Momentos Espíritas
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Escola da vida
O pedagogo francês Allan Kardec afirmava que educar é a arte de formar caracteres.
O conceito, embora sintético, traduz toda a complexidade da actividade de educar.
A acção de educar, no sentido amplo da palavra, que vai muito além do instruir, exige o esforço e a dedicação aplicados ao longo do tempo, em um processo contínuo e perseverante.
Será na observação e nos pequenos detalhes que a educação, que a formação do carácter se construirá.
E o bom educador estará sempre atento aos passos do seu tutelado.
Porém, não é só na escola que nos educamos.
E não são somente as crianças que precisam aprender algo.
Com cada um de nós se passa da mesma forma.
Estamos todos no processo educativo, de aprendizado, para conhecer e entender as coisas de Deus, por toda a nossa vida.
Reencarnamos para, a cada experiência terrena, aprender um tanto mais, insculpindo em nossa intimidade o bem e a felicidade.
Mas, para isso, é necessário que passemos pelo processo do aprender, do educar-se.
Afinal, ninguém saberá ler sem o esforço inicial de conhecer o alfabeto, assim como ninguém será versado na matemática, sem o exercício contínuo de manipular os números.
Desta forma, as experiências na Terra sempre trazem consigo o convite ao aprendizado.
E para que esse aprendizado aconteça é necessário que entendamos o que a vida nos propõe.
Algumas vezes, a doença desafiadora é o convite da vida para aprendermos a fé e a coragem.
Em outro momento, será a dificuldade financeira a nos ensinar a perseverança, a honestidade, a honradez.
Haverá momentos onde o parente difícil, o cônjuge exigente serão os caminhos que a vida oferecerá para o aprendizado da paciência, da humildade, da compreensão.
As discrepâncias sociais, o desequilíbrio económico, que geram a miséria e a penúria, serão para nós o aprendizado da solidariedade e da generosidade.
A morte do ente querido, que retorna ao mundo espiritual apartando-se momentaneamente de nós, nos oferece a chance de aprendermos a resignação e a obediência frente aos desígnios da vida.
E as querelas e relacionamentos difíceis no trabalho e no ambiente familiar sempre oportunizarão o aprendizado da benevolência e do perdão.
Por isso, percebamos que a vida será sempre rica em oportunidades, qual uma escola a funcionar todos os dias, com os mais variados professores a nos oferecerem as lições necessárias.
E é Deus, como Pai amoroso, quem cuida do processo de aprendizado de cada um de nós, oferecendo-nos aquilo que melhor nos cabe, no momento mais adequado.
Assim, se as lições da vida baterem à nossa porta, algumas vezes desafiadoras, não temamos nem nos desesperemos.
Confiemos em Deus, o educador maior de todos nós, e apoiemo-nos Nele, através da oração, para que possamos melhor nos conduzir frente às lições.
Assim procedendo, os aprendizados se farão mais efectivos, e mais breves serão as estradas que nos levarão à felicidade e à paz daqueles que já conhecem e agem de acordo com as Leis de Deus.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
O conceito, embora sintético, traduz toda a complexidade da actividade de educar.
A acção de educar, no sentido amplo da palavra, que vai muito além do instruir, exige o esforço e a dedicação aplicados ao longo do tempo, em um processo contínuo e perseverante.
Será na observação e nos pequenos detalhes que a educação, que a formação do carácter se construirá.
E o bom educador estará sempre atento aos passos do seu tutelado.
Porém, não é só na escola que nos educamos.
E não são somente as crianças que precisam aprender algo.
Com cada um de nós se passa da mesma forma.
Estamos todos no processo educativo, de aprendizado, para conhecer e entender as coisas de Deus, por toda a nossa vida.
Reencarnamos para, a cada experiência terrena, aprender um tanto mais, insculpindo em nossa intimidade o bem e a felicidade.
Mas, para isso, é necessário que passemos pelo processo do aprender, do educar-se.
Afinal, ninguém saberá ler sem o esforço inicial de conhecer o alfabeto, assim como ninguém será versado na matemática, sem o exercício contínuo de manipular os números.
Desta forma, as experiências na Terra sempre trazem consigo o convite ao aprendizado.
E para que esse aprendizado aconteça é necessário que entendamos o que a vida nos propõe.
Algumas vezes, a doença desafiadora é o convite da vida para aprendermos a fé e a coragem.
Em outro momento, será a dificuldade financeira a nos ensinar a perseverança, a honestidade, a honradez.
Haverá momentos onde o parente difícil, o cônjuge exigente serão os caminhos que a vida oferecerá para o aprendizado da paciência, da humildade, da compreensão.
As discrepâncias sociais, o desequilíbrio económico, que geram a miséria e a penúria, serão para nós o aprendizado da solidariedade e da generosidade.
A morte do ente querido, que retorna ao mundo espiritual apartando-se momentaneamente de nós, nos oferece a chance de aprendermos a resignação e a obediência frente aos desígnios da vida.
E as querelas e relacionamentos difíceis no trabalho e no ambiente familiar sempre oportunizarão o aprendizado da benevolência e do perdão.
Por isso, percebamos que a vida será sempre rica em oportunidades, qual uma escola a funcionar todos os dias, com os mais variados professores a nos oferecerem as lições necessárias.
E é Deus, como Pai amoroso, quem cuida do processo de aprendizado de cada um de nós, oferecendo-nos aquilo que melhor nos cabe, no momento mais adequado.
Assim, se as lições da vida baterem à nossa porta, algumas vezes desafiadoras, não temamos nem nos desesperemos.
Confiemos em Deus, o educador maior de todos nós, e apoiemo-nos Nele, através da oração, para que possamos melhor nos conduzir frente às lições.
Assim procedendo, os aprendizados se farão mais efectivos, e mais breves serão as estradas que nos levarão à felicidade e à paz daqueles que já conhecem e agem de acordo com as Leis de Deus.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Meu Anjo
Um anjo sentou-se essa noite ao meu lado.
Recendia a um perfume antigo, e trazia um brilho maravilhoso no olhar.
Suas mãos eram finas, claras, embora marcadas pelos anos da idade.
Seu corpo delgado e elegante lembrava figurinos do "Jornal das Moças" com suas páginas em branco e preto.
Havia um silêncio cúmplice em nosso olhar.
Havia uma saudade que o tempo não conseguiu afastar.
Pareceu-me ouvir sua voz, e a alegria do seu sorriso.
Esta foi uma noite especial quando esse anjo curvado beijou a minha face, tocou nos meus cabelos e sua carícia aqueceu o meu coração há tanto tempo vazio.
Meu anjo se dissipou na luz fraca do abajur.
No porta retrato oval a sua imagem.
Foi um feliz "Dia das Mães" para nós.
Marilena Gomes Ribeiro
§.§.§- O-canto-da-ave
Recendia a um perfume antigo, e trazia um brilho maravilhoso no olhar.
Suas mãos eram finas, claras, embora marcadas pelos anos da idade.
Seu corpo delgado e elegante lembrava figurinos do "Jornal das Moças" com suas páginas em branco e preto.
Havia um silêncio cúmplice em nosso olhar.
Havia uma saudade que o tempo não conseguiu afastar.
Pareceu-me ouvir sua voz, e a alegria do seu sorriso.
Esta foi uma noite especial quando esse anjo curvado beijou a minha face, tocou nos meus cabelos e sua carícia aqueceu o meu coração há tanto tempo vazio.
Meu anjo se dissipou na luz fraca do abajur.
No porta retrato oval a sua imagem.
Foi um feliz "Dia das Mães" para nós.
Marilena Gomes Ribeiro
§.§.§- O-canto-da-ave
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Morrer
Morrer.
Eis um caminho que todos temos de um dia trilhar.
A morte ainda põe medo em todas as criaturas, porque são poucos os que se interessam em conhecê-la profundamente.
Grande parte dessa humanidade sofredora, vive distante da morte por acreditar que ela coloca fim a todos os seus sonhos.
Pobres criaturas que somos.
Quando vivi na matéria, minhas ocupações não me permitiam que tivesse uma religiosidade mais desenvolvida.
O tempo parecia iludir-me quanto à morte e à época da sua possível chegada.
Eu jamais havia pensado em vê-la com a seriedade necessária, até que a doença chamou-me à realidade.
Meus Deus. Como foi difícil enfrentar os primeiros tempos da minha romaria pelos hospitais, os remédios, os exames.
Tudo me dava esperança, mas como a enfermidade não tinha fim, suspeitei que me escondessem a verdade.
Estava certo. Um dia, dormi para o mundo e despertei numa região vizinha ao hospital.
Notei que havia muito movimento em torno do meu corpo.
Não sabia a razão, mas me encontrava separado dele.
Mexiam com meus membros, limpavam-me, como a preparar-me para uma festa.
Estranhei as roupas bonitas que me vestiram.
Ouvi que havia morrido, quando um dos meus tios balbuciou essas palavras próximo do meu corpo.
Notei que algo inesperado viera visitar-me: era a morte.
Mas como "morte" se eu ali estava, vivo, pensando, enxergando, ouvindo.
Como morto? Ei, não estou morto não.
Que fazem com meu corpo? Quero-o de volta.
Escuta-me. Não estou morto, não, não.....
- Júnior, chama-me uma voz atrás de mim.
Viro-me e vejo um Senhor bem apessoado, vestido com terno cinza.
- Acalma-te, disse-me.
Quero explicar-te algumas coisas, que precisas saber.
Bem, primeiro, não morrestes, conforme os conceitos do mundo.
Estais vivo, mas não vivo como nos conceitos do mundo.
- Como chamas? Perguntei-lhe.
- Ademar, irmão Ademar para você.
- Escuta, Senhor, dizes-me que não morri, depois, que não estou vivo.
Que é isso? Queres distrair-me?
Tirar minha atenção com meu corpo?
- Não, disse-me irmão Ademar.
Quero apenas mostrar-te que existem outros conceitos sobre vida e morte.
E, é sobre isso que precisamos conversar.
Acompanhe-me.
Continua...
Eis um caminho que todos temos de um dia trilhar.
A morte ainda põe medo em todas as criaturas, porque são poucos os que se interessam em conhecê-la profundamente.
Grande parte dessa humanidade sofredora, vive distante da morte por acreditar que ela coloca fim a todos os seus sonhos.
Pobres criaturas que somos.
Quando vivi na matéria, minhas ocupações não me permitiam que tivesse uma religiosidade mais desenvolvida.
O tempo parecia iludir-me quanto à morte e à época da sua possível chegada.
Eu jamais havia pensado em vê-la com a seriedade necessária, até que a doença chamou-me à realidade.
Meus Deus. Como foi difícil enfrentar os primeiros tempos da minha romaria pelos hospitais, os remédios, os exames.
Tudo me dava esperança, mas como a enfermidade não tinha fim, suspeitei que me escondessem a verdade.
Estava certo. Um dia, dormi para o mundo e despertei numa região vizinha ao hospital.
Notei que havia muito movimento em torno do meu corpo.
Não sabia a razão, mas me encontrava separado dele.
Mexiam com meus membros, limpavam-me, como a preparar-me para uma festa.
Estranhei as roupas bonitas que me vestiram.
Ouvi que havia morrido, quando um dos meus tios balbuciou essas palavras próximo do meu corpo.
Notei que algo inesperado viera visitar-me: era a morte.
Mas como "morte" se eu ali estava, vivo, pensando, enxergando, ouvindo.
Como morto? Ei, não estou morto não.
Que fazem com meu corpo? Quero-o de volta.
Escuta-me. Não estou morto, não, não.....
- Júnior, chama-me uma voz atrás de mim.
Viro-me e vejo um Senhor bem apessoado, vestido com terno cinza.
- Acalma-te, disse-me.
Quero explicar-te algumas coisas, que precisas saber.
Bem, primeiro, não morrestes, conforme os conceitos do mundo.
Estais vivo, mas não vivo como nos conceitos do mundo.
- Como chamas? Perguntei-lhe.
- Ademar, irmão Ademar para você.
- Escuta, Senhor, dizes-me que não morri, depois, que não estou vivo.
Que é isso? Queres distrair-me?
Tirar minha atenção com meu corpo?
- Não, disse-me irmão Ademar.
Quero apenas mostrar-te que existem outros conceitos sobre vida e morte.
E, é sobre isso que precisamos conversar.
Acompanhe-me.
Continua...
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Momentos Espíritas
Continua...
O sol parecia ter acabado de pôr-se, pois o entardecer ainda deixava marcas no céu.
