LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:43 pm

19 – Médiuns de efeitos intelectuais
Sumário: Características da mediunidade de efeitos intelectuais. – Variedades de médiuns de efeitos físicos citados na obra kardequiana. – O que caracteriza a vidência mediúnica. – Distinção entre médiuns de pressentimentos e médiuns proféticos. – A mediunidade de psicografia.

O médium de efeitos intelectuais é o que recebe comunicações regulares e seguidas
1. Como vimos, os médiuns podem ser divididos em duas grandes categorias: médiuns de efeitos físicos e médiuns de efeitos intelectuais. Os médiuns de efeitos intelectuais são os médiuns especialmente adequados a receber e transmitir as comunicações inteligentes.
2. Todas as outras variedades de médiuns se ligam mais ou menos directamente a uma ou outra dessas categorias principais; algumas vezes, às duas.

3. Analisando-se os diversos fenómenos mediúnicos, ver-se-á que em todos eles há um efeito físico a que se alia, às vezes, um efeito inteligente. É difícil por vezes estabelecer o limite entre os dois, mas isso não tem muita importância. Compreendemos sob a denominação de médiuns de efeitos intelectuais aqueles que podem mais especialmente servir de intermediários para as comunicações regulares e seguidas. (O Livro dos Médiuns, cap. XVI, item 187.)

Alerta de Kardec acerca dos médiuns videntes
4. São considerados pelo Codificador do Espiritismo médiuns especiais para efeitos intelectuais, conforme relacionados no cap. XVI d´O Livro dos Médiuns, os seguintes médiuns:
Médiuns auditivos – os que escutam os Espíritos, o que não é raro encontrar. Há muitas pessoas, porém, que imaginam ouvir o que não passa de imaginação.
Médiuns falantes – os que falam sob a influência dos Espíritos. São também chamados médiuns psicofónicos e são muito comuns.
Médiuns videntes – os que vêem os Espíritos em estado de vigília. A visão acidental e fortuita de um Espírito em circunstâncias particulares é muito frequente, mas a visão habitual ou facultativa dos Espíritos indistintamente é excepcional. Kardec ensina que é recomendável não acreditar sempre na palavra dos que dizem ver os Espíritos.
Médiuns inspirados – os que, quase sempre mau grado seu, recebem ideias dos Espíritos, quer para os actos comuns da vida, quer para os grandes trabalhos da inteligência.
Médiuns de pressentimentos – os que, em certas circunstâncias, têm uma vaga intuição das coisas futuras vulgares.
Médiuns proféticos – os que, com a permissão de Deus, e com maior precisão do que os médiuns de pressentimentos, recebem a revelação das coisas futuras de interesse geral.
Médiuns sonâmbulos – os que, no estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos.
Médiuns extáticos – os que, em estado de êxtase, recebem revelações dos Espíritos. Os médiuns dessa natureza que merecem inteira confiança, ensina o Espiritismo, são muito raros.
Médiuns pintores e desenhistas – os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos.
Médiuns musicistas – os que executam, compõem ou escrevem música sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos mecânicos, semi-mecânicos, intuitivos e inspirados, como no caso das comunicações literárias.
Médiuns escreventes ou psicógrafos – os que têm a faculdade de escrever sob a influência dos Espíritos e se dividem em médiuns escreventes mecânicos, semi-mecânicos, intuitivos, polígrafos, poliglotas e iletrados.

Os escreventes semi-mecânicos são, dentre os psicógrafos, os mais comuns
5. Os médiuns escreventes mecânicos são os médiuns cuja mão recebe um impulso involuntário e nenhuma consciência têm do que escrevem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:43 pm

6. Os médiuns escreventes intuitivos são aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é guiada pela vontade do médium.

7. Os médiuns escreventes semi-mecânicos são os médiuns cuja mão se move involuntariamente, mas que têm o conhecimento instantâneo das palavras e frases à medida que escrevem. De todos os médiuns escreventes, diz Kardec, estes são os mais comuns.

8. Ensina o Espiritismo que, para que uma comunicação seja boa, é preciso que provenha de um bom Espírito; para que esse bom Espírito a possa transmitir, indispensável lhe é um bom instrumento; e para que queira transmiti-la, preciso se faz que o fim visado lhe convenha.

Questões para fixação da leitura
1. Como devemos conceituar os médiuns de efeitos intelectuais?
Médiuns de efeitos intelectuais são os médiuns adequados a receber e transmitir as comunicações inteligentes.

2. Mencione cinco variedades de médiuns de efeitos intelectuais relacionadas por Kardec.
Médiuns falantes, escreventes, pintores, auditivos e de pressentimentos.

3. Que são médiuns videntes?
Videntes são os que vêem os Espíritos em estado de vigília. A visão acidental e fortuita de um Espírito em circunstâncias particulares é muito frequente, mas a visão habitual ou facultativa dos Espíritos indistintamente é excepcional.

4. Existe diferença entre médiuns de pressentimentos e médiuns proféticos?
Sim. Os médiuns de pressentimentos têm uma vaga intuição das coisas futuras vulgares. Os médiuns proféticos, com maior precisão do que os médiuns de pressentimentos, recebem a revelação das coisas futuras de interesse geral.

5. Que são médiuns escreventes ou psicógrafos e como Kardec os classifica?
Médiuns escreventes ou psicógrafos são os que têm a faculdade de escrever sob a influência dos Espíritos e se dividem em médiuns escreventes mecânicos, semi-mecânicos, intuitivos, polígrafos, poliglotas e iletrados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:43 pm

20 – Espécies comuns a todos os géneros de mediunidade
Sumário: Características dos médiuns naturais ou involuntários. – Os médiuns facultativos ou voluntários. – Variedades comuns aos diversos géneros de mediunidade. – A mediunidade nas crianças. – Idade ideal para iniciação na prática mediúnica.

O médium natural pode passar à condição de médium facultativo
1. Os médiuns de efeitos físicos podem ser divididos em médiuns facultativos ou voluntários e médiuns naturais ou involuntários.

2. Médiuns facultativos ou voluntários são aqueles que têm consciência de sua força e produzem fenómenos espíritas por acção da própria vontade. É claro que, para isso, lhes é preciso o concurso de um Espírito. Essa faculdade, embora inerente à espécie humana, está longe de existir em todas as pessoas no mesmo grau. Mas, se há poucas pessoas nas quais seja absolutamente nula, mais raros ainda são aqueles capazes de produzir grandes efeitos, como o levantamento de corpos pesados, a sua translação e, sobretudo, as aparições.

3. Médiuns naturais ou involuntários são aqueles cuja influência se exerce mau grado seu. Eles não têm nenhuma consciência de sua força e, muitas vezes, o que se passa de anormal em seu redor de modo nenhum se lhes afigura extraordinário. O fato pode ocorrer em qualquer idade e verifica-se até mesmo em crianças muito tenras.

4. Os seres invisíveis que revelam sua presença por meio de efeitos sensíveis são, em geral, Espíritos de uma ordem inferior e que podem ser dominados pelo ascendente moral do médium. É preciso, pois, que o médium adquira esse ascendente. Para isso, é preciso fazê-lo passar do estado de médium natural ou involuntário ao de médium facultativo.

5. Produzir-se-á então um efeito análogo ao que se verifica no sonambulismo. Como a experiência demonstrou, o sonambulismo natural geralmente cessa quando substituído pelo sonambulismo magnético. Não se para a faculdade de emancipação da alma; dá-se-lhe outro curso. Acontece o mesmo com a faculdade mediúnica. Por isso, em vez de entravar os fenómenos, o que raramente se consegue, é preciso excitar o médium a produzi-los por sua vontade, impondo-se ao Espírito.

Distinguem-se os Espíritos pela natureza da impressão que provocam
6. Conforme afirma Kardec no item 188 de “O Livro dos Médiuns”, são variedades comuns a todos os géneros de mediunidade:
I. Médiuns sensitivos;
II. Médiuns naturais ou involuntários;
III. Médiuns facultativos ou voluntários.

