LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita: 5 - Aspecto Religioso do Espiritismo/Astolfo Olegário de Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:37 am

Iniciação à doutrina espírita:
5 - Aspecto Religioso do Espiritismo
Astolfo Olegário de Oliveira Filho

Índice
Citações importantes
Ao Leitor
Sobre o Autor

1 - Politeísmo e paganismo
2 - As religiões politeístas e sua contribuição para a Humanidade
3 - Moisés e o povo israelita
4 - Moisés e a primeira revelação
5 - O advento de Jesus
6 - A equipe espiritual de Jesus
7 - A missão de Jesus
8 - Os apóstolos do Senhor
9 - O Novo Testamento
10 - A moral cristã
11 - Adoração a Deus
12 - A fé e seu poder
13 - A prece e sua eficácia
14 – Sacrifícios e mortificações
15 - Fora da caridade não há salvação
16 - Amor materno e amor filial
17 - Respeito às leis, às religiões e aos direitos humanos
18 - Caracteres da perfeição e seus obstáculos
19 - Cuidados com o corpo e com o espírito
20 - Conduta espírita e vivência evangélica
Bibliografia

Citações importantes
1. O aspecto religioso do Espiritismo e seu propósito “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu.
No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos colectivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade.
No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. O Consolador.

2. Resposta de Allan Kardec à pergunta: - O Espiritismo é uma religião?
“Pois bem, sim! sem dúvida, Senhores; no sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e disto nos glorificamos, porque é a doutrina que fundamenta os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre as bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.”
KARDEC, Allan. Revista Espírita, dezembro de 1868.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:38 am

3. Onde se encontra a força do Espiritismo
“O Espiritismo é forte porque se apoia nas próprias bases da religião: Deus, a alma, as penas e recompensas futuras, e porque sobretudo mostra essas penas e recompensas como consequências naturais da vida terrena, oferecendo um quadro do futuro em que nada pode ser contestado pela mais exigente razão.”
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Conclusão, parte V.

4. Por que a moral ensinada pelos Espíritos é a do Cristo?
“A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor. Mas, então, de que serve o ensino deles, se apenas repisam o que já sabemos? Outro tanto se poderia dizer da moral do Cristo, que já Sócrates e Platão ensinaram quinhentos anos antes e em termos quase idênticos. O mesmo se poderia dizer também das de todos os moralistas, que nada mais fazem do que repetir a mesma coisa em todos os tons e sob todas as formas. Pois bem! os Espíritos vêm, muito simplesmente, aumentar o número dos moralistas, com a diferença de que, manifestando-se por toda parte, tanto se fazem ouvir na choupana, como no palácio, assim pelos ignorantes, como pelos instruídos.
O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da Natureza.”
KARDEC, Allan. A Génese, capítulo I, item 56.

5. Ensino moral contido nos Evangelhos: roteiro infalível para a felicidade vindoura
“Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os actos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral.
As quatro primeiras têm sido objecto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável.
Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva.
É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado sua própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo.
Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça.
E, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura.”
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, parte I.

6. A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário
“Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em consequência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionaria. Tais, porém, não são os desígnios de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:39 am

Para o objectivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espíritas sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos. Então, haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascido do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então, elas serão fortes e poderosas, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam. Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer que o Espiritismo enverede. A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno da qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens, por compreenderem que ai é que está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma era nova para a Humanidade.”
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, capítulo XXIX, item 350.


Ao Leitor
Publicada com o título geral de Iniciação à Doutrina Espírita, esta obra tem por alvo as pessoas que estão dando seus primeiros passos em matéria de Espiritismo.
Trata-se, pois, de uma publicação cujo propósito é preparar o leitor iniciante para que, dotado de um conhecimento preliminar sobre os ensinamentos espíritas, possa na sequência aprofundar-se no estudo da obra de Allan Kardec e de seus continuadores.
A série compõe-se de 5 volumes:
1º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 1 - Noções gerais e princípios básicos
2º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 2 - As leis morais segundo o Espiritismo
3º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 3 - Aspecto científico do Espiritismo
4º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 4 - Aspecto filosófico do Espiritismo
5º volume
Iniciação à Doutrina Espírita: - 5 - Aspecto religioso do Espiritismo.

Conteúdo desta obra
O e-book ora publicado, que é o 5º volume da série Iniciação à Doutrina Espírita, é formado por 20 capítulos.
Nele são focalizados temas e questões directamente relacionados com o chamado aspecto religioso do Espiritismo.
Entre esses temas e questões, são objecto de capítulos específicos no livro, entre outros:
- Politeísmo e paganismo
- As religiões politeístas e sua contribuição para a Humanidade
- Moisés e o povo israelita
- A primeira revelação da lei de Deus
- O advento de Jesus
- A missão de Jesus
- Os apóstolos do Senhor
- A moral cristã
- Adoração a Deus
- A fé e seu poder
- A prece e sua eficácia
- Fora da caridade não há salvação
- Respeito às leis, às religiões e aos direitos humanos
- Caracteres da perfeição e seus obstáculos
- Conduta espírita e vivência evangélica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:39 am

Um pequeno glossário
Com vistas a uma melhor compreensão das tradições religiosas da Antiguidade, incluímos nesta obra as informações que seguem:

Mito – É uma narração poética referente ao nascimento, vida e feitos dos antigos deuses e heróis do paganismo.
Mitologia – É o estudo dos mitos. Nem toda religião está ligada a uma mitologia, mas as religiões politeístas oferecem, em princípio, matéria própria à imaginação mítica.
Origens dos mitos – Guardam relação com a observação da natureza e seus variados e multiformes elementos. A imaginação humana personificou os fenómenos naturais e os imaginou como individualidades livres, independentes, cuja actuação estava submetida a invariáveis leis morais e dotadas de uma corporeidade muito próxima da forma humana.
Evolução dos mitos – A mitologia grega era muito mais rica que a dos romanos e de outros povos, devido ao facto de o espírito helénico ter sido altamente criador e o romano mais prático.
Fontes da mitologia – Baseiam-se no legado dos poetas gregos e latinos, dentre os quais se destaca Homero.
Como eram os deuses – A aparência dos deuses era totalmente humana, embora melhorada, mais bela e majestosa. Mais fortes, mais vigorosos, possuíam todas as faculdades humanas em escala ampliada. Necessitavam, como os homens, do sono, da comida e da bebida, e andavam vestidos, sobretudo as deusas, que escolhiam as vestes e os adornos com capricho. Seu nascimento era semelhante ao dos homens, mas os deuses eram precoces e o período da infância bem reduzido. Imortais, nunca envelheciam nem eram atingidos por doença alguma.
Moralmente, eram muito superiores aos mortais, e porque a maldade, a impureza e a injustiça os aborreciam, não hesitavam em castigar as maldades e injustiças humanas.
Os deuses, embora sua superioridade física, moral e espiritual, estavam presos aos seus destinos, fixados desde a eternidade e passavam a vida desocupados, buscando toda a sorte de divertimentos e passatempos.
Sacrifícios – Os povos primitivos e politeístas adoravam os deuses por meio de oferendas, cultos, rituais que, geralmente, comportavam sacrifícios de animais ou de seres humanos.
Astolfo O. de Oliveira Filho
Inverno de 2022

Sobre o Autor
Astolfo Olegário de Oliveira Filho é director de redacção do jornal espírita “O Imortal” e da revista espírita O Consolador, fundada em 18/4/2007 por ele e seu colega José Carlos Munhoz Pinto.
Natural de Astolfo Dutra (MG), reside desde os 18 anos no Paraná, estado para o qual se mudou em janeiro de 1963 com vistas a cursar a faculdade, graduando-se então no curso de Ciências Económicas.
Nascido em família espírita, é o penúltimo filho de Astolfo Olegário de Oliveira e Anita Borela de Oliveira. Casado com Célia Maria Cazeta de Oliveira, é pai de quatro filhos, avô de oito netos e bisavô de Leonardo e Vicente, filhos, respectivamente, de sua neta Bruna e de seu neto Guilherme.
Escreveu e manteve por 13 anos, de 1980 a 1992, a coluna "Espiritismo" publicada aos domingos pela "Folha de Londrina" e é autor dos livros “20 Lições sobre Mediunidade”
e “Lições para ontem, hoje e amanhã”, bem como dos 5 volumes da série “Iniciação à Doutrina Espírita”, todos publicados no formato digital pela EVOC – Editora Virtual O Consolador.
Em dezembro de 2021 transferiu residência para a cidade de Arapongas (PR), deixando assim de participar das actividades que realizou por várias décadas no Centro Espírita Nosso Lar e na Comunhão Espírita Cristã de Londrina, instituição localizada na periferia da cidade, da qual é, ao lado de sua esposa e vários amigos, um dos fundadores.
Fundou e dirigiu a Editora Leopoldo Machado e é actualmente director da EVOC - Editora Virtual O Consolador, de Londrina (PR), sendo também editor do blog Espiritismo Século XXI – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:39 am

1 – Politeísmo e paganismo
Sumário: Paganismo e politeísmo: conceito e diferenças. – Principais sistemas do politeísmo. – A história religiosa da Humanidade. – A génese das religiões surgidas em nosso planeta segundo Emmanuel.

