LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Mediunismo e Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 14, 2018 8:19 pm

Através do estudo sistemático das obras de Allan Kardec, as pessoas que adentram ao Espiritismo acabam por concluir que a Doutrina Espírita é uma maneira de entender a vida e uma religião interior.
O Espiritismo não é institucionalizado como uma religião convencional.
Não tem rituais, imagens e nenhuma prática ligada a objectos materiais.
Seu ensino é racional e a principal directriz é a caridade.
Muito embora esse aspecto da caridade sofra algumas deturpações, e que será assunto que trataremos numa próxima oportunidade, devemos ter sempre presente em nós que ”fora da caridade não há salvação”.
Muitas pessoas confundem práticas mediúnicas com Espiritismo e no nosso país temos uma infinidade de exercícios onde se aflora a mediunidade e que são intensamente difundidas.
Essa mediunidade natural que, no dizer de Emmanuel, devemos chamar de mediunismo, existe desde os tempos imemoriais.
Não é propriedade do Espiritismo.
A inevitável mistura trouxe o sincretismo religioso, ou seja, a fusão de elementos de várias doutrinas diferentes.
Aliado a isso, vemos diariamente programas de TV, rádio, jornais, revistas e meios de comunicação de uma forma geral com comentários que, na maioria das vezes, são inadequados, pois o que transmitem e informam está bem longe do que verdadeiramente é o Espiritismo.
A prática mediúnica embora muito difundida está cheia de erros e crendices.
Os grupos religiosos, embora respeitáveis, pois em sua grande maioria buscam a ajuda ao próximo e o auxílio aos necessitados, não podem ser chamados Espiritismo.
A palavra “espiritismo” foi criada por Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita que a organizou metodicamente nas principais obras:
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Génese, O Céu e o Inferno.
Um dos principais legados de Kardec foi o estudo do mediunismo que, ao ser trabalhado e esclarecido, transforma-se em mediunidade.
Temos através de Kardec, e várias outras obras subsidiárias, a orientação em directrizes seguras sobre o que é, por que, para que, como e quando empregá-la.
A principal obra é O Livro dos Médiuns, e existem uma infinidade de livros subsidiários de óptima qualidade.
No momento, estou estudando duas excelentes obras:
Mediunidade Caminho para Ser Feliz de Suely Caldas Schubert e Mediunidade – Colecção, Estudos e Cursos de Terezinha de Oliveira (ambas podem ser encontradas na Distribuidora Mundo Maior).
Temos diariamente informações de pessoas identificadas como paranormais, que é uma palavra criada por Frederic Myers para identificar pessoas que presenciam e participam de fenómenos que os leigos consideram inusitados e inexplicáveis.
Tive a oportunidade de ser apresentado dias atrás a uma dessas paranormais.
Seu nome é Socorro Leite e tem tido intensa (e nem sempre adequada) divulgação pela mídia.
Ela se diz católica, mas convive diuturnamente com factos perfeitamente esclarecidos pelo Espiritismo.
Qual não foi nossa surpresa e satisfação, quando ela demonstrou interesse em conhecer mais detalhadamente a Doutrina Espírita.
Foi convidada a participar do nosso Portal da Fundação Espírita André Luiz – FEAL, não como espírita, mas como espiritualista, para relatar suas experiências, e com isso ajudar aos incrédulos a rever seus conceitos.
Através do convívio com ela, temos a certeza de que haverá um crescimento mútuo.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Subjugação

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 15, 2018 9:51 am

Etapa grave no curso das obsessões, caracterizada pela perda do discernimento e da emoção, o estágio da subjugação representa o clímax do processo ultriz que o adversário desencarnado impõe à sua vítima, em torpe tentativa de aniquilar-lhe a existência física.
A perfeita afinidade moral entre aqueles que experimentam a pugna infeliz, traduz o primarismo evolutivo em que desenvolvem os sentimentos, razão pela qual acoplam-se, perispírito a perispírito, impondo o algoz a vontade dominadora
sobre quem lhe padece a ferocidade, por cujo doloroso meio lapida as arestas remanescentes dos crimes perpetrados anteriormente.
A subjugação é o predomínio da vontade do desencarnado sobre aquele que se lhe torna vítima, exaurindo-lhe as energias e destrambelhando-lhe os equipamentos da aparelhagem mental.
Noutras vezes, a irradiação mental perniciosa que lhe é descarregada com pertinácia, alcança-lhe a sede dos movimentos ou o núcleo perispiritual das células, provocando desconsertos que se transformam em paralisias, paresias e distúrbios degenerativos outros de variada etiopatogenia.
O perseguidor enceguecido pelo ódio ou vitimado pelas paixões inferiores longamente acalentadas, irradia forças morbíficas que o psiquismo daquele que lhe infligiu a amargura assimila por identidade vibratória e se torna decodificada no organismo, produzindo os objectivos anelados pelo obsessor.
Em ordem inversa, a onda de amor e de prece, de envolvimento caridoso e fraternal, termina por encontrar receptividade tão logo o paciente se deixe sensibilizar, transformando-a em harmonia e saúde, bem estar e paz.
Todos os fenómenos ocorrem no campo das equivalentes sintonias, sem as quais são irrealizáveis.
Desse modo, a violência registada nas agressões para a subjugação, somente encontra ressonância por causa da afinidade entre aqueles que se encontram incursos no embate.
Normalmente o processo é lento e persuasivo, provocando danos que se prolongam no tempo, enquanto são minadas as forças defensivas para o tombo irrefragável nas malhas da pertinaz enfermidade espiritual.
O processo cruel da obsessão de qualquer matiz tem suas raízes sempre na conduta moral infeliz das criaturas pelo cultivar da sua inferioridade em contraposição aos apelos elevados da vida, que ruma para a Suprema Vida.
Enquanto permaneçam os Espíritos afeiçoados às heranças do estágio primitivo, mantendo o egotismo exacerbado, graças ao qual humilha e persegue, trai e escraviza, explora e infunde pavor ao seu irmão, permanecerá aberto o campo psíquico para as vinculações obsessivas.
Somente uma radical transformação de conceito ético entre os homens terrestres é que os mesmos disporão de recursos seguros para se prevenirem obsessões.
No entanto, porque vicejem os propósitos inferiores em predomínio em a natureza humana, sucedem-se as complexas parasitoses obsessivas.
Agravada pela alucinação do perseguidor, a subjugação encarcera na mesma jaula aquele que a fomenta.
Emaranhando-se nos fulcros perispirituais do encarnado, termina por fixar-se-lhe emocionalmente, permanecendo presa da armadilha que urdiu.
A subjugação é perversa maquinação do ódio, da necessidade de desforço a que se escravizam os Espíritos dementados pela falta de paz.
Cultivando os sentimentos primários e encerrando a mente nos objectivos da vingança cerram-se na sombra da ignorância, perdendo o contacto com a razão e a Divindade, enquanto não se permitem a felicidade que acusam de havê-los abandonado.
Ambos desditosos – o subjugado e o subjugador – engalfinhando-se na peleja sem quartel, não se dão conta que somente o amor consegue interrompê-la.
De tratamento muito delicado e complexo, o resultado ditoso depende da renovação espiritual do paciente, na razão em que desperte para a seriedade da conjuntura aflitiva em que se encontra.
Simultaneamente, a solidariedade fraternal, envolvendo ambos enfermos em orações e compaixão, esclarecimentos e estímulos para o futuro saudável, conseguem romper o círculo vigoroso de energias destrutivas, abrindo espaço para a acção benéfica, o intercâmbio de esperança e de libertação.
A subjugação desaparecerá da Terra quando o verdadeiro sentimento da palavra amor for vivido e espraiado em todas as direcções, conforme Jesus apresentou e vivenciou até o momento da morte, e prosseguindo desde a ressurreição gloriosa até aos nossos dias.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 28/07/99, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Quando o servidor está pronto, o serviço aparece

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 15, 2018 8:28 pm

No prefácio do livro Nosso Lar, Emmanuel apresenta o autor e sua obra, orientando o leitor quanto ao foco principal:
a revelação dos factos da vida espiritual e as ideias inovadoras que ensejam.
Ideias tão marcantes que fizeram com que, alguns anos depois, Nosso Lar viesse a ser escolhido como a obra do século.
Não porque tenha vendido milhões de exemplares, ou tenha sido traduzido para diversas línguas, mas por ter causado enorme impacto e mudança no mundo espírita.
Emmanuel adverte que não vamos encontrar o nome André Luiz em catálogos terrestres ou em listas de pessoas de destaque.
Por amor, o autor escolheu o anonimato, preferindo cerrar a cortina sobre si mesmo.
E teve boas razões para isso.
Uma delas deveu-se à acção movida na Justiça contra Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira (FEB) pela família de Humberto de Campos, que pleiteava parte da renda dos livros escritos pelo ilustre literato através do médium.
André Luiz tinha parentes encarnados, filhos, esposa e isso poderia causar, além de mal-estar, uma nova luta sobre direitos autorais, o que colocaria em risco, novamente, a paz de espírito tão necessária ao trabalho do médium.
É claro que ambos mudaram de nome. Humberto de Campos passou a se chamar Irmão X.
No final do processo, o juiz entendeu que esses direitos autorais da família não existiam, porque, na realidade, eles não poderiam chamar para depor um espírito, um desencarnado.
Com isso, deu por encerrado o processo.
Mas todo esse episódio não deixou de ser doloroso e desgastante.
Outra razão esclarecida por Emmanuel é que André Luiz precisava esquecer seu passado, o que havia sido na última existência terrestre:
médico, pesquisador e grande cientista.
Com a publicação de Nosso Lar, findava uma parte de sua história para iniciar outra.
De materialista passara a grande pesquisador e estudioso do espírito.
Fechou a porta do André Luiz humano, com esposa e filhos, e abriu a da senda que leva à espiritualidade.
É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade.
Emmanuel esclarece que não devemos nos interessar tanto em conhecer a verdadeira identidade de André Luiz, de preferência, devemos nos aplicar no estudo de sua mensagem.
Esta contém lições fundamentais para a vivência do paradigma do amor na Terra.
É um convite permanente para esquecermos de vez o modelo milenar arcaico, vinculado ao egoísmo, infelizmente, ainda vigente nos dias de hoje, e que tem sido responsável por tanta violência e destruição.
André Luiz introduz conceitos diametralmente opostos aos que são comuns nas universidades terrenas.
Com ele, aprendemos a admirar os professores do mundo espiritual, que não são de modo algum personalistas, nem se deixam levar por sentimentos mesquinhos como os do orgulho, da vaidade e presunção.
Quanto mais sábio, mais humilde é o professor nas esferas superiores.
Os que colhem as espigas maduras não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor.
Exactamente aí morreu o médico terrestre para nascer André Luiz, o cidadão de Nosso Lar, que fala de sua própria experiência, com todos os detalhes possíveis, tanto de lances da última existência corpórea quanto daqueles vividos após a morte física.
Atendeu, assim, plenamente, à expectativa de Emmanuel.
O prefácio foi escrito em 1943, época de grandes descobertas científicas na Terra, muitas delas difíceis de serem assimiladas, conforme reconhece o autor.
E Emmanuel relembra esse fato para dizer que a obra de André Luiz, por todos os ensinamentos e revelações que traz, certamente encontraria a mesma dificuldade de assimilação.
Incentiva, no entanto, o seu estudo para que possa ser aceita.
E mesmo assim ainda hoje é conhecida a dificuldade de sua aceitação.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 15, 2018 8:28 pm

