LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Página 2 de 5 Anterior  1, 2, 3, 4, 5  Seguinte

Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 10:11 am

9 – Afeição que os Espíritos votam a certas pessoas
Sumário: Simpatia e afeição dos Espíritos por pessoas encarnadas. – Natureza íntima das afeições nutridas pelos desencarnados. – Postura dos bons Espíritos ante os males que nos atingem. – Espécie de males que mais os preocupam.

Os bons Espíritos simpatizam com as pessoas de bem
1. Os Espíritos devotam afeição aos encarnados de acordo com as afinidades que entre eles existam. Assim, os bons Espíritos simpatizam com as pessoas de bem ou susceptíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores afinizam-se com as criaturas viciosas ou que podem tornar-se tais.
Daí se derivam as afeições, que nada mais são que consequências da conformidade dos sentimentos.

2. O ser humano tem, pois, no Mundo Espiritual, amigos que podem perfeitamente interceder por sua felicidade, a fim de assegurar-lhe a estabilidade de que necessita para lutar e servir, amar e vencer, apesar do assédio dos desencarnados que lhe foram comparsas em dramas do passado.

3. São eles – esses amigos de Mais Alto – que acordam a esperança e restauram o bom ânimo nos indivíduos que se vêem a braços com as investidas provenientes do plano espiritual.

4. Os Espíritos Superiores nutrem sentimentos elevados para com encarnados e desencarnados. Essas ligações afectivas nada têm que se assemelhe às afeições carnais. Isso, porém, nem sempre se dá com os Espíritos inferiores.

5. Embora a verdadeira afeição nada tenha de carnal, pode ocorrer que um Espírito, quando se apega a uma pessoa, nem sempre o faça só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se, também, uma reminiscência das paixões humanas.

Os Benfeitores espirituais ficam felizes com a nossa felicidade
6. Os bons Espíritos se preocupam com os nossos males, do mesmo jeito que compartilham as nossas alegrias. Procurando fazer-nos todo o bem que lhes seja possível, é natural que se sintam ditosos com a nossa felicidade e os nossos momentos de alegria.

7. No tocante aos males que nos possam atingir, é preciso lembrar que eles se dividem em físicos e morais.

8. Sabendo ser transitória a existência corporal e que as tribulações a ela inerentes constituem meios de alcançarmos uma situação melhor, os bons Espíritos se afligem mais com os males que tenham origem em causas de ordem moral do que com os nossos sofrimentos físicos, todos passageiros.

9. Assim, eles pouco se incomodam com as desgraças que atingem as nossas ideias e preocupações mundanas, do mesmo modo como, aliás, agimos com relação às mágoas pueris das crianças.

Nosso egoísmo e a dureza do nosso coração preocupam os bons Espíritos
10. Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, eles as consideram como uma crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos sofrimentos de um amigo. Entretanto, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, apreciam-nos de um modo diverso do nosso.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 10:12 am

11. Em casos assim, os bons Espíritos procuram levantar-nos o ânimo no interesse do nosso futuro, enquanto os Espíritos inferiores, com o objectivo de comprometer-nos, nos impelem ao desespero.

12. À vista dos ensinamentos espíritas, podemos deduzir assim as seguintes conclusões em torno do assunto examinado:
º Os bons Espíritos se afligem quando nós, diante de um mal qualquer, não sabemos suportá-lo com resignação; os inferiores, no entanto, se rejubilam com a nossa postura negativa.
º Os males morais que mais preocupam os Benfeitores Espirituais são o nosso egoísmo e a dureza dos nossos corações, do que, ensina o Espiritismo, decorre tudo o mais.
Nossos adversários desencarnados e os maus Espíritos, porém, adoram tal comportamento.
º Os bons Espíritos se riem de todos os males imaginários que nascem do nosso orgulho e da nossa ambição. Os inferiores, contudo, valem-se deles para, se for possível, afundar-nos mais ainda no fosso da amargura.
º Os Benfeitores Espirituais se rejubilam com os males e os sofrimentos que redundam na abreviação do tempo de nossas provas. Os infelizes não gostam nada disso e buscam, quando a ocasião se apresente, obter exactamente o resultado contrário.

Questões para fixação da leitura
1. Os Espíritos costumam nutrir afeição pelos encarnados?
Sim. Os Espíritos devotam afeição pelos encarnados de acordo com as afinidades que entre eles existam. Os bons Espíritos simpatizam com as pessoas de bem ou susceptíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores afinizam-se com as criaturas viciosas ou que podem tornar-se tais. Disso se derivam as afeições, que nada mais são que consequências da conformidade dos sentimentos.

2. A afeição que um Espírito sente por alguém pode ter alguma coisa de carnal?
Depende. Embora a verdadeira afeição nada tenha de carnal, pode ocorrer que um Espírito, quando se apega a uma pessoa, nem sempre o faça só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se, também, uma reminiscência das paixões humanas.

3. Os bons Espíritos se preocupam com os males que nos atingem na existência corporal?
Sim. Os bons Espíritos preocupam-se com os nossos males, do mesmo jeito que compartilham as nossas alegrias.

4. Diante de um mal que nos tenha acometido, qual é a postura dos Benfeitores espirituais?
Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, eles as consideram como uma crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos sofrimentos de um amigo, mas apreciam-nos de um modo diverso do nosso. Em casos assim, procuram levantar-nos o ânimo no interesse do nosso futuro, enquanto os Espíritos inferiores, com o objectivo de comprometer-nos, nos impelem ao desespero.

5. Dos males que nos possam atingir, quais os que mais preocupam os bons Espíritos?
Eles se afligem mais com os males que tenham origem em causas de ordem moral do que com os nossos sofrimentos físicos, que são, como sabemos, passageiros.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 10:12 am

10 – Espíritos protectores
Sumário: Os anjos segundo o Espiritismo. – Relação entre os anjos e as entidades chamadas de anjo da guarda. – Diferenças entre protector espiritual, Espírito familiar e Espírito simpático. – Protectores dos selvagens e das comunidades em geral.

Os anjos são seres que percorreram todos os graus da evolução
1. Para se entender o que representam os anjos da guarda ou os protectores espirituais em nossa vida, é preciso em primeiro lugar rememorar o significado da palavra anjo.
Como já vimos, de acordo com o Espiritismo aqueles a quem chamamos anjos são criaturas de Deus que já percorreram todos os graus da evolução. Uns – revela a questão no 129 d´O Livro dos Espíritos – aceitaram sua missão sem murmurar e chegaram mais depressa ao seu destino; outros levaram mais tempo.

2. As religiões, em sua grande maioria, senão na totalidade, falam de anjos e, conquanto lhes dêem nomes diversos, situam-nos em uma posição superior com relação à Humanidade. Os anjos seriam, para quase todas elas, intermediários entre Deus e os homens, uma ideia evidentemente negada pelos materialistas, que não admitem nada além da matéria e, por isso, põem os anjos entre as ficções e alegorias que seduzem o ser humano.

3. Segundo a Doutrina Espírita, a alma é criada simples e ignorante, e pouco a pouco se desenvolve, se aperfeiçoa e se adianta na hierarquia espiritual, até atingir o estado de Espírito puro ou anjo. Os anjos nada mais são, portanto, que as almas dos homens chegados ao grau de perfeição acessível à criatura humana.

4. Como a Humanidade não se limita à Terra, antes mesmo da formação do nosso planeta já existiam Espíritos que, havendo percorrido as numerosas etapas da evolução, atingiram a condição de Espíritos puros. Como as suas existências corpóreas se passaram noutra época, bastante longínqua, é evidente que, ao conhecê-los, o homem supôs que tais seres tivessem sido criados assim, já perfeitos, desde o começo.

5. As entidades espirituais designadas pelos nomes de anjo da guarda, anjo guardião ou protector espiritual nada têm, porém, que ver com os anjos propriamente ditos. Os protectores espirituais, que Deus concede a cada uma de suas criaturas, são Espíritos como nós mesmos, ainda no caminho da evolução, e não Espíritos puros, chegados ao ápice da evolução, embora muitos protectores espirituais sejam Espíritos de alta envergadura moral.

A missão do protector espiritual é como a de um bom pai
6. Existem diferenças entre protector espiritual, Espírito familiar e Espírito simpático. Os Espíritos familiares são os que se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis com o fim de lhes serem úteis, dentro dos limites do poder de que dispõem. Podem ser bons, porém muitas vezes são pouco adiantados e, por isso, se ocupam com as particularidades da vida íntima das pessoas, só actuando por ordem ou com permissão dos Espíritos protectores.

