LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:22

10. O Espírito – ensina o Espiritismo – não possui sexo, do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano.
É por isso que, embora as funções do homem e da mulher sejam diferentes e específicas, seus direitos são exactamente os mesmos e todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à lei de justiça.

11. A lei humana deve, pois, para ser equitativa, consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, cientes todos nós de que a emancipação feminina acompanha o progresso geral da civilização, e sua escravização marcha de par com a barbárie. Sexos existem apenas na organização física. Os Espíritos encarnam-se num e noutro e devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.

12. As funções, evidentemente, resultam das aptidões próprias de cada género. Por exemplo, só a mulher pode ser mãe e amamentar uma criança. O homem e a mulher são, no instituto conjugal, como o cérebro e o coração do organismo doméstico, e essa diversidade de funções verifica-se por necessidade de planificação reencarnatória.

Questões para fixação da leitura
1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?
As desigualdades sociais são obra dos homens e não de Deus, que criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por causa de suas imperfeições morais, estatuíram leis – muitas delas injustas e mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade. Como consequência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.

2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?
Sim. As desigualdades sociais, como tudo o que é inferior, um dia desaparecerão da face da Terra, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar em nosso mundo.
Restará, então, em nosso mundo tão somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.

3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?
Sim. Em uma sociedade moralizada não se compreende a diferença de tratamento, ainda tão comum, entre o homem e a mulher, porque perante os códigos divinos possuem ambos os mesmos direitos.

4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?
Podem reencarnar como homens ou mulheres porque o Espírito, em si considerado, não possui sexo do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. A diferença dos sexos na organização física se dá por força da necessidade de experiências específicas pelas quais os Espíritos precisam e devem passar.

5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?
Miséria, guerras, ignorância, preconceito e tantas outras calamidades colectivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogénica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia colectiva estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:22

22 – Desigualdades das riquezas
Sumário: O porquê da desigualdades das riquezas. – A igualdade das riquezas traria consequências danosas. – Riqueza e pobreza são provas muito difíceis. – A riqueza é poderoso instrumento de progresso.

A igualdade das riquezas traria consequências danosas
1. A igualdade das riquezas, ensinam os Espíritos Superiores, não é possível no mundo em que vivemos porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.
Os homens que vivem em um mundo de expiação e provas, como a Terra, não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais activos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.

2. Admitindo, porém, por hipótese, que essa repartição fosse possível e que o equilíbrio não se rompesse, duas consequências danosas para o progresso da Humanidade seriam inevitáveis.

3. Primeira consequência: tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. Segunda: admitindo-se que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é, pois, para que daí se expanda e ajude no progresso e bem-estar de todos.

4. Riqueza e pobreza nada mais são que provas, pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objectivo mais alto, que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. Aliás, essas provas são, com frequência, escolhidas pelos próprios Espíritos, que, no entanto, nelas geralmente sucumbem.

Riqueza e pobreza são provas muito difíceis
5. Tanto uma quanto outra são, no entanto, provas muito difíceis, porque se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfémia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe concede por empréstimo, deturpando-lhes os reais objectivos.

6. Espíritos realmente evoluídos, tanto quanto os que compreendem perfeitamente o significado a lei de causa e efeito, podem solicitar a prova da pobreza como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de certas tarefas que a riqueza certamente prejudicaria. Algumas vezes, também, o mau uso da fortuna em precedente existência leva o Espírito a pedir a condição oposta, com o que espera reparar abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações.

7. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação. É preciso que entendamos sempre: a existência corpórea é passageira e a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo. Pobres e ricos voltam, portanto, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que os estados de riqueza e de pobreza não passam de expressões transitórias.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:22

8. Nenhuma das provas citadas constitui, evidentemente, obstáculo à chamada salvação. Se fosse assim, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de perdição, ideia que repugna à razão. No tocante à riqueza, é fácil perceber que, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, constitui uma prova muito arriscada e até mais perigosa que a pobreza.

