LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Definir o Amor

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 19, 2011 9:03 am

Definir o amor é limitá-lo, encarcerá-lo numa redoma de palavras incompletas.

O que é o amor?
Esta pergunta foi feita para um grupo de crianças de 4 a 9 anos, durante uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia.

E ninguém melhor do que uma criança, e a pureza de seu coração, para tentar explicar o que é o amor...

“O amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere os sentimentos da pessoa.”
Mathew, 6 anos.

“Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos dos pés.
Meu avô, desde então, pinta as unhas para ela, mesmo quando ele tem artrite.”
Rebecca, 8 anos.

“Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo se conhecendo há muito tempo.”
Tommy, 6 anos.

“Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente.”
Billy, 4 anos.

“Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela.”
Chrissy, 6 anos.

“Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai, e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele.”
Danny, 6 anos.

“Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo, e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso.
Aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda!”
Samantha, 7 anos.

“Há dois tipos de amor:
o nosso e o amor de Deus.
Mas o amor de Deus junta os dois.”
Jenny, 4 anos.

“Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford!”
Chris, 8 anos

“Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na plateia me acenando e sorrindo.
Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo.”
Cindy, 8 anos.

“Quando você ama alguém, seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você!”
Karen, 7 anos.

Temos muito que aprender com as crianças, sim.
E muito mais a aprender com o amor, e sobre ele.
Pequenos gestos, grandes sacrifícios anónimos, olhares, sorrisos – tudo faz parte deste universo sem fim chamado amor...

O amor é um sentimento, mas também um estado de espírito.
Ele é uma busca, mas também é o caminho a seguir.
Ele é um objectivo, porém também o meio mais sublime de se alcançar.

O amor é alimento, consolo, passado e futuro.
É presente no tempo e no gesto de se dar.
É a maior descoberta da vida.
É a maior bênção da vida.

E se a fé poderá mover montanhas inteiras, o amor então terá o poder de construir cordilheiras...

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Defesa Contra Obsessão

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 19, 2011 9:05 am

Doía ver o irmão Maurício Tessi, prostrado, na crise aguda de artrite reumatóide.
Orava, sofria, esperava.
A dor espraiava-se de um dos joelhos intumescido, assaltando o corpo.

Acompanhando-lhe a mãezinha desencarnada, Dona Etelvina, que nos fora devotada amiga na Terra, partilhávamos a oração, enquanto a equipe de enfermeiros espirituais actuava com recursos curativos do nosso plano de acção.

Finda a tarefa de auxílio, ergueu-se a velha amiga e perguntou, respeitosamente, ao dirigente da turma:
– Meu amigo, posso, na condição de mãe, saber por que motivo tanto demora a definitiva recuperação de meu filho?

O interpelado disse apenas:
– Sem dúvida.
Aqui está o registo das reacções dele nos dias últimos...

E com a exactidão de um técnico, no sector de trabalho que lhe é próprio, sacou da pasta pequena folha de papel em que nos foi possível, de imediato, ler as seguintes indicações, simples e expressivas, que se interrompiam justamente no dia de nossa presença, no quarto humilde:

MAURÍCIO TESSI
36 anos no corpo físico.
DOENÇA – Providencial.
FASE – Experimentação.
MÉRITO INDIVIDUAL POR SERVIÇO À COMUNIDADE, ATÉ OS PRIMEIROS SINTOMAS DA MOLÉSTIA – Nenhum.
MOTIVO – Defesa contra obsessão e loucura.
AUXÍLIO A RECEBER – Socorro em bases de magnetismo curativo, somente para a sustentação de forças orgânicas e alívio controlado, até a melhora espiritual positiva.

HISTÓRICO – Os amigos e benfeitores do interessado, residentes nas Esferas Superiores, depois de lhe endossarem a presente reencarnação, observaram-lhe a tendência para estragar, de modo completo, a oportunidade recebida.
Preocupados, solicitaram seja ele mantido em condições enfermiças, conforme os remanescentes das dívidas cármicas que ainda carrega no extracto corpóreo.
Assim agiram para evitar-lhe a indesejável associação com Espíritos infelizes, procedentes de suas existências passadas, caídos, desde muito tempo, em processos de vampirização e criminalidade, com os quais o beneficiário vinha, a pouco e pouco, se acomodando.

ANOTAÇÕES DE 4 A 28 DE JANEIRO DE 1967
DATAS DE OBSERVAÇÃO - ESTADO FÍSICO CONDIÇÕES ESPIRITUAIS
4 Crise Fé, oração, humildade.
5 Melhora Tranquilidade, teimosia.
6 Grande melhora Agressividade, pensamentos escusas. Obsessores perto.
7 Crise Obediência, conformação, gentileza.
8 Crise aguda Elevação moral, prece.
9 Crise aguda Nobres promessas de serviço ao próximo, altura mental.
10 Melhor Bom humor, rebeldia.
11 Grande melhora Intolerância, ideias menos dignas, obsessores atraídos.
12 Grande melhora Desequilíbrio, obsessores no aposento.
13 Crise Serenidade
14 Crise agravada Emoções superiores
15 Crise aguda Fé comovente, simpatia, generosidade.
16 Melhora Calma, irritação.
17 Grande melhora Pensamentos inconfessáveis, obsessores próximos.
18 Grande melhora Obsessores dominando.
19 Crise Obsessores repelidos.
20 Crise aguda Confiança em Deus.
21 Crise aguda Votos de trabalho santificante, planos de caridade.
22 Melhora Marasmo, azedume.
23 Grande melhora Ideias lastimáveis, obsessores interessados.
24 Grande melhora Obsessores na aura, caos interior.
25 Crise Brandura, confiança.
26 Crise aguda Afabilidade, benevolência.
27 Crise aguda Doçura, lucidez, piedade para com os outros.
28 Crise aguda Formosa renovação íntima. Raios de luz em momentos de prece.

A irmã Etelvina restituiu a folha de notas, entre serena e triste, agradecendo ao prestimoso cooperador:
– Obrigada, amigo. Maurício é meu filho.
Antes, contudo, tanto ele e eu, quanto vós, somos filhos de Deus.
E a Lei do Senhor foi criada para o bem de nós todos.

Em seguida, nosso grupo dispersou-se, mas permaneci longo tempo, junto ao enfermo, tentando meditar em minhas próprias necessidades e aproveitar a lição.

Irmão X

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Decisão de Ser Feliz

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 19, 2011 9:06 am

Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.
É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.

Se as pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te desconsoles, e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.
És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo,e depois dele, como resultado dos teus actos...

Gerar simpatia, produzindo estímulos optimistas para ti mesmo, representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.
É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas.

No entanto, se não te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.
Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives.

É natural, portanto, que te plenificando, brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.
Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta, alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.

Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.
Maomé sofreu perseguições e permaneceu indómito até lograr sua meta.

Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não-violência e da liberdade para o seu povo.
E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.

Todos quantos anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo, estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.
Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao sofrimento,às lutas, às dificuldades que aparecem.

Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido.
Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.

Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.
A vida é bênção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.

Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.

Joana de Ângelis

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Desperdício

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2011 8:55 pm

O homem é habitualmente cheio de desejos, projectos e sonhos.
Na busca da felicidade, sempre parece lhe faltar algo.

Pode ser dinheiro, raramente considerado suficiente.
Ou uma relação amorosa, cuja ausência causa amargor.
Por vezes a própria aparência física não satisfaz e isso gera desconforto.

Ordinariamente, sempre há alguma coisa em falta, no balanço do viver humano.
Não há nada de errado em ter desejos e sonhos.