7. Os Espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e também por uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal.

8. Espírito protector, anjo da guarda ou bom génio é o Espírito que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É ele sempre de natureza superior com relação ao seu protegido. Sua missão é como a de um pai com relação ao filho: guiá-lo pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida. O protector espiritual dedica-se ao seu protegido desde o seu nascimento até a morte, e muitas vezes o acompanha na vida espiritual, depois de sua desencarnação.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 10:12 am

9. Aos que pensam que é impossível a Espíritos verdadeiramente elevados se restringirem a uma tarefa tão laboriosa, e de todos os instantes, dizem os instrutores espirituais que eles influenciam nossas almas estando, às vezes, a milhões de léguas de distância, porquanto para eles o espaço não existe e, mesmo vivendo em outro mundo, podem conservar certa ligação connosco. Cada anjo da guarda tem, pois, o seu protegido e vela por ele, como um pai vela pelo filho, sentindo-se feliz quando o vê no bom caminho ou triste quando seus conselhos são desprezados.

10. Uma vez que aceitou tal tarefa, o protector espiritual se obriga a velar por seu protegido. Evidentemente, antes de assumi-la, pode ele escolher, como protegido, um ser que lhe seja simpático. Assim é que, enquanto para uns a missão que lhes compete é um prazer, para outros constitui tão somente um dever. O protector espiritual não fica, contudo, constantemente ao lado do seu protegido, pois há circunstâncias em que sua presença não é necessária. Quando vê que seus conselhos são inúteis, ele pode afastar-se, mas jamais abandona por completo seu protegido, buscando sempre fazer-se ouvir. E voltará, com certeza, para junto de seu protegido, desde que este o chame.

Todos os homens ligados à Terra têm o seu protector espiritual
11. Se, porém, no curso de sua missão, ele precisar afastar-se para cumprir outras tarefas, incompatíveis com aquela, será substituído por outro Espírito, de tal maneira que ninguém, em momento algum, fica desprovido de protecção espiritual, excepto quando a criatura pode guiar-se por si mesma, caso em que não mais terá necessidade de anjo da guarda; mas isso – informa a questão no 500 d´O Livro dos Espíritos – não acontece na Terra.

12. A acção dos Espíritos que nos querem bem é sempre regulada de maneira a nos deixar o livre-arbítrio. É a sabedoria de Deus que assim o exige, porquanto se não tivéssemos responsabilidade não nos adiantaríamos na senda que deve conduzir-nos ao Criador.

13. O protector espiritual, como vimos anteriormente, sente-se feliz quando vê seus cuidados coroados de sucesso.
Conseguir tal façanha é para ele um triunfo, como um preceptor triunfa com os sucessos do seu discípulo.

14. Mas ele sofre com os erros de seu protegido, e os lamenta, embora sua aflição nada tenha das angústias da paternidade terrena, visto que sabe que há remédio para o mal e que o que hoje não se fez amanhã se fará.

15. Concluindo, podemos assegurar, com base no que ensina o Espiritismo, que cada homem, mesmo o selvagem, tem um Espírito que vela por ele, e o mesmo se dá com as sociedades, as cidades e as nações, as quais têm Espíritos protectores especiais, porque marcham para um objectivo comum e têm necessidade de uma direcção superior.

Questões para fixação da leitura
1. Que são anjos?
De acordo com o Espiritismo, aqueles a quem chamamos anjos são criaturas de Deus que já percorreram todos os graus da evolução. Uns, conforme a questão no 129 d´O Livro dos Espíritos, aceitaram sua missão sem murmurar e chegaram mais depressa ao seu destino; outros levaram mais tempo.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 10:12 am

2. Há relação entre os anjos e as entidades espirituais designadas pelos nomes de anjo da guarda, anjo guardião ou protector espiritual?
Não há. As entidades espirituais designadas pelos nomes de anjo da guarda, anjo guardião ou protector espiritual nada têm que ver com os anjos propriamente ditos. Os protectores espirituais, que Deus concede a cada uma de suas criaturas, são Espíritos como nós mesmos, ainda no caminho da evolução, e não Espíritos puros, chegados ao ápice da evolução, embora muitos protectores espirituais sejam Espíritos de alta envergadura moral.

3. Que diferenças há entre protector espiritual, Espírito familiar e Espírito simpático?
Espírito protector, anjo da guarda ou bom génio é o Espírito que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É ele sempre de natureza superior com relação ao seu protegido. Sua missão é como a de um pai com relação ao filho: guiá-lo pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida. Espíritos familiares são os que se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis com o fim de lhes serem úteis. Podem ser bons, porém muitas vezes são pouco adiantados e, por isso, se ocupam com as particularidades da vida íntima das pessoas, só actuando por ordem ou com permissão dos Espíritos protectores. Espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e também por uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal.

4. O protector espiritual está sempre ao lado do seu protegido?
Não. O protector espiritual não fica constantemente ao lado do seu protegido, pois há circunstâncias em que sua presença não é necessária. Ademais, quando vê que seus conselhos são inúteis, pode afastar-se, mas jamais abandona por completo seu protegido.

5. Os selvagens também têm protectores espirituais? E as cidades e as nações?
Sim. O selvagem também tem um Espírito que vela por ele, e o mesmo se dá com as sociedades, as cidades e as nações, as quais têm Espíritos protectores especiais, porque marcham para um objectivo comum e têm necessidade de uma direcção superior.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:31 pm

11 – O fenómeno mediúnico através dos tempos
Sumário: Antiguidade do fenómeno mediúnico. – Factores que determinam a atracção dos Espíritos por um povo qualquer. – Vultos do Antigo Testamento que se destacaram por suas faculdades mediúnicas. – O fenómeno mediúnico na história do Cristianismo.

O profetismo em Israel foi um fenómeno transcendental marcante
1. O fenómeno mediúnico não nasceu com o Espiritismo, pois encontramos referências sobre ele nas épocas mais remotas da história da Humanidade. Alguns deles foram considerados fatos milagrosos, outros foram atribuídos a seres demoníacos.

2. O que é digno de destaque é que em todas as épocas da Humanidade temos sido assistidos por Espíritos superiores que procuram impulsionar-nos para o progresso moral e intelectual. Os antigos, evidentemente, fizeram desses Espíritos divindades especiais. As Musas nada mais eram que a personificação alegórica dos protectores das ciências e das artes, como os deuses Lares e Penates simbolizavam os protectores das famílias. Ainda hoje, as artes, as diferentes indústrias, as instituições, as cidades e os países têm também os seus patronos, que mais não são do que Espíritos superiores sob designações diversas.

3. No tocante aos povos, o que determina a atracção dos Espíritos para com eles são os costumes, os hábitos, o carácter dominante e as leis que os regem. Estudando-se os costumes dos povos ou de qualquer assembleia de pessoas, é fácil deduzir que tipo de população invisível se lhes imiscui no modo de pensar e nos seus actos.

4. Diz Leon Denis que o profetismo em Israel, de Moisés a Jesus, foi um dos fenómenos transcendentais mais notáveis da História. A origem do profetismo ali foi assinalada por imponente manifestação relatada pelo Antigo Testamento. Moisés havia escolhido 70 anciãos e, quando os colocou ao redor do tabernáculo, Jeová, um dos protectores espirituais do povo judeu e de Moisés em particular, revelou a sua presença em uma nuvem.

Factos mediúnicos diversos ocorreram no dia de Pentecostes
5. Moisés era, como ninguém ignora, médium vidente e auditivo, e foi graças a tais faculdades que ele pôde ver e ouvir Jeová na sarça do Horeb e no monte Sinai. Os fenómenos mediúnicos em sua vida foram, por causa disso, numerosos e expressivos. O condutor dos hebreus ouvia vozes quando se inclinava diante do propiciatório da arca da aliança. Recebeu no Sinai, escritas na lápide, as tábuas da lei.
Magnetizador poderoso, fulminou com uma descarga fluídica os hebreus revoltados no deserto. Médium inspirado, entoou um maravilhoso cântico logo após a derrota de Faraó. E apresentou ainda um género especial de mediunidade – a transfiguração luminosa – quando, ao descer do Sinai, trazia na fronte uma auréola de luz.

