Artigos sobre a Mediunidade
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Apresentado por Kardec como continuação de "O Livro dos Espíritos", onde "(...) grande parte da obra deles (...)" como podemos ler na Introdução.
Os Espíritos o reviram, modificaram, aumentaram, acrescentando-lhe "(...) número muito grande de observações e instruções do mais alto interesse".
O segundo volume da Codificação do Espiritismo é, como assinala Kardec, o desenvolvimento da parte prática da Doutrina.
É o livro básico da Ciência Espírita, um tratado de Mediunidade indispensável a todos os que se interessam pela boa realização de trabalhos mediúnicos.
A tese fundamental:
existência do "perispírito", elemento de ligação do Espírito ao corpo material.
Essa ligação, de tipo energético ou vibratório, é o princípio da mediunidade "(...)
Assim como o nosso Espírito anima o corpo através do perispírito, constituindo em vida o que chamamos de alma, os demais Espíritos de mortos ou de vivos podem influenciá-lo.
Em sintonia com o nosso Espírito podem mesmo utilizar-se do nosso corpo para as suas manifestações.
Dessa maneira, a Mediunidade, é uma condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que se revela em dois campos paralelos de fenómenos:
os anímicos, decorrentes das actividades do nosso próprio Espírito fora do condicionamento orgânico;
e os espíritas, decorrentes das relações naturais do nosso Espírito com outros Espíritos".
Por seu conteúdo "O Livro dos Médiuns" torna-se imprescindível à prática mediúnica;
um livro que abre horizontes às concepções científicas dos nossos dias;
alerta, chama a atenção daquele que se interessa pelo trabalho mediúnico face a necessidade do conhecimento, do estudo, das avaliações, do intercâmbio entre grupos, participação em seminários, palestras, trocas visando uma estruturação segura, um aprimoramento na qualidade do servir no amor.
Mas onde em "O Livro dos Médiuns" essas preocupações e cuidados se manifestam?
Todo conteúdo dele reflecte, no ensinar, essa preocupação para que se conheça, de que haja preparo, que se faça melhor.
Especificamente em várias sequências, em muitos pontos encontraremos citações como:
"(...) Sua finalidade (do livro) é indicar os meios de desenvolvimento da mediunidade em quem a possui, segundo as possibilidades de cada um, e sobretudo orientar o seu emprego de maneira proveitosa.
Mas não é esse o nosso único objectivo.
Aumenta todos os dias, ao lado dos médiuns, o número de pessoas que se dedicam às manifestações espíritas.
Orientá-las nas suas observações, apontar-lhes as dificuldades que certamente encontrarão, ensinar-lhes a maneira de se comunicarem com os Espíritos, obtendo boas comunicações, é o que também devemos fazer para completar o nosso trabalho.
Continua...
Apresentado por Kardec como continuação de "O Livro dos Espíritos", onde "(...) grande parte da obra deles (...)" como podemos ler na Introdução.
Os Espíritos o reviram, modificaram, aumentaram, acrescentando-lhe "(...) número muito grande de observações e instruções do mais alto interesse".
O segundo volume da Codificação do Espiritismo é, como assinala Kardec, o desenvolvimento da parte prática da Doutrina.
É o livro básico da Ciência Espírita, um tratado de Mediunidade indispensável a todos os que se interessam pela boa realização de trabalhos mediúnicos.
A tese fundamental:
existência do "perispírito", elemento de ligação do Espírito ao corpo material.
Essa ligação, de tipo energético ou vibratório, é o princípio da mediunidade "(...)
Assim como o nosso Espírito anima o corpo através do perispírito, constituindo em vida o que chamamos de alma, os demais Espíritos de mortos ou de vivos podem influenciá-lo.
Em sintonia com o nosso Espírito podem mesmo utilizar-se do nosso corpo para as suas manifestações.
Dessa maneira, a Mediunidade, é uma condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que se revela em dois campos paralelos de fenómenos:
os anímicos, decorrentes das actividades do nosso próprio Espírito fora do condicionamento orgânico;
e os espíritas, decorrentes das relações naturais do nosso Espírito com outros Espíritos".
Por seu conteúdo "O Livro dos Médiuns" torna-se imprescindível à prática mediúnica;
um livro que abre horizontes às concepções científicas dos nossos dias;
alerta, chama a atenção daquele que se interessa pelo trabalho mediúnico face a necessidade do conhecimento, do estudo, das avaliações, do intercâmbio entre grupos, participação em seminários, palestras, trocas visando uma estruturação segura, um aprimoramento na qualidade do servir no amor.
Mas onde em "O Livro dos Médiuns" essas preocupações e cuidados se manifestam?
Todo conteúdo dele reflecte, no ensinar, essa preocupação para que se conheça, de que haja preparo, que se faça melhor.
Especificamente em várias sequências, em muitos pontos encontraremos citações como:
"(...) Sua finalidade (do livro) é indicar os meios de desenvolvimento da mediunidade em quem a possui, segundo as possibilidades de cada um, e sobretudo orientar o seu emprego de maneira proveitosa.
Mas não é esse o nosso único objectivo.
Aumenta todos os dias, ao lado dos médiuns, o número de pessoas que se dedicam às manifestações espíritas.
Orientá-las nas suas observações, apontar-lhes as dificuldades que certamente encontrarão, ensinar-lhes a maneira de se comunicarem com os Espíritos, obtendo boas comunicações, é o que também devemos fazer para completar o nosso trabalho.
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Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Ninguém estranhe, pois, se encontrar ensinamentos que poderão parecer descabidos.
A experiência, mostrará que são úteis.
O estudo atencioso deste livro facilitará a compreensão dos factos a observar[/i] (...)"
Mais adiante "(...) Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objectivo sério, compreendendo toda a sua gravidade e não pretendem brincar com as comunicações do outro mundo".
Prossegue "(...) Acrescentaremos uma importante consideração:
a de que as experiências feitas com leviandade, sem conhecimento de causa, provocam péssima impressão nos principiantes ou pessoas mal preparadas, tendo o inconveniente de dar uma ideia bastante falsa do mundo dos Espíritos, favorecendo a zombaria e dando motivo à críticas quase sempre bem fundadas.
É por isso que os incrédulos saem dessas reuniões raramente convencidos e pouco dispostos a reconhecerem o aspecto sério do Espiritismo.
A ignorância e a leviandade de certos médiuns têm causado maiores prejuízos do que se pensa na opinião de muita gente".
Nesse linguajar franco, nessas assertivas e exortações transcorre todo o texto.
Uma das situações que é para muitos médiuns ainda causa de insegurança está há mais de cem anos ali esclarecida "(...) que a alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra (...)" ou que "(...) um médium de inteligência bem reduzida poderia transmitir comunicações de ordem elevada como também escrever numa língua que não conhece (...)" prosseguindo nas explicações de como, quando ou porque isso pode acontecer, evidenciando o papel do médium, as condições que ele necessita apresentar para que o exercício da faculdade atinja seus objectivos.
Esse médium conscientizado, no grupo também envolto nesse propósito, formará o "todo colectivo", será a consequência natural da vivência das instruções estudadas, reflectidas.
É por isso que, as reuniões espíritas diferirão uma das outras, segundo os propósitos daqueles que constituem, podendo dar-lhe a natureza "frívola", "experimental" ou "instrutiva", discorrendo em seguida sobre detalhes que caracterizam cada qual.
Sobre a importância do estudo e do médium estar ligado ao grupo na casa espírita "(...) o médium pode-se deixar enganar pelas palavras bonitas, pela linguagem pretensiosa, deixando-se seduzir pelos sofismas, tudo isso na maior boa fé.
Eis porque na falta das próprias luzes, deve modestamente recorrer à luzes dos outros, segundo os ditados populares de que "quatro olhos vêem melhor do que dois" e de que "ninguém é bom juiz em causa própria". É desse ponto de vista que as reuniões são de grande utilidade para o médium (...)". Segue-se "(...) Todo médium que sinceramente não queira se transformar em instrumento da mentira deve procurar produzir nas reuniões sérias (...)".
E em relação às reuniões "(...) toda reunião espírita deve pois procurar a maior homogeneidade possível.
Falamos, bem entendido, das que desejam chegar a resultados sérios e verdadeiramente úteis.
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Ninguém estranhe, pois, se encontrar ensinamentos que poderão parecer descabidos.
A experiência, mostrará que são úteis.
O estudo atencioso deste livro facilitará a compreensão dos factos a observar[/i] (...)"
Mais adiante "(...) Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objectivo sério, compreendendo toda a sua gravidade e não pretendem brincar com as comunicações do outro mundo".
Prossegue "(...) Acrescentaremos uma importante consideração:
a de que as experiências feitas com leviandade, sem conhecimento de causa, provocam péssima impressão nos principiantes ou pessoas mal preparadas, tendo o inconveniente de dar uma ideia bastante falsa do mundo dos Espíritos, favorecendo a zombaria e dando motivo à críticas quase sempre bem fundadas.
É por isso que os incrédulos saem dessas reuniões raramente convencidos e pouco dispostos a reconhecerem o aspecto sério do Espiritismo.
A ignorância e a leviandade de certos médiuns têm causado maiores prejuízos do que se pensa na opinião de muita gente".
Nesse linguajar franco, nessas assertivas e exortações transcorre todo o texto.
Uma das situações que é para muitos médiuns ainda causa de insegurança está há mais de cem anos ali esclarecida "(...) que a alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra (...)" ou que "(...) um médium de inteligência bem reduzida poderia transmitir comunicações de ordem elevada como também escrever numa língua que não conhece (...)" prosseguindo nas explicações de como, quando ou porque isso pode acontecer, evidenciando o papel do médium, as condições que ele necessita apresentar para que o exercício da faculdade atinja seus objectivos.
Esse médium conscientizado, no grupo também envolto nesse propósito, formará o "todo colectivo", será a consequência natural da vivência das instruções estudadas, reflectidas.
É por isso que, as reuniões espíritas diferirão uma das outras, segundo os propósitos daqueles que constituem, podendo dar-lhe a natureza "frívola", "experimental" ou "instrutiva", discorrendo em seguida sobre detalhes que caracterizam cada qual.
Sobre a importância do estudo e do médium estar ligado ao grupo na casa espírita "(...) o médium pode-se deixar enganar pelas palavras bonitas, pela linguagem pretensiosa, deixando-se seduzir pelos sofismas, tudo isso na maior boa fé.
Eis porque na falta das próprias luzes, deve modestamente recorrer à luzes dos outros, segundo os ditados populares de que "quatro olhos vêem melhor do que dois" e de que "ninguém é bom juiz em causa própria". É desse ponto de vista que as reuniões são de grande utilidade para o médium (...)". Segue-se "(...) Todo médium que sinceramente não queira se transformar em instrumento da mentira deve procurar produzir nas reuniões sérias (...)".
E em relação às reuniões "(...) toda reunião espírita deve pois procurar a maior homogeneidade possível.
Falamos, bem entendido, das que desejam chegar a resultados sérios e verdadeiramente úteis.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Se simplesmente se quer obter quaisquer comunicações, não se importando com a qualidade, é evidente que todas essas precauções não são necessárias.
Mas então não se deve lamentar a qualidade do produto".[/i]
"Se a reunião encaminhar-se mal (...) nada se diz, aprovando pelo silêncio?
(...) o que fazer? (...)".
Sobre os cuidados à admissão de novos elementos "(...) aqueles que mais particularmente se devem acautelar são as pessoas dotadas das ideias preconcebidas, os incrédulos sistemáticos que duvidam de tudo, mesmo da evidência, os orgulhosos que pretendem ter o privilégio da verdade e procuram impor sempre sua opinião olhando com desdém os que não pensam como eles.
Não vos enganeis com seu pretenso desejo de esclarecimento (...)".
Oportuníssimas as reflexões próximas quando ressalta que instituições grandes ou pequenas não podem se esquecer, estarem vigilantes, atentas contra outra dificuldade onde os factores de perturbação poderão advir também através do mundo invisível onde Espíritos malfeitores poderão ligar-se aos grupos e aos indivíduos.
"Ligam-se primeiro aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando transformá-los em seus instrumentos e pouco a pouco vão envolvendo a todos, porque sua alegria maligna é tanto maior quanto maior o número dos que tenha subjugado".
Prosseguem pensamentos nesse enfoque chegando que "(...) o mais poderoso antídoto desse veneno é a caridade (...)".
Não de deve pois esperar que o mal se torne incurável para aplicar o remédio.
Nem mesmo se esperar os primeiros sintomas, pois é necessário sobretudo prevenir.
Para isso há dois meios eficazes, quando bem aplicados - a prece feita de coração e o estudo atento dos menores sintomas que revelem a presença de Espíritos mistificadores.
A primeira atrai os Espíritos bons que só assistem zelosamente aos que sabem secundá-los pela confiança em Deus;
o outro prova aos maus, que se puseram em relação com pessoas esclarecidas e bastante sensatas para não se deixarem enganar.
Se um dos membros do grupo cair sob a influência da obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros sinais, a lhe abrir os olhos, antes que o mal se agrave a fim de levá-lo à compreensão de que foi enganado e ao desejo de ajudar os que procuram livrá-lo".
Nesse passar entre itens aqui e ali em "O Livro dos Médiuns";
dirigentes, médiuns, componentes dos grupos espíritas encontrarão indicativas de como fazer, da necessidade do conhecer, de estar alerta, na ênfase que dá quando reflecte que "
(...) a influência do meio decorre da natureza dos Espíritos e da maneira que agem sobre os seres vivos, dessa influência cada qual pode deduzir por si mesmo as condições mais favoráveis para uma sociedade que aspire a atrair a simpatia dos Espíritos bons, obtendo boas comunicações e afastando as más.
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Se simplesmente se quer obter quaisquer comunicações, não se importando com a qualidade, é evidente que todas essas precauções não são necessárias.
Mas então não se deve lamentar a qualidade do produto".[/i]
"Se a reunião encaminhar-se mal (...) nada se diz, aprovando pelo silêncio?
(...) o que fazer? (...)".
