LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:50 pm

Iniciação à doutrina espírita:
2 – As leis morais segundo o Espiritismo
Astolfo Olegário de Oliveira Filho

Índice
Ao Leitor,
Sobre o Autor

1. Caracteres da Lei Natural,
2. Conhecimento e divisão da Lei Natural,
3. Reveladores e revelações da Lei Natural,
4. O bem e o mal,
5. A liberdade natural e a escravidão,
6. Liberdade de pensamento e de consciência,
7. Objectivos da evolução e seu processo,
8. A marcha do progresso,
9. Civilização e desenvolvimento moral,
10. Influência do Espiritismo no progresso,
11. A importância da vida em sociedade,
12. Vida de isolamento e voto de silêncio,
13. Laços de família,
14. O trabalho: conceito e importância,
15. Limite do trabalho e repouso,
16. Destruição necessária e destruição abusiva,
17. Os flagelos naturais, a dor, as guerras,
18. Instinto e inteligência,
19. O necessário e o supérfluo,
20. Diversidade das aptidões humanas,
21. Desigualdades sociais,
22. Desigualdades das riquezas,
23. Casamento e divórcio,
24. Celibato e poligamia,
25. Obstáculos à reprodução humana,
26. O aborto e suas consequências,
Bibliografia
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:51 pm

Ao Leitor
Publicada com o título geral de Iniciação à Doutrina Espírita, esta obra tem por alvo as pessoas que estão dando seus primeiros passos em matéria de Espiritismo.
Trata-se, pois, de uma publicação cujo propósito é preparar o leitor iniciante para que, dotado de um conhecimento preliminar sobre os ensinamentos espíritas, possa na sequência aprofundar-se no estudo da obra de Allan Kardec e de seus continuadores.
A série compõe-se de 5 volumes:
1º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 1 - Noções gerais e princípios básicos
2º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 2 - As leis morais segundo o Espiritismo
3º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 3 - Aspecto científico do Espiritismo
4º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 4 - Aspecto filosófico do Espiritismo
5º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 5 - Aspecto religioso do Espiritismo.

Conteúdo desta obra
O e-book ora publicado, que é o segundo volume da série Iniciação à Doutrina Espírita, é formado por 26 capítulos e apresenta o que nos ensina o Espiritismo acerca das Leis Morais, as quais, de conformidade com a classificação constante d´O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, subdividem-se em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a lei de justiça, amor e caridade.
Na obra são focalizados inúmeros temas e questões directamente relacionados com cada uma das Leis Morais referidas.

Entre esses temas e questões, são objecto de capítulos específicos do livro, entre outros:
º o problema do bem e do mal;
º liberdade de pensamento;
º a escravidão;
º objectivos da evolução;
º marcha do progresso;
º influência do Espiritismo no progresso;
º a vida em sociedade;
º os laços de família;
º conceito e importância do trabalho;
º os flagelos naturais;
º as guerras;
º instinto e inteligência;
º as desigualdades sociais;
º desigualdade das riquezas;
º celibato e poligamia;
º casamento e divórcio;
º planeamento familiar;
º aborto e suas consequências.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:51 pm

Sobre o Autor
Astolfo Olegário de Oliveira Filho é director de redacção do jornal espírita "O Imortal" e da revista espírita O Consolador, fundada em 18/4/2007 por ele e seu colega José Carlos Munhoz Pinto.
Natural de Astolfo Dutra (MG), reside desde os 18 anos em Londrina (PR), cidade para a qual se mudou com vistas a cursar a faculdade, graduando-se então no curso de Ciências Económicas.
Filho de pais espíritas – Astolfo Olegário de Oliveira e Anita Borela de Oliveira –, é casado com Célia Maria Cazeta de Oliveira, sendo pai de quatro filhos e avô de sete netos.
Escreveu e manteve por 13 anos, de 1980 a 1992, a coluna "Espiritismo" publicada aos domingos pela "Folha de Londrina".
É autor do livro “20 Lições sobre Mediunidade”, publicado inicialmente em novembro de 2003 pela Editora Leopoldo Machado e posteriormente, no formato digital, pela EVOC.
Participa das actividades do Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), onde atua como esclarecedor em grupo espírita de desobsessão e como coordenador dos estudos realizados pelo Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes.
Colabora também na Comunhão Espírita Cristã de Londrina, instituição localizada na periferia da cidade, da qual é, ao lado de sua esposa e vários amigos, um dos fundadores.
Fundou e dirigiu a Editora Leopoldo Machado e é actualmente director da EVOC - Editora Virtual O Consolador, de Londrina (PR), sendo também editor do blog Espiritismo Século XXI – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:51 pm

1 – Caracteres da Lei Natural
Sumário: Conceito de Lei Natural. – Tipos de leis que a Lei Natural abarca. – Imutabilidade da Lei Natural. – Causa do distanciamento entre a Ciência e a Religião. – Aliança entre a Ciência e a Religião.

Conceito de Lei Natural
1. A Lei Natural é, segundo a doutrina espírita, a lei de Deus, a única lei verdadeira e indispensável à felicidade do homem, porque lhe indica o que fazer e o que não deve fazer, e nós, seres humanos, somente somos infelizes quando dela nos afastamos.

2. Todos os fenómenos, físicos e espirituais, regem-se por leis, seja no nosso mundo, seja fora dele, tanto quanto em todo o Universo. Essas leis é que formam, em seu conjunto, o que conhecemos como Lei Natural ou Divina.

3. Embora alguém possa pensar, em razão de uma análise superficial, que a Lei Natural sofra transformações, ela não é mutável. Só as leis estabelecidas pelo homem é que o são, porque, sendo leis imperfeitas, estão sujeitas às modificações inerentes ao progresso.

4. A verdade é que, à medida que os seres humanos evoluem, compreendem melhor a Lei Natural e passam a reformular seus antigos conceitos.

Divisão da Lei Natural
5. A Lei Natural abarca dois tipos principais de leis: as leis físicas, que regulam o movimento e as relações da matéria bruta e cujo estudo pertence ao domínio da Ciência propriamente dita, e as chamadas leis morais, que dizem respeito ao homem considerado em si mesmo e em suas relações com o Criador e com seus semelhantes.

6. Apesar de a Lei Natural estar presente em toda a obra da Criação, nós humanos, no estágio evolutivo em que nos encontramos, não a conhecemos bem. É por esse motivo que em todas as épocas da história humana tem Deus enviado ao planeta Espíritos missionários que, reencarnando nas diferentes áreas do saber, vêm até nós para ensiná-la.

7. Desde as épocas mais remotas a Ciência tem-se dedicado exclusivamente ao estudo dos fenómenos do mundo físico, susceptíveis de serem examinados pela observação e pela experimentação, deixando a cargo de outras disciplinas, como a Religião, o trato das questões metafísicas e espirituais.

