Estudos Avançados Espíritas
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Estudos Avançados Espíritas
A Educação Moral
Vera Meira Bestene
Educação moral, aquela entendida como a arte de formar caracteres, a que incute hábitos, a que forma o conjunto de acções de hábitos adquiridos, não pode deixar de ser lembrada quando da avaliação da criança e mesmo quando da forma que se deve tratar cada um daqueles pequeninos que nos são atribuídos educar.
Assim é que nos parece absolutamente necessário lembrar que a criança desde a mais tenra idade assimila pelo exemplo, pelo tratamento recebido, pela leitura feita à sua assistência.
Neste sentido nos reportamos a Allan Kardec, quando comenta a questão 685 de O Livro dos Espíritos e fala que na educação moral, diz ser aquela que consiste na "arte de formar caracteres e quando esta arte for conhecida, cumprida e aplicada, o homem ocasionará no mundo hábitos de ordem e de providência para si mesmo e para os seus de respeito por tudo o que for respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar, menos penosamente, os maus inevitáveis".
Assim é que para que possamos afastá-la do caminho turvo dos vícios, das drogas, da depressão e do suicídio, é necessário que em primeiro lugar lhes seja dado o exemplo do amor, dedicando-lhes atenção e procedendo com firmeza no caminho do bem.
Na procura de ingressar no contexto social, a criança, ao contrário do que muitos pensam, presta muito mais atenção ao que é feito, ao exemplo, do que às palavras.
O verbo pode ter a orientação perfeita, mas se de entremeio leva consigo uma exemplificação divergente do que lhe está sendo ensinado, é criado o impasse e o exemplo tem muito mais significação do que é falado.
Eis aí um grande ponto de confronto que desde cedo as crianças encontram.
A moral pode sofrer as consequências desta divergência, pois que se o exemplo não é dignificante ou mesmo é dúbio, a criança passa por um processo de falsear suas próprias concepções e encontra nos amigos o seu ponto de apoio e o hemisfério do limite de conduta.
É a fase que se encontra propícia a influenciações na formação de seu carácter.
Se a criança tem a sorte de ter bons amigos... óptimo.
Mas, contrariamente a isso, se em suas amizades encontram-se pessoas de índole que pela própria imortalidade já trazem consigo as experiências negativas de outras existências, de um espírito reencarnado que tem a alma doente, com mais fracassos armazenados do que vitórias, fazem com que o ser que está se preparando para a vida seja levado a muitas experiências negativas que fazem com que perca o sentido da linha recta que conduz a evolução, caminho de todos nós nesta existência.
O relaxamento dos costumes tem sido uma prática constante no mundo actual.
Continua...
Vera Meira Bestene
Educação moral, aquela entendida como a arte de formar caracteres, a que incute hábitos, a que forma o conjunto de acções de hábitos adquiridos, não pode deixar de ser lembrada quando da avaliação da criança e mesmo quando da forma que se deve tratar cada um daqueles pequeninos que nos são atribuídos educar.
Assim é que nos parece absolutamente necessário lembrar que a criança desde a mais tenra idade assimila pelo exemplo, pelo tratamento recebido, pela leitura feita à sua assistência.
Neste sentido nos reportamos a Allan Kardec, quando comenta a questão 685 de O Livro dos Espíritos e fala que na educação moral, diz ser aquela que consiste na "arte de formar caracteres e quando esta arte for conhecida, cumprida e aplicada, o homem ocasionará no mundo hábitos de ordem e de providência para si mesmo e para os seus de respeito por tudo o que for respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar, menos penosamente, os maus inevitáveis".
Assim é que para que possamos afastá-la do caminho turvo dos vícios, das drogas, da depressão e do suicídio, é necessário que em primeiro lugar lhes seja dado o exemplo do amor, dedicando-lhes atenção e procedendo com firmeza no caminho do bem.
Na procura de ingressar no contexto social, a criança, ao contrário do que muitos pensam, presta muito mais atenção ao que é feito, ao exemplo, do que às palavras.
O verbo pode ter a orientação perfeita, mas se de entremeio leva consigo uma exemplificação divergente do que lhe está sendo ensinado, é criado o impasse e o exemplo tem muito mais significação do que é falado.
Eis aí um grande ponto de confronto que desde cedo as crianças encontram.
A moral pode sofrer as consequências desta divergência, pois que se o exemplo não é dignificante ou mesmo é dúbio, a criança passa por um processo de falsear suas próprias concepções e encontra nos amigos o seu ponto de apoio e o hemisfério do limite de conduta.
É a fase que se encontra propícia a influenciações na formação de seu carácter.
Se a criança tem a sorte de ter bons amigos... óptimo.
Mas, contrariamente a isso, se em suas amizades encontram-se pessoas de índole que pela própria imortalidade já trazem consigo as experiências negativas de outras existências, de um espírito reencarnado que tem a alma doente, com mais fracassos armazenados do que vitórias, fazem com que o ser que está se preparando para a vida seja levado a muitas experiências negativas que fazem com que perca o sentido da linha recta que conduz a evolução, caminho de todos nós nesta existência.
O relaxamento dos costumes tem sido uma prática constante no mundo actual.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
O nível de tolerância, o “passar a mão na cabeça” para comportamentos moralmente equivocados, vem induzindo muitos pais e educadores a não dar a necessária valorização aos efeitos causados por esta atitude na formação do carácter da criança e do jovem.
Se os pais são suficientemente cuidadosos, atentos, amorosos e verdadeiros, proporcionarão ao ser em processo de melhoria espiritual uma sólida educação, toda ela fundamentada no respeito, no cultivo de hábitos sadios e na transparente vontade de interesse em propiciar àquele ser uma vida venturosa e moralmente superior.
Esse ser ficará mais forte e sólido e formará um verdadeiro escudo contra as interferências negativas advindas da sociedade, do meio em que vive.
Assim é que a educação moral para todo indivíduo em formação, é o elemento que o levará a escolher a própria estrada.
É a base que faz com que as influenciações negativas, tanto sociais quanto de espíritos perturbadores, sejam neutralizadas e o conduza a diligências baseadas em recursos morais firmes, e possa assim se defender com firmeza destas influenciações e conduzir seu livre arbítrio de forma equilibrada e sadia.
Finalmente, devemos lembrar que para que se tenha certeza de que a educação moral está sendo efectiva, sólida e eficaz, deve-se considerar o meio social e solidificar a valorização da família, laço mais importante na cadeia humana, assim como enfocar a criatura humana como um ser integral para que se torne senhor de seus hábitos e destino, candidatos à felicidade.
(Publicado no Boletim GEAE Número 447 de 24 de dezembro de 2002)
§.§.§- O-canto-da-ave
O nível de tolerância, o “passar a mão na cabeça” para comportamentos moralmente equivocados, vem induzindo muitos pais e educadores a não dar a necessária valorização aos efeitos causados por esta atitude na formação do carácter da criança e do jovem.
Se os pais são suficientemente cuidadosos, atentos, amorosos e verdadeiros, proporcionarão ao ser em processo de melhoria espiritual uma sólida educação, toda ela fundamentada no respeito, no cultivo de hábitos sadios e na transparente vontade de interesse em propiciar àquele ser uma vida venturosa e moralmente superior.
Esse ser ficará mais forte e sólido e formará um verdadeiro escudo contra as interferências negativas advindas da sociedade, do meio em que vive.
Assim é que a educação moral para todo indivíduo em formação, é o elemento que o levará a escolher a própria estrada.
É a base que faz com que as influenciações negativas, tanto sociais quanto de espíritos perturbadores, sejam neutralizadas e o conduza a diligências baseadas em recursos morais firmes, e possa assim se defender com firmeza destas influenciações e conduzir seu livre arbítrio de forma equilibrada e sadia.
Finalmente, devemos lembrar que para que se tenha certeza de que a educação moral está sendo efectiva, sólida e eficaz, deve-se considerar o meio social e solidificar a valorização da família, laço mais importante na cadeia humana, assim como enfocar a criatura humana como um ser integral para que se torne senhor de seus hábitos e destino, candidatos à felicidade.
(Publicado no Boletim GEAE Número 447 de 24 de dezembro de 2002)
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A Tarefa de Cada um de Nós
Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Não tenhamos dúvidas que cada um de nós tem uma tarefa a cumprir no que diz respeito à nossa própria evolução, bem como em relação a ajuda que devemos aqueles que connosco interagem no dia-a-dia de nossas vidas.
Neste sentido é que entendo que devemos compreender a responsabilidade de cada um no contesta da informação de que somos os trabalhadores da última hora, nos empenhando por construir um mundo melhor, um mundo regenerado.
É evidente que tenhamos na Doutrina dos Espíritos um ponto de apoio que nos serve de alavanca maior para esse mister, porque entendemos, à luz da razão, que ela é a expressão mais próxima da verdade que nós espíritas buscamos, e daí a nossa adesão a ela.
Entretanto, não podemos esquecer que na condição de Espíritos imortais e eternos que somos, acumulamos experiências diversas através das nossas várias existências na nossa jornada evolutiva.
O factor cultural pesa e muito na formação das nossas concepções quanto a forma de encarar a verdade que todos buscamos.
Assim, é vital que entendamos este aspecto e possamos ser capazes de empreender a tarefa de disseminar os conhecimentos espíritas pelo mundo, sem no entanto faltarmos com a caridade e a tolerância para com aqueles que pensam diferente de nós.
A Doutrina dos Espíritos é possuidora, por sua essência e origem superior, de uma pureza que não poderá ser afectada pelo homem encarnado.
Assim como o mundo espiritual prevalece e existirá mesmo sem que existisse a necessidade de o mundo material existir, a Doutrina dos Espíritos prevalecerá por que não sendo produto da mente humana ela está em perfeita sintonia com a Verdade.
Nós é que devemos lutar por entrar em sintonia com os ensinamentos desta doutrina maravilhosa que nos ensina que é através da tolerância, da caridade e do amor que construiremos um mundo de regeneração.
Os Editores.
(Publicado no Boletim GEAE Número 449 de 11 de fevereiro de 2003)
§.§.§- O-canto-da-ave
Não tenhamos dúvidas que cada um de nós tem uma tarefa a cumprir no que diz respeito à nossa própria evolução, bem como em relação a ajuda que devemos aqueles que connosco interagem no dia-a-dia de nossas vidas.
Neste sentido é que entendo que devemos compreender a responsabilidade de cada um no contesta da informação de que somos os trabalhadores da última hora, nos empenhando por construir um mundo melhor, um mundo regenerado.
É evidente que tenhamos na Doutrina dos Espíritos um ponto de apoio que nos serve de alavanca maior para esse mister, porque entendemos, à luz da razão, que ela é a expressão mais próxima da verdade que nós espíritas buscamos, e daí a nossa adesão a ela.
Entretanto, não podemos esquecer que na condição de Espíritos imortais e eternos que somos, acumulamos experiências diversas através das nossas várias existências na nossa jornada evolutiva.
O factor cultural pesa e muito na formação das nossas concepções quanto a forma de encarar a verdade que todos buscamos.
Assim, é vital que entendamos este aspecto e possamos ser capazes de empreender a tarefa de disseminar os conhecimentos espíritas pelo mundo, sem no entanto faltarmos com a caridade e a tolerância para com aqueles que pensam diferente de nós.
A Doutrina dos Espíritos é possuidora, por sua essência e origem superior, de uma pureza que não poderá ser afectada pelo homem encarnado.
Assim como o mundo espiritual prevalece e existirá mesmo sem que existisse a necessidade de o mundo material existir, a Doutrina dos Espíritos prevalecerá por que não sendo produto da mente humana ela está em perfeita sintonia com a Verdade.
Nós é que devemos lutar por entrar em sintonia com os ensinamentos desta doutrina maravilhosa que nos ensina que é através da tolerância, da caridade e do amor que construiremos um mundo de regeneração.
Os Editores.
(Publicado no Boletim GEAE Número 449 de 11 de fevereiro de 2003)
§.§.§- O-canto-da-ave
Última edição por O_Canto_da_Ave em Ter Set 20, 2011 10:53 pm, editado 1 vez(es)
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A Paz
Gilberto da Costa Valle
Vivemos num tempo de agitação.
Tempo de conflitos, de aflições, "de guerras e de rumores de guerras".
E eis que todo mundo deseja encontrar a paz, a tão sonhada paz.
Mas, o que é a paz?
Seria a tranquilidade, advinda do conforto material?
Seria a segurança, provinda da conquista do poder transitório dos homens?
Ou seria a estabilidade, adquirida na aquisição das riquezas terrenas?
Não meus amigos, a paz não se resume em situações transitórias.
Na verdade todo conforto, todas as conquistas, todas as riquezas do mundo são insuficientes para garantir a paz interior, tão desconhecida na Terra.
A paz traduz sim conforto, segurança e estabilidade, mas não material, e sim espiritual.
Reflecte a harmonia dos sentimentos, alcançada ao preço de inumeráveis experiências, infindáveis lutas,...
Poderíamos distinguir então, a paz do mundo, transitória, fugaz, que muitas vezes, reflecte a indiferença pelos problemas por que passam os semelhantes e a paz do Cristo, profunda e constante, estável e definitiva, que sempre reflecte a serenidade íntima, alcançada no cumprimento do dever, na busca constante do bem estar individual e colectivo, todavia, um bem estar espiritual, mais que físico.
Quando alguém está em paz consigo mesmo, poderá se encontrar num ambiente perturbado pela agitação de todos, que não perderá seu estado de espírito, em harmonia com a Lei de Deus.
Por outro lado, se não temos paz connosco mesmo, de nada adiantaria sermos guindados ao Céu, porque mesmo lá nos sentiríamos intimamente aflitos, intranquilos.
O Cristo, em sua inesquecível passagem pela Terra, é o mais retumbante exemplo da Paz.
Mesmo vivendo rodeado pelos conflitos humanos, sendo constantemente perseguido, incompreendido, agredido;
assistindo a todo instante o triste espectáculo de nossas fraquezas, de nossos erros, o Mestre jamais perdeu a Paz de Espírito, nunca deixou escapar a serenidade íntima.
Nos momentos em que agira com energia extrema, assim o fizera com profundo equilíbrio, e nos momentos de intensa dor, padecera com extrema resignação, reflectindo a segurança que lhe ia na alma.
E é justamente o Cristo, quem pode nos fornecer a paz que tanto anelamos.
Ao contacto de seus sublimes ensinos, a alma se enche de energia para as lutas da vida, as lutas que nos conferem a paz.
Ele mesmo nos prometeu conceder a paz:
"Deixo-vos a paz, a minha paz voz dou: não vo-la dou como o mundo a dá.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."
Confiar em Jesus é crer no poder do bem.
Esta confiança nos confere paz, imensa paz.
Não há razão para temores, porque tudo se resolverá com o trabalho do bem.
Não há motivos para perturbação, porque todos os problemas encontram solução na esfera do entendimento cristão.
Então, mesmo num mundo, onde a guerra ainda persiste, perturbando a paz colectiva, ser-nos-à possível já, desfrutar a paz do coração, fortalecido no amor de Cristo;
a paz de consciência, edificada no labor cristão.
A todos desejo muita paz, assim como a desejo para mim mesmo.
Que o Cristo no-la conceda,...
(Publicado no Boletim GEAE Número 447 de 24 de dezembro de 2002)
§.§.§- O-canto-da-ave
Vivemos num tempo de agitação.
Tempo de conflitos, de aflições, "de guerras e de rumores de guerras".
E eis que todo mundo deseja encontrar a paz, a tão sonhada paz.
Mas, o que é a paz?
Seria a tranquilidade, advinda do conforto material?
Seria a segurança, provinda da conquista do poder transitório dos homens?
Ou seria a estabilidade, adquirida na aquisição das riquezas terrenas?
Não meus amigos, a paz não se resume em situações transitórias.
Na verdade todo conforto, todas as conquistas, todas as riquezas do mundo são insuficientes para garantir a paz interior, tão desconhecida na Terra.
