LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2019 1:07 pm

Outro interessante trabalho científico sobre “O adolescente e o uso de drogas”, informa que a adolescência é um momento especial da vida em que o jovem não aceita orientações de adultos e, naturalmente, se afasta da família aproximando-se de seu grupo de iguais.
Se este grupo estiver usando drogas ele é pressionado para também usar.
Cerca de 80% dos jovens relacionados ao uso de drogas foram tratados em ambulatório, aplicando-se modelos variados, podendo ser feito com internação parcial (hospital-dia) ou integral, utilizando-se a psicanálise, terapia cognitivo-comportamental e outras técnicas associadas.
O trabalho é fundamentado no diagnóstico, classificação e tratamento, conforme a organização mundial de saúde (WHO, CID-10), referente ao capítulo sobre transtornos mentais e comportamento, decorrente do uso de substâncias psicoativas (F10 a 19).
A pesquisa demonstrou que, qualquer que seja o modelo teórico, o tratamento para a clientela deve ser reaplicado, pois os resultados não são muito animadores.
A conclusão deste trabalho demonstrou que os adolescentes de risco apresentaram algumas características que podem auxiliar no trabalho preventivo para amenizar este problema, tais como:
acompanhar as alterações de comportamento, adequar a legislação, melhorar a atitude da família junto ao viciado e ao uso precoce de drogas.
O tabaco mata 5 milhões, o álcool 2,5 milhões, e as drogas ilícitas matam 200 mil pessoas por ano
Concluindo, reafirmamos a necessidade do apoio a estes jovens, esclarecendo, recomendando o tratamento médico associado ao espiritual, como também sua reforma comportamental.
Entretanto, enfatizamos que é indispensável a ajuda da família e de grupos de apoio, religiosos ou leigos, como os AA (alcoólicos anónimos), NA (narcóticos anónimos) e o GAS (grupo de ajuda a sobriedade).
Gostaríamos também de alertar que o vício iniciado pelas drogas, ditas licitas/toleradas, como o álcool, fumo, solventes é o caminho para as ilícitas como a maconha e as mais pesadas, como cocaína, crack, heroína, LSD e Êcstase.
Muitos atingiram o fundo do poço através do uso de drogas mais baratas como crack, cola de sapateiro e álcool puro, muito comum entre crianças e mendigos de rua, e que provocam danos irreparáveis no organismo (debilidade, alucinações, taquicardia, cirrose hepática etc.).
O vício de bebidas alcoólicas, fumo, maconha (baseado) e o químico é muito comum entre adolescentes desestruturados, depressivos e psicopatas; é uma porta aberta para graves consequências morais e comprometimento cármico, assim como à violência, ao abuso sexual, à prostituição e à pedofilia.
O relatório Mundial de drogas da UNODC de 2008 mostra que aproximadamente 5% da população mundial é viciada ou usou drogas ilícitas nos últimos 12 meses, ou seja, 26 milhões de pessoas (entre 12 e 64 anos), destes, 5 milhões (0,6%) são dependentes químicos.
O tabaco mata 5 milhões, o álcool 2,5 milhões, e as drogas ilícitas matam 200 mil pessoas por ano.
Amigos e companheiros de jornada espírita: vamos combater a legalização de drogas e vícios, e lutar contra a impunidade de traficantes e viciados inconsequentes (criminosos do trânsito, agressores etc.).
Vamos ajudar, amparando e esclarecendo os viciados arrependidos, diminuindo, assim, o sofrimento de nossos irmãos encarnados e desencarnados, através de uma luta incessante contra as aberrações viciosas e dependência química, tão comum entre jovens ainda indecisos, rebeldes e vacilantes na fé.

Henri B. F. Barreto
Fonte: Revista Internacional de Espiritismo (maio 2009)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty A GRANDE DÚVIDA, RESSURREIÇÃO OU REENCARNAÇÃO, EXPLICAÇÃO SEGUNDO ESPIRITISMO!

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2019 7:18 pm

A Reencarnação fazia parte dos dogmas Judeus, sob o nome de Ressurreição.
Somente os Saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela.
As ideias dos Judeus sobre essa questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas.
Porque só tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo.
Eles acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma ideia precisa da maneira por que isso se daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo chama, mais justamente, de Reencarnação.
Com efeito, a Ressurreição supõe o retorno à vida do próprio cadáver, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há muito dispersos e consumidos.
A Reencarnação é à volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído, e que nada tem a ver com o antigo.
A palavra ressurreição podia, assim, aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos demais profetas.
Se, portanto, segundo sua crença, João Baptista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João tinha sido visto criança e seus pais eram conhecidos.
João podia ser, pois, Elias reencarnado, mas não ressuscitado.
E havia um homem dentre os fariseus, por nome Nicodemos, senador dos judeus.
Este, uma noite, veio buscar a Jesus, e disse-lhe:
Rabi, sabemos que és mestre, vindo da parte de Deus, porque ninguém pode fazer estes milagres, que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Jesus respondeu e lhe disse:
Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus senão aquele que renascer de novo.
Nicodemos lhe disse:
Como pode um homem nascer, sendo velho?
Porventura pode entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez? Respondeu-lhe Jesus:
Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus, o que é nascido de carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito.
Não te maravilhes de eu te dizer que vos importa nascer de novo.
O Espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai.
Assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Perguntou Nicodemos:
Como se pode fazer isto?
Respondeu Jesus:
Tu és mestre em Israel, e não sabes estas coisas?
Em verdade, em verdade te digo: que nós dizemos o que sabemos, e damos testemunho do que vimos, e vós, com tudo isso, não recebeis o nosso testemunho.
Se quando eu vos tenho falado das coisas terrenas, ainda assim me credes, como creríeis, se eu vos falasse das celestiais? (João, III: 1-12)
A ideia de que João Baptista era Elias, e de que os profetas podiam reviver na Terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (nº 1 a 3).
Se essa crença fosse um erro, Jesus não deixaria de combatê-la, como fez com tantas outras.
Longe disso, porém, ele a sancionou com toda a sua autoridade, e a transformou num princípio, fazendo-a condição necessária, quando disse:
Ninguém pode ver o Reino dos Céus, se não nascer de novo.
E insistiu, acrescentando:
Não te maravilhes de eu ter dito que é necessário nascer de novo.
Estas palavras:
“Se não renascer da água e do Espírito”, foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do baptismo.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2019 7:19 pm

Mas o texto primitivo diz simplesmente:
Não renascer da água e do Espírito, enquanto que, em algumas traduções, a expressão do Espírito foi substituída por do Espírito Santo, o que não corresponde ao mesmo pensamento.
Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários feitos sobre o Evangelho, assim como um dia será constatado sem equívoco possível.(1)
Para compreender o verdadeiro sentido dessas palavras, é necessário reportar à significação da palavra, que não foi empregada no seu sentido específico.
Os antigos tinham conhecimentos imperfeitos sobre as ciências físicas, e acreditavam que a Terra havia saído das águas.
Por isso, consideravam a água como o elemento gerador absoluto.
É assim que encontramos no Génesis:
“O Espírito de Deus era levado sobre as águas”, “flutuava sobre as águas”, “que o firmamento seja no meio das águas”, que as águas que estão sob o céu se reúnam num só lugar, e que o elemento árido apareça”, “que as águas produzam animais viventes, que nadem na água, e pássaros que voem sobre a terra e debaixo do firmamento”.
Conforme essa crença, a água se transformara no símbolo da natureza material, como o Espírito o era da natureza inteligente.
Estas palavras:
“Se o homem renascer da água e do Espírito”, ou “na água e no Espírito”, significam pois:
“Se o homem não renascer com o corpo e a alma”.
Neste sentido é que foram compreendidas no princípio.
Esta interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras:
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito”.
Jesus faz aqui uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo.
“O que é nascido da carne é carne”, indica claramente que o corpo procede apenas do corpo, e que o Espírito é independente dele.
“O Espírito sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai”, é uma passagem que se pode entender pelo Espírito de Deus que dá a vida a quem quer, ou pela alma do homem.
Nesta última acepção, a sequência:
“mas não sabes de onde vem nem para onde vai”, significa que não se sabe o que foi nem o que será o Espírito.
Se, pelo contrário, o Espírito, ou alma, fosse criado com o corpo, saberíamos de onde ele vem, pois conheceríamos o seu começo.
Em todo caso, esta passagem é a consagração do principio da preexistência da alma, e por conseguinte da pluralidade das existências.
Desde os tempos de João Baptista até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força, e os que fazem violência são os que o arrebatam.
Porque todos os profetas e a lei, até João, profetizaram.
E se vós o quereis bem compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir.
O que tem ouvidos de ouvir, ouça”. (Mateus, XI: 12-15)
Se o princípio da reencarnação, expresso em São João, podia, a rigor, ser interpretado num sentido puramente místico, já não aconteceria o mesmo nesta passagem de São Mateus, onde não há equívoco possível:
“Ele mesmo é o Elias que há de vir”.
Aqui não existe figura, em alegoria; trata-se de uma afirmação positiva.
“Desde o tempo de João Baptista até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força”, que significam estas palavras, pois João ainda vivia no momento em que foram ditas?
Jesus as explica, ao dizer:
“E se vós o quereis bem compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir”.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2019 7:20 pm

