LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty A pornografia é o erotismo vazio de amor

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 24, 2018 8:04 pm

Jorge Hessen

A pornografia é o erotismo vazio de afecto, amor e desvelo, por isso é um assunto espinhoso, sensível e controverso.
No mundo tecnológico um imenso contingente de pessoas trafega no universo virtual (em média 9h diárias) aliciadas pelos poderosos convites às viagens eróticas do apelo pornográfico.
Há pouco menos de meio século, a exibição de filmes “adultos” entulhava os porões das fétidas salas de cinemas eróticos.
Nessas lúgubres cavernas as pessoas fascinadas aos apelos da alucinação sexual, procuravam os “shows” de sexo explícito, filmes e revistas especializados.
Em seguida, para nossa desdita, com a expansão da Internet, o tráfico do lado negativo da sexualidade saiu dos funestos antros e rompeu fronteiras através dos meios de comunicação, alcançando o espaço sagrado dos nossos lares sem qualquer pudor.
Nesse extremo, a internet tem estabelecido grande influência entre crianças, jovens , adultos e idosos e entre os contumazes usuários, tornando possível que os consumidores de pornografia permutem informações entre si e possam identificar géneros, estilos e gostos, fazendo com que compartilhem suas preferências e permitindo o encontro de fantasias ou práticas criminosas de pedofilia e outras parafilias.
Numa linguagem espírita diria que o “UMBRAL” nunca esteve tão presente e próximo dos lares terrenos.
Há um impressionante número de mulheres casadas que se queixam de solidão (no sentido de solidão sexual), em virtude de seus esposos serem contaminados e viciados na pornografia virtual.
E o inadmissível da situação é saber que muitos desses maridos consumidores de pornografias são “cristãos”, “bons” espíritas, pais de família exemplares e profissionais de proeminência.
Os consumidores de pornografia, na maioria dos casos, ou estão viciados, ou prestes a se viciarem em sexo.
Tais pessoas passam a pensar e a se absorverem pouco a pouco com sexo.
As fantasias sexuais, as figuras pornográficas passam a colonizar gradativamente as suas mentes, passando a invadir insistentemente os seus pensamentos nas ocasiões mais impróprias
A nossa sexualidade não pode ser avaliada sob o prisma dos que a consideram impura e proibitiva, muito menos sob as impressões dos que anseiam algemá-la ao plano da banalidade como simples fricção de células causadoras de deleite erótico.
A sexualidade humana é de procedência divina e sua possante energia, que alastra no ser de forma natural, não deve ser inibida de forma insana, todavia urge ser disciplinada no sentido de atingir seu desígnio, como força fecunda e criadora, a fim de produzir o avanço espiritual do homem.
Não estamos propondo castrações, mas sublimação.
Até porque todos somos impregnados desse potencial e convocados a aprender a disciplina-lo.
Com o Evangelho aprendemos que quando um casal se ama, os parceiros se apetecem e se reverenciam.
A vida e experiência sexual entre ambos é respeitosa e prazerosa.
O amor entre os dois não está condicionado apenas à sexualidade, todavia vai muito mais além, incluindo amizade, companheirismo e cuidado pela satisfação de suas necessidades.
Quando, porém, isso não ocorre e há a necessidade compulsiva de fantasias, auto-erotismos e pornografias, esse casal não está em harmonia, encontra-se psicologicamente corrompido e não é feliz.
Compreendemos que precisamos ser indulgentes com aqueles que são servos da pornografia, abarcando que cada ser é um ente divino em suas potencialidades de amor que com certeza eclodirão no futuro, até porque esses atrasos morais são particularidades do estágio de expiação e provas do homem terreno.
Deste modo, precisamos orar e orientar aqueles que nos solicitam auxílio, demostrando as implicações infelizes do sexo em desatino, conforme nos advertem os Benfeitores do além.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Chantagem emocional

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 25, 2018 12:50 pm

O uso da chantagem emocional com os filhos é muito comum por parte de alguns pais.
Em vez de fazer uso da razão e do bom senso para persuadir o filho a agir de forma correcta, esses pais apelam para a chantagem.
Alguns dizem: "se você não for bonzinho, eu não gosto mais de você!"
Geralmente o filho cede, pois não quer perder o afecto dos pais.
Numa idade em que a criança ainda não tem condições de perceber que os pais estão blefando, fará de tudo para ser aceita.
Outras vezes, quando o filho tem algum sentimento negativo, os pais falam: "sentir inveja é feio", "sentir ciúmes é vergonhoso", "ninguém gosta de quem guarda mágoa".
É certo que o filho irá dissimular os sentimentos, mas não aprenderá a lidar com esses vícios que o infelicitam tanto.
Afinal, quem não faria tudo para não abrir mão do amor de quem se ama?
Para merecer o amor de seus pais, o filho esconderá o que sente e agirá de forma traiçoeira, sempre que tiver ensejo.
Pais que usam a chantagem emocional torturam o filho em vez de ajudá-lo a se libertar das imperfeições.
A criança deve ser orientada, educada, mas também envolvida em afecto, carinho, protecção, aconchego.
De forma alguma os pais devem condicionar seu amor.
O amor não deve ser barganhado.
O bem-querer deve ser espontâneo e independente do comportamento da criança.
Nosso filho deve saber que o que importa é a sua felicidade.
Devemos passar a ele a certeza de que nossa relação amorosa jamais estará em jogo.
Como pais podemos não concordar com o comportamento de nosso filho, mas jamais deveremos jogar com nosso carinho e atenção.
Devemos deixar bem claro que não aprovamos suas acções inadequadas, mas que o amamos mesmo assim.
Com essa atitude estaremos preservando nosso filho da necessidade de esconder seus sentimentos.
Daremos a ele a lição da honestidade, da sinceridade, da humildade, pois ele saberá que suas fragilidades devem ser enfrentadas, e não escondidas para agradar esta ou aquela pessoa.
Com isto ele também aprenderá a respeitar as limitações dos outros.
Não evitará pessoas que pensam, sentem e agem de forma diversa da sua.
O seu bem-querer estará acima das diferenças de gostos, preferências, conhecimentos, pontos de vistas, etc.
E o que é mais importante: nosso filho sentirá que pode educar suas más tendências sob a protecção do nosso amor e da nossa ternura.
E isso o ajudará muito na sua auto-educação.
Isso mudará totalmente o rumo que a criança dará ao seu mundo.
Ela não precisará crescer para compreender que o que seus pais sempre desejaram era sua felicidade e que, por não saber muito como fazer isso, usavam a chantagem emocional como recurso.
Por todas essas razões, vale a pena rever os meios que estamos usando para educar nossos filhos.
Ninguém duvida da boa intenção e do amor dos pais pelos filhos, mas o que se pretende pensar é na melhor maneira de ajudá-los a se ajudarem.
Pense nisso!
Quando seu filho manifestar algum sentimento nocivo, aproxime-se dele e o ajude a reflectir sobre o que está sentindo.
Ajude-o a analisar seus maus pendores, mas também enalteça suas virtudes, seus acertos, suas conquistas, pois estas são mais importantes para sua felicidade.
Faça-o sentir que seu amor por ele é incondicional, e verá que tudo será mais fácil, tanto para seu filho como para você.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Nossa vida presente tem um dia seguinte

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 25, 2018 8:16 pm

Na edição de setembro de 1863 da Revue Spirite, Allan Kardec publicou um interessante artigo assinado pelo sr. F. Herrenschneider, a respeito da necessidade de união entre a filosofia e o Espiritismo.
No artigo, o articulista justifica o porquê dessa necessidade.
O artigo oferece-nos uma análise acerca do pensamento dominante na sociedade de sua época, que não é muito diferente daquilo que, mais de 150 anos depois, temos presenciado em nosso mundo.
Segundo o articulista, o espírito religioso encontrava-se perdido, especialmente entre as classes letradas e inteligentes, visto que o sarcasmo voltairiano tinha tirado o prestígio do Cristianismo e o progresso das ciências lhes havia feito reconhecer as contradições existentes entre os dogmas e as leis naturais.
Por outro lado, o desenvolvimento das riquezas e as invenções maravilhosas, associadas à incredulidade e à indiferença, desestimulavam a renúncia ao mundo, dando ensejo à paixão pelo bem-estar, pelo prazer, pelo luxo e pela ambição.
Não é exactamente esse quadro que se nos apresenta modernamente? De um lado, a indiferença pelas questões transcendentais; de outro, a busca incessante pelos gozos materiais.
Um ligeiro mas sugestivo exemplo: com a proximidade do vestibular, muitos jovens ignoram a vocação, a aptidão pessoal, a vontade de se tornar alguém que possa contribuir para o progresso da comunidade, e optam pelo curso académico que mais vantagens financeiras possa oferecer-lhes.
E esse é, em grande número de casos, o desejo dos próprios pais.
Com o advento do Espiritismo, lembra o articulista, a sociedade terrena foi despertada para o facto de que nossa vida presente tem um dia seguinte e que nossos actos geram consequências, seja nesta, seja em uma existência futura.
É claro que a notícia relativa à continuidade da vida não era desconhecida dos cristãos primitivos e mesmo dos filósofos gregos, muito antes da vinda de Jesus, como mostram os escritos de Platão a respeito dos ensinamentos de Sócrates.
A diferença é que, a partir do intercâmbio com os chamados mortos, são estes que nos vêm alertar para a realidade da vida pós-morte e as duras consequências do mal que fazemos e do bem que, podendo ter sido feito, ignoramos ou negligenciamos.
Quando a sociedade humana não tem outro objectivo senão a prosperidade material e o prazer dos sentidos, ela mergulha no materialismo egoísta, renuncia a todos os esforços que não conduzem a uma vantagem palpável, estima somente os que têm posses e apenas respeita o poder que se impõe.
Conforme observou o sr. F. Herrenschneider, a renovação de nossas relações com os mortos é e continuará sendo um acontecimento prodigioso, que terá como consequência a regeneração tão necessária da sociedade terrena, o que é ou deveria ser o objectivo de todos os que sonhamos com um mundo melhor, mais justo, mais solidário e mais fraterno.
E, nesse sentido, é bom não ignorar que nossa vida presente tem um dia seguinte...

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty O QUE SENTEM OS BEBÉS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 26, 2018 9:44 am

Algumas pessoas se mostram surpresas ao saber que as crianças, antes de nascer, conseguem apreender os pensamentos e sentimentos da mãe.
O que se passou durante o período da sua gestação, em âmbito familiar, conjugal, de alguma forma elas percebem e traduzem ao nascer.
O regente Boris Brott, da Orquestra Filarmónica de Ontário, Canadá, conta que, por vezes, ficava perplexo com a facilidade com que dirigia certos trechos musicais, antes de os ter estudado.
Dirigia uma partitura pela primeira vez e, de repente, as notas para violoncelo surgiam na sua mente, como se ele já conhecesse a sequência da peça, mesmo antes de ter virado a página.
Ele falou no assunto para sua mãe, que é violoncelista profissional.
A questão era intrigante pois era sempre a partitura para violoncelo que ele parecia conhecer antecipadamente.
Quando disse à mãe quais eram as obras, o mistério rapidamente se desvendou.
Ela tinha ensaiado todas aquelas partituras, para um recital, enquanto estava grávida.
O Dr. Gerhard Rottmann, da Universidade de Salzburgo, na Áustria, realizou um estudo, que envolveu quase 150 mulheres, da gravidez até o parto.
Concluiu que a atitude da mãe tinha uma influência decisiva sobre a evolução da criança.
Por isso, dividiu as mulheres em quatro categorias emocionais.