A riqueza é poderoso instrumento de progresso
9. Certamente é a esse perigo que Jesus se referia quando disse: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus”, frase registrada por Mateus, Lucas e Marcos. O Mestre fazia alusão bastante clara aos males e às tentações a que a riqueza pode conduzir o homem desprevenido.

10. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria outorgado aos homens. Mas, longe disso, a riqueza, se não constitui elemento directo de progresso moral, é sem contestação poderoso elemento de progresso intelectual e material.

11. Com a riqueza pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho. Eis aí o motivo pelo qual é considerada elemento de progresso.

12. Se o indivíduo que a detém se torna egoísta, orgulhoso e insaciável, e a desvia do seu objectivo providencial, prestará contas de seus actos ante a Justiça Divina, enquanto outros terão, por sua vez, oportunidade de fruí-la e provar, por suas atitudes, que é possível vencer essa difícil prova.

Questões para fixação da leitura
1. A igualdade das riquezas é possível no mundo em que vivemos?
Não, porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Os homens que vivem em um mundo de expiação de provas, como a Terra, não são criaturas iguais.
Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais activos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.

2. Que consequências danosas adviriam da repartição igualitária da riqueza?
Duas seriam as consequências. A primeira: tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. A segunda: admitido que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis.

3. Como o Espiritismo conceitua a pobreza e qual a sua finalidade?
A pobreza, tal como a riqueza, nada mais é que uma prova pela qual o Espírito necessita passar, tendo em vista um objectivo mais alto que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:22

4. Como o Espiritismo conceitua a riqueza e qual a sua finalidade?
A riqueza, como foi dito, é também uma prova pela qual o Espírito tem de passar, visando ao seu progresso. Se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfémia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhes os reais objectivos. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.

5. Podemos dizer que a riqueza é também instrumento de progresso?
Sim. Se não constitui elemento directo de progresso moral, a riqueza é poderoso elemento de progresso intelectual e material, pois com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:23

23 – Casamento e divórcio
Sumário: Conceito espírita de casamento. – Ingrediente que não pode faltar à união matrimonial. – Casamento é compromisso e gera, por isso, responsabilidade. – Ligações matrimoniais de carácter expiatório. – A lei do divórcio perante a Lei Natural.

No casamento, a lei de amor nem sempre é levada em conta
1. O casamento constitui um dos primeiros actos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna. Trata-se de uma instituição presente em todos os povos. Aboli-lo seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que nos dão o exemplo de uniões constantes.

2. Na união dos sexos, ensina o Espiritismo, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus e exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos cônjuges se transmitisse aos filhos e fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles, a fazê-los progredir.

3. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor infelizmente nem sempre é tida em consideração. Muitas uniões ocorrem no mundo tão somente por interesse, sem levar em conta a afeição dos seres, o que explica por que muitos casamentos se desfazem em pouco tempo.

4. Evidentemente, nem a lei civil nem os compromissos contraídos por força da legislação humana podem suprir a lei de amor, se esta não presidiu à união, de que resultam uniões infelizes que muitas vezes acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que seria evitada se, ao estabelecerem-se as condições do matrimónio, não se abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus, que é a lei de amor.

5. Não se deduza disso que seja supérflua a lei civil e que devemos volver aos casamentos segundo a natureza. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses da família, de acordo com as exigências da civilização.
Ela é, portanto, útil e necessária, conquanto variável, mas nada absolutamente se opõe a que seja um corolário da lei de Deus.
Casamento é compromisso e gera, por isso, responsabilidade

6. Segundo o ensino espírita, caracteriza-se o estado moral de um povo pelas uniões que se fazem rápidas, em decadência, ou demoradas, num processo de ascensão tipificando a emotividade que rege a convivência ética das criaturas. O matrimónio, vê-se logo, tem papel preponderante na formação da comunidade.