Em companhia do meu interlocutor, seguimos por algumas ruas em direcção, dizia ele, a uma casa de ensinamentos espirituais.
- Ensinamentos espirituais? Perguntei-lhe.
- Sim, disse-me. Acalma-te, pois estamos chegando.
Toma teu lugar entre aqueles que se postaram á direita da pequena biblioteca.
São irmãos que se encontram nas mesmas condições que tu.
Ademar parecia-me agora um tanto diferente do que quando encontrou-me no hospital.
Notei que as dores no meu coração ainda incomodavam-me, comprimindo o plexo.
Agora, o amigo parecia vestir uma túnica alva, donde desprendia-se diáfana luminosidade.
Postou-se à frente de imensa plateia e começou-nos a dizer:
"Irmãos, recebamos nesse instante as bênçãos de Deus, o Altíssimo.
Aqui estamos, testemunhos vivos de que a morte não existe.
Imortais, eis a natureza do qual o Criador dotou seus filhos amados.
A vida material nos é concedida como oportunidade para nosso crescimento intelectual e moral.
Detemo-nos na matéria por um longo período de tempo, até que, através das muitas encarnações, consigamos nos dotar de asas que nos levarão em voos eternos pelo infinito.
Abençoemos, irmãos reunidos nessa casa de Jesus, a experiência encarnatória, as dores pelas quais somos levados a passar.
Elas são produto de acções impensadas na campo do erro e dos desatinos.
As dores conscienciais transformam-se em negativas energias que irradiam-se instintivamente para o mundo exterior da criatura, provocando profundas alterações nos delicados tecidos do corpo espiritual, perispírito, conforme o designou Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.
Eis a fonte de doenças graves, de enfermidades incuráveis que conduzem a dolorosos processos de purificação.
Estão reunidos nessa casa a título de esclarecimento, irmãos de variados níveis de entendimento e a eles voltamos nesse instante, nossas vibrações e amparo.
Em especial queremos nos dirigir aos que são recém-chegados a essa dimensão da Vida.
Em nome de Jesus, nosso Mestre e guia, damos-lhes as boas-vindas.
Sois Espíritos imortais, como este momento testifica.
E, como tais, dotados do Dom de compreender a Verdade.
Agora, começa uma vida nova aos que chegam.
Vida de compreensão, de conscientização e de refazimento".
A casa onde nos encontrávamos também estava cheia de pessoas "vivas", interessadas em saber os segredos da morte.
Foi uma noite inesquecível para mim.
A primeira noite de um homem novo.
Hoje, encontro-me nessa sessão doutrinária de Espiritismo, a convite do irmão Ademar.
Alegra-me poder estar em comunhão com esse lado mais denso da Vida, sim, digo Vida, pois ela é uma só.
Agora compreendo uma sublime realidade:
ninguém morre.
Que sejamos abençoados por Deus".
Espírito: Luiz Desidério Santos Junior
Grupo Espírita Bezerra de Menezes São José do Rio Preto,
§.§.§- O-canto-da-ave
O sol parecia ter acabado de pôr-se, pois o entardecer ainda deixava marcas no céu.
Em companhia do meu interlocutor, seguimos por algumas ruas em direcção, dizia ele, a uma casa de ensinamentos espirituais.
- Ensinamentos espirituais? Perguntei-lhe.
- Sim, disse-me. Acalma-te, pois estamos chegando.
Toma teu lugar entre aqueles que se postaram á direita da pequena biblioteca.
São irmãos que se encontram nas mesmas condições que tu.
Ademar parecia-me agora um tanto diferente do que quando encontrou-me no hospital.
Notei que as dores no meu coração ainda incomodavam-me, comprimindo o plexo.
Agora, o amigo parecia vestir uma túnica alva, donde desprendia-se diáfana luminosidade.
Postou-se à frente de imensa plateia e começou-nos a dizer:
"Irmãos, recebamos nesse instante as bênçãos de Deus, o Altíssimo.
Aqui estamos, testemunhos vivos de que a morte não existe.
Imortais, eis a natureza do qual o Criador dotou seus filhos amados.
A vida material nos é concedida como oportunidade para nosso crescimento intelectual e moral.
Detemo-nos na matéria por um longo período de tempo, até que, através das muitas encarnações, consigamos nos dotar de asas que nos levarão em voos eternos pelo infinito.
Abençoemos, irmãos reunidos nessa casa de Jesus, a experiência encarnatória, as dores pelas quais somos levados a passar.
Elas são produto de acções impensadas na campo do erro e dos desatinos.
As dores conscienciais transformam-se em negativas energias que irradiam-se instintivamente para o mundo exterior da criatura, provocando profundas alterações nos delicados tecidos do corpo espiritual, perispírito, conforme o designou Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.
Eis a fonte de doenças graves, de enfermidades incuráveis que conduzem a dolorosos processos de purificação.
Estão reunidos nessa casa a título de esclarecimento, irmãos de variados níveis de entendimento e a eles voltamos nesse instante, nossas vibrações e amparo.
Em especial queremos nos dirigir aos que são recém-chegados a essa dimensão da Vida.
Em nome de Jesus, nosso Mestre e guia, damos-lhes as boas-vindas.
Sois Espíritos imortais, como este momento testifica.
E, como tais, dotados do Dom de compreender a Verdade.
Agora, começa uma vida nova aos que chegam.
Vida de compreensão, de conscientização e de refazimento".
A casa onde nos encontrávamos também estava cheia de pessoas "vivas", interessadas em saber os segredos da morte.
Foi uma noite inesquecível para mim.
A primeira noite de um homem novo.
Hoje, encontro-me nessa sessão doutrinária de Espiritismo, a convite do irmão Ademar.
Alegra-me poder estar em comunhão com esse lado mais denso da Vida, sim, digo Vida, pois ela é uma só.
Agora compreendo uma sublime realidade:
ninguém morre.
Que sejamos abençoados por Deus".
Espírito: Luiz Desidério Santos Junior
Grupo Espírita Bezerra de Menezes São José do Rio Preto,
§.§.§- O-canto-da-ave
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Localização : Porto - Portugal
O benefício da verdade
Ele era um ídolo do cinema americano.
Onde sua presença fosse anunciada, em avant-première ou qualquer outro evento, compareciam as multidões.
No lançamento de um de seus mais famosos filmes, foi recepcionado, no aeroporto, pelo dobro de pessoas que habitavam a cidade. Um fenómeno.
Representava na tela o ideal de muitos corações femininos:
o homem que sabia amar, que enfrentava perigos, que defendia pessoas, mesmo que alguns dos seus papéis demonstrassem uma certa agressividade ou até desonestidade.
Foi laureado pela Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, com a estatueta de melhor ator, por duas vezes, na década de 1930.
Iniciando sua carreira no teatro, foi no cinema que verdadeiramente conquistou fama e sucesso.
Pois esse actor, como todas as pessoas que vivem sobre a Terra, passou por dores profundas.
Em 1939, depois de mais um divórcio, parecia que ele encontrara o grande amor de sua vida.
O casal passou a viver no rancho de sua propriedade e desfrutavam do prazer da convivência um do outro, entre os tumultos das próprias carreiras.
Chamavam-se carinhosamente um ao outro de mãe e pai.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele chegou a se alistar e participou de quatro missões na Força Aérea Americana.
E Carole Lombard, sua esposa, participou da campanha pelos bónus de guerra.
Desejando retornar para junto do marido com maior rapidez, em vez de seguir pela via férrea, ela tomou um avião.
Nunca chegaria aos braços do marido.
No dia 16 de janeiro de 1942, o avião bateu no Monte Potosi, em Nevada, nos Estados Unidos e morreram todos os 22 passageiros e tripulantes a bordo.
A causa do acidente não foi revelada mas sabe-se que o avião voava fora do curso.
E, para economizar energia, dado o período de guerra, as balizas de sinalização da área estavam apagadas.
Clark Gable, o grande actor, entrou em um período de dor, talvez revolta, não conseguindo administrar emocionalmente a perda da esposa.
Entregou-se ao vício do álcool e, andando pela casa, era ouvido a indagar:
Porquê, mãe? Porquê?
A partir daí, a bebida se lhe tornou companheira por largo tempo, e talvez tenha contribuído para ele partir desse mundo, em plena madureza, aos 59 anos.
O que ressalta disso tudo é como se faz difícil, para quem não tem conhecimento da vida espiritual, da vida além desta vida, conseguir assimilar a partida de um ser amado.
Lembramos que Jesus afirmou que conheceríamos a verdade e a verdade nos libertaria.
Sim, para quem conhece a verdade, a Imortalidade do Espírito, a morte não assume o aspecto de surpresa.
Quem já aprendeu a verdade de que somente nos encontramos na Terra por um breve tempo, que a vida material é passageira, mas que todos sobrevivemos a ela, tem a dor da separação amenizada.
Sofre pela ausência física do seu amado.
Mas guarda a certeza de que ele vive, que o amor não morre nunca e que, em breve, o reencontro se dará porque chegará a nossa vez de retornarmos à Casa do Pai.
Pensemos nisso e nos ilustremos nessas verdades anunciadas, desde épocas imemoriais, por muitos arautos da Imortalidade.
Mas, especialmente, da forma mais lúcida e exemplar, pelo Excelso Rabi da Galileia.
Lembremos: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Libertará da dor maior, do sofrimento insano, da incerteza, da desesperação, acendendo luzes de esperança no céu da saudade.
Momento Espírita, com dados biográficos do actor americano Clark Gable.
§.§.§- O-canto-da-ave
Onde sua presença fosse anunciada, em avant-première ou qualquer outro evento, compareciam as multidões.
No lançamento de um de seus mais famosos filmes, foi recepcionado, no aeroporto, pelo dobro de pessoas que habitavam a cidade. Um fenómeno.
Representava na tela o ideal de muitos corações femininos:
o homem que sabia amar, que enfrentava perigos, que defendia pessoas, mesmo que alguns dos seus papéis demonstrassem uma certa agressividade ou até desonestidade.
Foi laureado pela Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, com a estatueta de melhor ator, por duas vezes, na década de 1930.
Iniciando sua carreira no teatro, foi no cinema que verdadeiramente conquistou fama e sucesso.
Pois esse actor, como todas as pessoas que vivem sobre a Terra, passou por dores profundas.
Em 1939, depois de mais um divórcio, parecia que ele encontrara o grande amor de sua vida.
O casal passou a viver no rancho de sua propriedade e desfrutavam do prazer da convivência um do outro, entre os tumultos das próprias carreiras.
Chamavam-se carinhosamente um ao outro de mãe e pai.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele chegou a se alistar e participou de quatro missões na Força Aérea Americana.
E Carole Lombard, sua esposa, participou da campanha pelos bónus de guerra.
Desejando retornar para junto do marido com maior rapidez, em vez de seguir pela via férrea, ela tomou um avião.
Nunca chegaria aos braços do marido.
No dia 16 de janeiro de 1942, o avião bateu no Monte Potosi, em Nevada, nos Estados Unidos e morreram todos os 22 passageiros e tripulantes a bordo.
A causa do acidente não foi revelada mas sabe-se que o avião voava fora do curso.
E, para economizar energia, dado o período de guerra, as balizas de sinalização da área estavam apagadas.
Clark Gable, o grande actor, entrou em um período de dor, talvez revolta, não conseguindo administrar emocionalmente a perda da esposa.
Entregou-se ao vício do álcool e, andando pela casa, era ouvido a indagar:
Porquê, mãe? Porquê?
A partir daí, a bebida se lhe tornou companheira por largo tempo, e talvez tenha contribuído para ele partir desse mundo, em plena madureza, aos 59 anos.
O que ressalta disso tudo é como se faz difícil, para quem não tem conhecimento da vida espiritual, da vida além desta vida, conseguir assimilar a partida de um ser amado.
Lembramos que Jesus afirmou que conheceríamos a verdade e a verdade nos libertaria.
Sim, para quem conhece a verdade, a Imortalidade do Espírito, a morte não assume o aspecto de surpresa.
Quem já aprendeu a verdade de que somente nos encontramos na Terra por um breve tempo, que a vida material é passageira, mas que todos sobrevivemos a ela, tem a dor da separação amenizada.
Sofre pela ausência física do seu amado.
Mas guarda a certeza de que ele vive, que o amor não morre nunca e que, em breve, o reencontro se dará porque chegará a nossa vez de retornarmos à Casa do Pai.
Pensemos nisso e nos ilustremos nessas verdades anunciadas, desde épocas imemoriais, por muitos arautos da Imortalidade.
