Estudos Avançados Espíritas
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Servindo-se de um amigo de confiança, e em circunstâncias que não permitissem qualquer espécie de fraude, o grande político cearense obteve a receita solicitada, com a descrição de toda a sua moléstia, seguiu o tratamento prescrito, e, o que a Medicina oficial não conseguira em cinco anos, Nascimento o obteve em apenas três meses.
Este e outro facto posterior, agora com a segunda esposa de Bezerra, a qual tinha erradamente sido tratada como tuberculosa por importantes médicos, ficara para sempre curada com as receitas do famoso médium do Grupo Espírita Fraternidade.
"Nada me impressionou mais afirmou Bezerra - do que ver um homem, sem conhecimentos médicos e até sem instrução regular, discorrer sobre moléstias, com proficiência anatómica e fisiológica, sem claudicar, como bem poucos médicos o podem fazer".
A biografia do médium Nascimento prossegue citando vários outros casos extraordinários de diagnósticos correctos e curas, realizadas por seu intermédio.
A mediunidade curadora deve ser tratada como qualquer outra modalidade mediúnica.
Não se pode aprovar tudo o que se faz nessa área, mas negar, indiscriminadamente, como se toda actividade nesse campo fosse estranha à Doutrina Espírita não é correcto.
O médium de cura deve orientar seu procedimento, observando:
1. Vinculação a um Centro Espírita
- A maior parte dos problemas constatados reside no facto de o médium não se submeter aos regimes doutrinários de um Centro Espírita;
2. Estudo Sistemático do Espiritismo
- Não se pode separar a prática mediúnica do estudo constante dos postulados espíritas;
3. Gratuidade absoluta
- A Doutrina Espírita não se coaduna com qualquer tipo de cobrança de prestação de serviço espiritual. ainda que disfarçada sob a forma de "presentes", ou de "doações para instituições";
4. Exercício Constante da Humildade
- O médium de cura deve conscientizar-se de que ele é apenas um elemento na complexa engrenagem organizada pelo mundo maior, engrenagem esta que vai encontrar no Cristo o seu condutor maior.
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Servindo-se de um amigo de confiança, e em circunstâncias que não permitissem qualquer espécie de fraude, o grande político cearense obteve a receita solicitada, com a descrição de toda a sua moléstia, seguiu o tratamento prescrito, e, o que a Medicina oficial não conseguira em cinco anos, Nascimento o obteve em apenas três meses.
Este e outro facto posterior, agora com a segunda esposa de Bezerra, a qual tinha erradamente sido tratada como tuberculosa por importantes médicos, ficara para sempre curada com as receitas do famoso médium do Grupo Espírita Fraternidade.
"Nada me impressionou mais afirmou Bezerra - do que ver um homem, sem conhecimentos médicos e até sem instrução regular, discorrer sobre moléstias, com proficiência anatómica e fisiológica, sem claudicar, como bem poucos médicos o podem fazer".
A biografia do médium Nascimento prossegue citando vários outros casos extraordinários de diagnósticos correctos e curas, realizadas por seu intermédio.
A mediunidade curadora deve ser tratada como qualquer outra modalidade mediúnica.
Não se pode aprovar tudo o que se faz nessa área, mas negar, indiscriminadamente, como se toda actividade nesse campo fosse estranha à Doutrina Espírita não é correcto.
O médium de cura deve orientar seu procedimento, observando:
1. Vinculação a um Centro Espírita
- A maior parte dos problemas constatados reside no facto de o médium não se submeter aos regimes doutrinários de um Centro Espírita;
2. Estudo Sistemático do Espiritismo
- Não se pode separar a prática mediúnica do estudo constante dos postulados espíritas;
3. Gratuidade absoluta
- A Doutrina Espírita não se coaduna com qualquer tipo de cobrança de prestação de serviço espiritual. ainda que disfarçada sob a forma de "presentes", ou de "doações para instituições";
4. Exercício Constante da Humildade
- O médium de cura deve conscientizar-se de que ele é apenas um elemento na complexa engrenagem organizada pelo mundo maior, engrenagem esta que vai encontrar no Cristo o seu condutor maior.
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
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Meios e finalidades
Leda de Almeida Rezende Ebner
Um político interessado em melhorar as condições do país e do povo, decide candidatar-se a um cargo electivo.
Durante a campanha, faz promessas que sabe não poder cumprir, compra votos, doa presentinhos, enfim faz coisas que, muitas vezes contraria essa própria consciência e sua própria filosofia de vida.
Nas competições desportivas, ora-se a Deus, faz-se promessas aos santos da devoção, deseja-se que os bons jogadores concorrentes sejam impedidos de jogar por doença ou qualquer outro motivo.
Os apaixonados pelo desporto fazem o que podem e, muitas vezes, o que não devem para que seu time ganhe.
No último jogo de futebol Brasil e Uruguai, um grupo de pessoas, em um hotel, assistia pela TV e muitos se revoltaram contra as agressões dos jogadores uruguaios aos brasileiros.
Num dado momento um brasileiro agrediu um uruguaio.
Quase todos aplaudiram.
E, uma das senhoras, ao ver a cena reprisada, disse alto:
"— Não houve nada; ele pulou e caiu porque quis!"
Um jovem quer ganhar muito dinheiro, ficar rico.
Joga-se no trabalho, usa diversos recursos e meios, inclusive ilegais e anti-ético para atingir seu objectivo.
Sociedades beneficentes, religiosas ou não, muitas vezes usam de meios coercitivos para conseguirem doações, para que elas possa auxiliar o próximo.
O rapaz querendo conquistar a moça, capricha na sua aparência, nas maneiras educadas de falar e agir, apresenta-se melhor do que é, aparenta viver com mais dinheiro do que tem, para despertar o "amor" da moça.
Enfim, "na guerra como no amor, vale tudo" diz um ditado antigo, justificando que para uma finalidade nobre ou útil, qualquer meio torna-se também, nobre e útil.
É o mesmo que "o fim justifica os meios".
Será que tudo nos é permitido quando nossa intenção é boa, quando nossos objectivos se tornam bons?
Continua...
Um político interessado em melhorar as condições do país e do povo, decide candidatar-se a um cargo electivo.
Durante a campanha, faz promessas que sabe não poder cumprir, compra votos, doa presentinhos, enfim faz coisas que, muitas vezes contraria essa própria consciência e sua própria filosofia de vida.
Nas competições desportivas, ora-se a Deus, faz-se promessas aos santos da devoção, deseja-se que os bons jogadores concorrentes sejam impedidos de jogar por doença ou qualquer outro motivo.
Os apaixonados pelo desporto fazem o que podem e, muitas vezes, o que não devem para que seu time ganhe.
No último jogo de futebol Brasil e Uruguai, um grupo de pessoas, em um hotel, assistia pela TV e muitos se revoltaram contra as agressões dos jogadores uruguaios aos brasileiros.
Num dado momento um brasileiro agrediu um uruguaio.
Quase todos aplaudiram.
E, uma das senhoras, ao ver a cena reprisada, disse alto:
"— Não houve nada; ele pulou e caiu porque quis!"
Um jovem quer ganhar muito dinheiro, ficar rico.
Joga-se no trabalho, usa diversos recursos e meios, inclusive ilegais e anti-ético para atingir seu objectivo.
Sociedades beneficentes, religiosas ou não, muitas vezes usam de meios coercitivos para conseguirem doações, para que elas possa auxiliar o próximo.
O rapaz querendo conquistar a moça, capricha na sua aparência, nas maneiras educadas de falar e agir, apresenta-se melhor do que é, aparenta viver com mais dinheiro do que tem, para despertar o "amor" da moça.
Enfim, "na guerra como no amor, vale tudo" diz um ditado antigo, justificando que para uma finalidade nobre ou útil, qualquer meio torna-se também, nobre e útil.
É o mesmo que "o fim justifica os meios".
Será que tudo nos é permitido quando nossa intenção é boa, quando nossos objectivos se tornam bons?
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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É normal que, na caminhada evolutiva, o homem. enquanto não entende ideias mais abstractas como valores espirituais e morais, veja apenas o seu interesse pessoal do momento.
Age, então de acordo com seus instintos básicos.
Mas, à medida que percebe que existe uma relação entre ele e os outros;
que as acções suas e dos outros geram reacções e que essas reacções provocam situações outras, diferentes, mais complexas muitas vezes, agradáveis ou desagradáveis de acordo com o sentir, o pensar do outro, começa a controlar suas emoções, seus sentimentos, para um dia, ser capaz de colocar-se no lugar do outro, em qualquer momento ou situação e perceber o que o outro pode estar sentindo.
Não podemos viver isolados.
O homem é um ser social, isto é, desenvolve-se no viver em sociedade, no relacionar-se uns com os outros e, somente no relacionamento simpático, agradável e solidário, encontra ele a paz interior, a felicidade relativa à Terra.
Assim, meios e finalidades estão intimamente ligados.
O homem que rouba, usando meios violentos, está sendo coerente com o fim a que almeja:
apropriar-se do pertence do outro, visto que este não lhe daria de outro modo, O político que usa meios ilegais ou anti-éticos para eleger-se está demonstrando que seus objectivos também não são éticos; talvez, vise apenas seus interesses pessoais.
O Espiritismo nos ensina que em tudo que faz, o homem tem a responsabilidade e que existe uma lei divina, natural de Causa e Efeito, funcionando sempre, independentemente do nosso querer ou da nossa aceitação.
E essa lei, disseram os Espíritos a Kardec, está inscrita na consciência de cada um.
Então, quando o homem, já mais esclarecido, percebe a inter-relação entre os homens, ele já tem a condição interna de controlar-se, modificar-se, auto-educar-se, aprendendo a ser melhor pessoa e a não provocar males maiores com suas acções instintivas, com suas emoções desequilibradas.
Se, como pais, pretendemos que nossos filhos sejam pessoas de bem, úteis a si, à família e à sociedade, temos de usar, no processo educativo, meios correspondentes a essas metas.
Então, não se pode mais usar de rigidez, de meios agressivos de palavras ou acções, porque esses meios não correspondem às aspirações que temos para nossos filhos.
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É normal que, na caminhada evolutiva, o homem. enquanto não entende ideias mais abstractas como valores espirituais e morais, veja apenas o seu interesse pessoal do momento.
Age, então de acordo com seus instintos básicos.
Mas, à medida que percebe que existe uma relação entre ele e os outros;
que as acções suas e dos outros geram reacções e que essas reacções provocam situações outras, diferentes, mais complexas muitas vezes, agradáveis ou desagradáveis de acordo com o sentir, o pensar do outro, começa a controlar suas emoções, seus sentimentos, para um dia, ser capaz de colocar-se no lugar do outro, em qualquer momento ou situação e perceber o que o outro pode estar sentindo.
Não podemos viver isolados.
O homem é um ser social, isto é, desenvolve-se no viver em sociedade, no relacionar-se uns com os outros e, somente no relacionamento simpático, agradável e solidário, encontra ele a paz interior, a felicidade relativa à Terra.
Assim, meios e finalidades estão intimamente ligados.
O homem que rouba, usando meios violentos, está sendo coerente com o fim a que almeja:
apropriar-se do pertence do outro, visto que este não lhe daria de outro modo, O político que usa meios ilegais ou anti-éticos para eleger-se está demonstrando que seus objectivos também não são éticos; talvez, vise apenas seus interesses pessoais.
O Espiritismo nos ensina que em tudo que faz, o homem tem a responsabilidade e que existe uma lei divina, natural de Causa e Efeito, funcionando sempre, independentemente do nosso querer ou da nossa aceitação.
E essa lei, disseram os Espíritos a Kardec, está inscrita na consciência de cada um.
Então, quando o homem, já mais esclarecido, percebe a inter-relação entre os homens, ele já tem a condição interna de controlar-se, modificar-se, auto-educar-se, aprendendo a ser melhor pessoa e a não provocar males maiores com suas acções instintivas, com suas emoções desequilibradas.
Se, como pais, pretendemos que nossos filhos sejam pessoas de bem, úteis a si, à família e à sociedade, temos de usar, no processo educativo, meios correspondentes a essas metas.
Então, não se pode mais usar de rigidez, de meios agressivos de palavras ou acções, porque esses meios não correspondem às aspirações que temos para nossos filhos.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Mas, como um pai ou uma mãe, de natureza autoritária e agressiva, características desenvolvidas em existências passadas, podem usar de energia branda na educação dos seus filhos?
Como conciliar os meios com as finalidades nesse relacionamento?
Evidentemente, que esse pai ou essa mãe vai encontrar grande dificuldade para agir coerentemente com seus objectivos.
Vai errar muitas vezes, mas, se estiver atento ao que realmente deseja e quer, vai esforçar-se para evitar situações agressivas.
Vai vigiar-se, orar muito a Deus pedindo a ajuda dos Espíritos protectores de sua família, vai pegar-se muitas vezes em flagrante, e, quantas vezes isso acontecer, vai continuar, perseverantemente, no esforço de educar-se.
Ao lado disso, vai procurar manter diálogo permanente com o cônjuge, com os filhos, nos erros, nos acertos, sobre todo assunto e sobre toda e qualquer situação.
Desse modo, os filhos vão percebê-lo não como pai ou mãe perfeitos, mas como pessoa que se sabe imperfeita, que se esforça por acertar, por progredir sempre.
E essa constatação, mais que quaisquer palavras o engrandeça diante dos seus filhos, se não no presente, com certeza, num futuro próximo.
A mesma estratégia de buscar sempre a coerência entre meios e fins, em quaisquer relacionamentos no lar, na política, no trabalho, nas actividades das sociedades beneficentes, etc., por certo trará, a quem assim o fizer, paz e equilíbrio interior.
A aceitação de que é necessário vivermos em sociedade, participando de suas actividades, de que dependemos uns dos outros, influenciando-nos mutuamente independentemente do nosso querer, traz-nos a certeza de que somente no respeito ao outro, ao seu entendimento, aos seus sentimentos e emoções, aos seus direitos é que podemos colaborar com a paz e a felicidade de todos nós, tornando a nossa sociedade justa e mais cristã.