7. Se a união das pessoas pelos laços do matrimónio é determinada por interesses materiais, pelo furor das paixões ou pelo jogo das conveniências, estaremos diante de uma realização fadada ao fracasso, porquanto a lei de amor não foi aí cogitada. Essas ligações, com o decorrer do tempo, passadas as ilusões dos primeiros momentos, permitirão que entre os cônjuges se estabeleçam antipatias mútuas que, com o desgaste natural, se cristalizarão em relações inamistosas.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:23

8. A satisfação pura e simples dos instintos no matrimónio leva os cônjuges a uma saturação recíproca e a um isolacionismo que deterioram em pouco tempo o relacionamento conjugal, fazendo com que o casamento decline e se degrade. É indispensável construir uma consciência responsável por meio da educação moral e social das criaturas, para que o matrimónio mereça um pouco mais de respeito, antes de se assumir o compromisso, que, se contraído por leviandade, logo se dissolverá.

9. Casamento é compromisso, e compromisso – lembra-nos Emmanuel – gera responsabilidade. Antes de optarem por dar um passo tão sério, o homem e a mulher devem reflectir maduramente, para que não venham a sofrer, evitando, desse modo, que sofram as pessoas a eles ligadas. A grande vítima das uniões precipitadas acaba sendo a sociedade e todos os que a formam, principalmente os filhos, vítimas indefesas da leviandade e da precipitação de adultos mal-formados.

10. Os filhos – indivíduos que retornam à vida corpórea para recuperarem oportunidades que se foram ao longo das existências – necessitam que seus pais dêem exemplos de moralidade, devotamento e equilíbrio. É fundamental que os casais entendam isso e se compenetrem dos deveres que assumiram perante a prole, perante Deus e perante si mesmos.

A lei do divórcio não é contrária à lei divina
11. A lei de amor, que deve sempre reger as ligações matrimoniais, permite que os indivíduos se procurem e se escolham, mas exige também que se respeitem e se apoiem ante as provas e dificuldades da vida. O casamento ou a união permanente de dois seres implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Indispensável, portanto, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, uma vez que na comunhão sexual um ser se entrega ao outro e, em face disso, não deve haver qualquer desconsideração entre eles.

12. Os débitos contraídos por legiões de companheiros portadores de entendimento verde para os temas do amor determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, acobertados ou não pela lei humana, o aspecto de ligações francamente expiatórias. Decorre daí a importância dos conhecimentos alusivos à reencarnação e da necessidade do pleno exercício da lei de amor no recesso do lar, para que este não se converta, de bendita escola que é, em pouso neurótico a albergar moléstias mentais de difícil reversão.

13. É fácil compreender que, sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual, torna-se difícil o êxito no casamento, porquanto somos defrontados em família por provas e crises inúmeras nas quais nos inquietamos e gastamos tempo e energia para ver a parentela na trilha que entendemos ser a mais certa.

14. Essas crises, em muitas ocasiões, acabam redundando no divórcio, uma medida criada pelos homens cujo objectivo é separar legalmente o que de fato já está separado.

15. O divórcio, se adoptado como medida extrema que evite um dano maior à família, não é contrário à lei divina, porquanto apenas reforma o que os indivíduos fizeram e evidentemente só ocorre nos casos em que, na união conjugal, não se levou em conta a lei de amor. Como sabemos, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento, visto que em caso de adultério, conforme registra o Evangelho segundo Mateus (cap. 19, versículos 3 a 9), o próprio Mestre admitia que a pessoa lesada desse à outra a carta de separação.
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Questões para fixação da leitura
1. Como o Espiritismo conceitua o casamento?
O casamento constitui um dos primeiros actos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna. Aboli-lo seria regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que nos dão o exemplo de uniões constantes.

2. Que ingrediente fundamental não pode faltar à união matrimonial?
O ingrediente que não pode faltar à união matrimonial é o amor. Deus quer que os seres se unam não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos cônjuges se transmita aos filhos e sejam dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles, a fazê-los progredir.