O Espiritismo ganha expressão numérica.
Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experiências.
Nesse campo imenso de novidades, todavia, não deve o homem descurar de si mesmo.
Não basta, pois, entrarmos para o Espiritismo, antes é preciso que o Espiritismo entre em nosso coração, modificando para melhor a nossa conduta.
Emmanuel ressalta que o estudo e o aprendizado devem estar focados no serviço do bem.
Nossa existência na Terra só valerá a pena se formos úteis aos semelhantes.
Mais adiante, enfatiza:
O homem terrestre não é um deserdado.
É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se.
A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Todos os dias escrevemos as páginas do livro de nossas vidas, com nossas acções.
André Luiz indica-nos o caminho do que é essencial, auxiliando-nos a abandonar de vez o que é transitório.
Essencial mesmo é o aproveitamento do tempo na construção do bem.
O intercâmbio com o invisível é um movimento sagrado, em função restauradora do Cristianismo puro; que ninguém, todavia, se descuide das necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor...
André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a nossa própria consciência...
Realmente, no mundo espiritual, não é possível enganar nem os desencarnados inferiores nem os superiores.
Na Terra, colocamos máscaras; apresentamo-nos de forma camuflada, porque ainda não temos possibilidade de sermos reconhecidos na intimidade, mas no mundo espiritual é diferente.
Lá, somos reconhecidos exactamente pelo que somos.
Estamos frente a frente com nossa própria consciência.
E onde está a nossa consciência, aí estará o nosso céu, inferno ou purgatório.
... em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do Espiritismo e do Espiritualismo, mas, muito mais, de Espiritualidade.
A grande luta do espírito na encarnação é evoluir, e ninguém evoluirá se não adquirir Espiritualidade, nosso elo mais forte de ligação com Deus.
Logo após o prefácio de Emmanuel, temos a Mensagem de André Luiz:
algumas palavras do autor à guisa de apresentação.
Nela, chama a atenção do leitor para o que vai ser desenvolvido durante toda a série.
Os casos a serem analisados, os serviços, estudos, os processos de reencarnação e desencarnação e a complicada chegada ao mundo espiritual.
Ressalta a dificuldade em entrar na academia do Cristo.
Em geral, preferimos ficar na superfície dos ensinamentos, sem adentrarmos a sua essência.
E não há evolução espiritual sem melhoria de nossas acções.
Finalmente, alerta-nos quanto à grande oportunidade de aprendermos com as experiências relatadas pelos diversos personagens que, anonimamente, realizam a grande transformação espiritual.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty “INTERVALO ENTRE REENCARNAÇÕES, QUANTOS ANOS SE PASSAM?”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 16, 2018 9:25 am

Há muitas dúvidas sobre o tempo que a alma espera entre duas reencarnações, para a volta em novo corpo à Terra, ou em outros mundos, mas "O Livro dos Espíritos" não se esqueceu de tocar neste assunto, para esclarecer aos que iriam naturalmente interrogar.
O tempo que se gasta para a alma voltar novamente ao corpo é variável; alguns voltam imediatamente, dependendo das necessidades do Espírito.
Os mentores espirituais, achando conveniente, mostram ao reencarnante que seria o melhor para ele a volta sem demora; no entanto, há outros para quem a demora é caminho mais inteligente, para recolher experiências necessárias à segurança da volta.
A variação, nesse assunto delicado das vestes na carne, é de zero ao infinito.
É uma oportunidade valiosa para todos os Espíritos que desejam ascender, despertar seus valores na profundidade da consciência.
Devido às vibrações pesadas da Terra, o Espírito, quanto mais iluminado, mais tempo, normalmente, espera para voltar à mesma.
Alguns podem gastar mil anos para a descida à carne, com missão divina de instruir e dar exemplo de amor para a humanidade, como no caso de Francisco de Assis, o "Poverello da Úmbria".
Nos mundos superiores, entretanto, o tempo se encurta, mesmo em se tratando de Espíritos iluminados, por encontrarem, na atmosfera do mundo, ambiente favorável, visto que todos os pais nessas regiões são conscientes da lei da reencarnação, favorecendo, assim, a chegada do missionário da verdade.
Vários livros mediúnicos se referem aos processos da reencarnação, de modo a conscientizar o leitor da verdade para que ele, quando oportuno, venha a ajudar nessa delicada operação, junto aos benfeitores da espiritualidade superior.
Se queremos uma reencarnação melhor no futuro, não desprezemos as mudanças, os consertos morais, e para tanto procuremos Jesus; Seus preceitos são eternos e vibram na eternidade da vida, sendo caminhos que nos mostram a felicidade e como conquistá-la.
Estudemos as vidas dos Seus discípulos e dos grandes personagens que estiveram na Terra com a missão sagrada de elevar o homem, que encontraremos nos Seus exemplos, a força indispensável para a renovação dos nossos velhos costumes.
O fora da caridade não há salvação é a meta de luz, traçada pelo Espírito que a escreveu na vivência de cada dia.
Necessário se faz que entendamos o que é caridade.
Isso é possível se já conhecemos o Cristo, e se aprendemos a orar, porque a oração é o canal divino por onde receberemos a intuição do Senhor.
Na variação do tempo, a força da verdade faz gerar a compreensão das leis naturais que nos garantem a vida e nos levam a sublimar os sentimentos.
Precisamos conhecer não somente a vida na matéria, como a vida em Espírito, e essa necessidade é bem maior entre os encarnados.
Falamos aos de boa vontade, para que eles aproveitem as oportunidades oferecidas pela Doutrina Espírita de modo prático, e conheçam a si mesmos, para que o conhecimento da verdade seja mais fácil.
Deixemos acender em nosso coração a luz do entendimento, que essa luz servir-nos-á para a jornada que Jesus deseja que empreendamos.

Livro: Filosofia Espírita – Vol. V
Miramez / João Nunes Maia.

Estudando O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.
A alma reencarna logo depois de se haver separado do corpo?
Algumas vezes reencarna imediatamente, porém, de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos.
Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata.
Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase que de todas as suas faculdades de Espírito, sendo o seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.

Miramez/João Nunes Maia

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Cartão de visita

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 16, 2018 8:19 pm

por Temi Mary Faccio Simionato

Afirma André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 13, psicografado por Francisco Cândido Xavier:
“(...) O pensamento é tão importante para a mediunidade quanto o leito é importante para o rio”.
Podemos entender, assim, que mediunidade é a permuta de pensamentos entre as criaturas, de forma conscienciosa ou não, por meio de sintonia mental.
É uma faculdade natural a todos os seres humanos, como é a faculdade de respirar.
Reconhecemos, então, que a mente é o espelho da alma, o coração lhe é a face e o cérebro é o centro de suas ondulações gerando a força do pensamento que tudo move, criando, transformando, destruindo e refazendo para purificar, aperfeiçoar e sublimar.
Deste modo, sempre que pensamos, expressando o campo íntimo na ideia e na palavra, na atitude e no exemplo, criamos formas-pensamento ou imagens moldes que emitimos para fora de nós, pela atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença.
Respirando no mundo das imagens que projectamos e recebemos, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador que nos induzem ao progresso.
Fica claro, desta forma, que a mediunidade é uma faculdade divina, é o resultado de um jogo transcendente de sensações e percepções, uma indução de forças intelectivas sobre outras.
Léon Denis denominou potências todas as faculdades ou atributos da alma, pois estão interligadas entre si, dependendo umas das outras na contextura que realiza a individualidade integral, completando-se e harmonizando-se.
A mediunidade, como participante desse conjunto de potências, igualmente estará tão integrada na estrutura psíquica das criaturas quanto as demais, fazendo parte, como vemos, do potencial anímico global que traduz a individualidade imortal, razão pela qual ficou dito que todos possuem mediunidade, segundo Yvonne A. Pereira, no livro Devassando o Invisível, capítulo Subtilezas da Mediunidade.
O Consolador prometido por Jesus instalou-se entre os homens, graças à mediunidade responsável daqueles que se dedicaram e se entregaram arduamente ao trabalho de implantação e reconstrução moral sob orientação do Mestre e coordenação de Allan Kardec.
Desta maneira, através do pensamento que é fio condutor, estabelecemos intercâmbio entre o mundo dos Espíritos e a humanidade encarnada, porém, a mediunidade, aqui na Terra, para a maioria, ainda é provacional.
Assim sendo, dependerá do bom uso que se fizer desta faculdade para que possa ser ampliada e aplicada em missões redentoras, ao longo de sucessivas existências.
A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os sectores da cação mental.
A divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois de laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias do instinto. Ah, Vontade!
Que potencial imenso a dirigir-nos:
querer, desejar, idealizar, mentalizar...
São forças poderosas que, sob controle da razão e equilíbrio da emoção, nos conduzirão ao ápice do progresso.
Todavia, sem rédeas, seremos lançados pelos labirintos da degradação e da dor.
Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate de conexão entre os semelhantes, mas pode impor o jugo da disciplina de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.
No livro O Problema do ser, do destino e da dor, 3ª parte, capítulo XX, Léon Denis assevera:
“O princípio da evolução não está na matéria, está na vontade, cuja acção se estende à ordem invisível das coisas como à ordem visível e material.
Esta é simplesmente a consequência daquela.
O princípio – o motor da existência – é a vontade.
A vontade Divina é o supremo motor da vida Universal”.
Na Revista Espírita de Setembro 1865, Kardec declara:
“A vontade é ainda omnipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à natureza do mal.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 16, 2018 8:20 pm