6. Samuel, outro profeta judeu, quando dormia no templo foi muitas vezes despertado por vozes que o chamavam, falavam-lhe no silêncio da noite e anunciavam-lhe as coisas futuras. Esdras reconstituiu integralmente a Bíblia que se havia perdido, com o auxílio de um Espírito. Todo o livro de Jó está repleto de elucidações e inspirações mediúnicas e sua própria vida, atormentada por Espíritos infelizes, é um assunto que merece estudos acurados. E, além desses, podemos citar Daniel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias e muitos outros.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:31 pm

7. A história da mediunidade dos profetas judeus atingiu, porém, a sua culminância com a vinda de Jesus. A passagem do Mestre pela Terra revela, a cada hora, o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja dirigindo-se aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, como também na equipe de companheiros, aos quais se apresentou em pessoa, depois da morte. E os próprios discípulos conviveriam com o fenómeno mediúnico, especialmente a partir dos extraordinários acontecimentos registrados no dia de Pentecostes que se comemorou imediatamente após a Páscoa da ressurreição.

8. Diz Emmanuel que naquele dia, como informa o livro de Atos (cap. 2, versículos 1 a 13), os apóstolos que se mantiveram leais ao Senhor converteram-se em médiuns notáveis, ocasião em que, associadas as suas forças, os emissários espirituais de Jesus produziram, por meio deles, fenómenos físicos em grande quantidade, como sinais luminosos e vozes directas, além de fatos de psicofonia e xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados em várias línguas, simultaneamente, para os israelitas de procedências diversas.

Maomé redigiu o Alcorão auxiliado por um Espírito
9. O fenómeno mediúnico não se limitou, porém, ao povo israelita. Na velha Grécia, o grande Sócrates, segundo revelaram seus discípulos, dizia conversar com um amigo invisível que o acompanhava constantemente. Nero, nos últimos dias do seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, ambas assassinadas por ordem sua, a lhe pressagiarem a queda no abismo. No silêncio do deserto, Maomé, o fundador do Islamismo, redigiu o Alcorão sob o ditado de um Espírito, que adoptou, para se fazer ouvir, o nome e a aparência do anjo Gabriel.

10. Na Idade Média, época conhecida por seu obscurantismo, os médiuns – ressalvados os que foram elevados à categoria de santos – foram perseguidos e maltratados como feiticeiros. Em suas aventuras, Cristóvão Colombo era guiado por um génio invisível, sendo, por causa disso, tachado de visionário; contudo, nos momentos de maiores dificuldades, escutava uma voz desconhecida que o estimulava a continuar.

11. A vida de Joana d´Arc está na memória de todos. A História registra que seres invisíveis a inspiravam e dirigiam.
Aparições surgiam diante dela; vozes celestiais ciciavam-lhe aos ouvidos. Ainda na Idade Média outros médiuns importantes se revelam. Dante, sob influência espiritual, escreve “A Divina Comédia”. Tasso, inspirado pelo Espírito de Ariosto, compõe o poema “Renaud”. Milton redige o “Paraíso Perdido”. Shakespeare fala de aparições em “Hamlet”.

12. No século XVIII destaca-se na Europa o vidente Emanuel Swedenborg, que descreveu pela primeira vez em suas minúcias o mundo espiritual. Ao longo dos séculos, reencarnaram na Terra médiuns notáveis como Joana d´Arc, Emanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Kate Fox, Eusapia Paladino, Slade, Stainton Moses, Florence Cook, Madame d´Esperance, Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth-Céline Japhet, Ermance Dufaux e Daniel Dunglas Home, entre tantos outros, e não mencionamos aqui médiuns brasileiros, como Chico Xavier, Zé Arigó, Yvonne A. Pereira, Peixotinho, Zilda Gama e Divaldo Franco, o que mostra que na génese e na história do Judaísmo, do Cristianismo e do Espiritismo a mediunidade e o fenómeno mediúnico exerceram e continuam a exercer um papel importante.

Questões para fixação da leitura
1. O fenómeno mediúnico nasceu com o Espiritismo?
Não, visto que encontramos referências sobre ele nas épocas mais remotas da história da Humanidade. Alguns deles foram considerados fatos milagrosos, outros foram atribuídos a seres demoníacos.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:33 pm

2. Que é que determina a atracção dos Espíritos pelos diferentes povos?
O que determina a atracção dos Espíritos para com eles são os costumes, os hábitos, o carácter dominante e as leis que os regem. Estudando-se os costumes dos povos ou de qualquer assembleia de pessoas, é fácil deduzir que tipo de população invisível se lhes imiscui no modo de pensar e nos seus actos.

3. Que vultos do Antigo Testamento se destacaram por suas faculdades mediúnicas?
Foram vários, como Moisés, que pôde ver e ouvir Jeová na sarça do Horeb e no monte Sinai, além de ter recebido o Decálogo; Samuel, outro profeta judeu que, quando dormia no templo, foi muitas vezes despertado por vozes que o chamavam, falavam-lhe no silêncio da noite e anunciavam-lhe as coisas futuras; Esdras, que reconstituiu integralmente a Bíblia que se havia perdido, com o auxílio de um Espírito; além de Jó, Daniel, Elias, Eliseu, Isaías e Jeremias.

4. O fenómeno mediúnico é estranho ao Cristianismo?
Não. Aliás, a história da mediunidade em Israel atingiu sua culminância exactamente com a vinda de Jesus. A passagem do Mestre pela Terra revela, a cada hora, o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja dirigindo-se aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho. E os próprios discípulos conviveriam com o fenómeno mediúnico, especialmente a partir dos extraordinários acontecimentos registados no dia de Pentecostes.

5. Mencione os nomes de alguns médiuns estrangeiros famosos que a História registrou. Além dos personagens bíblicos, podemos citar, dentre tantos médiuns famosos, Joana d´Arc, Emanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Kate Fox, Eusapia Paladino, Slade, Stainton Moses, Florence Cook, Madame d´Esperance, Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth-Céline Japhet, Ermance Dufaux e Daniel Dunglas Home.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:34 pm

12 – Os médiuns precursores do Espiritismo
Sumário: Médiuns considerados precursores do Espiritismo. – As faculdades do vidente Swedenborg. – A vida no mundo espiritual segundo Svendborg. – Edward Irving e os factos mediúnicos. – Andrew Jackson Davis, suas faculdades e suas obras.

Swedenborg é considerado um dos precursores do Espiritismo
1. Em seu livro História do Espiritismo, Arthur Conan Doyle designa como precursores do Espiritismo três extraordinários médiuns: Emanuel Swedenborg, Edward Irving e Andrew Jackson Davis. Pela ordem cronológica do seu aparecimento no mundo, o primeiro deles foi Swedenborg.

2. Diz o criador do detective Sherlock Holmes que nunca se viu tamanho amontoado de conhecimentos em um único médium. Engenheiro de minas e autoridade em metalurgia, Swedenborg foi, como engenheiro militar, responsável pelo sucesso de muitas campanhas levadas a efeito por Carlos XII, da Suécia. Mas sua cultura não se limitava à engenharia, porque, sendo também grande autoridade em Física e em Astronomia, Swedenborg foi autor de importantes trabalhos sobre as marés e a determinação das latitudes, além de possuidor de dilatados conhecimentos no campo da zoologia, da anatomia, das finanças públicas e da política.

3. Estudioso da Bíblia, seu desenvolvimento psíquico revelou-se aos 25 anos de idade e pôde ser averiguado e atestado por testemunhas diversas, como o filósofo Kant, que sobre isso escreveu uma carta, que se tornou célebre, dirigida à srta. de Knobich.

4. Emanuel Swedenborg nasceu em Estocolmo, Suécia, em 1688 e desencarnou em Londres em 1772. Dotado da faculdade de vidência, via com frequência cenas do mundo espiritual e pessoas desencarnadas que conhecera em vida, tendo sido um dos primeiros médiuns a descrever o ectoplasma como um “vapor aquoso” que caía ao chão, sobre o tapete.

No Plano Espiritual existem casas, templos e palácios
5. Swedenborg – que nos deixou inúmeras obras resultantes de suas faculdades psíquicas – verificou que o mundo espiritual consiste em várias esferas e que cada um de nós, depois da morte corpórea, irá para aquela a que melhor se adapte nossa condição espiritual. Muito antes das revelações trazidas por Chico Xavier, descreveu casas localizadas no Plano Espiritual nas quais viviam famílias, templos onde se praticavam cultos, auditórios onde Espíritos se reuniam para fins sociais, palácios onde certamente deviam morar os chefes. Suas principais obras de origem mediúnica foram: Céu e Inferno, A Nova Jerusalém, Arcana Celeste, Sabedoria Angélica e Apocalipse Revelado, entre outras.