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Mas, como um pai ou uma mãe, de natureza autoritária e agressiva, características desenvolvidas em existências passadas, podem usar de energia branda na educação dos seus filhos?
Como conciliar os meios com as finalidades nesse relacionamento?
Evidentemente, que esse pai ou essa mãe vai encontrar grande dificuldade para agir coerentemente com seus objectivos.
Vai errar muitas vezes, mas, se estiver atento ao que realmente deseja e quer, vai esforçar-se para evitar situações agressivas.
Vai vigiar-se, orar muito a Deus pedindo a ajuda dos Espíritos protectores de sua família, vai pegar-se muitas vezes em flagrante, e, quantas vezes isso acontecer, vai continuar, perseverantemente, no esforço de educar-se.
Ao lado disso, vai procurar manter diálogo permanente com o cônjuge, com os filhos, nos erros, nos acertos, sobre todo assunto e sobre toda e qualquer situação.
Desse modo, os filhos vão percebê-lo não como pai ou mãe perfeitos, mas como pessoa que se sabe imperfeita, que se esforça por acertar, por progredir sempre.
E essa constatação, mais que quaisquer palavras o engrandeça diante dos seus filhos, se não no presente, com certeza, num futuro próximo.
A mesma estratégia de buscar sempre a coerência entre meios e fins, em quaisquer relacionamentos no lar, na política, no trabalho, nas actividades das sociedades beneficentes, etc., por certo trará, a quem assim o fizer, paz e equilíbrio interior.
A aceitação de que é necessário vivermos em sociedade, participando de suas actividades, de que dependemos uns dos outros, influenciando-nos mutuamente independentemente do nosso querer, traz-nos a certeza de que somente no respeito ao outro, ao seu entendimento, aos seus sentimentos e emoções, aos seus direitos é que podemos colaborar com a paz e a felicidade de todos nós, tornando a nossa sociedade justa e mais cristã.
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
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Não
Nilza Teresa Rotter Pelá
Se o leitor é assinante de o Reformador e observou atentamente a capa do número do mês de julho de 2000 notou que lá há sete vezes a palavra não nos cinco cartazes da campanha da Federação Espírita Brasileira "EM DEFESA DA VIDA" reproduzidos na capa do periódico.
Neste caso o não aparece explícito, mas vale a pena lembrar que em várias circunstâncias ele é implícito tal como no caso da proibição, por órgãos federais, do vídeo game Carmagedon que incitava a banalização da vida em duas versões.
Em nossa cultura há uma certa resistência do uso do negativo uma vez que na maioria das vezes que é utilizado vem acompanhado de uma carga emocional negativa, entretanto, necessariamente assim não precisa ser.
Há que se lembrar que entre nós há o falso conceito que quem é bom nunca diz não, e lembro-me que quando éramos expositora da USE Ribeirão, aprendemos, em uma das preparatórias das actividades mensais, que ser bom é diferente de ser "bobo".
É necessário considerar, entretanto, que aprender a dizer não com equilíbrio e serenidade é um aprendizado nem sempre fácil, pois dizer sim ou não exige análise reflexiva e não pode nascer de um impulso ou estado de ânimo alterado ou preguiçoso.
Quando estamos alegres tendemos a dizer sim, quando com raiva, a dizer não, e quando não queremos ter trabalho a opção é feita no sentido de resolver depressa.
O nosso Mestre Jesus já nos ensinava "Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não"
(Matheus 5: 37).
Este ensinamento está contido em O Sermão do Monte, que sabemos ser o código de ética do Cristianismo, uma vez que ali estão todas as directrizes do agir do cristão.
Há os opositores que vêm nesta afirmação uma atitude radical e inflexível, porém o que o Cristo nos dizia era da necessidade de sermos assertivos, conceito hoje claramente apresentado pela psicologia.
Assertivo é o indivíduo que sabe definir claramente o seu papel, que sabe que a passividade o transforma em pessoa manipulável sempre fazendo o que os outros querem, sabe também que a agressividade e a inflexibilidade não permitem um viver em grupo de forma harmónica e agradável.
Continua...
Se o leitor é assinante de o Reformador e observou atentamente a capa do número do mês de julho de 2000 notou que lá há sete vezes a palavra não nos cinco cartazes da campanha da Federação Espírita Brasileira "EM DEFESA DA VIDA" reproduzidos na capa do periódico.
Neste caso o não aparece explícito, mas vale a pena lembrar que em várias circunstâncias ele é implícito tal como no caso da proibição, por órgãos federais, do vídeo game Carmagedon que incitava a banalização da vida em duas versões.
Em nossa cultura há uma certa resistência do uso do negativo uma vez que na maioria das vezes que é utilizado vem acompanhado de uma carga emocional negativa, entretanto, necessariamente assim não precisa ser.
Há que se lembrar que entre nós há o falso conceito que quem é bom nunca diz não, e lembro-me que quando éramos expositora da USE Ribeirão, aprendemos, em uma das preparatórias das actividades mensais, que ser bom é diferente de ser "bobo".
É necessário considerar, entretanto, que aprender a dizer não com equilíbrio e serenidade é um aprendizado nem sempre fácil, pois dizer sim ou não exige análise reflexiva e não pode nascer de um impulso ou estado de ânimo alterado ou preguiçoso.
Quando estamos alegres tendemos a dizer sim, quando com raiva, a dizer não, e quando não queremos ter trabalho a opção é feita no sentido de resolver depressa.
O nosso Mestre Jesus já nos ensinava "Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não"
(Matheus 5: 37).
Este ensinamento está contido em O Sermão do Monte, que sabemos ser o código de ética do Cristianismo, uma vez que ali estão todas as directrizes do agir do cristão.
Há os opositores que vêm nesta afirmação uma atitude radical e inflexível, porém o que o Cristo nos dizia era da necessidade de sermos assertivos, conceito hoje claramente apresentado pela psicologia.
Assertivo é o indivíduo que sabe definir claramente o seu papel, que sabe que a passividade o transforma em pessoa manipulável sempre fazendo o que os outros querem, sabe também que a agressividade e a inflexibilidade não permitem um viver em grupo de forma harmónica e agradável.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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A pessoa assertiva esta disposta a ouvir o outro e a ponderar a respeito de pontos de vista diferentes do seu, entretanto sempre terá o seu sistema de valores como referência para incorporar ideias e atitudes.
Se espírita, seu referencial de análise será o espiritismo.
Se desta análise surgir um não ele virá sem qualquer traço de agressividade.
Um exemplo disto nos dá André Luiz no caso da alimentação em Nosso Lar quando após trinta anos de argumentação o Governador da colónia deu um basta nos excessos:
"Não houve combate, nem ofensiva na colónia, mas resistência absoluta…
A colónia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo".
Em seu livro Pão Nosso, Emmanuel, nos traz uma belíssima lição Intitulada "O ‘não’ e a luta" da qual faremos algumas citações concluindo nossa matéria:
"O ‘sim’ pode ser agradável em todas as situações, todavia, o ‘não’, em determinados sectores da luta humana, é mais construtivo".
"Tanto quanto o ‘sim’ deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o ‘não’ deve ser dito sem aspereza".
"Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca;
urge reconhecer, porém que a negativa salutar jamais perturba.
O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada".
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
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A pessoa assertiva esta disposta a ouvir o outro e a ponderar a respeito de pontos de vista diferentes do seu, entretanto sempre terá o seu sistema de valores como referência para incorporar ideias e atitudes.
Se espírita, seu referencial de análise será o espiritismo.
Se desta análise surgir um não ele virá sem qualquer traço de agressividade.
Um exemplo disto nos dá André Luiz no caso da alimentação em Nosso Lar quando após trinta anos de argumentação o Governador da colónia deu um basta nos excessos:
"Não houve combate, nem ofensiva na colónia, mas resistência absoluta…
A colónia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo".
Em seu livro Pão Nosso, Emmanuel, nos traz uma belíssima lição Intitulada "O ‘não’ e a luta" da qual faremos algumas citações concluindo nossa matéria:
"O ‘sim’ pode ser agradável em todas as situações, todavia, o ‘não’, em determinados sectores da luta humana, é mais construtivo".
"Tanto quanto o ‘sim’ deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o ‘não’ deve ser dito sem aspereza".
"Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca;
urge reconhecer, porém que a negativa salutar jamais perturba.
O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada".
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
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O público do Centro Espírita
Orson Peter Carrara
Você já parou para observar o público do Centro Espírita? Já reflectiu sobre seu comportamento?
Experimente utilizar dinâmicas de grupo (nos estudos e mesmo nas palestras) que estimulem a participação. Haverá grande surpresa ao constatar o quanto o público gosta de participar e reage aos estímulos.
O expositor espírita deve fugir daqueles ares de distanciamento do público.
O incentivo da integração sempre deve estar presente.
Pequenos factos do quotidiano, aliado às lições, tornam o estudo ou a palestra extremamente agradável.
Esta integração favorece o aprendizado, prende a atenção durante todo o tempo e aproxima o orador/expositor do público presente.
Uma palestra ou estudo jamais deve ser cansativo.
Há que ter um perfil que conquiste a atenção, seja pela profundidade da abordagem ou pela descontracção com que é apresentado.
Considere-se que profundidade não é sinónimo de mesmice ou cansaço.
Os participantes ou ouvintes devem sentir vontade de voltar sempre.
Ficar aquela pontinha de expectativa sobre qual será a forma com que o coordenador ou palestrante prenderá a atenção do público…
Portanto, a este, o expositor ou coordenador de estudos fica o compromisso de apresentar o melhor que possa de seus esforços.
Aí entra sua criatividade e interesse em mostrar a beleza que a Doutrina Espírita possui em seus fundamentos.
Podemos extrair muito dos ensinamentos espíritas, mas tudo depende da forma como fazemos isso.
Qualquer tema pode ser estudado ou apresentado com profundidade, sem perder-se com o desinteresse do público.
Basta observar como apresentá-lo.
Aí está o segredo:
a dinâmica a ser utilizada.
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Você já parou para observar o público do Centro Espírita? Já reflectiu sobre seu comportamento?
Experimente utilizar dinâmicas de grupo (nos estudos e mesmo nas palestras) que estimulem a participação. Haverá grande surpresa ao constatar o quanto o público gosta de participar e reage aos estímulos.
O expositor espírita deve fugir daqueles ares de distanciamento do público.
O incentivo da integração sempre deve estar presente.
Pequenos factos do quotidiano, aliado às lições, tornam o estudo ou a palestra extremamente agradável.
Esta integração favorece o aprendizado, prende a atenção durante todo o tempo e aproxima o orador/expositor do público presente.
Uma palestra ou estudo jamais deve ser cansativo.
Há que ter um perfil que conquiste a atenção, seja pela profundidade da abordagem ou pela descontracção com que é apresentado.
Considere-se que profundidade não é sinónimo de mesmice ou cansaço.
Os participantes ou ouvintes devem sentir vontade de voltar sempre.
Ficar aquela pontinha de expectativa sobre qual será a forma com que o coordenador ou palestrante prenderá a atenção do público…
Portanto, a este, o expositor ou coordenador de estudos fica o compromisso de apresentar o melhor que possa de seus esforços.
Aí entra sua criatividade e interesse em mostrar a beleza que a Doutrina Espírita possui em seus fundamentos.
Podemos extrair muito dos ensinamentos espíritas, mas tudo depende da forma como fazemos isso.
Qualquer tema pode ser estudado ou apresentado com profundidade, sem perder-se com o desinteresse do público.
Basta observar como apresentá-lo.
Aí está o segredo:
a dinâmica a ser utilizada.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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E isto pode ser usado, sem desvirtuamentos, desde que estejamos compromissados com o objectivo maior: o estudo e a divulgação da Doutrina Espírita.
Quando coordeno reuniões de estudo, ouço ou faço palestras, fico sempre a observar o público.
Ele sempre reage aos estímulos.
Há muito já se foi o tempo em que um lia lá na frente do salão, e o público… dormia …
Hoje, um expositor ou coordenador de grupos de estudos que procura interagir com o público, alcança muito mais resultados, atingindo o raciocínio e o coração do ouvinte.
Há vários exemplos de companheiros do movimento que utilizando dessa integração com o público, realizam excelente trabalho de estudo e divulgação espírita.
Observe que uma história bem contada, com argumentação doutrinária, facilita o raciocínio do ouvinte.
A experiência dos expositores dá-lhes a visão do tipo de estímulo que cada público recebe, nas casas a que estão vinculados.
Em algumas casas, as situações mais engraçadas ou emocionantes não provocam nenhuma reacção, como a demonstrar que se trata de um público sem hábitos com esta interacção expositor/ouvinte, indiferente mesmo, que ali está como cumprindo penosa obrigação.
Em outras localidades, percebe-se claramente a descontracção do público, participativo, atento, bebendo as palavras, em vivo testemunho das práticas didácticas da Casa.
Tudo isso é algo para pensar, indicando-nos caminhos que melhorem as casas espíritas, para que elas valorizem seu público, ofereçam-lhes o melhor, ao invés de ficarmos apenas como se a obrigação de quem tem que abrir o centro, realizar as actividades em entusiasmo para ir embora e esperar a hora de recomeçar tudo de novo.
Com tanto que a Doutrina tem a oferecer, como conciliar a mesmice com a dinâmica de nosso tempo?
Mera perda de oportunidade.
(Jornal Verdade e Luz Nº 172 de Maio de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
E isto pode ser usado, sem desvirtuamentos, desde que estejamos compromissados com o objectivo maior: o estudo e a divulgação da Doutrina Espírita.
Quando coordeno reuniões de estudo, ouço ou faço palestras, fico sempre a observar o público.
Ele sempre reage aos estímulos.
Há muito já se foi o tempo em que um lia lá na frente do salão, e o público… dormia …
Hoje, um expositor ou coordenador de grupos de estudos que procura interagir com o público, alcança muito mais resultados, atingindo o raciocínio e o coração do ouvinte.