A paz traduz sim conforto, segurança e estabilidade, mas não material, e sim espiritual.
Reflecte a harmonia dos sentimentos, alcançada ao preço de inumeráveis experiências, infindáveis lutas,...
Poderíamos distinguir então, a paz do mundo, transitória, fugaz, que muitas vezes, reflecte a indiferença pelos problemas por que passam os semelhantes e a paz do Cristo, profunda e constante, estável e definitiva, que sempre reflecte a serenidade íntima, alcançada no cumprimento do dever, na busca constante do bem estar individual e colectivo, todavia, um bem estar espiritual, mais que físico.
Quando alguém está em paz consigo mesmo, poderá se encontrar num ambiente perturbado pela agitação de todos, que não perderá seu estado de espírito, em harmonia com a Lei de Deus.
Por outro lado, se não temos paz connosco mesmo, de nada adiantaria sermos guindados ao Céu, porque mesmo lá nos sentiríamos intimamente aflitos, intranquilos.
O Cristo, em sua inesquecível passagem pela Terra, é o mais retumbante exemplo da Paz.
Mesmo vivendo rodeado pelos conflitos humanos, sendo constantemente perseguido, incompreendido, agredido;
assistindo a todo instante o triste espectáculo de nossas fraquezas, de nossos erros, o Mestre jamais perdeu a Paz de Espírito, nunca deixou escapar a serenidade íntima.
Nos momentos em que agira com energia extrema, assim o fizera com profundo equilíbrio, e nos momentos de intensa dor, padecera com extrema resignação, reflectindo a segurança que lhe ia na alma.
E é justamente o Cristo, quem pode nos fornecer a paz que tanto anelamos.
Ao contacto de seus sublimes ensinos, a alma se enche de energia para as lutas da vida, as lutas que nos conferem a paz.
Ele mesmo nos prometeu conceder a paz:
"Deixo-vos a paz, a minha paz voz dou: não vo-la dou como o mundo a dá.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."
Confiar em Jesus é crer no poder do bem.
Esta confiança nos confere paz, imensa paz.
Não há razão para temores, porque tudo se resolverá com o trabalho do bem.
Não há motivos para perturbação, porque todos os problemas encontram solução na esfera do entendimento cristão.
Então, mesmo num mundo, onde a guerra ainda persiste, perturbando a paz colectiva, ser-nos-à possível já, desfrutar a paz do coração, fortalecido no amor de Cristo;
a paz de consciência, edificada no labor cristão.
A todos desejo muita paz, assim como a desejo para mim mesmo.
Que o Cristo no-la conceda,...
(Publicado no Boletim GEAE Número 447 de 24 de dezembro de 2002)
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Chico Xavier na história do Espiritismo
Francisco Thiesen
A revista "Reformador" (FEB), na edição de agosto de 1977, transcreve trecho de uma entrevista realizada pelo jornal "O Clarim" com pessoas de destaque dentro do Movimento Espírita, por ocasião da comemoração dos 50 anos de actividades mediúnicas de Chico Xavier.
O trecho corresponde a questão apresentada ao presidente da FEB, Francisco Thiesen, sobre a posição de Chico na história do Espiritismo.
A questão levantada, e sua resposta por Thiesen, são bastante interessantes e as transcrevemos abaixo:
O Clarim:
Seria lícito analisar-se a evolução do Espiritismo, no Brasil, dividindo-os nos períodos antes e depois de Chico Xavier?
Francisco Thiesen:
Os ensinos dos Espíritos são dosados na conformidade do progresso intelectual e moral, do amadurecimento espiritual dos homens terrenos.
Três grandes revelações marcaram diferentes etapas, no curso dos milénios, na popularização do conhecimento das coisas espirituais.
Na última delas - a Espírita - como foi recentemente abordado em editorial de "Reformador" (março, 1977), o próprio Codificador reportou-se a três períodos distintos, balizando o desenvolvimento das ideias espiritistas:
o da curiosidade (intensa e ruidosa fenomelogia);
o do raciocínio e da filosofia (estudo e meditação sérios, então apenas no início);
e o da aplicação e das consequências (que se seguiria, inevitavelmente, aos outros dois).
A propósito da questão 160 de "O Livro dos Médiuns", Emmanuel lembrou os períodos aludidos e denominou-os como de aviso, chegada e entendimento.
No Brasil, desde cedo, ainda no século XIX, foi dada ênfase ao sentido do terceiro período, da aplicação e das consequências (Allan Kardec) ou do entendimento (Emmanuel), que é o da vivência do Evangelho de Jesus Cristo, do aspecto religioso da Doutrina dos Espíritos, a que conduz a lógica das conclusões do estudo metódico e sistemático dos aspectos científico e filosófico, como muito bem elucida o próprio Espírito Emmanuel em "O Consolador".
A elaboração dos trabalhos, no transcorrer de um século de vida do Espiritismo, no Brasil, em pleno período terceiro, como não podia deixar de ser, seguiria, como seguiu, orientação nos mesmos moldes dos outros dois:
no sentido do esforço conjugado dos Planos Espiritual e Físico do planeta, da contribuição das humanidades invisível e visível que o povoam.
À luz dessa realidade, o pesquisador, o estudioso, o espírita laborioso encontrará sempre, e licitamente, pontos demarcantes da evolução do Espiritismo, em nosso país e fora dele, todos importantes e necessários, como contributos da edificação comum da mentalidade cristã e das obras que decorrem das actividades dos seres desencarnados e encarnados, solidários entre si e perseguindo ideais na imensa seara do Senhor.
Continua...
A revista "Reformador" (FEB), na edição de agosto de 1977, transcreve trecho de uma entrevista realizada pelo jornal "O Clarim" com pessoas de destaque dentro do Movimento Espírita, por ocasião da comemoração dos 50 anos de actividades mediúnicas de Chico Xavier.
O trecho corresponde a questão apresentada ao presidente da FEB, Francisco Thiesen, sobre a posição de Chico na história do Espiritismo.
A questão levantada, e sua resposta por Thiesen, são bastante interessantes e as transcrevemos abaixo:
O Clarim:
Seria lícito analisar-se a evolução do Espiritismo, no Brasil, dividindo-os nos períodos antes e depois de Chico Xavier?
Francisco Thiesen:
Os ensinos dos Espíritos são dosados na conformidade do progresso intelectual e moral, do amadurecimento espiritual dos homens terrenos.
Três grandes revelações marcaram diferentes etapas, no curso dos milénios, na popularização do conhecimento das coisas espirituais.
Na última delas - a Espírita - como foi recentemente abordado em editorial de "Reformador" (março, 1977), o próprio Codificador reportou-se a três períodos distintos, balizando o desenvolvimento das ideias espiritistas:
o da curiosidade (intensa e ruidosa fenomelogia);
o do raciocínio e da filosofia (estudo e meditação sérios, então apenas no início);
e o da aplicação e das consequências (que se seguiria, inevitavelmente, aos outros dois).
A propósito da questão 160 de "O Livro dos Médiuns", Emmanuel lembrou os períodos aludidos e denominou-os como de aviso, chegada e entendimento.
No Brasil, desde cedo, ainda no século XIX, foi dada ênfase ao sentido do terceiro período, da aplicação e das consequências (Allan Kardec) ou do entendimento (Emmanuel), que é o da vivência do Evangelho de Jesus Cristo, do aspecto religioso da Doutrina dos Espíritos, a que conduz a lógica das conclusões do estudo metódico e sistemático dos aspectos científico e filosófico, como muito bem elucida o próprio Espírito Emmanuel em "O Consolador".
A elaboração dos trabalhos, no transcorrer de um século de vida do Espiritismo, no Brasil, em pleno período terceiro, como não podia deixar de ser, seguiria, como seguiu, orientação nos mesmos moldes dos outros dois:
no sentido do esforço conjugado dos Planos Espiritual e Físico do planeta, da contribuição das humanidades invisível e visível que o povoam.
À luz dessa realidade, o pesquisador, o estudioso, o espírita laborioso encontrará sempre, e licitamente, pontos demarcantes da evolução do Espiritismo, em nosso país e fora dele, todos importantes e necessários, como contributos da edificação comum da mentalidade cristã e das obras que decorrem das actividades dos seres desencarnados e encarnados, solidários entre si e perseguindo ideais na imensa seara do Senhor.
Continua...
Última edição por O_Canto_da_Ave em Ter Set 20, 2011 10:54 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Nas linhas gerais do processo evolutivo da Doutrina dos Espíritos, no Brasil, se respeitadas as premissas alinhadas neste esforço, parece-nos perfeitamente justo identificar as múltiplas fases do trabalho para nelas situar esse ou aquele médium, como instrumento de equipes de Espíritos a utilizarem-no com vistas ao atendimento das necessidades da programação de longo curso, a cumprir-se por partes, no tempo e no espaço.
Francisco Cândido Xavier, médium precedido por inúmeros outros, na obra do livro espírita, principalmente em Terras do Cruzeiro, contemporâneo de diversos medianeiros que também chegaram a ultrapassar a barreira de meio século de fecundas e continuadas realizações, e de outros já com alguns decénios de lutas e dedicações, é bem a expressão simples e confortadora da progressividade da Revelação e do permanente cuidado e carinho de Deus para com seus filhos em duras experiências no mundo.
Analisar as realizações que se ligam, indissoluvelmente, ao valoroso espírita-cristão Chico Xavier, é tarefa que, a nosso ver, deveria, mais prudentemente, ser delegada ao futuro, ao futuro imediato à sua desencarnação e aos decénios seguintes, porque, então, detentores do conhecimento pleno do inteiro património representado por seu mediunato, devidamente esquadrinhado, sem as interferências das emoções ainda próprias da condição de contemporaneidade, os espíritas melhormente - e sem preocupações de ferir a modéstia proverbial do querido médium - poderíamos vê-lo na verdadeira extensão e profundidade, na qualidade e na influência dos seus escritos.
A bibliografia mediúnica que foi acrescida à literatura espírita, nestes últimos cinquenta anos, nascida do lápis de Chico Xavier - e o espaço não nos permite, sequer, considerações ligeiras sobre a oriunda, em nosso plano, de suas páginas -, é vultosa, considerável.
E qualitativamente admirável.
Poderíamos, sem dificuldade, num exame sereno e com absoluta isenção, dividir a obra mediúnica, orientada por Emmanuel, igualmente em fases perfeitamente delineadas, dentro de duas grandes divisões:
a primeira, provando a sobrevivência e a imortalidade do Espírito ("Parnaso de Além-Túmulo");
a segunda, lembrando e confirmando os deveres dos espíritas, destinada a prepará-los para o trabalho no Movimento ("Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", seguido de uma panorâmica da História Universal, "A Caminho da Luz", e de alguns manuais do maior valor:
"Emmanuel - Dissertações Mediúnicas", "O Consolador", "Roteiro", etc...).
Enfim, muitos estudos interessantes e instrutivos virão, a seu tempo.
E a obra de Francisco Cândido Xavier, criteriosamente traduzida, estará, tempestivamente, à disposição dos leitores do mundo inteiro, juntamente com a de Allan Kardec e da dos autores que cuidaram dos escritos subsidiários e complementares da Codificação.
Mas, enquanto isso, e para que tudo ocorra com a tranquilidade que se almeja na difusão conscienciosa e responsável da Doutrina dos Espíritos, seria de bom alvitre que se não perdesse de vista o facto de que Chico Xavier jamais teria obtido êxito, como instrumento do Alto, se não tivesse buscado ser fiel, autêntico, perseverante. seguindo a rígida disciplina que lhe foi sugerida por Emmanuel, testemunhando e permanecendo na exemplificação do amor ao próximo e do amor a Deus, vivendo o Evangelho.
(Publicado no Boletim GEAE Número 446 de 15 de novembro de 2002)
§.§.§- O-canto-da-ave
Nas linhas gerais do processo evolutivo da Doutrina dos Espíritos, no Brasil, se respeitadas as premissas alinhadas neste esforço, parece-nos perfeitamente justo identificar as múltiplas fases do trabalho para nelas situar esse ou aquele médium, como instrumento de equipes de Espíritos a utilizarem-no com vistas ao atendimento das necessidades da programação de longo curso, a cumprir-se por partes, no tempo e no espaço.
Francisco Cândido Xavier, médium precedido por inúmeros outros, na obra do livro espírita, principalmente em Terras do Cruzeiro, contemporâneo de diversos medianeiros que também chegaram a ultrapassar a barreira de meio século de fecundas e continuadas realizações, e de outros já com alguns decénios de lutas e dedicações, é bem a expressão simples e confortadora da progressividade da Revelação e do permanente cuidado e carinho de Deus para com seus filhos em duras experiências no mundo.
Analisar as realizações que se ligam, indissoluvelmente, ao valoroso espírita-cristão Chico Xavier, é tarefa que, a nosso ver, deveria, mais prudentemente, ser delegada ao futuro, ao futuro imediato à sua desencarnação e aos decénios seguintes, porque, então, detentores do conhecimento pleno do inteiro património representado por seu mediunato, devidamente esquadrinhado, sem as interferências das emoções ainda próprias da condição de contemporaneidade, os espíritas melhormente - e sem preocupações de ferir a modéstia proverbial do querido médium - poderíamos vê-lo na verdadeira extensão e profundidade, na qualidade e na influência dos seus escritos.
A bibliografia mediúnica que foi acrescida à literatura espírita, nestes últimos cinquenta anos, nascida do lápis de Chico Xavier - e o espaço não nos permite, sequer, considerações ligeiras sobre a oriunda, em nosso plano, de suas páginas -, é vultosa, considerável.
E qualitativamente admirável.
Poderíamos, sem dificuldade, num exame sereno e com absoluta isenção, dividir a obra mediúnica, orientada por Emmanuel, igualmente em fases perfeitamente delineadas, dentro de duas grandes divisões:
a primeira, provando a sobrevivência e a imortalidade do Espírito ("Parnaso de Além-Túmulo");
a segunda, lembrando e confirmando os deveres dos espíritas, destinada a prepará-los para o trabalho no Movimento ("Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", seguido de uma panorâmica da História Universal, "A Caminho da Luz", e de alguns manuais do maior valor:
"Emmanuel - Dissertações Mediúnicas", "O Consolador", "Roteiro", etc...).
Enfim, muitos estudos interessantes e instrutivos virão, a seu tempo.
E a obra de Francisco Cândido Xavier, criteriosamente traduzida, estará, tempestivamente, à disposição dos leitores do mundo inteiro, juntamente com a de Allan Kardec e da dos autores que cuidaram dos escritos subsidiários e complementares da Codificação.
Mas, enquanto isso, e para que tudo ocorra com a tranquilidade que se almeja na difusão conscienciosa e responsável da Doutrina dos Espíritos, seria de bom alvitre que se não perdesse de vista o facto de que Chico Xavier jamais teria obtido êxito, como instrumento do Alto, se não tivesse buscado ser fiel, autêntico, perseverante. seguindo a rígida disciplina que lhe foi sugerida por Emmanuel, testemunhando e permanecendo na exemplificação do amor ao próximo e do amor a Deus, vivendo o Evangelho.
(Publicado no Boletim GEAE Número 446 de 15 de novembro de 2002)
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
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Chico Xavier
Sissi Antunes
No dia 29 de novembro de l997, irmãos do Grupo Espírita da Prece foram visitar Uberaba, e as instalações do Grupo Espírita da Prece daquela cidade, onde funciona o culto do evangelho do lar do nosso querido Chico Xavier, e qual foi nossa grata surpresa de após quatro anos de ausência dos trabalhos de atendimento ao público, Chico foi àquela Casa.
Tivemos, então, a grande oportunidade oferecida por Deus de ouvi-lo, quando proferiu uma palestra de quarenta minutos, comentando o evangelho e falando-nos sobre a caridade.
Tentamos copiar na íntegra, enquanto ele nos falava, e transcrevemos aqui, acanhadamente é lógico, o texto que, para nós, foi um grande presente do Alto.