3. Que pode ocorrer quando a lei de amor não preside à união dos sexos?
A consequência disso são as uniões infelizes que muitas vezes acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que seria evitada se, ao estabelecerem-se as condições do matrimónio, não se abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus, que é a lei de amor.

4. Por que existem em nosso mundo ligações matrimoniais de carácter francamente expiatório?
São os débitos contraídos por legiões de companheiros portadores de entendimento verde para os temas do amor que determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, acobertados ou não pela lei humana, o aspecto de ligações francamente expiatórias.

5. O divórcio contraria a lei divina?
Não. O divórcio, se adoptado como medida extrema que evite um dano maior à família, não é contrário à lei divina, porquanto apenas reforma o que os indivíduos fizeram e só ocorre nos casos em que, na união conjugal, não se levou em conta a lei de amor. É por isso que nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento, visto que em caso de adultério, conforme registra o Evangelho segundo Mateus (cap. 19, versículos 3 a 9), o próprio Mestre admitia que a pessoa lesada desse à outra a carta de separação.
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24 – Celibato e poligamia
Sumário: A poligamia é contrária à lei natural. – A poligamia é prática humana tendente a desaparecer. – Benefícios decorrentes da monogamia. – Os celibatários dividem-se em dois grupos. – Há grande mérito em fazer-se eunuco pelo reino do céu.

A poligamia é prática humana tendente a desaparecer
1. Vimos que o casamento, isto é, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade. Já a poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Ora, na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade.

2. Se a poligamia fosse conforme à lei natural, deveria haver a possibilidade de que ela se tornasse universal, o que é materialmente impossível, dada a igualdade numérica dos sexos. Ela deve ser considerada, assim, mais como um uso ou prática apropriada a certos costumes e que o aperfeiçoamento social faz que, na maior parte do globo, desapareça pouco a pouco. Com efeito, apesar de existirem povos que ainda adoptam a poligamia, como as populações muçulmanas do norte da África e boa parte dos asiáticos, a tendência é a total abolição dessa prática.

3. A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afecto.

4. Entre poligamia e monogamia existe uma distância muito grande, e a conquista desta última revela inegavelmente um poderoso passo evolutivo da Humanidade na área dos sentimentos. A vida a dois, pelos laços do matrimónio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, o progresso espiritual, a reparação e o resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.

Os celibatários dividem-se em dois grupos distintos
5. Em que pese a importância do casamento monogâmico, existem pessoas que deliberadamente optam pelo celibato, que é o estado de uma pessoa que se mantém solteira. Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação, e a daqueles que se vêem forçados a adoptá-las, por força de inibições diversas.

6. As pessoas que conseguem abster-se da comunhão afectiva, com o fim de se fazerem mais úteis ao próximo, decerto traçam a si mesmos escaladas mais rápidas no rumo do aperfeiçoamento. É o caso das almas que, para obterem as sagradas realizações de Deus em si próprias, entregam-se a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afectos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.

7. Agindo assim, por amor, amparando os irmãos da Humanidade, através de variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de criatividade, porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo, mas é canalizada para outros objectivos: os de natureza espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:24

8. Paralelamente a esses seres, que elegem conscientemente esse tipo de experiência, encontramos outros companheiros que já renasceram no corpo físico induzidos ou obrigados à abstinência sexual, em face de inibições irreversíveis ou de processos de inversão pelos quais sanam erros do passado ou se recolhem a pesadas disciplinas, que lhes facilitam a execução de compromissos determinados, em assuntos do espírito.

Há grande mérito em fazer-se eunuco pelo reino do céu
9. Empreendimentos filantrópicos, actividades religiosas ou culturais enobrecedoras constituem valioso programa de superação dos pensamentos torturantes relacionados com o sexo, favorecendo a transformação das forças criadoras em elementos de exaltação do bem e de embelezamento da vida.