Há vários exemplos de companheiros do movimento que utilizando dessa integração com o público, realizam excelente trabalho de estudo e divulgação espírita.
Observe que uma história bem contada, com argumentação doutrinária, facilita o raciocínio do ouvinte.
A experiência dos expositores dá-lhes a visão do tipo de estímulo que cada público recebe, nas casas a que estão vinculados.
Em algumas casas, as situações mais engraçadas ou emocionantes não provocam nenhuma reacção, como a demonstrar que se trata de um público sem hábitos com esta interacção expositor/ouvinte, indiferente mesmo, que ali está como cumprindo penosa obrigação.
Em outras localidades, percebe-se claramente a descontracção do público, participativo, atento, bebendo as palavras, em vivo testemunho das práticas didácticas da Casa.
Tudo isso é algo para pensar, indicando-nos caminhos que melhorem as casas espíritas, para que elas valorizem seu público, ofereçam-lhes o melhor, ao invés de ficarmos apenas como se a obrigação de quem tem que abrir o centro, realizar as actividades em entusiasmo para ir embora e esperar a hora de recomeçar tudo de novo.
Com tanto que a Doutrina tem a oferecer, como conciliar a mesmice com a dinâmica de nosso tempo?
Mera perda de oportunidade.
(Jornal Verdade e Luz Nº 172 de Maio de 2000)
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O próximo mais próximo
Alkíndar de Oliveira
Quando um amigo adentra à nossa casa colocamos um sorriso no rosto.
Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito.
Somos sobretudo extremamente simpáticos.
Nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem.
Batemos carinhosamente em sua costas.
Olhamos com respeito e amizade nos seus olhos.
Sorrimos, sorrimos muito.
Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos carinhosamente.
Agora estamos em nossa casa com nossa família (o amigo já foi embora).
Como que por milagre nosso rosto se fecha, ficamos taciturnos, carrancudos.
Vamos ler o nosso jornal num canto para ninguém nos atrapalhar, passamos a ser outra pessoa.
Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes, junto à nossa família somos pessoas antipáticas e exigentes.
Porquê?
Será que para o bem de todos não seria melhor tratar nossa família como tratamos nossos amigos?
Certa vez uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de TV:
"mãe, por que na tela da televisão você sempre aparece sorrindo e feliz e em casa está sempre séria e nervosa?".
A mãe, pega de surpresa, respondeu "é porque na televisão eu sou paga para sorrir".
No que a filha mais do que depressa interpelou "mãe, quanto você quer ganhar para sorrir também em nossa casa?"
Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar?
Quando você encontrar um irrigador de grama em funcionamento, pare para analisá-lo.
Verifique, que girando ele irriga toda a grama à sua volta.
Mas, chegue mais perto.
Olhe a grama que está próxima do irrigador.
Ela certamente estará seca.
O irrigador molha a grama que está distante de si, mas não consegue molhar a grama que está tão próxima.
Será que em nossa família nós não estamos agindo à semelhança do irrigador de grama?
Como estar mais presente e mais activo junto à nossa família?
Devemos conscientizarmo-nos que, se é importante - muito importante - ajudar o próximo, é justamente em nossa família que estão os próximos mais próximos.
Devemos abraçar com carinho, beijar com amor os integrantes de nossa família.
Devemos sorrir, dizer coisas bobas, tolas, mas alegres.
Devemos acabar com aquele ar de "pessoa séria e responsável", pois seriedade e responsabilidade devem estar presentes em nosso íntimo e em nossos actos, não necessariamente em nossa cara.
Assim agindo nossa casa irá se transformar num lar.
(Do livro "Viver Bem É Simples, Nós É Que Complicamos", Alkíndar de Oliveira, Editora Didier)
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Quando um amigo adentra à nossa casa colocamos um sorriso no rosto.
Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito.
Somos sobretudo extremamente simpáticos.
Nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem.
Batemos carinhosamente em sua costas.
Olhamos com respeito e amizade nos seus olhos.
Sorrimos, sorrimos muito.
Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos carinhosamente.
Agora estamos em nossa casa com nossa família (o amigo já foi embora).
Como que por milagre nosso rosto se fecha, ficamos taciturnos, carrancudos.
Vamos ler o nosso jornal num canto para ninguém nos atrapalhar, passamos a ser outra pessoa.
Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes, junto à nossa família somos pessoas antipáticas e exigentes.
Porquê?
Será que para o bem de todos não seria melhor tratar nossa família como tratamos nossos amigos?
Certa vez uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de TV:
"mãe, por que na tela da televisão você sempre aparece sorrindo e feliz e em casa está sempre séria e nervosa?".
A mãe, pega de surpresa, respondeu "é porque na televisão eu sou paga para sorrir".
No que a filha mais do que depressa interpelou "mãe, quanto você quer ganhar para sorrir também em nossa casa?"
Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar?
Quando você encontrar um irrigador de grama em funcionamento, pare para analisá-lo.
Verifique, que girando ele irriga toda a grama à sua volta.
Mas, chegue mais perto.
Olhe a grama que está próxima do irrigador.
Ela certamente estará seca.
O irrigador molha a grama que está distante de si, mas não consegue molhar a grama que está tão próxima.
Será que em nossa família nós não estamos agindo à semelhança do irrigador de grama?
Como estar mais presente e mais activo junto à nossa família?
Devemos conscientizarmo-nos que, se é importante - muito importante - ajudar o próximo, é justamente em nossa família que estão os próximos mais próximos.
Devemos abraçar com carinho, beijar com amor os integrantes de nossa família.
Devemos sorrir, dizer coisas bobas, tolas, mas alegres.
Devemos acabar com aquele ar de "pessoa séria e responsável", pois seriedade e responsabilidade devem estar presentes em nosso íntimo e em nossos actos, não necessariamente em nossa cara.
Assim agindo nossa casa irá se transformar num lar.
(Do livro "Viver Bem É Simples, Nós É Que Complicamos", Alkíndar de Oliveira, Editora Didier)
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
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O paralítico de Cafarnaum
José Argemiro da Silveira
"Eu te digo: levanta-te, apanha a tua maca e vai para a tua casa"
(Marcos, 2:11)
No Evangelho de Marcos, cap. 2, vers. de 2 a 12, encontramos a passagem da cura de um paralítico que foi levado a Jesus por quatro homens, numa maca.
Mas como havia muita gente à porta da casa, onde Jesus estava, impedindo a passagem, fizeram um buraco no telhado e desceram a maca com o paralítico bem em frente onde estava o Mestre.
Jesus vendo a fé que tinham disse ao paralítico:
"Levanta-te, apanha a tua maca e vai para tua casa".
Esta passagem simboliza bem o encontro do ser humano com o Cristo.
A pouca evolução espiritual, o facto de ainda não conhecer quem é, o desconhecimento das potencialidades do Espírito, simboliza a paralisia que imobiliza a alma e torna a criatura enferma e distanciada da luz.
O homem ainda se acha moralmente atrofiado, por isso não consegue andar.
Paralítico, permanece preso às convenções humanas, a interesses transitórios.
Seu Espírito jaz no leito da acomodação, ainda não desperto para o seu legítimo interesse, que é sua própria evolução, o despertamento para as realidades da vida maior.
Fica nesta situação, enquanto não despertar, não alimentar propósitos de renovação.
Um dia toma conhecimento de algo diferente, e cansado das rotinas escravizantes, deseja mudar.
É quando procura Jesus.
Mas como chegar até Ele?
Como levantar-se e andar, vencendo a distância, isto é, suas limitações, os hábitos contrários ao ideal superior?
Se os anseios de libertação forem sinceros, se ocorrer, efectivamente, a opção pelo lado espiritual, a Misericórdia Divina coloca nos passos desse ser humano pessoas que lhe mostrarão o caminho e irão ajudá-lo.
São os quatro da passagem evangélica que se prontificaram a carregar o paralítico, na maca, até Jesus.
Continua...
"Eu te digo: levanta-te, apanha a tua maca e vai para a tua casa"
(Marcos, 2:11)
No Evangelho de Marcos, cap. 2, vers. de 2 a 12, encontramos a passagem da cura de um paralítico que foi levado a Jesus por quatro homens, numa maca.
Mas como havia muita gente à porta da casa, onde Jesus estava, impedindo a passagem, fizeram um buraco no telhado e desceram a maca com o paralítico bem em frente onde estava o Mestre.
Jesus vendo a fé que tinham disse ao paralítico:
"Levanta-te, apanha a tua maca e vai para tua casa".
Esta passagem simboliza bem o encontro do ser humano com o Cristo.
A pouca evolução espiritual, o facto de ainda não conhecer quem é, o desconhecimento das potencialidades do Espírito, simboliza a paralisia que imobiliza a alma e torna a criatura enferma e distanciada da luz.
O homem ainda se acha moralmente atrofiado, por isso não consegue andar.
Paralítico, permanece preso às convenções humanas, a interesses transitórios.
Seu Espírito jaz no leito da acomodação, ainda não desperto para o seu legítimo interesse, que é sua própria evolução, o despertamento para as realidades da vida maior.
Fica nesta situação, enquanto não despertar, não alimentar propósitos de renovação.
Um dia toma conhecimento de algo diferente, e cansado das rotinas escravizantes, deseja mudar.
É quando procura Jesus.
Mas como chegar até Ele?
Como levantar-se e andar, vencendo a distância, isto é, suas limitações, os hábitos contrários ao ideal superior?
Se os anseios de libertação forem sinceros, se ocorrer, efectivamente, a opção pelo lado espiritual, a Misericórdia Divina coloca nos passos desse ser humano pessoas que lhe mostrarão o caminho e irão ajudá-lo.
São os quatro da passagem evangélica que se prontificaram a carregar o paralítico, na maca, até Jesus.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
"Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece".
Quando a pessoa se decide, quando sabe o que quer, o amparo espiritual vem em seu auxílio e ela conseguirá realizar a trajectória.
Quando a pessoa fala, apenas "da boca para fora", ainda não está pronta.
Então, nada lhe serve.
Vai de uma religião para outra, procura aqui, acolá e não encontra.
É que ela mesma ainda não se decidiu a resolver seu problema, pela auto-educação, pelo trabalho no bem, doando-se em favor de um ideal nobre.
Quando alguém pretende ir ao encontro do Cristo, dificuldades, tropeços e obstáculos surgem a sua frente.
Na passagem citada de início, fala que "a multidão bloqueava a porta".
É a multidão dos erros, a sementeira do passado, que cria tal dificuldade.
Vale considerar que na busca do despertamento espiritual, o ser depara com dificuldades internas e externas.
As internas são o degrau evolutivo, os conteúdos da individualidade ainda não receptiva ao amor.
O egoísmo, o orgulho, as inferioridades, enfim, constituem sério obstáculo.
É preciso dedicação, perseverança, vontade firme para realizar a transformação.
E as dificuldades externas são as influências do meio.
"Em terra onde todos rastejam é difícil alguém andar de pé", disse José Ingenieros.
Vencer as dificuldades do meio é como nadar contra a corrente.
A pessoa fica em minoria, às vezes criticada e com suas iniciativas dificultadas, em alguns casos, por aqueles que lhe são mais caros (amigos, familiares, etc.).
É necessário trabalhar com o mundo íntimo, através do auto-conhecimento, buscando melhorar os conteúdos da individualidade.
E trabalhar para melhorar o meio, visando ajudar o próximo e facilitar o caminho de outros idealistas.
Quando alguém quer ir a Jesus começa a perceber o quanto é difícil.
"Não posso deixar isso ou aquilo".
Não consigo, não tenho forças, etc.
É a multidão que bloqueava a porta.
Mas é preciso encontrar o caminho.
Abrir o telhado da própria alma.
Quebrar o telhado do egoísmo, do orgulho, dos vícios, e deixar que a luz do Mais Alto desfaça as sombras.
Quebradas as resistências inferiores, O encontramos.
Os quatro homens que conduziram o paralítico escalaram a casa, furaram um buraco no telhado e desceram o necessitado, na maca, diante de Jesus.
Continua...
"Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece".
Quando a pessoa se decide, quando sabe o que quer, o amparo espiritual vem em seu auxílio e ela conseguirá realizar a trajectória.
Quando a pessoa fala, apenas "da boca para fora", ainda não está pronta.
Então, nada lhe serve.
Vai de uma religião para outra, procura aqui, acolá e não encontra.
É que ela mesma ainda não se decidiu a resolver seu problema, pela auto-educação, pelo trabalho no bem, doando-se em favor de um ideal nobre.
Quando alguém pretende ir ao encontro do Cristo, dificuldades, tropeços e obstáculos surgem a sua frente.
Na passagem citada de início, fala que "a multidão bloqueava a porta".
É a multidão dos erros, a sementeira do passado, que cria tal dificuldade.
Vale considerar que na busca do despertamento espiritual, o ser depara com dificuldades internas e externas.
As internas são o degrau evolutivo, os conteúdos da individualidade ainda não receptiva ao amor.
O egoísmo, o orgulho, as inferioridades, enfim, constituem sério obstáculo.
É preciso dedicação, perseverança, vontade firme para realizar a transformação.
E as dificuldades externas são as influências do meio.
"Em terra onde todos rastejam é difícil alguém andar de pé", disse José Ingenieros.
Vencer as dificuldades do meio é como nadar contra a corrente.
A pessoa fica em minoria, às vezes criticada e com suas iniciativas dificultadas, em alguns casos, por aqueles que lhe são mais caros (amigos, familiares, etc.).
É necessário trabalhar com o mundo íntimo, através do auto-conhecimento, buscando melhorar os conteúdos da individualidade.
E trabalhar para melhorar o meio, visando ajudar o próximo e facilitar o caminho de outros idealistas.
Quando alguém quer ir a Jesus começa a perceber o quanto é difícil.
"Não posso deixar isso ou aquilo".
Não consigo, não tenho forças, etc.
É a multidão que bloqueava a porta.
Mas é preciso encontrar o caminho.
Abrir o telhado da própria alma.