Ora, João tendo sido Elias, Jesus alude ao tempo em que João vivia com o nome de Elias.
“Até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força”, é outra alusão à violência da lei mosaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para a conquista a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus que, segundo a nova lei, o céu é ganho pela caridade e pela brandura.
A seguir, acrescenta:
“O que tem ouvidos de ouvir, ouça”.
Essas palavras, tão frequentemente repetidas por Jesus, exprimem claramente que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.
Os teus mortos viverão.
Os meus, a quem tiraram a vida, ressuscitarão.
Despertai e cantai louvores, vós os que habitais no pó, porque o orvalho que cai sobre vós é orvalho de luz, e arruinareis a terra e o reino dos gigantes”
(Isaías, XXVI: 19)
Esta passagem de Isaías é também bastante clara:
“Os teus mortos viverão”.
Se o profeta tivesse querido falar da vida espiritual, se tivesse querido dizer que os mortos não estavam mortos em Espírito, teria dito: “ainda vivem”, e não: “viverão”.
Do ponto de vista espiritual, essas palavras seriam um contra senso, pois implicariam uma interrupção na vida da alma.
No sentido de regeneração moral, seriam as negações das penas eternas, pois estabelecem o princípio de que todos os mortos reviverão.
Quando o homem morre uma vez, e seu corpo, separado do espírito, é consumido, em que se torna ele?
Tendo o homem morrido uma vez, poderia ele reviver de novo?
Nesta guerra em que me encontro, todos os dias de minha vida, estou esperando que chegue a minha mutação.
(Job, XIV: 10-14, segundo a tradução de Sacy).
Quando o homem morre, perde toda a sua força e expira depois, onde está ele?
Se o homem morre, tornará a viver?
Esperarei todos os dias de meu combate, até que chegue a minha transformação?
(Id. Tradução protestante de Osterwald).
Quando o homem está morto, vive sempre; findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente.
(Id. Versão da Igreja Grega).
O princípio da pluralidade das existências está claramente expresso nessas três versões.
Não se pode supor que Job quisesse falar da regeneração pela água do baptismo, que ele certamente não conhecia.
“Tendo o homem morrido uma vez, poderia ele reviver de novo?”
A ideia de morrer uma vez e reviver implicam a de morrer e reviver muitas vezes.
A versão da Igreja Grega é ainda mais explicita, se possível:
“Findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente”
Quer dizer: eu voltarei à existência terrena.
Isto é tão claro como se alguém dissesse.
“Saio de casa, mas a ela voltarei.”
“Nesta guerra em que me encontro, todos os dias de minha vida, estou esperando que chegue a minha mutação”.
Job quer falar, evidentemente, da luta que sustenta as misérias da vida.
Ele espera a sua mutação, ou seja, ele se resigna.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2019 7:20 pm

Na versão grega, a expressão “esperarei”, parece antes se aplicar à nova existência:
“Findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente”, Job parece colocar-se, após a morte, num intervalo que separa uma existência de outra, e dizer que ali esperará o seu retorno.
Não é, pois, duvidoso, que sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação fosse uma das crenças fundamentais dos judeus, e que ela foi confirmada por Jesus e pelos profetas, de maneira formal.
Donde se segue que negar a reencarnação é renegar as palavras do Cristo.
Suas palavras, um dia, constituirão autoridade sobre este ponto, como sobre muitos outros, quando forem meditadas sem partidarismo.
A essa autoridade, de natureza religiosa, virá juntar-se no plano filosófico, a das provas que resultam da observação dos factos.
Quando dos efeitos se quer remontar às causas, a reencarnação aparece como uma necessidade absoluta, uma condição inerente à humanidade, em uma palavra, como uma lei da natureza.
Ela se revela, pelos seus resultados, de maneira por assim dizer material, como o motor oculto se revela pelo movimento que produz.
Somente ela pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida.
Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências, a maior parte das máximas do Evangelho são ininteligíveis, e por isso tem dado motivo a interpretações tão contraditórias.
Esse princípio é a chave que deve restituir-lhes o verdadeiro sentido.

(1) A tradução de Osterwald está conforme o texto primitivo, e traz:
não renascer da água e do Espírito. A de Sacy diz do Espírito Santo.
A de Lamennais também diz: Espírito Santo.
(2) Para o desenvolvimento do dogma da reencarnação, ver O Livro dos Espíritos, caps IV e V; O que é o Espiritismo, cap. II; ambos de Allan Kardec; e a Pluralidade das Existências, de Pezzani. (Nota do Tradutor: A palavra “dogma”, figura aqui no sentido racional e não fideísta, como “princípio” e não como dogma de fé.
O Espiritismo não é dogmático, no sentido religioso da palavra, mas têm princípios fundamentais, que filosoficamente são chamados dogmas).

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty A Terra e a vida extraterrestre

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2019 10:12 am

Jorge Hessen

A vida e o Universo são magníficos mistérios.
Dádiva de Deus, que não podemos, nem vamos compreender de maneira tão simplória.
Há dois mil anos, Jesus proclamou que "há muitas moradas na Casa do meu Pai". (1)
Actualmente, não é difícil compreendermos que Deus criou Sua Casa (Universo), em cuja morada estão os incontáveis planetas.
A questão fundamental é:
Nós estamos sozinhos no Universo?
Os astrónomos afirmam que estão próximos de responder essa questão que sempre perseguiu a humanidade, desde o início da civilização.
O director do observatório astronómico do Vaticano (2), padre José Gabriel Funes, afirmou que Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas, do mesmo jeito como criou o Universo e os homens.
"Isso não contradiz nossa fé, porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus", acrescentou Funes, em entrevista ao jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial de imprensa da Santa Sé".(3)
Um dos ramos científicos que mais têm crescido, desde os anos 50, fazendo audaciosas pesquisas, ampliando muito o acervo de seus conhecimentos, é a Astronomia.
Dela derivam, ou com ela interagem, a Astrofísica, a Astroquímica, a Exobiologia (estudo da possibilidade de vida fora da Terra).
Simon "Pete" Worden, astrónomo, que lidera o Centro de Pesquisas Ames da NASA, afirma que nós [na Terra] não estamos sozinhos, pois que há muita vida [pelo Universo].
Desde 1995, a Astronomia registrou a descoberta de 400 novos planetas, pertencentes a outros sistemas planetários, muito além deste do qual fazemos parte.
Na conferência anual da Sociedade Astronómica Norte-Americana, em cada descoberta, envolvendo os planetas de fora do nosso Sistema Solar (exoplanetas), apontam para a mesma conclusão: orbes, como a Terra, são, provavelmente, abundantes, apesar do violento Universo de estrelas explosivas, buracos negros esmagadores e galáxias em colisão.
O facto é que estamos na Terra, um dos nove planetas do Sistema Solar.
Embora pese mais de 6 sextilhões de toneladas e apresente uma superfície de 510 milhões de quilómetros quadrados, nem por isso é o maior destes planetas que giram ao redor do Sol. Júpiter, por exemplo, lhe é 1.300 vezes maior.
Sobre este planeta, Kardec escreveu que "muitos Espíritos, que animaram pessoas conhecidas na Terra, disseram estar reencarnados em Júpiter" (4)
James Jeans, um dos maiores astrónomos do nosso século, afirma, no livro The Universe Around Us (o Universo em volta de nós) que:
o número de sistemas planetários, em todo o Espaço, é inimaginavelmente grande.
Biliões deles podem constituir réplicas, quase exactas, de nosso sistema Solar, e milhões de planetas podem constituir outras réplicas, quase exactas, da Terra.
Ora, por que só existiria vida aqui no orbe, um planeta que tem um volume de 1.300.000 vezes menor que Júpiter; que dista da lua aproximadamente de 380.000 quilómetros.
"Marte, está distante de nós (na Terra) cerca de 56.000.000 de quilómetros, na época de sua maior aproximação; Capela é 5.800 vezes maior que nosso [planetinha]; Canópus tem um brilho oitenta vezes superior ao Sol". (5)
Há estrelas tão brilhantes, cuja luz tem uma intensidade 1 milhão de vezes maior do que a luminosidade solar.
O Sistema Solar possui 9 planetas com 57 satélites.
No total, são 68 corpos celestes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2019 10:13 am