Sobre os cuidados à admissão de novos elementos "(...) aqueles que mais particularmente se devem acautelar são as pessoas dotadas das ideias preconcebidas, os incrédulos sistemáticos que duvidam de tudo, mesmo da evidência, os orgulhosos que pretendem ter o privilégio da verdade e procuram impor sempre sua opinião olhando com desdém os que não pensam como eles.
Não vos enganeis com seu pretenso desejo de esclarecimento (...)".
Oportuníssimas as reflexões próximas quando ressalta que instituições grandes ou pequenas não podem se esquecer, estarem vigilantes, atentas contra outra dificuldade onde os factores de perturbação poderão advir também através do mundo invisível onde Espíritos malfeitores poderão ligar-se aos grupos e aos indivíduos.
"Ligam-se primeiro aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando transformá-los em seus instrumentos e pouco a pouco vão envolvendo a todos, porque sua alegria maligna é tanto maior quanto maior o número dos que tenha subjugado".
Prosseguem pensamentos nesse enfoque chegando que "(...) o mais poderoso antídoto desse veneno é a caridade (...)".
Não de deve pois esperar que o mal se torne incurável para aplicar o remédio.
Nem mesmo se esperar os primeiros sintomas, pois é necessário sobretudo prevenir.
Para isso há dois meios eficazes, quando bem aplicados - a prece feita de coração e o estudo atento dos menores sintomas que revelem a presença de Espíritos mistificadores.
A primeira atrai os Espíritos bons que só assistem zelosamente aos que sabem secundá-los pela confiança em Deus;
o outro prova aos maus, que se puseram em relação com pessoas esclarecidas e bastante sensatas para não se deixarem enganar.
Se um dos membros do grupo cair sob a influência da obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros sinais, a lhe abrir os olhos, antes que o mal se agrave a fim de levá-lo à compreensão de que foi enganado e ao desejo de ajudar os que procuram livrá-lo".
Nesse passar entre itens aqui e ali em "O Livro dos Médiuns";
dirigentes, médiuns, componentes dos grupos espíritas encontrarão indicativas de como fazer, da necessidade do conhecer, de estar alerta, na ênfase que dá quando reflecte que "
(...) a influência do meio decorre da natureza dos Espíritos e da maneira que agem sobre os seres vivos, dessa influência cada qual pode deduzir por si mesmo as condições mais favoráveis para uma sociedade que aspire a atrair a simpatia dos Espíritos bons, obtendo boas comunicações e afastando as más.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Essas condições dependem inteiramente das disposições morais dos participantes.
Podemos resumi-las nos seguintes pontos:
* perfeita comunhão de idéias e sentimentos
* benevolência recíproca entre todos os membros
* renúncia de todo sentimento contrário à verdadeira caridade
* desejo uníssono de se instruir e de melhorar pelo ensinamento dos bons e aproveitamento de seus conselhos.
Quem estiver convencido de que os Espíritos Superiores se manifestam com o fim de nos fazer progredir e não para nos agradar, compreenderá que eles devem se afastar dos que se limitam a admirar o seu estilo sem tirar nenhum fruto das suas palavras e só são atraídos às sessões pelo maior ou menor interesse que elas oferecem, de acordo com os seus gostos particulares.
* exclusão de tudo o que nas comunicações solicitadas aos Espíritos só tenha por objectivo a curiosidade
* concentração e silêncio respeitoso durante as conversações com os Espíritos
* concurso de todos os médiuns, com renúncia de qualquer sentimento de orgulho, de amor próprio, de supremacia, com o desejo único de se tornar útil
Essas condições são tão difíceis de preencher que não se encontre quem possa satisfazê-las?
Não pensamos assim.
Esperamos pelo contrário, que as reuniões verdadeiramente sérias, como as já existentes em diferentes lugares, se multiplicarão e não exitamos em dizer que a elas o Espiritismo deverá sua mais ampla divulgação.
Unindo os homens honestos e conscenciosos elas imporão silêncio à crítica e quanto mais pura forem as suas intenções, mais serão respeitadas, até mesmo pelos seus adversários.
Quando a zombaria ataca o bem, deixa de provocar o riso e torna-se desprezível.
Entre as reuniões dessa espécie e que se estabelecerão laços de real simpatia, uma solidariedade mútua, pela própria força das circunstâncias, contribuindo para o progresso geral".
Possam os tópicos transcritos, despertar no médium, no dirigente da casa espírita, no dirigente do trabalho e participantes do grupo mediúnico, o desejo de buscar em "O Livro dos Médiuns" a sequência, o aprofundamento dos assuntos abordados, formando grupos de estudo, suspendendo trabalhos, se essa for a necessidade reestruturar, mudar, organizar segundo as orientações de Allan Kardec.
Que suas palavras continuem a nos exortar, ainda mesmo quando escreve:
"Diariamente a experiência confirma a nossa opinião de que as dificuldades e desilusões encontradas na prática espírita decorrem da ignorância dos princípios doutrinários.
Sentimo-nos felizes por verificar que foi eficiente o nosso trabalho para prevenir os adeptos quanto aos perigos do aprendizado, e que muitos puderam evitá-lo com o estudo atento desta obra (O Livro dos Médiuns).
Continua...
Essas condições dependem inteiramente das disposições morais dos participantes.
Podemos resumi-las nos seguintes pontos:
* perfeita comunhão de idéias e sentimentos
* benevolência recíproca entre todos os membros
* renúncia de todo sentimento contrário à verdadeira caridade
* desejo uníssono de se instruir e de melhorar pelo ensinamento dos bons e aproveitamento de seus conselhos.
Quem estiver convencido de que os Espíritos Superiores se manifestam com o fim de nos fazer progredir e não para nos agradar, compreenderá que eles devem se afastar dos que se limitam a admirar o seu estilo sem tirar nenhum fruto das suas palavras e só são atraídos às sessões pelo maior ou menor interesse que elas oferecem, de acordo com os seus gostos particulares.
* exclusão de tudo o que nas comunicações solicitadas aos Espíritos só tenha por objectivo a curiosidade
* concentração e silêncio respeitoso durante as conversações com os Espíritos
* concurso de todos os médiuns, com renúncia de qualquer sentimento de orgulho, de amor próprio, de supremacia, com o desejo único de se tornar útil
Essas condições são tão difíceis de preencher que não se encontre quem possa satisfazê-las?
Não pensamos assim.
Esperamos pelo contrário, que as reuniões verdadeiramente sérias, como as já existentes em diferentes lugares, se multiplicarão e não exitamos em dizer que a elas o Espiritismo deverá sua mais ampla divulgação.
Unindo os homens honestos e conscenciosos elas imporão silêncio à crítica e quanto mais pura forem as suas intenções, mais serão respeitadas, até mesmo pelos seus adversários.
Quando a zombaria ataca o bem, deixa de provocar o riso e torna-se desprezível.
Entre as reuniões dessa espécie e que se estabelecerão laços de real simpatia, uma solidariedade mútua, pela própria força das circunstâncias, contribuindo para o progresso geral".
Possam os tópicos transcritos, despertar no médium, no dirigente da casa espírita, no dirigente do trabalho e participantes do grupo mediúnico, o desejo de buscar em "O Livro dos Médiuns" a sequência, o aprofundamento dos assuntos abordados, formando grupos de estudo, suspendendo trabalhos, se essa for a necessidade reestruturar, mudar, organizar segundo as orientações de Allan Kardec.
Que suas palavras continuem a nos exortar, ainda mesmo quando escreve:
"Diariamente a experiência confirma a nossa opinião de que as dificuldades e desilusões encontradas na prática espírita decorrem da ignorância dos princípios doutrinários.
Sentimo-nos felizes por verificar que foi eficiente o nosso trabalho para prevenir os adeptos quanto aos perigos do aprendizado, e que muitos puderam evitá-lo com o estudo atento desta obra (O Livro dos Médiuns).
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Bibliografia:
* O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - Introdução, cap. XIX: 222, 223, 224 e cap. XXIX: 325 a 341.
XXII - Viver Mediúnico
No caminhar dos dias, o interesse por assuntos relacionados ao Espiritismo, desperta mais e mais atenção.
Muitos que procuram o Centro Espírita na busca de consolo e entendimento para suas dores.
Nesse sentido, cresce a responsabilidade dos espíritas, daqueles que colaboram na difusão da doutrina.
No atender, receber pessoas, não pode a casa espírita oferecer enganos, leviandades, resoluções imediatistas ou simplórias.
"O Espiritismo é ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com o mundo corporal".
Como tal, requer muita leitura, estudo, reflexão, requisitos insubstituíveis, imprescindíveis à sua compreensão e vivência.
Dedicação a esses aspectos há que representar disciplina permanente, que, mantendo a actualização, coloca frente-a-frente a outros códigos do conhecimento.
O que muitas vezes acontece, é acomodação aos princípios doutrinários, sem preocupação do estudo global e sistemático.
Não é possível conhecer doutrina Espírita só no saber, que se transmite oralmente.
Esse "ouvir dizer" é responsável pela transformação dos conceitos em preconceitos ou nas práticas infundadas, desligadas do entendimento doutrinário.
É um comodismo que favorece as inovações e fugas para o sincretismo.
No fecho dessa série, consegue-se perceber que a Mediunidade se enquadra nesses modelos.
Basta lembrar que grande número de companheiros chegam ao Centro devido a um ‘(...) problema de mediunidade" (O problema mediúnico - Verdade e Luz n.° 173, junho/2000).
Alguém lhe disse que, aquela dor de cabeça, insónia, irritabilidade, etc., seria devido a influência de desencarnados, que se "encostam", provocando as determinadas mazelas.
Se, pode até ser aceitável, que o desconhecedor do Espiritismo pense assim, desolador é encontrar Centros que também interpretam dessa forma, assegurando que a situação, o "problema" é de mediunidade, e como tal precisa "desenvolvê-la".
Acresça-se os "diagnósticos" da obsessão onde se encaminha a referida pessoa para as sessões de desobsessão.
Acomodados nessa leviandade, afirma-se a visão passiva de uma potencialidade, como se o encarnado fosse a perpétua vítima indefesa de desencarnados hábeis, esquecidos de que, os encarnados é que propiciam, ofertam campo à influência mediúnica.
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Bibliografia:
* O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - Introdução, cap. XIX: 222, 223, 224 e cap. XXIX: 325 a 341.
XXII - Viver Mediúnico
No caminhar dos dias, o interesse por assuntos relacionados ao Espiritismo, desperta mais e mais atenção.
Muitos que procuram o Centro Espírita na busca de consolo e entendimento para suas dores.
Nesse sentido, cresce a responsabilidade dos espíritas, daqueles que colaboram na difusão da doutrina.
No atender, receber pessoas, não pode a casa espírita oferecer enganos, leviandades, resoluções imediatistas ou simplórias.
"O Espiritismo é ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com o mundo corporal".
Como tal, requer muita leitura, estudo, reflexão, requisitos insubstituíveis, imprescindíveis à sua compreensão e vivência.
Dedicação a esses aspectos há que representar disciplina permanente, que, mantendo a actualização, coloca frente-a-frente a outros códigos do conhecimento.
O que muitas vezes acontece, é acomodação aos princípios doutrinários, sem preocupação do estudo global e sistemático.
Não é possível conhecer doutrina Espírita só no saber, que se transmite oralmente.
Esse "ouvir dizer" é responsável pela transformação dos conceitos em preconceitos ou nas práticas infundadas, desligadas do entendimento doutrinário.
É um comodismo que favorece as inovações e fugas para o sincretismo.
No fecho dessa série, consegue-se perceber que a Mediunidade se enquadra nesses modelos.
Basta lembrar que grande número de companheiros chegam ao Centro devido a um ‘(...) problema de mediunidade" (O problema mediúnico - Verdade e Luz n.° 173, junho/2000).
Alguém lhe disse que, aquela dor de cabeça, insónia, irritabilidade, etc., seria devido a influência de desencarnados, que se "encostam", provocando as determinadas mazelas.
Se, pode até ser aceitável, que o desconhecedor do Espiritismo pense assim, desolador é encontrar Centros que também interpretam dessa forma, assegurando que a situação, o "problema" é de mediunidade, e como tal precisa "desenvolvê-la".
Acresça-se os "diagnósticos" da obsessão onde se encaminha a referida pessoa para as sessões de desobsessão.
Acomodados nessa leviandade, afirma-se a visão passiva de uma potencialidade, como se o encarnado fosse a perpétua vítima indefesa de desencarnados hábeis, esquecidos de que, os encarnados é que propiciam, ofertam campo à influência mediúnica.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Em "O Livro dos Espíritos" - q. 466 - ensinam os Espíritos:
"(...) nossa missão é a de te pôr no bom caminho, e quando más influências agem sobre ti, és tu que as chamas pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer;
eles não podem ajudar-te no mal, se não quando tu desejas o mal".
Na questão seguinte perguntando se é possível afastar a influência desses Espíritos, respondem:
"Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos".
Por superficial que possa ser o estudo desses itens, ressalta, percebe-se ser a vontade do encarnado que estabelece os vínculos.
Nesse campo o ser humano é totalmente activo; é o agente.
Se assim não fosse, qual o significado do livre-arbítrio?
De que adiantaria submeter alguém às sessões de desobsessão, se não estiver ela sensibilizada para se modificar, autoconhecer-se, auto-educar-se. A maioria desses "problemas mediunidade" são situações de caráter pessoal, de educação.
Entenda-se educação, como processo que englobando a instrucção, ilustra sim a mente sobre um ou vários ramos da ciência, mas liga-se ao carácter, fala de feitio moral, distingue a criatura pela firmeza da vontade, e desenvolvimento dos poderes do Espírito "(...) o poder e a formação intelectual sem integridade de caráter constituem-se em ameaça para o próprio homem e para o meio com que convive".
(...) Educar é transformar o homem dando-lhe uma concepção de vida fundamentada na supremacia do Espírito e dos valores morais".
Daí ser injustiça ligar Mediunidade a problemas e por decorrência culpar o Espiritismo pela existência deles.
Ao contrário, é a Doutrina Espírita que apreendida leva à compreensão do fenómeno através dos tempos.
Esclarece o envolvido a que exerça, use sua faculdade de modo ordenado, tranquilo, perfeitamente compatível com qualquer actividade que exerça ou meio em que viva.
