ARTIGOS DIVERSOS I
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Assim, cada um de nós conviverá sempre e em toda parte e a todo momento com aqueles com os quais se afina, efectuando inevitáveis trocas energéticas.
E qualquer alteração nesse compartilhar dependerá, necessariamente, da transformação de nossa condição íntima, porque as forças que nos unem uns aos outros são as que, em primeiro lugar, emitimos de nós.
Em essência, somos o que pensamos e sentimos – e, por conseguinte, o que fazemos –, conectando, de modo automático, nosso mundo interno ao universo externo, pois estamos com todos e no todo e tudo está em nós.
Parafraseando o “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, concluiremos que, basta conhecermos nossas reais motivações e a índole de nossos amigos, para atestarmos com quem desejamos nos assemelhar.
Nesse sentido, o espírito Emmanuel advoga que, se sintonia é acordo mútuo, “todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”[4]
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em quem se comprazem.[5]
E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.
Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direcção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.
Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.[6]
Na sua carta aos hebreus (12:1), o Apóstolo Paulo comenta sobre uma “nuvem de testemunhas” a nos rodear, advertindo-nos quanto à condição moral dos indivíduos que temos por companheiros.
Todavia, serão eles apenas os que se encontram, materialmente, participando de nossa rotina familiar, profissional e social?
Segundo os ensinamentos trazidos por Allan Kardec, organizador e codificador da Doutrina Espírita, a realidade é muito mais ampla.
Pelo nosso modo de ser e de agir, não somente escolhemos os amigos e os ambientes de nossa preferência, como também atraímos os indivíduos que vivem no mundo espiritual – os espíritos –, tanto quanto somos por eles atraídos, mesmo que não acreditemos ou sejamos conscientes dessa presença.
Na questão 484, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos:
“Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas?”[7]
Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou susceptíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los.
Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.
Em outra oportunidade, Kardec também comentou:
“Todas as imperfeições morais são outro tanto de portas abertas que dão acesso aos maus Espíritos.”[8]
Cada um de nós constrói, de uma maneira muito particular, sua própria atmosfera moral.
As desarmonias e transtornos existenciais são decorrentes das imperfeições morais, e que, pelos processos naturais da afinidade e da sintonia, atraem espíritos igualmente imperfeitos e desequilibrados.
E, estes, ao envolverem com seus pensamentos perturbadores e doentios o indivíduo que se permite sofrer-lhes o assédio, influenciam negativamente o campo da vontade e do discernimento do encarnado, podendo empurrá-lo para situações difíceis, complicadoras ou calamitosas.
No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis explica o ‘reverso da medalha’:
Como não existem violências contra as Leis universais, nem privilégios para uns indivíduos em detrimento de outros, quem ora e procura situar-se em equilíbrio direcciona ondas mentais que alcançam as Regiões felizes da Espiritualidade, despertando amor e interesse dos Guias espirituais, que acorrem pressurosos para auxiliá-lo.
E qualquer alteração nesse compartilhar dependerá, necessariamente, da transformação de nossa condição íntima, porque as forças que nos unem uns aos outros são as que, em primeiro lugar, emitimos de nós.
Em essência, somos o que pensamos e sentimos – e, por conseguinte, o que fazemos –, conectando, de modo automático, nosso mundo interno ao universo externo, pois estamos com todos e no todo e tudo está em nós.
Parafraseando o “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, concluiremos que, basta conhecermos nossas reais motivações e a índole de nossos amigos, para atestarmos com quem desejamos nos assemelhar.
Nesse sentido, o espírito Emmanuel advoga que, se sintonia é acordo mútuo, “todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”[4]
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em quem se comprazem.[5]
E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.
Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direcção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.
Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.[6]
Na sua carta aos hebreus (12:1), o Apóstolo Paulo comenta sobre uma “nuvem de testemunhas” a nos rodear, advertindo-nos quanto à condição moral dos indivíduos que temos por companheiros.
Todavia, serão eles apenas os que se encontram, materialmente, participando de nossa rotina familiar, profissional e social?
Segundo os ensinamentos trazidos por Allan Kardec, organizador e codificador da Doutrina Espírita, a realidade é muito mais ampla.
Pelo nosso modo de ser e de agir, não somente escolhemos os amigos e os ambientes de nossa preferência, como também atraímos os indivíduos que vivem no mundo espiritual – os espíritos –, tanto quanto somos por eles atraídos, mesmo que não acreditemos ou sejamos conscientes dessa presença.
Na questão 484, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos:
“Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas?”[7]
Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou susceptíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los.
Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.
Em outra oportunidade, Kardec também comentou:
“Todas as imperfeições morais são outro tanto de portas abertas que dão acesso aos maus Espíritos.”[8]
Cada um de nós constrói, de uma maneira muito particular, sua própria atmosfera moral.
As desarmonias e transtornos existenciais são decorrentes das imperfeições morais, e que, pelos processos naturais da afinidade e da sintonia, atraem espíritos igualmente imperfeitos e desequilibrados.
E, estes, ao envolverem com seus pensamentos perturbadores e doentios o indivíduo que se permite sofrer-lhes o assédio, influenciam negativamente o campo da vontade e do discernimento do encarnado, podendo empurrá-lo para situações difíceis, complicadoras ou calamitosas.
No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis explica o ‘reverso da medalha’:
Como não existem violências contra as Leis universais, nem privilégios para uns indivíduos em detrimento de outros, quem ora e procura situar-se em equilíbrio direcciona ondas mentais que alcançam as Regiões felizes da Espiritualidade, despertando amor e interesse dos Guias espirituais, que acorrem pressurosos para auxiliá-lo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Assim, promovem encontros inesperados, inspirando um e outro a tomarem o mesmo caminho, de forma que se defrontarão em determinado lugar, casualmente, embora hajam sido telementalizados na escolha do roteiro.
Noutras vezes, determinada aspiração ou necessidade que se apresente improvável, porque a mente se encontra em sintonia com o mundo transcendente, é inspirado a tomar tal ou qual decisão que terminará por solucionar o desejo.
Repetidamente, pequenas ocorrências dão-se com naturalidade, propiciando encantamento e ventura, que enriquecem de esperança e de gratidão aquele que é eleito.[9]
Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente.
Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contacto psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.
Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica.
Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões desequilibrantes, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.
Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência.
Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.
Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas ideias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos.
Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajectória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se óbvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Bons pensamentos contribuem para a sintonia com Bons Espíritos.
Bons sentimentos fortalecem a ligação do indivíduo com aqueles espíritos, na medida em que foram construídos com base na bondade e no amor.
A amorosidade da pessoa é uma das formas mais seguras de construir sentimentos superiores.[10]
Na faixa mental em que você actua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
(...) Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfermidades.
(...) A felicidade começa no acto de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.[11]
Urge conscientizarmo-nos de nossa condição de espíritos imortais, e que, como tal, devem realizar-se através da incorporação dos mais elevados princípios e valores da moralidade e da amorosidade.
Quando Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por orientação dos Espíritos Superiores, ressaltou a importância do estudo [12], não o fez com a propósito de que nos intelectualizássemos em excesso, sobretudo para demonstrar aos demais a superioridade de nossa capacidade e inteligência, mas para que, por meio dos conhecimentos adquiridos, aprendêssemos a seleccionar o que verdadeiramente contribuísse para com o nosso enriquecimento íntimo.
Noutras vezes, determinada aspiração ou necessidade que se apresente improvável, porque a mente se encontra em sintonia com o mundo transcendente, é inspirado a tomar tal ou qual decisão que terminará por solucionar o desejo.
Repetidamente, pequenas ocorrências dão-se com naturalidade, propiciando encantamento e ventura, que enriquecem de esperança e de gratidão aquele que é eleito.[9]
Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente.
Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contacto psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.
Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica.
Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões desequilibrantes, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.
Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência.
Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.
Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas ideias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos.
Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajectória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se óbvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Bons pensamentos contribuem para a sintonia com Bons Espíritos.
Bons sentimentos fortalecem a ligação do indivíduo com aqueles espíritos, na medida em que foram construídos com base na bondade e no amor.
A amorosidade da pessoa é uma das formas mais seguras de construir sentimentos superiores.[10]
Na faixa mental em que você actua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
(...) Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfermidades.
(...) A felicidade começa no acto de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.[11]
Urge conscientizarmo-nos de nossa condição de espíritos imortais, e que, como tal, devem realizar-se através da incorporação dos mais elevados princípios e valores da moralidade e da amorosidade.
Quando Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por orientação dos Espíritos Superiores, ressaltou a importância do estudo [12], não o fez com a propósito de que nos intelectualizássemos em excesso, sobretudo para demonstrar aos demais a superioridade de nossa capacidade e inteligência, mas para que, por meio dos conhecimentos adquiridos, aprendêssemos a seleccionar o que verdadeiramente contribuísse para com o nosso enriquecimento íntimo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A reeducação íntima nos tira da ociosidade, traz luz ao espírito, harmoniza a mente, bem como possibilita a aproximação dos espíritos interessados em nossa ventura.
De acordo com o Espírito André Luiz, nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.
Recolhemos a força da vida em ondas de pensamento e as expressamos através das palavras, dos exemplos, das atitudes.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Reflectimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direcção dos outros as imagens que criamos.
E, como não podemos fugir ao imperativo da atracção, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima.
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no “hoje imperecível”.[13]
Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados?
Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros.
Eles se evitam ou se aproximam segundo a analogia ou a simpatia de seus sentimentos como acontece entre vós.
É todo um mundo do qual o vosso é o reflexo obscuro.
Os Espíritos da mesma categoria reúnem-se por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelo objectivo a que se propuseram:
os bons pelo desejo de fazer o bem, os maus pelo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os que se lhes assemelham.
Tal uma grande cidade onde os homens de todas as categorias e de todas as condições se vêem e encontram sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem sem se falarem.[7]
Conforme as informações compiladas por Allan Kardec, no mundo espiritual, os espíritos se organizam de acordo com seus níveis evolutivos e por semelhança de propósitos e interesses.
À medida que evoluem e mudam de situação, ainda assim, se agrupam com aqueles que se encontram na mesma faixa de evolução.
Na vida material, também os encarnados se buscam pelas afinidades e, em geral, realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.
Todos temos um círculo de amizade preferido.
São as afinidades resultantes de experiências vividas em comum:
actos de amor compartilhados; feridas abertas por alguns, mas cicatrizadas pela amizade e pelo cuidado de outros; problemas em comum e que exigem a união de esforços para serem resolvidos; compromissos de auxílio recíproco...
Para uma existência agradável, é fundamental a convivência com pessoas que entendam a vida de forma parecida à nossa, que busquem os mesmos objectivos que os nossos, que professem a mesma religiosidade...
Tudo isso é bastante natural e deve ser cultivado.
No entanto, nada disso nos impede de estabelecer uma boa relação com os demais, participando de factos e acções ao lado deles.
Afinal, conviver com as diferenças nos ajuda a crescer, a desenvolver nossas potencialidades de compreensão e de aceitação para com aqueles que não cultivam os mesmos gostos, interesses, sentimentos, propósitos e pontos de vista.
Quanta tranquilidade poderíamos usufruir se apenas aprendêssemos a nos livrar da visão de acharmo-nos o melhor, o sempre correto, de ser senão o dono da verdade, ao menos o seu melhor intérprete.
Ficaria mais fácil aceitar a nós mesmos e ao outro.
De acordo com o Espírito André Luiz, nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.
Recolhemos a força da vida em ondas de pensamento e as expressamos através das palavras, dos exemplos, das atitudes.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Reflectimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direcção dos outros as imagens que criamos.
E, como não podemos fugir ao imperativo da atracção, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima.
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no “hoje imperecível”.[13]
Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados?
Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros.
Eles se evitam ou se aproximam segundo a analogia ou a simpatia de seus sentimentos como acontece entre vós.
É todo um mundo do qual o vosso é o reflexo obscuro.
Os Espíritos da mesma categoria reúnem-se por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelo objectivo a que se propuseram:
os bons pelo desejo de fazer o bem, os maus pelo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os que se lhes assemelham.
Tal uma grande cidade onde os homens de todas as categorias e de todas as condições se vêem e encontram sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem sem se falarem.[7]
Conforme as informações compiladas por Allan Kardec, no mundo espiritual, os espíritos se organizam de acordo com seus níveis evolutivos e por semelhança de propósitos e interesses.
À medida que evoluem e mudam de situação, ainda assim, se agrupam com aqueles que se encontram na mesma faixa de evolução.
Na vida material, também os encarnados se buscam pelas afinidades e, em geral, realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.
Todos temos um círculo de amizade preferido.
São as afinidades resultantes de experiências vividas em comum:
actos de amor compartilhados; feridas abertas por alguns, mas cicatrizadas pela amizade e pelo cuidado de outros; problemas em comum e que exigem a união de esforços para serem resolvidos; compromissos de auxílio recíproco...
Para uma existência agradável, é fundamental a convivência com pessoas que entendam a vida de forma parecida à nossa, que busquem os mesmos objectivos que os nossos, que professem a mesma religiosidade...
Tudo isso é bastante natural e deve ser cultivado.
No entanto, nada disso nos impede de estabelecer uma boa relação com os demais, participando de factos e acções ao lado deles.
Afinal, conviver com as diferenças nos ajuda a crescer, a desenvolver nossas potencialidades de compreensão e de aceitação para com aqueles que não cultivam os mesmos gostos, interesses, sentimentos, propósitos e pontos de vista.
Quanta tranquilidade poderíamos usufruir se apenas aprendêssemos a nos livrar da visão de acharmo-nos o melhor, o sempre correto, de ser senão o dono da verdade, ao menos o seu melhor intérprete.
Ficaria mais fácil aceitar a nós mesmos e ao outro.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
É no lar que os espíritos renascem juntos por afinidades e, sobretudo, por contingências expiatórias, em virtude de a família ser o principal organismo depurador de conflitos do passado.
É nela que se reúnem antigos amores e velhos desafectos, ambiente no qual os espíritos têm a oportunidade de exercitar o perdão e o amor sob os mais diversos aspectos.
Segundo os postulados espíritas, pelo facto de os laços de sangue nem sempre reunirem as almas essencialmente afins, o componente da família que connosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos de aprender a compreender e aceitar em nosso próprio benefício.
E a aceitação não consiste na concordância com suas inadequadas atitudes, mas na disposição de ajudá-lo na superação de suas dificuldades, notadamente, as íntimas.
Na questão 204, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec questiona a Espiritualidade Maior:
“Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência actual?”[7]
Não pode ser de outra forma.
A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores.
Daí, muitas vezes, decorre as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Frequentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento.
Se uns estão encarnados e outros não o estejam, nem por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários.
Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo facto mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões.
Eles podem, pois, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afecte sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos.
Não há de duráveis senão as afeições espirituais; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre.
Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra:
a morte as separa sobre a Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre os parentes são indício de simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo carácter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê.
Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objectivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros.
Os maus se melhoram pouco a pouco ao contacto dos bons e pelos cuidados que dele recebem; seu carácter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos. [14]
É nela que se reúnem antigos amores e velhos desafectos, ambiente no qual os espíritos têm a oportunidade de exercitar o perdão e o amor sob os mais diversos aspectos.
Segundo os postulados espíritas, pelo facto de os laços de sangue nem sempre reunirem as almas essencialmente afins, o componente da família que connosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos de aprender a compreender e aceitar em nosso próprio benefício.
E a aceitação não consiste na concordância com suas inadequadas atitudes, mas na disposição de ajudá-lo na superação de suas dificuldades, notadamente, as íntimas.
Na questão 204, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec questiona a Espiritualidade Maior:
“Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência actual?”[7]
Não pode ser de outra forma.
A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores.
Daí, muitas vezes, decorre as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Frequentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento.
Se uns estão encarnados e outros não o estejam, nem por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários.
Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo facto mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões.
Eles podem, pois, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afecte sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos.
Não há de duráveis senão as afeições espirituais; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre.
Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra:
a morte as separa sobre a Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre os parentes são indício de simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo carácter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê.
Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objectivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros.
Os maus se melhoram pouco a pouco ao contacto dos bons e pelos cuidados que dele recebem; seu carácter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos. [14]
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Fazendo um balanço, através de reflexões, és impelido a renovar conceitos, face à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que Lhe tens negado.
Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso.
Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas.
Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles.
No entanto:
"Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das actividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava.
Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti.
Apesar disso:
"O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples:
"os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires:
"Onde o auxílio divino, na direcção das minhas necessidades?"
Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos:
"Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos.
Marejam-se os teus olhos, em justa compunção.
No íntimo, indagas:
"Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi dada:
"Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.
O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o rebanho do Cristo.
O Senhor prossegue o mesmo.
Faz um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.
O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade.
As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, e, se tiveres ouvidos capazes de escutar-lhe, discernindo, percebê-lo-ás a repetir:
"Eu sou o Caminho:
Vinde a mim!" [15]
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso.
Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas.
Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles.
No entanto:
"Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das actividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava.
Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti.
Apesar disso:
"O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples:
"os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires:
"Onde o auxílio divino, na direcção das minhas necessidades?"
Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos:
"Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos.
Marejam-se os teus olhos, em justa compunção.
No íntimo, indagas:
"Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi dada:
"Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.
O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o rebanho do Cristo.
O Senhor prossegue o mesmo.
Faz um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.
O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade.
As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, e, se tiveres ouvidos capazes de escutar-lhe, discernindo, percebê-lo-ás a repetir:
"Eu sou o Caminho:
Vinde a mim!" [15]
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projecção do Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.
Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para reflectir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença.
Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude.
O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.
Aprendamos, pois, a querer o melhor, para reflectir o melhor em nossa ascensão para Deus.[16]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ESPÍRITOS diversos; XAVIER, Francisco Cândido. Dicionário da alma. 3. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1995. p. 16.
[2] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Cap. 26. p. 249.
[3] HAMMED (espírito); SANTO NETO, Francisco do Espírito (psicografado por). Um modo de entender: uma nova forma de viver. 1. ed. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2004. Cap. 40.
[4] EMMANUEL (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Mediunidade e sintonia. São Paulo: Editora Centro Espírita União. Prefácio.
[5] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Celeiro de bênçãos. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1984. Cap. 50.
[6] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Prefácio “Ondas, Ondas, Médiuns, Mentes...” p. 11.
[7] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 100. ed. Araras, SP: IDE, 1996.
[8] ______. O livro dos médiuns. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 36. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. 20. Item 228.
[9] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Lições para a felicidade. 3. ed. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada. 2003. Cap. “Acasos felizes”. p. 75.
[10] NOVAES, Adenáuer M. F. de. Psicologia e mediunidade. 1. ed. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 2002. Cap. “Mediunidade e sintonia”.
[11] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Luz viva. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1985. Cap. “Questão de escolha”. p. 70.
[12] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 6. Item 5.
[13] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Cap. 1. p. 18.
[14] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 4. Itens 18 e 19.
[15] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Celeiro de bênçãos. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1984. Cap. 13.
[16] DIVERSOS ESPÍRITOS; XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Vozes do grande além. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1958. Cap. “A reflexão mental”.
§.§.§- Ave sem Ninho
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.
Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para reflectir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença.
Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude.
O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.
Aprendamos, pois, a querer o melhor, para reflectir o melhor em nossa ascensão para Deus.[16]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ESPÍRITOS diversos; XAVIER, Francisco Cândido. Dicionário da alma. 3. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1995. p. 16.
[2] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Cap. 26. p. 249.
[3] HAMMED (espírito); SANTO NETO, Francisco do Espírito (psicografado por). Um modo de entender: uma nova forma de viver. 1. ed. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2004. Cap. 40.
[4] EMMANUEL (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Mediunidade e sintonia. São Paulo: Editora Centro Espírita União. Prefácio.
[5] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Celeiro de bênçãos. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1984. Cap. 50.
[6] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Prefácio “Ondas, Ondas, Médiuns, Mentes...” p. 11.
[7] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 100. ed. Araras, SP: IDE, 1996.
[8] ______. O livro dos médiuns. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 36. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. 20. Item 228.
[9] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Lições para a felicidade. 3. ed. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada. 2003. Cap. “Acasos felizes”. p. 75.
[10] NOVAES, Adenáuer M. F. de. Psicologia e mediunidade. 1. ed. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 2002. Cap. “Mediunidade e sintonia”.
[11] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Luz viva. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1985. Cap. “Questão de escolha”. p. 70.
[12] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 6. Item 5.
[13] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Nos domínios da mediunidade. 27. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000. Cap. 1. p. 18.
[14] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 4. Itens 18 e 19.
[15] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Celeiro de bênçãos. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1984. Cap. 13.
[16] DIVERSOS ESPÍRITOS; XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Vozes do grande além. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1958. Cap. “A reflexão mental”.
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A força extraordinária das mulheres reais
Quando o amigo espiritual Lucius nos convidou a escrever o livro Salomé, disse que desejava fazer desse romance uma homenagem às mulheres, pelo imenso carinho que ele tem por todas nós.
O desejo dele é encorajar a mim e a você na busca por plenitude de vida.
Confesso que no primeiro momento fiquei surpresa e logo em seguida, assustada.
Nunca tinha parado para pensar em profundidade no que era ser mulher hoje e no que as mulheres enfrentaram ao longo dos tempos; nas conquistas alcançadas com muita luta e o que ainda nos falta.
Esse querido amigo me fez mergulhar em minha história.
A princípio, foi uma longa e dolorosa viagem.
Mas, ao final, olhar para a mulher e o feminino em seu processo histórico, me fez muito bem.
Pude entender questões que me afligiam e bloqueavam minha vida, sem que me desse conta.
E pude, então, enxergar melhor a minha realidade interior e libertar-me de correntes culturais e crenças que estavam me limitando.
Agora, consciente dessas questões culturais que ainda são impostas às mulheres, me esforço para não perpetuá-las com minha filha, minhas sobrinhas e os pré-adolescentes com quem trabalho.
Deus é pai?
Um dos grandes aprendizados que tive durante este percurso foi enxergar que minhas próprias crenças a respeito de Deus estavam permeadas por uma visão equivocada.
No Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, lemos o que é Deus:
a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Deus é o ponto de partida de tudo, portanto, as energias masculinas provem dele do mesmo modo que as energias femininas.
Isso é óbvio!
Mesmo assim, o conceito de um Deus humanizado, com características masculinas é muito forte em nossa sociedade.
Afinal, “Deus é pai”, repetimos a todo o momento.
Descobri neste grande aprendizado que Deus é mais mãe do que pai.
Afinal, Ele é poder e força, mas também é carinho, ternura, aconchego, acolhimento e delicadeza.
Vemos sua suavidade e ternura em toda a natureza.
Passei, então, a amar ainda mais ao Ser Supremo, que me compreende e ama, nada tendo a ver com os preconceitos contra a mulher arraigados na humanidade.
Experimente pensar em Deus como uma grande mãe.
Não é meio estranho? Porque será?
Anália Franco, uma mulher extraordinária
Muitas mulheres ao longo dos tempos compreenderem bem cedo o seu valor e não deixaram que crenças limitantes de uma sociedade calcada em valores masculinos as impedissem de realizar todo o seu potencial.
E por acreditarem em si, realizaram o que parecia aos olhos da maioria, o impossível.
Uma dessas mulheres foi Anália Franco, sem dúvida, uma mulher extraordinária.
Nascida em fevereiro de 1856, Anália Franco Bastos foi professora, jornalista, poetisa e criadora de diversas instituições de auxílio à mulher e à criança.
Abraçou a filosofia espírita logo que a conheceu.
Suas realizações são surpreendentes:
fundou 71 escolas, 2 albergues, 1 colónia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 banda musical feminina, 1 orquestra, 1 grupo de teatro, 1 oficina de produção de chapéus e flores artificiais.
Tudo isso em tempos onde não havia celular, computador ou meios rápidos de locomoção.
Preparava-se para fundar mais um instituto no Rio de Janeiro quando desencarnou, vítima de gripe espanhola.
O desejo dele é encorajar a mim e a você na busca por plenitude de vida.
Confesso que no primeiro momento fiquei surpresa e logo em seguida, assustada.
Nunca tinha parado para pensar em profundidade no que era ser mulher hoje e no que as mulheres enfrentaram ao longo dos tempos; nas conquistas alcançadas com muita luta e o que ainda nos falta.
Esse querido amigo me fez mergulhar em minha história.
A princípio, foi uma longa e dolorosa viagem.
Mas, ao final, olhar para a mulher e o feminino em seu processo histórico, me fez muito bem.
Pude entender questões que me afligiam e bloqueavam minha vida, sem que me desse conta.
E pude, então, enxergar melhor a minha realidade interior e libertar-me de correntes culturais e crenças que estavam me limitando.
Agora, consciente dessas questões culturais que ainda são impostas às mulheres, me esforço para não perpetuá-las com minha filha, minhas sobrinhas e os pré-adolescentes com quem trabalho.
Deus é pai?
Um dos grandes aprendizados que tive durante este percurso foi enxergar que minhas próprias crenças a respeito de Deus estavam permeadas por uma visão equivocada.
No Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, lemos o que é Deus:
a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Deus é o ponto de partida de tudo, portanto, as energias masculinas provem dele do mesmo modo que as energias femininas.
Isso é óbvio!
Mesmo assim, o conceito de um Deus humanizado, com características masculinas é muito forte em nossa sociedade.
Afinal, “Deus é pai”, repetimos a todo o momento.
Descobri neste grande aprendizado que Deus é mais mãe do que pai.
Afinal, Ele é poder e força, mas também é carinho, ternura, aconchego, acolhimento e delicadeza.
Vemos sua suavidade e ternura em toda a natureza.
Passei, então, a amar ainda mais ao Ser Supremo, que me compreende e ama, nada tendo a ver com os preconceitos contra a mulher arraigados na humanidade.
Experimente pensar em Deus como uma grande mãe.
Não é meio estranho? Porque será?
Anália Franco, uma mulher extraordinária
Muitas mulheres ao longo dos tempos compreenderem bem cedo o seu valor e não deixaram que crenças limitantes de uma sociedade calcada em valores masculinos as impedissem de realizar todo o seu potencial.
E por acreditarem em si, realizaram o que parecia aos olhos da maioria, o impossível.
Uma dessas mulheres foi Anália Franco, sem dúvida, uma mulher extraordinária.
Nascida em fevereiro de 1856, Anália Franco Bastos foi professora, jornalista, poetisa e criadora de diversas instituições de auxílio à mulher e à criança.
Abraçou a filosofia espírita logo que a conheceu.
Suas realizações são surpreendentes:
fundou 71 escolas, 2 albergues, 1 colónia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 banda musical feminina, 1 orquestra, 1 grupo de teatro, 1 oficina de produção de chapéus e flores artificiais.
Tudo isso em tempos onde não havia celular, computador ou meios rápidos de locomoção.
Preparava-se para fundar mais um instituto no Rio de Janeiro quando desencarnou, vítima de gripe espanhola.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Entretanto, nem a morte parou essa grande e generosa alma.
Ela continua trabalhando pelos interesses femininos e pelo bem da humanidade no mundo espiritual.
Anália Franco acreditava que a mulher poderia e deveria ser livre e bem-sucedida.
Idealizou e realizou instituições e projectos para oferecer ferramentas de educação e apoio, que contribuíssem para que as mulheres recuperassem a fé em si mesmas e tivessem uma vida plena e fortalecida.
Em nossos dias, especialmente no mundo ocidental, as mulheres têm mais recursos a sua disposição para superar as limitações que teimam em continuar obstruindo o caminho do feminino, impedindo que as mulheres ocupem seu espaço na Terra.
E você, está livre?
Constatei que grande parte das mulheres, mesmo as que parecem livres, ainda estão aprisionadas em velhas crenças e perdidas sem valorizar a própria essência feminina. São muitos anos de preconceito e no inconsciente colectivo ficam as marcas de antigos conceitos.
Infelizmente, demoramos a jogar fora o que não serve mais e que ainda continua sendo transmitido de geração em geração.
Para conquistar uma vida plena e realizar todo o potencial que traz em si, as mulheres precisam deixar para trás o passado, o sofrimento, as marcas dos preconceitos e abraçar uma nova forma de enxergar o mundo.
Descobrir sua riqueza interior e saber que ser mulher não é aceitar valores ultrapassados, mas acreditar que uma vida de igualdade, respeito, amor e realizações é possível para todas nós, independentemente da idade, cor, raça, condição financeira ou crença religiosa.
Bónus: Conheça o livro em que Anália Franco é uma das personagens
Renascemos com um propósito.
Estamos aqui na Terra porque Jesus acredita em nós e idealizou uma encarnação para que pudéssemos ser vitoriosas.
O mundo precisa de mulheres que façam a diferença.
Nos ensinos de Jesus, melhor compreendidos através dos princípios espíritas, encontramos inspiração e o fortalecimento da fé que nos ajuda a desvendar o que há de melhor em nós e a expressá-lo com sabedoria, amor e êxito.
Não haverá um mundo equilibrado enquanto não houver verdadeira igualdade entre os géneros.
Um dia, homens e mulheres em harmonia reflectirão na Terra toda a grandeza do Criador.
E a vida será mais plena, suave e feliz.
E você, está livre para realizar tudo aquilo o que Deus planeou para sua vida ou continua acorrentada às velhas crenças limitadoras?
Sandra Carneiro
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela continua trabalhando pelos interesses femininos e pelo bem da humanidade no mundo espiritual.
Anália Franco acreditava que a mulher poderia e deveria ser livre e bem-sucedida.
Idealizou e realizou instituições e projectos para oferecer ferramentas de educação e apoio, que contribuíssem para que as mulheres recuperassem a fé em si mesmas e tivessem uma vida plena e fortalecida.
Em nossos dias, especialmente no mundo ocidental, as mulheres têm mais recursos a sua disposição para superar as limitações que teimam em continuar obstruindo o caminho do feminino, impedindo que as mulheres ocupem seu espaço na Terra.
E você, está livre?
Constatei que grande parte das mulheres, mesmo as que parecem livres, ainda estão aprisionadas em velhas crenças e perdidas sem valorizar a própria essência feminina. São muitos anos de preconceito e no inconsciente colectivo ficam as marcas de antigos conceitos.
Infelizmente, demoramos a jogar fora o que não serve mais e que ainda continua sendo transmitido de geração em geração.
Para conquistar uma vida plena e realizar todo o potencial que traz em si, as mulheres precisam deixar para trás o passado, o sofrimento, as marcas dos preconceitos e abraçar uma nova forma de enxergar o mundo.
Descobrir sua riqueza interior e saber que ser mulher não é aceitar valores ultrapassados, mas acreditar que uma vida de igualdade, respeito, amor e realizações é possível para todas nós, independentemente da idade, cor, raça, condição financeira ou crença religiosa.
Bónus: Conheça o livro em que Anália Franco é uma das personagens
Renascemos com um propósito.
Estamos aqui na Terra porque Jesus acredita em nós e idealizou uma encarnação para que pudéssemos ser vitoriosas.
O mundo precisa de mulheres que façam a diferença.
Nos ensinos de Jesus, melhor compreendidos através dos princípios espíritas, encontramos inspiração e o fortalecimento da fé que nos ajuda a desvendar o que há de melhor em nós e a expressá-lo com sabedoria, amor e êxito.
Não haverá um mundo equilibrado enquanto não houver verdadeira igualdade entre os géneros.
Um dia, homens e mulheres em harmonia reflectirão na Terra toda a grandeza do Criador.
E a vida será mais plena, suave e feliz.
E você, está livre para realizar tudo aquilo o que Deus planeou para sua vida ou continua acorrentada às velhas crenças limitadoras?
Sandra Carneiro
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Você já experimentou a gratidão hoje?
A vida agitada de nossos dias requisita nossa atenção de mil modos diferentes.
E sabemos que nós estamos de facto onde está a nossa mente, os nossos pensamentos.
Prestamos atenção em nossos compromissos, em nossos projectos, nos deveres profissionais, familiares e de cuidados pessoais.
Às vezes, conseguimos fazer nossa oração diária, e às vezes nos esquecemos, tantas coisas nos tomam o tempo.
Mas você tem um momento em seu dia para exercitar a gratidão?
Certamente, não enxergaremos as coisas boas enquanto assistimos ao jornal matinal ou nocturno, onde o foco sempre é e será os aspectos negativos e problemáticos da vida.
Em que momento focamos nosso pensamento nas coisas boas que nos cercam?
Como a natureza, em sua enorme força e generosidade, nossos filhos, cuja simples presença pode nos encher de alegria, nosso companheiro ou companheira, que divide connosco os desafios da jornada, e mesmo coisas menores, mas que nos fazem muito bem, como um copo de água fresca e limpa que sacia nossa sede, ou um banho refrescante nos dias de calor.
Coisas pequenas, simples, mas que nos dão bem-estar, prazer e satisfação.
A felicidade ao nosso alcance
O Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses, convida:
“Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
(Tessalonicenses 5, 18).
Por que será que a vontade de Deus é que sejamos gratos?
Mesmo quando as coisas não estão do jeito que gostaríamos?
Sim, mesmo assim.
Mesmo com problemas, dificuldades, contrariedades, por que a gratidão é importante?
Hoje podemos compreender essas sábias palavras de Paulo pelos olhos da ciência.
Deus quer nossa felicidade e a gratidão tem tudo a ver com essa busca.
A neurociência nos ajuda a entender a importância da gratidão.
Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que ser grato pelas pequenas coisas da vida pode causar grandes mudanças – inclusive cerebrais.
Um artigo publicado no jornal científico NeuroImage atesta que, depois de poucos meses exercitando sua gratidão por meio da escrita, seu cérebro passa a se sentir ainda mais condicionado a ser grato.
E isso traz benefícios.
Mas como isso funciona no cérebro?
Quando temos pensamentos de gratidão, activamos o “sistema de recompensa” do nosso cérebro.
Esse sistema é a base neurológica da nossa satisfação e aut-estima, e é responsável pela sensação de bem-estar e prazer do nosso corpo.
Quando exercitamos a gratidão, estimulamos a acção desse sistema.
Quando o cérebro entende que algo bom aconteceu, que algo deu certo, ele libera uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor responsável – entre outras coisas – pela sensação de prazer e de recompensa.
Além da dopamina, o cérebro libera um hormónio chamado ocitocina, conhecido como o hormónio do amor – que estimula o afecto, traz tranquilidade, reduz a ansiedade, medo e fobias.
Além da sensação de bem-estar, exercitar a gratidão ajuda também a dissolver nossos medos, angústias, raiva, ou seja, fica muito mais fácil controlarmos estados emocionais negativos.
Quanto mais utilizamos esse sistema, mais o reforçamos.
E é exactamente por isso que pessoas que exercitam a gratidão apresentam níveis mais elevados de emoções positivas, de satisfação com a vida, de vitalidade e optimismo.
Isso não significa que pessoas que exercitam a gratidão negam ou ignoram sentimentos ou aspectos negativos da vida, mas que ampliam os estados associados a sentimentos agradáveis.
E sabemos que nós estamos de facto onde está a nossa mente, os nossos pensamentos.
Prestamos atenção em nossos compromissos, em nossos projectos, nos deveres profissionais, familiares e de cuidados pessoais.
Às vezes, conseguimos fazer nossa oração diária, e às vezes nos esquecemos, tantas coisas nos tomam o tempo.
Mas você tem um momento em seu dia para exercitar a gratidão?
Certamente, não enxergaremos as coisas boas enquanto assistimos ao jornal matinal ou nocturno, onde o foco sempre é e será os aspectos negativos e problemáticos da vida.
Em que momento focamos nosso pensamento nas coisas boas que nos cercam?
Como a natureza, em sua enorme força e generosidade, nossos filhos, cuja simples presença pode nos encher de alegria, nosso companheiro ou companheira, que divide connosco os desafios da jornada, e mesmo coisas menores, mas que nos fazem muito bem, como um copo de água fresca e limpa que sacia nossa sede, ou um banho refrescante nos dias de calor.
Coisas pequenas, simples, mas que nos dão bem-estar, prazer e satisfação.
A felicidade ao nosso alcance
O Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses, convida:
“Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
(Tessalonicenses 5, 18).
Por que será que a vontade de Deus é que sejamos gratos?
Mesmo quando as coisas não estão do jeito que gostaríamos?
Sim, mesmo assim.
Mesmo com problemas, dificuldades, contrariedades, por que a gratidão é importante?
Hoje podemos compreender essas sábias palavras de Paulo pelos olhos da ciência.
Deus quer nossa felicidade e a gratidão tem tudo a ver com essa busca.
A neurociência nos ajuda a entender a importância da gratidão.
Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que ser grato pelas pequenas coisas da vida pode causar grandes mudanças – inclusive cerebrais.
Um artigo publicado no jornal científico NeuroImage atesta que, depois de poucos meses exercitando sua gratidão por meio da escrita, seu cérebro passa a se sentir ainda mais condicionado a ser grato.
E isso traz benefícios.
Mas como isso funciona no cérebro?
Quando temos pensamentos de gratidão, activamos o “sistema de recompensa” do nosso cérebro.
Esse sistema é a base neurológica da nossa satisfação e aut-estima, e é responsável pela sensação de bem-estar e prazer do nosso corpo.
Quando exercitamos a gratidão, estimulamos a acção desse sistema.
Quando o cérebro entende que algo bom aconteceu, que algo deu certo, ele libera uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor responsável – entre outras coisas – pela sensação de prazer e de recompensa.
Além da dopamina, o cérebro libera um hormónio chamado ocitocina, conhecido como o hormónio do amor – que estimula o afecto, traz tranquilidade, reduz a ansiedade, medo e fobias.
Além da sensação de bem-estar, exercitar a gratidão ajuda também a dissolver nossos medos, angústias, raiva, ou seja, fica muito mais fácil controlarmos estados emocionais negativos.
