LUZ ESPÍRITA
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Estudos Avançados Espíritas

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 26, 2011 9:00 pm

Continua...

Falou o Sr. Parra que tem fé, mas tem errado muito e se julga imperfeito.

Continuou o Espírito:
“Na Terra ainda é muita a imperfeição.
Todos tendes de praticar.
Ainda estais fazendo um estágio de aprimoramento de um curso.
T
odos são discípulos.
Os que estão envolvidos nessa luz universal que é o evangelho deveis encontrar sempre clareza, nunca pontos duvidosos.
Todos aqui se estão preparando para ser transportados para a vida eterna.

Marilda: quais são os momentos mais graciosos em que vos pondes a orar?”

Respondeu que é nas dificuldades.

Adri indagou quais os momentos que ela tem por difíceis, porque há ocasiões em que julgamos que tudo está difícil e perdido na imensidade.

Ante a resposta de Marilda, Adri recomendou:
“Ide dissipando vossas dificuldades, porque dificuldade é obscuridade.
Se Adri chamar qualquer um de vós e pedir qualquer coisa posta em algum ponto deste recinto, e for achardes sem esbarrardes em nada, estará sanada toda a dificuldade, porque dificuldade é treva.

Maria: como é que podeis acender luz para afastar as dificuldades da obscuridade?”

Disse Maria:
“Elevando prece a Jesus”.

Adri:
“Estais vendo, Márcia?
Tudo isso é oração.
O Mestre ensinou a orar para que o atraiamos.

Valter: Quando perambulais dentro dessa falange - muitas das vezes pensais que estais sozinhos, e então passais a observar que cada falange tem uma dificuldade, uma deficiência.
Então, se no momento em que vos aproximardes de uma falange ocorrer um desastre, como é que estareis?”

Disse o rapaz nada ter testemunhado depois de se ter feito adulto, mas acredita que o sentimento de tais ocasiões deve ser o de ajudar.

Tornou o Espírito: “Dentro do sentimento natural, não é?
Porque o cristão deve ser sempre natural.
Jesus, quando estava nas aflições, quando estava sendo tentado, mantinha-se natural.

Não é isso que o Evangelho vos pede?”
Amanhã, quando desencarnarem vossos filhos, vossa companheira, devereis ser naturais.”

Disse o rapaz saber que é assim, mas não se encontrar totalmente preparado.

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 26, 2011 9:01 pm

Continua...

Continuou o Espírito:
“Não vos estou dando aula, mas procurando ver o sentimento profundo de cada um de vós, que tendes grandes responsabilidades, que fostes preparados nesta encarnação para todos os acontecimentos que se verificam e devereis dar sempre o testemunho, todo o amor, para que possais ser os cordeiros da paz, sem separação de classe, cor, seita religiosa, amando a todos como Jesus nos amou.

Carmen: já experimentou orar sob uma luz de 1000 watts?
O que é mais fácil para vós?
Orar no escuro ou no claro?”

A moça disse encontrar mais facilidade para mentalizar no escuro.

Falou irmão Adri:
“Mas não deve.
O artista, quando está preocupado com uma tela, embora tenha os olhos abertos encontra-se totalmente preso á sua arte.

Assim, o engenheiro, quando está tratando do aperfeiçoamento de algo, nada o perturba, seja o ruído de máquinas ou o movimento à sua volta, porque está completamente ligado ao objectivo.

Portanto, quando orardes devereis ser como o desenhista, o mecânico, ligados ao aperfeiçoamento, e nada vos deves perturbar, porque devereis estar imbuídos da vossa responsabilidade.

Grande objectivo é orar com o sentimento.

Observai, por exemplo, um artista, quando está empenhado em alguma coisa: chegais a falar com ele, responde mas não vos sentis bem, porque julgais que vos tratou com pouco caso, mas é que na verdade ele está totalmente aplicado à sua obra.”

Deu a palavra ao Sr. Natalino, ele disse haver bem sentido o objectivo de irmão Adri, ao se referir à prece, que deve ser algo saído do nosso íntimo, no recolhimento de nós mesmos, para atingir seu objectivo.

Retrucou Adri:
“Sim, porque prece é luz, é vida, é paz, é harmonia, é evolução, humildade, perseverança e assim uma série de coisas.
Jesus, por exemplo, quando falava aos homens disse que nem só de pão viveriam, mas de sua fé.

Ora, será que Jesus queira assim impedir os homens de comer? Não!

Jesus se referia a que quando fizesse alguém alguma coisa benéfica aos seus semelhantes, não tocasse trombeta, para que só o Pai soubesse, mas não é assim que acontece, porque quando fazeis qualquer coisa alardeais, e assim já recebestes a vossa paga.

Não é isso que vos ensinam os mandamentos da lei, o Evangelho de Jesus?
Fazer sempre em secreto?

Não é raro achardes que o quanto fizestes foi uma insignificância, mas se foi em secreto, sem maior intenção, Deus vos dará a paga.
Não façais como os hipócritas, que oram nos templos, em pé, para serem vistos pelos homens.

Não é o que deve acontecer convosco, que vos estais preparando: deveis fazer sem olhar a quem, pois esse é o objectivo.
Estou agora para vos responder”.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 26, 2011 9:01 pm

Continua...

Um dos jovens indagou como fazer para desenvolver continuamente o amor em nós.
Adri respondeu que o modo é sempre examinar todas as obras, a fim de que não seja preciso voltar para completar as tarefas, pois o objectivo de tudo é trabalho, não invocação dos Espíritos.

Estes são amigos de todos mas também o são da leitura, da intelectualidade, e assim todos devem procurar aperfeiçoar-se.
Trocou palavras fraternas com outros jovens e depois informou que ia percorrer nossos lares.

Afastou-se oramos e a vitrola foi posta em funcionamento.
A seguir foi a vitrola desligada, retornou Pedro Rodrigues com o violão, executou algo mais e entregou o instrumento à Sra. Maura.

Também pela voz directa apresentou-se irmão Atanásio, cumprimentando-nos, desejou que encontremos a felicidade e agradeceu a colaboração de todos.

Disse que ia dar um presente à professora que estava cuidando das suas crianças, ouvimos ruído de flores sendo manuseadas, Atanásio chamou Márcia e lhe deu o mimo.

Voltou irmão Adri e se pôs à disposição de todos.
Tendo eu falado a respeito das tarefas sob responsabilidade do núcleo, respondeu irmão Adri que tudo quanto a Espiritualidade exige está obviamente registado e cabe a nós procurar verificar a extensão.

Mencionou, porém, que precisaremos ser mais fraternos, porque, quase sempre, nem bem terminam as reuniões já nos pomos a comentar e apontar falhas de outrem, esquecidos de que nada temos que ver com as possíveis deficiências alheias, pois não responderemos senão pelas nossas próprias.

Dirigindo-se ao Sr. Clare, mencionou que os Espíritos lhe haviam pedido que estivesse em contato constante com Uberaba e indagou porque isso não fora feito.

Pediu prece, contou até 3 e chamou o médium Costa Lima, perguntando-lhe se precisava de alguma coisa.
O Sr. Lima pediu amparo espiritual.

Irmão Adri conversou brevemente com outras pessoas.
Contou até 3 e despertou o médium Feitosa, recomendando-lhe auxiliar todos os necessitados.

O Sr. Feitosa solicitou esclarecimento acerca de um do quadro que constantemente se apresenta a sua vidência, respondendo então irmão Adri que deve aguardar, pois oportunamente tudo lhe será revelado.