Este ponto, que é capital, liga-se a um princípio ainda pouco conhecido; o das criações fluídicas e das modificações que o pensamento pode produzir na matéria.
O pensamento que provoca uma emissão fluídica pode operar certas transformações moleculares e atómicas como se velem ser produzidas sob a influência da electricidade, da luz ou do calor”.
Como já esclarecemos, a mente humana é um espelho de luz emitindo raios e assimilando-os, entretanto, esse espelho faz-se mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância.
E, para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável libertar-se das trevas, às custas do esmeril do trabalho.
Reconhecemos, desta forma, a necessidade imprescindível da educação a todos os seres.
Segundo O Livro dos Espíritos, na questão 92a, os benfeitores Espirituais ensinam que cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fraccione tal efeito.Entendemos, então, que o Espírito encarnado ou desencarnado, edificado no bem, sintonizado com as lições cristãs, projecta sua luz por toda parte à maneira do farol.
E na questão 662, esclarecem que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de acção que alcança muito além da nossa esfera corporal”.
André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, capítulo 11, também afirma “E para manejar as correntes mentais, em serviço de projecção das próprias energias e de assimilação das energias alheias, dispõe a alma em si da alavanca da vontade, por ela vagarosamente construída em milénios e milénios de trabalho automatizante”.
Se pudéssemos contemplar com os próprios olhos as correntes de pensamentos, reconheceríamos que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios de afinidade.
Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, de acordo com a direcção que escolhermos.
É por isso que vemos no Cristo o divino marco da renovação humana com todo um programa de transformações viscerais do Espírito.
Sem violência de qualquer natureza, Ele altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milénios.
E em constante aprendizado o pensamento capacita-se a fim de discernir, analisar, induzir, reflectir, criar, concluir e idealizar.
Se há resolução elevada, captaremos inspiração construtiva proveniente das Esferas Superiores do amor.
Jesus espera pela formação de mensageiros humanos capazes de projectar no mundo as maravilhas do Seu reino e vincula tesouro e coração, ensinando-nos que a selecção, por efeito da educação e da vontade, é caminho de nossa efectiva redenção espiritual, como vemos em Paulo na 1ª Carta aos Coríntios, capítulo 6, versículo 12 e capítulo 10, versículo 23:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm.
Todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma”.
Portanto, para atingirmos o aprimoramento ideal, é indispensável que esse detector de faculdades psíquicas não se detenha no simples intercâmbio.
Será essencial a consagração de suas forças às mais altas formas de vida, buscando a educação de nós mesmos no serviço desinteressado a favor do próximo.
O Universo é a projecção de mente Divina e a Terra é o produto da mente humana.
Atentemos, pois, para a obrigação do auto-aperfeiçoamento porque, sem estudo e sem observação, demoraremos indefinidamente entre os infortunados expoentes da ignorância.
Cumpre a nós espíritas estudar nossas almas, procurando conhecê-las em todas as suas possibilidades, a fim de cultivarmos suas poderosas faculdades que em nós traduzem a personalidade Divina com que o Criador supremo nos dotou ao nos criar.
Escalemos o plano superior, transmitindo pensamentos de sublimação naqueles que nos cercam, ajustando-nos ao Evangelho Redentor.
E será no pensamento puro e operante que encontraremos a força que nos arroja do ódio ao amor, da dor à alegria, da terra ao céu.
Procuremos a consciência de Jesus para que a nossa consciência lhe retrate a perfeição e a beleza!

Bibliografia:
XAVIER, C. Francisco – Seara dos Médiuns – ditado pelo Espírito Emmanuel – 20ª edição – Brasília/ DF/ Editora FEB – 2015 – capítulo 2.
XAVIER, C. Francisco e VIEIRA, Waldo – Mecanismos da Mediunidade – ditado pelo Espírito André Luiz – 26ª edição – Rio de Janeiro/RJ/ Editora FEB – 2012 – capítulo 11.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Montanhas que a fé não remove

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 17, 2018 9:49 am

– Sidney Fernandes -

Com fé, tudo é possível?
Se eu realmente tiver fé todos os meus problemas se resolverão?
Dores, angústias, dificuldades financeiras, inquietações, tristezas, deficiências, perturbações e perseguições e quaisquer outras dificuldades que venham a surgir?

— Claro que sim — dirá o rigoroso intérprete da expressão evangélica, contida no evangelho de Marcos, 9:23.
— Afinal, foi o próprio Jesus que afirmou: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
Tomar ao pé da letra semelhante afirmativa seria derrogar o princípio de justiça que deve reger a vida humana e colocar por terra outra afirmativa do Cristo, anotada pelo evangelista Mateus, 5:26, contida no Sermão da Montanha:
—Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.
Diz-nos a razão que, mesmo investidos de fé inabalável, ainda assim, nem tudo poderemos alcançar, enquanto não consertarmos as besteiras que cometemos, isto é, antes de repararmos os males que praticamos.
Falar de forma diferente seria criar falsas expectativas ou passar a falsa impressão de que as nossas preces não foram ouvidas porque nos falta fé, ou por outra falha nossa.
Muitos de nós, diante dos problemas da vida, alimentamos a pretensão de resolvê-los por intermédio de um poderoso médium, de um passe magnético mágico, de uma milagrosa água fluidificada ou de uma vigorosa concessão divina.
Precisamos aprender que nem com toda a fé do mundo conseguiremos eliminar todos os obstáculos da vida, simplesmente porque muitos deles ainda não podem ser removidos.
— Pode ser — afirma Allan Kardec em O Livro dos Médiuns — que o melhor, para o bem do doente, seja ainda sofrer (Item 176).
Sob o ponto de vista humano, a felicidade está condicionada à inexistência do sofrimento.
Sob o ponto de vista espiritual, no entanto, esse sofrimento, pode representar o melhor para o nosso espírito.
Nesse caso, o caro leitor poderá afirmar:
— Ora, então do que adianta orar?
De que vale ter fé?
Calma, caro amigo.
A confiança e a ligação com Deus são fundamentais.
É preciso, no entanto, bem definir fé, diante da revelação espírita:
A fé, sob a luz da razão, representa a convicção de que existe um plano maior que tudo dirige e que nos proporciona exactamente aquilo de que necessitamos, ainda que sob o ponto de vista humano isso não represente algo muito agradável.
A fé:
— me faz confiar irrestritamente na existência de um infalível programa divino, que tudo acompanha e tudo organiza;
— me dá a convicção de que Deus tudo pode, mas que me oferece só o que é melhor para mim;
— me convence de que eu devo melhorar-me, a cada dia e, com isso, posso estabelecer uma ponte com o divino;
— é o motor que me permite mudar o que pode e deve ser mudado.
O homem de bem, que estuda, raciocina e reflecte, com o tempo vai aprendendo que há coisas que a fé não pode resolver.
Não basta confiar, ter esperança, acreditar cegamente, achando que no final tudo vai dar certo. Espíritas conscientes já sabem que muitas coisas não terão jeito e o que é considerado um mal, aos olhos da matéria, é indispensável à recuperação do espírito.
Não nos desesperemos!
É perfeitamente possível, com fé, combater o mal que existe em nós, não apenas com sofrimento e inquietação.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 17, 2018 9:50 am

A disposição de servir, os exemplos de dedicação ao bem e a posição activa, mesmo diante de situações perturbadoras, significam fé no futuro, confiança na divindade, com a firme convicção de que, mesmo diante de adversidades, o comando divino está fazendo o melhor por nós.
Não talvez, sob a ética humana e passageira, porém, com toda a certeza, sob a ética da espiritualidade.
***
A fé pressupõe a submissão.
Há a submissão passiva, a que aceita os percalços da vida, entendendo que não podem ser modificados.
Aceitamos a vontade de Deus, como um bem para a nossa alma, e ponto final.
Há também a submissão activa, em que, a princípio aceitamos a dor, para depois actuarmos para que ela seja minimizada ou até suprimida.
Quero lhe trazer, amigo leitor, um exemplo concreto desse posicionamento ético, que guarda perfeita correlação com os planos divinos, adoptado por alguém que, mesmo diante de mil adversidades, entendeu que poderia fazer algo de muito importante para pessoas que tinham por destino certo a dor e o desespero.
Em 1938, Nicholas Winton, filho de pais judeus, trabalhava como corretor de valores em Londres.
Em 10 de março de 1939, Hitler ordenou a ocupação de Praga.
Teria sido muito cómodo para Nicholas não se envolver com esse assunto.
Investido, porém, da indignação própria de quem tem fé na justiça e não se omite diante da dor alheia, após a ocupação nazista Winton decidiu abandonar seu trabalho e dedicar todos os seus esforços no sentido de resgatar crianças judias da então Checoslováquia.
Persuadiu as autoridades britânicas a receberem essas crianças no Reino Unido, mesmo sem os documentos à época exigidos.
Seu plano consistia em convencer um grupo de famílias inglesas a abrigá-las, a fim de salvá-las da perseguição nazista.
Graças à coragem e determinação de Nicholas, suas acções permitiram que 669 crianças sobrevivessem ao holocausto.
Somente em 1988 a proeza de Winton veio a público.
Ele faleceu em 2015.
Recentemente, Londres celebrou o aniversário de Winton com um serviço religioso em homenagem à sua fé activa, da qual participaram vinte e oito pessoas que a ele devem sua vida. Nicholas Winton: um homem de fé.
Não a fé da aceitação passiva, sem murmúrios e queixas, mas a da aceitação activa, de quem se mobiliza na dedicação ao bem.
***
Dirá talvez, o caro leitor, que estou descrevendo um Deus implacável e insensível, cuja justiça distributiva que preside a punição dos culpados não se deixa seduzir pelo arrependimento e pela submissão. Não é bem assim!
A pretensão que não podemos alimentar é a de que, por murmurarmos algumas palavras ou nos submetermos a algumas privações voluntárias, estaremos quites com a lei e nos eximiremos de nossas responsabilidades.
O certo mesmo seria seguir o exemplo de Saturnino Pereira…
***
Narra-nos Hilário Silva, por intermédio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, a seguinte história — denominada O merecimento, que abaixo transcrevo resumidamente.
Quem conhecia Saturnino estranhou.
Como pôde acontecer isso com ele?
Cumpridor de seus deveres, trabalhador e a caridade em pessoa.
Como Deus permitiu que acontecesse o acidente, na máquina com que trabalhava na fábrica?
Aparentemente, um estrago de grandes dimensões em seu braço direito.
— Embora o braço inteiro esteja traumatizado — informou o médico — nosso amigo perderá simplesmente o polegar.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 17, 2018 9:50 am