Aliança entre a Ciência e a Religião
8. Com o progresso intelectual verificado nos últimos tempos ocorreu, como sabemos, um distanciamento pronunciado entre a Ciência e a Religião, facto que não deveria ocorrer, porque ambas são expressões da Lei Natural a que estamos submetidos.

9. Quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas percepções espirituais, tanto mais ele se vai inteirando de que o mundo físico, esfera de acção da Ciência, e a ordem moral, objecto especulativo da Religião, guardam íntimas e profundas relações, concorrendo ambas para a harmonia universal, mercê das leis sábias, eternas e imutáveis que os regem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:51 pm

10. É assim que podemos verificar, sobretudo nos últimos anos, que a importância de determinados valores especialmente caros à ideia religiosa – como o afecto, a religiosidade, o amor e a solidariedade – tem sido comprovada por meio de pesquisas realizadas por vultos eminentes da Ciência terrena, fato que concorre para que se concretize um dia, que não está distante, a aliança entre a Ciência e a Religião, antevista por Allan Kardec na passagem seguinte:
“São chegados os tempos em que os ensinos do Cristo devem ter a sua execução; em que o véu propositadamente lançado sobre alguns pontos desses ensinos deve ser erguido; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual, e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, reconheça que estas duas forças se amparam uma à outra e seguem harmonicamente, prestando-se mútuo auxílio. A Religião, já não sendo mais desmentida pela Ciência, adquirirá então uma força invulnerável, porque estará de acordo com a razão e terá a seu favor a irresistível lógica dos factos.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 1, item 8.)

Questões para fixação da leitura
1. Que é Lei Natural?
A Lei Natural é a lei de Deus, a única lei verdadeira e indispensável à felicidade do homem, porque lhe indica o que fazer e o que não deve fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta. Todos os fenómenos, físicos e espirituais, regem-se por leis soberanamente justas e sábias, seja no nosso mundo, seja fora dele e em todo o Universo. Essas leis formam, em seu conjunto, o que conhecemos como Lei Natural ou Divina.

2. Que tipos de leis a Lei Natural abarca?
A Lei Natural abarca dois tipos principais de leis: as leis físicas, que regulam o movimento e as relações da matéria bruta e cujo estudo pertence ao domínio da Ciência propriamente dita, e as leis morais, que dizem respeito ao homem considerado em si mesmo e em suas relações com o Criador e com os seus semelhantes.

3. A Lei Natural é imutável?
Sim. A Lei Natural é imutável, como o próprio Deus o é. Se ela fosse mutável, não haveria estabilidade no Universo.
Só as leis estabelecidas pelo homem é que são mutáveis, porque são leis imperfeitas e sujeitas às modificações inerentes ao progresso.

4. Por que, sendo expressões da mesma lei, a Ciência e a Religião se distanciaram ao longo dos tempos?
Foi o progresso intelectual verificado nos últimos tempos, não acompanhado do correspondente progresso moral, que determinou o distanciamento existente entre a Ciência e a Religião, fato que não deveria ocorrer, porque ambas são expressões da Lei Natural a que todos nós estamos submetidos.

5. Chegará um dia em que Ciência e Religião se darão as mãos e caminharão unidas?
Sim. Quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas percepções espirituais, tanto mais ele se vai inteirando de que o mundo físico, esfera de acção da Ciência, e a ordem moral, objecto especulativo da Religião, guardam íntimas e profundas relações, concorrendo ambas para a harmonia universal. É assim que podemos verificar, sobretudo nos últimos anos, que a importância de determinados valores especialmente caros à ideia religiosa – como o afecto, a religiosidade, o amor e a solidariedade – tem sido comprovada por meio de pesquisas realizadas por vultos eminentes da Ciência terrena, fato que concorre para que se concretize um dia a aliança entre a Ciência e a Religião, antevista por Allan Kardec.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:52 pm

2 – Conhecimento e divisão da Lei Natural
Sumário: Conhecimento e reencarnação. – Missionários enviados por Deus com o fim de fazer progredir a Humanidade terrena. – Carácter do verdadeiro missionário. – Subdivisão das Leis Morais. – A mais importante das Leis Morais.

Conhecimento e reencarnação
1. O conhecimento da Lei Natural faz parte do progresso espiritual do homem, que se processa ao longo de incontáveis encarnações, visto que em uma única existência é totalmente impossível tal aprendizado.

2. Não basta, contudo, que nos informemos a respeito dela. É preciso que a compreendamos no seu verdadeiro sentido para que possamos observá-la e cumpri-la. Como ensina a doutrina espírita, todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Um dia, porém, todos a compreenderão, porquanto é forçoso que o progresso se efectue.

3. Allan Kardec, instruído pelos Espíritos Superiores, diz-nos que em todas as épocas da Humanidade e em todos os quadrantes da Terra sempre houve homens de bem inspirados por Deus para auxiliar a marcha evolutiva do ser humano.

Carácter do verdadeiro missionário
4. Profetas, sábios, legisladores têm sido os instrumentos de que o Pai se utilizou para que o homem pudesse encontrar a rota segura que o levasse ao reino venturoso com que todos sonhamos. Dentre todos eles, avulta a pessoa de Jesus, o protótipo da misericórdia divina, o tipo mais perfeito que Deus ofereceu à Humanidade terrena para lhe servir de guia e modelo.

5. Modelo a ser por nós seguido, o Mestre ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em um testemunho supremo a excelência do seu missionato amoroso, por meio da doação da própria vida.

6. Os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra são Espíritos Superiores que aqui se encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade.
Tais Espíritos são possuidores de certa bagagem espiritual que, ao se comprometerem com essa ou aquela missão, para ela se preparam conscienciosamente antes do mergulho na carne.

7. Importante lembrar, no entanto, que os verdadeiros missionários de Deus, em sua maior parte, ignoram-se a si mesmos. Desempenham sua missão pela força do génio que possuem, secundados pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado. Revelam-se, assim, por seus actos; não se proclamam missionários. São adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dizem, eles próprios, enviados de Deus. O verdadeiro missionário é, pois, humilde e modesto; o outro, orgulhoso e cheio de altivez.

Subdivisão das Leis Morais
8. As Leis Morais são, como já foi visto, uma divisão da Lei Natural.

9. Estabelecidas pelo Supremo Pai, são elas de todos os tempos e constituem o roteiro da felicidade que o homem alcançará mediante seu progresso espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:52 pm

10. De acordo com a classificação adoptada pela Codificação Kardequiana, as Leis Morais se subdividem em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a lei de justiça, amor e caridade 11. A última delas – a lei de justiça, amor e caridade – é de todas a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual e, de certo modo, resume todas as outras.