Autorizou o andamento e despediu-se.

Orávamos quando irmão Adri voltou e recomendou à Sra. Maura que convide seis médiuns de toda a sua confiança e convide Carmen para uma reunião deste género, que os Espíritos precisam falar com ela.

Concluídas as preces e chamados os médiuns foram acesas as luzes, verificando-se que os controles estavam inalterados.

A reunião terminou às 23:15 horas.

E, para constar, eu, Renaldo Stérckele, lavrei a presente acta, que vai por mim assinada, figurando as assinaturas de todos os demais no livro de presença.

Renaldo Stérckele.

(Nascido em 06/08/1924 e desencarnado em 07/10/2006)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Uma mãe especial

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 27, 2011 9:15 pm

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

Num momento em que tanto se discute sobre a inclusão de pessoas especiais - portadoras de alguma deficiência - em grupos ditos "normais", uma alegoria vem, de forma figurada, mostrar a beleza, a força, a oportunidade, o valor de pessoas que assumem a tarefa de cuidar de tais pessoas, e o respeito que devemos ter diante delas.

Trata-se de uma adaptação de "The Special Mother", de Enna Bombeek, distribuída em forma de mensagem, que apresento a seguir:
"A maioria das mulheres torna se mãe por acidente, muitas por opção, algumas por pressões sociais e umas poucas por hábito.

Este ano, aproximadamente 100.000 mulheres serão mães de crianças com algum tipo de deficiência física ou mental.
Alguma vez você já se perguntou como Deus escolhe as mães de crianças deficientes?

De alguma forma, eu visualizo Deus passeando sobre a Terra, seleccionando seus instrumentos para a preservação da espécie humana com grande cuidado e deliberação.

À medida em que vai observando, Ele manda seus anjos fazerem anotações num bloco gigante.

"Elizabete Souza, vai ter um menino, santo protector da mãe, São Mateus.
Mariana Ribeiro, menina, santa protectora da mãe, Santa Cecília.
Cláudia Antunes, esta terá gémeos, santo protector… mande São Geraldo protegê-la.
Ele está acostumado com quantidade".

Finalmente, Deus dita um nome a um dos anjos, sorri e diz:
"Para esta, mande uma criança surda".

O anjo cheio de curiosidade, pergunta:
"Por que justamente ela, Senhor? Ela é tão feliz".

"Exactamente",
respondeu Deus, sorrindo.
"Eu poderia confiar uma criança deficiente a uma mãe que não conhecesse o riso?
Isto seria cruel".

"Mas será que ela vai ter paciência suficiente?",
pergunta o anjo.

"Eu não quero que ela tenha paciência demais, senão vai acabar se afogando num mar de desespero e auto compaixão.
Quando o choque e a tristeza iniciais passarem, ela controlará a situação.
Eu a estava observando hoje.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 27, 2011 9:16 pm

Continua...

Ela tem um conhecimento de si mesma e um senso de independência que são raros e, ao mesmo tempo, tão necessários para uma mãe.
Veja, a criança que eu vou confiar a ela tem seu mundo próprio.
Ela tem que trazer esta criança para o mundo real e isto não vai ser fácil".

"Mas Senhor, eu acho que ela nem acredita em Deus".


Deus sorri "Isto não importa, dá se um jeito.
Esta mãe é perfeita.
Ela tem a dose exacta de egoísmo que vai precisar".


O anjo engasga.
"Egoísmo? Isto é virtude?"

Deus balança a cabeça afirmativamente.
"Se ela não for capaz de se separar da criança de vez em quando, ela não vai sobreviver.
Sim, aqui está a mulher a quem vou abençoar com uma criança menos "perfeita" do que as outras.

Ela ainda não tem consciência disto, mas ela será invejada.
Ela nunca vai considerar banal qualquer palavra pronunciada por seu filho.

Por mais simples que seja um balbucio dessa criança, ela o receberá como um grande presente.
Nenhuma conquista da criança será vista por ela como corriqueira.

Quando a criança disser "Mamãe", pela primeira vez, esta mulher será testemunha de um milagre e saberá reconhecê-lo.

Quando ela mostrar uma árvore ou um pôr-do-sol ao seu filho e tentar ensiná-lo a repetir as palavras "árvore" e "sol", ela será capaz de enxergar minhas criações como poucas pessoas são capazes de vê-las.

Eu vou permitir que ela veja claramente as coisas que Eu vejo - Ignorância, Crueldade, Preconceito - e vou fazer com que ela seja mais forte do que tudo isso.

Ela nunca estará sozinha.
Eu estarei aqui ao seu lado".

"E qual será o santo protector desta mãe?"
pergunta o anjo, com a caneta na mão.
Deus novamente sorri "Nenhum. Basta que ela se olhe num espelho".

(Jornal Verdade e Luz Nº 176 de Setembro de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Uma luz de eterno brilho

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 27, 2011 9:16 pm

Domério de Oliveira

"E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré à Judéia - cidade de David que se chama Belém, porque era da casa e família de David, para se recensear juntamente com Maria, sua esposa que estava grávida".
(Lucas - 2:1)

Razão assiste aos Eminentes Filósofos quando proclamam que a "História é a Mestra da Vida".

O Novo Testamento guarda a História Viva daquele Astro de Primeira Grandeza que brilhou, em nosso plano, e que, em nossos dias, lá das Alturas, continua enviando, para nós, seus irmãos menores, centelhas do seu Amor e da sua Misericórdia.

Falamos, evidentemente, do nosso Mestre Jesus.

Meus amigos, voltemos, então, às páginas da História, nossa Mestra:
Era época do novo recenseamento decretado pelo Imperador Romano César Augusto.

Intermináveis filas de homens, mulheres e crianças serpenteavam-se pelos caminhos.
Em meio dessa multidão, um casal dirigia-se da cidade de Nazaré para Belém.

Ela se chamava Maria e seu estado de gravidez aumentava-lhe sua expressão de sublimidade.
Ele se chamava José e era um Carpinteiro muito trabalhador.

Quando chegaram a Belém, as hospedarias já se encontravam lotadas.
Em vão, procuraram instalações.

O dono de uma estalagem, condoído, pelas condições de Maria, ofereceu-Lhes uma estrebaria para que ali passassem a noite.
Assim, meus amigos, nascia Jesus numa manjedoura.
Eis aí uma primeira lição de humildade para os homens.

O Mestre veio ao mundo entre pedras, musgos, palhas e animais.
Ali O cercavam os três reinos da natureza, simbolizando a evolução material e espiritual deste nosso Planeta.

O nascimento do Mestre não fugiu à Lei Biológica.
Ele foi gerado no ventre de Maria, filho de José igualmente aos seus demais irmãos.

Não poderia o Mestre controverter os princípios do próprio nascimento, não poderia derrogar os princípios da Lei Natural da reprodução.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 27, 2011 9:17 pm

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Toda sua missão cairia por terra, se viesse para o nosso plano, com um corpo "fluídico" ou seja um corpo "espiritual".

Razão assiste aos nossos Valorosos Kardec, Schutel e tantos outros Mestres, quando, por unanimidade, sustentam que o Nosso Mestre Jesus reencarnou com um "corpo físico", igual ao nosso.

A Virgem Maria foi assim chamada porque era um Espírito de grande pureza obtida através de sucessivas encarnações na Terra.
Ela já se havia elevado além das máculas da matéria.