— Porque um desastre desses com um homem tão bom? — murmurava uma companheira.
Justamente com Saturnino, que ajuda a todos?
O próprio Saturnino estava triste e decepcionado.
Os seus méritos, porém, permitiram-lhe a revelação.
Espírita, compareceu à noite à reunião habitual do centro que frequentava, e lá ouviu, bondosamente, as orientações do orientador espiritual:
— Saturnino, meu filho, não se creia desamparado, nem se entregue a tristeza inútil.
Você hoje demonstra indiscutível abatimento, entretanto, não tem motivo para isso.
— Há oitenta anos, era você poderoso sitiante no litoral brasileiro e, certo dia, porque pobre empregado enfermo não lhe pudesse obedecer às determinações, você, com as próprias mãos, obrigou-o a triturar o braço direito no engenho rústico.
—Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração.
Por muito tempo, por muito tempo…
— E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil.
— Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, faz o do bem aos outros, tem trabalhado, cumprido os seus deveres.
— Hoje, por sua própria sentença, deveria ter perdido todo o braço, mas perdeu só um dedo.
Regozije-se, meu amigo!
Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça…
De cabeça baixa, Saturnino derramava grossas lágrimas.
Lágrimas de conforto, de apaziguamento e alegria…
Na manhã seguinte, mostrando no rosto amorável sorriso, estava de volta ao trabalho.
Aos que estranharam sua presença, pois estava de licença-saúde pelo acidente, falou bem alto, caminhando fábrica a dentro:
— Não estou doente.
Fui apenas acidentado e posso servir para alguma coisa.
— Graças a Deus!
***
O reconhecimento da culpa e a consciência de que as punições guardam correspondência com os nossos merecimentos são pontos fundamentais de partida para as eficazes atitudes que vão minimizar e até, eventualmente, comutar as nossas penas.
Deus é infinitamente justo, mas também é infinitamente bom.
Se na Terra tendemos a querer escapar da infelicidade a qualquer preço, da espiritualidade vêm notícias, a todo momento, de Espíritos que não conseguiram mercantilizar com a divindade e nos recomendam as providências que efectivamente nos trarão paz e alívio para as nossas dores.
A fé que nos impulsiona para a oração, que proporciona o alívio e a esperança, deve ser a mesma que deverá nos impulsionar à resignação e à atitude activa de reparação de nossos males e de diminuição das dores dos nossos semelhantes.
É a mesma que nos fará trocar a moeda da dor pela do amor, do trabalho e da transformação interior, fórmula infalível à nossa autêntica redenção perante Deus.
Se a dor se origina nos males que devemos purgar, nada mais lógico que a nossa reforma interior limpe esses males.
Daí, não haverá mais necessidade de sofrimento, porque o amor tomou o seu lugar.
***
— Podem as preces, que por nós mesmos fizermos, mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso?
— As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignação.
A prece traz para junto de vós os bons Espíritos e, dando-vos estes a força de suportá-las, corajosamente, menos rudes elas vos parecem.
— Temos dito que a prece nunca é inútil, quando bem-feita, porque fortalece aquele que ora, o que já constitui grande resultado.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 17, 2018 9:51 am

Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o sabes.
Demais, não é possível que Deus mude a ordem da natureza ao sabor de cada um, porquanto o que, do vosso ponto de vista mesquinho e do da vossa vida efémera, vos parece um grande mal é quase sempre um grande bem na ordem geral do Universo.
— Além disso, de quantos males não se constitui o homem o próprio autor, pela sua imprevidência ou pelas suas faltas?
Ele é punido naquilo em que pecou.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supondes.
Julgais, de ordinário, que Deus não vos ouviu, porque não fez a vosso favor um milagre, enquanto que vos assiste por meios tão naturais que vos parecem obra do acaso ou da força das coisas.
Muitas vezes também, as mais das vezes mesmo, ele vos sugere a ideia que vos fará sair da dificuldade pelo vosso próprio esforço.

Allan Kardec, O Livro dos Espíritos – Questão 663

Escultor da vida
Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um tecto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planeei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 17, 2018 8:17 pm

por Astolfo O. de Oliveira Filho

Em mensagem publicada na secção de Cartas desta edição, o leitor Luis Bras dos Santos, de Itumbiara, GO, escreveu:
É exactamente esse o conceito aristotélico-tomista da matéria.
A "substância" só pode existir se Deus lhe infundir um "alento vital".
Kardec está fixado nessa concepção medieval e não consegue dar conta da teoria atómica.
Na teoria atómica moderna, os átomos são todos constituídos por partículas elementares e têm a sua própria energia.
Trata-se, na menção feita a Kardec, de um equívoco que mostra que o leitor critica algo que não conhece.
Uma leitura, ainda que parcial, da obra que deu início à codificação da doutrina espírita – O Livro dos Espíritos – lhe mostraria que nem Kardec nem os Espíritos afirmaram que a “substância” só pode existir se Deus lhe infundir um “alento vital”.
Embora a codificação do Espiritismo tenha ocorrido no século XIX, numa época bem anterior à chamada teoria atómica moderna mencionada pelo leitor, há na doutrina espírita perfeita distinção entre seres orgânicos e seres inorgânicos.
Em todos eles, a constituição íntima segue a mesma norma.
Átomos e moléculas são seus elementos constituintes, com a única diferença de que nos seres orgânicos, porque dotados de vitalidade, existe algo que não existe nos inorgânicos.
Entre um homem vivo e esse mesmo homem, minutos após sua morte, qual a diferença?
Nenhuma em sua constituição material; átomos e moléculas ali se encontram; contudo, inexiste vida no cadáver, o que evidencia com clareza que a vida lhe vem de outra fonte e não dos seus átomos e moléculas.
Reproduzimos em seguida as questões d´O Livro dos Espíritos, de Kardec, em que o tema é apresentado com clareza pela doutrina espírita, deixando ao leitor a liberdade de tirar suas conclusões a respeito da infeliz crítica feita por alguém que pode entender de Química ou de Física, mas, em matéria de Espiritismo, não passa de um neófito:
- “Os seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de actividade íntima que lhes dá a vida.
Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem.
São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes actos da vida, órgãos esses apropriados às necessidades que a conservação própria lhes impõe.
Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as plantas.
Seres inorgânicos são todos os que carecem de vitalidade, de movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria.
Tais são os minerais, a água, o ar etc.
(O Livro dos Espíritos, cap. IV, Introdução)

- É a mesma a força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e nos inorgânicos?
“Sim, a lei de atracção é a mesma para todos.”
(L.E., questão 60)

- Há diferença entre a matéria dos corpos orgânicos e a dos inorgânicos?
“A matéria é sempre a mesma, porém nos corpos orgânicos está animalizada.”
(L.E., questão 61)

- Qual a causa da animalização da matéria?
“Sua união com o princípio vital.”
(L.E., questão 62)

- O princípio vital reside nalgum agente particular, ou é simplesmente uma propriedade da matéria organizada?
Numa palavra, é efeito, ou causa?

“Uma e outra coisa.
A vida é um efeito devido à acção de um agente sobre a matéria.
Esse agente, sem a matéria, não é a vida, do mesmo modo que a matéria não pode viver sem esse agente.
Ele dá a vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.”
(L.E., questão 63)

- O princípio vital é um só para todos os seres orgânicos?
“Sim, modificado segundo as espécies.
É ele que lhes dá movimento e actividade e os distingue da matéria inerte, porquanto o movimento da matéria não é a vida.
Esse movimento ela o recebe, não o dá.”
(L.E., questão 66)

- A vitalidade é atributo permanente do agente vital, ou se desenvolve tão-só pelo funcionamento dos órgãos?
“Ela não se desenvolve senão com o corpo.
Não dissemos que esse agente sem a matéria não é a vida?
A união dos dois é necessária para produzir a vida.”
(L.E., questão 67)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Qual comida?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 18, 2018 11:26 am

por Claudio Viana Silveira

“Dai-lhes vós de comer...”
(Jesus, em Mateus 6:37.)

“Naquela hora do ensinamento inesquecível, a fome era naturalmente do corpo, mas, ainda e sempre, vemos a multidão carente de amparo, dominada pela fome de luz e de harmonia, vergastada pelos invisíveis [açoites] da discórdia e da incompreensão.”
Emmanuel)

Matriculados na Escola Cristã, deparamo-nos, comummente, com os famintos de toda ordem.
Como estamos em período literalmente escolar, com os estudos da Casa de vento em popa, perguntamo-nos e perguntamos-lhes, de qual comida precisamos?
Pois é natural que no início de um ano lectivo cristão, cheguemos aos grupos fatigados e famintos.
Fatigados, talvez, de uma “preguiça activa”, pelo prolongado período de férias (‘até’ do Cristo...) e famintos por uma actividade não mais preguiçosa, mas activa, fraterna, instrutiva e compreensiva.
Em primeiro lugar, a comida do amparo:
acolhemo-nos para esclarecimento; e este irá nos amparar.
O esclarecimento só ampara porque é luz: a luz dos arrazoados.
De quanta luz precisamos? Talvez de pouca!
E, paradoxalmente, pouca é, ainda, a que mais temos!...
Nós, comensais, o que mais necessitamos durante o ano lectivo é de harmonia:
Poderemos, ao final do ano, estar com uma compreensão relativa do conteúdo doutrinário... mas a desarmonia nos fará repetentes!
Aprovados em harmonia, discórdias e incompreensões passarão ao largo:
a discórdia já se torna desnecessária e a incompreensão falecerá nos braços da fraternidade...
* * *
A fome aqui, pois, não é, de forma alguma, do corpo, mas aquela fome que chega a ser sede do esclarecimento de uma doutrina que tem o poder de libertação:
a que procede do entendimento de que “não só de pão vive o homem...”
Os mesmos 5.000 alimentados (do corpo) no Monte das Bem-aventuraras, são os mesmos que vociferamos: “crucifica-o; crucifica-o!”
No segundo episódio, não estávamos, ainda, alimentados de “toda a palavra que sai da boca de Deus!”

E hoje?!... Reflictamos!