Disse ele:
"...Nós sentimos que a caridade em si é a presença continuada da maravilhosa vida do nosso Tutor Espiritual na Terra:
Jesus.
Muitos filósofos e escritores contemporâneos que passaram antes do Cristo, deixaram a palavra Caridade passar despercebida, como também os grandes pensadores gregos e romanos, e somente depois da presença, e a palavra redentora do Cristo, em nosso favor no mundo, que a caridade conseguiu terreno.
Os pensamentos e obras dos teólogos das Igrejas Cristãs, sobretudo sem que antes dele nenhum dos pensadores da Grécia ou da Roma, local onde existia a verdadeira agência da cultura, e da filosofia viessem ao encontro da caridade, como entendia Jesus, era a própria presença Dele nos ensinamentos e nas palavras.
O ponto fundamental dessa afirmativa é muito claro na palavra que Ele configurou.
A história naturalmente é verdadeira, na qual bem conhecemos na parábola do bom samaritano.
Disse-nos Jesus:
Com a beleza que imprime em suas palavras, um homem foi assaltado em determinado sector da estrada, ferido, e extremamente humilhado, sofria as consequências do assalto, quando passou por ali um responsável religioso e um doutor, e ambos se afastaram e coloram-se à distância, mas um bom samaritano viu o ferido caído na terra;
descendo de seu cavalo, compadeceu-se da vítima que não conhecia, e não lhe pertencia a responsabilidade, mas o espírito da verdadeira caridade.
Colocou o ferido em seu cavalo e dirigiu-se a uma hospedaria e conduziu aquele homem anónimo ao proprietário da instituição, pedindo socorro, para que atendesse as primeiras necessidades do ferido.
Chamou o chefe da casa e recomendou-lhe a cautela bondade que tratasse de todas as necessidades, quanto à recuperação daquele homem.
Prometeu que voltaria e pagaria todas as despesas que por acaso houvesse.
Começou aí o ensinamento de Jesus, com a presença da caridade.
Socorro, disponibilidade de auxílio e a parábola alcançou os teólogos.
Encontrando um irmão naquele necessitado, dispensou amparo, e valendo da hospedaria completou o acto de caridade.
A caridade não conhece problemas pessoais, não considera diferença de classes, começaram então os cristãos a se lembrar daquele homem caído na estrada, compreenderam que ao encontro de um necessitado carente de atenção e amor, aí começa a caridade, a benevolência e o amparo ao próximo.
Na caridade que se tornou padrão de conduta que Allan Kardec, quando legou as comunidades humanas, os livros.
Quanto mais nos distanciamos de Jesus, mais próximo Ele está de nós, pelos ensinamentos que absorvemos.
Continua...
No dia 29 de novembro de l997, irmãos do Grupo Espírita da Prece foram visitar Uberaba, e as instalações do Grupo Espírita da Prece daquela cidade, onde funciona o culto do evangelho do lar do nosso querido Chico Xavier, e qual foi nossa grata surpresa de após quatro anos de ausência dos trabalhos de atendimento ao público, Chico foi àquela Casa.
Tivemos, então, a grande oportunidade oferecida por Deus de ouvi-lo, quando proferiu uma palestra de quarenta minutos, comentando o evangelho e falando-nos sobre a caridade.
Tentamos copiar na íntegra, enquanto ele nos falava, e transcrevemos aqui, acanhadamente é lógico, o texto que, para nós, foi um grande presente do Alto.
Disse ele:
"...Nós sentimos que a caridade em si é a presença continuada da maravilhosa vida do nosso Tutor Espiritual na Terra:
Jesus.
Muitos filósofos e escritores contemporâneos que passaram antes do Cristo, deixaram a palavra Caridade passar despercebida, como também os grandes pensadores gregos e romanos, e somente depois da presença, e a palavra redentora do Cristo, em nosso favor no mundo, que a caridade conseguiu terreno.
Os pensamentos e obras dos teólogos das Igrejas Cristãs, sobretudo sem que antes dele nenhum dos pensadores da Grécia ou da Roma, local onde existia a verdadeira agência da cultura, e da filosofia viessem ao encontro da caridade, como entendia Jesus, era a própria presença Dele nos ensinamentos e nas palavras.
O ponto fundamental dessa afirmativa é muito claro na palavra que Ele configurou.
A história naturalmente é verdadeira, na qual bem conhecemos na parábola do bom samaritano.
Disse-nos Jesus:
Com a beleza que imprime em suas palavras, um homem foi assaltado em determinado sector da estrada, ferido, e extremamente humilhado, sofria as consequências do assalto, quando passou por ali um responsável religioso e um doutor, e ambos se afastaram e coloram-se à distância, mas um bom samaritano viu o ferido caído na terra;
descendo de seu cavalo, compadeceu-se da vítima que não conhecia, e não lhe pertencia a responsabilidade, mas o espírito da verdadeira caridade.
Colocou o ferido em seu cavalo e dirigiu-se a uma hospedaria e conduziu aquele homem anónimo ao proprietário da instituição, pedindo socorro, para que atendesse as primeiras necessidades do ferido.
Chamou o chefe da casa e recomendou-lhe a cautela bondade que tratasse de todas as necessidades, quanto à recuperação daquele homem.
Prometeu que voltaria e pagaria todas as despesas que por acaso houvesse.
Começou aí o ensinamento de Jesus, com a presença da caridade.
Socorro, disponibilidade de auxílio e a parábola alcançou os teólogos.
Encontrando um irmão naquele necessitado, dispensou amparo, e valendo da hospedaria completou o acto de caridade.
A caridade não conhece problemas pessoais, não considera diferença de classes, começaram então os cristãos a se lembrar daquele homem caído na estrada, compreenderam que ao encontro de um necessitado carente de atenção e amor, aí começa a caridade, a benevolência e o amparo ao próximo.
Na caridade que se tornou padrão de conduta que Allan Kardec, quando legou as comunidades humanas, os livros.
Quanto mais nos distanciamos de Jesus, mais próximo Ele está de nós, pelos ensinamentos que absorvemos.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
A caridade que amparou a 300 heróis, do Cristianismo de fazer alguma coisa que possa dar significado a nossa Terra, aqueles que acreditavam nos ensinamentos do Cristo, se reuniram em casa de difícil acesso, em catacumbas, porque o ensinamento do Cristo, estava preso, Jesus começou a estabelecer a caridade e o perdão preciso, criou em torno dele as actividades que levou ao sacrifício e no operar, amparar, que significam atitudes diárias em nossa vida, porque quando não fazemos isso, às vezes por uma simples migalha, nos envergonhamos de nós mesmos e devemos não nos aproximar dos ensinos daqueles que praticam os grilhões sobre os outros, e provocam os processos de escravidão, e isso tudo existe.
Mas Jesus está presente em nós, e não conseguiremos fugir porque Ele nos marcou com o próprio sacrifício.
Nesta Casa, na vida doméstica e social, a caridade é a Presença de Cristo em nosso meio.
O Espírito da Verdade, escreveu no capítulo XV do Evangelho Segundo o Espiritismo, "fora da caridade não há salvação", esta que começou com Jesus está a nosso dispor.
Muitas vezes, aqueles que se retiram da vida comum para se entregar em Jesus, encontrarão nas muralhas dos conventos, seus locais de recolhimento, onde, na verdade encontrarão os rótulos de solidão.
Nós estamos libertos de qualquer processo de coacção para sermos continuadores de sua missão divina.
A caridade é desde uma doacção de uma grande fortuna, até a doacção de um prato de sopa, a caridade é Jesus.
Bem aventurados vós que sofreis, vinde a mim que vos aliviarei.
Espalhemos nossas migalhas para darmos o quase nada que temos àqueles que nada têm.
Inspirai para os espíritos da Terra que querem fazer e não podem.
Ele não nos prometeu a vida fácil, prometeu o alivio, para aquele que auxilia, não prometeu a facilidade nem a felicidade imediata, mas a esperança o prato de carinho, a xícara de misericórdia, para que você possa atender o chamado do alívio, com a palavra, com a frase, o bilhete, uma flor, que pode modificar muitas vidas, distribuindo as quotas de alívio.
Não podemos fechar uma casa desapontando e decepcionando, causando desânimo naqueles que precisam ser amparados.
Não podemos fazer o máximo, às vezes nem o mínimo, mas um pouco de consolo poderemos oferecer".
Chico Xavier
Desculpe-nos por algum ponto que tenha ficado em dúvida, pois se houve deficiência, esta sem dúvida é nossa, ao copiar.
Mas foi para todos uma grande felicidade, poder estar naquela data no Grupo Espírita da Prece em Uberaba, Casa que para nós, como para todos os Espíritas, de grande representatividade.
Chico está extremamente enfermo, com seus 88 anos de idade, e 71 anos de mediunidade, ainda nos dando o vivo exemplo de que muito mais podemos fazer por esta que é a doutrina consoladora, e a todos nossos irmãos que se encontram em busca de um alívio para suas dores.
Chico, o "homem coração", e dizemos mais, dentre os bons adjectivos, é aquele que soube reunir evangelho e vida, não somente interpretando, mas vivificando.
Grupo Espírita da Prece
(Publicado no Boletim GEAE Número 320 de 24 de novembro de 1998)
§.§.§- O-canto-da-ave
A caridade que amparou a 300 heróis, do Cristianismo de fazer alguma coisa que possa dar significado a nossa Terra, aqueles que acreditavam nos ensinamentos do Cristo, se reuniram em casa de difícil acesso, em catacumbas, porque o ensinamento do Cristo, estava preso, Jesus começou a estabelecer a caridade e o perdão preciso, criou em torno dele as actividades que levou ao sacrifício e no operar, amparar, que significam atitudes diárias em nossa vida, porque quando não fazemos isso, às vezes por uma simples migalha, nos envergonhamos de nós mesmos e devemos não nos aproximar dos ensinos daqueles que praticam os grilhões sobre os outros, e provocam os processos de escravidão, e isso tudo existe.
Mas Jesus está presente em nós, e não conseguiremos fugir porque Ele nos marcou com o próprio sacrifício.
Nesta Casa, na vida doméstica e social, a caridade é a Presença de Cristo em nosso meio.
O Espírito da Verdade, escreveu no capítulo XV do Evangelho Segundo o Espiritismo, "fora da caridade não há salvação", esta que começou com Jesus está a nosso dispor.
Muitas vezes, aqueles que se retiram da vida comum para se entregar em Jesus, encontrarão nas muralhas dos conventos, seus locais de recolhimento, onde, na verdade encontrarão os rótulos de solidão.
Nós estamos libertos de qualquer processo de coacção para sermos continuadores de sua missão divina.
A caridade é desde uma doacção de uma grande fortuna, até a doacção de um prato de sopa, a caridade é Jesus.
Bem aventurados vós que sofreis, vinde a mim que vos aliviarei.
Espalhemos nossas migalhas para darmos o quase nada que temos àqueles que nada têm.
Inspirai para os espíritos da Terra que querem fazer e não podem.
Ele não nos prometeu a vida fácil, prometeu o alivio, para aquele que auxilia, não prometeu a facilidade nem a felicidade imediata, mas a esperança o prato de carinho, a xícara de misericórdia, para que você possa atender o chamado do alívio, com a palavra, com a frase, o bilhete, uma flor, que pode modificar muitas vidas, distribuindo as quotas de alívio.
Não podemos fechar uma casa desapontando e decepcionando, causando desânimo naqueles que precisam ser amparados.
Não podemos fazer o máximo, às vezes nem o mínimo, mas um pouco de consolo poderemos oferecer".
Chico Xavier
Desculpe-nos por algum ponto que tenha ficado em dúvida, pois se houve deficiência, esta sem dúvida é nossa, ao copiar.
Mas foi para todos uma grande felicidade, poder estar naquela data no Grupo Espírita da Prece em Uberaba, Casa que para nós, como para todos os Espíritas, de grande representatividade.
Chico está extremamente enfermo, com seus 88 anos de idade, e 71 anos de mediunidade, ainda nos dando o vivo exemplo de que muito mais podemos fazer por esta que é a doutrina consoladora, e a todos nossos irmãos que se encontram em busca de um alívio para suas dores.
Chico, o "homem coração", e dizemos mais, dentre os bons adjectivos, é aquele que soube reunir evangelho e vida, não somente interpretando, mas vivificando.
Grupo Espírita da Prece
(Publicado no Boletim GEAE Número 320 de 24 de novembro de 1998)
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Espiritismo e Proselitismo
Robson Gonçalves
Ao longo de toda a história humana, o proselitismo sempre foi um importante factor de difusão das ideias religiosas.
Obviamente, não estamos tratando o termo "proselitismo" em sentido pejorativo;
muito ao contrário, entendemos proselitismo simplesmente como qualquer acção com o intuito de conquistar adeptos para uma determinada crença.
Nesse sentido, as grandes pregações, as viagens apostólicas, as manifestações públicas de fé e mesmo os martírios foram poderosos instrumentos de divulgação doutrinária, contribuindo com o amadurecimento moral da humanidade e com a conquista de adeptos pelas doutrinas renovadoras.
Na actualidade, diversos credos religiosos, dentre os quais o próprio Espiritismo, ganham espaço nos meios de comunicação de massa:
programas de rádio, de televisão, periódicos, páginas na internet (como esta), todos são novos veículos de nossas atividades de divulgação.
Dos manuscritos da antiguidade às mensagens electrónicas de hoje, porém, o objectivo é um só:
facilitar a circulação de preceitos e a divulgação de nossas crenças, fazendo nossa mensagem chegar a mais e mais adeptos em potencial.
Em uma única expressão, são todas manifestações de legítimo proselitismo.
Afinal, qual de nós, acreditando ter descoberto um corpo doutrinário elevado e, ao menos em princípio, capaz de contribuir com a nossa paz de espírito, não vai querer partilhá-lo com aqueles que ama?
Nesse sentido, toda actividade de divulgação das crenças religiosas é um acto de amor, e o próprio Espiritismo não cessa de afirmar que, muito mais do que pelo martírio da cruz, Jesus manifestou seu amor pela humanidade terrena descendo até a esfera material e suportando a opressão da convivência com espíritos muitíssimos menos evoluídos em um verdadeiro acto de renúncia, acto esse que culminou com seu sacrifício no Calvário.
Seu intuito não foi outro senão o de dar divulgação às verdades eternas Ele próprio, vivendo-as.
Mas é no próprio Evangelho, cujo conteúdo é iluminado pela Revelação Espírita, que devemos buscar um marco capaz de separar o proselitismo legítimo da propaganda vazia e da opressão religiosa.
Acredito, inclusive, que esta distinção pode contribuir directamente para orientar nossa convivência com outros credos religiosos os quais, por sua vez, também estão envolvidos em diversas actividades proselitistas.
Na actualidade, é relativo consenso entre os estudiosos do comportamento humano que vivemos em um ambiente de excesso de informação.
Até há cerca de 200 anos atrás, a vida do cidadão comum era terrivelmente mais simples.
Continua...
Ao longo de toda a história humana, o proselitismo sempre foi um importante factor de difusão das ideias religiosas.
Obviamente, não estamos tratando o termo "proselitismo" em sentido pejorativo;
muito ao contrário, entendemos proselitismo simplesmente como qualquer acção com o intuito de conquistar adeptos para uma determinada crença.
Nesse sentido, as grandes pregações, as viagens apostólicas, as manifestações públicas de fé e mesmo os martírios foram poderosos instrumentos de divulgação doutrinária, contribuindo com o amadurecimento moral da humanidade e com a conquista de adeptos pelas doutrinas renovadoras.
Na actualidade, diversos credos religiosos, dentre os quais o próprio Espiritismo, ganham espaço nos meios de comunicação de massa:
programas de rádio, de televisão, periódicos, páginas na internet (como esta), todos são novos veículos de nossas atividades de divulgação.
