LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita 4 - Aspecto Filosófico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 11:15 am

8. Suponhamos ainda que, em nossas relações, em nossa família mesma, se encontre um indivíduo que nos deu, outrora, motivos reais de queixa, que talvez nos tenha arruinado ou desonrado e que, arrependido, reencarnou-se em nosso meio, a fim de reparar suas faltas. Se nós e ele lembrássemos as peripécias do passado, ficaríamos na mais embaraçosa posição, que em nada contribuiria para a renovação das atitudes.

9. Basta essa ordem de raciocínios para entendermos que a reminiscência das existências anteriores perturbaria as relações sociais e constituiria um tropeço real à marcha do progresso.
Há razões de ordem científica que explicam o esquecimento do passado

10. Leon Denis e Gabriel Delanne dão-nos as razões de ordem científica pelas quais as lembranças do passado não ocorrem ao se dar a nova encarnação do Espírito.

11. Segundo Denis, em consequência da diminuição do seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que toma posse de um corpo novo, de um cérebro virgem, acha-se na impossibilidade de exprimir as recordações acumuladas em suas vidas precedentes.

12. Delanne esclarece que o perispírito toma, ao encarnar, um movimento vibratório bastante fraco para que o mínimo de intensidade necessário à renovação de suas lembranças possa ser atingido.

13. Podemos, pois, concluir em poucas linhas:
a.) O esquecimento do passado e, por conseguinte, das faltas cometidas não lhes atenua as consequências.
b.) O conhecimento delas seria um fardo insuportável e causa de desânimo para muitas pessoas.
c.) Se a recordação do passado fosse geral, isso concorreria para a perpetuação dos ressentimentos e dos ódios.
d.) A existência terrestre é, algumas vezes, difícil de suportar, e o seria ainda mais se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescentássemos a memória dos sofrimentos e dos equívocos passados.

Questões para fixação da leitura
1. Se o homem viveu antes, por que não se lembra de suas existências anteriores?
O esquecimento do passado se dá graças à bondade e à sabedoria do Criador. Tal como ocorre com os sentenciados a longas penas, todos nós desejamos apagar da memória os delitos cometidos e felizes ficamos quando a sociedade não os conhece ou os relega ao esquecimento. Como frequentemente renascemos no mesmo meio em que já vivemos e estabelecemos de novo relações com as mesmas pessoas, apagar momentaneamente a recordação dos nossos actos concorre de maneira extraordinária para o estabelecimento de novas relações com as referidas pessoas, facto que seria muito difícil em face da lembrança viva de ocorrências desagradáveis havidas no passado.

2. Se não se lembra das existências passadas, como pode aproveitar a experiência adquirida nelas?
Se não temos durante a existência corpórea lembrança do que fomos e do que fizemos nas anteriores existências, possuímos disso a intuição, sendo nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. A aptidão para essa ou aquela profissão, a maior ou menor facilidade nessa ou naquela disciplina, as inclinações interiores – eis elementos que não teriam justificativa se não existisse a reencarnação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 11:16 am

3. Se não recorda o que fez ou o que aprendeu no passado, cada existência não seria para o Espírito qual se fosse a primeira? Não estaria ele, desse modo, sempre a recomeçar?
Aparentemente sim, mas o conhecimento acumulado, as experiências vividas, o aprendizado realizado no passado dão-nos uma base a partir da qual as aptidões e o talento se manifestam. Os pais sabem muito bem quão diferentes são seus filhos, conquanto criados no mesmo ambiente e recebendo os mesmos estímulos. Enquanto uns avançam no estudo e muitas vezes superam os próprios professores, há os que apresentam dificuldades enormes no aprendizado, o que demonstra que trazem bagagens diferentes, tanto no campo intelectual quanto no campo moral.

4. A reminiscência das existências anteriores perturbaria ou melhoraria as relações sociais?
Se em nossas relações, e mesmo em nossa família, houver um indivíduo que nos deu, outrora, motivos reais de queixa, que talvez nos tenha arruinado ou desonrado e que, arrependido, reencarnou-se em nosso meio, a fim de reparar suas faltas, é evidente que a lembrança do passado em nada contribuirá para a renovação de nossas atitudes.
Igual raciocínio aplica-se na situação oposta, quando nós, por hipótese, tenhamos sido o verdugo de nossos próprios familiares. Basta essa ordem de raciocínios para entendermos que a reminiscência das existências anteriores perturbaria as relações sociais e constituiria um tropeço real à marcha do progresso.