(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 131, No campo social, 1ª edição da FEB.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Pesquisas científicas avançam, mas ainda não explicam tudo o que descobrem

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 18, 2018 8:45 pm

por Guaraci de Lima Silveira

Sim. São notáveis os estudos e avanços que nossos irmãos e irmãs cientistas fazem o tempo todo e ao redor do mundo.
Através dos seus estudos a humanidade vai se movimentando, saindo dos primarismos para uma era de conhecimentos mais aprofundados acerca da vida e do Universo, bem como da relação da humanidade para com eles.
E a cada dia recebemos mais informações sobre descobertas feitas através da experiência em laboratórios ou até mesmo da simples observação aliada à lógica.
É bem verdade que a lógica muda sempre, deslocando para patamares mais elevados, o que nos impele a sempre medir, comparar e analisar sem os preconceitos ou dogmas científicos.
Incrível isso: a ciência que tanto combateu os dogmas religiosos agora se funda, em muitos casos, em seus dogmas científicos que a impede de prosseguir com mais rapidez.
Porém a vida é um fluxo e, os ciclos, sua contraparte.
O que diria um homem de 40.000 anos atrás se soubesse o quanto ele evoluiria e o quanto evoluirá!
O neocortex ou "córtex mais recente" é a denominação que recebem todas as áreas mais desenvolvidas do córtex.
Recebe este nome, pois no processo evolutivo é a região do cérebro mais recentemente derivada.
Ele cuida da cognição e está aparelhado para desenvolvermos a consciência, elevando-a aos entendimentos dos planos cósmicos que aguardam nossas conjunções com eles.
Estamos a caminho e, quando assim entendemos, as coisas se modificam e o dia a dia torna-se em eventos necessários que nos indicam que a vigilância e a oração, corolários da evolução consciente, aguardam nossos concursos a nosso próprio bem.
A neurociência caminha bem rápida.
Motivada por descobertas incríveis, sensacionais mesmo.
A Epigenética, a plasticidade neuronal, as ligações do hipocampo com o neocórtex, que possibilitam o necessário controle das emoções, tornam a ciência não só laboratorial, mas igualmente penetra os centros de estudos religiosos e filosóficos, ampliando a capacidade de todos em se tornarem pessoas melhores através de sensatas interacções diárias com o meio ambiente e com seus impulsos internos.
Recentemente uma equipe de pesquisa liderada pelo neurocientista Nenad Sestan, da Universidade de Yale (EUA), reanimou os cérebros de porcos decapitados, com sucesso.
Os pesquisadores utilizaram um sistema de aquecedores, bombas e sangue artificial para restaurar a função parcial dos cérebros de mais de 100 porcos recentemente decapitados.
Exames de electroencefalograma realizados nos cérebros mostraram ondas planas, sugerindo que os porcos foram reanimados em um estado de coma, ou seja, inconscientes.
Biliões de células cerebrais individuais pareciam normais e saudáveis.
Segundo Sestan, este é um resultado “incompreensível” e “inesperado”.
De facto, o inesperado surgiu mostrando e confirmando a velha frase socrática:
“Quanto mais eu sei mais sei que nada sei”.
Isso nos dá uma certeza no futuro.
Não somos apenas uma geração que está vivendo esses avanços, fizemos parte daquele passado longínquo como também faremos parte do futuro extraordinário onde descobertas e apropriações do conhecimento hão de nos ensinar e confirmar que verdadeiramente vivemos um eterno presente sob os auspícios de Deus.
“O neocórtex consiste na matéria avermelhada que circunda a matéria azulada mais profunda do cerebelo.
Os humanos o possuem, em sua actual configuração, há não mais de 1 milhão de anos”, confirmam os neuro-cientistas.
Suas pesquisas com os porcos têm um fim pré-definido de reanimar cérebros humanos em estados de morte cerebral.
Há tempos a ciência tenta uma forma de prolongar nossas vidas por aqui.
O grande problema para eles seria recuperar a consciência.
Sabemos que a consciência é espiritual e não física como ainda insistem alguns pesquisadores.
Porém é uma tentativa. Será que no futuro poderemos entender melhor isso?
O porquê da possibilidade de reanimar cérebros “mortos”?
O Espírito retornaria ao corpo para iniciar novo período como encarnado no próprio corpo aparentemente morto?
Ou seja: desencarnar e reencarnar no próprio veículo físico?
Vejam: “Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia” – William Shakespeare escreveu esta frase famosa no ano de 1600 quando compôs Hamlet.
“Tudo é possível àquele que crê”.
Jesus disse e Marcos anotou no capítulo 8 do seu Evangelho.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Um importante argumento para a reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 19, 2018 11:01 am

por Hugo Alvarenga Novaes

É impressionante como os padres, pastores etc. conseguem esconder de seus seguidores que a reencarnação, indubitavelmente, é uma das leis divinas, a qual se mostra tão clara, tão cristalina, então, por que esta não pode ser vista na Bíblia?
Porque a maioria das religiões acredita em uma só existência, mesmo a palingenesia se mostrando uma realidade bíblica incontestável.
Vejam, leitores, o profeta Malaquias diz:
Ml 3:1: “Eis que eu envio o meu mensageiro, e ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos exércitos.”
Em outra passagem bíblica, o Mestre dos Mestres nos fala:
Mt 11:10: “Este é aquele de quem está escrito:
Eis aí envio eu ante a tua face o meu mensageiro, que há de preparar adiante de ti o teu caminho.”
Nesta e em outras passagens referentes à Bíblia, não é dada a devida atenção ao Sublime Nazareno.
Vejam só: temos o diálogo do Divino Pegureiro com Nicodemos, o doutor da lei dos Judeus; onde o primeiro diz ao segundo “que é preciso nascer de novo” (Jo 3:3 a 7) e nos são dadas desculpas pueris para disfarçar a reencarnação.
Conversando com os discípulos de João Baptista e se referindo a ele, o Cristo disse:
Mt 11:13-14: “Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.”
E continuou:
Mt 11: 15: “Quem tem ouvidos, ouça.”
Ou seja, acredite quem quiser e puder.
(Afinal, muitos não podem, devido à evolução momentânea.
“Vemos isso até nos dias de hoje, imaginem a 2000 anos atrás.”)
Falando aos apóstolos Pedro, Tiago e João no monte Tabor, o Divino Jardineiro aduz:
Mt 17:11-13: “Respondeu ele:
Na verdade, Elias havia de vir e restaurar todas as coisas; digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que quiseram.
Assim também o Filho do homem há de padecer às mãos deles.
Então entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João, o Baptista.”
Aos anti-reencarnacionistas nos aprazeria a elucidação do escrito bíblico abaixo; mas, não adianta, eles escapam com desculpas ingénuas e até ardilosas.
O anjo Gabriel, em colóquio com Zacarias (pai de João Baptista), diz literalmente a este que:
“Lc 1:17: “irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido.”
Ficaria muito mais coerente se fosse escrito assim:
“irá adiante dele no espírito e poder de Deus, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido.”
Ora pois sim!
O Espírito e o poder vêm de Deus, não de Elias.
Dessa forma como está, fica evidente que o espírito do profeta Elias é que irá reencarnar no corpo de João Baptista.
Outra coisa, cumpre-se a antiquíssima profecia de Malaquias que diz:
Ml 4:5-6: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.”
Parece que os reencarnacionistas ganharam novamente!
Mais uma vez, digo e repito:
É como disse o Excelso Pegureiro: “quem tem ouvidos, ouça”.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Cinco-marias

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 19, 2018 8:16 pm

por Eugénia Pickina

A vida demanda paciência
Em nome de vocês...
Que ao homem comum ensinem a glória da rotina e das tarefas de cada dia e de todos os dias.

Walt Whitman

Eu me pergunto sobre a paciência.
Como as outras virtudes, a paciência está ao nosso alcance, mas também exige ser cultivada com vontade e frequência para que se torne um hábito, um traço do próprio carácter.
Ensinar paciência à criança? Obviamente.
Pois quantas coisas no dia a dia se alcançam de imediato?
Igual à generosidade ou à doçura ou à coragem, a paciência se aprende no prelúdio da vida pelo exemplo.
Os pais, em primeiro lugar, necessitam ser pacientes com os filhos, sobretudo quando os pequenos os colocam à prova – na fase da birra, por exemplo, agir razoavelmente com calma, firmeza, procurando ensinar a criança limites e, em consequência, a (útil) experiência da frustração. Em segundo lugar, oferecer no quotidiano da casa exercícios simples que incentivem na criança a capacidade para a paciência, pedindo a ela que espere alguns minutos antes de ter sua solicitação atendida na cozinha, por exemplo:
o copo de suco, o prato de comida, o guardanapo…
Os pais necessitam cumprir suas promessas e, ainda, manejar o tempo de modo franco e inteligente para não criar expectativas erróneas ou exageradas nos filhos.
Ora, se prometemos a uma criança realizar determinada actividade em dez minutos, é fundamental cumprirmos com nossa palavra.
Usar também exemplos concretos para definir prazos – se a criança quer brincar, por exemplo, é conveniente dizer-lhe:
“você pode brincar depois de fazer a tarefa” ou “você pode brincar depois de escovar os dentes” etc.
É importante, ainda, perceber que a lição da paciência não diz respeito apenas a questões de ordem cronológica.
Ensinar a criança a não interromper a conversa das pessoas é sinal de paciência e, ao mesmo tempo, princípio de cidadania.
Do mesmo modo, devemos ser gentis e pacientes, deixando a criança falar e escutando-a atentamente.
Por fim, oferecer às crianças jogos e actividades lúdicas que fomentam a paciência, como os quebra-cabeças, pinturas, desenhos, brincadeiras em contacto com a natureza, sem esquecer as oportunidades culinárias que dão às crianças chances de botarem a mão na massa e, família unida, todo mundo fazer pratos como pãezinhos (sanduíches), quibes e wraps…
Com isso, além da paciência, eles aprendem a provar alimentos com menos preconceito e ganham noções de higiene na hora de brincar cozinhando aprendendo.