Dos manuscritos da antiguidade às mensagens electrónicas de hoje, porém, o objectivo é um só:
facilitar a circulação de preceitos e a divulgação de nossas crenças, fazendo nossa mensagem chegar a mais e mais adeptos em potencial.
Em uma única expressão, são todas manifestações de legítimo proselitismo.
Afinal, qual de nós, acreditando ter descoberto um corpo doutrinário elevado e, ao menos em princípio, capaz de contribuir com a nossa paz de espírito, não vai querer partilhá-lo com aqueles que ama?
Nesse sentido, toda actividade de divulgação das crenças religiosas é um acto de amor, e o próprio Espiritismo não cessa de afirmar que, muito mais do que pelo martírio da cruz, Jesus manifestou seu amor pela humanidade terrena descendo até a esfera material e suportando a opressão da convivência com espíritos muitíssimos menos evoluídos em um verdadeiro acto de renúncia, acto esse que culminou com seu sacrifício no Calvário.
Seu intuito não foi outro senão o de dar divulgação às verdades eternas Ele próprio, vivendo-as.
Mas é no próprio Evangelho, cujo conteúdo é iluminado pela Revelação Espírita, que devemos buscar um marco capaz de separar o proselitismo legítimo da propaganda vazia e da opressão religiosa.
Acredito, inclusive, que esta distinção pode contribuir directamente para orientar nossa convivência com outros credos religiosos os quais, por sua vez, também estão envolvidos em diversas actividades proselitistas.
Na actualidade, é relativo consenso entre os estudiosos do comportamento humano que vivemos em um ambiente de excesso de informação.
Até há cerca de 200 anos atrás, a vida do cidadão comum era terrivelmente mais simples.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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O progresso material que obtivemos nesse período, além de restrito a uma parcela relativamente pequena da população do planeta, impôs um elevado custo em termos de uma tremenda complexificação da vida quotidiana.
Andar pelas ruas das grandes cidades hoje é ser bombardeado por um fluxo contínuo de informações:
sinais de trânsito, qualidade do ar, horário, propagandas colocadas por toda parte, jornais afixados nas bancas, cartazes colados nos muros.
Necessariamente, esse volume imenso de informação acaba por encontrar limites na própria capacidade humana de assimilá-lo e processá-lo.
Não é por outro motivo que o proselitismo moderno tem se deslocado das praças públicas para os meios de comunicação de massa.
E a própria existência de um informativo como o do GEEA, capaz de colocar em contacto pessoas ao redor do mundo com grande rapidez e eficiência, é prova de que o proselitismo religioso pode aproveitar-se desses meios de comunicação de forma eficaz.
No entanto, é preciso estar atento para as perdas impostas, não pelos meios de comunicação de massa em si, mas por aquele excesso de informação a que nos referimos.
Quando se estabelece um meio e comunicação de massa, desde o "outdoor" até a internet, inicia-se uma verdadeira corrida entre aqueles que desejam fazer sua mensagem chegar até o público.
Se alguém deixa de utilizar-se desse meio, certamente ficará em desvantagem em relação ao demais.
Ao nível das empresas, por exemplo, se uma inicia uma estratégia mais eficaz de propaganda, as demais terão que seguí-la ou mesmo superá-la através da adopção dessa estratégia ou de outra ainda mais eficaz.
Porém, as actividades de divulgação religiosa, assim como todas as outras actividades ligadas à comunicação, acabam se tornando vítimas de suas próprias tentativas de incrementar sua capacidade de se fazerem ouvir.
Quando as estratégias de comunicação de massa se avolumam, o excesso de informação acaba fazendo com que as pessoas comecem a se tornar cada vez menos sensíveis ao conteúdo das mensagens.
A partir daí, ainda em uma tentativa de promover algum tipo de diferenciação, aqueles que desejam manter estratégias bem sucedidas de comunicação de massa acabam por privilegiar a forma com o intuito de chamar a atenção das pessoas, muitas vezes tentando simplesmente chocá-las.
Os casos de campanhas publicitárias polémicas ilustra esse facto.
A discussão que se cria em torno da forma de comunicação acaba despertando um interesse quase irracional pelo conteúdo dos produtos, objecto das estratégias de "marketing".
Em um extremo oposto, como poderíamos esquecer de recente campanha publicitária que se utilizou de crianças vestidas de animais para vender produtos alimentícios?
Continua...
O progresso material que obtivemos nesse período, além de restrito a uma parcela relativamente pequena da população do planeta, impôs um elevado custo em termos de uma tremenda complexificação da vida quotidiana.
Andar pelas ruas das grandes cidades hoje é ser bombardeado por um fluxo contínuo de informações:
sinais de trânsito, qualidade do ar, horário, propagandas colocadas por toda parte, jornais afixados nas bancas, cartazes colados nos muros.
Necessariamente, esse volume imenso de informação acaba por encontrar limites na própria capacidade humana de assimilá-lo e processá-lo.
Não é por outro motivo que o proselitismo moderno tem se deslocado das praças públicas para os meios de comunicação de massa.
E a própria existência de um informativo como o do GEEA, capaz de colocar em contacto pessoas ao redor do mundo com grande rapidez e eficiência, é prova de que o proselitismo religioso pode aproveitar-se desses meios de comunicação de forma eficaz.
No entanto, é preciso estar atento para as perdas impostas, não pelos meios de comunicação de massa em si, mas por aquele excesso de informação a que nos referimos.
Quando se estabelece um meio e comunicação de massa, desde o "outdoor" até a internet, inicia-se uma verdadeira corrida entre aqueles que desejam fazer sua mensagem chegar até o público.
Se alguém deixa de utilizar-se desse meio, certamente ficará em desvantagem em relação ao demais.
Ao nível das empresas, por exemplo, se uma inicia uma estratégia mais eficaz de propaganda, as demais terão que seguí-la ou mesmo superá-la através da adopção dessa estratégia ou de outra ainda mais eficaz.
Porém, as actividades de divulgação religiosa, assim como todas as outras actividades ligadas à comunicação, acabam se tornando vítimas de suas próprias tentativas de incrementar sua capacidade de se fazerem ouvir.
Quando as estratégias de comunicação de massa se avolumam, o excesso de informação acaba fazendo com que as pessoas comecem a se tornar cada vez menos sensíveis ao conteúdo das mensagens.
A partir daí, ainda em uma tentativa de promover algum tipo de diferenciação, aqueles que desejam manter estratégias bem sucedidas de comunicação de massa acabam por privilegiar a forma com o intuito de chamar a atenção das pessoas, muitas vezes tentando simplesmente chocá-las.
Os casos de campanhas publicitárias polémicas ilustra esse facto.
A discussão que se cria em torno da forma de comunicação acaba despertando um interesse quase irracional pelo conteúdo dos produtos, objecto das estratégias de "marketing".
Em um extremo oposto, como poderíamos esquecer de recente campanha publicitária que se utilizou de crianças vestidas de animais para vender produtos alimentícios?
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Claramente, a pedra angular daquela campanha não foi o conteúdo dos produtos.
De todo forma, tal facto demonstra que as pessoas tornaram-se menos sensíveis aos conteúdos das mensagens recebidas através dos meios de comunicação de massa.
Apenas para sintetizar tal processo em uma palavra, a crescente perda de importância do conteúdo em favor da forma resulta na "massificação" da informação.
Dito isso, como relacionar tais factos ao proselitismo religioso?
Acredito que o ponto a reter aqui é que as atividades de divulgação do Espiritismo, ainda que possam e mesmo devam utilizar-se dos meios mais avançados de comunicação, jamais devem se deixar apanhar pela crescente desvalorização do conteúdo em favor da forma.
Dois exemplos (um singelo e outro de grande significado Doutrinário) poderão ilustrar este ponto.
Certa vez, um colega de serviço perguntou a um nosso companheiro espírita:
"Qual a sua religião?"
Ao saber que ele era espírita, o tal colega afirmou:
"Eu sabia...! Você parece mesmo espírita."
Ouvindo esse diálogo, não pude deixar de perguntar ao primeiro afinal o que o fazia ter tal "desconfiança".
O colega de serviço respondeu:
"Vocês espíritas têm algumas coisas em comum.
São pessoas mais calmas e mais optimistas.
Ao mesmo tempo, vocês são muito discretos.
Evitam grandes discussões religiosas com pessoas de outras crenças.
Coisas assim".
Ficou patente para mim, desde então, que a melhor propaganda de nossa Doutrina era a vivência de nossas crenças, a exemplo do que fez o próprio Jesus.
A calma e o optimismo são verdadeiras virtudes espíritas, as quais devem estar presentes na vida de quem acredita que o acaso não existe, e que a verdadeira vida se vive com o espírito.
Naquele momento, também não pude deixar de lembrar da passagem evangélica que narra o encontro de Jesus com seus discípulos no caminho de Emaús, após o Calvário.
Jesus se apresenta a seus discípulos com seu espírito materializado.
Seu aspecto externo, porém, não é reconhecido pelos discípulos enquanto estão na estrada.
Ao longo do caminho, eles discutem textos sagrados e, ao chegarem a Emaús, os discípulos o convidam para cear.
Só então, com Jesus materializado sentado à mesa, Ele se faz reconhecer através da forma como parte o pão.
Subitamente, seu espírito se desmaterializa.
Os discípulos, ainda atónitos, se perguntam como não o reconheceram antes mas também dizem que, ao longo do caminho, enquanto mantinham aquela conversação elevada, seus corações ardiam com o vigor das palavras do Mestre.
Fica a lição.
Muito mais do que a mera forma exterior, é o teor de nossos actos e palavras que nos distinguem.
Continua...
Claramente, a pedra angular daquela campanha não foi o conteúdo dos produtos.
De todo forma, tal facto demonstra que as pessoas tornaram-se menos sensíveis aos conteúdos das mensagens recebidas através dos meios de comunicação de massa.
Apenas para sintetizar tal processo em uma palavra, a crescente perda de importância do conteúdo em favor da forma resulta na "massificação" da informação.
Dito isso, como relacionar tais factos ao proselitismo religioso?
Acredito que o ponto a reter aqui é que as atividades de divulgação do Espiritismo, ainda que possam e mesmo devam utilizar-se dos meios mais avançados de comunicação, jamais devem se deixar apanhar pela crescente desvalorização do conteúdo em favor da forma.
Dois exemplos (um singelo e outro de grande significado Doutrinário) poderão ilustrar este ponto.
Certa vez, um colega de serviço perguntou a um nosso companheiro espírita:
"Qual a sua religião?"
Ao saber que ele era espírita, o tal colega afirmou:
"Eu sabia...! Você parece mesmo espírita."
Ouvindo esse diálogo, não pude deixar de perguntar ao primeiro afinal o que o fazia ter tal "desconfiança".
O colega de serviço respondeu:
"Vocês espíritas têm algumas coisas em comum.
São pessoas mais calmas e mais optimistas.
Ao mesmo tempo, vocês são muito discretos.
Evitam grandes discussões religiosas com pessoas de outras crenças.
Coisas assim".
Ficou patente para mim, desde então, que a melhor propaganda de nossa Doutrina era a vivência de nossas crenças, a exemplo do que fez o próprio Jesus.
A calma e o optimismo são verdadeiras virtudes espíritas, as quais devem estar presentes na vida de quem acredita que o acaso não existe, e que a verdadeira vida se vive com o espírito.
Naquele momento, também não pude deixar de lembrar da passagem evangélica que narra o encontro de Jesus com seus discípulos no caminho de Emaús, após o Calvário.
Jesus se apresenta a seus discípulos com seu espírito materializado.
Seu aspecto externo, porém, não é reconhecido pelos discípulos enquanto estão na estrada.
Ao longo do caminho, eles discutem textos sagrados e, ao chegarem a Emaús, os discípulos o convidam para cear.
Só então, com Jesus materializado sentado à mesa, Ele se faz reconhecer através da forma como parte o pão.
Subitamente, seu espírito se desmaterializa.
Os discípulos, ainda atónitos, se perguntam como não o reconheceram antes mas também dizem que, ao longo do caminho, enquanto mantinham aquela conversação elevada, seus corações ardiam com o vigor das palavras do Mestre.
Fica a lição.
Muito mais do que a mera forma exterior, é o teor de nossos actos e palavras que nos distinguem.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Acredito que o principal motivo de esta narrativa tão singela ter sobrevivido nos textos sagrados do cristianismo é a ênfase que se dá através dela à importância da vivência doutrinária, da exemplificação viva da fé, e do aspecto enganador que o formalismo pode ter para nós, espíritos ainda tão distantes da perfeição.
Nesta era de excesso de informações e de conteúdos cada vez mais colocados em segundo plano, os legítimos proselitistas espíritas, dentre os quais eu próprio me incluo, devem estar atentos.
Devemos nos furtar a actividades de difusão de nossas crenças que, por qualquer motivo, sacrifiquem o conteúdo doutrinário em favor de uma enganosa maior "eficiência" em termos de divulgação e "conquista de novos adeptos".
Felizes de nós, espíritas, enquanto pudermos ser reconhecidos por nossas virtudes, desde a fraternidade (máxima cristã), até o optimismo, a calma e a discrição (típicas de nossa Doutrina).
Da mesma forma, diante do proselitismo de outros credos, devemos sustentar uma atitude de respeito.
Em primeiro lugar porque, assim como nós próprios, os legítimos proselitistas de outros credos estão envolvidos em uma atitude que visa compartilhar com o próximo uma crença que julgam poder contribuir com seu aprimoramento moral.
Além disso, é um preceito elementar na actividade de comunicação que toda mensagem transmitida precisa ser assimilável por quem recebe.
Não basta que um canal de tv gere o sinal da mais sofisticada programação se as pessoas só possuírem aparelhos de rádio.
Assim, ainda que outros credos possam estar menos adiantados que nossa Doutrina em diversos aspectos morais e filosóficos, é possível que estejam prestando sua contribuição com o aprimoramento daqueles que se encontram ainda mais atrasados no caminho de sua própria evolução espiritual.
Assim, se outros credos estiverem se utilizando dos meios de comunicação de massa e transmitindo mensagens religiosas de conteúdo moral e filosófico escasso mas com grande impacto por conta da forma, isto jamais deverá ser pretexto para que nós, espíritas, adoptemos as mesmas práticas.
É possível que o "sucesso" de tal actividade proselitista, em termos da conquista de novos adeptos, deva-se menos ao uso "eficaz" dos meios de comunicação de massa e muito mais à incapacidade da maioria de nossos irmãos de assimilar preceitos filosoficamente mais densos.
Aqui, porém, cabe lembrar outro preceito retirado do Evangelho:
quem não é contra nós, é a nosso favor.
Fica, em resumo, minha tese singela de que os espíritas como nós, que buscam fazer bom uso dos novos meios de comunicação de massa, devem evitar a massificação doutrinária.
A via mais fácil da "conquista" de um grande número de adeptos, se não estiver respaldada no nível de evolução espiritual de todos, cedo irá se mostrar um caminho enganoso, como toda "porta larga".
(Publicado no Boletim GEAE Número 320 de 24 de novembro de 1998)
§.§.§- O-canto-da-ave
Acredito que o principal motivo de esta narrativa tão singela ter sobrevivido nos textos sagrados do cristianismo é a ênfase que se dá através dela à importância da vivência doutrinária, da exemplificação viva da fé, e do aspecto enganador que o formalismo pode ter para nós, espíritos ainda tão distantes da perfeição.
Nesta era de excesso de informações e de conteúdos cada vez mais colocados em segundo plano, os legítimos proselitistas espíritas, dentre os quais eu próprio me incluo, devem estar atentos.
Devemos nos furtar a actividades de difusão de nossas crenças que, por qualquer motivo, sacrifiquem o conteúdo doutrinário em favor de uma enganosa maior "eficiência" em termos de divulgação e "conquista de novos adeptos".
Felizes de nós, espíritas, enquanto pudermos ser reconhecidos por nossas virtudes, desde a fraternidade (máxima cristã), até o optimismo, a calma e a discrição (típicas de nossa Doutrina).