7. Médiuns sensitivos são as pessoas susceptíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão geral ou local, vaga ou material. Em geral, distinguem-se os Espíritos bons e os maus pela natureza da impressão que provocam.

8. Ensina o Espiritismo que os médiuns delicados e muito sensíveis devem abster-se de comunicações com Espíritos violentos ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga daí resultante.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:45 pm

9. Médiuns naturais ou involuntários, como vimos no item 3 acima, são os que produzem os fenómenos espontaneamente, sem qualquer participação de sua vontade e, na maioria das vezes, mau grado seu.

10. Médiuns facultativos ou voluntários são os que têm o poder de provocar os fenómenos por um ato da própria vontade, desde que haja, obviamente, o concurso de um Espírito. Se este se recusar, eles nada poderão, o que demonstra que se verifica no facto mediúnico a influência de uma força estranha.

É perigoso desenvolver a mediunidade nas crianças
11. Kardec formulou aos Espíritos superiores três questões relativamente à mediunidade em crianças. Eis, em resumo, o que eles ensinaram (“O Livro dos Médiuns”, item 221, parágrafos 6, 7 e 8):
I - É muito perigoso desenvolver a mediunidade nas crianças, porque sua organização franzina e delicada ficaria abalada e sua imaginação superexcitada com a prática mediúnica. Desse modo, os pais prudentes devem afastá-las dessas ideias ou, pelo menos, só tratar do assunto do ponto de vista de suas consequências morais.
II - Quando a faculdade mediúnica é espontânea na criança, é sinal de que se acha em sua natureza e que sua constituição a isso se presta. Já o mesmo não se dá quando é provocada e superexcitada.
III - Não existe uma idade precisa para que uma pessoa passe a ocupar-se da mediunidade. Isso depende fundamentalmente do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral. Há crianças de 12 anos que são menos afectadas que certos adultos.

Questões para fixação da leitura
1. Que características apresentam os médiuns naturais ou involuntários?
Médiuns naturais ou involuntários são os que produzem os fenómenos espontaneamente, sem qualquer participação de sua vontade e, na maioria das vezes, mau grado seu.
Eles não têm nenhuma consciência de sua força e, muitas vezes, o que se passa de anormal em seu redor de modo nenhum se lhes afigura extraordinário.

2. É possível a um médium natural passar à condição de médium facultativo?
Sim, é possível.

3. Quais são, segundo Kardec, as variedades comuns a todos os géneros de mediunidade?
Conforme lemos no item 188 de “O Livro dos Médiuns”, são variedades comuns a todos os géneros de mediunidade: médiuns sensitivos; médiuns naturais ou involuntários e médiuns facultativos ou voluntários.

4. É recomendável desenvolver a mediunidade nas crianças?
Não, porque sua organização franzina e delicada ficaria abalada e sua imaginação superexcitada com a prática mediúnica.

5. Em que idade devem as pessoas iniciar-se no campo da mediunidade?
Não existe uma idade precisa para que uma pessoa passe a ocupar-se da mediunidade. Isso depende fundamentalmente do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:46 pm

21 – Qualidades essenciais aos médiuns
Sumário: A primeira necessidade do médium segundo Emmanuel. – Qualidades que atraem para perto de nós os bons Espíritos. – Defeitos que os afastam de nós. – Conceito de médium moralizado. – O primeiro inimigo do médium.

O amor ao próximo e a simplicidade do coração atraem os bons Espíritos
1. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos e suprem nestes a falta de órgãos materiais pelos quais possam transmitir suas instruções. Eis por que são dotados de faculdades para esse efeito.

2. Esclarecendo sobre as qualidades indispensáveis a um bom médium, Emmanuel afirma que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.

3. Ensina o Espiritismo que as qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são:
a bondade
a benevolência
a simplicidade do coração
o amor ao próximo
o desprendimento das coisas materiais.

4. Os defeitos que os afastam dos indivíduos são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
O médium moralizado conta com o amparo de Espíritos elevados

5. O médium eficiente será, pois, do ponto de vista espiritual, aquele trabalhador que melhor se harmonizar com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades citadas e destacando-se pelo cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.

6. O médium, do ponto de vista da execução da faculdade mediúnica, não passa de um instrumento; contudo, exerce influência muito grande sobre o fenómeno mediúnico, sob o aspecto moral. É que, para se comunicar, o Espírito precisa identificar-se com a alma do médium, o que requer haja entre ambos simpatia e afinidade.

7. Como sabemos, a alma exerce sobre os Espíritos uma espécie de atracção, ou repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles. Como os bons têm afinidade com os bons, e os maus com os maus, segue-se que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.

8. Se – do ponto de vista do mecanismo da comunicação – a mediunidade, em si mesma, não depende do factor moral, do ponto de vista da assistência espiritual o factor moral torna-se relevante. Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos elevados. E por “médium moralizado” queremos referir-nos ao médium que pauta sua vida como um autêntico “homem de bem”, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada. Paciência, perseverança, boa vontade, humildade, sinceridade, estudo e trabalho são, portanto, factores de extrema valia na educação mediúnica.´
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:46 pm

O orgulho tem feito perder-se inúmeros médiuns
9. Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris e entende que o que importa, acima de tudo, é o bem a fazer, passa ele a ser objecto da confiança dos Benfeitores desencarnados, que lhe aproveitam a capacidade no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila amparo para si mesmo.

10. Quanto mais se lhe acentuam o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse, mais se lhe subtilizam os pensamentos e mais se lhe aguçam as percepções mediúnicas, que se elevam a uma maior demonstração de serviço, de acordo com suas disposições individuais.

11. As imperfeições morais constituem, ao contrário, portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. E a imperfeição que estes exploram com mais habilidade é o orgulho, que tem feito perder-se muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que – não fora essa imperfeição moral – teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, enquanto que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e lhes impuseram amaríssimas decepções.

12. Concluindo, podemos afirmar que o primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Com frequência, é o personalismo, a ambição, a ignorância ou a rebeldia no desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.

Questões para fixação da leitura
1. Qual é, segundo Emmanuel, a primeira necessidade do médium?
Emmanuel afirma que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.

2. Quais são as qualidades que atraem para perto de nós os bons Espíritos?
Segundo o Espiritismo, as qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo e o desprendimento das coisas materiais.

3. E que defeitos os afastam de nós, encarnados?
Os defeitos que os afastam dos indivíduos são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.

4. Qual é o significado da expressão médium moralizado?
Médium moralizado é o médium que pauta sua vida como um autêntico “homem de bem”, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada.

5. Qual é o primeiro inimigo do médium?
O primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Com frequência, é o personalismo, a ambição, a ignorância ou a rebeldia no desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:47 pm

22 – Como avaliar e identificar os espíritos comunicantes
Sumário: Identidade dos espíritos. – Quando a identidade do espírito é mais fácil. – Critério utilizado para avaliar a qualidade dos espíritos. – Análise das comunicações espíritas. – Distinção das qualidades dos espíritos pelas impressões que nos causam.

A identidade mais difícil de conseguir é a dos espíritos de personalidades antigas
1. A questão da identidade dos espíritos é uma das mais controvertidas, porque os espíritos não nos podem apresentar documento de identidade e alguns deles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Por essa razão, esta é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático, embora constitua, em muitos casos, uma questão secundária e sem real importância.

2. Coisa bem diferente é aquilatar o valor dos espíritos que se comunicam connosco e, para isso, não há outro critério, senão o bom senso. Os espíritos superiores usam constantemente uma linguagem nobre, digna, repassada da mais alta moralidade, enquanto que a linguagem dos espíritos inferiores é inconsequente, amiúde trivial e até grosseira. O Espiritismo ensina que os espíritos comunicantes devem ser identificados por suas ideias e pela essência espiritual de suas palavras, tanto quanto pelos sentimentos que inspiram e pelos conselhos que dão.

3. Quando se manifesta o espírito de alguém que conhecemos pessoalmente, de um parente ou de um amigo, sucede geralmente que sua linguagem se revele de acordo com o carácter que ele tinha aos nossos olhos, quando encarnado, o que constitui indício importante de identificação.