Notinhas
A palavra paciência vem do latim patientia, derivada do verbo patior, que quer dizer sofrer.
A paciência é a arte de sofrer.
Não sem razão, explicou São Tomás de Aquino:
“só o amor é causa da paciência” e é nisto que está autenticidade desta virtude.
Aquele grande amor que, com a ajuda do Guardião, nos dá forças para aceitar, no dia a dia, as pequenas e as grandes dores.
Por isso, a paciência é o amor que sabe sofrer.
Aos pais, um lembrete: o exemplo da paciência perante os nossos filhos pede que renunciemos decididamente a utilizar os verbetes típicos do “repertório da impaciência”:
“Você sempre faz isso!”, “de novo, filho!”, “Outra vez?”, “Já estou cansado” etc.
A ira (e a irritação), um sinal de fraqueza, é uma assídua companheira da impaciência.
Não é inútil recordar, então, que a impaciência é essencialmente a incapacidade de sofrer com classe, dignamente.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Vade retro, “coisa-ruim”!...

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 20, 2018 11:06 am

por Jorge Hessen

O Vaticano acaba de abrir as portas para seu curso anual de exorcismo em meio a uma demanda crescente de comunidades católicas ao redor do mundo.
Cerca de 250 padres, vindos de 50 países, chegaram a Roma para, entre outras coisas, aprender a identificar uma "possessão demoníaca", ouvir testemunhos de colegas e conhecer os rituais para a expulsão de “demónios".
Em 2017, o Papa Francisco disse a clérigos que eles "não deveriam hesitar" em encaminhar casos para exorcistas ao notarem "distúrbios espirituais genuínos".
Em 1999, a Igreja Católica fez a primeira grande actualização nas regras sobre exorcismo desde 1614, distinguindo a possessão demoníaca de doenças físicas e psicológicas. [1]
Em geral, o padre pratica o ritual usando uma túnica branca de renda chamada sobrepeliz com uma estola roxa.
A pessoa possuída pode ser atada, e água benta deve ser usada.
O padre faz o sinal da cruz várias vezes em frente à pessoa ao longo do procedimento.
O padre convoca santos, reza e lê trechos da Bíblia nos quais Jesus expulsa demónios de pessoas.
Em nome de Jesus, ele pede ao demónio que se renda a Deus e vá embora, tantas vezes quanto necessário.
“Assim que o padre se convence de que o exorcismo funcionou, ele reza a Deus para que impeça o Espírito maligno de importunar a pessoa afectada novamente, e que, em vez disso, a ‘bondade e paz do nosso Senhor Jesus Cristo’ se apossem dela.” [2]
O jornal Correio Braziliense [3] publicou em 3 de julho de 2014 que o Vaticano reconheceu juridicamente a Associação Internacional de Exorcistas (AIE).
A notícia foi espalhada pelo jornal L'Osservatore Romano, confirmando que a Congregação para o Clero aprovou os estatutos da associação através de um decreto.
O ritual do “exorcismo” foi restaurado pelo papa João Paulo II, “quando a Igreja católica decidiu, depois de quase 400 anos, revisar o texto anterior de 1614, devido às mudanças realizadas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) e aos avanços da ciência no campo da mente. [4]
Será que existem fundamentos coerentes à prática do exorcismo?
Consta que no ritual da Igreja romana tão somente os bispos podem autorizar um sacerdote a fazer “exorcismos”.
Segundo relatos, no esconjuro, os "demos" respondem com mentiras às indagações do “exorcista” sobre a identidade e/ou os motivos da subjugação.
Amparados no bramido beneditino “vade retro, satanás!”, os exorcistas exortam os Espíritos satânicos a saírem do corpo dos possessos, valendo-se igualmente da invocação do nome de Deus, de Cristo e todos os anjos.
Ao fim das extenuantes algazarras e invocações, sempre sob o arrimo da “reza brava”, o resultado poderá aparecer de forma ligeira, sem sustento duradouro.
Os espíritas compreendem que os tais “demónios”, “capetas”, “coisa-ruim”, “lúcifer”, “diabo”, “satanás”, “satã”, “cão”, “demo”, “besta” etc., no senso comum, não são seres votados por Deus à prática do mal, e sim seres humanos desencarnados que se desequilibraram em atitudes infelizes perante a vida.
“Na raiz do problema encontramos a necessidade de considerar os chamados ‘Espíritos das trevas’ [demónios] por irmãos verdadeiros, requisitando compreensão e auxílio, a fim de se remanejarem do desajuste para o reequilíbrio neles mesmos.” [5]
Se o célebre “exorcismo”, aplicado consoante os rituais das igrejas, não funciona, como tratar o processo de subjugação espiritual?
Ora, a maioria dos Centros Espíritas dispõe de trabalhos de desobsessão.
Embora saibamos que a tarefa de tratamento espiritual não é simples, pois muitas vezes obsedado e obsessor comungam um mesmo estado mental, dificultando a identificação de quem é vítima de quem.
Há trabalhos de “desobsessão”, conforme garantem os incautos, que são mais “fortes” e “imediatos”, contudo, infelizmente, nesses estranhíssimos “tratamentos espirituais”, é fixado apenas um imperativo urgente:
o afastamento rápido do obsessor.
Mas será que esse instantâneo banimento espiritual é possível?
Ora, “como rebentar, de um instante para outro, algemas [mentais] seculares forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum?” [6]
Portanto, são inteiramente inúteis as fórmulas e rituais exteriores para “exorcismos”, o que importa é a autoridade moral do doutrinador.
Nesse sentido, a técnica da conversação [doutrinação] com os perseguidores do Além estabelece uma das grandes contribuições do Espiritismo para a melhora das relações entre encarnados e desencarnados.
Em face disso, as reuniões de desobsessão bem orientadas são de grandiosa força revolucionária, por disseminar nas suas sessões o convite amorável do Mestre sobre o amor e o perdão.

Referências bibliográficas:
[1] Disponível em bbc, acessado em 4 de maio de 2018.
[2] Disponível em bbc 1, acessado em 4 de maio de 2018.
[3] Disponível em correio.
[4] Disponível em globo, acesso em 18/07/2014.
[5] XAVIER, Francisco Cândido. Caminhos de Volta, ditado por Espíritos diversos, SP: edição GEEM, 1980.
[6] XAVIER, F. C. Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1970.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty A MORTE DÓI?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 20, 2018 8:08 pm

Quando morre alguém, sentimo-nos todos tomados por um sentimento de perda e dor.
É natural, gostamos da pessoa e desejamos que continue vivendo connosco.
Mas, a morte é a única certeza da vida e está enquadrada nos acontecimentos normais da existência de todo mundo.
A todo instante, partem jovens e velhos, sadios e enfermos...
E muitos perguntam, talvez temerosos do momento em que também enfrentarão a circunstância e acerto de contas com D. Morte: ela dói?
O que ensinam os espíritos a respeito?
Em O Livro dos Espíritos, há um capítulo inteiro sobre o assunto:
é o III, do livro segundo, com o título Retorno da vida corpórea à vida espiritual.
As questões 149 a 165 esclarecem o assunto.
Para não ficarmos em simples transcrição das respostas dadas pelos espíritos, fizemos breve resumo de forma didáctica para melhor entendimento do assunto.
Mas remetemos o leitor à pesquisa directa às questões citadas.
No instante da morte, todo homem retorna ao mundo dos espíritos, pátria de origem;
Uma vez no chamado outro mundo, conserva plenamente sua individualidade;
A separação da alma e do corpo não é dolorosa.
O corpo sofre mais durante a vida que no momento da morte;
A alma se liberta com o rompimento dos laços que a mantinham presa ao corpo;
A sensação que se experimenta no momento em que se reconhece no mundo dos espíritos depende do que fizeram em vida.
Se foram bons, sentirão enorme alegria. Se foram maus, sentirão vergonha;
Normalmente reencontra aqueles que partiram antes, se já não reencarnaram;
A consciência de si mesmo vem aos poucos.
Passa-se algum tempo de perturbação, convalescente, cujo tempo de duração depende da elevação de cada um;
Compreender antes o assunto exerce grande influência sobre o tempo de perturbação, mas o que realmente alivia a perturbação são a prática do bem e a pureza de consciência.
Indicamos ainda ao leitor, estudar o livro O Céu e o Inferno, também de Allan Kardec, onde há diversas descrições do momento da morte e do pós-morte, de espíritos nas mais variadas condições evolutivas.
O livro Depois da Morte, de Léon Denis e Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz/Chico Xavier também trazem muitas explicações sobre o interessante tema.
Há, também, uma série enumerável de livros de mensagens enviadas por desencarnados aos entes queridos que ficaram.
Entre eles, o famoso Jovens no além, de 1975, recebido por Chico Xavier.
O filme Joelma 23º andar, baseado no incêndio ocorrido em São Paulo, mostra bem a questão da continuidade da vida.
Não tema a morte.
Ela faz parte do processo evolutivo.
Viva de maneira prudente, faça o bem que puder e quando soar seu momento, vá sem medo.
Mas nunca a busque ou a precipite.
Tudo tem seu momento na vida e todos temos algo a fazer num tempo programado.
Para aqueles que foram antes, guarde a convicção de breve reencontro e ore pela felicidade deles.
Eles receberão a mensagem de seu coração.

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty O Sofrimento dos Animais e a Espiritualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 21, 2018 12:10 pm

Como é o sofrimento de um animal quando desencarna vitimado de um câncer ou um envenenamento?
R: Quando o animal sofre alguma agressão física ou enfermidade grave, que resulta na perda da vitalidade do corpo e na sua consequente morte, as lembranças do sofrimento dos momentos derradeiros podem influir no tempo necessário para a preparação prévia do Espírito animal reencarnante.
No entanto, o sofrimento e a dor são somente percebidos pelo corpo físico e não pelo Espírito, que não sente dor.
Esta é uma interpretação de nosso sistema nervoso, que pode ser maior para uns e menor para outros e serve de aprendizado ao Espírito que está estagiando no mundo físico.
De qualquer modo, os animais, como Espíritos encarnados, ficam sujeitos às dores porque, assim como nós, aprendem muito com as situações de sofrimento, pois vivemos em um mundo primitivo e a dor ainda é comum.
Eles têm mais contacto com ela do que com as alegrias neste planeta.
Enfermidades como os cânceres ocorrem mais frequentemente provocados por nós mesmos.
A alimentação inadequada, por exemplo, é uma das causas.
Os envenenamentos acidentais são uma prova para eles, que aprenderão com isso.
Os envenenamentos provocados são também aprendizados, mas estas dívidas que acumularemos precisarão ser quitadas com eles posteriormente.
O sofrimento dos animais é mais físico do que moral, pois a sua noção moral ainda é embrionária.
Somente aqueles que já possuem rudimentos de moral (animais superiores como elefantes, golfinhos, alguns macacos e outros) sofrem assim.
Os sofrimentos físicos cessam com a morte do corpo e as lembranças da dor são quase todas apagadas ou amenizadas.
Assim que desencarnam as dores não são mais percebidas.