Mas, especialmente, da forma mais lúcida e exemplar, pelo Excelso Rabi da Galileia.
Lembremos: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Libertará da dor maior, do sofrimento insano, da incerteza, da desesperação, acendendo luzes de esperança no céu da saudade.
Momento Espírita, com dados biográficos do actor americano Clark Gable.
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
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Localização : Porto - Portugal
"Oh Jesus, senhor de todos nós.
"Oh Jesus, senhor de todos nós.
Agradecido estou pela Vida que hoje me ofereces.
Sei que fui um dos filhos de Deus que se perdeu por caminhos tortuosos.
Causei muitos sofrimentos, bem o sei.
E, a doença que me tirou a vida material, foi a maneira mais branda que encontrastes para me resgatar esses débitos.
Eu Te sou muito grato.
Os primeiros tempos de minha chegada no plano espiritual foram de dificuldades e sofrimentos.
Não entendia bem a razão de encontrar-me naquele estado.
A enfermidade havia atingido a intimidade do meu ser.
Mais tarde compreendi que ela havia vindo dessa intimidade.
E foram dias difíceis para mim.
Podia sentir as dores que abatiam meus amados e queridos pais.
Sentia, mas nada podia fazer.
Resgataram-me logo depois que deixei meu corpo material.
Ao tomar consciência, vi que me encontrava internado numa grande instituição de caridade.
Notei que havia algo estranho, pois sentia-me muito melhor do que a situação em que me encontrava nos últimos dias.
Aguardei que me dessem explicações.
Embora me sentisse bem, não conseguia mover-me a ponto de levantar-me ou de chamar por alguém.
Estava num ambiente colectivo.
De mim aproximou-se uma Senhora, muito simpática, que me esclareceu o ocorrido.
Era Lourdes, irmã Lourdes, que já me conhecia.
Ali fiquei até que recuperasse as forças.
Hoje, vivo bem e estou muito feliz pelas conquistas conseguidas.
Sei que devo voltar para o plano terreno dentro de mais alguns anos, mas compreendo que não mais terei necessidade de passar pelas duras provas que me corroeu a vitalidade.
Alegra-me ver meus pais queridos na frequência dessa casa espírita.
Que aproveitem a oportunidade e conheçam em profundidade o Espiritismo.
Não deixem para depois, para quando der.
Ninguém sabe a hora de voltarmos para nossa pátria verdadeira.
Aproveitem, mãe e pai, todos os minutos de suas vidas.
Ela é o bem mais precioso que alguém pode receber de Deus.
Despeço-me, agradecido por aqui estar manifestando-me.
Do filho que sempre os amará, Valter".
Espírito: Valter Guilherme de Oliveira
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
§.§.§- O-canto-da-ave
Agradecido estou pela Vida que hoje me ofereces.
Sei que fui um dos filhos de Deus que se perdeu por caminhos tortuosos.
Causei muitos sofrimentos, bem o sei.
E, a doença que me tirou a vida material, foi a maneira mais branda que encontrastes para me resgatar esses débitos.
Eu Te sou muito grato.
Os primeiros tempos de minha chegada no plano espiritual foram de dificuldades e sofrimentos.
Não entendia bem a razão de encontrar-me naquele estado.
A enfermidade havia atingido a intimidade do meu ser.
Mais tarde compreendi que ela havia vindo dessa intimidade.
E foram dias difíceis para mim.
Podia sentir as dores que abatiam meus amados e queridos pais.
Sentia, mas nada podia fazer.
Resgataram-me logo depois que deixei meu corpo material.
Ao tomar consciência, vi que me encontrava internado numa grande instituição de caridade.
Notei que havia algo estranho, pois sentia-me muito melhor do que a situação em que me encontrava nos últimos dias.
Aguardei que me dessem explicações.
Embora me sentisse bem, não conseguia mover-me a ponto de levantar-me ou de chamar por alguém.
Estava num ambiente colectivo.
De mim aproximou-se uma Senhora, muito simpática, que me esclareceu o ocorrido.
Era Lourdes, irmã Lourdes, que já me conhecia.
Ali fiquei até que recuperasse as forças.
Hoje, vivo bem e estou muito feliz pelas conquistas conseguidas.
Sei que devo voltar para o plano terreno dentro de mais alguns anos, mas compreendo que não mais terei necessidade de passar pelas duras provas que me corroeu a vitalidade.
Alegra-me ver meus pais queridos na frequência dessa casa espírita.
Que aproveitem a oportunidade e conheçam em profundidade o Espiritismo.
Não deixem para depois, para quando der.
Ninguém sabe a hora de voltarmos para nossa pátria verdadeira.
Aproveitem, mãe e pai, todos os minutos de suas vidas.
Ela é o bem mais precioso que alguém pode receber de Deus.
Despeço-me, agradecido por aqui estar manifestando-me.
Do filho que sempre os amará, Valter".
Espírito: Valter Guilherme de Oliveira
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
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Pequena Sueli
Qual o seu nome?
- Chamo-me Sueli.
Que faz entre nós nessa noite?
- Estou aqui a convite, pois meus pais têm vínculos com esta instituição.
São assistidos pelos serviços assistenciais à distância.
Porque veio?
- Disseram-me que preciso falar um pouco da minha vida aqui no mundo dos Espíritos.
Que acha do ambiente?
- Tudo é muito grande e bem separado, de modo que não confundamos o que se passa.
Separado como?
- Os Espíritos são agrupados conforme seu estado de perturbação.
Vários ambientes são criados para que a ordem permaneça.
Como isso é possível?
- Vejo que tudo parece existir no mesmo lugar, mas dizem que separados por barreiras vibratórias.
Onde vive?
- Numa colónia chamada Gente Feliz.
De onde vem o nome?
- Da condição irradiada pelas entidades ali matriculadas.
Todos são felizes ali?
- Bem, a felicidade entre seus habitantes é relativa ao grau de manifestação em que as entidades se encontram.
São todas crianças.
Como sabe de certas particularidades dessa região e mesmo do que se passa na reunião desse dia?
- Bem, estou com minha lucidez já bastante recuperada.
Quando se perde a vida na fase da infância, como criança fica-se até que essa lucidez manifeste-se em plenitude.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
O que acontece depois?
- Deixa-se a colónia e segue-se para outras regiões onde se toma consciência das razões da interrupção da vida, das consequências e possíveis providências a serem tomadas para compensar o necessário.
Como é sua aparência?
- Ainda mantenho-me com a aparência que tinha na minha partida do mundo terreno, mas estou mais madura.
Como é essa adaptação?
- Ela ocorre primeiro na área do pensamento.
Em alguns Espíritos é mais rápido, em outros mais lento.
Após superada essa fase de conscientização, começa o período de lucidez, onde as lembranças do passado (antes dessa última vida) vai aos poucos retornando.
E como se sente?
- É um processo interessante porque a cada acréscimo de lembrança, sente-se amadurecer a personalidade.
A sensação é de bem-estar.
Aos poucos vamos nos recordando de factos e de necessidades.
Tudo parece encaixar-se e as experiências, mesmo as mais dolorosas, são necessárias à elucidação definitiva do ser.
Crianças sofrem na Espiritualidade?
- Não. Não há erraticidade para as crianças que desencarnam em tenra idade.
Suas almas estão em condição especial.
Recolhem-nos de imediato, preparando-as para um gradual despertar.
Como a criança é informada de seu passamento?
- Entidades de elevada condição são encarregadas dessa delicada tarefa.
O psiquismo infantil necessita de cuidados especiais em todas as situações e não poderia ser diferente nesta circunstância.
Deixará Gente Feliz em breve?
- Sim, está chegando meu momento de partir.
Voltaremos a vê-la?
- Sim, os que se simpatizam nunca se separam.
Afinal, somos uma grande família.
Espero que meus possam ver esta mensagem.
Que o Criador Supremo do Universo vos abençoe.
- Pequena Sueli. -
Espírito: Pequena Sueli
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
§.§.§- O-canto-da-ave
O que acontece depois?
- Deixa-se a colónia e segue-se para outras regiões onde se toma consciência das razões da interrupção da vida, das consequências e possíveis providências a serem tomadas para compensar o necessário.
Como é sua aparência?
- Ainda mantenho-me com a aparência que tinha na minha partida do mundo terreno, mas estou mais madura.
Como é essa adaptação?
- Ela ocorre primeiro na área do pensamento.
Em alguns Espíritos é mais rápido, em outros mais lento.
Após superada essa fase de conscientização, começa o período de lucidez, onde as lembranças do passado (antes dessa última vida) vai aos poucos retornando.
E como se sente?
- É um processo interessante porque a cada acréscimo de lembrança, sente-se amadurecer a personalidade.
A sensação é de bem-estar.
Aos poucos vamos nos recordando de factos e de necessidades.
Tudo parece encaixar-se e as experiências, mesmo as mais dolorosas, são necessárias à elucidação definitiva do ser.
Crianças sofrem na Espiritualidade?
- Não. Não há erraticidade para as crianças que desencarnam em tenra idade.
Suas almas estão em condição especial.
Recolhem-nos de imediato, preparando-as para um gradual despertar.
Como a criança é informada de seu passamento?
- Entidades de elevada condição são encarregadas dessa delicada tarefa.
O psiquismo infantil necessita de cuidados especiais em todas as situações e não poderia ser diferente nesta circunstância.
Deixará Gente Feliz em breve?
- Sim, está chegando meu momento de partir.
Voltaremos a vê-la?
- Sim, os que se simpatizam nunca se separam.
Afinal, somos uma grande família.
Espero que meus possam ver esta mensagem.
Que o Criador Supremo do Universo vos abençoe.
- Pequena Sueli. -
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Mensagem de Ana Lúcia
Querida mamãe Zulmira e querido papai Roque, Deus nos abençoe.
Estou aqui com a vovó Idalina.
Devagar me recupero da situação que me compeliu a deixar o corpo naquelas circunstâncias indesejáveis.
Não tenho mágoa de ninguém, cada qual responderá por si naquilo que faça a si mesmo ou aos outros.
Esqueçamos, mamãe, as dificuldades que tanto nos tem entristecido.
Com certeza, o meu espírito estava necessitado de suportar tudo aquilo.
Quem sabe em existência anterior eu tenha desrespeitado os sentimentos alheios, não é mesmo?
Os nossos instrutores nos tem dito, que o erro que praticamos é semelhante à tempestade que aos poucos se forma na atmosfera.
Quando as nuvens esparsas se reúnem e as condições ficam propícias, a chuva desaba.
Existem atitudes de nossa parte que recebem imediata resposta da Lei, mas, outras, no entanto, exigem preparo e serão respondidas no tempo.
A injustiça que os homens praticam uns com os outros é manifestação da indefectível justiça do Criador, que se prevalece dos nossos actos de invigilância para nos educar o espírito.
Mamãe Zulmira, transmita o meu amor e o meu carinho à Maria Inês, ao Luiz Francisco e aos queridos sobrinhos Leonardo, Lívia e Leopoldo.
Eu não os esqueço, estamos juntos.
Não tenhamos receio, mamãe, de dizer aos outros que eu fui vítima do H.I.V.
O vírus que tem dizimado tantas vidas, surgiu no mundo para também nos ensinar humildade.
Com certeza, já falamos muito dos outros, não é?
Agora estamos sendo forçados a aprender a guardar silêncio;
se eu fosse o caluniador ou o crítico contumaz, mais eu teria medo, medo do que a minha própria língua leviana pudesse fazer a mim e aos meus.
Nas lições que tenho escutado dos nossos benfeitores, registei uma que me surpreendeu, que me impressionou vivamente;
eles nos disseram que o mal, que com ou sem razão deliberamos fazer aos outros, não nos será anulado no chamado Choque de Retorno, que fatalmente nos atingirá, nem com a prática do bem.
O bem, por assim dizer, poderá nos minimizar o impacto da prova, mas, não impedirá que ela nos atinja.
Mamãe, com meu amor a todos que queremos bem, deixo-lhes o meu afecto.
Sempre a sua filha que não a esquece...
Ana Lúcia Alves Rocha
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Almas perfumadas
São tantas as pessoas importantes em nossa vida...
Por vezes nos falta tempo ou oportunidade para lembrá-las disso.
Como a oportunidade somos nós que fazemos, e tempo é questão de prioridade, quem sabe seja este o momento de lembrar de alguém que amamos.
Eis belo poema de Ana Jácomo para sua avó Edith:
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem para escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga para isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atracção que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando connosco de rostinho colado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Minha avó era alguém assim.
Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores.
A minha, foi uma delas.
E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou.
E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.
Momento Espírita com base no texto Almas perfumadas, de Ana Jácomo, constante em seu blog: anajacomo.blogspot.com
§.§.§- O-canto-da-ave
Por vezes nos falta tempo ou oportunidade para lembrá-las disso.
Como a oportunidade somos nós que fazemos, e tempo é questão de prioridade, quem sabe seja este o momento de lembrar de alguém que amamos.
Eis belo poema de Ana Jácomo para sua avó Edith:
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem para escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga para isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atracção que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando connosco de rostinho colado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Minha avó era alguém assim.
Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores.
A minha, foi uma delas.
E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou.
E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.
Momento Espírita com base no texto Almas perfumadas, de Ana Jácomo, constante em seu blog: anajacomo.blogspot.com
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Carta de Gratidão
Volto, com a permissão de Deus depois de alguns anos... suficientes pelo meu refazimento necessário.
Depois de minha internação naquele corpo deficiente, em que jamais foi possível externar a gratidão que tive pela mamãe generosa e o papai carinhoso que me souberam amar com ternura.
Mas, apenas hoje posso escrever e me exprimir sem dificuldade através da caneta do amigo que se propõe a escrever meus sentimentos e profunda gratidão.
Conhecem os amigos os diversos processos em que retornamos à Terra, muitas vezes atormentados ou aturdidos, em processos difíceis.
Mas tão logo nos reorganizamos, os desafectos são desfeitos, é quando podemos aspirar a melhores dias...
Hoje, este dia é presente.
Agradeço aos amigos pelas visitas que faziam em nossas casa, através das orações que me traziam alívio à alma imanifesta naquela abençoado corpinho enfermo.
Foi através dele que minha alma ganhou, enfim, o repouso necessário.
Agradeço muito por isso, meus irmãos.
Que Jesus os recompense em dobro pela importante tarefa a que se consagram.
Gostaria de dizer a vocês, meus amigos, que inúmeras crianças portadoras do autismo, de igual modo carecem dessa visitação, pois, foi nestas pequenas reuniões que pude perceber o cárcere luminoso em que me encontrava, a fim de resgatar o tormento provocado pelo acto impensado a que me permiti, em existência próxima.
Que nosso Senhor, nesta Casa de Eurípedes, continue alimentando esse desejo incontido dos homens de bom coração de sempre esparramarem a paz, que desejam repartir com o mundo.
Os amigos devem estar se perguntando, quem sou eu?
Sou o Luciano a quem consagram sua energia através dos passes magnéticos, alimentando na mamãe Maria Helena e no papai Nico, a força que tanto necessitavam de palavras de paz e harmonia.
Meus amigos, muita paz a todos vocês.
Obrigado!
Luciano
Palavra Espírita
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Mensagem de Cláudio
Meu nome é Cláudio.
Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas.
Tinha nas mãos todos os recursos para vencer segundo os moldes da vida.
Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias.
Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.
Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito;
se desci a mais negra degradação;
se entorpeci meus sentidos anulando-me física e espiritualmente, só a mim cabe a culpa.
Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira.
Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança.
Essa excessiva confiança talvez tenha sido a causa mais de minha falência.
Quando comecei a trilhar os primeiros passos no vício e pedir dinheiro, mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.
Mergulhei em sofrimento inenarráveis.
Sofri todas as torturas, conheci o inferno de perto.
Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.
Jovens, sêde prudentes, valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam do amigos da noite e das horas vazias.
Quando socorrido numa colónia-abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos predilectos, meu bombom favorito.
Chorei de desespero com saudade do menino que fui.
Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo.
Mas, não tenho mais tempo...
Perdi minha chance.
Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.
Meu Deus, como sou infeliz!
Mas, queixas não transformam destino.
Agora é o recomeço difícil.
Quase nada conheci nem pude realizar.
Na próxima vida, muito menos farei.
Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam de prova de um filho mongolóide.
Difícil caminho, eu sei...
Mas, pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.
Quando virem um jovem alegre passar e lhe parecer um vencedor, orem por ele.
Quem sabe no meio da multidão, inconsequente não caminha apenas mais um vencido!
Evangelho e Acção
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A Prece Salvou-me
“Senhor Jesus, amigo de todos os momentos.
Quero agradecer-te pela oportunidade de apresentar-me entre os homens de bem e, com isso, conseguir instruir-me.
Sou aquele que tirou a própria vida e que Tua misericórdia atendeu sob o domínio do desespero.
Hoje volto a esta casa para falar da importância da fé e do conhecimento relativo às vidas que se sucedem.
Motivado por provas difíceis acabei levado à insensatez de tirar a minha vida material.
Foi grande meu desapontamento quando despertei entre os angustiados no mundo dos Espíritos.
Tomou conta de mim uma profunda melancolia e uma sensação imensa de fracasso, que me atormentava em todos os momentos.
Não sei precisar quanto tempo fiquei assim, mas em minhas angústias intermináveis muitas vezes desejei ser simplesmente apagado do plano existencial, pois os sofrimentos pareciam insuportáveis.
Depois de longo período, recordei-me de minha avó que durante a minha infância ajudava-me a superar o medo do escuro com suaves canções.
Nesse lugar onde me encontrava não conseguia sequer sentir medo, tal era o meu nível de desequilíbrio.
Resolvi orar, frente a essas recordações que me chegaram ao plano mental como uma suave brisa.
Fiz assim, como que instintivamente para, num derradeiro esforço, livrar-me de tanto desespero.
Eis que um mensageiro surgiu do nada para convidar-me a visitar esta casa de socorro.
Ouviram-me as preces.
Era minha antiga avó Jacira que estendia as mãos para me tirar de mais uma de minhas crises de medo, agora da maior crise que havia vivenciado.
Maurílio, disse-me, aqui estou para atender teu apelo.
Aproxima-te.
Eis que fomos envolvidos por luz azulada que ao modo de um bálsamo parecia dizer-me que as dores iriam cessar.
Fomos transportados quase que instantaneamente para próximo da colónia que me serviu de suporte.
Confortava-me com preces, canções e palavras amigas.
Recebi um forte envolvimento energético e daqui segui para o hospital em Santa Bárbara onde permaneci alguns dias em recuperação.
Pacientemente vovó me visitava todos os dias para falar-me das lições valiosas do Espírito que não conhecia.
Agora sabia de muitas coisas que davam sentido à minha vida.
Continuarei instruindo-me com todos e com tudo o que vejo neste lado da vida.
Meu futuro será difícil bem o sei, mas estou confiante que serei bem sucedido.
Tenho comigo a certeza de que a prece é o poderoso recurso a amparar os que lutam pelo crescimento espiritual.
Foi ela que me salvou.
Agora, o que mais me impressiona é o conhecimento das vidas passadas.
Tivesse esses ensinamentos valorosos e jamais teria cometido a insanidade de matar meu corpo fora da hora programada pelos Benfeitores que nos guiam pela experiência.
Lembrem-se, pois, de um irmão que muito errou, mas que foi salvo das regiões inferiores pela prece e que hoje sonha com a felicidade dos eleitos pelo conhecimento que começa a vislumbrar.
Humilde e envergonhado, Maurílio, vosso irmão.”
Fonte: Grupo Espírita Bezerra de Menezes
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Eles viverão
A Espiritualidade Superior ensina que os planetas funcionam como educandários.
Os Espíritos neles encarnam para ter as experiências evolutivas de que necessitam.
A Terra por ora serve de morada e escola para Espíritos de reduzida evolução.
Embora, em geral, não falte inteligência aos habitantes do orbe, eles ainda vacilam no quesito da moralidade.
Têm facilidades de raciocínio, mas possuem dificuldades nos planos do sentimento, da conduta.
Certamente incontáveis se esforçam para viver com dignidade e o conseguem.
Entretanto, ainda é comum o triste espectáculo da leviandade, da corrupção e da crueldade.
Em um mundo imperfeito, a impunidade dos espertos e dos poderosos costuma ser frequente.
Não raro, esse panorama de vício aparentemente vitorioso causa indignação.
Muitos desanimam quando se deparam com certas cenas.
Pode ser o político corrupto que segue livre, mediante a adopção de estratagemas legais.
Ou quem, para enriquecer, não se incomoda de destruir o meio ambiente.
Talvez seja quem abusa da inocência ou oprime os fracos.
Ou então quem vence demandas na justiça contando com testemunhos falsos.
Não faltam exemplos de maldade vitoriosa, ao menos na aparência.
Seguramente, todos devem agir, no limite de suas forças, para que o bem se instale no mundo.
Mas, quando o mal parece vencer, não há razão para raiva ou desânimo.
Não há necessidade de desejar o mal para os que semeiam a desgraça nos caminhos alheios.
Para manter o coração em paz, basta reflectir que eles viverão.
Sim, a morte não existe e todos seguirão vivos para sempre.
A vida dispõe de recursos para produzir arrependimento nos que se fizeram culpados.
Cedo ou tarde, chega o momento de rever a própria conduta e de enfrentar as consequências do que se fez.
Tal pode se dar na mesma encarnação, mediante importantes decepções, ignoradas da colectividade.
Ou no plano espiritual, onde não há disfarces possíveis quanto à própria realidade íntima.
Ou mesmo em outras existências, nas quais se experimentem as dores que se semeou na vida do próximo.
A vida constitui o melhor remédio para qualquer género de decadência.
Todos viverão para sempre e cada qual será feliz ou desgraçado, conforme as opções que fez.
A cada um segundo suas obras, como bem disse Jesus.
Assim, não convém praguejar contra quem fere, rouba, ilude ou mata.
Basta saber que os corruptos, os mentirosos e os defraudadores da paz alheia também viverão.
A cada homem incumbe o dever de ser digno e solidário, de esclarecer, amparar e socorrer.
Os desvios incontornáveis, segundo a óptica humana, ficam por conta da Lei Divina, sempre perfeita e actuante.
Pense nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Os Espíritos neles encarnam para ter as experiências evolutivas de que necessitam.
A Terra por ora serve de morada e escola para Espíritos de reduzida evolução.
Embora, em geral, não falte inteligência aos habitantes do orbe, eles ainda vacilam no quesito da moralidade.
Têm facilidades de raciocínio, mas possuem dificuldades nos planos do sentimento, da conduta.
Certamente incontáveis se esforçam para viver com dignidade e o conseguem.
Entretanto, ainda é comum o triste espectáculo da leviandade, da corrupção e da crueldade.
Em um mundo imperfeito, a impunidade dos espertos e dos poderosos costuma ser frequente.
Não raro, esse panorama de vício aparentemente vitorioso causa indignação.
Muitos desanimam quando se deparam com certas cenas.
Pode ser o político corrupto que segue livre, mediante a adopção de estratagemas legais.
Ou quem, para enriquecer, não se incomoda de destruir o meio ambiente.
Talvez seja quem abusa da inocência ou oprime os fracos.
Ou então quem vence demandas na justiça contando com testemunhos falsos.
Não faltam exemplos de maldade vitoriosa, ao menos na aparência.
Seguramente, todos devem agir, no limite de suas forças, para que o bem se instale no mundo.
Mas, quando o mal parece vencer, não há razão para raiva ou desânimo.
Não há necessidade de desejar o mal para os que semeiam a desgraça nos caminhos alheios.
Para manter o coração em paz, basta reflectir que eles viverão.
Sim, a morte não existe e todos seguirão vivos para sempre.
A vida dispõe de recursos para produzir arrependimento nos que se fizeram culpados.
Cedo ou tarde, chega o momento de rever a própria conduta e de enfrentar as consequências do que se fez.
Tal pode se dar na mesma encarnação, mediante importantes decepções, ignoradas da colectividade.
Ou no plano espiritual, onde não há disfarces possíveis quanto à própria realidade íntima.
Ou mesmo em outras existências, nas quais se experimentem as dores que se semeou na vida do próximo.
A vida constitui o melhor remédio para qualquer género de decadência.
Todos viverão para sempre e cada qual será feliz ou desgraçado, conforme as opções que fez.
A cada um segundo suas obras, como bem disse Jesus.
Assim, não convém praguejar contra quem fere, rouba, ilude ou mata.
Basta saber que os corruptos, os mentirosos e os defraudadores da paz alheia também viverão.
A cada homem incumbe o dever de ser digno e solidário, de esclarecer, amparar e socorrer.
Os desvios incontornáveis, segundo a óptica humana, ficam por conta da Lei Divina, sempre perfeita e actuante.