Quebrar o telhado do egoísmo, do orgulho, dos vícios, e deixar que a luz do Mais Alto desfaça as sombras.
Quebradas as resistências inferiores, O encontramos.
Os quatro homens que conduziram o paralítico escalaram a casa, furaram um buraco no telhado e desceram o necessitado, na maca, diante de Jesus.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
São estratégias que a criatura tem que usar para superar as dificuldades e se aproximar da luz.
O trabalho no bem, o desejo sincero, o estudo, a meditação, nos levam a encontrar o caminho.
É como a experiência daquele homem que procurava Deus, há muito tempo, e não O Encontrava.
Procurou nas religiões, na filosofia, junto aos iniciados, sem resultado.
Aí percebeu que seu próximo sofria e que ele podia cuidar dele.
Cuidando do próximo, encontrou a si mesmo, e, encontrou Deus.
O importante é chegar.
Jesus afirma ao paralítico:
"Levanta", isto é, desperta, movimenta.
"Toma teu leito e anda".
O leito é a bagagem dele;
seus conhecimentos, experiências, também suas limitações, suas dificuldades.
É o mesmo que dizer: caminha no teu degrau evolutivo.
"Porque teus pecados foram perdoados".
De notar que o perdão proporcionado por Jesus não tem o sentido de solução definitiva dos problemas.
Não significa apagar o passado, mas sim a oportunidade de renovação, de trabalho, de evolução.
Se ele deve "pegar o leito e andar", significa que deverá continuar o processo evolutivo, realizando o desenvolvimento de suas potencialidades espirituais, em busca da perfeição - meta de todos nós.
(Jornal Verdade e Luz Nº 174 de Julho de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
São estratégias que a criatura tem que usar para superar as dificuldades e se aproximar da luz.
O trabalho no bem, o desejo sincero, o estudo, a meditação, nos levam a encontrar o caminho.
É como a experiência daquele homem que procurava Deus, há muito tempo, e não O Encontrava.
Procurou nas religiões, na filosofia, junto aos iniciados, sem resultado.
Aí percebeu que seu próximo sofria e que ele podia cuidar dele.
Cuidando do próximo, encontrou a si mesmo, e, encontrou Deus.
O importante é chegar.
Jesus afirma ao paralítico:
"Levanta", isto é, desperta, movimenta.
"Toma teu leito e anda".
O leito é a bagagem dele;
seus conhecimentos, experiências, também suas limitações, suas dificuldades.
É o mesmo que dizer: caminha no teu degrau evolutivo.
"Porque teus pecados foram perdoados".
De notar que o perdão proporcionado por Jesus não tem o sentido de solução definitiva dos problemas.
Não significa apagar o passado, mas sim a oportunidade de renovação, de trabalho, de evolução.
Se ele deve "pegar o leito e andar", significa que deverá continuar o processo evolutivo, realizando o desenvolvimento de suas potencialidades espirituais, em busca da perfeição - meta de todos nós.
(Jornal Verdade e Luz Nº 174 de Julho de 2000)
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Nas pegadas do Codificador
Ao analisar o comportamento de Allan Kardec por ocasião da constituição do Espiritismo percebemos que ele não só codificou a Doutrina Espírita, como também a divulgou, utilizando os recursos de comunicação da época:
o livro, a oratória, a revista e a própria Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que se constituiu num centro de convergência dos espíritas e num foco de pesquisa e irradiação do conteúdo doutrinário para o mundo.
Ao lado do desempenho de codificador e divulgador, existe em Allan Kardec outra face que, por vezes, passa-nos despercebida: a de unificador.
Em todas as ocasiões, quer em Paris ou em outras cidades, não perdia a oportunidade de destacar a importância e a necessidade da tarefa unificada - isto é, às actividades doutrinárias e sociais que pudessem ser realizadas pela união dos espíritas e das sociedades, sob a coordenação de uma comissão central eleita pelos próprios centros. [1]
Em várias oportunidades fazia simbolicamente alusão ao "feixe de varas", como além de uma postura, seria um instrumento de defesa do Espiritismo e uma estratégia que favoreceria a própria expansão das ideias espíritas.
Ao se referir a esse trabalho unificado, deixou claro que os centros manteriam a sua individualidade e independência, uma vez que essa união seria estabelecida por um "vínculo moral", assegurando união de sociedades e ideias.
Com essa união fraterna, os centros seriam fortalecidos pela abertura de novas portas à dinamização de actividades e, sobretudo, à defesa ante as forças adversas.
Esse trabalho unificado defendido por Allan Kardec chega à nossa realidade, através da USE - União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Ribeirão Preto, que não mede esforços para realizar tarefas colectivas em favor do movimento regional, com reflexos no âmbito estadual, sendo o exemplo mais próximo a 7.ª Jornada de Unificação, realizada em agosto passado.
Allan Kardec, historicamente, lançou as bases desse trabalho unificado e certamente espera que, na actualidade, as sociedades dêem continuidade, entendendo que os objectivos essenciais da Causa Espírita vão além dos limites físicos da casa espírita, senão o próprio Codificador não recomendaria para determinadas ocasiões, o trabalho em conjunto.
A propósito desta estratégia, Emmanuel pondera:
"Em todas as empresas do bem, somos complementos naturais uns dos outros.
O Universo é sustentado na base da equipe.
Uma constelação é família de sóis.
Um átomo é agregado de partículas". [2]
Pense Nisso. Pense Agora.
Fontes:
1 - Obras Póstumas e O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB
2 - O Livro da Esperança - Psicografia de F. C. Xavier - Emmanuel - lição 69 - CEC
(Jornal Verdade e Luz Nº 176 de Setembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
o livro, a oratória, a revista e a própria Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que se constituiu num centro de convergência dos espíritas e num foco de pesquisa e irradiação do conteúdo doutrinário para o mundo.
Ao lado do desempenho de codificador e divulgador, existe em Allan Kardec outra face que, por vezes, passa-nos despercebida: a de unificador.
Em todas as ocasiões, quer em Paris ou em outras cidades, não perdia a oportunidade de destacar a importância e a necessidade da tarefa unificada - isto é, às actividades doutrinárias e sociais que pudessem ser realizadas pela união dos espíritas e das sociedades, sob a coordenação de uma comissão central eleita pelos próprios centros. [1]
Em várias oportunidades fazia simbolicamente alusão ao "feixe de varas", como além de uma postura, seria um instrumento de defesa do Espiritismo e uma estratégia que favoreceria a própria expansão das ideias espíritas.
Ao se referir a esse trabalho unificado, deixou claro que os centros manteriam a sua individualidade e independência, uma vez que essa união seria estabelecida por um "vínculo moral", assegurando união de sociedades e ideias.
Com essa união fraterna, os centros seriam fortalecidos pela abertura de novas portas à dinamização de actividades e, sobretudo, à defesa ante as forças adversas.
Esse trabalho unificado defendido por Allan Kardec chega à nossa realidade, através da USE - União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Ribeirão Preto, que não mede esforços para realizar tarefas colectivas em favor do movimento regional, com reflexos no âmbito estadual, sendo o exemplo mais próximo a 7.ª Jornada de Unificação, realizada em agosto passado.
Allan Kardec, historicamente, lançou as bases desse trabalho unificado e certamente espera que, na actualidade, as sociedades dêem continuidade, entendendo que os objectivos essenciais da Causa Espírita vão além dos limites físicos da casa espírita, senão o próprio Codificador não recomendaria para determinadas ocasiões, o trabalho em conjunto.
A propósito desta estratégia, Emmanuel pondera:
"Em todas as empresas do bem, somos complementos naturais uns dos outros.
O Universo é sustentado na base da equipe.
Uma constelação é família de sóis.
Um átomo é agregado de partículas". [2]
Pense Nisso. Pense Agora.
Fontes:
1 - Obras Póstumas e O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB
2 - O Livro da Esperança - Psicografia de F. C. Xavier - Emmanuel - lição 69 - CEC
(Jornal Verdade e Luz Nº 176 de Setembro de 2000)
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Numa sociedade regida pelas leis do Cristo…
Amílcar Del Chiaro Filho
Estranho aparelho é a televisão.
Pode elevar-nos vibracionalmente às alturas, ao assistirmos um concerto ou a um filme, despertar o orgulho patriótico ao assistirmos uma vitória desportiva como a do tenista Guga, erotizar os sentimentos ao assistirmos cenas explícitas ou implícitas de sexo, ou levar-nos à indignação ao vermos na pequena tela, ao vivo e em cores a agressividade de um homem, e o sacrifício de uma vida, como a da jovem assassinada, talvez com o maior índice de audiência registado para um assassinato.
Acreditamos, que a maioria das pessoas sentiram uma indignação muito grande, que se tornou maior pela impotência.
Certamente sentimos medo, e não poucos fecharam os vidros de seus carros, quando abordados nos semáforos, por lavadores de para-brisas, vendedores de flores, ou pedintes.
Nos ónibus, não poucos temeram, olhando de canto de olho os companheiros de viagem, ou os novos passageiros que tomaram o ónibus pelo caminho.
O nosso mundo está muito violento, mas nunca passa pela nossa mente, que podemos ser a vítima.
As raízes da violência são profundas, e passam pela miséria, pelo abandono, pela deseducação, pelo desamor, mas sobretudo, pela pouca evolução do espírito, vindo, talvez, de mundos ainda inferiores à Terra, ou de algum recanto obscuro do universo, numa tentativa gigantesca de dar um passo á frente na estrada da evolução.
Contudo, aqui chegando, não suportam o convívio e dão o triste espectáculo da barbárie em meio da civilização.
Mas que civilização é essa que permite a miséria e a fome, as chacinas da Candelária (o criminoso é remanescente daquela chacina), a chacina do Carandiru e tantas outras ocultas ou pouco divulgadas?
Que civilização é essa onde uns poucos enriquecem e milhões de desempregados se desesperam por não conseguir meios para sustentar a família?
Em momentos de extrema selvajaria, como esse assassinato, muitas vozes clamam pela pena de morte, como se ela pudesse inibir a acção criminosa, e não fosse factor de alto risco de injustiças.
Quantos já foram executados e depois se descobriu que eram inocentes.
A televisão mostrou, dia desses, um homem que viveu 17 anos no corredor da morte, de uma prisão norte-americana, e agora foi descoberto, que a principal testemunha de acusação, era de facto o criminoso.
Quantos não tiveram tempo ou meios para provar sua inocência?
Pena de morte?
Corte essa ideia!
Toda a humanidade tem um compromisso com a paz.
Para nós, espíritas, esse compromisso é mais grave, pois conhecemos o motivo pelo qual fomos criados, ou seja, de alcançarmos a perfeição.
Nosso mundo, ainda atrasado na escala evolutiva, precisa dar um passo avante.
Na verdade ele está grávido, e a breve tempo deverá nascer um mundo novo, de paz, harmonia e bondade.
Não podemos desanimar, porque, no momento mesmo, em que o jovem tresloucado matava sua vítima e era morto pela polícia, milhares ou milhões de mãos abnegadas enxugavam lágrimas, serviam o pão, curavam feridas do corpo e da alma, trabalhavam a terra, faziam poesias, escreviam livros, guiavam a mão de uma criança no aprendizado das primeiras letras, e outro tanto de bocas falavam de amor, oravam a Deus…
Não será empunhando armas que construiremos a paz. Devemos reagir sim, contra o mal, mas vamos reagir com o coração pejado de amor.
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Estranho aparelho é a televisão.
Pode elevar-nos vibracionalmente às alturas, ao assistirmos um concerto ou a um filme, despertar o orgulho patriótico ao assistirmos uma vitória desportiva como a do tenista Guga, erotizar os sentimentos ao assistirmos cenas explícitas ou implícitas de sexo, ou levar-nos à indignação ao vermos na pequena tela, ao vivo e em cores a agressividade de um homem, e o sacrifício de uma vida, como a da jovem assassinada, talvez com o maior índice de audiência registado para um assassinato.
Acreditamos, que a maioria das pessoas sentiram uma indignação muito grande, que se tornou maior pela impotência.
Certamente sentimos medo, e não poucos fecharam os vidros de seus carros, quando abordados nos semáforos, por lavadores de para-brisas, vendedores de flores, ou pedintes.
Nos ónibus, não poucos temeram, olhando de canto de olho os companheiros de viagem, ou os novos passageiros que tomaram o ónibus pelo caminho.
O nosso mundo está muito violento, mas nunca passa pela nossa mente, que podemos ser a vítima.
As raízes da violência são profundas, e passam pela miséria, pelo abandono, pela deseducação, pelo desamor, mas sobretudo, pela pouca evolução do espírito, vindo, talvez, de mundos ainda inferiores à Terra, ou de algum recanto obscuro do universo, numa tentativa gigantesca de dar um passo á frente na estrada da evolução.
Contudo, aqui chegando, não suportam o convívio e dão o triste espectáculo da barbárie em meio da civilização.
Mas que civilização é essa que permite a miséria e a fome, as chacinas da Candelária (o criminoso é remanescente daquela chacina), a chacina do Carandiru e tantas outras ocultas ou pouco divulgadas?
Que civilização é essa onde uns poucos enriquecem e milhões de desempregados se desesperam por não conseguir meios para sustentar a família?
Em momentos de extrema selvajaria, como esse assassinato, muitas vozes clamam pela pena de morte, como se ela pudesse inibir a acção criminosa, e não fosse factor de alto risco de injustiças.
Quantos já foram executados e depois se descobriu que eram inocentes.
A televisão mostrou, dia desses, um homem que viveu 17 anos no corredor da morte, de uma prisão norte-americana, e agora foi descoberto, que a principal testemunha de acusação, era de facto o criminoso.
Quantos não tiveram tempo ou meios para provar sua inocência?
Pena de morte?
Corte essa ideia!
Toda a humanidade tem um compromisso com a paz.
Para nós, espíritas, esse compromisso é mais grave, pois conhecemos o motivo pelo qual fomos criados, ou seja, de alcançarmos a perfeição.