Eu queria saber por que sofrem tanto os animais?
R: “O corpo é o instrumento da dor e, se não é a sua causa primeira, pelo menos é a causa imediata.
A alma tem a percepção desta dor: essa percepção é o efeito” (Livro dos Espíritos).
Os animais são Espíritos encarnados e estão sujeitos a muitas provas, mesmo que não tenham consciência disso ou nem saibam o porquê de tanto sofrimento, que somente é percebido pelo corpo por acção do sistema nervoso, portanto a dor, apesar de não parecer, é ilusória, porque, caso os meios de sensações do corpo sejam desactivados ela deixa de existir.
Se cirurgicamente retirarmos do cérebro o centro da fome, ela deixa de existir; se retirarmos parte do hipocampo, deixaremos de sentir medo; se aplicarmos anestésicos não há mais dor; se rompermos os nervos que são sensíveis aos estímulos da dor ela deixa de existir também.
Como percebemos, dor e sofrimento são interpretações dadas pelo corpo.
O Espírito não sente dor.
Se existem órgãos sensoriais no corpo é para que percebamos as sensações do mundo físico.
Se há órgãos sensoriais para dor é porque a dor tem alguma importância para o Espírito também e a importância reside no aprendizado de como evitá-la e de fazer evitar a dor aos outros. Exercitaremos a partir do conhecimento da existência da dor e do sofrimento a solidariedade e a compaixão.
O resultado do aprendizado pode não ser imediato, mas surtirá o seu efeito cedo ou tarde.
No entanto, a dor que importa para evolução é aquela que vem da Natureza, “porque vem de Deus” (Livro dos Espíritos), por isso “é necessário distinguir o que é obra de Deus e o que é obra do Homem”.
A dor imposta por um ser humano sobre um animal será cobrada e deverá ser ressarcida quanto antes por aquele que se tornou um devedor em relação àquele a quem fez sofrer.

Não consigo entender o porquê do sofrimento dos animais se eles não têm a consciência de seus actos, como nós, os humanos.
R: No Livro dos Espíritos encontramos:
“Como pode um espírito que em sua origem é simples e ignorante e sem existência, sem conhecimento de causa ser responsável por essa escolha?
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 21, 2018 12:11 pm

Deus supre a inexperiência traçando-lhe o caminho que deve seguir, como o fazes para uma criança desde o berço.
Ele o deixa, pouco a pouco, senhor para escolher, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolva”.
O sofrimento faz parte dos meios de fazer evoluir o Espírito primitivo, que com isso desenvolverá sua consciência.
À medida que os Espíritos, na condição animal por exemplo, expandem sua consciência pela dor, expandem também sua condição de desenvolver sentimentos relacionados ao amor ao próximo, tornando-os aptos a entrar em outra faixa evolutiva da Humanidade.
Na verdade, as condições que determinam o sofrimento diminuem à medida que desenvolvemos a consciência e não ao contrário.
Na condição humana ainda persiste o sofrimento porque não atingimos o nível ideal de consciência e, quando atingirmos este nível, a dor desaparecerá de nosso meio e somente existirá o que for relativo à ausência da dor e do sofrimento.
Sofremos e também os animais porque ainda estamos nos exercitando para desenvolver esta consciência e, posteriormente, a teremos desenvolvido e deixaremos de sofrer.

"O sofrimento, nos animais, é um trabalho de evolução para o princípio de vida que existe neles; adquirem por este modo os primeiros rudimentos de consciência." (Léon Denis)

Qual a consequência para as pessoas que maltratam os animais na Espiritualidade?
R: Vivemos neste mundo ainda primitivo e por isso estamos em um estágio arrasado.
Faz parte do nosso aprendizado o convívio pacífico com nossos companheiros de viagem evolutiva.
Entre estes companheiros estão os animais.
Muitas pessoas, por estarem ainda em aprendizado sobre o convívio com estes companheiros não-humanos, os vêem como seres inferiores e por isso mesmo crêem, equivocadamente, ter direitos sobre eles.
Alguns não sabem ou não acreditam que sentem dor e sofrem.
Outros sabem disso, mas se divertem infringindo-lhes dor.
De acordo com a Lei de Igualdade, os animais são tão importantes para Deus quanto nós.
Não podemos nos colocar acima deles, a ponto de tê-los como objectos de nosso desfrute.
Certamente, aquele que abusa dos animais, maltratando-os e fazendo-os sofrer, terá de acertar suas contas antes de continuar a evoluir.
A Justiça da Terra pode não ser eficaz contra os agressores dos animais, mas a Divina não falha.
Se formos agressores teremos a oportunidade de encontrar situações para nos redimir do mal que lhes fizemos e somente então prosseguiremos com nossa carreira evolutiva.
Não por castigo, pois Deus não castiga ninguém, mas por Misericórdia Divina, que sempre dá oportunidade ao faltoso de expiar seu erro e aprender com ele.

Marcel Benedi

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Alma do Universo

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 21, 2018 7:47 pm

Nem sempre compreendido, interpretado de mil formas por força da cultura e tradições humanas, gradativamente entendido conforme avança a mentalidade humana, Deus, a inteligência suprema do Universo, causa primeira de todas as coisas, pode ser chamado sem receio de a alma do Universo.
Afinal é de sua acção e origem que vivemos, viemos e cá estamos nesse turbilhão de aprendizados.
Antes, numa época de extrema ignorância, foi comparado à mediocridade humana, como se fosse vingativo e possuidor de nossas tolas vaidades e sujeito às nossas intempéries emocionais.
Passou o tempo das danças, tambores e homenagens próprias da infância intelectual, veio o Cristo que nos apresentou o Criador como Pai.
Ele, o enviado de Deus, ensinou as Leis de Amor, provocou mudanças na história, alterando o calendário em antes e depois Dele, e trouxe mudança de trajectos na evolução humana.
Mais tarde, com a mentalidade humana começando a despertar, começamos a compreender as Leis que nos regem a vida, sabendo-nos responsáveis por nossas acções e que não existe castigo, nem um ser infernal a nos “cutucar” indefinidamente, mas simplesmente consequências de nossas acções.
Tornamo-nos mais conscientes e responsáveis. Agora sabemos.
Deus não poderia criar seres para que fossem odiosos e repulsivos.
Suas leis são imutáveis e eternas, repletas de amor, justiça e misericórdia.
Isso nos faz entender os extremos humanos, as diferenças gritantes que vemos e vivemos em todos os sentidos.
Assim como crianças se deliciam com brinquedos, muitos de nós jogamos com essas leis – como se pudessem enganar e fazer trocas com a Inteligência suprema do Universo –, depois reclamam e se revoltam das colheitas que antes foram semeadas.
São as consequências. Basta pensarmos no sentido de justiça.
Agir bem gera o bem, agir mal gera o mal.
Não deixemos de ter piedade de verdugos e vítimas.
Os primeiros, porque se preparam para grandes aflições no futuro, e os segundos porque foram maus semeadores no passado e agora colhem o que plantaram.
Isso é apenas consequência, nunca castigo.
Como pensar em castigo de um Pai de misericórdia e bondade, justiça e amor incomparáveis?
Deus está muito acima de nossas misérias e torpezas.
Deus é a alma do Universo e não um vigia de nossas criancices.
Por isso concluo a abordagem com o parágrafo final de texto da notável Amália Domingo Soler, em quem me baseei para elaboração desses parágrafos:
“Adoro a Deus na Natureza, mas não tremo ante sua cólera, nem confio em sua clemência.
Deus é justo, é imutável, é eterno, é superior a todas as piedades e a todas as compaixões.
Não necessita ser clemente porque é justo, pois suas leis de amor têm que cumprir-se e quando se cumpre a lei de Deus, não terá ocaso o dia de felicidade universal”.
Que expressão feliz de Amália:
Deus é a alma do Universo! Obrigado, meu Deus!
Por sua grandeza, pela presença no Universo, dentro de nós, em tudo que nos rodeia.

ORSON PETER CARRARARA

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty A evolução da Psicologia Clássica para a Psicologia Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 22, 2018 9:17 am

por Wagner Ideali

“Cristo é o homem interior ao qual se chega pelo caminho do auto-conhecimento.” - Carl Jung.