Da mesma forma, diante do proselitismo de outros credos, devemos sustentar uma atitude de respeito.
Em primeiro lugar porque, assim como nós próprios, os legítimos proselitistas de outros credos estão envolvidos em uma atitude que visa compartilhar com o próximo uma crença que julgam poder contribuir com seu aprimoramento moral.
Além disso, é um preceito elementar na actividade de comunicação que toda mensagem transmitida precisa ser assimilável por quem recebe.
Não basta que um canal de tv gere o sinal da mais sofisticada programação se as pessoas só possuírem aparelhos de rádio.
Assim, ainda que outros credos possam estar menos adiantados que nossa Doutrina em diversos aspectos morais e filosóficos, é possível que estejam prestando sua contribuição com o aprimoramento daqueles que se encontram ainda mais atrasados no caminho de sua própria evolução espiritual.
Assim, se outros credos estiverem se utilizando dos meios de comunicação de massa e transmitindo mensagens religiosas de conteúdo moral e filosófico escasso mas com grande impacto por conta da forma, isto jamais deverá ser pretexto para que nós, espíritas, adoptemos as mesmas práticas.
É possível que o "sucesso" de tal actividade proselitista, em termos da conquista de novos adeptos, deva-se menos ao uso "eficaz" dos meios de comunicação de massa e muito mais à incapacidade da maioria de nossos irmãos de assimilar preceitos filosoficamente mais densos.
Aqui, porém, cabe lembrar outro preceito retirado do Evangelho:
quem não é contra nós, é a nosso favor.
Fica, em resumo, minha tese singela de que os espíritas como nós, que buscam fazer bom uso dos novos meios de comunicação de massa, devem evitar a massificação doutrinária.
A via mais fácil da "conquista" de um grande número de adeptos, se não estiver respaldada no nível de evolução espiritual de todos, cedo irá se mostrar um caminho enganoso, como toda "porta larga".
(Publicado no Boletim GEAE Número 320 de 24 de novembro de 1998)
§.§.§- O-canto-da-ave
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Kardec e a questão do corpo físico de Jesus
Grupo de Estudos Avançados Espíritas
(Trechos do Capítulo XV - Os Milagres do Evangelho, A Génese - FEB, tradução de Guillon Ribeiro, extraídos da versão electrónica publicada em CD-ROM pela editora "A Palavra Digital", http://www.apalavradigital.com.br)
Superioridade da Natureza do Cristo
1. - Os factos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenómenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma.
Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo precedente, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito.
A História regista outros análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram.
Pode-se, é certo, contestar, no que concerne a este ponto, a veracidade da História;
mas, hoje, eles se produzem às nossas vistas e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais.
O só facto da reprodução de um fenómeno, em condições idênticas, basta para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenómenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispiritual, que constituí o agente magnético;
nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte;
e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força activa da Natureza.
Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos factos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.
2. - Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre.
Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros directos confia, para cumprimento de seus desígnios.
Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino.
Como homem, tinha a organização dos seres carnais;
porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível.
Continua...
(Trechos do Capítulo XV - Os Milagres do Evangelho, A Génese - FEB, tradução de Guillon Ribeiro, extraídos da versão electrónica publicada em CD-ROM pela editora "A Palavra Digital", http://www.apalavradigital.com.br)
Superioridade da Natureza do Cristo
1. - Os factos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenómenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma.
Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo precedente, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito.
A História regista outros análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram.
Pode-se, é certo, contestar, no que concerne a este ponto, a veracidade da História;
mas, hoje, eles se produzem às nossas vistas e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais.
O só facto da reprodução de um fenómeno, em condições idênticas, basta para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenómenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispiritual, que constituí o agente magnético;
nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte;
e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força activa da Natureza.
Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos factos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.
2. - Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre.
Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros directos confia, para cumprimento de seus desígnios.
Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino.
Como homem, tinha a organização dos seres carnais;
porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (cap. XIV, nº 9).
Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis.
Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns.
O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenómenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos.
A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem.
Agiria como médium nas curas que operava?
Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador?
Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros.
Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças.
Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir?
Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir.
Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
(...)
Desaparecimento do Corpo de Jesus
64. - O desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte há sido objecto de inúmeros comentários.
Atestam-no os quatro evangelistas, baseados nas narrativas das mulheres que foram ao sepulcro no terceiro dia depois da crucificação e lá não o encontraram.
Viram alguns, nesse desaparecimento, um facto milagroso, atribuindo-o outros a uma subtracção clandestina.
Segundo outra opinião, Jesus não teria tido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico;
não teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangível;
numa palavra: uma espécie de agénere.
Seu nascimento, sua morte e todos os actos materiais de sua vida teriam sido apenas aparentes.
Assim foi que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluídico, pode desaparecer do sepulcro e com esse mesmo corpo é que ele se teria mostrado depois de sua morte.
É fora de dúvida que semelhante facto não se pode considerar radicalmente impossível, dentro do que hoje se sabe acerca das propriedades dos fluidos;
mas, seria, pelo menos, inteiramente excepcional e em formal oposição ao carácter dos agéneres.
(Cap. XIV, nº 36.)
Continua...
A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (cap. XIV, nº 9).
Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis.
Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns.
O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenómenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos.
A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem.
Agiria como médium nas curas que operava?
Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador?
Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros.
Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças.
Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir?
Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir.
Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
(...)
Desaparecimento do Corpo de Jesus
64. - O desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte há sido objecto de inúmeros comentários.
Atestam-no os quatro evangelistas, baseados nas narrativas das mulheres que foram ao sepulcro no terceiro dia depois da crucificação e lá não o encontraram.
Viram alguns, nesse desaparecimento, um facto milagroso, atribuindo-o outros a uma subtracção clandestina.
Segundo outra opinião, Jesus não teria tido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico;
não teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangível;
numa palavra: uma espécie de agénere.
Seu nascimento, sua morte e todos os actos materiais de sua vida teriam sido apenas aparentes.
Assim foi que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluídico, pode desaparecer do sepulcro e com esse mesmo corpo é que ele se teria mostrado depois de sua morte.
É fora de dúvida que semelhante facto não se pode considerar radicalmente impossível, dentro do que hoje se sabe acerca das propriedades dos fluidos;
mas, seria, pelo menos, inteiramente excepcional e em formal oposição ao carácter dos agéneres.
(Cap. XIV, nº 36.)
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Trata-se, pois, de saber se tal hipótese é admissível, se os factos a confirmam ou contradizem.
65. - A estada de Jesus na Terra apresenta dois períodos:
o que precedeu e o que se seguiu à sua morte.
No primeiro, desde o momento da concepção até o nascimento, tudo se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias da vida (*).
Desde o seu nascimento até a sua morte, tudo, em seus actos, na sua linguagem e nas diversas circunstâncias da sua vida, revela os caracteres inequívocos da corporeidade.
São acidentais os fenómenos de ordem psíquica que nele se produzem e nada têm de anómalos, pois que se explicam pelas propriedades do perispírito e se dão, em graus diferentes, noutros indivíduos.
Depois de sua morte, ao contrário, tudo nele revela o ser fluídico.
É tão marcada a diferença entre os dois estados, que não podem ser assimilados.
O corpo carnal tem as propriedades inerentes à matéria propriamente dita, propriedades que diferem essencialmente das dos fluidos etéreos;
naquela, a desorganização se opera pela ruptura da coesão molecular.
Ao penetrar no corpo material, um instrumento cortante lhe divide os tecidos;
se os órgãos essenciais à vida são atacados, cessa-lhes o funcionamento e sobrevém a morte, isto é, a do corpo.
Não existindo nos corpos fluídicos essa coesão, a vida aí já não repousa no jogo de órgãos especiais e não se podem produzir desordens análogas àquelas.
Um instrumento cortante ou outro qualquer penetra num corpo fluídico como se penetrasse numa massa de vapor, sem lhe ocasionar qualquer lesão.
Tal a razão por que não podem morrer os corpos dessa espécie e por que os seres fluídicos, designados pelo nome de agéneres, não podem ser mortos.
Após o suplício de Jesus, seu corpo se conservou inerte e sem vida;
foi sepultado como o são de ordinário os corpos e todos o puderam ver e tocar.
Após a sua ressurreição, quando quis deixar a Terra, não morreu de novo;
seu corpo se elevou, desvaneceu e desapareceu, sem deixar qualquer vestígio, prova evidente de que aquele corpo era de natureza diversa da do que pereceu na cruz;
donde forçoso é concluir que, se foi possível que Jesus morresse, é que carnal era o seu corpo.
Por virtude das suas propriedades materiais, o corpo carnal é a sede das sensações e das dores físicas, que repercutem no centro sensitivo ou Espírito.
Quem sofre não é o corpo, é o Espírito recebendo o contragolpe das lesões ou alterações dos tecidos orgânicos.
Continua...
Trata-se, pois, de saber se tal hipótese é admissível, se os factos a confirmam ou contradizem.
65. - A estada de Jesus na Terra apresenta dois períodos:
o que precedeu e o que se seguiu à sua morte.
No primeiro, desde o momento da concepção até o nascimento, tudo se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias da vida (*).
Desde o seu nascimento até a sua morte, tudo, em seus actos, na sua linguagem e nas diversas circunstâncias da sua vida, revela os caracteres inequívocos da corporeidade.
São acidentais os fenómenos de ordem psíquica que nele se produzem e nada têm de anómalos, pois que se explicam pelas propriedades do perispírito e se dão, em graus diferentes, noutros indivíduos.
Depois de sua morte, ao contrário, tudo nele revela o ser fluídico.
É tão marcada a diferença entre os dois estados, que não podem ser assimilados.
O corpo carnal tem as propriedades inerentes à matéria propriamente dita, propriedades que diferem essencialmente das dos fluidos etéreos;
naquela, a desorganização se opera pela ruptura da coesão molecular.
Ao penetrar no corpo material, um instrumento cortante lhe divide os tecidos;
se os órgãos essenciais à vida são atacados, cessa-lhes o funcionamento e sobrevém a morte, isto é, a do corpo.
Não existindo nos corpos fluídicos essa coesão, a vida aí já não repousa no jogo de órgãos especiais e não se podem produzir desordens análogas àquelas.
Um instrumento cortante ou outro qualquer penetra num corpo fluídico como se penetrasse numa massa de vapor, sem lhe ocasionar qualquer lesão.
Tal a razão por que não podem morrer os corpos dessa espécie e por que os seres fluídicos, designados pelo nome de agéneres, não podem ser mortos.
Após o suplício de Jesus, seu corpo se conservou inerte e sem vida;
foi sepultado como o são de ordinário os corpos e todos o puderam ver e tocar.
Após a sua ressurreição, quando quis deixar a Terra, não morreu de novo;
seu corpo se elevou, desvaneceu e desapareceu, sem deixar qualquer vestígio, prova evidente de que aquele corpo era de natureza diversa da do que pereceu na cruz;
donde forçoso é concluir que, se foi possível que Jesus morresse, é que carnal era o seu corpo.
Por virtude das suas propriedades materiais, o corpo carnal é a sede das sensações e das dores físicas, que repercutem no centro sensitivo ou Espírito.
Quem sofre não é o corpo, é o Espírito recebendo o contragolpe das lesões ou alterações dos tecidos orgânicos.
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Re: Estudos Avançados Espíritas
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Num corpo sem Espírito, absolutamente nula é a sensação.
Pela mesma razão, o Espírito, sem corpo material, não pode experimentar os sofrimentos, visto que estes resultam da alteração da matéria, donde também forçoso é se conclua que, se Jesus sofreu materialmente, do que não se pode duvidar, é que ele tinha um corpo material de natureza semelhante ao de toda gente.
66. - Aos factos materiais juntam-se fortíssimas considerações morais.
Se as condições de Jesus, durante a sua vida, fossem as dos seres fluídicos, ele não teria experimentado nem a dor, nem as necessidades do corpo.
Supor que assim haja sido é tirar-lhe o mérito da vida de privações e de sofrimentos que escolhera, como exemplo de resignação.
Se tudo nele fosse aparente, todos os actos de sua vida, a reiterada predição de sua morte, a cena dolorosa do Jardim das Oliveiras, sua prece a Deus para que lhe afastasse dos lábios o cálice de amarguras, sua paixão, sua agonia, tudo, até ao último brado, no momento de entregar o Espírito, não teria passado de vão simulacro, para enganar com relação à sua natureza e fazer crer num sacrifício ilusório de sua vida, numa comédia indigna de um homem simplesmente honesto, indigna, portanto, e com mais forte razão de um ser tão superior.
Numa palavra:
ele teria abusado da boa-fé dos seus contemporâneos e da posteridade.
Tais as consequências lógicas desse sistema, consequências inadmissíveis, porque o rebaixariam moralmente, em vez de o elevarem. (2)
Jesus, pois, teve, como todo homem, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é atestado pelos fenómenos materiais e pelos fenómenos psíquicos que lhe assinalaram a existência.
67. - Não é nova essa ideia sobre a natureza do corpo de Jesus.
No quarto século, Apolinário, de Laodicéia, chefe da seita dos apolinaristas, pretendia que Jesus não tomara um corpo como o nosso, mas um corpo impassível, que descera do céu ao seio da santa Virgem e que não nascera dela;
que, assim, Jesus não nascera, não sofrera e não morrera, senão em aparência.
Os apolinaristas foram anatematizados no concílio de Alexandria, em 360;
no de Roma, em 374;
e no de Constantinopla, em 381.
Tinham a mesma crença os Docetas (do grego dokein, aparecer), seita numerosa dos Gnósticos, que subsistiu durante os três primeiros séculos.
(*) Kardec acrescenta ao texto o comentário:
"Não falamos do mistério da encarnação, com o qual não temos que nos ocupar aqui e que será examinado ulteriormente".
Esse tema não chegou a ser tratado por Kardec, que desencarnou no ano seguinte ao da publicação da Génese.
(Publicado no Boletim GEAE Número 321 de 1 de dezembro de 1998)
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Num corpo sem Espírito, absolutamente nula é a sensação.
Pela mesma razão, o Espírito, sem corpo material, não pode experimentar os sofrimentos, visto que estes resultam da alteração da matéria, donde também forçoso é se conclua que, se Jesus sofreu materialmente, do que não se pode duvidar, é que ele tinha um corpo material de natureza semelhante ao de toda gente.
66. - Aos factos materiais juntam-se fortíssimas considerações morais.
Se as condições de Jesus, durante a sua vida, fossem as dos seres fluídicos, ele não teria experimentado nem a dor, nem as necessidades do corpo.
Supor que assim haja sido é tirar-lhe o mérito da vida de privações e de sofrimentos que escolhera, como exemplo de resignação.
Se tudo nele fosse aparente, todos os actos de sua vida, a reiterada predição de sua morte, a cena dolorosa do Jardim das Oliveiras, sua prece a Deus para que lhe afastasse dos lábios o cálice de amarguras, sua paixão, sua agonia, tudo, até ao último brado, no momento de entregar o Espírito, não teria passado de vão simulacro, para enganar com relação à sua natureza e fazer crer num sacrifício ilusório de sua vida, numa comédia indigna de um homem simplesmente honesto, indigna, portanto, e com mais forte razão de um ser tão superior.
Numa palavra:
ele teria abusado da boa-fé dos seus contemporâneos e da posteridade.
Tais as consequências lógicas desse sistema, consequências inadmissíveis, porque o rebaixariam moralmente, em vez de o elevarem. (2)
Jesus, pois, teve, como todo homem, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é atestado pelos fenómenos materiais e pelos fenómenos psíquicos que lhe assinalaram a existência.
67. - Não é nova essa ideia sobre a natureza do corpo de Jesus.
No quarto século, Apolinário, de Laodicéia, chefe da seita dos apolinaristas, pretendia que Jesus não tomara um corpo como o nosso, mas um corpo impassível, que descera do céu ao seio da santa Virgem e que não nascera dela;
que, assim, Jesus não nascera, não sofrera e não morrera, senão em aparência.