Nosso mundo, ainda atrasado na escala evolutiva, precisa dar um passo avante.
Na verdade ele está grávido, e a breve tempo deverá nascer um mundo novo, de paz, harmonia e bondade.
Não podemos desanimar, porque, no momento mesmo, em que o jovem tresloucado matava sua vítima e era morto pela polícia, milhares ou milhões de mãos abnegadas enxugavam lágrimas, serviam o pão, curavam feridas do corpo e da alma, trabalhavam a terra, faziam poesias, escreviam livros, guiavam a mão de uma criança no aprendizado das primeiras letras, e outro tanto de bocas falavam de amor, oravam a Deus…
Não será empunhando armas que construiremos a paz. Devemos reagir sim, contra o mal, mas vamos reagir com o coração pejado de amor.
(Jornal Verdade e Luz Nº 175 de Agosto de 2000)
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Finados: boa ocasião para se pensar que a vida continua
Finados é a data comemorativa do calendário oficial que mais se relaciona com o lado transcendental da nossa existência.
Nessa data, vêem-se inúmeras manifestações de apreço aos chamados "mortos" - que na concepção espírita são Espíritos que continuam a sua jornada vivencial no Plano Espiritual.
Considerando este tema importante para a Humanidade, Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 323, perguntou aos Espíritos Superiores:
"A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito que uma prece feita em sua intenção?"
Ao que os Espíritos responderam:
"A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem.
Já vos disse:
é a prece que santifica o acto de lembrar;
pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração".
Com o advento do Espiritismo, a partir de 1857, inúmeros pontos obscuros em relação ao fenómeno da Morte ficaram esclarecidos de modo lógico, objectivo e coerente com o Amor e a Justiça do Criador para com os seus filhos, a Humanidade.
Pouco a pouco, o Homem está se familiarizando com os temas que versam sobre a Espiritualidade.
Isto porque o progresso intelectual, nesse sentido, é estimulado pelos próprios Espíritos Superiores encarregados de promover o interesse e a conscientização da Humanidade em relação aos assuntos espirituais e às consequências morais.
Assim é que pelas próprias "forças das coisas", investigações científicas no campo do Espírito e da Paranormalidade avançam em vários centros de pesquisas e estudos de carácter académico, com reflexos nos segmentos mais intelectualizados da sociedade.
Por outro lado, a mídia de massa, representada pelos meios de comunicação, como a televisão, o teatro, o cinema, o vídeo, a revista, o livro, o jornal e outros meios influentes, acabam difundindo nas camadas populares da população novos conceitos sobre a Morte, a Reencarnação, a Comunicabilidade dos Espíritos, a Vida Além da Vida e outros temas, facilitando o processo de transformação da cultura e consequentemente, da mudança de conceitos e hábitos, pelo entendimento racional sobre o "misterioso e o sobrenatural".
Toda essa revolução silenciosa vem ao encontro dos objectivos da Espiritualidade Maior, consubstanciados na mensagem de "O Espírito de Verdade", quando afirma em "O Evangelho Segundo o Espiritismo":
"Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como num imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre a face da Terra.
Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos!"
Entretanto, em convívio com aqueles que não comungam as nossas ideias, a atitude mais sensata é o respeito - seja um familiar, um amigo, um conhecido e até mesmo desconhecidos.
Quanto à essa questão é oportuno lembrar a ponderação de Emmanuel:
"Senhor Jesus, (…)
Faz-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos criou pelo processo de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente".
(Psicografia de F. C. Xavier - In Reformador, Fev. 73)
Pense Nisso. Pense Agora.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Nessa data, vêem-se inúmeras manifestações de apreço aos chamados "mortos" - que na concepção espírita são Espíritos que continuam a sua jornada vivencial no Plano Espiritual.
Considerando este tema importante para a Humanidade, Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 323, perguntou aos Espíritos Superiores:
"A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito que uma prece feita em sua intenção?"
Ao que os Espíritos responderam:
"A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem.
Já vos disse:
é a prece que santifica o acto de lembrar;
pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração".
Com o advento do Espiritismo, a partir de 1857, inúmeros pontos obscuros em relação ao fenómeno da Morte ficaram esclarecidos de modo lógico, objectivo e coerente com o Amor e a Justiça do Criador para com os seus filhos, a Humanidade.
Pouco a pouco, o Homem está se familiarizando com os temas que versam sobre a Espiritualidade.
Isto porque o progresso intelectual, nesse sentido, é estimulado pelos próprios Espíritos Superiores encarregados de promover o interesse e a conscientização da Humanidade em relação aos assuntos espirituais e às consequências morais.
Assim é que pelas próprias "forças das coisas", investigações científicas no campo do Espírito e da Paranormalidade avançam em vários centros de pesquisas e estudos de carácter académico, com reflexos nos segmentos mais intelectualizados da sociedade.
Por outro lado, a mídia de massa, representada pelos meios de comunicação, como a televisão, o teatro, o cinema, o vídeo, a revista, o livro, o jornal e outros meios influentes, acabam difundindo nas camadas populares da população novos conceitos sobre a Morte, a Reencarnação, a Comunicabilidade dos Espíritos, a Vida Além da Vida e outros temas, facilitando o processo de transformação da cultura e consequentemente, da mudança de conceitos e hábitos, pelo entendimento racional sobre o "misterioso e o sobrenatural".
Toda essa revolução silenciosa vem ao encontro dos objectivos da Espiritualidade Maior, consubstanciados na mensagem de "O Espírito de Verdade", quando afirma em "O Evangelho Segundo o Espiritismo":
"Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como num imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre a face da Terra.
Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos!"
Entretanto, em convívio com aqueles que não comungam as nossas ideias, a atitude mais sensata é o respeito - seja um familiar, um amigo, um conhecido e até mesmo desconhecidos.
Quanto à essa questão é oportuno lembrar a ponderação de Emmanuel:
"Senhor Jesus, (…)
Faz-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos criou pelo processo de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente".
(Psicografia de F. C. Xavier - In Reformador, Fev. 73)
Pense Nisso. Pense Agora.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
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Família e evolução
Amílcar Del Chiaro Filho
Quando Jesus de Nazaré disse a Nicodemus, no célebre encontro ocorrido, provavelmente, no plano extrafísico, nas altas horas da noite:
"O espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem ou para onde vai", tocou numa realidade muito nossa.
A criança que nasce através de nós, mas não de nós, como afirmou Gibran, não sabemos de onde vem, e nem para onde irá, ao terminar sua romagem terrena, a não ser de modo geral, ou seja, viemos do mundo dos espíritos e para ele retornaremos.
Cada criança que recebemos em nossa família, é um espírito que viveu muitas experiências, já teve muitas vidas e tem um património moral de coisas boas e ruins.
Entretanto, mesmos nós que somos reencarnacionistas, temos dificuldades para encarar essa realidade.
Lidamos com a criança como se fosse a sua primeira experiência reencarnatória.
Cada parto de uma mulher, é um milagre que se repete desde épocas imemoriais, permeado por crenças e ritos, desde a fecundação da Mãe Terra pelo Sol Pai, até as nossas práticas indígenas, do repouso do índio pai, na rede, porque sendo o fecundador, o filho está ligado a ele organicamente, como explica Herculano Pires, no livro Curso Dinâmico de Espiritismo, e suas actividades físicas como correr, saltar ou mesmo andar, poderia esmagar o recém-nascido.
Essa longa introdução é para reafirmar a importância da família.
Embora mudada em sua estrutura, embora menos patriarcal e mais liberal, é ainda na família que encontramos a segurança para evoluir, crescer.
Somos ainda espíritos com pouca evolução, e por isso os instintos ainda falam alto dentro de nós.
É por isso que muitos tacteiam no campo familiar e separam-se para constituir novas famílias, e as vezes fracassar novamente.
Sabendo disso, o Espiritismo não condena a separação pelo divórcio, mas demonstra claramente que onde existe amor, não há possibilidade de haver divórcio.
A família, na visão espírita, deixa de ser uma organização simplesmente humana, social, para ser algo acima da linhagem ou do sangue ou mesmo do DNA, e mostrar o seu lado espiritual.
A força aglutinadora, que mantém a estabilidade da família e a projecta no futuro, diz Herculano Pires, é a afectividade, o que vale dizer, o amor.
Nenhuma família terá êxito, nem atingirá seus objectivos, sem o amor a uni-la.
Se cada membro da família fizer menos exigências, for mais cordato, simples, respeitar o temperamento de cada um dos outros membros, diminuir suas exigências e caprichos e amar apesar dos erros e imperfeições de cada um, certamente a família perdurará e alcançará seus objectivos maiores.
Na questão da família, como das relações em geral, temos que imitar a sabedoria da formiga, que, num monte de areia misturado com açúcar, ela recolhe somente o açúcar para o seu sustento.
Descubramos em cada um, o que ele tem de bom, pois somos todos areia permeado com um pouco de açúcar.
O Espiritismo tem um programa para a Terra, o de elevá-la na hierarquia dos mundos.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Quando Jesus de Nazaré disse a Nicodemus, no célebre encontro ocorrido, provavelmente, no plano extrafísico, nas altas horas da noite:
"O espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem ou para onde vai", tocou numa realidade muito nossa.
A criança que nasce através de nós, mas não de nós, como afirmou Gibran, não sabemos de onde vem, e nem para onde irá, ao terminar sua romagem terrena, a não ser de modo geral, ou seja, viemos do mundo dos espíritos e para ele retornaremos.
Cada criança que recebemos em nossa família, é um espírito que viveu muitas experiências, já teve muitas vidas e tem um património moral de coisas boas e ruins.
Entretanto, mesmos nós que somos reencarnacionistas, temos dificuldades para encarar essa realidade.
Lidamos com a criança como se fosse a sua primeira experiência reencarnatória.
Cada parto de uma mulher, é um milagre que se repete desde épocas imemoriais, permeado por crenças e ritos, desde a fecundação da Mãe Terra pelo Sol Pai, até as nossas práticas indígenas, do repouso do índio pai, na rede, porque sendo o fecundador, o filho está ligado a ele organicamente, como explica Herculano Pires, no livro Curso Dinâmico de Espiritismo, e suas actividades físicas como correr, saltar ou mesmo andar, poderia esmagar o recém-nascido.
Essa longa introdução é para reafirmar a importância da família.
Embora mudada em sua estrutura, embora menos patriarcal e mais liberal, é ainda na família que encontramos a segurança para evoluir, crescer.
Somos ainda espíritos com pouca evolução, e por isso os instintos ainda falam alto dentro de nós.
É por isso que muitos tacteiam no campo familiar e separam-se para constituir novas famílias, e as vezes fracassar novamente.
Sabendo disso, o Espiritismo não condena a separação pelo divórcio, mas demonstra claramente que onde existe amor, não há possibilidade de haver divórcio.
A família, na visão espírita, deixa de ser uma organização simplesmente humana, social, para ser algo acima da linhagem ou do sangue ou mesmo do DNA, e mostrar o seu lado espiritual.
A força aglutinadora, que mantém a estabilidade da família e a projecta no futuro, diz Herculano Pires, é a afectividade, o que vale dizer, o amor.
Nenhuma família terá êxito, nem atingirá seus objectivos, sem o amor a uni-la.
Se cada membro da família fizer menos exigências, for mais cordato, simples, respeitar o temperamento de cada um dos outros membros, diminuir suas exigências e caprichos e amar apesar dos erros e imperfeições de cada um, certamente a família perdurará e alcançará seus objectivos maiores.
Na questão da família, como das relações em geral, temos que imitar a sabedoria da formiga, que, num monte de areia misturado com açúcar, ela recolhe somente o açúcar para o seu sustento.
Descubramos em cada um, o que ele tem de bom, pois somos todos areia permeado com um pouco de açúcar.
O Espiritismo tem um programa para a Terra, o de elevá-la na hierarquia dos mundos.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
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Família e auto-educação
Nancy Martins
É voz corrente aceitar-se o processo da educação dos filhos como tarefa difícil, complexa.
Os questionamentos quanto a melhor forma de agir diante desta ou daquela situação, nas várias ocorrências, são constantes.
De modo geral, os pais têm poucas oportunidades de discutir dúvidas, esclarecer questões, conversar a respeito.
Na sociedade diversos cursos capacitam para as mais diferentes funções.
Quanto a ser pais, nos defrontamos com a situação, sem o preparo necessário. Surgidas as variadas circunstâncias, agimos através de ensaios e erros.
Após impasses, buscamos ajuda, esclarecimentos que norteiem essa maravilhosa experiência.
Descobrimos aí, que o relacionamento familiar pode proporcionar oportunidade do auto-conhecimento onde atitudes e sentimentos em relação ao outro merecem, podem, devem ser analisados pondo às claras nossas limitações, incertezas, medos...
Através da família despertamos para trabalhar com nossas imperfeições, limitações, buscando desenvolvimento de potencial infinito do amor a expressar-se na troca de experiências, informações, nos diálogos, na fala honesta, sincera, transparente.
Expondo nosso íntimo, criamos para o outro oportunidade de também se conhecer, nascendo daí a confiança, a ajuda mútua verdadeira, onde companheiros, amigos se amparam em crescimento recíproco.
Essa auto-consciência decorrente, desse conhecimento, observação e análise dos medos, desejos, prazeres, incertezas, dores, insatisfações, abrindo o campo da auto-educação, isto é, exporá pontos que necessitam ser trabalhados nas modificações das acções, no sentido evolutivo, no crescer contínuo.
Nesse entender, os filhos, Espíritos que connosco mais directamente partilham essa grande experiência terrena, serão os maiores impulsionadores do auto-aperfeiçoamento das suas potencialidades, estaremos nos educando.
O dinamismo desse processo ocorrerá nas variadas experiências do dia-a-dia.
Tão mais rica e produtiva será, na proporção em que a fala, a comunicação entre todos for aberta e respeitosa.
Os pais, no compartilhar com os filhos, da sua vivência, percepção do mundo, dúvidas, anseios, objectivos, demonstrar-se-ão também como aprendizes e na confiança mútua caminharão juntos no processo evolutivo que busca caminhos das acções mais assertivas e felizes.