Politeísmo implica a crença em uma pluralidade de deuses
1. Ensina o Espiritismo na questão 667 d´O Livro dos Espíritos que a concepção de um Deus único não poderia existir no homem senão como resultado do desenvolvimento de suas ideias. Antes disso, incapaz de conceber um ser imaterial sem forma determinada, o homem conferiu-lhe atributos da natureza corpórea e desde então tudo o que parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era, para ele, uma divindade, uma potência sobrenatural.

2. Politeísmo é, como o próprio vocábulo indica, a crença religiosa em uma pluralidade de deuses ou a adoração de mais de um deus. Conforme assinalam os Espíritos na questão 668 da obra citada, ao chamarem deus a tudo o que era sobre-humano, os homens tomaram os Espíritos como se fossem deuses. Disso resultou que quando um homem por suas acções, pelo seu génio ou por um poder oculto que o vulgo não lograva compreender, se distinguia dos demais, faziam dele um deus e, após sua morte, lhe rendiam culto.

3. A palavra “deus” tinha, entre os antigos, acepção muito ampla e não indicava, como presentemente, uma personificação do Senhor da vida. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da Humanidade, o que é fácil de verificar estudando atentamente os atributos das divindades pagãs.

4. Entre os vários factores responsáveis pela criação e multiplicação dos deuses devemos salientar: a) a personificação das forças da natureza e sua consequente elevação ao reino da divindade; b) a divinização de antepassados e heróis; c) a centralização política dos grandes Estados, provocando a fusão e a unificação de culturas e crenças. Daí se originaram os três principais sistemas do politeísmo: idolatria – adoração de muitos deuses personificados por ídolos grosseiros; sabeísmo – culto dos astros e do fogo; e feiticismo ou fetichismo – adoração de tudo quanto impressiona a imaginação e a que se atribui poder.

5. O vocábulo paganismo é comummente utilizado como sinónimo de politeísmo. Em essência, ele o é mesmo, mas, do ponto de vista histórico e teológico, não. Quando Constantino consagrou o Cristianismo como a nova religião do Império Romano os não cristãos foram chamados de pagãos, ou seja, adeptos do paganismo. Acabaram então sendo generalizados como pagãos tanto os politeístas propriamente ditos como os monoteístas não cristãos. A história religiosa da Humanidade divide-se em seis períodos

6. Os feiticistas eram, em sua origem, politeístas, como ainda se dá entre os povos selvagens. Segundo o escritor francês Charles de Brosses, em Do Culto dos Deuses Fetiches, todas as religiões, excepto a dos hebreus, derivaram do fetichismo, que, por sua vez, teve origem no medo.

7. O historiador inglês John Lubbock dividiu em seis períodos a história religiosa da Humanidade: 1º – ateísmo; 2º – fetichismo ou feiticismo (vocábulo que veio do português feitiço, sortilégio); 3º – culto da natureza; 4º – xamanismo (religião dos xamãs, feiticeiros profissionais); 5º – antropomorfismo; 6º – crença em um Deus criador e providencial. Quanto ao xamanismo, é importante lembrar que não existe na antropologia consenso geral quanto à diferenciação precisa entre xamã, feiticeiro e sacerdote. O termo xamã, assim como xamanismo, é mais empregado no contexto dos povos asiáticos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:40 am

7. Em 1767 o francês N. S. Bergier defendeu a tese segundo a qual o fetichismo se explicava pela semelhança que existe entre a mentalidade do homem primitivo e a da criança, que empresta alma e personalidade activa a cada um dos objectos que a rodeiam. A etnologia comparada permitiu a E. B. Tylor retomar e desenvolver essa ideia.

8. Estudando as origens do politeísmo e do paganismo, Emmanuel, em seu livro A Caminho da Luz, afirmou que a génese de todas as religiões da Humanidade teve origem no coração misericordioso do Cristo, em face de ser ele o director espiritual do orbe terrestre. Para tanto, de tempos em tempos, ele teria enviado mensageiros à Terra para ensinar e difundir as verdades evangélicas, que foram recepcionadas e interpretadas segundo o nível evolutivo de cada época.

9. Nesse sentido, constitui um erro crasso julgar como bárbaros e pagãos os povos terrenos que ainda não conhecem directamente as lições do Evangelho, porquanto a assistência do Cristo sempre acompanhou e ainda acompanha a evolução das criaturas em todas as latitudes do planeta. Na história da China, da Pérsia, do Egipto, da Índia, como a dos árabes, dos israelitas, dos celtas, dos gregos e dos romanos, sempre se fez presente a luz dos seus poderosos emissários e muitos destes tão bem se houveram no cumprimento dos seus deveres, que foram havidos como sendo o próprio Cristo em reencarnações sucessivas e periódicas.

10. Outro alerta que Emmanuel nos faz na referida obra é sobre a unidade substancial das religiões. Diz o conhecido mentor espiritual que todos os livros e tradições religiosas da Antiguidade guardam entre si a mais estreita unidade substancial e todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida em todo o Universo.

Questões para fixação da leitura
1. Em que consiste o politeísmo?
Politeísmo é, como o próprio vocábulo indica, a crença religiosa em uma pluralidade de deuses, ou a adoração de mais de um deus.

2. Quantos e quais são os principais sistemas do politeísmo?
Os principais sistemas do politeísmo são: idolatria – adoração de muitos deuses personificados por ídolos grosseiros; sabeísmo – culto dos astros e do fogo; e feiticismo ou fetichismo – adoração de tudo quanto impressiona a imaginação e a que se atribui poder.

3. Paganismo e politeísmo são a mesma coisa?
Em essência, sim, mas do ponto de vista histórico e teológico, não. Quando Constantino consagrou o Cristianismo como a nova religião do Império Romano os não cristãos foram chamados de pagãos, ou seja, adeptos do paganismo. Acabaram então sendo generalizados como pagãos tanto os politeístas propriamente ditos como os monoteístas não cristãos.

4. Segundo John Lubbock, a história religiosa da Humanidade divide-se em seis períodos. Quais são eles?
Eis os seis períodos, conforme John Lubbock: 1º – ateísmo; 2º – fetichismo ou feiticismo (vocábulo que veio do português feitiço, sortilégio); 3º – culto da natureza; 4º – xamanismo (religião dos xamãs, feiticeiros profissionais); 5º – antropomorfismo; 6º – crença em um Deus criador e providencial.

5. Onde, segundo Emmanuel, se encontra a génese das religiões da Humanidade?
A génese de todas as religiões da Humanidade teve origem no coração misericordioso do Cristo, em face de ser ele o director espiritual do orbe terrestre e por haver enviado, de tempos em tempos, mensageiros à Terra para ensinar e difundir as verdades evangélicas, que foram, evidentemente, recepcionadas e interpretadas segundo o nível evolutivo de cada época.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:40 am

2 – As religiões politeístas e sua contribuição para a Humanidade
Sumário: Origem das primeiras organizações religiosas da Terra. – Autoria e conteúdo dos Vedas. – A religião cultuada no Egipto antigo. – Os deuses segundo a mitologia grega. – A crença na sobrevivência da alma na Roma antiga.

Dos árias descende a maioria dos povos da família indo-europeia
1. Emmanuel, em seu livro A Caminho da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, afirma que as primeiras organizações religiosas da Terra tiveram sua origem entre os povos primitivos do Oriente, “aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários”. Devido à ausência da escrita, naquelas épocas remotas as tradições se transmitiam de geração a geração por meio da palavra articulada; contudo, com a cooperação dos exilados de Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos e começou a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.

2. Os livros dos Vedas, datados de mais de seis mil anos, já falavam acerca da sabedoria dos Sastras – os grandes mestres das ciências hindus – que os antecederam em mais ou menos dois mil anos, às margens dos rios sagrados da Índia, o que mostra que a ideia religiosa nasceu praticamente com a própria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esforços e realizações no plano terráqueo.