Pense nisso.
Momento Espírita.
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A vida continua
LÚCIA FERREIRA, desencarnada em maio de 1971, aos 16 anos:
"Querida mamãe, estou aqui pedindo seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, 4 de maio, pensando em descobrir como ia encontrar um presente para o seu carinho no dia das mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juverssídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar;
entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranquilidade, protecção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui no Plano Espiritual vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago.
Não sei, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as coisas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a vovó Ana.
Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória.
Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele que nos deu nome a casa de ensino Gerónimo Carlos Prado, e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui vou melhorando".
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: ENTRE DUAS VIDAS, de 1974
§.§.§- O-canto-da-ave
"Querida mamãe, estou aqui pedindo seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, 4 de maio, pensando em descobrir como ia encontrar um presente para o seu carinho no dia das mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juverssídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar;
entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranquilidade, protecção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui no Plano Espiritual vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago.
Não sei, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as coisas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a vovó Ana.
Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória.
Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele que nos deu nome a casa de ensino Gerónimo Carlos Prado, e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui vou melhorando".
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: ENTRE DUAS VIDAS, de 1974
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Vício
A história que passo a narrar aconteceu comigo.
Sei bem o quanto sofri e espero com este relato abrir os olhos de outros, para que não passem pelo que passei.
Fui viciado.
Usava qualquer tipo de droga que aparecesse.
Fumava, cheirava, injectava, bebia.
Tornei-me um farrapo humano, mais parecendo um animal enlouquecido, sempre em busca de saciar meu vício.
Matei e roubei para permanecer drogado.
Até que fui morto.
Mas não dei a mínima.
Tão logo desencarnei, fui “recebido” por uma gangue de espíritos viciados como eu.
Feios, sem luz, mal-cheirosos e... maus.
Mas, no princípio, fiquei satisfeito em estar com eles, porque pude manter o meu vício, pegando “carona” com os encarnados.
Saí do submundo da Terra e passei a habitar o submundo espiritual, no mais sombrio e apavorante dos umbrais.
De lá ou em visita à Terra, mantinha-me entrelaçado com diversos encarnados.
Eles fumavam e eu fumava junto.
Cheiravam e lá estava eu, absorvendo seus fluídos.
Vivia tão grudado a eles que mais aprecia um único ser.
Muitas vezes o infeliz queria largar tudo, mas eu ficava martelando em sua cabeça a necessidade de usar as drogas e o coitado não resistia.
Tornei-me um parasita e fugia dos Benfeitores Iluminados que ora ou outra sondavam-me, tentando em vão auxiliar-me.
Eu e minha gangue expulsávamos tais anjos com insultos e agressões de todos os tipos.
Nem sei quanto tempo vivi vampirizando as pessoas, que acabavam desencarnando e vindo parar também em nosso bando.
Curiosamente, nossa gangue não crescia.
Volta e meia, um dos nossos desaparecia misteriosamente e, no fundo, ninguém se importava muito, pois assim teríamos menos vítima para compartilhar.
Até que aconteceu comigo.
Incorrigível, afastado de Deus, fui considerado pelos Benfeitores um caso perdido, um espírito endurecido demais para ser tratado nas colónias.
Fui retirado dali contra a minha vontade e colocado em estado de letargia para, tempos depois, vir a reencarnar compulsoriamente.
Devido aos maus tratos que infringi a mim mesmo e que ficaram gravados em meu espírito, tive algumas encarnações interrompidas precocemente devido a debilidade do meu sistema físico.
Nestas oportunidades as doenças e o sofrimento me deram o discernimento suficiente para que eu retomasse o rumo da minha própria evolução.
Na encarnação que se sucedeu, e que cumpri até o fim por minha escolha, fui tetraplégico e desencarnei consumido pelo câncer.
Foi a maneira que encontrei de agilizar minha purificação e de garantir que não sucumbiria à tentação de drogar-me novamente.
Desencarnado, recuperei-me e hoje trabalho somando esforços ao grupo que me resgatou.
E, mesmo depois de tantos percalços ainda preciso de força de vontade para não cair novamente.
Fica aqui a minha contribuição, esperando tocar a consciência daqueles que hoje enveredam pelo submundo das drogas.
Isaías.
§.§.§- O-canto-da-ave
Sei bem o quanto sofri e espero com este relato abrir os olhos de outros, para que não passem pelo que passei.
Fui viciado.
Usava qualquer tipo de droga que aparecesse.
Fumava, cheirava, injectava, bebia.
Tornei-me um farrapo humano, mais parecendo um animal enlouquecido, sempre em busca de saciar meu vício.
Matei e roubei para permanecer drogado.
Até que fui morto.
Mas não dei a mínima.
Tão logo desencarnei, fui “recebido” por uma gangue de espíritos viciados como eu.
Feios, sem luz, mal-cheirosos e... maus.
Mas, no princípio, fiquei satisfeito em estar com eles, porque pude manter o meu vício, pegando “carona” com os encarnados.
Saí do submundo da Terra e passei a habitar o submundo espiritual, no mais sombrio e apavorante dos umbrais.
De lá ou em visita à Terra, mantinha-me entrelaçado com diversos encarnados.
Eles fumavam e eu fumava junto.
Cheiravam e lá estava eu, absorvendo seus fluídos.
Vivia tão grudado a eles que mais aprecia um único ser.
Muitas vezes o infeliz queria largar tudo, mas eu ficava martelando em sua cabeça a necessidade de usar as drogas e o coitado não resistia.
Tornei-me um parasita e fugia dos Benfeitores Iluminados que ora ou outra sondavam-me, tentando em vão auxiliar-me.
Eu e minha gangue expulsávamos tais anjos com insultos e agressões de todos os tipos.
Nem sei quanto tempo vivi vampirizando as pessoas, que acabavam desencarnando e vindo parar também em nosso bando.
Curiosamente, nossa gangue não crescia.
Volta e meia, um dos nossos desaparecia misteriosamente e, no fundo, ninguém se importava muito, pois assim teríamos menos vítima para compartilhar.
Até que aconteceu comigo.
Incorrigível, afastado de Deus, fui considerado pelos Benfeitores um caso perdido, um espírito endurecido demais para ser tratado nas colónias.
Fui retirado dali contra a minha vontade e colocado em estado de letargia para, tempos depois, vir a reencarnar compulsoriamente.
Devido aos maus tratos que infringi a mim mesmo e que ficaram gravados em meu espírito, tive algumas encarnações interrompidas precocemente devido a debilidade do meu sistema físico.
Nestas oportunidades as doenças e o sofrimento me deram o discernimento suficiente para que eu retomasse o rumo da minha própria evolução.
Na encarnação que se sucedeu, e que cumpri até o fim por minha escolha, fui tetraplégico e desencarnei consumido pelo câncer.
Foi a maneira que encontrei de agilizar minha purificação e de garantir que não sucumbiria à tentação de drogar-me novamente.
Desencarnado, recuperei-me e hoje trabalho somando esforços ao grupo que me resgatou.
E, mesmo depois de tantos percalços ainda preciso de força de vontade para não cair novamente.
Fica aqui a minha contribuição, esperando tocar a consciência daqueles que hoje enveredam pelo submundo das drogas.
Isaías.
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Perdido
Foi um choque quando pude finalmente rever minha família.
A gente perde mesmo a noção do tempo quando se está preso a uma determinada situação.
Minha querida esposa estava já muito idosa e rodeada de crianças, sete ao todo.
Lembro-me da última vez que a vi, jovem, bonita, com um filho na barriga e outros dois pequenos.
Bastou ficar um pouco em casa (a mesma casa, porém toda modificada) para compreender que aquelas crianças eram meus netos.
Minha esposa, sozinha, criara nossos três filhos, que, graças a Deus, cresceram casaram-se e tiveram seus próprios filhos.
E eu, onde estivera neste tempo todo?
Estava por aí, perdido, sem saber o que havia acontecido e sem encontrar o caminho de casa.
Aliás, sem encontrar caminho algum.
Foram tempos de desespero, de saudade, de dor e sem compreender o porquê.
Quando perdi meu corpo, de parada cardíaca fulminante, perdi também meu rumo, pois sempre cultivei uma existência completamente materialista.
Só fui lembrar-me de Deus muito depois, e foi assim que recebi ajuda.
Por minha ignorância espiritual não pude acompanhar o crescimento de meus filhos e nem amparar minha esposa.
Por isso cultive sempre o Amor em seu coração e viva a vida com desprendimento.
Nunca se sabe a hora que Deus o chamará.
E, quando sua hora chegar, esteja pronto para ouvir e compreender o chamado.
Ângelo.
§.§.§- O-canto-da-ave
A gente perde mesmo a noção do tempo quando se está preso a uma determinada situação.
Minha querida esposa estava já muito idosa e rodeada de crianças, sete ao todo.
Lembro-me da última vez que a vi, jovem, bonita, com um filho na barriga e outros dois pequenos.
Bastou ficar um pouco em casa (a mesma casa, porém toda modificada) para compreender que aquelas crianças eram meus netos.
Minha esposa, sozinha, criara nossos três filhos, que, graças a Deus, cresceram casaram-se e tiveram seus próprios filhos.
E eu, onde estivera neste tempo todo?
Estava por aí, perdido, sem saber o que havia acontecido e sem encontrar o caminho de casa.
Aliás, sem encontrar caminho algum.
Foram tempos de desespero, de saudade, de dor e sem compreender o porquê.
Quando perdi meu corpo, de parada cardíaca fulminante, perdi também meu rumo, pois sempre cultivei uma existência completamente materialista.
Só fui lembrar-me de Deus muito depois, e foi assim que recebi ajuda.
Por minha ignorância espiritual não pude acompanhar o crescimento de meus filhos e nem amparar minha esposa.
Por isso cultive sempre o Amor em seu coração e viva a vida com desprendimento.
Nunca se sabe a hora que Deus o chamará.
E, quando sua hora chegar, esteja pronto para ouvir e compreender o chamado.
Ângelo.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Apenas um filho
Na aldeia era comum se encontrarem as mulheres na praça, em torno do poço que servia à comunidade.
Era o momento em que elas faziam pequena pausa em seus tantos afazeres, aproveitando para trocarem ideias, conversarem a respeito das novidades que, afinal, naquela localidade, não eram muitas.
Naquela manhã, encontraram-se três mulheres ao lado do poço.
E, enquanto retiravam a água e enchiam seus potes com o precioso líquido, puseram-se a conversar.
Falou a primeira:
Meu filho é muito forte, corre e pula.
É com alegria que o vejo disputando corrida com outros meninos e vencer a todos.
A segunda disse, logo em seguida:
O meu filho canta como os passarinhos.
Acorda pela manhã e canta.
Conhece belas canções e enche de harmonia os meus ouvidos.
E, porque a terceira mulher permanecesse em silêncio, enquanto despejava água do balde em seu pote, um homem que as observava, perguntou:
Você não tem filhos?
A jovem olhou para ele e respondeu, com delicadeza:
Tenho um menino. Mas ele é um menino normal como todas as crianças.
Com seus potes cheios de água, as três mulheres foram caminhando, de retorno aos seus lares.
No meio do caminho, pararam para descansar e o homem sentou-se ao lado delas.
Passados poucos minutos, elas viram seus filhos vindo ao seu encontro.
O primeiro vinha pulando pequenos obstáculos pelo caminho e correndo.
Notava-se-lhe a vivacidade, a agilidade.
O segundo vinha cantando uma linda canção e sua voz soava pelo caminho, de forma encantadora.
O terceiro simplesmente vinha andando mas, ao ver sua mãe, foi em sua direcção e a abraçou, com especial carinho, como se lhe desejasse transmitir energias renovadas.
Depois, abaixou-se, pegou o pote cheio de água e foi andando, no rumo de casa.
Nesse momento, as três mulheres se voltaram para o homem que continuava sentado à beira do caminho e lhe indagaram:
E então, o que o senhor achou dos nossos filhos?
O homem levantou-se, demonstrando que prosseguiria seu caminho e respondeu, de forma sábia:
Realmente, eu acabei de ver três meninos.
Mas vi apenas um filho.
No Código Divino que conhecemos como o Decálogo, que nos chegou através do grande legislador hebreu, está escrito:
Honra a teu pai e tua mãe, a fim de viveres longo tempo na Terra que o Senhor, teu Deus, te dará.
A exortação nos remete ao preito de gratidão que devemos ter para com aqueles que são os responsáveis pela nossa vida na Terra.