(Jornal Verdade e Luz Nº 179 de Dezembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
É voz corrente aceitar-se o processo da educação dos filhos como tarefa difícil, complexa.
Os questionamentos quanto a melhor forma de agir diante desta ou daquela situação, nas várias ocorrências, são constantes.
De modo geral, os pais têm poucas oportunidades de discutir dúvidas, esclarecer questões, conversar a respeito.
Na sociedade diversos cursos capacitam para as mais diferentes funções.
Quanto a ser pais, nos defrontamos com a situação, sem o preparo necessário. Surgidas as variadas circunstâncias, agimos através de ensaios e erros.
Após impasses, buscamos ajuda, esclarecimentos que norteiem essa maravilhosa experiência.
Descobrimos aí, que o relacionamento familiar pode proporcionar oportunidade do auto-conhecimento onde atitudes e sentimentos em relação ao outro merecem, podem, devem ser analisados pondo às claras nossas limitações, incertezas, medos...
Através da família despertamos para trabalhar com nossas imperfeições, limitações, buscando desenvolvimento de potencial infinito do amor a expressar-se na troca de experiências, informações, nos diálogos, na fala honesta, sincera, transparente.
Expondo nosso íntimo, criamos para o outro oportunidade de também se conhecer, nascendo daí a confiança, a ajuda mútua verdadeira, onde companheiros, amigos se amparam em crescimento recíproco.
Essa auto-consciência decorrente, desse conhecimento, observação e análise dos medos, desejos, prazeres, incertezas, dores, insatisfações, abrindo o campo da auto-educação, isto é, exporá pontos que necessitam ser trabalhados nas modificações das acções, no sentido evolutivo, no crescer contínuo.
Nesse entender, os filhos, Espíritos que connosco mais directamente partilham essa grande experiência terrena, serão os maiores impulsionadores do auto-aperfeiçoamento das suas potencialidades, estaremos nos educando.
O dinamismo desse processo ocorrerá nas variadas experiências do dia-a-dia.
Tão mais rica e produtiva será, na proporção em que a fala, a comunicação entre todos for aberta e respeitosa.
Os pais, no compartilhar com os filhos, da sua vivência, percepção do mundo, dúvidas, anseios, objectivos, demonstrar-se-ão também como aprendizes e na confiança mútua caminharão juntos no processo evolutivo que busca caminhos das acções mais assertivas e felizes.
(Jornal Verdade e Luz Nº 179 de Dezembro de 2000)
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Eurípedes Barsanulfo
O Apóstolo da Caridade
Joanira Necas Soares
Sacramento, Minas Gerais, com suas ruas tranquilas e simples foi o palco iluminado que recebeu a 1.º de maio de l880, a presença física de um missionário do bem, Espírito feliz que trouxe ao mundo a sua contribuição pessoal, doando à humanidade a sua cultura, a dedicação natural e íntegra de sua notável mediunidade e a segurança emocional dos que conhecem os caminhos que percorrem os Mensageiros do Bem Maior.
Eurípedes Barsanulfo foi em vida um exemplo vivo de doação apostólica na vivência evangélica.
Foi o 3.º dos 15 filhos do senhor Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida;
o pai, conhecido pelo apelido de "seu" Mogico e a mãe pelo apelido de "Dona Meca".
Eurípedes Barsanulfo aprendeu a ler e escrever aos seis anos de idade, autodidacta e possuidor de uma vontade férrea, e inteligentíssimo, ainda jovem dominou o Francês, falando-o com desenvoltura, iniciou o seu trabalho de educador no seio familiar, recebendo de seu pai o encargo de conduzir a educação dos irmãos, inclusive dos mais velhos.
Começou a trabalhar aos seis anos de idade colaborando com o pai num armazém de secos e molhados, onde seu pai era gerente, mais tarde, já mocinho, ocupou o cargo de contador da casa comercial de seu Mogico.
Suas primeiras moedas, fruto do seu trabalho, eram colocadas, à noite, nas mãos de sua mãe;
teve uma infância difícil, cheia de dificuldades, jamais ganhou um brinquedo de loja, porém foi uma criança feliz e atenciosa.
Na juventude fundou o Grémio Dramático de Sacramento, dando ao público uma diversão através das peças teatrais, que se realizavam em um antigo casarão e eram muito prestigiadas pela sociedade sacramentana;
foi um jovem saudável, centrado no bem e na cultura, nunca fumou e jamais experimentou bebidas alcoólicas;
dotado de um sentimento religioso profundo, tinha um coração cheio de bondade e afeiçoava-se muito aos animais e aos pássaros.
Aos dezoito anos de idade montou a Farmácia Homeopática para atender a pobreza da região.
Em 1901 lançou a Gazeta de Sacramento, um serviço de utilidade pública com o intuito de instruir o povo;
em 1902 tornou-se vereador na Câmara Municipal de Sacramento, foi jornalista, professor de Francês e Geografia e Secretário da Irmandade de São Vicente de Paulo, tudo isso com apenas 22 anos de idade.
Foi professor no Liceu de Sacramento onde já ensinava Espiritismo e fundou o Colégio Allan Kardec em 31/01/1907.
Em 1905 deu-se o encontro com a espiritualidade e com a Doutrina Espírita, através do seu tio Mariano da Cunha Júnior conheceu a obra de Léon Denis, "Depois da Morte", leu e releu-o, a segunda leitura fez-lhe vibrar a alma ainda mais.
Dias depois Eurípedes foi com o tio ver uma sessão mediúnica, e o Dr. Bezerra de Menezes numa comunicação mediúnica falhou-lhe de sua missão e que seria amparado por Vicente de Paulo, seu Espírito protector, que também se dirigiu a ele, explicando-lhe como seria a sua missão.
Eurípedes concentra-se numa prece elevada a Jesus e por longos minutos excursiona no Mundo Espiritual.
Desponta nesse instante a notável mediunidade que mais tarde ampliar-se-ia em:
vidência, audição, psicofonia, psicografia, efeitos físicos, cura e bicorporeidade.
Eurípedes abraça com amor a sua tarefa dentro da planificação de Jesus, sua mediunidade torna-se um eficiente instrumento da Espiritualidade Superior, sua farmácia e as curas vão se popularizando cada vez mais, grande era o número dos que se beneficiavam com os remédios e as cirurgias espirituais.
Assim foi sua vida, dedicação à cultura e à mediunidade a serviço dos sofredores, sob a inspiração e a directriz de São Vicente de Paulo e Dr. Bezerra de Menezes, e com certeza de muitos outros Missionários da Luz que do Mundo Invisível colaboram com os que estão a serviço do Amor Maior.
Eurípedes adoeceu no dia 23 de outubro de 1918, acometido pelo vírus da "gripe espanhola" e desencarnou a 1.º de novembro de 1918.
Desencarnou como viveu, em seu ponto de honra a serviço do Bem.
Sua vida foi um apostolado de Amor e Caridade e é para a humanidade um rastro luminoso, exemplo de vida, humildade e dedicação a Jesus.
Fonte Bibliográfica:
Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade - Jorge Rizzini – Edições Correio Fraterno (7.ª Edição – Abril de 1992)
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
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Joanira Necas Soares
Sacramento, Minas Gerais, com suas ruas tranquilas e simples foi o palco iluminado que recebeu a 1.º de maio de l880, a presença física de um missionário do bem, Espírito feliz que trouxe ao mundo a sua contribuição pessoal, doando à humanidade a sua cultura, a dedicação natural e íntegra de sua notável mediunidade e a segurança emocional dos que conhecem os caminhos que percorrem os Mensageiros do Bem Maior.
Eurípedes Barsanulfo foi em vida um exemplo vivo de doação apostólica na vivência evangélica.
Foi o 3.º dos 15 filhos do senhor Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida;
o pai, conhecido pelo apelido de "seu" Mogico e a mãe pelo apelido de "Dona Meca".
Eurípedes Barsanulfo aprendeu a ler e escrever aos seis anos de idade, autodidacta e possuidor de uma vontade férrea, e inteligentíssimo, ainda jovem dominou o Francês, falando-o com desenvoltura, iniciou o seu trabalho de educador no seio familiar, recebendo de seu pai o encargo de conduzir a educação dos irmãos, inclusive dos mais velhos.
Começou a trabalhar aos seis anos de idade colaborando com o pai num armazém de secos e molhados, onde seu pai era gerente, mais tarde, já mocinho, ocupou o cargo de contador da casa comercial de seu Mogico.
Suas primeiras moedas, fruto do seu trabalho, eram colocadas, à noite, nas mãos de sua mãe;
teve uma infância difícil, cheia de dificuldades, jamais ganhou um brinquedo de loja, porém foi uma criança feliz e atenciosa.
Na juventude fundou o Grémio Dramático de Sacramento, dando ao público uma diversão através das peças teatrais, que se realizavam em um antigo casarão e eram muito prestigiadas pela sociedade sacramentana;
foi um jovem saudável, centrado no bem e na cultura, nunca fumou e jamais experimentou bebidas alcoólicas;
dotado de um sentimento religioso profundo, tinha um coração cheio de bondade e afeiçoava-se muito aos animais e aos pássaros.
Aos dezoito anos de idade montou a Farmácia Homeopática para atender a pobreza da região.
Em 1901 lançou a Gazeta de Sacramento, um serviço de utilidade pública com o intuito de instruir o povo;
em 1902 tornou-se vereador na Câmara Municipal de Sacramento, foi jornalista, professor de Francês e Geografia e Secretário da Irmandade de São Vicente de Paulo, tudo isso com apenas 22 anos de idade.
Foi professor no Liceu de Sacramento onde já ensinava Espiritismo e fundou o Colégio Allan Kardec em 31/01/1907.
Em 1905 deu-se o encontro com a espiritualidade e com a Doutrina Espírita, através do seu tio Mariano da Cunha Júnior conheceu a obra de Léon Denis, "Depois da Morte", leu e releu-o, a segunda leitura fez-lhe vibrar a alma ainda mais.
Dias depois Eurípedes foi com o tio ver uma sessão mediúnica, e o Dr. Bezerra de Menezes numa comunicação mediúnica falhou-lhe de sua missão e que seria amparado por Vicente de Paulo, seu Espírito protector, que também se dirigiu a ele, explicando-lhe como seria a sua missão.
Eurípedes concentra-se numa prece elevada a Jesus e por longos minutos excursiona no Mundo Espiritual.
Desponta nesse instante a notável mediunidade que mais tarde ampliar-se-ia em:
vidência, audição, psicofonia, psicografia, efeitos físicos, cura e bicorporeidade.
Eurípedes abraça com amor a sua tarefa dentro da planificação de Jesus, sua mediunidade torna-se um eficiente instrumento da Espiritualidade Superior, sua farmácia e as curas vão se popularizando cada vez mais, grande era o número dos que se beneficiavam com os remédios e as cirurgias espirituais.
Assim foi sua vida, dedicação à cultura e à mediunidade a serviço dos sofredores, sob a inspiração e a directriz de São Vicente de Paulo e Dr. Bezerra de Menezes, e com certeza de muitos outros Missionários da Luz que do Mundo Invisível colaboram com os que estão a serviço do Amor Maior.
Eurípedes adoeceu no dia 23 de outubro de 1918, acometido pelo vírus da "gripe espanhola" e desencarnou a 1.º de novembro de 1918.
Desencarnou como viveu, em seu ponto de honra a serviço do Bem.
Sua vida foi um apostolado de Amor e Caridade e é para a humanidade um rastro luminoso, exemplo de vida, humildade e dedicação a Jesus.
Fonte Bibliográfica:
Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade - Jorge Rizzini – Edições Correio Fraterno (7.ª Edição – Abril de 1992)
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
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Educação e afectividade
Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves
A afectividade sempre pareceu ligada à Educação, tanto que normalmente o papel do educador foi considerado pertinente à Mulher que, acreditava-se, era mais afeita às questões da afectividade.
Intuitivamente, professores, pais e educadores percebem, no dia a dia, a importância dos laços afectivos no processo de educação.
Também no campo científico, muitas pesquisas caminham na direcção de entender de que forma a afectividade se relaciona com a educação.
Wallon, um educador e médico francês, que viveu de 1789 a 1962, deixou uma enorme contribuição neste sentido, e que hoje está sendo redescoberta pelos educadores.
Wallon atribui à emoção - que como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afectiva - um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano.
Quando nasce uma criança, todo contacto estabelecido com as pessoas que cuidam dela, são feitos via emoção.
Entende-se por emoção formas corporais de expressar o estado de espírito da pessoa, manifestações físicas, alterações orgânicas, como frio na barriga, secura na boca, choro, etc.
O Livro dos Espíritos, na questão 384, refere-se a isto:
"Por que os primeiros gritos da criança são de choro?
Para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados necessários.
Não compreendes que, se ela só tivesse gritos de alegria, quando ainda não sabe falar, pouco se inquietariam com as suas necessidades?"
Wallon destaca o carácter social da criança neste sentido, pois que se não houvesse a atenção do adulto nessa fase inicial de sua vida, a criança morreria.
O recém-nascido não tem ainda outras formas de se comunicar com o outro, que não a emoção, esta sim, forma eficiente de comunicação;
e que funciona em mão dupla.
Nossa comunicação com o bebé também é emocional, corporal.
É comum se dizer que não é fácil enganar uma criança.
Isto porque ela "lê" no corpo, mais que nas palavras.
Podemos dizer coisas bonitas a uma pessoa, mas nosso corpo pode estar mandando uma mensagem de repulsa.
É esta mensagem que a criança percebe, pois ainda não desenvolveu, a contento, a comunicação verbal, racional, que nós, adultos, usamos primordialmente, quase nos esquecendo destas outras formas de comunicação.
Segundo Wallon, quando, em alguma situação da nossa vida, há o predomínio da função cognitiva, estamos voltados para a construção do real, como quando classificamos objectos, fazemos operações matemáticas, definimos conceitos, etc.