O problema reside em não valorizar o que se tem e em achar que a plenitude reside no que falta.
A Espiritualidade Superior ensina que a existência terrena assemelha-se a um curso de aperfeiçoamento.

As condições de vida de cada um guardam relação com suas necessidades de aprendizado.
Enquanto a lição não for assimilada, ela continuará a ser repetida.
Assim, importa não desperdiçar os tesouros que batem à porta.

Por vezes, eles chegam em embalagens pouco atraentes.
Mas sempre representam uma oportunidade de aprendizado e libertação.
O familiar carente e enfermo é uma dádiva na vida de quem necessita aprender a ser abnegado.

O colega difícil afigura-se uma bênção para o carente de tolerância
As dificuldades financeiras trazem a preciosa lição da frugalidade.
Situações de desvalimento propiciam o aprendizado da humildade.

A ausência de um afeto profundo traz o ensinamento da continência e da sublimação.
A saúde frágil chama a atenção para a transitoriedade da vida humana e para a importância de se espiritualizar.

As experiências dolorosas em geral convidam a desenvolver empatia por quem sofre.
A desencarnação de um familiar ou amigo funciona como um convite para estender os laços da fraternidade.

Em tudo, há um aprendizado a ser feito.
A natureza da lição que se apresenta revela em quê reside a carência espiritual.
É no embate de cada dia que as lições de que se necessita lentamente chegam.

Importa não desperdiçá-las, enquanto se sonha com o impossível.
É bom sonhar, planear e buscar, mas sem angústia.
Os sonhos precisam ser embalados pela confiança na Providência Divina.

O homem é livre para querer, apenas não deve se amargurar pelo que demora ou não se concretiza.
No contexto de uma vida terrestre, há sonhos que não podem se tornar realidade.
Ocorre que a experiência terrena, por longa que se afigure, sempre chega ao fim.

Então, será feito um balanço das bênçãos recebidas e de sua utilização, a benefício da própria paz.
Mais feliz será quem mais tiver aprendido com o que lhe coube viver no mundo.

Já aquele que desperdiçou suas oportunidades terá de repeti-las.

Pense nisso.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Decepção

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2011 8:56 pm

A decepção com alguém é fruto da incompreensão de nossa parte.

Todos somos falíveis, enquanto não atingimos a perfeição absoluta.

A decepção pode perturbar-nos a marcha ascensional, quando nos permitimos esmorecer pelo desapontamento que alguém nos causa.

Por isto, devemos escorar-nos única e tão somente em Jesus Cristo que nunca nos decepcionará!

Aprendamos a não exigir dos outros aquilo que nós mesmos não lhe damos.

Prossigamos, imperturbáveis, na tarefa do bem, conscientes de que todas as experiências são importantes para o espírito em aprendizado.

Não nos deixemos contagiar pelo desânimo.

Os nossos companheiros de jornada são espíritos tão necessitados quanto nós mesmos, com limitações, que lutam, anonimamente, para superá-las.

Porque se decepcionam com os outros e se retraem, muitos perdem valiosas oportunidades na encarnação.

Esforcemo-nos, pois, para não nos decepcionarmos com ninguém, mas nos esforcemos de forma redobrada para não decepcionarmos a quem quer que seja.

Não permitamos que as pessoas alimentem ilusões a nosso respeito, no entanto não idolatremos criaturas tão falíveis quanto nós mesmos, colocando-lhes nos ombros uma carga superior às próprias forças.

Irmão José

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Eles Virão

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2011 8:57 pm

Nos momentos difíceis, detém-te nos afectos inolvidáveis que te precederam na viagem da grande liberação!...
Tê-los-ás presentes, ao recordar-lhes os exemplos de bondade e valor com que superaram as horas de tentação e de sacrifício.

Reencontrarás, sem dificuldade, o ponto de ligação com eles, em algum recanto aparentemente esquecido da memória, no qual ainda vibram as notas do teu cântico de alegria e de gratidão, diante de algum gesto de humanidade e devotamento com que te encorajaram a lealdade e a esperança!...

Lembra-te deles, mas sempre que possível, não lhes peças auxilio para a obtenção de facilidades humanas que não tiveram.

Rearticula-lhes a imagem no pensamento, tal qual os viste, sob a carga das obrigações em que se enobreceram nos testemunhos de fidelidade e trabalho.

Em seguida, roga-lhes inspiração e socorro para que te não falhem as energias no trato com os deveres que a vida te deu a executar.

Solicita-lhes a presença animadora.

Eles virão ao teu encontro e te falarão sem palavras articuladas da ventura que se derrama da consciência tranquila, fortalecendo-te o ânimo sem te furtarem o lugar no banco das provas.

Não te arrebatarão os pés ao espinho da urze, por saberem que o homem não faz lume na própria alma, sem o vaso da experiência, mas estender-te-ão os braços invisíveis, a te sustentarem as forças, na travessia da vereda escabrosa.

A pouco e pouco, pelo sem-fio do pensamento, te ensinarão que apenas constroem para o bem, Aqueles que se dispõem a obedecer e te farão sentir que tudo de bom nas sendas da Terra vem dos que se rendem à disciplina, para que a vida se faça melhor.

Nos instantes de desalento, sobretudo, chama por eles, os amigos cujos olhos físicos a morte selou para abri-los ao sol do Mundo Espiritual e eles virão, por mensageiros de luz, não somente a fim de renovar-te o coração dolorido, mas também para explicar-te que ninguém compra a verdadeira felicidade sem a moeda do amor, lastreada pela riqueza do sofrimento.

Emmanuel

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Eles Morreram e Voltaram

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2011 8:57 pm

Dannion Brinkley já morreu duas vezes.
Não! Não é ficção.
Ele teve duas experiências de quase morte (EQM) e relata o que viu e sentiu do "lado de lá".

Foi pesquisado pelo Dr. Raymond Moody Jr - uma sumidade mundial no que respeita a este tema - e hoje é seu assistente.
Também Divaldo Pereira Franco, orador espírita mundialmente respeitado e conhecido, teve um caso de morte aparente.
Aqui ficam os relatos.

Dannion Brinkley, um homem de negócios de Charleston, EUA, tinha 25 anos quando em 17 de Setembro de 1975, estando em casa com a família, quando telefonava, foi atingido por um raio, fruto de forte tempestade.

"Era como se um comboio de carga a alta velocidade, rugindo através da janela, tivesse chocado comigo, no lado esquerdo do meu pescoço..."
A dor era insuportável, sentiu como se o seu corpo inteiro estivesse em fogo.
Nesses momentos terríveis algo aconteceu.

"Lembro-me que estava numa área cinza-azulada calma e tranquila, tépida e nebulosa.
Era como se tudo estivesse bem.
Podia mover-me, tinha liberdade, vi um túnel com uma luz vinda do seu interior e comecei a mover-me através dele...

Encontrei um ser luminoso e toda a minha vida passou diante de mim, como que um filme.
Cada pensamento, sentimento, eu vi-os.
Não existem segredos, você vê tudo...

Estive numa cidade desconhecida, feita de luz....
Encontrei-me com 12 seres luminosos que me sugeriam acções para quando voltasse...
De repente, vi-me no hospital, flutuando sobre o corpo que estava a ser observado pelos médicos.

Taparam-no (o corpo) com um lençol, disseram "não vale a pena" e levaram-no para um hall...
Quando o pessoal auxiliar ia levar a maca para a morgue, voltei para o corpo, logo imediatamente abaixo do lençol.
Não podia falar, mas, consegui soprar.

Viram o lençol mexer, chamaram os médicos de novo e reanimaram-me."

Esteve cerca de 29 minutos neste estado e levou dois anos a recuperar-se totalmente.