Os que nos geraram um corpo a fim de que, Espíritos imortais, transitemos pela Terra, progredindo e crescendo para a luz.
Honrar pai e mãe é estar atento às suas necessidades, é auxiliá-los nas tarefas, é lhes dizer da gratidão, com afagos, carinho.
Mesmo que possamos dizer que deles, por uma ou outra razão, não recebemos carinho, apoio, atenção maior, não nos esqueçamos de ser filhos.
Qualquer que seja a circunstância, eles nos permitiram viver.
E por isso estamos aqui, nesta abençoada escola chamada Terra, um planeta de tantas belezas e generosas bênçãos.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base em lenda judaica.
§.§.§- O-canto-da-ave
Era o momento em que elas faziam pequena pausa em seus tantos afazeres, aproveitando para trocarem ideias, conversarem a respeito das novidades que, afinal, naquela localidade, não eram muitas.
Naquela manhã, encontraram-se três mulheres ao lado do poço.
E, enquanto retiravam a água e enchiam seus potes com o precioso líquido, puseram-se a conversar.
Falou a primeira:
Meu filho é muito forte, corre e pula.
É com alegria que o vejo disputando corrida com outros meninos e vencer a todos.
A segunda disse, logo em seguida:
O meu filho canta como os passarinhos.
Acorda pela manhã e canta.
Conhece belas canções e enche de harmonia os meus ouvidos.
E, porque a terceira mulher permanecesse em silêncio, enquanto despejava água do balde em seu pote, um homem que as observava, perguntou:
Você não tem filhos?
A jovem olhou para ele e respondeu, com delicadeza:
Tenho um menino. Mas ele é um menino normal como todas as crianças.
Com seus potes cheios de água, as três mulheres foram caminhando, de retorno aos seus lares.
No meio do caminho, pararam para descansar e o homem sentou-se ao lado delas.
Passados poucos minutos, elas viram seus filhos vindo ao seu encontro.
O primeiro vinha pulando pequenos obstáculos pelo caminho e correndo.
Notava-se-lhe a vivacidade, a agilidade.
O segundo vinha cantando uma linda canção e sua voz soava pelo caminho, de forma encantadora.
O terceiro simplesmente vinha andando mas, ao ver sua mãe, foi em sua direcção e a abraçou, com especial carinho, como se lhe desejasse transmitir energias renovadas.
Depois, abaixou-se, pegou o pote cheio de água e foi andando, no rumo de casa.
Nesse momento, as três mulheres se voltaram para o homem que continuava sentado à beira do caminho e lhe indagaram:
E então, o que o senhor achou dos nossos filhos?
O homem levantou-se, demonstrando que prosseguiria seu caminho e respondeu, de forma sábia:
Realmente, eu acabei de ver três meninos.
Mas vi apenas um filho.
No Código Divino que conhecemos como o Decálogo, que nos chegou através do grande legislador hebreu, está escrito:
Honra a teu pai e tua mãe, a fim de viveres longo tempo na Terra que o Senhor, teu Deus, te dará.
A exortação nos remete ao preito de gratidão que devemos ter para com aqueles que são os responsáveis pela nossa vida na Terra.
Os que nos geraram um corpo a fim de que, Espíritos imortais, transitemos pela Terra, progredindo e crescendo para a luz.
Honrar pai e mãe é estar atento às suas necessidades, é auxiliá-los nas tarefas, é lhes dizer da gratidão, com afagos, carinho.
Mesmo que possamos dizer que deles, por uma ou outra razão, não recebemos carinho, apoio, atenção maior, não nos esqueçamos de ser filhos.
Qualquer que seja a circunstância, eles nos permitiram viver.
E por isso estamos aqui, nesta abençoada escola chamada Terra, um planeta de tantas belezas e generosas bênçãos.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base em lenda judaica.
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Depois de Tanto Tempo
Não sabia há quanto tempo estava caminhando.
A estrada deserta rasgava a paisagem desolada e difusamente iluminada por aquele fim de tarde que parecia não ter fim.
Mas, nada mais havia a fazer senão andar e andar, para tentar encontrar ajuda antes do anoitecer.
O carro estava imobilizado lá atrás, caído numa vala ao lado da estrada depois de sofrer uma pane mecânica que me deixou sem direcção.
Quanto mais eu caminhava, mais sozinha me sentia.
Não havia nada, nem o som de um insecto.
Às vezes parecia ouvir a sua voz me chamando, mamãe, o som vindo lá de longe, de onde eu havia abandonado o veículo.
Mas, uma força inexplicável me impelia a seguir em frente, apesar do impacto dos seus chamados me despertarem grande desejo de retornar.
Após muito andar senti que alguma coisa estava diferente, pois custava a anoitecer e podia jurar ter visto pelo caminho muitas coisas e lugares que me pareciam familiares.
Vi de relance, ou pensei ver, coisas, lugares, pessoas e situações que pertenciam a meu passado, o que me fez julgar estar andando em círculos por diversas vezes.
Não havia medo, mas minha preocupação crescia porque não conseguia compreender onde estava e como sair dali.
Achei que rezar seria uma opção e me arrependi sinceramente de não ter lhe dado ouvidos, pois não havia aprendido nenhuma oração direito.
Sei que não foi por falta de você falar.
Mas lembrei-me que você sempre me dizia que rezar é falar com Deus, e pedi perdão por esta falha e, do meu jeito, pedi a Ele que me ajudasse a encontrar alguém que pudesse me auxiliar a encontrar o caminho.
Momentos depois surgiu no horizonte uma mulher de branco.
Aproximei-me e dei de cara com a vovó Maria sorrindo com os braços abertos.
Fiquei trémula pois imediatamente entendi a minha nova situação, mas, sentindo-me reconfortada pela vovó, fiquei bem.
Venho aqui depois de tanto tempo oferecer a você este presente no Dia da Mães, com a permissão de meus Benfeitores.
Você tem sido uma pessoa exemplar e mereceu esta atenção por parte da Espiritualidade.
Sei que você compreendeu a minha partida e, embora com o coração dolorido pela saudade, permaneceu firme em sua fé.
Você estava e está, como sempre, certa em suas impressões.
Era o meu momento, a minha provação e precisei partir daquela forma.
Recebi em meu coração todas as suas orações, que muito me ajudaram e sei que você registou as minhas sensações e a minha presença em você por diversas vezes, pois estou sempre por perto.
Obrigada, mamãe, por ter criado a Paulinha tão bem como me criou.
Ela tornou-se uma linda jovem e eu a amo muito.
Mande minhas saudades e o meu amor a ela e também ao papai.
Amo muito todos vocês e estou na minha melhor forma, como costuma dizer.
A vida aqui é linda, como você sempre me contava.
Beijos
Alessandra.
§.§.§- O-canto-da-ave
A estrada deserta rasgava a paisagem desolada e difusamente iluminada por aquele fim de tarde que parecia não ter fim.
Mas, nada mais havia a fazer senão andar e andar, para tentar encontrar ajuda antes do anoitecer.
O carro estava imobilizado lá atrás, caído numa vala ao lado da estrada depois de sofrer uma pane mecânica que me deixou sem direcção.
Quanto mais eu caminhava, mais sozinha me sentia.
Não havia nada, nem o som de um insecto.
Às vezes parecia ouvir a sua voz me chamando, mamãe, o som vindo lá de longe, de onde eu havia abandonado o veículo.
Mas, uma força inexplicável me impelia a seguir em frente, apesar do impacto dos seus chamados me despertarem grande desejo de retornar.
Após muito andar senti que alguma coisa estava diferente, pois custava a anoitecer e podia jurar ter visto pelo caminho muitas coisas e lugares que me pareciam familiares.
Vi de relance, ou pensei ver, coisas, lugares, pessoas e situações que pertenciam a meu passado, o que me fez julgar estar andando em círculos por diversas vezes.
Não havia medo, mas minha preocupação crescia porque não conseguia compreender onde estava e como sair dali.
Achei que rezar seria uma opção e me arrependi sinceramente de não ter lhe dado ouvidos, pois não havia aprendido nenhuma oração direito.
Sei que não foi por falta de você falar.
Mas lembrei-me que você sempre me dizia que rezar é falar com Deus, e pedi perdão por esta falha e, do meu jeito, pedi a Ele que me ajudasse a encontrar alguém que pudesse me auxiliar a encontrar o caminho.
Momentos depois surgiu no horizonte uma mulher de branco.
Aproximei-me e dei de cara com a vovó Maria sorrindo com os braços abertos.
Fiquei trémula pois imediatamente entendi a minha nova situação, mas, sentindo-me reconfortada pela vovó, fiquei bem.
Venho aqui depois de tanto tempo oferecer a você este presente no Dia da Mães, com a permissão de meus Benfeitores.
Você tem sido uma pessoa exemplar e mereceu esta atenção por parte da Espiritualidade.
Sei que você compreendeu a minha partida e, embora com o coração dolorido pela saudade, permaneceu firme em sua fé.
Você estava e está, como sempre, certa em suas impressões.
Era o meu momento, a minha provação e precisei partir daquela forma.
Recebi em meu coração todas as suas orações, que muito me ajudaram e sei que você registou as minhas sensações e a minha presença em você por diversas vezes, pois estou sempre por perto.
Obrigada, mamãe, por ter criado a Paulinha tão bem como me criou.
Ela tornou-se uma linda jovem e eu a amo muito.
Mande minhas saudades e o meu amor a ela e também ao papai.
Amo muito todos vocês e estou na minha melhor forma, como costuma dizer.
A vida aqui é linda, como você sempre me contava.
Beijos
Alessandra.
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Ferido em Combate
Tombei no campo de batalha.
Uma granada, uma bomba ou coisa parecida acertou-me em cheio e arrancou minha perna de um só golpe.
A dor era insuportável e fazia-me gritar e rogar a Deus que desse um fim naquilo.
Em meio ao horror do combate, vi outros do meu regimento caírem e, ali, sem poder mover-me, assisti ao sangrento embate entre soldados de duas nações até o fim de suas forças.
Horas depois, o silêncio só era quebrado pelos gemidos de agonia dos feridos.
Leve fumaça tornava o ar pesado, com forte cheiro de pólvora e de carne queimada.
E eu ali, no mesmo lugar.
Gritava por socorro para todos que por mim passavam, mas ninguém detinha-se por mim.
Todos queriam mesmo era cuidar dos próprios ferimentos.
Até que um homem, com vestes brancas parou diante de mim e disse com voz firme para levantar-me e acompanhá-lo.
"Como?" Indaguei enlouquecido.
"Não vês que não tenho mais minha perna?"
"Levanta-te", ordenou novamente o homem.
"Tua perna está aí mesmo, daquela outra já não precisas mais..."
E puxou-me pela mão, mesmo contra a minha vontade, e pôs-me em pé.
Olhei para trás e ali ficara um casulo vazio, com uma perna a menos.
Talvez, se tivesse tentado levantar-me sozinho, provavelmente conseguiria.
Mas, minha cultura religiosa naquela época, impediu-me de compreender a situação e julguei-me ainda no mundo dos vivos.
Quantas pessoas, por pura ignorância, permanecem presas a seus corpos por horas, dias, anos?
Abri os vossos corações e as vossas mentes aos ensinamentos da Espiritualidade, que estão acima de qualquer crença religiosa, pois não sabes quando serás chamado.
Abraços.
Tibor.
§.§.§- O-canto-da-ave
Uma granada, uma bomba ou coisa parecida acertou-me em cheio e arrancou minha perna de um só golpe.
A dor era insuportável e fazia-me gritar e rogar a Deus que desse um fim naquilo.
Em meio ao horror do combate, vi outros do meu regimento caírem e, ali, sem poder mover-me, assisti ao sangrento embate entre soldados de duas nações até o fim de suas forças.
Horas depois, o silêncio só era quebrado pelos gemidos de agonia dos feridos.
Leve fumaça tornava o ar pesado, com forte cheiro de pólvora e de carne queimada.
E eu ali, no mesmo lugar.
Gritava por socorro para todos que por mim passavam, mas ninguém detinha-se por mim.
Todos queriam mesmo era cuidar dos próprios ferimentos.
Até que um homem, com vestes brancas parou diante de mim e disse com voz firme para levantar-me e acompanhá-lo.
"Como?" Indaguei enlouquecido.
"Não vês que não tenho mais minha perna?"
"Levanta-te", ordenou novamente o homem.
"Tua perna está aí mesmo, daquela outra já não precisas mais..."
E puxou-me pela mão, mesmo contra a minha vontade, e pôs-me em pé.