O Brasil é um país, como no dizer de Haroldo Dias, que já poderíamos chamá-lo de Pátria do Evangelho, pela grande variedade de religiões aqui existentes.
Com certeza, não podemos ainda chamá-lo de coração do mundo, pois envolve aspectos económicos e políticos.
Dentro de todas essas doutrinas e religiões nós temos o Espiritismo, iniciado na França e vindo para cá no começo do Século XX.
Dentro do Espiritismo nós temos vários vultos, pessoas que dedicaram suas vidas para a propagação dessa doutrina redentora, com seus conhecimentos e muitos desses vultos também com seus exemplos.
Podemos citar alguns nomes como: Cairbar Schutel, Yvonne Pereira, Francisco Cândido Xavier, Dr. Bezerra, Anália Franco, Batuíra, Auta de Souza, Eurípedes Barsanulfo, Inácio Bittencourt, João Nunes Maia e tantos outros, que não seria possível transcrever todos os nomes aqui.
Gostaríamos nesse momento de falar de um que no ano de 2018 está passando para noventa e um anos de vida, e continua trabalhando na propagação e no desenvolvimento mais profundo da Doutrina Espírita.
Estamos falando de Divaldo Franco, que tem seu aniversário no dia 5 de maio.
Esse trabalho magnífico que Divaldo tem realizado em toda a sua vida tem a participação directa e indirecta de sua mentora Joanna de Ângelis, bem como de outros companheiros que o têm acompanhado nessa jornada, entre eles o “Tio Nilson”, que já passou para o outro lado da vida.
Foi necessário todo esse trabalho complexo, profundo, e de dedicação sem precedentes de ajuda ao próximo para que Joanna pudesse, após dezenas de anos de trabalho exaustivo na espiritualidade maior, transmitir para Divaldo, através da psicografia, uma visão transcendental da Psicologia, que foi chamada carinhosamente de Psicologia Espírita.
Até a chegada dos trabalhos de Joanna, o que tínhamos e quem mais aproximava a Psicologia aos contextos espirituais eram as obras de Jung.
Mas mesmo com todo desprendimento de Jung para construir um estudo que pudesse transcender ao mundo físico, ele precisou ficar, de uma certa forma, preso aos processos da ciência clássica, não podendo transcender o ser do seu aspecto material para o espiritual sem criar problemas com a comunidade científica.
Ele criou a Psicologia Analítica num esforço sobrenatural para transpor as barreiras do convencional e partiu para uma análise mais profunda do ser.
Até mesmo ocorreram conflitos entre ele e Freud, pois o mestre da Psicanálise não conseguia na época entender ou perceber a grandeza da obra de seu pupilo.
Foram necessárias dezenas e dezenas de anos para juntar o trabalho do mestre Jung com o outro grande mestre, Kardec, e aparecerem respostas mais lógicas e palpáveis que explicam o ser na sua profundidade física e espiritual.
E quem realizou essa tarefa de gigante foi Joanna de Ângelis.
Hoje não podemos mais ver o ser humano apenas no seu aspecto material, pois sabemos que as respostas científicas materialistas não explicam com bases lógicas o tríplice aspecto do ser pensante:
corpo material, corpo astral e espírito.
Somente com o advento de Kardec passamos a entender os fenómenos mediúnicos, as premonições, dupla vista, dentre outras características humanas, vistas até então como coisas “sobrenaturais”, mas que não são mais do que profundos desdobramentos do corpo Astral (perispírito), amplamente estudado pelo Espiritismo, e nos oferecendo uma visão lógica e profunda dessa vida e de outra.
Quando Joanna aparece com seu estudo juntando Kardec e Jung, uma nova revolução acontece, mostrando, com mais profundidade, o Espiritismo, suas relações entre essa e a outra vida e o que ocorre dentro do Espírito imortal, do ser pensante na sua caminhada para a perfeição.
O que acontece com as suas conquistas armazenadas no profundo do ser, sejam elas positivas ou não.
Hoje sabemos que vivemos num mar de ondas, pensamento é vida, somos energia que se transforma para o bem, na medida que buscamos as atitudes e pensamentos equilibrados ou energias desequilibradas, quando caímos no desânimo ou atitudes antiéticas e sem valor humano adequado.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 22, 2018 9:17 am

Divaldo Franco, por meio de Joanna, proporcionou a todos nós um aprofundamento maior do entendimento de Kardec.
Numa obra que até agora é composta de 17 livros, ela trabalhou profundamente a psique humana dos primórdios do ser até os nossos dias.
Enfim, agora entendemos melhor e de forma mais lógica as perturbações, obsessões, o equilíbrio, mediunidade, as transmissões da telepatia e, por fim, a nossa evolução.
Agora, quando lemos nosso Mestre Maior Jesus nos convidando a amar, perdoar, nos conhecermos, entre outros ensinamentos, verificamos que com Kardec tudo ficou mais claro e lógico.
Com a abordagem de Joanna nesse estudo da Psicologia Espírita, ficam mais claras as relações dos desequilíbrios, doenças, conflitos interiores, nossas atitudes egoicas, entre outros problemas, mas também as nossas conquistas, e o que elas afectam positivamente dentro do nosso ser espiritual.
Agora podemos ver que existe em nós uma estrutura psicológica complexa e profunda que é a consciência regida pelo EGO, inconsciente individual que se desenvolve a cada nova encarnação e, por fim, o inconsciente profundo, regido pelo SELF, que Jung chamava de inconsciente colectivo.
Dentro desse inconsciente profundo, temos os nossos arquétipos (modelos), que são conquistas obtidas em nossas encarnações passadas, que usamos como referências em nossas vidas para as tomadas de atitudes e acções.
Dentro desse inconsciente profundo estão as nossas sombras, entre tantos outros segmentos da nossa pisque que esse pequeno artigo não pode abraçar.
A relação EGO-SELF (consciência e inconsciente) e a busca do processo de individuação torna-se primordial para o nosso despertar e, portanto, para nossa evolução.
Assim, o amor de Jesus, a racionalidade de Kardec e a profundidade analítica de Joanna nos permitem ir mais a fundo em nós, permitindo a busca da serenidade para, enfim um dia, chegar a um indivíduo Integral.
Que Jesus continue nos abençoando hoje e sempre.

Bibliografia:
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
O Livro dos Médiuns– Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
O Homem Integral – Joanna de Ângelis.
Reflectindo a Alma - Joanna de Ângelis.
O Ser Consciente - Joanna de Ângelis.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Jesus Cristo não nos salvou com sua morte, mas com sua vida

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 22, 2018 7:32 pm

por José Reis Chaves

A doutrina de que a morte de Jesus na cruz nos salva é insustentável.
Sua origem se deve a dois factos.
O primeiro foi a grande emoção de tristeza que ela causou entre os primeiros cristãos.
O segundo fato foi a crença judaica errada de que Deus se deleita com sacrifícios e que acabou sendo aceita por eles, o que não é surpreendente, pois eles eram também judeus.
Aliás, o próprio Jesus era judeu, embora Ele tenha sido o maior herege do Judaísmo.
Infelizmente, essa crença nos sacrifícios agradáveis a Deus se tornou uma das principais do cristianismo.
Mas o próprio Jesus disse:
“É a misericórdia que quero e não holocaustos”
(Mateus 9: 13).

A missão do Nazareno foi de nos trazer e propagar a mensagem divina de amor a Deus e amor recíproco entre todos os seres humanos.
E é a vivência dessa doutrina que nos abre a porta de entrada para o reino de Deus e a salvação.
Mas que reino de Deus é esse?
É a nossa felicidade plena que está em nós mesmos.
“...o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17: 21).
Entre nós, porque esse reino é de amor incondicional e irrestrito entre todas as pessoas, até entre os inimigos.
E somente entre as pessoas, em que esse amor recíproco for mesmo verdadeiro, é que o reino de Deus se torna também presente entre elas.
Sim, pois, de facto, somente esse reino nos traz realmente a verdadeira felicidade, seja aqui no mundo físico, seja na dimensão espiritual.
Um exemplo desse reino de Deus entre nós é aquela paz dada por Jesus (João 14: 27).
Mas é claro que devemos estar dispostos a recebê-la.
E a porta aberta para recebimento dela por nós é a prática do Evangelho do excelso Mestre.
Não é que esteja errado falarmos que nós entramos no reino de Deus ou dos céus.
Mas, pensando bem, é o reino de Deus que entra em nós e fica em nós onde nós estivermos no decorrer das eternidades, estejamos no mundo físico ou no dos Espíritos.
Para que se realize esse reino de Deus em nós e a nossa consequente salvação ou libertação, é necessária a reencarnação.
E eis um dos vários exemplos bíblicos dela:
Disse Jesus a Nicodemos que é necessário nascer de novo da água (hoje, líquido amniótico) e do espírito.
Nicodemos não entendeu bem o assunto, ou fingiu que não o entendeu, pois ele queria saber mais de Jesus sobre o assunto.
Então, Jesus deu outra explicação mais clara:
Quem não nascer de novo da ‘carne’ e do espírito não consegue chegar ao reino dos céus (João 3: 3).
Ora, nascer de novo da ‘carne’ é o indivíduo nascer de novo de seus pais.
E tanto é verdade que se trata da reencarnação, que os tradutores actuais da Bíblia, para ocultarem a ideia da reencarnação, em vez de traduzirem o termo grego “anothen” por ‘de novo’ como foi durante 2.000 anos, passaram a traduzi-lo por ‘do alto’, que é também o significado de “anothen”.
Mas será que os tradutores que fizeram a tradução de “anothen” por de ‘novo’, durante os 2.000 anos, estavam errados, ou os tradutores actuais estão realmente tentando esconder a ideia da reencarnação?
A reencarnação é que, realmente, nos dá a condição de evoluir até atingirmos o nível do reino de Deus da vida de Jesus e, por consequência, a nossa salvação!
É, pois, a imitação da vida exemplar de Jesus que nos salva e não o pecado mortal de seu assassinato humilhante e vergonhoso na cruz!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 9 Empty Determinismo

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 23, 2018 9:35 am

por Nilton Moreira

Antes da concepção, enquanto estamos no estado de erraticidade, isto é, vivendo no mundo espiritual, o Espírito que somos enquanto aguarda o momento de voltar ao plano físico, o que acontece a partir do nascimento de uma criança, pois que através da união sexual é preparado o corpo material, onde são combinadas as características do homem e da mulher, cuja actividade não é responsável pela elaboração do Espírito que virá habitar no referido corpo, somos convidados a planear nossa nova vida aqui na Terra, isto com a ajuda dos benfeitores elevados, muito bem explicado no filme e livro Nosso Lar.

Escolhemos, por exemplo, o local onde nasceremos.

Cidade, família, tudo no sentido de possibilitar que resgatemos ou proporcionemos que outrem resgate as dívidas para connosco contraídas em vidas anteriores.

Nisso reside a Justiça Divina, e se completa a máxima muito usada, “o que aqui se faz aqui se paga”.

Por outro lado, não são verdadeiras as afirmativas “eu não pedi para nascer” ou “nasci na família errada”, pois tudo é devidamente preparado para que cheguemos ao mundo com condições de colocar em prática o que nos comprometemos lá no plano espiritual, usando para tanto de nosso livre-arbítrio, que nos oportuniza seguir o caminho certo ou errado.

Mas acima de tudo temos de considerar que existe algo muito importante que é o determinismo, situação pela qual não podemos fugir de realizar e que portando está acima do livre-arbítrio.

O determinismo também é algo planeado por nós antes do nascer, e em algum momento da vida na Terra nos depararemos com ele e teremos de cumprir.

A característica marcante no determinismo é que sempre será algo de bom, não vindo, portanto, em nosso prejuízo, ao contrário, por exemplo, de resgates, provações, missões, expiações, ele é algo que de maneira geral traz benesse, e se soubermos aproveitar, alavancará nosso progresso nesta reencarnação.
Pode muitas vezes a princípio nos parecer algo estranho ou ruim, mas, em verdade, logo ali veremos que não o é.

Portanto, o viver não é tão simples como parece, e precisamos estar atentos ao que nos acontece para que possamos tomar decisões sensatas e aproveitar o máximo do determinismo que se apresenta, para que a partir dele sigamos caminhos salutares que possam ensejar uma evolução na trajectória de nossa vida.

O determinismo pode estar numa profissão que nos chega, numa companhia para convivermos ou em outros acontecimentos marcantes.

Estejamos alerta e confiemos sempre nos desígnios do Criador.

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