10. Numerosos Espíritos – ensinam os instrutores espirituais – recebem de Jesus permissão para esse género de esforços santificantes, porquanto nessa tarefa os que se fazem eunucos pelo reino do céu precipitam os processos de redenção do ser ou dos seres amados submersos nas provas e, simultaneamente, pela sua condição de evolvidos, podem ser mais facilmente transformados, na Terra, em instrumentos da verdade e do bem.

11. Qualquer atitude extremista opera desarmonia e perturbação, com lamentáveis consequências que se estendem, após a desencarnação, em processos de sombras e aflições indescritíveis. Assim, se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, os faz hipocondríacos e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do apóstolo Paulo, na 1ª Epístola aos Coríntios, cap. 7, versículo 9: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”.

12. Essas considerações nos levam a concluir que a vida sexual de cada pessoa é terreno sagrado para ela própria.
Em face disso, abstenção, ligação afectiva, constituição da família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada um, erigindo-se em assunto não de corpo para corpo, mas de coração para coração.

Questões para fixação da leitura
1. Por que a poligamia é contrária à lei natural?
O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade. Eis aí o motivo por que ela contraria a lei de Deus.

2. Que vantagens acarreta para o homem a monogamia?
A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afecto. A vida a dois, pelos laços do matrimónio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, o progresso espiritual, a reparação e o resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.

3. Em que consiste o celibato?
O celibato é o estado de uma pessoa que se mantém solteira. Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação, e a daqueles que se vêem forçados a adoptá-las, por força de inibições diversas.
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Mensagem  Ave sem Ninho 8/10/2023, 14:24

4. Em que situação o celibato pode concorrer para o progresso social?
O celibato concorre para o progresso social quando o indivíduo se abstém da comunhão afectiva com o fim de se fazer mais útil ao próximo. É o caso das almas que se entregam a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afectos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.

5. Qual o significado desta advertência de Paulo:
“Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”?
O aviso de Paulo é claro: se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, as faz hipocondríacas e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do notável apóstolo, evitando assim manter uma posição antinatural que poderá trazer grandes aborrecimentos à própria pessoa e à sociedade.
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Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 3 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 2 – As leis morais segundo o Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho 9/10/2023, 00:34

25 – Obstáculos à reprodução humana
Sumário: Os filhos não são realizações fortuitas. – Planeamento familiar é questão de foro íntimo. – Obstáculos opostos à reprodução humana. – Há obstáculos à reprodução que constituem situações de prova.

Os filhos não são realizações fortuitas
1. Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da acção do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.

2. Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos (O Livro dos Espíritos, item 693): “São contrários à lei
da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?”. Responderam os instrutores espirituais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral”.

3. A posição de Joanna de Ângelis (Após a Tempestade, cap. 10, obra psicografada por Divaldo P. Franco) é bem clara quanto ao assunto. O homem – assevera Joanna – pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução.
É lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que reencarnem por seu intermédio. Mas as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Planeamento familiar é questão de foro íntimo
4. Dr. Jorge Andréa entende (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 77, 105 e 106) que o planeamento familiar é questão de foro íntimo do casal. As pílulas anticoncepcionais têm suas indicações, e muitos motivos, escusos ou não, estarão ligados ao seu uso. Se uma mãe deveria receber três filhos e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ficará com a carga de responsabilidade transferida para uma outra época ou, fazendo a substituição, por trabalho construtivo equivalente em outro sector. No caso das ligaduras de trompas, a indicação poderá estar na faixa ajustada diante de precisas indicações médicas, como também nas faixas desajustadas e sem razão de ser. Todos esses actos desencadearão reacções. Ninguém granjeará os degraus superiores da vida sem a autêntica vivência das menores faixas de evolução.