1ª - mães ideais - as que desejavam a criança, tanto consciente como inconscientemente.
Tinham uma gravidez fácil, um parto sem complicações e uma criança saudável, física e emocionalmente.

2ª categoria - mães ansiosas - as que tinham atitudes negativas para com o bebé.
Apresentavam os mais complicados problemas médicos durante a gravidez. Davam à luz elevado número de crianças prematuras, de baixo peso e emocionalmente perturbadas.

3ª categoria - mães ambivalentes - as que aparentavam felicidade, mas só aparentavam.
Depois do parto, um número invulgar de crianças apresentava problemas de comportamento e perturbações gastrintestinais.

4ª categoria - mães indiferentes - tinham várias razões para não desejarem ter filhos: uma carreira, problemas financeiros e não estavam preparadas para o papel de mães.
Mesmo assim, em seu subconsciente, elas desejavam a gravidez.
Os filhos receberam ambas as mensagens, o que parecia lhes causar confusão.

Depois do parto, muitas dessas crianças revelaram-se apáticas e letárgicas.
Os pais, por sua vez, não deixam de influenciar, igualmente, os bebés.
Algumas pesquisas demonstraram que a criança pode identificar a voz do pai, mesmo dentro do ventre materno.
Depois de nascer, ela reage a essa voz quando a ouve.
Pode parar de chorar, ao ouvi-la.
É como se transmitisse ao bebé um sentimento de segurança o som familiar e tranquilizador da voz paterna.
Todas essas descobertas, com certeza, podem revolucionar a atitude dos pais com relação aos filhos.
Mães e pais descobrem que têm uma oportunidade ímpar de influenciar os filhos, antes deles nascerem.
Também de criar laços afectivos que condicionarão a sua felicidade e o seu bem-estar, não só no seio materno, mas durante toda a vida.
Os bebés reagem bem às batidas cardíacas da mãe.
Um hospital fez ouvir gravação das batidas cardíacas de uma mãe num berçário cheio de bebés recém-nascidos.
Nos dias em que se ouvia a gravação, os bebés se comportavam de modo diferente.
Respiravam melhor, comiam mais, dormiam mais e adoeciam menos vezes.

O feto pode ouvir distintamente, a partir do sexto mês de vida intra-uterina.
Também é sensível à música, podendo se descontrair com um clássico, e ter uma reacção oposta com música rock.

Pense nisso!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Pelo amor, ou pela dor

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 26, 2018 8:27 pm

Espíritos imortais que somos, desenvolvemo-nos ao longo da linha do tempo, ora no corpo físico, ora no Mundo Espiritual, nossa pátria de origem.
Partindo dos esclarecimentos contidos em O Livro dos Espíritos, sabemos que os Espíritos são criados simples e ignorantes tendo como objectivo a perfeição.
As mais simples observações e a lógica nos mostram que todas as experiências vividas pelo Espírito, assim como todo conhecimento adquirido por ele, se armazenam em sua estrutura mental, como bagagem inalienável rumo ao futuro.
Quando no Mundo Espiritual, à medida em que se identifica com sua situação, é capaz de vasculhar o passado fazendo uso de sua memória pessoal para novas disposições futuras, em novas reencarnações para dar continuidade ao seu progresso.
Ao encarnar permanecem no subconsciente as funções vitais, hábitos e crenças adquiridos, intuição e padrões comportamentais, de onde emergem, por exemplo, a criatividade e a sabedoria, e também o entendimento espiritual.
Também emergem, invariavelmente, as distonias energético-espirituais negativas produzidas pelos desatinos cometidos pelo Espírito, e que influenciarão o comportamento psíquico no ponto médio entre a culpa e a capacidade de resolução da problemática.
Quando encarnado, a depender de suas necessidades espirituais, e o consequente planeamento reencarnatório que possibilite o seu progresso, ou o expurgo do passado que o liberará para novos avanços, a sua memória espiritual será suprimida para que, com os pés firmes na actual existência, faça o que precisa ser feito sem o conhecimento dos erros de outrora, de forma que estes não o levem à prostração, muito embora possam se fazer presente através de inclinações aos estados depressivos a depender das disposições íntimas do Espírito.
Assim, trazemos, na Consciência actual, a capacidade de raciocínio, de emitir julgamentos e críticas, de analisar, planear e tomar decisões, e a capacidade de armazenar na memória as novas experiências e aprendizados na exacta medida de nossas possibilidades de progresso.
Se analisarmos, com honestidade de propósito, nossas tendências e aptidões, pensamentos e valores, e acções decorrentes, com certa facilidade podemos identificar as características espirituais preponderantes em nosso Espírito, que por sua vez possibilitará a reeducação moral através da aquisição de novos hábitos, traduzindo-se em progresso espiritual, e como o progresso é lei natural, mais cedo ou mais tarde ele acontece.
*
O lema popular diz que o progresso se dá, ou pelo amor, ou pela dor, e que a escolha está sempre a cargo do Espírito.
Esse lema representa, intuitivamente, a dualidade composta pela intenção consciente e produtiva, ou seja, de acordo com a Lei de Deus, e pela presença da dor para “acordar” o Espírito para a tomada de novos rumos existenciais com novos valores.
Temos, portanto, débitos pretéritos registados em nossas consciências, mas que não necessariamente precisam vir à tona em forma de dor para serem resgatados.
Seria falta da Misericórdia Divina.
Pode-se suprimi-los, ou ao menos amenizá-los, através da prática do amor, da caridade pura, da acção intencional rumo ao que é consoante à Lei de Amor.

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Proposição de Alguns Princípios Espíritas de Sustentação Existencial

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 27, 2018 9:12 am

Quando olhamos para o mundo a partir da perspectiva que o Espiritismo proporciona, temos a possibilidade de olhar além do presente e captar princípios.
Kardec, em “A Génese”, utiliza a imagem do homem que ao chegar no alto da montanha vê melhor o caminho percorrido e o que tem ainda a ser vencido.
Aqui, gostaríamos de apontar alguns princípios para nos nortear na condução das nossas vidas enquanto encarnados, sob a luz da Doutrina dos Espíritos, e que podem ser enxergados como alertas do “alto da montanha” em perspectiva existencial.
São eles:
Somos imortais.
Não estamos prontos, estamos em processo de desenvolvimento e auto-conhecimento.
Isso se dá através de mecanismos condutores na forma de leis naturais, incluídas aqui leis morais (leia-se: que regem a alma).
Mas, somos imortais, ou seja, tudo continua e nada aqui na Terra é definitivo.
Trata-se de uma imortalidade dinâmica e construtiva do ser.
Um processo a perder de vista que é incrementado com paz e felicidade na medida em que o crescimento acontece.
Nossa existência tem um sentido.
Há direcção. Não estamos soltos ao acaso.
A criação é teleológica.
Na Doutrina Espirita isso é chamado de evolução.
O sentido de evolução aqui é cósmico e inclui um conjunto de leis que actuam para que o ser espiritual se aperfeiçoe e se desenvolva gradualmente, o que significa o aparecimento de qualidades que ampliam a compreensão e a capacidade de acção do espírito na criação divina.
Deus não está longe.
A inteligência suprema e causa primária de todas as coisas está presente dentro e fora de nós, em essência e em ato criativo.
A criação é contínua e eterna.
No mais profundo do ser há de estar Deus e no mais profundo do universo também está Deus.
Na prática isso significa a consciência de uma presença continua e activa, a ser descoberta em suas nuances mais secretas e intimas.
Nós não estamos sozinhos na caminhada.
A evolução da alma é individual, mas ocorre em ambiente fraterno que inclui todo o cosmos, e nele, todos os seres.
Isso é belíssimo, os que estão adiantados auxiliam o que estão atrás numa corrente de solidariedade, compreensão e amor.
Na grande teia da vida que abarca o universo, cada ser, a partir do seu próprio processo evolutivo, contribui com o todo e com aqueles que estão mais próximos a eles nas relações, mais que inter-pessoais, são “inter-espirituais”.
Somos únicos e temos um papel a ser executado.
Aqui se aplica bem a palavra “missão”.
Essa missão é única e individual, mas está integrada no projecto evolutivo maior.
Aprender e evoluir é parte do mecanismo de progressão universal.
A inactividade não é prevista na concepção da Doutrina Espírita, mas sim actividade construtiva e cada vez mais consciente sempre.
As lições da vida são individuais.
Cada pessoa é uma biografia especial, sem repetição e não dispomos de receita pronta para o auto aperfeiçoamento.
É muito simples, baseado no princípio do livre-arbítrio individual, sem ignorar as influências do meio ambiental e social, cada um com base na própria história faz suas escolhas subjectivamente.
Em grandes linhas, devemos entender que o processo evolutivo é biográfico, único, o que nos remete a produção de sentido existencial como um caminho individual.
Nossa integração ao cosmos está conectada a um processo de descoberta de si mesmo rumo ao status de espírito cocriador.
Não é punição, é consequência.
Dispomos de um mecanismo muito especial para nos guiar dentro da nossa condição humana: a consciência.
Diferente do superego freudiano, por exemplo, a consciência é voz interna que nos alerta sutilmente quanto ao melhor caminho.
A capacidade de ouvi-la cada vez melhor é um processo em desenvolvimento, e, na medida em que somos bem-sucedidos neste exercício melhor nos guiamos na caminhada evolutiva.
Ignorar os recados íntimos que recebemos e seguir com opções que rumem para a infelicidade é visto como consequência, e não como punição divina – transgredimos leis naturais e sofremos o efeito.
Após a lição e a reparação, estamos mais aptos a caminhar melhor.
Allan Kardec teceu em vários folhetos, e nas obras da codificação, diversos princípios e resumos doutrinários.
Os acima brotam do nosso coração e reflexão, e claro, coincidem com eles ainda que incomparáveis quanto aos do codificador.
O valor que vemos em partilha-los é quanto a perspectiva existencial e norteadora que eles nos parecem apontar enquanto estudantes do espiritismo.
Dispor de pilares que nos sustentem a caminhada significa carregar, na base das nossas motivações, certezas que nos fortalecem e dão a cada acontecimento um sentido especial.
É assim que reforçamos: mais que ler, estude Kardec.