Questões para fixação da leitura
1. De onde advém para o homem o conhecimento da Lei Natural?
O conhecimento da Lei Natural faz parte do progresso espiritual do homem, que se processa ao longo de incontáveis encarnações, visto que em uma única existência é totalmente impossível tal aprendizado.

2. Quem é, dentre os missionários enviados por Deus à Terra, o protótipo da misericórdia divina?
Jesus.

3. Que tipo de Espíritos são os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra com o fim de fazer progredir a Humanidade?
Os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra são Espíritos Superiores que aqui se encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade. Tais Espíritos são possuidores de certa bagagem espiritual que, ao se comprometerem com essa ou aquela missão, para ela se preparam conscienciosamente antes do mergulho na carne.

4. De acordo com a codificação kardequiana, as Leis Morais subdividem-se em quantas partes? Quais são elas?
As Leis Morais se subdividem, para efeito de estudo, em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a lei de justiça, amor e caridade.

5. De todas as Leis Morais, qual é a mais importante?
A última delas – a lei de justiça, amor e caridade – é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual e, de certo modo, resume todas as outras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:52 pm

3 – Reveladores e revelações da Lei Natural
Sumário: O mais perfeito dos reveladores que vieram à Terra. – Sócrates, um dos precursores das ideias cristãs. – Correlação entre Espiritismo e Cristianismo. – O maior mandamento da lei de Deus na versão kardequiana.

O mais perfeito dos reveladores
1. A Lei Natural ou Divina rege toda a criação no Cosmo infinito, nos seus múltiplos e diversificados planos, sendo ela a única que conduz a criatura humana para o aperfeiçoamento e a felicidade. A desventura humana é, pois, geralmente, a consequência de um desvio ou infracção dessa lei.

2. A Lei Natural, dividida em leis físicas e leis morais, significa a projecção do pensamento divino e a expressão fidedigna de sua vontade, consistindo sempre num preceito normativo que regula todos os fenómenos da vida universal.

Eternas, imutáveis, infalíveis, tais leis abrangem os mais variáveis planos evolutivos, de acordo com as diversas categorias dos mundos.
3. O conhecimento da Lei Natural é dado à Humanidade de maneira gradual por meio de Espíritos reencarnados como filósofos ou benfeitores que, aportados no seio da sociedade, são chamados reveladores da Lei Natural, uns vinculados mais directamente à revelação das leis físicas, enquanto outros dedicaram-se a iniciar-nos nas verdades relacionadas com as leis morais.

4. O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta é Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, uma vez seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade.

5. Mas existiram, como já dissemos, em todas as épocas da Humanidade, inúmeros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano, o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.

6. Um desses vultos extraordinários que vieram à Terra é Imotep, que viveu no Egipto Antigo, perto de Mênfis, de 2655 a 2600 a.C. Homem erudito, Imotep constitui o primeiro exemplo histórico do que hoje chamamos de cientista.
Além de ter sido o arquitecto responsável pela construção da pirâmide de degraus ou de Sacará, que é a mais antiga do Egipto, Imotep teria sido também médico, e com tamanho poder de cura, que os gregos o igualavam ao seu próprio deus da Medicina.

Sócrates, um dos precursores das ideias cristãs
7. Outros vultos notáveis nasceram e viveram na Terra anteriormente à Era Cristã. Tales de Mileto é um deles. Matemático e filósofo grego, que viveu de 624 a 546 a.C., Tales é considerado pelos gregos o fundador da Ciência, da matemática e da filosofia gregas, sendo-lhe creditada a paternidade da maior parte do saber de sua época.

8. Pitágoras, que também viveu na Grécia, no período de 570 a.C. a 495 a.C., foi filósofo, astrónomo e matemático e o primeiro sábio a afirmar que a Terra era esférica, além de haver descoberto que a harmonia universal podia ser expressa com os números.

9. Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.), o mais célebre médico da Antiguidade e iniciador da observação clínica, é considerado o pai da Medicina. Hipócrates nasceu na Ilha grega de Cós, na costa da Ásia Menor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:53 pm

10. Sócrates, que viveu em Atenas de 469 a 399 a.C., teve uma vida nobre como as verdades que ensinava, a ponto de ter sido considerado por Allan Kardec um dos precursores das ideias cristãs e espíritas. Nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção injustificável, motivada pela inveja dos seus patrícios.

11. Na Era Cristã, entre os anos 129 a 199, viveu Galeno, médico grego que é considerado o “pai da anatomia”. No ano 780 nasceu o matemático árabe Muhammad Ibumusa Al Khwarizmi, que revolucionou a arte de calcular.

12. Em 1473 nasceu Nicolau Copérnico, que provou que a Terra não era o centro do Universo. Em 1548, perto de Nápoles, na cidade de Nola, nasceu Giordano Bruno, que foi levado à morte pela Inquisição romana por defender a infinitude do espaço e os movimentos da Terra.

13. Dois séculos depois, em 1791, nasceu em Charlestown (EUA) Samuel Finley Morse, que se notabilizou pela invenção do telégrafo, com o que se inaugurou o campo das comunicações modernas.

Correlação entre Espiritismo e Cristianismo
14. A lista dos grandes génios que impulsionaram com sua presença o conhecimento da Lei Natural é acrescida, entre tantos génios, de nomes como Gutenberg, Isaac Newton, Galileu, Darwin, Leonardo da Vinci, Pasteur, Koch, culminando no século XIX com a codificação dos ensinos recebidos dos Espíritos Superiores, tarefa essa confiada a Allan Kardec, que nos permitiu iniciar-nos no conhecimento do mundo espiritual e suas relações com o plano em que vivemos.

15. O mundo recebeu com impacto o renascimento do Cristianismo e a partir daquele momento a Humanidade, confundida, alertada, crédula ou incrédula, não mais seria a mesma.

16. Chegara a era da espiritualização, séculos depois das primeiras sementes lançadas por Moisés, semeadas e regadas por Jesus na sua extraordinária missão do amor ao próximo e cultivadas ao longo dos tempos por emissários enviados por Deus: os apóstolos e seguidores do Cristianismo que foram conhecidos pelos nomes de Paulo de Tarso, Agostinho, Francisco de Assis, Vicente de Paulo e tantos outros.

17. Jesus não pode, todavia, ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, pois o Cristo estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem e não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.

