário e mesmo assim teve disponibilidade para se preocupar com seu próximo.
Bonita sua vida ao longo dos anos universitários e bonito também os colegas que se apagaram no dia da formatura para dizer:
"você foi um exemplo para nós"
Oxalá pudéssemos todo nós entender que há o dia de brilhar mas há o dia de permitir que a luz do próximo também brilhe.
Este seria o momento que o egoísmo estaria a caminho que ser transformado em generosidade a grande chave da transformação moral de nosso planeta e o caminho para a instalação do amor como princípio norteador das relações humanas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
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O balanço do milénio
Marco António de Melo Breves
O final do ano constitui no mundo dos negócios, o momento crucial de avaliar os resultados das organizações, mediante a elaboração de demonstrativos contáveis, bem como de formular os projectos de realizações para o ano vindouro.
No plano individual, para as pessoas que têm consciência mínima das razões de sua existência, não deve ser muito diferente.
Sabemos que as demarcações de tempo, como o calendário gregoriano que seguimos, são convenções humanas.
Não obstante, dezembro nos convida a reflexões mais profundas sobre nossas conquistas no ano que se finda.
Cada um respeitando seus anseios íntimos, para a imensa maioria restritos ainda ao carácter essencialmente materialista, mas para um número cada vez maior de pessoas voltadas a um plano superior – o da alma ou do espírito.
André Luiz nos exorta à prática de balanços periódicos para averiguar os resultados que os princípios da Doutrina Espírita como restauração dos fundamentos cristãos, têm operado em nosso carácter, em nossa forma de agir e de nos relacionarmos com nossos companheiros de jornada.
Se reconhecemos a importância dessas avaliações e planeamentos ao virar dos anos, que diremos do escoar das horas finais de um milénio.
Os mais fiéis ao calendário lembram que o segundo milénio encerra-se apenas ao final do ano 2000, e sendo assim, quando a "folhinha" passar de 2000 para 2001, estaremos todos adentrando o século XXI.
Podemos também argumentar:
ora, mas o que há de tão extraordinário, pois temos claro hoje que somos espíritos milenares e este que se encerra seria tão somente mais um milénio em nossas vidas.
Ah! Mas temos que reflectir:
...O que temos realizado?
Sim, pois assim como há dias ociosos também há milénios que pouco realizamos.
Se considerarmos o conjunto da humanidade temos que concluir que foi um período rico.
A julgar pela primeira metade, não nos animaríamos muito:
o segundo milénio rompeu à meia noite da grande treva da humanidade conhecida como Idade Média, em que o pensamento e todas as formas de expressão humana feneceram sob o jugo da igreja, caracterizando esse período, como alguns historiadores denominam, de cristão-bárbaro.
Seguindo o raciocínio dialéctico, a uma ideia (tese) opõe-se lhe outra criando a contradição, a negação.
E assim, não foi diferente com o Iluminismo.
Através de cérebros brilhantes, o homem reage a todas as formas de repressão à liberdade de pensar.
Os expoentes desse movimento fazem coroar em Paris uma bailarina como a "deusa–razão" e dispensam a presença de Deus, agradecendo pelos serviços prestados à humanidade.
O homem passa então a ver-se só no mundo e já que este é o "seu" mundo apressa-se em torná-lo mais confortável, obviamente sob o enfoque materialista, pois esta é a sua perspectiva.
Há que se notar que o planeta, graças às grandes descobertas, tornou-se mais conhecido seu.
Quer agora investir em si, na sua comodidade, no seu bem estar.
Continua...
O final do ano constitui no mundo dos negócios, o momento crucial de avaliar os resultados das organizações, mediante a elaboração de demonstrativos contáveis, bem como de formular os projectos de realizações para o ano vindouro.
No plano individual, para as pessoas que têm consciência mínima das razões de sua existência, não deve ser muito diferente.
Sabemos que as demarcações de tempo, como o calendário gregoriano que seguimos, são convenções humanas.
Não obstante, dezembro nos convida a reflexões mais profundas sobre nossas conquistas no ano que se finda.
Cada um respeitando seus anseios íntimos, para a imensa maioria restritos ainda ao carácter essencialmente materialista, mas para um número cada vez maior de pessoas voltadas a um plano superior – o da alma ou do espírito.
André Luiz nos exorta à prática de balanços periódicos para averiguar os resultados que os princípios da Doutrina Espírita como restauração dos fundamentos cristãos, têm operado em nosso carácter, em nossa forma de agir e de nos relacionarmos com nossos companheiros de jornada.
Se reconhecemos a importância dessas avaliações e planeamentos ao virar dos anos, que diremos do escoar das horas finais de um milénio.
Os mais fiéis ao calendário lembram que o segundo milénio encerra-se apenas ao final do ano 2000, e sendo assim, quando a "folhinha" passar de 2000 para 2001, estaremos todos adentrando o século XXI.
Podemos também argumentar:
ora, mas o que há de tão extraordinário, pois temos claro hoje que somos espíritos milenares e este que se encerra seria tão somente mais um milénio em nossas vidas.
Ah! Mas temos que reflectir:
...O que temos realizado?
Sim, pois assim como há dias ociosos também há milénios que pouco realizamos.
Se considerarmos o conjunto da humanidade temos que concluir que foi um período rico.
A julgar pela primeira metade, não nos animaríamos muito:
o segundo milénio rompeu à meia noite da grande treva da humanidade conhecida como Idade Média, em que o pensamento e todas as formas de expressão humana feneceram sob o jugo da igreja, caracterizando esse período, como alguns historiadores denominam, de cristão-bárbaro.
Seguindo o raciocínio dialéctico, a uma ideia (tese) opõe-se lhe outra criando a contradição, a negação.
E assim, não foi diferente com o Iluminismo.
Através de cérebros brilhantes, o homem reage a todas as formas de repressão à liberdade de pensar.
Os expoentes desse movimento fazem coroar em Paris uma bailarina como a "deusa–razão" e dispensam a presença de Deus, agradecendo pelos serviços prestados à humanidade.
O homem passa então a ver-se só no mundo e já que este é o "seu" mundo apressa-se em torná-lo mais confortável, obviamente sob o enfoque materialista, pois esta é a sua perspectiva.
Há que se notar que o planeta, graças às grandes descobertas, tornou-se mais conhecido seu.
Quer agora investir em si, na sua comodidade, no seu bem estar.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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O conhecimento humano se amplia, o debate favorece o crescimento intelectual.
As condições materiais de vida no planeta melhoram exponencialmente, num movimento que vem culminar no nosso século, revelando-se sobretudo no aprimoramento dos meios de transporte e de comunicações.
O mundo se torna efectivamente pequeno – o homem é capaz de contorná-lo em algumas horas a bordo de cápsulas espaciais ou sentado em frente a um computador e transmite vozes e imagens instantaneamente a todos os seus quadrantes.
Analisemos:
...o de que precisa hoje o homem (entendido aqui como humanidade) em termos de recursos materiais que ainda não tenha alcançado?
Nada.
A dificuldade surge quando enfocamos o homem (indivíduo) e constatamos que a grande massa humana não tem acesso a todas as facilidades que a vida contemporânea faculta.
A bem da verdade, a maioria não têm satisfeitas suas necessidades básicas.
Buscando a raiz da desigualdade encontramos a questão moral - a grande lacuna com que se depara o homem contemporâneo.
Moral – está aí a palavra chave.
Se materialmente falando, a humanidade se realizou, pois foi nessas conquistas que investiu primordialmente seus recursos ao longo dos últimos 500 anos, o mesmo não se pode dizer quanto à integridade dos valores e a forma dos seres humanos se relacionarem uns com os outros.
Trazendo os atavismos dos períodos em que estagiou nos reinos anteriores da natureza, o homem age ou melhor, reage, ainda movido quase que exclusivamente pelo egoísmo e a vaidade.
O ensejo que esperávamos para a mudança apresenta-se hoje por diversos motivos:
o homem após o êxito material encontra dentro de si o grande vazio, que somente se preenche entendendo a sua dimensão espiritual.
O momento é este em que ele tenta fazer a síntese dialéctica, reencontrando-se com Deus.
Procura uma forma de viver no mundo, mas com os olhos voltados para o céu.
É natural que a busca da espiritualidade propicie o surgimento dos falsos profetas negociando a salvação.
Não olvidemos que todo esse quadro foi previsto por Jesus.
E é justamente nesse ponto que cresce a nossa responsabilidade, que não se restringe a de actores coadjuvantes nessa epopeia bendita, mas cabendo-nos o papel de agentes de mudança – a da construção da sociedade da Nova Era, levando esclarecimento a todos aqueles que o buscam.
Continua...
O conhecimento humano se amplia, o debate favorece o crescimento intelectual.
As condições materiais de vida no planeta melhoram exponencialmente, num movimento que vem culminar no nosso século, revelando-se sobretudo no aprimoramento dos meios de transporte e de comunicações.
O mundo se torna efectivamente pequeno – o homem é capaz de contorná-lo em algumas horas a bordo de cápsulas espaciais ou sentado em frente a um computador e transmite vozes e imagens instantaneamente a todos os seus quadrantes.
Analisemos:
...o de que precisa hoje o homem (entendido aqui como humanidade) em termos de recursos materiais que ainda não tenha alcançado?
Nada.
A dificuldade surge quando enfocamos o homem (indivíduo) e constatamos que a grande massa humana não tem acesso a todas as facilidades que a vida contemporânea faculta.
A bem da verdade, a maioria não têm satisfeitas suas necessidades básicas.
Buscando a raiz da desigualdade encontramos a questão moral - a grande lacuna com que se depara o homem contemporâneo.
Moral – está aí a palavra chave.
Se materialmente falando, a humanidade se realizou, pois foi nessas conquistas que investiu primordialmente seus recursos ao longo dos últimos 500 anos, o mesmo não se pode dizer quanto à integridade dos valores e a forma dos seres humanos se relacionarem uns com os outros.
Trazendo os atavismos dos períodos em que estagiou nos reinos anteriores da natureza, o homem age ou melhor, reage, ainda movido quase que exclusivamente pelo egoísmo e a vaidade.
O ensejo que esperávamos para a mudança apresenta-se hoje por diversos motivos:
o homem após o êxito material encontra dentro de si o grande vazio, que somente se preenche entendendo a sua dimensão espiritual.
O momento é este em que ele tenta fazer a síntese dialéctica, reencontrando-se com Deus.
Procura uma forma de viver no mundo, mas com os olhos voltados para o céu.
É natural que a busca da espiritualidade propicie o surgimento dos falsos profetas negociando a salvação.
Não olvidemos que todo esse quadro foi previsto por Jesus.
E é justamente nesse ponto que cresce a nossa responsabilidade, que não se restringe a de actores coadjuvantes nessa epopeia bendita, mas cabendo-nos o papel de agentes de mudança – a da construção da sociedade da Nova Era, levando esclarecimento a todos aqueles que o buscam.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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A importância do momento actual não pode ser esquecida:
nessa mudança de estágio pelo qual passa o planeta Terra, somos seres dotados de razão e vontade – faculdade essa soberana da alma como nos asseverou Léon Denis.
Assim, somos deuses, como dito por Jesus, capazes de realizar prodígios.
Para tanto, temos hoje, dando-nos suporte, a doutrina espírita, a convicção da imortalidade da alma, que ela nos prova.
Sabemos também que somos seres vocacionados à perfeição, e que reencarnamos com essa finalidade, para buscarmos a felicidade.
Devemos também ter consciência que mudar de vida não se faz unicamente através de outra encarnação.
Podemos fazê-lo em qualquer ponto da nossa trajectória, basta que para tanto mobilizemos os recursos do auto-conhecimento e dos projectos de melhoria.
Por tudo isso, não podemos esperar oportunidade melhor.
Com propostas claras, factíveis, cada um consigo mesmo, ou compartilhando com aqueles que possam comungá-las.
Com sinceridade, fé e firme disposição.
Não esperar que o mundo mude e nos leve junto, mas participando activamente da construção da Nova Era.
Kardec, inquirindo acerca da felicidade que se pode alcançar na Terra, obteve da espiritualidade superior a questão 922 de O Livro dos Espíritos o esclarecimento de que ela se constitui para a vida material da posse do necessário;
e para a vida moral da consciência pura e a fé no futuro.
Como humanidade já alcançamos o primeiro ponto, mas para que cada irmão encarnado desfrute da posse do necessário, precisamos avançar moralmente, domando nossos instintos viciosos, edificando em cada um de nós as virtudes que possibilitarão uma nova forma de convivência social – a tão almejada fraternidade exemplificada por Jesus.