Os apolinaristas foram anatematizados no concílio de Alexandria, em 360;
no de Roma, em 374;
e no de Constantinopla, em 381.
Tinham a mesma crença os Docetas (do grego dokein, aparecer), seita numerosa dos Gnósticos, que subsistiu durante os três primeiros séculos.
(*) Kardec acrescenta ao texto o comentário:
"Não falamos do mistério da encarnação, com o qual não temos que nos ocupar aqui e que será examinado ulteriormente".
Esse tema não chegou a ser tratado por Kardec, que desencarnou no ano seguinte ao da publicação da Génese.
(Publicado no Boletim GEAE Número 321 de 1 de dezembro de 1998)
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Ler, Entender e Atender
Rogério Coelho
"Quem lê, entenda."
(Mc., 13:14.)
"Quem lê, atenda."
(Mc., 24:15.)
Uma das características do método de ensino de Jesus é levar a criatura a profundas reflexões, ao auto-conhecimento e, consequentemente, promover ela mesma o seu próprio esclarecimento.
Não Lhe passava desapercebido o detalhe da baixa estatura intelectual de Seus interlocutores, e a resposta-ensino era dosado de acordo com a capacidade de percepção de quantos Lhe recebiam a luz.
Estava o Mestre ciente de que a luz por demais intensa deslumbra e não clareia.
Chegou mesmo a declarar que tinha muitas outras coisas para dizer mas que não podíamos ainda suportar, deixando para o futuro "Consolador" a revelação e lembrança dessas coisas...
Em muitas ocasiões repetiu:
"Ouça quem tem ouvidos de ouvir;
veja quem tem olhos de ver" e equivocam-se os analistas perfuntórios se apenas vêem nessas palavras meros pleonasmos.
Jesus apenas queria aguçar a atenção das criaturas para as nuances mais delicadas do ensino.
Certa feita, para O tentar, um doutor da lei perguntou:
"Mestre, que preciso fazer para possuir a Vida Eterna?"
(Lc., 1:25 a 37.)
Jesus responde perguntando:
"Que é o que está escrito na lei?"
"Que é o que lês lá?"
Observemos o duplo questionamento de Jesus sem dar ao menos tempo para a resposta entre um e outro.
Todas as Suas atitudes reflectiam um propósito...
O único título que Ele admitiu receber foi o de Mestre.
Assim, Suas palavras, repassadas de ternura e lucidez, embora muitas vezes graves, estavam sempre onustas de ensinamentos.
Continua...
"Quem lê, entenda."
(Mc., 13:14.)
"Quem lê, atenda."
(Mc., 24:15.)
Uma das características do método de ensino de Jesus é levar a criatura a profundas reflexões, ao auto-conhecimento e, consequentemente, promover ela mesma o seu próprio esclarecimento.
Não Lhe passava desapercebido o detalhe da baixa estatura intelectual de Seus interlocutores, e a resposta-ensino era dosado de acordo com a capacidade de percepção de quantos Lhe recebiam a luz.
Estava o Mestre ciente de que a luz por demais intensa deslumbra e não clareia.
Chegou mesmo a declarar que tinha muitas outras coisas para dizer mas que não podíamos ainda suportar, deixando para o futuro "Consolador" a revelação e lembrança dessas coisas...
Em muitas ocasiões repetiu:
"Ouça quem tem ouvidos de ouvir;
veja quem tem olhos de ver" e equivocam-se os analistas perfuntórios se apenas vêem nessas palavras meros pleonasmos.
Jesus apenas queria aguçar a atenção das criaturas para as nuances mais delicadas do ensino.
Certa feita, para O tentar, um doutor da lei perguntou:
"Mestre, que preciso fazer para possuir a Vida Eterna?"
(Lc., 1:25 a 37.)
Jesus responde perguntando:
"Que é o que está escrito na lei?"
"Que é o que lês lá?"
Observemos o duplo questionamento de Jesus sem dar ao menos tempo para a resposta entre um e outro.
Todas as Suas atitudes reflectiam um propósito...
O único título que Ele admitiu receber foi o de Mestre.
Assim, Suas palavras, repassadas de ternura e lucidez, embora muitas vezes graves, estavam sempre onustas de ensinamentos.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Com duas perguntas rápidas e simultâneas, Ele levou o doutor da lei a fazer uma análise de sua própria capacidade de apreensão.
Em seguida, deu-lhe uma lição sobre quem é o nosso próximo e acerca da superioridade moral de um simples samaritano sobre o levita e o sacerdote negligentes, orgulhosos e desalmados (que liam mas não entendiam e muito menos atendiam.)
Não basta, portanto, ler, é preciso entender e atender.
Afirma Emmanuel:
"Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da Vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação?
Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas o de ler para atender a Deus, cumprindo-Lhe a Divina Vontade."
(Publicado no Boletim GEAE Número 323 de 15 de dezembro de 1998)
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Com duas perguntas rápidas e simultâneas, Ele levou o doutor da lei a fazer uma análise de sua própria capacidade de apreensão.
Em seguida, deu-lhe uma lição sobre quem é o nosso próximo e acerca da superioridade moral de um simples samaritano sobre o levita e o sacerdote negligentes, orgulhosos e desalmados (que liam mas não entendiam e muito menos atendiam.)
Não basta, portanto, ler, é preciso entender e atender.
Afirma Emmanuel:
"Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da Vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação?
Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas o de ler para atender a Deus, cumprindo-Lhe a Divina Vontade."
(Publicado no Boletim GEAE Número 323 de 15 de dezembro de 1998)
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Natal de Jesus
Vera Meira Bestene
Estamos no ano de um mil novecentos e noventa e oito do nascimento de Jesus Cristo.
No dia 25, deste mês, Jesus veio ao mundo, nascido de Maria, esposa de José.
Heródes era seu rei.
Ao Seu nascimento fizeram-lhe visita três magos que vieram do Oriente à Jerusalém para homenagear Jesus, Este que veio para desenvolver a Lei de Deus e cumpri-la.
A profecia havia-se cumprido.
Entretanto Herodes, alarmado pela concepção do nascimento do novo "Rei dos Judeus" ficou sobressaltado e pediu aos magos que lhe dessem o paradeiro de Jesus.
Estes, avisados em sonho, não retornaram à Heródes que, quando sentiu-se ludibriado, mandou matar todos os meninos de Belém e de seus arredores.
Cumpriu-se o que Jeremias havia profetizado sobre os lamentos e prantos de Raquel pela inconsolável perda de seus filhos.
José, avisado, pega a mãe e o menino e parte para o Egipto em lá ficando até que Herodes morresse, quando então, novamente avisado, José retorna a Israel posto que os que lhe queriam a morte já tinham morrido.
E assim se fez.
Os mandamentos de Deus, dados por Moisés eram apropriados aos povos da época.
Eles nada compreendiam da adoração de Deus sem sacrifícios e holocaustos e muito menos compreendiam que se pudesse perdoar um inimigo.
Jesus então a seu tempo veio, não para impedir que a Lei de Deus fosse pregada, mas sim, para empregá-la.
Foi assim que pregou a mais pura moral:
a moral evangélica, cristã, que tem como lema maior a aproximação dos homens para torná-los fraternos assim transformando o mundo.
E assim foi o advento de Cristo presenteado ao homem.
Hoje, no limiar do ano 2.000, quando o homem não cessa de se lançar ao cosmos para decifrar seus enigmas, Cristo continua forte nos corações dos povos e interpretando as ânsias do ser humano, oferece à ciência uma estrada de novos horizontes, uma avenida de luz para a jornada através da sua palavra contida no Evangelho.
Estes quase dois milénios passados do nascimento de Jesus, apesar das paixões humanas e interesses das mais diversas sortes, não lhe conseguiram empanar o majestoso berço de luz.
O vigor e a força de sua majestade tem vencido os séculos e tudo que é referência à Jesus resulta em excelsa pureza e poesia.
Jesus ofereceu em sua tão rápida trajectória, apenas 33 anos de convívio na terra, tesouros de dignificação humana e engrandecimento moral.
Sua vida foi um poema de amor e exercendo o amor ele morreu.
Insuperável, Jesus prossegue sua caminhada, guerreiro do amor, que sempre foi, elaborou um código sublime para a Humanidade.
Jesus... modelo e guia, todos precisamos seguir-lhes as pegadas.
Ao comemorarmos o Natal de Jesus, transformamos o mundo todo em Sua manjedoura.
Cada alma lhe dá guarida num acto de amor, e a Divindade reafirma seu amor pelas criaturas, afável sobrevivente aos destroços dos tempos, de todos os tempos, claridade inapagável do marco poderoso de Sua chegada.
(Publicado no Boletim GEAE Número 322 de 8 de dezembro de 1998)
§.§.§- O-canto-da-ave
Estamos no ano de um mil novecentos e noventa e oito do nascimento de Jesus Cristo.
No dia 25, deste mês, Jesus veio ao mundo, nascido de Maria, esposa de José.
Heródes era seu rei.
Ao Seu nascimento fizeram-lhe visita três magos que vieram do Oriente à Jerusalém para homenagear Jesus, Este que veio para desenvolver a Lei de Deus e cumpri-la.
A profecia havia-se cumprido.
Entretanto Herodes, alarmado pela concepção do nascimento do novo "Rei dos Judeus" ficou sobressaltado e pediu aos magos que lhe dessem o paradeiro de Jesus.
Estes, avisados em sonho, não retornaram à Heródes que, quando sentiu-se ludibriado, mandou matar todos os meninos de Belém e de seus arredores.
Cumpriu-se o que Jeremias havia profetizado sobre os lamentos e prantos de Raquel pela inconsolável perda de seus filhos.
José, avisado, pega a mãe e o menino e parte para o Egipto em lá ficando até que Herodes morresse, quando então, novamente avisado, José retorna a Israel posto que os que lhe queriam a morte já tinham morrido.
E assim se fez.
Os mandamentos de Deus, dados por Moisés eram apropriados aos povos da época.
Eles nada compreendiam da adoração de Deus sem sacrifícios e holocaustos e muito menos compreendiam que se pudesse perdoar um inimigo.
Jesus então a seu tempo veio, não para impedir que a Lei de Deus fosse pregada, mas sim, para empregá-la.
Foi assim que pregou a mais pura moral:
a moral evangélica, cristã, que tem como lema maior a aproximação dos homens para torná-los fraternos assim transformando o mundo.
E assim foi o advento de Cristo presenteado ao homem.
Hoje, no limiar do ano 2.000, quando o homem não cessa de se lançar ao cosmos para decifrar seus enigmas, Cristo continua forte nos corações dos povos e interpretando as ânsias do ser humano, oferece à ciência uma estrada de novos horizontes, uma avenida de luz para a jornada através da sua palavra contida no Evangelho.
Estes quase dois milénios passados do nascimento de Jesus, apesar das paixões humanas e interesses das mais diversas sortes, não lhe conseguiram empanar o majestoso berço de luz.
O vigor e a força de sua majestade tem vencido os séculos e tudo que é referência à Jesus resulta em excelsa pureza e poesia.
Jesus ofereceu em sua tão rápida trajectória, apenas 33 anos de convívio na terra, tesouros de dignificação humana e engrandecimento moral.
Sua vida foi um poema de amor e exercendo o amor ele morreu.
Insuperável, Jesus prossegue sua caminhada, guerreiro do amor, que sempre foi, elaborou um código sublime para a Humanidade.
Jesus... modelo e guia, todos precisamos seguir-lhes as pegadas.
Ao comemorarmos o Natal de Jesus, transformamos o mundo todo em Sua manjedoura.
Cada alma lhe dá guarida num acto de amor, e a Divindade reafirma seu amor pelas criaturas, afável sobrevivente aos destroços dos tempos, de todos os tempos, claridade inapagável do marco poderoso de Sua chegada.
(Publicado no Boletim GEAE Número 322 de 8 de dezembro de 1998)
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O Esperanto é bom?
Lucas Yassumura
Sou Delegado da Universala Esperanto Asocio para minha região.
Tenho acompanhado com muito interesse os diversos comentários sobre o Esperanto, principalmente sobre o que dele se fala no Plano Espiritual.
A minha pergunta, no entanto, é:
tanta gente fala tão bem dele, mas por que então não é usado para a difusão do boletim do GEAE, assim como de suas páginas na Internet?
Verifica-se, logo que se abre a página principal, como o idioma inglês é tratado.
O que não está errado, já que é o verdadeiro idioma internacional da modernidade.
Mas se ainda há algum traço de idealismo romântico com o qual se vestiu o Esperanto em décadas passadas e que fazia com que as pessoas sonhassem tê-lo como um verdadeiro idioma internacional, então os boletins espíritas, que levam a mensagem do Mestre a todos os rincões do planeta, deveriam ser propagados na Língua iniciada por Zamenhof.
Sou esperantista há dezasseis anos, e nunca vi, efectivamente, uma acção concreta e significante a favor do Esperanto.
A própria UNESCO, que diz tanto apoiá-lo, não coloca as mensagens de "Feliz Natal" e "Próspero Ano Novo" em seus cartões.
Ao contrário, estes trazem escritos essas mesmas mensagens em vários idiomas, mas não o Esperanto.
Não comentemos nada sobre a FEB, nem sobre a Sociedade F. V. Lorenz, porque são entidades específicas que, sim, têm contribuído muito para a força do Esperanto no Brasil (lamentavelmente, e isso é facto, contribuiu também para ligar o nome "Esperanto" ao nome "Espiritismo").
Se assim o fizermos, deveremos então comentar sobre a Oomoto japonesa e a Ba'ha'i iraniana, que tanta energia também dão ao Idioma Internacional, mas que não saem de seus âmbitos particulares-religiosos.
Devemos nos fixar tão somente nas instituições verdadeiramente NEUTRAS, que nada fazem para apoiá-lo.
Além disso, em minhas andanças pelo mundo, tenho visto até como os próprios europeus cedem à força do idioma inglês.
Não tenho nenhuma intenção em me exibir, mas também sou poliglota (falo fluentemente em seis idiomas), professor de português e "linguista amador" - uso esses idiomas em minha profissão diariamente.
Convivo com europeus e "americanos" e o que acabei de relatar acima é outro facto, proveniente de fontes seguras.
Ademais, quando existe a argumentação sobre a hegemonia em certa época do Latim, do Grego, do Espanhol e do Francês, há de se ver prontamente que nos seus respectivos tempos não existia a comunicação EM MASSA como existe hoje.
A Internet chegou e provou que o inglês está aí.
Essas comparações com os idiomas históricos já não se podem ser feitas, pois, repito, às épocas deles não existia a tecnologia que há hoje, permitindo-nos a comunicação directa e imediata de e para qualquer parte do mundo.
Continua...
Sou Delegado da Universala Esperanto Asocio para minha região.
Tenho acompanhado com muito interesse os diversos comentários sobre o Esperanto, principalmente sobre o que dele se fala no Plano Espiritual.
A minha pergunta, no entanto, é:
tanta gente fala tão bem dele, mas por que então não é usado para a difusão do boletim do GEAE, assim como de suas páginas na Internet?
Verifica-se, logo que se abre a página principal, como o idioma inglês é tratado.
O que não está errado, já que é o verdadeiro idioma internacional da modernidade.
Mas se ainda há algum traço de idealismo romântico com o qual se vestiu o Esperanto em décadas passadas e que fazia com que as pessoas sonhassem tê-lo como um verdadeiro idioma internacional, então os boletins espíritas, que levam a mensagem do Mestre a todos os rincões do planeta, deveriam ser propagados na Língua iniciada por Zamenhof.
Sou esperantista há dezasseis anos, e nunca vi, efectivamente, uma acção concreta e significante a favor do Esperanto.
A própria UNESCO, que diz tanto apoiá-lo, não coloca as mensagens de "Feliz Natal" e "Próspero Ano Novo" em seus cartões.