Rodrigo Romão

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty O ADULTÉRIO, A PROMISCUIDADE E O PERDÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 27, 2018 7:23 pm

O adultério de que iremos tratar, se restringirá ao aspecto da violação da confiança conjugal, da infidelidade matrimonial e da viciação do instinto sexual, tanto por parte do homem como da mulher, abstendo-nos de considerar o aspecto jurídico.

O adultério na História

A mulher, em todas as épocas da Humanidade, foi sempre submetida ao poder, à tirania, à deslealdade e à escravização pelo homem.
Em caso de adultério, ela sempre ficou com a parte mais difícil e incompreendida de todos.
Ao tempo de Jesus, a mulher, quando vista em adultério, era severamente castigada, geralmente com a morte, obedecendo aos princípios rígidos da religião judaica; ao passo que o homem, seu companheiro de comunhão sexual sem responsabilidade, não era considerado culpado, mas, sim, vítima de suas atracções perigosas.
A rigidez da lei mosaica com a mulher adúltera era bem a manifestação da dureza de coração das criaturas humanas da época.
Qual foi a posição de Jesus ao lidar com o erro dessas mulheres, que estavam vulneráveis às duras leis da época?
Interferindo no processo cruel da praça pública, em defesa da mulher desprotegida e desesperada que lhe solicitara apoio e salvação, Jesus não levantou os braços, não gritou, não usou a força física e nem manipulou um grupo de comandados para usar a violência contra a turba enlouquecida, mas simplesmente enviou uma mensagem de luz, para que as mentes masculinas compreendessem as próprias deficiências e fraquezas morais.
Um grande exemplo de amor de Jesus para com as mulheres esquecidas vemos na figura de Maria de Magdala.
Maria, depois de ouvir os ensinamentos de Jesus, sentiu-se tocada profundamente nas fibras mais sensíveis da alma e desejava ardentemente buscar uma vida nova.
Concentrando seus pensamentos mais sinceros, deixou o ambiente de luxo e prazer e caminhou movida pelo intuito de dialogar com o Senhor e expor-lhe suas intenções mais puras.
Encontrou o Mestre amado na residência humilde do apóstolo Pedro e confessou-lhe todos os seus anseios de seguir os ensinamentos sublimes.
Jesus ouviu-a com bondade infinita e disse:
“— Maria, levanta os olhos para o céu e regozija-te no caminho, porque escutaste a Boa Nova do Reino e Deus te abençoa as alegrias!
Acaso, poderias pensar que alguém no mundo estivesse condenado ao pecado eterno?
Onde, então, o amor de nosso Pai?
Nunca viste a primavera dar flores sobre uma casa em ruínas? As ruínas são as criaturas humanas; porém, as flores são as esperanças em Deus.
(…) Sentes hoje esse novo Sol a iluminar-te o destino! Caminha agora, sob a sua luz, porque o amor cobre a multidão dos pecados.”
Maria, magnetizada e embevecida pelas palavras amorosas e profundas do Divino Mestre, sente seu coração fortalecido para a grande luta interior pela sua renovação dentro do Evangelho e fala com muita convicção e desejo fervoroso de amar:
“— Senhor, doravante renunciarei a todos os prazeres transitórios do mundo, para adquirir o amor celestial que me ensinastes!…
Acolherei como filhas as minhas irmãs no sofrimento, procurarei os infortunados para aliviar-lhes as feridas do coração, estarei
com os aleijados e leprosos…”
E o que Jesus disse sobre as pessoas que julgam e acusam?
Aos acusadores inveterados do mundo, que não ajudam e somente perturbam, embora vivendo acobertados por uma falsa religiosidade, Jesus advertiu-os, dizendo:
“Em verdade, vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no Reino de Deus.”
Jesus queria nos dizer que todos os religiosos endurecidos de coração que vivem destacando as imperfeições dos desequilibrados do mundo, ferindo e condenando, sem dar-lhes amor e educação espiritual, conquistarão os tesouros do Céu no reino da alma muito tempo depois dos pecadores arrependidos que revelam sinceridade diante do Cristo e trabalham pela sua própria renovação moral.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 27, 2018 7:23 pm

Somente educa realmente alguém, aquele que já sabe amar profundamente com humildade sincera e serve desinteressadamente ao próximo, sem descanso.
Quando Chico Xavier recebeu ajuda de duas garotas de programa:
Outro grande exemplo de amor às irmãs dos prazeres passageiros, temos com o exemplo de nosso querido médium Chico Xavier, narrado pelo escritor Ramiro Gama.
Certa feita, um cego que mendigava sofre uma queda de um viaduto.
Chico socorre-o e, não tendo ninguém por ele, leva-o para sua casa.
O mendigo cego, em virtude de seus ferimentos, necessitava de cuidados diários.
Chico, não tendo tempo durante o dia, em virtude do trabalho profissional, solicita, através de um pequeno jornal da cidade, a cooperação de alguém.
Depois de uma semana, surgiram duas meretrizes bastante conhecidas na cidade, oferecendo sua ajuda.
Chico as recebeu com muito carinho e alegria.
Indicou-lhes o serviço a fazer.
Todos os dias, antes de elas se dirigirem para sua casa, Chico orava com elas junto ao leito do enfermo.
Depois de um mês, o enfermo estava refeito.
Após a prece habitual, as mulheres lhe confessaram:
“Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos.
Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalharmos.”
E foi o que aconteceu às duas ex-meretrizes, em Belo Horizonte:
uma foi trabalhar numa tinturaria e a outra, estudando, conquistou o titulo de enfermagem.
Tendo em Chico Xavier um grande exemplo de como amar os esquecidos do mundo, não se importando com as opiniões alheias, esforcemo-nos para amar, servindo, ajudando a levantar, em silêncio, corações angustiados para uma vida nova.
Todas as criaturas humanas são susceptíveis de se reformarem para o bem, mas isso não se realizará simplesmente com doutrinação primorosa, didáctica perfeita, técnicas maravilhosas e exigências de mudança repentina, pois se precisará muito mais de amor puro e desinteressado, para recebê-las em nossos corações, amando-as como elas são e amparando-lhes o espírito com tolerância incansável, para que façam, por si mesmas, dentro de suas próprias condições, o seu trabalho de reeducação espiritual.

Blog Espiritismo Na Rede baseado no livro Sexo e Evolução do autor Walter Barcelos.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Quando uma pessoa “morre”, ela sabe que morreu?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 28, 2018 9:05 am

Como fica o espírito dessa pessoa?
Essa é uma pergunta interessante, muito feita por aqueles que estão adentrando no Espiritismo ou espiritualismo no geral.
A verdade é que quando uma pessoa morre (ou melhor, desencarna), o espírito dela pode seguir imediatamente para planos espirituais melhores e mais elevados; para lugares mais densos, no caso de uma pessoa que praticava actos perversos contra os outros ou contra si mesmo; ou ainda pode ficar num estado de confusão, numa espécie de confusão, que não compreende sua passagem espiritual, julgando-se ainda viva.
Essas possibilidades dependem muito do estado espiritual e evolutivo daquela pessoa (além de alguns outros factores).
De acordo com Zabdiel, existem dois tipos de espíritos na Terra, incluindo encarnados e desencarnados.
Um é o tipo que percebe que a Terra é um lugar de aprendizado, um local para moldar seu carácter e depois retornar às esferas espirituais mais elevadas.
O outro está ligado à terra.
Anexado aos prazeres e materiais terrenos.
Zabdiel, em suas comunicações ao reverendo G. Vale Owen, na obra psicografada Vida Além do Véu, fala sobre a surpresa daqueles que chegam ao mundo espiritual despreparados para sua nova realidade.
Zabdiel nos diz:
“Muitos ficam muito surpresos ao se verem alocados a um lugar que ouviram com seus ouvidos externos, mas não perguntaram mais a respeito de sua realidade”.
Quando homens ou mulheres abandonam seus corpos, muitos nem percebem que já desencarnaram.
Eles acreditam que estão em algum local estranho na Terra e não conseguem localizar onde estão.
Quando uma pessoa “morre”, ela sabe que morreu? – A história do cientista que não sabia de nada.
Zabdiel ilustra seu ponto de como ele ajudou um homem que acabara de desencarnar:
“Fui uma vez enviado para receber um homem que precisava de um tratamento cuidadoso, pois ele era alguém que tinha muitas opiniões decididas quanto a esses reinos, e cuja mente estava cheia de ideias sobre o que era certo e apropriado quanto a continuidade da vida.
Eu o conheci quando seus assistentes espirituais o trouxeram da região da terra e o levei ao bosque onde eu o esperava.
Ele caminhou entre eles e pareceu um pouco confuso, como se buscasse o que não conseguia encontrar.
Fiz sinal aos dois para que ele ficasse sozinho diante de mim e se retiraram um pouco atrás dele.
Ele não pôde me ver claramente a princípio; mas concentrei a minha vontade sobre ele e, finalmente, ele me olhou com atenção.
Zabdiel teve que se tornar mais denso para que ele fosse visto.
Quanto mais alto o espírito, menos material e mais energia, enquanto aqueles nas esferas inferiores são compostos de uma maior proporção de matéria para energia.
Portanto, espíritos de aviões acima deles não podem ser detectados.
Portanto, usando sua mente para transformar seu corpo espiritual em um objecto mais sólido, Zabdiel tornou-se aparente para o recém-falecido homem.
Em seguida, Zabdiel conseguiu conversar:
“Então eu disse a ele:
‘Senhor, você procura o que não consegue encontrar e eu posso ajudá-lo.
Primeiro me diga, há quanto tempo você está neste nosso país?
“Isso”, ele respondeu, “acho difícil dizer.
Eu certamente planeara ir ao exterior e achava que era na África.
Eu estava indo. Mas eu não acho esse lugar do jeito que eu esperava.
“Não, porque isso não é a África; e desse país você está a uma longa distância.
‘Assim. Então, primeiro de tudo, você é o que chamaria de morto.
”Com isso, ele riu abertamente e disse:
“Quem é você e o que você está tentando fazer comigo?
Se você está empenhado em tentar fazer de mim um tolo, diga e termine com isso, e deixe-me seguir meu caminho.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 28, 2018 9:07 am