5. Existem razões de ordem científica para que o Espírito, ao reencarnar-se, esqueça o seu passado?
Sim. Leon Denis e Gabriel Delanne falam disso em suas obras. Segundo Denis, em consequência da diminuição do seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que toma posse de um corpo novo, de um cérebro virgem, acha-se na impossibilidade de exprimir as recordações acumuladas em suas vidas precedentes. Delanne esclarece que o perispírito toma, ao encarnar, um movimento vibratório bastante fraco para que o mínimo de intensidade necessário à renovação de suas lembranças possa ser atingido. Eis factores que constituem impedimento real a que a lembrança das existências passadas se torne possível.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 11:16 am

28 – Prelúdio da volta do Espírito à vida corporal
Sumário: Momento em que começa a união da alma ao corpo. - Facto que determina durante a gestação o esquecimento do passado. - Situação do Espírito no prelúdio da reencarnação. - Factores que intervêm no processo reencarnatório.

A união da alma com o corpo começa na concepção
1. As encarnações e desencarnações são fases importantes e necessárias, que se alternam por uma imensidade de vezes na escalada evolutiva do Espírito. Do mesmo modo que, para o Espírito, a morte do corpo físico é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, melhor dizendo, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele.

2. A união da alma com o corpo, ensina o Espiritismo, tem início na concepção, mas só se completa no nascimento.
O invólucro fluídico é que liga a alma ao gérmen. Essa união vai-se adensando e tornando-se mais íntima, de momento a momento, até que se completa quando a criança vem à luz.

3. No período intercorrente, da concepção ao nascimento, a acção da força vital faz com que diminua o movimento vibratório do perispírito, até o momento em que, não atingindo o mínimo perceptível, o Espírito fica quase totalmente inconsciente. É dessa diminuição de amplitude do movimento fluídico, diz Gabriel Delanne, que resulta o esquecimento.

4. Quando o Espírito vai encarnar num corpo humano em via de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen, que o atrai por uma força irresistível desde o instante da concepção. À medida que o gérmen se desenvolve, esse laço se encurta. Sob a influência do princípio vital presente no gérmen, o perispírito se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, como se o Espírito, valendo-se do seu perispírito, se enraizasse no gérmen, a exemplo da planta que se enraíza no solo. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, está completa a união, e o ser nasce então para a vida exterior.

A reencarnação é um choque biológico apreciável
5. A partir do momento em que o Espírito é colhido no laço fluídico que o prende ao gérmen, ele entra em estado de perturbação que aumenta à medida que o laço se aperta, perdendo o Espírito, nos últimos momentos, toda a consciência de si próprio, de modo que jamais presencia o seu nascimento. Quando a criança respira, ele começa a recobrar as faculdades, que se desenvolvem à proporção que se formam e consolidam os órgãos que hão de lhes servir às manifestações.

6. André Luiz relata-nos, detalhadamente, o imenso carinho e os inúmeros cuidados que o Mundo Espiritual dedica ao processo reencarnatório. Na obra Entre a Terra e o Céu, o ministro Clarêncio, ao reportar-se à reencarnação de Júlio, fornece informações interessantes sobre a redução perispiritual.

7. Assevera então o amorável ministro da colónia “Nosso Lar”: “A reencarnação, tanto quanto a desencarnação, é um choque biológico dos mais apreciáveis. Unido à matriz geradora do santuário materno, em busca de nova forma, o perispírito sofre a influência de fortes correntes electromagnéticas, que lhe impõem a redução automática”.
“Durante a gravidez de Zulmira, a mente de Júlio permanecerá associada à mente materna, influenciando, como é justo, a formação do embrião. Todo o cosmo celular do novo organismo estará impregnado pelas forças do pensamento enfermiço de nosso irmão que regressa ao mundo. Assim sendo, Júlio renascerá com as deficiências de que ainda é portador, embora favorecido pelo material genético que recolherá dos pais.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 11:16 am

8. Em outra obra de André Luiz, Missionários da Luz, deparamos também com preciosas informações a respeito da complexidade do trabalho realizado pelo Plano Espiritual, sempre que retorna ao mundo corporal um Espírito em resgate ou reajustamento de tarefas mal executadas em existência anterior.