Ao contrário, estes trazem escritos essas mesmas mensagens em vários idiomas, mas não o Esperanto.
Não comentemos nada sobre a FEB, nem sobre a Sociedade F. V. Lorenz, porque são entidades específicas que, sim, têm contribuído muito para a força do Esperanto no Brasil (lamentavelmente, e isso é facto, contribuiu também para ligar o nome "Esperanto" ao nome "Espiritismo").
Se assim o fizermos, deveremos então comentar sobre a Oomoto japonesa e a Ba'ha'i iraniana, que tanta energia também dão ao Idioma Internacional, mas que não saem de seus âmbitos particulares-religiosos.
Devemos nos fixar tão somente nas instituições verdadeiramente NEUTRAS, que nada fazem para apoiá-lo.
Além disso, em minhas andanças pelo mundo, tenho visto até como os próprios europeus cedem à força do idioma inglês.
Não tenho nenhuma intenção em me exibir, mas também sou poliglota (falo fluentemente em seis idiomas), professor de português e "linguista amador" - uso esses idiomas em minha profissão diariamente.
Convivo com europeus e "americanos" e o que acabei de relatar acima é outro facto, proveniente de fontes seguras.
Ademais, quando existe a argumentação sobre a hegemonia em certa época do Latim, do Grego, do Espanhol e do Francês, há de se ver prontamente que nos seus respectivos tempos não existia a comunicação EM MASSA como existe hoje.
A Internet chegou e provou que o inglês está aí.
Essas comparações com os idiomas históricos já não se podem ser feitas, pois, repito, às épocas deles não existia a tecnologia que há hoje, permitindo-nos a comunicação directa e imediata de e para qualquer parte do mundo.
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Naquelas eras, sempre houve o romantismo dos homens em se comunicar mais e mais, coisa que nós, do século XX conseguimos.
Naquelas eras, não havia o cinema dominantemente americano, nem as transmissões "ao toque" das músicas de cantores ingleses.
Todos se comunicam em inglês, queiram ou não queiram (o que é mais frequente).
Existe, no mundo todo, uma força à qual não se pode opor resistência:
"anglicizar" as pessoas.
Basta ligar um rádio ou uma TV, e qual o idioma que vamos escutar com mais frequência?
E o teclado que usamos para digitar os textos, acaso aceitam eles os acentos especiais do Esperanto?
A resposta é sonoro "não"!
Perguntam-me com certa frequência se a força do "anglicismo" não seria passageira.
Eu respondo, assim como todos os linguistas mundialmente famosos o fazem em uníssono, que essa força não é passageira.
Infelizmente. Estamos em uma época em que todos vêem e escutam o inglês com uma frequência assustadora diariamente, a ponto de nosso próprio belo idioma incorporar expressões ridículas dele.
Não. O inglês é uma língua profissional, que quando apresentado em salas de aula, é feito com vídeos, fitas cassetes e uma parafernália de material que, queira ou não, é atraente ao aluno que vai em busca de algo que possa levá-lo a se comunicar em outro idioma.
Asseguro que esses materiais não são feitos tendo-se em vista o lucro obtido, mas é minuciosamente pensado e elaborado em como fazer uma pessoa não conhecedora do idioma chegar a falá-lo em um período de alguns meses ou anos.
O Esperanto não tem nada disso.
Sofre, infelizmente, de uma falta de estudo pedagógico e de incentivo monetário para que se realize como língua verdadeiramente internacional.
Mente, com total falta de decoro, quem diz que o Esperanto é fácil.
Não é! Estão aí os quatro acusativos, os correlativos e o monte de sufixos e prefixos que o aluno deve decorar.
Vi o boletim do GEAE em Esperanto e afirmo que muito gostei!
Mas já aí deu para sentir como é difícil também a escrita em Esperanto pelo computador.
A acentuação, condenada nos dias de hoje, tornam-no um pouco difícil de lê-lo.
Como professor, posso afirmar com certeza de que o Esperanto é, dos idiomas existentes, o menos difícil de se aprender.
Mas dizê-lo que é o mais fácil é ter falta de visão e comprar uma idéia sem antes experimentá-la.
Mas, por favor, não pensem que estou defendendo a língua inglesa!
O que pretendo argumentar é que já não é mais época para o Esperanto na forma como ele hoje se encontra, eu lamento muito.
O Esperanto não será o idioma do futuro!
Definitivamente não.
Isso se deve ao facto de que ele não agrega características totalmente neutras em seu vocabulário nem em sua gramática, pois nasceu em um berço europeu, quando somente a Europa era sinónimo de "civilização".
Continua...
Naquelas eras, sempre houve o romantismo dos homens em se comunicar mais e mais, coisa que nós, do século XX conseguimos.
Naquelas eras, não havia o cinema dominantemente americano, nem as transmissões "ao toque" das músicas de cantores ingleses.
Todos se comunicam em inglês, queiram ou não queiram (o que é mais frequente).
Existe, no mundo todo, uma força à qual não se pode opor resistência:
"anglicizar" as pessoas.
Basta ligar um rádio ou uma TV, e qual o idioma que vamos escutar com mais frequência?
E o teclado que usamos para digitar os textos, acaso aceitam eles os acentos especiais do Esperanto?
A resposta é sonoro "não"!
Perguntam-me com certa frequência se a força do "anglicismo" não seria passageira.
Eu respondo, assim como todos os linguistas mundialmente famosos o fazem em uníssono, que essa força não é passageira.
Infelizmente. Estamos em uma época em que todos vêem e escutam o inglês com uma frequência assustadora diariamente, a ponto de nosso próprio belo idioma incorporar expressões ridículas dele.
Não. O inglês é uma língua profissional, que quando apresentado em salas de aula, é feito com vídeos, fitas cassetes e uma parafernália de material que, queira ou não, é atraente ao aluno que vai em busca de algo que possa levá-lo a se comunicar em outro idioma.
Asseguro que esses materiais não são feitos tendo-se em vista o lucro obtido, mas é minuciosamente pensado e elaborado em como fazer uma pessoa não conhecedora do idioma chegar a falá-lo em um período de alguns meses ou anos.
O Esperanto não tem nada disso.
Sofre, infelizmente, de uma falta de estudo pedagógico e de incentivo monetário para que se realize como língua verdadeiramente internacional.
Mente, com total falta de decoro, quem diz que o Esperanto é fácil.
Não é! Estão aí os quatro acusativos, os correlativos e o monte de sufixos e prefixos que o aluno deve decorar.
Vi o boletim do GEAE em Esperanto e afirmo que muito gostei!
Mas já aí deu para sentir como é difícil também a escrita em Esperanto pelo computador.
A acentuação, condenada nos dias de hoje, tornam-no um pouco difícil de lê-lo.
Como professor, posso afirmar com certeza de que o Esperanto é, dos idiomas existentes, o menos difícil de se aprender.
Mas dizê-lo que é o mais fácil é ter falta de visão e comprar uma idéia sem antes experimentá-la.
Mas, por favor, não pensem que estou defendendo a língua inglesa!
O que pretendo argumentar é que já não é mais época para o Esperanto na forma como ele hoje se encontra, eu lamento muito.
O Esperanto não será o idioma do futuro!
Definitivamente não.
Isso se deve ao facto de que ele não agrega características totalmente neutras em seu vocabulário nem em sua gramática, pois nasceu em um berço europeu, quando somente a Europa era sinónimo de "civilização".
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Zamenhof não tinha culpa nisso, pois pegou o que de melhor havia à sua volta.
Ele não era linguista nem conhecia muito, mas estava plenificado de um ideal nobre.
Entretanto, as línguas mudam com o passar do tempo (veja-se o próprio Português usado no Brasil).
Na nossa época de veloz modernidade, ainda há muitas coisas "dogmáticas" ainda no Esperanto e seus académicos não tendem a ser nenhum pouco flexíveis para torná-lo mais adaptado a ela.
Logo, o Esperanto está ficando velho (e ranzinza) antes da hora.
Um exemplo factídico e que me cortou o coração foi quando um irmão paraguaio me abordou e me perguntou:
"por que é que o nome do meu país (Paraguai) é, em Esperanto, "Paragvajo"?
Será que nunca ninguém parou para se perguntar se nós, paraguaios, fomos consultados para se saber qual seria a pronúncia mais próxima para o nome do nosso próprio país? Não!"
E a resposta que eu pude encontrar naquele momento era que o encontro consonantal "GV" foi colocado para facilitar a fonética apenas dos falantes das línguas germano-escandinavas.
Além disso, os linguistas de plantão sabem que os "hispano parlantes" não conseguem pronunciar o "V".
Se alguém quiser argumentar a respeito, peço que antes estudem as fonéticas de todos os povos do planeta e suas culturas e orgulhos com relação às suas nações.
E antes que venham querem invocar a democracia do Esperanto, eu afirmo:
a verdadeira neutralidade será atingida quando todos, efectivamente todos os povos do mundo forem respeitados.
E não será preciso nenhuma língua extraterrena para que isso se dê, basta boa vontade e conseguir-se-á provar como o Esperanto pode ser flexível a todos, TODOS os povos do planeta.
A Doutrina Espírita se preza pelo respeito que ela tem para com todas as religiões do mundo (embora existam ataques vindo da parte de muitas delas), e faz de tudo para que seus adeptos mantenham uma neutralidade fraterna e quase ecuménica.
Não é o que acontece com o Esperanto.
Isso tudo não é uma crítica ofensiva ao Esperanto.
É uma preocupação.
Enquanto os tantos encontros esperantistas mais se parecem com um encontros de compadres e comadres que debatem temas inúteis que nunca são colocados em prática sem se chegar a lugar nenhum, enquanto os esperantistas do mundo todo pensam ser o dono da língua, milhares de esperantistas ocultos se perguntam em como fazer dele uma verdadeira língua internacional, já que ele nos mostra como podemos nos comunicar fraternal e neutramente no mundo todo, como podemos nos ajudar mutuamente, como podemos ser verdadeiros seres humanos.
Essa é sua qualidade.
E é essa qualidade que todo verdadeiro Cristão, que utiliza o Esperanto como ferramenta de trabalho em nome do Mestre, deverá ter no dia-a-dia.
Nós, esperantistas de fim-de-século, somos apenas o início para uma verdadeira união das pessoas no futuro, tal como sonhava Gandhi.
Por isso, longe de nós fique a pretensão de se ter o Esperanto como idioma do terceiro milénio, pois não o será!
Continua...
Zamenhof não tinha culpa nisso, pois pegou o que de melhor havia à sua volta.
Ele não era linguista nem conhecia muito, mas estava plenificado de um ideal nobre.
Entretanto, as línguas mudam com o passar do tempo (veja-se o próprio Português usado no Brasil).
Na nossa época de veloz modernidade, ainda há muitas coisas "dogmáticas" ainda no Esperanto e seus académicos não tendem a ser nenhum pouco flexíveis para torná-lo mais adaptado a ela.
Logo, o Esperanto está ficando velho (e ranzinza) antes da hora.
Um exemplo factídico e que me cortou o coração foi quando um irmão paraguaio me abordou e me perguntou:
"por que é que o nome do meu país (Paraguai) é, em Esperanto, "Paragvajo"?
Será que nunca ninguém parou para se perguntar se nós, paraguaios, fomos consultados para se saber qual seria a pronúncia mais próxima para o nome do nosso próprio país? Não!"
E a resposta que eu pude encontrar naquele momento era que o encontro consonantal "GV" foi colocado para facilitar a fonética apenas dos falantes das línguas germano-escandinavas.
Além disso, os linguistas de plantão sabem que os "hispano parlantes" não conseguem pronunciar o "V".
Se alguém quiser argumentar a respeito, peço que antes estudem as fonéticas de todos os povos do planeta e suas culturas e orgulhos com relação às suas nações.
E antes que venham querem invocar a democracia do Esperanto, eu afirmo:
a verdadeira neutralidade será atingida quando todos, efectivamente todos os povos do mundo forem respeitados.
E não será preciso nenhuma língua extraterrena para que isso se dê, basta boa vontade e conseguir-se-á provar como o Esperanto pode ser flexível a todos, TODOS os povos do planeta.
A Doutrina Espírita se preza pelo respeito que ela tem para com todas as religiões do mundo (embora existam ataques vindo da parte de muitas delas), e faz de tudo para que seus adeptos mantenham uma neutralidade fraterna e quase ecuménica.
Não é o que acontece com o Esperanto.
Isso tudo não é uma crítica ofensiva ao Esperanto.
É uma preocupação.
Enquanto os tantos encontros esperantistas mais se parecem com um encontros de compadres e comadres que debatem temas inúteis que nunca são colocados em prática sem se chegar a lugar nenhum, enquanto os esperantistas do mundo todo pensam ser o dono da língua, milhares de esperantistas ocultos se perguntam em como fazer dele uma verdadeira língua internacional, já que ele nos mostra como podemos nos comunicar fraternal e neutramente no mundo todo, como podemos nos ajudar mutuamente, como podemos ser verdadeiros seres humanos.
Essa é sua qualidade.
E é essa qualidade que todo verdadeiro Cristão, que utiliza o Esperanto como ferramenta de trabalho em nome do Mestre, deverá ter no dia-a-dia.
Nós, esperantistas de fim-de-século, somos apenas o início para uma verdadeira união das pessoas no futuro, tal como sonhava Gandhi.
Por isso, longe de nós fique a pretensão de se ter o Esperanto como idioma do terceiro milénio, pois não o será!
Continua...
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Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Por isso, meus irmãos espíritas que se dizem também esperantistas, se vocês realmente gostam do Esperanto, revejam suas intenções e AMEM-NO, usem-no como verdadeiro instrumento de propagação dos ideais do Mestre.
Mas para isso, estudem-no como o fazem os profissionais de outras línguas.
Não sejam esperantistas medíocres!
Não sejam simplesmente "esperantistas-espíritas"!
Sejam, antes de tudo, Cristãos, e usem o Esperanto como força de trabalho, profissionalmente inclusive.
Não se embalem pelas idéias já feitas.
Até Kardec era contra isso!
Tudo deve ser racionalmente estudado e provado até o último detalhe!
Foi assim que nasceu a Doutrina Espírita, assim há de ser também com os verdadeiros esperantistas, que não compram idéias formadas, mas lutam para que haja o "ecumenismo esperantista".
O próprio Mestre nunca foi taxativo!
Sempre respeitou o ser humano, por menor que fosse evoluidamente;
sempre respeitou o livre arbítrio e por isso condicionou o Seu ensinamento às mentes da época.
Ele mesmo foi flexível!
Na história do Esperanto, nem mesmo Zamenhof foi contra mudanças.
Dentro de seu espírito altamente democrático, o que ele fez foi colocar em votação se haveria de se ter ou não mudanças.
E isso porque ele era consciente de sua falta de conhecimento lingüístico nem profissional dos idiomas;
ele era um sonhador romântico como todo ser humano bom do final do século passado - esse era o seu valor.
Não sou contra o Esperanto.
Só posso dizê-lo que o conheço muito bem, modéstia à parte, mas que sou totalmente oposicionista às faltas de considerações com relação à modernidade, à mudança pela qual passa o próprio mundo, e à flexibilidade que todo ser humano deve ter, à sua democracia.
É óbvio que não podemos ver a modernidade pela modernidade, pois aí enfrentaríamos os problemas que também temos na actualidade:
as drogas, as violências gratuitas etc.
Falo da modernidade em comunicação, falo tão somente de nosso amado Esperanto.
E como me escreveu o redator do Boletim GEAE, "por cxio estas sezono, kaj tempo difinita estas por cxiu afero sub la suno;
estas tempo por naskigxi, kaj tempo por mortil;
estas tempo por planti, kaj tempo por elsxiri la plantitajxojn...
Esperanto ne estas escepto.
Ni estas en la tempo por planti!"
Kaj mi lin respondas:
sed ecx la planton ni devas prizorgi, kaj trancxi lamalbonajn foliojn for, por ke gxi estu pli kaj pli bela kaj forta!