Existe alguma aldeia perto de onde eu posso conseguir comida e abrigo enquanto penso no meu curso futuro?
“Você não precisa de comida, porque você não está com fome.
Nem você requer abrigo, pois você não está fisicamente cansado.
Nem você observa nenhum sinal de noite.
Nesse momento, ele parou mais uma vez e depois respondeu:
“Você está certo; Não estou com fome.
É estranho, mas é bem verdade; Não estou com fome.
E este dia, certamente, foi o mais longo já registado.
Eu não entendo tudo.
E ele caiu em um devaneio novamente.
Então eu disse:
“Você é o que chamaria de morto, e esta é a terra dos espíritos.
Você deixou a terra, e esta é a vida além, que você deve agora viver e chegar a entender.
Até que você compreenda essa verdade inicial, mais ajuda eu não posso lhe dar.
Esses dois senhores que o levaram até aqui são espíritos atarefados.
Você pode questioná-los e eles responderão.
Apenas, lembre-se: você não deve ridicularizar o que eles dizem, e rir deles, como você fez, mas agora com minhas palavras, somente se você for humilde e cortês, eu lhe permito a companhia deles.
Você tem em você muito do que vale; e você também, como muitos mais eu encontrei, tem muita vaidade e loucura de espírito.
Por isso eu não vou permitir que você se exiba nos rostos dos meus amigos.
Então, seja sábio no tempo e lembre-se.
Pois você está agora na fronteira entre as esferas de luz e as da sombra, e está em você ser conduzido a um, ou ir, por vontade própria, para o outro.
Que Deus te ajude, e que Ele o fará se quiser. ‘”
O homem não estava preparado para o término inesperado de sua vida.
Ele compartimentou todas as noções de vida além do que ele podia ver e ouvir por si mesmo como contos de fadas ou pensamentos desejosos.
Considerando que, no início da história humana, vivíamos colectivamente perto do mundo espiritual; pois isso era tudo o que tínhamos, à medida que o conhecimento humano se expandia, nós nos afastávamos dele.
O mundo espiritual sabe que esse é um resultado esperado dos avanços intelectuais e tecnológicos.
A humanidade viajaria de um extremo do pêndulo; total confiança na espiritualidade para o outro extremo; não reconhecendo nada, excepto o que pode ser materialmente comprovado.
Nossa obsessão em ridicularizar qualquer fenómeno espiritual acabará, devido a factos irrefutáveis.
O espírito Emmanuel nos diz que os próprios cientistas que são ardentes não-crentes estão trabalhando, sem saber, para provar a existência de um plano espiritual.
O homem havia duvidado das palavras de Zabdiel e acabou se desviando para planos mais densos.
Zabdiel acabou indo resgatá-lo:
“Lá fui encontrá-lo, naquele mesmo lugar no bosque de árvores.
Ele era um homem muito mais atencioso, gentil e menos preparado para zombar.
Então eu olhei para ele em silêncio, e ele olhou para mim e me conhecia, e então inclinou a cabeça com vergonha e contrição.
Ele sentia muito por ter rido das minhas palavras.
Então ele se aproximou devagar e se ajoelhou diante de mim, e eu vi seus ombros tremerem soluçando enquanto ele colocava seu rosto em suas mãos.
Então abençoei-o com a mão sobre a cabeça dele, e falei palavras de conforto e o deixei ”.
Nós, como raça humana, passaremos pelo mesmo ciclo que o homem que não percebeu que estava no céu.
Somente quando ele abriu os olhos e o coração, tudo se revelou.

Fonte: A Vida Além do Véu, obra psicografada por Owen R. G.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty OS ESPÍRITOS SE PREOCUPAM COM PEQUENOS DETALHES: VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 28, 2018 7:44 pm

A maioria das pessoas antes de descobrir a Doutrina do Espírita, possivelmente pode pensar que os espíritos são entidades distantes das pessoas aqui da terra.
Olhando para nós em uma base de comando, lá do alto dos céus para verificar o nosso progresso insignificante, sem dar tanta atenção aos detalhes.
Triste engano! Nada poderia estar mais longe da verdade.
Somos vistos, rastreados, medidos, analisados, liderados e reunidos em situações em que pensávamos serem nossas decisões ou seja, pensávamos que sempre tomamos nossas próprias decisões e ninguém poderia interferir nisso.
Mas a literatura espírita vem dizer exactamente o contrário, bem lá no O Livro dos Espíritos, quando os espíritos dizem a Kardec que a frequência em que a nossa vida diária normal é manipulada pelo mundo espiritual é muito maior do que se supõe.
Tudo isso através dos nossos pensamentos.
E quando um pensamento torna-se firme, muito provavelmente torna-se uma acção.
Nenhum detalhe é muito pequeno para passar despercebido.
Eles sabem tudo! Mas quem são eles?
Eles são espíritos que vem nos acompanhando há muito tempo, geralmente desde o nosso nascimento.
Desde entes queridos que já desencarnaram, mas principalmente nosso anjo guardião, ou se você preferir chamar de Mentor Espiritual.
Porém não somente estes bons espíritos nos acompanham, nos conhecem bem e nos influenciam.
Há também os espíritos devotados à escuridão, são eles os nossos obsessores, que talvez ainda nem chegamos a conhecer fisicamente na encarnação presente, pois a desavença tenha ocorrido em situações de vidas passadas.
Sendo assim, podem nos influenciar facilmente se quiserem, pois assim como nosso anjo guardião, conhecem nossos desejos, fraquezas, etc.
Mas somente se nossa vibração desconcertada permitir.
Aqui, justamente nesse ponto é que entra em cheque duas coisas fundamentais:
o Poder do Pensamento e a Reforma Interna.
O poder do pensamento é essencial para que consigamos mudar de faixa vibracional e dessa forma manipular nossa própria energia mental.
Mas não vamos ser hipócritas, ne?
Quem consegue manter bons pensamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana? Ninguém!
Mas é importante que mantenhamos vigilantes para não alimentarmos os maus pensamentos e as más vibrações, pois ao alimentar é que abrimos as brechas para a acção dos espíritos malfeitores, que sabe lá como vão tirar proveito disso.
Nesse sentido, para que possamos manter um bom nível de pensamentos adequados ao longo da nossa jornada precisamos da tão falada Reforma Interna.
Quando nos esforçamos para mudar nossas más tendências e enfim conseguimos nos livrar daqueles maus hábitos, naturalmente conseguimos cultivar melhores pensamentos, pois segundo uma teoria que carrego comigo:
Quem pensa coisas boas, faz coisas boas; e quem faz coisas boas, naturalmente é porque pensa coisas boas.
— Ou eu estou errado?
Você já tentou cozinhar num dia em que você estava alimentando sentimentos de raiva ou desprezo?
Você por acaso lembra se no final da tarefa o sabor da comida saiu bom ou pelo menos do jeito quando você cozinha se sentindo bem?
Acredito que não.
Nossos pensamentos interferem nas nossas acções, assim como nossas acções interferem nos pensamentos.
Foi isso que eu quis dizer com minha teoria descrita acima.Portanto, os espíritos tanto os de luz, quanto os das trevas, vigiam nossos mínimos pensamentos e acções, pois é através das brechas que abrimos para eles, que conseguem ampliar aquela energia que está brotando no momento.
Os espíritos de luz, quando fazemos algum ato de caridade, se aproximam de nós a fim de nos incentivar a sempre nos manter nesse caminho.
Pelo contrário, quando fizermos ou pensarmos algo nada proveitoso, seremos assediados sem dó por aqueles que só esperam nossos tropeços.
Tropeçar é humano e, sendo nossa natureza imperfeita, pelo menos que nos levantemos depressa e roguemos aos céus nossos pedidos de desculpas.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Passe e fluido vital

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 29, 2018 9:39 am

Todas as Doutrinas, não importa sobre o que versem, após serem elaboradas e divulgadas por seus autores, estão sujeitas a interferências daqueles para quem foram preparadas: os leitores, aprendizes ou seguidores.
Entretanto, tudo indica existir uma tendência no homem para modificar a proposta original, não importa quem seja o seu autor, tampouco qual seja o seu conteúdo.
Isto se deu até com Jesus, embora Ele não tenha deixado nada escrito, porém, como alguns escreveram sobre seus exemplos e ditos, os Evangelistas, estes escritos, como se sabe, também sofreram inúmeras adulterações e modificações.
Com o Espiritismo não poderia ser diferente.
Há inúmeras “criações” de aprendizes da Doutrina, não se sabendo bem por qual razão, modificando os textos originais, sem qualquer respaldo lógico ou científico.
Entre tantas, destaca-se esta:
“O passista não transfere fluido vital para o assistido”.
Não se sabe quem criou esta novidade, tampouco de onde veio a proposta, mas, infelizmente, tem sido ensinada inclusive em cursos aplicados em algumas agremiações espíritas visando à formação de futuros passistas, pois aquelas não contam com uma direcção doutrinária alinhada com Allan Kardec.
O princípio vital, como aprendemos dos Espíritos coordenadores do trabalho do Prof. Rivail, dá vida à matéria, sem ele, só há matéria inerte.
Sem fluido vital a matéria permanece inanimada ou inactiva.
Todos nós recebemos uma cota deste fluido, impregnando os órgãos do corpo físico, de modo a mantê-lo em funcionamento ao longo da vida, contudo, devemos providenciar a absorção de novos fluidos, pois há um desgaste natural destes para manter o funcionamento da máquina corporal.
Usamos fluidos até para pensar, como se depreende desta passagem1:
“É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
[...] um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que actuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral”.
Uma das formas de se restituir este fluido acontece através do passe magnético.
É preciso repô-lo de um modo ou de outro sob pena do corpo físico colapsar prematuramente por falta deste elemento vital encharcando a matéria, é o seu combustível, se assim podemos nos expressar.
O passista, ao aplicar o passe magnético, por força de sua vontade e desejo, transmite fluidos ao assistido, não sendo estes apenas os fluidos espirituais oriundos dos Espíritos e do plano etéreo, são também fluidos mais materiais, densos, fundamentais no processo de reajuste ou reequilíbrio físico de quem os recebe.
Estes fluidos combinados podem promover o equilíbrio material e mesmo literalmente curar um organismo doente, depende da qualidade do fluido inoculado no perispírito e organismo do necessitado.
Esta possibilidade foi muito bem documentada por Allan Kardec em sua obra primeira O Livro dos Espíritos.
Ao comentar a resposta à questão 70, o Mestre de Lyon assim se expressou2:
“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se”.
Observa-se que Allan Kardec não disse ser esta transmissão possível de acontecer apenas por um passista treinado e preparado, não, este mecanismo divino contempla todos os humanos, e cremos até os irracionais.
É possível transferir fluido vital de uma pessoa a outra, sendo esta a razão de indivíduos, ao se encontrarem, por exemplo, um bem cansado, desanimado e em depressão, e o outro bem disposto, alegre, de bem com a vida; após o encontro a situação pode se inverter, pois ao dialogar, apertar as mãos, trocando olhares durante a conversa, é possível àquele com mais fluidos transferi-los para o mais necessitado, inclusive sem o desejar, há uma absorção, efeito esponja, entre um e outro. Entretanto, se houver doação em demasia, o transmissor poderá se sentir desgastado instantaneamente.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 29, 2018 9:40 am

Durante um passe, evidentemente, quando se tem um trabalhador preparado para tanto, ao longo do tempo, em bons programas de treinamento e estudos espíritas, o fluxo de fluidos se dá, em princípio, com mais intensidade, havendo uma transferência maior de fluido vital para o receptor do passe.
É exactamente este fluido material que todos nós detemos, associado aos fluidos mais rarefeitos provindos dos Espíritos acompanhantes do trabalho de passes, que podem promover a melhora física e mesmo psíquica do assistido.
O Sábio Gaulês registou outra menção directa a esta possibilidade3:
Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem, e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?
“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso.
O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de acção, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.”
Neste caso, não é apenas saúde a se restituir ao doente, é possível mesmo impedir a desencarnação do Espírito.
Veja-se o alcance desta lei de Deus, à disposição de nossas mãos, ao nosso inteiro alcance.
É de se perguntar, se de facto não transferíssemos fluido vital entre nós, o que o passista estaria fazendo ao trabalhar no passe?
Mero condutor dos fluidos espirituais?