Isto mudou a minha vida em 100%

Em 1989 teve um grave problema cardíaco.
Foi anestesiado e operado ao coração.
De repente vê-se a flutuar sobre o corpo, vê o médico a abri-lo, a tirar o coração e a implantar uma válvula.

"É uma visão muito estranha ver o seu próprio corpo aberto."

Nesse estado, relata Brinkley, voltou tudo a passar-se como da primeira vez, com a diferença de que agora a "tela da sua vida" (tipo filme) tinha mais 15 anos (o tempo que decorrera da primeira EQM até então).

Continua...
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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2011 8:58 pm

Continua...

Dannion Brinkley actual assistente do Dr. Raymond Moody Jr acompanhou cerca de 250 casos de experiências de quase morte (EQM) e pesquisou mais de 3.000 casos.
Afirma que tais situações por que passou eliminam totalmente o medo da morte, tamanha é a certeza da imortalidade do ser humano.

Dá agora mais valor às pequenas coisas, para ele, um simples gesto de gentileza tem muito mais valor do que muitas coisas que valorizamos em geral e conclui:
"O Amor é a coisa mais importante do mundo, a minha vida modificou-se 100%".

Em entrevista concedida à "Revista de Espiritismo", Divaldo Franco - orador espírita, médium, fundador (aos 20 anos de idade) de uma instituição que recolhe meninos da rua e por onde já passaram mais de 40.000 crianças que actualmente são adultos perfeitamente inseridos na sociedade brasileira, Doutor Honoris Causa pelo Faculdade do Quebec-Canadá entre outros do seu vastíssimo currículum - afirma:
"Essas mortes aparentes sempre ocorreram, principalmente no passado quando os estados catalépticos eram dificilmente diagnosticados.
A técnica de diagnóstico da morte era muito empírica, normalmente através da respiração e dos batimentos cardíacos.

Hoje, graças ao electroencefalógrafo, pode-se detectar com maior profundidade o momento da paragem cardíaca definitiva e da morte real.
No entanto, mesmo nesses casos, estudados por Edith Fiore, Elizabeth Kubler-Ross ou Raymond Moody Jr, há sempre o retorno à actividade do coração e consequentemente do cérebro, oferecendo evidências de que no momento da aparente morte da consciência, o ser consciente continua pensando.

É dentre as muitas evidências da sobrevivência da alma uma das mais fascinantes, mesmo porque as experiências do Dr Moody Jr, psiquiatra e filósofo, que vem estudando o assunto há mais de 25 anos, ofereceram documentação valiosíssima, variadíssima, toda calcada na imortalidade da alma."

O caso Divaldo Franco

Perguntámos se tinha alguma experiência deste género, ao que Divaldo Franco respondeu:
"No ano de 1985 tive uma lipotímia.
Estava a proferir uma conferência, na nossa associação espírita, em Salvador (Brasil), quando um espírito muito amigo disse-me para sair dali porque ia desmaiar e era provável que morresse.
Pareceu-me anedótico.

Terminei a palestra e dirigi-me a uma das nossas salas, na nossa sede.
No momento em que me acercava de um divâ, tive uma estranha sensação de paragem cardíaca, a princípio a lipotímia e depois a paragem cardíaca, e senti-me fora do corpo.
Então, um filho médico, a nossa enfermeira universitária e mais dois médicos que estavam presentes na reunião, acorreram para darem-me assistência.

Curiosamente, eu sentia um grande bem-estar.
Vi-me fora do corpo e recordei-me de uma afirmação do meu guia espiritual -
Joanna de Ângelis - de que no dia em que eu perdesse a consciência e a visse, havia acontecido o fenómeno biológico da morte.
Eu olhei à minha volta e não a vi.

Vi então a minha mãe (já falecida) que se aproximou de mim.
Perguntei-lhe:
"Mãe, eu já morri?" e ela disse-me:
"Ainda não".

Dentro de alguns minutos eu comecei a preocupar-me, pois se passasse muito tempo poderia a ter morte cerebral e ficar apenas em vida vegetativa.
Mas, minha mãe voltou e disse-me:
"Seus amigos espirituais dão-te uma moratória, tu viverás um pouco mais."

E eu perguntei-lhe:
"Quanto tempo?"
Ela respondeu-me:
"Não sei".

Então voltei ao corpo e recuperei a consciência no corpo físico."

Estas experiências de quase morte, exaustivamente estudadas pelo mundo académico, são mais uma achega ao vasto rol de evidências da imortalidade do espírito, afirmada pelo espiritismo há cerca de 140 anos.

O livro "Vida depois da Vida" do Dr. Raymond Moody Jr. (psiquiatra e filósofo de educação religiosa presbiteriana) é de leitura obrigatória, sendo já um ponto de referência sem igual no mundo científico.

Uma pesquisa séria e impressionante do fenómeno da sobrevivência à morte física, desta feita editada pela editora Caravela e à venda em qualquer livraria do mundo.

José Lucas

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty A Indiferença

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2011 10:59 pm

É comum associar-se o ódio como o antagonismo do amor.
Quando falta o amor, gera-se o ódio, afirmam alguns.
Vincula-se um com o outro como se um fosse o oposto do outro.

Na verdade, o ódio é apenas o sentimento do amor que adoeceu, o amor que foi envenenado pelo ciúme, pela inveja, ou pelo orgulho...

Porém, jamais será o oposto ou o antónimo do amor.
Sente-se ódio por alguém que se identifica com a traição, a mentira, o engodo...
Mas esse ódio nasceu de um sentimento mais nobre, do amor que antes havia, e que agora adoeceu.

Porém, o oposto do sentimento do amor mostra-se de maneira mais vil, mais intensa e muitas vezes vive em nossa intimidade sem nos darmos conta: é a indiferença.

Se amamos ou odiamos, sempre estaremos preocupados com aquele que é o objecto do nosso sentimento.

Se nos vinculamos pelo amor, estaremos vibrando pelo melhor para o ser amado.
E se nos vinculamos pelo ódio, estaremos, da mesma forma, preocupados com o outro, mesmo que seja para prejudicá-lo.

Contudo, não estaremos indiferentes.
A indiferença nasce do desamor que alimentamos pelo ser humano, pela despreocupação ou pela incapacidade de entender as dores e dificuldades da alma alheia.

Enquanto o amor tem a capacidade de nos aquecer a alma, a indiferença a torna fria, incapaz de sensibilizar-se ou entender as agruras do próximo.

E quantas vezes não permanecemos indiferentes, despreocupamo-nos com as coisas do outro, suas dificuldades, seus momentos de dor e pesar, mesmo tudo isso se passando ao nosso lado?

Justificamos que não damos importância para a dificuldade do outro por falta de tempo, pelos compromissos, pela agenda cheia. Muitos motivos para muitas justificativas.

Mas, no fundo, apenas não nos preocupamos porque temos uma boa parte da alma ainda fria, gelada mesmo, tomada pelo sentimento da indiferença.

Somos indiferentes quando alguém em dificuldade nos pede para tomar nosso lugar na fila, e justificamos que chegamos antes e temos direito de ali estar.

A indiferença se apresenta quando, no transporte colectivo, nos auditórios, nos locais públicos, fingimos não ver alguém idoso, uma senhora grávida, alguém mais frágil, para não lhe oferecer o lugar para sentar.

A indiferença nasce da nossa incapacidade de amar o ser humano, sem nenhum outro motivo que o da fraternidade, da solidariedade.

E é o sentimento da solidariedade o maior remédio para a indiferença.
Será ele o condutor dos primeiros passos para deixarmos de ser indiferentes.
Quando começarmos a cultivar a solidariedade, obrigatoriamente nos preocuparemos com o outro, com o próximo.