Quando há o predomínio da função afectiva, neste momento estamos voltados para nós mesmos, fazendo uma elaboração do EU.
É só lembrarmos das nossas experiências carregadas de emoção, como por exemplo o nascimento de um filho, a perda de um ente querido, ou algo assim.
No impacto da emoção, nossa preocupação é a construção que fazemos de um novo eu, a mulher que se transforma mãe, o esposo que se torna viúvo…
No caso da criança, o choro inicial, o desconforto das cólicas, do frio ou calor demasiado, a exploração do próprio corpo, representam a construção do eu, nesse primeiro momento, corporal.
Continua...
A afectividade sempre pareceu ligada à Educação, tanto que normalmente o papel do educador foi considerado pertinente à Mulher que, acreditava-se, era mais afeita às questões da afectividade.
Intuitivamente, professores, pais e educadores percebem, no dia a dia, a importância dos laços afectivos no processo de educação.
Também no campo científico, muitas pesquisas caminham na direcção de entender de que forma a afectividade se relaciona com a educação.
Wallon, um educador e médico francês, que viveu de 1789 a 1962, deixou uma enorme contribuição neste sentido, e que hoje está sendo redescoberta pelos educadores.
Wallon atribui à emoção - que como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afectiva - um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano.
Quando nasce uma criança, todo contacto estabelecido com as pessoas que cuidam dela, são feitos via emoção.
Entende-se por emoção formas corporais de expressar o estado de espírito da pessoa, manifestações físicas, alterações orgânicas, como frio na barriga, secura na boca, choro, etc.
O Livro dos Espíritos, na questão 384, refere-se a isto:
"Por que os primeiros gritos da criança são de choro?
Para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados necessários.
Não compreendes que, se ela só tivesse gritos de alegria, quando ainda não sabe falar, pouco se inquietariam com as suas necessidades?"
Wallon destaca o carácter social da criança neste sentido, pois que se não houvesse a atenção do adulto nessa fase inicial de sua vida, a criança morreria.
O recém-nascido não tem ainda outras formas de se comunicar com o outro, que não a emoção, esta sim, forma eficiente de comunicação;
e que funciona em mão dupla.
Nossa comunicação com o bebé também é emocional, corporal.
É comum se dizer que não é fácil enganar uma criança.
Isto porque ela "lê" no corpo, mais que nas palavras.
Podemos dizer coisas bonitas a uma pessoa, mas nosso corpo pode estar mandando uma mensagem de repulsa.
É esta mensagem que a criança percebe, pois ainda não desenvolveu, a contento, a comunicação verbal, racional, que nós, adultos, usamos primordialmente, quase nos esquecendo destas outras formas de comunicação.
Segundo Wallon, quando, em alguma situação da nossa vida, há o predomínio da função cognitiva, estamos voltados para a construção do real, como quando classificamos objectos, fazemos operações matemáticas, definimos conceitos, etc.
Quando há o predomínio da função afectiva, neste momento estamos voltados para nós mesmos, fazendo uma elaboração do EU.
É só lembrarmos das nossas experiências carregadas de emoção, como por exemplo o nascimento de um filho, a perda de um ente querido, ou algo assim.
No impacto da emoção, nossa preocupação é a construção que fazemos de um novo eu, a mulher que se transforma mãe, o esposo que se torna viúvo…
No caso da criança, o choro inicial, o desconforto das cólicas, do frio ou calor demasiado, a exploração do próprio corpo, representam a construção do eu, nesse primeiro momento, corporal.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Mais para frente, graças à exploração dos objectos, e da linguagem, vai construindo seu eu psíquico.
Todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito.
A criança, seja em casa, na escola, na evangelização, em todo lugar;
está se constituindo como ser humano, através de suas experiências com o outro, naquele lugar, naquele momento.
A construção do real vai acontecendo, através de informações e desafios sobre as coisas do mundo, mas o aspecto afectivo nesta construção continua muito presente.
Constituir-se como sujeito não se trata de apenas recuperar sua bagagem, trazida de experiências anteriores, de outras vidas, mas também de "reformar seu carácter" se for o caso.
"Os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem;
a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis;
acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir.
É então que se pode reformar o seu carácter e reprimir as más tendências."
(O Livro dos Espíritos, perg. 385).
Se nós adultos tivéssemos a consciência do quão importante são estes momentos para a criança em formação, com certeza repensaríamos sobre muitas de nossas acções quotidianas.
Conforme a criança vai crescendo, as crises emotivas vão se reduzindo - ataques de choro, birras, surtos de alegria, cenas tão comuns na infância - vão sendo melhores controladas pela razão, num trabalho de desenvolvimento da pessoa.
Questão essa abordada por Kardec, na pergunta 380, cuja resposta dos Espíritos vem nos esclarecer:
"Enquanto criança, é natural que os órgãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não possam dar-lhe toda a intuição de um adulto;
sua inteligência, com efeito, é bastante limitada, até que a idade lhe amadureça a razão."
Heloysa Dantas diz em seu livro, A Infância da Razão, seguindo a teoria de Wallon, que "a razão nasce da emoção e vive de sua morte".
No início da vida, a emoção predomina.
Conforme a criança vai desenvolvendo-se, as emoções vão sendo subordinadas ao controle das funções psíquicas superiores, da razão.
E por toda a vida, razão e emoção vão se alternando, numa relação de filiação, e ao mesmo tempo de oposição.
Enquanto não dermos atenção a este factor afectivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito - que envolve valores e o próprio carácter - necessário para o seu desenvolvimento integral, como homem e como Espírito imortal.
Bibliografia:
DANTAS, H.; A Infância da Razão, SP, Ed. Manole, 1990.
GALVÃO, I.; Henri Wallon, RJ, Ed. Vozes, 1995.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Mais para frente, graças à exploração dos objectos, e da linguagem, vai construindo seu eu psíquico.
Todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito.
A criança, seja em casa, na escola, na evangelização, em todo lugar;
está se constituindo como ser humano, através de suas experiências com o outro, naquele lugar, naquele momento.
A construção do real vai acontecendo, através de informações e desafios sobre as coisas do mundo, mas o aspecto afectivo nesta construção continua muito presente.
Constituir-se como sujeito não se trata de apenas recuperar sua bagagem, trazida de experiências anteriores, de outras vidas, mas também de "reformar seu carácter" se for o caso.
"Os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem;
a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis;
acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir.
É então que se pode reformar o seu carácter e reprimir as más tendências."
(O Livro dos Espíritos, perg. 385).
Se nós adultos tivéssemos a consciência do quão importante são estes momentos para a criança em formação, com certeza repensaríamos sobre muitas de nossas acções quotidianas.
Conforme a criança vai crescendo, as crises emotivas vão se reduzindo - ataques de choro, birras, surtos de alegria, cenas tão comuns na infância - vão sendo melhores controladas pela razão, num trabalho de desenvolvimento da pessoa.
Questão essa abordada por Kardec, na pergunta 380, cuja resposta dos Espíritos vem nos esclarecer:
"Enquanto criança, é natural que os órgãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não possam dar-lhe toda a intuição de um adulto;
sua inteligência, com efeito, é bastante limitada, até que a idade lhe amadureça a razão."
Heloysa Dantas diz em seu livro, A Infância da Razão, seguindo a teoria de Wallon, que "a razão nasce da emoção e vive de sua morte".
No início da vida, a emoção predomina.
Conforme a criança vai desenvolvendo-se, as emoções vão sendo subordinadas ao controle das funções psíquicas superiores, da razão.
E por toda a vida, razão e emoção vão se alternando, numa relação de filiação, e ao mesmo tempo de oposição.
Enquanto não dermos atenção a este factor afectivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito - que envolve valores e o próprio carácter - necessário para o seu desenvolvimento integral, como homem e como Espírito imortal.
Bibliografia:
DANTAS, H.; A Infância da Razão, SP, Ed. Manole, 1990.
GALVÃO, I.; Henri Wallon, RJ, Ed. Vozes, 1995.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
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Depoimento de uma Evangelizanda
Leda de Almeida Rezende Ebner
Era o dia 24 de julho de 1933.
Domingo, pela manhã.
Com quatro anos, segurando a mão grande de meu pai, sob o olhar feliz de minha mãe, segui em direcção ao Centro Espírita Batuíra, onde permaneci até os quinze anos como aluna e até os dezoito como evangelizadora, quando saí de Ribeirão Preto para leccionar, no magistério estadual, em uma escola rural no município de Álvares Machado.
Eu não sabia então, que aquele era o segundo dia mais importante desta minha existência!
O primeiro foi o do meu renascimento na Terra para iniciar, talvez pela primeira vez com mais determinação, uma existência de esforços na compreensão e valorização dos bens espirituais.
E uma gratidão imensa emerge, de dentro de mim, por meus pais, por me terem levado ao estudo da doutrina espírita, desde pequena, estudo este nunca interrompido e pelo Centro Espírita que me acolheu com seus evangelizadores que, sem conhecimentos especializados de psicologia infantil, de pedagogia, souberam estimular em nós, crianças, o amor ao estudo, ao saber e ao Espiritismo.
Dentre eles destacamos D. Pequena, Sr. José Correia Gomes e Dona Maria das Dores Melo.
Em nosso "Catecismo Espírita Batuíra", chegamos a ser, na década de 30, perto de cem crianças.
Existem duas fotos tiradas, em frente à casa, por um desconhecido que passou, viu tantas crianças com Luiza Alfaya, pediu licença e registou a cena.
Em todos os Natais, éramos presenteados em homenagem a Jesus.
Houve um ano em que pudemos, cada um de nós, escolher o presente desejado.
Era um trabalho do Sr. José C. Gomes.
Os que se alfabetizavam, recebiam um exemplar do livro "Cathecysmo Espírita para Crianças" de Cairbar Schutel.
Nossos evangelizadores marcavam as questões a serem estudadas em casa, durante a semana e no domingo, as respondíamos.
Eram elas então, bem explicadas, com clareza, com entusiasmo, com amor pelos nossos evangelizadores.
Ganhávamos pontos pelos acertos que, computados no fim do ano, serviam para classificar os alunos, método usado na época, para estimular o estudo.
Havia uma directoria do Catecismo Espírita Batuíra, constituída por adultos (alguns directores do Centro) e crianças maiores.
Assim, reunidos com os adultos, nas reuniões de directoria, íamos aprendendo a trabalhar em equipe e assumir responsabilidades.
Há, no arquivo, dois livros de actas dessas reuniões:
o primeiro de 15/3/37 a 7/6/42 e o segundo de 1.°/7/51 a 31/1/54.
Continua...
Era o dia 24 de julho de 1933.
Domingo, pela manhã.
Com quatro anos, segurando a mão grande de meu pai, sob o olhar feliz de minha mãe, segui em direcção ao Centro Espírita Batuíra, onde permaneci até os quinze anos como aluna e até os dezoito como evangelizadora, quando saí de Ribeirão Preto para leccionar, no magistério estadual, em uma escola rural no município de Álvares Machado.
Eu não sabia então, que aquele era o segundo dia mais importante desta minha existência!
O primeiro foi o do meu renascimento na Terra para iniciar, talvez pela primeira vez com mais determinação, uma existência de esforços na compreensão e valorização dos bens espirituais.
E uma gratidão imensa emerge, de dentro de mim, por meus pais, por me terem levado ao estudo da doutrina espírita, desde pequena, estudo este nunca interrompido e pelo Centro Espírita que me acolheu com seus evangelizadores que, sem conhecimentos especializados de psicologia infantil, de pedagogia, souberam estimular em nós, crianças, o amor ao estudo, ao saber e ao Espiritismo.
Dentre eles destacamos D. Pequena, Sr. José Correia Gomes e Dona Maria das Dores Melo.
Em nosso "Catecismo Espírita Batuíra", chegamos a ser, na década de 30, perto de cem crianças.
Existem duas fotos tiradas, em frente à casa, por um desconhecido que passou, viu tantas crianças com Luiza Alfaya, pediu licença e registou a cena.
Em todos os Natais, éramos presenteados em homenagem a Jesus.
Houve um ano em que pudemos, cada um de nós, escolher o presente desejado.
Era um trabalho do Sr. José C. Gomes.
Os que se alfabetizavam, recebiam um exemplar do livro "Cathecysmo Espírita para Crianças" de Cairbar Schutel.
Nossos evangelizadores marcavam as questões a serem estudadas em casa, durante a semana e no domingo, as respondíamos.
Eram elas então, bem explicadas, com clareza, com entusiasmo, com amor pelos nossos evangelizadores.
Ganhávamos pontos pelos acertos que, computados no fim do ano, serviam para classificar os alunos, método usado na época, para estimular o estudo.
Havia uma directoria do Catecismo Espírita Batuíra, constituída por adultos (alguns directores do Centro) e crianças maiores.
Assim, reunidos com os adultos, nas reuniões de directoria, íamos aprendendo a trabalhar em equipe e assumir responsabilidades.
Há, no arquivo, dois livros de actas dessas reuniões:
o primeiro de 15/3/37 a 7/6/42 e o segundo de 1.°/7/51 a 31/1/54.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Comecei a participar dessas reuniões em 13/6/37, começando a fazer parte da directoria em janeiro de 1939, como oradora;
nas reuniões de directoria contava histórias e parábolas de Jesus.
Levávamos a sério nossos cargos, éramos cobrados nas reuniões até por nós mesmos.
Citamos dois trechos de actas:
Em 5/4/42:
"Em seguida o Sr. José nos ensinou como devemos fazer uma explicação de certa leitura e disse também que o Ronald falou muito bem, mas que ele fugiu completamente do assunto, em lugar de falar sobre "Ingratidão dos Filhos" falou sobre "O Dever dos Pais", porém assim mesmo, merecia louvor".
Em 5/5/42:
"Apesar de ter dois oradores, não houve a explanação da leitura, primeiro porque a 1.ª oradora deixou de cumprir com seu dever, faltando à reunião e, segundo porque o Ariclenes que é o segundo orador, depois de tentar dizer alguma coisa, nada encontrou para falar.