Quando as manifestações expontâneas ocorram, não haverá pânico, desorientação, mas respeito e satisfação, por entender que está se preparando para servir, intermediando planos, em tarefa nobre que exige sim preparo, doacção, mas que reserva alegrias inesperadas e duradouras advindas da oportunidade de doar-se no Bem, para que o outro fique melhor.
A Mediunidade generalizada, que todos possuem, geralmente permanecendo estagnada, sem ser percebida, trabalhada, sem que se dê importância ou valor passa a ser compreendida e usada, como disposição natural do Espírito para expandir-se, projectar-se entrar em relação com outras mentes, como activo centro emissor e receptor de pensamentos.
Configura-se como talento divino a ser utilizado na própria renovação que liberta.
Propicia afloramento das percepções íntimas do ser, constituindo-se por isso em instrumento de evolução, uma vez que o uso responsável, o estado moral será a determinante da maior ou menor abrangência.
Continua...
Em "O Livro dos Espíritos" - q. 466 - ensinam os Espíritos:
"(...) nossa missão é a de te pôr no bom caminho, e quando más influências agem sobre ti, és tu que as chamas pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer;
eles não podem ajudar-te no mal, se não quando tu desejas o mal".
Na questão seguinte perguntando se é possível afastar a influência desses Espíritos, respondem:
"Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos".
Por superficial que possa ser o estudo desses itens, ressalta, percebe-se ser a vontade do encarnado que estabelece os vínculos.
Nesse campo o ser humano é totalmente activo; é o agente.
Se assim não fosse, qual o significado do livre-arbítrio?
De que adiantaria submeter alguém às sessões de desobsessão, se não estiver ela sensibilizada para se modificar, autoconhecer-se, auto-educar-se. A maioria desses "problemas mediunidade" são situações de caráter pessoal, de educação.
Entenda-se educação, como processo que englobando a instrucção, ilustra sim a mente sobre um ou vários ramos da ciência, mas liga-se ao carácter, fala de feitio moral, distingue a criatura pela firmeza da vontade, e desenvolvimento dos poderes do Espírito "(...) o poder e a formação intelectual sem integridade de caráter constituem-se em ameaça para o próprio homem e para o meio com que convive".
(...) Educar é transformar o homem dando-lhe uma concepção de vida fundamentada na supremacia do Espírito e dos valores morais".
Daí ser injustiça ligar Mediunidade a problemas e por decorrência culpar o Espiritismo pela existência deles.
Ao contrário, é a Doutrina Espírita que apreendida leva à compreensão do fenómeno através dos tempos.
Esclarece o envolvido a que exerça, use sua faculdade de modo ordenado, tranquilo, perfeitamente compatível com qualquer actividade que exerça ou meio em que viva.
Quando as manifestações expontâneas ocorram, não haverá pânico, desorientação, mas respeito e satisfação, por entender que está se preparando para servir, intermediando planos, em tarefa nobre que exige sim preparo, doacção, mas que reserva alegrias inesperadas e duradouras advindas da oportunidade de doar-se no Bem, para que o outro fique melhor.
A Mediunidade generalizada, que todos possuem, geralmente permanecendo estagnada, sem ser percebida, trabalhada, sem que se dê importância ou valor passa a ser compreendida e usada, como disposição natural do Espírito para expandir-se, projectar-se entrar em relação com outras mentes, como activo centro emissor e receptor de pensamentos.
Configura-se como talento divino a ser utilizado na própria renovação que liberta.
Propicia afloramento das percepções íntimas do ser, constituindo-se por isso em instrumento de evolução, uma vez que o uso responsável, o estado moral será a determinante da maior ou menor abrangência.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Vida e mediunidade, constituir-se-ão como único processo.
"O acto de viver passa a ser um acto mediúnico, Somos Espíritos que se manifestam através de corpos materiais.
A vida é comunicação entre planos".
Nesse entender relaciona-se o homem com os demais Espíritos sem medo ou desconfianças infundadas, sem pretensão vaidosa ou interesses mesquinhos;
confiante nas leis da vida estrutura mente aberta, lúcida, selectiva o que proporciona?
Intuição clara da realidade antes confusa;
captação fácil das sugestões amigas, percepção directa e profunda dos rumos a seguir em todas as situações.
"Mediunidade é isso:
afloramento na consciência das forças e vectores que formam a riqueza insuspeitada do nosso inconsciente;
será inspiração a guiar no momento certo".
Nessa dinâmica, vozes internas começam a ser percebidas e a existência a se revelar em múltiplas e ricas perspectivas.
Quando se atingir essa compreensão.
Mediunidade não será mais apenas meios de comunicação com desencarnados, mas campo aberto para as relações sociais e espirituais na busca consciente e prazerosa do Bem.
Quanto mais essas relações forem aprimoradas, equilibradas, dirigidas na busca desse melhor, essa mediunidade interior aflora e a essência divina do homem se comunica através de sua realidade humana.
"É esse o mais belo acto mediúnico, o fenómeno mais significativo da Mediunidade, aquele que distintamente nos revela a imortalidade pessoal.
A "divindade de Jesus" não se revelava "por parte de Deus", mas como "criatura de Deus" que no exercício da sua conduta moral interligava-se, mantinha-se unido às elevadas mentes voltadas para o Amor.
"Sois deuses", referenciando lembrar ao homem que nele repousa a divindade do Criador com a qual pode participar dos poderes da Criação alcançando valores, desenvolvendo para a luz essa natureza divina.
"Viver mediunicamente, não é viver envolvido por um Espírito estranho, mas viver essa plenitude de possibilidades".
A tranquilidade, a segurança, o saber, o equilíbrio que se busca está em cada um.
Podemos ser médiuns dessa natureza divina desconhecida ou soterrada pelo apego aos formalismos, à magia e à idolatria.
O pensamento, o sentimento moral, a vida buscando o melhor exterioriza-se em actos, a divindade interna.
Como actualizar essa divindade?
No dia-a-dia, no afastar das exterioridades procurando a verdade de modo sincero no coração e na mente.
Essa busca, esse trabalho pessoal coloca acima das ilusões, desgasta vaidades, orgulho vazio.
Continua...
Vida e mediunidade, constituir-se-ão como único processo.
"O acto de viver passa a ser um acto mediúnico, Somos Espíritos que se manifestam através de corpos materiais.
A vida é comunicação entre planos".
Nesse entender relaciona-se o homem com os demais Espíritos sem medo ou desconfianças infundadas, sem pretensão vaidosa ou interesses mesquinhos;
confiante nas leis da vida estrutura mente aberta, lúcida, selectiva o que proporciona?
Intuição clara da realidade antes confusa;
captação fácil das sugestões amigas, percepção directa e profunda dos rumos a seguir em todas as situações.
"Mediunidade é isso:
afloramento na consciência das forças e vectores que formam a riqueza insuspeitada do nosso inconsciente;
será inspiração a guiar no momento certo".
Nessa dinâmica, vozes internas começam a ser percebidas e a existência a se revelar em múltiplas e ricas perspectivas.
Quando se atingir essa compreensão.
Mediunidade não será mais apenas meios de comunicação com desencarnados, mas campo aberto para as relações sociais e espirituais na busca consciente e prazerosa do Bem.
Quanto mais essas relações forem aprimoradas, equilibradas, dirigidas na busca desse melhor, essa mediunidade interior aflora e a essência divina do homem se comunica através de sua realidade humana.
"É esse o mais belo acto mediúnico, o fenómeno mais significativo da Mediunidade, aquele que distintamente nos revela a imortalidade pessoal.
A "divindade de Jesus" não se revelava "por parte de Deus", mas como "criatura de Deus" que no exercício da sua conduta moral interligava-se, mantinha-se unido às elevadas mentes voltadas para o Amor.
"Sois deuses", referenciando lembrar ao homem que nele repousa a divindade do Criador com a qual pode participar dos poderes da Criação alcançando valores, desenvolvendo para a luz essa natureza divina.
"Viver mediunicamente, não é viver envolvido por um Espírito estranho, mas viver essa plenitude de possibilidades".
A tranquilidade, a segurança, o saber, o equilíbrio que se busca está em cada um.
Podemos ser médiuns dessa natureza divina desconhecida ou soterrada pelo apego aos formalismos, à magia e à idolatria.
O pensamento, o sentimento moral, a vida buscando o melhor exterioriza-se em actos, a divindade interna.
Como actualizar essa divindade?
No dia-a-dia, no afastar das exterioridades procurando a verdade de modo sincero no coração e na mente.
Essa busca, esse trabalho pessoal coloca acima das ilusões, desgasta vaidades, orgulho vazio.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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É o manter-se alerta frente o momento, que passa carregado de convites, de exercícios para as percepções espirituais.
Esse estado não será nunca forçado mas vai fluindo espontaneamente à medida que o ser entende e se dispõe a lidar ao mesmo tempo com a realidade interna e com as ideias que despontam na mente.
Sabendo distinguí-las faz a melhor opção na aplicação dos princípios cristãos.
Para isso há que despertar e incorporar os princípios da vigilância.
"Vigiai e orai" significando precaver, cuidar, trabalhar, defender-se sem cansaço no Bem.
"Vibra com a vida que estua, sublime, ao redor de ti, e trabalha infatigavelmente dilatando as fronteiras do bem, aprendendo e ajudando aos outros em teu próprio favor.
Essa é a mais alta fórmula de vigiar e orar para não cairmos em tentação".
Reafirme-se: esse viver mediúnico não é específico ao médium de mediunato, mas a todos, onde a vida diária se apresentará como contribuição da faculdade mediúnica no trabalho pessoal que livrando de perturbações e obsessão de toda espécie, liberta-o dele próprio.
O uso permanente da faculdade na percepção da realidade dupla, a interna e a externa, espiritual e material combinadas no perceber global do todo.
Nesse viver mediúnico, quer se encontre o homem no mediunato ou na mediunidade generalizada, Albino Teixeira sintetiza em "Decálogo para médiuns":
* Não afastar-se dos deveres e compromissos que abraçou na vida, reconhecendo que é impossível manter intercâmbio espiritual claro e constante com o Plano Superior, sem base na consciência tranquila.
* Não descuidar-se do autodomínio, a fim de controlar as próprias faculdades.
* Não ignorar que desenvolvimento mediúnico, antes de tudo significa educar-se o médium a si mesmo para ser mais útil.
* Não desejar "fazer tudo", mas fazer o que deve e possa no auxílio aos outros.
* Não recusar críticas ou discussões e sim aceitá-las de boa vontade por teste de melhoria e aperfeiçoamento dos próprios recursos.
* Não guardar ressentimentos.
* Não fugir do estudo, nem da disciplina para discernir e agir com segurança.
* Não relaxar a pontualidade das tarefas que lhe cabem, a não ser por motivos de reconhecida necessidade.
* Não olvidar pessoas nos benefícios que preste.
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É o manter-se alerta frente o momento, que passa carregado de convites, de exercícios para as percepções espirituais.
Esse estado não será nunca forçado mas vai fluindo espontaneamente à medida que o ser entende e se dispõe a lidar ao mesmo tempo com a realidade interna e com as ideias que despontam na mente.
Sabendo distinguí-las faz a melhor opção na aplicação dos princípios cristãos.
Para isso há que despertar e incorporar os princípios da vigilância.
"Vigiai e orai" significando precaver, cuidar, trabalhar, defender-se sem cansaço no Bem.
"Vibra com a vida que estua, sublime, ao redor de ti, e trabalha infatigavelmente dilatando as fronteiras do bem, aprendendo e ajudando aos outros em teu próprio favor.
Essa é a mais alta fórmula de vigiar e orar para não cairmos em tentação".
Reafirme-se: esse viver mediúnico não é específico ao médium de mediunato, mas a todos, onde a vida diária se apresentará como contribuição da faculdade mediúnica no trabalho pessoal que livrando de perturbações e obsessão de toda espécie, liberta-o dele próprio.
O uso permanente da faculdade na percepção da realidade dupla, a interna e a externa, espiritual e material combinadas no perceber global do todo.
Nesse viver mediúnico, quer se encontre o homem no mediunato ou na mediunidade generalizada, Albino Teixeira sintetiza em "Decálogo para médiuns":
* Não afastar-se dos deveres e compromissos que abraçou na vida, reconhecendo que é impossível manter intercâmbio espiritual claro e constante com o Plano Superior, sem base na consciência tranquila.
* Não descuidar-se do autodomínio, a fim de controlar as próprias faculdades.
* Não ignorar que desenvolvimento mediúnico, antes de tudo significa educar-se o médium a si mesmo para ser mais útil.
* Não desejar "fazer tudo", mas fazer o que deve e possa no auxílio aos outros.
* Não recusar críticas ou discussões e sim aceitá-las de boa vontade por teste de melhoria e aperfeiçoamento dos próprios recursos.
* Não guardar ressentimentos.
* Não fugir do estudo, nem da disciplina para discernir e agir com segurança.
* Não relaxar a pontualidade das tarefas que lhe cabem, a não ser por motivos de reconhecida necessidade.
* Não olvidar pessoas nos benefícios que preste.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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* Não olvidar que o melhor médium para o Mundo Espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se disposto a esquecer-se e pronto a servir.
Livros consultados:
* Kardec, Allan - O principiante espírita
* Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - 466, 467
* Camargo, Pedro - O Mestre na Educação - 12
* Lobo, Ney - Espiritismo e Educação
* Miranda, H. C. - Crónicas de um e de outro - 74
* Pires, J. Herculano - Mediunidade
* Peralva, Martins - Mediunidade e Evolução - 5 - 27
* Novo Testamento - 14:38
* Emmanuel - Palavras de Vida Eterna - 3
* Emmanuel - O Consolador - pág. 177
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
* Não olvidar que o melhor médium para o Mundo Espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se disposto a esquecer-se e pronto a servir.
Livros consultados:
* Kardec, Allan - O principiante espírita
* Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - 466, 467
* Camargo, Pedro - O Mestre na Educação - 12
* Lobo, Ney - Espiritismo e Educação
* Miranda, H. C. - Crónicas de um e de outro - 74
* Pires, J. Herculano - Mediunidade
* Peralva, Martins - Mediunidade e Evolução - 5 - 27
* Novo Testamento - 14:38
* Emmanuel - Palavras de Vida Eterna - 3
* Emmanuel - O Consolador - pág. 177
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)
§.§.§- O-canto-da-ave
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“MEDIUNIDADE E VICIAÇÃO”
Quando a indisciplina comanda o corpo, surgem os desastres da conduta.