Os processos reencarnatórios diferem ao infinito
9. Tratando da programação reencarnatória de Segismundo, o orientador Alexandre disse a um amigo: “Já observei o gráfico referente ao organismo físico que o nosso amigo receberá de futuro, verificando, de perto, as imagens da moléstia do coração que ele sofrerá na idade madura, como consequência da falta cometida no passado.
Segismundo experimentará grandes perturbações dos nervos cardíacos, mormente os nervos do tónus”. “Com excepção do tubo arterial, na parte a dilatar-se para o mecanismo do coração, tudo irá muito bem. Todos os genes poderão ser localizados com normalidade absoluta.”

10. Interessado no caso Segismundo, Alexandre aduziu, reportando-se aos seus futuros pais: “Voltaremos a vê-los no dia da ligação inicial de Segismundo à matéria física.
Preciso cooperar, na ocasião, com os nossos amigos Construtores, aos quais pedi me apresentassem os mapas cromossómicos, referentemente aos serviços a serem encetados”.

11. De acordo com a obra citada, Segismundo já se encontrava então, desde a semana anterior, em processo de ligação fluídica directa com os futuros pais. À medida que se intensificava semelhante aproximação, ele ia perdendo os pontos de contacto com os veículos que consolidou na esfera espiritual através da assimilação dos elementos peculiares àquele plano. Essa operação – explicou Alexandre – era necessária para que o perispírito do reencarnante pudesse retomar a plasticidade que lhe é característica e, por isso, no estágio em que ele se encontrava, o procedimento impunha-lhe sofrimento.

12. Nem todos, porém, passam pelos sofrimentos que Segismundo experimentava. Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, a rigor, dois absolutamente iguais. Facilidades e dificuldades estão subordinadas a factores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertação do veículo carnal. Existem Espíritos de grande elevação que, ao voltarem à carne, em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o concurso dos companheiros dedicados a esse trabalho na esfera espiritual.

Questões para fixação da leitura
1. Quando se inicia a união da alma com o corpo?
A união da alma com o corpo tem início na concepção, mas só se completa no nascimento.

2. Qual é o facto, no período que vai da concepção ao nascimento, que determina o esquecimento do passado?
No período intercorrente que vai da concepção ao nascimento, a acção da força vital faz com que diminua o movimento vibratório do perispírito, até o momento em que, não atingindo o mínimo perceptível, o Espírito fica quase totalmente inconsciente. É dessa diminuição de amplitude do movimento fluídico que resulta o esquecimento.

3. Há Espíritos que assistem ao próprio velório.
Pode algum Espírito presenciar o próprio nascimento?
Não. A partir do momento em que o Espírito é colhido no laço fluídico que o prende ao gérmen, ele entra em estado de perturbação que aumenta à medida que o laço se aperta, perdendo o Espírito, nos últimos momentos, toda a consciência de si próprio, de modo que jamais presencia o seu nascimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 11:16 am

4. No prelúdio da reencarnação ocorre para o reencarnante alguma espécie de sofrimento?
Em alguns casos, sim. Foi o que ocorreu com Segismundo quando em processo de ligação fluídica directa com os futuros pais. À medida que se intensificava semelhante aproximação, ele ia perdendo os pontos de contacto com os veículos que consolidou na esfera espiritual através da assimilação dos elementos peculiares àquele plano. Essa operação era necessária para que o perispírito do reencarnante pudesse retomar a plasticidade que lhe é característica e, por isso, no estágio em que ele se encontrava, o procedimento impunha-lhe sofrimento.

5. Ensina o Espiritismo que não existem, a rigor, dois processos reencarnatórios iguais. Que factores intervêm nesses momentos?
Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito. Facilidades e dificuldades estão subordinadas a factores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 8:29 pm

29 – A infância
Sumário: Utilidade do período da infância. - Vantagens que a infância propicia ao reencarnante. - Como Emmanuel define a infância. - Objectivo do estado de pureza e simplicidade peculiar à infância.

A infância é uma fase de adaptação necessária ao reencarnante
1. A alma de uma criança pode ser mais evoluída do que a de um adulto; no entanto, sua inteligência – durante a fase da infância – não se manifesta plenamente porque seu organismo físico não está ainda suficientemente desenvolvido.