6. A morte, escreveu Swedenborg, era suave, porque seres celestiais ajudavam os recém-chegados em sua nova existência. Ali, no Plano Espiritual, ele viu anjos e demónios, que não eram, porém, de ordem diversa da nossa, mas sim seres humanos que haviam vivido na Terra e que ou eram almas retardatárias, como os demónios, ou altamente desenvolvidas, como os anjos. De modo nenhum, afirmou o vidente sueco, mudamos com a morte, porquanto levamos para o mundo espiritual os hábitos mentais adquiridos, as preocupações e os preconceitos. Não existem ali as penas eternas, visto que os que se achavam nos infernos podiam trabalhar para a sua saída, desde que sentissem vontade.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:34 pm

7. Edward Irving pertenceu à mais pobre classe de trabalhadores braçais da Escócia, onde nasceu em 1792, na localidade de Annan. Fisicamente era um gigante e um Hércules em força. Sua inteligência, de igual forma, era máscula, ampla e corajosa, embora distorcida pela primeira educação que recebeu na acanhada escola da Igreja Escocesa, da qual, quando adulto, tornou-se pastor.

8. Irving, conquanto atraísse enorme multidão em suas prédicas, criou sérios problemas com a Igreja a que servia, por causa de suas opiniões teológicas, de certo modo bastante independentes e ousadas para a época. Quando mais apertado se fez o cerco em torno dele, começaram a ocorrer em sua igreja fenómenos mediúnicos diversos, especialmente os de voz directa. Inicialmente, ouviam-se gritos de pessoas como os de um possesso; em outros momentos, os gritos eram de homens e mulheres numa linguagem incompreensível, e ao lado das vozes ouviam-se também, em intensidade cada vez maior, ruídos e outros sons.

Andrew Jackson Davis previu o advento do Espiritismo
9. As vozes acalmavam-se ou os sons silenciavam ante os apelos de Irving, mas aquela sucessão de fatos estranhos gerou uma incompreensão muito grande por parte de seus superiores, advindo daí sucessivas crises que acabaram por esgotá-lo. O gigante de meia-idade murchou e encolheu; seu arcabouço vergou; suas faces tornaram-se cavadas e pálidas. Contudo, trabalhando até o fim e tendo nos lábios estas palavras: “Se eu morrer, morrerei com o Senhor”, Irving não se dobrou e sua alma passou para aquela condição em que a luz se torna mais clara e mais dourada.

10. Andrew Jackson Davis, cognominado por alguns, nos Estados Unidos, o “Pai do Espiritualismo Moderno”, o “Profeta da Nova Revelação” ou “O Allan Kardec Americano”, por haver anunciado o advento do Espiritismo, nasceu em 1826 num distrito rural situado no estado de Nova York, às margens do Rio Hudson, e desencarnou em Watertown, Massachusetts, em 1910.

11. Quando em transe, falava línguas diversas, inclusive o hebraico, todas dele desconhecidas, ocasião em que discutia questões de geologia, arqueologia, mitologia, bem como temas linguísticos e sociais, embora nada conhecesse de gramática e dos assuntos tratados. Clarividente e audiente, Davis foi, no início de seus trabalhos, usado por Livingstone para a realização de diagnósticos médicos. O corpo das pessoas tornava-se transparente aos seus olhos espirituais, cada órgão aparecia-lhe claramente e apresentava uma radiação especial e peculiar, que se obscurecia em caso de doença.

12. Inspirado e orientado pelo Espírito de Swedenborg, Davis deixou numerosos livros mediúnicos sob a denominação genérica de Filosofia Harmônica e Revelações Divinas da Natureza. Num deles – Princípios da Natureza – ele previu o advento do automóvel, da máquina de escrever e do Espiritismo. Anos depois, em 25 de janeiro de 1863, fundou o primeiro Liceu Espiritista da América, em Dodsworth Hall, Broadway, Nova York.

Questões para fixação da leitura
1. Arthur Conan Doyle, em seu livro História do Espiritismo, designa três médiuns como sendo os precursores do Espiritismo. Quem são eles?
Emanuel Swedenborg, Edward Irving e Andrew Jackson Davis.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:34 pm

2. O primeiro dos médiuns citados por Conan Doyle nasceu na Suécia. Em que época viveu e que faculdades mediúnicas o distinguiram?
Emanuel Swedenborg nasceu em Estocolmo, Suécia, em 1688 e desencarnou em Londres em 1772. Dotado da faculdade de vidência, via com frequência cenas do mundo espiritual e pessoas desencarnadas que conhecera em vida, tendo sido um dos primeiros médiuns a descrever o ectoplasma como um “vapor aquoso” que caía ao chão, sobre o tapete.

3. Como o vidente sueco descreveu a vida no Plano Espiritual?
Swedenborg disse que o mundo espiritual consiste em várias esferas e que cada um de nós, depois da morte corpórea, irá para aquela a que melhor se adapte nossa condição espiritual. Muito antes das revelações trazidas por Chico Xavier, descreveu casas localizadas no Plano Espiritual nas quais viviam famílias, templos onde se praticavam cultos, auditórios onde Espíritos se reuniam para fins sociais, e palácios onde certamente deviam morar os chefes.

4. Quem foi Edward Irving e que fenómenos ocorriam em sua igreja?
Edward Irving pertenceu à mais pobre classe de trabalhadores braçais da Escócia, onde nasceu em 1792, na localidade de Annan. Foi pastor na Igreja Escocesa, onde começaram a ocorrer fenómenos mediúnicos diversos, especialmente os de voz directa. Inicialmente, ouviam-se gritos de pessoas como os de um possesso; em outros momentos, os gritos eram de homens e mulheres numa linguagem incompreensível, e ao lado das vozes ouviam-se também ruídos e outros sons.

5. Que faculdades mediúnicas distinguiram o médium Andrew Jackson Davis?
Quando em transe, Davis falava línguas diversas, inclusive o hebraico, todas dele desconhecidas, ocasião em que discutia questões de geologia, arqueologia, mitologia, bem como temas linguísticos e sociais, embora nada conhecesse de gramática e dos assuntos tratados. Clarividente e audiente, Davis foi, no início de seus trabalhos, usado por Livingstone para a realização de diagnósticos médicos. O corpo das pessoas tornava-se transparente aos seus olhos espirituais, cada órgão aparecia-lhe claramente e apresentava uma radiação especial e peculiar, que se obscurecia em caso de doença.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:35 pm

13 – Mecanismo da comunicação mediúnica
Sumário: Os médiuns conforme a conceituação espírita. – Onde se radica a faculdade mediúnica. – Distinção entre afinidade fluídica e afinidade moral. – Dificuldades existentes na prática mediúnica. – Factores importantes para a realização de um trabalho mediúnico produtivo.

A faculdade mediúnica depende do organismo das pessoas
1. Médiuns, ensina o Espiritismo, são as pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.

2. O fluido perispiritual é o agente de todos os fenómenos espíritas, que só se podem produzir pela acção recíproca dos fluidos emitidos pelo médium e pelo Espírito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende, pois, da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade de sua assimilação pelo perispírito do Espírito que se vai comunicar por seu intermédio.

3. A faculdade mediúnica depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio. A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.

4. As relações entre os Espíritos e os médiuns estabelecem-se por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre eles. Não podemos, entretanto, jamais ignorar que a mente permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos.

Afinidade fluídica e afinidade moral são coisas distintas
5. Aprendemos com André Luiz que cada alma se envolve no círculo de forças vivas que transpiram do seu hálito mental, na esfera das criaturas a que se imana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou de crescimento para a imortalidade. Agimos e reagimos uns sobre os outros – informa André Luiz – por meio da energia mental em que nos renovamos constantemente, criando, alimentando e destruindo formas e situações, paisagens e coisas, na estruturação do nosso destino.

6. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica.
Esta, a afinidade fluídica, depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito. A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.

7. Existem na prática mediúnica algumas dificuldades que devemos, na medida do possível, procurar sanar, ou ao menos minimizar. Destacamos, dentre elas, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade, a impaciência etc. Essas deficiências podem gerar dificuldade na harmonização das vibrações e dos pensamentos.