Mas se fosse assim, acreditamos, os Espíritos poderiam dispensar totalmente os passistas e magnetizadores encarnados promovendo a transferência de fluidos mais etéreos directamente aos doentes em desarmonia psíquica e física.
Contudo, nesta última forma, os resultados seriam diferentes, pois faltariam os fluidos mais densos característicos e necessários dos encarnados.
É de notar, quando uma possibilidade é verdadeira ela é repetidamente reescrita.
O leitor está convidado a ler ou reler os registos do Sábio de Lyon em A Génese, cap. XIV, sobre Curas, nos itens 31 a 34.
E quando se fala em fluido magnético, fala-se em fluido vital, basta revisitar mais uma questão em O Livro dos Espíritos, para certificar-se desta realidade4:De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?
“Fluido vital, electricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.”
Não há qualquer dúvida sobre a natureza e existência dos fluidos, sejam magnéticos ou vitais, são estes mesmos fluidos que movimentamos e trocamos entre todos nós.
Cientes deste mecanismo divino, todos aqueles a se apresentarem nas actividades de passes devem se esmerar para se envolverem no serviço, portando os melhores fluidos vitais, de modo a transmitir de facto saúde e harmonia, pelos fluidos, a todos aqueles que os procuram, sejam nos centros espíritas, sejam no dia a dia, pois a lei não se restringe aos ambientes espíritas, ela funciona em qualquer lugar e situação; se expressa através de um aperto de mão, um abraço bem dado, uma troca de olhares com caridade e carinho, conforme anteriormente citado.
São muitas as formas de se transmitir os salutares fluidos magnéticos:
Transmitamo-los, pois!

ROGÉRIO MIGUEZ

Referências:
1 KARDEC, Allan. A Gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013. cap. XIV, Qualidade dos fluidos, item 20.
2 O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69. ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 1987. q. 70.
3. q. 424.
4. q. 427.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Obsessão Entre Entes Queridos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 29, 2018 8:26 pm

(O excesso de apego dos que ficam pode atrapalhar nosso entes queridos no plano espiritual)

Um caso de excesso de apego de esposa e filhos encarnados a um ente querido no plano espiritual
Alonso, um colaborador, de maneiras simpáticas, dirigiu a palavra ao nosso orientador, com grande interesse; tratava-se de um velhinho de humilde expressão, que lhe falava com mostras de justo respeito.
— E o senhor recebeu as notícias?
— Sim, nossos mensageiros certificaram-me dos detalhes mínimos.
Sua viúva continua muitíssimo acabrunhada, os filhinhos gozam saúde, mas permanecem na mesma ansiedade por motivo de sua ausência.
O velho, que parecia muito bondoso, esboçou um gesto de confirmação e acrescentou:
— Tenho sentido tanta falta deles!
Nos olhos transparecia a tristeza resignada, de quem deseja alguma coisa, medindo a extensão dos obstáculos.
— Você, porém, Alonso, não deve angustiar-se.
Sei que está trabalhando agora pelo futuro da família.
NA TERRA, NA QUALIDADE DE PAIS, CONSEGUIMOS MOVIMENTAR MUITAS PROVIDÊNCIAS A FAVOR DOS FILHOS;
ENTRETANTO, AQUI, NO PLANO ESPIRITUAL, PODEMOS REALIZAR CERTAS MEDIDAS EM BENEFÍCIO DELES, COM MAIOR SEGURANÇA.
NEM SEMPRE AGIMOS NO MUNDO COM A NECESSÁRIA VISÃO; MAS AQUI É POSSÍVEL SENTIR, DE MAIS PERTO, OS INTERESSES IMPERECÍVEIS DAQUELES QUE AMAMOS.
O sentimento elevado é sempre um caminho recto para nossa alma; todavia, não podemos dizer o mesmo, a respeito do sentimentalismo cultivado no círculo da Crosta.
É preciso que você tenha muito cuidado em não desorganizar a mente.
A saudade que fere, impedindo-nos atender à Vontade Divina, não é louvável nem útil.
É enfermidade do coração, precipitando-nos em abismos insondáveis do pensamento.
Alonso deixou de sorrir, mostrou os olhos rasos dágua e falou em voz súplice.
— Reconheço, senhor Alfredo, a oportunidade de suas observações.
Graças a Jesus, venho melhorando minha vida mental, nos deveres novos que me concedeu e, de facto, sinto-me renovado espiritualmente.
Sei que sua palavra não me advertiria sem razão, mas, ousaria pedir licença para visitar a esposa e os filhos à noite, quando me concentro nas preces habituais, sinto, em torno de mim, os seus pensamentos.
Esses pensamentos me penetram fundo, atraindo-me toda a atenção para a Terra.
Às vezes, consigo repousar um pouco, mas com muita dificuldade.
Sei que a esposa e os filhos estão chamando, dolorosamente, por mim.
Esta certeza me perturba de algum modo.
Não tenho sentido a mesma firmeza para o trabalho diário e desejaria remediar a situação.
Reconheço que minhas obrigações, presentemente, são outras e que devo estar conformado; no entanto, confesso que minha luta espiritual tem sido bem grande.
Estou certo de que me perdoará a fraqueza.
Que chefe de família não se sentiria atormentado, ouvindo angustiosos apelos do lar, sem meios de atender, como se faz indispensável?
E, revelando o enorme anseio da alma, enxugou os olhos e prosseguiu:
— Quisera rogar aos meus, calma e coragem, esclarecendo que meu coração ainda é frágil e necessita do amparo deles; estimaria pedir-lhes esse auxílio para que eu possa atender as actuais obrigações, sem desfalecimentos.
Quem sabe me concederá, agora, a permissão precisa?
Temos bem perto de nossa casa um grupo de amigos espiritistas; talvez não me fosse difícil transmitir algumas palavras, breves que fossem, tentando tranquilizar a esposa e os filhos!...
Alfredo, imperturbável, não respondeu negativamente.
Parecia compreender toda a inquietação do servidor simpático e humilde.
Observei-lhe no olhar, muito lúcido, o desejo sincero de atender, e, com extrema simpatia por sua conduta generosa, ouvi-o ponderar:
— Não será impossível satisfazê-lo, meu caro.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 29, 2018 8:26 pm

Nossos emissários poderão conduzi-lo, nas viagens comuns; entretanto, creia que, como amigo, ficaria preocupado com você, pela manutenção de sua paz.
Não posso abusar da autoridade e sei que cada um tem a experiência que lhe cabe, mas creio seja de seu vital interesse o fortalecimento do coração.
É imprescindível conformarmo-nos com os desígnios do Eterno.
Você e sua mulher não ficariam separados se não necessitassem de experiências novas.
As dificuldades que ela vem amargando com a sua ausência, sofre-as também você com a separação dela.
Tenho a impressão, Alonso, de que Deus nos deixa sozinhos, por vezes, a fim de refazermos o aprendizado, melhorando o coração.
A soledade, porém, quando aproveitada pela alma, precede o sublime reencontro.
Além disso, você não deve ignorar que os filhos pertencem a Deus, que cada um deles precisa definir responsabilidades e cogitar da própria realização.
Por enquanto, vivem chorosos, desalentados.
A revolta lhes visita a alma invigilante.
Estabeleceu-se a desordem doméstica, depois da sua vinda.
Entretanto, que fazer senão pedir para eles e para nós a bênção do Eterno?
Precisam eles da conformação com a realidade justa, e você, que já lhes deu o que era razoável, necessita, igualmente, evolver e aperfeiçoar-se na senda nova a que fomos chamados.
Em que ficaria, meu caro, se permitisse a invasão total do sentimentalismo doentio em seus pensamentos?
Tão dedicado é você à família do sangue, que, por agora, não o sinto com bastante preparo a tudo ver no antigo lar, sem sofrer desastrosamente.
HÁ TEMPOS, AUTORIZEI A VISITA DE DOIS COLEGAS NOSSOS À ESFERA DA CROSTA, A FIM DE REVEREM AS VIÚVAS E ABRAÇAREM DE NOVO OS FILHINHOS; MAS FORAM TÃO VIOLENTAMENTE SURPREENDIDOS PELA SITUAÇÃO, QUE NÃO PUDERAM VOLTAR AOS SEUS DEVERES AQUI, LÁ FICANDO AGARRADOS AO NINHO QUE HAVIAM ABANDONADO. NÃO VIGIARAM O CORAÇÃO, CONVENIENTEMENTE.
OUVIRAM, EM DEMASIA, OS PRANTOS FAMILIARES TERRESTRES, ENVOLVERAM-SE NOS PESADOS FLUIDOS DO CLIMA DOMÉSTICO E, PASSADA A SEMANA DE LICENÇA, NÃO CONSEGUIRAM ERGUER-SE PARA O REGRESSO.
ESTAVAM COMO PÁSSAROS APRISIONADOS PELA VISÃO DAS TENTAÇÕES.
OS ENCARREGADOS DO NOTICIÁRIO PARTICULAR VOLTARAM AO POSTO SEM ELES, COM GRANDE SURPRESA PARA MIM.
E, FRANCAMENTE, NÃO SEI QUANDO PODERÃO REASSUMIR AS FUNÇÕES QUE LHES CABEM, O PREJUÍZO DE AMBOS É MUITO GRANDE.
Depois de pequena pausa, Alfredo rematou:
— Os voos de grande altura pedem asas fortes.
Alonso, que ouvia de olhos arregalados, considerou resignado:
— Desisto do pedido. O senhor tem razão.
O administrador abraçou-o e murmurou:
— Deus ilumine o seu entendimento.