18. Muitas das verdades anunciadas pelo Espiritismo encontram suas bases na doutrina cristã. As citações evangélicas que se seguem são ensinamentos de Jesus que se correlacionam com os princípios espíritas sobre a pluralidade dos mundos habitados, a reencarnação, a importância da caridade, a lei de acção e reacção e a mediunidade:
“Há muitas moradas na Casa do Pai.” (João, 14:1-3)
“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” (João, 3:1-12)
“Tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também a eles.” (Mateus, 7:2)
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados.” (Mateus, 5:5)
“... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” (Mateus, 26:52)
“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demónios.” (Mateus, 10:8)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 7:53 pm

19. É devido a essa correlação entre a doutrina de Jesus e os ensinos espíritas que se diz que o Espiritismo é o Cristianismo redivivo. E, se Jesus disse ser o mandamento maior “o amor a Deus e ao próximo”, Kardec afirma que “fora da caridade não há salvação”, mostrando que ninguém poderá intitular-se espírita se primeiramente não for cristão.

Questões para fixação da leitura
1. Além de Jesus, que reveladores das leis de Deus existiram no mundo?
O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta foi Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, se seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade.
Houve, no entanto, em todas as épocas da Humanidade outros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano – seja na filosofia, na ciência, na religião, no campo político ou mesmo nas artes –, o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.

2. Um deles é tido por Kardec um dos precursores do Espiritismo. Qual o seu nome e quando viveu?
Seu nome é Sócrates, que viveu em Atenas de 469 a 399 a.C. Sócrates teve uma vida nobre como as verdades que ensinava e nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção levantada contra ele pela inveja dos seus patrícios.

3. Por que Jesus não pode ser nivelado aos grandes reveladores que já passaram pela Terra?
Jesus não pode ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, porque o Mestre estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem e não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.

4. Muitas das verdades ensinadas pelo Espiritismo têm no Evangelho suas bases. Mencione três citações evangélicas que nos recordam os princípios espíritas.
Aqui estão, entre tantas, três citações evangélicas bem conhecidas e que se correlacionam, respectivamente, com os princípios espíritas da pluralidade dos mundos habitados, da reencarnação e da lei de causa e efeito:
“Há muitas moradas na Casa do Pai.” (João, 14:1-3)
“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” (João, 3:1-12)
“... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” (Mateus, 26:52).

5. Qual é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei de Deus e como Kardec o sintetizou?
O “amor a Deus e ao próximo” é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei, que Kardec sintetizou na conhecida frase “Fora da caridade não há salvação”.
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Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:10 am

4 – O bem e o mal
Sumário: Conceito de moral na visão espírita. – Onde se encontra gravada a lei divina. – Factor a que o progresso moral se liga intimamente. – Definição de ser moral segundo a doutrina espírita. – O bem e o mal na visão espírita.

A moral é a regra de bem proceder
1. A moral consubstancia os princípios salutares do comportamento humano de que resulta o respeito ao próximo e a si mesmo. Decorrência natural da evolução, estabelece as directrizes em que se fundam os alicerces da Civilização, produzindo matrizes de carácter que vitalizam as relações humanas, sem as quais o homem, por mais avançado que esteja no domínio da técnica, poucos passos teria conseguido avançar desde os estados primários do sentimento.

2. A moral é, no dizer dos Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.

3. Melhor conceito do que esse é difícil de elaborar. É que os Espíritos superiores, de maneira objectiva e simples, revelam que a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, ao longo das sucessivas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.

4. A partir do momento em que o relacionamento humano se expandiu pelas necessidades de vivência comutativa, o homem sentiu o desejo de elaborar leis que estabelecessem organizações sociais mais apropriadas ao meio em que vivia. Passou-se então a fazer distinção entre o bem e o mal. Mas somente a partir de Sócrates a moral passou a ser considerada pela filosofia, porquanto até então era ela definida arbitrariamente, de acordo com o equilíbrio ou o desequilíbrio das pessoas.

5. O sentido de moralidade é, contudo, um só, ou seja, é a norma de bem proceder em quaisquer circunstâncias, independentemente do estado socio-económico do indivíduo.
Todo o cuidado, portanto, se faz preciso para não confundirmos conveniências sociais – que podem gerar dissolução dos costumes – com a verdadeira prática da moral.

A lei divina está gravada em nossa consciência
6. Diante desses conceitos, podemos afirmar que, em qualquer época, o homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que não se prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.

7. À medida que vamos aprendendo a distinguir o bem do mal, vamo-nos moralizando, porque fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exactamente do modo contrário.

8. Ensina o Espiritismo que Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objectivo o bem, e o homem encontra em si mesmo tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência traça-lhe a rota, visto que a lei divina está gravada nela mesma e, além disso, Deus nos leva a recordá-la constantemente por intermédio de seus emissários, bem como de todos os indivíduos que trazem a missão de esclarecer, moralizar e melhorar o ser humano.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:10 am

9. Os chamados males da vida que afligem a Humanidade formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos males que independem de sua vontade, os quais são geralmente a consequência de sua conduta pretérita.

10. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, poupar-se-ia, sem qualquer dúvida, aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é em virtude do seu livre-arbítrio. Sofre, então, as consequências do seu proceder.

O mal não tem existência real
11. O Criador, que é também todo bondade, sempre põe o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia a solução, pois chega um momento em que o excesso do mal moral torna-se intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente, desse modo, compelido a buscar no bem o remédio, valendo-se do seu livre-arbítrio.

12. Quando toma um rumo diferente, um caminho melhor, é porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade leva-o, pois, a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrange a melhorar as condições materiais de sua existência.

13. A prática do bem está, assim, relacionada com o grau de responsabilidade do homem. Com o progresso, o mal decresce automaticamente, pois seu carácter é relativo e passageiro, e ele nada mais é que o resultado da condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida. Como decorrência dos progressos realizados pela criatura humana, o mal pouco a pouco diminui, perde fôlego e dissipa-se, na proporção em que a alma sobe os degraus que a conduzem à virtude e à sabedoria.

14. Assim considerando, o mal não tem existência real.
Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. A justiça patenteia-se no cosmo, onde não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem as consequências de seus actos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.

Questões para fixação da leitura
1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo definem a moral?
A moral é, no dizer dos Espíritos, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.

2. A que factor, na visão espírita, o progresso moral se liga intimamente?
Segundo os Espíritos superiores, a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, ao longo das sucessivas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.

3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral?
O homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que não se prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:11 am

4. Que significa fazer o bem?
Fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exactamente de modo contrário.

5. Que é o mal?
O mal não tem existência real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. No cosmo, não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem as consequências de seus actos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.26
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:11 am

5 – A liberdade natural e a escravidão
Sumário: Livre-arbítrio e responsabilidade. – A escravidão segundo os ensinamentos espíritas. – Consequências do cerceamento da liberdade das pessoas. – Há perante Deus uma única espécie de criaturas humanas.

O livre-arbítrio é apanágio do ser humano
1. A liberdade é a condição básica para que a alma construa o seu destino. Apanágio do ser humano, o livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que ela prevaleça sobre as outras.