Substituiu-o então, Dona Maria das Dores, presidente-honorária, com vantagem."
Durante alguns anos, na década de 30, ouvíamos, com naturalidade e afeição, nossa directora espiritual Solange, que através da mediunidade de D. Pequena, orientava-nos a viver nos exemplos de Jesus.
Não estamos narrando esses factos para serem imitados ou por acharmos que a evangelização infantil daquele tempo era melhor do que a de hoje.
Não, apenas nos recordamos de como esses estudos aconteceram para nós, e como foram importantes em nosso crescimento espiritual, no fortalecimento de nossa fé e como somos gratos às pessoas que trabalharam connosco.
Gostaríamos sim, que os espíritas que não consideram importante para as crianças o estudo sistemático da doutrina espírita, cuja finalidade maior é a melhoria dos homens, pudessem nestas recordações, perceber a importância da evangelização infanto-juvenil nas casas espíritas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Comecei a participar dessas reuniões em 13/6/37, começando a fazer parte da directoria em janeiro de 1939, como oradora;
nas reuniões de directoria contava histórias e parábolas de Jesus.
Levávamos a sério nossos cargos, éramos cobrados nas reuniões até por nós mesmos.
Citamos dois trechos de actas:
Em 5/4/42:
"Em seguida o Sr. José nos ensinou como devemos fazer uma explicação de certa leitura e disse também que o Ronald falou muito bem, mas que ele fugiu completamente do assunto, em lugar de falar sobre "Ingratidão dos Filhos" falou sobre "O Dever dos Pais", porém assim mesmo, merecia louvor".
Em 5/5/42:
"Apesar de ter dois oradores, não houve a explanação da leitura, primeiro porque a 1.ª oradora deixou de cumprir com seu dever, faltando à reunião e, segundo porque o Ariclenes que é o segundo orador, depois de tentar dizer alguma coisa, nada encontrou para falar.
Substituiu-o então, Dona Maria das Dores, presidente-honorária, com vantagem."
Durante alguns anos, na década de 30, ouvíamos, com naturalidade e afeição, nossa directora espiritual Solange, que através da mediunidade de D. Pequena, orientava-nos a viver nos exemplos de Jesus.
Não estamos narrando esses factos para serem imitados ou por acharmos que a evangelização infantil daquele tempo era melhor do que a de hoje.
Não, apenas nos recordamos de como esses estudos aconteceram para nós, e como foram importantes em nosso crescimento espiritual, no fortalecimento de nossa fé e como somos gratos às pessoas que trabalharam connosco.
Gostaríamos sim, que os espíritas que não consideram importante para as crianças o estudo sistemático da doutrina espírita, cuja finalidade maior é a melhoria dos homens, pudessem nestas recordações, perceber a importância da evangelização infanto-juvenil nas casas espíritas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)
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Chamados e escolhidos
José Argemiro da Silveira
"O Reino dos Céus é semelhante a um homem rei, que fez as bodas a seu filho;
e mandou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, mas eles recusaram ir.
Enviou de novo outros servos, mas novamente o convite foi recusado.
Os convidados foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu tráfico e outros lançaram mão dos servos portadores do convite e, depois de os haverem ultrajado, os mataram.
Por fim, o convite foi feito a todos, indistintamente, maus e bons, e ficou cheia de convidados a sala do banquete.
Entrou depois o rei para ver os que estavam à mesa, e viu ali um homem que não estava vestido com veste nupcial.
E disse-lhe:
Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial?
Mas ele emudeceu.
Então disse o rei aos seus ministros:
atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores:
aí haverá choro e ranger de dentes.
Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos"
(Mateus, XXII: 1-14).
O Reino dos Céus é comparado a uma festa, onde tudo é felicidade e alegria.
Entendemos como o "Reino dos Céus" a evolução espiritual, consoante a afirmativa de Jesus, em outro lugar do Evangelho, que o "Reino dos Céus" está em nós.
É o despertar das potencialidades do ser, a evolução do Espírito, bem maior que a criatura conquista ao longo do tempo.
É comparado a uma festa, onde tudo é felicidade e alegria, porque aquele que evolui, e que passa a conhecer e viver em harmonia com as Leis Divinas, vive alegre e feliz.
Resolvido o problema do Espírito, pela educação, pela evolução, tudo lhe será acrescentado, Nada o entristecerá, nem problemas financeiros, nem problemas de relacionamento, ou mesmo de saúde, porque o Espírito evoluído transcende a tudo isto..
A parábola em estudo mostra que o convite (o chamado) vai sendo feito a partes da população, até atingir a todos.
O chamado vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução.
Todos vão sendo convidados, a medida que reúnam condições para receber o convite.
E como recebemos o convite?
A maioria não recebe bem o convite porque ainda não compreende a importância da "festa";
não sabe apreciar as alegrias decorrentes da evolução espiritual.
Vamos lembrar a parábola do semeador, os diversos tipos de solo, que são os diversos graus de evolução espiritual.
Continua...
"O Reino dos Céus é semelhante a um homem rei, que fez as bodas a seu filho;
e mandou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, mas eles recusaram ir.
Enviou de novo outros servos, mas novamente o convite foi recusado.
Os convidados foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu tráfico e outros lançaram mão dos servos portadores do convite e, depois de os haverem ultrajado, os mataram.
Por fim, o convite foi feito a todos, indistintamente, maus e bons, e ficou cheia de convidados a sala do banquete.
Entrou depois o rei para ver os que estavam à mesa, e viu ali um homem que não estava vestido com veste nupcial.
E disse-lhe:
Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial?
Mas ele emudeceu.
Então disse o rei aos seus ministros:
atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores:
aí haverá choro e ranger de dentes.
Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos"
(Mateus, XXII: 1-14).
O Reino dos Céus é comparado a uma festa, onde tudo é felicidade e alegria.
Entendemos como o "Reino dos Céus" a evolução espiritual, consoante a afirmativa de Jesus, em outro lugar do Evangelho, que o "Reino dos Céus" está em nós.
É o despertar das potencialidades do ser, a evolução do Espírito, bem maior que a criatura conquista ao longo do tempo.
É comparado a uma festa, onde tudo é felicidade e alegria, porque aquele que evolui, e que passa a conhecer e viver em harmonia com as Leis Divinas, vive alegre e feliz.
Resolvido o problema do Espírito, pela educação, pela evolução, tudo lhe será acrescentado, Nada o entristecerá, nem problemas financeiros, nem problemas de relacionamento, ou mesmo de saúde, porque o Espírito evoluído transcende a tudo isto..
A parábola em estudo mostra que o convite (o chamado) vai sendo feito a partes da população, até atingir a todos.
O chamado vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução.
Todos vão sendo convidados, a medida que reúnam condições para receber o convite.
E como recebemos o convite?
A maioria não recebe bem o convite porque ainda não compreende a importância da "festa";
não sabe apreciar as alegrias decorrentes da evolução espiritual.
Vamos lembrar a parábola do semeador, os diversos tipos de solo, que são os diversos graus de evolução espiritual.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Vinícius, numa de suas páginas, afirma que o ser humano tem dois tipos de fome:
a material e a espiritual.
Para atender a fome do corpo físico ele se empenha, luta, lança mão de todos os recursos.
Mas, quanto a fome espiritual, não se preocupa.
Nem sabe que tem necessidade de alimento espiritual.
Desconhece essa necessidade, e até trata mal os que lho oferecem.
De facto, as pessoas querem cura para o corpo, resolver seus problemas materiais, mas são raros os que querem aprender a amar, a servir, a ser útil a seu próximo.
A História nos mostra que todos os evoluídos espiritualmente, que trabalharam para levar o alimento espiritual (compreensão das Leis Divinas, perdoar, amar, servir) foram incompreendidos, ultrajados, e muitos pagaram com a vida, pelo facto de amarem o seu semelhante e tentar ensiná-lo a viver.
O exemplo maior é o do próprio Cristo.
Portanto, todos somos convidados.
Recebemos bem ou mal os portadores do convite, mas acabamos sendo chamados.
Porém, não basta ser chamado, é necessário "vestir a túnica", ou seja, purificar o coração e praticar a Lei Divina, a fim de reunir condições para ser escolhido.
Não basta saber, é preciso fazer.
Não só teoria, mas vivência.
A escolha depende de nós, do nosso desempenho no bem, para nos conferir caminho para a Vida Maior.
No livro "Doze Passos Rumo à Paz Interior", cuja autora assinou com o pseudónimo de Peregrina da Paz 1, como segunda preparação, afirma:
"É necessário colocarmos nossa vida em harmonia com as leis que governam o Universo.
Este é regido por leis físicas e leis morais.
Tanto quanto formos capazes de compreender as leis universais e de colocar nossas vidas em harmonia com essas leis, nosso viver será de facto harmonioso.
Se fora da harmonia em virtude da ignorância, sofremos de alguma forma.
Se sabemos um pouco mais e ainda assim estamos fora da harmonia, nosso sofrimento será maior.
Urge viver todas as coisas boas nas quais acreditamos".
Não basta ser "chamado", ou seja, ser informado, adquirir conhecimentos teóricos.
Isto é importante, mas constitui apenas a seta que indica o caminho.
Continua...
Vinícius, numa de suas páginas, afirma que o ser humano tem dois tipos de fome:
a material e a espiritual.
Para atender a fome do corpo físico ele se empenha, luta, lança mão de todos os recursos.
Mas, quanto a fome espiritual, não se preocupa.
Nem sabe que tem necessidade de alimento espiritual.
Desconhece essa necessidade, e até trata mal os que lho oferecem.
De facto, as pessoas querem cura para o corpo, resolver seus problemas materiais, mas são raros os que querem aprender a amar, a servir, a ser útil a seu próximo.
A História nos mostra que todos os evoluídos espiritualmente, que trabalharam para levar o alimento espiritual (compreensão das Leis Divinas, perdoar, amar, servir) foram incompreendidos, ultrajados, e muitos pagaram com a vida, pelo facto de amarem o seu semelhante e tentar ensiná-lo a viver.
O exemplo maior é o do próprio Cristo.
Portanto, todos somos convidados.
Recebemos bem ou mal os portadores do convite, mas acabamos sendo chamados.
Porém, não basta ser chamado, é necessário "vestir a túnica", ou seja, purificar o coração e praticar a Lei Divina, a fim de reunir condições para ser escolhido.
Não basta saber, é preciso fazer.
Não só teoria, mas vivência.
A escolha depende de nós, do nosso desempenho no bem, para nos conferir caminho para a Vida Maior.
No livro "Doze Passos Rumo à Paz Interior", cuja autora assinou com o pseudónimo de Peregrina da Paz 1, como segunda preparação, afirma:
"É necessário colocarmos nossa vida em harmonia com as leis que governam o Universo.
Este é regido por leis físicas e leis morais.
Tanto quanto formos capazes de compreender as leis universais e de colocar nossas vidas em harmonia com essas leis, nosso viver será de facto harmonioso.
Se fora da harmonia em virtude da ignorância, sofremos de alguma forma.
Se sabemos um pouco mais e ainda assim estamos fora da harmonia, nosso sofrimento será maior.
Urge viver todas as coisas boas nas quais acreditamos".
Não basta ser "chamado", ou seja, ser informado, adquirir conhecimentos teóricos.
Isto é importante, mas constitui apenas a seta que indica o caminho.
Continua...
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Imperioso vivenciar o bem para ser escolhido, praticar o que se aprendeu.
Se sabemos o caminho, mas não fazemos o trajecto, só a informação de nada adiantará.
Emmanuel 2 nos alerta:
"Sem instrução, a máquina é segredo.
Mas se a instrução avisa, só a máquina produz.
Sem convicção, a atitude não aparece.
Mas se a convicção indica, só a atitude define.
Sem programa, o trabalho se desordena.
Mas se o programa sugere, só o trabalho realiza.
Sem teoria, a experiência não se expressa.
Mas se a teoria estuda, só a experiência marca.
Sem ensinamento, a obra não surge.
Mas se o ensinamento aconselha, só a obra convence.
Disse Jesus, referindo-se à Divina Ascensão:
serão muitos os chamados e poucos os escolhidos para o reino dos céus.
Isso quer dizer que, sem chamada, não há escolha.
Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só a escolha, que depende do nosso exemplo, nos confere caminho para a Vida Maior".
1 Doze Passos Rumo à Paz Interior - CC&P Editores Ltda., Rua Pará, 324 - Praça da Bandeira - CEP 20271-280 - Rio de Janeiro, RJ
2 Emmanuel, o Espírito da Verdade, cap. 98
(Jornal Verdade e Luz Nº 177 de Outubro de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
Imperioso vivenciar o bem para ser escolhido, praticar o que se aprendeu.
Se sabemos o caminho, mas não fazemos o trajecto, só a informação de nada adiantará.
Emmanuel 2 nos alerta:
"Sem instrução, a máquina é segredo.
Mas se a instrução avisa, só a máquina produz.
Sem convicção, a atitude não aparece.
Mas se a convicção indica, só a atitude define.
Sem programa, o trabalho se desordena.
Mas se o programa sugere, só o trabalho realiza.
Sem teoria, a experiência não se expressa.
Mas se a teoria estuda, só a experiência marca.
Sem ensinamento, a obra não surge.
Mas se o ensinamento aconselha, só a obra convence.
Disse Jesus, referindo-se à Divina Ascensão:
serão muitos os chamados e poucos os escolhidos para o reino dos céus.
Isso quer dizer que, sem chamada, não há escolha.
Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só a escolha, que depende do nosso exemplo, nos confere caminho para a Vida Maior".
1 Doze Passos Rumo à Paz Interior - CC&P Editores Ltda., Rua Pará, 324 - Praça da Bandeira - CEP 20271-280 - Rio de Janeiro, RJ
2 Emmanuel, o Espírito da Verdade, cap. 98
(Jornal Verdade e Luz Nº 177 de Outubro de 2000)
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