3. Para nos situarmos melhor no tempo e no espaço, é bom lembrar que as raças adâmicas – formadas por Espíritos exilados do sistema planetário de Capela – reuniram-se na Terra, com o transcurso dos anos, em quatro grandes grupos, que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades que os associavam em Capela. Unidos de novo em nosso planeta, constituíram o grupo dos árias, a civilização do Egipto, o povo de Israel e as castas da Índia.

4. Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-europeia, incluindo aí os latinos, os celtas, os gregos, os germanos e os eslavos. Além de formarem os rudimentos de toda a organização das civilizações futuras, elas introduziram os mais largos benefícios no seio dos povos de pele amarela e negra, que já existiam no planeta.

A religião dos hindus foi fundada pelos Vedas, cuja autoria é atribuída a Brama
5. Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do rio Ganges, na Índia, foram os primeiros a formar os pródromos de uma sociedade organizada. As almas ali exiladas haviam recebido muito da misericórdia de Jesus, de cuja palavra de amor guardaram as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião em nosso planeta.

6. Os Vedas, cuja autoria os hindus atribuem a Brama, ensinam a crença em um Deus supremo: Brama, cujos atributos são representados pelos três poderes personificados da criação, conservação e destruição, os quais, sob os nomes de Brama, Vixnu e Siva, formam a trimúrti – ou trindade – dos principais deuses hindus. Além desses três deuses há no bramanismo deuses inferiores responsáveis por certos fenómenos da natureza, como o trovão, o relâmpago, o fogo etc.

7. Brama é, segundo tais ideias, o criador do Universo e a fonte de onde emanaram todas as divindades individuais, que serão no final por ele absorvidas. À vista desse pensamento, observa-se nitidamente o carácter politeísta e panteísta da religião dos hindus. Os brâmanes são idólatras e formam seitas distintas, conforme os deuses que venerem. As influências do bramanismo são boas quando dão origem à formação dos Mahatmas, e negativas quando estabelecem o sistema de castas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:40 am

8. Dentre os Espíritos exilados de Capela, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade. Com efeito, segundo Emmanuel, eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido, porque nos seus corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afectos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egipto desapareceram para sempre do plano tangível do planeta.
Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região regressaram à pátria de origem.
A grande contribuição da religião egípcia repousa nos ensinamentos esotéricos

9. A religião egípcia apresentava dupla face. Para a massa popular, ainda imatura para receber ensinamentos mais profundos, era politeísta. Para os sacerdotes e iniciados, era monoteísta. O deus principal do povo egípcio era Amon ou Amon-Rá, mas havia outras divindades subalternas: Osíris, Horus, Set e outros. A grande contribuição da religião egípcia repousa nos ensinamentos esotéricos, que não só transmitiam a existência de Deus uno, Pai e Criador, como também o destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos.

10. As experiências mais vastas no campo social ocorreram na Grécia, berço de filósofos, sábios e literatos famosos. Os gregos eram essencialmente politeístas e donos de uma mitologia inigualável, que nenhum povo conseguiu superar. Para os gregos havia um grande deus:
Zeus, que era o deus supremo, senhor do Universo, pai dos demais deuses e deusas e de toda a Humanidade. Além de Zeus, havia outros deuses – os principais, os subalternos, as divindades infernais e os heróis ou semideuses.

11. Evidencia-se na Grécia antiga o papel de duas cidades: Atenas e Esparta. Berço da democracia, onde o povo amava a liberdade e dedicava-se à cultura, às artes e à beleza, de Atenas saíram grandes legisladores e filósofos, como Sócrates, Platão e Xenofonte. Esparta, ao contrário, representava o poder absoluto, ditatorial, onde se proibia o comércio e se condenava a cultura.

12. A mitologia grega, tão rica e fantasiosa como era, favoreceu que os gregos vivessem as experiências sociais necessárias à sua evolução. As conquistas sociológicas desenvolvidas em Atenas foram o que houve de mais positivo em nosso mundo, mesmo considerando os dias atuais. Esparta, no entanto, passou à história como um simples povo de soldados espalhando a destruição e os flagelos da guerra, sem nenhuma significação construtiva para a Humanidade.

Os romanos não faziam muitas indagações transcendentes em matéria religiosa
13. Foram principalmente os etruscos que deram origem ao povo romano. Esforçados, operosos e inteligentes, os etruscos possuíam largas indústrias de metais, uma marinha notável, destacado progresso no amanho da terra e, sobretudo, sentimentos evolvidos que os faziam diferentes das colectividades mais próximas. Acreditavam na sobrevivência e ofereciam sacrifícios às almas dos mortos, venerando os deuses cujas disposições presumiam conhecer através dos fenómenos comuns da natureza.

14. Segundo Emmanuel, as influências do povo etrusco foram decisivas para as experiências que os romanos precisariam viver mais tarde. Nesse sentido, vale recordar a figura de Tarquínio Prisco, filho da Etrúria, que trouxe à cidade grandes reformas e inúmeras inovações importantes na sua consolidação e no seu progresso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:40 am

15. Onde, porém, mais se evidenciaram as influências etruscas, nas organizações romanas, foi justamente na alma popular, devotada aos génios, aos deuses e às superstições de toda espécie. Cada família, como cada lar, possuía seu génio invisível e amigo, e na sociedade alastravam-se as comunidades religiosas.

16. Ao contrário dos atenienses, os romanos não faziam muitas indagações transcendentes em matéria religiosa ou filosófica, atendendo somente aos problemas do culto externo, sem muitas argumentações com a lógica. É por isso que, a despeito da numerosa quantidade de deuses existentes em Roma, a mitologia romana é pobre. O politeísmo romano contribuiu, contudo, para que se desenvolvessem na sociedade romana grandes virtudes, entre as quais destacamos os deveres familiares, em especial o papel das matronas.

Questões para fixação da leitura
1. No seio de quais povos as primeiras organizações religiosas da Terra tiveram sua origem?
Elas tiveram sua origem entre os povos primitivos do Oriente, “aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários”.

2. Quem, segundo os hindus, escreveu os Vedas e o que se contém nesses livros?
A autoria dos Vedas é atribuída pelos hindus a Brama.
Os Vedas ensinam a crença em um Deus supremo: Brama.
Seus atributos são representados pelos três poderes personificados da criação, conservação e destruição, que, sob os nomes de Brama, Vixnu e Siva, formam a trimúrti – ou trindade – dos principais deuses hindus.

3. A religião cultuada no Egipto antigo era monoteísta ou politeísta?
A religião egípcia apresentava dupla face. Para a massa popular, ainda imatura para receber ensinamentos mais profundos, era politeísta. Para os sacerdotes e iniciados, era monoteísta.

4. A mitologia grega fala da existência de muitos deuses. Qual dentre eles é o deus supremo?
O grande deus, na mitologia grega, é Zeus, o deus supremo, senhor do Universo, pai dos demais deuses e deusas e de toda a Humanidade.

5. Na Roma antiga acreditava-se na sobrevivência da alma?
Sim. Cada família, como cada lar, possuía seu génio invisível e amigo, e na sociedade alastravam-se as comunidades religiosas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 10:41 am

3 – Moisés e o povo israelita
Sumário: A origem da Humanidade de acordo com a Bíblia, Onde nasceu e quem foi Moisés. – A longa viagem do povo israelita rumo à Terra Prometida. – A morte de Moisés. – Privilégio que coube ao povo israelita na história das religiões.

Moisés vivia em Madian quando foi chamado ao cumprimento de sua missão
1. A história de Israel está basicamente contida no Antigo Testamento, de modo especial nos livros Génesis e Êxodo, cuja autoria é atribuída a Moisés. O Génesis abrange a história simbólica das origens da Humanidade, com destaque para o povo hebreu até sua entrada no Egipto. O Êxodo narra as agruras desse povo, sua saída do Egipto e a aliança com o Senhor através dos Dez Mandamentos recebidos por Moisés no monte Sinai. Os outros livros que compõem o chamado Pentateuco Mosaico – Levítico, Números e Deuteronómio – complementam as informações com respeito a Moisés, suas leis e seus ensinamentos.

2. Segundo as Escrituras, a Humanidade teve sua origem em Adão e Eva, que tiveram inicialmente dois filhos, Caim e Abel, e mais tarde Seth. Caim matou Abel, afastou-se do convívio dos pais, ligou-se a habitantes primitivos da Terra, casou-se e teve filhos. Mais tarde, Seth fez a mesma coisa, ou seja, associou-se aos habitantes dos vales ou filhos da Terra. Desse e de outros cruzamentos é que surgiu o povo israelita propriamente dito, porque foi de um dos descendentes de Seth – Noé e seu filho Sem – que nasceu Abraão, que gerou a Isaac (filho de Sara) e Ismael (filho de Agar). De Isaac formou-se a nação judia; de Ismael, o povo árabe.