À medida que o conhecimento avança e a ética oferece valiosas contribuições sociais, o homem constata a necessidade do equilíbrio das atitudes entre a organização somática e o carácter moral.
A Ortopedia, à custas de recursos disciplinantes, corrige as anormalidades da forma física, conduzindo ossos e cartilagens aos seus fins.
A Ginástica, facultando elasticidade aos músculos, desenvolve o corpo, modelando e corrigindo imperfeições para o seu melhor equilíbrio.
Na mesma ordem, muitos desequilíbrios da mente, no que diz respeito ao comando da organização celular, são consequências naturais do descaso que se dá ao aparelho psíquico.
Acostumando-se à rebelião dos centros nervosos, o homem encarnado experimenta o impacto de distúrbios de variada classificação, recebendo, através do aparelho neuro-vegetativo, acção desequilibrante que o leva a processos de conduta anormal.
Assim como o corpo se amolenta e se desorganiza por falta de acção positiva, a mente se desarmoniza quando escasseiam os valores–estímulos para o seu desenvolvimento.
Jesus nos ensinou, desde há muito, que, pensando, o ser elabora o domicílio de carne pelo qual jornadeia e dirigindo o pensamento à Divindade torna-se templo onde a Divindade se acolhe.
Embora a ancianidade do ensinamento, os cristãos, fascinados pelo comando dos valores terrenos, esqueceram as disciplinas mentais, relegando a plano secundário o que, em verdade, representa condição essencial para uma vida sadia.
Com o advento do Espiritismo, que elucida a razão das consequência dos desequilíbrios morais, o cristão novo descobre que o pensamento é o dínamo vitalizador do corpo, através do qual veiculam as energias oriundas do Mundo Espiritual...
Nesse particular, a mediunidade, que faculta o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, não pode continuar envolta nos “mistérios” clássicos das doutrinas esotéricas do passado nem tão pouco relegada ao descaso da indiferença dos estudiosos, utilizada pela ignorância de uns ou pela inépcia de outros, constituindo-se veículo perigoso ao alcance da irresponsabilidade...
Para que se coroem de êxito quaisquer esforços no exercício mediúnico, estes devem partir do próprio encarnado, que se deve submeter a disciplina austera, em continuados exercícios da dignificação moral.
Estudo sério, acção benfazeja, conduta firme e recta, renovação evangélica constante, aprimoramento infatigável, são linhas de segurança para o sucesso no serviço mediúnico.
Nesse particular, que se evitem os hábitos da rotina mental, negativa e perniciosa, que se transformam em cacoetes psíquicos de difícil erradicação.
Intercâmbio espiritual através da mediunidade significa permuta entre dois planos.
Por mais física, aparentemente, seja a comunicação, esta é sempre de espírito a espírito, utilizando-se o desencarnado das possibilidades do perispírito do médium.
O médium é filtro por cuja mente transitam as notícias da vida além-da-vida.
Nesse sentido, consideremos a concentração mental de modo diverso dos que a comparam a interruptor de fácil manejo que, accionado, oferece passagem à energia comunicante, sem mais cuidados...
Continua...
À medida que o conhecimento avança e a ética oferece valiosas contribuições sociais, o homem constata a necessidade do equilíbrio das atitudes entre a organização somática e o carácter moral.
A Ortopedia, à custas de recursos disciplinantes, corrige as anormalidades da forma física, conduzindo ossos e cartilagens aos seus fins.
A Ginástica, facultando elasticidade aos músculos, desenvolve o corpo, modelando e corrigindo imperfeições para o seu melhor equilíbrio.
Na mesma ordem, muitos desequilíbrios da mente, no que diz respeito ao comando da organização celular, são consequências naturais do descaso que se dá ao aparelho psíquico.
Acostumando-se à rebelião dos centros nervosos, o homem encarnado experimenta o impacto de distúrbios de variada classificação, recebendo, através do aparelho neuro-vegetativo, acção desequilibrante que o leva a processos de conduta anormal.
Assim como o corpo se amolenta e se desorganiza por falta de acção positiva, a mente se desarmoniza quando escasseiam os valores–estímulos para o seu desenvolvimento.
Jesus nos ensinou, desde há muito, que, pensando, o ser elabora o domicílio de carne pelo qual jornadeia e dirigindo o pensamento à Divindade torna-se templo onde a Divindade se acolhe.
Embora a ancianidade do ensinamento, os cristãos, fascinados pelo comando dos valores terrenos, esqueceram as disciplinas mentais, relegando a plano secundário o que, em verdade, representa condição essencial para uma vida sadia.
Com o advento do Espiritismo, que elucida a razão das consequência dos desequilíbrios morais, o cristão novo descobre que o pensamento é o dínamo vitalizador do corpo, através do qual veiculam as energias oriundas do Mundo Espiritual...
Nesse particular, a mediunidade, que faculta o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, não pode continuar envolta nos “mistérios” clássicos das doutrinas esotéricas do passado nem tão pouco relegada ao descaso da indiferença dos estudiosos, utilizada pela ignorância de uns ou pela inépcia de outros, constituindo-se veículo perigoso ao alcance da irresponsabilidade...
Para que se coroem de êxito quaisquer esforços no exercício mediúnico, estes devem partir do próprio encarnado, que se deve submeter a disciplina austera, em continuados exercícios da dignificação moral.
Estudo sério, acção benfazeja, conduta firme e recta, renovação evangélica constante, aprimoramento infatigável, são linhas de segurança para o sucesso no serviço mediúnico.
Nesse particular, que se evitem os hábitos da rotina mental, negativa e perniciosa, que se transformam em cacoetes psíquicos de difícil erradicação.
Intercâmbio espiritual através da mediunidade significa permuta entre dois planos.
Por mais física, aparentemente, seja a comunicação, esta é sempre de espírito a espírito, utilizando-se o desencarnado das possibilidades do perispírito do médium.
O médium é filtro por cuja mente transitam as notícias da vida além-da-vida.
Nesse sentido, consideremos a concentração mental de modo diverso dos que a comparam a interruptor de fácil manejo que, accionado, oferece passagem à energia comunicante, sem mais cuidados...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passageira junto ao Cristo.
Graças à indisciplina da mente sacudida pelo ventos da polideia nascem, durante o labor intercambial, os defeitos e irregularidades que tanto prejudicam o ministério espiritual.
Aparecem em tais casos os pontos de fixação psíquica no subconsciente do médium prejudicando a assimilação da mensagem.
Ora, quando a mente desencarnada penetra os círculos vibratórios do médium, este, se desavisado, reflecte as deficiências do companheiro que, acostumado à viciação psíquica, não regista as ideias que lhe não sejam habituais.
Quando tal fenómeno sucede, o médium, no acto da psicofonia, por exemplo, deixa-se afligir por esgares, tosses, bocejos e, de fácil excitação, transmite ao sistema nervoso síndromas do próprio desequilíbrio como se fossem parte integrante do intercâmbio mediúnico.
Em enarmonia, produz gritos e ruídos facilmente dispensáveis, gerando um clima de balbúrdia incompatível, por viciação, com a necessária serenidade mental de que se deve revestir o estado de transe.
Desse modo a selecção das imagens que transitam pela mente do intermediário sofrem as dificuldades que lhe são peculiares traduzindo ao paladar dos recursos defeituosos que lhe são próprios.
Quem se candidate, pois, ao serviço mediúnico, não descure os impositivos da harmonia mental.
Os exercícios de desprendimento das ideias corriqueiras com o objectivo de acurar a audição interior, não podem ser relegados, transformando-se em meios de sintonização fácil com as mensagens oriundas dos Espíritos.
Jesus, enquanto esteve connosco, na Terra, não poucas vezes deixou o tumulto para ouvir o Pai, orando e comungando com Ele em buscas de transcendência inexpressável pelo verbo comum.
Para tanto, porém, não é necessário que o homem moderno se afaste dos deveres a que está ligado, a fim de encontrar a paz interior.
Cultive o médium, todavia, o pensamento nobre, silenciando o tumulto das vozes internas da alma, procurando renovação em Jesus Cristo, cada dia e a toda a hora, e oferecendo o tesouro da boa vontade em favor da aflição alheia encontrará, na própria libertação, pela mediunidade sem viciação, a sublime “escada de jacó” que o conduzirá aos páramos da luz, consciente e lúcido como a verdade, descendo para ajudar, sem perigo de contágio de qualquer natureza...
Manoel Philomeno de Miranda
§.§.§- O-canto-da-ave
A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passageira junto ao Cristo.
Graças à indisciplina da mente sacudida pelo ventos da polideia nascem, durante o labor intercambial, os defeitos e irregularidades que tanto prejudicam o ministério espiritual.
Aparecem em tais casos os pontos de fixação psíquica no subconsciente do médium prejudicando a assimilação da mensagem.
Ora, quando a mente desencarnada penetra os círculos vibratórios do médium, este, se desavisado, reflecte as deficiências do companheiro que, acostumado à viciação psíquica, não regista as ideias que lhe não sejam habituais.
Quando tal fenómeno sucede, o médium, no acto da psicofonia, por exemplo, deixa-se afligir por esgares, tosses, bocejos e, de fácil excitação, transmite ao sistema nervoso síndromas do próprio desequilíbrio como se fossem parte integrante do intercâmbio mediúnico.
Em enarmonia, produz gritos e ruídos facilmente dispensáveis, gerando um clima de balbúrdia incompatível, por viciação, com a necessária serenidade mental de que se deve revestir o estado de transe.
Desse modo a selecção das imagens que transitam pela mente do intermediário sofrem as dificuldades que lhe são peculiares traduzindo ao paladar dos recursos defeituosos que lhe são próprios.
Quem se candidate, pois, ao serviço mediúnico, não descure os impositivos da harmonia mental.
Os exercícios de desprendimento das ideias corriqueiras com o objectivo de acurar a audição interior, não podem ser relegados, transformando-se em meios de sintonização fácil com as mensagens oriundas dos Espíritos.
Jesus, enquanto esteve connosco, na Terra, não poucas vezes deixou o tumulto para ouvir o Pai, orando e comungando com Ele em buscas de transcendência inexpressável pelo verbo comum.
Para tanto, porém, não é necessário que o homem moderno se afaste dos deveres a que está ligado, a fim de encontrar a paz interior.
Cultive o médium, todavia, o pensamento nobre, silenciando o tumulto das vozes internas da alma, procurando renovação em Jesus Cristo, cada dia e a toda a hora, e oferecendo o tesouro da boa vontade em favor da aflição alheia encontrará, na própria libertação, pela mediunidade sem viciação, a sublime “escada de jacó” que o conduzirá aos páramos da luz, consciente e lúcido como a verdade, descendo para ajudar, sem perigo de contágio de qualquer natureza...
Manoel Philomeno de Miranda
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O Uso da Mediunidade no Dia a Dia
Não resta dúvida de que, como nos ensinou a mediunidade de nosso saudoso Chico, a enxada que não trabalha enferruja.
Não resta dúvida, tampouco, que, em um país como o Brasil, em que a Doutrina Espírita está tão bem divulgada, onde existem tantas Casas Espíritas e tantas obras de caridade, onde há tantos desencantados e doentes do corpo e da alma, não faltam oportunidades de auxílio aos necessitados, encarnados e desencarnados.
Só não se envolve em actividades mediúnicas em nosso país quem não quer, é mal informado ou desconhece o factor mediúnico em nossas vidas, a mediunidade como ela realmente é.
Entretanto, situação bem diversa se dá em certos países ditos “de primeiro mundo”.
Minha experiência em websites espiritualistas estrangeiros deu-me a oportunidade de travar contacto com inúmeros médiuns perturbados habitando em países onde a mediunidade deles é incompreendida e as oportunidades de auxílio que abundam no Brasil simplesmente inexistem.
Em tais países desenvolvidos não existe pobreza material, a religião existente é dogmática e estagnada e ensinamentos esotéricos desencontrados são misturados de modo comercial e confuso, em um quadro de desamparo e desalento para tais médiuns sofredores, isolados em seus conflitos e simplesmente dados como loucos ou perturbados.
Como a Justiça Divina é perfeita, não há como supor que alguém reencarne com mediunidade em tal situação sem ter como utilizá-la com bom proveito.
Desse modo, parece-me evidente que a mediunidade possa ser exercida qualitativamente a contento e em intensidade satisfatória não só em actividades tradicionalmente entendidas como mediúnicas, mas, também e, até mesmo principalmente, nas simples atividades do dia-a-dia.
Logo, um abraço amoroso pode ser uma atividade mediúnica inconsciente.
Por que razão um Espírito bom não aproveitaria tal oportunidade para beneficiar a pessoa abraçada, utilizando-se do agente do abraço como médium?
Uma prece, um pensamento carinhoso, um aperto de mão, um olhar compassivo, são tantas as formas naturais de passe que podemos dar no dia-a-dia, com o concurso de nossos mentores e guias, em um inequívoco uso de nossa mediunidade.
Quando a mãe passa a mão suavemente no cabelo de seu querido filho ou filha, não poderá ela estar usando sua mediunidade e dando um passe, apesar de inconsciente de tal facto?
Não estou sendo meramente teórico em minhas considerações.
Observo e sinto em meu dia-a-dia que estou utilizando minha mediunidade a todo o instante.
Sim, é verdade, conheço a Doutrina Espírita e isso me permite estar consciente do que faço.
No entanto, que diferença faz?
Continua...
Não resta dúvida, tampouco, que, em um país como o Brasil, em que a Doutrina Espírita está tão bem divulgada, onde existem tantas Casas Espíritas e tantas obras de caridade, onde há tantos desencantados e doentes do corpo e da alma, não faltam oportunidades de auxílio aos necessitados, encarnados e desencarnados.
Só não se envolve em actividades mediúnicas em nosso país quem não quer, é mal informado ou desconhece o factor mediúnico em nossas vidas, a mediunidade como ela realmente é.