Será a solidariedade que nos irá aquecer a alma, descongelando sentimentos e abrindo novos horizontes.
Será ela que nos permitirá a conquista da compaixão, da gentileza, do carinho, para então entrarmos no campo superior da caridade ao próximo.

Assim, não nos permitamos ficar indiferentes às dificuldades familiares, aos desafios do trabalho, às querelas dos amigos.
Ofereçamos sempre nosso quinhão de solidariedade, de presteza, o que tenhamos de melhor, esperando que o outro aceite, na medida que queira ou necessite.

Será a solidariedade o sentimento a nos unir, reconhecendo-nos uns aos outros como irmãos, que, em última instância, somos todos nós, filhos do Criador, do Senhor da vida.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Ele Atenderá

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2011 10:59 pm

Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.

Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorrido de um ente amado.

Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança;
e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.

Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objectivos que procuramos nas conquistas do Espírito.

Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.

Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião do esmorecimento.

Desânimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito.

Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.

Venha o desânimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar, abençoar e servir sempre.

Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.

Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.

Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias. Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.

Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranquilidade e vitória. Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.

Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstância, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angústia, chama por Ele.

Emmanuel

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Egoísmo e Orgulho

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2011 11:00 pm

(....) egoísmo e orgulho são qualidades negativas na personalidade humana (....)

(....) o bem é a condição inalienável para que a mensagem edificante seja transmitida sem mescla (...)

Na sociedade:
O egoísmo faz o que quer;
O orgulho faz como quer;
O bem faz quanto pode, acima das próprias obrigações.

No trabalho:
O egoísmo explora o que acha;
O orgulho oprime o que vê;
O bem produz incessantemente.

Na equipa:
O egoísmo atrai para si;
O orgulho pensa em si;
O bem serve a todos.

Na amizade:
O egoísmo utiliza as situações;
O orgulho clama por privilégios;
O bem renuncia ao bem próprio.

Na fé:
O egoísmo aparenta;
O orgulho reclama;
O bem serve.

Na responsabilidade:
O egoísmo foge;
O orgulho tiraniza;
O bem colabora.

Na dor alheia:
O egoísmo esquece;
O orgulho condena;
O bem ampara.

No estudo:
O egoísmo finge que sabe;
O orgulho não busca saber;
O bem aprende sempre, para realizar melhor. (......)

Emmanuel

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Eficácia

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2011 11:01 pm

No mundo moderno, onde a capacitação e a competitividade aumenta a cada dia, é preciso que estejamos cada vez mais actualizados e ágeis.

É chegado o momento de obter o resultado necessário com a melhor qualidade e o mais rápido possível.

A eficácia está sempre presente quando estamos prontos a seguir o propósito maior de nossas vidas.

Quando a direcção é clara, a acção torna-se ordenada e decisiva, conduzindo-nos à execução da tarefa que temos diante de nós com os melhores resultados.

A eficácia dos que sabem liderar está na constante capacidade de amar o que fazem.

Precisamos saber o que queremos, mas realizar a tarefa com precisão e muito amor é vital.

Veja se suas metas estão claras.

Você já definiu quais as suas prioridades de vida?

Vá em frente, coloque seus planos em acção.

Termine aquele trabalho começado e que espera pôr uma conclusão.

Ponha a sua vida (correspondência, contas, telefonemas, etc.) em dia.

Nada pode ser deixado para trás ou postergado.
Só vence aquele que é determinado, destemido, persistente e eficiente.

Anita Godoy

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Arte da convivência conjugal

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2011 9:33 pm

É comum se pensar que os casamentos mais sólidos são aqueles que sobrevivem a grandes traumas.

Digamos, uma infidelidade conjugal ou uma falência.
Contudo, a verdade é que a duração do matrimónio está na razão direta da arte da convivência conjugal.

Conviver todos os dias, aguentando as pequenas coisas um do outro, por exemplo.
Suportar que ele aperte o tubo de pasta de dentes bem no meio, enquanto ela insiste que deva ser bem no finzinho, por uma questão de estética e de economia.

Ou ainda, ele não auxiliar nas tarefas domésticas. Ela ser sensível demais.
Ele ser muito mole com as crianças, permitir tudo.
Ela desejar manter a linha dura, investindo na disciplina e na educação dos filhos.

Conviver com as diferenças exige boa vontade diária.
Um casal, que convive há catorze anos, confessou que tem diferenças enormes quanto a desporto.

Ela adora ver futebol em casa. Ele adora aventuras.
Com uma filha de dez anos, aprenderam a conviver, apoiando um o prazer do outro.
Assim, quando o marido decidiu dar a volta ao mundo velejando, ela o acompanhou pela imaginação, sem sair de casa.

Mas não criou obstáculos para ele, nem fez papel de vítima.
Saber aceitar comentários feitos em momentos de pequenas rusgas também contribui para a manutenção da estabilidade conjugal.

Certo marido presenteou a esposa com dez roseiras, que ela teve de plantar sozinha.
Durante uma discussão, ela acabou por dizer a ele que odiava aquelas rosas que ele havia comprado.

Afinal, elas só serviam para dar trabalho.
Ele não se perturbou.
No Natal daquele mesmo ano ele lhe deu mais uma roseira.

Ela achou graça, comentando com as amigas:
Quando a gente pensa que eles entenderam o que se falou, descobre-se que nem ouviram.
E continuam a viver juntos, colhendo rosas no seu jardim.

Mas, possivelmente, o mais importante seja recordar os bons momentos.
Olhar para o passado, reavivar as chamas dos sentimentos positivos tem a capacidade de reacender o amor.

Um americano conta que ele e a esposa adoram recordar a forma como se conheceram.
Ela foi a um restaurante onde ele estava cantando.
Ela gostou muito da canção e aplaudiu entusiasmada.

Ele a notou e perguntou: Você é casada?
Não, respondeu. Você cantaria no meu casamento?
A resposta dele foi rápida e sorridente: Eu vou cantar no nosso casamento.

Sete meses depois estavam casados.
Estão casados até hoje, passados anos.
Continuam felizes.

Entre muitos casais, na Terra, o tédio aparece depois que arrefece a paixão e o quotidiano toma conta dos actos.

O tédio azeda a vida em comum. A rotina a destrói.
Tão logo surja na relação conjugal a indiferença, a secura ou o relaxamento, é hora de reagir, antes que o casamento acabe por tolices.

Casamento, ou seja, a união permanente de dois seres, pode ser entendida como uma ligação afetiva que lembra o cérebro e o coração.
Para que a vida prossiga, é necessário que haja sintonia entre ambos.

Momento Espírita, com base no artigo Novas regras para um casamento feliz, de Seleções Reader's Digest, de janeiro de 2000 e no cap. 13, do livro Vida e sexo, pelo Espírito Emmanuel, ed. Feb.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Fazendo Sol

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2011 9:34 pm

O sol em brasa se espraia pela Terra neste abençoado dia, emoldurando a natureza com seus raios multicores, vitalizando-a e fortalecendo-a.
Idosa senhora, de olhar arguto e porte nobre caminha pelas alamedas de vetusto parque, deixando-se aquecer pelos raios benfazejos do astro-rei.

Gratificada, reflecte na bondade do Criador, recordando-se de um ensinamento grafado em seu diário:
“O Sol do amor divino brilha incessantemente.

A forma como se encontrarem as janelas de nossas intenções espirituais, morais e mentais, dirá do que preferimos:
luz ou sombra, alegria ou dissabor...”

Um bem-te-vi faz sua festa na copa de uma árvore.
Faminto pedinte dirige-se à senhora, rogando-lhe esmola.
Sacia-lhe, então, a fome.