Portanto, sua virgindade está em função da sua Pureza.
Espíritos de natureza elevada, como O de Maria, encarnam, na Terra, a fim de desempenhar importantes missões para o bem estar da humanidade.

Biologicamente, meus amigos, Maria foi uma Mulher igual às suas demais irmãs reencarnadas.

Meus amigos, Jesus não veio ao nosso mundo, como uma sombra, como um espectro, mas como Homem, cheio de humildade, para nos ensinar.
Jamais poderia contrariar os princípios da Lei Biológica.

Deixamos bem claro, que Jesus foi um Homem, de carne e osso, igual aos seus semelhantes, susceptível a todos os fenómenos da natureza.

Não foi portador de corpo "fluídico", (espiritual), porque, nestas condições, teria se afastado completamente da sua tão nobre missão.

Tendo a "Estrela" diante dos olhos, os Reis Magos, (Melchior, Gaspar e Baltazar), dirigiram-se pela estrada de Hebron com destino a Belém.

Suas faculdades psíquicas mantinham-nos ligados com o Astral que Os orientava rumo à manjedoura.
Chegando ao local, contemplaram fascinados uma pequena estrebaria.

Sabiam que o Mestre estava ali, pois a estrebaria estava envolvida por luzes astrais que se projectavam pelo espaço em maravilhosos matizes.

Ao entrarem, depararam um casal e uma Criança recém-nascida nos braços da mãe.

A Criança olhou para os Visitantes e sorriu.
E, no silêncio daquele sorriso, foram-Lhes transmitidas elevadas emanações de Amor e da mais fulgurante Paz.

Há dois mil anos, Jesus nasceu para nos mostrar o Verdadeiro Caminho, o único que nos poderá conduzir aos altiplanos da Suprema Felicidade…

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Textos pedagógicos de Rivail

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 28, 2011 10:22 pm

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

"Os meios próprios para se educar a juventude são uma ciência bem distinta que se deveria estudar para ser educador, como se estuda a medicina para ser médico."
H. L. D. Rivail, 1828

Dora Incontri nos presenteia com um livro cuidadosamente organizados por ela:
Textos Pedagógicos, Hippolyte Léon Denizard Rivail, Editora Comenius, editado em 1998.

Trata-se da tradução de textos de Rivail, encontrados por ela na Biblioteca Nacional de Paris.

Como ela mesma diz, tais textos tem um valor imenso, tanto emocional quanto histórico e, também, quanto ao conteúdo pedagógico;
tanto para os espíritas, quanto para qualquer pessoa que lide com a Educação.

É um registo do pensamento educacional da época, feita por um educador estudioso, que vem reflectir a própria evolução das ideias sobre educação.

Apresento a seguir fragmentos deste texto de Rivail, de 1828, bem antes, portanto, de assumir-se como Allan Kardec, e de codificar a Doutrina Espírita.

São reflexões pertinentes até hoje, e que explicam em parte a busca constante dos estudos em Educação, a busca do entendimento dos processos do conhecimento da aprendizagem, preocupação de Rivail desde então, como denota a própria epígrafe acima, apresentada originalmente em seu livro.

Espero que tal leitura desperte o interesse e a vontade, nos educadores, de encontrar o texto todo, possibilitando um trabalho de reflexão, análise e crescimento nesse campo maravilhoso de actuação.

"A instrução de uma criança não consiste apenas na aquisição desta ou daquela ciência, mas no desenvolvimento geral da inteligência;
a inteligência se desenvolve na proporção das ideias adquiridas, e quanto mais ideias se tem, mais apto se é a adquirir novas.

A arte do professor consiste na maneira de apresentar estas ideias, no talento segundo o qual ele sabe graduá-las, classificá-las e apropriá-las à natureza da inteligência.

Como o hábil jardineiro, ele deve conhecer o terreno em que semeia, pois o espírito da criança é um verdadeiro terreno cuja natureza é preciso estudar;
e assim como o talento do jardineiro não se limita a saber colocar plantas na terra, assim o do professor não se limita a fazer aprender os rudimentos.

Durante muito tempo, este papel passivo e mecânico pareceu ser o dos homens destinados a formar a juventude e os aparelhos de castigo que eram vistos como inseparáveis de suas funções, eram pouco apropriados a elevá-los na opinião pública.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 28, 2011 10:23 pm

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Mas hoje começamos a compreender que eles têm uma missão mais nobre;
que para ser um bom professor não lhe basta saber fazer versos latinos, que o pedantismo é o ridículo desta condição.

Para bem ensinar, é preciso conhecimentos especiais, independentemente da ciência que se queira transmitir;
é preciso conhecer a fundo a natureza do espírito das crianças, a ordem e a maneira segundo os quais se desenvolvem as faculdades, as modificações da inteligência segundo a idade, as relações entre o físico e o psíquico;

o efeito das influências exteriores, as causas que podem apressar ou atrasar o desenvolvimento das faculdades;
as doenças do espírito, se assim posso me exprimir;

a ordem segundo a qual nascem as idéias, a maneira pela qual se encadeiam, aquelas que devem servir de fundamento às outras;

calcular a força do espírito e a possibilidade de conceber tais ou quais ideias;
conhecer enfim os meios mais próprios a desenvolvê-las.


Mas isto ainda não basta;
é preciso ainda um tacto particular, inato por assim dizer;
uma arte que não se aprende.


Vê-se pois que a ciência do professor é toda filosófica, e que ela exige muitos estudos da parte daquele que se lhe entrega.

Estou longe de ter traçado nessas poucas palavras um quadro completo da ciência pedagógica;
toquei-a apenas de leve, pois o detalhamento de todos os conhecimentos que ela abrange seria imenso"

Rivail vivia um momento bonito da história, da descoberta do potencial da infância, e da importância de bem trabalhá-la.

O campo é grande e há muito trabalho, para todos nós, no sentido de ampliar o entendimento do processo de aprender, numa marcha que não tem fim, e que quanto mais estudamos mais há para se aprender.

O conhecimento da Doutrina Espírita, longe de fechar estas questões, abriu-as mais, com novas e inúmeras possibilidades de se perceber tal processo, solicitando uma postura activa e construtiva das pessoas, deixando definitivamente de lado aquele "papel passivo e mecânico" de educadores apontado por Rivail já àquela época.

(Jornal Verdade e Luz Nº 172 de Maio de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Tempo de amar

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 28, 2011 10:23 pm

Amílcar Del Chiaro Filho

Se pudermos imaginar o tempo, como uma enorme ampulheta, perceberíamos que o ano dois mil, representado pela areia contida no reservatório superior, escorre rapidamente para o passado.

Entretanto os problemas do mundo continuam, porque não é possível resolvê-los sem que hajam mudanças estruturais no interior do homem.

Todos ansiamos pela paz e nos portamos agressivamente.

Gandhi, a grande alma da Índia, disse certa vez às autoridades que o interrogavam na prisão, que o homem pacífico deverá ter uma fé profunda em Deus, porque sem amá-lo intensamente, não estará pronto para morrer sem raiva, sem medo e sem retaliação.

Essa coragem provém da convicção de que Deus habita nos corações de todos nós, e de não haver medo na presença dele.

Embora a paz seja um desejo intenso no íntimo da maioria da humanidade, as nações poderosas gastam milhares de dólares por minuto, em armamentos cada vez mais sofisticados e mais eficientes para matar.