Entretanto, situação bem diversa se dá em certos países ditos “de primeiro mundo”.
Minha experiência em websites espiritualistas estrangeiros deu-me a oportunidade de travar contacto com inúmeros médiuns perturbados habitando em países onde a mediunidade deles é incompreendida e as oportunidades de auxílio que abundam no Brasil simplesmente inexistem.
Em tais países desenvolvidos não existe pobreza material, a religião existente é dogmática e estagnada e ensinamentos esotéricos desencontrados são misturados de modo comercial e confuso, em um quadro de desamparo e desalento para tais médiuns sofredores, isolados em seus conflitos e simplesmente dados como loucos ou perturbados.
Como a Justiça Divina é perfeita, não há como supor que alguém reencarne com mediunidade em tal situação sem ter como utilizá-la com bom proveito.
Desse modo, parece-me evidente que a mediunidade possa ser exercida qualitativamente a contento e em intensidade satisfatória não só em actividades tradicionalmente entendidas como mediúnicas, mas, também e, até mesmo principalmente, nas simples atividades do dia-a-dia.
Logo, um abraço amoroso pode ser uma atividade mediúnica inconsciente.
Por que razão um Espírito bom não aproveitaria tal oportunidade para beneficiar a pessoa abraçada, utilizando-se do agente do abraço como médium?
Uma prece, um pensamento carinhoso, um aperto de mão, um olhar compassivo, são tantas as formas naturais de passe que podemos dar no dia-a-dia, com o concurso de nossos mentores e guias, em um inequívoco uso de nossa mediunidade.
Quando a mãe passa a mão suavemente no cabelo de seu querido filho ou filha, não poderá ela estar usando sua mediunidade e dando um passe, apesar de inconsciente de tal facto?
Não estou sendo meramente teórico em minhas considerações.
Observo e sinto em meu dia-a-dia que estou utilizando minha mediunidade a todo o instante.
Sim, é verdade, conheço a Doutrina Espírita e isso me permite estar consciente do que faço.
No entanto, que diferença faz?
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Dizia a eles que se esforçassem por ser pessoas melhores, um dia após o outro.
Que aprendessem a olhar para todos à sua volta como irmãos e irmãs.
Que, se lhes fosse difícil perdoar a quem os ofendesse, que, pelo menos, por eles não alimentassem rancor, procurando esquecer as ofensas recebidas;
que orassem por todos à sua volta;
que valorizassem os apertos de mão, os abraços, os olhares, e projectassem amor em tais comportamentos, de outra forma constituídos de simples formalidades sociais.
Dizia, finalmente, que procurassem aquele parente ou conhecido velho e doente e os visitassem, conversassem com ele, lhe trouxessem alento com sua simples presença.
É isso que queria dizer.
Costumo ler muitas vezes orientações de como usar a mediunidade que se aplicam somente no Brasil ou, no máximo, em alguns poucos lugares do planeta.
Gostaria que os irmãos e irmãs explorassem mais outras situações, mesmo porque, nada nos garante que venhamos a ter nossa próxima reencarnação neste querido País.
Que tal, então, começarmos desde agora a praticar?
O Movimento Espírita pode estar muito mais amplo e divulgado no Brasil que em outras partes do mundo, mas a Doutrina Espírita é para toda a humanidade, neste planeta e em outros mais.
É mister, portanto, que saibamos praticar os ensinamentos do Mestre, explicados com tanta clareza pelo Espiritismo, estejamos onde estejamos, quer conheçamos a Codificação de forma explícita, pela sua leitura e estudo na vida actual, quer de forma intuitiva, pelas lembranças de estudos sérios que tenhamos feito nas vidas que passaram.
Renato Costa
§.§.§- O-canto-da-ave
Dizia a eles que se esforçassem por ser pessoas melhores, um dia após o outro.
Que aprendessem a olhar para todos à sua volta como irmãos e irmãs.
Que, se lhes fosse difícil perdoar a quem os ofendesse, que, pelo menos, por eles não alimentassem rancor, procurando esquecer as ofensas recebidas;
que orassem por todos à sua volta;
que valorizassem os apertos de mão, os abraços, os olhares, e projectassem amor em tais comportamentos, de outra forma constituídos de simples formalidades sociais.
Dizia, finalmente, que procurassem aquele parente ou conhecido velho e doente e os visitassem, conversassem com ele, lhe trouxessem alento com sua simples presença.
É isso que queria dizer.
Costumo ler muitas vezes orientações de como usar a mediunidade que se aplicam somente no Brasil ou, no máximo, em alguns poucos lugares do planeta.
Gostaria que os irmãos e irmãs explorassem mais outras situações, mesmo porque, nada nos garante que venhamos a ter nossa próxima reencarnação neste querido País.
Que tal, então, começarmos desde agora a praticar?
O Movimento Espírita pode estar muito mais amplo e divulgado no Brasil que em outras partes do mundo, mas a Doutrina Espírita é para toda a humanidade, neste planeta e em outros mais.
É mister, portanto, que saibamos praticar os ensinamentos do Mestre, explicados com tanta clareza pelo Espiritismo, estejamos onde estejamos, quer conheçamos a Codificação de forma explícita, pela sua leitura e estudo na vida actual, quer de forma intuitiva, pelas lembranças de estudos sérios que tenhamos feito nas vidas que passaram.
Renato Costa
§.§.§- O-canto-da-ave
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Obsessão e Distúrbios Psíquicos
Conforme a definição de Allan Kardec, em a Génese, no capítulo XIV, item 45, "Chama-se obsessão à ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais."
Esta influência pode ser de uma espírito desencarnado sobre um encarnado, de um desencarnado sobre outro desencarnado, de um encarnado sobre um desencarnado, de um encarnado sobre outro encarnado e até mesmo uma auto-obsessão.
Em todos os casos, encontramos o pensamento como base destes processos, ocorrendo geralmente a vinculação de duas ou mais mentes.
Estas vinculações mentais podem ocorrerem por laços do passado, através de sentimentos de ódio e vingança, por interdependência emocional, por domínio de forças com fins destrutivos ou mesmo por simples afinidade moral.
A obsessão é o pior mal da humanidade, sendo a causa de diversos acidentes, homicídios, suicídios, guerras, doenças mentais e físicas.
Ainda o homem não conseguiu dimensionar esta questão tão importante, que continua gerando situações graves e problemáticas, principalmente porque se estrutura na própria intimidade do indivíduo, a nossa natureza moral.
Enquanto não alcançarmos a evangelização de nossas almas haverá sempre um terreno propício a esta patologia fisicopsíquica.
O assunto é muito amplo e complexo, para não estendermos muito o presente artigo nos deteremos mais no objectivo de relacionar a obsessão com as doenças físicas e psíquicas.
A espiritualidade nos informa que estamos em constante intercâmbio de energias mentais de diversas naturezas, onde cada onda mental produz um teor vibratório específico, carregado com os elementos internos daquele que o emitiu:
[i9seus desejos, sentimentos e ideias.[/i]
Esses pensamentos podem serem balsamisantes ou venenosos, alegres ou tristes, salutares ou prejudiciais, altruístas ou egoístas, amorosos ou rancorosos, construtivos ou destructivos, reflectindo sempre o nosso estado espiritual.
A partir da nossa vida mental (nossas leituras, diálogos, ideias, objectivos, mentalizações, emoções, etc.), sintonizamos com outras mentes afins e passamos a nos alimentar com o mesmo tipo de plasma mental que conscientemente ou insconscientemente atraímos.
Estas ondas e formas mentais que gravitam em torno da nossa personalidade, formam uma atmosfera psíquica que respiramos e que nos acompanha constantemente, a qual chamamos de aura.
A aura é nosso cartão de visita, por ela os espíritos enxergam a natureza dos nossos pensamentos e se sentem atraídos pela lei de afinidade e sintonia.
Quando temos um pensamento constante, persistente, criamos uma fixação mental ou monoideismo.
Continua...
Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais."
Esta influência pode ser de uma espírito desencarnado sobre um encarnado, de um desencarnado sobre outro desencarnado, de um encarnado sobre um desencarnado, de um encarnado sobre outro encarnado e até mesmo uma auto-obsessão.
Em todos os casos, encontramos o pensamento como base destes processos, ocorrendo geralmente a vinculação de duas ou mais mentes.
Estas vinculações mentais podem ocorrerem por laços do passado, através de sentimentos de ódio e vingança, por interdependência emocional, por domínio de forças com fins destrutivos ou mesmo por simples afinidade moral.
A obsessão é o pior mal da humanidade, sendo a causa de diversos acidentes, homicídios, suicídios, guerras, doenças mentais e físicas.
Ainda o homem não conseguiu dimensionar esta questão tão importante, que continua gerando situações graves e problemáticas, principalmente porque se estrutura na própria intimidade do indivíduo, a nossa natureza moral.
Enquanto não alcançarmos a evangelização de nossas almas haverá sempre um terreno propício a esta patologia fisicopsíquica.
O assunto é muito amplo e complexo, para não estendermos muito o presente artigo nos deteremos mais no objectivo de relacionar a obsessão com as doenças físicas e psíquicas.
A espiritualidade nos informa que estamos em constante intercâmbio de energias mentais de diversas naturezas, onde cada onda mental produz um teor vibratório específico, carregado com os elementos internos daquele que o emitiu:
[i9seus desejos, sentimentos e ideias.[/i]
Esses pensamentos podem serem balsamisantes ou venenosos, alegres ou tristes, salutares ou prejudiciais, altruístas ou egoístas, amorosos ou rancorosos, construtivos ou destructivos, reflectindo sempre o nosso estado espiritual.
A partir da nossa vida mental (nossas leituras, diálogos, ideias, objectivos, mentalizações, emoções, etc.), sintonizamos com outras mentes afins e passamos a nos alimentar com o mesmo tipo de plasma mental que conscientemente ou insconscientemente atraímos.
Estas ondas e formas mentais que gravitam em torno da nossa personalidade, formam uma atmosfera psíquica que respiramos e que nos acompanha constantemente, a qual chamamos de aura.
A aura é nosso cartão de visita, por ela os espíritos enxergam a natureza dos nossos pensamentos e se sentem atraídos pela lei de afinidade e sintonia.
Quando temos um pensamento constante, persistente, criamos uma fixação mental ou monoideismo.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Fica fácil para os espíritos perscrutarem a nossa alma e identificarem os nosso vícios e tendências que ficam cristalizadas em nossas mentes através da fixação mental.
Identificando os nossos pontos fracos, os nossos irmãos obsessores passam a nos assediar, estimulando as nossas fraquezas.
Estas ondas mentais que gravitam em torno do nosso psiquismo, acaba atingindo as nossas células, gerando lesões estruturais e funcionais conforme o teor, intensidade e frequência destes pensamentos.
Estas lesões celulares, determinam diversas patologias, conforme o órgão afectado, acompanhado do desajuste emocional e espiritual subjacente.
Encontramos lesões encefálicas com sintomas psíquicos, cardiopatias diversas, infecções respiratórias, doenças auto-imunes, distúrbio ciculatório, desequilíbrio hormonal, diversos tipos de câncer, entre muitas outras doenças, que nada mais são que reflexos da constante acção deletéria dos espíritos vinculados à nossas mentes e ao nosso organismo físico.
Em alguns casos, encontramos o obsidiado vinculado vigorosamente ao seu passado pelos sentimentos de culpa, remorso e medo, a se manifestarem por complexos de inferioridade, favorecendo a instalação do processo obsessivo.
Personalidades frágeis, acabam aceitando as "cobranças" feitas pelos espíritos obsessores.
Certos desequilíbrios afectivos e emocionais, acabam evoluindo para quadros mais severos de neuroses ou psicoses pela influenciação obsessiva.
A obsessão é uma síndrome que envolve as questões emocionais e físicas.
No livro de André Luiz, Missionários da Luz, o instrutor Alexandre afirma:
"- Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais.
Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio.
Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenómeno sem maior importância; todavia, em muitos casos, são susceptíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos.
Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males."
Em outro trecho, Alexandre, assevera:
"... o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas.
É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos.
As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo."
Continua...
Fica fácil para os espíritos perscrutarem a nossa alma e identificarem os nosso vícios e tendências que ficam cristalizadas em nossas mentes através da fixação mental.
Identificando os nossos pontos fracos, os nossos irmãos obsessores passam a nos assediar, estimulando as nossas fraquezas.
Estas ondas mentais que gravitam em torno do nosso psiquismo, acaba atingindo as nossas células, gerando lesões estruturais e funcionais conforme o teor, intensidade e frequência destes pensamentos.
Estas lesões celulares, determinam diversas patologias, conforme o órgão afectado, acompanhado do desajuste emocional e espiritual subjacente.
Encontramos lesões encefálicas com sintomas psíquicos, cardiopatias diversas, infecções respiratórias, doenças auto-imunes, distúrbio ciculatório, desequilíbrio hormonal, diversos tipos de câncer, entre muitas outras doenças, que nada mais são que reflexos da constante acção deletéria dos espíritos vinculados à nossas mentes e ao nosso organismo físico.
Em alguns casos, encontramos o obsidiado vinculado vigorosamente ao seu passado pelos sentimentos de culpa, remorso e medo, a se manifestarem por complexos de inferioridade, favorecendo a instalação do processo obsessivo.
Personalidades frágeis, acabam aceitando as "cobranças" feitas pelos espíritos obsessores.
Certos desequilíbrios afectivos e emocionais, acabam evoluindo para quadros mais severos de neuroses ou psicoses pela influenciação obsessiva.
A obsessão é uma síndrome que envolve as questões emocionais e físicas.
No livro de André Luiz, Missionários da Luz, o instrutor Alexandre afirma:
"- Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais.
Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio.
Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenómeno sem maior importância; todavia, em muitos casos, são susceptíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos.
Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males."
Em outro trecho, Alexandre, assevera:
"... o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas.
É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos.
As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo."
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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É preciso termos em mente que o obsidiado é um enfermo representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano, exigindo um tratamento que atinja os dois planos da vida.
É necessário evangelizar o encarnado, para que este evangelizado evangelize os seus acompanhantes.
Muitos destes processos obsessivos, seguem os envolvidos por muitas encarnações, onde, geralmente, a suposta vítima é o algoz do passado.