Para tanto, precisamos no momento essencialmente daquele terceiro item: a fé no futuro.
Para aqueles nostálgicos que gostam de dizer que o melhor tempo já passou, lembramos as palavras de um sociólogo contemporâneo, quando diz que o homem desde que conquistou sensibilidade sofria de dores físicas e não havia remédio, os analgésicos são conquistas modernas.
Por outro lado, vivia em média 35/40 anos;
quando a expectativa de vida supera hoje os 70 e nos garante a ciência que para as novas gerações irá dobrar.
O pensador conclui então:
não vivemos no melhor dos mundos, mas vivemos no melhor mundo que já tivemos até hoje.
Que nesse momento de virada, crucial na reforma moral do mundo, como nos asseveram todas as comunicações superiores, possamos guardar esse sentimento íntimo de fé no futuro, de esperança e de alegria cristã.
E teremos todos com certeza um óptimo milénio.
Este é o nosso desejo.
Muita paz.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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A importância do momento actual não pode ser esquecida:
nessa mudança de estágio pelo qual passa o planeta Terra, somos seres dotados de razão e vontade – faculdade essa soberana da alma como nos asseverou Léon Denis.
Assim, somos deuses, como dito por Jesus, capazes de realizar prodígios.
Para tanto, temos hoje, dando-nos suporte, a doutrina espírita, a convicção da imortalidade da alma, que ela nos prova.
Sabemos também que somos seres vocacionados à perfeição, e que reencarnamos com essa finalidade, para buscarmos a felicidade.
Devemos também ter consciência que mudar de vida não se faz unicamente através de outra encarnação.
Podemos fazê-lo em qualquer ponto da nossa trajectória, basta que para tanto mobilizemos os recursos do auto-conhecimento e dos projectos de melhoria.
Por tudo isso, não podemos esperar oportunidade melhor.
Com propostas claras, factíveis, cada um consigo mesmo, ou compartilhando com aqueles que possam comungá-las.
Com sinceridade, fé e firme disposição.
Não esperar que o mundo mude e nos leve junto, mas participando activamente da construção da Nova Era.
Kardec, inquirindo acerca da felicidade que se pode alcançar na Terra, obteve da espiritualidade superior a questão 922 de O Livro dos Espíritos o esclarecimento de que ela se constitui para a vida material da posse do necessário;
e para a vida moral da consciência pura e a fé no futuro.
Como humanidade já alcançamos o primeiro ponto, mas para que cada irmão encarnado desfrute da posse do necessário, precisamos avançar moralmente, domando nossos instintos viciosos, edificando em cada um de nós as virtudes que possibilitarão uma nova forma de convivência social – a tão almejada fraternidade exemplificada por Jesus.
Para tanto, precisamos no momento essencialmente daquele terceiro item: a fé no futuro.
Para aqueles nostálgicos que gostam de dizer que o melhor tempo já passou, lembramos as palavras de um sociólogo contemporâneo, quando diz que o homem desde que conquistou sensibilidade sofria de dores físicas e não havia remédio, os analgésicos são conquistas modernas.
Por outro lado, vivia em média 35/40 anos;
quando a expectativa de vida supera hoje os 70 e nos garante a ciência que para as novas gerações irá dobrar.
O pensador conclui então:
não vivemos no melhor dos mundos, mas vivemos no melhor mundo que já tivemos até hoje.
Que nesse momento de virada, crucial na reforma moral do mundo, como nos asseveram todas as comunicações superiores, possamos guardar esse sentimento íntimo de fé no futuro, de esperança e de alegria cristã.
E teremos todos com certeza um óptimo milénio.
Este é o nosso desejo.
Muita paz.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
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Ler, mas ler o quê?
Nilza Teresa Rotter Pelá
Os espíritas estão suficientemente orientados a respeito da importância da busca do conhecimento doutrinário através do estudo sistematizado da obra espírita.
Emmanuel muito bem nos alerta que a ignorância é uma armadilha.
Sabemos também que vai uma distância entre saber que se deve fazer o estudo e efectivamente realizá-lo, pois temos observado que muitos companheiros que frequentam a Casa Espírita há muitos anos ainda não se detiveram no estudo das obras básicas da doutrina limitando-se àqueles estudos que podem participar nas reuniões doutrinárias.
Muito importante é essa participação, mas cada espírita deve ir além dela dedicando-se ao estudo das obras básicas com muito mais empenho que a leitura de todas as novidades que chegam ao mercado editorial denominado de Espírita, mesmo porque para a análise racional destas obras é necessário que, nós espíritas, tenhamos como referência a Codificação Kardequiana.
Lembremos que o termo Espiritismo foi adoptado por Kardec para diferenciar esta doutrina de todas as outras doutrinas espiritualistas, portanto não basta que uma obra se intitule espírita, cabe a cada um de nós, que a estamos lendo, ver se os conceitos nela apresentados estão de acordo com o que consta de “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Génese”.
Como poderemos fazer esta análise se não nos dedicamos ainda ao estudo das obras citadas?
Como já destaca artigo publicado em “Reformador”
“...há muito espinheiro com aparência de livro...
Com um vasto mercado à frente, ávido por obras espíritas, muitas pessoas disto se aproveitam escrevendo, editando, distribuindo e vendendo obras de qualidade duvidosa, e o leitor, principalmente o iniciante na doutrina, pode ser ludibriado.”
Destacamos ainda que tem sido considerado a importância do estudo dos 4 autores que são conhecidos pela denominação de Consolidadores da obra de Kardec.
São eles: Léon Denis, Camille Flammarion, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano.
Uma amiga nossa com 80 anos, filha de espíritas, comentava que como no “seu tempo de juventude” não havia tanta literatura espírita, a família, após estudar as obras de Kardec, estudava com os filhos, sobretudo as obras de Léon Denis e que isto lhe deu uma sólida base de conhecimento doutrinário, então quando a literatura espírita se ampliou ela sempre lia comparando com o que havia estudado e que isto lhe foi particularmente enriquecedor.
Hoje muitos livros espíritas são vendidos, mas pergunta-se:
será que o público que está lendo esses livros tem o referencial da Codificação para analisar o que esta lendo?
A esta altura podemos cogitar que o leitor deve estar argumentando que o tempo é escasso, portando tem que fazer uma opção de leitura e como a novidade editorial é mais chamativa opta-se por ela.
O Reformador publicou uma sugestão que uma companheira de doutrina adoptou, é um programa de estudo das Obras Básicas que há alguns anos vem realizando de maneira contínua.
Cada dia lê seis páginas de uma das obras básicas, quando termina aquela passa para outra e assim sucessivamente, desta forma a cada ano essa companheira lê todas as cinco obras básicas e ainda estuda a literatura complementar da doutrina.
Acatando a sugestão iniciamos esse processo há seis meses fazendo a numeração contínua das páginas lidas, ao ser publicado este artigo já estaremos lendo a quarta obra e a completar um ano do início do processo teremos percorrido todas as obras básicas.
E qual o tempo gasto, poderá estar perguntando o leitor.
São aproximadamente vinte minutos diários, ou seja, 5475 minutos em um ano, o que significa 91,7 horas o que equivale a aproximadamente quatro dias de 24 horas.
Será que não podemos dedicar esse tempo ao estudo de Kardec para que não nos percamos em eventual espinheiro de literatura dita espírita?
(Jornal Verdade e Luz Nº 209 de Junho de 2003)
§.§.§- O-canto-da-ave
Os espíritas estão suficientemente orientados a respeito da importância da busca do conhecimento doutrinário através do estudo sistematizado da obra espírita.
Emmanuel muito bem nos alerta que a ignorância é uma armadilha.
Sabemos também que vai uma distância entre saber que se deve fazer o estudo e efectivamente realizá-lo, pois temos observado que muitos companheiros que frequentam a Casa Espírita há muitos anos ainda não se detiveram no estudo das obras básicas da doutrina limitando-se àqueles estudos que podem participar nas reuniões doutrinárias.
Muito importante é essa participação, mas cada espírita deve ir além dela dedicando-se ao estudo das obras básicas com muito mais empenho que a leitura de todas as novidades que chegam ao mercado editorial denominado de Espírita, mesmo porque para a análise racional destas obras é necessário que, nós espíritas, tenhamos como referência a Codificação Kardequiana.
Lembremos que o termo Espiritismo foi adoptado por Kardec para diferenciar esta doutrina de todas as outras doutrinas espiritualistas, portanto não basta que uma obra se intitule espírita, cabe a cada um de nós, que a estamos lendo, ver se os conceitos nela apresentados estão de acordo com o que consta de “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Génese”.
Como poderemos fazer esta análise se não nos dedicamos ainda ao estudo das obras citadas?
Como já destaca artigo publicado em “Reformador”
“...há muito espinheiro com aparência de livro...
Com um vasto mercado à frente, ávido por obras espíritas, muitas pessoas disto se aproveitam escrevendo, editando, distribuindo e vendendo obras de qualidade duvidosa, e o leitor, principalmente o iniciante na doutrina, pode ser ludibriado.”
Destacamos ainda que tem sido considerado a importância do estudo dos 4 autores que são conhecidos pela denominação de Consolidadores da obra de Kardec.
São eles: Léon Denis, Camille Flammarion, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano.
Uma amiga nossa com 80 anos, filha de espíritas, comentava que como no “seu tempo de juventude” não havia tanta literatura espírita, a família, após estudar as obras de Kardec, estudava com os filhos, sobretudo as obras de Léon Denis e que isto lhe deu uma sólida base de conhecimento doutrinário, então quando a literatura espírita se ampliou ela sempre lia comparando com o que havia estudado e que isto lhe foi particularmente enriquecedor.
Hoje muitos livros espíritas são vendidos, mas pergunta-se:
será que o público que está lendo esses livros tem o referencial da Codificação para analisar o que esta lendo?
A esta altura podemos cogitar que o leitor deve estar argumentando que o tempo é escasso, portando tem que fazer uma opção de leitura e como a novidade editorial é mais chamativa opta-se por ela.
O Reformador publicou uma sugestão que uma companheira de doutrina adoptou, é um programa de estudo das Obras Básicas que há alguns anos vem realizando de maneira contínua.
Cada dia lê seis páginas de uma das obras básicas, quando termina aquela passa para outra e assim sucessivamente, desta forma a cada ano essa companheira lê todas as cinco obras básicas e ainda estuda a literatura complementar da doutrina.
Acatando a sugestão iniciamos esse processo há seis meses fazendo a numeração contínua das páginas lidas, ao ser publicado este artigo já estaremos lendo a quarta obra e a completar um ano do início do processo teremos percorrido todas as obras básicas.
E qual o tempo gasto, poderá estar perguntando o leitor.
São aproximadamente vinte minutos diários, ou seja, 5475 minutos em um ano, o que significa 91,7 horas o que equivale a aproximadamente quatro dias de 24 horas.
Será que não podemos dedicar esse tempo ao estudo de Kardec para que não nos percamos em eventual espinheiro de literatura dita espírita?
(Jornal Verdade e Luz Nº 209 de Junho de 2003)
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Hoje e nós
Maria Aparecida Ferreira Lovo
O tempo é recurso abundante, farto, que podemos usar livremente, segundo a nossa vontade.
Hoje, é pequena parte de crédito que possuímos em conjunto com todos aqueles, que de alguma forma se relacionam connosco, afectos ou não.
Dádiva, nos é concedida a fim de conquistarmos mais benefícios, mais oportunidades.
Por isso, é tão importante sabermos aproveitar o agora para promovermos nossa renovação moral.
Todos os Espíritos caminham para a perfeição, e Deus lhes proporciona os meios de consegui-la, através dos acontecimentos da vida material.
Na sua justiça permite realizar, em novas existências, aquilo que a criatura não pode fazer ou acabar numa existência.
A doutrina da reencarnação, as existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus, a única que pode explicar o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois oferece meios de resgatarmos erros, enganos, através de novas situações.
A reencarnação não tem como objectivo a punição, o castigo ou o pagamento de dívida;
é oportunidade de crescimento, de elevação.
O espírito reencarna porque precisa progredir, precisa da vida física para desenvolver seu potencial perfectível.
As vidas sucessivas, as várias vidas estão interligadas. Da mesma forma que esses elos, apesar da interligação, são independentes, isto é, muitas vidas, uma mesma individualidade.
Uma das maiores objecções que se faz a reencarnação é o esquecimento do passado.
Se existe o esquecimento temporário, apesar da ligação entre as várias existências, é porque Deus na sua infinita bondade e justiça, sabe que ele - o esquecimento - é necessário.
Se cada vida é independente das outras, não precisamos saber quem fomos para desempenhar bem nossas tarefas, as responsabilidades de hoje.
Basta saber o que somos e teremos ideia das condições já vividas.
Nossas criações estarão sempre connosco, Nossa vida não foi improvisada, foi construída individualmente, daí a responsabilidade pelas acções, pelas escolhas de cada um.
A lei de acção e reacção que existe no mundo físico, conhecida como a 3.ª lei de Newton, também rege relações espirituais.
A acção do mal pode ser rápida, entretanto, não se sabe quanto tempo exigirá o serviço da reacção para restabelecer a harmonia quebrada, por acções contrárias ao bem.
Continua...
O tempo é recurso abundante, farto, que podemos usar livremente, segundo a nossa vontade.
Hoje, é pequena parte de crédito que possuímos em conjunto com todos aqueles, que de alguma forma se relacionam connosco, afectos ou não.
Dádiva, nos é concedida a fim de conquistarmos mais benefícios, mais oportunidades.
Por isso, é tão importante sabermos aproveitar o agora para promovermos nossa renovação moral.
Todos os Espíritos caminham para a perfeição, e Deus lhes proporciona os meios de consegui-la, através dos acontecimentos da vida material.
Na sua justiça permite realizar, em novas existências, aquilo que a criatura não pode fazer ou acabar numa existência.
A doutrina da reencarnação, as existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus, a única que pode explicar o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois oferece meios de resgatarmos erros, enganos, através de novas situações.
A reencarnação não tem como objectivo a punição, o castigo ou o pagamento de dívida;
é oportunidade de crescimento, de elevação.
O espírito reencarna porque precisa progredir, precisa da vida física para desenvolver seu potencial perfectível.
As vidas sucessivas, as várias vidas estão interligadas. Da mesma forma que esses elos, apesar da interligação, são independentes, isto é, muitas vidas, uma mesma individualidade.
Uma das maiores objecções que se faz a reencarnação é o esquecimento do passado.
Se existe o esquecimento temporário, apesar da ligação entre as várias existências, é porque Deus na sua infinita bondade e justiça, sabe que ele - o esquecimento - é necessário.
Se cada vida é independente das outras, não precisamos saber quem fomos para desempenhar bem nossas tarefas, as responsabilidades de hoje.
Basta saber o que somos e teremos ideia das condições já vividas.
Nossas criações estarão sempre connosco, Nossa vida não foi improvisada, foi construída individualmente, daí a responsabilidade pelas acções, pelas escolhas de cada um.
A lei de acção e reacção que existe no mundo físico, conhecida como a 3.ª lei de Newton, também rege relações espirituais.
A acção do mal pode ser rápida, entretanto, não se sabe quanto tempo exigirá o serviço da reacção para restabelecer a harmonia quebrada, por acções contrárias ao bem.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Esse reequilíbrio acontecerá pela eliminação das causas, criadas no relacionamento com os outros.
Sem o conhecimento da reencarnação, não teríamos noção da relação causa e efeito.
É ela que permite o encadeamento dos efeitos de uma vida para outra, sejam acções praticadas no bem ou não.
Logo acção e reacção, além de importante lei física, é relevante lei moral, rege relações inter-humanas e ensina ao Espírito, como actuar e progredir.
Reflicta-se que:
• se já sabemos que a reencarnação representa oportunidade de elevação, de aprimoramento para o Espírito.
• se já sabemos que a vida actual é reflexo do passado, consequência da lei de acção e reacção ou causa e efeito, por que não aproveitar o momento actual para dar início à renovação, com o justo aproveitamento das horas e do tempo?
Que importância pode ter agora o passado, ficarmos presos a ele, se hoje é o presente, é o momento que temos ao nosso alcance para que o futuro seja melhor?
Assim...
Hoje é o momento de semear para a colheita do amanhã.
Este é o momento actual da existência com algo muito importante que se chama oportunidade - oportunidade de revisão, de renovação de planeamento, perdão, no aproveitamento das existências já vividas, Tudo volta, menos a oportunidade esquecida que será sempre uma perda real.
No livro "Há dois mil anos", Jesus diz ao senador do Império Romano, Públio Lentulus:
"(...) Encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida, Está no seu querer o aproveitá-lo agora, ou daqui a alguns milénios".
Reflictamos:
o ontem pode ter trazido experiência, o amanhã poderá surgir esperança.
Mas, a melhor oportunidade, não se chama ontem nem amanhã.
Chama-se hoje.
Hoje é o dia.
Bibliografia:
Estude e Viva - Emmanuel/André Luiz - lição n.° 1
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - cap. IV - item II
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Esse reequilíbrio acontecerá pela eliminação das causas, criadas no relacionamento com os outros.
Sem o conhecimento da reencarnação, não teríamos noção da relação causa e efeito.
É ela que permite o encadeamento dos efeitos de uma vida para outra, sejam acções praticadas no bem ou não.
Logo acção e reacção, além de importante lei física, é relevante lei moral, rege relações inter-humanas e ensina ao Espírito, como actuar e progredir.
Reflicta-se que:
• se já sabemos que a reencarnação representa oportunidade de elevação, de aprimoramento para o Espírito.
• se já sabemos que a vida actual é reflexo do passado, consequência da lei de acção e reacção ou causa e efeito, por que não aproveitar o momento actual para dar início à renovação, com o justo aproveitamento das horas e do tempo?
Que importância pode ter agora o passado, ficarmos presos a ele, se hoje é o presente, é o momento que temos ao nosso alcance para que o futuro seja melhor?
Assim...
Hoje é o momento de semear para a colheita do amanhã.
Este é o momento actual da existência com algo muito importante que se chama oportunidade - oportunidade de revisão, de renovação de planeamento, perdão, no aproveitamento das existências já vividas, Tudo volta, menos a oportunidade esquecida que será sempre uma perda real.
No livro "Há dois mil anos", Jesus diz ao senador do Império Romano, Públio Lentulus:
"(...) Encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida, Está no seu querer o aproveitá-lo agora, ou daqui a alguns milénios".
Reflictamos:
o ontem pode ter trazido experiência, o amanhã poderá surgir esperança.
Mas, a melhor oportunidade, não se chama ontem nem amanhã.
Chama-se hoje.
Hoje é o dia.
Bibliografia:
Estude e Viva - Emmanuel/André Luiz - lição n.° 1
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - cap. IV - item II
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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E depois?
Orson Peter Carrara
Desde criança guardo as benéficas impressões das palestras.
Em mim, foram sementes valiosas, plantadas por meus pais, que vibram em minha memória.
Não me lembro dos temas ou dos oradores, mas ficou na memória da vivência infantil a harmonia e o bem-estar que a divulgação espírita através das palestras podem promover nos corações.
Digo "podem," porque tenho reflectido seriamente sobre algo, que comento no presente artigo.
Promover palestras está na moda, como sempre esteve.
É algo muito salutar.
Jesus já usava a técnica expositiva para ensinar, explicar.
E os Centros Espíritas usam este recurso valioso para transmitir a Doutrina Espírita.
Isto é inquestionável, pois a validade das palestras de estudo e divulgação tem reconhecido destaque.
Noto, porém, que para a maioria do público frequentador de palestras, há todo o entusiasmo, a alegria, a empolgação para a palestra.
Antes, durante e nos momentos breves do depois.
Embora também haja os indiferentes que nunca valorizam as palestras espíritas e não comparecem, às custas das mais diversas desculpas, violentando até os esforços dos organizadores e palestrantes.
Sim, porque é muito importante valorizar os eventos do Movimento.
Mas, para os que comparecem e vibram, aplaudindo, abraçando o expositor, como fica o depois?
Sim, depois da palestra!
No dia seguinte, na rotina da casa, da cidade, da família espírita.
Quais os resultados posteriores de uma palestra?
De uma palestra vibrante, estimuladora, para 100 pessoas, quantas colherão efectivamente os resultados para um efectivo engajamento neste esforço dos espíritos para despertar nossa atenção para a esperança, o trabalho, a renovação interior.
Porque se empolgam tanto e depois não tem constância, não assumem responsabilidades, não se envolvem ou não se comprometem com a Casa que lhes faculta receber tantos ensinos?
Este é o grande problema.
A Casa e o Movimento precisam dos trabalhadores que se engajam, que se comprometam pela Causa e não simplesmente de cumpridores de obrigação.
Aquele de simplesmente ir ao Centro...
Continua...
Desde criança guardo as benéficas impressões das palestras.
Em mim, foram sementes valiosas, plantadas por meus pais, que vibram em minha memória.
Não me lembro dos temas ou dos oradores, mas ficou na memória da vivência infantil a harmonia e o bem-estar que a divulgação espírita através das palestras podem promover nos corações.
Digo "podem," porque tenho reflectido seriamente sobre algo, que comento no presente artigo.
Promover palestras está na moda, como sempre esteve.
É algo muito salutar.
Jesus já usava a técnica expositiva para ensinar, explicar.
E os Centros Espíritas usam este recurso valioso para transmitir a Doutrina Espírita.
Isto é inquestionável, pois a validade das palestras de estudo e divulgação tem reconhecido destaque.
Noto, porém, que para a maioria do público frequentador de palestras, há todo o entusiasmo, a alegria, a empolgação para a palestra.
Antes, durante e nos momentos breves do depois.
Embora também haja os indiferentes que nunca valorizam as palestras espíritas e não comparecem, às custas das mais diversas desculpas, violentando até os esforços dos organizadores e palestrantes.
Sim, porque é muito importante valorizar os eventos do Movimento.
Mas, para os que comparecem e vibram, aplaudindo, abraçando o expositor, como fica o depois?
Sim, depois da palestra!
No dia seguinte, na rotina da casa, da cidade, da família espírita.
Quais os resultados posteriores de uma palestra?
De uma palestra vibrante, estimuladora, para 100 pessoas, quantas colherão efectivamente os resultados para um efectivo engajamento neste esforço dos espíritos para despertar nossa atenção para a esperança, o trabalho, a renovação interior.
Porque se empolgam tanto e depois não tem constância, não assumem responsabilidades, não se envolvem ou não se comprometem com a Casa que lhes faculta receber tantos ensinos?
Este é o grande problema.
A Casa e o Movimento precisam dos trabalhadores que se engajam, que se comprometam pela Causa e não simplesmente de cumpridores de obrigação.
Aquele de simplesmente ir ao Centro...
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Vemos a excessiva preocupação com actividades de beneficência, quando a Doutrina prioriza o estudo e a divulgação.
E por que os dirigentes não divulgam as publicações, não estimulam o público a assinaturas da imprensa?
Por que mantém a casa apenas para receber as pessoas, discursar poucos minutos e em seguida sair correndo para o passe?
Esta tem sido a causa da indiferença que tanto criticamos.
Falamos da irresponsabilidade de nossos companheiros, mas o que fazemos para integrá-los, se preferimos que eles continuem simplesmente recebendo passe ou entregando cesta básica?
Qual é o objectivo da Doutrina?
A que veio o Espiritismo?
Qual é o maior esforço dos espíritos, os codificadores e os que se manifestam actualmente, senão abrir os nossos olhos para o trabalho de esclarecimento aos que ignoram tudo que já conhecemos?
E por outro lado, para que melhoremos a nós mesmos?
A Doutrina é muito mais que isso.
Para criar um depois mais activo, comecemos desde já a deixar viver os frequentadores de nossas Casas, as belezas da Doutrina Espírita, com o estudo do livro, com o envolvimento no Movimento, com o comprometimento a Causa, sem nos considerarmos os donos da Doutrina, pois que não o somos, nem para tal somos capacitados.
Porque não divulgamos mais, ao invés de segurarmos só para nós?
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Vemos a excessiva preocupação com actividades de beneficência, quando a Doutrina prioriza o estudo e a divulgação.
E por que os dirigentes não divulgam as publicações, não estimulam o público a assinaturas da imprensa?
Por que mantém a casa apenas para receber as pessoas, discursar poucos minutos e em seguida sair correndo para o passe?
Esta tem sido a causa da indiferença que tanto criticamos.
Falamos da irresponsabilidade de nossos companheiros, mas o que fazemos para integrá-los, se preferimos que eles continuem simplesmente recebendo passe ou entregando cesta básica?
Qual é o objectivo da Doutrina?
A que veio o Espiritismo?
Qual é o maior esforço dos espíritos, os codificadores e os que se manifestam actualmente, senão abrir os nossos olhos para o trabalho de esclarecimento aos que ignoram tudo que já conhecemos?
E por outro lado, para que melhoremos a nós mesmos?
A Doutrina é muito mais que isso.
Para criar um depois mais activo, comecemos desde já a deixar viver os frequentadores de nossas Casas, as belezas da Doutrina Espírita, com o estudo do livro, com o envolvimento no Movimento, com o comprometimento a Causa, sem nos considerarmos os donos da Doutrina, pois que não o somos, nem para tal somos capacitados.
Porque não divulgamos mais, ao invés de segurarmos só para nós?
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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Deveres ou compromissos na reencarnação
Ednir da Silva Malvestio
"(...) Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará:
Que fizeste da criança confiada à vossa guarda? (...)"
Santo Agostinho
Com as ideias adormecidas, reencarna o Espírito cativando amor e solicitude de tos que o cercam, desta nova "velha" família de comprometidos do passado.
A sabedoria da criação Divina nos envia a criança necessitando de cuidados delicados.
Somente a ternura materna é superior a fragilidade e ingenuidade deste recém-chegado.
Desconhecem o passado para que a criança não perca a fisionomia dócil e indefesa, e para que o adulto não transforme sua abnegação em repulsa.
Durante certo período, o Espírito permanece numa espécie de sono, em que todas as faculdades se conservam em estado latente.
Esse estado transitório é necessário para que o mesmo tenha um novo ponto de partida, esquecendo nesta nova existência tudo o que seria um entrave para o novo relacionamento.
A partir do nascimento suas ideias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo.
Não podemos esquecer na Terra que os filhos são companheiros que retomam temporariamente ao convívio, para se reajustarem connosco, necessitados assim como nós mesmos, de amor, cuidados e ensinamentos, no que se refere ao trabalho de regeneração, com bases na Lei Divina.
Destacamos a importância do Espiritismo para o esclarecimento dos compromissos entre pais e filhos.
Agradecendo as divinas alegrias da chegada de uma criança ensinando-a sobre sua função na Terra, para se aperfeiçoar, amar e abençoar.
Estar alerta, trabalhar as tendências provenientes das existências anteriores através da educação.
Dar, ensinar noções de justiça e trabalho, fraternidade e ordem, habituando-a desde cedo à disciplina e ao exercício do bem, com optimismo e esperança.
É importante lembrar instruções que recebemos no Evangelho:
"Oh, espíritas!
Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade!
Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do espaço para progredir.
Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus:
é essa a missão que vos está confiada, e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente.
Vossos cuidados, a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e sua felicidade futura."
Fontes: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Pensamento e Vida - Emmanuel - F. C. Xavier
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"(...) Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará:
Que fizeste da criança confiada à vossa guarda? (...)"
Santo Agostinho
Com as ideias adormecidas, reencarna o Espírito cativando amor e solicitude de tos que o cercam, desta nova "velha" família de comprometidos do passado.
A sabedoria da criação Divina nos envia a criança necessitando de cuidados delicados.
Somente a ternura materna é superior a fragilidade e ingenuidade deste recém-chegado.
Desconhecem o passado para que a criança não perca a fisionomia dócil e indefesa, e para que o adulto não transforme sua abnegação em repulsa.
Durante certo período, o Espírito permanece numa espécie de sono, em que todas as faculdades se conservam em estado latente.
Esse estado transitório é necessário para que o mesmo tenha um novo ponto de partida, esquecendo nesta nova existência tudo o que seria um entrave para o novo relacionamento.
A partir do nascimento suas ideias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo.
Não podemos esquecer na Terra que os filhos são companheiros que retomam temporariamente ao convívio, para se reajustarem connosco, necessitados assim como nós mesmos, de amor, cuidados e ensinamentos, no que se refere ao trabalho de regeneração, com bases na Lei Divina.
Destacamos a importância do Espiritismo para o esclarecimento dos compromissos entre pais e filhos.
Agradecendo as divinas alegrias da chegada de uma criança ensinando-a sobre sua função na Terra, para se aperfeiçoar, amar e abençoar.
Estar alerta, trabalhar as tendências provenientes das existências anteriores através da educação.
Dar, ensinar noções de justiça e trabalho, fraternidade e ordem, habituando-a desde cedo à disciplina e ao exercício do bem, com optimismo e esperança.
É importante lembrar instruções que recebemos no Evangelho:
"Oh, espíritas!
Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade!
Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do espaço para progredir.
Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus:
é essa a missão que vos está confiada, e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente.
Vossos cuidados, a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e sua felicidade futura."
Fontes: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Pensamento e Vida - Emmanuel - F. C. Xavier
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"Como serei sábio" às portas do século XXI
Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves
"Se alguém entre vós se julga sábio neste mundo, faça-se estulto, para se fazer sábio."
(I Coríntios, 3:18)
Este é um bom momento para decidirmos nossas acções para o novo século.
Quais nossas metas, o que queremos…
Parece-nos que a humanidade progrediu muito nestas últimas décadas, pois já somos capazes de fazer equipamentos inimagináveis há 50 anos atrás!
Achamos que conhecemos muitas coisas e que agora, em pleno século XXI, podemos nos dar ao luxo de desfrutá-las à vontade…
Um pouco de humildade é necessária, para o reconhecimento do pouco que já construímos diante do que é possível construir daqui para frente.
Principalmente no que diz respeito às conquistas de cada um, na área do conhecimento e da sabedoria.
Ottília, através da psicografia de Vera Lúcio, no belíssimo livro "No Roteiro do Evangelho" nos dá uma preciosa dica, sobre os caminhos para as verdadeiras conquistas a serem realizadas.
Indagando-se sobre como serei sábio, aponta um horizonte a ser perseguido por nós:
"— Compreendendo que o mundo em que me encontro é curso primário da Escola Divina e entendendo que o edifício de sabedoria que almejo construir com o concurso dos séculos, não prescindirá ter suas bases dolorosas no seio amigo da Terra, como serei sábio, tomando-me estulto aqui?
— Para o peixe do lago, o mundo das águas ali se resume;
as algas de que se alimenta são os mais raros manjares;
as locas e recantos diversos, recobertos de vegetação exótica, são a criação máxima da Mãe Natureza.
Para o aluno das primeiras letras, não há problemas mais intrincados que o soletrar, desenhar as letras e o memorizar tabuadas.
Para o índio, bom mas ignorante, corajoso, forte, audaz mas imponderado, a vida se resume quase só no dormir, caçar, pescar, nadar, comer ou guerrear.
Assim também, o homem encarnado que, embora guardando acesa a chama da vontade superior de adquirir sabedoria, julgar-se sábio e deste título se acreditar credor no mais alto grau, comparar-se-á ao peixe, à criança, ao índio!
Porque se o conhecimento científico dos homens atingiu, presentemente, a zonas com as quais nem sonhávamos ontem, não poderemos sequer imaginar a que culminâncias deverá ele chegar amanhã.
Porque aquilo que, há séculos passados, a nossa ignorância classificava de milagre, é hoje fenómeno natural, repetido e compreendido por nossa mente esclarecida.
Porque as leis de justiça e de amor que serviam de directrizes para os homens ao tempo de Moisés, não satisfazem aos corações e às mentes despertos ao toque divino de Jesus Cristo.
Portanto, se te convenceste de tua própria sabedoria, reconhece hoje mesmo tua estultícia e começa a alargar os horizontes de tua visão espiritual, intelectual ou sentimental porque há sempre mais para aprender, mais para ver, mais para compreender e a tua sabedoria será sempre ignorante em incontáveis pontos na Cartilha da Eternidade."
BIBLIOGRAFIA:
No Roteiro do Evangelho, Vera Lúcio, Espírito de Ottília, SP, IDE, 1989.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
"Se alguém entre vós se julga sábio neste mundo, faça-se estulto, para se fazer sábio."
(I Coríntios, 3:18)
Este é um bom momento para decidirmos nossas acções para o novo século.
Quais nossas metas, o que queremos…
Parece-nos que a humanidade progrediu muito nestas últimas décadas, pois já somos capazes de fazer equipamentos inimagináveis há 50 anos atrás!
Achamos que conhecemos muitas coisas e que agora, em pleno século XXI, podemos nos dar ao luxo de desfrutá-las à vontade…
Um pouco de humildade é necessária, para o reconhecimento do pouco que já construímos diante do que é possível construir daqui para frente.
Principalmente no que diz respeito às conquistas de cada um, na área do conhecimento e da sabedoria.
Ottília, através da psicografia de Vera Lúcio, no belíssimo livro "No Roteiro do Evangelho" nos dá uma preciosa dica, sobre os caminhos para as verdadeiras conquistas a serem realizadas.
Indagando-se sobre como serei sábio, aponta um horizonte a ser perseguido por nós:
"— Compreendendo que o mundo em que me encontro é curso primário da Escola Divina e entendendo que o edifício de sabedoria que almejo construir com o concurso dos séculos, não prescindirá ter suas bases dolorosas no seio amigo da Terra, como serei sábio, tomando-me estulto aqui?
— Para o peixe do lago, o mundo das águas ali se resume;
as algas de que se alimenta são os mais raros manjares;
as locas e recantos diversos, recobertos de vegetação exótica, são a criação máxima da Mãe Natureza.
Para o aluno das primeiras letras, não há problemas mais intrincados que o soletrar, desenhar as letras e o memorizar tabuadas.
Para o índio, bom mas ignorante, corajoso, forte, audaz mas imponderado, a vida se resume quase só no dormir, caçar, pescar, nadar, comer ou guerrear.
Assim também, o homem encarnado que, embora guardando acesa a chama da vontade superior de adquirir sabedoria, julgar-se sábio e deste título se acreditar credor no mais alto grau, comparar-se-á ao peixe, à criança, ao índio!
Porque se o conhecimento científico dos homens atingiu, presentemente, a zonas com as quais nem sonhávamos ontem, não poderemos sequer imaginar a que culminâncias deverá ele chegar amanhã.
Porque aquilo que, há séculos passados, a nossa ignorância classificava de milagre, é hoje fenómeno natural, repetido e compreendido por nossa mente esclarecida.
Porque as leis de justiça e de amor que serviam de directrizes para os homens ao tempo de Moisés, não satisfazem aos corações e às mentes despertos ao toque divino de Jesus Cristo.
Portanto, se te convenceste de tua própria sabedoria, reconhece hoje mesmo tua estultícia e começa a alargar os horizontes de tua visão espiritual, intelectual ou sentimental porque há sempre mais para aprender, mais para ver, mais para compreender e a tua sabedoria será sempre ignorante em incontáveis pontos na Cartilha da Eternidade."
BIBLIOGRAFIA:
No Roteiro do Evangelho, Vera Lúcio, Espírito de Ottília, SP, IDE, 1989.
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Combustível indispensável
Valdeliz Souza Campos de Carvalho
O crescimento espiritual é o melhor combustível para o equilíbrio de todos os problemas humanos, sejam eles de qualquer natureza.
Os mesmos ficam mais fáceis de solucionar e de equacionar quando se consegue a mudança interior, tão propalada pelas religiões e pela psicologia.
Existem, no entanto, vários aspectos do crescimento que são muitas vezes negligenciados, gerando a cristalização de ideias e do comportamento humano.
Por exemplo, o homem esquece que sua vivência no plano físico é oportunidade para ir além de si mesmo.
É responsabilidade para fazer germinar as sementes da mudança e do crescimento constante, da ampliação da consciência, dos sentimentos com lucidez, usando a eternidade como moradia.
A vida está a disposição de todas as criaturas, sustentada pelo amor divino, que trabalha por todos, mas sempre por meio da acção intransferível de cada um.
O "conhece-te a ti mesmo" ainda é o caminho seguro para a solução dos problemas do relacionamento humano que fundamentam os sentimentos e as emoções, equilibrando ou desestabilizando o espírito.
A maneira de ser, pensar, falar e agir denota o grau de auto-conhecimento.
Analisar o próprio viver, reflectir sobre o processo da auto-descoberta é o desafio lançado pela Providência Divina que oferece o presente como a chance do homem fazer frente a si mesmo.
Cada um é responsável pelo seu próprio destino, tendo por base a liberdade do Espírito, que o leva a assumir seu próprio poder de realizar seu crescimento e construir o futuro.
Esperar a intervenção positiva e espectacular dos desencarnados para a solução das dificuldades, seja na cura de doenças quanto nos acontecimentos do quotidiano não é proposta da doutrina consoladora.
Quando se recebe a bênção da reencarnação liga-se o ser imperativamente à tarefa que lhe compete realizar.
A vida para toda alma que triunfa é serviço, movimento, ascensão.
Os Espíritos de planos mais elevados não interferem invadindo um campo de acção que não lhes compete, favorecendo mais a desordem que a produtividade.
Não se pode comprometer o êxito espiritual que o viver e as experiências oferecem com bagatelas.
São necessárias acções práticas.
A vida é um curso intensivo que exige coragem e do qual não se pode fugir covardemente.
Orar e confiar sempre, é claro, no apoio de Deus, buscando o indispensável combustível do amor, essa força gloriosa que alimenta a vida e move os mundos.
Sem um conhecimento espiritual de profundidade em torno das causas que propiciam os acontecimentos humanos com a consequente metodologia para conduzir os efeitos, a harmonia moral, mental e física permanece sob complexidade de difícil condução.
A conquista da maturidade é lei natural e fruto do tempo.
É a maior aquisição da alma, ou seja, a conquista de si mesmo, nas linhas da elevação do Espírito.
Quem conhece a verdade se liberta, porque tem condições de trilhar caminhos melhores e fazer escolhas com discernimento.
Recuar nunca!
Em todos os campos de trabalho ou em qualquer estado que se esteja, nada existe sem recurso, por ser o Senhor Universal o grande suprimento de todas as necessidades.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
O crescimento espiritual é o melhor combustível para o equilíbrio de todos os problemas humanos, sejam eles de qualquer natureza.
Os mesmos ficam mais fáceis de solucionar e de equacionar quando se consegue a mudança interior, tão propalada pelas religiões e pela psicologia.
Existem, no entanto, vários aspectos do crescimento que são muitas vezes negligenciados, gerando a cristalização de ideias e do comportamento humano.
Por exemplo, o homem esquece que sua vivência no plano físico é oportunidade para ir além de si mesmo.
É responsabilidade para fazer germinar as sementes da mudança e do crescimento constante, da ampliação da consciência, dos sentimentos com lucidez, usando a eternidade como moradia.
A vida está a disposição de todas as criaturas, sustentada pelo amor divino, que trabalha por todos, mas sempre por meio da acção intransferível de cada um.
O "conhece-te a ti mesmo" ainda é o caminho seguro para a solução dos problemas do relacionamento humano que fundamentam os sentimentos e as emoções, equilibrando ou desestabilizando o espírito.
A maneira de ser, pensar, falar e agir denota o grau de auto-conhecimento.
Analisar o próprio viver, reflectir sobre o processo da auto-descoberta é o desafio lançado pela Providência Divina que oferece o presente como a chance do homem fazer frente a si mesmo.
Cada um é responsável pelo seu próprio destino, tendo por base a liberdade do Espírito, que o leva a assumir seu próprio poder de realizar seu crescimento e construir o futuro.
Esperar a intervenção positiva e espectacular dos desencarnados para a solução das dificuldades, seja na cura de doenças quanto nos acontecimentos do quotidiano não é proposta da doutrina consoladora.
Quando se recebe a bênção da reencarnação liga-se o ser imperativamente à tarefa que lhe compete realizar.
A vida para toda alma que triunfa é serviço, movimento, ascensão.
Os Espíritos de planos mais elevados não interferem invadindo um campo de acção que não lhes compete, favorecendo mais a desordem que a produtividade.
Não se pode comprometer o êxito espiritual que o viver e as experiências oferecem com bagatelas.
São necessárias acções práticas.
A vida é um curso intensivo que exige coragem e do qual não se pode fugir covardemente.
Orar e confiar sempre, é claro, no apoio de Deus, buscando o indispensável combustível do amor, essa força gloriosa que alimenta a vida e move os mundos.
Sem um conhecimento espiritual de profundidade em torno das causas que propiciam os acontecimentos humanos com a consequente metodologia para conduzir os efeitos, a harmonia moral, mental e física permanece sob complexidade de difícil condução.
A conquista da maturidade é lei natural e fruto do tempo.
É a maior aquisição da alma, ou seja, a conquista de si mesmo, nas linhas da elevação do Espírito.
Quem conhece a verdade se liberta, porque tem condições de trilhar caminhos melhores e fazer escolhas com discernimento.
Recuar nunca!
Em todos os campos de trabalho ou em qualquer estado que se esteja, nada existe sem recurso, por ser o Senhor Universal o grande suprimento de todas as necessidades.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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Caminhos...
Tereza Cristina D’Alessandro
"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela.
Que estreita e a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e que poucos são os que acertam com ela!
(Mateus, VII: 13-14).
É facto que o Espírito dentro da evolução percorre estradas, vias escolhidas de acordo com seus critérios, com seu livre-arbítrio.
Os caminhos já percorridos inclusive aquele em que hoje transitamos, constituem nossa estrada de crescimento espiritual que leva entender melhor a Vida;
no contacto com as múltiplas situações que nos estimulam ao progresso.
Porém, chega o momento em que é necessário perguntar:
— Será mesmo este o meu melhor caminho?
Através dele chegarei aonde preciso?
A lógica nos mostra que sim, pois optamos por ele segundo nosso teor de compreensão e grau de adiantamento.
Decidimos e agimos conforme critérios próprios, ou seja, dentro de nossas condições.
Será que só isso justifica nossa escolha e torna desnecessária a advertência de Jesus:
"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela".
(Mateus, VII: 13-14)
Estas portas referidas por Jesus, onde estão encaixadas?
Ambas pertencem à muralha do tempo, e estão situadas à frente de todos nós.
Se "larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos entram por ela", percebemos que atravessá-la representa lastimáveis perdas de tempo e consequente processo de reparação.
Já a porta estreita, a que chegamos quando conseguimos atravessar veredas difíceis, representa acerto espiritual que permite evoluir com o justo aproveitamento das horas.
A travessia, a opção por uma das portas é acção compulsória para todas as criaturas.
Porta larga - entrada na ilusão - saída pelo reajuste...
Porta estreita - saída do erro - entrada na renovação...
Continua...
"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela.
Que estreita e a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e que poucos são os que acertam com ela!
(Mateus, VII: 13-14).
É facto que o Espírito dentro da evolução percorre estradas, vias escolhidas de acordo com seus critérios, com seu livre-arbítrio.
Os caminhos já percorridos inclusive aquele em que hoje transitamos, constituem nossa estrada de crescimento espiritual que leva entender melhor a Vida;
no contacto com as múltiplas situações que nos estimulam ao progresso.
Porém, chega o momento em que é necessário perguntar:
— Será mesmo este o meu melhor caminho?
Através dele chegarei aonde preciso?
A lógica nos mostra que sim, pois optamos por ele segundo nosso teor de compreensão e grau de adiantamento.
Decidimos e agimos conforme critérios próprios, ou seja, dentro de nossas condições.
Será que só isso justifica nossa escolha e torna desnecessária a advertência de Jesus:
"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela".
(Mateus, VII: 13-14)
Estas portas referidas por Jesus, onde estão encaixadas?
Ambas pertencem à muralha do tempo, e estão situadas à frente de todos nós.
Se "larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos entram por ela", percebemos que atravessá-la representa lastimáveis perdas de tempo e consequente processo de reparação.
Já a porta estreita, a que chegamos quando conseguimos atravessar veredas difíceis, representa acerto espiritual que permite evoluir com o justo aproveitamento das horas.
A travessia, a opção por uma das portas é acção compulsória para todas as criaturas.
Porta larga - entrada na ilusão - saída pelo reajuste...
Porta estreita - saída do erro - entrada na renovação...
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
O Espírito no uso do seu livre-arbítrio, tem no momento actual, no aqui e agora, sua oportunidade de escolha da porta estreita ou larga.
O tempo, os minutos, com seus acontecimentos e situações, apresentam valores particulares e se enquadram em uma ou outra porta onde a escolha será sempre de responsabilidade do caminheiro.
Através dos actos comuns, podemos examinar qual a passagem escolhida.
São actos onde estão presentes o orgulho, o egoísmo, a preguiça, o ódio, a mágoa, o ressentimento, a avareza representam eles a porta larga.
Destacam-se a esperança, caridade, prudência, sinceridade, a paz, o desejo de fazer o melhor... a porta estreita.
Através das múltiplas reencarnações, temos sido viajores desapercebidos, desses detalhes:
de cá, a sementeira do hoje;
de lá, a colheita do amanhã.
Indo e vindo pela porta larga.
Conscientes de que a melhor porta é a estreita, o que é necessário para atravessá-la?
Despojarmo-nos de nós mesmo, renovarmo-nos, aceitando os inúmeros convites que a existência faz uma vez que a Vida devolve o que a ela doamos.
Permitir que o Amor de Deus nos permeie, comandando nossa vontade e nossos passos, facultando-nos crescer com menor dose de sofrimento, é livre escolha.
Representa a opção pela porta estreita.
Jesus é o Modelo, que saibamos segui-lo utilizando a liberdade de escolha que já conquistamos!
Bibliografia:
* Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVIII - 3 a 5.
* Hammed - Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto - Todos são Caminhos.
* Emmanuel - Francisco C. Xavier - Muralha do Tempo - Espírito de Verdade
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
O Espírito no uso do seu livre-arbítrio, tem no momento actual, no aqui e agora, sua oportunidade de escolha da porta estreita ou larga.
O tempo, os minutos, com seus acontecimentos e situações, apresentam valores particulares e se enquadram em uma ou outra porta onde a escolha será sempre de responsabilidade do caminheiro.
Através dos actos comuns, podemos examinar qual a passagem escolhida.
São actos onde estão presentes o orgulho, o egoísmo, a preguiça, o ódio, a mágoa, o ressentimento, a avareza representam eles a porta larga.
Destacam-se a esperança, caridade, prudência, sinceridade, a paz, o desejo de fazer o melhor... a porta estreita.
Através das múltiplas reencarnações, temos sido viajores desapercebidos, desses detalhes:
de cá, a sementeira do hoje;
de lá, a colheita do amanhã.
Indo e vindo pela porta larga.
Conscientes de que a melhor porta é a estreita, o que é necessário para atravessá-la?
Despojarmo-nos de nós mesmo, renovarmo-nos, aceitando os inúmeros convites que a existência faz uma vez que a Vida devolve o que a ela doamos.
Permitir que o Amor de Deus nos permeie, comandando nossa vontade e nossos passos, facultando-nos crescer com menor dose de sofrimento, é livre escolha.
Representa a opção pela porta estreita.
Jesus é o Modelo, que saibamos segui-lo utilizando a liberdade de escolha que já conquistamos!
Bibliografia:
* Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVIII - 3 a 5.
* Hammed - Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto - Todos são Caminhos.
* Emmanuel - Francisco C. Xavier - Muralha do Tempo - Espírito de Verdade
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
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Aprimoremos
José Argemiro da Silveira
"Não extingais o Espírito"
Paulo I Tessalonicenses, 5:19)
Analisando a recomendação de Paulo, acima transcrita, Emmanuel, no livro "Palavras de Vida Eterna", convida-nos a "entender os valores do espírito".
Para melhor elucidar a questão, compara a educação, o conhecimento acerca das questões espirituais, a uma grande estrada.
Observemos a estrada que nos oferece condições de nos deslocarmos a longas distâncias, com segurança e conforto, e lembremos o que havia no local, antes dela ser construída.
Matas, montanhas, rios, charcos, enfim uma extensão de terra inóspita e perigosa.
No entanto, homens e máquinas, trabalharam utilizando o conhecimento, e construíram a estrada.
Hoje a utilizamos sem pensar no sacrifício dos operários que a construíram.
É provável que alguns tenham se machucado;
outros padecido de enfermidades várias;
e alguns até perdido a vida, no trabalho anónimo.
Analisa semelhante lição - diz Emmanuel - encontradiça em cada canto da rua, e não olvides que a ignorância é também aflitiva selva no mundo.
"Abracemos o serviço da educação e da bondade, com alicerces na disciplina do Cristo, que é para nós outros, o Engenheiro Celeste, e tracemos novos caminhos de evolução e de entendimento, em que as almas se aproximem na exaltação da alegria e na ascensão do progresso" (1)
A ignorância é aflitiva selva no mundo, afirma Emmanuel.
É preciso construir estradas que auxiliem as pessoas a pensarem e a viverem.
Todos querem paz, felicidade, viver bem.
Mas, a maioria não sabe o caminho para buscar o que deseja.
Equivocadamente, se busca a paz, a felicidade, no sucesso material.
Confunde-se "ter" com "ser".
Para a pessoa viver bem, harmonizada, com equilíbrio, segurança, sabendo conviver com as dificuldades sem fraquejar, importa o que ela é, e não o que ela tem.
Isto tem muito a ver com a cultura em que vivemos.
Uma cultura é feita de valores, de crenças que as pessoas herdam da família, da escola, da sociedade, É um jeito de ver o mundo; é um modo de agir.
Então é necessário um trabalho de mudança de mentalidade, que é algo que se realiza a longo prazo, porque é um trabalho de aprimoramento, de educação.
A paz não é algo que cai do céu.
É um processo sócio-educativo.
A paz se constrói, da mesma forma que um atleta prepara o corpo para suas actividades, durante longo tempo.
No Livro dos Espíritos, questão 799, indaga:
De que maneira o Espiritismo pode contribuir com o progresso?
Continua...
"Não extingais o Espírito"
Paulo I Tessalonicenses, 5:19)
Analisando a recomendação de Paulo, acima transcrita, Emmanuel, no livro "Palavras de Vida Eterna", convida-nos a "entender os valores do espírito".
Para melhor elucidar a questão, compara a educação, o conhecimento acerca das questões espirituais, a uma grande estrada.
Observemos a estrada que nos oferece condições de nos deslocarmos a longas distâncias, com segurança e conforto, e lembremos o que havia no local, antes dela ser construída.
Matas, montanhas, rios, charcos, enfim uma extensão de terra inóspita e perigosa.
No entanto, homens e máquinas, trabalharam utilizando o conhecimento, e construíram a estrada.
Hoje a utilizamos sem pensar no sacrifício dos operários que a construíram.
É provável que alguns tenham se machucado;
outros padecido de enfermidades várias;
e alguns até perdido a vida, no trabalho anónimo.
Analisa semelhante lição - diz Emmanuel - encontradiça em cada canto da rua, e não olvides que a ignorância é também aflitiva selva no mundo.
"Abracemos o serviço da educação e da bondade, com alicerces na disciplina do Cristo, que é para nós outros, o Engenheiro Celeste, e tracemos novos caminhos de evolução e de entendimento, em que as almas se aproximem na exaltação da alegria e na ascensão do progresso" (1)
A ignorância é aflitiva selva no mundo, afirma Emmanuel.
É preciso construir estradas que auxiliem as pessoas a pensarem e a viverem.
Todos querem paz, felicidade, viver bem.
Mas, a maioria não sabe o caminho para buscar o que deseja.
Equivocadamente, se busca a paz, a felicidade, no sucesso material.
Confunde-se "ter" com "ser".
Para a pessoa viver bem, harmonizada, com equilíbrio, segurança, sabendo conviver com as dificuldades sem fraquejar, importa o que ela é, e não o que ela tem.
Isto tem muito a ver com a cultura em que vivemos.
Uma cultura é feita de valores, de crenças que as pessoas herdam da família, da escola, da sociedade, É um jeito de ver o mundo; é um modo de agir.
Então é necessário um trabalho de mudança de mentalidade, que é algo que se realiza a longo prazo, porque é um trabalho de aprimoramento, de educação.
A paz não é algo que cai do céu.
É um processo sócio-educativo.
A paz se constrói, da mesma forma que um atleta prepara o corpo para suas actividades, durante longo tempo.
No Livro dos Espíritos, questão 799, indaga:
De que maneira o Espiritismo pode contribuir com o progresso?
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Resposta:
"Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse, A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente.
Destruindo os preconceitos de seita, de casta e de cor ele ensina aos homens a grande solidariedade que os deve unir como irmãos".
A nossa cultura valoriza as conquistas materiais.
Só vale o quanto a pessoa cresceu materialmente.
Não importa se alguém se tornou melhor, um ser humano mais fraterno, mais compreensivo, mais bondoso.
Só se valoriza a dimensão material:
os títulos, os recursos económico-financeiros, o poder, o prestígio.
Surge, então, o consumismo.
Chega-se a ponto de achar que consumir, comprar, traz felicidade.
Alguém poderá perguntar:
E é possível repensar o consumismo numa sociedade capitalista como a nossa?
Entendemos que sim, pois outras coisas muito difíceis de serem mudadas alguém, um dia, começou a contestar, a falar, e a situação se modificou.
Conta-se que algum tempo após a adesão de Constantino ao Cristianismo, em Roma, continuava os espectáculos de gladiadores, onde homens matavam homens, nas arenas, para diversão do povo.
Um dia, quando estava para começar o espectáculo, entrou na arena um desconhecido, e fez um discurso veemente, mostrando que, agora, eram cristãos, e não tinham o direito de continuar com aquelas práticas estúpidas.
O desconhecido foi vaiado, apedrejado e morto, mas no dia seguinte todos queriam saber quem era aquele homem que teve a coragem de enfrentar a multidão.
E os mais preparados passaram a pensar e discutir a questão das lutas dos gladiadores que acabaram por ser extintas.
O progresso humano, em grande parte, tem sido feito assim:
com a incompreensão de muitos e com o sacrifício dos vanguardeiros que, muitas vezes, pagam com a vida pelo crime de desejarem um futuro melhor para o seu semelhante.
Jesus é o exemplo maior.
É preciso repensar essa tabela de valores que ainda vigora em nossa cultura. Um número cada vez maior de pessoas vai entendendo que esse modelo actual não responde mais aos nossos anseios.
A tecnologia e o progresso material vão muito bem, mas as nossas vidas não estão bem.
É necessário trabalhar para abrir estradas ao progresso.
Conforme conclui Emmanuel, na lição citada de início:
"Não importa sejamos hoje artífices sem nome.
Vale o serviço feito.
Humilde réstia de luz que acendermos envolver-nos-à em seu clarão e a pequenina semente de fraternidade que venhamos a lançar no solo da vida abençoar-nos-à com os seus frutos".
(1) - Palavras de Vida Eterna, cap. 54 - Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier.
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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Resposta:
"Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse, A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente.
Destruindo os preconceitos de seita, de casta e de cor ele ensina aos homens a grande solidariedade que os deve unir como irmãos".
A nossa cultura valoriza as conquistas materiais.
Só vale o quanto a pessoa cresceu materialmente.
Não importa se alguém se tornou melhor, um ser humano mais fraterno, mais compreensivo, mais bondoso.
Só se valoriza a dimensão material:
os títulos, os recursos económico-financeiros, o poder, o prestígio.
Surge, então, o consumismo.
Chega-se a ponto de achar que consumir, comprar, traz felicidade.
Alguém poderá perguntar:
E é possível repensar o consumismo numa sociedade capitalista como a nossa?
Entendemos que sim, pois outras coisas muito difíceis de serem mudadas alguém, um dia, começou a contestar, a falar, e a situação se modificou.
Conta-se que algum tempo após a adesão de Constantino ao Cristianismo, em Roma, continuava os espectáculos de gladiadores, onde homens matavam homens, nas arenas, para diversão do povo.
Um dia, quando estava para começar o espectáculo, entrou na arena um desconhecido, e fez um discurso veemente, mostrando que, agora, eram cristãos, e não tinham o direito de continuar com aquelas práticas estúpidas.
O desconhecido foi vaiado, apedrejado e morto, mas no dia seguinte todos queriam saber quem era aquele homem que teve a coragem de enfrentar a multidão.
E os mais preparados passaram a pensar e discutir a questão das lutas dos gladiadores que acabaram por ser extintas.
O progresso humano, em grande parte, tem sido feito assim:
com a incompreensão de muitos e com o sacrifício dos vanguardeiros que, muitas vezes, pagam com a vida pelo crime de desejarem um futuro melhor para o seu semelhante.
Jesus é o exemplo maior.
É preciso repensar essa tabela de valores que ainda vigora em nossa cultura. Um número cada vez maior de pessoas vai entendendo que esse modelo actual não responde mais aos nossos anseios.
A tecnologia e o progresso material vão muito bem, mas as nossas vidas não estão bem.
É necessário trabalhar para abrir estradas ao progresso.
Conforme conclui Emmanuel, na lição citada de início:
"Não importa sejamos hoje artífices sem nome.
Vale o serviço feito.
Humilde réstia de luz que acendermos envolver-nos-à em seu clarão e a pequenina semente de fraternidade que venhamos a lançar no solo da vida abençoar-nos-à com os seus frutos".
(1) - Palavras de Vida Eterna, cap. 54 - Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier.
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Amar ao Próximo
Leda de Almeida Rezende Ebner
Para muitos, uma utopia, palavras de efeito...
Para quem aceita os ensinos de Jesus como o único caminho para a felicidade e a paz dos homens, amar ao próximo é um ideal a ser conquistado.
Que humanidade feliz seremos, quando a maior parte dos homens se dispuser a olhar o outro como a um irmão, independente da nacionalidade, da cor da pele, da religião, da sua maneira de ser!
Amar a todos os povos da Terra, procurar compreendê-los na sua história, na sua cultura, orando pelos que se consideram inimigos, para que eles possam perdoar-se uns aos outros para viverem em paz!...
Amar a todos de um mesmo país, respeitando as diferenças físicas, intelectuais, sociais e morais, todos buscando o bem colectivo e todos tendo suas necessidades materiais e espirituais satisfeitas!...
Amar a todos de uma mesma cidade, irmanando-se todos com as mesmas oportunidades de estudo, de trabalho, de convivência...
Amar aos que encontramos no trabalho, nos ónibus, nas ruas, nas lojas, nas filas, nos encontros casuais, vendo-os como pessoas iguais a nós, com inteligência, sentimentos, emoções, que lutam, que sonham...
Amar nossos familiares!
Como amar a todos?
Que é amar?
Segundo o dicionário: "sentir amor ou ternura por, ter afeição, dedicação, devoção ou querer bem a".
Como sentir ternura ou afeição a quem nos maltrata, a quem nos incomoda!?
Muitos amaram a todos, dos quais destacamos Jesus, o Espírito mais puro, que se dispôs, por Amor, a viver na Terra, numa renúncia e dedicação plenas, para mostrar-nos as leis morais e como devemos proceder para desenvolvê-las em nós.
Destacamos também, Francisco de Assis, renunciando a uma vida rica, privilegiada, afastando-se até da convivência familiar, para viver, com liberdade, o amor aos seus irmãos em Deus.
Como desenvolver esse amor que nada exige, que vê o outro, qualquer outro, como um irmão, se temos grande dificuldade em amar familiares, vizinhos, companheiros de trabalho?
Amor é conquista interna de cada indivíduo.
O amor pleno está em nós, em nossa essência, visto que somos filhos de Deus, Amor Absoluto.
É nossa tarefa desenvolver esse potencial divino em nós, para que a inteligência não nos leve a permanecermos no orgulho e no egoísmo.
Amar a família!
À primeira vista, todos amam suas famílias, mas nem todos os familiares se amam.
Continua...
Para muitos, uma utopia, palavras de efeito...
Para quem aceita os ensinos de Jesus como o único caminho para a felicidade e a paz dos homens, amar ao próximo é um ideal a ser conquistado.
Que humanidade feliz seremos, quando a maior parte dos homens se dispuser a olhar o outro como a um irmão, independente da nacionalidade, da cor da pele, da religião, da sua maneira de ser!
Amar a todos os povos da Terra, procurar compreendê-los na sua história, na sua cultura, orando pelos que se consideram inimigos, para que eles possam perdoar-se uns aos outros para viverem em paz!...
Amar a todos de um mesmo país, respeitando as diferenças físicas, intelectuais, sociais e morais, todos buscando o bem colectivo e todos tendo suas necessidades materiais e espirituais satisfeitas!...
Amar a todos de uma mesma cidade, irmanando-se todos com as mesmas oportunidades de estudo, de trabalho, de convivência...
Amar aos que encontramos no trabalho, nos ónibus, nas ruas, nas lojas, nas filas, nos encontros casuais, vendo-os como pessoas iguais a nós, com inteligência, sentimentos, emoções, que lutam, que sonham...
Amar nossos familiares!
Como amar a todos?
Que é amar?
Segundo o dicionário: "sentir amor ou ternura por, ter afeição, dedicação, devoção ou querer bem a".
Como sentir ternura ou afeição a quem nos maltrata, a quem nos incomoda!?
Muitos amaram a todos, dos quais destacamos Jesus, o Espírito mais puro, que se dispôs, por Amor, a viver na Terra, numa renúncia e dedicação plenas, para mostrar-nos as leis morais e como devemos proceder para desenvolvê-las em nós.
Destacamos também, Francisco de Assis, renunciando a uma vida rica, privilegiada, afastando-se até da convivência familiar, para viver, com liberdade, o amor aos seus irmãos em Deus.
Como desenvolver esse amor que nada exige, que vê o outro, qualquer outro, como um irmão, se temos grande dificuldade em amar familiares, vizinhos, companheiros de trabalho?
Amor é conquista interna de cada indivíduo.
O amor pleno está em nós, em nossa essência, visto que somos filhos de Deus, Amor Absoluto.
É nossa tarefa desenvolver esse potencial divino em nós, para que a inteligência não nos leve a permanecermos no orgulho e no egoísmo.
Amar a família!
À primeira vista, todos amam suas famílias, mas nem todos os familiares se amam.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
É aí, no entanto, que temos o próximo mais próximo e é em seu seio que devemos e podemos exercitar o amor, porque é nela que esse sentimento é mais egocêntrico, mais possessivo, mais exigente, Amamos querendo que o outro nos faça feliz, que o outro seja como queremos que ele seja, que siga nossos ideais, nossas verdades.
Não sabemos amar ao outro, amamos a nós próprios:
somos egoístas aparentemente bem intencionados.
Amar é confiar, é aceitar e respeitar as diferenças individuais, é querer ver o outro feliz e colaborar para tal.
A família é assim, o melhor lugar para o exercício constante do amor.
Para isso, é necessário que os membros mais conscientes da necessidade do amor em nossas vidas e da valorização da família para a satisfação dessa necessidade, amem a todos com desprendimento, sem exigências pessoais, se doem num exercício permanente de renúncia, de humildade em benefício dos demais.
"Muito se pedirá a quem muito foi dado", asseverou Jesus.
Amor na família inclui também amar as pessoas que partilham dessa convivência, como empregados domésticos que, muitas vezes, ficam anos e anos, recebendo tratamento diferenciado, embora concorram (e muito) com seu trabalho e dedicação à paz e à harmonia no lar.
Porquê excluí-los das alegrias do convívio familiar?
Como viveríamos muito mais felizes no lar, por consequência, fora dele, se buscássemos amar a todos que ali adentram!
Consideremos ainda que, quanto mais diferenciados de nós, sejam nossos próximos, melhor para nós, porque são os diferentes que nos ensinam;
os iguais facilitam a convivência, mas podem nos levar a uma parada no crescimento espiritual, pela acomodação ao bem-estar desse convívio.
As pessoas mais difíceis de serem amadas por nós, forçam-nos a maiores esforços ao controle das nossas reacções negativas, auxiliam-nos ao controle de nossas reacções negativas, auxiliam-nos a nos conhecer melhor e, assim, nossa auto-educação continua se fazendo.
Lembremo-nos sempre:
aqueles a quem temos dificuldade de amar, provavelmente, sentem o mesmo em relação a nós, vendo-nos também como pessoas difíceis.
Precisamos aprender olhar cada pessoa com olhos de simpatia, vontade de gostar dela.
Com esta atitude estaremos facilitando o desenvolvimento do amor em nós, ainda que o outro não nos corresponda da mesma maneira.
Jesus nos ensinou: "Amai aos inimigos".
Se devemos amar até a quem nos faz mal deliberadamente, quanto mais devemos amar aos que convivem connosco, aos que nos encontramos no dia-a-dia!...
Amar ao próximo, desenvolvendo o amor em nós, deve ser a nossa meta, se queremos ser, a cada dia, pessoas melhores, mais felizes.
O amor ao próximo leva-nos a amar-mo-nos sem egoísmo e sem ilusões;
leva-nos a amar a Deus e suas leis, trazendo-nos a paz interior, porque então, estaremos sempre rodeados de amigos, de pessoas a quem desejamos tudo o que queremos para nós.
E só assim, vamos nos transformando em melhores esposos, melhores pais, melhores filhos, melhores vizinhos, amigos, irmãos e melhores cidadãos!
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
É aí, no entanto, que temos o próximo mais próximo e é em seu seio que devemos e podemos exercitar o amor, porque é nela que esse sentimento é mais egocêntrico, mais possessivo, mais exigente, Amamos querendo que o outro nos faça feliz, que o outro seja como queremos que ele seja, que siga nossos ideais, nossas verdades.
Não sabemos amar ao outro, amamos a nós próprios:
somos egoístas aparentemente bem intencionados.
Amar é confiar, é aceitar e respeitar as diferenças individuais, é querer ver o outro feliz e colaborar para tal.
A família é assim, o melhor lugar para o exercício constante do amor.
Para isso, é necessário que os membros mais conscientes da necessidade do amor em nossas vidas e da valorização da família para a satisfação dessa necessidade, amem a todos com desprendimento, sem exigências pessoais, se doem num exercício permanente de renúncia, de humildade em benefício dos demais.
"Muito se pedirá a quem muito foi dado", asseverou Jesus.
Amor na família inclui também amar as pessoas que partilham dessa convivência, como empregados domésticos que, muitas vezes, ficam anos e anos, recebendo tratamento diferenciado, embora concorram (e muito) com seu trabalho e dedicação à paz e à harmonia no lar.
Porquê excluí-los das alegrias do convívio familiar?
Como viveríamos muito mais felizes no lar, por consequência, fora dele, se buscássemos amar a todos que ali adentram!
Consideremos ainda que, quanto mais diferenciados de nós, sejam nossos próximos, melhor para nós, porque são os diferentes que nos ensinam;
os iguais facilitam a convivência, mas podem nos levar a uma parada no crescimento espiritual, pela acomodação ao bem-estar desse convívio.
As pessoas mais difíceis de serem amadas por nós, forçam-nos a maiores esforços ao controle das nossas reacções negativas, auxiliam-nos ao controle de nossas reacções negativas, auxiliam-nos a nos conhecer melhor e, assim, nossa auto-educação continua se fazendo.
Lembremo-nos sempre:
aqueles a quem temos dificuldade de amar, provavelmente, sentem o mesmo em relação a nós, vendo-nos também como pessoas difíceis.
Precisamos aprender olhar cada pessoa com olhos de simpatia, vontade de gostar dela.
Com esta atitude estaremos facilitando o desenvolvimento do amor em nós, ainda que o outro não nos corresponda da mesma maneira.
Jesus nos ensinou: "Amai aos inimigos".
Se devemos amar até a quem nos faz mal deliberadamente, quanto mais devemos amar aos que convivem connosco, aos que nos encontramos no dia-a-dia!...
Amar ao próximo, desenvolvendo o amor em nós, deve ser a nossa meta, se queremos ser, a cada dia, pessoas melhores, mais felizes.
O amor ao próximo leva-nos a amar-mo-nos sem egoísmo e sem ilusões;
leva-nos a amar a Deus e suas leis, trazendo-nos a paz interior, porque então, estaremos sempre rodeados de amigos, de pessoas a quem desejamos tudo o que queremos para nós.
E só assim, vamos nos transformando em melhores esposos, melhores pais, melhores filhos, melhores vizinhos, amigos, irmãos e melhores cidadãos!
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)
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Além dos outros
José Argemiro da Silveira
"Não fazem os publicanos também o mesmo?"
Jesus (Mateus, 5:46)
Ao iniciar um novo ano, e, desta vez, um novo século, e um novo milénio, é importante analisarmos o que temos feito como espíritas, e reflectir sobre o que pretendemos, ou, pelo menos, deveríamos pretender realizar.
Santo Agostinho, respondendo à pergunta 919-a de "O Livro dos Espíritos", recomenda:
"Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra:
no fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim.
Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma".
O conselho do amigo espiritual é para que façamos esse exame de consciência diariamente.
Mas, se não observamos essa salutar medida para melhoria íntima, pelo menos no final do ano, e muito especialmente, ao iniciar um novo milénio, há motivos para que paremos um pouco e façamos esse balanço íntimo, para verificarmos como estamos na caminhada evolutiva.
O espírita possui um tesouro:
os ensinamentos de Jesus, recordados e explicados com simplicidade e clareza pelo Espiritismo.
As religiões pregam a imortalidade da alma, mas o espírita sabe que a vida continua sem grandes modificações depois da morte física.
Não é uma crença vaga, algo abstracto, em que se crê, mas não se sabe como é.
Nós sabemos com base nos factos, nas informações de amigos e parentes que já partiram para a outra dimensão da vida, e que voltam informando, detalhadamente, como se constitui a vida no outro plano.
Outro conhecimento importante é sobre as razões do sofrimento humano.
Sabemos que sofremos para evoluir, para nos auto-realizarmos, desenvolver as potencialidades existentes no Espírito, e que, em consequência desse desenvolvimento, compreenderemos as Leis Divinas, viveremos em harmonia com elas e seremos felizes.
O sofrimento, sempre dentro dos preceitos da justiça e da bondade de Deus, constitui a lição, o recurso educativo de que necessitamos para nosso aperfeiçoamento.
Outro item importante esclarecido pelo Espiritismo é a lei de causa e efeito.
Com o nosso livre-arbítrio relativo, e no nosso patamar evolutivo, construímos o nosso destino.
Cabe a cada um preparar e cultivar a sua paz, seu bem-estar íntimo.
Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos, e a medida que nos modificamos para melhor passamos a nos identificar com o que há de melhor nas pessoas e situações e, portanto, passamos a viver melhor.
"A medida que melhoramos, tudo melhora em torno de nós", ensina André Luiz.
As pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de estudar e compreender o Espiritismo, "não têm a mesma certeza que temos de que a vida é eterna e que Deus somente deseja para nós, seus filhos, a verdadeira felicidade e que a reserva para nós, deixando a nosso cargo o tempo que poderemos levar para alcançá-la.
Continua...
"Não fazem os publicanos também o mesmo?"
Jesus (Mateus, 5:46)
Ao iniciar um novo ano, e, desta vez, um novo século, e um novo milénio, é importante analisarmos o que temos feito como espíritas, e reflectir sobre o que pretendemos, ou, pelo menos, deveríamos pretender realizar.
Santo Agostinho, respondendo à pergunta 919-a de "O Livro dos Espíritos", recomenda:
"Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra:
no fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim.
Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma".
O conselho do amigo espiritual é para que façamos esse exame de consciência diariamente.
Mas, se não observamos essa salutar medida para melhoria íntima, pelo menos no final do ano, e muito especialmente, ao iniciar um novo milénio, há motivos para que paremos um pouco e façamos esse balanço íntimo, para verificarmos como estamos na caminhada evolutiva.
O espírita possui um tesouro:
os ensinamentos de Jesus, recordados e explicados com simplicidade e clareza pelo Espiritismo.
As religiões pregam a imortalidade da alma, mas o espírita sabe que a vida continua sem grandes modificações depois da morte física.
Não é uma crença vaga, algo abstracto, em que se crê, mas não se sabe como é.
Nós sabemos com base nos factos, nas informações de amigos e parentes que já partiram para a outra dimensão da vida, e que voltam informando, detalhadamente, como se constitui a vida no outro plano.
Outro conhecimento importante é sobre as razões do sofrimento humano.
Sabemos que sofremos para evoluir, para nos auto-realizarmos, desenvolver as potencialidades existentes no Espírito, e que, em consequência desse desenvolvimento, compreenderemos as Leis Divinas, viveremos em harmonia com elas e seremos felizes.
O sofrimento, sempre dentro dos preceitos da justiça e da bondade de Deus, constitui a lição, o recurso educativo de que necessitamos para nosso aperfeiçoamento.
Outro item importante esclarecido pelo Espiritismo é a lei de causa e efeito.
Com o nosso livre-arbítrio relativo, e no nosso patamar evolutivo, construímos o nosso destino.
Cabe a cada um preparar e cultivar a sua paz, seu bem-estar íntimo.
Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos, e a medida que nos modificamos para melhor passamos a nos identificar com o que há de melhor nas pessoas e situações e, portanto, passamos a viver melhor.
"A medida que melhoramos, tudo melhora em torno de nós", ensina André Luiz.
As pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de estudar e compreender o Espiritismo, "não têm a mesma certeza que temos de que a vida é eterna e que Deus somente deseja para nós, seus filhos, a verdadeira felicidade e que a reserva para nós, deixando a nosso cargo o tempo que poderemos levar para alcançá-la.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Não possuem, porque não crêem, o consolo do intercâmbio com o Plano Espiritual, a reaproximação com os entes queridos, a certeza de que, realmente, se encontram mais vivos do que nunca" 1
Não temos espaço para relacionar todos os benefícios que a Doutrina Espírita nos proporciona, todavia, o que ficou dito acima é suficiente para evidenciar quanto temos recebido em termos de informação e orientações.
Alguém poderá dizer:
Mas Jesus já ensinara tudo isto.
De facto, todos esses ensinamentos constam do Evangelho, entretanto, ao longo do tempo foram sofrendo interpretações distorcidas, interpolações, de sorte que, hoje, os adeptos das religiões, que se consideram cristãs, não recebem essas informações de maneira clara e objectiva.
Daí, como "a quem mais é dado, mais será pedido", a responsabilidade de quem está melhor informado é maior.
Emmanuel, no livro "Fonte Viva", psicografia de Francisco C. Xavier, cap. 96, analisando a frase citada de início, reflecte:
"Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correcção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.
Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo".
E pergunta o instrutor espiritual:
— Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?
— Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?
— Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?
— Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?
— Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de acção?
— Partilhas a alegria de teus amigos sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?
— Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?
E conclui Emmanuel:
"O homem vulgar, de muitos milénios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo, sem diferenças fundamentais, na ordem colectiva.
De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior.
Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos.
Mas para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo".
1 - Anuário Espírita 2001 - Apresentação dos editores
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Não possuem, porque não crêem, o consolo do intercâmbio com o Plano Espiritual, a reaproximação com os entes queridos, a certeza de que, realmente, se encontram mais vivos do que nunca" 1
Não temos espaço para relacionar todos os benefícios que a Doutrina Espírita nos proporciona, todavia, o que ficou dito acima é suficiente para evidenciar quanto temos recebido em termos de informação e orientações.
Alguém poderá dizer:
Mas Jesus já ensinara tudo isto.
De facto, todos esses ensinamentos constam do Evangelho, entretanto, ao longo do tempo foram sofrendo interpretações distorcidas, interpolações, de sorte que, hoje, os adeptos das religiões, que se consideram cristãs, não recebem essas informações de maneira clara e objectiva.
Daí, como "a quem mais é dado, mais será pedido", a responsabilidade de quem está melhor informado é maior.
Emmanuel, no livro "Fonte Viva", psicografia de Francisco C. Xavier, cap. 96, analisando a frase citada de início, reflecte:
"Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correcção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.
Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo".
E pergunta o instrutor espiritual:
— Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?
— Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?
— Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?
— Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?
— Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de acção?
— Partilhas a alegria de teus amigos sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?
— Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?
E conclui Emmanuel:
"O homem vulgar, de muitos milénios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo, sem diferenças fundamentais, na ordem colectiva.
De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior.
Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos.
Mas para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo".
1 - Anuário Espírita 2001 - Apresentação dos editores
(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)
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Vinicius
Domério de Oliveira
Quando de minha última palestra, na nossa FEESP, gentil Confreira, que sempre acompanha meus passos, no campo da Doutrina, perguntou-me se tive oportunidade de conhecer pessoalmente nosso Valoroso Vinicius.
Passo a responder, valendo-me desta simples crónica, traçando, resumidamente, a biografia deste nosso Emérito Evangelizador.
Para os amigos que já conhecem Vinicius, vamos juntos recordar e para os que não o conheceram, então, terão oportunidade de tomar ciência de um Vulto Extraordinário que tanto engrandeceu a nossa doutrina.
Prezada Confreira, em 1948, quando cursávamos o primeiro ano de Direito, na nossa Velha Academia do Largo de São Francisco, SP, tivemos o prazer de ouvir as palestras evangélicas do nosso Magnífico Vinicius.
Aos domingos, às dez horas da manhã, na antiga sede da FEESP, nosso Vinicius ocupava a Tribuna e nos encantava com o Poder das suas Palavras.
De preferência, sempre desenvolvia Temas Evangélicos.
Sim, meus amigos, Vinicius foi, a meu ver, o Maior Pregador do Evangelho em nossas plagas.
No campo da Evangelização, Vinicius poderá ser sucedido, mas jamais poderá ser substituído.
Quando o conheci, Vinicius já era um cidadão de cabelos brancos, de porte mediano, e ao falar revelava aquele sotaque piracicabano, mas, o seu português, tanto ao falar, como ao escrever, sempre foi irreprochável.
Gostava de usar terno branco e gravatinha borboleta colorida.
Quando falava, pausadamente, tinha o poder carismático de chamar para si todos os olhares e todas as atenções.
Conhecia profundamente o Evangelho em todos os seus mínimos detalhes.
Prezada Confreira, Vinicius chamava-se Pedro de Camargo e nasceu em Piracicaba, SP, no dia 7 de maio de 1878 e desencarnou em São Paulo, no dia 11 de outubro de 1966.
Alcançou uma idade proveta e teve sua vida praticamente voltada às Luzes do Evangelho.
Aos vinte e sete anos, ainda, não era Espírita, mas simpático ao Protestantismo.
Converteu-se ao Espiritismo no ano de 1905, levado pelo seu amigo João Leão Pitta.
Sim, também, nos lembramos do velho Leão Pitta, Português de Nascimento e Eminente Pregador da Doutrina Espírita.
Leão Pitta usava longas barbas e foi colaborador do nosso querido - Cairbar Schutel da cidade de Matão, SP.
Relacionando-se com João Leão Pitta, Vinicius interessou-se por Kardec e muito especialmente pelo Evangelho Segundo o Espiritismo.
Após sério amadurecimento, pelas leituras das obras de Kardec.
Vinicius tornou-se um Espírita Convicto e passou a frequentar núcleos espíritas lá onde morava, em Piracicaba.
Continua...
Quando de minha última palestra, na nossa FEESP, gentil Confreira, que sempre acompanha meus passos, no campo da Doutrina, perguntou-me se tive oportunidade de conhecer pessoalmente nosso Valoroso Vinicius.
Passo a responder, valendo-me desta simples crónica, traçando, resumidamente, a biografia deste nosso Emérito Evangelizador.
Para os amigos que já conhecem Vinicius, vamos juntos recordar e para os que não o conheceram, então, terão oportunidade de tomar ciência de um Vulto Extraordinário que tanto engrandeceu a nossa doutrina.
Prezada Confreira, em 1948, quando cursávamos o primeiro ano de Direito, na nossa Velha Academia do Largo de São Francisco, SP, tivemos o prazer de ouvir as palestras evangélicas do nosso Magnífico Vinicius.
Aos domingos, às dez horas da manhã, na antiga sede da FEESP, nosso Vinicius ocupava a Tribuna e nos encantava com o Poder das suas Palavras.
De preferência, sempre desenvolvia Temas Evangélicos.
Sim, meus amigos, Vinicius foi, a meu ver, o Maior Pregador do Evangelho em nossas plagas.
No campo da Evangelização, Vinicius poderá ser sucedido, mas jamais poderá ser substituído.
Quando o conheci, Vinicius já era um cidadão de cabelos brancos, de porte mediano, e ao falar revelava aquele sotaque piracicabano, mas, o seu português, tanto ao falar, como ao escrever, sempre foi irreprochável.
Gostava de usar terno branco e gravatinha borboleta colorida.
Quando falava, pausadamente, tinha o poder carismático de chamar para si todos os olhares e todas as atenções.
Conhecia profundamente o Evangelho em todos os seus mínimos detalhes.
Prezada Confreira, Vinicius chamava-se Pedro de Camargo e nasceu em Piracicaba, SP, no dia 7 de maio de 1878 e desencarnou em São Paulo, no dia 11 de outubro de 1966.
Alcançou uma idade proveta e teve sua vida praticamente voltada às Luzes do Evangelho.
Aos vinte e sete anos, ainda, não era Espírita, mas simpático ao Protestantismo.
Converteu-se ao Espiritismo no ano de 1905, levado pelo seu amigo João Leão Pitta.
Sim, também, nos lembramos do velho Leão Pitta, Português de Nascimento e Eminente Pregador da Doutrina Espírita.
Leão Pitta usava longas barbas e foi colaborador do nosso querido - Cairbar Schutel da cidade de Matão, SP.
Relacionando-se com João Leão Pitta, Vinicius interessou-se por Kardec e muito especialmente pelo Evangelho Segundo o Espiritismo.
Após sério amadurecimento, pelas leituras das obras de Kardec.
Vinicius tornou-se um Espírita Convicto e passou a frequentar núcleos espíritas lá onde morava, em Piracicaba.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Pedro de Camargo, (Vinícius), começou a fazer suas exposições para poucas pessoas e passou a escrever comentários evangélicos para o "Reformador", Jornal da Federação Espírita Brasileira.
Foi, então, que adoptou o pseudónimo "Vinícius", pelo qual veio a ser conhecido em todo o Brasil.
Sim, meus amigos, podemos dizer, com absoluta segurança, que Vinícius foi o maior Expositor do Evangelho à Luz do Espiritismo, no Brasil, em todos os tempos.
Sua Palavra era clara, objectiva e suas ideias se encadeavam perfeitamente, como já dissemos, conhecia profundamente o Evangelho e do mesmo, com maestria, sempre extraía conceitos e conselhos úteis para o homem actual, para a época actual.
Vinícius dava vida às palavras do Evangelho e, com entusiasmo, revivia as Parábolas e era simplesmente empolgante.
Nestas condições, como Evangelizador, conquistou para o Espiritismo milhares e milhares de pessoas.
Vinícius sempre estimulou a Evangelização Infantil.
Além de grande Orador, Viníicus foi também Escritor.
Mas, podemos dizer, que o Vinícius Orador, superou o Vinícius Escritor.
Da sua lavra brotaram as seguintes obras, todas seguindo a mesma "via-vitae" do Mestre Jesus.
Vejamos:
1 - "Na Escola do Mestre";
2 - "Na Seara do Mestre";
3 - "Nas Pegadas do Mestre";
4 - "Em Torno do Mestre";
5 - "O Mestre na Educação"
Em todos os seus Livros, Vinícius revela-se um Legítimo Pedagogo.
É o que afirmam suas numerosas obras e teses magistrais, girando os assuntos, invariavelmente, em torno de uma ideia central que é o esclarecimento, a formação moral e espiritual de seus semelhantes.
No seu Formoso Livro "Em Torno do Mestre" - 4.ª edição da FEB - 1979 - fls. 59, Vinícius deixa-nos gravadas palavras de grande valia:
"Para ser Cristão, é preciso coragem, ânimo forte, atitude varonil.
"Seja o teu falar: sim, sim; não, não".
Não há lugar para composturas dúbias, indecisas, oscilantes.
O Crente em Cristo deve possuir convicção inabalável, têmpera rija, carácter positivo e franco".
Nosso Irmão Vinícius, em sua última romagem física, vivenciou suas próprias palavras que, agora, usamos para o remate desta crónica.
Vinícius pregou e exemplificou o Evangelho, merece, portanto, ser lembrando, sempre lembrado, com toda nossa gratidão, pelo muito que fez pela nossa Doutrina, colocando-a lá no alto, como Flor de Ponta de Galho.
(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)
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Pedro de Camargo, (Vinícius), começou a fazer suas exposições para poucas pessoas e passou a escrever comentários evangélicos para o "Reformador", Jornal da Federação Espírita Brasileira.
Foi, então, que adoptou o pseudónimo "Vinícius", pelo qual veio a ser conhecido em todo o Brasil.
Sim, meus amigos, podemos dizer, com absoluta segurança, que Vinícius foi o maior Expositor do Evangelho à Luz do Espiritismo, no Brasil, em todos os tempos.
Sua Palavra era clara, objectiva e suas ideias se encadeavam perfeitamente, como já dissemos, conhecia profundamente o Evangelho e do mesmo, com maestria, sempre extraía conceitos e conselhos úteis para o homem actual, para a época actual.
Vinícius dava vida às palavras do Evangelho e, com entusiasmo, revivia as Parábolas e era simplesmente empolgante.
Nestas condições, como Evangelizador, conquistou para o Espiritismo milhares e milhares de pessoas.
Vinícius sempre estimulou a Evangelização Infantil.
Além de grande Orador, Viníicus foi também Escritor.
Mas, podemos dizer, que o Vinícius Orador, superou o Vinícius Escritor.
Da sua lavra brotaram as seguintes obras, todas seguindo a mesma "via-vitae" do Mestre Jesus.
Vejamos:
1 - "Na Escola do Mestre";
2 - "Na Seara do Mestre";
3 - "Nas Pegadas do Mestre";
4 - "Em Torno do Mestre";
5 - "O Mestre na Educação"
Em todos os seus Livros, Vinícius revela-se um Legítimo Pedagogo.
É o que afirmam suas numerosas obras e teses magistrais, girando os assuntos, invariavelmente, em torno de uma ideia central que é o esclarecimento, a formação moral e espiritual de seus semelhantes.
No seu Formoso Livro "Em Torno do Mestre" - 4.ª edição da FEB - 1979 - fls. 59, Vinícius deixa-nos gravadas palavras de grande valia:
"Para ser Cristão, é preciso coragem, ânimo forte, atitude varonil.
"Seja o teu falar: sim, sim; não, não".
Não há lugar para composturas dúbias, indecisas, oscilantes.
O Crente em Cristo deve possuir convicção inabalável, têmpera rija, carácter positivo e franco".
Nosso Irmão Vinícius, em sua última romagem física, vivenciou suas próprias palavras que, agora, usamos para o remate desta crónica.
Vinícius pregou e exemplificou o Evangelho, merece, portanto, ser lembrando, sempre lembrado, com toda nossa gratidão, pelo muito que fez pela nossa Doutrina, colocando-a lá no alto, como Flor de Ponta de Galho.
(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)
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