8. É justamente na combinação das forças psíquicas e dos pensamentos entre os médiuns e os experimentadores, de um lado, e entre estes e os Espíritos, de outro, que reside inteiramente a lei das manifestações.
A harmonia é indispensável a uma boa reunião mediúnica
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:35 pm

9. As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmónico. Outros factores que favorecem também o bom êxito das reuniões mediúnicas são o silêncio e o recolhimento. Se, contudo, houver desarmonia ou desentendimento na equipe, haverá inequívocas dificuldades na realização de um bom intercâmbio mediúnico.

10. Muitas vezes, a ausência de método, a falta de continuidade e a inexistência de uma direcção segura nas experiências mediúnicas podem tornar estéreis a boa vontade dos médiuns e as aspirações, ainda que legítimas, dos experimentadores.

11. Ciente de que as comunicações mediúnicas não podem deixar de ser rigorosamente analisadas, o médium deve aceitar agradecido, e até mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações de que for o intermediário.

12. Um trabalho mediúnico produtivo deve, pois, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Questões para fixação da leitura
1. Que é, segundo o Espiritismo, um médium?
Médium é a pessoa apta a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.

2. Podemos dizer que a faculdade mediúnica se radica no organismo das pessoas?
Sim. A faculdade mediúnica depende do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio. A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.

3. Há diferença entre afinidade fluídica e afinidade moral?
Sim. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica. A afinidade fluídica depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito. A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.

4. Que dificuldades existentes na prática mediúnica devemos procurar sanar ou ao menos minimizar?
As dificuldades que devemos sanar ou minimizar são, principalmente, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade e a impaciência.

5. Que factores são importantes para a realização de um trabalho mediúnico produtivo?
As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmónico.
Um trabalho mediúnico produtivo deve, também, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:35 pm

14 – Classificação das comunicações mediúnicas
Sumário: Como se classificam as comunicações mediúnicas. – Diferença entre comunicações grosseiras e comunicações frívolas. – Como saber se uma comunicação séria é verdadeira. – Carácter essencial das comunicações instrutivas.

A comunicação reflecte o grau de adiantamento do Espírito
1. Em O Livro dos Médiuns Kardec faz uma classificação pertinente à natureza das comunicações mediúnicas, que o Codificador divide em quatro grupos:
º grosseiras
º frívolas
º sérias e
º instrutivas.

2. As comunicações mediúnicas, ensina Kardec, dependem, quanto ao seu conteúdo, do grau de adiantamento do Espírito comunicante, ou seja, de sua posição na escala espírita, assunto que é tratado nas questões nos 100 e seguintes d´O Livro dos Espíritos.

3. Da mesma forma que os encarnados, os Espíritos desencarnados apresentam uma grande variedade quanto à inteligência e à moralidade e, por causa disso, o ditado mediúnico reflectirá o grau de adiantamento moral ou cultural do comunicante.

4. Diz-se que uma comunicação é grosseira quando concebida em termos que chocam o decoro. Comunicações dessa natureza só podem provir, obviamente, de Espíritos de baixa condição espiritual, cobertos das impurezas da matéria e em nada diferem das que provenham de homens viciosos e grosseiros.

As comunicações frívolas emanam de Espíritos brincalhões
5. De acordo com o carácter do comunicante, as comunicações grosseiras dividem-se em triviais, ignóbeis, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e mesmo ímpias. Examinando-as, o experimentador deduzirá com facilidade o grau evolutivo daquele que as transmitiu por esse ou aquele medianeiro.

6. As comunicações frívolas emanam de Espíritos levianos, zombeteiros ou brincalhões, mais maliciosos do que maus e que nenhuma importância dão ao que dizem. Como não encerram nada de indecoroso, tais comunicações agradam a certos indivíduos que com elas se divertem, porque encontram prazer nas confabulações fúteis em que muito se fala e nada se diz.

7. Tais Espíritos saem-se, muitas vezes, com tiradas espirituosas e mordazes e, não raro, dizem duras verdades que quase sempre ferem com justeza. Mas a verdade é o que menos os preocupa.

8. As comunicações sérias são ponderadas quanto ao assunto e elevadas quanto à forma. Quando uma comunicação é isenta de frivolidade e de grosseria e objectiva um fim útil, ainda que de carácter particular, podemos considerá-la uma comunicação séria. Como nem todos os Espíritos são igualmente esclarecidos, existem coisas que o comunicante pode ignorar e sobre o que pode enganar-se de boa-fé.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 10, 2023 8:36 pm

Uma comunicação pode ser séria e não ser verdadeira
9. Por causa disso, nem sempre uma comunicação séria é verdadeira. Existem as falsas. Eis por que os Espíritos verdadeiramente superiores recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica.

10. Como sabemos, certos Espíritos presunçosos ou pseudo-sábios procuram, valendo-se de uma linguagem elevada, incutir nos encarnados as mais falsas ideias, os sistemas mais absurdos. Não têm eles nenhum escrúpulo em se adornarem com nomes respeitáveis, e tal mistificação somente um exame rigoroso e atento poderá desvendar.

11. As comunicações instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objecto consiste num ensinamento qualquer, ministrado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral ou a filosofia. São mais ou menos profundas, conforme o grau de elevação e de desmaterialização do Espírito comunicante.

12. As comunicações instrutivas são, por definição, verdadeiras, visto que o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo. Para se julgar o valor moral e intelectual dos Espíritos que as ditam, é preciso frequência e regularidade nas suas comunicações, o que é fácil de compreender, porque se para julgar os homens é necessário ter experiência, muito mais é esta necessária quando se trata de julgar os Espíritos.

Questões para fixação da leitura
1. Como Kardec classifica as comunicações mediúnicas?
O Codificador do Espiritismo divide-as em quatro grupos: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas.

2. Há diferença entre comunicações grosseiras e comunicações frívolas?
Sim. As comunicações grosseiras contêm, como o nome diz, grosserias e podem ser indecorosas, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e mesmo ímpias. As comunicações frívolas emanam de Espíritos levianos, zombeteiros ou brincalhões, mais maliciosos do que maus e que nenhuma importância dão ao que dizem.

3. Qual a característica principal das comunicações sérias?
O que as caracteriza é serem ponderadas quanto ao assunto e elevadas quanto à forma. Se a comunicação é isenta de frivolidade e de grosseria e objectiva um fim útil, ainda que de carácter particular, podemos considerá-la uma comunicação séria.

4. Pode uma comunicação séria ser falsa? Como sabê-lo?
Sim. A experiência comprova que nem sempre uma comunicação séria é verdadeira. Existem as falsas. É por isso que os Espíritos verdadeiramente superiores recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica, que é o único meio de saber se elas são verdadeiras ou não.

5. Que são comunicações instrutivas?
As comunicações instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objecto consiste num ensinamento qualquer, ministrado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral ou a filosofia. As comunicações instrutivas são, por definição, verdadeiras, visto que o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:06 am

15 – As evocações espíritas, critérios e dificuldades
Sumário: Fórmula para evocação dos Espíritos. – Espíritos que podem ser evocados. – Causas que podem impedir ou dificultar o atendimento das evocações. – Norma a observar nas evocações directas. – O que diz Emmanuel sobre as evocações.

Os Espíritos podem comunicar-se espontaneamente ou a nosso chamado
1. Em O Livro dos Médiuns, Kardec faz acerca do tema evocações as considerações que se seguem.

2. Os Espíritos – diz o Codificador – podem comunicar-se espontaneamente ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação. Há quem julgue não ser conveniente evocá-los, porque nem sempre há certeza de que o Espírito comunicante seja o que foi evocado. Os que assim pensam propõem que os Espíritos se comuniquem sempre espontaneamente, porque, agindo dessa forma, provariam melhor sua identidade, o que é um erro. O fato de evocar ou deixar que a comunicação se faça espontaneamente nada tem a ver com a identificação do comunicante, porque pode ocorrer mistificação tanto num caso quanto noutro.

3. A questão das evocações espíritas precisa, no entanto, ser analisada com critério e bom senso, porque há vantagens e desvantagens nas comunicações provenientes de evocações e nas ocorridas espontaneamente. Evidentemente, as comunicações espontâneas nenhum inconveniente apresentam quando se está senhor dos Espíritos e há certeza de que os maus não tomarão a dianteira. Nas reuniões dedicadas ao atendimento a Espíritos sofredores, a espontaneidade é uma prática regular.

4. Quando se deseja comunicar com determinado Espírito, é de toda necessidade evocá-lo; pelo menos essa era a ideia do Codificador, que esclarece não haver, para esse fim, nenhuma fórmula sacramental. Quem pretender indicar alguma fórmula pode ser tachado, sem receio, de impostor, visto que para os Espíritos a forma nada vale. Uma condição, porém, indispensável é que a evocação seja feita em nome de Deus, ou seja, seriamente, não levianamente.