A partir desta visão fica evidente a complexidade da questão, exigindo uma identificação de todas os factores necessários ao tratamento da obsessão e não apenas a visão circunscrita do corpo terrestre.
Nem sempre, com o afastamento do obsessor, alcançaremos a cura do indivíduo.
A evangelização do espírito desencarnado e o seu conseqüente afastamento não determina que o encarnado tenha assimilado a lição da reforma íntima e nem sempre significa a extinção da dívida.
Em outros casos, em função do tempo muito longo da actuação obsessiva sobre o organismo físico, este acaba sofrendo lesões profundas e irreversíveis, embora passíveis de melhora.
Afastado o espírito, permanece o reflexo da ação no corpo físico, exigindo o acompanhamento da medicina terrena.
Infelizmente, ainda encontramos companheiros espíritas, que fazem promessas de cura sem ponderarem na gravidade e complexidade da situação.
Nosso abnegado Bezerra de Menezes, nos alerta sobre este cuidado, afirmando que muitos encarnados após o seu desencarne vem cobrar as promessas de saúde e cura que não se concretizaram.
Kardec, no livro A Génese, orienta que "...A uma causa física, opõe-se uma força física;
a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral.
Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo;
para garanti-la contra a obsessão, tem-se que fortalecer a alma...".
Precisamos de uma vontade firme para a auto-educação, na disciplina de si mesmo.
Se não despertarmos para as realidades da situação e usarmos as armas da resistência, dificilmente superaremos as cristalizações mentais que afectam a nossa individualidade.
Em todos os acontecimentos desta espécie, não se pode prescindir da adesão dos interessados directos da cura, valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos encarnados e espíritos amigos.
Nos casos em o indivíduo perde o domínio de si próprio, juntamente com o auxílio médico, façamos uso da prece intercessória, da fluidoterapia e dos trabalhos de evangelização do desencarnados, como apoio para a sua melhora, reconhecendo que em muitos casos o processo de cura prosseguirá no plano espiritual e por outras encarnações.
Continua...
É preciso termos em mente que o obsidiado é um enfermo representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano, exigindo um tratamento que atinja os dois planos da vida.
É necessário evangelizar o encarnado, para que este evangelizado evangelize os seus acompanhantes.
Muitos destes processos obsessivos, seguem os envolvidos por muitas encarnações, onde, geralmente, a suposta vítima é o algoz do passado.
A partir desta visão fica evidente a complexidade da questão, exigindo uma identificação de todas os factores necessários ao tratamento da obsessão e não apenas a visão circunscrita do corpo terrestre.
Nem sempre, com o afastamento do obsessor, alcançaremos a cura do indivíduo.
A evangelização do espírito desencarnado e o seu conseqüente afastamento não determina que o encarnado tenha assimilado a lição da reforma íntima e nem sempre significa a extinção da dívida.
Em outros casos, em função do tempo muito longo da actuação obsessiva sobre o organismo físico, este acaba sofrendo lesões profundas e irreversíveis, embora passíveis de melhora.
Afastado o espírito, permanece o reflexo da ação no corpo físico, exigindo o acompanhamento da medicina terrena.
Infelizmente, ainda encontramos companheiros espíritas, que fazem promessas de cura sem ponderarem na gravidade e complexidade da situação.
Nosso abnegado Bezerra de Menezes, nos alerta sobre este cuidado, afirmando que muitos encarnados após o seu desencarne vem cobrar as promessas de saúde e cura que não se concretizaram.
Kardec, no livro A Génese, orienta que "...A uma causa física, opõe-se uma força física;
a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral.
Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo;
para garanti-la contra a obsessão, tem-se que fortalecer a alma...".
Precisamos de uma vontade firme para a auto-educação, na disciplina de si mesmo.
Se não despertarmos para as realidades da situação e usarmos as armas da resistência, dificilmente superaremos as cristalizações mentais que afectam a nossa individualidade.
Em todos os acontecimentos desta espécie, não se pode prescindir da adesão dos interessados directos da cura, valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos encarnados e espíritos amigos.
Nos casos em o indivíduo perde o domínio de si próprio, juntamente com o auxílio médico, façamos uso da prece intercessória, da fluidoterapia e dos trabalhos de evangelização do desencarnados, como apoio para a sua melhora, reconhecendo que em muitos casos o processo de cura prosseguirá no plano espiritual e por outras encarnações.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Como resumo desta temática e orientação profilática da obsessão, transcreveremos alguns apontamentos dados por Manoel Philomeno de Miranda no livro Nos Bastidores da Obsessão, psicografado por Divaldo Pereira Franco:
"O pensamento é sempre o dínamo vigoroso que emite ondas e que registra vibrações, em intercâmbio ininterrupto nas diversas faixas que circulam a Terra.
Mentes viciadas e em tormento, não poucas vezes escravas da monoideia obsessiva, sincronizam com outras mentes desprevenidas e ociosas, gerando pressão devastadora.
Muitos processos graves de alienação mental têm início quando os seres constrangidos por essa força possuidora, ao invés de a repelirem, acalentam-lhe os miasmas pertinazes que determinam por assenhorar-se do campo em que se espalham.
Nos diversos problemas obsessivos, há que examiná-los para selecionar os que procedem do continente da alma encarnada e os que se vinculam aos quadros aflitivos do mundo espiritual.
Em qualquer hipótese, no entanto, as directivas clarificantes da mensagem de Jesus são rotas e veículos de luz libertadora para ensejar a uns e outros, obsidiados e obsessores, os meios de superação.
A prece é uma lâmpada acesa no coração, clareando os escaninhos da alma.
Muitos cristãos modernos, todavia, descurando do serviço da prece, justificam a negligência com aparente cansaço, como se a oração não se constituísse igualmente em repouso e refazimento, oferecendo clima de paz e ensejo de renovação interior.
Mente em vibração frequente com outras mentes em vibração produz, nos centros pensantes de quem não está afeito ao cultivo das experiências psíquicas de ordem superior, lamentáveis processos de obsessão que, lentamente, se transformam em soezes enfermidades que minam o organismo até o aniquilamento.
A princípio, como mensagem invasora, a influência sobre as telas mentais do incauto é a idéia negativa não percebida.
Só mais tarde, quando as impressões vigorosas se fixam como panoramas íntimos de difícil eliminação, é que o invigilante procura o benefício dos medicamentos de resultados inócuos.
Atribulado com as necessidades imperiosas do "dia-a-dia", o homem desatento deixa-se empolgar pela instabilidade emocional, franqueando as resistências fisio-psíquicas às vergastadas da perturbação espiritual.
Assim, faz-se imprescindível o exercício da prece mental e habitual para fortalecer as fulgurações psíquicas que visitam o cérebro, constituindo a vida normal propícia à propagação do pensamento excelso.
Resguarde-se, portanto, e, firmado no ideal sublime com que o Espiritismo honra os seus dias, alce-se ao amor, trabalhando infatigavelmente pelo bem de todos, com o coração no socorro e a mente em Jesus-Cristo, comungando com as Esferas Mais Altas, onde você sorverá forças para vencer todas as agressões de que for vítima, e sentirá que, orando e ajudando, a paz continuará com você."
Dr Gilson Luis Roberto
§.§.§- O-canto-da-ave
Como resumo desta temática e orientação profilática da obsessão, transcreveremos alguns apontamentos dados por Manoel Philomeno de Miranda no livro Nos Bastidores da Obsessão, psicografado por Divaldo Pereira Franco:
"O pensamento é sempre o dínamo vigoroso que emite ondas e que registra vibrações, em intercâmbio ininterrupto nas diversas faixas que circulam a Terra.
Mentes viciadas e em tormento, não poucas vezes escravas da monoideia obsessiva, sincronizam com outras mentes desprevenidas e ociosas, gerando pressão devastadora.
Muitos processos graves de alienação mental têm início quando os seres constrangidos por essa força possuidora, ao invés de a repelirem, acalentam-lhe os miasmas pertinazes que determinam por assenhorar-se do campo em que se espalham.
Nos diversos problemas obsessivos, há que examiná-los para selecionar os que procedem do continente da alma encarnada e os que se vinculam aos quadros aflitivos do mundo espiritual.
Em qualquer hipótese, no entanto, as directivas clarificantes da mensagem de Jesus são rotas e veículos de luz libertadora para ensejar a uns e outros, obsidiados e obsessores, os meios de superação.
A prece é uma lâmpada acesa no coração, clareando os escaninhos da alma.
Muitos cristãos modernos, todavia, descurando do serviço da prece, justificam a negligência com aparente cansaço, como se a oração não se constituísse igualmente em repouso e refazimento, oferecendo clima de paz e ensejo de renovação interior.
Mente em vibração frequente com outras mentes em vibração produz, nos centros pensantes de quem não está afeito ao cultivo das experiências psíquicas de ordem superior, lamentáveis processos de obsessão que, lentamente, se transformam em soezes enfermidades que minam o organismo até o aniquilamento.
A princípio, como mensagem invasora, a influência sobre as telas mentais do incauto é a idéia negativa não percebida.
Só mais tarde, quando as impressões vigorosas se fixam como panoramas íntimos de difícil eliminação, é que o invigilante procura o benefício dos medicamentos de resultados inócuos.
Atribulado com as necessidades imperiosas do "dia-a-dia", o homem desatento deixa-se empolgar pela instabilidade emocional, franqueando as resistências fisio-psíquicas às vergastadas da perturbação espiritual.
Assim, faz-se imprescindível o exercício da prece mental e habitual para fortalecer as fulgurações psíquicas que visitam o cérebro, constituindo a vida normal propícia à propagação do pensamento excelso.
Resguarde-se, portanto, e, firmado no ideal sublime com que o Espiritismo honra os seus dias, alce-se ao amor, trabalhando infatigavelmente pelo bem de todos, com o coração no socorro e a mente em Jesus-Cristo, comungando com as Esferas Mais Altas, onde você sorverá forças para vencer todas as agressões de que for vítima, e sentirá que, orando e ajudando, a paz continuará com você."
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Obsessão Subtil e Perigosa
Quando o homem se faz dócil à inspiração superior, sintoniza, naturalmente, com o programa que lhe cumpre desenvolver, recebendo a ajuda que flui do Alto e tendo diminuídas as dificuldades que lhe são provas de resistência na luta e desafios aos valores morais.
É certo que os Espíritos Bons não podem mudar os mapas cármicos dos seus pupilos e afeiçoados, candidatando-os à inoperosidade, ao atraso.
Todavia, quando os vêem a braços com provações mais severas, interferem, auxiliando-os com forças edificantes com que aumentam as suas resistências, a fim de lograrem as metas que lhes constituem vitória.
Outrossim, encaminham cooperadores e amigos que se transformam em alavancas propulsionadoras do progresso, distendendo-lhes mãos generosas dispostas a contribuir em favor do seu êxito.
Da mesma forma que as interferências perniciosas neles encontram ressonância, em face das afinidades existentes com as paixões inferiores que lhes caracterizem o estado evolutivo, tão logo mudem de objectivos, aspirem aos ideais de enobrecimento e ajam de acordo com a ética do bem, a eles se associam os operosos Mensageiros do Amor que os estimulam ao prosseguimento, renovando-lhes o entusiasmo, amparando-os ante os naturais desfalecimentos e inspirando-os na eleição correta do roteiro a seguir.
[...] Toda e qualquer obsessão é sempre resultado da anuência consciente ou não de quem a sofre, por debilidade moral do Espírito encarnado, que não lhe antepõe defesas ou por deficiências do comportamento que propiciam o intercâmbio, em razão da preferência psíquica que apraz ao mesmo manter. [...]
Manoel Philomeno de Miranda
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É certo que os Espíritos Bons não podem mudar os mapas cármicos dos seus pupilos e afeiçoados, candidatando-os à inoperosidade, ao atraso.
Todavia, quando os vêem a braços com provações mais severas, interferem, auxiliando-os com forças edificantes com que aumentam as suas resistências, a fim de lograrem as metas que lhes constituem vitória.
Outrossim, encaminham cooperadores e amigos que se transformam em alavancas propulsionadoras do progresso, distendendo-lhes mãos generosas dispostas a contribuir em favor do seu êxito.
Da mesma forma que as interferências perniciosas neles encontram ressonância, em face das afinidades existentes com as paixões inferiores que lhes caracterizem o estado evolutivo, tão logo mudem de objectivos, aspirem aos ideais de enobrecimento e ajam de acordo com a ética do bem, a eles se associam os operosos Mensageiros do Amor que os estimulam ao prosseguimento, renovando-lhes o entusiasmo, amparando-os ante os naturais desfalecimentos e inspirando-os na eleição correta do roteiro a seguir.
[...] Toda e qualquer obsessão é sempre resultado da anuência consciente ou não de quem a sofre, por debilidade moral do Espírito encarnado, que não lhe antepõe defesas ou por deficiências do comportamento que propiciam o intercâmbio, em razão da preferência psíquica que apraz ao mesmo manter. [...]
Manoel Philomeno de Miranda
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Os Escritos Mediúnicos
Há algo de mais pernicioso ao Espiritismo do que os ataques apaixonados dos seus adversários.
É o que os pseudo-adeptos publicam em seu nome.
Certas publicações são simplesmente lamentáveis, uma vez que oferecem da doutrina espírita uma ideia falsa e a expõem ao ridículo.
É de se perguntar por que Deus permite essas coisas e não esclarece todos os homens da mesma forma.
Haverá algum meio de se remediar esse inconveniente, que nos parece um dos maiores escolhos da doutrina?
Esta questão é grave e exige algumas explicações.
Eu diria, de início, que não há uma única ideia nova, sobretudo quando ela se reveste de real importância, que não encontre obstáculos.
O próprio Cristianismo foi ferido na pessoa de seu chefe fundador, taxado de impostor.
E seus primeiros apóstolos, seus propagadores não depararam com detratores terríveis?
Por que, então, o Espiritismo seria privilegiado?
(...) Deplorais as excentricidades de certos escritos publicados sob a cobertura do Espiritismo.
Pelo contrário, devereis abençoá-los, uma vez que é por esses excessos mesmos que o erro se perde.
O que é que vos choca nesses escritos?
O que é que vos ocasiona repulsa e, muitas vezes, vos impede de lê-los até o fim?
Exactamente o que fere, violentamente, o vosso bom senso!
Se a falsidade das ideias não fosse bastante evidente, bastante chocante, talvez a elas mesmas vos deixaríeis prender, enquanto que os erros tão manifestos, ferindo-vos, constituíram-se em contravenenos.
Esses erros provém quase sempre de Espíritos levianos, sistemáticos ou pseudo-sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enlear a ponto de fazê-los aceitar, de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio.
Mas, como esses Espíritos não possuem nem a verdadeira cultura, nem a verdadeira sabedoria, não conseguem manter por muito tempo o seu papel, e a ignorância os trai.
Deus permite que deixem escapar em suas comunicações erros tão grosseiros, coisas tão absurdas e mesmo tão ridículas, idéias nas quais as noções científicas mais vulgares são demonstradas com tamanha falsidade, que, ao mesmo tempo, destroem o sistema e o livro que o contém.
Sem dúvida alguma seria preferível que só fossem publicados bons livros!
Mas, embora tudo se passe de outra forma, é preciso que não temais, para o futuro, a influência dessas obras.
Elas podem, momentaneamente, acender um fogo de palha, mas quando não se apoiam em uma lógica rigorosa, vede, ao fim de alguns anos, - muitas vezes de alguns poucos meses, - a que se reduziram.
Para tais casos as livrarias são um termómetro infalível.
Isso me leva a dizer algumas palavras sobre as comunicações mediúnicas.
A sua publicação tanto pode ser útil, se feita com discernimento, quanto perniciosa, em caso contrário.
Continua...
É o que os pseudo-adeptos publicam em seu nome.
Certas publicações são simplesmente lamentáveis, uma vez que oferecem da doutrina espírita uma ideia falsa e a expõem ao ridículo.
É de se perguntar por que Deus permite essas coisas e não esclarece todos os homens da mesma forma.
Haverá algum meio de se remediar esse inconveniente, que nos parece um dos maiores escolhos da doutrina?
Esta questão é grave e exige algumas explicações.
Eu diria, de início, que não há uma única ideia nova, sobretudo quando ela se reveste de real importância, que não encontre obstáculos.
O próprio Cristianismo foi ferido na pessoa de seu chefe fundador, taxado de impostor.
E seus primeiros apóstolos, seus propagadores não depararam com detratores terríveis?
Por que, então, o Espiritismo seria privilegiado?
(...) Deplorais as excentricidades de certos escritos publicados sob a cobertura do Espiritismo.
Pelo contrário, devereis abençoá-los, uma vez que é por esses excessos mesmos que o erro se perde.
O que é que vos choca nesses escritos?
O que é que vos ocasiona repulsa e, muitas vezes, vos impede de lê-los até o fim?
Exactamente o que fere, violentamente, o vosso bom senso!
Se a falsidade das ideias não fosse bastante evidente, bastante chocante, talvez a elas mesmas vos deixaríeis prender, enquanto que os erros tão manifestos, ferindo-vos, constituíram-se em contravenenos.
Esses erros provém quase sempre de Espíritos levianos, sistemáticos ou pseudo-sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enlear a ponto de fazê-los aceitar, de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio.
Mas, como esses Espíritos não possuem nem a verdadeira cultura, nem a verdadeira sabedoria, não conseguem manter por muito tempo o seu papel, e a ignorância os trai.
Deus permite que deixem escapar em suas comunicações erros tão grosseiros, coisas tão absurdas e mesmo tão ridículas, idéias nas quais as noções científicas mais vulgares são demonstradas com tamanha falsidade, que, ao mesmo tempo, destroem o sistema e o livro que o contém.
Sem dúvida alguma seria preferível que só fossem publicados bons livros!
Mas, embora tudo se passe de outra forma, é preciso que não temais, para o futuro, a influência dessas obras.
Elas podem, momentaneamente, acender um fogo de palha, mas quando não se apoiam em uma lógica rigorosa, vede, ao fim de alguns anos, - muitas vezes de alguns poucos meses, - a que se reduziram.
Para tais casos as livrarias são um termómetro infalível.
Isso me leva a dizer algumas palavras sobre as comunicações mediúnicas.
A sua publicação tanto pode ser útil, se feita com discernimento, quanto perniciosa, em caso contrário.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
No número dessas comunicações algumas há que, por muito boas que sejam, não interessam senão àqueles que as recebem e que pareceriam, aos olhos dos leitores estrangeiros, simples banalidades.
Outras apenas têm interesse nas circunstâncias em que são transmitidas.
Sem o conhecimento dos factos a que se relaccionam, surgem insignificantes aos olhos do observador.
Todo esse inconveniente estaria circunscrito apenas aos bolsos dos editores;
todavia, ao lado disso, algumas há que são evidentemente nocivas, tanto por sua forma quanto por seu conteúdo e que, sob nomes respeitáveis, logicamente apócrifos, revelam um contexto absurdo ou trivial, o que, naturalmente, se presta ao ridículo e oferece armas à crítica.
Tudo se torna ainda pior quando, sob o manto desses mesmos nomes, formulam-se sistemas excêntricos ou grosseiras heresias científicas.
Não haveria nenhum inconveniente em publicar-se essas espécies de comunicações, se as fizessem acompanhar de comentários, seja para refutar os erros, seja para lembrar que constituem a expressão de uma opinião individual, da qual não se assume absolutamente a responsabilidade.
Assim, talvez revelassem um lado instrutivo, pondo a descoberto a que aberrações de ideias podem se entregar certos Espíritos.
Mas publicá-las, pura e simplesmente, apresentá-las como expressão da verdade e garantir a autenticidade das assinaturas, que o bom senso não pode admitir, nisso está o inconveniente!
Uma vez que os Espíritos possuem livre-arbítrio e uma opinião sobre os homens e as coisas, compreender-se-á que a prudência e a conveniência mandam afastar esses perigos.
No interesse da doutrina convém, pois, fazer uma escolha muito severa em semelhantes casos e pôr de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma ruim impressão.
É assim que o médium, conformando-se a esta regra, poderá apresentar uma compilação instrutiva, capaz de atrair as atenções e ser lida com interesse;
mas é também assim que, publicando tudo quanto recebe, sem método e sem discernimento, será capaz de apresentar muitos volumes detestáveis, cujo inconveniente menor será o de não serem lidos.
É preciso que se saiba que o Espiritismo sério se faz patrono, com alegria e apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o país de onde provém, mas que, igualmente, repudia todas as publicações excêntricas.
Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a doutrina não seja comprometida, devem, pois, sem hesitação, denunciá-las, tanto mais porque, se algumas delas são produtos da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios inimigos do Espiritismo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ele.
Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a doutrina espírita aceita daquilo que ela repudia.
(Viagem Espírita em 1862, Instruções Particulares dadas aos Grupos em resposta a algumas das questões propostas, item VI.)
Allan Kardec
§.§.§- O-canto-da-ave
No número dessas comunicações algumas há que, por muito boas que sejam, não interessam senão àqueles que as recebem e que pareceriam, aos olhos dos leitores estrangeiros, simples banalidades.
Outras apenas têm interesse nas circunstâncias em que são transmitidas.
Sem o conhecimento dos factos a que se relaccionam, surgem insignificantes aos olhos do observador.
Todo esse inconveniente estaria circunscrito apenas aos bolsos dos editores;
todavia, ao lado disso, algumas há que são evidentemente nocivas, tanto por sua forma quanto por seu conteúdo e que, sob nomes respeitáveis, logicamente apócrifos, revelam um contexto absurdo ou trivial, o que, naturalmente, se presta ao ridículo e oferece armas à crítica.
Tudo se torna ainda pior quando, sob o manto desses mesmos nomes, formulam-se sistemas excêntricos ou grosseiras heresias científicas.
Não haveria nenhum inconveniente em publicar-se essas espécies de comunicações, se as fizessem acompanhar de comentários, seja para refutar os erros, seja para lembrar que constituem a expressão de uma opinião individual, da qual não se assume absolutamente a responsabilidade.
Assim, talvez revelassem um lado instrutivo, pondo a descoberto a que aberrações de ideias podem se entregar certos Espíritos.
Mas publicá-las, pura e simplesmente, apresentá-las como expressão da verdade e garantir a autenticidade das assinaturas, que o bom senso não pode admitir, nisso está o inconveniente!
Uma vez que os Espíritos possuem livre-arbítrio e uma opinião sobre os homens e as coisas, compreender-se-á que a prudência e a conveniência mandam afastar esses perigos.
No interesse da doutrina convém, pois, fazer uma escolha muito severa em semelhantes casos e pôr de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma ruim impressão.
É assim que o médium, conformando-se a esta regra, poderá apresentar uma compilação instrutiva, capaz de atrair as atenções e ser lida com interesse;
mas é também assim que, publicando tudo quanto recebe, sem método e sem discernimento, será capaz de apresentar muitos volumes detestáveis, cujo inconveniente menor será o de não serem lidos.
É preciso que se saiba que o Espiritismo sério se faz patrono, com alegria e apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o país de onde provém, mas que, igualmente, repudia todas as publicações excêntricas.
Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a doutrina não seja comprometida, devem, pois, sem hesitação, denunciá-las, tanto mais porque, se algumas delas são produtos da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios inimigos do Espiritismo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ele.
Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a doutrina espírita aceita daquilo que ela repudia.
(Viagem Espírita em 1862, Instruções Particulares dadas aos Grupos em resposta a algumas das questões propostas, item VI.)
Allan Kardec
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Perispírito
"Há corpo animal e há corpo espiritual"
diz São Paulo (1 Cor. 15:44).
Com efeito, esse corpo espiritual de São Paulo é o perispírito dos espíritas de hoje.
O perispírito, aliás, não é coisa nova.
No Antigo Egipto os sacerdotes ensinavam que além do ka, o Espírito, emanação divina, havia uma forma imaterial "sahu", o fantasma propriamente, que reproduzia exactamente os traços do corpo físico e que se manifestava aos encarnados.
Na Grécia antiga, a doutrina inspirada pelos hinos órficos ensinava:
"Amai a luz, e não as trevas.
Lembrai-vos da finalidade da vossa viagem.
Quando as almas voltam ao mundo espiritual trazem marcadas sobre os seus corpos etéreos, em manchas horrendas, todas as faltas da sua vida e, para as apagar, é necessário voltar à Terra.
Mas os puros e os fortes se vão para o sol de Dionísio".
Na Índia se fala também desse corpo espiritual, porque ele próprio se impõe como uma realidade incontestável.
Mas não desejamos deter-nos em detalhes nem em considerações dos antigos filósofos.
Preferimos abordar rapidamente as importantes funções do perispírito no plano material, assim como as suas consequências no plano espiritual.
O corpo espiritual, isto é, o perispírito está em cada, um de nós intimamente ligado ao corpo físico e é tanto mais subtil quanto mais elevado se acha o ser na escala da perfectibilidade.
Vaporoso para nós encarnados é, no entanto, bem grosseiro ainda para os desencarnados;
contudo, os Espíritos purificados podem elevar-se com ele na atmosfera e transportar-se aonde queiram.
As suas funções no corpo físico são múltiplas e preside a todos os fenómenos fisiológicos da respiração, da alimentação e assimilação dos alimentos, extraindo toda a matéria aproveitável, afeiçoando-a a cada órgão e eliminando do corpo todos os elementos que lhe sejam inúteis ou nocivos.
Com efeito, o nosso organismo é uma complicada máquina que funciona à nossa revelia, sem que, nem de leve, suspeitemos da sua complexidade.
Um elevado Espírito, respondendo numa sessão a um jornalista inglês que lhe perguntara sobre o perispírito, disse:
"Tenho um corpo que é uma reprodução do que tive na Terra:
as mesmas mãos, pernas e pés, que se movem como o fazem os vossos.
Na Terra eu tinha o corpo físico interpenetrado do corpo etéreo que ora tenho. O etéreo é o corpo real e é cópia perfeita do corpo terreno.
Continua...
diz São Paulo (1 Cor. 15:44).
Com efeito, esse corpo espiritual de São Paulo é o perispírito dos espíritas de hoje.
O perispírito, aliás, não é coisa nova.
No Antigo Egipto os sacerdotes ensinavam que além do ka, o Espírito, emanação divina, havia uma forma imaterial "sahu", o fantasma propriamente, que reproduzia exactamente os traços do corpo físico e que se manifestava aos encarnados.
Na Grécia antiga, a doutrina inspirada pelos hinos órficos ensinava:
"Amai a luz, e não as trevas.
Lembrai-vos da finalidade da vossa viagem.
Quando as almas voltam ao mundo espiritual trazem marcadas sobre os seus corpos etéreos, em manchas horrendas, todas as faltas da sua vida e, para as apagar, é necessário voltar à Terra.
Mas os puros e os fortes se vão para o sol de Dionísio".
Na Índia se fala também desse corpo espiritual, porque ele próprio se impõe como uma realidade incontestável.
Mas não desejamos deter-nos em detalhes nem em considerações dos antigos filósofos.
Preferimos abordar rapidamente as importantes funções do perispírito no plano material, assim como as suas consequências no plano espiritual.
O corpo espiritual, isto é, o perispírito está em cada, um de nós intimamente ligado ao corpo físico e é tanto mais subtil quanto mais elevado se acha o ser na escala da perfectibilidade.
Vaporoso para nós encarnados é, no entanto, bem grosseiro ainda para os desencarnados;
contudo, os Espíritos purificados podem elevar-se com ele na atmosfera e transportar-se aonde queiram.
As suas funções no corpo físico são múltiplas e preside a todos os fenómenos fisiológicos da respiração, da alimentação e assimilação dos alimentos, extraindo toda a matéria aproveitável, afeiçoando-a a cada órgão e eliminando do corpo todos os elementos que lhe sejam inúteis ou nocivos.
Com efeito, o nosso organismo é uma complicada máquina que funciona à nossa revelia, sem que, nem de leve, suspeitemos da sua complexidade.
Um elevado Espírito, respondendo numa sessão a um jornalista inglês que lhe perguntara sobre o perispírito, disse:
"Tenho um corpo que é uma reprodução do que tive na Terra:
as mesmas mãos, pernas e pés, que se movem como o fazem os vossos.
Na Terra eu tinha o corpo físico interpenetrado do corpo etéreo que ora tenho. O etéreo é o corpo real e é cópia perfeita do corpo terreno.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Por ocasião da morte, emergimos de nossa cobertura de carne e continuamos a nossa vida no mundo etéreo, funcionando aqui por meio do corpo etéreo, exactamente como funcionávamos na Terra, metidos no corpo físico.
O corpo etéreo é aqui tão substancial para nós como o era o corpo físico quando vivíamos na Terra.
Temos as mesmas sensações.
Sentimos e vemos como na Terra.
Embora não sejam materiais, conforme entendeis esta palavra, os nossos corpos têm forma, aspecto e expressão".
É ainda no perispírito que ficam registadas as nossas acções e os nossos actos, bons ou maus.
De facto, todos os acontecimentos da nossa vida são maravilhosamente registrados em nosso perispírito, nos seus mínimos detalhes; nada se perde.
Segundo recente declaração do Dr. Wilder Penfield, director do Instituto de Neurologia de1 Montreal, Canadá, o nosso perispírito grava, como num filme, todos os acontecimentos da nossa vida.
A recordação é de tal modo viva que é como se o indivíduo voltasse a reviver as mesmas cenas, os mesmos factos.
Pelos factos registados nas obras espíritas já sabíamos que em momentos críticos, como nos acidentes graves, nas quedas perigosas, na asfixia por afogamento, etc., o indivíduo pode rever, com incrível nitidez, a sua vida até aquele momento, como se assistisse a um filme no qual ele próprio tomasse parte.
Naturalmente os seus actos bons são motivos de satisfação para o seu Espírito, enquanto os actos maus são motivo de tristeza e arrependimento.
Por aí se pode avaliar a situação dolorosa de certos Espíritos libertos da carne, tendo diante de si, permanentemente, os acontecimentos deploráveis que desejariam esquecer.
Eis um facto significativo que comprova as afirmações do Dr. Penfield. O almirante Beaufort, quando ainda jovem, caiu de um navio à água do porto de Portsmouth.
Antes que fosse possível ir em seu socorro, desapareceu; ia morrer afogado.
Depois de algumas considerações sobre a angústia do primeiro momento, diz ele:
"Com o enfraquecimento dos sentidos coincidiu uma super-excitação extraordinária da actividade intelectual;
as ideias sucediam-se com rapidez prodigiosa.
O acidente que acabara de dar-se, o descuido que o motivara, o tumulto que se lhe deveria ter seguido, a dor que iria alcançar meu pai e outras circunstâncias intimamente ligadas ao lar doméstico, foram o objecto das minhas primeiras reflexões.
Depois, veio-me à memória o último cruzeiro, viagem acidentada por um naufrágio;
a seguir, a escola, os progressos que nela fizera e também o tempo perdido, finalmente, as minhas ocupações e aventuras de criança.
Continua...
Por ocasião da morte, emergimos de nossa cobertura de carne e continuamos a nossa vida no mundo etéreo, funcionando aqui por meio do corpo etéreo, exactamente como funcionávamos na Terra, metidos no corpo físico.
O corpo etéreo é aqui tão substancial para nós como o era o corpo físico quando vivíamos na Terra.
Temos as mesmas sensações.
Sentimos e vemos como na Terra.
Embora não sejam materiais, conforme entendeis esta palavra, os nossos corpos têm forma, aspecto e expressão".
É ainda no perispírito que ficam registadas as nossas acções e os nossos actos, bons ou maus.
De facto, todos os acontecimentos da nossa vida são maravilhosamente registrados em nosso perispírito, nos seus mínimos detalhes; nada se perde.
Segundo recente declaração do Dr. Wilder Penfield, director do Instituto de Neurologia de1 Montreal, Canadá, o nosso perispírito grava, como num filme, todos os acontecimentos da nossa vida.
A recordação é de tal modo viva que é como se o indivíduo voltasse a reviver as mesmas cenas, os mesmos factos.
Pelos factos registados nas obras espíritas já sabíamos que em momentos críticos, como nos acidentes graves, nas quedas perigosas, na asfixia por afogamento, etc., o indivíduo pode rever, com incrível nitidez, a sua vida até aquele momento, como se assistisse a um filme no qual ele próprio tomasse parte.
Naturalmente os seus actos bons são motivos de satisfação para o seu Espírito, enquanto os actos maus são motivo de tristeza e arrependimento.
Por aí se pode avaliar a situação dolorosa de certos Espíritos libertos da carne, tendo diante de si, permanentemente, os acontecimentos deploráveis que desejariam esquecer.
Eis um facto significativo que comprova as afirmações do Dr. Penfield. O almirante Beaufort, quando ainda jovem, caiu de um navio à água do porto de Portsmouth.
Antes que fosse possível ir em seu socorro, desapareceu; ia morrer afogado.
Depois de algumas considerações sobre a angústia do primeiro momento, diz ele:
"Com o enfraquecimento dos sentidos coincidiu uma super-excitação extraordinária da actividade intelectual;
as ideias sucediam-se com rapidez prodigiosa.
O acidente que acabara de dar-se, o descuido que o motivara, o tumulto que se lhe deveria ter seguido, a dor que iria alcançar meu pai e outras circunstâncias intimamente ligadas ao lar doméstico, foram o objecto das minhas primeiras reflexões.
Depois, veio-me à memória o último cruzeiro, viagem acidentada por um naufrágio;
a seguir, a escola, os progressos que nela fizera e também o tempo perdido, finalmente, as minhas ocupações e aventuras de criança.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Em suma, a subida de todo o rio da vida, e quão pormenorizada e precisa"!
E acrescenta:
"Cada incidente da minha vida atravessava-me sucessivamente a memória, não como simples esboço, mas com as particularidades e acessórios de um quadro completo!
Por outras palavras, toda a minha existência desfilava diante de mim numa espécie de vista panorâmica, cada facto com a sua apreciação moral ou reflexões sobre suas causas e efeitos.
Pequenos acontecimentos sem consequências, há muito tempo esquecidos, se acumulavam em minha imaginação como se tivessem passado na véspera.
E tudo isso sucedeu em dois minutos."
(Léon Denis, "O Problema do Ser", pág. 173)
Com efeito, todos os actos da nossa vida e são maravilhosamente registados em nosso perispírito.
Os menores detalhes são cuidadosamente guardados para, no momento preciso, na aflorarem nítidos, inconfundíveis.
Eis porque Jesus, estabelecendo a nossa responsabilidade diante da vida, diz:
"Até os cabelos da vossa da cabeça estão contados."
José Monteiro Lima
§.§.§- O-canto-da-ave
Em suma, a subida de todo o rio da vida, e quão pormenorizada e precisa"!
E acrescenta:
"Cada incidente da minha vida atravessava-me sucessivamente a memória, não como simples esboço, mas com as particularidades e acessórios de um quadro completo!
Por outras palavras, toda a minha existência desfilava diante de mim numa espécie de vista panorâmica, cada facto com a sua apreciação moral ou reflexões sobre suas causas e efeitos.
Pequenos acontecimentos sem consequências, há muito tempo esquecidos, se acumulavam em minha imaginação como se tivessem passado na véspera.
E tudo isso sucedeu em dois minutos."
(Léon Denis, "O Problema do Ser", pág. 173)
Com efeito, todos os actos da nossa vida e são maravilhosamente registados em nosso perispírito.
Os menores detalhes são cuidadosamente guardados para, no momento preciso, na aflorarem nítidos, inconfundíveis.
Eis porque Jesus, estabelecendo a nossa responsabilidade diante da vida, diz:
"Até os cabelos da vossa da cabeça estão contados."
José Monteiro Lima
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Poderes Ocultos
"E onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam."
(MARCOS, 8:56.)
Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência.
Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance.
O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos;
no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível.
Ainda aqui, o Mestre Divino, oferece a melhor exemplificação.
Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus.
Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas;
suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos.
Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação.
Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo.
A lição do Senhor é bastante significativa.
É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.
Emmanuel
§.§.§- O-canto-da-ave
(MARCOS, 8:56.)
Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência.
Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance.
O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos;
no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível.
Ainda aqui, o Mestre Divino, oferece a melhor exemplificação.
Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus.
Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas;
suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos.
Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação.
Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo.
A lição do Senhor é bastante significativa.
É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.
Emmanuel
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Questões da Mediunidade
A Doutrina Espírita ensina que todas as pessoas são médiuns, porém, com graus diferentes de sensibilidade e produtividade.
Todos somos médiuns, mas médiuns ostensivos, capazes de transmitir as comunicações dos espíritos, faladas, escritas, ou produzir fenómenos de ordem física, é um número bem menor.
Ao tempo de Kardec surgiram algumas teorias sobre sinais físicos que indicassem as pessoas que possuem mediunidade ostensiva.
Kardec, depois de observar e se aprofundar nessas teorias, desmentiu-as, dizendo que não existe nenhum sinal físico que indique a mediunidade das pessoas.
Afirma ele que somente a experimentação pode determinar se uma pessoa tem ou não faculdades mediúnicas ostensivas, ou mediunato, conforme ele classificou em O Livro dos Médiuns.
Ele comenta, ainda, sobre a instabilidade das faculdades mediúnicas, que podem aparecer ou serem suspensas num dado momento, quando a pessoa menos espera.
Diz o Mestre, que fisicamente a faculdade mediúnica depende da assimilação mais ou menos fácil, dos fluidos perispirituais do encarnado e do espírito desencarnado.
Moralmente, está na vontade do espírito em se comunicar, e ele se comunica quando lhe apraz, e não pela vontade do médium.
Concluímos que, teoricamente, todos os médiuns podem se comunicar com espíritos de todas as ordens, contudo, é preciso que exista afinidade fluídica e vontade do espírito, assim como disponibilidade, pois o espírito pode estar impossibilitado de se comunicar por estar ocupado em outras tarefas ou impedido por outras causas.
Abordamos este assunto porque as vezes, espíritas dedicados, nos perguntam por que familiares queridos desencarnados, nunca se comunicaram com eles, nunca enviaram uma mensagem por algum médium.
Outros querem saber por que espíritas que realizaram grandes trabalhos aqui na Terra, que foram líderes destacados, não se comunicam após a desencarnação.
Acreditamos que pela exposição que fizemos já estão respondidas as duas questões.
Entretanto, gostaríamos de salientar que não vemos motivos para suspeitar de espíritas conhecidos não se comunicarem porque estão em dificuldades no plano espiritual, por terem conduta excursa aqui na Terra, ou duplicidade de comportamento, dentro e fora do centro.
Logicamente deve existir os que estão nessas condições, mas generalizar é perigoso.
Se aqui na Terra é difícil ajuizarmos sobre a conduta moral das pessoas que conhecemos, imaginem como é muito mais difícil conhecermos as condições morais de quem já reside em outro plano vibratório.
Mediunidade é ferramenta de trabalho para produzir em benefício de todos e não para atender caprichos deste ou daquele.
Méritos e deméritos é algo muito difícil de ser avaliado por nós, mas pode ser avaliado pelos espíritos superiores.
Esta matéria está baseada no livro, O Que É O Espiritismo — segundo diálogo — O Céptico — item – Meios de Comunicação – 3ª pergunta.
Amílcar Del Chiaro Filho
§.§.§- O-canto-da-ave
Todos somos médiuns, mas médiuns ostensivos, capazes de transmitir as comunicações dos espíritos, faladas, escritas, ou produzir fenómenos de ordem física, é um número bem menor.
Ao tempo de Kardec surgiram algumas teorias sobre sinais físicos que indicassem as pessoas que possuem mediunidade ostensiva.
Kardec, depois de observar e se aprofundar nessas teorias, desmentiu-as, dizendo que não existe nenhum sinal físico que indique a mediunidade das pessoas.
Afirma ele que somente a experimentação pode determinar se uma pessoa tem ou não faculdades mediúnicas ostensivas, ou mediunato, conforme ele classificou em O Livro dos Médiuns.
Ele comenta, ainda, sobre a instabilidade das faculdades mediúnicas, que podem aparecer ou serem suspensas num dado momento, quando a pessoa menos espera.
Diz o Mestre, que fisicamente a faculdade mediúnica depende da assimilação mais ou menos fácil, dos fluidos perispirituais do encarnado e do espírito desencarnado.
Moralmente, está na vontade do espírito em se comunicar, e ele se comunica quando lhe apraz, e não pela vontade do médium.
Concluímos que, teoricamente, todos os médiuns podem se comunicar com espíritos de todas as ordens, contudo, é preciso que exista afinidade fluídica e vontade do espírito, assim como disponibilidade, pois o espírito pode estar impossibilitado de se comunicar por estar ocupado em outras tarefas ou impedido por outras causas.
Abordamos este assunto porque as vezes, espíritas dedicados, nos perguntam por que familiares queridos desencarnados, nunca se comunicaram com eles, nunca enviaram uma mensagem por algum médium.
Outros querem saber por que espíritas que realizaram grandes trabalhos aqui na Terra, que foram líderes destacados, não se comunicam após a desencarnação.
Acreditamos que pela exposição que fizemos já estão respondidas as duas questões.
Entretanto, gostaríamos de salientar que não vemos motivos para suspeitar de espíritas conhecidos não se comunicarem porque estão em dificuldades no plano espiritual, por terem conduta excursa aqui na Terra, ou duplicidade de comportamento, dentro e fora do centro.
Logicamente deve existir os que estão nessas condições, mas generalizar é perigoso.
Se aqui na Terra é difícil ajuizarmos sobre a conduta moral das pessoas que conhecemos, imaginem como é muito mais difícil conhecermos as condições morais de quem já reside em outro plano vibratório.
Mediunidade é ferramenta de trabalho para produzir em benefício de todos e não para atender caprichos deste ou daquele.
Méritos e deméritos é algo muito difícil de ser avaliado por nós, mas pode ser avaliado pelos espíritos superiores.
Esta matéria está baseada no livro, O Que É O Espiritismo — segundo diálogo — O Céptico — item – Meios de Comunicação – 3ª pergunta.
Amílcar Del Chiaro Filho
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