3. Isaac casou-se com Rebeca e teve como filhos os gémeos Esaú e Jacó. Este se casou com Lia e Raquel e teve uma prole numerosa, dentre eles José, que foi para o Egipto e ali se tornou figura importante. A ida de José para a terra do Nilo é que deu início à emigração pacífica dos filhos de Israel para o Egipto, onde os hebreus viveriam por quatrocentos anos, até o surgimento de Moisés, que iria libertá-los da opressão em que, segundo o livro de Êxodo, eles viviam naquele país.

4. Werner Keller diz que Moisés foi um hebreu nascido no Egipto e criado por egípcios, com um nome tipicamente egípcio. Pertencente à tribo de Levi, sua história inicia-se quando ele mata um egípcio que maltratava hebreus.
Temendo a perseguição do faraó, foge para a terra de Madian, em direcção do Oriente, a leste do Golfo de Akaba.
Nessa região, conhecida como “Terra dos forjadores de cobre”, Moisés vivia uma vida tranquila quando certo dia, passando pelo monte Horeb, teve a visão de uma chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Uma voz o orienta então sobre a missão que lhe competia, ou seja, a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egipto.

5. Moisés liberta seu povo à custa de enormes sacrifícios, amparado pelos prodigiosos dons mediúnicos que possuía.
Conforme afirma Césare Cantu, em sua História Universal, Deus multiplicara seus prodígios para favorecer o povo escolhido e confundir o faraó, que, apesar de suas reiteradas promessas, não consentia na partida dos hebreus e, com o objectivo de dificultá-la, até os havia dispersado pelo Egipto.

O condutor dos hebreus morreu antes de entrar na Terra Prometida
6. Havendo convocado os anciãos de Israel, Moisés falou-lhes do Deus único, o Deus que prometia livrá-los com seu braço poderoso e fazer deles o seu povo, exortando-os então a retirar-se com ele do Egipto, em busca da Terra da Promissão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:51 pm

7. Concretizada a saída do povo hebreu, Moisés conduziu pelo deserto seiscentos mil homens em estado de pegar em armas, o que dava, somados todos, homens e mulheres, quase dois milhões de indivíduos, e os dirigiu para a Palestina. O caminho que haviam de percorrer podia ser de trezentas milhas; contudo, Moisés quis que a viagem demorasse um tempo bastante longo, necessário, segundo ele, para que o povo se despojasse por completo das ideias profanas contraídas em sua dilatada permanência no Egipto.

8. As atribulações da viagem, além de grandes, foram acrescidas da obstinação de um povo inculto e agreste que, enquanto seu profeta recebia no monte Sinai o Decálogo, sacrificava ao boi Ápis e respondia aos benefícios com murmúrios e lamentações.

9. Moisés, como sabemos, morreu antes de entrar na Terra Prometida e nunca mais se levantou em Israel profeta igual a ele. Suas leis supõem uma ciência de tal sorte antecipada que pareceria um milagre. Destituído de qualquer ambição pessoal, não procurou o poder para si nem para seu irmão. O que ele objectivava era constituir uma nação estável que tivesse unidade, leis precisas e respeito a Jeová.

10. Graças a ele, coube ao povo israelita o privilégio de transmitir ao mundo a ideia de um Deus único, soberano absoluto do céu e da Terra. Segundo Emmanuel, enquanto os cultos religiosos se perdiam na divisão e na multiplicidade, “somente o judaísmo foi bastante forte na energia e na unidade para cultivar o monoteísmo e estabelecer as bases da lei universalista, sob a luz da inspiração divina”. Por esse motivo, apesar dos compromissos e dos débitos penosos que parecem perpetuar seus sofrimentos, “o povo de Israel deve merecer o respeito e o amor de todas as comunidades da Terra, porque somente ele foi bastante grande e unido para guardar a ideia verdadeira de Deus, através dos martírios da escravidão e do deserto” (O Consolador, questão 263).

Questões para fixação da leitura
1. Segundo as Escrituras, como se deu o início e qual a origem da Humanidade?
De acordo com o texto bíblico, a Humanidade teve sua origem com Adão e Eva, que tiveram inicialmente dois filhos, Caim e Abel, e mais tarde Seth.

2. Quem foi e onde nasceu Moisés?
Moisés foi um hebreu nascido no Egipto e criado por egípcios, com um nome tipicamente egípcio. Pertencente à tribo de Levi, sua história inicia-se quando ele mata um egípcio que maltratava hebreus.

3. Além das dificuldades normais de uma longa viagem pelo deserto, que outras atribulações Moisés teve de enfrentar até chegar à Terra Prometida?
Suas dificuldades foram acrescidas da obstinação de um povo inculto e agreste que, enquanto seu profeta recebia no monte Sinai o Decálogo, sacrificava ao boi Ápis e respondia aos benefícios com murmúrios e lamentações.

4. Moisés morreu antes ou depois da entrada do povo israelita na Terra Prometida?
Ele morreu antes de entrar na Terra Prometida.

5. Na história geral das religiões terrenas, que privilégio coube ao povo israelita?
Coube ao povo israelita o privilégio de transmitir ao mundo a ideia de um Deus único, soberano absoluto do céu e da Terra. Enquanto os cultos religiosos se perdiam na divisão e na multiplicidade, “somente o judaísmo foi bastante forte na energia e na unidade para cultivar o monoteísmo e estabelecer as bases da lei universalista, sob a luz da inspiração divina”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:52 pm

4 – Moisés e a primeira revelação
Sumário: Atribuições que o Senhor delegou a Moisés. – Duas partes distintas contém a lei mosaica. – Os Dez Mandamentos. – Grupos em que, segundo Césare Cantu, os israelitas dividem seus livros. – A Tora e o Talmude.

A vida e a missão de Moisés, longe de fáceis, foram cheias de dificuldades
1. Diz Emmanuel que a lei mosaica foi a precursora directa do Evangelho de Jesus. O protegido de Termútis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egipto lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião e do Direito.

2. A legislação de Moisés está impregnada de lendas e de crueldades compatíveis com sua época; mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais, porque foi ele o primeiro homem a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos conquistados à custa de longa e penosa iniciação, em que se vislumbra a síntese luminosa de grandes verdades.

3. A vida e a missão de Moisés, longe de serem fáceis, foram, ao contrário, cheias de atribulações, traições e desconfianças. Por muitas e muitas vezes, o povo israelita demonstrou não ter confiança no poder salvador do Senhor Supremo, desobedecendo por vezes aos mandamentos e chegando a rejeitar o próprio Moisés, que enfrentou problemas até em sua família, como mostra a fraqueza de Aarão, seu irmão, no episódio do bezerro de ouro.

4. Líder autêntico e lúcido profeta, Moisés constituiu-se em modelo de todos os verdadeiros profetas que lhe sucederam, até a vinda daquele de quem foi o precursor.
Ele foi chamado por Deus não apenas para conduzir o povo de Israel até a Terra Prometida, mas igualmente para tornar conhecida a vontade do nosso Pai, o que Moisés fez ao nos outorgar os Dez Mandamentos.

Há na lei mosaica duas partes distintas: a lei de Deus e a lei civil ou disciplinar
5. Na sua qualidade de mensageiro do Divino Mestre, Moisés procurou concentrar seu povo para a grande jornada em busca da Terra da Promissão. Médium extraordinário, realizou então grandes feitos ante os seus irmãos e companheiros maravilhados. Foi quando, então, recebeu dos emissários do Cristo, no monte Sinai, o Decálogo, que até hoje representa a base de toda a justiça do mundo. E antes de abandonar as lutas terrenas, na extática visão da Terra Prometida, legou à posteridade as suas tradições no Pentateuco, iniciando – no dizer de Emmanuel – a construção da mais elevada ciência religiosa de todos os tempos.

6. Como ensina Allan Kardec, há na lei mosaica duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma – a lei de Deus – é invariável. A outra, apropriada aos costumes e ao carácter do povo, modifica-se com o tempo. É por isso que se torna impensável, em nossos dias, apedrejar até a morte uma mulher pega em adultério.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:52 pm

7. A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes (Ex., 20:1-17.):
1º - Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de cousa alguma que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto: porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. E que usa de misericórdia até mil gerações com aqueles que me amam e que guardam os meus preceitos.
2º - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor teu Deus.
3º - Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias, e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma.
4º - Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
5º - Não matarás.
6º - Não fornicarás.
7º - Não furtarás.
8º - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
9º - Não desejarás a mulher do teu próximo.
10º - Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem cousa alguma que lhe pertença.