2. Sem o livre-arbítrio, o homem não teria mérito em praticar o bem ou evitar o mal, pois, sem poder usar livremente sua vontade, ele não seria mais que um autómato.
Com o livre-arbítrio, ao contrário, ele passa a ser o arquitecto de sua própria existência e construtor de sua felicidade ou infelicidade.

3. A liberdade e o livre-arbítrio ampliam-se de acordo com sua elevação e conhecimento. O livre-arbítrio confere, porém, ao homem a responsabilidade dos próprios actos, por terem sido praticados livremente e de acordo com sua própria vontade.

4. Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, porém, inscritos na consciência, os limites de sua liberdade. Jamais devendo constituir tropeço na senda por onde avança o seu próximo, é-lhe vedada a exploração de outras vidas das quais subtraia o direito de liberdade.

5. A liberdade legítima decorre da legítima responsabilidade, não podendo triunfar sem esta. A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais, que constituem a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos humanos.

A escravidão é um erro inconcebível
6. De acordo com a lei natural todos os seres possuem direitos. A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos do próximo. Ser livre é saber, assim, respeitar os direitos alheios, porque desde que juntos estejam dois homens há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar.

7. Vivemos em um planeta que se caracteriza pela predominância do mal sobre o bem. A Terra, como sabemos, é ainda um mundo inferior onde seus habitantes estão submetidos a provas e expiações. É por isso que muitos Espíritos que aqui vivem não possuem o discernimento natural para o emprego da liberdade que Deus lhes concedeu. A ocorrência de abusos de poder, manifestada nas tentativas de o homem escravizar o próprio homem, em variados graus e formas, é um exemplo típico do mau uso dessa lei natural.

8. À medida que o ser humano evolui, cresce com ele a responsabilidade sobre seus actos, sobre suas manifestações verbais e até mesmo sobre seus pensamentos. Nesse estágio evolutivo passa a compreender que a liberdade não se traduz por fazer ou deixar de fazer determinada coisa, irresponsavelmente. Procura, então, medir sua linha de acção, de maneira que esta não prejudique o próximo. Compreende que sua liberdade termina onde começa a do próximo, e exerce sua vontade própria da maneira mais coerente e responsável.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:11 am

9. A sujeição absoluta de um homem a outro constitui, portanto, um erro gravíssimo, de consequências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, social ou económica, é sempre um abuso da força e tende a desaparecer com o progresso da Humanidade.

10. Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno propicia, sofrerá mais tarde a natural consequência dos seus actos, e essa será a vergasta da dor, que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.
Há uma única espécie de homens e todos somos irmãos

11. Nossa liberdade não é absoluta, porque vivemos em sociedade, em que devemos respeitar os direitos das outras pessoas. É, pois, um absurdo aceitar qualquer forma de escravidão, cuja abolição assinala um progresso inequívoco da legislação e dos costumes deste mundo.

12. Durante muito tempo, segundo a História, aceitou-se como justa a escravização dos povos vencidos nas guerras, assim como foi permitido pelas leis humanas que os homens de certas etnias fossem caçados e vendidos, quais bestas de carga, na falsa suposição de que eram seres inferiores e, segundo alguns, nem mesmo pertenciam à Humanidade.

13. Coube ao Cristianismo mostrar que perante Deus só existe uma espécie de homens e que negros, brancos, vermelhos e amarelos, somos todos irmãos.

14. Com a abolição da escravatura, todos nós podemos dispor livremente de nossa vida, o que é um grande passo, embora estejamos ainda muito distantes de uma vivência mundial de integral respeito às liberdades humanas, em que as outras formas de escravização deixem de existir, um sonho que um dia, sem qualquer dúvida, se tornará realidade em nosso mundo.

Questões para fixação da leitura
1. Que é livre-arbítrio?
Apanágio do ser humano, o livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer com que
prevaleça sobre as outras.

2. A liberdade concedida ao ser humano é ilimitada?
Não. A liberdade e o livre-arbítrio ampliam-se de acordo com a elevação e o conhecimento do ser humano, mas não são ilimitadas.

3. Que pensar da escravidão e das leis que a consagraram em nosso mundo?
A sujeição absoluta de um homem a outro constitui um erro gravíssimo, de consequências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, social ou económica, é sempre um abuso da força e tende a desaparecer com o progresso da Humanidade.

4. Que ocorre com as pessoas que arbitrariamente cerceiam a liberdade dos outros?
Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno propicia, sofrerá mais tarde a natural consequência dos seus actos, e essa será a vergasta da dor, que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.

5. Quantas espécies de homens existem na face da Terra?
O Cristianismo mostrou-nos que perante Deus só existe uma espécie de homens e que negros, brancos, vermelhos e amarelos, somos todos irmãos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:11 am

6 – Liberdade de pensamento e de consciência
Sumário: Liberdade de pensar e seus limites. – O respeito à liberdade de pensar na vigência da Inquisição católica. – A coerção à liberdade do outro à luz da Justiça Divina. – Relação entre liberdade e disciplina moral.

A liberdade de pensar é ilimitada
1. A liberdade de pensamento, como a de agir, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.

2. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o.
Assim ensinam os Espíritos ao responderem à questão 833 de O Livro dos Espíritos, esclarecendo que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o voo, porém não aniquilá-lo”.

3. Quando muito, por causa da inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o homem pode gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem, apenas entravar-lhe a liberdade de expressá-lo.

4. Com o progresso social, a liberdade, em todas as suas modalidades, tem evoluído, especialmente a liberdade de pensar, porquanto actualmente já não vivemos na época do “crê ou morre”, como ocorria nos tempos da Inquisição católica.

5. De século para século, menos dificuldades tem encontrado o homem para pensar sem peias e a cada geração que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que tange à inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar e a de agir, pois enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.
A coerção imposta à liberdade de outrem é sinal de atraso 6. A liberdade de pensar, conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, de sua capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito progride, desenvolve-se seu senso de responsabilidade sobre seus actos e pensamentos.

7. Toda oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual. Constranger os homens a proceder em desacordo com seu modo de pensar é fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.

8. A lei natural confere a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que, exercendo esse direito, se respeitem os direitos do próximo. Se o uso da liberdade engendra sofrimento e coerção para outrem, quem assim age incide em crime passível de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da Justiça Divina, e esta jamais falha.

9. Em virtude do mecanismo da justiça divina, o limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:12 am

10. O limite de nossa liberdade está, portanto, condicionado até o ponto em que começa a liberdade do próximo. Em todas as relações sociais e em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disso. Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução a que todos estamos sujeitos. Nada devemos, por conseguinte, exigir ou esperar do outro, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.

Sem disciplina moral, a liberdade é um logro
11. O Espírito só estará verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio facto de sua evolução.

12. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas acções, terá atingido o ponto moral em que o homem domina e governa a si mesmo. Daí em diante não mais precisará do constrangimento e da pressão social para se conduzir na vida.

13. Ocorre com as colectividades o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.

14. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código divino, com absoluta clareza, que tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

Questões para fixação da leitura
1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada?
Sim. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o.

2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada?
Não. Nos tempos em que Inquisição exercia seu poder, vivia-se o regime do “crê ou morre”, num total desrespeito à dignidade humana.

3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem?
Quem assim age incide em crime passível de punição e gera para si mesmo o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.

4. Até que ponto vai a liberdade do homem?
O limite da liberdade do homem vai até o ponto em que começa a liberdade do próximo.

5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade?
Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:12 am

7 – Objectivos da evolução e seu processo
Sumário: Significado da expressão estado de natureza. – Como os Espíritos progridem. Importância da reencarnação no processo evolutivo. – Finalidade da evolução. – Os responsáveis pela construção do nosso destino.

O estado de natureza é a infância da Humanidade
1. O homem desenvolve sua caminhada evolutiva a partir de um estado primitivo ou estado de natureza. O estado de natureza, ensina a Doutrina Espírita, é o estado de infância da Humanidade, o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral.

2. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o Espírito não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não foi criado para viver eternamente na infância. Aquele estado é, pois, transitório, e o Espírito dele sai em virtude do progresso dele próprio e da sociedade em que vive.

3. É preciso, assim, que o ser humano se desenvolva intelectual e moralmente, visto que é através da lei do progresso que se regula a evolução de todos os seres e dos mundos que giram no Universo.

4. O Espírito, contudo, só se depura com o tempo, pelas experiências adquiridas que as vidas sucessivas lhe facultam. Tendo de progredir incessantemente, ele não pode volver ao estado de infância; é Deus que assim o quer.

A marcha dos Espíritos é progressiva
5. No estado de natureza o homem tem menos necessidades, sua vida é mais simples e menores são suas atribulações, pois se atém mais à sobrevivência e às necessidades fisiológicas. Há, porém, em todas as pessoas uma surda aspiração, uma energia íntima misteriosa que as encaminha para as alturas e as faz tender para destinos cada vez mais elevados, impelindo-as para o Belo e para o Bem.

6. É a lei do progresso, a evolução eterna, que guia a Humanidade através das idades e aguilhoa cada um de nós, visto que a Humanidade se forma pelas próprias almas que, de século em século, voltam à cena física para, com auxílio de novos corpos, preparar-se para mundos melhores em sua caminhada evolutiva.

7. A lei do progresso não se aplica apenas ao homem.
Ela abarca todos os reinos da Natureza, como já foi reconhecido por diversos pensadores. Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; no homem, acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente.

8. A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da categoria a que ascenderam. Podem, em suas diferentes existências corpóreas, descer socialmente como homens, não como Espíritos.

O objectivo da evolução não é a felicidade terrestre[/b]
9. As reencarnações constituem uma necessidade inelutável para que se faça o progresso espiritual. Cada existência corpórea não comporta mais do que uma parcela de esforços determinados, após o que a alma se encontra exausta.

10. A morte corpórea representa um repouso, um intervalo, uma etapa na longa rota da eternidade, antes que nova reencarnação se apresente para o Espírito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 11:12 am

11. Paixões antigas, ignomínias, remorsos desaparecem, e o esquecimento cria um novo ser, que se atira cheio de ardor e entusiasmo no percurso da nova estrada. Cada esforço redunda em um avanço, e cada progresso em um poder sempre maior, pois as aquisições sucessivas vão alteando a alma nos inumeráveis degraus da perfeição.

12. O objectivo da evolução, a razão de ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente crêem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho, do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor.

Somos os construtores do nosso destino
13. Somos, assim, o árbitro soberano de nossos destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede e, malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.

14. Os que ignoram tais verdades e nada fazem por melhorar-se chegam ao mundo espiritual na condição de alguém como Joaquim Sucupira, que abandonou o corpo aos sessenta anos, após viver arredado do mundo, no conforto precioso que herdara dos pais.

15. Na Terra – refere Irmão X – Sucupira falara pouco, andara menos, agira nunca... Na pátria espiritual, embora pudesse locomover-se, havia perdido o movimento dos braços e das mãos.

16. Um instrutor, ao examinar seu caso e ouvir suas queixas, disse-lhe com toda a franqueza: “Seu caso explica-se: você tem as mãos enferrujadas”. E ante a careta de Joaquim Sucupira, ele aditou: “É o talento não usado, meu amigo. Seu remédio é regressar à lição. Repita o curso terrestre. O que você precisa, Joaquim, é de movimento.”

Questões para fixação da leitura
1. Que podemos entender pela expressão estado de natureza?
O estado de natureza é, segundo a Doutrina Espírita, o estado de infância da Humanidade, o ponto de partida do desenvolvimento intelectual e moral do ser humano.

2. Como os Espíritos progridem?
Os Espíritos só se depuram com o tempo, pelas experiências adquiridas que as vidas sucessivas lhes facultam.

3. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva?
Sim. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva, jamais retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da categoria a que ascenderam.

4. Podemos dizer que o objectivo da evolução seja a felicidade terrestre?
Não. O objectivo da evolução, a razão de ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente crêem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho, do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor, até que nos tenhamos desenvolvido completamente.

5. Qual é o árbitro soberano de nosso destino?
Somos nós mesmos o árbitro soberano de nossos destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede e, malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.
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8 – A marcha do progresso
Sumário: Espécies de progresso humano segundo os ensinos espíritas. – Tipo de progresso capaz de assegurar a felicidade na Terra. – Maiores obstáculos à marcha do progresso moral. – As asas que levarão o homem à perfeição.

Há dois tipos de progresso: o intelectual e o moral
1. O progresso pode ser comparado ao amanhecer. Mesmo demorando, aparentemente, culmina por lograr êxito. A ignorância, travestida pela força e iludida pela falsa cultura, não poucas vezes se tem levantado objectivando criar embaraços ao desenvolvimento dos homens e dos povos.

2. Mas inevitavelmente o progresso chega, altera a face e a constituição do que encontra pela frente e desdobra recursos, fomentando a beleza, a tranquilidade e o conforto.
Essa é a marcha do progresso, que erguerá, inexoravelmente, o homem do solo das imperfeições, em que ainda se detém, para a sua gloriosa destinação: a perfeição.

3. Há dois tipos de progresso: o intelectual e o moral. O homem desenvolve-se por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.
Os mais adiantados auxiliam então o progresso dos outros, por meio do contacto social.

Um indivíduo muito inteligente pode ser mau
4. O progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual. Geralmente, os indivíduos e os povos adquirem maior progresso científico e só depois, e apenas lentamente, se moralizam.