5. Será preferível um Espírito reencarnar num lar pobre com as habituais dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes?
Respondendo a essa questão, diz Dr. Jorge Andréa (Forças Sexuais da Alma, cap. V, págs. 124 a 126) que, na maioria das vezes, os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno.
Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, em que as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo.
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Mensagem  Ave sem Ninho 9/10/2023, 00:34

6. Seria melhor, portanto, não opor obstáculos à volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a seriedade da planificação reencarnatória. É razoável pensar, portanto, que antes de retornarmos às experiências físicas podemos ter-nos comprometido a receber, como filhos, um número determinado de Espíritos. A prole estaria, assim, com sua quota previamente estabelecida quando ainda nos achávamos nos planos espirituais.

Há obstáculos à reprodução que constituem situações de prova
7. No livro Entrevistas, pergunta 102, assevera Emmanuel: “Não acreditamos que a colectividade humana esteja, por enquanto, habilitada espiritualmente a controlar o renascimento na Terra sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras”.

8. Como interpretar, desse modo, a atitude dos casais que evitam filhos e, embora dignos e respeitáveis, sistematizam o uso de anticoncepcionais? O instrutor Silas, ao responder a semelhante pergunta, ponderou (Acção e Reacção, pág. 210): “Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.

9. Quanto aos obstáculos naturais ou cármicos à reprodução humana, explica Emmanuel em O Consolador (pergunta 40) que, no quadro de interpretações da Terra, podem esses obstáculos indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras; todavia, se considerarmos a questão no seu aspecto espiritual, somos obrigados a reconhecer que a esterilidade não existe para o Espírito que, na Terra ou fora dela, pode ser fecundo em obras de beleza, de aperfeiçoamento e de redenção.

Questões para fixação da leitura
1. Em quantos tipos se dividem os obstáculos opostos à reprodução humana?
Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da acção do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.

2. O casal tem o direito, após estar encarnado, de limitar o número de filhos?
Kardec perguntou aos Espíritos se são contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral” (L.E., 693). Em uma de suas obras, Joanna de Ângelis diz que o homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado, visto que os filhos não são realizações fortuitas.
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3. Que acontece à mãe que deveria receber três filhos e não o fez, devido ao uso de anticoncepcionais?
Tratando dessa questão, Dr. Jorge Andréa explica que na maioria das vezes os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, em que as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo.
É isso que pode perfeitamente ocorrer em tais casos.

4. Como interpretar a atitude dos casais que sistematicamente se valem de anticoncepcionais?
No livro Acção e Reacção, de André Luiz, o instrutor Silas deu a essa pergunta a seguinte resposta: “Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.

5. A que devemos atribuir os obstáculos naturais à reprodução humana impostos a certas pessoas?
Segundo informa Emmanuel em seu livro O Consolador, esses obstáculos podem indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras.
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26 – O aborto e suas consequências
Sumário: Como o Espiritismo conceitua o aborto praticado sem causa justa. – O aborto delituoso é a negação do amor. – Moléstias de etiologia obscura que decorrem do aborto. – O aborto pode ser a porta que se fecha para os nossos amigos.

O aborto delituoso é a negação do amor
1. O aborto é, no entendimento unânime dos Espíritos superiores, um doloroso crime. Arrancar uma criança ao seio materno é infanticídio confesso. Uma mãe ou quem quer que seja cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, porque impede ao reencarnante passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

2. Podem-se destacar três erros no procedimento dessas mães.
O primeiro: impedir que um Espírito reencarne e, por conseguinte, progrida.
Segundo: recusar um filho que talvez represente o instrumento que Deus tenha dado aos pais para ajudá-los na jornada evolutiva, através dos cuidados, das renúncias, das preocupações e trabalhos que teriam.
Terceiro: transgredir o mandamento divino “Não matarás” e de uma forma em que a vítima se encontra em situação de desigualdade, sem a menor chance de se defender.