4. A identidade dos espíritos de personalidades antigas é mais difícil de conseguir, e às vezes torna-se impossível, pelo que ficamos adstritos a uma apreciação puramente moral, contrariamente ao que se dá quando se trata de espíritos contemporâneos, cujos caracteres e hábitos são conhecidos.

Devemos submeter as comunicações a uma análise escrupulosa
5. As provas mais completas de identidade são muitas vezes fornecidas por espíritos desconhecidos do médium e dos assistentes, os quais indicam elementos de identificação que um exame posterior comprova serem exactos.

6. O codificador do Espiritismo dedicou o cap. XXIV, 2ª parte, itens 255 a 268, d' O Livro dos Médiuns, ao trato da identidade dos espíritos. Eis um resumo do que ele escreveu sobre o assunto:
a) depois da obsessão, a questão da identidade dos espíritos é uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático;
b) muitos espíritos superiores que se podem comunicar não possuem um nome para nós;
c) a identidade se torna mais fácil quando se trata de espíritos contemporâneos;
d) as provas da identidade surgem naturalmente;
e) a semelhança da caligrafia e da assinatura é uma prova relativa;
f) a melhor prova de identidade está na linguagem e nas circunstâncias, mas não na forma da linguagem e sim no seu conteúdo, pois jamais a ignorância imitará o verdadeiro saber e jamais o vício imitará a verdadeira virtude: sempre em algum lugar aparecerá o sinal da impostura;
g) a identidade dos espíritos pode ser considerada uma questão acessória, mas a distinção entre bons e maus espíritos não o é;
h) julgamos os espíritos pelo conteúdo de sua linguagem: tudo o que, na sua linguagem, revela falta de bondade ou benevolência não pode vir de um bom espírito;
i) inteligência não é sinal certo de superioridade, porque a inteligência e o moral nem sempre caminham juntas;
j) os sinais dos espíritos elevados são a superioridade de suas ideias e de sua linguagem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:51 pm

7. Kardec recomenda-nos que devemos submeter todas as comunicações a uma análise escrupulosa, examinando atentamente o pensamento e as expressões e rejeitando, sem hesitar, tudo o que peca contra a lógica e o bom senso, tudo o que desminta o carácter do espírito que se pretende passar por uma entidade elevada. Afirma o codificador: "Repetimos que este meio é o único, porém é infalível, porque não existe uma comunicação má que possa resistir a uma crítica rigorosa" (O Livro dos Médiuns, cap. XXIV, item 266).

8. No cap. XXIV, item 267, da mesma obra, Kardec arrola 26 princípios fundamentais para se reconhecer a qualidade dos espíritos comunicantes, princípios esses que médiuns e dirigentes de grupos mediúnicos deveriam ter sempre presentes em seus estudos.

É possível reconhecer os bons espíritos pela impressão que nos causam
9. É preciso entender que nem sempre é importante identificar os espíritos que se comunicam nas sessões.
Quando estamos em uma reunião de desobsessão ou de esclarecimento aos desencarnados, não há, quase sempre, necessidade de levantar-se a identidade do espírito sofredor, que, na maioria das vezes, encontra-se em estado de grande perturbação espiritual, sendo por isso reprovável em tais casos a prática de se pedir a eles o nome, tanto quanto outros pormenores para a sua identificação.

10. As entidades espirituais que habitualmente se comunicam connosco acabam por tornar-se conhecidas e queridas, a ponto de serem consideradas membros da equipe. Quando se manifestam, são reconhecidas pelo seu modo de falar, pelo estilo e pelo conteúdo da mensagem.

11. Se se comunicam por outros médiuns, podem sofrer a influência do clima mental do intermediário. A interferência do médium na comunicação é muito grande. A filtragem mediúnica pode processar-se, dependendo do médium, com maior ou menor autenticidade, tendo em vista a diversidade de aptidões e recursos que os médiuns apresentam.

12. De um modo geral podemos distinguir, através da sensibilidade mediúnica, o grau de evolução das entidades desencarnadas, que nos passam sensações agradáveis ou desagradáveis. Ensina Kardec: "Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à sua aproximação". Quando o espírito é feliz, seu estado é tranquilo, leve, calmo; quando é infeliz, é agitado, febril, e esta agitação passa naturalmente para o sistema nervoso do médium. Se a visita do espírito ao grupo se repete, isso nos dá condições de, com o tempo e a prática, identificá-lo pelas sensações que causa à sua aproximação.

Questões para fixação da leitura
1. Identificar os espíritos que se comunicam é uma questão importante na prática espírita?
Não. Embora constitua, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático, identificar os espíritos comunicantes é, em muitos casos, uma questão secundária e sem real importância.

2. Quando a identidade do espírito comunicante se torna mais fácil?
A identidade dos espíritos de personalidades antigas é mais difícil de conseguir, e às vezes torna-se impossível, contrariamente ao que se dá quando se trata de espíritos contemporâneos, cujos caracteres e hábitos são conhecidos, o que torna sua identificação mais fácil.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:52 pm

3. Que critério devemos utilizar para julgamos a qualidade dos espíritos comunicantes?
Para aquilatar o valor dos espíritos não há outro critério, senão o bom senso. Os espíritos superiores usam constantemente uma linguagem nobre, digna, repassada da mais alta moralidade, enquanto que a linguagem dos espíritos inferiores é inconsequente, amiúde trivial e até grosseira. Os espíritos comunicantes devem, pois, ser identificados por suas ideias e pela essência espiritual de suas palavras, tanto quanto pelos sentimentos que inspiram e pelos conselhos que dão.

4. Que conselho nos dá Kardec a respeito da análise das comunicações espíritas?
Kardec recomenda-nos que devemos submeter todas as comunicações a uma análise escrupulosa, examinando atentamente o pensamento e as expressões e rejeitando, sem hesitar, tudo o que peca contra a lógica e o bom senso, tudo o que desminta o carácter do espírito que se pretende passar por uma entidade elevada.

5. É possível distinguir os bons e os maus espíritos pelas impressões que nos causam?
Sim. De um modo geral podemos distinguir, através da sensibilidade mediúnica, o grau de evolução das entidades desencarnadas, que nos passam sensações agradáveis ou desagradáveis. Quando o espírito é feliz, seu estado é tranquilo, leve, calmo; quando é infeliz, é agitado, febril, e esta agitação passa naturalmente para o sistema nervoso do médium.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 8:52 pm

23 – Contradições nos ensinos espíritas
Sumário: As contradições observadas nos ensinos espíritas. – O porquê das contradições nas comunicações espíritas. – Em três grupos se classificam os adversários do Espiritismo. – Os principais sistemas formulados em oposição ao sistema espírita.

De duas fontes provêm as contradições acerca dos ensinos espíritas
1. As contradições acerca dos ensinos espíritas são, em regra, mais aparentes que reais, porque existem mais na superfície do que no fundo das coisas e, por isso, carecem de importância. De duas fontes elas provêm: dos homens e dos Espíritos.

2. Quando começaram a produzir-se os estranhos fenómenos do Espiritismo, cada pessoa os interpretou a seu modo, de conformidade com suas ideias pessoais, suas crenças ou suas prevenções, nascendo daí sistemas diversos que se puseram em posição contrária ao que constituiria mais tarde a Doutrina Espírita. Os sistemas surgiram, portanto, em consequência das contradições de origem humana.

3. Os adversários do Espiritismo podem ser classificados em três grupos distintos:
1º. Os que negam sistematicamente tudo o que é novo, ou deles não venha, e que falam sem conhecimento de causa. Para eles, o Espiritismo é uma quimera, uma utopia, uma loucura. São os incrédulos de caso pensado.
2º. Os que, sabendo muito o que pensar da realidade dos factos, combatem-nos por motivos de interesse pessoal.
Para eles, o Espiritismo é real, mas o combatem por lhe recearem as consequências.
3º. Os que acham na moral espírita uma censura severa demais aos seus actos ou às suas tendências, e assim o combatem por egoísmo.
O sistema do músculo estalante procurou explicar os sons tiptológicos

4. Os sistemas formulados pelos detractores do Espiritismo foram muitos, mas dentre eles destacaram-se os seguintes:
a) Charlatanismo – Os factos espíritas seriam o produto de indivíduos embusteiros e enganadores e os espiritistas não passariam de pessoas ingénuas, embora se contem no seu número pessoas honradas e dotadas de saber.
b) Loucura – Alguns, por condescendência, concordam em pôr de lado a suspeita de embuste, mas pretendem que os que não iludem são iludidos e que os que crêem nas manifestações não passam de loucos.
c) Alucinação – O adepto das manifestações age de boa-fé, mas julga ver o que efectivamente não vê, porque os factos espíritas seriam miragens.
d) Músculo estalante – A causa dos sons tiptológicos, comuns nos raps e nas pancadas, residiria nas contracções voluntárias ou involuntárias do tendão do músculo curto-perónio. Se tal explicação foi suficiente para fulminar a admissão das mesas falantes, a teoria do músculo que estala não consegue explicar as mesas que giram, que levitam e que dão pancadas valendo-se dos próprios pés.
e) Sistema do reflexo – Admite-se que haja uma acção inteligente nos fenómenos espíritas, mas ela procede do médium ou dos assistentes, e não de supostos Espíritos comunicantes. César Lombroso escreveu a respeito desse sistema: “Outras explicações se tentam para evitar a da influência dos mortos: por exemplo, a de que o médium extrai do cérebro dos presentes as respostas aos quesitos, que depois projecta no exterior”. “Não se compreende, porém, como o médium poderia realizar tal prodígio.”
f) Demoníaco ou diabólico – As manifestações não seriam produzidas por Espíritos de homens que viveram na Terra, mas pelo diabo ou pelos demónios, porque só estes podem comunicar-se. Este sistema colide com a natureza e o conteúdo das manifestações porque muitos Espíritos ensinam a fraternidade, o perdão das injúrias, a mansuetude e nos dizem que o caminho único da felicidade é o do bem. Se esses são os processos empregados por Satã para nos perverter, é curioso observar que eles se assemelham estranhamente aos que Jesus empregava para reformar os homens, do que se deduz que o anjo das trevas conduz muito mal seus negócios.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:40 am

Os Espíritos realmente superiores jamais se contradizem
5. O Espiritismo tem, é verdade, muitos inimigos interessados em sua perda. De um lado, colocam-se os materialistas; de outro, os sacerdotes de todas as religiões, de sorte que seus partidários recebem golpes de todos os lados, não apenas agora, mas desde os primeiros anos da codificação da Doutrina Espírita.

6. Para se compreenderem a causa e o valor das contradições de origem espírita, é preciso estar identificado com a natureza do mundo invisível e tê-lo estudado por todas as suas faces. À primeira vista, parecerá estranho que os Espíritos não pensem todos da mesma maneira. Ocorre que supor que façam igual apreciação das coisas equivale a imaginá-los todos no mesmo nível. Pensar que todos devam ver com justeza é admitir que tenham chegado todos eles à perfeição, o que não é exacto e não o pode ser, desde que se considere que os Espíritos nada mais são do que a Humanidade despida do envoltório corporal.

7. Podendo manifestar-se Espíritos de todas as categorias, suas comunicações trazem, por isso, o cunho do seu saber ou da sua ignorância, da superioridade ou da inferioridade moral que alcançaram. Eis aí a razão das contradições havidas em certos momentos na formulação dos princípios espíritas, como se deu na Inglaterra e na América do Norte, onde à época de Kardec havia divergência entre os comunicantes com respeito ao ensino da reencarnação.

8. Os Espíritos realmente superiores jamais se contradizem e a linguagem de que usam é sempre a mesma quando lidam com as mesmas pessoas. Pode, no entanto, diferir de conformidade com as pessoas e os lugares, mas mesmo aí as possíveis contradições encontram-se mais nas palavras do que nas ideias. O mesmo Espírito pode responder de formas diferentes a uma determinada pergunta, segundo o grau de adiantamento dos que o evocam, visto que nem sempre convém que recebam todos a mesma resposta, por não estarem igualmente adiantados. É exactamente como se uma criança e um sábio nos fizessem a mesma pergunta.
Com certeza responderíamos a um e outra de forma diferente, embora no fundo as respostas fossem idênticas.

Questões para fixação da leitura
1. De duas fontes provêm as contradições acerca dos ensinos espíritas. Quais são elas?
As contradições acerca dos ensinos espíritas são, em regra, mais aparentes que reais, porque existem mais na superfície do que no fundo das coisas. De duas fontes elas provêm: dos homens e dos Espíritos.

2. Quais foram os principais sistemas formulados pelos detratores do Espiritismo que se opuseram, nos primórdios da codificação, à Doutrina Espírita?
Os principais sistemas contrários à tese espírita foram os que atribuíram os fatos ao charlatanismo, à loucura, à alucinação, ao músculo estalante, ao reflexo do pensamento ou à acção do demónio.

3. Em que consiste o sistema do músculo estalante e que fenómenos ele tentou explicar?
Segundo esse sistema, a causa dos sons tiptológicos, comuns nos raps e nas pancadas, residiria nas contracções voluntárias ou involuntárias do tendão do músculo curto-perónio. Essa explicação objectivava fulminar a admissão das mesas falantes, mas não conseguiu explicar o movimento das mesas girantes e a levitação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:40 am

4. Por que ocorrem contradições acerca dos ensinos espíritas atribuídas aos Espíritos?
Em primeiro lugar é preciso considerar que os Espíritos nada mais são do que a Humanidade despida do envoltório corporal. Podendo manifestar-se Espíritos de todas as categorias, suas comunicações trazem, por isso, o cunho do seu saber ou da sua ignorância, da superioridade ou da inferioridade moral que alcançaram. Eis aí a razão das contradições havidas em certos momentos na formulação dos princípios espíritas, como se deu na Inglaterra e na América do Norte, onde à época de Kardec havia divergência entre os comunicantes com respeito ao ensino da reencarnação.

5. Os Espíritos realmente superiores também se contradizem?
Não. Eles jamais se contradizem e a linguagem de que usam é sempre a mesma quando lidam com as mesmas pessoas. Pode, no entanto, diferir de conformidade com as pessoas e os lugares, mas mesmo aí as possíveis contradições encontram-se mais nas palavras do que nas ideias. O mesmo Espírito pode responder de formas diferentes a uma determinada pergunta, segundo o grau de adiantamento dos que o evocam, visto que nem sempre convém que recebam todos a mesma resposta, por não estarem igualmente adiantados. É exactamente como se uma criança e um sábio nos fizessem a mesma pergunta. Com certeza responderíamos a um e outra de forma diferente, embora no fundo as respostas fossem idênticas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:40 am

24 – Mistificação e animismo
Sumário: A mistificação na prática espírita. – Como prevenir a ocorrência de mistificação na prática mediúnica. – Definição de animismo. – O que caracteriza uma manifestação anímica. – Como proceder ante as manifestações anímicas.

A mistificação pode ser provocada por encarnados e desencarnados
1. O verbo mistificar significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir, burlar, lograr, embair, embaçar”. Quem quer que se dedique à prática da mediunidade deve estar atento a essa ocorrência. A mistificação pode ser provocada pelo encarnado e também pelos desencarnados. Em ambos os casos, é preciso cautela para não se deixar ludibriar.

2. As mistificações constituem, segundo Kardec, os escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático. É simples, porém, o meio de evitá-las: basta não pedir ao Espiritismo senão o que ele possa dar. Ora, sabendo que a finalidade maior do Espiritismo é o melhoramento moral da Humanidade, dificilmente seremos enganados se não nos afastarmos desse objectivo, visto que não existem duas maneiras diferentes de se compreender a verdadeira moral.

3. Dessa forma, cientes de que os Espíritos superiores procuram sempre nos instruir e nos guiar no caminho do bem, saberemos rejeitar qualquer instrução que objective apenas proporcionar-nos vantagens materiais ou favorecer nossas paixões mesquinhas, visto que instrução desse quilate não pode provir dos Benfeitores Espirituais comprometidos com a causa do bem e do progresso.

4. Os Espíritos levianos, no entanto, gostam de imiscuir-se em nossa vida e causar pequenos desgostos e induzir nos maldosamente em erro, por meio de intrigas, mistificações e espertezas. A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A arte com que dispõem as suas baterias e combinam os meios de persuadir seria algo bastante curioso se nunca passassem dos simples gracejos; contudo, as mistificações podem ter consequências bem desagradáveis e prejudicar muita gente.

5. Entre os meios que tais Espíritos empregam podem ser colocados na primeira linha, como sendo os mais frequentes, os que têm por fim testar a cobiça, como a revelação de supostos tesouros, o anúncio de heranças inesperadas ou outras fontes de riqueza. Devem ser consideradas igualmente suspeitas as predições com época determinada e todas as indicações precisas relativas a interesses materiais.

6. É preciso que não se dêem os passos prescritos ou aconselhados pelos Espíritos quando o fim não seja eminentemente racional. Importante também não se deixar deslumbrar pelos nomes que certos Espíritos tomam para dar aparência de veracidade às suas palavras. Cumpre, por fim, desconfiar de teorias e sistemas ousados e de tudo o que se afastar do objectivo moral das manifestações. Estes são, em tese, os meios de se evitar a mistificação na prática espírita.
No animismo quem opera o fenómeno é o próprio médium

7. Diferentemente da mistificação, que não passa de um logro, de uma burla, de uma farsa, o animismo é o estado ou fenómeno em que a própria alma do médium opera, em vez de um Espírito a ele estranho. Não se trata, portanto, de um fenómeno mediúnico, mas de um fenómeno anímico – vocábulo que tem sua origem em “anima”, que significa alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:41 am

8. A cristalização da nossa mente em determinadas situações pode motivar, no futuro, a manifestação de fenómenos anímicos, do mesmo modo que tal cristalização ou fixação, se realizada no passado, pode exteriorizar-se no presente.

9. Muitas vezes, aquilo que se assemelha a um transe mediúnico, com todas as aparências de que existe a interferência de um desencarnado, nada mais é do que o médium revivendo cenas e acontecimentos recolhidos do seu próprio mundo subconsciencial, fenómeno esse motivado pelo contacto magnético, pela aproximação de entidades que lhe partilham as experiências pretéritas.

10. Não se deve, pois, confundir mistificação com animismo. Na primeira, temos a mentira; no segundo, o desajuste psíquico. Poderíamos enquadrar tal fenómeno no quadro da mistificação inconsciente? Respondendo a essa indagação, ensina o Instrutor Aulus: “Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adoptar como justas as palavras mistificação inconsciente ou subconsciente para baptizar o fenómeno”. (Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, cap. 22, p. 212.)

11. A pessoa passível de animismo, esclarece Aulus, é um “doente mental, requisitando-nos o maior carinho para que se recupere”. “Para sanar-lhe a inquietação, todavia, não nos bastam diagnósticos complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o calor da assistência amiga.” (Obra citada, p. 213.)

12. No fenómeno anímico o médium se expressa como se ali estivesse, realmente, um Espírito a se comunicar. O médium deve, pois, nessas condições, ser tratado com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam. O médium inclinado ao animismo é um vaso defeituoso, que pode ser consertado e restituído ao serviço se houver compreensão do dirigente. Se incompreendido, pode ser vitimado pela obsessão, o que mostra a importância da atenção que devemos dedicar ao assunto.

Questões para fixação da leitura
1. Em que consistem as mistificações?
Vocábulo derivado do verbo mistificar, que significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir, burlar, lograr, embair, embaçar”, as mistificações podem ser provocadas pelos encarnados e também pelos desencarnados e constituem, segundo Kardec, os escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático.

2. É possível evitar as mistificações na prática espírita?
Sim, e é simples o meio de evitá-las: basta não pedir ao Espiritismo senão o que ele possa dar. Ora, sabendo que a finalidade maior do Espiritismo é o melhoramento moral da Humanidade, dificilmente seremos enganados se não nos afastarmos desse objectivo, visto que não existem duas maneiras diferentes de se compreender a verdadeira moral.

3. Que é animismo?
O animismo é o estado ou fenómeno em que a própria alma do médium opera, em vez de um Espírito a ele estranho. Não se trata, portanto, de um fenómeno mediúnico, mas de um fenómeno anímico – vocábulo que tem sua origem em “anima”, que significa alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:41 am

4. Podemos enquadrar o animismo no quadro da mistificação inconsciente?
Não. Respondendo a esta indagação, disse o Instrutor Aulus: “Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adoptar como justas as palavras mistificação inconsciente ou subconsciente para baptizar o fenómeno”.

5. Que deve fazer o dirigente espírita no caso em que ocorram no seu grupo manifestações anímicas?
No fenómeno anímico o médium se expressa como se ali estivesse, realmente, um Espírito a se comunicar. Deve, portanto, nessas condições, ser tratado com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam. O médium inclinado ao animismo é um vaso defeituoso, que pode ser consertado e restituído ao serviço se houver compreensão do dirigente. Se incompreendido, pode ser vitimado pela obsessão, o que mostra a importância da atenção que é preciso dedicar ao assunto.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:41 am

25 – O exercício irregular da mediunidade
Sumário: Como desenvolver a mediunidade. – Reservas e cuidados necessários ao exercício da mediunidade. – Casos em que é prudente abster-se da prática mediúnica. – Inexistência de relação entre mediunidade, loucura e outras patologias.

É preciso ter prudência no trato com o mundo invisível
1. Ensina Leon Denis que o homem tem de se submeter a uma complexa preparação e observar certas regras de conduta para desenvolver em si o precioso dom da mediunidade. É preciso para isso, simultaneamente, a cultura da inteligência, a meditação, o recolhimento e o desprendimento das coisas humanas.

2. Os Espíritos inferiores, incapazes de aspirações elevadas, comprazem-se em nosso meio, imiscuem-se em nossa vida, participam dos prazeres e trabalhos daqueles a quem se sentem unidos por analogia de carácter ou de hábitos. E chegam mesmo, algumas vezes, a dominar e subjugar as pessoas fracas que não sabem resistir às suas influências, podendo em certos casos impelir suas vítimas ao crime e à loucura.

3. Corre perigo quem se entrega sem reservas e cuidados às experimentações espíritas. O homem de coração recto, de razão esclarecida e madura, pode daí recolher consolações inefáveis e preciosos ensinamentos; mas aquele que fosse inspirado tão-somente pelo interesse material, ou que visse nesses fatos apenas uma ocasião de divertimento, tornar-se-ia objecto de uma infinidade de mistificações e joguete de Espíritos pérfidos que, lisonjeando suas inclinações, captariam sua confiança para, mais tarde, acabrunhá-lo com decepções e zombarias.

4. Convém, pois, ter grande prudência no trato com o mundo invisível. O bem e o mal, a verdade e o erro nele se misturam, e para distingui-los é preciso passar todas as revelações, todos os ensinos, pelo crivo de um julgamento severo.

A mediunidade nada tem a ver com doença ou com loucura
5. Outro ponto importante para aquele que se dedica à mediunidade é evitar que ocorram abusos na sua prática. O exercício muito prolongado de qualquer faculdade acarreta fadiga, e o mesmo se dá com a mediunidade, principalmente a que se aplica aos efeitos físicos, a qual ocasiona necessariamente um dispêndio de fluido, que produz a fadiga e precisa, assim, ser reparado pelo repouso.

6. Pode o exercício da mediunidade ter inconvenientes por si mesmo, ainda que não ocorra abuso na sua prática?
Respondendo a essa questão, esclarecem os Espíritos superiores: “Casos há em que é prudente e mesmo necessário abster-se ou, pelo menos, fazer um uso moderado. Isto depende do estado físico e moral do médium. Aliás, em geral o médium o sente e, ao sentir fadiga, deve abster-se”. (O Livro dos Médiuns, item 221, questão 3.)

7. A informação precedente não significa dizer que a faculdade mediúnica constitua indício de um estado patológico qualquer. Mediunidade nada tem a ver com doença. Existem médiuns de saúde robusta; os que estão doentes devem isso a outras causas, não à mediunidade.

8. A mesma observação deve ser feita com relação à ideia de que a prática mediúnica pode levar o indivíduo à loucura. “A mediunidade não produzirá loucura quando esta não existir em princípio. Mas se o princípio existir – o que será fácil de reconhecer pelo estado moral – diz o bom senso que é necessário tomar cuidado em todos os sentidos, porque qualquer causa de abalo pode ser prejudicial.” (O Livro dos Médiuns, item 221, questão 5.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:42 am

A loucura tem sua origem nos actos perpetrados no passado
9. Assevera Kardec: “Todas as grandes preocupações do Espírito podem ocasionar a loucura: as ciências, as artes e até a religião lhe fornecem contingentes. A loucura tem como causa primária uma predisposição orgânica no cérebro, que o torna mais ou menos acessível a certas impressões. Dada a predisposição para a loucura, esta tomará o carácter de preocupação principal, que então se muda em ideia fixa, podendo tanto ser a dos Espíritos, em quem com eles se ocupou, como a de Deus, dos anjos, do diabo, da fortuna, do poder, de uma arte, de uma ciência, da maternidade, de um sistema político ou social. Provavelmente, o louco religioso se houvera tornado um louco espírita, se o Espiritismo fora a sua preocupação dominante”. “Digo, pois, que o Espiritismo não tem privilégio algum a esse respeito.
Vou mais longe: digo que, bem compreendido, ele é um preservativo contra a loucura.” (O Livro dos Espíritos, Introdução, item XV.)

10. Quando se afirma que a loucura tem como causa primária uma predisposição orgânica no cérebro, queremos deixar claro que o cérebro do encarnado tem essa deficiência devido a causas cármicas, ou seja, a loucura em si tem sua origem nos actos perpetrados pelo Espírito em existências passadas.

11. Dá-se o nome “causas cármicas” àquelas que precedem a existência actual e que vêm impressas no perispírito ou psicossoma do enfermo vinculado pelos débitos transactos àqueles a quem usurpou, abusou, prejudicou, como Manoel Philomeno de Miranda esclarece em seu livro “Grilhões Partidos”, psicografado por Divaldo P. Franco.

12. Não há, pois, razão para pensar que a mediunidade provoque loucura. Ao contrário, como observou Kardec, a mediunidade esclarecida pelas luzes do Espiritismo constitui um preservativo da loucura, porque o espírita vê as coisas desde mundo de um ponto de vista mais elevado e suas convicções lhe dão, diante das vicissitudes e do sofrimento, uma resignação que o preserva do desespero que poderia levar outros ao desequilíbrio e mesmo ao suicídio.

Questões para fixação da leitura
1. Que é preciso a uma pessoa para desenvolver em si o precioso dom da mediunidade?
Segundo Leon Denis, ela tem de se submeter a uma complexa preparação e observar certas regras de conduta para desenvolver em si o precioso dom da mediunidade. É preciso para isso, simultaneamente, a cultura da inteligência, a meditação, o recolhimento e o desprendimento das coisas humanas.

2. Quem se entrega sem reservas e cuidados às experimentações espíritas corre perigo?
Sim. O homem de coração recto, de razão esclarecida e madura, pode daí recolher consolações inefáveis e preciosos ensinamentos; mas aquele que fosse inspirado tão-somente pelo interesse material, ou que visse nesses fatos apenas uma ocasião de divertimento, tornar-se-ia objecto de uma infinidade de mistificações e joguete de Espíritos pérfidos que, lisonjeando suas inclinações, captariam sua confiança para, mais tarde, acabrunhá-lo com decepções e zombarias.

3. O exercício da mediunidade tem inconvenientes por si mesmo, ainda que não ocorra abuso na sua prática?
Respondendo a essa questão, os Espíritos superiores disseram: “Casos há em que é prudente e mesmo necessário abster-se ou, pelo menos, fazer um uso moderado. Isto depende do estado físico e moral do médium. Aliás, em geral o médium o sente e, ao sentir fadiga, deve abster-se”. (O Livro dos Médiuns, item 221, questão 3.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:42 am

4. A faculdade mediúnica constitui indício de um estado patológico qualquer?
Não. Mediunidade nada tem a ver com doença. Existem médiuns de saúde robusta; os que estão doentes devem isso a outras causas, não à mediunidade.

5. Pode a prática mediúnica levar o indivíduo à loucura?
Não. Inexistem razões para pensar que a mediunidade provoque loucura. Ao contrário, como observou Kardec, a mediunidade esclarecida pelas luzes do Espiritismo constitui um preservativo da loucura, porque o espírita vê as coisas desde mundo de um ponto de vista mais elevado e suas convicções lhe dão, diante das vicissitudes e do sofrimento, uma resignação que o preserva do desespero que poderia levar outros ao desequilíbrio e mesmo ao suicídio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:42 am

26 – Perda e suspensão da mediunidade
Sumário: Suspensão da faculdade mediúnica. – Motivos que levam ao afastamento dos bons Espíritos. – Interrupção dos fenómenos mediúnicos para protecção do médium. – A mediunidade com Jesus e os atributos medianímicos.

Sem o concurso simpático dos Espíritos, nada pode o médium
1. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria das vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium seja portador. Isso acontece porque a produção mediúnica ocorre graças ao concurso simpático dos Espíritos. Sem eles, nada pode o médium, ou seja, a faculdade continua a existir, mas os Espíritos evitam utilizar-se daquele instrumento mediúnico, seja porque não podem, seja porque não querem.

2. Entendendo a mediunidade como um meio que Deus oferece aos homens para sua reforma moral e consequente progresso espiritual, os bons Espíritos afastam-se dos médiuns por vários motivos:
a. Quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro objectivo.
b. Quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os protectores espirituais lhe propiciam.
c. Quando a interrupção dos fenómenos se dá como uma prova de benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium.

3. Por coisas frívolas, mencionadas no tópico anterior, entendemos, por exemplo, a prática de ler a sorte e o trabalho costumeiramente realizado pelos chamados ledores do futuro, facto que, infelizmente, ocorre em larga escala e que, mais cedo ou mais tarde, levará as pessoas que o praticam a arrepender-se amargamente, especialmente no momento em que todos nós temos de prestar contas ao Senhor da aplicação dada aos talentos recebidos.

A mediunidade com Jesus edifica moralmente o homem
4. Os chamados “profissionais da mediunidade” não se agastam em receber pagamentos, quer sob a forma de dinheiro, presentes, favores e privilégios, quer sob a forma de dependência afectiva ou emocional.

5. A tais médiuns é sempre útil recordar estas palavras de Manoel Philomeno de Miranda (Espírito): “... o médium, habituando-se aos negócios e interesses de baixo teor vibratório, embrutece-se, desarmoniza-se. (...) A mediunidade com Jesus liberta, edifica e promove moralmente o homem, enquanto que, com o mundo, aturde, escraviza e obsidia a criatura”.

6. Os protectores espirituais aconselham-nos sempre para o bem, sugerindo bons pensamentos ou amparando nas aflições seu tutelado; contudo, em situação nenhuma desrespeitam o livre-arbítrio de quem quer que seja.
Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho

7. Eles se afastam quando vêem que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas jamais o abandonam completamente e sempre se fazem ouvir. É o homem, então, quem tapa os ouvidos, porque o protector espiritual voltará todas as vezes em que for chamado.

8. Na interrupção dos fenómenos por ato de benevolência do protector espiritual, três podem ser os objectivos. Primeiro, quando o amigo espiritual deseja provar que a comunicação mediúnica não depende do médium apenas e que, por isso, não deve ele vangloriar-se ou envaidecer-se.
Segundo, quando o médium se encontra debilitado fisicamente e necessita de repouso. Por último, quando a suspensão tem por objectivo pôr à prova a paciência e a perseverança do médium ou dar-lhe tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 10:43 am

9. Em situações dessa natureza, deve o médium buscar na resignação e na prece os recursos para retomar a prática normal de suas faculdades.