O belo Espírito Scheilla (1), outrora, registou:
“Tudo é caridade no amor, quando o sol da solidariedade cristã aquece a alma”.
Que belo dia ensolarado aquele.

Senta-se num banco e inicia a leitura de um livro espírita.
Absorta, deixa que sua mente se satisfaça com seu conteúdo.
Maravilha-se.

Ditou o Espírito Joana de Ângelis (2), um dia:
O livro espírita que te liberta da ignorância e da superstição é o amigo incondicional da tua lucidez, oferecendo-te pão e lume, agasalho e remédio para as horas difíceis de prova de tua jornada actual”.
Ar balsâmico perpassa-lhe o corpo.

As árvores generosas balouçam ao som dos ventos perfumados, em doce canção.
Volve o olhar a regista o caminhar de entristecido jovem.

Batuíra (3), Espírito vem-lhe à mente:
“Façamos a operação aritmética da paz interior, diminuindo as desilusões, somando as bênçãos recebidas do Alto, multiplicando as nossas energias na actividade edificantes e dividindo constantemente com os nossos irmãos do caminho os frutos de nossa tranquilidade, em base de trabalho e entendimento.”
Beija-flores pairam nos ares na busca frenética do néctar das flores.
Um religioso segue por entre os arvoredos, acompanhado de uma plêiade de jovens, ministrando-lhes conhecimentos sobre a natureza e a excelcitude Divina.

Instruindo com sabedoria, o Espírito Joana de Ângelis (4) diz:
“Enquanto brilhe o sol da oportunidade terrena, desempenha as tuas tarefas, qual aluno atencioso na escola do aprimoramento, tendo em mente que o curso sofrerá interrupção e deverás retornar.”
Pássaros pipilam pelos arredores.

O sol já começa a desaparecer, deixando sua luz de tons avermelhados colorir as nuvens no horizonte.
Medita a senhora nas horas ali passadas.
Agradece a Deus, em pensamento.

É hora de se reunir com seus familiares para a oração em conjunto.
Faz, então, o caminho de retorno, e dos porões de seu subconsciente emerge maravilhoso conceito:
“O Culto do Evangelho no Lar é como a chuva, que não encolhe a lavoura onde cai;

é qual o sol, que aquece a todos sem perguntar;
é como o ar, que beneficia a todos sem excluir raça, cor ou títulos;
beija todos os reinos com seus recursos, na mesma fraternidade de seus valores.”

Referências:
1 – Scheilla Sementes de Vida Eterna
2 – De Ângelis, Joana Espírito e vida
3 – Batuíra Mais Luz
4 – De Ângelis, Joana No rumo da Felicidade

Daltro Vianna

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Faz de Conta

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2011 9:35 pm

Recentemente uma professora, que veio da Polónia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.
Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.

O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser.
Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal.

Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter.
Era preciso ter.
Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter...

Na actualidade, estou presenciando a fase do faz de conta.
Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão.
Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.

Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.
Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.
Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.

Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.
Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.
Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.

Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...
E a maioria da população faz de conta que está tudo bem...
Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência.

Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.
Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.
A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de facto, e acaba se traindo em algum momento.

E isso é extremamente cansativo e desgastante.
Raras pessoas são realmente autênticas.
Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam.

São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta.
São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.
São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas.

Você sabia?

Que a pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão?
Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa.
Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência.

Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros.
Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas acções, e sim a Deus e à nossa consciência.

Momento Espírita

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Fatalidade

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2011 9:36 pm

Trazes a alma ferida e pedes socorro.

Corações em que depositavas todas as esperanças de felicidade contrariaram as expectativas e se deixaram levar pelo desequilíbrio.

Ainda assim, não duvides do amparo divino.

No mundo, quase sempre, as quedas constituem lições para o espírito imortal.

Sem que te deixes abalar, segue fazendo o melhor ao teu alcance.

Tua presença, ao lado dos corações em desequilíbrio, pode ser luz em meio às sombras.

Ora e trabalha.

Por mais escura seja a noite, sempre haverá a fatalidade de um novo amanhecer.


Scheilla

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Quando eu ganhei os meus pais

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2011 9:31 pm

Aquela parecia ser mais uma simples tarefa de escola de uma menina de oito anos.
A apostila mostrava contas a serem feitas, probleminhas a serem resolvidos e diversas perguntas sobre assuntos distintos.

Porém, na última folha havia um verdadeiro tesouro, que emocionou professores, psico-pedagogos e pais.

Eis o enunciado: Faça um desenho que represente um fato marcante de sua vida.
E lá estava o desenho colorido de uma mulher com um bebé nos braços e, ao seu lado, a figura de um homem, ambos sorrindo.

Acima da cena, escrito com uma letra caprichada - dessas que se demora muito para terminar de escrever - estava:
Quando eu ganhei os meus pais.

Como conter as lágrimas perante tão singela declaração de amor?
Quando eu ganhei os meus pais.

Ela se lembrava, com carinho, que havia chegado àquele lar de amor, há pouco mais de oito anos, através da via bendita da adopção.
Era um dos primeiros momentos em que o coraçãozinho aprendiz agradecia a Deus pela oportunidade de ter uma família amorosa na Terra.

Outras crianças lembraram de viagens, de presentes de Natal, de passeios inesquecíveis.
Mas ela lembrou de agradecer pelos pais.

Pensando agora em todos nós, será que lembramos de guardar na alma toda essa gratidão por aqueles que nos receberam com tanto afecto, com tanta coragem?

Você se lembra quando você ganhou seus pais?
Pois, sim, são grandes presentes que recebemos ao renascer.
Muitas vezes o coração infantil nos vem relembrar coisas que o velho coração parece ter esquecido.

Todos ganhamos nossos pais.
E mais, não foram pais quaisquer, escolhidos pela força da aleatoriedade.
Foram os pais que precisávamos, no momento que precisávamos.

Talvez ainda não entendamos isso muito bem, mas com o passar dos anos, após muitas análises, muitas lembranças, vamos percebendo, amadurecidos, que tudo faz sentido.

Às vezes acabamos caindo em si quando é muito tarde, e então somos corroídos pelo remorso devastador.

Por que esperar para agradecer?
Por que aguardar aquela ocasião especial para reconhecer e manifestar a gratidão?

Por que ainda nos constrange tanto dizer:
Você é importante para mim, ou Amo muito você?!
Por que ter vergonha de amar, de agradecer?

Gratidão que não está apenas no ato de se agradecer.
O famoso muito obrigado é apenas a ponta do iceberg da gratidão.

Gratidão se manifesta todos os dias, desde que se desperta e se agradece a Deus por esses amores;
passando pela convivência respeitosa, amiga, compreensiva;
chegando até aos gestos maiores de desprendimento em prol desses a quem devemos a vida.

Agradeçamos enquanto há tempo. Agradeçamos enquanto é hoje.

Gratidão faz bem a todos.
Faz bem a quem a carrega no coração.
Faz bem a quem a recebe como inesperadas flores perfumadas que caem sobre as mãos e tornam a vida mais feliz.

Quando eu ganhei os meus pais, ganhei também a certeza de ser amado...
Quando eu ganhei os meus pais, fui inundado de força de vontade, de desejo de acertar e de amar também.

Quando eu ganhei os meus pais, resolvi dar mais uma chance ao amor, e depois mais uma, e depois mais outra...
Quando eu ganhei os meus pais, foi quando me senti, realmente, protegido...

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Fardos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2011 9:32 pm

Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe pertence.
Existem fardos de todos os tamanhos e feitios.
O poderoso arca com o peso da responsabilidade de decisões que influenciam grandemente o destino alheio.