5. Com o aumento do discernimento entre o bem e o mal, pelo desenvolvimento do livre-arbítrio, cresce no ser humano a noção de responsabilidade no pensar, no falar e no agir. É que o desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o progresso intelecto-moral e aumenta a responsabilidade dos actos.

6. O desenvolvimento intelectual por si só não implica a necessidade do bem. Uma pessoa dotada de grande inteligência pode ser má. É o que ocorre com aqueles que têm vivido muito sem se melhorar: apenas sabem. É por isso que encontramos entre nações tecnicamente adiantadas tantas injustiças – falta-lhes a moralização dos seus integrantes.

7. Um facto indiscutível, ensina o Espiritismo, é que somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as más paixões e fazendo com que entre os homens reinem a concórdia, a paz e a fraternidade.
Orgulho e egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso

8. Nos dois últimos séculos houve, indubitavelmente, grandes avanços nos diversos campos do conhecimento, mas o progresso moral se acha ainda muito aquém do progresso intelectual a que chegou a Humanidade, daí porque prevalece em nossos dias uma ciência sem consciência, em que não poucas criaturas se valem de suas aquisições culturais somente para a prática do mal.

9. Cedo ou tarde, no entanto, os resultados do mau uso do livre-arbítrio e da inteligência recairão sobre os homens, em obediência à lei de causa e efeito; então, trabalhados pela dor, eles ganharão experiência e entendimento para se equilibrarem e continuarem sua jornada evolutiva.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 8:04 pm

10. Os maiores obstáculos à marcha do progresso moral são, sem contestação, o orgulho e o egoísmo, enquanto o progresso intelectual se processa sempre.
Amor e conhecimento são as asas que levam à perfeição. Há quem pense que o progresso intelectual contribua para a exacerbação do egoísmo e do orgulho, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, fato que, por outro lado, estimula o homem a empreender esforços e pesquisas que resultam no desenvolvimento económico e tecnológico da região em que actua.

12. Curta é, porém, a duração desse estado de coisas, que muda à medida que o homem compreende melhor que existe uma felicidade maior e infinitamente mais duradoura além da que o gozo dos bens terrenos proporciona. Assim é que do próprio mal acaba nascendo o bem, e o progresso moral culmina por suceder ao outro.

13. No entendimento de Emmanuel, o sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição a que está destinada, uma meta que, apesar das paixões nefastas que ainda predominam em nossa natureza animal, um dia há de ser alcançada por todos os Espíritos, porque assim o quer o Criador.

Questões para fixação da leitura
1. Quantos tipos de progresso existem?
Dois: o progresso intelectual e o progresso moral, mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.

2. Um indivíduo muito inteligente pode ser mau?
Sim, porque o desenvolvimento intelectual não implica a necessidade do bem. Uma pessoa dotada de grande inteligência pode ser má. É o que ocorre com aqueles que têm vivido muito sem se melhorar; eles apenas sabem.

3. O que, segundo o Espiritismo, pode assegurar aos homens a felicidade na Terra?
O progresso moral é a única coisa que pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, ao refrear as más paixões e fazer com que entre os homens reinem a concórdia, a paz e a fraternidade.

4. Quais são os maiores obstáculos à marcha do progresso moral?
O orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso moral, porque deles derivam todos os males da Humanidade.

5. Quais são as asas que levarão a alma à perfeição?
O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição a que está destinada, uma meta que, apesar das paixões nefastas que ainda predominam em nossa natureza animal, será um dia atingida por todos os Espíritos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 8:05 pm

9 – Civilização e desenvolvimento moral
Sumário: Como o progresso humano se processa. – Como reconhecer se uma civilização é completa. – Qualidades que caracterizam uma nação civilizada. – O meio capaz de reformar os homens e a sociedade.

Não existe retrogradação no desenvolvimento espiritual
1. O progresso, para ser legítimo, não pode prescindir da elevação moral dos homens. As conquistas da inteligência, embora valiosas, sem a santificação dos sentimentos conduzem ao desvario e à destruição. Para serem autênticas, as aquisições humanas devem alicerçar-se nos valores éticos, sem os quais o conhecimento se converte em vapor tóxico que culmina por aniquilar quem o detém.

2. A Humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando estes preponderam em número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos em tempos surgem no seio dela homens de génio que lhe dão um impulso. Vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, em alguns anos, fazem-na adiantar de muitos séculos.

3. Não existe retrogradação no desenvolvimento espiritual. Ele é sempre ascensional, quer no campo intelectual, quer no campo moral. Mas o fato de uma nação haver progredido cientificamente mais do que outra não significa que seja moralmente mais adiantada. Civilizar quer dizer progredir, mas esse progresso nem sempre é completo. Para se chegar a um estado de civilização completa, de Humanidade moralmente evoluída, muitas conquistas deverão ser realizadas, tanto no campo moral, quanto no intelectual.

Uma civilização incompleta é um estado transitório
4. Há, pois, diferenças entre civilização completa e povos esclarecidos. Quando um povo sai do estado selvagem ou da barbárie e, por força do progresso, adquire novos conhecimentos, tem início o processo de civilização, mas essa civilização é ainda incompleta porque incompleto é o seu progresso.

5. Uma civilização incompleta é um estado transitório, que gera males especiais, desconhecidos do homem no estado primitivo. Nem por isso, no entanto, constitui menos um progresso natural e necessário, que traz em si mesmo o remédio para os males que causa. À medida que a civilização se aperfeiçoa, faz cessar alguns dos males que gerou, males que desaparecem todos com o progresso moral.

6. Assim, de duas nações que hajam chegado ao ápice da escala social, somente pode considerar-se a mais civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência possa desenvolver-se com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, porque tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde, enfim, todo o homem de boa vontade esteja certo de não lhe faltar o necessário.

Reconhece-se uma civilização completa pelo seu desenvolvimento moral
7. Ensina o Espiritismo (L.E., item 793) que podemos reconhecer se uma civilização é completa pelo seu desenvolvimento moral. Nenhuma sociedade tem verdadeiramente o direito de dizer-se civilizada senão quando dela houver banido os vícios que a desonram e quando ali as pessoas viverem como irmãos, praticando a caridade cristã.
Até que isso seja alcançado, ela será apenas um conjunto de pessoas esclarecidas, que terão percorrido a primeira fase da civilização.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 8:06 pm

8. Deve-se a Hamurabi o mais antigo conjunto de leis conhecidas pela Humanidade, em que se revela uma visão de equidade avançada para a época, quando então o poder predominava sobre o direito e a supremacia do vencedor sobre o vencido constituía regra geral.