E, para que tenhamos noção de sua insignificância, diante do restante do Universo, "nosso Sistema compõe um minúsculo espaço da pequena da Via Láctea" (6), ou seja, um aglomerado de, aproximadamente, 100 biliões de estrelas, com, pelo menos, cem milhões de planetas, que, segundo Carl Seagan, no mínimo, 100 mil deles com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a nossa. (7)
As últimas observações do telescópio Hubble (em órbita), elevaram o número de galáxias conhecidas.
Sabe-se, hoje em dia, existirem, pelo Universo observável, pelo menos, 10 biliões de galáxias.
Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a 1 quatrilhão de sóis [isso mesmo, 1 quatrilhão!].
Acreditar que somente a Terra tenha vida é supor que todo esse imensurável Universo tenha sido criado sem utilidade alguma, e seria uma impossibilidade matemática que, num Universo tão inimaginável, não se tivesse desenvolvido vida inteligente, senão neste pequeno planeta.
Aliás, seria um incompreensível desperdício de espaço.
Concretamente, a Terra é, sem dúvida, o "único" local habitado que sabemos com certeza ter vida, pois, afinal, estamos aqui.
No entanto, as provas materiais, da possibilidade fortíssima de haver vida em muitos outros lugares, estão em todo lugar:
Astrónomos descobriram sinais de matéria orgânica em outro planeta; meteoros caem, aos montes, com vários compostos orgânicos essenciais à vida, sendo, talvez, o mais famoso deles o meteorito de Murchison; e, nem precisando ir tão longe, a Terra, mesmo, mostra-nos que a vida existe, também, nos locais mais inóspitos e surpreendentes e sob as condições mais hostis, como se vê no caso das formas de vida extremófilas, presentes em ambientes extremos, como géiseres, mares polares frios e lagos altamente salinos.
Segundo Allan Kardec , "repugna à razão crer que esses inumeráveis globos que circulam no espaço não são senão massas inertes e improdutivas."(8)
A Ciência vem descobrindo, incessantemente, planetas situados em outros sistemas estelares.
No campo das pesquisas científicas "o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem estar em erro, acerca de um ponto qualquer, ele se modificará nesse ponto.
Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará." (9)
A proposição kardequiana, da pluralidade dos mundos habitados, continua tão actual quanto na data de sua publicação.
Portanto, o Espiritismo corrobora com a tese da existência de vida fora da Terra.
Destaque-se que, antes que a ciência humana e as religiões tradicionais admitissem essa possibilidade, os Espíritos revelaram, na questão 55, de O Livro dos Espíritos, "que são habitados todos os mundos que giram no espaço e que a Terra está muito longe de ser o único planeta que asila vida inteligente". (10)
A propósito, o Espírito Emmanuel confirma que, "nos mapas zodiacais, observa-se, desenhada, uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela.
Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajectória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta.
Há muitos milénios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos."(11)
Reafirma, ainda, Emmanuel que "alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma acção de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2019 10:14 am

As grandes comunidades espirituais, directoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores." (12)
Aqueles seres, explica o mentor de Chico Xavier:
"angustiados e aflitos, que deixavam, atrás de si, todo um mundo de afectos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milénios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes.
Por muitos séculos, não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia."(13)
Sobre isso Agostinho afirmou no século XIX que "não avançar é recuar, e, se o espírito não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam".(14)

FONTES:
(1) Cf. João 14:2
(2) A sede do observatório do Vaticano se localiza em Castelgandolfo, cidade próxima de Roma, onde fica situado o palácio de verão do papa, desde 1935.
O interesse dos pontífices pela astronomia surgiu com o Papa Gregório 13, que promoveu a reforma do calendário em 1582, dividindo o ano em 365 dias e 12 meses e introduzindo os anos bissextos.
(3) Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL468362-5603,00-VATICANO+..., acessado em 18-01-10
(4) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Cap. IV - Pluralidade das Existências / Item III - (Encarnação nos Diferentes Mundos)
(5) XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro, ditado pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 1994, Cap. 1.
(6) As últimas observações do telescópio Hubble (em órbita), mostram o número de galáxias conhecidas de 50 milhões.
(7) Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a um quatrilhão de sóis.
(8) Allan Kardec, esposava a mesma idéia. Em 1858, escreveu em A Revista Espírita
(9) Kardec, Allan. A Génese, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, cap. I
(10) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg. 55
(11) XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, ditado pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 1994
(12) idem
(13) idem
(14) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, cap. III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Perante os filhinhos que retornam para o além

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2019 7:38 pm

Jorge Hessen

Efectivamente, ninguém está preparado para receber a notícia de que o filho tem câncer, ainda mais quando se trata de uma criança.
E nada é capaz de preparar um pai e uma mãe para ver essa criança perder a batalha.
Em Lancashire, na Inglaterra, o menino Charles Proctor, de 5 anos, pediu "desculpas" à mãe antes de falecer em seus braços.
Ele tinha um tipo raro de câncer e desencarnou no colo de sua mãe, Amber Schofield.
No mês de novembro de 2018, Schofield, 24 anos, segurava o pequeno Charles no colo, quando ele deu seu último suspiro.
Em um post emocionado na página que criou no Facebook para contar a história do garoto e pedir ajuda financeira para que ele pudesse realizar um transplante nos Estados Unidos, ela relatou que, algumas horas antes de desencarnar, o menino disse a ela: "Mamãe, me desculpe por isso". [1]
É dificílimo imaginar o tamanho da angústia pela qual passou Amber Schofield.
Só quem viveu situações semelhantes pode descrever.
Imaginemos a aflição da mãe ao ouvir o pedido de "desculpas" do filho, por uma situação da qual ele não tinha controle algum, apenas por vê-la sofrer.
Todavia, a dignidade que Schofield experimentou, sem revolta e com humildade, demonstrou o quanto ela estava preparada para a situação.
Foi-se o corpo de Charles, não sua essência, o espírito imortal, que o corpo habitava.
Há muitas pessoas que passam por experiência análoga, porém revoltam-se e blasfemam.
No século XIX, Allan Kardec inquiriu aos espíritos:
"qual a utilidade das mortes prematuras?".
E os Benfeitores responderam: que "a maioria das vezes servem como provação para os pais." [2]
Todavia, alguns insistem em dizer que é uma terrível tragédia ver uma vida, tão cheia de esperanças, ser ceifada prematuramente.
Pacifiquemos a consciência em vez de nos infelicitarmos quando for dos desígnios de Deus retirar um de nossos filhos deste planeta de provas e expiações.
Concebemos que muitas situações chamadas de infelicidade, segundo apressadas interpretações, cessam com a vida física e encontram a sua compensação na vida além-túmulo.
Há casos de desencarnações precoces que não estão inseridos no processo de consequências naturais das escolhas do passado delinquente e configuram sim, acções meritórias de Espíritos missionários que renascem para viverem poucos anos em contacto com a carne em função de tarefas espirituais relevantes.
Sobre isso, o Espírito André Luiz escreveu o seguinte:
"Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objectivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era costumeira." [3]
Emmanuel, com a nobre sensibilidade que lhe assinala o modo de ser, considera que “nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.”
E acentua, convincente:
“Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia. [4]
Porém, ante aqueles que demandam a Vida na Espiritualidade, o comportamento do espírita é algo diferente, ou pelo menos deve ser diferente, variando contudo de pessoa a pessoa, com prevalência, evidentemente, de factores ligados à fé e à emotividade.
Chora, discreto, mas se fortalece na oração.
Na certeza da Imortalidade Gloriosa, reprime o pranto que desliza na fisionomia sofrida, porém busca na Esperança uma das virtudes evangélicas, o bálsamo para a saudade justa.
O Espírita sincero jamais se confia ao desespero.
“Não cede aos apelos da revolta, porque revolta é insubordinação ante a Vontade do Pai, que o espírita aprende a aceitar, paradoxal e estranhamente jubiloso, por dentro, vergado embora ao peso das mais agudas aflições.” [5]

Referências bibliográficas:
[1] Disponível em https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/201...; acesso em 25/11/2018
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001 questão n° 346 a 347
[3] XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB 1988 Xavier
[4] PARALVA, J. Martins. O PENSAMENTO DE EMMANUEL, RJ: Ed FEB, 1990
[5] Idem

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty “QUANDO FOI QUE ME TORNEI INVISÍVEL”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2019 11:40 am

CARTA DE UMA AVÓ SOLITÁRIA...
UM DIA TODOS NÓS VAMOS DESENCARNAR E PASSAREMOS PELA MESMA SITUAÇÃO.

Já não sei em que data estamos.
Lá em casa não há calendários e na minha memória as datas estão todas misturadas.
Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores, ilustradas com imagens dos santos que colocávamos no lado da penteadeira.
Já não há nada disso.
Todas as coisas antigas foram desaparecendo.
E sem que ninguém desse conta, eu me fui apagando também….
Primeiro me trocaram de quarto, pois a família cresceu.
Depois me passaram para outro menor ainda com a companhia de minhas bisnetas.
Agora ocupo um desvão, que está no pátio de trás.
Prometeram trocar o vidro quebrado da janela, porém se esqueceram, e todas as noites por ali circula um ar gelado que aumenta minhas dores reumáticas.
Mas tudo bem…
Desde há muito tempo tinha intenção de escrever, porém passava semanas procurando um lápis.
E quando o encontrava, eu mesma voltava a esquecer onde o tinha posto.
Na minha idade as coisas se perdem facilmente: claro, não é uma enfermidade delas, das coisas, porque estou segura de tê-las, porém sempre desaparecem.
Noutra tarde dei-me conta que minha voz também tinha desaparecido.
Quando eu falo com meus netos ou com meus filhos não me respondem.
Todos falam sem me olhar, como se eu não estivesse com eles, escutando atenta ao que dizem.
As vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer não ocorrera a nenhum deles, e de que lhes vai ser de grande utilidade.
Porém não me ouvem, não me olham, não me respondem.
Então cheia de tristeza me retiro para meu quarto e vou beber minha xícara de café.
E faço assim, de propósito, para que compreendam que estou aborrecida, para que se dêem conta que me entristecem e venham buscar-me e me peçam perdão…
Porém ninguém vem….
Quando meu genro ficou doente, pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei um chá especial que eu mesma preparei.
Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que o tomasse, só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento me indicou que se dera conta da minha presença.
O chá pouco a pouco foi esfriando……e junto com ele, meu coração…
Então noutro dia lhes disse que quando eu morresse todos iriam se arrepender.
Meu neto menor disse:
“Ainda estás viva vovó? “.
Eles acharam tanta graça, que não pararam de rir.
Três dias estive chorando no meu quarto, até que numa manhã entrou um dos rapazes para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.
Foi então quando me convenci de que sou invisível…
Parei no meio da sala para ver, se me tornando um estorvo me olhavam.
Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar, os meninos correram em minha volta, de um lado para o outro, sem tropeçar em mim.
Um dia se agitaram os meninos, e me vieram dizer que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo.
Fiquei muito contente.
Fazia tanto tempo que não saía e mais ainda ia ao campo!
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2019 11:40 am