O sacerdote sofre a tortura de um condutor de almas.
O coração materno angustia-se com a sorte de seus filhos.
O enfermo desamparado carrega as dores de sua indigência.

A criança sem ninguém sofre seu pavor.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para não se supor indevidamente vítima ou herói.
No campo das provações, todos são irmãos uns dos outros, mutuamente identificados por semelhantes dificuldades, dores e sonhos.

Suporte com valor o peso de suas obrigações e caminhe.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.

Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.
Talvez você se pergunte qual a carga transportada pelos maus e levianos, que aparentemente passam pela vida isentos de provações.
Provavelmente eles, sob uma falsa aparência de vitória, vivem sob encargos singularmente mais pesados do que os seus.

Impunidade e injustiça são conceitos estranhos às leis divinas.
O céu não é um local físico predeterminado, mas um estado de consciência.
Ele somente é acessível, com seus tesouros de paz e luz, para quem está em harmonia com as leis divinas.

Nada há para invejar de quem ainda nem começou a se recompor com essas leis, por leviandade ou preguiça.
Pior ainda é a situação de quem, pela desdita de praticar o mal, está adquirindo débitos perante a vida.
Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, isso é um sinal de que a sua carga já está sendo aliviada.

Quem desempenha corajosamente, sem murmurações, as tarefas que lhe competem está caminhando para a plenitude de sua consciência.
Provas bem suportadas, sem desânimo ou preguiça, convertem-se de forma gradativa em tesouros de entendimento, paz e luz para a ascensão da criatura.
Lembre-se do madeiro injusto que dobrou os ombros doloridos do Cristo.

Sob as vigas duras no lenho infamante jaziam ocultas as asas divinas da ressurreição para a imortalidade.
Deus criou o mundo estruturado por leis perfeitas, belas e justas.
Nesse harmónico concerto, por certo você não foi esquecido.

Sua vida não é regida por acasos.

As provações que o visitam visam a fortificá-lo, lapidá-lo, despi-lo de inferioridades que o infelicitam há longo tempo.
Não imagine, sequer por um momento, que o Pai Amoroso que Jesus nos revelou possa ser cruel.
As provas duram o tempo estritamente necessário para ajudá-lo a adquirir os valores e aprender as lições de que necessita.

Reduza sua quota de dores, dedicando-se ao bem com determinação e vigor.
Dê um basta nas reclamações e nos vícios, alegrando-se ao executar as tarefas que a vida lhe confiou.
Fardos e dificuldades não são desgraças, mas desafios a serem vencidos e superados, com otimismo e esperança.

Pense nisso.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Fanatismos Religiosos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2011 9:33 pm

Uma onda de posições fundamentalistas tem gerado guerras e revoluções.
O fanatismo religioso é uma das chagas que impedem a convivência salutar e fraterna entre as pessoas e as nações.

Actualmente, o crescimento de "ondas" fundamentalistas e a acção destes movimentos contra religiões, ordens filantrópicas e algumas propostas políticas, é uma questão preocupante.

Na realidade, há posições fundamentalistas em todas as religiões.
Baseiam-se geralmente num único e definitivo referencial, que pode ser a Bíblia, o Torá, ou o Alcorão.
Mas, posições fundamentalistas podem estar alimentando posições políticas.

Haja vista o tratamento das questões religiosas e de liberdade de expressão em governos totalitários, como aconteceu durante as ditaduras na Espanha, Portugal e U.R.S.S. e permanece no Irão, Iraque, República Popular da China, Líbia, Coréia do Norte, Uganda e Argélia.

O fundamentalismo, muito localizado em agremiações evangélicas, não aceita movimentos de minorias, a Igreja Católica, o Islamismo, o Espiritismo, os maçons, os judeus e a erudição em geral.

A criação de inimigos é parte de uma lógica de sustentação do fundamentalismo, porque estes não aceitam mudanças sociais, políticas e económicas e têm uma visão apocalíptica de final de mundo.

Geralmente, são o seio de muitos "profetas".
Contestam os princípios de liberdade religiosa e se opõem ao ensino de teorias científicas sobre evolução.

No momento, os Estados Unidos é o exportador do missionarismo mundial dos protestantes e que têm estreita relação com políticos conservadores, vinculados ao Partido Republicano.

No Brasil, as denominações pentecostais (Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Brasil para Cristo e a Igreja Universal do Reino de Deus) são exemplos dessa tendência, apontada por Descartes de Souza Teixeira.

Este autor analisa, em livro que estuda a acção antimaçónica dos fundamentalistas, o crescimento destas agremiações religiosas e sua representatividade política e considera que "é natural e altamente provável que o crescimento do protestantismo no Brasil tenda a engendrar entre nós os fenómenos neofundamentalistas paralelos aos observados nos EUA".

Ao lado dessa óptica externa, parece-nos oportuno uma visão interna, sobre o movimento espírita.
Haveria tendência de posicionamento fundamentalista dentro da seara espírita?

Evidentemente, que seria totalmente em desacordo com a Doutrina Espírita, assentada no respeito à individualidade e à liberdade de pensamento e na proposta do relacionamento fraternal e solidário entre as pessoas.

O posicionamento consciente e lúcido do espírita, oferece condições de se exercer o espírito crítico para se analisar situações que podem ocorrer dentro do movimento, embora até possa haver a melhor das boas intenções.

Posicionamentos de lideranças, de expositores e até de "mentores espirituais" poderiam estar criando hostes de radicalizações, de proibições e de controles?

Há respeito à diversidade de situações e de condições de pessoas e de instituições?
Um determinado livro, uma instituição específica ou exclusivamente um médium ou um expositor é o único correcto?
Em diálogos ou em artigos, a tónica é a da "doutrinação"?

Há agressividade na forma de falar e de escrever?
Há exacerbações de ideias fixas ou de monoideias?
O Espiritismo é tratado como único caminho ou salvacionista?

A penetração de ramificações evangélicas com posições fundamentalistas na mídia e na política é preocupante, mas igualmente deve ser o diapasão assemelhado de comportamentos e de reacções que surge aqui e acolá dentro do próprio movimento espírita.

Antonio Cesar Perri de Carvalho

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty A Consciência de sua Missão

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2011 9:34 pm

Frequentemente, eu me pergunto:
“O que cada um de nós está fazendo neste planeta?”

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.

Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.

Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:
evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.

Todos os nossos bens na verdade não são nossos.
Somos apenas as nossas almas.

E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.

Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.

Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.

Ganhar dinheiro e se alimentar faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida.

Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anónimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela ideia de ganhar dinheiro.

O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca?

A resposta é uma só:
a consciência de sua missão nesta vida.

Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.

E quando chega no final do caminho percebe que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.

Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí um aviso para parar e reflectir sobre o seu estilo de vida.

Escute a sua alma:
ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.

Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores na harmonia e na glória do bem.

Roberto Shinyashiki

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty PRECE

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2011 9:49 pm

Senhor, ensina-nos a oferecer-te
o coração puro e o pensamento elevado na oração.

Ajuda-nos a pedir, em Teu Nome,
para que a força de nossos desejos
não perturbe a execução de teus desígnios.

Ampara-nos, a fim de que o nosso sentimento
se harmonize com a tua vontade

e que possamos, cada dia,
ser instrumentos vivos e operosos
da paz e do amor, do aperfeiçoamento
e da alegria, de acordo com a tua Lei.


Assim seja.

Chico Xavier / Meimei (espírito)


Que prece belíssima!
Pois ela transparece toda uma comunhão com o Pai.
E é só quando estamos realmente unidos a Ele
é que nossa vida caminha de maneira harmonizada.