Olhei para trás e ali ficara um casulo vazio, com uma perna a menos.
Talvez, se tivesse tentado levantar-me sozinho, provavelmente conseguiria.
Mas, minha cultura religiosa naquela época, impediu-me de compreender a situação e julguei-me ainda no mundo dos vivos.
Quantas pessoas, por pura ignorância, permanecem presas a seus corpos por horas, dias, anos?
Abri os vossos corações e as vossas mentes aos ensinamentos da Espiritualidade, que estão acima de qualquer crença religiosa, pois não sabes quando serás chamado.
Abraços.
Tibor.
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Suícida
Foi num carnaval, há muitos carnavais.
Despertei meio assustado, meio confuso.
A cabeça doía, o estômago embrulhado.
Já conhecia aquela sensação:
ressaca pura, depois de mais uma noite de farra, aumentado por toda a permissividade do carnaval.
Não estava no meu quarto.
Não reconheci o lugar, pois também não parecia a casa de nenhum conhecido.
"Tudo bem", pensei, devia ser a casa de alguém que conheci naquela noite, o que não seria incomum.
O facto é que não me lembrava de nada, somente lampejos da festa da noite anterior.
Lavei o rosto, sentei-me na cama.
Olhei pela janela e vi que estava num andar muito alto, de onde avistava-se extensa área verde, o que me deixou preocupado.
Eu conhecia bem a cidade e sabia que não existia nenhum parque daquele tamanho, o que levava-me a crer que estava numa área rural.
"Como vim parar tão longe?"
Notei então que a porta não tinha maçaneta pelo lado de dentro, isto é, eu não podia sair.
Entrei em pânico.
Esmurrei a porta e, aos berros, exigia que me libertassem.
Gritei, chorei, insisti, mas não aparecia ninguém.
Pensei então na janela.
Era alto, mais pensei que conseguiria pular e fugir dali.
Precisava, afinal, voltar para casa e tomar mais um "trago".
Decidido, dirigi-me a janela, disposto a tudo, quando ouvi o ranger da porta abrindo-se.
Um homem de porte avantajado, que imediatamente reconheci como meu falecido irmão mais velho, me disse:
- Vai com calma irmão.
Está querendo morrer duas vezes no mesmo dia?
Desde momento em diante, foi um longo e árduo caminho até eu pudesse me livrar do vício, recuperar-me e reconquistar o equilíbrio.
Resgatei penosas lembranças, como a daquele fatídico dia onde mais uma vez embebedei-me e acabei dando cabo da própria vida, atirando meu carro contra um poste.
Morri sozinho, por sorte, não complicando ainda mais a minha problemática situação de suicida.
E, graças a Deus, meu irmão, credor de valiosos serviços, foi autorizado a resgatar-me do umbral, senão eu ainda estaria por lá.
Hoje, ao lado de meu irmão, rondo a cidade de São Paulo em busca de incautos como eu, tentando auxiliá-los a trilhar o difícil caminho escolhido ao vestíbulo da Espiritualidade.
José Carlos.
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Despertei meio assustado, meio confuso.
A cabeça doía, o estômago embrulhado.
Já conhecia aquela sensação:
ressaca pura, depois de mais uma noite de farra, aumentado por toda a permissividade do carnaval.
Não estava no meu quarto.
Não reconheci o lugar, pois também não parecia a casa de nenhum conhecido.
"Tudo bem", pensei, devia ser a casa de alguém que conheci naquela noite, o que não seria incomum.
O facto é que não me lembrava de nada, somente lampejos da festa da noite anterior.
Lavei o rosto, sentei-me na cama.
Olhei pela janela e vi que estava num andar muito alto, de onde avistava-se extensa área verde, o que me deixou preocupado.
Eu conhecia bem a cidade e sabia que não existia nenhum parque daquele tamanho, o que levava-me a crer que estava numa área rural.
"Como vim parar tão longe?"
Notei então que a porta não tinha maçaneta pelo lado de dentro, isto é, eu não podia sair.
Entrei em pânico.
Esmurrei a porta e, aos berros, exigia que me libertassem.
Gritei, chorei, insisti, mas não aparecia ninguém.
Pensei então na janela.
Era alto, mais pensei que conseguiria pular e fugir dali.
Precisava, afinal, voltar para casa e tomar mais um "trago".
Decidido, dirigi-me a janela, disposto a tudo, quando ouvi o ranger da porta abrindo-se.
Um homem de porte avantajado, que imediatamente reconheci como meu falecido irmão mais velho, me disse:
- Vai com calma irmão.
Está querendo morrer duas vezes no mesmo dia?
Desde momento em diante, foi um longo e árduo caminho até eu pudesse me livrar do vício, recuperar-me e reconquistar o equilíbrio.
Resgatei penosas lembranças, como a daquele fatídico dia onde mais uma vez embebedei-me e acabei dando cabo da própria vida, atirando meu carro contra um poste.
Morri sozinho, por sorte, não complicando ainda mais a minha problemática situação de suicida.
E, graças a Deus, meu irmão, credor de valiosos serviços, foi autorizado a resgatar-me do umbral, senão eu ainda estaria por lá.
Hoje, ao lado de meu irmão, rondo a cidade de São Paulo em busca de incautos como eu, tentando auxiliá-los a trilhar o difícil caminho escolhido ao vestíbulo da Espiritualidade.
José Carlos.
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Idade : 68
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O exercício do perdão
Certa vez, perguntaram a um filósofo se Deus perdoa.
Após reflectir um tanto, ele respondeu com outro questionamento:
Para perdoar é necessário sentir-se ofendido?
De pronto o interlocutor respondeu:
Sim. Se não há ofensa, como haveria perdão? Retornou ele novamente para o filósofo.
Esse então, calmamente respondeu: Logo, Deus não perdoa!
Embora a resposta nos pareça estranha, traz em si reflexões de grande monta.
A primeira delas é a de que muito melhor que perdoar, é não se sentir ofendido.
E para isso, é necessário que a indulgência esteja em nossa mente, que a benevolência esteja em nossas acções.
Porém, quem já não se sentiu ofendido?
Ainda trazemos muitas dificuldades na alma.
O orgulho, a vaidade, a pretensão, todos reunidos na alma, nos fazem criaturas com grande dificuldade em não se ofender.
Às vezes, o ofensor nem percebe que nos magoou, quando acontece de não conseguir avaliar as nossas limitações emocionais.
Outras tantas, percebe, tenta remediar, mas o mal já está feito...
A ofensa já nos atingiu.
Assim, se ainda nos ofendemos, devemos aprender a perdoar.
Porque será o perdão que conseguirá tirar a nódoa da ofensa dos tecidos de nossa alma.
Se a ofensa nos pesa no coração, atormenta a alma e perturba a mente, o perdão nos fará leves novamente, tranquilizando a alma e sossegando a mente.
Dessa forma, todo esforço para perdoar deve ser levado em conta, sem economia de nossas capacidades emocionais e racionais.
É claro que o perdão não se instaura imediatamente, e ainda, quanto mais magoados e ofendidos, maior a intensidade das dores.
Talvez, mais esforço nos seja demandado.
Assim, comecemos o exercício do perdão assumindo que a raiva, a mágoa, a ofensa existem em nosso coração.
Enquanto fingirmos que perdoamos, apenas pelos lábios, sem passar pelo coração, nada acontecerá.
Em seguida, busquemos compreender a atitude do outro, daquele que nos ofendeu.
Talvez tenha sido um mau dia para ele. Ou esteja passando por uma fase difícil.
Ou ainda, talvez ele mesmo seja uma pessoa com grandes feridas na alma.
Por isso, mostra-se tão agressivo.
Após compreender, exercitemos pequenos passos de aproximação.
Primeiramente, suportemo-lo, enfrentando os sentimentos ruins que poderão brotar em nossa alma, nesse primeiro instante.
Mas, persistamos na convivência, por alguns instantes que seja.
Em seguida, demos espaço para a tolerância, ensaiando os primeiros passos do relacionamento, mesmo que distante e ainda um tanto frio.
Em seguida, estreitemos um pouco mais o relacionamento, através da cordialidade e do coleguismo.
Não tardará para que sejamos capazes de retomar a fraternidade e administrar o ocorrido, em nossa intimidade.
Afinal, o perdão exige o esquecimento.
Porém, não esqueceremos o facto, aquilo que nos causou a mágoa, já que isso se mostra quase impossível.
O esquecimento que o perdão provoca é o da mágoa, da ofensa.
Quando pudermos olhar nos olhos daquele que nos magoou, com tranquilidade e paz no coração, aí estará implantado em nossa alma, o perdão.
Momento Espírita
§.§.§- O-canto-da-ave
Após reflectir um tanto, ele respondeu com outro questionamento:
Para perdoar é necessário sentir-se ofendido?
De pronto o interlocutor respondeu:
Sim. Se não há ofensa, como haveria perdão? Retornou ele novamente para o filósofo.
Esse então, calmamente respondeu: Logo, Deus não perdoa!
Embora a resposta nos pareça estranha, traz em si reflexões de grande monta.
A primeira delas é a de que muito melhor que perdoar, é não se sentir ofendido.
E para isso, é necessário que a indulgência esteja em nossa mente, que a benevolência esteja em nossas acções.
Porém, quem já não se sentiu ofendido?
Ainda trazemos muitas dificuldades na alma.
O orgulho, a vaidade, a pretensão, todos reunidos na alma, nos fazem criaturas com grande dificuldade em não se ofender.
Às vezes, o ofensor nem percebe que nos magoou, quando acontece de não conseguir avaliar as nossas limitações emocionais.
Outras tantas, percebe, tenta remediar, mas o mal já está feito...
A ofensa já nos atingiu.
Assim, se ainda nos ofendemos, devemos aprender a perdoar.
Porque será o perdão que conseguirá tirar a nódoa da ofensa dos tecidos de nossa alma.
Se a ofensa nos pesa no coração, atormenta a alma e perturba a mente, o perdão nos fará leves novamente, tranquilizando a alma e sossegando a mente.
Dessa forma, todo esforço para perdoar deve ser levado em conta, sem economia de nossas capacidades emocionais e racionais.
É claro que o perdão não se instaura imediatamente, e ainda, quanto mais magoados e ofendidos, maior a intensidade das dores.
Talvez, mais esforço nos seja demandado.
Assim, comecemos o exercício do perdão assumindo que a raiva, a mágoa, a ofensa existem em nosso coração.
Enquanto fingirmos que perdoamos, apenas pelos lábios, sem passar pelo coração, nada acontecerá.
Em seguida, busquemos compreender a atitude do outro, daquele que nos ofendeu.
Talvez tenha sido um mau dia para ele. Ou esteja passando por uma fase difícil.
Ou ainda, talvez ele mesmo seja uma pessoa com grandes feridas na alma.
Por isso, mostra-se tão agressivo.
Após compreender, exercitemos pequenos passos de aproximação.
Primeiramente, suportemo-lo, enfrentando os sentimentos ruins que poderão brotar em nossa alma, nesse primeiro instante.
Mas, persistamos na convivência, por alguns instantes que seja.
Em seguida, demos espaço para a tolerância, ensaiando os primeiros passos do relacionamento, mesmo que distante e ainda um tanto frio.
Em seguida, estreitemos um pouco mais o relacionamento, através da cordialidade e do coleguismo.
Não tardará para que sejamos capazes de retomar a fraternidade e administrar o ocorrido, em nossa intimidade.
Afinal, o perdão exige o esquecimento.
Porém, não esqueceremos o facto, aquilo que nos causou a mágoa, já que isso se mostra quase impossível.
O esquecimento que o perdão provoca é o da mágoa, da ofensa.
Quando pudermos olhar nos olhos daquele que nos magoou, com tranquilidade e paz no coração, aí estará implantado em nossa alma, o perdão.
Momento Espírita
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Localização : Porto - Portugal
Morrer não foi Divertido
Estar morto não é nada divertido.
Pelo menos não da maneira que eu estou.
Estava passeando tranquilamente pela orla da praia, num lindo final de semana, curtindo meu merecido descanso depois de uma semana dura de trabalho.
Fui atingido por uma bala perdida, vinda de um tumulto formado ao longe.
Não senti nada, apenas um pequeno mal estar, com um pouco de enjoo.
Duro foi entender o que havia acontecido.
Para mim, continuava a passear.
Claro que notei que havia algo diferente.
As cores da paisagem, da praia e dos prédios estavam diferentes... e as pessoas também.