Como regra geral, todos os Espíritos podem ser evocados
5. É essencial, quando se queira chamar determinados Espíritos, que o médium comece por dirigir-se somente aos que ele sabe serem bons e simpáticos e que podem ter motivo real para atender ao apelo, como os parentes e amigos.

6. Frequentemente, observa Kardec, as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns do que os ditados espontâneos, sobretudo quando se objectiva obter dos Espíritos respostas precisas a questões circunstanciadas.

7. Os médiuns – lembra ainda Kardec – são geralmente mais procurados para evocações de carácter particular do que para comunicações de interesse geral. Eles não deveriam, porém, aceder a tais pedidos, senão com muita reserva, quando feitos por pessoas de cuja sinceridade não estiverem seguros. Além disso, é preciso evitar sua participação nas evocações movidas por simples curiosidade ou interesse, sem intenção séria por parte do evocador, afastando-se de tudo o que possa transformá-los em agentes de consultas, em ledores da buena dicha.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:06 am

8. Como regra geral, todos os Espíritos, qualquer que seja o grau em que se encontrem na escala espírita, podem ser evocados, tanto os bons quanto os maus, tanto os que desencarnaram faz pouco tempo quanto os que viveram em épocas mais remotas, tanto os vultos ilustres quanto os indivíduos obscuros. Isso não significa, porém, que eles possam ou queiram responder ao nosso chamado. Independentemente de sua vontade, a permissão para se comunicarem pode ser-lhes recusada por uma potência superior, havendo mesmo situações em que se achem impedidos de fazê-lo, por motivos que nem sempre nos é dado conhecer.
Emmanuel não aconselha a evocação directa em caso algum

9. As principais causas que impedem ou dificultam aos Espíritos atender às evocações que lhes são dirigidas são estas: (a) quando o Espírito evocado está envolvido em missões ou ocupações de que não pode afastar-se; (b) quando o Espírito estiver encarnado, especialmente quando isso se dá em planetas inferiores à Terra; (c) quando o Espírito se encontra em locais de punição e não tem permissão para daí se ausentar; (d) quando o médium, por sua natureza ou aptidão, não consegue entrar em sintonia mediúnica com o Espírito evocado.

10. Evocar ou não um Espírito é questão que precisa, portanto, ser bem avaliada, tendo sempre em mente a finalidade a que ela se presta. Toda evocação, bem como toda manifestação espontânea, deve visar a um fim útil. Quando um Espírito é evocado pela primeira vez, convém designá-lo com alguma precisão e evitar, nas perguntas que lhe sejam feitas, as fórmulas secas e imperativas, facto que poderá afastá-lo. As fórmulas de tratamento devem ser afectuosas ou respeitosas, conforme o Espírito evocado. Importante também, em todos os casos, que o evocador lhe dê prova da sua benevolência.

11. No trato com os Espíritos, especialmente com relação aos evocados, as perguntas devem ser formuladas com clareza, precisão e sem ideia preconcebida, se o evocador pretende obter respostas categóricas. É importante ainda que o evocador especifique franca e abertamente o ponto visado, sem subterfúgios.

12. Quase 80 anos depois da publicação d´O Livro dos Médiuns, Emmanuel examinou o tema das evocações na questão 369 do seu livro O Consolador, psicografado por Francisco Cândido Xavier, na qual asseverou: “Não somos dos que aconselham a evocação directa e pessoal, em caso algum”, expressando o ponto de vista de que, no trato da mediunidade, devemos ser espontâneos. Na mesma questão ele explica por que Allan Kardec a utilizou largamente, embora se saiba que o Codificador também admitiu as comunicações dadas espontaneamente nas reuniões por ele presididas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. No livro Conduta Espírita, cap. 25, obra psicografada pelo médium Waldo Vieira, André Luiz reafirmou a proposta feita por Emmanuel, recomendando-nos seja abolida, em nosso meio, a prática da evocação nominal das entidades.

Questões para fixação da leitura
1. Para evocar os Espíritos existe uma fórmula sacramental?
Não. Uma condição, porém, indispensável é que a evocação seja feita em nome de Deus, isto é, seriamente, não levianamente.

2. Que Espíritos, segundo Kardec, podemos evocar?
Como regra geral, todos os Espíritos, qualquer que seja o grau em que se encontrem na escala espírita, podem ser evocados, tanto os bons quanto os maus, tanto os que desencarnaram faz pouco tempo quanto os que viveram em épocas mais remotas, tanto os vultos ilustres quanto os indivíduos obscuros.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:06 am

3. Quais as principais causas que impedem ou dificultam ao Espírito atender à evocação?
As principais causas são estas: (a) quando o Espírito evocado está envolvido em missões ou ocupações de que não pode afastar-se; (b) quando o Espírito estiver encarnado, especialmente quando isso se dá em planetas inferiores à Terra; (c) quando o Espírito se encontra em locais de punição e não tem permissão para daí se ausentar; (d) quando o médium, por sua natureza ou aptidão, não consegue entrar em sintonia mediúnica com o Espírito evocado.

4. No tocante à finalidade, que norma devemos observar nas evocações directas?
Toda evocação, bem como toda manifestação espontânea, deve visar a um fim útil. Quando um Espírito é evocado pela primeira vez, convém designá-lo com alguma precisão e evitar, nas perguntas que lhe sejam feitas, as fórmulas secas e imperativas, fato que poderá afastá-lo. As fórmulas de tratamento devem ser afectuosas ou respeitosas, conforme o Espírito evocado.

5. Que recomenda Emmanuel a respeito das evocações espíritas?
Emmanuel, na questão 369 do seu livro O Consolador, psicografado por Francisco Cândido Xavier, disse o seguinte:
“Não somos dos que aconselham a evocação directa e pessoal, em caso algum”, expressando o ponto de vista de que, no trato da mediunidade, devemos ser espontâneos, proposta reafirmada por André Luiz no cap. 25 de seu livro Conduta Espírita, psicografado pelo médium Waldo Vieira.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:07 am

16 – Questões que podem ser propostas aos Espíritos
Sumário: Cuidados necessários à formulação das perguntas dirigidas aos Espíritos. – Questões cuja resposta é interditada aos Espíritos. – Benefícios que podem resultar da consulta feita aos Espíritos. – Perguntas relacionadas com o nosso passado.

As questões propostas aos Espíritos devem ser claras e precisas
1. Para manter um diálogo proveitoso com os Espíritos é importante saber fazer as perguntas, assunto com que nos devemos preocupar relativamente a dois aspectos: a forma e o fundo. Pelo que diz respeito à forma, é importante formulá-las com clareza e precisão, evitando as questões complexas ou dúbias. Nesse sentido, a ordem que deve presidir à disposição das perguntas é muito importante. Quando um assunto reclama uma série delas, é essencial que se encadeiem com método, de modo a decorrerem naturalmente umas das outras.

2. Os Espíritos responderão, nesse caso, com muito maior facilidade e clareza às indagações feitas do que quando elas se sucedem ao acaso, passando sem transição de um assunto para outro. É preciso, portanto, organizá-las com antecedência e ficar preparado para acrescentar, retirar ou modificar questões durante a conversa com o Espírito comunicante. Esse trabalho preparatório constitui uma espécie de evocação antecipada, a que o Espírito pode ter assistido e que o dispõe a responder.

3. O fundo da questão exige atenção ainda mais séria, porque é muitas vezes a natureza da indagação que provoca uma resposta inexacta ou falsa. Evidentemente, há questões a que os Espíritos não podem ou não devem responder, por razões que só eles conhecem. Será, pois, inútil insistir. Mas o que se deve, sobretudo, evitar são as perguntas formuladas com o intuito de lhes pôr à prova a perspicácia.

4. Não se pense com isso que não possamos obter dos Espíritos úteis esclarecimentos e sobretudo bons conselhos.
Eles, porém, responderão mais ou menos bem, conforme os conhecimentos que possuem, o interesse que têm por nós, a afeição que nos dedicam, a finalidade a que nos propomos e, por fim, a utilidade que vejam no que lhes pedimos.

Não existe inconveniente em formular perguntas aos Espíritos
5. Se é certo que não devemos interrogar os Espíritos a todo o momento sobre problemas comuns à existência e que cabe apenas a nós resolver, é correto igualmente afirmar que determinados assuntos só são abordados pelos Espíritos se solicitarmos sua
opinião. Certamente dão-nos eles instruções espontâneas de alto alcance e que seria um erro desprezar, mas há explicações que teríamos de esperar longo tempo se não fossem solicitadas.