Há na religião judaica, segundo Césare Cantu, três períodos ou idades
8. Ainda hoje, segundo Césare Cantu, os israelitas dividem seus livros em Tora [Do hebr. torah: A lei mosaica; o livro que a encerra; o Pentateuco] constituída dos cinco primeiros livros da Bíblia; em Nebum, que são os profetas, e em Quetubim, ou escritos em geral, ou seja, qualquer outro livro. O Talmude chama de brê caballah, isto é, palavras da tradição, tudo o que não é Tora. Os rabinos dizem que só a Tora é que constituiu uma verdadeira novidade em Israel, porque os outros livros são apenas desenvolvimentos parciais do hieroglífico primitivo, encoberto debaixo daquele nome.

9. Em síntese, podemos dizer que, segundo Césare Cantu, há na religião judaica três períodos ou idades que marcaram a formação religiosa dos israelitas: a “idade de ouro”, ou a do puro hebraísmo bíblico, que compreendia os livros santos, antes da transladação para a Babilónia; a “idade de prata”, ou a do hebraísmo bíblico tardio, que compreendia os livros escritos posteriormente à emigração, e a “idade de bronze”, ou a do hebraísmo tardio não bíblico.

10. Concluindo, resta-nos perguntar por que Jesus optou por Israel a fim de levar no seio do seu povo suas imorredouras lições à Humanidade. A explicação de Emmanuel é que, de todos os povos de então, o povo israelita era o mais crente e também o mais necessitado. Os israelitas haviam conquistado muito do Alto, em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor. Israel seria assim, naquele momento, o terreno mais adequado a receber as primeiras sementes do Evangelho.

Questões para fixação da leitura
1. Além de conduzir o povo hebreu até a Terra da Promissão, que outra tarefa o Senhor delegou a Moisés?
Sua segunda tarefa foi tornar conhecida a vontade do nosso Pai, o que Moisés fez ao nos outorgar os Dez Mandamentos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:52 pm

2. Quantas partes há na lei mosaica, e em que consistem?
Há na lei mosaica duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma – a lei de Deus – é invariável. A outra, apropriada aos costumes e ao carácter do povo, modifica-se com o tempo.

3. Em que termos estão escritos os Dez Mandamentos?
Assim a Bíblia nos apresenta os Dez Mandamentos:
1º - Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de cousa alguma que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto: porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. E que usa de misericórdia até mil gerações com aqueles que me amam e que guardam os meus preceitos.

2º - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor teu Deus.

3º - Lembra-te de santificar o dia de sábado.
Trabalharás seis dias, e farás neles tudo o que tens para fazer.
O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus.
Não farás nesse dia obra alguma.

4º - Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
5º - Não matarás.
6º - Não fornicarás.
7º - Não furtarás.
8º - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
9º - Não desejarás a mulher do teu próximo.
10º - Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem cousa alguma que lhe pertença.

4. Segundo Césare Cantu, os israelitas dividem seus livros em três grupos. Quais são eles?
Os israelitas dividem seus livros em Tora, constituída dos cinco primeiros livros da Bíblia; em Nebum, que são os profetas; e em Quetubim, ou escritos em geral, ou seja, qualquer outro livro. O Talmude chama de brê caballah, isto é, palavras da tradição, tudo o que não é Tora.

5. Por que Jesus optou por Israel para, no seio do seu povo, transmitir-nos suas imorredouras lições?
A explicação de Emmanuel é que, de todos os povos de então, o povo israelita era o mais crente e também o mais necessitado. Os israelitas haviam conquistado muito do Alto, em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor. Israel seria assim, naquele momento, o terreno mais adequado a receber as primeiras sementes do Evangelho.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:53 pm

5 – O advento de Jesus
Sumário: Razões por que os sacerdotes não reconheceram a vinda do Messias. – Passagens que mostram que Deus e Jesus são pessoas distintas. – Missionários enviados ao mundo por Jesus. – Significado para a Humanidade da vinda de Jesus.

As citações bíblicas mostram que Deus e Jesus são personalidades distintas
1. O povo judeu aguardava ansiosamente o Messias anunciado pelos profetas da Antiguidade, o qual, em chegando ao mundo, pudesse libertá-lo do jugo de Roma, mas Jesus veio e não foi reconhecido pelos israelitas, porque, segundo sua concepção, ele deveria chegar coberto de glórias e, na sequência, conferir a Israel o ceptro supremo na direcção dos povos do planeta.

2. Muitos, no entanto, o reconheceram como o Messias anunciado pelos profetas da Antiguidade, embora tenha ele chegado humilde entre os animais de uma manjedoura e como filho de um simples carpinteiro. Entre os que o reconheceram podemos citar aqueles que mais tarde se tornariam seus discípulos, apóstolos e seguidores, que puderam ouvir da própria voz de Jesus, em diversas ocasiões, ser ele o Enviado do Pai, como mostram estas passagens bíblicas:
“Quem quer que me receba, recebe aquele que me enviou.” (Lucas, 9:48.)
“Aquele que me despreza, despreza aquele que me enviou.” (Lucas, 10:16.)
“Aquele que me recebe não me recebe a mim, mas recebe aquele que me enviou.” (Marcos, 9:37.)
“Ainda estou convosco por um pouco de tempo e vou em seguida para aquele que me enviou.” (João, 8:42.)

3. Está bem caracterizado nas citações transcritas que Jesus falava em nome do Pai e foi por Ele enviado, facto que mostra uma dualidade de pessoas e exclui a igualdade entre elas, porque o enviado necessariamente é alguém subordinado àquele que o envia. Esse pormenor merece ser meditado por todos quantos pensam que Jesus e Deus dispõem de igual poder, um equívoco que é igualmente contestado pelas citações seguintes:
“Se me amásseis, rejubilaríeis, pois que vou para meu Pai, porque meu Pai é maior do que eu.” (João, 14:28.)
“Não tenho falado por mim mesmo; meu Pai, que me enviou, foi quem me prescreveu, por mandamento seu, o que devo dizer e como devo falar; e sei que o seu mandamento é a vida eterna; o que, pois, eu digo é segundo o que meu Pai me ordenou que o diga.” (João, 12:49 e 50.)

4. Os apóstolos, como dissemos, acreditavam piamente ser Jesus o Messias aguardado, o que pode ser deduzido com facilidade das seguintes citações abaixo:
“Que, pois, toda a Casa da Israel saiba, com absoluta certeza, que Deus fez Senhor e Cristo a esse Jesus que vós crucificastes.” (Actos, 2:33 a 36.)
“Moisés disse a nossos pais: O Senhor vosso Deus vos suscitará dentre os vossos irmãos um profeta como eu.
Escutai-o em tudo o que ele disser. Quem não escutar esse profeta será exterminado do meio do povo. Foi por vós primeiramente que Deus suscitou seu Filho e vo-lo enviou para vos abençoar.” (Actos, 3:22, 23 e 26.)
“Foi a ele que Deus elevou pela sua destra, como sendo o príncipe e o salvador, para dar a Israel a graça da penitência e a remissão dos pecados.” (Actos, 5:29 a 31.)
“(...) estando Estêvão cheio do Espírito Santo e elevando os olhos ao céu, viu a glória de Deus e a Jesus que estava de pé à direita de Deus.” (Actos, 7:55 a 58.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:53 pm

Com o advento de Jesus inicia-se para o globo terrestre uma nova era
5. Não é difícil compreender que a vinda de Jesus entre nós envolveu intenso trabalho por parte de todos aqueles Espíritos convocados a participar de sua gloriosa missão.
Cada qual recebeu uma tarefa específica, de devotamento e amor, a fim de facilitar a vinda do governador espiritual da Terra aos planos inferiores.

6. Inicialmente, Jesus enviou às sociedades do globo o esforço de auxiliares valorosos nas figuras de Ésquilo, Eurípedes, Heródoto e Tucídides e, por fim, a extraordinária personalidade de Sócrates, entre os gregos. Na China encontraremos Fo-Hi, Lao-Tsé e Confúcio; no Tibete, a personalidade de Buda; no Pentateuco, Moisés; no Alcorão, Maomé, de modo que cada povo recebeu, em épocas diversas, antes e depois do seu advento, os instrutores enviados pelo Mestre.

7. A família romana, cujo esplendor conseguiu atravessar múltiplas eras, parecia atormentada pelos mais tenazes inimigos ocultos, que, aos poucos, minaram-lhe as bases mais sólidas, mergulhando-a na corrupção e no extermínio de si mesma. A vinda do Cristo estava próxima, mas Roma, sede do mundo, parecia não se dar conta disso.

8. As entidades angélicas do sistema, nas proximidades da Terra, se movimentavam e várias providências de vasta e generosa importância foram adoptadas. E quando reinava Augusto na sede do governo do mundo, nasceu na pequena Belém o menino Jesus, iniciando-se para o globo terrestre uma nova era, cujo advento é recordado pelos homens, todos os anos, por ocasião do Natal.

Questões para fixação da leitura
1. Por que o povo judeu, sobretudo seus sacerdotes, não percebeu que o Messias chegara?
A razão não é difícil de entender. O povo judeu aguardava um Messias que pudesse libertá-lo do jugo de Roma e os sacerdotes pensavam que o Cristo deveria chegar envolto em glórias para conferir a Israel o ceptro supremo na direcção dos povos do planeta. Como nada disso aconteceu, eles não aceitaram, como ainda hoje não aceitam, que o Messias tivesse vindo.

2. Há passagens no Evangelho que mostram que Deus e Jesus são personalidades distintas?
Sim. Está bem caracterizado nas citações evangélicas que Jesus falava em nome do Pai e foi por Ele enviado, facto que mostra uma dualidade de pessoas e exclui a igualdade entre elas, porque o enviado necessariamente é alguém subordinado àquele que o envia.

3. A ideia, mais tarde concretizada pelos católicos, de que Jesus integra a trindade universal, era partilhada pelos apóstolos?
Não.

4. Sabemos que foram muitos os missionários enviados por Jesus ao planeta. Mencione alguns deles.
Ésquilo, Eurípedes, Heródoto e Tucídides e, por fim, a extraordinária personalidade de Sócrates, entre os gregos, Fo-Hi, Lao-Tsé e Confúcio, na China, e ainda Buda, Moisés e muitos outros.

5. Que significa para nós terrenos e para a história da Humanidade o nascimento de Jesus?
Seu nascimento significou, para toda a Humanidade terrena, o advento de uma nova era.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:53 pm

6 – A equipe espiritual de Jesus
Sumário: Factos importantes que precederam o nascimento de Jesus. – Situação de Maria de Nazaré após a crucificação. – Origem do nome “Casa da Santíssima”. – A missão de João Baptista como precursor do Messias.

Após a crucificação de Jesus, Maria foi morar com João
1. Os historiadores do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes da gloriosa época de Augusto. Caio Júlio César Octávio chegara ao poder envolto em uma série de acontecimentos felizes.
Principiara com aquele jovem enérgico e magnânimo uma nova era. O grande império, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas.
A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligências, visto que foi nessa época que surgiram Virgílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Lívio e Mecenas.

2. A razão desse espanto se deve ao fato de que muitos historiadores não se deram conta de que foi nessa mesma ocasião que o mundo conheceu o Evangelho. Esqueceram-se de que o nobre Octávio era também homem e, obviamente, não conseguiram saber que no seu reinado uma coorte especial, afeita à obra do Cristo, aproximava-se da Terra, em uma vibração profunda de amor e de beleza.
Acercavam-se de Roma e do mundo não mais Espíritos belicosos, como Aníbal ou Alexandre, mas outros que se vestiriam dos andrajos dos pescadores para servirem de base indestrutível aos eternos ensinos do Messias. Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a vinda de Jesus e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos.

3. Entre esses Espíritos destaca-se a figura de Maria de Nazaré, que, atendendo a uma solicitação de Jesus feita por ocasião da crucificação, foi morar com João, ao sul de Éfeso, distante três léguas aproximadamente da cidade. A habitação simples em que os dois passaram a morar situava-se num promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens, reuniam-se para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Pouso e refúgio dos desamparados, a singela casa transformou-se num ponto de assembleias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultuadas por Espíritos humildes e sinceros.

Foi em Éfeso que Maria passou a ser chamada Mãe Santíssima
4. Maria externava suas lembranças e falava de Jesus com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas. Grandes fileiras de necessitados costumavam acorrer ao sítio generoso, e ela atendia a todos os que a procuravam exibindo-lhe suas úlceras e necessidades. Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”. O facto tivera origem em certa ocasião quando um pobre leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe beijou as mãos, murmurando:
“Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima!”.

5. Ao lado de Maria esteve por alguns anos um nobre Espírito sobre o qual temos poucas informações: José. Muito pouco nos fala a Bíblia sobre José, mas foi em sua presença que Jesus nasceu e com Maria ele estava quando Jesus foi apresentado no Templo e conduzido depois ao Egipto. Também foi ele quem ensinou ao filho o ofício de carpinteiro.
Tudo indica, porém, que José já havia partido para o mundo espiritual quando Jesus foi crucificado, o que explicaria o pedido feito pelo Mestre para que Maria fosse, a partir daquele instante, morar com João.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:54 pm

6. Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns. Lemos assim nos apontamentos da Boa Nova que Zacarias e Isabel, pais de João Batista, precursor do Cristo, “eram ambos justos perante Deus”; que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Messias em seus braços maternais, se achava em “posição de louvor diante do Eterno Pai”; que José da Galileia, o varão que o tomaria sob paternal tutela, “era justo”; que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, “era justo e obediente a Deus”, e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no templo de Jerusalém, vivia “servindo a Deus”.

Entre os nascidos de mulher, o maior foi João Baptista
7. É preciso que destaquemos também a figura espiritual de João Batista, filho de Isabel e Zacarias, chamado “o precursor”, porque foi ele quem preparou os passos de Jesus e o apresentou ao mundo. O advento de João deu-se em circunstâncias particularíssimas, visto que, além de serem seus pais bastante idosos, Zacarias foi acometido de uma mudez temporária que somente findou com o nascimento do filho.

8. Após o nascimento de João – que fora anteriormente na Terra o grande profeta Elias – vamos encontrar o Baptista na sua gloriosa tarefa de preparação do caminho à verdade, precedendo o trabalho que o mundo conheceria com Jesus.
Vestido de pele e alimentando-se de mel selvagem, esclarecendo com energia e deixando-se degolar em testemunho à verdade, João precedeu a lição de misericórdia e bondade que Jesus iria em seguida trazer ao mundo.

9. João sentia-se, efectivamente, “a voz que clama no deserto” e preparava “os caminhos do Senhor”. E foi dessa maneira que se apresentou aos judeus e aos levitas.
Classificado por Jesus como “o maior dos nascidos de mulher”, ele se destacou por sua austeridade no modo de anunciar o Messias, chegando a atrair multidões que, convictas da sua superioridade moral e espiritual, entravam no Jordão para limpar-se das máculas do “homem velho” e de lá saíam limpas do corpo para simbolizar a limpeza da alma a que aspiravam.

Questões para fixação da leitura
1. Que factos importantes para a vida na Terra precederam o nascimento de Jesus?
Uma coorte especial, afeita à obra do Cristo, aproximara-se da Terra, em uma vibração profunda de amor e de beleza.
Acercavam-se de Roma e do mundo não mais Espíritos belicosos, como Aníbal ou Alexandre, mas outros que se vestiriam dos andrajos dos pescadores para servirem de base indestrutível aos eternos ensinos do Messias. Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a vinda de Jesus e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos. A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligências, visto que foi nessa época que surgiram Virgílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Lívio e Mecenas. Por causa disso, o grande império, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas.

2. Depois da crucificação de Jesus, onde e com quem foi morar Maria?
Maria, atendendo a uma solicitação de Jesus feita por ocasião da crucificação, foi morar com João, ao sul de Éfeso, distante aproximadamente três léguas da cidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:54 pm

3. Por que a choupana onde Maria passou a residir era conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”?
Naquela casa Maria externava suas lembranças e falava de Jesus com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas. Grandes fileiras de necessitados costumavam acorrer ao sítio generoso, e ela atendia a todos os que a procuravam. A choupana passou a ser conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima” quando um pobre leproso, depois de aliviado por ela em suas chagas, lhe beijou as mãos e murmurou:
“Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima!”.

4. Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns. Quais são eles?
Zacarias e Isabel, pais de João Batista, precursor do Cristo; Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheu o Messias em seus braços maternais; José da Galileia, o varão que o tomou sob paternal tutela; Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, e Ana, a viúva que o esperou em oração no templo de Jerusalém.

5. Quem foi João Batista e qual a importância de sua missão como precursor do Messias?
Filho de Isabel e Zacarias, João Batista, chamado “o precursor”, foi quem preparou os passos de Jesus e o apresentou ao mundo. João fora anteriormente na Terra o grande profeta Elias. Classificado por Jesus como “o maior dos nascidos de mulher”, ele se destacou por sua austeridade no modo de anunciar o Messias, chegando a atrair multidões que, convictas da sua superioridade moral e espiritual, entravam no Jordão para limpar-se das máculas do “homem velho” e de lá saíam limpas do corpo para simbolizar a limpeza da alma a que aspiravam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2023 8:54 pm

7 – A missão de Jesus
Sumário: Objectivo central da missão de Jesus. – Recurso estilístico usado por Jesus em suas pregações. – As principais revelações feitas pelo Mestre. – O verdadeiro milagre operado por Jesus, segundo Kardec.

O povo israelita achava que Jesus ensinava como quem tinha autoridade
1. Jesus veio ao mundo para, como profetizou Isaías, fazer raiar a luz aos que se achavam na região da morte, dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da estrada da vida e, finalmente, apresentar-se a todos como o modelo, o paradigma, o enviado de Deus, o único capacitado a legar a nós um ensino puro e perfeito. É daí que surgiria a conhecida sentença que o evangelista João lhe atribuiu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao Pai senão por mim” (João, 14:6).

2. Descendo de Esfera Superior, Jesus surgiu entre os terráqueos em uma singela e tosca estrebaria.
Apresentando-se como o Messias anunciado pelos profetas da Antiguidade, foi recebido com desconfiança, até mesmo por João Batista, o precursor, que certa vez enviou dois emissários para saberem se ele era, realmente, o esperado Filho de Deus. Iniciando a pregação do Reino do Céu, não conseguiu o entendimento imediato nem ao menos de seus discípulos. E desse modo exerceria seu ministério, entre incompreensão e desprezo, amargura e solidão.

3. Ninguém ignora a extrema simplicidade, a completa humildade, a pobreza e a singeleza com que Jesus marcou sua presença e seu messianato em nosso planeta. Sem ter sequer onde reclinar a cabeça e sem nada possuir em termos materiais, cercou-se de pessoas incultas e reuniu em torno de si amigos rudes e iletrados de uma das regiões mais pobres pertencentes ao Império Romano. Peregrino paupérrimo, sem bolsa nem cajado, jamais ocupou qualquer cátedra e, sem nada haver escrito, dividiu as eras terrestres em antes e depois dele, como ninguém jamais o fez, permanecendo para sempre como a maior presença, o mais alto marco, a mais elevada e imorredoura expressão de toda a história da Humanidade.

4. Um facto, porém, digno de nota é que, apesar da resistência dos israelitas em reconhecê-lo como o Messias predito nas Escrituras, o povo que o escutava admirava sua doutrina porque percebia que ele ensinava como quem tinha autoridade, uma qualidade que não se destacava nas explanações feitas pelos escribas (Mateus, 7:28-29).

Verdades transcendentais e importantes nos foram trazidas por Jesus
5. Como se sabe, os escribas e os rabinos do mosaísmo costumavam ser minudentes na explanação dos cerimoniais e das práticas exteriores do culto, mas nunca haviam exposto verdades tão profundas nem sensibilizaram os corações de seu povo com tão expressivos apelos à rectidão do carácter, à brandura, à caridade, à misericórdia, ao perdão, à tolerância e ao desapego dos bens terrenos, como Jesus fez no sermão do monte e em inúmeras outras ocasiões.

6. Como sábio educador que foi e é, o Mestre recorria com frequência às parábolas a fim de melhor interessar e impressionar seus ouvintes. Esse recurso fez com que seus ensinamentos atingissem directamente as mentes e os corações dos homens e, além disso, se perpetuassem na memória dos povos ao longo dos séculos.

7. Verdades transcendentais e importantes nos foram trazidas por Jesus e registadas nos Evangelhos. O Cristo nos revelou a amorosa paternidade do Deus Eterno, conscientizou-nos de sua omnipotente bondade, de sua misericórdia e infalível justiça, de sua presença omnímoda e perene, ensinando-nos a elevar até Ele a força do nosso pensamento e a confiar com filial devoção na sua infatigável providência.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2023 10:30 am

8. Ao proclamar esta síntese da justiça indefectível – “A cada um será dado segundo suas obras” –, o Cristianismo se firma como a doutrina da moralização dos costumes e da ética em seus aspectos mais excelentes. Longe de se constituir em uma nova seita ou um novo partido, é ele, na verdade, um código de moral que abrange o direito de todos e estabelece, ao mesmo tempo, a responsabilidade de cada indivíduo segundo as condições em que se encontra e a influência que exerce no seio da colectividade.
O verdadeiro milagre de Jesus não consistiu nas curas que operou

9. Para ser cristão, no verdadeiro sentido da palavra, é preciso, acima de tudo, ser fiel a Deus, não apenas nos momentos de tranquilidade, mas sobretudo nas horas tormentosas, em que tudo parece desabar e perecer. O divino legado de Jesus, que a Humanidade ainda não consegue entender, é o de um mundo feliz, de paz e de amor, sem injustiças, sem opróbrios, sem miséria, sem orfandade, sem crimes, sem ódios, sem fratricídios e sem guerras.

10. No exercício de sua missão de amor, Jesus operou fenómenos considerados milagrosos; no entanto, as curas e os prodígios por ele realizados pertencem em sua maioria à ordem dos fenómenos psíquicos, ou seja, fenómenos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma, razão pela qual muitos deles foram repetidos ao longo da história por indivíduos diversos, confirmando esta conhecida assertiva do Messias: “O que eu faço vós podeis fazer também, e muito mais”.

11. Espírito perfeito e sábio, Jesus operava prodígios aos olhos dos terrícolas ainda ignorantes, sem derrogar nenhuma lei da natureza. Manipulava os fluidos como lúcido conhecedor de suas propriedades e qualidades e, portanto, não há por que falar em milagres nas curas que operou, como Allan Kardec explica muito nos capítulos XIV e XV de seu livro A Génese.

12. O verdadeiro milagre de sua passagem pela Terra foi outro, ou seja, haver conseguido em pouco mais de três anos, sem nada haver escrito e vivendo numa das regiões mais pobres de sua época, modificar a face espiritual do mundo em que vivemos, o qual, desde então, divide sua história em “antes” e “depois” do Cristo.

Questões para fixação da leitura
1. Em que consistiu, verdadeiramente, a missão de Jesus?
Jesus veio ao mundo para fazer raiar a luz aos que se achavam na região da morte, dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da estrada da vida e, finalmente, apresentar-se a todos como o modelo, o paradigma, o enviado de Deus, o único capacitado a legar a nós um ensino puro e perfeito.

2. Diz Mateus que o povo israelita admirava o modo como Jesus falava. Por quê?
O povo que o escutava admirava sua doutrina porque percebia que ele ensinava como quem tinha autoridade, uma qualidade que não se destacava nas explanações feitas pelos escribas.

3. Que recurso estilístico Jesus utilizava costumeiramente em suas pregações?
O Mestre recorria com frequência às parábolas a fim de melhor interessar e impressionar seus ouvintes. Esse recurso fez com que seus ensinamentos atingissem directamente as mentes e os corações dos homens e, além disso, se perpetuassem na memória dos povos ao longo dos séculos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2023 10:30 am

4. Muitas revelações nos foram feitas por Jesus.
Quais, dentre elas, são consideradas as mais importantes?
Ele nos revelou a amorosa paternidade do Deus Eterno, conscientizou-nos de sua omnipotente bondade, de sua misericórdia e infalível justiça, de sua presença omnímoda e perene, ensinando-nos a elevar até Ele a força do nosso pensamento e a confiar com filial devoção na sua infatigável providência. O divino legado de Jesus, que a Humanidade ainda não consegue entender, é o de um mundo feliz, de paz e de amor, sem injustiças, sem opróbrios, sem miséria, sem orfandade, sem crimes, sem ódios, sem fratricídios e sem guerras.

5. O Espiritismo não considera milagres nem as curas nem os prodígios operados por Jesus. O verdadeiro milagre que ele operou foi outro. Que milagre foi esse?
Espírito perfeito e sábio, Jesus operava prodígios aos olhos dos terrícolas ainda ignorantes, sem derrogar nenhuma lei da natureza. Mas o verdadeiro milagre de sua passagem pela Terra foi outro, ou seja, haver conseguido em pouco mais de três anos, sem nada haver escrito e vivendo numa das regiões mais pobres de sua época, modificar a face espiritual do mundo em que vivemos, o qual, desde então, divide sua história em “antes” e “depois” do Cristo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2023 10:31 am

8 – Os apóstolos do Senhor
Sumário: Os primeiros apóstolos de Jesus. – Que faziam e como era a convivência deles com o Mestre. – Quem foi Matias, o discípulo que substituiu Judas Iscariote. – Paulo de Tarso e sua missão como Apóstolo dos Gentios.

O grupo de apóstolos reuniu inicialmente doze pessoas
1. Jesus congregou em torno de si doze discípulos directos: André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo).

2. Incumbidos de predicar o Evangelho ou Boa Nova, cada qual se imortalizou como enviado ou “apóstolo”. Esses Espíritos, chamados por Jesus para compor seu colégio apostolar, seriam os intérpretes de suas acções e de seus ensinos.

3. Pedro, André e Filipe eram filhos de Betsaida, de onde vinham igualmente Tiago e João, filhos de Zebedeu. Levi, Tadeu e Tiago, filhos de Alfeu e sua esposa Cléofas, parenta de Maria, eram nazarenos e amavam a Jesus desde a infância, sendo muitas vezes chamados de “irmãos do Senhor”, tendo em vista suas profundas afinidades afectivas.
Tomé descendia de um antigo pescador de Dalmanuta, e Bartolomeu pertencia a uma laboriosa família de Caná da Galileia. Simão, mais tarde chamado “O Zelote”, havia deixado sua terra em Canaã para dedicar-se à pesca, e somente um deles, Judas, destoava um pouco desse concerto, pois nascera em Iscariote e se consagrara a um pequeno comércio em Cafarnaum, onde vendia peixes e quinquilharias.

4. O reduzido grupo de companheiros do Messias experimentou a princípio certas dificuldades para harmonizar-se. Mateus, que inicialmente era chamado de Levi, continuava nos seus trabalhos da colectoria local e Judas Iscariote prosseguia nos seus negócios, embora se reunissem diariamente aos demais companheiros, que viviam quase que constantemente com Jesus, junto às águas transparentes do Tiberíades.

Ao grupo inicial juntaram-se mais tarde Matias e Paulo
5. Mateus não era pescador, mas publicano, e se conservou na obscuridade enquanto o Cristo estava na Terra. Somente depois da ascensão do Senhor ele entrou em acção, pregando na Judeia e nos países vizinhos, até a dispersão dos apóstolos. Segundo Cairbar Schutel, Mateus teria aproveitado seus momentos de folga para escrever o Evangelho que leva seu nome.

6. Filho de Simão Iscariote, da cidade de Carioth, Judas era, segundo Humberto de Campos, um apaixonado pelas ideias socialistas de Jesus e entendia que a política seria a única arma com a qual poderia triunfar, além do que não conseguia conciliar a vitória com o desprendimento das riquezas. Ao entregar Jesus a Caifás, ele não imaginou que as coisas tomassem o rumo que tomaram e, em desespero, suicidou-se.

7. Irmão de André, Simão Pedro era pescador e, integrando o grupo desde o início, tornou-se uma espécie de intérprete dos apóstolos e aparentemente dos mais assíduos junto ao Mestre, que certamente por isso designou-o como a “pedra” sobre a qual edificaria sua igreja, conforme anotou Mateus (16:18).

8. Além dos doze apóstolos que integraram o grupo inicial cabe-nos mencionar dois discípulos que se juntaram mais tarde ao colégio apostólico: Matias e Paulo.
Paulo nasceu em Tarso, mas foi educado em Jerusalém
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2023 10:31 am

9. Matias substituiu Judas Iscariote e pouco se sabe sobre seu trabalho antes dessa escolha, salvo que fora um dos 72 discípulos que o Senhor designou e enviou, dois a dois, a todas as cidades e lugares que pretendia visitar.
Segundo uma tradição confirmada entre os gregos, após o Pentecostes, Matias pregou o Evangelho na Capadócia e para os lados do Ponto Euxino.

10. Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo.

11. Falar da missão de Paulo e de sua vigorosa personalidade não é tarefa fácil. Para conhecê-la em suas minúcias é indispensável a leitura do livro Paulo e Estêvão, de autoria de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.
Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios.

12. Na execução de sua missão, Paulo fez três grandes viagens indo a Bitínia, Capadócia, Cilícia, Frígia, Galácia, Lícia e a muitas outras localidades, inclusive Roma. E se imortalizou também por suas epístolas, em número de 14. Preso e conduzido a Roma, foi na capital do Império Romano que veio a desencarnar, vitimado por um golpe de espada que lhe fendeu a garganta e seccionou-lhe quase inteiramente a cabeça.

Questões para fixação da leitura
1. Quem foram os primeiros apóstolos de Jesus?
Seus doze discípulos directos, ou apóstolos, foram:
André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo).

2. O grupo de companheiros do Messias enfrentou dificuldades para harmonizar-se?
No início, sim.

3. Dos apóstolos iniciais, dez se encontravam quase que diariamente ao lado de Jesus. Como se chamavam os outros dois?
Mateus e Judas Iscariote.

4. Com a morte de Judas Iscariote, um dos discípulos foi escolhido para substituí-lo. Qual o seu nome?
Matias.

5. Quem foi Paulo e que fatos podemos destacar no seu trabalho apostolar?
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo. Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2023 10:31 am

9 – O Novo Testamento
Sumário: Partes constitutivas do Novo Testamento. – Os Evangelhos sinópticos. – Os Evangelhos apócrifos. – Aspecto que diferencia o Evangelho de João dos demais. – Partes em que podem ser divididas as matérias contidas nos Evangelhos.

O Novo Testamento pode ser dividido em duas partes
1. Segundo J. Herculano Pires, foi das mãos de Moisés que surgiu a Bíblia. "Não foi Moisés quem a escreveu", diz Herculano, "mas foi ele o motivo central dessa primeira codificação do novo ciclo de revelações: o cristão." A Bíblia é, assim, a codificação da primeira revelação cristã. O Evangelho é a codificação da segunda revelação cristã – acentua Herculano – "a que brilha no centro da tríade dessas revelações, tendo na figura do Cristo o sol que ilumina as duas outras, que lança a sua luz sobre o passado e o futuro, estabelecendo entre ambos a conexão necessária". O Velho Testamento pode ser comparado, no dizer de Emmanuel, a um apelo dos homens a Deus. O Novo Testamento seria a resposta de Deus aos homens, e O Livro dos Espíritos, a síntese desse diálogo. (Leia-se sobre o assunto "Introdução ao Livro dos Espíritos", Lake, 1957.)

2. O Novo Testamento pode ser dividido em duas partes: os Evangelhos e os Escritos Apostólicos. Os Evangelhos surgiram nesta ordem: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os Escritos Apostólicos são constituídos pelos Atos dos Apóstolos, escritos por Lucas entre os anos 62 e 63 d.C., pelas Epístolas e pelo Apocalipse.

3. As Epístolas são cartas que Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas escreveram às comunidades cristãs. Paulo escreveu 14 epístolas com destinatários definidos. As epístolas escritas pelos outros Apóstolos são consideradas universais ou católicas, por não se dirigirem a igrejas ou pessoas como as de Paulo de Tarso.

4. O Apocalipse foi escrito por João na Ilha de Patmos, entre os anos 94 e 96 d.C.

Os três primeiros Evangelhos são chamados de sinópticos
5. Mateus, ou Levi, o publicano que integrava o colégio dos doze apóstolos, escreveu o primeiro Evangelho, composto na língua hebraica, isto é, o aramaico, que foi mais tarde traduzido para o grego. João, também apóstolo do Senhor, Marcos e Lucas escreveram seus textos em grego. Marcos, que não conviveu com o Cristo, valeu-se para escrevê-lo das reminiscências de Pedro. Lucas utilizou outras fontes, entre elas Paulo de Tarso.

6. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são chamados de sinópticos porque permitem uma vista de conjunto, dada a semelhança de suas versões. O Evangelho de João, o último dos quatro, constitui uma obra singular e obedece a um plano diferente.

7. É preciso, porém, lembrar que ao lado desses Evangelhos, que foram os únicos reconhecidos pela Igreja como autênticos e divinamente inspirados, são conhecidos actualmente cerca de vinte textos, chamados de Evangelhos apócrifos, número esse que no século III Orígenes dizia ser muito maior e Fabrícius estimava em trinta e cinco.

8. Os Evangelhos sinópticos acham-se fortemente impregnados do pensamento judeu-cristão inerente aos apóstolos, enquanto o Evangelho de João se inspira em influência diferente e, apesar de ser bem mais complexo, dirige-se aos cristãos em geral.
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