OS MENSAGEIROS - Francisco Cândido Xavier – André Luiz

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Consciência culpada

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 9:45 am

Na noite de 23 de fevereiro de 1956, nossos benfeitores espirituais ofertaram-nos à consideração valioso estudo.
Trouxeram ao recinto o Espírito que se deu a conhecer por F. Cunha, cuja mente eclipsada pelo remorso se mostrava inteiramente encarcerada nas teias do crime por ele cometido.
O comunicante, através do médium que lhe retratava a angústia na fisionomia congesta, falou-nos comovedoramente do seu drama íntimo.
Explicaram-nos os Mentores de nosso templo que assim procediam para examinarmos as dolorosas condições da alma, como que cristalizada nos meandros da culpa, cerrada sobre si mesma, a reviver, indefinidamente a lembrança do delito praticado, em lastimável e constante recapitulação.
Trovejante voz determina que eu fale.
Estranho poder rearticula-me a garganta.
Falar, entretanto, para quê? Para quem?
Quantas vezes já reconstituí minha história, para acabar no mesmo tormento infernal?…
Onde estou? Que vozes imperativas são essas que ordenam a exteriorização de minha palavra?
Falar para quem?
Para os duendes que povoam as minhas trevas e gargalham diante da minha dor?
Para a ventania que me açoita e que me trouxe até aqui onde experimento a sensação do mendigo vagueante, a refugiar-se na carne morna de um animal?
Falar para quê?
Sinto-me extremamente cansado…
Não tenho ideia de rumo.
Perdi a noção do caminho.
Sequei a fonte de minhas lágrimas.
Estou cego. Tacteio na escuridão…
Esgotei todas as blasfémias que podiam assomar aos meus lábios.
Clamo debalde por socorro…
Bati à porta da oração, inutilmente…
Sou o judeu errante da lenda, mais infeliz que ele mesmo, porque não apenas caminho…
Sofro! Sofro terrivelmente.
Perdi a minha visão externa, mas guardo a minha visão do mundo íntimo para recomeçar sempre e interminavelmente o meu crime!
Confessar-me para que ouvidos? Para que juízes?
Falar simplesmente para a minha consciência culpada?
Entretanto, essa voz é dominadora e determina que eu conte minha história de novo…
Não precisarei, porém, gastar muita energia.
Basta lembrar o recomeço…
Vejo a sala de nossa casa.
Tudo iluminado dentro da noite…
Desejava desfazer-me de minha irmã solteira.
Herdáramos ambos grande fortuna.
Devia ela associar-se-me ao destino…
Desejava, contudo, assenhorear a sós o património financeiro que nos favorecia o mundo familiar.
Angelina era meu obstáculo.
Arquitectava planos de modo a eliminar-lhe a presença, até que uma noite minha irmã veio confessar-me um amor infeliz.
Amava e não era amada.
Pretendia comungar a sorte de um homem que lhe retribuía a afectividade com profunda aversão.
Estava doente, abatida.
Maquinando meu crime, roguei-lhe renunciasse àquela afeição mal-nascida.
Ofereci-lhe ponderações.
Preparei deliberadamente o fratricídio.
Conduzi-a para a nossa pequena sala de leitura e de música.
Pedi-lhe, em nome de nossa grande amizade escrevesse uma carta de despedida ao ingrato que lhe não acolhera a ternura…
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 9:45 am

Como valorizar um homem que lhe menoscabava o coração?
Convenci-a. Angelina, em pranto, grafou a missiva de adeus.
Leu-a, comovidamente, para mim.
Aprovei-lhe os termos…
Em seguida, roguei-lhe tocasse ao piano velha música triste de nosso ambiente doméstico.
Desejava preparar meu delito.
Angelina tangeu suavemente o teclado.
Era uma valsa de despedida, predilecta de meu pai que nos deixara, a caminho do sepulcro, seguindo os passos de nossa mãe.
Logo após, aconselhei-lhe o recolhimento.
Sentia dores, repetiu…
Prometi-lhe uma fricção de óleo balsâmico no tórax, tão logo se visse recolhida ao leito. Angelina obedeceu sem tergiversar.
Na penumbra, preparei meu revólver.
Envolvi minhas mãos em dois lenços para evitar qualquer vestígio que me denunciasse à autoridade policial.
Na sombra do quarto, procurei no peito o local dolorido e desfechei-lhe um tiro certeiro no coração…
Ela morreu como uma ovelha imbele no matadouro.
O sangue borbotou em torrentes.
Com cautela, prendi-lhe a arma à mão flácida…
Preparei o ambiente e, depois de algum tempo, clamei por socorro.
A tese do suicídio que eu apresentara foi amplamente aprovada.
Depois dos funerais, a visão do ouro superou o remorso.
Eu era, enfim, o dono de enorme fortuna.
Podia dispor dela à vontade.
E assim fiz. Governei largos haveres.
Sufoquei a consciência.
Gozei a vida como melhor me pareceu. Despendi largas somas.
Viajei… Dominei…
Fiz o que meus caprichos reclamavam…
Até que, um dia, num desastre, não sei que génios perversos me situaram o carro à frente de um abismo no qual me despenhei…
Meu corpo também foi aniquilado entre ferros torcidos…
Mas, desde então, sou como que uma esfera sombria.
Uma grande bola de chumbo aeriforme, porque tudo é treva por fora… mas tudo é claridade por dentro, obrigando-me a recomeçar o processo de minha falta…
Tenho sede, tenho fome, contudo, tão somente encontro cornucópias rubras a despejarem moedas e cédulas ensanguentadas sobre minha cabeça.
Pergunto às trevas a que me recolho, onde está o poder do tempo, para fazer que minhas horas recuem a fim de que meus braços se imobilizem antes da fatal deliberação…
Pergunto onde vive a morte, para que ela, com seu ancinho infernal, me decepe a consciência…
Ninguém me responde.
Ouço gargalhadas.
Ouço génios infernais que talvez estejam associados ao meu crime, mas que eu não posso divisar em sua feição exterior, porque, se tudo ouço, nada vejo…
Estou mergulhado nas trevas.
Minhalma sente-se jungida ao remorso, assim como a lenha está presa ao fogo que a consome.
Onde está o repouso prometido aos penitentes?
Já gritei minha desdita aos quatro cantos da Terra.
Suplico um amparo que nunca chega.
Trago comigo o inferno no coração.
Para quem estou falando nas sombras?
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 9:46 am

Será dia, no campo exterior em que minha voz se faz ouvida?
Quem me escuta?
Que vento me trouxe até aqui?
O remorso persegue-me, inalterável!…
Quem me ouve? Os demónios e as fúrias da tempestade?
Infelizmente, sou eu mesmo a testemunha da minha própria confissão.
Revejo o crime praticado…
Dinheiro!… Ah! o dinheiro…
A fortuna de meus pais!…
Sangue… Sangue nas minhas mãos…
Sangue na minha vida…
Sangue no meu coração…
Para quem repetirei esta história? Para quem?
Eis que o vento me retira de novo!…
Aonde irei?
Para quem repetirei minha terrível história?
Sou um fantasma no cárcere do remorso tardio!…
Que poder é este, a impelir-me para diante? o crime!…
O crime não compensa, o dinheiro não compensa…
A culpa é o meu grilhão!…

F. Cunha ~ Amigo espiritual não identificado.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Depressão e espiritualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 8:01 pm

Dentro da Psiquiatria, o termo depressão é aquele que mais tem crescido nos últimos tempos, tanto nos consultórios particulares como em ambulatórios públicos, além de promover inúmeras internações em hospitais psiquiátricos, constituindo-se em verdadeira epidemia do século XXI e definindo-se por si mesmo como uma “doença da alma”.
E qual a visão médico-espírita para este transtorno afectivo do humor, que tem arrebatado milhões de pessoas?
Onde e como a hipótese da reencarnação poderia explicar a génese de inúmeros sinais e sintomas clínicos, que caracterizam esta patologia, correlacionando-a à responsabilidade de cada um de nós no cultivar de pensamentos, sentimentos, acções para si mesmo e para os outros, na maneira de ser, ver e reagir diante dos factos da vida, ou melhor, das vidas, visto que precisamos ampliar a visão míope do ser humano, que insiste em somente pensar sobre o tempo, tão relativo e limitado a estas poucas décadas que passamos aqui neste plano físico, como encarnados?
Sabe-se que a depressão clássica caracteriza-se por um humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia, sensação de vazio e redução na capacidade de sentir satisfação ou vivenciar prazer por no mínimo duas semanas.
Cerca de 10 a 20% da população mundial já sofreu de depressão, e sua prevalência é de dois casos em mulheres para cada caso em homem, provavelmente pela variação hormonal cíclica presente no sexo feminino.
Como sintomas gerais, há uma associação de quadros mistos de ansiedade, isolamento social de amigos e parentes, cansaço com sensação de perda de energia, falta de vontade de realizar tarefas que outrora o enfermo fazia com satisfação, alastrando-se para actividades como estudo, trabalho, lazeres e hobbies.
Também há uma labilidade emocional intensa com grande vontade de chorar, explicitamente ou às escondidas.
Diminuição da capacidade de concentração com posterior queda de rendimento laborativo e dificuldade em tomar decisões.
Alta sensibilidade a barulhos, sons do ambiente.
Intenso sentimento de tristeza persistente, sem uma causa aparente.
Queda de auto-confiança e de auto-estima em graus variados, com desleixo de si mesmo, como higiene, aparência e vestimenta.
Sentimentos de culpa, desamparo, desesperança, solidão e inutilidade.
Medo de não mais dar conta do que antes fazia e vir a prejudicar terceiros.
Alteração no ritmo do sono para mais ou para menos, com inúmeros pesadelos.
Sensação de inquietação, de dores pelo corpo, mau humor e irritabilidade estão presentes.
Alteração do apetite, com posterior perda de peso, ou, ao contrário, intensa compulsão alimentar.
E o que seria mais grave: a auto-agressão, com intensos pensamentos negativos, com pensamentos de morte e de suicídio.
Ao médico cabe diferenciar os transtornos depressivos, que podem ocorrer secundariamente a algumas doenças orgânicas, tais como acidente vascular cerebral, tumores no sistema nervoso central e hipotireoidismo, por exemplo.
E também de transtornos reactivos às situações de perdas na vida, como falecimento de um amigo ou ente querido, situações de desemprego, carência afectiva em geral, enfim, dificuldades em aceitar frustrações da vida, que eventualmente qualquer pessoa estaria vulnerável a vivenciar, e diante das quais cada um vai reagir conforme sua forma de pensar e de ver a vida, personalidade e situações de maturidade bem especificamente.
No sistema nervoso, os principais neuro-transmissores mediadores dos transtornos de humor são a serotonina e a noradrenalina, que percorrem o neurónio, como um todo e, em sua fenda sináptica, passam de uma célula para outra e se encaixam nos receptores pós-sinápticos, transmitindo adiante a sua mensagem química.
O que ocorre na depressão é uma diminuição na quantidade destes neurotransmissores, bem como a dos neuro-receptores e sua sensibilidade em algumas partes do cérebro, visto que a herança genética familiar poderia explicar, em parte, a etiologia deste transtorno de humor.
A Ciência relata que este quadro depressivo tem como etiologia factores múltiplos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 8:01 pm