Além dos banhistas e turista de sempre, comecei a ver também pessoas com estranha aparência.
Umas pareciam resplandecer de luz em pleno dia e outras pareciam aqueles azarões dos desenhos animados, com nuvens negras sobre suas cabeças.
E ao chegar em casa?
Nada de alguém me ver ou ouvir.
Foi só no dia seguinte que a polícia bateu lá em casa e informou da minha “morte”.
Que loucura!
Fiquei por aí, vagando, com raiva de tudo.
Por que eu tão jovem?
Trabalhava tanto!
Estudava tanto!
Queria casar, ter filhos...
Mas e agora?
Quantas vezes precisei fugir e me esconder de bandos de gente esquisita, os tais azarões, que pareciam uns doidos tentando carregar todo mundo com eles.
Só ontem é que fui “achado” e me trouxeram para cá.
Pelo menos aqui me sinto calmo e confiante, e só vejo pessoas iluminadas.
Vou seguir com vocês pois, afinal, não tenho mais para onde ir e quero ver as cidades que vocês me falaram.
Quero trabalhar e ser útil.
Obrigado pela ajuda.
Quem sabe estar morto fique um pouco mais divertido agora.
Lucas dos Santos.
§.§.§- O-canto-da-ave
Pelo menos não da maneira que eu estou.
Estava passeando tranquilamente pela orla da praia, num lindo final de semana, curtindo meu merecido descanso depois de uma semana dura de trabalho.
Fui atingido por uma bala perdida, vinda de um tumulto formado ao longe.
Não senti nada, apenas um pequeno mal estar, com um pouco de enjoo.
Duro foi entender o que havia acontecido.
Para mim, continuava a passear.
Claro que notei que havia algo diferente.
As cores da paisagem, da praia e dos prédios estavam diferentes... e as pessoas também.
Além dos banhistas e turista de sempre, comecei a ver também pessoas com estranha aparência.
Umas pareciam resplandecer de luz em pleno dia e outras pareciam aqueles azarões dos desenhos animados, com nuvens negras sobre suas cabeças.
E ao chegar em casa?
Nada de alguém me ver ou ouvir.
Foi só no dia seguinte que a polícia bateu lá em casa e informou da minha “morte”.
Que loucura!
Fiquei por aí, vagando, com raiva de tudo.
Por que eu tão jovem?
Trabalhava tanto!
Estudava tanto!
Queria casar, ter filhos...
Mas e agora?
Quantas vezes precisei fugir e me esconder de bandos de gente esquisita, os tais azarões, que pareciam uns doidos tentando carregar todo mundo com eles.
Só ontem é que fui “achado” e me trouxeram para cá.
Pelo menos aqui me sinto calmo e confiante, e só vejo pessoas iluminadas.
Vou seguir com vocês pois, afinal, não tenho mais para onde ir e quero ver as cidades que vocês me falaram.
Quero trabalhar e ser útil.
Obrigado pela ajuda.
Quem sabe estar morto fique um pouco mais divertido agora.
Lucas dos Santos.
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Espírito Protector
A infeliz criatura despertou no meio da noite com violentas dores no estômago.
Sentou-se na cama suando frio e, por mais que tentasse, não consegui acordar seu marido, que parecia dormir profundamente.
Desesperada, levantou-se e dirigiu-se ao jarro d’água, que se encontrava sobre a cómoda.
Irritou-se por não conseguir pegá-lo.
Estranhamente suas mãos pareciam atravessar o objecto.
Entrou em pânico ao virar-se e deparar consigo mesma ainda deitada na cama.
Seu total despreparo para a situação não permitiu que registasse minha presença em seu aposento.
Aproximei-me e soprei em seu ouvido a ideia do que se passava...
– Como posso estar morta se ainda estou viva? – Bradou irada.
Quem está aí? Como ousa invadir minha privacidade?
Serás severamente açoitado!
A mim tal castigo não mais assustava.
Já fazia um bom tempo que fui tão severamente açoitado que as portas da vida espiritual abriram-se para mim.
Ao servir água à jovem sinhá descuidei-me e derramei um pouco sobre seu vestido.
Foi o bastante para despertar sua ira.
Ela era apenas uma criança naquela época, mas já demonstrava grande orgulho e muita crueldade para com os escravos.
Voltemos à narrativa.
A ideia da morte encheu seu coração de rancor.
Praguejava contra Deus e recusava-se a aceitar os factos.
Acabara de casar-se pela segunda vez, novamente com um rico fazendeiro e, como fizera com o primeiro marido, estava a ponto de usurpar-lhe os bens, aumentando sua própria riqueza material.
Viveu sob a cegueira da ganância e do orgulho e nunca mediu esforços para permanecer em posição de destaque na sociedade.
Não fiquei surpreso quando nosso Mentor me chamou e disse que minha antiga sinhá desencarnaria naquela noite, por obra de uma escrava que colocara veneno de rato em seu jantar.
Não fiquei surpreso, também, ao ser solicitado para ir buscá-la.
Aceitei com humildade a missão de auxiliar quem me escravizara o corpo e me libertara a alma, a pessoa por quem nutri grande ódio por muito tempo.
Lá estava eu.
Armado de muita fé e paciência.
Foram semanas até que a sinhá pudesse me ver.
Antes disso, sofreu ao acompanhar seu próprio enterro, com os escárnios e comentários maldosos de seus supostos amigos encarnados.
Ficou sabendo, afinal, o que realmente pensavam dela.
Tentou em vão atacar os que reviravam seus aposentos, lutou para evitar que suas riquezas fossem pilhadas.
Ao ver-me, afastou-se assustada.
Mais algumas semanas se passaram até que compreendesse que o escravo de outrora era seu igual e, quer ela gostasse ou não, era quem Deus designara para auxiliá-la naquele momento.
Por fim, exausta e vencida, amparada por nossas preces, abrandou-se um pouco e seguiu comigo.
Agora, no século XXI, permanecemos ainda no Plano Espiritual.
Minha missão é acompanhar a sinhá, que, mesmo a contragosto, prepara-se para voltar à Terra em família pobre e cheia de dificuldades.
Esta é a forma que encontrei de também expiar os meus erros, que não foram muitos.
Quem sabe, em outra ocasião, eu conte a minha história.
Que Deus abençoe a todos.
Robério.
§.§.§- O-canto-da-ave
Sentou-se na cama suando frio e, por mais que tentasse, não consegui acordar seu marido, que parecia dormir profundamente.
Desesperada, levantou-se e dirigiu-se ao jarro d’água, que se encontrava sobre a cómoda.
Irritou-se por não conseguir pegá-lo.
Estranhamente suas mãos pareciam atravessar o objecto.
Entrou em pânico ao virar-se e deparar consigo mesma ainda deitada na cama.
Seu total despreparo para a situação não permitiu que registasse minha presença em seu aposento.
Aproximei-me e soprei em seu ouvido a ideia do que se passava...
– Como posso estar morta se ainda estou viva? – Bradou irada.
Quem está aí? Como ousa invadir minha privacidade?
Serás severamente açoitado!
A mim tal castigo não mais assustava.
Já fazia um bom tempo que fui tão severamente açoitado que as portas da vida espiritual abriram-se para mim.
Ao servir água à jovem sinhá descuidei-me e derramei um pouco sobre seu vestido.
Foi o bastante para despertar sua ira.
Ela era apenas uma criança naquela época, mas já demonstrava grande orgulho e muita crueldade para com os escravos.
Voltemos à narrativa.
A ideia da morte encheu seu coração de rancor.
Praguejava contra Deus e recusava-se a aceitar os factos.
Acabara de casar-se pela segunda vez, novamente com um rico fazendeiro e, como fizera com o primeiro marido, estava a ponto de usurpar-lhe os bens, aumentando sua própria riqueza material.
Viveu sob a cegueira da ganância e do orgulho e nunca mediu esforços para permanecer em posição de destaque na sociedade.
Não fiquei surpreso quando nosso Mentor me chamou e disse que minha antiga sinhá desencarnaria naquela noite, por obra de uma escrava que colocara veneno de rato em seu jantar.
Não fiquei surpreso, também, ao ser solicitado para ir buscá-la.
Aceitei com humildade a missão de auxiliar quem me escravizara o corpo e me libertara a alma, a pessoa por quem nutri grande ódio por muito tempo.
Lá estava eu.
Armado de muita fé e paciência.
Foram semanas até que a sinhá pudesse me ver.
Antes disso, sofreu ao acompanhar seu próprio enterro, com os escárnios e comentários maldosos de seus supostos amigos encarnados.
Ficou sabendo, afinal, o que realmente pensavam dela.
Tentou em vão atacar os que reviravam seus aposentos, lutou para evitar que suas riquezas fossem pilhadas.
Ao ver-me, afastou-se assustada.
Mais algumas semanas se passaram até que compreendesse que o escravo de outrora era seu igual e, quer ela gostasse ou não, era quem Deus designara para auxiliá-la naquele momento.
Por fim, exausta e vencida, amparada por nossas preces, abrandou-se um pouco e seguiu comigo.
Agora, no século XXI, permanecemos ainda no Plano Espiritual.
Minha missão é acompanhar a sinhá, que, mesmo a contragosto, prepara-se para voltar à Terra em família pobre e cheia de dificuldades.
Esta é a forma que encontrei de também expiar os meus erros, que não foram muitos.
Quem sabe, em outra ocasião, eu conte a minha história.
Que Deus abençoe a todos.
Robério.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Libertação
Que a Paz esteja com todos vocês.
Renasci no dia em que desencarnei.
Por anos a fio, desde o meu nascimento, vi-me obrigado a carregar um corpo deformado e pesado.
Os poucos movimentos que conseguia realizar na infância tornaram-se em total paralisia na adolescência.
“Viverá uns cinco anos, no máximo...” diziam os médicos.
Aos quarenta, apesar de horrenda criatura, tinha uma mente lúcida e espiritualmente desenvolvida.
Foi o que me manteve em meu juízo e o que me ajudou a cumprir minha jornada nesta encarnação de fortes provas.
Graças a Deus, a serenidade sempre me acompanhou, e os desprendimentos diários que aprendi a realizar libertavam-me do cárcere e me davam lampejos da vida espiritual.
Tudo isto era para mim vislumbres de uma nova vida, esperança do recomeço, fé inabalável que eu voltaria a ser normal quando cumprida a minha pena.
Foi o que fiz.
Paciência, resignação, amor.
Era o que inundava a minha mente.
Além da auto-ajuda, ajudei também meus pais, pois que meu estado físico já era fardo mais que suficiente para eles que graças a mim a seus próprios desvios anteriores também enfrentavam uma existência de privações.
Hoje reunimo-nos no Plano Espiritual, renovados e revestidos de melhores formas.
O amor que nos uniu separou a dor imposta por nossos erros anteriores.
Bendito seja o Pai, por permitir que resgatemos nossas dívidas, para que possamos prosseguir com a consciência limpa, rumo a novas conquistas.
Boa noite a todos.
José Luiz.
§.§.§- O-canto-da-ave
Renasci no dia em que desencarnei.
Por anos a fio, desde o meu nascimento, vi-me obrigado a carregar um corpo deformado e pesado.
Os poucos movimentos que conseguia realizar na infância tornaram-se em total paralisia na adolescência.
“Viverá uns cinco anos, no máximo...” diziam os médicos.
Aos quarenta, apesar de horrenda criatura, tinha uma mente lúcida e espiritualmente desenvolvida.
Foi o que me manteve em meu juízo e o que me ajudou a cumprir minha jornada nesta encarnação de fortes provas.
Graças a Deus, a serenidade sempre me acompanhou, e os desprendimentos diários que aprendi a realizar libertavam-me do cárcere e me davam lampejos da vida espiritual.
Tudo isto era para mim vislumbres de uma nova vida, esperança do recomeço, fé inabalável que eu voltaria a ser normal quando cumprida a minha pena.
Foi o que fiz.
Paciência, resignação, amor.
Era o que inundava a minha mente.
Além da auto-ajuda, ajudei também meus pais, pois que meu estado físico já era fardo mais que suficiente para eles que graças a mim a seus próprios desvios anteriores também enfrentavam uma existência de privações.
Hoje reunimo-nos no Plano Espiritual, renovados e revestidos de melhores formas.
O amor que nos uniu separou a dor imposta por nossos erros anteriores.
Bendito seja o Pai, por permitir que resgatemos nossas dívidas, para que possamos prosseguir com a consciência limpa, rumo a novas conquistas.
Boa noite a todos.
José Luiz.
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