La Majstro lumigu cxiujn Esperantojn de la mondo.
Li donu al ili la forton por sekvi batalante kaj prosperante, kaj racie krei plej bonajn kondicxojn por la futuro de nia lingvo.
Elkore kaj frate,
Lucas Yassumura
(Publicado no Boletim GEAE Número 321 de 1 de dezembro de 1998)
§.§.§- O-canto-da-ave
Por isso, meus irmãos espíritas que se dizem também esperantistas, se vocês realmente gostam do Esperanto, revejam suas intenções e AMEM-NO, usem-no como verdadeiro instrumento de propagação dos ideais do Mestre.
Mas para isso, estudem-no como o fazem os profissionais de outras línguas.
Não sejam esperantistas medíocres!
Não sejam simplesmente "esperantistas-espíritas"!
Sejam, antes de tudo, Cristãos, e usem o Esperanto como força de trabalho, profissionalmente inclusive.
Não se embalem pelas idéias já feitas.
Até Kardec era contra isso!
Tudo deve ser racionalmente estudado e provado até o último detalhe!
Foi assim que nasceu a Doutrina Espírita, assim há de ser também com os verdadeiros esperantistas, que não compram idéias formadas, mas lutam para que haja o "ecumenismo esperantista".
O próprio Mestre nunca foi taxativo!
Sempre respeitou o ser humano, por menor que fosse evoluidamente;
sempre respeitou o livre arbítrio e por isso condicionou o Seu ensinamento às mentes da época.
Ele mesmo foi flexível!
Na história do Esperanto, nem mesmo Zamenhof foi contra mudanças.
Dentro de seu espírito altamente democrático, o que ele fez foi colocar em votação se haveria de se ter ou não mudanças.
E isso porque ele era consciente de sua falta de conhecimento lingüístico nem profissional dos idiomas;
ele era um sonhador romântico como todo ser humano bom do final do século passado - esse era o seu valor.
Não sou contra o Esperanto.
Só posso dizê-lo que o conheço muito bem, modéstia à parte, mas que sou totalmente oposicionista às faltas de considerações com relação à modernidade, à mudança pela qual passa o próprio mundo, e à flexibilidade que todo ser humano deve ter, à sua democracia.
É óbvio que não podemos ver a modernidade pela modernidade, pois aí enfrentaríamos os problemas que também temos na actualidade:
as drogas, as violências gratuitas etc.
Falo da modernidade em comunicação, falo tão somente de nosso amado Esperanto.
E como me escreveu o redator do Boletim GEAE, "por cxio estas sezono, kaj tempo difinita estas por cxiu afero sub la suno;
estas tempo por naskigxi, kaj tempo por mortil;
estas tempo por planti, kaj tempo por elsxiri la plantitajxojn...
Esperanto ne estas escepto.
Ni estas en la tempo por planti!"
Kaj mi lin respondas:
sed ecx la planton ni devas prizorgi, kaj trancxi lamalbonajn foliojn for, por ke gxi estu pli kaj pli bela kaj forta!
La Majstro lumigu cxiujn Esperantojn de la mondo.
Li donu al ili la forton por sekvi batalante kaj prosperante, kaj racie krei plej bonajn kondicxojn por la futuro de nia lingvo.
Elkore kaj frate,
Lucas Yassumura
(Publicado no Boletim GEAE Número 321 de 1 de dezembro de 1998)
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O Problema do Destino
Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Uma questão que se apresenta para todos os seres humanos é o "porquê" do seu destino.
Por que alguns são tão afortunados e outros não?
Qual a razão de termos tantas diferenças de nascimento entre os seres humanos, principalmente a grande desigualdade dos talentos e das fortunas?
Por que tanta diferença na vida, onde para uns parece sorrir a sorte e para outros tudo sair errado?
A resposta para esta questão, intimamente ligada ao problema da existência da dor e do mal, parece impossível de ser encontrada pela mente ocidental.
Como compatibilizar tanto sofrimento, tanta injustiça, com a existência de Deus?
Pois bem, a questão do destino não é tão complicada como se imagina!
Sua solução escapa dos pensadores quando estes restringem o seu próprio campo de visão, seja pelas doutrinas materialistas que professam - doutrinas que nada admitem além da morte - seja por apegarem-se a antigos dogmas religiosos, para os quais o homem vive apenas uma vez sobre a terra.
Uma vez que se admita a pré-existência do espírito, e sua jornada evolutiva através das reencarnações, o problema se coloca em outro prisma.
Nosso destino actual nada mais é do que o resultado do que fizemos ontem e o nosso dia de amanhã será determinado pelo nosso modo de agir no agora.
A lei de causa e efeito, dando a cada um conforme suas obras, estabelece o equilíbrio na criação e garante justiça para todos os seres.
O problema da existência do mal, também deixa de ser tão impressionante, para se revelar o resultado da existência em nosso planeta de uma população de espíritos endividados perante a lei eterna, recapitulando experiências difíceis, que deixaram de aprender pelos caminhos do bem. O mal, em si mesmo, é apenas o resultado da ausência de bem, da ignorância, do mesmo modo que as trevas são apenas a ausência de luz e não um poder antagónico a ela.
Determinando o destino, além da lei de "Causa e Efeito", há a lei do "Progresso", que impulsiona todos os seres para a perfeição.
Na sua forma mais visível é esta lei que leva instintivamente todos os seres a buscarem a felicidade e a libertação do sofrimento.
Nesta busca incessante desenvolvem suas capacidades e progridem.
Assim, o destino do homem é construído por ele mesmo.
Da mesma forma o destino das sociedades é o resultado das acções colectivas de seus membros.
A história, em essência, é o registo das causas e efeitos provocados ao longo do tempo pelo esforço das colectividades humanas em busca do progresso.
Como nem sempre o progresso intelectual é feito ao mesmo tempo que o moral, as circunstâncias variam enormemente na história dos povos.
Grandes progressos intelectuais podem ser seguidos de grandes catástrofes morais.
Outras vezes séculos de penúria material trazem grandes progressos morais.
A trama do destino é complexa e seu conjunto completo escapa da nossa visão restrita.
Presos ao plano material perdemos a visão dos actos intermediários que se passam no plano espiritual e não temos a capacidade de abranger em nossa análise todos os milénios de aprendizado que cada um de nós tem por detrás de si.
A filosofia Espírita respondendo ao problema do destino, coloca diante do homem a responsabilidade de mudá-lo.
Se nós mesmos fazemos nosso destino, é a nós que cabe criar o mundo melhor do amanhã.
Ao espírita não basta apenas o conhecimento, é imprescindível a vivência desse conhecimento.
Aproveitamos também este editorial, que trata do problema do destino, para homenagear Léon Denis, que no livro "O problema do ser, do destino e da dor" (titulo da tradução da FEB), trata longamente deste tema.
É uma pena que as obras de Léon Denis não sejam mais amplamente conhecidas e estudadas, grande divulgador da Doutrina e grande filósofo, soube explorar com maestria os grandes problemas respondidos pelo Espiritismo e que podem mudar os rumos da humanidade.
Muita Paz,
Os Editores
(Publicado no Boletim GEAE Número 451 de 11 de março de 2003)
§.§.§- O-canto-da-ave
Uma questão que se apresenta para todos os seres humanos é o "porquê" do seu destino.
Por que alguns são tão afortunados e outros não?
Qual a razão de termos tantas diferenças de nascimento entre os seres humanos, principalmente a grande desigualdade dos talentos e das fortunas?
Por que tanta diferença na vida, onde para uns parece sorrir a sorte e para outros tudo sair errado?
A resposta para esta questão, intimamente ligada ao problema da existência da dor e do mal, parece impossível de ser encontrada pela mente ocidental.
Como compatibilizar tanto sofrimento, tanta injustiça, com a existência de Deus?
Pois bem, a questão do destino não é tão complicada como se imagina!
Sua solução escapa dos pensadores quando estes restringem o seu próprio campo de visão, seja pelas doutrinas materialistas que professam - doutrinas que nada admitem além da morte - seja por apegarem-se a antigos dogmas religiosos, para os quais o homem vive apenas uma vez sobre a terra.
Uma vez que se admita a pré-existência do espírito, e sua jornada evolutiva através das reencarnações, o problema se coloca em outro prisma.
Nosso destino actual nada mais é do que o resultado do que fizemos ontem e o nosso dia de amanhã será determinado pelo nosso modo de agir no agora.
A lei de causa e efeito, dando a cada um conforme suas obras, estabelece o equilíbrio na criação e garante justiça para todos os seres.
O problema da existência do mal, também deixa de ser tão impressionante, para se revelar o resultado da existência em nosso planeta de uma população de espíritos endividados perante a lei eterna, recapitulando experiências difíceis, que deixaram de aprender pelos caminhos do bem. O mal, em si mesmo, é apenas o resultado da ausência de bem, da ignorância, do mesmo modo que as trevas são apenas a ausência de luz e não um poder antagónico a ela.
Determinando o destino, além da lei de "Causa e Efeito", há a lei do "Progresso", que impulsiona todos os seres para a perfeição.
Na sua forma mais visível é esta lei que leva instintivamente todos os seres a buscarem a felicidade e a libertação do sofrimento.
Nesta busca incessante desenvolvem suas capacidades e progridem.
Assim, o destino do homem é construído por ele mesmo.
Da mesma forma o destino das sociedades é o resultado das acções colectivas de seus membros.
A história, em essência, é o registo das causas e efeitos provocados ao longo do tempo pelo esforço das colectividades humanas em busca do progresso.
Como nem sempre o progresso intelectual é feito ao mesmo tempo que o moral, as circunstâncias variam enormemente na história dos povos.
Grandes progressos intelectuais podem ser seguidos de grandes catástrofes morais.
Outras vezes séculos de penúria material trazem grandes progressos morais.
A trama do destino é complexa e seu conjunto completo escapa da nossa visão restrita.
Presos ao plano material perdemos a visão dos actos intermediários que se passam no plano espiritual e não temos a capacidade de abranger em nossa análise todos os milénios de aprendizado que cada um de nós tem por detrás de si.
A filosofia Espírita respondendo ao problema do destino, coloca diante do homem a responsabilidade de mudá-lo.
Se nós mesmos fazemos nosso destino, é a nós que cabe criar o mundo melhor do amanhã.
Ao espírita não basta apenas o conhecimento, é imprescindível a vivência desse conhecimento.
Aproveitamos também este editorial, que trata do problema do destino, para homenagear Léon Denis, que no livro "O problema do ser, do destino e da dor" (titulo da tradução da FEB), trata longamente deste tema.
É uma pena que as obras de Léon Denis não sejam mais amplamente conhecidas e estudadas, grande divulgador da Doutrina e grande filósofo, soube explorar com maestria os grandes problemas respondidos pelo Espiritismo e que podem mudar os rumos da humanidade.
Muita Paz,
Os Editores
(Publicado no Boletim GEAE Número 451 de 11 de março de 2003)
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
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O Que a Genética e a Astrologia tem em Comum?
Ademir L. Xavier Jr.
Resumo
Ainda que distantes em importância na sociedade moderna, algumas extrapolações de pensamento por detrás das modernas pesquisas genéticas e da velha astrologia têm muito em comum.
Fazemos aqui uma comparação entre essas diferentes disciplinas e analisamos tais características comuns segundo a visão espírita, apontando a causa dessa situação [1].
1. Introdução
É muito comum encontrarmos hoje em dia discussões sobre as questões da consciência, sobre como a mente se estabelece e opera.
Esse renovado debate (encontradas em respeitadas revistas de divulgação científica) reflecte o grau crescente de interesse de alguns ramos do conhecimento científico com relação às questões do espírito.
O ponto de vista subjacente que orienta as discussões ainda é materialista, apoiado principalmente por um grande contingente de biologistas (evolucionistas, fisiologistas, zoólogos, geneticistas etc).
A crença geral desses grupos sustenta que a mente humana – e, como consequência toda individualidade humana – é o resultado de interacções e conexões de entidades moleculares componentes da parte material, visível ou mensurável pelas técnicas de diagnóstico moderno, o cérebro.
Não discutiremos aqui as difíceis propostas de modificação dessa concepção materialista, que têm sido levantadas mesmo dentro de círculos académicos [2].
Tomemos apenas a ideia materialista descrita acima e analisemos suas consequências para o homem, dentro do âmbito de algumas especulações a partir de partes da biologia, em particular a que trata dos mecanismos de perpetuação das espécies.
Esse posicionamento adquire grande interesse popular diante das aventadas extrapolações e implicações da genética.
Através de seus princípios, a genética teve grande importância no esclarecimento dos mecanismos de aparecimento e desenvolvimento das espécies, factos que não estavam tão claros na obra revolucionária de Charles Darwin de 1859, “Sobre a origem das espécies por meio da evolução natural”.
Na verdade a comunidade científica da época dobrou-se às evidências práticas fornecidas por Darwin a favor da selecção natural que ele conseguiu junto à paleontologia e a biogeografia.
Em contrapartida, o desenvolvimento posterior da teoria de Darwin dinamizada pela genética deu origem a diversas especulações em torno da natureza do homem (e das espécies humanas), de seu mecanismo de desenvolvimento e até mesmo de suas consequências éticas.
Nasceu a ideia de que os genes (entidades no limite entre o muito pequeno e o atómico) seriam responsáveis não só pelos caracteres morfológicos de um ser vivo – que é princípio na genética – mas também de toda sua bagagem comportamental.
Continua...
Resumo
Ainda que distantes em importância na sociedade moderna, algumas extrapolações de pensamento por detrás das modernas pesquisas genéticas e da velha astrologia têm muito em comum.
Fazemos aqui uma comparação entre essas diferentes disciplinas e analisamos tais características comuns segundo a visão espírita, apontando a causa dessa situação [1].
1. Introdução
É muito comum encontrarmos hoje em dia discussões sobre as questões da consciência, sobre como a mente se estabelece e opera.
Esse renovado debate (encontradas em respeitadas revistas de divulgação científica) reflecte o grau crescente de interesse de alguns ramos do conhecimento científico com relação às questões do espírito.
O ponto de vista subjacente que orienta as discussões ainda é materialista, apoiado principalmente por um grande contingente de biologistas (evolucionistas, fisiologistas, zoólogos, geneticistas etc).
A crença geral desses grupos sustenta que a mente humana – e, como consequência toda individualidade humana – é o resultado de interacções e conexões de entidades moleculares componentes da parte material, visível ou mensurável pelas técnicas de diagnóstico moderno, o cérebro.
Não discutiremos aqui as difíceis propostas de modificação dessa concepção materialista, que têm sido levantadas mesmo dentro de círculos académicos [2].
Tomemos apenas a ideia materialista descrita acima e analisemos suas consequências para o homem, dentro do âmbito de algumas especulações a partir de partes da biologia, em particular a que trata dos mecanismos de perpetuação das espécies.
Esse posicionamento adquire grande interesse popular diante das aventadas extrapolações e implicações da genética.
Através de seus princípios, a genética teve grande importância no esclarecimento dos mecanismos de aparecimento e desenvolvimento das espécies, factos que não estavam tão claros na obra revolucionária de Charles Darwin de 1859, “Sobre a origem das espécies por meio da evolução natural”.
Na verdade a comunidade científica da época dobrou-se às evidências práticas fornecidas por Darwin a favor da selecção natural que ele conseguiu junto à paleontologia e a biogeografia.
Em contrapartida, o desenvolvimento posterior da teoria de Darwin dinamizada pela genética deu origem a diversas especulações em torno da natureza do homem (e das espécies humanas), de seu mecanismo de desenvolvimento e até mesmo de suas consequências éticas.
Nasceu a ideia de que os genes (entidades no limite entre o muito pequeno e o atómico) seriam responsáveis não só pelos caracteres morfológicos de um ser vivo – que é princípio na genética – mas também de toda sua bagagem comportamental.
Continua...
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