Além das alterações bioquímicas, das causas psico-sociais externas, dos traumas pessoais de questões íntimas, emocionais e/ou situações de problemas físicos, tudo isso é ampliado pela visão reencarnacionista, pela questão do temperamento e da formação histórica atemporal do nosso Espírito, a qual vem se fazendo ao longo dos séculos nas vivências sucessivas, e pelas consequentes interferências de cunho espiritual, propriamente dito, em processos obsessivos leves, moderados ou intensos, em que “intuições negativas” recheiam a mente do paciente.
Que tipos de pensamentos, sentimentos, ou de “jeito de ser” poderiam ser corresponsáveis em nossos estados mentais, implicados no mecanismo saúde-doença dos transtornos depressivos que acometem tanta gente? Estaria tudo isso a depender unicamente das alterações bioquímicas do cérebro?
Ao médico-espírita, não é mais possível falar de psicopatologia, sem falar da questão da reencarnação, da mediunidade e da acção dos Espíritos obsessores.
O tempo da loucura incompreensível é passado e os novos psicólogos e psiquiatras têm grande dívida para com o entendimento e o tratamento das doenças mentais.
Os psicólogos se recusam e se esquivam desta responsabilidade e os psiquiatras materialistas, por sua vez, simplesmente não as entendem ou as ignoram, não sabendo, portanto, o que fazer com elas, lançando mão de psico-fármacos, úteis, não resta dúvida, mas que nada mais fazem do que sedar o paciente, diminuindo a depressão ou a ansiedade e, provavelmente, a do médico também…
Os remédios promovem uma subtil alteração no nível da consciência do paciente, o que o torna menos receptível aos estímulos recebidos do exterior, promovendo assim uma gradativa indiferença às próprias dores, reais ou imaginárias:
o doente pensa menos e, portanto, sofre menos.
Isto muda a sua faixa vibratória, como se lhe diminuísse ou anulasse a força psicológica para exercitar seu real jeito de ser.
E se há uma atenuação de seu carácter/temperamento, mesmo que artificial ou passageira, os obsessores não encontram tanta facilidade de actuação, pelo menos até que haja uma readaptação de ambas as partes neste processo simbiótico, movido a ódio e vingança.
Enquanto isto não acontece, o paciente “melhora” em parte.
Se houvesse cura de facto, não estariam todos a clamar suas dores pelo mundo afora pouco tempo depois, porquanto, mesmo com o aumento das doses dos remédios, sua eficácia diminui progressivamente, salvo quando os obsessores se dão por satisfeitos com as condições em que o paciente ficou incapacitado para o quotidiano e sujeito, muitas vezes, a internações prolongadas, evoluindo frequentemente para a cronificação.
Nas situações menos graves, torna-se um sofredor crónico, com fases de altos e baixos, a depender dos estímulos do ambiente.
É comum adoptar o seguinte discurso:
“só me descontrolo quando algo de ruim acontece”.
Mas a vida não poupa ninguém neste mundo…
A Doutrina Espírita explica que somos, actualmente, o resultado de nossas escolhas de toda uma existência secular.
Precisamos agora tentar ver o que estaria por detrás de uma queixa de depressão, tentando perceber como somos hoje e perguntando às pessoas:
“quem gosta de ser contrariado?”
Como a resposta óbvia é:´
“ninguém”, pois somos todos assim mesmo, queremos sempre tudo do nosso jeito.
De alguma maneira, a prepotência, em seus graus mais variados, é um traço de carácter inerente ao ser humano e, de modo velado, também na depressão.
Imaginemos o que a vida faz com pessoas que têm dificuldade em lidar com frustrações, que não toleram ser contrariadas, que gostam de dar ordens, ou que se acham, de alguma forma, melhores do que as outras…
A vida simplesmente não vai nos acatar sempre; mais cedo ou mais tarde chegam as vicissitudes, temos que cumprir a nossa programação reencarnatória, de nada adianta reclamar.
Quando o homem percebe que seu poder é impotente fica com raiva, irritado, magoado e melindrado; no fundo, tudo isso é a mesma coisa, pois a vida, ou seja, ou outros, não o obedeceram.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 8:02 pm

Esta raiva, extravasada ou não, essa emoção ruim faz cair a faixa vibratória do paciente e o coloca em sintonia com seus antigos desafectos do passado, os obsessores, que podem então, de maneira mais consistente, atacá-lo com segurança.
Semelhante actuação leva o indivíduo, por mais incrível que pareça, a uma posição de vítima:
o ser humano geralmente é cego para os defeitos que carrega.
E, de passo a passo, esse distúrbio do pensamento pode levar a situações graves, como ideacção suicida e tentativas de suicídio, o que representaria formidável vitória para os obsessores de plantão.
Caso o suicídio se consuma, será completa vingança daquela provável situação mal resolvida que o paciente tem com seus algozes de hoje, vítimas de seu passado equivocado.
A raiva rapidamente se transforma em frustração, por não ser capaz de reverter os acontecimentos da vida.
E a frustração, por sua vez, evolui rapidamente para depressão, porque ninguém liga para o seu sofrimento.
A depressão é apenas uma palavra, um rótulo, como todos os diagnósticos, que representa uma série de sinais e sintomas, os quais, quando agrupados, tomam este nome formal.
Esta tristeza, geralmente falsa, sem uma causa palpável, pois não contagia ninguém e é o principal parâmetro para uma emoção verdadeira, dura muito, irrita e cansa as pessoas que estão por perto do doente.
Quando confrontado, o que o paciente confessa sentir mesmo é raiva e frustração, alternadamente. Torna-se rebelde intimamente.
Sem nenhum descrédito de nossa parte à dor do indivíduo, é como se ele estivesse a dizer nas entrelinhas:
“parem o mundo que eu quero descer”; “se não for do meu jeito eu não brinco mais”; “então prefiro morrer”.
E aí, como ficamos?
Aprendemos a viver ou não?
O mundo, a vida e as pessoas continuam suas trajectórias, como se nada houvesse acontecido, além de uma carícia, de uma lágrima aqui e ali, e o ciclo da doença continua.
O que deveria ser tratado de facto: causas ou efeitos?
O externo ou o interno?
Portanto, se erramos em nossa trajectória e nas escolhas do nosso processo evolutivo espiritual, desta vida ou de todas as outras por que passamos, o que se há de fazer é tomar consciência do fato ocorrido, arrepender-se e reparar os erros cometidos; embora isso venha gerar tristeza transitória, não deixa de se constituir em importantíssimo aprendizado.
Se, ao contrário, a tomada de consciência gerar complexos de culpa, com posterior ideia fixa de remorso e auto-punição física ou psicológica crónicas, fatalmente ocorrerá um transtorno de humor depressivo.
Segundo André Luiz, no livro Evolução em dois mundos, os processos cármicos advindos de outras encarnações estão marcados em nosso código genético por meio dos cromossomas (disposições do destino, ou, mais recentemente, a epigenética), sendo, portanto, irreversíveis nessa encarnação.
A evolução da doença e a aquisição de novas moléstias seriam controladas pelo citoplasma, pela acção “dos bióforos ou unidades de força psicossomática” nas mito-côndrias que atuam neste citoplasma e consequentemente no corpo físico, que modificam a informação enviada pelo núcleo celular ao citoplasma, podendo, a partir das acções mentais, impedir sua manifestação ou torná-la mais ou menos grave.
Assim, por exemplo, um paciente que encarna com a programação de câncer, poderá, pela sua conduta equilibrada, mudar a informação cármica do núcleo celular por meio dos bióforos e apresentar um tumor benigno, sendo esta a Lei de Misericórdia Divina que concede “a cada um segundo suas obras”.
Ou seja, no núcleo celular (cromossomas) traríamos as disposições cármicas e no citoplasma (por meio dos bióforos), a evolução da doença cármica e a formação de moléstias não cármicas de acordo com nossas atitudes mentais (livre-arbítrio).
Portanto, o psiquismo penetra o seu perispírito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 30, 2018 8:03 pm

A célula morre e se refaz mediante o molde que nela plasmamos ou imprimimos.
Nosso corpo se destrói e se refaz pela vida inteira.
Nós materializamos doenças se não nos dispusermos a melhorar nosso nível vibratório e sairmos de condicionamentos doentios que se demoram há séculos.
Ao desencarnar, temos que refazer o perispírito.
As células involuem e tornam-se células embrionárias; de acordo com o que fixamos na memória expandimos a célula, mediante o molde da última encarnação, pois o que de facto manda na histogênese espiritual é o grau da nossa vibração mental.
No que respeita ao tratamento da depressão, teríamos várias frentes.
Poderíamos citar a electro-convulsoterapia, a estimulação magnética craniana, como algo ainda a ser estudado, visando à matéria cerebral como causa e não consequência de um estado depressivo.
Suplementos alimentares, actividade física e a prática da caridade como reinteracção ambiental e social.
O medicamentoso, sempre que necessário for, sem nos esquecermos de uma boa psicoterapia, a apontar caminhos para a mudança interior, revendo-se valores, hábitos, condutas etc.
E, por fim, a terapêutica complementar espírita, como o estudo e a vivência do Evangelho, o passe, a água fluidificada e o tratamento de desobsessão.

REFERÊNCIA:
XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 27. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 7 – Evolução e hereditariedade, it. Hereditariedade e conduta.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Aprendizado incessante

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 01, 2018 9:36 am

Em início de cursos de Espiritismo, um confrade faz uma enquete com a seguinte pergunta:
– O que está você fazendo na Terra?
Espantosamente, a maioria não soube responder.
Significa que considerável parcela da Humanidade não sabe nem cogita saber por que cargas d’água estamos neste bólide celeste que é a Terra, viajando à velocidade vertiginosa de 108 mil quilómetros por hora em torno do Sol.
Pior: não se preocupa com sua ignorância!
Está aí uma das razões pelas quais poucos aproveitam integralmente as oportunidades de edificação que a reencarnação nos oferece.
Se nem mesmo sabem por que nasceram, por que vivem, e o que lhes vai acontecer portas adentro do túmulo, fica difícil cumprir os objectivos da jornada humana, a partir do princípio elementar de que ninguém está aqui em jornada de férias.
O resultado dessa displicência é o comportamento materialista, o comer, vestir, dormir, trabalhar, procriar, divertir-se, em lamentável marcar passo espiritual.
A Doutrina Espírita explica que não há retrocesso para o Espírito.
Nossos patrimónios intelectuais, morais e espirituais, jamais se perdem.
Por concessão da Bondade Divina, o que somos hoje, fruto de nossas aquisições no pretérito, ao longo dos milénios, é inalienável.
Construímos um património que está guardado nos arquivos do inconsciente, a repercutir em nosso comportamento, jeito de ser, vocação, aptidões…
O problema é o estacionamento, o interromper o processo evolutivo com a inércia, a ausência de iniciativa, de empenho por aprender, crescer, conquistar novos patamares.
Isso costuma acontecer com o homem comum, muito preocupado com o próprio bem-estar, nada interessado em questões que ultrapassem os limites do imediatismo.
Onde passar o feriado prolongado?
Como pagar o cartão de crédito estourado?
Questionar a contratação de um jogador de futebol…
Escolher a marca de cerveja…
Acompanhar a novela de destaque…
Criticar o governo…
Esses são alguns dos temas que centralizam suas cogitações, sem tempo nem espaço para algo menos prosaico; por exemplo, como definir como veio parar neste atribulado planeta.
Diz Montaigne (1533–1592):
“O proveito dos estudos consiste em nos tornarmos melhores e mais sábios.”
O grande escritor francês estava certíssimo.
O empenho de aprender e desdobrar conhecimentos alarga nossos horizontes, desenvolve nossa capacidade de percepção, faz-nos crescer em inteligência, cultura e entendimento, para que a jornada humana não seja para nós mera estagnação.
Há um detalhe ponderável, decorrente do comportamento estacionário:
imaginemos alguém atravessando uma selva sem conhecer a topografia da região, a extensão da mata, as fontes de água…
Viagem atribulada, difícil, perigosa.
É exactamente o que acontece com o homo sapiens, quando não exercita sua condição, negligenciando a sapiência, visão comprometida pela ignorância, a tropeçar em suas próprias mazelas.
Não obstante, não basta o conhecimento.
Há muita gente de grande cultura precipitando-se nos resvaladouros do vício, do materialismo, da corrupção, da violência, da maldade…
A cultura mal orientada é tão ou mais perniciosa do que a ignorância.
Por isso, se é importante estudar, aprender as coisas do mundo em que vivemos, como recomenda Montaigne, igualmente importante é conhecer as coisas do mundo para onde iremos quando batermos as botas.
Isso só o Espiritismo pode fazer por nós, mostrando-nos uma ampla visão do Mundo Espiritual, onde está nossa verdadeira pátria.
Conscientiza-nos a Doutrina de que somos seres imortais, destinados à perfeição, no desdobrar de incontáveis existências neste mundo e em outros, convocados ao aprimoramento incessante.
Sobretudo, ficamos sabendo que sem esse esforço estaremos resvalando para a estagnação, em que sempre proliferam a indisciplina, o vício, o desregramento, de funestas consequências.
Por isso, é bom estarmos atentos à máxima atribuída a Allan Kardec:
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”1