No sábado fui a primeira a levantar-me.
Quis arrumar as coisas com calma.
Nós os velhos tardamos muito em fazer qualquer coisa, assim que adiantei meu tempo para não atrasá-los.
Rápido entravam e saíam da casa correndo e levavam as bolsas e brinquedos para o carro.
Eu já estava pronta e muito alegre, permaneci no saguão a esperá-los.
Quando me dei conta eles já tinham partido e o carro desapareceu envolto em algazarra, compreendi que eu não estava convidada, talvez porque não coubesse no carro, Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais caminhassem a seu gosto pelo bosque.
Senti claro como meu coração se encolheu e a minha face ficou tremendo como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar.
Eu os entendo, eles vivem o mundo deles.
Riem, gritam, sonham, choram, se abraçam, se beijam.
E eu, já nem sinto mais o gosto de um beijo.
Antes beijava os pequeninos, era um prazer enorme tê-los em meus braços, como se fossem meus.
Sentia sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim.
A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade de cantar canções que nunca acreditara me lembrar.
Porém um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebé disse que não era bom que os anciãos beijassem aos bebés, por questões de saúde…
Desde então já não me aproximo deles, não quero lhes passar algo mal por minhas imprudências.
Tenho tanto medo de contagiá-los !

Eu os bendigo a todos e lhes perdoo, porque…
QUE CULPA EU TENHO DE TER ME TORNADO INVISÍVEL?

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty A Águia de asas partidas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2019 7:23 pm

Ele possuía muitas riquezas.
Tinha as arcas abarrotadas de ouro e gemas preciosas.
A juventude lhe sorria e os amigos sempre se faziam presentes nos banquetes.
Habituara-se a dormir em seu leito de ébano e marfim. Dormir e sonhar.
Em seus sonhos, misturava-se a realidade das tantas vitórias que lhe enriqueciam os dias.
E um desejo de paz que ainda não fruía.
Ele amava as corridas de bigas e quadrigas.
Recentemente comprara cavalos árabes, fogosos.
E escravos o haviam adestrado durante dias.
Tudo apontava para a vitória nas próximas corridas no porto de Cesareia.
Mas os momentos de tristeza se faziam constantes.
A felicidade não era total. Faltava algo.
Ao mesmo tempo, ele temia perder a felicidade que desfrutava.
Por isso, ouvindo falar daquele Homem singular que andava pelas estradas da Galileia, o procurou.
Bom mestre, que bem devo praticar para alcançar a vida eterna?
Desejava saber. Como desejava.
A resposta veio sonora e clara:
Por que me chamas bom?
Bom somente o Pai o é.
À tua pergunta, respondo:
"Cumpre os mandamentos, isto é, não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honrarás teu pai e tua mãe."
Tudo isso tenho observado em minha mocidade.
No entanto, sinto que não me basta.
Surdas inquietações me atormentam.
Labaredas de ansiedade me consomem. Falta-me algo!
Então - propõe-lhe a Luz - vende tudo quanto tens, reparte-o entre os pobres. Vem, e segue-Me!
A ordem, a meiguice daquele Homem ecoava em seu Espírito.
Ele era uma águia que desejava alcançar as alturas.
E o Rabi lhe dizia como utilizar as asas para voar mais alto.
Pela mente em turbilhão do jovem, passam as cenas das glórias que conquistaria.
Os amigos confiavam nele.
Tantos esperavam a sua vitória. Israel seria honrada com seu triunfo.
Sim, ele podia renunciar aos bens de família, mas ao tesouro da juventude, às riquezas da vaidade atendida, os caprichos sustentados...?
Seria necessário renunciar a tudo?
A águia desejava voar mas as asas estavam partidas...
Recorda-se o jovem que os amigos o esperam na cidade para um banquete previamente agendado.
Num estremecimento, se ergue:
Não posso! - Murmura.
Não posso agora. Perdoa-me.
E afastou-se a passos largos. Subindo a encosta, na curva do caminho, ele se deteve.
Olhou para trás. Vacilou ainda uma vez.
A figura do Mestre se desenha na paisagem, aos raios do luar. A Luz parece chamá-lo uma vez mais.
Indecisa, a alma do moço parece um pêndulo oscilante.
A águia ainda tenta alçar o voo. O peso do mundo a retém no solo.
Ele se decide. Com passos rápidos, quase a correr, desaparece na noite.
Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram o episódio e dizem de como o jovem se retirou triste e pesaroso.
Nem poderia ser diferente: fora-lhe dada a oportunidade de se precipitar no oceano do amor e ele preferira as areias vãs do mundo.
O Divino Amigo nos chama, diariamente, para a conquista do reino de paz.
Alguns ainda somos como o moço rico.
Deixamos para mais tarde, presos que ainda estamos a muitas questões e vaidades pessoais.
É bom analisar o que vale mais: a alegria efémera do mundo ou a felicidade perene que tanto anelamos.
Depois, é só optar.

blog Espiritismo Na Rede baseado no cap. O mancebo rico, do livro Primícias do Reino, do Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Sabedoria.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Sentar-se à janela do Avião

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2019 12:05 pm

Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.
A ansiedade de voar era enorme.
Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o voo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a descolagem.
Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul.
Tudo era novidade e fantasia.
Cresci, me formei, e comecei a trabalhar.
No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante.
As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.
O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.
Perdi o encanto.
Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As poltronas do corredor agora eram exigência.
Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.
O voo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.
Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela.
Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião descolou, lembrei-me da primeira vez que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto.
E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.
Pensei comigo mesmo:
será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.
A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor:
as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflicta sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.

Alexandre Garcia

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty O Universo numa casca de noz

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2019 8:24 pm

Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito." - assim disse Hamlet, o inesquecível personagem de Shakespeare.
Stephen Hawking, o célebre astrofísico inglês, inicia exactamente com esta ideia, sua obra intitulada "O Universo numa casca de noz", que segue os passos de seu best-seller "Uma breve história do tempo."
No volume, o matemático explica, com uma linguagem mais acessível, os princípios que controlam o Universo.
Porém, primeiramente, Hawking apresenta-se como profundo admirador deste misterioso cosmos, questionando se ele realmente é infinito, ou apenas enorme.
Se ele é eterno ou apenas tem uma longa vida.
E como nossas mentes finitas poderiam compreender um Universo infinito.
O autor acredita que ainda existam muitas coisas a serem descobertas, mas apresenta-se optimista, dizendo que muito já alcançamos.
A casca de noz de Hamlet representa a pequenez de nossa compreensão, da extensão de nossas forças.
Mas também demonstra a capacidade do ser humano de utilizar sua mente para explorar todo este Universo.
E avançar audaciosamente por ele, por onde até mesmo "Jornada nas estrelas" teme seguir.
Por enquanto, somos os encantados com tantas descobertas, encantados com a grandeza de Deus e Suas leis, que fazem com que tudo esteja onde deva estar, e no tempo certo.
Vejamos quantas maravilhas:
O planeta Júpiter, o maior dos orbes de nosso sistema, que comportaria em seu interior 1.000 planetas Terra, quando foi criado, poderia ter se transformado em estrela.
Caso isso tivesse ocorrido, teríamos dois Sóis, ao invés de um, e um dia permanente, sem noite alguma, o que impossibilitaria a vida neste mundo.
Poderíamos falar um pouco sobre as distâncias do espaço, que certamente nos deixariam desnorteados.
Tomemos por exemplo a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, Alfa Centauri.
Ela está a apenas 4 anos luz da Terra. Parece pouco, não?
Então imaginemos tomar um foguete na Terra, viajando numa velocidade muito grande - 100.000 quilómetros por hora.
Se rumássemos para nossa vizinha, teríamos uma pequena jornada de cerca de 24.600 anos para alcançá-la.
Não é algo surpreendente?
Deveremos nos sentir insignificantes perto de tudo isso?
Perto das biliões de galáxias existentes?
Certamente que não.
Ao contrário, devemos nos sentir privilegiados de viver num Universo tão grandioso, e de fazer parte dele como Espíritos em evolução constante.
A próxima conclusão sábia e racional, será a de que não podemos ter a pretensão de nos imaginarmos sozinhos neste espaço sem fim.
Seria "um imenso desperdício de espaço", como afirma o cientista Carl Sagan.
Assim, tenhamos neste macro-cosmos mais uma prova da existência de uma Inteligência Suprema, de uma causa primária de todas as coisas, que rege nossas vidas e destinos através de leis perfeitas.
* * *
"Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objectivo final da Providência.
Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.
Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.
Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes."

blog Espiritismo Na Rede ,baseado na obra O universo em uma casca de noz, de Stephen Hawking, ed. Mandarim e do item 55 de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

Acesse o Blog Espiritismo Na Rede
http://marcoaureliorocha5.blogspot.com/view/timeslide

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Assiduidade e Pontualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 08, 2019 11:55 am


Nenhuma instituição pode alcançar pleno rendimento na objectivação de seus propósitos, se se dissocia da disciplina.
Nas instituições espíritas, sobretudo, a disciplina constitui a pedra angular de todo o êxito.
Essa disciplina não é subserviência no obedecer.
É cooperação no realizar.
É adjutório no servir.
Colaboração consciente de quem sabe dispor de suas possibilidades em benefício do próximo e, ao mesmo tempo, esforço pela própria evolução.
Nobre atitude de humildade, que se não confunde com humilhação.
A disciplina, sinonimo de ordem, organização, começa, nas organizações espíritas, pela assiduidade dos respectivos membros às reuniões, doutrinárias ou práticas.
A perseverança representa energia concentrada, geratriz de sucessos sem conta.
Assiduidade é perseverança.
Portanto, elemento de suma importância para a boa marcha dos trabalhos em pauta.
Lamentavelmente, há muitos confrades que, por displicência ou comodismo, só frequentam os Centros esporadicamente, muita vez porque necessitam de uma receita mediúnica...
Outros, até que demonstram interesse em se fazerem presentes às sessões e realmente as frequentam numa periodicidade que julgam satisfatória.
Têm boa vontade.
Falta-lhes apenas o hábito da continuidade.
E o hábito é uma Segunda natureza, como pontificava Sto. Agostinho.
A pontualidade é o complemento ideal e lógico da assiduidade. Luís XVIII, da França, proclamou certa vez que a pontualidade é a polidez dos reis.
– É um dever de todos:
de nobres e plebeus, de súbditos e soberanos – dizemos nós.
Para André Luiz, a pontualidade é tema essencial do quotidiano, disciplina da vida.
Em qualquer circunstância, pontualidade é sempre um dever, mas no caso particular do obreiro da seara espírita, assume o aspecto de inalienável compromisso de honra.
As reuniões espíritas devem obedecer a um horário fixo de abertura e encerramento dos trabalhos.
Há Espíritos que se tornam frequentadores habituais e não seria de boa ética fazê-los esperar. Adverte Kardec:
"Eles têm suas ocupações e, além disso, podem achar-se em condições desfavoráveis para serem evocados.
Quando as reuniões se efectuam em dias e horas certos, eles se preparam antecipadamente a comparecer e é raro faltarem.
Alguns mesmo há que levam ao excesso em sua pontualidade.
Formalizam-se, quando se dá o atraso de um quarto de hora e, se são eles que marcam o momento de uma reunião, fora inútil chamá-los antes desse momento."
(O Livro dos Médiuns, 24a edição da FEB, p. 360).
A regularidade das reuniões importa noutras vantagens, como, por exemplo, a que assinala Leon Denis em No Invisível, 6ª edição também da FEB, página 106:
"Convém reunir-se em dias e horas fixos e no mesmo lugar.
Os Espíritos podem se apropriar assim dos elementos fluídicos que lhes são necessários, e os lugares de reunião, impregnando-se desses fluidos, tornam-se cada vez mais favoráveis às manifestações".
Assiduidade e pontualidade, no final de contas, a gente pode praticar sem maiores sacrifícios.
Com o dispêndio, tão-só, de um pouco de boa vontade.
É só adquirir o hábito...

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty OS HABITANTES DO MUNDO ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 08, 2019 7:33 pm

O primeiro cuidado de quem aporta a um país estrangeiro é procurar conhecer os usos e os costumes de seus habitantes.
A prudência manda que o viajante assim proceda, para evitar imprevistos desagradáveis e para saber como se comportar.
A mediunidade nos leva ao infinito mundo espiritual, que também tem suas leis, usos e costumes próprios.
Um erro supor-se que a morte concede ao espírito a sabedoria plena ou a inteira posse do sentimento; não lhe dá nem uma nem outra coisa; o espírito desencarnado continuará a ser o mesmo que era quando encarnado.
Era o encarnado uma pessoa bondosa?
A morte o fará um espírito bom.
Era uma pessoa de mau coração?
A morte o fará um espírito malévolo.
E continuam a viver:
o bom, espalhando o bem, engrandecendo-se e tornando-se um espírito superior; o mau, a pensar no mal, até que o sofrimento e as decepções o obriguem a procurar na prática do bem um alívio para sua consciência perturbada.
No mundo espiritual encontram-se espíritos dotados das maiores virtudes e de deslumbrante inteligência; lá também vivem espíritos portadores de vícios e de muita propensão para o mal.
Há os mistificadores, que não se importam em assinar suas comunicações, sem valor algum, com os nomes de espíritos que veneramos; desconfiemos sempre dos nomes; a assinatura não é uma garantia de autenticidade.
Há os espíritos brincalhões e zombeteiros, cujo maior prazer consiste em enganar com suas peças os indivíduos crédulos, que os escutam, e seguem-lhes os conselhos estúpidos e as indicações tolas.
Há os orgulhosos que julgam tudo saber e ainda querem dominar.
Há os malévolos que espalham por toda a parte a desarmonia, a malquerença, as rivalidades, principalmente nos Centros Espíritas, entre os médiuns e entre os directores; aproveitam-se de nosso amor-próprio para conseguirem seus desígnios; servem-se da máxima astúcia para desviarem os médiuns de seus deveres.
Nunca nos esqueçamos de que os médiuns estão sujeitos a terríveis lutas contra os espíritos ignorantes; somente quem já travou tais lutas é que pode avaliar-lhes a intensidade; para vencê-las é necessário muita prudência, muita fé, e possuir um intenso desejo de beneficiar os que sofrem.
Dentre os espíritos que se dedicam ao bem, citaremos:
os curadores, que se esforçam por mitigar os sofrimentos da humanidade.
Os consoladores, cuja função é espalhar pensamentos de fé e esperança entre os aflitos.
Os espíritos educadores, que se encarregam de promover nosso progresso moral e intelectual.
Há também outras categorias de espíritos que trabalham activamente pela melhoria dos indivíduos, das famílias, das cidades e das nações.
Tais são, em curto resumo, os habitantes do mundo espiritual com os quais a mediunidade nos põe em íntima ligação.
Conquistar a protecção e a simpatia dos bons e livrar-se o mais possível da influência dos maus é a grande tarefa à qual os médiuns devem aplicar-se constantemente.
Ao entrarmos em contacto com os espíritos, revistamo-nos da máxima prudência.
Sejamos prudentes como as serpentes, conforme nos recomendou o Mestre.
Não acreditemos em tudo o que recebemos dos espíritos; vejamos primeiro se suas mensagens estão de acordo com o Evangelho e com os ensinamentos dos mestres.
Todas as comunicações serão analisadas.
Analisar uma comunicação é estudá-la palavra por palavra, linha por linha, trecho por trecho; e por fim aceitá-la, rejeitá-la ou pô-la em observação.
Aceitá-la: se pregar o bem; se versar factos que os mestres já estudaram e cujos exemplos podem ser encontrados em seus livros; se puder ser comprovada facilmente.
Rejeitá-la:
se contiver uma única palavra contra a lei da caridade; se trouxer elogios próprios a excitar a vaidade; se tratar de assuntos que o bom senso repele; se o que ensina for contrário àquilo que a longa prática firmou e comprovou.
Pô-la em observação: se a lição for nova.
Quando múltiplas experiências a confirmarem, então será aceita.

* A Mediunidade Sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti *

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Dos desvios e distorções doutrinárias

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 09, 2019 10:02 am

Há que se dedicar muito cuidado e atenção na prática quotidiana da programação de nossas instituições espíritas.
O compromisso do adepto espírita é com o Espiritismo.
E Espiritismo está claramente definido nas obras básicas de Allan Kardec.
As inclusões indevidas, práticas que distorcem, inovações oriundas de nossas distracções doutrinárias e mesmo quando criamos o “nosso espiritismo”, correm por nossa conta e risco, gerando responsabilidades de expressão, face às noções indevidas que podemos estar semeando em pessoas que agora se aproximam da Doutrina Espírita e o conhecem distorcido de suas propostas verdadeiras.
O compromisso do Espiritismo é com a renovação moral do ser humano.
Totalmente conectado com o Evangelho de Jesus, suas bases visam esclarecer e orientar sobre nossa natureza, origem e destinação como filhos de Deus.
Fundamentado em bases racionais e exclusivamente voltado ao crescimento intelecto moral dos filhos de Deus, o Espiritismo dispensa condicionamentos, dependências de qualquer espécie, imposições, exigências e fanatismos que possam ou queiram se impor.
Quando se fala em condicionamentos e dependências, há um leque enorme de situações subtis que vamos nos permitindo e que deformam totalmente a genuína prática espírita.
Alguém poderia perguntar: mas qual ou quais?
Relacione uma ou mais.
Não há necessidade de citar, discriminar ou criar outros perigosos caminhos que são os do preconceito ou do orgulho ferido e mesmo possíveis imposições ou críticas que não cabem.
A resposta é fácil.
O Espiritismo possui e oferece ferramentas úteis e precisas para se evitar condicionamentos e dependências.
Basta que perguntemos a nós mesmos:
o que espero ou faço do Espiritismo?
Como dirigente, palestrante, escritor ou colaborador/tarefeiro em qualquer área de actividade nas instituições – pois que não há qualquer actividade que seja mais importante ou mereça qualquer destaque, já que somos todos meros aprendizes –, como estou me portando?
Aprisiono ou liberto e motivo as pessoas?
Uso ameaças, chantagem e imponho minhas ideias e vontades como as únicas corretas?
Sou daqueles que recriminam e acusam, desprezam ou não desmerecem o esforço alheio?
Não é preciso continuar.
Muitas outras situações podem ser incluídas.
Com tais posturas, onde vão se incluir os desdobramentos próprios do orgulho, da vontade de dominar, da vaidade e da prepotência, geram os problemas que aí estão, esperando nossa submissão à realidade do que realmente somos: todos meros aprendizes.
O pior de tudo isso é que deixamos que nossas tendências introduzam práticas estranhas ao Espiritismo na prática quotidiana dos Centros, como as actuais novidades incoerentes com a genuína prática espírita.
Quais são as novidades?
Novamente não é nem preciso citar.
Basta observar com atenção!
Os desvios surgem e as novidades aparecem quando esquecemos a prioridade do Espiritismo: nossa melhora e progresso moral.
E a orientação desse programa está claramente nas obras básicas, que esquecemos de consultar, de estudar, reflectir e divulgar.
E principalmente de fazê-la amplamente compreensível, em suas riquezas, para aqueles que se aproximam – sedentos por entender – e são bombardeados com condicionamentos que, ao invés de libertarem, aprisionam e repetem os mesmos equívocos da história bem conhecida, ao longo do tempo.
É nosso dever respeitar o Espiritismo!
É nosso dever transmitir Espiritismo com fidelidade.
Muitas pessoas que agora se aproximam do Espiritismo não trazem uma formação anterior que lhes facilite entender os fundamentos do Espiritismo e estes precisam ser explicados, comentados, exemplificados com clareza.
E, infelizmente, diante de tanta grandeza moral à disposição para cumprir sua justa finalidade, ficamos usando nosso tempo, recursos e inteligência para finalidades absolutamente distantes da genuína prática espírita que não é outra senão a caridade, em sua ampla abrangência, que não se restringe à doação de coisas, mas à doação de nós mesmos na gentileza, na sensibilidade, na atenção, no estender das mãos, no trabalho em favor do bem geral, etc, etc.
Abramos os olhos.
Nossa responsabilidade é enorme.
E nossa fragilidade também...

Autor: ORSON PETER CARRARARA

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Deus não pune, logo a nossa dor não é uma “reacção” a nada

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 09, 2019 8:05 pm

Jorge Hessen

Em sânscrito, karma significa "acto deliberado".+
Nas suas origens, a palavra karma significava "força" ou "movimento".
Apesar disso, a literatura pós-védica expressa a evolução do termo para "lei" ou "ordem", sendo definida muitas vezes como "lei de conservação da força".
Isto significa que cada pessoa receberá o resultado das suas acções.
É um mero caso de causa e consequência. [1]
O Espiritismo esclarece que o sofrimento actual não está obrigatoriamente relacionado às nossas acções erradas (“pecados”) do passado, porém ao estado de imperfeição moral mantido no presente.
Logo, sofremos nesta actual encarnação em virtude da imperfeição da qual ainda não nos libertamos, e não por causa de actos errados (“pecados”) actuais ou de outras encarnações.
Conta-se que um sofrimento desta vida, se não tem causa visível, estará certamente na vida anterior.
Por esta razão defende-se o princípio do carma, ou causa e efeito, ou inadequadamente de “acção e reacção”.
Mas não é esse o preceito revelado pelos espíritos superiores, até porque é uma ingenuidade crer que o carma ou “pecado” é o princípio que Deus estabeleceu como regras que devem ser obedecidas pelos indivíduos, caso contrário serão “castigados”.
Contudo se forem obedientes serão recompensados.
Ninguém sofre tão-somente para “pagar” a acção errada do passado.
A nossa dor não é uma reacção a nada, mas uma acção, pois sofremos necessariamente pela causa da liberdade e não "por causa" dela.
Allan Kardec faz ligeira alusão ao termo causa e efeito e jamais citou o termo “carma” para pesquisar e esclarecer as razões da dor e das aflições.
Portanto, o “carma” não foi mencionado em nenhum momento por Kardec ou pelos Benfeitores espirituais.
Além do mais, a reencarnação jamais será um processo punitivo.
Renascemos para progredirmos.
Se sofremos, de vez em quando, é pela causa que abraçamos livremente e não inapelavelmente por causa de alguma desobediência às leis divinas.
Na pergunta nº 132 do Livro dos Espíritos, Kardec questiona sobre qual seria o objectivo da encarnação.
A resposta é clara:
“A lei de Deus impõe a encarnação com o objectivo de chegarmos à perfeição ...”.
Em nenhum momento aparece a palavra amargura, fardo, dor ou qualquer outro termo que signifique “carma”.
Pelas sucessivas existências, mediante nossos esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, avançamos sempre e alcançamos a perfeição, que é a nossa destinação final”. [2]
"Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas actuais, são muitas vezes o efeito da falta cometida, isto é, o homem, pela acção de uma rigorosa justiça distributiva, sofre [“muitas vezes”] o que fez sofrer aos outros.
Se foi duro e desumano,poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilde condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc." [3]
Evidentemente as expressões "muitas vezes" e "poderá" relativiza o processo da lei e não afirma que a dor seja sempre uma penalidade.
Até porque as leis de Deus não são punitivas.
O livre-arbítrio é a nossa grande ferramenta evolutiva, inexistindo, pois, determinismos e fatalidades.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 09, 2019 8:06 pm

A fatalidade existe apenas na escolha que fazemos ao reencarnar e suportar esta ou aquela prova.
E da nossa escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição que escolhemos e em que nos achamos.
Falamos das provas de natureza física porque, quanto às de natureza moral e às tentações, ao conservarmos nosso livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, seremos sempre senhores para ceder ou resistir...”. [4]
Atingido o patamar evolutivo de nos integrar ao reino humano conquistamos gradualmente a faculdade do livre arbítrio.
Apoderamo-nos da liberdade como a grande alavanca da evolução.
A liberdade de escolher nosso próprio destino, todos os dias, torna-se o diferencial entre nós e os animais inferiores, que ainda não podem discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral.
Expõe Kardec que a Lei de Deus está gravada na consciência de cada um.
Desta forma, identificamos o porquê da liberdade de consciência, e da sua progressividade à medida que a realizamos em nós. [5]
Deus é amor, não existe nada fora de Deus; portanto deduzimos que não existe nada fora do amor.
O que é contrário à Lei de Deus, na realidade não existe de forma absoluta.
As nossas escolhas transportam na essência as implicações boas ou ruins.
Em síntese, sofremos as consequências naturais de todas as imperfeições que não conseguimos corrigir, mas não porque “pecamos” no passado.
O nosso estado, feliz ou calamitoso, é intrínseco ao nosso estado de pureza ou impureza.
Por isso, não devemos procurar em Deus a imunidade das nossas dificuldades, mas exoremos a força necessária para superá-las.
Notando que no mundo espiritual não há qualquer código que puna ou premeie, por lá vigora a "Lei da Escolha das Provas", e não "Lei de Causa e Efeito" com atributos punitivos.
O espírito sempre escolherá o que ele irá enfrentar no futuro, como meio de seu desenvolvimento moral e intelectual.

Referências bibliográficas:
[1] Disponível em https://www.significados.com.br/karma/ acesso 02 de dezembro de 2018
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 50a ed., Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1980, questão 132
[3] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo., Capítulo V - Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1975
[4] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 50a ed., Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1980, questão 851
[5] Idem, questão 621

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty POR QUE O ESPÍRITO FICA VAGANDO SOFRENDO PROCURANDO AJUDA POR TODA PARTE?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 10, 2019 10:09 am

Estado de Perturbação.
Um Espírito não esclarecido, chega do outro lado praticamente sem consciência do que está acontecendo, não acredita já estar morto, continua a agir como se ainda estivesse vivo, assiste todo o funeral e acha que está sonhando, fica ao redor do caixão com seu corpo ou entre os familiares.
Depois do enterro, volta para casa e tenta se comunicar, como ninguém responde às suas perguntas fica desorientado, não aceita auxílio de outros espíritos que vieram para ajudar; como sempre lhe disseram que “os bons”, vão directo para o céu, e como uma pessoa nunca se julga má, ele fica esperando que os anjos venham buscá-lo.
Como os anjos não aparecem, alguns ficam anos ou séculos na sua casa, no local da morte ou junto com os seus bens, tesouros ou pertences.

Presos à Matéria.
Pessoas que viveram aqui só voltados aos prazeres materiais, sem se preocupar com o seu futuro espiritual, geralmente demoram-se na crosta terrestre, buscando ainda os mesmos tipos de prazer que costumavam cultivar quando encarnados, acomodam-se junto aos encarnados que apreciam os mesmos vícios, induzindo as pessoas a prática, para usufruir dos fluídos.
Ex: bebidas, cigarros, etc.
Aprendem a se alimentar da energia dos vivos, se “encosta” como dizem, numa pessoa que lhe ofereça condições, e muitas vezes, mesmo sem saber que está prejudicando, suga a sua energia.
Deixando-a, cada dia mais debilitada, começam a surgir às doenças.

Região de Sombra e Dor.
Quando o espírito comete delitos graves aqui na Terra (assassinatos, crimes) ele é atraído para regiões de sombra e dor, o chamado umbral, onde pelo sofrimento chegará um dia ao arrependimento e o desejo de reparar o mal praticado, e então será socorrido por espíritos bons que irão retirá-lo de lá e serão conduzidos a postos de atendimento espiritual conhecido como colónias.

Falta de preparo para morte.
Tudo isso acontece porque as religiões não preparam as pessoas para essa passagem.
Somente ensinam que o pecador, baptizado, convertido ou morrendo sob confissão, extrema unção, encomendação do corpo ou tendo um funeral com os rituais religiosos, vai directo para o céu.
As pessoas nasceram e são livres para fazerem o que quiserem inclusive o mal, aí entram as religiões cuja missão é conduzir o homem à prática do bem e da justiça e consequentemente prepará-lo para voltar melhor do que quando veio.
Por não admitir o renascimento a maioria das igrejas não tem outra saída, a não ser ensinar que o morto deve aguardar de braços cruzados dentro do caixão até o momento em que as trombetas vão soar e todos ressuscitarão, para o julgamento colectivo do juízo final.
Como nada prende um espírito, ele sai por aí para fazer o que quiser.
Esse é o motivo que incontáveis irmãos se encontram nessa situação há muito tempo.
É obrigação dos vivos auxiliarem com suas orações e actos aqueles que já se foram principalmente convencê-los do arrependimento.
Daí a necessidade de se doutrinar e evangelizar esses espíritos para que no menor tempo possível lhes seja dado conhecer a Verdade que os libertará das falsas doutrinas e das falsas promessas.

Livro Céu e Inferno.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty MILHARES DE IRMÃOS ESTÃO NA "FILA" DA REENCARNAÇÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 10, 2019 8:04 pm

IMPLORANDO QUE UMA FAMÍLIA DE BOA VONTADE, ABRA-LHES A PORTA DO BERÇO, A FIM DE APROVEITAR A ÚLTIMA OPORTUNIDADE, ANTES DA PROMOÇÃO DA TERRA, DA CONDIÇÃO DE "PLANETA DE PROVA E EXPIAÇÃO", PARA O DE "REGENERAÇÃO"!
Neste período de transição planetária em que vivemos, a Fila da Reencarnação está enorme.
Biliões de Espíritos disputam vaga por um corpo físico…
Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos.
O Espiritismo explica que estamos vivendo um período de transição.
Deixaremos de ser um mundo de Prova e Expiação para sermos um mundo de Regeneração.
Temos até casos ocorridos no nosso Grupo:
"Um Irmão desencarnado, depois de bater em muitas portas, não conseguindo êxito, manifestou-se pedindo desesperadamente ajuda, facto que tocou o coração de uma Irmã, presente nos Trabalhos, que se prontificou recebê-lo como Filho.
O facto tornou-se realidade, Ele Reencarnou na Casa dela e hoje está com mais ou menos 12 anos.
A fila para Reencarnar está enorme.
Biliões de Espíritos esperam pela oportunidade de um corpo físico.
A estimativa é de que haja em torno de 30 biliões de espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados.
Há Espíritos que não Reencarnam há séculos, e precisam apressar-se se quiserem permanecer no Planeta.
Os que não se adequarem às novas directrizes serão deportados para Mundos de condição Inferior do que será a Terra.
Os avós paternos e maternos do seu pai e os avós paternos e maternos da sua mãe, mais os pais do seu pai e os pais da sua mãe, mais seu pai e sua mãe.
Se os avós de seus pais (os seus bisavós) dependerem de você para nascer, são 8 espíritos disputando uma vaga e meia.
Viu como isso vai longe?
Um outro tipo de vida nos espera, com mais responsabilidades, com participação directa sobre os destinos daqueles que nos são caros e que ficaram para trás.
Ao longo de séculos e milénios, vamos formando afeições e vínculos de toda espécie com muitos espíritos.
Formamos grandes grupos, sobre os quais exercemos influência e pelos quais somos influenciados.
Uns progrediram mais, outros menos, alguns estacionaram há tempo.
Não conseguiremos usufruir de uma condição melhor sabendo que seres de quem gostamos estão afastados de nós por tempo indeterminado.
Também não deve ser agradável constatar que Espíritos com quem não simpatizamos estão numa situação muito difícil graças, em parte, aos erros que cometemos em relação a eles no passado.
Que vamos demorar para Reencarnar é praticamente certo.
Por mais que isso pareça apocalíptico, é hora de abandonarmos questões vãs, mágoas, recalques, ódio, sentimento de vingança, ambição desmedida, desejo exacerbado.
Tudo o que nos ligue à animalidade é sempre prejudicial, mas num período como o que vivemos não é só prejudicial, é decisivo.
Nosso maior esforço será em relação ao nosso próximo.
Todos nós conhecemos pessoas que não são exactamente elevadas mas pelas quais temos algum sentimento que fará com que nos responsabilizemos por elas.
Não temos mais tempo para brincadeiras.
Não podemos mais nos dar ao luxo de nutrir magoazinhas ridículas.
Se realmente levarmos alguns séculos para reencarnar novamente, encontraremos este planeta mudado.
Serão outros valores, outros padrões de pensamento e comportamento para com o próximo.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Saudades nos Dois Lados da Vida

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 11, 2019 12:20 pm

QUER DIZER, ENTÃO, QUE A PESSOA QUE POSSUI FÉ E CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE LIDA MELHOR COM A SEPARAÇÃO?

A pessoa que crê na existência da vida após a morte e passa pela dor da perda de um ente querido, lida melhor psicologicamente e emocionalmente com a morte.
O indivíduo que não tem essa concepção da existência espiritual, acaba vivendo esse distanciamento de uma maneira pior e de forma conflituosa, por não acreditar na possibilidade de reencontrar a pessoa que partiu.
Com a dor da perda, o psiquismo sofre muitos danos e se existir uma ligação muito forte entre esses, a pessoa acaba vivendo com um grande drama.
Muitas, até, não conseguem se curar quando perdem seus entes queridos; continuam sofrendo muitos anos com a mesma dor.
Com a desencarnação, o Espírito retorna ao plano espiritual, sua pátria de origem, o […] mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 85.
À medida que o Espírito se integra à vida no além-túmulo, reduzem-se, naturalmente, as influências oriundas do Plano físico.
Dessa forma, […] a morte não é nem uma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação, sem solução de continuidade.
Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Introdução IV, item XI.
A condição dos Espíritos na vida de além-túmulo, sua elevação, sua felicidade, tudo depende da respectiva faculdade de sentir e de perceber, que é sempre proporcional ao seu grau evolutivo.
Léon Denis: Depois da morte. Parte quarta, Capítulo XXXIII.
Além disso, temos a observar que a sociedade, para lá da morte, carrega consigo os reflexos dos hábitos a que se afeiçoava no mundo.
Emmanuel:
E a vida continua…
Prefácio.
Com a desencarnação, o Espírito retorna ao plano espiritual, sua pátria de origem, o “[…] mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo” (1), afirmam os esclarecidos orientadores espirituais, acrescentando que A vida espiritual é, realmente, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito; sua existência terrestre é transitória e passageira, espécie de morte, se comparada ao esplendor e actividade da vida espiritual.
O corpo não passa de vestimenta grosseira que reveste temporariamente o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual ele se sente feliz em libertar-se. […]. (2)
Com a desencarnação, inicia-se, então, a fase de adaptação ao novo plano existencial de diferente nível vibratório, que pode ser mais ou menos acelera- da, mais ou menos confortável, de acordo com as condições íntimas de cada desencarnado. Nesta situação, o espírita detém todas as condições para não temer a morte e, se esclarecido e prudente, soube preparar-se cuidadosamente para esse momento, garantindo um retorno feliz à pátria verdadeira.
O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina; a vida futura é uma realidade que se desdobra incessantemente a seus olhos; realidade que ele toca e vê, por assim dizer, a cada passo e de modo que a dúvida não tem guarida em sua alma.
A vida corpórea, tão limitada, se apaga diante da vida espiritual, que é a verdadeira vida.
Daí a pouca importância que atribui aos incidentes da jornada e a resignação nas vicissitudes que enfrenta cujas causas e utilidade compreende perfeitamente.
Sua se alma eleva pelas relações que mantém com o mundo invisível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se, operando-se por antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem para a outra vida.
A perturbação, inseparável da transição, é de curta duração, porque, uma vez franqueado o passo, ele logo reconhece, nada estranhando e se dando conta imediatamente da nova situação em que se encontra. (3)
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 11, 2019 12:21 pm

À medida que o Espírito se integra à vida no além-túmulo, reduzem-se, naturalmente, as influências oriundas do plano físico.
Dessa forma, “[…] a morte não é nem uma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação, sem solução de continuidade.” (4)
A adaptação do desencarnado no plano espiritual pode, contudo, não ocorrer de imediato, às vezes se revela marcada por angústias e tristezas, nem sempre relacionada às imperfeições morais do Espírito, propriamente ditas, mas em razão da desinformação ou ignorância a respeito da sobrevivência do Espírito ou das condições de vida após a morte do corpo físico.
Nesta situação, não se preparando adequadamente para a morte, a pessoa apresenta dificuldades de integração à realidade da qual faz parte agora.
A difusão das ideias espíritas pode, assim, reverter ou amenizar esse quadro.
Como é horrível a ideia do nada! Como são de lastimar os que acreditam que se perde no vácuo, sem encontrar eco que lhe responda, a voz do amigo que chora o seu amigo!
Jamais conheceram as puras e santas afeições os que pensam que tudo morre com o corpo; que o génio que iluminou o mundo com a sua vasta inteligência é uma combinação de matéria, que, como um sopro, se extingue para sempre; que do ser mais querido, de um pai, de uma mãe ou de um filho adorado não restará senão um pouco de pó que o vento fatalmente dispersará.
Como pode um homem de coração manter-se frio a essa ideia?
Como não o gela de terror a ideia de um aniquilamento absoluto e não lhe faz, ao menos, desejar que não seja assim?
Se até hoje a razão não lhe foi suficiente para afastar de seu espírito quaisquer dúvidas, aí está o Espiritismo a dissipar toda incerteza com relação ao futuro, por meio das provas materiais que dá da sobrevivência da alma e da existência dos seres de além-túmulo.
É por isso que em toda parte essas provas são acolhidas com alegria; a confiança renasce, pois o homem sabe, de agora em diante, que a vida terrena é apenas uma breve passagem que conduz a uma vida melhor; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos e que as mais santas afeições não se destroem sem mais esperanças. (5)

1. A reintegração do Espírito no além-túmulo
Há várias condições que favorecem a adaptação do Espírito ao mundo espiritual, mas todas elas estão subjugadas ao processo evolutivo, intelectual e moral, do desencarnado.
Vamos, então, analisar os principais factores favoráveis à adaptação do Espírito na moradia que passa a viver, antes que lhe ocorra, outra vez, nova reencarnação.

1.1 Condições do desligamento do perispírito do corpo físico
O Codificador considera que, conforme sejam as condições de desligamento do perispírito, a travessia de um plano para outro pode caracterizar, ou não, sofrimento ao Espírito.
Estabeleçamos em primeiro lugar, e como princípio geral, as quatro condições que se seguem, sem perder de vista que entre elas há uma infinidade de variantes:
1°) Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma não sentiria absolutamente nada .
2°) Se nesse momento a coesão dos dois elementos estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
3°) Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
4°) Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo até que esse laço se desfaça inteiramente.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 26 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 11, 2019 12:21 pm

Daí resulta que o sofrimento que acompanha a morte está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável. (6)

1.2 Estado de perturbação que acompanha a desencarnação
O estado de perturbação, directamente relacionado às condições de desligamento perispiritual, facilita ou dificulta a integração do Espírito no Além.
Assim, partindo do princípio de que a perturbação é facto normal que acompanha a desencarnação, a sua duração, contudo,

[…] é indeterminada [e pode] perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos.
A proporção que se liberta, a alma encontra-se numa situação comparável à de um homem que desperta de profundo sono; as ideias são confusas, vagas, incertas; vê como que através de um nevoeiro, aclarando-se a vista pouco a pouco e lhe despertando a memória e o conhecimento de si mesma.
Esse despertar, contudo, Bem diverso, conforme os indivíduos; nuns é claro é calmo e cheio de sensações deliciosas; noutros é repleto de terrores e de ansiedades, qual se fora horrível pesadelo. (7)
Nessa condições, se os laços que prendem o Espírito ao corpo forem frágeis, em decorrência do sentido que o desencarnante deu à existência pelo desencarnante, o desligamento não é demorado e, consequentemente, não é doloroso:
“[…] Há pessoas nas quais a coesão [perispiritual] é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, com a maior naturalidade.
O Espírito se separa do corpo como um fruto maduro que se desprende do seu caule.
É o caso das mortes calmas e de despertar pacífico.” (8)

1.3 Condições morais do Espírito
Assevera Allan Kardec que moralidade do desencarnante exerce peso fundamental no seu desligamento perispiritual, amenizando o processo de perturbação, facto que favorece a rápida adaptação no mundo dos Espíritos.
[…] estado moral é causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento a alma.
A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, atingindo o seu máximo no homem cujas preocupações se concentram exclusivamente na vida terrena e nos gozos materiais.
Tal afinidade é quase nula naqueles cujas almas, já depuradas, identificam-se por antecipação com a vida espiritual.
E uma vez que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, depende de cada um de nós tornar fácil ou penoso, nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento. […]. (9)

1.4 Condições relacionadas ao género de morte
O tipo de desencarnação que conduz à morte do corpo físico exerce influência no processo e adaptação no plano espiritual.
Nos casos […] de morte natural — a que resulta da extinção das forças vitais por velhice ou doença resultante da extinção das forças vitais por velhice ou doença — o desprendimento opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se elevam acima das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, enquanto o corpo ainda tem vida orgânica, o Espírito já penetra a vida espiritual, apenas ligado por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 11, 2019 12:22 pm

Nesta situação o Espírito pode já ter recuperado a sua lucidez, de forma a tornar-se testemunha consciente da extinção da vida do corpo, do qual se sente feliz por tê-lo deixado.
Para esse a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de esperança e felicidade. (10)
Na morte violenta as condições não são exactamente as mesmas.
Como não houve nenhuma desagregação parcial capaz de levar a uma separação antecipada entre o corpo e o perispírito, a vida orgânica é subitamente aniquilada no auge de sua exuberância.
Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente.
O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda a sua posição.
Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é um dos mais interessantes para ser estudado, porque apresenta o espectáculo singular de um Espírito, que julga material o seu corpo fluídico, experimentando ao mesmo tempo todas as sensações da vida orgânica. […]. (11)
Integrado à vida espiritual, o desencarnado prossegue a sua marcha evolutiva, desenvolvendo os aprendizados necessários, mantendo-se vinculado aos Espíritos que lhes são afins, os quais, por sua vez, fazem parte das diferentes organizações sociais (colónias, cidades, postos, organizações) existentes do além-túmulo.
A desencarnação não opera mudanças bruscas, razão porque nas “[…] Esferas mais próximas do planeta, as almas desencarnadas conservam as características que lhes eram mais agradáveis nas actividades da existência material […]”. (12)
Na verdade, aqui como no plano espiritual, o estado de felicidade e infelicidade encontra-se no próprio Espírito, em razão das suas escolhas, crenças e interesses.
Assim, no plano espiritual há diferentes tipos de moradas, estabelecidas em decorrência das afinidades e simpatias espirituais dos seus habitantes.
Os Espíritos moralmente esclarecidos têm trânsito livre nas diferentes organizações, onde actuam como instrumento de auxílio aos que sofrem.
Pondera Léon Denis que os “[…] Espíritos inferiores, sobrecarregados pela densidade de seus fluidos, ficam ligados ao mundo onde viveram, circulando em sua atmosfera ou envolvendo-se entre os seres humanos [encarnados].” (13)
Argumenta, também, que as alegrias e as percepções do Espírito não procedem do meio que ele ocupa, mas de sua disposições pessoais e dos progressos realizados.
Embora com o perispírito opaco e envolto em trevas, o Espírito atrasado pode encontrar-se com a alma radiante cujo invólucro subtil se presta às delicadas sensações, às mais extensas vibrações.
Cada um traz em si sua glória ou sua miséria.
A condição do Espírito na vida de além-túmulo, sua elevação, sua felicidade, tudo depende da respectiva faculdade e sentir e de perceber, que é sempre proporcional ao seu grau evolutivo.
[…] As almas colocam-se e agrupam-se no espaço segundo o grau de pureza do seu respectivo invólucro [perispiritual]; a condição do Espírito está em relação directa com a sua constituição fluídica, que é a própria obra, a resultante do seu passado e de todos os seus trabalhos. Determinando a sua própria situação, acham, depois, a recompensa que merecem. […]. (14)
Como a maioria dos Espíritos que integra o plano espiritual terrestre retornará à reencarnação, por inúmeras vezes, até que alcance o nível evolutivo de Espírito puro — patamar dos que só reencarnam na Terra se quiser — são classificados de Espíritos Errantes.
A palavra “errante” — , utilizada por Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 226) para designar o Espírito que ainda precisa reencarnar — , causa, às vezes, algumas dúvidas.
Assim, importa considerar que errante, do francês errant, significa, neste contexto, o que não é fixo, o que vagueia.
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