Infelizmente não são apenas os países ricos, porque em muitos outros, onde a fome é endémica, também gastam fortunas em armas e munições.

A violência toma conta das cidades, e a vida passa a não valer quase nada.
Drogas, prostituição, corrupção política e administrativa campeiam à solta, levando ao desencanto os cidadãos comuns.

Contudo não queremos fazer desse artigo um desabafo da tristeza ou do medo, e sim, uma exaltação à vida.

Queremos despertar a chama do amor que mora em nosso peito, cortando todo e qualquer desânimo ou negatividade.

É preciso amar, pois somente o amor pela humanidade poderá iluminar o mundo.
Mesmo que tudo à nossa volta esteja escuro, não nos esqueçamos que é a escuridão da noite que propicia a oportunidade de enxergarmos as estrelas.

Se abordamos esse assunto num jornal espírita, é porque consideramos que o centro espírita deve ser uma escola de cidadania.

Não podemos adotar a idéia de que cada povo tem o governo que merece, nem que tudo está relacionado à lei de causa e efeito, porque muita coisa pode e deve ser corrigida agora.

O Espiritismo veio motivar uma revolução educacional com base no amor.
Saber que somos imortais e destinados à perfeição, e que a alcançaremos através das reencarnações, é toda uma revolução conceptual.

Usamos a palavra saber, porque é muito diferente de crer.
Quem sabe não precisa crer, nem ter esperanças, porque tem a certeza.

Logicamente, quando falamos em revolução, nem de leve pensamos em revolução armada, e sim em transformação pelo amor.

O Espiritismo é muito mais do que uma crença.
É um ideal de vida. Uma vivência superior.

É muito mais do que troca de favores, ou oferta de salvação, é proposta de iluminação.
A proposta espírita é de trabalho, luta interior para a renovação do homem.

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Sobre o perdão

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 29, 2011 9:57 pm

José Argemiro da Silveira

"Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados.
Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados".

(Mateus, VI: 14-15)

De 14 a 16 de janeiro/2000 foi realizado, em São Paulo, um seminário com Divaldo Pereira Franco, sobre o perdão.

Registamos aqui algumas das reflexões sobre o importante tema, como foram colocadas no aludido evento:

O perdão na visão da Psicologia profunda é dar o direito de cada um ser como é.
E também a nós o direito de sermos como somos.

Se o próximo é assim, não nos cabe modificá-lo, mas se estou assim, tenho dever de modificar-me para melhor.
Não posso impor-me ao outro, porque minhas palavras serão apenas propostas.

Eu que estou desejando ser feliz tenho a psicologia da minha autotransformação.

E nunca devolverei mal por mal;
procurarei sempre retribuir o mal com o bem. Se o outro é um caluniador, não posso me permitir ser igual a ele.

Toda vez que fico com raiva a pessoa está me manipulando, e eu não deixo ninguém me manipular.
Não posso permitir que um desequilibrado me oriente.

Sou eu a pessoa saudável;
não devo dar a ele a importância que se atribui.
Devo olhá-lo como um terapeuta olha um doente.

Se tenho uma visão diferente da vida, e se desejo transmitir esta visão, é nobre;
mas não posso esperar que o outro a acate, porque ele está em outro nível de evolução.

Devo dar o direito ao outro de ser inferior, se isto lhe agrade.
Se achamos que ele nos ofendeu, a nossa é uma situação simpática.

Se ele nos caluniou, tanto eu como ele sabemos que é mentira dele.
Se nos traiu, somos a vítima e ele sabe que é nosso algoz.
Então o problema é da consciência dele.

Não devemos cultivar animosidade, e sim perdoar.
Não ficarmos manipulados, dominados pelo ódio, odiando também.

Esquecer é outra coisa.
Na luz da Psicologia profunda o perdão não tem nada a ver com o esquecimento.

Na visão espiritualista o perdão é o total esquecimento.
São dois pontos diferentes.

Não devolver o mal depende de mim;
esquecer depende da minha memória.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 29, 2011 9:57 pm

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Muita coisa eu queria esquecer e simplesmente não esqueço.
Se dou um golpe num móvel e causou uma lesão nos tecidos da mão, essa lesão só vai desaparecer com o tempo, quando o organismo se recompor.

Eu posso reconhecer que não devia ter feito, mas esse reconhecimento não tira o dano que causei.
À luz da Psicologia profunda, o perdão é exactamente não devolver o mal.

Tenha a raiva, mas não a conserve que faz muito mal.
Á predominância da natureza animal, sobre a espiritual, questão 742 do Livro dos Espíritos.

Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento.
Mas conservar a mágoa é da minha vontade.

Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer.
É tão maravilhoso quando a gente ouve: Coitado!
E aí fica pior.

O outro vai embora e a gente fica aquele depósito de lixo, intoxicando-se.
O racional é nos libertarmos de tudo que nos perturba.
Somos seres inteligentes e possuímos os mecanismos de libertação.

Geralmente dizemos:
Mas ele não devia ter feito isto comigo.
Mas fez, o problema é dele.

Quem rouba, quem furta é que é o ladrão.
Já está encarcerado na consciência culpada.

A visão psicológica do perdão é diferente da visão espiritualista do perdão.
Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.

A medida que formos trabalhando, a mágoa, a ofensa, vai perdendo o significado.
A medida que vamos descobrindo nossos valores, ela vai desaparecendo.

Quando estamos de bom humor, ouvimos até desaforo e dizemos:
"Sabe que você tem razão?"

Quando levantamos de mau humor, só de a pessoa nos olhar, perguntamos:
"Qual é o caso?"

Não é o acto em si;
é conforme nós recebemos o acto."

Divaldo conta o caso de alguém que, na festa de aniversário, recebeu de uma pessoa que não gostava dela, como presente, um vaso de porcelana, com um bilhete:
"Recebe o meu presente, e dentro dele o que você merece".
Dentro dele havia dejectos humanos.

No aniversário da pessoa que havia enviado tal "presente", o nosso personagem lhe enviou o mesmo vaso, com os dizeres:
"Estou devolvendo o vasilhame.
O seu conteúdo coloquei num pé de roseira, e estou lhe enviando as rosas que saíram dali".


Continua...
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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 29, 2011 9:58 pm

Continua...

É um acto de perdão, devolver em luz o que se recebe em trevas.

O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação.

Perdão não é conivência com a coisa errada.
Quando uma pessoa me agride, eu não estou de acordo com ele;
simplesmente não estou contra ele.

Se meu filho age erradamente, está aturdido emocionalmente, é ingrato, faz tudo quando me desagrada como se fosse de propósito, eu não estou de acordo, é lógico.

Mas eu não posso ficar contra ele.

Porque mais do que nunca ele precisa de mim;
ele está doente.

Não é normal, isto é, não é saudável uma atitude assim.

Mas então eu tenho o direito de me sacrificar?
Sim, se aceitou a maternidade, a paternidade, não há condição difícil.
Ser co-criador é ser co-participador.

Será que Deus nos abandona toda vez que somos ingratos para com ele?
Que blasfemamos, que fazemos tudo quanto não devemos?


Então o perdão não é conivência com a coisa errada.
Não é uma atitude para fingir que tudo está bem.

Alguém nos prejudica e nos pede desculpa.
Respondemos:
"Ok! mas ele me paga".

É melhor enfrentar a realidade.
Quando alguém nos disser "me desculpe", responderemos
"Não posso. Hoje, eu não posso. Estou muito magoado".

A gente diz: "eu te perdoo!" e no outro dia amanhece com dor de cabeça, porque não digeriu.

O que devemos é não devolver o mal que nos foi feito.
A pessoa nos diz uma palavra grave, e nós conseguimos segurar.

Aí ela diz "você me desculpe, eu não tive a intenção... Você vai perdoar?"
— Estou pensando.
— Mas então não perdoa? você não é espírita?
Sou espírita, mas, agora, não tenho condição de perdoar, agora me dê licença...


Geralmente, dizemos:
"Perdoo de todo o meu coração";
perdoa, mas com ele nunca mais.


E ainda pensamos:
"Quem me fizer, faça bem feito, porque não vai ter outra oportunidade".

Entretanto, o meu problema não é com ele, é comigo.
Seja gentil com você.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 29, 2011 9:58 pm

Continua...

Se eu me permito viver magoado, ressentido, sofrendo, como vou amar o outro?
Eu mereço ter uma vida melhor.

Ao chegar ao escritório: "Bom dia!", o outro responde: "não vejo porque seja tão bom assim".
Não nos ofendermos com isso;
se ele está de mau humor é problema dele, a doença do mau humor requer tratamento psiquiátrico.

Seja gentil com você. Ame-se.
Não permita que ninguém torne sua vida insuportável, nem para você, nem para os outros.

Divaldo conta o caso da pessoa que foi visitar um hospital de doentes mentais e lhe chamou a atenção, o psiquiatra.

Noventa por cento dos agitados passavam perto do psiquiatra, uns diziam:
Dr. já estou curado; ele respondia: Ok!;
outros falavam absurdos, e ele ouvia, silenciava, ou concordava, e continuava a caminhada.

No final, o visitante perguntou o por que da atitude dele, ao que respondeu:
Eu sou saudável, não posso me atingir com o que dizem ou fazem, pois são doentes...

E aí podemos perguntar:
Será que a Terra não é um grande hospital?...

A pessoa saudável não faz o mal conscientemente a ninguém.
Mas quando está de mal consigo, agride o outro.

Então seja gentil com você;
seja honesto;
está com raiva, admita.
Estou magoado, etc.


Reprimir esses ressentimentos vai ficar lhe prejudicando.
Digira sua raiva;
digira o ressentimento.
Não os mantenha.


Necessário deixar cicatrizar;
às vezes fica uma cicatriz e é necessário uma cirurgia.

Devemos nos empenhar em descobrir os nossos pontos vulneráveis.
E Divaldo narra uma experiência pessoal.

"Depois de anos de auto-análise, descobriu alguns pontos vulneráveis e começou a trabalhar esses pontos.

Notou que atendendo o público, às vezes ficava irritado.
E descobriu que o ponto vulnerável era o cansaço.

Quando ia ficando cansado perdia um pouco a lucidez.
O autógrafo é a oportunidade de ter um contacto com as pessoas.

Alguns são tímidos, não chegam para conversar, pensam que vai incomodar.
Mas o atendimento às vezes é prolongado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 29, 2011 9:58 pm

Continua...

Começa 18h30 e vai até 1h30, 2h da manhã ainda está em pé.
Quando a fila estava grande, ficava ansioso.


Fez sua autoterapia:
Está ali porque quer;
faz porque gosta.


Certo dia, uma senhora, o anjo bom, lhe disse:
"Pelo menos me olhe".
O sangue subiu, voltou.
Muito obrigado, porque a senhora acaba de me ajudar.
"Como me fez bem. Descobri o ponto vulnerável".


Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão.
A raiva é semelhante a uma labareda, ou um raio.
Pode provocar danos incalculáveis.

É inesperada. O rancor é calculado.
É necessário que aprendamos a colocar um para-raio e evitemos os tóxicos do rancor.
Porque esse rancor nos dá prazer.

Observamos mesmo entre os companheiros espíritas.

Quando alguém que não lhe é simpático sofre algum dano, algum sofrimento, a pessoa diz:
"Ah! já esperava. Quando não faço, Deus faz por mim".
Deus é pai dele; do outro só é padrasto.


Não tenha prazer na infelicidade de alguém.
Se devemos ter compaixão de quem sofre, devemos sentir prazer com a felicidade dos outros.

Por seu intermédio, Bezerra de Menezes fez uma prece em que pede em favor dos que fazem os outros sofrerem.
Geralmente pedimos pelos que sofrem, mas os que fazem sofrer estão em situação pior.

Geralmente, quando alguém progride nós temos inveja.
Deus sabe como ele conseguiu tal coisa.
Devemos alegrar-nos com o triunfo dos outros.

É uma forma de perdoar a vida, por não nos haver dado aquilo que outro recebeu.
Saúde, sucesso financeiro, são responsabilidades, provações.

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Reflexos da Metafísica sobre nossa Doutrina

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 30, 2011 11:08 pm

Domério de Oliveira

A palavra Metafísica é de origem grega - "METÀ TÀ PHYSIKÀ" e significa tudo que transcende à Física.

Aristóteles, Filósofo Grego, em seus estudos, ensina-nos que a Metafísica examina a natureza do Ser em geral, não apenas de suas formas, chegando à conclusão da ideia de Deus, como Substância Fundamental.

Assim, segundo Aristóteles, a Metafísica é o estudo do Ser enquanto Ser e especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do Ser.

Podemos encontrar as bases do Pensamento de Aristóteles, no Platonismo.
Para Platão, a Metafísica, parte mais central da Filosofia, é a única ciência capaz de atingir o verdadeiro conhecimento.

Por meio da dialéctica, o Verdadeiro Filósofo pode aproximar-se das Ideias Puras, como a Verdade, a Beleza, o Bem e a Justiça.

Na idade média a Metafísica confundiu-se com a Teologia.
Santo Tomás de Aquino afirma que a Metafísica estuda a causa primeira e como a causa primeira é Deus, Ele é o objecto da Metafísica.

Na idade moderna, a experiência passa a ser extremamente valorizada e, então, a Metafísica deixa de ser considerada a base do conhecimento filosófico, O Escocês David Hume diz que o homem está completamente submetido aos sentidos, portanto, não pode criar ideias e não é possível formular nenhuma teoria geral da realidade.

No século XVIII, o Eminente Filósofo Alemão IMMANUEL KANT afirma que o domínio da razão e o rigor científico podem recriar a Metafísica.

Em 1857, nosso Glorioso Kardec, alicerçado no domínio da razão e valendo-se de extremado rigor científico, deu plena validade aos princípios da Metafísica, como busca cristalina da Verdade Espiritual.

Kardec valeu-se do método experimental, revestido das cautelas científicas, trouxe-nos ao conhecimento, através de provas incontestáveis, as Luzes dos Espíritos.

Por isso mesmo, meus amigos, temos, na Codificação de Kardec, uma Doutrina alicerçada no tripé de Ciência, Filosofia e Religião.

Como Ciência, o Espiritismo prova os factos que vem divulgando;
como Filosofia, abre-nos os mais amplos horizontes nas esferas dos nossos conhecimentos e como Religião, por certo, estabelece liames inexpugnáveis que nos ligam aos nossos irmãos de Ideal, vinculando-nos, também, ao nosso Criador e ao nosso Mestre Jesus.

Podemos concluir e chegamos, agora, à meridiana conclusão, de que tanto a Metafísica como o Espiritismo, ambos são Luzes que projectam claridades para além das fronteiras do nosso mundo físico, mostrando-nos as incomensuráveis dimensões do Mundo Maior do Espírito, de onde viemos e para onde vamos.


(Jornal Verdade e Luz Nº 174 de Julho de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Reflexões advindas da lição do bom ânimo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 30, 2011 11:09 pm

Leda de Almeida Rezende Ebner

1 - Quem deseja seguir os ensinos e os exemplos de Jesus não pode prender-se aos males existentes na Terra.
Deve sim, procurar ver, perceber o bem e o belo que estão em toda parte:
na natureza, nas obras feitas pelos homens, em nós mesmos.

Sendo a Terra um mundo de expiações e provas, o bem e o mal se mesclam.

Seus habitantes, Espíritos inacabados, desenvolvendo-se segundo seu livre arbítrio, produzem diferenças entre uns e outros, ocasionando atritos e má vontade de uns para com os outros.

Todos estamos pois, envolvidos, mergulhados nessa mescla de bem e de mal.

Todavia, aquele que coloca o bem, que é eterno, acima do mal que é provisório, percebendo-o nos homens e nos acontecimentos, destacando-o, pode manter-se com bom ânimo.

Se podemos enxergar, perceber o bem, por quê fixarmo-nos no mal, por quê valorizá-lo, se a lei do Bem é a única que traz a paz e a felicidade?

2 - O Evangelho, a Boa Nova trazida por Jesus, deve proporcionar a quem busca conhecê-lo, o estímulo ao bem, à alegria de viver, ao bom ânimo em tudo.

Por quê?


Pela confiança nas revelações da imortalidade, da perfectibilidade dos seres, da origem e destinação comuns a todos, pela valorização das experiências diversas que exercitamos no decorrer de uma existência;
pela valorização das inúmeras existências já vividas e a viver, através das quais todos experenciamos as mesmas lutas de superação de obstáculos, de resolução de problemas, os mesmos desafios de pobreza, de riqueza, de ignorância, de saber, e, todos conseguindo evoluir pouco a pouco para a perfeição e felicidade.

Na luta, dentro de nós mesmos, contra as qualificações negativas que criamos e desenvolvemos, é natural que sintamos insegurança, medo diante da tarefa que desejamos realizar para transformarmo-nos em melhores pessoas.

Podemos até sentirmo-nos desconfortáveis ao lermos e reflectirmos nas mensagens de Jesus, tão distantes delas nos sentimos.

Mas, se fixarmo-nos na beleza e na sublimidade do Amor do Perdão, da Humildade, nas Bem-aventuranças prometidas por Jesus, nos exemplos que temos de Espíritos que venceram as imperfeições e o mal em si, a esperança, o bom ânimo, a confiança devem crescer em nós.

Assim, tentando fazer florescer, em nosso "eu" interior, os ensinamentos do Evangelho, estaremos colaborando para que um dia eles floresçam por toda a Terra.

3 - A vida na Terra deve ser valorizada pelas oportunidades de trabalho, de vencer desafios constantes em relação às pessoas com as quais convivemos, às situações e acontecimentos que nos atingem e a nós mesmos na maneira como reagimos a isso tudo.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 30, 2011 11:10 pm

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Devemos valorizar esta existência em todos os instantes, em todas as situações de trabalho e de lazer, semeando sempre, o mais que pudermos, o Bem, conquistando assim, nossa paz interior.

Deve ser nosso objectivo sermos felizes, mas também objectivarmos que os outros também o sejam.

Só semeando o bem para todos, sem exigências e retribuições, é que podemos ser felizes, em paz connosco mesmo.

Quem se esforça para assim viver, quantos sofrimentos deixa de criar, de quantas preocupações se livra, podendo, realmente, ter bom ânimo, alegria e prazer no viver!

4 - Aquele que despertou para os valores espirituais, já tem condição de perceber que o objectivo maior do nosso viver na Terra é conquistar a iluminação definitiva da alma.

"Acendei a vossa Luz", disse Jesus.
E isso se faz pela boa vontade do homem em seguir a lei do Bem, a lei do Amor.

Em assim compreendendo, as adversidades, preocupações financeiras, doenças, tudo que se constitui em tribulações da vida material, são apenas convites para que sejam enfrentados no bem, com bom ânimo, sem causar prejuízos aos outros e a si próprios.

Nosso objectivo é usar todos os recursos, experiências e oportunidades do viver na Terra na iluminação de nós próprios, na satisfação das nossas necessidades espirituais, semeando sempre o bem.

E isso não se faz sem esperança, sem confiança e sem bom ânimo.

5 - A morte é libertação da matéria, não separação de afectos.

Quem ama não se separa.
Ninguém fica órfão na Terra.
Somos todos filhos de Deus.

Portanto, até na dor da ausência material dos seres amados, o discípulo de Jesus deve ser um semeador de paz e de alegria, buscando amar a todos que lhe são ou estão próximos.

Nada na Terra justifica o desalento para aqueles que têm "olhos de ver e ouvidos de ouvir".

6 - A vida é o campo infinito.

As lições de Jesus são o tesouro a ser achado.

Mas para mantermos esse tesouro em nós é preciso que nos despojemos de todas as vaidades, de todo o nosso personalismo e que sejamos alegres, confiantes no amor de Deus e no amor ao próximo.

Busquemos todos a manutenção do bom ânimo em nós, até mesmo e, principalmente, nas situações difíceis!

Bibliografia:
Boa Nova, Humberto de Campos - cap. VIII

(Jornal Verdade e Luz Nº 176 de Setembro de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty O que você pensa sobre os Espíritos?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 31, 2011 10:34 pm

Orson Peter Carrara

Pergunto ao leitor, especialmente àquele não habituado com os conhecimentos do Espiritismo.

O que pensa o leitor sobre os espíritos, sua natureza, destinação, origem, etc.?
Sente medo, conhece algo sobre eles, sabe onde estão, como vivem, o que fazem?


Isto é importante, pois afinal os espíritas estão sempre falando sobre mensagens vindas de além-túmulo, sobre imortalidade da alma e comunicações com esses tais espíritos.

Comentemos um pouco sobre eles.

Os espíritos nada mais são que os homens fora do corpo, em outro estágio de vida.
Pensam, sentem, aproximam-se dos homens, com eles se relacionam incessantemente.

São seres reais, mas longe de serem fantasmagóricos ou "seres de outro mundo", são simplesmente as criaturas humanas despojadas do corpo de carne, pelo fenómeno da morte ou desencarnação na linguagem espírita.

Vivem em sociedade, trabalham, se instruem e se preparam para nova jornada na Terra, através de outro corpo físico, pela reencarnação, que significa retorno à vida terrestre, em outro corpo.

Porém, há um detalhe importante que o leitor precisa considerar:
Por terem partido da Terra, não se transformam em "anjos ou demónios, santos ou virtuosos repentinos".

Levam consigo as próprias conquistas.

Portanto, conservam a bondade, inteligência, maldade ou dificuldades e conflitos psicológicos que mantinham como homem.
Ou seja, continuam a ser o que eram, com a única diferença de não mais possuírem o corpo de carne.

Não se tornam sábios ou virtuosos só porque habitam a morada dos Espíritos, mas conservam suas características pessoais de virtudes e conhecimentos, defeitos e ignorância, conforme eram na Terra, aguardando esforço e aprendizado, para melhorarem e progredirem.

Este conhecimento é básico para entender que nem tudo que vem dos espíritos é sério ou verdadeiro.