6. Propor perguntas aos Espíritos, longe de ter qualquer inconveniente, é, portanto, de grande utilidade do ponto de vista da instrução, quando quem as propõe sabe encerrá-las nos devidos limites. Se Allan Kardec não tivesse proposto questões aos Espíritos, é provável que “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” não existissem.

7. Há além disso um outro benefício quando formulamos questões aos Espíritos comunicantes, que é o de concorrer para o desmascaramento dos mistificadores, que, mais pretensiosos do que sábios, raramente suportam a prova das perguntas feitas com cerrada lógica.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:07 am

8. Os Espíritos levianos respondem a toda e qualquer pergunta sem nenhum escrúpulo. Já os Espíritos sérios respondem com prazer às que tenham por objectivo o bem e os meios de levar o homem ao progresso. As perguntas inúteis, feitas apenas para satisfazer a simples curiosidade ou para experimentar os Espíritos, têm o poder de afastar os bons Espíritos.

As predições circunstanciadas devem ser postas sob suspeição
9. Existem certas questões que só excepcionalmente os Espíritos superiores se dignam em responder. Eis as principais:
a) Perguntas sobre o futuro – Geralmente a anunciação de fatos que ocorrerão no futuro fica por conta de Espíritos imperfeitos que, na maioria das vezes, se divertem em fazer previsões. Pode ocorrer, contudo, que um Espírito superior revele acontecimentos futuros, mas, nesse caso, as previsões visam a uma utilidade geral. Toda predição circunstanciada deve ser posta sob suspeição.
b) Perguntas sobre previsão da morte – Os Espíritos que prevêem a morte de alguém são, geralmente, Espíritos de mau gosto, que outro fim não têm senão gozar com o medo que causam. O Espírito pode, no entanto, desprender-se do corpo físico e prever a sua desencarnação. A intuição que muitas pessoas têm desse fato decorre disso.
c) Perguntas sobre existências passadas e futuras – Com relação às existências passadas, Deus permite algumas vezes que elas sejam reveladas, conforme o objectivo que tenha em vista. Se for para a edificação e instrução da criatura humana, tais revelações serão quase sempre espontâneas e dadas de modo inteiramente imprevisto. Ele, porém, não as permitirá nunca para satisfação de vã curiosidade. Com relação ao futuro, nada nos é dado a conhecer, porque o futuro depende dos nossos actos presentes enquanto encarnados, e das resoluções que tomarmos quando desencarnados.
d) Perguntas sobre interesses morais e materiais – Os bons Espíritos sempre nos aconselham para o bem. Os Espíritos familiares, em geral, podem até nos aconselhar em assuntos privados ou favorecer nossos interesses materiais, de acordo com o objectivo ou as circunstâncias. Os protectores espirituais podem, em muitos casos, indicar-nos o melhor caminho, sem no entanto conduzir-nos pelas mãos.

10. Existe um número grande de perguntas que são simpáticas tanto aos Espíritos adiantados quando aos atrasados, assim como existem aquelas que desagradam a uns e outros. Uma coisa, no entanto, é certíssima: Os Espíritos superiores sempre respondem às questões que dizem respeito ao melhoramento, ao bem-estar espiritual, à paz e ao progresso das criaturas. Estão eles sempre dispostos a nos auxiliar e a nos amparar. Só aconselham para o bem e estão sempre preocupados e ocupados em trabalhos que proporcionem o progresso da Humanidade.

Questões para fixação da leitura
1. Que cuidados devemos ter na formulação das perguntas dirigidas aos Espíritos?
Ao fazermos perguntas aos Espíritos, é importante formulá-las com clareza e precisão, evitando as questões complexas ou dúbias. Nesse sentido, a ordem que deve presidir à disposição das perguntas é muito importante. Quando um assunto reclama uma série delas, é essencial que se encadeiem com método, de modo a decorrerem naturalmente umas das outras. Isso quanto à forma. No tocante ao fundo, é preciso que o diálogo se faça em torno de questões sérias e relevantes.

2. Existem questões cuja resposta seja interditada aos Espíritos?
Sim, visto que sobre determinados assuntos nada podem eles falar.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:07 am

3. Que benefícios podem resultar do fato de dirigirmos perguntas aos Espíritos?
A formulação de perguntas aos Espíritos, quando feita nos devidos limites, é muito útil do ponto de vista da instrução. Se Allan Kardec não tivesse proposto questões aos Espíritos, é provável que “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” não existissem. Um outro benefício dessa prática é concorrer para o desmascaramento dos mistificadores, que raramente suportam a prova das perguntas feitas com cerrada lógica.

4. Os Espíritos superiores podem responder a questões relacionadas com o nosso passado?
Sim. Deus permite às vezes que essas perguntas sejam respondidas, quando for para a edificação e instrução da criatura humana. Ele, porém, não as permitirá nunca para satisfação de vã curiosidade.

5. Têm os Espíritos permissão para responderem a questões sobre interesses morais e materiais?
Sim. Os Espíritos familiares podem nos aconselhar em assuntos privados ou favorecer nossos interesses materiais, de acordo com o objectivo ou as circunstâncias. Quanto aos protectores espirituais, chegam, em muitos casos, a indicar-nos o melhor caminho, sem no entanto conduzir-nos pelas mãos.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:07 am

17 – O médium: conceito e classificação
Sumário: O que é realmente importante na prática mediúnica. – A mediunidade como instrumento de aperfeiçoamento espiritual. – Importância da sintonia mental na actividade mediúnica. – Os escolhos maiores da mediunidade.

A faculdade mediúnica não constitui um privilégio exclusivo
1. Já vimos oportunamente o conceito de mediunidade e a classificação dos principais tipos e variedades de médiuns.

2. Ao rever o assunto, relembremos a definição de médium que Kardec inseriu no item 159 d´O Livro dos Médiuns:
“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos.
Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenómenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades quantas são as espécies de manifestações”.

3. A definição dada pelo Codificador do Espiritismo é, sem dúvida, a mais completa e abrangente; mas é preciso que entendamos que a faculdade mediúnica não libera o homem, por si só, das influências dos Espíritos malévolos. A faculdade em si é, na realidade, neutra. O uso que o homem faz dela é o que importa. Ao empregá-la, podemos nos harmonizar com os bons Espíritos ou relacionar-nos com os maus. A sintonia é, portanto, fundamental na prática mediúnica.

A mente permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos
4. Dando-nos a oportunidade de rejeitar as más influências espirituais e acatar as que provenham dos bons Espíritos, a mediunidade torna-se assim um instrumento de aperfeiçoamento espiritual. Como sabemos, os Espíritos benfazejos procuram inspirar-nos para o bem, enquanto Espíritos inferiores buscam induzir-nos ao mal.

5. Em nossa caminhada evolutiva, somos todos instrumentos das forças com as quais sintonizamos. Todos somos médiuns dentro do campo mental que nos é próprio. Se o nosso pensamento flui na direcção da vida superior, associamo-nos às energias edificantes. Se nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada, entramos em sintonia com forças perturbadoras e deprimentes.

6. Cada criatura emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica. A mente, ensinam os instrutores espirituais, permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos. Cada alma se envolve no círculo de forças vivas que transpiram do seu “hálito mental”. Agimos e reagimos uns sobre os outros, por meio da energia mental em que nos renovamos constantemente.

O mais cruel inimigo dos médiuns é o orgulho
7. Assevera Emmanuel que os médiuns, em sua generalidade, “são Espíritos que resgatam débitos do passado”, o que explica por que é difícil à criatura humana cumprir integralmente, sem enfrentar obstáculos, os deveres que a faculdade mediúnica lhe assinala na existência.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:08 am

8. No cap. XXXI d´O Livro dos Médiuns, Kardec inseriu diversas dissertações em que vultos importantes na obra da Codificação do Espiritismo tratam do tema que ora focalizamos.

9. Vejamos trechos de algumas dessas mensagens:
“Todos os homens são médiuns, todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-lo.” (Channing.)

“As faculdades de que gozam os médiuns lhes granjeiam os elogios dos homens. As felicitações, as adulações, eis, para eles, o escolho. (...) Nunca me cansarei de recomendar-vos que vos confieis ao vosso anjo guardião, para que vos ajude a estar sempre em guarda contra o vosso mais cruel inimigo, que é o orgulho.” (Joana D´Arc.)