10. Como ensina Emmanuel, os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o património espiritual é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas, mas, se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade e da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irreflectidos.

Questões para fixação da leitura
1. Pode um médium ter suspensa sua faculdade mediúnica?
Sim. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria das vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium seja portador.

2. Que motivos levariam os bons Espíritos a afastar-se de um médium?
Os motivos principais são três: a.) quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro objectivo;
b.) quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os protectores espirituais lhe propiciam;
c.) quando a interrupção dos fenómenos se dá como uma prova de benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium.

3. O Espiritismo aprova a prática dos que lêem a sorte, um facto bastante comum em nosso país?
Não.

4. Nos casos em que os fenómenos mediúnicos são interrompidos por benevolência do protector espiritual, que objectivos o Benfeitor tem em vista?
Três podem ser os objectivos:
1) provar que a comunicação mediúnica não depende do médium apenas e que, por isso, não deve ele vangloriar-se ou envaidecer-se;
2) possibilitar repouso nos casos em que o médium se encontra debilitado;
3) pôr à prova a paciência e a perseverança do médium ou dar-lhe tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.

5. Podemos aplicar aos atributos medianímicos a parábola dos talentos de que nos fala o Evangelho?
Sim. Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o património espiritual é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas. Se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade e da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irreflectidos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 8:33 pm

27 – Cuidados a observar para uma boa prática mediúnica
Sumário: Factores directamente ligados ao médium indispensáveis à actividade mediúnica elevada. – Atitude do médium com relação às comunicações recebidas. – Componentes dos grupos mediúnicos. – Local e horário das reuniões.

A prática da mediunidade requer do médium comportamento digno
1. Em qualquer trabalho ao qual se pretenda imprimir seriedade é preciso estabelecer um método, com regras definidas, para se alcançar o objectivo visado. No caso da mediunidade, e em particular do desenvolvimento mediúnico, esta realidade mostra-se ainda mais marcante.

2. A actividade mediúnica, por constituir um elo entre o plano material e o plano espiritual, envolve uma série de factores directamente ligados ao médium, ao seu comportamento e às suas condições físicas, mentais e espirituais, a reclamarem sensibilidade, acuidade, conhecimento e experiência do medianeiro, indispensáveis ao bom êxito do empreendimento.

3. Além disso, como a actividade mediúnica à luz da Doutrina Espírita está sempre ligada a uma atitude moral elevada, exige-se do aspirante à prática da mediunidade um comportamento moral compatível com a natureza do trabalho a que se propõe.

4. Afirma Kardec que o desejo natural de todo aspirante a médium é poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras, ignorando que a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente.

No intercâmbio mediúnico, a sintonia de sentimentos e pensamentos é essencial
5. Do que foi dito, conclui-se que só terão êxito na actividade mediúnica as pessoas que se submeterem a uma severa e perseverante disciplina, o que deverá ser buscado desde os primeiros contactos com a mediunidade e nos métodos aplicados nas reuniões de estudo e educação mediúnica. Outro ponto importante a destacar é este: Todo médium que deseje não ser joguete da mentira deve procurar as reuniões sérias e aceitar agradecido, e mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações que receba.

6. Em seu livro “No Invisível” Leon Denis menciona algumas regras básicas que devem nortear as reuniões mediúnicas. Em primeiro lugar, ensina Denis, os grupos pouco numerosos e de composição homogénea são os que reúnem as maiores probabilidades de êxito, porque no intercâmbio mediúnico é essencial que exista sintonia de sentimentos e pensamentos entre os encarnados e os desencarnados que participam das reuniões. Obviamente, a sintonia é mais fácil de alcançar, sobretudo em nível elevado, com um número menor de participantes, que ele sugere entre 12 e 14 pessoas.

7. A renovação frequente da assistência compromete ou pelo menos faz que demorem os resultados, porque não é difícil entender que em uma reunião em que os frequentadores se alteram com muita frequência não são criadas as condições básicas para que a sintonia se faça e haja homogeneidade e clima de confiança entre os participantes, inexistindo, por conseguinte, ambiente propício à segura manifestação mediúnica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 8:33 pm

8. Outro ponto destacado por Leon Denis diz respeito ao local e horário das reuniões. Convém que o grupo se reúna em dias e horários fixos e no mesmo lugar. Essa é, para o notável escritor francês, uma regra básica de organização e de método, decorrente do facto de que o trabalho mediúnico é uma actividade permanente e não temporária, que exige definição prévia do local e do horário para que haja, por parte do plano espiritual, a preparação necessária ao êxito do trabalho.

O candidato a médium deve desenvolver um trabalho de interesse colectivo
9. A perseverança é outro atributo fundamental a uma equipe mediúnica destacado por Leon Denis. Evidentemente, aborrece muitas vezes passar longo tempo na expectativa infrutífera dos fenómenos. Entendamos, porém, que uma acção insensível, lenta e progressiva realiza-se no curso das sessões, porque a concentração das forças necessárias não se efectua senão depois de repetidos esforços em tentativas e ensaios. No ministério do intercâmbio com os sofredores desencarnados, a nossa concentração não deve objectivar uma realização estática, inoperante, sem o resultado activo do socorro aos que respiram connosco a psicosfera ambiente. O médium trabalha intensamente no curso das reuniões e não apenas quando transmite uma comunicação.

10. A direcção do grupo mediúnico deve ser confiada a uma pessoa digna e que inspire simpatia e confiança. A tarefa de dirigir um grupo exige qualidades raras, extensos conhecimentos e, sobretudo, longa prática no intercâmbio com o mundo invisível. O dirigente da reunião mediúnica deve rejeitar sempre a condição simultânea de dirigente e médium psicofónico, por não poder atender, desse modo, de forma condigna, a um e a outro encargo. Deve observar com rigor o horário das reuniões, evitando realizar sessões mediúnicas inopinadamente, por simples curiosidade ou para atender a uma solicitação sem objectivo justo.

11. O candidato ao desenvolvimento mediúnico deve frequentar inicialmente, por certo tempo, as reuniões de estudo doutrinário e as de assistência espiritual, também conhecidas pelo nome de reuniões públicas doutrinárias.
Quando portador de processo obsessivo, deverá frequentar, preliminarmente, as mencionadas reuniões, além de submeter-se ao tratamento desobsessivo realizado pelo Centro Espírita.

12. Concluindo, devemos todos ter em mente que os que procuram trabalhar no campo da mediunidade precisam ter o propósito de desenvolver um trabalho de interesse colectivo, não exclusivamente pessoal. Para tanto, devem procurar a sintonia com os Espíritos superiores, em busca da inspiração e do fortalecimento de seus bons propósitos, cultivando as virtudes que atraem os bons Espíritos e evitando fazer tudo o que possa afastá-los.

Questões para fixação da leitura
1. Que factores directamente ligados ao médium são indispensáveis à actividade mediúnica elevada?
Sensibilidade, acuidade, conhecimento e experiência.
Além disso, como a actividade mediúnica à luz da Doutrina Espírita está sempre ligada a uma atitude moral elevada, exige-se do aspirante à prática da mediunidade um comportamento moral compatível com a natureza do trabalho a que se propõe.

2. Que posição deve ter o médium com relação às comunicações que receba?
Se não quiser tornar-se joguete da mentira, o médium deve aceitar agradecido, e mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações que receba.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 8:34 pm

3. Por que Leon Denis sugere que sejam integrados por poucas pessoas os grupos dedicados à prática mediúnica?
A razão é que os grupos pouco numerosos e de composição homogénea são os que reúnem as maiores probabilidades de êxito, visto que no intercâmbio mediúnico é essencial que exista sintonia de sentimentos e pensamentos entre os encarnados e os desencarnados que participam das reuniões. Obviamente, a sintonia é mais fácil de alcançar, sobretudo em nível elevado, com um número menor de participantes.