Existem também espíritos brincalhões, maldosos, mal-intencionados, falsos e medíocres, como os há também entre os homens.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 31, 2011 10:34 pm

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E naturalmente que o oposto também, ou seja, espíritos sábios, inteligentes, bondosos, sérios, criteriosos.

Isto previne da aceitação cega de comunicações nem sempre confiáveis, como também livra do medo de entidades supostamente más, pois que nada mais são do que como se fossem malfeitores na Terra, necessitados de correcção e reajuste.

Portanto, não tema!

São homens, filhos de Deus, iguais a nós, pois que também somos espíritos, apenas em outra dimensão de vida.
Interessante é que o intercâmbio entre nós e eles é permanente.

Estamos continuamente nos influenciando mutuamente.
Espíritos bons sempre desejam o progresso e a felicidade humana e para isso trabalham, aproximando-se de homens voltados a este objectivo.

Espíritos invejosos, ciumentos, rancorosos ou viciados se aproximam de homens da mesma natureza.
É a lei da reciprocidade ou de afinidades.
Semelhante atrai semelhante.

Por isso, nada de achar que espíritos são seres vinculados a demónios ou outras feras, que aliás o Espiritismo nem aceita.

Sendo seres pensantes, também sofrem seus conflitos e dificuldades, necessitados também dos pensamentos de bondade e da fraternidade que a todos nos beneficiam.

Entenda apenas que esta vida material é secundária.
A verdadeira vida é a vida espiritual.
Dela viemos, para ela voltaremos continuamente.

A Terra oferece estágios de aperfeiçoamento.
Ora estamos cá, ora lá.

Portanto, encare-os apenas como irmãos em evolução, filhos do mesmo Deus, aceitando-os como criaturas também em evolução.

(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Justiça e Amor

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 31, 2011 10:35 pm

Vera Gaetani

Ao afirmar que "Justiça sem amor é como terra sem água", Emmanuel sintetiza, através da comparação simples e forte, qual é o pensamento da espiritualidade superior sobre o assunto, o que significa que a justiça é perfeita porque ELE a fez assistida pelo amor, para que os caídos não sejam aniquilados.

Quem lê André Luiz percebe, nos seus relatos, com que amor são tratados espíritos viciosos e criminosos e com que desvelo são eles acompanhados em suas novas experiências terrestres, a fim de saírem vitoriosos.

E a justiça humana?

Esta tem por símbolo uma mulher de olhos vendados, segurando numa das mãos uma balança de dois pratos e na outra uma espada, o que nos permite interpretar que ela pretende ser imparcial, equânime, isto é, tem a disposição de reconhecer igualmente o direito de cada uma mas... a espada, no mínimo, simboliza a força que garante ainda, em alguns pontos da Terra, a pena de morte e a prisão perpétua.

Se a justiça humana fosse mais iluminada e aquecida pelo sol do amor divino, cremos nós que ela corrigiria, na prática, dois enganos.

O primeiro deles é que o erro não pode ser confundido com a pessoa que errou.

Assim como em medicina já se aprendeu a separar o enfermo da enfermidade, a criatura transviada tem que ser educada, tanto quanto o doente tem que ser tratado.

O segundo engano é que a nossa justiça "julga os actos que considera puníveis, pelos últimos lances de superfície", isto é, não leva em consideração todas as ocorrências que lhe deram começo, desde os menores impulsos.

A Justiça humana identifica os culpados pelas tragédias já consumadas, mas ignora os verdadeiros motivos que estão atrás da conduta infeliz.

Desconsiderando as tramas de vidas passadas, o trabalho realizado na sombra pelas inteligências desencarnadas;
considerando apenas a vida presente, nossa justiça não procura saber se o criminoso, antes de agir como tal, foi uma criança amada, se teve lar, se frequentou escola, se foi devidamente alimentada nos primeiros e decisivos anos de vida, se foi induzida ao uso das drogas muito cedo por força do ambiente em que viveu, se sofreu violência física e/ou psicológica.

É bom lembrar que muitas crianças vivenciam tudo isso antes de tornarem adultos criminosos.

Se a justiça se apiedasse dessas criaturas, o amor se incumbiria de inspirar soluções diferentes que não fossem apenas a construção de penitenciárias, reformatórios e manicómios.

É, pois, com esperança que registamos a existência de movimentos de pessoas e instituições que procuram tutelar crianças vitimizadas e "adolescentes de risco", assim chamados porque estão vivendo em condições predisponentes para se viciarem ou se tornarem criminosos.

Em nosso âmbito pessoal, não permitamos que a justiça caminhe sem amor "para que não se converta em garra de violência".

Apiedemo-nos dos vencidos de todas as condições.

Na Terra ninguém está habilitado a julgar ninguém, porque ninguém conhece a história do outro desde o princípio e ninguém está apto a perceber no presente a causa invisível da degradação das criaturas.

Diante das tragédias, dos escândalos públicos ou da vida privada, mantenhamos a conduta de comentar pouco, orar e auxiliar silenciosamente, porque não sabemos se amanhã não será o nosso instante infeliz e orienta-nos o Mestre que façamos aos outros o que desejamos nos seja feito.

Bibliografia:
"Religião dos Espíritos" e "Justiça Divina" - Emmanuel

(Jornal Verdade e Luz Nº 176 de Setembro de 2000)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Laços de família

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 01, 2011 11:51 pm

José Argemiro da Silveira

"E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o e dizendo:
É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa?

Ele, respondendo, lhes disse:
Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea?

e disse:
por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne.
Assim que já não são dois, mas uma só carne. NÃO SEPARE, logo, o homem o que Deus ajuntou"

(Mateus, XIX: 3-9)

Em boa hora a USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - efectuou o relançamento da campanha de valorização da família, com o slogan "Aperte mais este laço".

Estamos, mesmo, necessitando de reflectir sobre a família, sua importância e contribuição para a melhoria da vida em sociedade, e para evolução do Espírito.

No Livro dos Espíritos (questões 695 e 775) se esclarece que o casamento, ou seja, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade, e que o resultado do relaxamento dos laços de família, para a sociedade, seria a recrudescência do egoísmo.

No texto citado de início, o Mestre Jesus estabelece:
"não separe o homem o que Deus ajuntou".

E muitos entendem que as uniões realizadas com as bênçãos de Deus são só as felizes.

A Doutrina Espírita nos esclarece que não é assim.
O mundo em que vivemos ainda é bastante atrasado.

Todos que aqui trabalhamos por nossa evolução ainda não compreendemos, nem vivemos em harmonia com as Leis divinas.

Nosso progresso espiritual se realiza através de experiências (erros e acertos), portanto incluindo aí o que chamamos de dor, de sofrimento.

No caso das uniões matrimoniais, para efeito do nosso estudo, utilizamos a classificação de Martins Peralva, no livro "Estudando a Mediunidade".

Ele classifica o casamento nos seguintes tipos:
Provacionais, sacrificiais, afins, transcendentes e acidentais.

O casamento provacional é para o reajuste necessário de duas almas que se reencontram em processo de reajustamento.

Constitui a maioria.

Precisamos acertar contas do passado, reconciliar, reparar o que fizemos de errado, enfim é um casamento provacional, isto é, constitui uma prova para as partes envolvidas.

Nos sacrificiais ocorre o reencontro de uma alma mais evoluída com outra inferiorizada, com o objectivo de redimi-la.