Porque, como nos afirmou Jesus, quando estamos imersos
na corrente de Amor que envolve o Universo,
até o jugo, as dificuldades e os problemas
se tornam leves e suaves.

Que sua semana seja só paz e harmonia,
daquela que energiza e alimenta,
daquela que ilumina e fortalece,
daquela advinda do Amor de Deus.


§.§.§- O-canto-da-ave
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Momentos Espíritas - Página 23 Empty O ESPÍRITO REVOLUCIONÁRIO

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2011 9:50 pm

Quando Sri Aurobindo disse:
“Eu não sou nem um moralista impotente nem um pacifista débil”, estas palavras estavam impregnadas de sentido.

Havia penetrado com profundidade na historia da Europa e a das grandes revoluções da Europa e da América, para saber que a rebelião armada pode ser justa;
nem Joana D”Arc nem Mazzini nem Washington foram apóstolos da "não-violência".

Quando o filho de Ghandi o visitou em Pondichery, em 1920, e, falou-lhe de não-violência, Sri Aurobindo respondeu-lhe com esta simples pergunta, certamente muito actual:
"O que fariam vocês se amanhã fossem invadidas as fronteiras do Norte?".

Vinte anos mais tarde, en 1940, Sri Aurobindo e a Mãe se declaravam a favor dos aliados na Segunda Guerra Mundial, ao passo que Ghandi, movido por um impulso, sem nenhuma dúvida “digno de virtuosismo”, escrevia uma carta aberta ao povo inglês, incitando-o a não levantar armas contra Hitler e que apelassem somente à "força espiritual" em caso de invasão alemã.

A posição adoptada por Sri Aurobindo de apoio total à Inglaterra nesta guerra, não podia ser compreendida na India de 1940, dominada ainda pela potência colonial;
não podiam entender como o líder revolucionário que havia encabeçado a rebelião contra a potência ocupadora, agora se colocava a seu lado.

Devemos, pois, precisar a visão espiritual do yogue revolucionário Sri Aurobindo quanto a seu conhecimento sobre a Consciência-Verdade da acção violenta, assim expressou-se em uma carta-resposta à iniciativa de Ghandi de não intervenção do povo inglês:

“A guerra e a destruição -diz- constituem um princípio universal que governa não só nossa vida puramente material aqui embaixo, senão ainda nossa existência mental e moral.

É de toda evidência, praticamente, que em sua vida intelectual, social, política e moral, não pode o homem avançar, sem luta alguma, um só passo;
uma luta entre o que existe e vive e o que trata de chegar a ser e a viver, e entre tudo quanto se acha atrás de um e do outro.

É impossível, ao menos no estado atual da humanidade e das coisas, avançar, crescer e realizar-se e, ao mesmo tempo, observar real e absolutamente o princípio de inocência que se nos propõe como a melhor e mais elevada norma de conduta.

Empregaremos nós somente a força da alma e não destruiremos nunca nada pela guerra nem ainda pela violência física para defender-nos?
Até aqui estamos de acordo.

Pois enquanto as forças da alma alcançam a eficácia necessária, as forças demoníacas nos homens e nas nações dividem, derrubam, assassinam, incendeiam e violam, como hoje o vemos;
poderão então fazê-lo comodamente e sem estorvos, e vós havereis causado talvez com vossa abstenção a perda de tantas vidas como os outros com sua violência...

Não basta ter as mãos limpas e a alma imaculada para que a lei da batalha e da destruição desapareça do mundo;
é primordial que enquanto forma sua base desapareça primeiro da humanidade.

A imobilidade e a inércia que recusam empregar os meios de resistência ao mal ou que são incapazes de servir-se deles, não recorrerá à lei, nem muito menos.

Em realidade, a inércia causa um dano maior que o princípio dinâmico da luta, que cria, ao menos, mais do que destrói.

Em consequência, desdenhar o ponto de vista da acção individual, abster-se da luta em sua forma física mais visível e da destruição que a acompanha de modo inevitável, nos dá talvez uma satisfação moral, mas deixa intacto o Destruidor das criaturas."

E se nossa abstenção deixa ileso o Destruidor das criaturas, tão pouco nossas guerras o deixam suprimido, ainda que praticamente seja necessário manchar-se nelas as mão.

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2011 9:55 pm

Continua...

No meio da primeira guerra mundial fazia observar Sri Aurobindo com força profética:

"A derrota da Alemanha... não basta para extirpar o espírito que na Alemanha se encarna;
provavelmente se produzirá uma nova encarnação do mesmo espírito em outra parte, em outra raça ou em outro império e será necessário então livrar uma vez mais a batalha.

Todas as velhas forças estão vivas e não serve de nada quebrar ou abater o corpo que eles animam, porque muito bem sabem transmigrar.

Alemanha abateu o espírito napoleónico em 1813 e demoliu os restos da hegemonia francesa na Europa em 1870;
esta própria Alemanha veio a ser a encarnação do que ela mesma havia abatido.

Facilmente pode o fenómeno repetir-se em uma escala muito maior."

Hoje podemos comprovar como as velhas forças sabem transmigrar.

O próprio Gandhi, vendo que todos os anos de não-violência acabaram nas terríveis violências que caracterizaram a divisão da India em 1947, observava com tristeza pouco antes de sua morte:
"O sentimento de violência que secretamente temos alimentado, volta-se sobre nós e nos dirige golpes quando se trata de compartilhar o poder...

Agora que foi sacudido o jugo da escravidão, todas as forças do mal saem à superfície".
Porque nem a não-violência nem a violência alcançam a fonte do Mal.

Em plena guerra de 1940, pelos mesmos dias em que abraçava o partido dos Aliados porque, "praticamente", assim era necessário proceder, Sri Aurobindo escrevia a um discípulo:
"Você crê que o que ocorre na Europa é uma guerra entre as potências da luz e as potências das trevas, mas isto não é mais certo agora que durante a primeira guerra mundial.

É uma guerra entre duas espécies de Ignorância...
O olho do yogue não vê somente os acontecimentos exteriores e os personagens e as causas exteriores, senão também as poderosas forças que precipitam-nos à acção.

Se os homens que combatem são instrumentos que se encontram em mãos dos chefes de Estado e dos financistas, estes, por sua vez, são simples fantoches que se encontram nas garras de forças ocultas.

Quando se adquiriu o hábito de contemplar as coisas até o fundo, já não se inclina alguém comover-se pelas aparências nem se quer esperar que as mudanças políticas ou sociais, ou as mudanças de índole institucional, possam pôr remédio à situação."

Sri Aurobindo havia cobrado consciência dessas "enormes forças" ocultas e da infiltração constante do supra-físico no físico;
suas energias não se desenvolviam já em volta de um problema moral, cansado depois de tudo -violência ou não-violência- senão ao redor de um problema de eficácia;
e via claramente, também por experiência, que para curar o mal do mundo é preciso curar primeiro "o que no homem encontra-se na base" e que nada se pode curar fora se não se cura primeiro desde dentro, porque é a mesma coisa;
não se pode dominar o externo se não se domina o interior, porque é a mesma coisa;
não se pode transformar a matéria externa sem transformar nossa matéria interior, porque é também e será sempre a mesma coisa;
não há senão uma Natureza, um mundo, uma matéria, e enquanto queiramos proceder ao revés, a nenhuma parte chegaremos.

E se parece-nos que o remédio seja difícil, então não resta nenhuma esperança para o homem nem para o mundo, porque todas nossas panacéias exteriores e nossas morais de água de rosas estão condenadas ao nada e à destruição em mãos dessas potências ocultas:
A única solução -diz Sri Aurobindo- encontra-se no advento de outra consciência que já não será joguete dessas forças, senão mais poderosa que elas, e que poderá obrigá-las a mudar ou a desaparecer.