2. O estado de perturbação por que passa o Espírito no ato da encarnação só aos poucos vai cessando e se dissipa totalmente com o pleno desenvolvimento dos órgãos.

3. A infância é uma fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados.

4. Recém-saído do mundo espiritual, onde gozava de maior liberdade e dispunha de maiores recursos, o Espírito se vê, durante essa fase, em dificuldades para exprimir plenamente seus pensamentos e manifestar suas sensações.

Durante a infância o Espírito é mais acessível aos conselhos recebidos
5. Nessa fase da vida, em que o Espírito se vê limitado em sua liberdade, a infância é uma demonstração da misericórdia de Deus, que lhe propicia uma dupla vantagem:
a.) O Espírito ganha o tempo indispensável a fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência corpórea.
b.) Pela fase que atravessa, revestido da simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará o desempenho de suas tarefas no mundo.

6. Sabemos que, ao desenvolver-se, a criança apresentará, nos anos que se seguirem, as tendências e defeitos morais inerentes ao seu real adiantamento espiritual, mas este poderá, sem nenhuma dúvida, ser sensivelmente modificado pela influência recebida, desde o berço, de seus pais e das pessoas incumbidas de educá-la.

7. Reencarnando sob a forma inicial de uma criança, o Espírito é mais acessível, durante esse período, às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os pais e as pessoas investidas dessa tarefa, cuja importância é enfatizada por Emmanuel no cap. CLI de seu livro Caminho, Verdade e Vida: “A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto”.
“Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com êxito desejável.”

A pureza e a simplicidade da criança constituem o nosso objectivo
8. Como criança, o Espírito enverga temporariamente a túnica da inocência, um fato que atesta a bondade e a sabedoria de Deus, porque sua aparente inocência e fragilidade despertam o carinho e a simpatia dos adultos que o cercam, facilitando assim o processo de sua reeducação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 8:30 pm

9. Esse estado de pureza e simplicidade é tão importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”.

10. O mais frio celerado há de lembrar um dia que também ele já foi criança, de aparência inocente e pura, e que de muito lhe valeria ter continuado a cultivar semelhantes virtudes, porquanto sem a aquisição delas, como ensinou Jesus, não teremos entrada no reino dos Céus.

Questões para fixação da leitura
1. Qual é, segundo o Espiritismo, a utilidade do período da infância?
Sua utilidade é muito grande. A infância é uma fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados.

2. Que vantagens a infância propicia ao Espírito que retorna à existência corporal?
São duas as vantagens: a.) O Espírito ganha o tempo indispensável a fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência corpórea. b.) Pela fase que atravessa, revestido da simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará o desempenho de suas tarefas no mundo.

3. Durante a infância, o encarnado é mais ou menos acessível às impressões que recebe?
Sim. Na infância, o Espírito é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os pais e as pessoas investidas dessa tarefa.

4. Como Emmanuel, ao comparar a existência terrena a uma longa viagem, define a infância?
Segundo Emmanuel, a juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a preparação.

5. Que nos ensinou Jesus a respeito do estado de pureza e simplicidade comum às crianças?
Esse estado de pureza e simplicidade é tão importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 8:30 pm

30 – A encarnação nos diferentes mundos
Sumário: Causas que justificam a encarnação de um Espírito em determinado planeta. - Categoria a que pertence a Terra. - Forma dos habitantes e condições de vida nos planetas superiores ao nosso.

Os Espíritos não estão indefinidamente presos a um mundo
1. A encarnação nos diferentes mundos obedece ao critério de progresso moral. Quando, em determinado planeta, os Espíritos realizaram a soma de progresso que o estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais adiantado.

2. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham presos a ele indefinidamente. Cada mundo é para eles o que escola representa para a criança, que muda de classe à medida que progride em seus estudos.

3. Os Espíritos elevados são destinados a encarnar em planetas mais bem dotados que o nosso. A escala dos mundos apresenta inúmeros graus, dispostos para a ascensão progressiva dos Espíritos.

4. Falando a respeito das inumeráveis moradas existentes no Universo infinito, Jesus afirmou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou para preparar-vos o lugar”.

A Terra pertence à categoria de mundos de expiação e provas
5. Segundo a Doutrina Espírita, os planetas podem dividir-se em cinco categorias principais:
a.) Mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana.
b.) Mundos de expiação e provas, em que o mal predomina.
c.) Mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta.
d.) Mundos felizes, onde o bem supera o mal.
e.) Mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura.

6. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias. “Não obstante – ensina Santo Agostinho – não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, item 14.)

7. Nas esferas superiores à Terra o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras, carecendo de objecto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano a seu semelhante.

8. O homem que vive nesses mundos não mais se arrasta penosamente sob a acção de pesada atmosfera. Ele se desloca de um lugar a outro com muita facilidade. As necessidades corpóreas são quase nulas e desconhecidos os trabalhos rudes. Mais longa que a nossa, a existência ali se passa no estudo, na participação das obras de uma civilização aperfeiçoada, que tem por base a mais pura moral, o respeito aos direitos de todos, a amizade e a fraternidade.
A forma humana é comum também aos mundos superiores
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 8:30 pm

9. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem com que a morte nenhuma apreensão lhes cause, e eles a encaram sem temor, como simples transformação necessária ao processo evolutivo.

10. Nenhum pensamento oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas delicadas. O amor, a confiança, a sinceridade presidem às reuniões em que todos recolhem as instruções dos mensageiros divinos e aceitam as tarefas que podem contribuir para elevá-los ainda mais.

11. A encarnação de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea pode ocorrer em dois casos:
a.) Como missão, com o objectivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar.
b.) Como expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.

12. Nos mundos superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela, aperfeiçoada e sobretudo purificada. O corpo físico nada tem da materialidade terrestre e, por isso, não está sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações que a predominância da matéria provoca.

Questões para fixação da leitura
1. Que é que determina a encarnação de um Espírito nesse ou naquele planeta?
A encarnação nos diferentes mundos obedece ao critério de progresso moral. Quando, em determinado planeta, os Espíritos realizaram a soma de progresso que o estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais adiantado, onde poderão adquirir novos conhecimentos.

2. Segundo a Doutrina Espírita, a que categoria pertence o planeta Terra?
A Terra pertence à categoria de mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias.

3. As condições de vida nas esferas superiores à Terra são diferentes das nossas?
Sim. Nas esferas superiores o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras, carecendo de objecto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano ao seu semelhante.

4. Que razões há para um Espírito encarnar em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea?
A encarnação de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea pode ocorrer como missão, com o objectivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar, ou como expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.

5. A forma humana é encontrada também nos mundos superiores à Terra?
Sim. Nos mundos superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela, aperfeiçoada e sobretudo purificada.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2023 8:30 pm

Bibliografia
DELANNE, Gabriel. A Evolução Anímica.
DELANNE, Gabriel. A Reencarnação.
DELANNE, Gabriel. O Fenómeno Espírita.
DENIS, Leon. Depois da Morte.
DENIS, Leon. O Grande Enigma.
DENIS, Leon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.
DUARTE, José Coimbra. Ciências Físicas e Biológicas, 26ª ed., pp. 17 a 19.
FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza.
FLAMMARION, Camille. Sonhos Estelares.
FROST JR., S. E. Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos, tradução de Leónidas Gontijo de Carvalho.
GAMA, Zilda. Por Espíritos diversos. Diário dos Invisíveis.
GELEY, Gustave. Resumo da Doutrina Espírita.
JOÃO, apóstolo. Evangelho segundo João.
JOLIVET, Régis. Vocabulário de Filosofia, tradução de Geraldo Dantas Barreto.
KARDEC, Allan. A Génese.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.
KARDEC, Allan. O Que é o Espiritismo.
MARCOS, evangelista. Evangelho segundo Marcos.
MATEUS, apóstolo. O Evangelho segundo Mateus.
MIRANDA, Hermínio C. A Memória e o Tempo.
MIRANDA, Hermínio C. Reencarnação e Imortalidade.
MIRADOR, Enciclopédia Mirador Internacional.
PERALVA, Martins. O Pensamento de Emmanuel.
STEVENSON, Ian. Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por André Luiz. Evolução em dois mundos.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Entre a Terra e o Céu.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Missionários da luz.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. No Mundo Maior.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Os Mensageiros.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. A Caminho da Luz.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Caminho, Verdade e Vida.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Encontro Marcado.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. O Consolador.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Renúncia.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Roteiro.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Espíritos diversos. Palavras do Infinito.


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