Vale dizer, uma das partes (pode ser o marido, ou a mulher) vem para ajudar a outra.
O casamento afim é o reencontro de corações amigos, para consolidação de afectos (pequeno número);
no transcendente, almas engrandecidas no Bem se buscam para realizações imortais.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 01, 2011 11:52 pm

Continua...

Finalmente, nos acidentais, temos o encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atracção momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.

Podem determinar o início de futuros encontros, noutras reencarnações.

Todos nós passamos, ou passaremos, por essa sequência de casamentos, para realização do progresso espiritual.

Portanto, um casamento provacional, ou sacrificial, tem os seus momentos difíceis, em que se exige tolerância, compreensão, sacrifício mesmo, mas nem por isso deixa de ser abençoado por Deus, pois é nessas experiências que encontramos as oportunidades para burilamento do Espírito.

A grande maioria dos matrimónio é do tipo provacional ou expiatório.

Quase sempre recebemos como cônjuge quem muito prejudicamos no passado, ou que conduzimos ao desequilíbrio.

Fugir do matrimónio para evitar os problemas que lhe são inerentes significa recuar do resgate que nós mesmos programamos no Mundo Espiritual.

Delfina Benigna, através de Chico Xavier, nos enviou a seguinte quadra:

"Um conselho para os homens,
Enquanto pobres mortais,
Se quem casa sofre muito,
Quem não casa sofre mais".


D. Laura, em Nosso Lar (livro psicografado por Francisco C. Xavier), alerta que o casamento começa a correr perigo quando os cônjuges "perdem a camaradagem e o gosto de conversar".

Importante o diálogo, saber ouvir, deixar o outro falar para sentir suas razões, como ele está pensando.
Utilizar tom de voz baixo, respeitoso, sem gritaria, sem permitir que a raiva, ou a cólera, se extravase e ponha tudo a perder.

Aprender a ceder.
Não agir egoisticamente, exigindo que o outro se anule para que tudo seja feito de acordo com a sua vontade.

Lembrar que os defeitos das pessoas que vivem mais próximas de nós são notados com maior frequência, porque se evidenciam no dia-a-dia.

Dar ao outro o direito de ele ser como é, e não como a gente gostaria que fosse.
Ajudar o outro a combater seus defeitos, discretamente, sem lhe diminuir, ou humilhá-lo.

Não corrigir o outro em público, são princípios que sempre ajudam.
O amor reclama cultivo.


Diz Emmanuel que "a felicidade na comunhão afectiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
As leis humanas casam as pessoas para que estas se unam segundo as Leis Divinas.

Evoluir no relacionamento, não com exigências, e sim com compreensão, tolerância.
Toda criatura necessita de amar e receber amor".


Medidas preventivas para evitar as crises estão no Evangelho de Jesus.

(Jornal Verdade e Luz Nº 171 de Abril de 2000)

§.§.§- O-canto-da-ave
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Estudos Avançados Espíritas - Página 7 Empty Mediunidade de cura

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 01, 2011 11:53 pm

José Argemiro da Silveira

Temos observado que vários companheiros do movimento espírita reprovam a mediunidade de cura, como se fosse uma actividade estranha à boa Doutrina.

Isto se deve, provavelmente, ao facto de que alguns médiuns dessa especialidade, por não conhecerem, não procuram observar, no exercício da mediunidade, os ensinamentos da Doutrina Espírita.

Consequentemente, agem em desacordo com o que ensina o Espiritismo, levando os menos avisados a reprovarem, em sua totalidade, toda actividade desse campo.
Porém, esta não é uma atitude correcta.

O facto de alguns utilizarem mal suas faculdades, ou agirem em desacordo com os princípios espíritas, não justifica a atitude de negar valor a todos que trabalham nessa área.

A mediunidade de cura é estudada no Espiritismo.

Portanto, neste, como em outros sectores, é sempre necessário aprofundar o conhecimento do assunto, para não emitir opiniões levianas, sem fundamento.
Necessário saber distinguir o certo do errado, não aprovar tudo, mas também não reprovar, sem o devido conhecimento do assunto.

Allan Kardec no Livro dos Médiuns, 2.ª parte, cap. XVI, item 189, regista:

"Médiuns curadores
- Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece.
Esta faculdade não é essencialmente mediúnica pois todos os verdadeiros crentes a possuem, quer sejam médiuns ou não.

Frequentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons".

No item 175, cap. 14, do mesmo livro:
"Médiuns curadores
- Somente para mencioná-la, trataremos aqui desta variedade de médiuns, porque o assunto exigiria demasiado desenvolvimento para o nosso esquema.

Estamos, aliás, informados de que um médico nosso amigo se propõe a tratá-la numa obra especial sobre a medicina intuitiva".


E no item 193, cap. 16, diz:
"Médiuns medicinais
- sua especialidade é a de servirem mais facilmente aos Espíritos que fazem prescrições médicas.

Não se deve confundi-los com os médiuns curadores, porque nada mais fazem do que transmitir o pensamento do Espírito, e não exercem por si mesmos nenhuma influência. Muito comuns".


Allan Kardec considera "muito comuns" os médiuns medicinais, "aqueles cuja especialidade é a de servirem mais facilmente os Espíritos que fazem prescrições médicas".

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 01, 2011 11:54 pm

Continua...

Quando trata dos "médiuns curadores" coloca que "o assunto exigiria demasiado desenvolvimento" para o esquema do livro (Livro dos Médiuns).

Mas fica claro a importância do tema.

Pergunta feita ao Divaldo P. Franco ("Directrizes de Segurança", item 21, cap. 1.°)
- Qual a finalidade da existência de médiuns curadores?"

Resposta:
"A prática do bem, do auxílio aos doentes.

O apóstolo Paulo já dizia:
"Uns falam línguas estrangeiras, outros profetizam, outros impõem as mãos".

Como o Espiritismo é o Consolador, a mediunidade, sendo o campo, a porta pelos quais os Espíritos Superiores semeiam e agem, a faculdade curadora é o veículo da Misericórdia para atender a quem padece, despertando-o para as realidades da Vida Maior, a Vida Verdadeira.

Após a recuperação da saúde, o paciente já não tem o direito de manter dúvidas nem suposições negativas ante a realidade do que experimentou.

O médium curador é o intermediário para o chamamento aos que sofrem, para que mudem a direcção do pensamento e do comportamento, integrando-se na esfera do Bem".

As pessoas que condenam todo e qualquer tipo de actividade na mediunidade de cura deveriam estudar a biografia de Eurípedes Barsanulfo, Cairbar Schutel, e tantos outros.

O próprio Francisco C. Xavier, durante muito tempo, atendeu a essas tarefas.

Os médicos desencarnados, especialmente Bezerra de Menezes, por intermédio dele, respondia a centenas de consultas durante as reuniões semanais.

Da biografia do médium João Gonçalves do Nascimento, que está no livro "Grandes Espíritas do Brasil", organizado por Zêus Wantuil, e editado pela Federação Espírita Brasileira, consta o seguinte:
"Foi por volta de 1882 que o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, então deputado geral na Corte do Rio de Janeiro, resolveu consultar o médium Nascimento sobre uma dispepsia que havia cinco anos o torturava, não obstante haver ele recorrido aos mais famosos facultativos.

— Eu não acreditava nem deixava de acreditar na medicina medianímica, e confesso que proprendia mais para a crença de que o tal médium era um especulador - eis como Bezerra de Menezes julgava, a princípio, o abnegado Nascimento.

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