“Quando quiserdes receber comunicações de bons Espíritos, importa vos prepareis para esse favor pelo reconhecimento, por intenções puras e pelo desejo de fazer o bem, tendo em vista o progresso geral.” (Pascal.)

“Falar-vos-ei hoje do desinteresse, que deve ser uma das qualidades essenciais dos médiuns, tanto quanto a modéstia e o devotamento. (...) Não é racional se suponha que Espíritos bons possam auxiliar quem vise satisfazer ao orgulho ou à ambição.” (Delfine de Girardin.)

“Todos os médiuns são, incontestavelmente, chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida de suas faculdades, mas bem poucos há que não se deixam prender nas armadilhas do amor-próprio. (...) Lembrem-se sempre destas palavras: Aquele que se exalçar será humilhado e o que se humilhar será exalçado.” (O Espírito de Verdade.)

Questões para fixação da leitura
1. Que significa, segundo Allan Kardec, o termo médium?
Médium é todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos.

2. Na prática mediúnica, o que é realmente importante para o médium?
A faculdade mediúnica é, em si mesma, neutra. O uso que o homem faz dela é o que importa, porque ao empregá-la podemos nos harmonizar com os bons Espíritos ou relacionar-nos com os maus.

3. A mediunidade pode ser considerada um instrumento de aperfeiçoamento espiritual?
Sim. Dando-nos a oportunidade de rejeitar as más influências espirituais e acatar as que provenham dos bons Espíritos, a mediunidade torna-se, com efeito, um instrumento de aperfeiçoamento espiritual.

4. A sintonia mental tem alguma importância no exercício da mediunidade?
Sim. A sintonia é fundamental na prática mediúnica. Em nossa caminhada evolutiva, somos todos instrumentos das forças com as quais sintonizamos. Se o nosso pensamento flui na direcção da vida superior, associamo-nos às energias edificantes. Se nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada, entramos em sintonia com forças perturbadoras e deprimentes.

5. Onde, segundo o Espiritismo, se situam os maiores escolhos da mediunidade?
Os elogios, as felicitações, as adulações eis os maiores escolhos que se apresentam aos médiuns, que devem estar sempre em guarda contra o seu mais cruel inimigo, que é o orgulho.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:08 am

18 – Médiuns de efeitos físicos
Sumário: Características da mediunidade de efeitos físicos. – Natureza das comunicações mediúnicas. – O que é indispensável para a ocorrência dos fenómenos de efeitos físicos. – Variedades de médiuns de efeitos físicos citados na obra kardequiana.

A mediunidade apresenta uma variedade infinita de matizes
1. Conforme já estudamos anteriormente, a mediunidade pode ser classificada em dois grandes grupos: mediunidade de efeitos físicos e mediunidade de efeitos intelectuais.

2. Os médiuns de efeitos físicos, tão comuns na época da codificação dos ensinos espíritas, são provavelmente menos numerosos nos dias atuais, em que mais comuns são os médiuns de efeitos intelectuais. Mas têm surgido, de tempos em tempos, variedades especiais, como os médiuns músicos, pintores, poetas, cirurgiões etc. Na época de Kardec predominavam, no tocante às variedades de efeitos intelectuais, a psicografia e a psicofonia.

3. A mediunidade apresenta, como vemos, uma variedade infinita de matizes, de que decorrem os chamados médiuns especiais, dotados de aptidões particulares que variam de indivíduo a indivíduo, independentemente das qualidades e conhecimentos dos Espíritos que se manifestam.

4. A natureza das comunicações guarda, no entanto, relação com a natureza do Espírito e traz o cunho de sua elevação ou inferioridade, de seu saber ou de sua ignorância.

5. Há Espíritos que têm predilecção para as manifestações físicas e, dentre os que dão comunicações de carácter inteligente, existem os poetas, os músicos, os desenhistas, os sábios etc. Obviamente, de par com a aptidão do Espírito, existe a aptidão do médium, que será para ele um instrumento mais ou menos cómodo, mais ou menos flexível.

6. Para que ocorram fenómenos de efeitos físicos é preciso que o médium esteja habilitado ao fornecimento do ectoplasma ou plasma exteriorizado de que se valem os Espíritos para a produção dos fenómenos que lhes atestam a sobrevivência.
Os médiuns de levitação conseguem elevar-se a si mesmos 7. Fenómenos físicos como pancadas, ruídos, deslocamento de móveis e objectos, de tão corriqueiros, não chegam a impressionar a criatura humana, que, com toda a certeza, se encantaria com determinados efeitos físicos belíssimos e surpreendentes, como as materializações e os transportes, infelizmente tão raros na época em que vivemos.

8. As variedades especiais de médiuns para efeitos físicos que Allan Kardec inseriu no cap. XVI d´O Livro dos Médiuns são estas:
Médiuns tiptólogos – aqueles sob cuja influência se produzem ruídos e golpes vibrados em móveis e paredes.
Essa variedade é muito comum e o fenómeno se dá mesmo quando o médium não tenha vontade de produzi-lo. Foi com o concurso de médiuns tiptólogos – as célebres Kate e Margareth Fox – que nasceu o Espiritismo, cuja data se comemora no dia 31 de março, dia em que, no longínquo ano de 1848, ficaram assinalados na história os fenómenos de Hydesville.
Médiuns motores – os que produzem o movimento dos corpos inertes, o que também é muito comum.
Médiuns de translação e de suspensão – os que produzem a translação aérea e a suspensão de corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Alguns dentre eles podem elevar-se a si mesmos e são assim chamados de médiuns de levitação, mas eles são, no entanto, muito raros.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 11, 2023 10:08 am

Médiuns de efeitos musicais – os que provocam a execução de composições musicais em certos instrumentos, sem contacto com estes.
Médiuns de aparições – os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. São muito raros.
Médiuns de transporte – os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objectos materiais.
Médiuns nocturnos – os que só obtêm certos efeitos físicos na obscuridade. Esse fenómeno é devido mais às condições do ambiente do que propriamente à natureza do médium ou dos Espíritos.
Médiuns pneumógrafos – os que obtêm a escrita directa, um fenómeno muito raro e, sobretudo, fácil de ser imitado pelos trapaceiros. Neste tipo de fenómeno, dizem os Espíritos, a acção do médium é inteiramente material, ao passo que na psicografia, mesmo quando o médium é puramente mecânico, o cérebro representa um papel activo. Médiuns curadores – os que têm o poder de curar ou aliviar os doentes, pela imposição das mãos ou simplesmente pela prece. Esta faculdade, ensinam os Espíritos, não é essencialmente mediúnica; pertence a todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. Na maioria das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético fortalecido, se preciso, pelo concurso dos bons Espíritos.
Médiuns excitadores – os que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nos outros a faculdade de escrever.
Este caso é, na verdade, mais um efeito magnético do que mediunidade propriamente dita.

Questões para fixação da leitura
1. Em quantos grupos podemos classificar a mediunidade?
Em dois grandes grupos: mediunidade de efeitos físicos e mediunidade de efeitos intelectuais.

2. A natureza das comunicações guarda relação com a aptidão do médium ou com a natureza do Espírito?
A natureza das comunicações guarda relação com a natureza do Espírito e traz o cunho de sua elevação ou inferioridade, de seu saber ou de sua ignorância, mas, de par com a aptidão do Espírito, existe a aptidão do médium, que será para ele um instrumento mais ou menos cómodo, mais ou menos flexível.

3. O que é indispensável para que ocorram os fenómenos de efeitos físicos?
Para que ocorram tais fenómenos é preciso que o médium esteja habilitado ao fornecimento do ectoplasma ou plasma exteriorizado de que se valem os Espíritos para a produção desses efeitos.

4. Mencione cinco variedades de médiuns de efeitos físicos citadas por Kardec.
Médiuns de transporte, tiptólogos, excitadores, curadores e pneumógrafos.

5. A escrita directa – que é produzida graças aos médiuns pneumógrafos – é classificada como fenómeno de efeito físico ou fenómeno de efeito intelectual?
Kardec considera-a fenómeno de efeito físico, visto que nele a acção do médium é inteiramente material, diferentemente do que ocorre na psicografia, em que o cérebro representa um papel activo.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho - Página 2 Empty Re: Iniciação à doutrina espírita 3 - Aspecto científico do Espiritismo - Astolfo Olegário Oliveira Filho

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 2 de 5 Anterior  1, 2, 3, 4, 5  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos