ARTIGOS DIVERSOS I
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O desenvolvimento da criança
A leitura sobre as posições teóricas principais do desenvolvimento da criança revela que a base do pensamento é uma visão estritamente biológica sobre o homem, ou seja, temos até o presente momento uma visão materialista sobre a chamada psicogénese.
A concepção espírita é espiritualista, considerando o homem uma alma imortal e a vida como criação de Deus.
E antecipando-se a todas as formulações teóricas do século vinte, no ano de 1857, o Espiritismo assentava as bases do desenvolvimento psicogenético da criança, como podemos verificar na questão 351 de O Livro dos Espíritos:
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito goza de todas as suas faculdades?
– Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo.
Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertindo-o assim de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento.
Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo.
À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida.
Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de espírito.
A concepção espírita visualiza o início do processo de desenvolvimento do homem no instante da concepção, ou seja, quando temos a união da alma com o corpo.
Nenhum teórico, nenhum pesquisador sequer, pensou sobre isso.
Todos iniciam suas deduções a partir do nascimento, ignorando completamente a fase da gestação.
Embora envolvido pela perturbação do processo de preparação e ligação com o embrião, o Espírito conserva suas ideias, nunca perde sua individualidade.
No tocante às ideias, aos conhecimentos e à percepção de si mesmo, vai entrando pouco a pouco num estado de sonolência, onde tem dificuldade de manter-se pleno, pois psiquicamente está transferindo o passado para o subconsciente, deixando na consciência apenas as estruturas necessárias para desenvolver a nova personalidade.
Lembremos que estamos falando do processo de uma forma geral, pois a individualidade é única, por isso, cada caso é um caso, como se costuma dizer.
A resposta dada à pergunta de Kardec levanta ainda outra questão:
nada se perde, pois, se assim acontecesse, já não teríamos a individualidade imortal que preexiste e subsiste, e sim uma nova alma começando do início, o que não sucede, pois o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito.
Na medida em que, após o nascimento, domina o corpo, o Espírito readquire, em seu estado normal, a lembrança de seu passado, sempre de acordo com suas necessidades e sua missão na Terra, sem que isso venha a prejudicar sua actual existência.
Esse estado normal é vislumbrado nos sonhos, quando, através do sono, o Espírito se desprende parcialmente do corpo e pode vagar pelo mundo espiritual.
O psiquismo do ser humano é, portanto, complexo, pois é um ser inter-existente:
é uma alma num corpo.
Ao mesmo tempo que inicia a aquisição de novos aprendizados, trabalha com os aprendizados que já traz das suas ulteriores existências, que espocam nas ideias inatas e nas tendências de carácter.
E após o nascimento?
Como se dá o desenvolvimento desse ser?
A visão espírita tem semelhança com a visão dos teóricos da ciência?
A resposta a tudo isso está na questão 352.
A concepção espírita é espiritualista, considerando o homem uma alma imortal e a vida como criação de Deus.
E antecipando-se a todas as formulações teóricas do século vinte, no ano de 1857, o Espiritismo assentava as bases do desenvolvimento psicogenético da criança, como podemos verificar na questão 351 de O Livro dos Espíritos:
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito goza de todas as suas faculdades?
– Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo.
Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertindo-o assim de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento.
Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo.
À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida.
Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de espírito.
A concepção espírita visualiza o início do processo de desenvolvimento do homem no instante da concepção, ou seja, quando temos a união da alma com o corpo.
Nenhum teórico, nenhum pesquisador sequer, pensou sobre isso.
Todos iniciam suas deduções a partir do nascimento, ignorando completamente a fase da gestação.
Embora envolvido pela perturbação do processo de preparação e ligação com o embrião, o Espírito conserva suas ideias, nunca perde sua individualidade.
No tocante às ideias, aos conhecimentos e à percepção de si mesmo, vai entrando pouco a pouco num estado de sonolência, onde tem dificuldade de manter-se pleno, pois psiquicamente está transferindo o passado para o subconsciente, deixando na consciência apenas as estruturas necessárias para desenvolver a nova personalidade.
Lembremos que estamos falando do processo de uma forma geral, pois a individualidade é única, por isso, cada caso é um caso, como se costuma dizer.
A resposta dada à pergunta de Kardec levanta ainda outra questão:
nada se perde, pois, se assim acontecesse, já não teríamos a individualidade imortal que preexiste e subsiste, e sim uma nova alma começando do início, o que não sucede, pois o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito.
Na medida em que, após o nascimento, domina o corpo, o Espírito readquire, em seu estado normal, a lembrança de seu passado, sempre de acordo com suas necessidades e sua missão na Terra, sem que isso venha a prejudicar sua actual existência.
Esse estado normal é vislumbrado nos sonhos, quando, através do sono, o Espírito se desprende parcialmente do corpo e pode vagar pelo mundo espiritual.
O psiquismo do ser humano é, portanto, complexo, pois é um ser inter-existente:
é uma alma num corpo.
Ao mesmo tempo que inicia a aquisição de novos aprendizados, trabalha com os aprendizados que já traz das suas ulteriores existências, que espocam nas ideias inatas e nas tendências de carácter.
E após o nascimento?
Como se dá o desenvolvimento desse ser?
A visão espírita tem semelhança com a visão dos teóricos da ciência?
A resposta a tudo isso está na questão 352.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Vejamos:
No instante do nascimento o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades?
– Não: elas se desenvolvem gradualmente, com os órgãos.
Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos:
as ideias lhe voltam pouco a pouco, como um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir.
Temos em O Livro dos Espíritos a psicogénese da criança explicada muito antes do aparecimento das teorias do desenvolvimento psicológico apresentadas pela Psicologia, e isso numa época, metade do século dezanove, onde ainda se considerava a criança como uma miniatura do adulto.
Entendamos o que os Espíritos Superiores responderam a Allan Kardec.
Todos os teóricos falam que a criança passa por determinados estágios de desenvolvimento, e que esses estágios estão intimamente ligados a faixas etárias, de acordo com o natural desenvolvimento dos órgãos.
Assim as etapas de crescimento da criança devem ser respeitadas no processo educacional.
Entretanto, o Espiritismo já afirmava em 1857 que o Espírito só recobra suas faculdades paulatinamente, de acordo com o desenvolvimento dos órgãos físicos do novo corpo, ou seja, ele só pode se manifestar – pensar e agir – de acordo com o que lhe permite o corpo.
Como este está em formação, em crescimento, durante a infância o Espírito pensará como criança, agirá como criança, elaborando as estruturas mentais de sua nova personalidade.
É assim que não poderá elaborar um pensamento lógico-matemático mais complexo quando está na faixa de seus 2 ou 3 anos de idade, mas que isso começa a ocorrer, por etapas, na medida em que o corpo, e neste caso todo o complexo cerebral, vai lhe dando suporte para tais pensamentos.
Com isso logo percebemos que não existe criança “burra”, que “se continuar assim não vai ser nada na vida”, ou que “não tem possibilidade de desenvolvimento”.
Pensar dessa maneira é demonstrar preconceito, discriminação e ignorância.
Agora, a génese psicológica do ser, ainda tão intrigante para os pesquisadores da Psicologia do Desenvolvimento, transforma-se totalmente com a inserção da Alma (Espírito) no processo, pois as ideias, os conhecimentos, os aprendizados, o planeamento reencarnatório, tudo está arquivado nela, nada se perde.
Na medida em que controla o corpo com seus instrumentos de manifestação e comunicação, a alma extrai de seu subconsciente tudo o de que precisa para sua nova existência, mas não o faz sozinha, pois necessita dos estímulos da educação que lhe é propiciada no lar e na escola, até que ali pelos sete/oito anos completa esse processo e começa a se revelar tal como realmente é, ou seja, deixa aflorar plenamente suas tendências, mas que então já estarão transformadas (se negativas) ou potencializadas (se positivas), pela educação recebida.
É fantástico esse estudo.
Compreender a psicogénese da criança é fundamental para melhor educar, ainda mais com a visão espírita da imortalidade do ser.
Passado, presente e futuro pertencem à individualidade humana que desenvolve nova personalidade e é colocada por Deus na dependência daqueles que já passaram pelo processo, já realizaram seus estágios no mundo infantil, e sabem que tudo depende não apenas do respeito a esses estágios, mas dos estímulos e da convivência social que são propiciados a essa alma.
Marcus De Mario é educador, escritor e consultor.
§.§.§- Ave sem Ninho
No instante do nascimento o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades?
– Não: elas se desenvolvem gradualmente, com os órgãos.
Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos:
as ideias lhe voltam pouco a pouco, como um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir.
Temos em O Livro dos Espíritos a psicogénese da criança explicada muito antes do aparecimento das teorias do desenvolvimento psicológico apresentadas pela Psicologia, e isso numa época, metade do século dezanove, onde ainda se considerava a criança como uma miniatura do adulto.
Entendamos o que os Espíritos Superiores responderam a Allan Kardec.
Todos os teóricos falam que a criança passa por determinados estágios de desenvolvimento, e que esses estágios estão intimamente ligados a faixas etárias, de acordo com o natural desenvolvimento dos órgãos.
Assim as etapas de crescimento da criança devem ser respeitadas no processo educacional.
Entretanto, o Espiritismo já afirmava em 1857 que o Espírito só recobra suas faculdades paulatinamente, de acordo com o desenvolvimento dos órgãos físicos do novo corpo, ou seja, ele só pode se manifestar – pensar e agir – de acordo com o que lhe permite o corpo.
Como este está em formação, em crescimento, durante a infância o Espírito pensará como criança, agirá como criança, elaborando as estruturas mentais de sua nova personalidade.
É assim que não poderá elaborar um pensamento lógico-matemático mais complexo quando está na faixa de seus 2 ou 3 anos de idade, mas que isso começa a ocorrer, por etapas, na medida em que o corpo, e neste caso todo o complexo cerebral, vai lhe dando suporte para tais pensamentos.
Com isso logo percebemos que não existe criança “burra”, que “se continuar assim não vai ser nada na vida”, ou que “não tem possibilidade de desenvolvimento”.
Pensar dessa maneira é demonstrar preconceito, discriminação e ignorância.
Agora, a génese psicológica do ser, ainda tão intrigante para os pesquisadores da Psicologia do Desenvolvimento, transforma-se totalmente com a inserção da Alma (Espírito) no processo, pois as ideias, os conhecimentos, os aprendizados, o planeamento reencarnatório, tudo está arquivado nela, nada se perde.
Na medida em que controla o corpo com seus instrumentos de manifestação e comunicação, a alma extrai de seu subconsciente tudo o de que precisa para sua nova existência, mas não o faz sozinha, pois necessita dos estímulos da educação que lhe é propiciada no lar e na escola, até que ali pelos sete/oito anos completa esse processo e começa a se revelar tal como realmente é, ou seja, deixa aflorar plenamente suas tendências, mas que então já estarão transformadas (se negativas) ou potencializadas (se positivas), pela educação recebida.
É fantástico esse estudo.
Compreender a psicogénese da criança é fundamental para melhor educar, ainda mais com a visão espírita da imortalidade do ser.
Passado, presente e futuro pertencem à individualidade humana que desenvolve nova personalidade e é colocada por Deus na dependência daqueles que já passaram pelo processo, já realizaram seus estágios no mundo infantil, e sabem que tudo depende não apenas do respeito a esses estágios, mas dos estímulos e da convivência social que são propiciados a essa alma.
Marcus De Mario é educador, escritor e consultor.
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COMO ELEVAR NOSSO “PADRÃO VIBRATÓRIO” E FICAR BEM.
Muito se fala no meio espiritualista sobre a importância de se manter o padrão vibratório elevado, a fim de evitarmos diversos problemas de ordem física, emocional e especialmente espiritual.
Os estudiosos do espiritismo sabem que um padrão elevado de pensamento é a maior defesa que temos contra as investidas dos irmãozinhos desencarnados que ainda se encontram nas trevas.
Uma pessoa obsediada, por exemplo, pode passar por diversos trabalhos de desobsessão, mas se ela não mudar sua faixa vibratória irmãos serão encaminhados (doutrinados) mas outros tantos virão e assim sucessivamente.
Mas o que fazer para manter o padrão vibratório elevado?
Não existe uma receita de bolo e, para nós encarnados, é quase impossível nos mantermos assim o tempo todo... mas quero compartilhar com vocês algumas dicas que recebemos em aula de desenvolvimento mediúnico ministrada no Templo do qual faço parte.
São dicas simples e que, se exercitadas diariamente, podem fazer uma grande diferença em nossa vida.
1. Tenha Fé, especialmente nos guias espirituais.
Se você frequenta ou faz parte de algum centro, acredite no que lhe é passado.
A dúvida é porta aberta para influências negativas em nosso pensamento; enquanto a fé é um cadeado a prova de invasão.
2. Ore e Vigie.
Este é um dos conselhos de nosso mestre Jesus.
Orar é reconhecidamente uma das melhores formas de se manter a conexão com o alto.
Vigiar pensamentos, acções, palavras, sentimentos.
Percebeu que está vulnerável, irritado, atordoado? ORE.
"Vigiem e orem para que não caiam em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca."
(Mateus 26:41)
3. Realize a sua reforma íntima a sério.
Uma mente viciada e enferma cria sintonia com energias e fluidos densos.
A reforma íntima se consegue através de posturas íntimas correctas, da manutenção de emoções sadias e do optimismo.
Medite sobre suas más tendências e vá tentando aos poucos modificá-las.
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.
(Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4)
4. Pratique a caridade com desprendimento.
Auxilie a todos sem esperar nada em troca.
Faça a caridade com amor, sem interesse.
Se você faz parte de uma corrente mediúnica, se dedique, se entregue, confiando sempre.
Meus filhos, na máxima:
Fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no céu.
Sobre a Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor.
(Evangelho Segundo o Espiritismo)
Os estudiosos do espiritismo sabem que um padrão elevado de pensamento é a maior defesa que temos contra as investidas dos irmãozinhos desencarnados que ainda se encontram nas trevas.
Uma pessoa obsediada, por exemplo, pode passar por diversos trabalhos de desobsessão, mas se ela não mudar sua faixa vibratória irmãos serão encaminhados (doutrinados) mas outros tantos virão e assim sucessivamente.
Mas o que fazer para manter o padrão vibratório elevado?
Não existe uma receita de bolo e, para nós encarnados, é quase impossível nos mantermos assim o tempo todo... mas quero compartilhar com vocês algumas dicas que recebemos em aula de desenvolvimento mediúnico ministrada no Templo do qual faço parte.
São dicas simples e que, se exercitadas diariamente, podem fazer uma grande diferença em nossa vida.
1. Tenha Fé, especialmente nos guias espirituais.
Se você frequenta ou faz parte de algum centro, acredite no que lhe é passado.
A dúvida é porta aberta para influências negativas em nosso pensamento; enquanto a fé é um cadeado a prova de invasão.
2. Ore e Vigie.
Este é um dos conselhos de nosso mestre Jesus.
Orar é reconhecidamente uma das melhores formas de se manter a conexão com o alto.
Vigiar pensamentos, acções, palavras, sentimentos.
Percebeu que está vulnerável, irritado, atordoado? ORE.
"Vigiem e orem para que não caiam em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca."
(Mateus 26:41)
3. Realize a sua reforma íntima a sério.
Uma mente viciada e enferma cria sintonia com energias e fluidos densos.
A reforma íntima se consegue através de posturas íntimas correctas, da manutenção de emoções sadias e do optimismo.
Medite sobre suas más tendências e vá tentando aos poucos modificá-las.
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.
(Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4)
4. Pratique a caridade com desprendimento.
Auxilie a todos sem esperar nada em troca.
Faça a caridade com amor, sem interesse.
Se você faz parte de uma corrente mediúnica, se dedique, se entregue, confiando sempre.
Meus filhos, na máxima:
Fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no céu.
Sobre a Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor.
(Evangelho Segundo o Espiritismo)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
5. Se empenhe no trabalho.
Existe um ditado popular que diz:
"Mente parada, oficina do demo"
O trabalho é uma óptima terapia, além de ser mais uma das formas que Deus nos oferece de praticarmos a caridade.
6. Faça o Evangelho no Lar.
O culto do Evangelho no Lar cria uma egrégora de luz que irá proteger você e seus familiares.
É um momento de reunião com a espiritualidade superior.
Saiba mais acessando nosso artigo Culto do Evangelho no Lar.
7. Cuidado no uso de computador e celular.
Não abuse do tempo que você passa conectado.
Já se sabe que a viciação em internet é uma das formas mais actuais e eficientes de obsessão.
Saiba mais em nossa resenha do livro A Marca da Besta.
8. Não faça fofocas.
Não faça e nem escute fofocas.
Não existe nada de útil nisso.
Trata-se de pura maledicência e conversas não edificantes só atraem energias ruins.
9. Realize a leitura-terapia.
Leia bons livros.
Obras que tragam conhecimentos elevados.
Você já reparou como a leitura de um bom livro espírita, por exemplo, nos traz inigualável sensação de paz?
Esta dica é válida também para filmes e músicas.
10. Pare de reclamar.
E também evite as pessoas que só reclamam da vida.
Queixumes não trazem soluções e também atrai energias nocivas, dentre elas as formas-pensamento conhecidas como miasmas, cascões e larvas astrais.
Saiba mais no livro Além da Matéria.
11. Acredite em você e nas suas intuições.
Escute sua voz interior, seu Anjo de Guarda, seus Guias.
Você pode estar se perguntando como saber se a intuição é de um espírito elevado ou não.
Uma amiga sempre me diz que se uma ideia traz paz, ela é boa.
Se não traz, deve ser evitada.
12. Deixe de ser melindroso.
O melindre trabalha a serviço do orgulho. Evite-o.
13. Não seja raivoso.
A raiva também trabalha a serviço do orgulho e da vaidade e faz com que o padrão vibratório despenque.
Saiba mais em nosso artigo Bem aventurados os mansos e pacíficos - uma reflexão sobre o orgulho e a cólera.
14. Seja gentil, amável e misericordioso.
Ame. Trate bem seus irmãos.
É o que Deus espera de nós.
Foi assim que Jesus nos ensinou.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes.
(Marcos 12:30-31)
§.§.§- Ave sem Ninho
Existe um ditado popular que diz:
"Mente parada, oficina do demo"
O trabalho é uma óptima terapia, além de ser mais uma das formas que Deus nos oferece de praticarmos a caridade.
6. Faça o Evangelho no Lar.
O culto do Evangelho no Lar cria uma egrégora de luz que irá proteger você e seus familiares.
É um momento de reunião com a espiritualidade superior.
Saiba mais acessando nosso artigo Culto do Evangelho no Lar.
7. Cuidado no uso de computador e celular.
Não abuse do tempo que você passa conectado.
Já se sabe que a viciação em internet é uma das formas mais actuais e eficientes de obsessão.
Saiba mais em nossa resenha do livro A Marca da Besta.
8. Não faça fofocas.
Não faça e nem escute fofocas.
Não existe nada de útil nisso.
Trata-se de pura maledicência e conversas não edificantes só atraem energias ruins.
9. Realize a leitura-terapia.
Leia bons livros.
Obras que tragam conhecimentos elevados.
Você já reparou como a leitura de um bom livro espírita, por exemplo, nos traz inigualável sensação de paz?
Esta dica é válida também para filmes e músicas.
10. Pare de reclamar.
E também evite as pessoas que só reclamam da vida.
Queixumes não trazem soluções e também atrai energias nocivas, dentre elas as formas-pensamento conhecidas como miasmas, cascões e larvas astrais.
Saiba mais no livro Além da Matéria.
11. Acredite em você e nas suas intuições.
Escute sua voz interior, seu Anjo de Guarda, seus Guias.
Você pode estar se perguntando como saber se a intuição é de um espírito elevado ou não.
Uma amiga sempre me diz que se uma ideia traz paz, ela é boa.
Se não traz, deve ser evitada.
12. Deixe de ser melindroso.
O melindre trabalha a serviço do orgulho. Evite-o.
13. Não seja raivoso.
A raiva também trabalha a serviço do orgulho e da vaidade e faz com que o padrão vibratório despenque.
Saiba mais em nosso artigo Bem aventurados os mansos e pacíficos - uma reflexão sobre o orgulho e a cólera.
14. Seja gentil, amável e misericordioso.
Ame. Trate bem seus irmãos.
É o que Deus espera de nós.
Foi assim que Jesus nos ensinou.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes.
(Marcos 12:30-31)
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MOTIVAÇÃO AOS TRABALHADORES NA “CASA ESPÍRITA”
MUITO IMPORTANTE PARA SOCORRO DOS IRMÃOS DESENCARNADOS.
Qualquer Centro Espírita tem aquele grupo de pessoas “não insatisfeitas”, ou seja, não reclamam das actividades que realizam nem deixam de cumprir suas metas.
Contudo, não estar insatisfeito, necessariamente, não significa estar satisfeito ou motivado.
Frederick Herzberg (1923-2000), professor emérito da Universidade de Harvard, EUA, em um artigo que se tornou lendário nas páginas da revista Harvard Business Review Book, entrevistou 1.685 funcionários para chegar à seguinte conclusão:
a ausência de insatisfação não significa necessariamente a presença da satisfação e da motivação.
MAS COMO MOTIVAR UMA PESSOA?
É preciso fazer que ela sinta prazer por aquilo que faz, sentindo-se realmente realizada.
Portanto, essa é uma ferramenta motivacional importante no Centro Espírita.
Está aí à razão de alguns Centros Espíritas destacarem-se em relação a outros, pois eles têm como meta fazer o trabalhador sentir prazer pelo que executa.
Nenhuma pesquisa, nenhum estudo derrubou essa tese.
Portanto, se na teoria motivacional “evitar a insatisfação” é o pilar de barro (apesar de necessário), a “busca do prazer” é o pilar de ferro.
É importante evitar a insatisfação do trabalhador, contudo, isso não significa que teremos trabalhadores motivados.
Mas, se adoptarmos determinadas técnicas para não deixá-lo insatisfeito, teremos dado um grande e significativo passo.
Para isso, são necessários os seguintes procedimentos:
a) Fazer com que o trabalhador espírita tenha as informações necessárias para realizar seu trabalho;
b) Estabelecer canais de comunicação de fácil entendimento;
c) Procurar saber das necessidades pessoais do trabalhador;
d) Ter uma mudança de política administrativa, do Centro Espírita, que seja clara, abrangente e bem definida.
TEREMOS TRABALHADORES SATISFEITOS E MOTIVADOS?
Não necessariamente.
Mas, pelo menos, teremos pessoas não insatisfeitas.
MAS COMO ALCANÇAR A MOTIVAÇÃO?
Como o Centro Espírita deve proceder para que o trabalhador sinta prazer com o seu trabalho e, naturalmente, sinta-se motivado?
Sabemos que todo trabalho voluntário é naturalmente motivador.
Ajudar o próximo proporciona grande prazer interior, torna-nos mais pacientes e dá-nos um sentido à vida.
Portanto, todo o Centro Espírita já tem essa enorme vantagem motivacional:
levar o trabalhador a sentir prazer por estar executando um trabalho voluntário.
E é possível fazer com que a motivação do voluntário mantenha-se sempre presente, podendo até mesmo aumentar.
Acompanhe cinco técnicas que vão estimular a motivação de seus trabalhadores:
PRIMEIRA TÉCNICA (FUNDAMENTAL): IMPLANTAR VISÃO COMPARTILHADA.
O trabalhador deve ter plena consciência e concordância dos objectivos buscados pelo Centro Espírita.
Qualquer Centro Espírita tem aquele grupo de pessoas “não insatisfeitas”, ou seja, não reclamam das actividades que realizam nem deixam de cumprir suas metas.
Contudo, não estar insatisfeito, necessariamente, não significa estar satisfeito ou motivado.
Frederick Herzberg (1923-2000), professor emérito da Universidade de Harvard, EUA, em um artigo que se tornou lendário nas páginas da revista Harvard Business Review Book, entrevistou 1.685 funcionários para chegar à seguinte conclusão:
a ausência de insatisfação não significa necessariamente a presença da satisfação e da motivação.
MAS COMO MOTIVAR UMA PESSOA?
É preciso fazer que ela sinta prazer por aquilo que faz, sentindo-se realmente realizada.
Portanto, essa é uma ferramenta motivacional importante no Centro Espírita.
Está aí à razão de alguns Centros Espíritas destacarem-se em relação a outros, pois eles têm como meta fazer o trabalhador sentir prazer pelo que executa.
Nenhuma pesquisa, nenhum estudo derrubou essa tese.
Portanto, se na teoria motivacional “evitar a insatisfação” é o pilar de barro (apesar de necessário), a “busca do prazer” é o pilar de ferro.
É importante evitar a insatisfação do trabalhador, contudo, isso não significa que teremos trabalhadores motivados.
Mas, se adoptarmos determinadas técnicas para não deixá-lo insatisfeito, teremos dado um grande e significativo passo.
Para isso, são necessários os seguintes procedimentos:
a) Fazer com que o trabalhador espírita tenha as informações necessárias para realizar seu trabalho;
b) Estabelecer canais de comunicação de fácil entendimento;
c) Procurar saber das necessidades pessoais do trabalhador;
d) Ter uma mudança de política administrativa, do Centro Espírita, que seja clara, abrangente e bem definida.
TEREMOS TRABALHADORES SATISFEITOS E MOTIVADOS?
Não necessariamente.
Mas, pelo menos, teremos pessoas não insatisfeitas.
MAS COMO ALCANÇAR A MOTIVAÇÃO?
Como o Centro Espírita deve proceder para que o trabalhador sinta prazer com o seu trabalho e, naturalmente, sinta-se motivado?
Sabemos que todo trabalho voluntário é naturalmente motivador.
Ajudar o próximo proporciona grande prazer interior, torna-nos mais pacientes e dá-nos um sentido à vida.
Portanto, todo o Centro Espírita já tem essa enorme vantagem motivacional:
levar o trabalhador a sentir prazer por estar executando um trabalho voluntário.
E é possível fazer com que a motivação do voluntário mantenha-se sempre presente, podendo até mesmo aumentar.
Acompanhe cinco técnicas que vão estimular a motivação de seus trabalhadores:
PRIMEIRA TÉCNICA (FUNDAMENTAL): IMPLANTAR VISÃO COMPARTILHADA.
O trabalhador deve ter plena consciência e concordância dos objectivos buscados pelo Centro Espírita.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A “visão do Centro Espírita” não pode ser fruto apenas dos pensamentos, sonhos, análises e intuições dos integrantes da directoria.
O trabalhador, qualquer que seja seu cargo ou função, deve se sentir parte necessária e integrante do Centro.
Por essa razão, os dirigentes do Centro devem solicitar ideias aos trabalhadores, envolvendo-os nas decisões a serem tomadas.
SEGUNDA TÉCNICA: O TRABALHADOR DEVE SER VISTO COMO O PERSONAGEM PRINCIPAL DO SEU TRABALHO
Se o trabalhador sentir que simplesmente cumpre regras, que não tem possibilidade de mobilizar ou de sugerir mudanças, ele não sentirá prazer no que faz.
O trabalhador deve sentir que tem poder e autonomia, mesmo que relativos, em relação à sua função.
TERCEIRA TÉCNICA: PROPICIAR CONDIÇÃO PARA QUE O TRABALHADOR EXECUTE TAREFAS COM GRAU DE DIFICULDADE UM POUCO ACIMA DE SUAS ACTUAIS HABILIDADES.
É necessário delegar ao trabalhador determinada actividade que exigirá esforço e dedicação para ser realizada, permitindo que ele desenvolva habilidades que talvez nem imaginasse ter.
Ao sentir que o dirigente do Centro, ou o responsável pelo Departamento, confia nele, passando-lhe um serviço que vai além do que ele sabe fazer, o trabalhador sente-se orgulhoso pela confiança depositada nele.
Contudo, para evitar possíveis frustrações, deve-se tomar um cuidado no momento de delegar a tarefa: não pode haver uma diferença muito grande entre a habilidade do trabalhador e a dificuldade do serviço.
QUARTA TÉCNICA (MUITO ESPECIAL): ESTABELECER O BOM HUMOR NO CENTRO ESPÍRITA.
Os líderes devem evitar a carranca, a cara fechada, e sorrir mais.
Devem criar condições para que o bom humor faça parte da cultura do Centro Espírita.
Uma grande vantagem adicional desta técnica é que a pessoa bem-humorada, além de motivar-se com maior facilidade, é mais criativa.
QUINTA TÉCNICA (MUITO ESTIMULANTE): PROPICIAR CONDIÇÕES PARA QUE O TRABALHADOR SEJA ELOGIADO PELAS SUAS REALIZAÇÕES
O líder deve demonstrar alegria ao perceber que o trabalhador cumpriu muito bem seu projecto ou tarefa, elogiando seus esforços em cada etapa.
Algumas das formas de elogiar o trabalhador:
– Cumprimentar pessoalmente o trabalhador por um trabalho bem-feito;
– Escrever uma mensagem ao trabalhador, elogiando seu desempenho;
– Reconhecer publicamente um trabalho bem-feito;
– Promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso do grupo;
A partir da execução desses cinco procedimentos, iremos descobrir que: MOTIVAR É POSSÍVEL.
§.§.§- Ave sem Ninho
O trabalhador, qualquer que seja seu cargo ou função, deve se sentir parte necessária e integrante do Centro.
Por essa razão, os dirigentes do Centro devem solicitar ideias aos trabalhadores, envolvendo-os nas decisões a serem tomadas.
SEGUNDA TÉCNICA: O TRABALHADOR DEVE SER VISTO COMO O PERSONAGEM PRINCIPAL DO SEU TRABALHO
Se o trabalhador sentir que simplesmente cumpre regras, que não tem possibilidade de mobilizar ou de sugerir mudanças, ele não sentirá prazer no que faz.
O trabalhador deve sentir que tem poder e autonomia, mesmo que relativos, em relação à sua função.
TERCEIRA TÉCNICA: PROPICIAR CONDIÇÃO PARA QUE O TRABALHADOR EXECUTE TAREFAS COM GRAU DE DIFICULDADE UM POUCO ACIMA DE SUAS ACTUAIS HABILIDADES.
É necessário delegar ao trabalhador determinada actividade que exigirá esforço e dedicação para ser realizada, permitindo que ele desenvolva habilidades que talvez nem imaginasse ter.
Ao sentir que o dirigente do Centro, ou o responsável pelo Departamento, confia nele, passando-lhe um serviço que vai além do que ele sabe fazer, o trabalhador sente-se orgulhoso pela confiança depositada nele.
Contudo, para evitar possíveis frustrações, deve-se tomar um cuidado no momento de delegar a tarefa: não pode haver uma diferença muito grande entre a habilidade do trabalhador e a dificuldade do serviço.
QUARTA TÉCNICA (MUITO ESPECIAL): ESTABELECER O BOM HUMOR NO CENTRO ESPÍRITA.
Os líderes devem evitar a carranca, a cara fechada, e sorrir mais.
Devem criar condições para que o bom humor faça parte da cultura do Centro Espírita.
Uma grande vantagem adicional desta técnica é que a pessoa bem-humorada, além de motivar-se com maior facilidade, é mais criativa.
QUINTA TÉCNICA (MUITO ESTIMULANTE): PROPICIAR CONDIÇÕES PARA QUE O TRABALHADOR SEJA ELOGIADO PELAS SUAS REALIZAÇÕES
O líder deve demonstrar alegria ao perceber que o trabalhador cumpriu muito bem seu projecto ou tarefa, elogiando seus esforços em cada etapa.
Algumas das formas de elogiar o trabalhador:
– Cumprimentar pessoalmente o trabalhador por um trabalho bem-feito;
– Escrever uma mensagem ao trabalhador, elogiando seu desempenho;
– Reconhecer publicamente um trabalho bem-feito;
– Promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso do grupo;
A partir da execução desses cinco procedimentos, iremos descobrir que: MOTIVAR É POSSÍVEL.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1859 (Parte 2)
Allan Kardec
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Para que fim existe a mediunidade?
B. O poder magnético do magnetizador depende de quê?
C. Os Espíritos podem ver na obscuridade?
D. Morreu, descansou.
Esta ideia corresponde à realidade?
Texto para leitura
26. Todos, diz Kardec, são mais ou menos médiuns, mas convencionou-se dar esse nome aos que apresentam manifestações patentes e, por assim dizer, facultativas. (P. 61)
27. De todos os géneros de mediunidade, a mais comum e a mais fácil de adquirir pelo exercício é a psicografia. (P. 61)
28. O papel do médium intuitivo é o mesmo de um intérprete entre nós e o Espírito, e a dificuldade está em distinguir os pensamentos do médium daqueles que lhe são sugeridos. (P. 62)
29. Longe de nós, assevera São Luís, desprezar os médiuns de efeitos físicos.
Têm eles a sua razão de ser e prestam incontestáveis serviços à Ciência Espírita; mas quando um médium possui uma faculdade que o põe em contato com seres superiores, não compreendemos que dela abdique, ou que deseje outras, a não ser por ignorância. (P. 64)
30. A mediunidade é uma faculdade dada para o bem.
Os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para outros fins que não correspondam aos desígnios da Providência. (P. 65)
31. Em Saint-Etienne uma moça conseguia tomar os traços, a voz e os gestos de parentes mortos que nem chegou a conhecer.
Evocado, São Luís explica que, na transfiguração, o corpo nunca muda, mas reveste aparências diversas e sofre uma espécie de oclusão, encoberto pelo perispírito. (P. 68)
32. O homem, diz Kardec, se avilta pela inveja, pelo ódio, pelo ciúme e por todas as paixões mesquinhas, mas se eleva pelo esquecimento das ofensas; eis a moral espírita. (P. 72)
33. O Espírito de Paul Gaimard, ex-médico da Marinha, fala da importância dos esforços morais que o homem faça em sua vida. (P. 73)
34. Diz ele que na erraticidade o Espírito é mais senhor de si, tem mais consciência de sua força; a carne pesa, obscurece e entrava. (P. 74)
35. Todos os Espíritos, lembra Kardec, dizem que no estado de erraticidade pesquisam, estudam, observam, a fim de fazer a escolha de suas provas. (P. 75)
36. O Espírito da Sra. Reynaud, que fora notável sonâmbula lúcida, diz que sua lucidez não tinha a prontidão e a justeza que possui agora na condição de desencarnado. (P. 77)
37. A cadeia das existências, diz ela, é formada de anéis seguidos e contínuos, e nenhuma interrupção lhe suspende o curso: a vida terrena é a continuação da vida celeste precedente e o prelúdio da próxima. (P. 77)
38. A Sra. Reynaud diz ainda que é possível ser bom sonâmbulo sem possuir um Espírito de ordem elevada. (P. 78)
39. Dizendo que é o Espírito quem vê, a Sra. Reynaud informa que agora vê melhor do que quando em estado sonambúlico, pois pode ver o homem por dentro, inclusive na obscuridade. (P. 79)
40. O fluido magnético, diz o mesmo Espírito, emana do sistema nervoso, mas o sistema nervoso o tira da atmosfera, sua fonte principal.
O poder magnético do magnetizador depende não só de sua constituição física, mas muito do seu carácter. (P. 80)
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Para que fim existe a mediunidade?
B. O poder magnético do magnetizador depende de quê?
C. Os Espíritos podem ver na obscuridade?
D. Morreu, descansou.
Esta ideia corresponde à realidade?
Texto para leitura
26. Todos, diz Kardec, são mais ou menos médiuns, mas convencionou-se dar esse nome aos que apresentam manifestações patentes e, por assim dizer, facultativas. (P. 61)
27. De todos os géneros de mediunidade, a mais comum e a mais fácil de adquirir pelo exercício é a psicografia. (P. 61)
28. O papel do médium intuitivo é o mesmo de um intérprete entre nós e o Espírito, e a dificuldade está em distinguir os pensamentos do médium daqueles que lhe são sugeridos. (P. 62)
29. Longe de nós, assevera São Luís, desprezar os médiuns de efeitos físicos.
Têm eles a sua razão de ser e prestam incontestáveis serviços à Ciência Espírita; mas quando um médium possui uma faculdade que o põe em contato com seres superiores, não compreendemos que dela abdique, ou que deseje outras, a não ser por ignorância. (P. 64)
30. A mediunidade é uma faculdade dada para o bem.
Os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para outros fins que não correspondam aos desígnios da Providência. (P. 65)
31. Em Saint-Etienne uma moça conseguia tomar os traços, a voz e os gestos de parentes mortos que nem chegou a conhecer.
Evocado, São Luís explica que, na transfiguração, o corpo nunca muda, mas reveste aparências diversas e sofre uma espécie de oclusão, encoberto pelo perispírito. (P. 68)
32. O homem, diz Kardec, se avilta pela inveja, pelo ódio, pelo ciúme e por todas as paixões mesquinhas, mas se eleva pelo esquecimento das ofensas; eis a moral espírita. (P. 72)
33. O Espírito de Paul Gaimard, ex-médico da Marinha, fala da importância dos esforços morais que o homem faça em sua vida. (P. 73)
34. Diz ele que na erraticidade o Espírito é mais senhor de si, tem mais consciência de sua força; a carne pesa, obscurece e entrava. (P. 74)
35. Todos os Espíritos, lembra Kardec, dizem que no estado de erraticidade pesquisam, estudam, observam, a fim de fazer a escolha de suas provas. (P. 75)
36. O Espírito da Sra. Reynaud, que fora notável sonâmbula lúcida, diz que sua lucidez não tinha a prontidão e a justeza que possui agora na condição de desencarnado. (P. 77)
37. A cadeia das existências, diz ela, é formada de anéis seguidos e contínuos, e nenhuma interrupção lhe suspende o curso: a vida terrena é a continuação da vida celeste precedente e o prelúdio da próxima. (P. 77)
38. A Sra. Reynaud diz ainda que é possível ser bom sonâmbulo sem possuir um Espírito de ordem elevada. (P. 78)
39. Dizendo que é o Espírito quem vê, a Sra. Reynaud informa que agora vê melhor do que quando em estado sonambúlico, pois pode ver o homem por dentro, inclusive na obscuridade. (P. 79)
40. O fluido magnético, diz o mesmo Espírito, emana do sistema nervoso, mas o sistema nervoso o tira da atmosfera, sua fonte principal.
O poder magnético do magnetizador depende não só de sua constituição física, mas muito do seu carácter. (P. 80)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
41. Por isso, as qualidades mais essenciais para o magnetizador são o coração, as boas intenções sempre firmes, o desinteresse. (P. 80)
42. A Revue transcreve o famoso caso do espectro de Atenas, que apareceu para o filósofo Atenodoro, narrado por Plínio, o Moço. (P. 87)
43. Evocado por Kardec, Plínio diz que o desinteresse no mundo em que vivemos é coisa rara:
"Em cada duzentos homens encontrareis apenas um ou dois realmente desinteressados".
Kardec concordou. (P. 90)
44. Costuma-se dizer que ninguém dos que morreram voltou para nos dar informações.
Kardec diz que isso é um erro, e a missão do Espiritismo é precisamente esclarecer-nos sobre esse futuro, fazendo-nos tocá-lo e vê-lo, não mais pelo raciocínio, mas pelos factos. (P. 92)
45. O Espírito vê sem auxílio de nossa luz e ouve sem necessidade das vibrações do ar; eis por que para ele não há obscuridade. (P. 93)
46. As sensações permanentes e indefinidas, por mais agradáveis que sejam, se tornariam com o tempo fatigantes, se não lhe fosse possível subtrair-se a elas; por isso tem ele a faculdade de as suspender. (P. 94)
47. O Espírito pode, pois, deixar de ver, de ouvir, de sentir tais ou quais coisas, conforme a sua vontade, mas na razão de sua superioridade, porque há coisas que os Espíritos inferiores não podem evitar. (P. 94)
48. Como os Espíritos não necessitam de vibrações sonoras para lhes ferir os ouvidos, compreendem-se pela simples transmissão do pensamento, assim como por vezes nos entendemos pelo simples olhar. (PP. 94 e 95)
49. Ao entrar em sua nova vida o Espírito precisa de algum tempo para se reconhecer, porque tudo ali lhe parece estranho e desconhecido. (P. 95)
50. É um erro pensar que a vida espírita seja uma vida ociosa; ao contrário, ela é essencialmente activa e todos têm ali ocupações. (P. 97)
51. Uma coisa notável é que, mesmo entre os Espíritos mais comuns, de um modo geral os sentimentos são mais puros como Espíritos do que como homens.
A vida espírita os esclarece quanto aos seus defeitos e, salvo poucas excepções, lamentam eles amargamente o mal que fizeram. (P. 99)
52. Há, porém, o que se pode chamar de escória do mundo espírita, constituída dos Espíritos impuros, cuja preocupação única é o mal. (P. 100)
53. Para prevenir a fraude nas reuniões espíritas é preciso observar atentamente as circunstâncias e, sobretudo, levar em consideração o carácter e a condição das pessoas, seus objectivos e interesses. (P. 102)
Respostas às questões propostas
A. Para que fim existe a mediunidade?
A mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para outros fins que não correspondam aos desígnios da Providência.
(Revue Spirite, p. 65.)
B. O poder magnético do magnetizador depende de quê?
Depende de sua constituição física e muito do seu carácter.
É por isso que as qualidades mais essenciais para o magnetizador são o coração, as boas intenções sempre firmes e o desinteresse. (Obra citada, p. 80.)
C. Os Espíritos podem ver na obscuridade?
Sim. Eles veem sem auxílio de nossa luz e ouvem sem necessidade das vibrações do ar; eis por que para eles não há obscuridade.
Além disso, eles têm a faculdade de suspender as percepções e sensações que desejam, podendo deixar de ver, de ouvir, de sentir tais ou quais coisas, conforme a sua vontade, mas na razão de sua superioridade, porque há coisas que os Espíritos inferiores não podem evitar.
(Obra citada, pp. 93 e 94.)
D. Morreu, descansou.
Esta ideia corresponde à realidade?
Não. É um erro pensar que a vida espírita seja uma vida ociosa; ela é, ao contrário, essencialmente activa e todos têm ali ocupações.
(Obra citada, p. 97.)
§.§.§- Ave sem Ninho
42. A Revue transcreve o famoso caso do espectro de Atenas, que apareceu para o filósofo Atenodoro, narrado por Plínio, o Moço. (P. 87)
43. Evocado por Kardec, Plínio diz que o desinteresse no mundo em que vivemos é coisa rara:
"Em cada duzentos homens encontrareis apenas um ou dois realmente desinteressados".
Kardec concordou. (P. 90)
44. Costuma-se dizer que ninguém dos que morreram voltou para nos dar informações.
Kardec diz que isso é um erro, e a missão do Espiritismo é precisamente esclarecer-nos sobre esse futuro, fazendo-nos tocá-lo e vê-lo, não mais pelo raciocínio, mas pelos factos. (P. 92)
45. O Espírito vê sem auxílio de nossa luz e ouve sem necessidade das vibrações do ar; eis por que para ele não há obscuridade. (P. 93)
46. As sensações permanentes e indefinidas, por mais agradáveis que sejam, se tornariam com o tempo fatigantes, se não lhe fosse possível subtrair-se a elas; por isso tem ele a faculdade de as suspender. (P. 94)
47. O Espírito pode, pois, deixar de ver, de ouvir, de sentir tais ou quais coisas, conforme a sua vontade, mas na razão de sua superioridade, porque há coisas que os Espíritos inferiores não podem evitar. (P. 94)
48. Como os Espíritos não necessitam de vibrações sonoras para lhes ferir os ouvidos, compreendem-se pela simples transmissão do pensamento, assim como por vezes nos entendemos pelo simples olhar. (PP. 94 e 95)
49. Ao entrar em sua nova vida o Espírito precisa de algum tempo para se reconhecer, porque tudo ali lhe parece estranho e desconhecido. (P. 95)
50. É um erro pensar que a vida espírita seja uma vida ociosa; ao contrário, ela é essencialmente activa e todos têm ali ocupações. (P. 97)
51. Uma coisa notável é que, mesmo entre os Espíritos mais comuns, de um modo geral os sentimentos são mais puros como Espíritos do que como homens.
A vida espírita os esclarece quanto aos seus defeitos e, salvo poucas excepções, lamentam eles amargamente o mal que fizeram. (P. 99)
52. Há, porém, o que se pode chamar de escória do mundo espírita, constituída dos Espíritos impuros, cuja preocupação única é o mal. (P. 100)
53. Para prevenir a fraude nas reuniões espíritas é preciso observar atentamente as circunstâncias e, sobretudo, levar em consideração o carácter e a condição das pessoas, seus objectivos e interesses. (P. 102)
Respostas às questões propostas
A. Para que fim existe a mediunidade?
A mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para outros fins que não correspondam aos desígnios da Providência.
(Revue Spirite, p. 65.)
B. O poder magnético do magnetizador depende de quê?
Depende de sua constituição física e muito do seu carácter.
É por isso que as qualidades mais essenciais para o magnetizador são o coração, as boas intenções sempre firmes e o desinteresse. (Obra citada, p. 80.)
C. Os Espíritos podem ver na obscuridade?
Sim. Eles veem sem auxílio de nossa luz e ouvem sem necessidade das vibrações do ar; eis por que para eles não há obscuridade.
Além disso, eles têm a faculdade de suspender as percepções e sensações que desejam, podendo deixar de ver, de ouvir, de sentir tais ou quais coisas, conforme a sua vontade, mas na razão de sua superioridade, porque há coisas que os Espíritos inferiores não podem evitar.
(Obra citada, pp. 93 e 94.)
D. Morreu, descansou.
Esta ideia corresponde à realidade?
Não. É um erro pensar que a vida espírita seja uma vida ociosa; ela é, ao contrário, essencialmente activa e todos têm ali ocupações.
(Obra citada, p. 97.)
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A Boa-Nova
A vida de Jesus é o permanente apelo à mansidão, à dignidade, ao amor, à verdade
"O Evangelho é a mais expressiva história de uma vida, através de outras vidas, iluminando a vida de todos os homens."
Amélia Rodrigues
Em sua ainda inigualável parenética, Amélia Rodrigues desenha, com o colorido de sua sensibilidade e com firmes pinceladas do seu conhecimento profundo e superior da Vida de Jesus, bem como das circunstâncias histórico-político-sociais, os painéis dos proscênios onde se desenrolou a Saga que dividiu as eras da Humanidade.
Narra com elegância e precisão os factos, os acontecimentos da vida d`Aquele que se alevantou acima da própria história, constituindo-Se o marco rutilante dos fastos do pensamento universal.
As narrativas vêm sempre emolduradas por ricas descrições geográficas de rara beleza, a ponto de nos levar a considerar a Benfeitora Espiritual uma paisagista de singular sensibilidade.
Atentemos para a aula dessa Mestra, compulsando seus livros:
"Primícias do Reino" e "Quando Voltar a Primavera", ambos psicografados por Divaldo Franco:
"o Evangelho de Jesus - a mais significativa história, jamais narrada, encontra-se sintetizada em "O Novo Testamento", modesta obra de pouco mais de trezentas e cinquenta páginas.
Grafada por duas testemunhas pessoais de todos os acontecimentos, Mateus e João, e confirmada pelos depoimentos de outras que conviveram com Ele, tais como Pedro - que pede a Marcos escrevê-la para os romanos recém-convertidos - e Lucas, que a recolhe de Paulo, o chamado da estrada de Damasco, de Maria, Sua mãe, de Joana de Cusa, de Maria de Magdala e de outros, escrevendo para a grande massa dos gentios conversos.
Outros depoimentos de conhecedores e participantes directos reaparecem nas Epístolas para culminarem na visão do Apocalipse.
Milhares de manuscritos de cópias relataram Sua Vida e Seus feitos...
Os quatro narradores - Mateus, Marcos, Lucas e João -, no entanto, são de uma veracidade tal que os seus escritos são a mesma Mensagem e Vida por escribas diferentes na cultura, na emotividade e nos interesses distintos, convergindo e centralizando a Incomum Personagem que é Jesus!...
Lê-los é provar as angústias do mundo e o néctar dos Céus, a fim de saber dos paladares, qual se deve escolher.
Os evangelistas não foram romancistas, historiadores, antes, narradores de Uma Vida que foi maior do que todas as vidas...
Mateus escreveu os "ditos do Senhor" entre 50 e 55; Marcos narrou os factos num período que vai de 55 a 62, em Roma, ao lado de Pedro.
Lucas fez o mesmo logo depois, por volta de 63...
João escreveu o Apocalipse entre 96 a 104, ainda em Éfeso.
Por volta do ano 63, Lucas narrou os "Actos dos Apóstolos", utilizando-se das informações que lhe chegaram por personagens que participaram daqueles acontecimentos inesquecíveis.
Ao todo, vinte e sete pequenos livros constituídos por duzentos capítulos e sete mil novecentos e cinquenta e sete versículos, em linguagem simples:
quatro narrativas evangélicas, um Acto dos Apóstolos (atribuído a Lucas), catorze epístolas de Paulo, uma de Tiago Menor, duas de Pedro, três de João, uma de Judas Tadeu e o Apocalipse de João.
Embora as pequenas variantes de narrativas - o que lhes dá o testemunho inconteste da opinião pessoal dos escritores - através dos quatro evangelistas, a história do Filho do Homem é uma só.
Mateus (Levi) escreveu-a para os israelitas que se cristianizaram, comparando a Boa-Nova com os Textos Antigos e utilizando-se das figuras comuns ao pensamento hebreu.
"O Evangelho é a mais expressiva história de uma vida, através de outras vidas, iluminando a vida de todos os homens."
Amélia Rodrigues
Em sua ainda inigualável parenética, Amélia Rodrigues desenha, com o colorido de sua sensibilidade e com firmes pinceladas do seu conhecimento profundo e superior da Vida de Jesus, bem como das circunstâncias histórico-político-sociais, os painéis dos proscênios onde se desenrolou a Saga que dividiu as eras da Humanidade.
Narra com elegância e precisão os factos, os acontecimentos da vida d`Aquele que se alevantou acima da própria história, constituindo-Se o marco rutilante dos fastos do pensamento universal.
As narrativas vêm sempre emolduradas por ricas descrições geográficas de rara beleza, a ponto de nos levar a considerar a Benfeitora Espiritual uma paisagista de singular sensibilidade.
Atentemos para a aula dessa Mestra, compulsando seus livros:
"Primícias do Reino" e "Quando Voltar a Primavera", ambos psicografados por Divaldo Franco:
"o Evangelho de Jesus - a mais significativa história, jamais narrada, encontra-se sintetizada em "O Novo Testamento", modesta obra de pouco mais de trezentas e cinquenta páginas.
Grafada por duas testemunhas pessoais de todos os acontecimentos, Mateus e João, e confirmada pelos depoimentos de outras que conviveram com Ele, tais como Pedro - que pede a Marcos escrevê-la para os romanos recém-convertidos - e Lucas, que a recolhe de Paulo, o chamado da estrada de Damasco, de Maria, Sua mãe, de Joana de Cusa, de Maria de Magdala e de outros, escrevendo para a grande massa dos gentios conversos.
Outros depoimentos de conhecedores e participantes directos reaparecem nas Epístolas para culminarem na visão do Apocalipse.
Milhares de manuscritos de cópias relataram Sua Vida e Seus feitos...
Os quatro narradores - Mateus, Marcos, Lucas e João -, no entanto, são de uma veracidade tal que os seus escritos são a mesma Mensagem e Vida por escribas diferentes na cultura, na emotividade e nos interesses distintos, convergindo e centralizando a Incomum Personagem que é Jesus!...
Lê-los é provar as angústias do mundo e o néctar dos Céus, a fim de saber dos paladares, qual se deve escolher.
Os evangelistas não foram romancistas, historiadores, antes, narradores de Uma Vida que foi maior do que todas as vidas...
Mateus escreveu os "ditos do Senhor" entre 50 e 55; Marcos narrou os factos num período que vai de 55 a 62, em Roma, ao lado de Pedro.
Lucas fez o mesmo logo depois, por volta de 63...
João escreveu o Apocalipse entre 96 a 104, ainda em Éfeso.
Por volta do ano 63, Lucas narrou os "Actos dos Apóstolos", utilizando-se das informações que lhe chegaram por personagens que participaram daqueles acontecimentos inesquecíveis.
Ao todo, vinte e sete pequenos livros constituídos por duzentos capítulos e sete mil novecentos e cinquenta e sete versículos, em linguagem simples:
quatro narrativas evangélicas, um Acto dos Apóstolos (atribuído a Lucas), catorze epístolas de Paulo, uma de Tiago Menor, duas de Pedro, três de João, uma de Judas Tadeu e o Apocalipse de João.
Embora as pequenas variantes de narrativas - o que lhes dá o testemunho inconteste da opinião pessoal dos escritores - através dos quatro evangelistas, a história do Filho do Homem é uma só.
Mateus (Levi) escreveu-a para os israelitas que se cristianizaram, comparando a Boa-Nova com os Textos Antigos e utilizando-se das figuras comuns ao pensamento hebreu.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Marcos (também chamado João), filho de Maria, de Jerusalém, em cujo lar os cristãos se reuniam e onde o Apóstolo Pedro, libertado do presídio, se acolheu, que conheceu de perto as lides apostólicas junto a Paulo e Barnabé, dos quais se afastou em Perge, na Panfília, retornando a Jerusalém, tendo sido convocado mais tarde pelo próprio Pedro, à sementeira em Roma, em cuja ocasião grafou a sua narrativa.
Lucas, recém-convertido por Paulo, residiu em Cesareia, no lar do diácono Filipe, de quem, emocionado, escutou a narrativa oral dos acontecimentos, bem como em Jerusalém ouviu os mesmos factos contados por Tiago Menor.
Erudito, nascido em Antióquia, de cultura helénica, é o narrador deslumbrado e comovido dos feitos e palavras de Jesus.
É o mais lindo dos quatro Evangelhos, impregnado da mansuetude do Cordeiro.
Escrevendo ao "excelente Teófilo", é dedicado à grande grei dos gentios, arrebatada pelo verbo candente de Paulo, seu mestre.
Dante afirmava que Lucas era o escriba da mansidão de Jesus.
Prosseguirá escrevendo, mais tarde, os “Actos dos Apóstolos” com o seu inconfundível estilo.
João, o “discípulo amado”, místico por excelência, escreveu para os cristãos que já conheciam a Mensagem com segurança.
Aprofundou a sonda reveladora e se adentrou no colóquio do Mestre com Nicodemos, sobre o “novo renascimento”, de cujo colóquio, possivelmente, participara como ouvinte.
Começa o seu estudo com a transcendente questão do Verbo e o encerra no Apocalipse, com a fulgurante visão medianímica de Jerusalém Libertada.
O seu é o Evangelho espiritual...
Escritos inicialmente na língua falada por Jesus (o arameu), exceptuando-se provavelmente Lucas, logo foram traduzidos para o grego, corporificando o pensamento do Mestre, que se dilataria por toda a Terra...
A mais comovente história que já se escreveu; o maior amor que o mundo conheceu; o exemplo mais fecundo que jamais existiu; a vida de Jesus é o permanente apelo à mansidão, à dignidade, ao amor, à verdade.
Amá-lO é começar a vivê-lO; conhecê-lo é plasmá-lO na mente e no coração.
A vida que comporta a história da nossa vida - eis a vida de Jesus!
A perene alegria, a boa mensagem de júbilo - Eis o Evangelho!
Águas abençoadas de córregos - os textos evangélicos - fluem na direcção do mesmo rio: a Verdade!
Passaram fastos históricos, sucederam-se civilizações e culturas, povos substituíram povos, homens se foram e renasceram noutras épocas, enquanto Jesus continua o mesmo.
O homem de hoje que O busca encontra-O compassivo e gentil a aguardá-lo, como ao moço rico disse no passado, ao entardecer, à entrada da cidade:
- "Vende tudo o que tens, dá-os aos pobres, vem e segue-Me, estou esperando por ti”.
Sim, Jesus ainda espera!
§.§.§- Ave sem Ninho
Lucas, recém-convertido por Paulo, residiu em Cesareia, no lar do diácono Filipe, de quem, emocionado, escutou a narrativa oral dos acontecimentos, bem como em Jerusalém ouviu os mesmos factos contados por Tiago Menor.
Erudito, nascido em Antióquia, de cultura helénica, é o narrador deslumbrado e comovido dos feitos e palavras de Jesus.
É o mais lindo dos quatro Evangelhos, impregnado da mansuetude do Cordeiro.
Escrevendo ao "excelente Teófilo", é dedicado à grande grei dos gentios, arrebatada pelo verbo candente de Paulo, seu mestre.
Dante afirmava que Lucas era o escriba da mansidão de Jesus.
Prosseguirá escrevendo, mais tarde, os “Actos dos Apóstolos” com o seu inconfundível estilo.
João, o “discípulo amado”, místico por excelência, escreveu para os cristãos que já conheciam a Mensagem com segurança.
Aprofundou a sonda reveladora e se adentrou no colóquio do Mestre com Nicodemos, sobre o “novo renascimento”, de cujo colóquio, possivelmente, participara como ouvinte.
Começa o seu estudo com a transcendente questão do Verbo e o encerra no Apocalipse, com a fulgurante visão medianímica de Jerusalém Libertada.
O seu é o Evangelho espiritual...
Escritos inicialmente na língua falada por Jesus (o arameu), exceptuando-se provavelmente Lucas, logo foram traduzidos para o grego, corporificando o pensamento do Mestre, que se dilataria por toda a Terra...
A mais comovente história que já se escreveu; o maior amor que o mundo conheceu; o exemplo mais fecundo que jamais existiu; a vida de Jesus é o permanente apelo à mansidão, à dignidade, ao amor, à verdade.
Amá-lO é começar a vivê-lO; conhecê-lo é plasmá-lO na mente e no coração.
A vida que comporta a história da nossa vida - eis a vida de Jesus!
A perene alegria, a boa mensagem de júbilo - Eis o Evangelho!
Águas abençoadas de córregos - os textos evangélicos - fluem na direcção do mesmo rio: a Verdade!
Passaram fastos históricos, sucederam-se civilizações e culturas, povos substituíram povos, homens se foram e renasceram noutras épocas, enquanto Jesus continua o mesmo.
O homem de hoje que O busca encontra-O compassivo e gentil a aguardá-lo, como ao moço rico disse no passado, ao entardecer, à entrada da cidade:
- "Vende tudo o que tens, dá-os aos pobres, vem e segue-Me, estou esperando por ti”.
Sim, Jesus ainda espera!
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126685
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Quanto tempo falta para a Terra chegar a mundo de regeneração?
A Revista Espírita foi uma obra com periodicidade mensal dirigida por Allan Kardec, de janeiro de 1858 até abril de 1869.
Embora tenha desencarnado em março de 1869, o professor havia deixado a publicação de abril daquele ano pronta.
Com frequência, os assinantes da Revista Espírita pediam a Kardec para que sua publicação fosse semanal ou quinzenal.
Objectivavam beber da literatura do sábio francês mais constantemente.
Kardec respondia, de forma educada, que era humanamente impossível.
Em primeiro lugar porque o trabalho a que se prestava o professor tornava-se cada dia mais intenso.
Além disso, caso optasse pela periodicidade menor o professor teria que aumentar o valor das assinaturas.
Embora muitos afirmassem que pagariam de bom grado, isto seria um prato cheio para os detractores de Kardec que, vira e mexe, acusavam o professor de enriquecer às custas do Espiritismo.
E, também, a Revista trazia em si o ideal da variedade e do complemento da obra construída pelo professor, portanto, deveria seguir a publicação mensal o que, segundo ele, seria mais conveniente.
Kardec informa, ainda, que a Revista registaria o desenvolvimento da ciência espírita e as novas teorias, mas que estas não poderiam ser aceites antes de passar pelo controle universal do ensinamento dos Espíritos.
Percebe-se o zelo que Kardec tinha com o Espiritismo.
Sua busca, conforme ele mesmo narra na introdução da Revista Espírita, era pela verdade, então teria que traçar estratégias seguras para que dela – verdade – não se afastasse, mas, também, que não obstruísse o progresso, porquanto sabia ele que o Espiritismo permanecia no patamar de ciência em construção, ou seja, aberto à continuação da verdade que, diga-se, deveria obedecer à marcha do progresso humano e não seria ministrada senão paulatinamente.
A grosso modo é a comparação da luz que, quando muito forte, ofusca ao invés de iluminar.
Kardec não tinha pressa, antes primava pela observação, pesquisa e estudo de determinado ponto, para que a verdade não lhe escapasse.
Pode-se afirmar que Kardec era um homem sem agonia!
Agonia que muitas vezes reflecte-se na ansiedade de constatar que a Terra será, em breve, promovida de mundo de prova e expiação para mundo de regeneração.
Alguns falam até de datas. Todavia, é válido buscar no professor Rivail a prudência, até porque essa promoção não ocorrerá por decreto.
Na constituição de Deus não há espaço para negociatas.
Ou seja, a Terra será promovida quando os homens a promoverem por meio de suas acções pautadas na prática evangélica.
Basta uma breve observação para conferir que a mudança moral é lenta.
Vejamos:
Cerca de 1.400 anos mais ou menos separam a primeira revelação dada por Moisés da vinda do Cristo à Terra.
Logo, de Cristo para o Espiritismo são mais de 1.800 anos.
Não precisamos fazer grandes reflexões para constatar que ainda não assimilamos nem a revelação dada por Moisés, porquanto ainda matamos, roubamos, tiramos vantagens indevidas e por aí vai...
Vide a situação do Espírito Santo, estado afectado pela “greve” da Polícia Militar e que as mortes pipocaram, os saques tomaram espaço e homens, até então não envolvidos com o crime, acabaram por se envolver pela razão de não estarem sendo fiscalizados pela polícia.
Em termos morais avançamos, mas ainda não praticamos nem o que Moisés revelou.
Vale lembrar que o Espiritismo tem pouco mais de 150 anos...
Percebe-se que as revelações demoraram um bocado de tempo para fazer pequenino efeito no comportamento moral dos homens.
Em partindo deste princípio, se fizermos uma média entre as revelações, ou seja, 1.400 anos de Moisés a Jesus e 1.800 anos de Jesus ao Espiritismo, teremos 1.600 anos de média.
Será que irão 1.600 anos para começarmos a praticar as lições de Jesus?
Em realidade, tudo dependerá dos homens, então, cabe-nos acelerar esta progressão da Terra para um mundo melhor.
Outro dia ainda comentei com amigos:
- Que os homens sejam todos, independentemente de religião, kardequianos, pois kardequiano quer dizer: Kardec para o quotidiano...
Só assim nosso mundo, de facto, será promovido para mundo de regeneração.
§.§.§- Ave sem Ninho
Embora tenha desencarnado em março de 1869, o professor havia deixado a publicação de abril daquele ano pronta.
Com frequência, os assinantes da Revista Espírita pediam a Kardec para que sua publicação fosse semanal ou quinzenal.
Objectivavam beber da literatura do sábio francês mais constantemente.
Kardec respondia, de forma educada, que era humanamente impossível.
Em primeiro lugar porque o trabalho a que se prestava o professor tornava-se cada dia mais intenso.
Além disso, caso optasse pela periodicidade menor o professor teria que aumentar o valor das assinaturas.
Embora muitos afirmassem que pagariam de bom grado, isto seria um prato cheio para os detractores de Kardec que, vira e mexe, acusavam o professor de enriquecer às custas do Espiritismo.
E, também, a Revista trazia em si o ideal da variedade e do complemento da obra construída pelo professor, portanto, deveria seguir a publicação mensal o que, segundo ele, seria mais conveniente.
Kardec informa, ainda, que a Revista registaria o desenvolvimento da ciência espírita e as novas teorias, mas que estas não poderiam ser aceites antes de passar pelo controle universal do ensinamento dos Espíritos.
Percebe-se o zelo que Kardec tinha com o Espiritismo.
Sua busca, conforme ele mesmo narra na introdução da Revista Espírita, era pela verdade, então teria que traçar estratégias seguras para que dela – verdade – não se afastasse, mas, também, que não obstruísse o progresso, porquanto sabia ele que o Espiritismo permanecia no patamar de ciência em construção, ou seja, aberto à continuação da verdade que, diga-se, deveria obedecer à marcha do progresso humano e não seria ministrada senão paulatinamente.
A grosso modo é a comparação da luz que, quando muito forte, ofusca ao invés de iluminar.
Kardec não tinha pressa, antes primava pela observação, pesquisa e estudo de determinado ponto, para que a verdade não lhe escapasse.
Pode-se afirmar que Kardec era um homem sem agonia!
Agonia que muitas vezes reflecte-se na ansiedade de constatar que a Terra será, em breve, promovida de mundo de prova e expiação para mundo de regeneração.
Alguns falam até de datas. Todavia, é válido buscar no professor Rivail a prudência, até porque essa promoção não ocorrerá por decreto.
Na constituição de Deus não há espaço para negociatas.
Ou seja, a Terra será promovida quando os homens a promoverem por meio de suas acções pautadas na prática evangélica.
Basta uma breve observação para conferir que a mudança moral é lenta.
Vejamos:
Cerca de 1.400 anos mais ou menos separam a primeira revelação dada por Moisés da vinda do Cristo à Terra.
Logo, de Cristo para o Espiritismo são mais de 1.800 anos.
Não precisamos fazer grandes reflexões para constatar que ainda não assimilamos nem a revelação dada por Moisés, porquanto ainda matamos, roubamos, tiramos vantagens indevidas e por aí vai...
Vide a situação do Espírito Santo, estado afectado pela “greve” da Polícia Militar e que as mortes pipocaram, os saques tomaram espaço e homens, até então não envolvidos com o crime, acabaram por se envolver pela razão de não estarem sendo fiscalizados pela polícia.
Em termos morais avançamos, mas ainda não praticamos nem o que Moisés revelou.
Vale lembrar que o Espiritismo tem pouco mais de 150 anos...
Percebe-se que as revelações demoraram um bocado de tempo para fazer pequenino efeito no comportamento moral dos homens.
Em partindo deste princípio, se fizermos uma média entre as revelações, ou seja, 1.400 anos de Moisés a Jesus e 1.800 anos de Jesus ao Espiritismo, teremos 1.600 anos de média.
Será que irão 1.600 anos para começarmos a praticar as lições de Jesus?
Em realidade, tudo dependerá dos homens, então, cabe-nos acelerar esta progressão da Terra para um mundo melhor.
Outro dia ainda comentei com amigos:
- Que os homens sejam todos, independentemente de religião, kardequianos, pois kardequiano quer dizer: Kardec para o quotidiano...
Só assim nosso mundo, de facto, será promovido para mundo de regeneração.
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Consciência culpada
Na noite de 23 de fevereiro de 1956, nossos benfeitores espirituais ofertaram-nos à consideração valioso estudo.
Trouxeram ao recinto o Espírito que se deu a conhecer por F. Cunha, cuja mente eclipsada pelo remorso se mostrava inteiramente encarcerada nas teias do crime por ele cometido.
O comunicante, através do médium que lhe retratava a angústia na fisionomia congesta, falou-nos comovedoramente do seu drama íntimo.
Explicaram-nos os Mentores de nosso templo que assim procediam para examinarmos as dolorosas condições da alma, como que cristalizada nos meandros da culpa, cerrada sobre si mesma, a reviver, indefinidamente a lembrança do delito praticado, em lastimável e constante recapitulação.
Trovejante voz determina que eu fale.
Estranho poder rearticula-me a garganta.
Falar, entretanto, para quê? Para quem?
Quantas vezes já reconstituí minha história, para acabar no mesmo tormento infernal?…
Onde estou?
Que vozes imperativas são essas que ordenam a exteriorização de minha palavra?
Falar para quem?
Para os duendes que povoam as minhas trevas e gargalham diante da minha dor?
Para a ventania que me açoita e que me trouxe até aqui onde experimento a sensação do mendigo vagueante, a refugiar-se na carne morna de um animal?
Falar para quê?
Sinto-me extremamente cansado…
Não tenho ideia de rumo.
Perdi a noção do caminho.
Sequei a fonte de minhas lágrimas.
Estou cego. Tateio na escuridão…
Esgotei todas as blasfémias que podiam assomar aos meus lábios.
Clamo debalde por socorro…
Bati à porta da oração, inutilmente…
Sou o judeu errante da lenda, mais infeliz que ele mesmo, porque não apenas caminho…
Sofro! Sofro terrivelmente.
Perdi a minha visão externa, mas guardo a minha visão do mundo íntimo para recomeçar sempre e interminavelmente o meu crime!
Confessar-me para que ouvidos? Para que juízes?
Falar simplesmente para a minha consciência culpada?
Entretanto, essa voz é dominadora e determina que eu conte minha história de novo…
Não precisarei, porém, gastar muita energia.
Basta lembrar o recomeço…
Vejo a sala de nossa casa.
Tudo iluminado dentro da noite…
Desejava desfazer-me de minha irmã solteira.
Herdáramos ambos grande fortuna.
Devia ela associar-se-me ao destino…
Desejava, contudo, senhorear a sós o património financeiro que nos favorecia o mundo familiar.
Angelina era meu obstáculo.
Arquitectava planos de modo a eliminar-lhe a presença, até que uma noite minha irmã veio confessar-me um amor infeliz.
Amava e não era amada.
Pretendia comungar a sorte de um homem que lhe retribuía a afectividade com profunda aversão.
Estava doente, abatida.
Trouxeram ao recinto o Espírito que se deu a conhecer por F. Cunha, cuja mente eclipsada pelo remorso se mostrava inteiramente encarcerada nas teias do crime por ele cometido.
O comunicante, através do médium que lhe retratava a angústia na fisionomia congesta, falou-nos comovedoramente do seu drama íntimo.
Explicaram-nos os Mentores de nosso templo que assim procediam para examinarmos as dolorosas condições da alma, como que cristalizada nos meandros da culpa, cerrada sobre si mesma, a reviver, indefinidamente a lembrança do delito praticado, em lastimável e constante recapitulação.
Trovejante voz determina que eu fale.
Estranho poder rearticula-me a garganta.
Falar, entretanto, para quê? Para quem?
Quantas vezes já reconstituí minha história, para acabar no mesmo tormento infernal?…
Onde estou?
Que vozes imperativas são essas que ordenam a exteriorização de minha palavra?
Falar para quem?
Para os duendes que povoam as minhas trevas e gargalham diante da minha dor?
Para a ventania que me açoita e que me trouxe até aqui onde experimento a sensação do mendigo vagueante, a refugiar-se na carne morna de um animal?
Falar para quê?
Sinto-me extremamente cansado…
Não tenho ideia de rumo.
Perdi a noção do caminho.
Sequei a fonte de minhas lágrimas.
Estou cego. Tateio na escuridão…
Esgotei todas as blasfémias que podiam assomar aos meus lábios.
Clamo debalde por socorro…
Bati à porta da oração, inutilmente…
Sou o judeu errante da lenda, mais infeliz que ele mesmo, porque não apenas caminho…
Sofro! Sofro terrivelmente.
Perdi a minha visão externa, mas guardo a minha visão do mundo íntimo para recomeçar sempre e interminavelmente o meu crime!
Confessar-me para que ouvidos? Para que juízes?
Falar simplesmente para a minha consciência culpada?
Entretanto, essa voz é dominadora e determina que eu conte minha história de novo…
Não precisarei, porém, gastar muita energia.
Basta lembrar o recomeço…
Vejo a sala de nossa casa.
Tudo iluminado dentro da noite…
Desejava desfazer-me de minha irmã solteira.
Herdáramos ambos grande fortuna.
Devia ela associar-se-me ao destino…
Desejava, contudo, senhorear a sós o património financeiro que nos favorecia o mundo familiar.
Angelina era meu obstáculo.
Arquitectava planos de modo a eliminar-lhe a presença, até que uma noite minha irmã veio confessar-me um amor infeliz.
Amava e não era amada.
Pretendia comungar a sorte de um homem que lhe retribuía a afectividade com profunda aversão.
Estava doente, abatida.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Maquinando meu crime, roguei-lhe renunciasse àquela afeição mal-nascida.
Ofereci-lhe ponderações.
Preparei deliberadamente o fratricídio.
Conduzi-a para a nossa pequena sala de leitura e de música.
Pedi-lhe, em nome de nossa grande amizade escrevesse uma carta de despedida ao ingrato que lhe não acolhera a ternura…
Como valorizar um homem que lhe menoscabava o coração?
Convenci-a. Angelina, em pranto, grafou a missiva de adeus.
Leu-a, comovidamente, para mim.
Aprovei-lhe os termos…
Em seguida, roguei-lhe tocasse ao piano velha música triste de nosso ambiente doméstico.
Desejava preparar meu delito.
Angelina tangeu suavemente o teclado.
Era uma valsa de despedida, predilecta de meu pai que nos deixara, a caminho do sepulcro, seguindo os passos de nossa mãe.
Logo após, aconselhei-lhe o recolhimento.
Sentia dores, repetiu…
Prometi-lhe uma fricção de óleo balsâmico no tórax, tão logo se visse recolhida ao leito.
Angelina obedeceu sem tergiversar.
Na penumbra, preparei meu revólver.
Envolvi minhas mãos em dois lenços para evitar qualquer vestígio que me denunciasse à autoridade policial.
Na sombra do quarto, procurei no peito o local dolorido e desfechei-lhe um tiro certeiro no coração…
Ela morreu como uma ovelha imbele no matadouro.
O sangue borbotou em torrentes.
Com cautela, prendi-lhe a arma à mão flácida…
Preparei o ambiente e, depois de algum tempo, clamei por socorro.
A tese do suicídio que eu apresentara foi amplamente aprovada.
Depois dos funerais, a visão do ouro superou o remorso.
Eu era, enfim, o dono de enorme fortuna.
Podia dispor dela à vontade.
E assim fiz. Governei largos haveres.
Sufoquei a consciência.
Gozei a vida como melhor me pareceu.
Despendi largas somas.
Viajei… Dominei…
Fiz o que meus caprichos reclamavam…
Até que, um dia, num desastre, não sei que génios perversos me situaram o carro à frente de um abismo no qual me despenhei…
Meu corpo também foi aniquilado entre ferros torcidos…
Mas, desde então, sou como que uma esfera sombria.
Uma grande bola de chumbo aeriforme, porque tudo é treva por fora… mas tudo é claridade por dentro, obrigando-me a recomeçar o processo de minha falta…
Tenho sede, tenho fome, contudo, tão somente encontro cornucópias rubras a despejarem moedas e cédulas ensanguentadas sobre minha cabeça.
Pergunto às trevas a que me recolho, onde está o poder do tempo, para fazer que minhas horas recuem a fim de que meus braços se imobilizem antes da fatal deliberação…
Pergunto onde vive a morte, para que ela, com seu ancinho infernal, me decepe a consciência… Ninguém me responde.
Ofereci-lhe ponderações.
Preparei deliberadamente o fratricídio.
Conduzi-a para a nossa pequena sala de leitura e de música.
Pedi-lhe, em nome de nossa grande amizade escrevesse uma carta de despedida ao ingrato que lhe não acolhera a ternura…
Como valorizar um homem que lhe menoscabava o coração?
Convenci-a. Angelina, em pranto, grafou a missiva de adeus.
Leu-a, comovidamente, para mim.
Aprovei-lhe os termos…
Em seguida, roguei-lhe tocasse ao piano velha música triste de nosso ambiente doméstico.
Desejava preparar meu delito.
Angelina tangeu suavemente o teclado.
Era uma valsa de despedida, predilecta de meu pai que nos deixara, a caminho do sepulcro, seguindo os passos de nossa mãe.
Logo após, aconselhei-lhe o recolhimento.
Sentia dores, repetiu…
Prometi-lhe uma fricção de óleo balsâmico no tórax, tão logo se visse recolhida ao leito.
Angelina obedeceu sem tergiversar.
Na penumbra, preparei meu revólver.
Envolvi minhas mãos em dois lenços para evitar qualquer vestígio que me denunciasse à autoridade policial.
Na sombra do quarto, procurei no peito o local dolorido e desfechei-lhe um tiro certeiro no coração…
Ela morreu como uma ovelha imbele no matadouro.
O sangue borbotou em torrentes.
Com cautela, prendi-lhe a arma à mão flácida…
Preparei o ambiente e, depois de algum tempo, clamei por socorro.
A tese do suicídio que eu apresentara foi amplamente aprovada.
Depois dos funerais, a visão do ouro superou o remorso.
Eu era, enfim, o dono de enorme fortuna.
Podia dispor dela à vontade.
E assim fiz. Governei largos haveres.
Sufoquei a consciência.
Gozei a vida como melhor me pareceu.
Despendi largas somas.
Viajei… Dominei…
Fiz o que meus caprichos reclamavam…
Até que, um dia, num desastre, não sei que génios perversos me situaram o carro à frente de um abismo no qual me despenhei…
Meu corpo também foi aniquilado entre ferros torcidos…
Mas, desde então, sou como que uma esfera sombria.
Uma grande bola de chumbo aeriforme, porque tudo é treva por fora… mas tudo é claridade por dentro, obrigando-me a recomeçar o processo de minha falta…
Tenho sede, tenho fome, contudo, tão somente encontro cornucópias rubras a despejarem moedas e cédulas ensanguentadas sobre minha cabeça.
Pergunto às trevas a que me recolho, onde está o poder do tempo, para fazer que minhas horas recuem a fim de que meus braços se imobilizem antes da fatal deliberação…
Pergunto onde vive a morte, para que ela, com seu ancinho infernal, me decepe a consciência… Ninguém me responde.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Ouço gargalhadas. Ouço génios infernais que talvez estejam associados ao meu crime, mas que eu não posso divisar em sua feição exterior, porque, se tudo ouço, nada vejo…
Estou mergulhado nas trevas.
Minhalma sente-se jungida ao remorso, assim como a lenha está presa ao fogo que a consome.
Onde está o repouso prometido aos penitentes?
Já gritei minha desdita aos quatro cantos da Terra.
Suplico um amparo que nunca chega.
Trago comigo o inferno no coração.
Para quem estou falando nas sombras?
Será dia, no campo exterior em que minha voz se faz ouvida?
Quem me escuta?
Que vento me trouxe até aqui?
O remorso persegue-me, inalterável!…
Quem me ouve?
Os demónios e as fúrias da tempestade?
Infelizmente, sou eu mesmo a testemunha da minha própria confissão.
Revejo o crime praticado…
Dinheiro!… Ah! o dinheiro…
fortuna de meus pais!…
Sangue… Sangue nas minhas mãos…
Sangue na minha vida…
Sangue no meu coração…
Para quem repetirei esta história?
Para quem?
Eis que o vento me retira de novo!…
Aonde irei? Para quem repetirei minha terrível história?
Sou um fantasma no cárcere do remorso tardio!…
Que poder é este, a impelir-me para diante? o crime!…
O crime não compensa, o dinheiro não compensa…
A culpa é o meu grilhão!…
F. Cunha - Amigo espiritual não identificado.
Blog Espiritismo Na Rede
§.§.§- Ave sem Ninho
Estou mergulhado nas trevas.
Minhalma sente-se jungida ao remorso, assim como a lenha está presa ao fogo que a consome.
Onde está o repouso prometido aos penitentes?
Já gritei minha desdita aos quatro cantos da Terra.
Suplico um amparo que nunca chega.
Trago comigo o inferno no coração.
Para quem estou falando nas sombras?
Será dia, no campo exterior em que minha voz se faz ouvida?
Quem me escuta?
Que vento me trouxe até aqui?
O remorso persegue-me, inalterável!…
Quem me ouve?
Os demónios e as fúrias da tempestade?
Infelizmente, sou eu mesmo a testemunha da minha própria confissão.
Revejo o crime praticado…
Dinheiro!… Ah! o dinheiro…
fortuna de meus pais!…
Sangue… Sangue nas minhas mãos…
Sangue na minha vida…
Sangue no meu coração…
Para quem repetirei esta história?
Para quem?
Eis que o vento me retira de novo!…
Aonde irei? Para quem repetirei minha terrível história?
Sou um fantasma no cárcere do remorso tardio!…
Que poder é este, a impelir-me para diante? o crime!…
O crime não compensa, o dinheiro não compensa…
A culpa é o meu grilhão!…
F. Cunha - Amigo espiritual não identificado.
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A intenção é tudo
Intenção é o desejo deliberado de alguém realizar alguma acção.
Allan Kardec preocupou-se muito em esclarecer, do ponto de vista espiritual, como Deus ajuíza e quantifica o mérito ou demérito de cada acção humana.
Simplificando: quais os graus de inocência ou culpa, de atenuantes ou agravantes (bónus ou ónus) de cada acto, de cada homem.
Considerando a sublime plataforma na qual Kardec se posicionou para levar adiante a Codificação da Doutrina dos Espíritos, óbvio que também esta sua pesquisa foi direccionada inteiramente para os consequentes morais de tudo aquilo que o ser realiza.
Resulta notável a intuição de Kardec ao enfocar este aspecto em particular, no longo roteiro evolutivo de cada Espírito e cumpre atentar que, à sua época, a Ciência de então, de par com a Religião, eram predominantes, ambas, no pensamento humano e abominavam a reencarnação.
Por conseguinte havia (como ainda hoje há) desconhecimento generalizado da Lei Divina de Justiça, naquilo que consubstancia acção e reacção, plantação e colheita, consoante magistralmente Jesus enunciou:
“A cada um a retribuição será de acordo com o seu comportamento”[1].
Nesse contexto, uma vez mais desponta a abençoada argúcia e o filantropismo de Kardec, preocupando-se em pavimentar com esclarecimentos lógicos a sinuosa estrada da caminhada terrena, onde tantos paradoxos parecem atropelar os que nela trilham — maioria da Humanidade — sem o entendimento da Justiça Divina.
Pois, de facto, vem de longe a inexplicabilidade de uma Justiça Superior que permite a réprobos morais prosperar, ao passo que tragédias alcançam pessoas de boa conduta e até mesmo crianças de tenra idade...
Tais factos, de aparente injustiça, se submetidos ao sol do meio-dia (a lógica) e focados pelas lentes da reencarnação, certamente aquecerão com entendimento as mentes desabrigadas e ao frio da desconfiança na Sabedoria e no Amor do Criador.
Voltando à intenção, não há negar que raramente ela é impulsionada por apenas um vetor, a chamada “primeira intenção”, no caso, intenção única.
Intenção única é aquela na qual o agente visa apenas a um objectivo, uma resultante.
Talvez seja permitido supor que Jesus, ao se deslocar dos alcândores celestiais para conviver connosco, teve a intenção exclusiva de nos ajudar mais directamente, agindo por amor.
Só por amor!
Nesse diapasão de fraternidade, Allan Kardec, predispondo-se a codificar o Espiritismo, objectivou colocar ao alcance da Humanidade as sublimidades recebidas do Plano Espiritual, via processualística inédita, que tão bem soube apropriar da mediunidade.
Excepção daquilo que fazem os homens de bem, minoria no nosso planeta, quase tudo o que aqui é feito tem por fulcro a resultante da segunda, da terceira ou até de mais acções, as quais se encadeiam, como elos da corrente.
O homem assim procede, para o bem ou para o mal, consciente ou inconscientemente.
É dessa forma que, sem generalizar, vê-se:
- aquele que se especializa tem por meta conseguir bom emprego, bom salário... mas também vida confortável;
- o médico que se forma pretende curar doenças... mas também uma posição profissional relevante;
- o político se esforça para ser eleito para ajudar a comunidade... mas também ser aclamado e, logo mais, ser reeleito;
- o atleta que treina com denodo mira superar marcas... mas também o êxtase do pódio, da vitória, da fama;
- o espírita estuda as lições do Espiritismo para compreender cada vez mais a razão da existência... mas também para promover a auto-reforma e seguir em busca da evolução.
Allan Kardec preocupou-se muito em esclarecer, do ponto de vista espiritual, como Deus ajuíza e quantifica o mérito ou demérito de cada acção humana.
Simplificando: quais os graus de inocência ou culpa, de atenuantes ou agravantes (bónus ou ónus) de cada acto, de cada homem.
Considerando a sublime plataforma na qual Kardec se posicionou para levar adiante a Codificação da Doutrina dos Espíritos, óbvio que também esta sua pesquisa foi direccionada inteiramente para os consequentes morais de tudo aquilo que o ser realiza.
Resulta notável a intuição de Kardec ao enfocar este aspecto em particular, no longo roteiro evolutivo de cada Espírito e cumpre atentar que, à sua época, a Ciência de então, de par com a Religião, eram predominantes, ambas, no pensamento humano e abominavam a reencarnação.
Por conseguinte havia (como ainda hoje há) desconhecimento generalizado da Lei Divina de Justiça, naquilo que consubstancia acção e reacção, plantação e colheita, consoante magistralmente Jesus enunciou:
“A cada um a retribuição será de acordo com o seu comportamento”[1].
Nesse contexto, uma vez mais desponta a abençoada argúcia e o filantropismo de Kardec, preocupando-se em pavimentar com esclarecimentos lógicos a sinuosa estrada da caminhada terrena, onde tantos paradoxos parecem atropelar os que nela trilham — maioria da Humanidade — sem o entendimento da Justiça Divina.
Pois, de facto, vem de longe a inexplicabilidade de uma Justiça Superior que permite a réprobos morais prosperar, ao passo que tragédias alcançam pessoas de boa conduta e até mesmo crianças de tenra idade...
Tais factos, de aparente injustiça, se submetidos ao sol do meio-dia (a lógica) e focados pelas lentes da reencarnação, certamente aquecerão com entendimento as mentes desabrigadas e ao frio da desconfiança na Sabedoria e no Amor do Criador.
Voltando à intenção, não há negar que raramente ela é impulsionada por apenas um vetor, a chamada “primeira intenção”, no caso, intenção única.
Intenção única é aquela na qual o agente visa apenas a um objectivo, uma resultante.
Talvez seja permitido supor que Jesus, ao se deslocar dos alcândores celestiais para conviver connosco, teve a intenção exclusiva de nos ajudar mais directamente, agindo por amor.
Só por amor!
Nesse diapasão de fraternidade, Allan Kardec, predispondo-se a codificar o Espiritismo, objectivou colocar ao alcance da Humanidade as sublimidades recebidas do Plano Espiritual, via processualística inédita, que tão bem soube apropriar da mediunidade.
Excepção daquilo que fazem os homens de bem, minoria no nosso planeta, quase tudo o que aqui é feito tem por fulcro a resultante da segunda, da terceira ou até de mais acções, as quais se encadeiam, como elos da corrente.
O homem assim procede, para o bem ou para o mal, consciente ou inconscientemente.
É dessa forma que, sem generalizar, vê-se:
- aquele que se especializa tem por meta conseguir bom emprego, bom salário... mas também vida confortável;
- o médico que se forma pretende curar doenças... mas também uma posição profissional relevante;
- o político se esforça para ser eleito para ajudar a comunidade... mas também ser aclamado e, logo mais, ser reeleito;
- o atleta que treina com denodo mira superar marcas... mas também o êxtase do pódio, da vitória, da fama;
- o espírita estuda as lições do Espiritismo para compreender cada vez mais a razão da existência... mas também para promover a auto-reforma e seguir em busca da evolução.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Assim é que quase sempre a primeira intenção não é a verdadeira, ou melhor, não é a única, a principal, mas um alicerce para a construção de um projecto, que pode se dirigir a outros focos.
É por isso que na vida há surpresas: boas ou más...
O homem desconfia do próprio homem e amiúde se ouve:
“fulano agiu assim com segunda intenção”.
Ou, então, perguntas expressas ou ocultas:
“quais serão as intenções desse acontecimento?”, “o que será que ele/ela quis dizer com isso?”, “com que objectivo fulano fez tal coisa?”.
Num exemplo singular, referente aos danos da competição, que é uma das maiores causas de desavenças e infelicidades, num inocente jogo de xadrez os competidores agem inexoravelmente com intenções ocultas, para não dizer sub-reptícias...
O jornal “O Atibaiense”, da cidade de Atibaia/SP, na edição nº 7.569, de 14/Jan/2006, publica reportagem citando que uma pessoa especial, daquela cidade, no ano de 1997 assombrou o mundo enxadrístico ao jogar simultaneamente (vários adversários ao mesmo tempo) e em uma das partidas anunciar que daria xeque-mate em 12 lances, fossem quais fossem as jogadas do respectivo competidor!
E isso aconteceu![2]
Eu e muitos da Humanidade, ainda limitados no mourejo da estrada evolutiva, dificilmente agimos só com intenção única.
E foi por causa disso que Kardec houve por bem dirigir algumas perguntas aos Esclarecedores Siderais, cujas respostas ele, em boa hora, deixou registadas no “O Livro dos Espíritos”.
Ei-las, por números:
658. Agrada a Deus a prece?
“A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para ele, a intenção é tudo. (...)”. (Grifei.)
670. Dar-se-á que alguma vez possam ter sido agradáveis a Deus os sacrifícios humanos praticados com piedosa intenção?
“Não, nunca. Deus, porém, julga pela intenção. (...)”
672. A oferenda feita a Deus, de frutos da terra, tinha a seus olhos mais mérito do que o sacrifício dos animais?
“Já vos respondi, declarando que Deus julga segundo a intenção.”
747. É sempre do mesmo grau a culpabilidade em todos os casos de assassínio?
“Já o temos dito: Deus é justo, julga mais pela intenção do que pelo facto.”
749. Tem o homem culpa dos assassínios que pratica durante a guerra?
“Não, quando constrangido pela força; mas é culpado das crueldades que cometa, sendo-lhe também levado em conta o sentimento de humanidade com que proceda.”
Mais à frente, ainda em “O Livro dos Espíritos”, na 4ª Parte, Kardec aborda de modo enfático as variáveis do equivocado acto do suicídio.
Algumas:
948. É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma acção má?
“O suicídio não apaga a falta. (...) Deus, que julga, pode, conforme a causa, abrandar os rigores de sua justiça.”
É por isso que na vida há surpresas: boas ou más...
O homem desconfia do próprio homem e amiúde se ouve:
“fulano agiu assim com segunda intenção”.
Ou, então, perguntas expressas ou ocultas:
“quais serão as intenções desse acontecimento?”, “o que será que ele/ela quis dizer com isso?”, “com que objectivo fulano fez tal coisa?”.
Num exemplo singular, referente aos danos da competição, que é uma das maiores causas de desavenças e infelicidades, num inocente jogo de xadrez os competidores agem inexoravelmente com intenções ocultas, para não dizer sub-reptícias...
O jornal “O Atibaiense”, da cidade de Atibaia/SP, na edição nº 7.569, de 14/Jan/2006, publica reportagem citando que uma pessoa especial, daquela cidade, no ano de 1997 assombrou o mundo enxadrístico ao jogar simultaneamente (vários adversários ao mesmo tempo) e em uma das partidas anunciar que daria xeque-mate em 12 lances, fossem quais fossem as jogadas do respectivo competidor!
E isso aconteceu![2]
Eu e muitos da Humanidade, ainda limitados no mourejo da estrada evolutiva, dificilmente agimos só com intenção única.
E foi por causa disso que Kardec houve por bem dirigir algumas perguntas aos Esclarecedores Siderais, cujas respostas ele, em boa hora, deixou registadas no “O Livro dos Espíritos”.
Ei-las, por números:
658. Agrada a Deus a prece?
“A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para ele, a intenção é tudo. (...)”. (Grifei.)
670. Dar-se-á que alguma vez possam ter sido agradáveis a Deus os sacrifícios humanos praticados com piedosa intenção?
“Não, nunca. Deus, porém, julga pela intenção. (...)”
672. A oferenda feita a Deus, de frutos da terra, tinha a seus olhos mais mérito do que o sacrifício dos animais?
“Já vos respondi, declarando que Deus julga segundo a intenção.”
747. É sempre do mesmo grau a culpabilidade em todos os casos de assassínio?
“Já o temos dito: Deus é justo, julga mais pela intenção do que pelo facto.”
749. Tem o homem culpa dos assassínios que pratica durante a guerra?
“Não, quando constrangido pela força; mas é culpado das crueldades que cometa, sendo-lhe também levado em conta o sentimento de humanidade com que proceda.”
Mais à frente, ainda em “O Livro dos Espíritos”, na 4ª Parte, Kardec aborda de modo enfático as variáveis do equivocado acto do suicídio.
Algumas:
948. É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma acção má?
“O suicídio não apaga a falta. (...) Deus, que julga, pode, conforme a causa, abrandar os rigores de sua justiça.”
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
949. Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim obstar a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
“O que assim procede não faz bem.
Mas, como pensa que o faz, Deus lhe leva isso em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo.
A intenção lhe atenua a falta. (...)”
951. Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
“Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. (...)”
NOTA: A propósito de alguém se matar pensando em ser útil a outrem, cito dois casos de suicídio, auto-deliberados, de certa forma similares e de difícil enquadramento quanto à culpabilidade:
1º - No caso “O pai e o conscrito”[3], em 1859, um pai de família, ao saber que seu filho fora convocado para ir combater na guerra da Itália, não podendo livrá-lo desse compromisso militar, suicidou-se, para que esse filho não fosse, já que pela lei passaria a ser o “arrimo de família” (da mãe, então viúva).
Evocado, o Espírito reportou que sofria muito, justamente, mas que teve abrandamento da pena, pois compreendia que sua acção não deixou de ser má.
O Espírito São Luís acrescentou que nesse caso o motivo propiciou atenuante, e que “Deus, que é justo e vê o fundo dos corações, não o pune (ao suicida) senão de acordo com suas obras”.
2º - A inolvidável médium Yvonne A. Pereira (1906-1984) narra que na cidade de Pirapora/MG[4], na época da II Guerra Mundial (1939-1945), uma pobre senhora “sem orientação espiritual eficiente, tinha um filho que era a razão do seu viver, as primícias da sua vida”.
Sendo esse filho convocado para partir para a Itália, a mãe, conquanto muito religiosa, católica, fez veemente promessa a Deus de dar a própria vida em troca da vida e da saúde desse filho, caso ele retornasse da guerra são e salvo.
Foi o que aconteceu.
Sabendo da promessa da senhora, muitos, inclusive o vigário local, tentaram dissuadi-la desse equivocado propósito.
Debalde. Um ano depois ela se atirou às violentas águas da cheia do Rio São Francisco, vindo a falecer.
Comenta Yvonne:
“que o leitor amigo nos ajude a classificar esse caso de suicídio, porque, em verdade, não sabemos como apreciá-lo.
Auto-obsessão? Obsessão real?
Enfermidade nervosa?
Revolta contra Deus e a Vida?
Ignorância das leis de Deus?
Amor materno elevado ao fanatismo?
Desequilíbrio mental pelo horror à guerra?
Nas nossas observações não encontramos caso igual.
Todavia, as intenções pesam muitíssimo para as leis divinas, embora não cheguem a tudo justificar”.
954. Será condenável uma imprudência que compromete a vida sem necessidade?
“Não há culpabilidade, em não havendo intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.”
“O que assim procede não faz bem.
Mas, como pensa que o faz, Deus lhe leva isso em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo.
A intenção lhe atenua a falta. (...)”
951. Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
“Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. (...)”
NOTA: A propósito de alguém se matar pensando em ser útil a outrem, cito dois casos de suicídio, auto-deliberados, de certa forma similares e de difícil enquadramento quanto à culpabilidade:
1º - No caso “O pai e o conscrito”[3], em 1859, um pai de família, ao saber que seu filho fora convocado para ir combater na guerra da Itália, não podendo livrá-lo desse compromisso militar, suicidou-se, para que esse filho não fosse, já que pela lei passaria a ser o “arrimo de família” (da mãe, então viúva).
Evocado, o Espírito reportou que sofria muito, justamente, mas que teve abrandamento da pena, pois compreendia que sua acção não deixou de ser má.
O Espírito São Luís acrescentou que nesse caso o motivo propiciou atenuante, e que “Deus, que é justo e vê o fundo dos corações, não o pune (ao suicida) senão de acordo com suas obras”.
2º - A inolvidável médium Yvonne A. Pereira (1906-1984) narra que na cidade de Pirapora/MG[4], na época da II Guerra Mundial (1939-1945), uma pobre senhora “sem orientação espiritual eficiente, tinha um filho que era a razão do seu viver, as primícias da sua vida”.
Sendo esse filho convocado para partir para a Itália, a mãe, conquanto muito religiosa, católica, fez veemente promessa a Deus de dar a própria vida em troca da vida e da saúde desse filho, caso ele retornasse da guerra são e salvo.
Foi o que aconteceu.
Sabendo da promessa da senhora, muitos, inclusive o vigário local, tentaram dissuadi-la desse equivocado propósito.
Debalde. Um ano depois ela se atirou às violentas águas da cheia do Rio São Francisco, vindo a falecer.
Comenta Yvonne:
“que o leitor amigo nos ajude a classificar esse caso de suicídio, porque, em verdade, não sabemos como apreciá-lo.
Auto-obsessão? Obsessão real?
Enfermidade nervosa?
Revolta contra Deus e a Vida?
Ignorância das leis de Deus?
Amor materno elevado ao fanatismo?
Desequilíbrio mental pelo horror à guerra?
Nas nossas observações não encontramos caso igual.
Todavia, as intenções pesam muitíssimo para as leis divinas, embora não cheguem a tudo justificar”.
954. Será condenável uma imprudência que compromete a vida sem necessidade?
“Não há culpabilidade, em não havendo intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.”
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
NOTA: O caso dos “camicases” (do japonês: kamikases), pilotos que na II Guerra Mundial, tanto quanto actualmente os “homens-bomba” (conflitos Palestina x Israel, Iraque x EUA), terroristas de diversas nacionalidades, que ao se sacrificarem o fizeram ou fazem por “patriotismo”, ou por ilusão de vida paradisíaca após a morte, expõe desconhecimento da vida contínua.
Não objecta imaginar que Deus levará em conta essa ignorância e a intenção, não obstante a necessidade de dolorosa reconstrução com a qual terão que arcar, em face do mal que causaram a outrem. Contudo, mais responsabilizados e penalizados pela própria consciência serão os líderes que induzam seus subordinados a assim proceder, conquanto também eles assim procedam por ignorância das vidas sucessivas.
Kardec abordou as nuances da intenção em outras duas oportunidades:
a. Referindo-se com severidade ao delicadíssimo tema do charlatanismo e do embuste[5], estabelece enérgica diferença entre os médiuns que cometem abuso e aproveitamento (especuladores), daqueles que, impedidos de trabalhar, dedicam-se (com retribuição) de forma eminentemente séria e útil.
Reporta que “conforme o motivo e o fim podem, pois, os Espíritos condenar, absolver e, até, auxiliar.
Eles julgam mais a intenção do que o facto material”;
b. Na mesma obra, referindo-se às “Reuniões espíritas”, promulga[6] enfaticamente que cada uma delas “é um ser colectivo”, pelo que, vinte pessoas, unindo-se com a mesma intenção, vibrando em uníssono, terão mais força do que uma só. (Grifei).
EURÍPEDES KÜHL
[1] Mateus – 16:27.
[2] Consta que essa incrível façanha está registrada no Guiness Book (o livro dos recordes), de 1998, às pp. 110 e 111.
[3] “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. V.
[4] “Cânticos do Coração”, de Yvonne A. Pereira, Vol. II, Cap. III, pp. 33 a 40, Edições CELD, RJ/RJ, 1995.
[5] “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. XXVIII, item 311.
[6] “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. XXIX, item 331.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não objecta imaginar que Deus levará em conta essa ignorância e a intenção, não obstante a necessidade de dolorosa reconstrução com a qual terão que arcar, em face do mal que causaram a outrem. Contudo, mais responsabilizados e penalizados pela própria consciência serão os líderes que induzam seus subordinados a assim proceder, conquanto também eles assim procedam por ignorância das vidas sucessivas.
Kardec abordou as nuances da intenção em outras duas oportunidades:
a. Referindo-se com severidade ao delicadíssimo tema do charlatanismo e do embuste[5], estabelece enérgica diferença entre os médiuns que cometem abuso e aproveitamento (especuladores), daqueles que, impedidos de trabalhar, dedicam-se (com retribuição) de forma eminentemente séria e útil.
Reporta que “conforme o motivo e o fim podem, pois, os Espíritos condenar, absolver e, até, auxiliar.
Eles julgam mais a intenção do que o facto material”;
b. Na mesma obra, referindo-se às “Reuniões espíritas”, promulga[6] enfaticamente que cada uma delas “é um ser colectivo”, pelo que, vinte pessoas, unindo-se com a mesma intenção, vibrando em uníssono, terão mais força do que uma só. (Grifei).
EURÍPEDES KÜHL
[1] Mateus – 16:27.
[2] Consta que essa incrível façanha está registrada no Guiness Book (o livro dos recordes), de 1998, às pp. 110 e 111.
[3] “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. V.
[4] “Cânticos do Coração”, de Yvonne A. Pereira, Vol. II, Cap. III, pp. 33 a 40, Edições CELD, RJ/RJ, 1995.
[5] “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. XXVIII, item 311.
[6] “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, 2ª Parte, Cap. XXIX, item 331.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Valorize seu dia: violência quotidiana
É curioso notar como nos estarrecem as notícias que as mídias projectam em torno da violência.Em toda parte as notícias dos crimes, das guerras nos causam verdadeiro estupor.
É muito comum que as pessoas registem tudo isto com uma certa dose de angústia, como se o mundo estivesse de mal a pior.
E, quando pensamos nessas questões da violência, que a televisão mostra, que as emissoras de rádio, que os jornais escritos apresentam; quando pensamos nessa violência que está nos filmes, nas telenovelas, que está em toda parte na sociedade, sentimos um aperto muito grande no coração.
Afinal de contas, que mundo é este?
Em que mundo nós estamos vivendo?
Esta é uma pergunta crucial, porque quando nos perguntamos, que mundo é este, em que mundo estamos vivendo, não podemos esquecer que nós fazemos parte deste mundo.
Não é um mundo lá fora, como se fôssemos dele independentes.
Este mundo no qual estamos identificando tantas catástrofes de violência, tantas tragédias comportamentais, é o mundo que estamos fazendo.
Por causa disso vale a pena nos perguntarmos:
O que é que está acontecendo neste capítulo da violência no nosso quotidiano?
Não existe um único dia sequer que não tenhamos notícias de assassinatos, de homicídios, de estupros, de sequestros, de atentados em toda parte.
Na sociedade mais próxima, onde estamos e na sociedade do mundo em geral.
Parece que o ser humano adentrou caminhos nunca dantes trilhados.
Mas, isso não é bem verdade porque bastará que olhemos a História para percebermos que essa realidade da violência, nesses tempos que vivemos no mundo, é mais conhecida, mas não é uma coisa nova, é mais divulgada, mas não é uma coisa recente.
Cabe-nos verificar de onde é que vem essa onda de violência tão terrível na nossa vida quotidiana.
É por causa disso que nos cabe ver como podemos fazer, agir, viver para dar conta desse quadro tão angustiante que aí está em nosso mundo.
Violência, violações, violar - todos esses verbos e substantivos expressam uma patologia da criatura humana.
Expressam um tormento pelo qual passa o indivíduo.
Compete-nos identificar onde começa a violência e teremos surpresas muito curiosas ao percebermos, ao registarmos que todo e qualquer processo de violência que explode na macrosociedade, que avança no mundo em geral, tem começo no indivíduo.
Sim, é no indivíduo que todo esse processo começa.
Somos essencialmente portadores desse vírus da violência.
Quando pensamos nessa verdade, sentimos uma certa frieza na espinha, um calafrio que nos passa na espinha porque jamais imaginaríamos que toda essa onda de tormentos sociais, de sequestros, violências, mortes, estupros tivesse começo na nossa atitude pessoal.
Parece que estamos fazendo as coisas às escondidas, temos a sensação de que ninguém nos vê ou, muitas vezes, fazemos abertamente para que sejamos vistos.
É a questão da adrenalina.
Fazer alguma coisa errada no meio de tanta gente, produz uma adrenalina mas, ao mesmo tempo, indica um desequilíbrio.
É desse modo que a violência vai ganhando expressividade, que a violência vai se disseminando na sociedade em que vivemos.
Ao pensarmos nessa disseminação da violência nos cabe cumprir aquilo que viemos à Terra fazer:
dar boa conta da nossa administração existencial, dar boa conta de nossa vida, viver de tal modo que não sejamos nós os factores pré-disponentes da violência.
Que não carreguemos em nós essa força que promove a violência mas que consigamos, gradativamente, trabalhar num sentido oposto e verificar que a violência tem nascedouro em nós e, por isso, terá que encontrar seu término também em nós.
É muito comum que as pessoas registem tudo isto com uma certa dose de angústia, como se o mundo estivesse de mal a pior.
E, quando pensamos nessas questões da violência, que a televisão mostra, que as emissoras de rádio, que os jornais escritos apresentam; quando pensamos nessa violência que está nos filmes, nas telenovelas, que está em toda parte na sociedade, sentimos um aperto muito grande no coração.
Afinal de contas, que mundo é este?
Em que mundo nós estamos vivendo?
Esta é uma pergunta crucial, porque quando nos perguntamos, que mundo é este, em que mundo estamos vivendo, não podemos esquecer que nós fazemos parte deste mundo.
Não é um mundo lá fora, como se fôssemos dele independentes.
Este mundo no qual estamos identificando tantas catástrofes de violência, tantas tragédias comportamentais, é o mundo que estamos fazendo.
Por causa disso vale a pena nos perguntarmos:
O que é que está acontecendo neste capítulo da violência no nosso quotidiano?
Não existe um único dia sequer que não tenhamos notícias de assassinatos, de homicídios, de estupros, de sequestros, de atentados em toda parte.
Na sociedade mais próxima, onde estamos e na sociedade do mundo em geral.
Parece que o ser humano adentrou caminhos nunca dantes trilhados.
Mas, isso não é bem verdade porque bastará que olhemos a História para percebermos que essa realidade da violência, nesses tempos que vivemos no mundo, é mais conhecida, mas não é uma coisa nova, é mais divulgada, mas não é uma coisa recente.
Cabe-nos verificar de onde é que vem essa onda de violência tão terrível na nossa vida quotidiana.
É por causa disso que nos cabe ver como podemos fazer, agir, viver para dar conta desse quadro tão angustiante que aí está em nosso mundo.
Violência, violações, violar - todos esses verbos e substantivos expressam uma patologia da criatura humana.
Expressam um tormento pelo qual passa o indivíduo.
Compete-nos identificar onde começa a violência e teremos surpresas muito curiosas ao percebermos, ao registarmos que todo e qualquer processo de violência que explode na macrosociedade, que avança no mundo em geral, tem começo no indivíduo.
Sim, é no indivíduo que todo esse processo começa.
Somos essencialmente portadores desse vírus da violência.
Quando pensamos nessa verdade, sentimos uma certa frieza na espinha, um calafrio que nos passa na espinha porque jamais imaginaríamos que toda essa onda de tormentos sociais, de sequestros, violências, mortes, estupros tivesse começo na nossa atitude pessoal.
Parece que estamos fazendo as coisas às escondidas, temos a sensação de que ninguém nos vê ou, muitas vezes, fazemos abertamente para que sejamos vistos.
É a questão da adrenalina.
Fazer alguma coisa errada no meio de tanta gente, produz uma adrenalina mas, ao mesmo tempo, indica um desequilíbrio.
É desse modo que a violência vai ganhando expressividade, que a violência vai se disseminando na sociedade em que vivemos.
Ao pensarmos nessa disseminação da violência nos cabe cumprir aquilo que viemos à Terra fazer:
dar boa conta da nossa administração existencial, dar boa conta de nossa vida, viver de tal modo que não sejamos nós os factores pré-disponentes da violência.
Que não carreguemos em nós essa força que promove a violência mas que consigamos, gradativamente, trabalhar num sentido oposto e verificar que a violência tem nascedouro em nós e, por isso, terá que encontrar seu término também em nós.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Se nos damos conta de que é no indivíduo que tem nascedouro a violência, fica muito mais explícita a sua origem e, naturalmente, a sua solução.
Em verdade, todos precisamos nos dar conta dos quadros de violência dos quais fazemos parte.
A violência das palavras ásperas, das palavras grosseiras, a violência da pornografia. Falamos o que queremos como se todas as pessoas tivessem a obrigação de nos ouvir o verbo como a gente o queira expressar.
E a vida não é bem assim.
Se impomos a alguém ouvir-nos nas coisas ruins que queremos dizer, estamos impondo às pessoas violentamente, as nossas ideias.
Se fazemos na nossa casa uma festa e porque estamos na nossa casa ignoramos que os outros vizinhos também estão nas suas casas, fazemos barulho até a hora que bem entendamos porque os outros terão que nos aceitar assim, é violência. Porque se temos direito a fazer barulho em nossa casa, os nossos vizinhos têm direito a ter silêncio em suas casas.
Começamos a nos aperceber das atitudes violentas junto à família: o esposo machista, violento, grosseiro com a esposa; a esposa patologicamente feminista e que acha que a sua palavra tem que ser a última, não ouve a mais ninguém; as agressões contra os filhos; a pancadaria; as brigas entre irmãos dentro de casa são aspectos os mais variados da violência no quotidiano.
Curioso é que não percebemos que isso é violência.
Parece-nos uma coisa muito normal, muito corriqueira nos agredirmos e depois, tudo parece voltar ao normal.
Mas as coisas não voltam ao normal que estavam, nunca mais chegamos ao nível zero. Estamos sempre ajuntando lixo nas nossas relações.
E por causa disso mesmo a violência tem começo dentro de nós, estoura nas nossas relações, dentro de casa, no nosso trabalho, com as pessoas com as quais convivemos.
Graças a isso é que, a cada dia, a violência urbana aumenta mais.
Parece que o problema da violência urbana é do Governo.
Mas o governo da minha casa sou eu, o governo da minha rua sou eu, o governo do meu bairro somos nós.
Então, como fazer para mudar esse quadro que nos incomoda tanto?
Temos que apelar para esse processo de auto-educação.
Precisamos aprender a voltar às origens da boa relação.
Saber o que falar perto de quem, respeitar senhoras, crianças, respeitar outras pessoas porque todas as vezes que nós dizemos o que queremos, diz o ditado popular, ouvimos as coisas que não queremos e não gostamos.
Quando dizemos uma palavra de má qualidade, uma palavra de baixo calão, uma palavra indevida, instigamos a reacção das pessoas, das que aceitam o que dissemos e daquelas que se rebelam contra o que dissemos.
É da micro-violência, digamos assim, a violência do indivíduo, a violência de cada um que nasce a macro-violência.
É da nossa violência individual que advém a grande violência social, não tenhamos nenhuma dúvida.
Quando vemos, numa guerra, soldados se engalfinhando, a guerra não começou com os soldados, começou com cada um dos indivíduos que somaram energias envenenadas.
E essa energia envenenada, essas forças negativas vão impondo à sociedade o desbordar, o desaguar das nossas negatividades reunidas.
Muito mais do que podemos imaginar somos os agentes da violência no nosso quotidiano.
Muito mais do que podemos supor damos ensejo à violência urbana, comentando-a, divulgando-a, devorando essas notícias nos jornais, nas revistas que vendem a rodo o sangue pisado das vítimas sociais.
Quando começamos a fazer essas reflexões, quando partimos para esses entendimentos, agora parece que conseguimos encontrar a saída, a renovação pessoal, o esforço por nos apaziguar, o esforço por nos tranquilizar e fazer com que a cada dia, ao nosso redor, haja harmonia, haja paz.
Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
Em verdade, todos precisamos nos dar conta dos quadros de violência dos quais fazemos parte.
A violência das palavras ásperas, das palavras grosseiras, a violência da pornografia. Falamos o que queremos como se todas as pessoas tivessem a obrigação de nos ouvir o verbo como a gente o queira expressar.
E a vida não é bem assim.
Se impomos a alguém ouvir-nos nas coisas ruins que queremos dizer, estamos impondo às pessoas violentamente, as nossas ideias.
Se fazemos na nossa casa uma festa e porque estamos na nossa casa ignoramos que os outros vizinhos também estão nas suas casas, fazemos barulho até a hora que bem entendamos porque os outros terão que nos aceitar assim, é violência. Porque se temos direito a fazer barulho em nossa casa, os nossos vizinhos têm direito a ter silêncio em suas casas.
Começamos a nos aperceber das atitudes violentas junto à família: o esposo machista, violento, grosseiro com a esposa; a esposa patologicamente feminista e que acha que a sua palavra tem que ser a última, não ouve a mais ninguém; as agressões contra os filhos; a pancadaria; as brigas entre irmãos dentro de casa são aspectos os mais variados da violência no quotidiano.
Curioso é que não percebemos que isso é violência.
Parece-nos uma coisa muito normal, muito corriqueira nos agredirmos e depois, tudo parece voltar ao normal.
Mas as coisas não voltam ao normal que estavam, nunca mais chegamos ao nível zero. Estamos sempre ajuntando lixo nas nossas relações.
E por causa disso mesmo a violência tem começo dentro de nós, estoura nas nossas relações, dentro de casa, no nosso trabalho, com as pessoas com as quais convivemos.
Graças a isso é que, a cada dia, a violência urbana aumenta mais.
Parece que o problema da violência urbana é do Governo.
Mas o governo da minha casa sou eu, o governo da minha rua sou eu, o governo do meu bairro somos nós.
Então, como fazer para mudar esse quadro que nos incomoda tanto?
Temos que apelar para esse processo de auto-educação.
Precisamos aprender a voltar às origens da boa relação.
Saber o que falar perto de quem, respeitar senhoras, crianças, respeitar outras pessoas porque todas as vezes que nós dizemos o que queremos, diz o ditado popular, ouvimos as coisas que não queremos e não gostamos.
Quando dizemos uma palavra de má qualidade, uma palavra de baixo calão, uma palavra indevida, instigamos a reacção das pessoas, das que aceitam o que dissemos e daquelas que se rebelam contra o que dissemos.
É da micro-violência, digamos assim, a violência do indivíduo, a violência de cada um que nasce a macro-violência.
É da nossa violência individual que advém a grande violência social, não tenhamos nenhuma dúvida.
Quando vemos, numa guerra, soldados se engalfinhando, a guerra não começou com os soldados, começou com cada um dos indivíduos que somaram energias envenenadas.
E essa energia envenenada, essas forças negativas vão impondo à sociedade o desbordar, o desaguar das nossas negatividades reunidas.
Muito mais do que podemos imaginar somos os agentes da violência no nosso quotidiano.
Muito mais do que podemos supor damos ensejo à violência urbana, comentando-a, divulgando-a, devorando essas notícias nos jornais, nas revistas que vendem a rodo o sangue pisado das vítimas sociais.
Quando começamos a fazer essas reflexões, quando partimos para esses entendimentos, agora parece que conseguimos encontrar a saída, a renovação pessoal, o esforço por nos apaziguar, o esforço por nos tranquilizar e fazer com que a cada dia, ao nosso redor, haja harmonia, haja paz.
Raul Teixeira
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NÃO IMPORTA A SIMPLICIDADE DA "CASA ESPÍRITA"
O QUE VALE É A SERIEDADE E O SERVIÇO QUE PRESTA...
No desempenho da sua função, o Centro Espírita é, sobretudo, um Centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual.
O ensino evangélico puro, as preces e os passes, o trabalho de doutrinação representam um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos sofredores e de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados da mesma assistência.
Muitas criaturas perguntam se os espíritas não são pretensiosos e orgulhosos, ao se julgarem capazes de esclarecer espíritos desencarnados.
Acham que esse é um serviço dos Espíritos Superiores e não dos homens; chegam a fazer cálculos para demonstrar aos espíritas que esse trabalho é vão, pois o número de espíritos que podem assistir em suas sessões é diminuto.
Esquecem-se de que toda actividade esclarecedora, em qualquer campo, vale mais pela sua possibilidade de propagação.
A dinâmica da comunicação é o principal factor da eficiência nesses casos.
São muitos os exemplos históricos nesse sentido, mas nenhum é mais claro que o de Jesus, servindo-se de um pequeno grupo de pessoas para modificar com os seus ensinos, mesmo deturpados pela ignorância a face do mundo.
Nas sessões espíritas não se pretende abranger todos os espíritos necessitados - o que seria impossível - mas cuidar daqueles que estão mais ligados a nós; a doutrinação de um espírito perturbado é quase sempre o pagamento de uma dívida nossa para aquele espírito.
Se o prejudicamos ontem, hoje o socorremos; e ele, socorrido, torna-se um novo assistente da grande batalha pelo esclarecimento geral.
Cada espírito que conquistamos para o bem representa um novo impulso na luta, o acréscimo de mais um companheiro, um aumento do bem.
Devemos sempre lembrar que o bem é contagiante; se libertamos uma vítima da obsessão na Terra, libertamos outra no mundo espiritual que nos cerca; essa multiplicação se processa num crescendo, atingindo progressivamente a centenas de pessoas e espíritos.
Alegam alguns que os espíritos perturbados são assistidos no próprio plano espiritual; mas, Jesus, por acaso, deixou de assistir aos espíritos necessitados, aqui mesmo, na Terra?
Pelo contrário, os assistiu e mandou ainda os seus discípulos fazerem o mesmo.
A experiência espírita confirma o acerto do atendimento terreno, demonstrando cientificamente que espíritos desencarnados, mas ainda muito apegados às condições da vida material, precisam de assistência mediúnica para se livrarem desse apego.
Nas sessões, como observou o sábio francês Gustavo Geley, a emanação de ectoplasma forma um ambiente favorável às relações dos espíritos com os homens.
Nesse ambiente mediúnico os espíritos apegados à matéria sentem a impressão de maior segurança, como se estivessem novamente encarnados.
Muitas vezes, nas sessões, Espíritos orientadores servem-se de um médium para doutrinar mais facilmente essas entidades confusas; isso confirma a dificuldade, acentuada por Kardec, que Espíritos mais evoluídos encontram para esclarecer os inferiores no plano espiritual.
As sessões espíritas de doutrinação e desobsessão provaram sua eficácia desde Kardec até os nossos dias, enquanto as opiniões contrárias não se firmam senão em opiniões pessoais, palpites deduzidos de falsos raciocínios, por falta de real conhecimento desse grave problema.
Os que hoje procuram diminuir o valor e a importância dessas sessões nos Centros não passam de palpiteiros; os Centros Espíritas bem organizados e bem orientados não se deixam levar por esses palpites, pois possuem suficiente experiência nesse campo altamente melindroso de suas actividades doutrinárias.
Da mesma maneira, os que pretendem que as sessões dos Centros sejam dedicadas apenas às manifestações de Espíritos Superiores, revelam egoísmo e falta de compreensão doutrinária.
No desempenho da sua função, o Centro Espírita é, sobretudo, um Centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual.
O ensino evangélico puro, as preces e os passes, o trabalho de doutrinação representam um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos sofredores e de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados da mesma assistência.
Muitas criaturas perguntam se os espíritas não são pretensiosos e orgulhosos, ao se julgarem capazes de esclarecer espíritos desencarnados.
Acham que esse é um serviço dos Espíritos Superiores e não dos homens; chegam a fazer cálculos para demonstrar aos espíritas que esse trabalho é vão, pois o número de espíritos que podem assistir em suas sessões é diminuto.
Esquecem-se de que toda actividade esclarecedora, em qualquer campo, vale mais pela sua possibilidade de propagação.
A dinâmica da comunicação é o principal factor da eficiência nesses casos.
São muitos os exemplos históricos nesse sentido, mas nenhum é mais claro que o de Jesus, servindo-se de um pequeno grupo de pessoas para modificar com os seus ensinos, mesmo deturpados pela ignorância a face do mundo.
Nas sessões espíritas não se pretende abranger todos os espíritos necessitados - o que seria impossível - mas cuidar daqueles que estão mais ligados a nós; a doutrinação de um espírito perturbado é quase sempre o pagamento de uma dívida nossa para aquele espírito.
Se o prejudicamos ontem, hoje o socorremos; e ele, socorrido, torna-se um novo assistente da grande batalha pelo esclarecimento geral.
Cada espírito que conquistamos para o bem representa um novo impulso na luta, o acréscimo de mais um companheiro, um aumento do bem.
Devemos sempre lembrar que o bem é contagiante; se libertamos uma vítima da obsessão na Terra, libertamos outra no mundo espiritual que nos cerca; essa multiplicação se processa num crescendo, atingindo progressivamente a centenas de pessoas e espíritos.
Alegam alguns que os espíritos perturbados são assistidos no próprio plano espiritual; mas, Jesus, por acaso, deixou de assistir aos espíritos necessitados, aqui mesmo, na Terra?
Pelo contrário, os assistiu e mandou ainda os seus discípulos fazerem o mesmo.
A experiência espírita confirma o acerto do atendimento terreno, demonstrando cientificamente que espíritos desencarnados, mas ainda muito apegados às condições da vida material, precisam de assistência mediúnica para se livrarem desse apego.
Nas sessões, como observou o sábio francês Gustavo Geley, a emanação de ectoplasma forma um ambiente favorável às relações dos espíritos com os homens.
Nesse ambiente mediúnico os espíritos apegados à matéria sentem a impressão de maior segurança, como se estivessem novamente encarnados.
Muitas vezes, nas sessões, Espíritos orientadores servem-se de um médium para doutrinar mais facilmente essas entidades confusas; isso confirma a dificuldade, acentuada por Kardec, que Espíritos mais evoluídos encontram para esclarecer os inferiores no plano espiritual.
As sessões espíritas de doutrinação e desobsessão provaram sua eficácia desde Kardec até os nossos dias, enquanto as opiniões contrárias não se firmam senão em opiniões pessoais, palpites deduzidos de falsos raciocínios, por falta de real conhecimento desse grave problema.
Os que hoje procuram diminuir o valor e a importância dessas sessões nos Centros não passam de palpiteiros; os Centros Espíritas bem organizados e bem orientados não se deixam levar por esses palpites, pois possuem suficiente experiência nesse campo altamente melindroso de suas actividades doutrinárias.
Da mesma maneira, os que pretendem que as sessões dos Centros sejam dedicadas apenas às manifestações de Espíritos Superiores, revelam egoísmo e falta de compreensão doutrinária.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126685
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A parte mais importante e necessária das actividades mediúnicas, mormente em nossos dias, é precisamente a da prática doutrinária da desobsessão; trabalhar nesse sector é dever constante dos médiuns esclarecidos e dedicados ao bem do próximo.
O estado de confusão a que chegou a Psico-terapêutica em nossos dias, e particularmente a Psiquiatria, exige redobrado esforço dos Centros no trabalho de doutrinação e de desobsessão.
Milhões de vítimas, no mundo inteiro, clamam pelo socorro de métodos mais eficientes de cura psico-terapêutica, que só o Espiritismo pode oferecer, graças às suas experiências de mais de dois séculos nesse campo.
O Centro Espírita guarda esse acervo maravilhoso em sua tradição e não pode recuar diante dos sofismas da actualidade trágica e pretensiosa; as comunicações dos Espíritos Superiores são dadas no momento preciso, mesmo em meio do aparente tumulto das sessões de desobsessão.
É muito agradável recebermos comunicações elevadas de Espíritos Superiores, mas só as merecemos depois de cuidarmos com atenção e abnegação dos Espíritos Sofredores.
Quando recusamos essas oportunidades redentoras os Superiores se afastam e o campo fica aberto aos mistificadores, como o sabem, muitas vezes por duras experiências próprias, os que procuram acomodar-se na bênção sem merecimento; os serviços assistenciais à pobreza, prestados pelos Centros Espíritas, constituem a contribuição espírita para o desenvolvimento de nova mentalidade social em nosso mundo egoísta.
Não basta semear ideias fraternistas entre os homens, é necessário concretizá-las em actos pessoais e sinceros.
O Centro Espírita funciona como um transformador de ideias fraternas em correntes de energias activas nesse plano.
Em suas turbinas invisíveis as ideias se transformam em actos de amor e de dedicação ao próximo; há os que combatem a esmola, a doação gratuita de ajuda material aos necessitados.
Querem a criação de organismos sociais capazes de modificar o panorama da miséria com recursos de ensino e encaminhamento dos infelizes a situações melhores; isso é o ideal, e muitos Centros e outras formas de instituições espíritas conseguiram fazê-lo.
Mas quando escasseiam recursos e meios de se fazer isso, é justo que deixemos os pobres à mingua na sua impotência?
Há misérias tão cruciantes que têm de ser atendidas agora, neste momento.
Negar auxílio, nesses casos, a pretexto de que estamos sonhando com medidas melhores é falta de caridade, comodismo disfarçado em idealismo superior; o Centro Espírita é instrumento de acção imediata e age de acordo com as necessidades, as vítimas da injustiça social não poderão esperar as brilhantes realizações futuras.
Como ensinou Kardec, devemos esperar que as utopias se tornam realidades, para depois as aceitarmos.
As pessoas que censuram esse esforço de ajuda aos necessitados, defendendo ideais de reforma social, alienam-se da cruciante realidade em que vegetam os que não dispõem de meios para o próprio sustento.
Geralmente esses ideólogos de um mundo melhor que deve surgir por milagre ou por abalos sociais, acusam os espíritas de alienados, comodistas e divorciados da realidade, quando, entretanto, são eles que se alienam.
O Centro Espírita não pode se entregar, pois aos seus princípios; seu objectivo é o bem de todos e não o desta ou daquela camada da população.
A evolução social depende da evolução dos homens, que constituem e formam os organismos sociais; é pelo exemplo de fraternidade e não pela violência que podemos melhorar o mundo.
A Revolução Cristã não se processou a golpes de violência, mas ao custo de sacrifícios e abnegações de profundo respeito pela criatura humana; não importa se essa criatura é um potentado ou um mendigo; a Revolução Espírita, que é filha e herdeira da Revolução Cristã, não se faz ao poder precário e ilusório das armas destruidoras, mas ao ritmo de paz e compreensão para que as atrocidades desapareçam da Terra.
O estado de confusão a que chegou a Psico-terapêutica em nossos dias, e particularmente a Psiquiatria, exige redobrado esforço dos Centros no trabalho de doutrinação e de desobsessão.
Milhões de vítimas, no mundo inteiro, clamam pelo socorro de métodos mais eficientes de cura psico-terapêutica, que só o Espiritismo pode oferecer, graças às suas experiências de mais de dois séculos nesse campo.
O Centro Espírita guarda esse acervo maravilhoso em sua tradição e não pode recuar diante dos sofismas da actualidade trágica e pretensiosa; as comunicações dos Espíritos Superiores são dadas no momento preciso, mesmo em meio do aparente tumulto das sessões de desobsessão.
É muito agradável recebermos comunicações elevadas de Espíritos Superiores, mas só as merecemos depois de cuidarmos com atenção e abnegação dos Espíritos Sofredores.
Quando recusamos essas oportunidades redentoras os Superiores se afastam e o campo fica aberto aos mistificadores, como o sabem, muitas vezes por duras experiências próprias, os que procuram acomodar-se na bênção sem merecimento; os serviços assistenciais à pobreza, prestados pelos Centros Espíritas, constituem a contribuição espírita para o desenvolvimento de nova mentalidade social em nosso mundo egoísta.
Não basta semear ideias fraternistas entre os homens, é necessário concretizá-las em actos pessoais e sinceros.
O Centro Espírita funciona como um transformador de ideias fraternas em correntes de energias activas nesse plano.
Em suas turbinas invisíveis as ideias se transformam em actos de amor e de dedicação ao próximo; há os que combatem a esmola, a doação gratuita de ajuda material aos necessitados.
Querem a criação de organismos sociais capazes de modificar o panorama da miséria com recursos de ensino e encaminhamento dos infelizes a situações melhores; isso é o ideal, e muitos Centros e outras formas de instituições espíritas conseguiram fazê-lo.
Mas quando escasseiam recursos e meios de se fazer isso, é justo que deixemos os pobres à mingua na sua impotência?
Há misérias tão cruciantes que têm de ser atendidas agora, neste momento.
Negar auxílio, nesses casos, a pretexto de que estamos sonhando com medidas melhores é falta de caridade, comodismo disfarçado em idealismo superior; o Centro Espírita é instrumento de acção imediata e age de acordo com as necessidades, as vítimas da injustiça social não poderão esperar as brilhantes realizações futuras.
Como ensinou Kardec, devemos esperar que as utopias se tornam realidades, para depois as aceitarmos.
As pessoas que censuram esse esforço de ajuda aos necessitados, defendendo ideais de reforma social, alienam-se da cruciante realidade em que vegetam os que não dispõem de meios para o próprio sustento.
Geralmente esses ideólogos de um mundo melhor que deve surgir por milagre ou por abalos sociais, acusam os espíritas de alienados, comodistas e divorciados da realidade, quando, entretanto, são eles que se alienam.
O Centro Espírita não pode se entregar, pois aos seus princípios; seu objectivo é o bem de todos e não o desta ou daquela camada da população.
A evolução social depende da evolução dos homens, que constituem e formam os organismos sociais; é pelo exemplo de fraternidade e não pela violência que podemos melhorar o mundo.
A Revolução Cristã não se processou a golpes de violência, mas ao custo de sacrifícios e abnegações de profundo respeito pela criatura humana; não importa se essa criatura é um potentado ou um mendigo; a Revolução Espírita, que é filha e herdeira da Revolução Cristã, não se faz ao poder precário e ilusório das armas destruidoras, mas ao ritmo de paz e compreensão para que as atrocidades desapareçam da Terra.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Não podemos apagar fogo com gasolina, nem consertar o mundo com a substituição de castas no poder; os serviços de assistência ao próximo só podem retardar o avanço da violência, ao mesmo tempo que aceleram o desenvolvimento moral e espiritual da Humanidade.
É desse desenvolvimento, e exclusivamente dele, que poderá surgir na Terra uma civilização superior; o Centro Espírita não pode trocar os seus serviços de amor e fraternidade pelo acirramento das lutas entre grupos e classes.
Ele apela aos valores da inteligência, que através da razão equilibrada e da compreensão profunda das necessidades humanas, conduzem os homens a soluções e não apenas a tentativas de maiores conflitos.
Um espírita não pode apenas em termos da realidade imediata; a concepção dialéctica do Espiritismo não se funda no exame das contradições superficiais do mecanismo social.
Aprofunda-se no exame do dinamismo complexo das acções e reacções dos indivíduos e dos grupos sociais que estruturam a sociedade; reduzir toda essa complexidade às manifestações efémeras dos estágios evolutivos de uma sociedade é negar ao homem a possibilidade de lutar para compreender os problemas com que se defronta no processo existencial.
Viver e existir são duas possibilidades do ser que se projecta na encarnação; nos planos inferiores dos reinos mineral e vegetal a vida é movimento e sensação, mas nos estágios intermediários da animalidade se converte em conquista e domínio, elevando-se no plano hominal à consciência de si mesma na busca da transcendência.
Nesse plano, o ser humano assume a responsabilidade da busca e só existe realmente, superando as fases inconscientes do seu desenvolvimento, na medida exacta em que sabe o que quer e porque o quer.
Esse o que e esse porque têm então de superar-se a si mesmos na conquista do como, ou seja:
de como, de que maneira poderá continuar a elevar-se.
Assim como a conquista material do plano animal se transforma na conquista do conhecimento de si mesmo e do seu destino transcendente, todas as demais actividades do homem levam à consciência, o que dá ao ser a sua unidade.
Consciente dessa unidade interna, o homem supera então a multiplicidade da sua própria estrutura e do mundo; revela-se nele a centelha divina da sua origem espiritual; ele compreende que é espírito e que esse espírito não pode desfazer-se na morte, pois a sua essência é indestrutível e eterna.
Esse é o momento espírita da redenção, em que o espírita capta a sua imortalidade em sua própria consciência e muda a sua maneira de ser diante do mundo ilusório e transitório.
Desse momento em diante o espírito se integra no Centro Espírita, liga-se a ele, não como um serviçal mas como o próprio serviço.
A multiplicidade dos serviços do Centro adquire em sua consciência a mesma unidade conquistada por esta; ao mesmo tempo, a visão da unidade existencial, em que todos os serviços se fundem no serviço único da Humanidade, desperta nele o sentimento e a compreensão do seu dever único - servir a Deus no serviço do próximo.
Tudo o que ele fizer, dali por diante, será um fazer universal, não ligado a ele ou ao Centro, não confinado na sua pessoa e no seu grupo, nem mesmo restrito ao meio espírita, mas naturalmente extensivo a toda a Humanidade.
Os pioneiros do Espiritismo, a partir de Kardec, todas as grandes figuras souberam dar-se ao Espiritismo ao invés de apossar-se dele, fizeram essa caminhada redentora, passaram por gigantesca odisseia espiritual, temperando-se nas encarnações sucessivas para reimplantar na Terra a semeadura do Cristo, na ressurreição do seu Evangelho, da sua Boa Nova em "espírito e verdade".
É desse desenvolvimento, e exclusivamente dele, que poderá surgir na Terra uma civilização superior; o Centro Espírita não pode trocar os seus serviços de amor e fraternidade pelo acirramento das lutas entre grupos e classes.
Ele apela aos valores da inteligência, que através da razão equilibrada e da compreensão profunda das necessidades humanas, conduzem os homens a soluções e não apenas a tentativas de maiores conflitos.
Um espírita não pode apenas em termos da realidade imediata; a concepção dialéctica do Espiritismo não se funda no exame das contradições superficiais do mecanismo social.
Aprofunda-se no exame do dinamismo complexo das acções e reacções dos indivíduos e dos grupos sociais que estruturam a sociedade; reduzir toda essa complexidade às manifestações efémeras dos estágios evolutivos de uma sociedade é negar ao homem a possibilidade de lutar para compreender os problemas com que se defronta no processo existencial.
Viver e existir são duas possibilidades do ser que se projecta na encarnação; nos planos inferiores dos reinos mineral e vegetal a vida é movimento e sensação, mas nos estágios intermediários da animalidade se converte em conquista e domínio, elevando-se no plano hominal à consciência de si mesma na busca da transcendência.
Nesse plano, o ser humano assume a responsabilidade da busca e só existe realmente, superando as fases inconscientes do seu desenvolvimento, na medida exacta em que sabe o que quer e porque o quer.
Esse o que e esse porque têm então de superar-se a si mesmos na conquista do como, ou seja:
de como, de que maneira poderá continuar a elevar-se.
Assim como a conquista material do plano animal se transforma na conquista do conhecimento de si mesmo e do seu destino transcendente, todas as demais actividades do homem levam à consciência, o que dá ao ser a sua unidade.
Consciente dessa unidade interna, o homem supera então a multiplicidade da sua própria estrutura e do mundo; revela-se nele a centelha divina da sua origem espiritual; ele compreende que é espírito e que esse espírito não pode desfazer-se na morte, pois a sua essência é indestrutível e eterna.
Esse é o momento espírita da redenção, em que o espírita capta a sua imortalidade em sua própria consciência e muda a sua maneira de ser diante do mundo ilusório e transitório.
Desse momento em diante o espírito se integra no Centro Espírita, liga-se a ele, não como um serviçal mas como o próprio serviço.
A multiplicidade dos serviços do Centro adquire em sua consciência a mesma unidade conquistada por esta; ao mesmo tempo, a visão da unidade existencial, em que todos os serviços se fundem no serviço único da Humanidade, desperta nele o sentimento e a compreensão do seu dever único - servir a Deus no serviço do próximo.
Tudo o que ele fizer, dali por diante, será um fazer universal, não ligado a ele ou ao Centro, não confinado na sua pessoa e no seu grupo, nem mesmo restrito ao meio espírita, mas naturalmente extensivo a toda a Humanidade.
Os pioneiros do Espiritismo, a partir de Kardec, todas as grandes figuras souberam dar-se ao Espiritismo ao invés de apossar-se dele, fizeram essa caminhada redentora, passaram por gigantesca odisseia espiritual, temperando-se nas encarnações sucessivas para reimplantar na Terra a semeadura do Cristo, na ressurreição do seu Evangelho, da sua Boa Nova em "espírito e verdade".
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Como se vê, o Centro Espírita é realmente um centro de convergência de toda a dinâmica doutrinária; nele iniciam-se os neófitos, revelam-se os médiuns, comunicam-se os Espíritos, educam-se crianças e adultos, libertam-se os obsedados, estuda-se a Doutrina em seus aspectos teóricos e práticos promove-se a assistência social a todos os necessitados, sem imposições e discriminações, cultiva-se a fraternidade pura que abre os portais do futuro.
A coordenação das actividades de um Centro Espírita bem orientado é praticamente automática, resultando do clima fraterno em que todos se sentem como em família, ajudando-se mutuamente; é nessa comunhão de esforços que os espíritas podem antecipar as realizações mais fecundas.
Mas se no Centro se infiltra o espírito mesquinho das intrigas, das pretensões descabidas, das aversões inferiores, os dirigentes necessitam de muita paciência e tolerância para quebrar as arestas e restabelecer a atmosfera espiritual.
Nunca, porém, deverão renunciar aos seus deveres, o que seria uma deserção, a menos que o façam reconhecendo humildemente os seus erros e continuando no Centro para servir melhor, em cargos inferiores ou mesmo sem cargos.
Nada mais triste do que um Centro Espírita em que alguns se julgam mestres dos outros, quando na verdade ninguém sabe nada e todos deviam colocar-se na posição exacta de aprendizes.
Os serviços mais urgentes de cada Centro são os de instrução doutrinária de velhos e novos adeptos, tanto uns como outros carentes de conhecimento doutrinário; bem executado esse serviço, todos os demais serão feitos com mais facilidade.
J. Herculano Pires.
§.§.§- Ave sem Ninho
A coordenação das actividades de um Centro Espírita bem orientado é praticamente automática, resultando do clima fraterno em que todos se sentem como em família, ajudando-se mutuamente; é nessa comunhão de esforços que os espíritas podem antecipar as realizações mais fecundas.
Mas se no Centro se infiltra o espírito mesquinho das intrigas, das pretensões descabidas, das aversões inferiores, os dirigentes necessitam de muita paciência e tolerância para quebrar as arestas e restabelecer a atmosfera espiritual.
Nunca, porém, deverão renunciar aos seus deveres, o que seria uma deserção, a menos que o façam reconhecendo humildemente os seus erros e continuando no Centro para servir melhor, em cargos inferiores ou mesmo sem cargos.
Nada mais triste do que um Centro Espírita em que alguns se julgam mestres dos outros, quando na verdade ninguém sabe nada e todos deviam colocar-se na posição exacta de aprendizes.
Os serviços mais urgentes de cada Centro são os de instrução doutrinária de velhos e novos adeptos, tanto uns como outros carentes de conhecimento doutrinário; bem executado esse serviço, todos os demais serão feitos com mais facilidade.
J. Herculano Pires.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1859 (Parte 3)
Allan Kardec
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Os Espíritos têm sexo?
B. Como um Espírito descreveu Kardec trabalhando em seu escritório?
C. Há músicos na vida espiritual?
D. Quando na Revue Spirite foi mencionada pela primeira vez a informação acerca do rastro luminoso visto nas aparições de vivos?
Texto para leitura
54. Há certas posições sociais – diz um assinante da Revue – que apresentam invencíveis obstáculos ao progresso espiritual, como os magarefes nos matadouros e os carrascos.
Magarefe é sinónimo de açougueiro, carniceiro, carneador:
aquele que mata e esfola reses nos matadouros.
Em face disso, indaga:
Qual a necessidade dessas profissões em nosso estado social? (P. 104)
55. Kardec responde dizendo que só gradativamente pode o Espírito progredir:
deve ele passar sucessivamente por todos os graus, de modo que cada passo à frente seja uma base para assentar novo progresso.
Ninguém pode transpor de um salto a distância entre a barbárie e a civilização. (P. 104
56. Os empreendimentos que Deus abençoa, sejam quais forem as suas proporções, são os que correspondem aos seus desígnios, trazendo seu concurso à obra colectiva. (P. 106)
57. Prova a experiência que a aptidão de um médium para tal ou qual trabalho depende da flexibilidade que apresenta ao Espírito. (P. 111)
58. O conhecimento do ofício e os meios materiais de execução não constituem o talento, mas é evidente que em um médium assim encontre o Espírito menos dificuldade mecânica a vencer. (PP. 111 e 112)
59. Comentando um diálogo mantido com o Espírito de Poitevin, ex-aeronauta, Kardec diz que os homens que na Terra tiveram uma especialidade nem sempre são os mais adequados ao nosso esclarecimento. (P. 118)
60. Kardec diz que, embora seja contra os médiuns mercenários, nada há a opor contra os sonâmbulos mercenários, porque estes agem por si mesmos e é o seu próprio Espírito que se desprende e vê mais ou menos bem. (P. 120)
61. Os Espíritos encarnam-se como homens ou mulheres, porque não têm sexo.
Cada sexo lhes impõe provas e deveres especiais. (P. 121)
62. De acordo com a doutrina espírita, a solidariedade não se restringe à sociedade terrena:
abarca todos os mundos e é, pois, universal. (P. 121)
63. Há reuniões de Espíritos onde muitos não podem penetrar:
são os Espíritos superiores que fazem esse controle. (P. 125)
64. Pierre Le Flamand, falecido há quinze anos, confessa não ser feliz na erraticidade, por lhe faltar a realidade dos prazeres.
Insuficientemente evoluído para gozar de uma felicidade moral, deseja tudo que vê, aborrece-se e procura matar o tempo como pode, mas o tempo não passa!... (P. 126)
65. Não lhe seria útil ver e ouvir coisas boas e úteis que o auxiliassem a progredir?
Ele diz que sim, mas para isso seria preciso saber aproveitar as lições.
Ele prefere, porém, assistir às cenas de amor e deboche, que em nada o ajudam. (P. 127)
66. Na palestra seguinte, Pierre diz que de alguns dias para cá tem visto um Espírito que parece segui-lo por toda parte, que o impele ou contém.
Se quer fazer algo errado, ele se posta à sua frente. (P. 129)
67. Pierre conta que, indo visitar Kardec, viu o professor sozinho no escritório, rodeado porém por cerca de vinte Espíritos.
Dois ou três sopravam aquilo que ele escrevia e davam a impressão de ouvir a opinião dos outros.
Kardec acreditava, porém, que as ideias lhe eram próprias. (P. 131)
68. Chegaram depois oito ou dez pessoas, que se reuniram numa outra sala com Kardec, que respondia às suas perguntas.
Um era chamado Príncipe, outro chamavam de Duque, e os Espíritos chegaram em massa:
havia mais de cem, dos quais alguns tinham uma espécie de coroa de fogo. (P. 131)
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Os Espíritos têm sexo?
B. Como um Espírito descreveu Kardec trabalhando em seu escritório?
C. Há músicos na vida espiritual?
D. Quando na Revue Spirite foi mencionada pela primeira vez a informação acerca do rastro luminoso visto nas aparições de vivos?
Texto para leitura
54. Há certas posições sociais – diz um assinante da Revue – que apresentam invencíveis obstáculos ao progresso espiritual, como os magarefes nos matadouros e os carrascos.
Magarefe é sinónimo de açougueiro, carniceiro, carneador:
aquele que mata e esfola reses nos matadouros.
Em face disso, indaga:
Qual a necessidade dessas profissões em nosso estado social? (P. 104)
55. Kardec responde dizendo que só gradativamente pode o Espírito progredir:
deve ele passar sucessivamente por todos os graus, de modo que cada passo à frente seja uma base para assentar novo progresso.
Ninguém pode transpor de um salto a distância entre a barbárie e a civilização. (P. 104
56. Os empreendimentos que Deus abençoa, sejam quais forem as suas proporções, são os que correspondem aos seus desígnios, trazendo seu concurso à obra colectiva. (P. 106)
57. Prova a experiência que a aptidão de um médium para tal ou qual trabalho depende da flexibilidade que apresenta ao Espírito. (P. 111)
58. O conhecimento do ofício e os meios materiais de execução não constituem o talento, mas é evidente que em um médium assim encontre o Espírito menos dificuldade mecânica a vencer. (PP. 111 e 112)
59. Comentando um diálogo mantido com o Espírito de Poitevin, ex-aeronauta, Kardec diz que os homens que na Terra tiveram uma especialidade nem sempre são os mais adequados ao nosso esclarecimento. (P. 118)
60. Kardec diz que, embora seja contra os médiuns mercenários, nada há a opor contra os sonâmbulos mercenários, porque estes agem por si mesmos e é o seu próprio Espírito que se desprende e vê mais ou menos bem. (P. 120)
61. Os Espíritos encarnam-se como homens ou mulheres, porque não têm sexo.
Cada sexo lhes impõe provas e deveres especiais. (P. 121)
62. De acordo com a doutrina espírita, a solidariedade não se restringe à sociedade terrena:
abarca todos os mundos e é, pois, universal. (P. 121)
63. Há reuniões de Espíritos onde muitos não podem penetrar:
são os Espíritos superiores que fazem esse controle. (P. 125)
64. Pierre Le Flamand, falecido há quinze anos, confessa não ser feliz na erraticidade, por lhe faltar a realidade dos prazeres.
Insuficientemente evoluído para gozar de uma felicidade moral, deseja tudo que vê, aborrece-se e procura matar o tempo como pode, mas o tempo não passa!... (P. 126)
65. Não lhe seria útil ver e ouvir coisas boas e úteis que o auxiliassem a progredir?
Ele diz que sim, mas para isso seria preciso saber aproveitar as lições.
Ele prefere, porém, assistir às cenas de amor e deboche, que em nada o ajudam. (P. 127)
66. Na palestra seguinte, Pierre diz que de alguns dias para cá tem visto um Espírito que parece segui-lo por toda parte, que o impele ou contém.
Se quer fazer algo errado, ele se posta à sua frente. (P. 129)
67. Pierre conta que, indo visitar Kardec, viu o professor sozinho no escritório, rodeado porém por cerca de vinte Espíritos.
Dois ou três sopravam aquilo que ele escrevia e davam a impressão de ouvir a opinião dos outros.
Kardec acreditava, porém, que as ideias lhe eram próprias. (P. 131)
68. Chegaram depois oito ou dez pessoas, que se reuniram numa outra sala com Kardec, que respondia às suas perguntas.
Um era chamado Príncipe, outro chamavam de Duque, e os Espíritos chegaram em massa:
havia mais de cem, dos quais alguns tinham uma espécie de coroa de fogo. (P. 131)
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