REFERÊNCIA:
1 WANTUIL, Zêus; THIESEN, Francisco. Allan Kardec: o educador e o codificador. v. 2. 2. ed. 2. reimp. Brasília: FEB, 2010.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty Como destruir os sonhos e a vida de uma criança

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 01, 2018 8:20 pm

Trata-se de uma tarefa bem fácil.
Eis, na sequência, uma receita que tudo indica ser infalível.
É como preparar um bolo; não há como errar.

Ei-la:
INGREDIENTES
Escolha um menino ou menina, tanto faz.
De preferência com pouca idade, pobre, desnutrido, sujo e maltrapilho.
Coloque-o em banho-maria de total miséria.
É importante que sinta muita fome.
Se os pais forem omissos, alcoólatras ou viciados, melhor ainda.
Deixe-o só: na completa solidão.
Bom é que durma na rua sobre um pedaço de papelão ou jornais velhos com ratazanas correndo à sua volta num sono leve, angustiado, sempre alerta, de quem corre perigo constante.
Insulte-o, negue um pedaço de pão com a desculpa de que ele vai usar o dinheiro para cheirar cola.
Maltrate-o com a agressividade, a incompreensão e a dureza de coração, tão próprias dos adultos.
Não permita acesso à instrução, desporto nem pensar e, quando ele entrar na sua Igreja, Sinagoga, Templo, ou Centro Espírita, limpinha e com flores frescas, olhe para ele de soslaio com a desconfiança nos olhos e a desconfiança no coração e não reaja se ele for ameaçado e até mesmo escorraçado da casa de Deus como se um cachorro tinhoso fosse
. Afinal, Jesus Cristo não ia querer que alguém emporcalhasse a sua casa...
Ele faria a mesma coisa!!!
E não faça nada, seja omisso, vire o rosto, ao vê-lo explorado pelos mais velhos, de preferência por traficantes – você não quer se envolver!
E, se ele tiver de vender o corpo a pedófilos para garantir o seu sustento, melhor ainda.

COMO PREPARAR A MASSA
Junte todos os ingredientes, de todos eles arranque as pétalas dos sonhos dessa criança.
Corte em pedacinhos o caule da esperança, mutile de modo a se perder toda a índole original.
Deixe-o desprotegido e só e, quando já estiver enfraquecido, faça dele um picadinho com o martelo da vida.
Então, bata, bata, bata até que a massa fique amorfa, inerte e aí retire todo o amor, carinho e compreensão.
Lance esse menino à própria sorte.
Coloque esse menino tão pequeno ainda numa forma de adulto.
Está pronto para cozinhar!

COZEDURA
Cozinhe em fogo brando durante alguns anos.
Deixe-o cheirar cola para que ele esqueça a realidade, para que esqueça as humilhações, para que não se lembre da fome de comida e de amor, qual delas a pior, a mais dolorosa e nefasta.
Permita que a cola, a cocaína e o crack amorteçam seu estômago, que seu cérebro fique nublado com a droga e o coração endurecido; deixe que ele se sinta o maior dos heróis enquanto cheira e o último dos seres humanos ao passar o efeito da droga.
É a hora de olhar bem dentro dos olhos desse menino.
Olhe bem, profundamente, dentro dos olhos dessa criança, desse menino já tão massacrado pela vida.
O que vê?
Medo, carência, pedido mudo de ajuda, de compreensão? ou, quem sabe, agressividade, ódio, revolta por aquilo que a vida não lhe dá ou já deu até demais?
O seu olhar é vazio, perdido, o olhar morto, o olhar único, apavorante, terrível, dos sem esperança?
Então, o menino pequeno está no ponto.
A vida, o meio, os adultos, esvaziaram-no de tudo – está tal qual um boneco desventrado, jogado no lixo na vida.
Esse menino, essa menina, essas crianças precisam de você.
Estenda a mão e ajude esses meninos.
Dê-lhes o carinho que não têm.
Entenda que eles não são culpados.
Tudo a que uma criança tem direito lhe foi negado na vida.
São apenas crianças e dê graças a Deus por um deles não ser seu filho!

ELENI FRANGATOS

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 14 Empty O IDOSO NA FAMÍLIA.

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 02, 2018 8:11 pm

A Doutrina Espírita é a doutrina que fortalece e amplia o nosso entendimento acerca do amor ao próximo ensinado e vivenciado pelo Mestre Jesus.
Possibilita-nos a compreensão de que somos todos Espíritos em processo evolutivo, com conquistas morais e espirituais alcançadas, mas com muito mais a desenvolver, apresentando-nos ainda na infância espiritual de nossa vida maior.
Através desse entendimento, podemos perceber mais facilmente nosso próximo como um irmão de caminhada, que tem tantas virtudes quanto defeitos, assim como nós os possuímos e que precisa de auxílio e compreensão, como também necessitamos.
Encontramos na família o grande laboratório caracterizado pela vivência quotidiana com irmãos nossos das mais diversas características e em várias posições de parentesco, como pais, filhos, irmãos, tios, avós, entre outros.
Nesse precioso laboratório, temos o ensejo de vivenciar experiências valiosas para o exercício do verdadeiro amor fraternal pregado por Jesus, em consonância com a Lei Maior, que é, justamente, a Lei do Amor.
No ambiente familiar encontramos os pais aprendendo a dedicar-se ao próximo, na figura dos filhos queridos e necessitados dos seus cuidados para darem os primeiros passos na sua jornada reencarnatória; encontramos irmãos no aprendizado do respeito, da divisão, do cuidado; primos compartilhando das descobertas e dos desafios próprios da juventude desafiadora; encontramos ainda aqueles mais velhos nesta experiência existencial no papel de pais, avós, tios, em mais avançada idade, que chamamos idosos e aos quais dedicamos uma atenção mais profunda nos parágrafos seguintes.
O idoso merece e necessita atenção e cuidados especiais pela fase de vida em que se encontra.
Após uma existência de trabalho, dedicação ao cuidado de filhos, sobrinhos, entre muitas venturas e desventuras experienciadas, encontra agora o esgotamento das forças físicas e, na grande maioria das vezes, também o esgotamento de possibilidades de realização profissional e social.
André Trigueiro aborda a questão, tratando dos factores de risco de suicídio, entre os quais o grupo dos idosos apresenta elevado índice, afirmando que:
O envelhecimento impõe a necessidade de saber lidar com as perdas.
Do ponto de vista físico, vem a perda progressiva da saúde, da musculatura, da memória, da audição e visão, e das melhores condições de navegabilidade em um corpo que vai inspirando cada vez mais cuidados.(…)
No âmbito social, os efeitos do envelhecimento são múltiplos.
Aposentados perdem o contacto com os colegas de trabalho (…).
Amigos (ou cônjuges) de muitos anos ou se afastam ou vão desencarnando e a experiência da solidão – muito comum nesta fase da vida – requer atenção das pessoas próximas e algum movimento no sentido contrário, evitando-se o isolamento.1
Observados estes factores das inúmeras perdas que vivencia o idoso, a família espírita na qual ele se encontre, tem, além do dever, a grande oportunidade de retribuir o amor e a dedicação recebidos dele durante toda a sua vida.
Oportunidade de acolhê-lo, não como um fardo a ser arduamente carregado, mas como uma jóia delicada e frágil que Jesus nos coloca nas mãos para que auxiliemos que os últimos lampejos de seu brilho sejam os mais belos da existência corporal.
Fazer com que ele se sinta, apesar de todas as suas limitações, alguém importante e útil, respeitado e valorizado dentro de seu lar.
Kardec2 orienta que possamos lhe dar os mimos de seu agrado, o mais confortável cómodo da casa, a alimentação favorita.
Oportunidade bendita de exercitar a gratidão, retribuindo todos os cuidados que ele possa nos ter dispensado durante sua existência e, caso não tenha sido dessa forma, de exercitar o amor verdadeiro que dá sem esperar nada em troca.
Oportunidade de irmos nos despindo do egoísmo devastador, que nos aprisiona na busca da satisfação de nossos desejos e prazeres, abrindo mão de nós mesmos em favor desse nosso próximo necessitado de cuidados, nessa delicada fase da vida.
Lembramos ainda a recomendação em O Livro dos Espíritos3 de que tem o homem o direito de repousar na velhice, sendo que o forte deve trabalhar para o fraco, suprindo as suas necessidades, tal qual pode ocorrer na idade avançada em que o idoso não tem condições de trabalho e, por isso mesmo, devem garantir seu sustento e cuidado a família e ou a sociedade.
Essa é também oportunidade valiosa de ensinar às nossas crianças e aos nossos jovens o respeito àqueles que trilharam caminhos que eles ainda irão desbravar, aprendendo com a sua experiência, com a sua história, com suas conquistas e com seus equívocos.
Cuidar e conviver com o idoso é mais uma manifestação da bondade Divina, ensejando-nos construir a ventura de nossos dias vindouros através da prática da caridade e do amor ao próximo, conforme nos exorta o Mestre Jesus e nos acrescenta o mestre lionês Allan Kardec, afirmando que Fora da caridade não há salvação.

Bibliografia:
1 TRIGUEIRO, André. Viver é a melhor opção: a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo. São Bernardo do Campo: Correio Fraterno, 2017. cap. 4.
2 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Brasília: FEB, 2013. cap. XIV, item 3.
3 O Livro dos Espíritos. Brasília: FEB, 2013. pt. 3, cap. III, item 685e 685a.

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