3. O aborto delituoso é a negação do amor. Esmagar uma vida que desponta, plena de esperança; impedir a alma de reingressar no mundo corpóreo; negar ao Espírito o ensejo do reajuste, representa, em qualquer lugar, situação e tempo, inominável crime, de prolongadas e dolorosas consequências para o psiquismo humano.

4. A Humanidade terrena encontra-se presentemente atacada por uma série de males. São homicídios, assaltos, assassínios, estupros, doenças, fome, catástrofes, ignorância, guerras, o que faz com que o mundo viva em constantes convulsões sociais. Um crime, porém, existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza – um crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reacção. É assim que os ensinamentos espíritas se referem ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios rebentos, asfixiando-lhes a existência antes que possam sorrir para a bênção da luz.
Moléstias de etiologia obscura decorrem do aborto

5. Em muitos países o aborto sem causa justa – e por causa justa devemos considerar apenas o chamado aborto terapêutico, que objectiva salvar a vida da gestante – encontra amparo na lei, mas, de acordo com a Doutrina Espírita, o aborto não encontra justificativa perante Deus, a não ser em casos especialíssimos, como o citado, em que o médico honrado, sincero e consciente entende que a continuação da gravidez põe em perigo a vida da gestante. Somente ao médico, contudo, e a mais ninguém dá a Ciência autoridade para emitir esse parecer.

6. De acordo com o ensinamento espírita, é o aborto delituoso um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, que ocupam vastos departamentos nos hospitais e prisões da Terra. A mulher que o promove ou que venha a concordar com semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se a dolorosas enfermidades, como a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino ou a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muitas vezes, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça divina, pelo crime cometido.(1)
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Mensagem  Ave sem Ninho 9/10/2023, 00:35

7. É então que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do acto abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais.

8. A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico – informa André Luiz no livro Acção e Reacção, pp. 210 e 211 – receberá de futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar e será, assim, mãe de criminosos e suicidas, regenerando as energias subtis do perispírito através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimentos e trabalho justos.

O aborto pode ser a porta que se fecha para os nossos amigos
9. As consequências espirituais do aborto estão igualmente bem caracterizadas na experiência seguinte que nos é relatada por Suely Caldas Schubert em seu livro Obsessão/Desobsessão, editado em 1981 pela Federação Espírita Brasileira.

10. No cap. 9 da terceira parte da citada obra, Suely Schubert relata três comunicações mediúnicas relacionadas com o aborto e seus efeitos. A primeira é a de um médico que enquanto encarnado dedicou-se a essa prática, mesmo nos casos em que o procedimento nenhuma justificativa tivesse. O Espírito do médico apresentou-se, obviamente, extremamente perturbado, dizendo-se perseguido por vários inimigos desencarnados. Acusando-se a si mesmo de criminoso, estava aterrorizado com seus actos. O arrependimento já lhe havia chegado; não obstante, demonstrava muito medo de seus perseguidores, entre os quais se contavam algumas das vítimas do seu bisturi.

11. O segundo comunicante era uma mulher que havia morrido durante a realização de um aborto delituoso. Atormentada pelo remorso dessa acção, nutria um ódio especial pelo médico que a atendera, a quem, agora, perseguia, desejosa de vingança.

12. A terceira entidade a se comunicar era também uma mulher que cometera um aborto em sua última existência na Terra. Sendo pobre e lutando com muitas dificuldades para a manutenção dos filhos, a coitada desorientou-se ao engravidar e procurou uma forma de abortar aquele que seria o sexto filho. Praticado o crime, o arrependimento foi-lhe terrível e imediato. Jamais ela se perdoou por esse gesto e, desse modo, sofreu duplamente ao carregar pelo resto dos seus dias o peso do remorso. Sua existência foi longa e difícil. Enfrentou as asperezas e dificuldades da vida e, ao fim de prolongada moléstia, desencarnou.