4. As actividades mediúnicas regulares devem ter local e horário fixos?
Sim. Convém que o grupo se reúna em dias e horários fixos e no mesmo lugar, porque o trabalho mediúnico é uma actividade permanente e não temporária, que exige definição prévia do local e do horário para que haja, por parte do plano espiritual, a preparação necessária ao êxito do trabalho.

5. Além dos cuidados inerentes à educação da mediunidade, que propósito devem ter os candidatos à tarefa mediúnica?
Eles devem ter o propósito de desenvolver um trabalho de interesse colectivo, não exclusivamente pessoal. Para tanto, devem procurar a sintonia com os Espíritos superiores, em busca da inspiração e do fortalecimento de seus bons propósitos, cultivando as virtudes que atraem os bons Espíritos e evitando fazer tudo o que possa afastá-los.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 8:34 pm

28 – Época e oportunidade do desenvolvimento mediúnico
Sumário: Idade propícia ao surgimento da faculdade mediúnica. – Como saber se somos médiuns. – Os maiores entraves à prática mediúnica. – Recomendações do Conselho Federativo Nacional relativas ao desenvolvimento mediúnico.

Desenvolver a mediunidade constitui obra do esforço aliado à perseverança
1. A organização mediúnica, como todas as edificações elevadas, não é nem pode ser fruto da improvisação. O médium não é uma inteligência ou uma consciência anulada no processo de comunicação entre as duas esferas. Edificar a mediunidade constitui, portanto, uma obra digna do esforço aliado à perseverança, no espaço e no tempo.

2. A faculdade mediúnica é um instrumento de alto valor na conquista de novos conhecimentos, na prestação de serviço ao próximo, no desenvolvimento de virtudes, na realização de experiências enriquecedoras e no resgate de débitos pessoais. Trata-se, pois, para o indivíduo realmente consciente desses valores, de uma rara oportunidade, conseguida muitas vezes a duras penas, que propicia uma mais rápida ascensão espiritual.

3. O surgimento da faculdade mediúnica independe de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, na adolescência, na idade madura ou na velhice. Pode revelar-se em casa, no templo, no Centro Espírita e mesmo em indivíduos materialistas.

4. Quando de seu aparecimento, é natural que seu desenvolvimento seja cercado de todo o cuidado, propiciando ao candidato ao mediunato um clima sereno alimentado pelo cultivo da oração e do estudo adequado para o conhecimento da Doutrina Espírita, das características próprias da mediunidade e do embasamento evangélico-moral que deve sustentar sua prática e a oportunidade de trabalho nobre que lhe ensejará a experiência edificante.

Nem sempre a eclosão da mediunidade ocorre de modo ostensivo
5. Regra geral, nem sempre se dá a eclosão ostensiva da faculdade mediúnica e, por isso, nasce no principiante espírita o desejo natural de saber se possui ou não faculdade mediúnica que mereça estudo e educação. Entendamos, porém, que somente a prática, o exercício metódico e perseverante dirão se o candidato ao mediunato estará apto a exercer tarefas no campo da mediunidade.

6. A prática mediúnica envolve uma série de entraves, quando não de perigos, decorrentes da maior sensibilidade do médium e provocados pelos que tomam a postura de adversários da actividade mediúnica, ou pelo próprio médium, devido a suas falhas, que o deixam, muitas vezes, à mercê de Espíritos enganadores.

7. Ao enfatizar a importância do recolhimento no intercâmbio com os Espíritos sérios, Kardec asseverou que as evocações feitas estouvadamente e por gracejo constituem verdadeira profanação, que facilita o acesso aos Espíritos zombeteiros e malfazejos. Eis aí, portanto, um equívoco que não devemos cometer.

8. A reunião de estudo e educação da mediunidade deve, ao contrário, proporcionar a seus participantes as condições para que o exercício mediúnico se realize em perfeita harmonia com os princípios da Doutrina Espírita.

Ninguém deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar
9. Lemos no opúsculo Orientação ao Centro Espírita, publicado pelo Conselho Federativo Nacional, que o candidato ao desenvolvimento mediúnico deve frequentar inicialmente, por certo tempo, as reuniões de estudo doutrinário e as de assistência espiritual. Se portador de processo obsessivo, deve também, além da frequência às reuniões mencionadas, inscrever-se para o atendimento programado pelo Centro Espírita para os casos de obsessão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 12, 2023 8:34 pm

10. Recomenda também a referida obra que o candidato ao serviço mediúnico seja orientado para que controle as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo quanto possível a respiração ofegante, os gemidos, os gritos e as contorções, tanto quanto os batimentos de mãos e pés e quaisquer gestos violentos. Ele não deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar satisfatoriamente, esquivando-se à ideia de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, mas, antes, reconhecendo-se portador de tarefas comuns.

11. André Luiz, em seu livro Nos Domínios da Mediunidade, esclarece que os centros cerebrais do médium representam bases de operação do pensamento e da vontade que influem em todos os fenómenos mediúnicos, desde a intuição pura à materialização objectiva.

12. Na mesma obra ele nos lembra que esses recursos, que merecem a defesa e o auxílio das entidades sábias e benevolentes, quando os medianeiros se sustentam no ideal superior da bondade e do serviço ao próximo, podem em muitas ocasiões ser ocupados por entidades inferiores ou animalizadas, em lastimáveis processos de obsessão.

13. Essa é a razão por que nunca é demais afirmar que o conhecimento evangélico-doutrinário e sua aplicação são de real utilidade na prática da mediunidade, devendo o aprendiz do serviço mediúnico ser dócil à voz e ao comando dos Espíritos superiores para corrigir-se e adaptar seus desejos e aspirações aos interesses relevantes que promovem a criatura humana, esteja ou não encarnada, meta precípua do compromisso socorrista de todo aquele que se candidata a semelhante tarefa.

Questões para fixação da leitura
1. Existe uma idade mais propícia ao surgimento da faculdade mediúnica?
Não. O surgimento da faculdade mediúnica independe de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, na adolescência, na idade madura ou na velhice. Pode revelar-se em casa, no templo, no Centro Espírita e mesmo em indivíduos materialistas.

2. Quando a eclosão da faculdade mediúnica não é ostensiva, como a pessoa pode saber se possui ou não faculdade que mereça estudo e educação?
Somente a prática, o exercício metódico e perseverante dirão se o candidato ao mediunato está apto a exercer tarefas no campo da mediunidade.

3. De onde provêm os maiores entraves à prática mediúnica?
Esses entraves provêm dos que tomam a postura de adversários da actividade mediúnica ou do próprio médium, devido a suas falhas, que o deixam, muitas vezes, à mercê de Espíritos enganadores.

4. Que recomendações traz o opúsculo Orientação
ao Centro Espírita, publicado pelo Conselho Federativo Nacional, relativamente ao desenvolvimento mediúnico?
Recomenda o referido opúsculo que o candidato ao desenvolvimento mediúnico frequente inicialmente, por certo tempo, as reuniões de estudo doutrinário e as de assistência espiritual. Se portador de processo obsessivo, deve, além da frequência às reuniões mencionadas, inscrever-se para o atendimento programado pelo Centro Espírita para os casos de obsessão. Recomenda também a referida obra que o candidato ao serviço mediúnico seja orientado para que controle as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo quanto possível a respiração ofegante, os gemidos, os gritos e as contorções, tanto quanto os batimentos de mãos e pés e quaisquer gestos violentos. Por fim, lembra que ele não deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar satisfatoriamente, esquivando-se à ideia de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, mas, antes, reconhecendo-se portador de tarefas comuns.

5. O conhecimento evangélico-doutrinário é de real utilidade na prática da mediunidade? Por quê?
Sim. Diz André Luiz que os centros cerebrais do médium representam bases de operação do pensamento e da vontade que influem em todos os fenómenos mediúnicos, desde a intuição pura à materialização objectiva. Esses recursos merecem a defesa e o auxílio das entidades sábias e benevolentes, quando os medianeiros se sustentam no ideal superior da bondade e do serviço ao próximo, o que mostra a
importância do conhecimento evangélico-doutrinário e sua aplicação.
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