Para esta nova consciência -SUPRAMENTAL- encaminava-se Sri Aurobindo em meio de sua própria acção revolucionária.

E sua determinação não podia ser outra mais que CONQUISTA-LA OU PERECER NA TENTATIVA.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty SOCIOLOGIA DA NOVA HUMANIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2011 9:59 pm

A empresa nascerá por toda parte simultaneamente –já nasceu, balbucia aqui e ali, golpeia contra os muros sem saber-, e pouco a pouco desvendará seu verdadeiro rosto, justamente no momento em que os homens já não possam colocá-la na armadilha de um sistema ou de uma lógica ou de um lugar privilegiado;
é a hora na qual o todo será o lugar privilegiado aqui embaixo, em cada coração, em cada país.

E os homens nem sequer saberão como foram preparados para esta Maravilha.

Os que sabem um pouco, os que intuem, os que começam a perceber a grande Onda da Verdade, não cairão na armadilha do “recrutamento supra-humano”.

A Terra está desigualmente preparada, os homens são espiritualmente desiguais, apesar de nossos protestos democráticos –ainda que sejam essencialmente iguais e vastos no grande Eu, e em um só corpo de milhares de rostos-, nem todos se converteram na grandeza que são:
estão no caminho, uns estão atrasados, outros parecem ir mais depressa, mas os rodeios daqueles formam parte também da grande geografia de nosso indivisível domínio, seu atraso ou o freio que parecem colocar a nosso movimento faz parte da circunferência da perfeição à qual temos de servir e nos obriga a uma minuciosidade de verdade mais ampla.

Eles também vão por seu caminho, e em verdade, o que existe fora do caminho, já que tudo é o Caminho?

Os que sabem um pouco, os que adivinham, sabem em primeiro lugar, por havê-lo experimentado em sua própria substância, que os homens não se reúnem realmente por meio de artifícios- e aos que persistem em seus artifícios, tudo se desarma finalmente e o “encontro” é breve, e breves são a linda escola, a bonita seita, a pequena bolha inflada de um momento de entusiasmo ou de fé – os homens reúnem-se por uma lei mais fina e mais discreta, por um pequeníssimo instinto interior, constante e que apenas se reconhece, mas que atravessa o tempo e os espaços e que traz aqui e ali seu raio semelhante, sua frequência gémea, seu foco de luz de igual intensidade, e se vai.

E não segue sem saber, pega o trem, o avião, recorre este país ou aquele outro, acredita que busca isto ou aquilo, que está em busca de uma aventura, do pitoresco de uma droga ou de uma filosofia.

Alguém crê. Crê em muitas coisas.

Pensa que tem que ter esse poder ou essa solução, essa panaceia ou essa revolução, esse slogan ou esse outro;
crê que se foi por que tinha essa sede ou essa rebeldia, esse amor decepcionado ou essa necessidade de acção, essa esperança ou esse velho barulho insolúvel em seu coração.

E logo, não há nada de tudo isso!

Alguém se detém um dia, sem saber por que, sem haver querido chegar aqui, sem haver buscado este lugar ou este rosto, esta insignificante aldeia sobre as estrelas de um hemisfério ou outro, e é aqui: está aqui.

Abriu sua única porta, encontrou seu fogo semelhante, este olhar sempre conhecido, e ele está exatamente onde faz falta, para fazer o trabalho que faz falta.

O mundo é um fabuloso relógio, mas somente se sabemos o segredo destes pequenos fogos que brilham em outro espaço, que palpitam em um grande mar interior no qual nossos barcos vão como que atraídos por um invisível sentido.

São dez ou vinte, cinquenta talvez, aqui ou ali, sob esta latitude ou outra, que querem trabalhar um pedaço de terra mais verdadeira, trabalhar numa porção do homem para fazer crescer neles mesmos um ser mais verdadeiro, talvez fazer juntos um Laboratório do super-homem, colocar uma primeira pedra na Cidade da Verdade sobre a Terra.

Eles não sabem, não sabem nada, salvo que têm necessidade de outra coisa, e que existe uma Lei de Harmonia, um “algo” maravilhoso do Futuro que pede encarnar-se.

E querem encontrar as condições desta encarnação, prestar-se à prova, entregar sua substância a esta experiência vivencialmente.

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Momentos Espíritas - Página 23 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2011 10:00 pm

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Não sabem nada, a não ser que tudo tem que ser diferente:
nos corações, e nos gestos, na matéria e no cultivo desta matéria.

Não tentam fazer uma nova civilização senão outro homem;
não uma super-cidade entre milhões de edifícios do mundo, senão um posto de escuta das forças do futuro, um supremo yantra (símbolo) da Verdade, um conduto, um canal para tentar captar e inscrever na matéria uma primeira nota da grande Harmonia, um primeiro sinal tangível do mundo novo.

Não se apresentam como campeões de nada, nem são os defensores de nenhuma liberdade, nem os agressores de nenhum “ismo”:
simplesmente tentam juntos, são os campeões de sua própria pequena nota pura, que não é a de nenhum vizinho.
E que no entanto é a nota de todo o mundo.

Não são de nenhum país, nem de uma família, nem de uma religião ou partido:
tomaram partido por eles mesmos, que não é o partido de nenhum outro, e no entanto é o partido do mundo;
porque o que chega a ser verdadeiro em um ponto, torna-se verdadeiro para todo o mundo e une todo o mundo;
são de uma família que há que inventar, de um país que ainda não nasceu.

Não buscam consertar nem os demais nem a ninguém, nem derramar sobre o mundo caridades glorificantes, nem cuidar dos pobres ou dos leprosos:
buscam curar neles mesmos a grande pobreza da pequenez, o elfo cinza da miséria íntima, conquistar neles mesmos tão só uma pequena parcela de verdade, tão só um pequeno raio de harmonia;
posto que, se essa Enfermidade é curada em nosso próprio coração, ou em alguns corações, o mundo se encontrará mais veloz, e por nossa claridade, a Lei da Verdade entrará melhor na matéria e irradiará espontaneamente ao redor.

Que liberação, que alívio pode trazer ao mundo o sofrimento em seu próprio coração?

Não trabalham para eles mesmos, ainda que sejam o primeiro terreno de experimentação, senão em oferenda, pura e simples, a “isto” que não conhecem realmente, mas que faz estremecer o mundo como a aurora de uma nova era.

São os pioneiros do novo ciclo.
Entregaram-se ao futuro, com corpos e bens, como se lança alguém ao fogo sem olhar para trás.
São os servidores do infinito no finito, da totalidade no ínfimo, do eterno em cada instante e em cada gesto.

Criam seu céu a cada passo e esculpem o novo mundo na banalidade diária.
Não têm medo do fracasso, porque deixaram atrás de si, de uma vez, os fracassos e os êxitos da prisão – estão na única e pequena nota infalível entoada.

Mas estes construtores do mundo novo terão muito cuidado de não construir uma nova prisão, ainda que esta seja ideal e bem iluminada.

De facto, compreenderão, e pronto, que esta Cidade da Verdade não existirá e não poderá existir enquanto que não estejam eles mesmos totalmente na Verdade, e que esta terra a construir é, em primeiro lugar e antes de tudo, o terreno de sua própria transformação.

Com a Verdade não se trapaceia.
Pode-se fazer trapaça com os homens, pronunciar discursos e declarações de princípios, mas a Verdade dá as costas à tudo isto:
fecha os caminhos, e a cada passo lança a mentira na face.

É um sentido sem piedade ainda que seja invisível.

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