13. O plano espiritual reservou-lhe, porém, uma surpresa. Ao desencarnar, encontrou-se com o Espírito do filho rejeitado, e grande foi seu abalo ao verificar que ele era um ente muito querido ao seu coração, companheiro de lutas do passado, que renasceria em seu lar com a finalidade precípua de ajudá-la a tornar menos amargos os seus dias.

14. Espírito de certa elevação moral, ele há muito lhe perdoara a atitude infeliz, mas ela jamais se conformou com o ato praticado e agora, no plano espiritual, tomara a si a tarefa de socorrer as pessoas tendentes a cometer o mesmo erro, para mostrar-lhes que o destino é construção individual e que o aborto, longe de ser solução para as dificuldades da vida, será sempre o agravamento dos nossos males, quando não a porta que se fecha para os nossos melhores amigos.

(1) Metrite: inflamação do útero. Vaginismo: contracção espasmódica do músculo constritor da vagina. Metralgia: dor no útero.
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Mensagem  Ave sem Ninho 9/10/2023, 00:38

Questões para fixação da leitura
1. Como o Espiritismo conceitua o aborto praticado sem causa justa?
No entendimento unânime dos Espíritos superiores, o aborto sem causa justa é um doloroso crime. Uma mãe ou quem quer que seja cometerá crime sempre que, sem motivo válido, tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento.

2. Três erros podem-se destacar no aborto delituoso. Quais são eles?
O primeiro: impedir que um Espírito reencarne e, por conseguinte, progrida.
Segundo: recusar um filho que talvez represente o instrumento que Deus tenha dado aos pais para ajudá-los na jornada evolutiva, através dos cuidados, das renúncias, das preocupações e trabalhos que teriam.
Terceiro: transgredir o mandamento divino “Não matarás”.

3. Que espécie de aborto é admitida pela Doutrina Espírita?
É o chamado aborto terapêutico, que objectiva salvar a vida da gestante posta em perigo com a continuação da gestação.

4. Que doenças podem resultar directamente da prática do aborto delituoso?
Segundo o ensinamento espírita, o aborto delituoso é um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, que ocupam vastos departamentos nos hospitais e prisões da Terra. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se a dolorosas enfermidades, como a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino ou a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muitas vezes, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça divina, pelo crime cometido.

5. Que consequências de natureza espiritual pode o aborto acarretar?
A obsessão e o sofrimento moral são algumas das consequências de ordem espiritual ocasionadas pelo aborto delituoso. Suely Caldas Schubert trata do assunto em seu livro Obsessão/Desobsessão, terceira parte, cap. 9.

Fim
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Mensagem  Ave sem Ninho 9/10/2023, 00:38

Bibliografia
AGUAROD, Angel. Grandes e Pequenos Problemas.
ANDRÉA, Jorge. Encontro com a Cultura Espírita.
ANDRÉA, Jorge. Forças Sexuais da Alma.
ASIMOV, Isaac. Génios da Humanidade.
BÍBLIA. Êxodo, 20:9 e 10.
BÍBLIA. Novo Testamento.
CALLIGARIS, Rodolfo. Páginas de Espiritismo Cristão.
DELANNE, Gabriel. A Evolução Anímica.
DENIS, Leon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. Leis morais da vida.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. Após a tempestade.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. Dimensões da Verdade.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. Estudos Espíritas.
FRANCO, Divaldo P. Por Francisco do Monte Alverne. Florilégios Espirituais.
KARDEC, Allan. A Génese.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
PERALVA, Martins. O Pensamento de Emmanuel.
SAYÃO, António Luiz. Elucidações Evangélicas.125
XAVIER, Francisco Cândido. Entrevistas.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Acção e Reacção.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Missionários da luz.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. No Mundo Maior.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. O Consolador.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Religião dos Espíritos.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Vida e Sexo.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Espíritos diversos. Luz no Lar.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por Emmanuel e André Luiz. Estude e Viva.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Irmão X. Luz Acima.


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