9. Posteriormente, pela necessidade de estabelecerem códigos que pudessem reger seus integrantes, ora subordinados às directrizes religiosas, ora aos impositivos éticos sobre que colocavam suas bases, as civilizações terrenas formaram seus estatutos de justiça e ordem.

10. Dentre os primeiros moralistas, da escola ingénua aos grandes legisladores, ressaltam as figuras de Moisés, que recebeu do Alto os Dez Mandamentos, e Jesus, o excelso paradigma do amor, os quais nos facultaram os códigos que fornecem ao ser humano um roteiro seguro em sua marcha na direcção da perfeição.

No futuro não haverá necessidade de leis tão rigorosas
11. Do Direito Romano aos modernos tratados, as fórmulas jurídicas têm evoluído e apresentado dispositivos e artigos cada vez mais concordes com o espírito de justiça e menos com as ambições do comportamento individual e grupal.

12. A civilização criou necessidades novas para o homem, necessidades relativas à posição social que ele ocupa, e é preciso regular, por meio de leis humanas, os direitos e os deveres que daí decorrem. Quanto menos evoluída a sociedade, mais duras são suas leis. Evidentemente, uma sociedade depravada precisa de leis severas, mas essas leis, infelizmente, mais se destinam a punir o mal do que a lhe secar a fonte.

13. Com a educação – único meio de realmente reformar os homens e a sociedade – não haverá, no futuro, necessidade de leis tão rigorosas, porque o homem transformado será não apenas o apoio dos mais fracos, mas o fiscal dos próprios actos.

Questões para fixação da leitura
1. Como se processa o progresso da Humanidade?
A Humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando estes preponderam em número, tomam a dianteira e arrastam os outros.

2. A que líder reconhecido pela História devemos o mais antigo conjunto de leis formulado na Terra?
Hamurabi, o grande legislador, que viveu numa época em que o poder predominava sobre o direito e a supremacia do vencedor sobre o vencido constituía regra geral.

3. Qual é, na visão espírita, o meio capaz de reformar realmente os homens e a sociedade?
Esse meio é a educação, que possibilita a transformação dos homens, que então não precisarão mais de leis tão rigorosas, porque, uma vez transformado, o homem será não apenas o apoio dos mais fracos, mas o fiscal dos próprios actos.

4. De duas nações que hajam chegado ao ápice da escala social, qual é a mais civilizada?
A mais civilizada, na legítima acepção do termo, é aquela onde exista menos egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência possa desenvolver-se com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, porque tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde, enfim, todo o homem de boa vontade esteja certo de não lhe faltar o necessário.

5. Como podemos reconhecer se uma civilização é completa?
Ensina o Espiritismo que podemos reconhecer se uma civilização é completa pelo seu desenvolvimento moral. Nenhuma sociedade tem verdadeiramente o direito de dizer-se civilizada senão quando dela houver banido os vícios que a desonram e quando ali as pessoas viverem como irmãos, praticando a caridade cristã.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 8:06 pm

10 – Influência do Espiritismo no progresso
Sumário: Fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus. – O futuro do Espiritismo segundo os Espíritos superiores. – A resistência que a sociedade apresenta ante as ideias novas. – A Natureza não dá saltos.

A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo
1. A primeira revelação personificada em Moisés, como a segunda em Jesus, foram produtos de um ensino individual e localizado, isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a ideia se propagou pouco a pouco, mas foram necessários muitos séculos para que atingissem as extremidades do mundo, sem mesmo o abarcarem inteiramente.

2. A terceira revelação, que é o Espiritismo, não estando personificada em um só indivíduo, surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes, que se tornaram por sua vez centros ou focos de irradiação.

3. Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, de tal maneira que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo. Essa circunstância lhe dá força excepcional e irresistível poder de acção.

4. Se procurarem feri-la mirando num indivíduo, não poderão feri-la nos Espíritos, que são a fonte donde ela – a revelação espírita – promana. Ora, como os Espíritos estão em toda a parte e existirão sempre, se conseguissem sufocá-la em todo o globo, ela reapareceria pouco tempo depois, porque repousa sobre um fato da natureza. Eis aí uma verdade de que se devem persuadir os que sonham com o aniquilamento do Espiritismo.

O progresso da Humanidade é lento, mas constante
5. No tocante ao futuro do Espiritismo, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o seu triunfo, a despeito dos obstáculos que lhe criam. Ele, sem dúvida, se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas.

6. Fácil é aos Espíritos fazer essa previsão. Primeiro, porque sua propagação é obra pessoal deles mesmos. Concorrendo para o movimento, ou dirigindo-o, eles sabem o que é preciso fazer. Segundo, porque vêem, ao longo do caminho, os poderosos auxiliares que Deus lhes suscita e que não tardarão a manifestar-se.

7. A doutrina ensinada por Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo israelita. A de Jesus, mais completa, espalhou-se por toda a Terra, mas não converteu a todos. O Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a Humanidade às suas ideias: a imortalidade, a reencarnação, o progresso, a lei de causa e efeito, as relações entre os homens e os Espíritos, o valor da caridade etc.

8. O progresso da Humanidade é, sem dúvida, muito lento, mas constante e ininterrupto. Ainda quando pareça estar regredindo, fato que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão prenúncio de nova etapa ascensional.

9. O que o conduz sempre para a frente são as novas ideias que, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe activarem a marcha.

A resistência às novas ideias parece um mal, mas não o é
10. Como a Natureza não dá saltos, qualquer princípio mais avançado que fuja aos padrões culturais estabelecidos só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2023 8:07 pm

11. A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas, em verdade, é um bem, porque funciona como um processo de selecção natural, fazendo com que as ideias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efectivamente, para o aprimoramento das instituições.

12. O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas, principalmente, a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Nem Jesus convenceu com seus prodígios todas as pessoas

13. Talvez alguém pergunte: Se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações acerca do que nos espera no outro lado da vida?

14. Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres.
Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Conseguiu o Cristo convencer seus contemporâneos com os prodígios que realizou?

15. Há indivíduos que negam os fatos mais patentes ocorridos às suas vistas e existem muitos que afirmam que não acreditariam nas manifestações dos Espíritos, mesmo que os vissem. Entendem os instrutores espirituais que não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai prefere deixar-lhes o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.

Questões para fixação da leitura
1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus?
A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo, pois surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes. Os Espíritos superiores são, pois, a fonte donde ela promana.

2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo?
A despeito dos obstáculos que lhe criam, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o triunfo do Espiritismo, que se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas.

3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade?
O progresso da Humanidade é, como sabemos, muito lento, mas constante e ininterrupto. Ainda quando pareça estar regredindo, fato que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa ascensional.

4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as ideias novas é um mal ou é um bem?
A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas é, em verdade, um bem, porque funciona como um processo de selecção natural, fazendo com que as ideias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efectivamente, para o aprimoramento das instituições.
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