Quanto mais utilizamos esse sistema, mais o reforçamos.
E é exactamente por isso que pessoas que exercitam a gratidão apresentam níveis mais elevados de emoções positivas, de satisfação com a vida, de vitalidade e optimismo.
Isso não significa que pessoas que exercitam a gratidão negam ou ignoram sentimentos ou aspectos negativos da vida, mas que ampliam os estados associados a sentimentos agradáveis.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Combatendo a depressão e a ansiedade com a gratidão
A gratidão afecta realmente o nosso cérebro a nível biológico, aumentando a produção de importantes neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar psicológico:
a dopamina e a serotonina, ou seja, no organismo esses neurotransmissores terão efeitos semelhantes a alguns antidepressivos.
E ao contribuir para diminuir sentimentos de medo, raiva e angústias, contribuirão também para o combate à ansiedade.
Como poderíamos imaginar que o acto de gratidão, de buscar conscientemente grandes e pequenos factos e situações boas, que nos favoreçam, poderia levar bem-estar e alivio à nossa mente e ao nosso corpo?
Quer uma maneira simples e eficaz de ajudar uma pessoa com depressão?
Ajude-a a enxergar motivos para agradecer e estimule-a a desenvolver o hábito da gratidão.
Como posso exercitar minha gratidão?
Para tornar a gratidão um hábito e colher seus benefícios você vai precisar praticar.
Defina um momento mais propício do dia para exercitar.
Como escovar os dentes, tomar café da manhã. Torne a prática da gratidão um hábito.
Depois, separe um caderno, um espaço em seu smartphone, seu tablete para anotar, diariamente, suas gratidões.
Procure, busque os motivos racionais para agradecer: acontecimentos, grandes ou pequenos, simples ou importantes, que te deram prazer ou te fizeram sorrir.
Pense: o que você realizou de positivo hoje?
O que aprendeu de novo?
Quanto mais gratos somos, mais encontramos motivos para agradecer.
Ao pensarmos naquilo que nos fez bem, que realizamos de bom, ao agradecermos, o sentimento de gratidão vai começar a surgir mais e mais gradativamente.
E isso tem nome: felicidade!
Chico Xavier e suas mensagens de motivação
Em sua simplicidade e sabedoria, Chico Xavier praticava constantemente o hábito da gratidão.
Ele compartilhava em seus encontros à sombra do abacateiro (do livro Chico, de Francisco, de Adelino Silveira):
“À medida que a Providência Divina determina melhoras para nós, na Terra, inventamos aflições… inventamos dificuldades e depois vem o complexo de culpa e vamos para os psiquiatras…”
E referindo-se ao conforto em que o homem vive e do seu comodismo espiritual ele dizia:
“Estamos sofrendo mais por excesso de conforto do que excesso de desconforto.
Morre muito mais gente de tanto comer e de tanto beber, do que por falta de comida…”
“É que precisamos de contentar-nos com o que temos; estamos ricos, sem saber aproveitar a nossa felicidade…”
Sábias palavras.
Vamos aprender a aproveitar nossa felicidade, enxergar as oportunidades que temos todos os dias, mas que na maioria das vezes não conseguimos enxergar.
Experimente a gratidão.
Não apenas o conceito gratidão, mas o sentimento, que nos preenche de alegria, nos faz sentir emoção por tudo de bom, de belo e grandioso que o Criador colocou em nossa vida.
Quando a gratidão ocupa seu coração, aquilo que é negativo vai encolhendo e ficando bem pequeno.
A Espiritualidade sabe disso e nos estimula o tempo todo a olhar para o que há de bom em nós, em nossa vida, nas pessoas ao nosso redor.
E até mesmo naquilo que pode à primeira vista parecer negativo.
Como dizia o apóstolo Paulo: Em tudo dai graças…
Experimente, pratique e compartilhe.
A ciência já comprovou:
a gratidão é um poder que você tem nas mãos para mudar sua vida.
Sandra Carneiro
§.§.§- Ave sem Ninho
A gratidão afecta realmente o nosso cérebro a nível biológico, aumentando a produção de importantes neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar psicológico:
a dopamina e a serotonina, ou seja, no organismo esses neurotransmissores terão efeitos semelhantes a alguns antidepressivos.
E ao contribuir para diminuir sentimentos de medo, raiva e angústias, contribuirão também para o combate à ansiedade.
Como poderíamos imaginar que o acto de gratidão, de buscar conscientemente grandes e pequenos factos e situações boas, que nos favoreçam, poderia levar bem-estar e alivio à nossa mente e ao nosso corpo?
Quer uma maneira simples e eficaz de ajudar uma pessoa com depressão?
Ajude-a a enxergar motivos para agradecer e estimule-a a desenvolver o hábito da gratidão.
Como posso exercitar minha gratidão?
Para tornar a gratidão um hábito e colher seus benefícios você vai precisar praticar.
Defina um momento mais propício do dia para exercitar.
Como escovar os dentes, tomar café da manhã. Torne a prática da gratidão um hábito.
Depois, separe um caderno, um espaço em seu smartphone, seu tablete para anotar, diariamente, suas gratidões.
Procure, busque os motivos racionais para agradecer: acontecimentos, grandes ou pequenos, simples ou importantes, que te deram prazer ou te fizeram sorrir.
Pense: o que você realizou de positivo hoje?
O que aprendeu de novo?
Quanto mais gratos somos, mais encontramos motivos para agradecer.
Ao pensarmos naquilo que nos fez bem, que realizamos de bom, ao agradecermos, o sentimento de gratidão vai começar a surgir mais e mais gradativamente.
E isso tem nome: felicidade!
Chico Xavier e suas mensagens de motivação
Em sua simplicidade e sabedoria, Chico Xavier praticava constantemente o hábito da gratidão.
Ele compartilhava em seus encontros à sombra do abacateiro (do livro Chico, de Francisco, de Adelino Silveira):
“À medida que a Providência Divina determina melhoras para nós, na Terra, inventamos aflições… inventamos dificuldades e depois vem o complexo de culpa e vamos para os psiquiatras…”
E referindo-se ao conforto em que o homem vive e do seu comodismo espiritual ele dizia:
“Estamos sofrendo mais por excesso de conforto do que excesso de desconforto.
Morre muito mais gente de tanto comer e de tanto beber, do que por falta de comida…”
“É que precisamos de contentar-nos com o que temos; estamos ricos, sem saber aproveitar a nossa felicidade…”
Sábias palavras.
Vamos aprender a aproveitar nossa felicidade, enxergar as oportunidades que temos todos os dias, mas que na maioria das vezes não conseguimos enxergar.
Experimente a gratidão.
Não apenas o conceito gratidão, mas o sentimento, que nos preenche de alegria, nos faz sentir emoção por tudo de bom, de belo e grandioso que o Criador colocou em nossa vida.
Quando a gratidão ocupa seu coração, aquilo que é negativo vai encolhendo e ficando bem pequeno.
A Espiritualidade sabe disso e nos estimula o tempo todo a olhar para o que há de bom em nós, em nossa vida, nas pessoas ao nosso redor.
E até mesmo naquilo que pode à primeira vista parecer negativo.
Como dizia o apóstolo Paulo: Em tudo dai graças…
Experimente, pratique e compartilhe.
A ciência já comprovou:
a gratidão é um poder que você tem nas mãos para mudar sua vida.
Sandra Carneiro
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A importância do Livro Espírita
No dia 18 de abril de 1857, data histórica em que O livro dos espíritos foi colocado à venda em Paris, o Espiritismo foi inaugurado em grande estilo sob os auspícios da Literatura Espírita – criação luminescente do pensamento vivo dos Espíritos Superiores –, verdadeira revivescência do Evangelho de Jesus traduzida em sangue novo para o organismo mental do mundo.
A recém-nascida Literatura Espiritista do século 19, que foi complementada ao longo de onze décadas, não ficou à margem das dificuldades vividas por Allan Kardec na preparação e no lançamento das cinco obras fundamentais da Filosofia Espírita: O livro dos espíritos; O livro dos médiuns; O evangelho segundo o espiritismo; O céu e o inferno; e A Génese.
É notável observarmos o cuidado dos Espíritos em orientar o Mestre quanto às limitações a que estava submetido.
Literalmente, Kardec encontrou-se na dependência de editores e livreiros (católicos) estranhos às minúcias doutrinárias, já que aquela época não era o momento para que a Doutrina dos Espíritos dispusesse de editora e gráfica próprias, que fossem independentes de quaisquer interesses alheios ao ideal espiritista.
Para o Mestre, nenhum ensinamento espírita podia ser distorcido por caprichos, seja por um deslize de revisão literária ou mesmo um descuido de impressão.
Tudo precisou ser visto e revisto, já que os muitos detractores do Espiritismo estavam de olho em cada detalhe.
Leitura crítica, discernimento e coerência literária nunca faltaram ao Mestre – o “bom senso encarnado” –, como dirá Camille Flammarion.
Tudo que se lê de Kardec está expressamente fundamentado pela lógica e razão nos ensinamentos dos Espíritos.
E essas qualidades literárias deverão resplandecer como um carimbo de luz em nossos Livros Espíritas!
A divulgação espírita é tarefa nossa!
Amélie-Gabrielle Boudet, a esposa de Allan Kardec, fez tudo que esteve ao seu alcance, principalmente após o desencarne do marido, para que as obras kardecistas que ela herdou não ficassem distantes da realidade económica de sua época.
Assim, a empreendedora Amélie fundou, entre 1869 e 1873, duas Anónimas Sociedades para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, com o objectivo de assegurar a justa comercialização e distribuição das obras espiritistas em todo o mundo.
Madame Kardec lutou para que a produção editorial espírita estivesse sempre actualizada e norteada por valores coerentes, onde pessoas de qualquer classe social pudessem adquirir os livros kardecistas a preços módicos, porém, longe de barganhas, apelações comerciais ou mesmo publicidades abusivas.
Naquela época, os Espíritos já advertiam o casal Kardec que a Literatura Espírita que se tornaria auto-sustentável naturalmente, sem que ninguém precisasse “vendar a alma” para o competitivo mercado editorial capitalista.
Embora hoje ainda estejamos longe desse ideal, já compreendemos há tempos que uma boa leitura espírita é capaz de iluminar as nossas almas, ao mesmo tempo em que um bom livro espírita é capaz de nos afastar dos erros.
Como diz Emmanuel, no livro Doutrina e Vida, psicografia de Chico Xavier:
“O livro nobre livra da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.”
O Livro Espírita de qualidade
Passados mais de 145 anos do lançamento de O livro dos espíritos, os nossos Livros Espíritas contemporâneos transitam pelos incríveis avanços tecnológicos das plataformas multimídias que viabilizaram os suportes virtuais, como é o caso do autêntico livro electrónico que, indiscutivelmente, veio para ficar.
A recém-nascida Literatura Espiritista do século 19, que foi complementada ao longo de onze décadas, não ficou à margem das dificuldades vividas por Allan Kardec na preparação e no lançamento das cinco obras fundamentais da Filosofia Espírita: O livro dos espíritos; O livro dos médiuns; O evangelho segundo o espiritismo; O céu e o inferno; e A Génese.
É notável observarmos o cuidado dos Espíritos em orientar o Mestre quanto às limitações a que estava submetido.
Literalmente, Kardec encontrou-se na dependência de editores e livreiros (católicos) estranhos às minúcias doutrinárias, já que aquela época não era o momento para que a Doutrina dos Espíritos dispusesse de editora e gráfica próprias, que fossem independentes de quaisquer interesses alheios ao ideal espiritista.
Para o Mestre, nenhum ensinamento espírita podia ser distorcido por caprichos, seja por um deslize de revisão literária ou mesmo um descuido de impressão.
Tudo precisou ser visto e revisto, já que os muitos detractores do Espiritismo estavam de olho em cada detalhe.
Leitura crítica, discernimento e coerência literária nunca faltaram ao Mestre – o “bom senso encarnado” –, como dirá Camille Flammarion.
Tudo que se lê de Kardec está expressamente fundamentado pela lógica e razão nos ensinamentos dos Espíritos.
E essas qualidades literárias deverão resplandecer como um carimbo de luz em nossos Livros Espíritas!
A divulgação espírita é tarefa nossa!
Amélie-Gabrielle Boudet, a esposa de Allan Kardec, fez tudo que esteve ao seu alcance, principalmente após o desencarne do marido, para que as obras kardecistas que ela herdou não ficassem distantes da realidade económica de sua época.
Assim, a empreendedora Amélie fundou, entre 1869 e 1873, duas Anónimas Sociedades para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, com o objectivo de assegurar a justa comercialização e distribuição das obras espiritistas em todo o mundo.
Madame Kardec lutou para que a produção editorial espírita estivesse sempre actualizada e norteada por valores coerentes, onde pessoas de qualquer classe social pudessem adquirir os livros kardecistas a preços módicos, porém, longe de barganhas, apelações comerciais ou mesmo publicidades abusivas.
Naquela época, os Espíritos já advertiam o casal Kardec que a Literatura Espírita que se tornaria auto-sustentável naturalmente, sem que ninguém precisasse “vendar a alma” para o competitivo mercado editorial capitalista.
Embora hoje ainda estejamos longe desse ideal, já compreendemos há tempos que uma boa leitura espírita é capaz de iluminar as nossas almas, ao mesmo tempo em que um bom livro espírita é capaz de nos afastar dos erros.
Como diz Emmanuel, no livro Doutrina e Vida, psicografia de Chico Xavier:
“O livro nobre livra da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.”
O Livro Espírita de qualidade
Passados mais de 145 anos do lançamento de O livro dos espíritos, os nossos Livros Espíritas contemporâneos transitam pelos incríveis avanços tecnológicos das plataformas multimídias que viabilizaram os suportes virtuais, como é o caso do autêntico livro electrónico que, indiscutivelmente, veio para ficar.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
É facto também que o Livro Espírita da actualidade, seja ele impresso ou na versão digital, se dissemina muito mais rápido que o da época de Kardec.
Todavia, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos “tempos líquidos”, onde “nada é para durar”, sendo que a rapidez desse “leva e traz” nos facilita o acesso à literatura banal – a do fast-food.
Então, todo cuidado é pouco..
Inegavelmente nos encontramos incorporados nos aparelhos electrónicos, como os iPhones, os tablets, os notebooks, e muitos espiritistas estão trocando o livro impresso pelo digital à leitura directa na tela de cristal líquido.
Comportamento passageiro? Modismo? Realidade?
Independente do suporte ou do hábito adoptado hoje ou no futuro, o importante é o foco na leitura espírita de qualidade.
Acreditamos que o leitor simpatizante do género literário espiritista deve sempre manter aquele mesmo bom senso de Allan Kardec com suas pesquisas:
atenção redobrada e selenção criteriosa ao que se lê.
Literatura Espírita, genuinamente Espírita!
Francisco Cândido Xavier já havia dito que “o livro espírita é sempre um amigo disponível para dialogar connosco, ensinando-nos o melhor caminho para a aquisição da paz e da felicidade que aspiramos a encontrar”.
Assim, que a nossa Literatura Espírita (centenária) continue sendo a “amiga disponível para dialogar connosco”; que nos mostre sempre o caminho de sua leitura na Arte, que deve ser o do “belo criando o bom”, já que “o trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio” (André Luiz), longe das enganações editoriais da “literatagem” dos “literateiros” – esses que, infelizmente, se passam por “autores espíritas” na actualidade.
É facto: o futuro da Literatura Espiritista está nas mãos do leitor!
Nós, os leitores espíritas!
Dessa forma, primemos pela qualidade desse bem cultural divino.
E quando reflectirmos sobre o valor do LIVRO nos líquidos dias actuais, especialmente como veículo de luz à divulgação dos ensinamentos do Cristo, lembremo-nos do que disse o célebre Espírito Irmão X, pela psicografia de Chico Xavier:
— Os elevados colaboradores do Embaixador Sublime examinaram o assunto, por muitos e muitos anos e, depois de longas marchas e contramarchas, assentaram entre si que o monumento capaz de conservar as lições do Divino Mestre, ao dispor de todas as criaturas e ao alcance de todas as inteligências, era precisamente o LIVRO, o único instrumento apto a preservar os tesouros do espírito, acima dos séculos, na moradia dos homens!..
E é por isso que fundamentalmente ao livro, essa bênção, é que devemos na Terra, até hoje a presença imarcescível do Cristo, orientando o caminho das nações, em perenidade de amor e luz.
Adriano Calsone
§.§.§- Ave sem Ninho
Todavia, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos “tempos líquidos”, onde “nada é para durar”, sendo que a rapidez desse “leva e traz” nos facilita o acesso à literatura banal – a do fast-food.
Então, todo cuidado é pouco..
Inegavelmente nos encontramos incorporados nos aparelhos electrónicos, como os iPhones, os tablets, os notebooks, e muitos espiritistas estão trocando o livro impresso pelo digital à leitura directa na tela de cristal líquido.
Comportamento passageiro? Modismo? Realidade?
Independente do suporte ou do hábito adoptado hoje ou no futuro, o importante é o foco na leitura espírita de qualidade.
Acreditamos que o leitor simpatizante do género literário espiritista deve sempre manter aquele mesmo bom senso de Allan Kardec com suas pesquisas:
atenção redobrada e selenção criteriosa ao que se lê.
Literatura Espírita, genuinamente Espírita!
Francisco Cândido Xavier já havia dito que “o livro espírita é sempre um amigo disponível para dialogar connosco, ensinando-nos o melhor caminho para a aquisição da paz e da felicidade que aspiramos a encontrar”.
Assim, que a nossa Literatura Espírita (centenária) continue sendo a “amiga disponível para dialogar connosco”; que nos mostre sempre o caminho de sua leitura na Arte, que deve ser o do “belo criando o bom”, já que “o trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio” (André Luiz), longe das enganações editoriais da “literatagem” dos “literateiros” – esses que, infelizmente, se passam por “autores espíritas” na actualidade.
É facto: o futuro da Literatura Espiritista está nas mãos do leitor!
Nós, os leitores espíritas!
Dessa forma, primemos pela qualidade desse bem cultural divino.
E quando reflectirmos sobre o valor do LIVRO nos líquidos dias actuais, especialmente como veículo de luz à divulgação dos ensinamentos do Cristo, lembremo-nos do que disse o célebre Espírito Irmão X, pela psicografia de Chico Xavier:
— Os elevados colaboradores do Embaixador Sublime examinaram o assunto, por muitos e muitos anos e, depois de longas marchas e contramarchas, assentaram entre si que o monumento capaz de conservar as lições do Divino Mestre, ao dispor de todas as criaturas e ao alcance de todas as inteligências, era precisamente o LIVRO, o único instrumento apto a preservar os tesouros do espírito, acima dos séculos, na moradia dos homens!..
E é por isso que fundamentalmente ao livro, essa bênção, é que devemos na Terra, até hoje a presença imarcescível do Cristo, orientando o caminho das nações, em perenidade de amor e luz.
Adriano Calsone
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Educação & instrução
A educação é a grande meta do Espiritismo
“Bom é corrigir; melhor, porém, é educar.”
Demétrio N. Ribeiro (Espírito)[1]
Existe uma diferença básica entre educar e instruir.
Senão vejamos: etimologicamente falando, “educar” (do lat. educare) possui a raiz “duc” de dúctil, que forma a palavra: “conduto”, que conduz...
Antes da raiz temos o prefixo “E” que podemos entender como:
“lançar para fora”, assim como o entendemos nas palavras Ejectar, Emitir, Ejacular, Evacuar etc....
Portanto, a correta tradução da palavra educar é: conduzir para fora; extrair de dentro. “Instruir” (do lat. instruere) possui a raiz “struere”: anexar, empilhar, juntar.
Antes da raiz temos o prefixo “in” que significa: “dentro”.
Instruir, portanto, significa literalmente: “empilhar dentro”.
É importante estabelecer a nítida diferença entre educar e instruir para que não se tome um termo pelo outro, e não venhamos a negligenciar a educação das criaturas colocadas sob a nossa responsabilidade, pensando que as estamos educando quando as encaminhamos para as escolas a fim de que se instruam.
Consciente disso, Emmanuel, o nobre Mentor de Chico Xavier, sem rebuços, afirma[2]: “(...) a melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do carácter...
Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar.
É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem”.
Dessa compreensão surge a frase de Joanna de Ângelis[3]:
“a educação será o recurso vigoroso que oferece os valiosos bens, por enquanto adormecidos no íntimo das criaturas”.
Segundo Léon Denis, “(...) como a educação da Alma é o objectivo da vida, importa em resumir seus preceitos em palavras:
aumentar tudo quanto for intelectual e elevado.
Lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos.
Iniciar seus semelhantes nos esplendores do verdadeiro e do belo.
Amar a Verdade e a justiça, praticar para com todos a Caridade, a benevolência – tal o segredo da felicidade presente e futura, tal o dever, tal a fé que Jesus legou à humanidade”.
Vamos, a seguir, mergulhar no abissal oceano das letras espíritas sob a condução do notável e singular beletrista Deolindo Amorim[4], quando ele fala da:
CONCEPÇÃO ESPÍRITA DE EDUCAÇÃO
Nesta época, em que tanto se fala em metas, que é a palavra da moda, e temos meta política, meta administrativa e assim por diante, não será despropósito dizer que a educação é a grande meta do Espiritismo.
Mas é preciso ver, desde logo, que a Doutrina Espírita tem um conceito de educação muito mais extenso e profundo, na realidade, do que o conceito corrente.
Como ponto de partida, devemos distinguir instrução e educação, o que, aliás, muita gente sabe distinguir muito bem.
Instrução é informativa, é instrumento indispensável ao processo educativo, mas a instrução por si só não educa, não transforma o homem.
“Bom é corrigir; melhor, porém, é educar.”
Demétrio N. Ribeiro (Espírito)[1]
Existe uma diferença básica entre educar e instruir.
Senão vejamos: etimologicamente falando, “educar” (do lat. educare) possui a raiz “duc” de dúctil, que forma a palavra: “conduto”, que conduz...
Antes da raiz temos o prefixo “E” que podemos entender como:
“lançar para fora”, assim como o entendemos nas palavras Ejectar, Emitir, Ejacular, Evacuar etc....
Portanto, a correta tradução da palavra educar é: conduzir para fora; extrair de dentro. “Instruir” (do lat. instruere) possui a raiz “struere”: anexar, empilhar, juntar.
Antes da raiz temos o prefixo “in” que significa: “dentro”.
Instruir, portanto, significa literalmente: “empilhar dentro”.
É importante estabelecer a nítida diferença entre educar e instruir para que não se tome um termo pelo outro, e não venhamos a negligenciar a educação das criaturas colocadas sob a nossa responsabilidade, pensando que as estamos educando quando as encaminhamos para as escolas a fim de que se instruam.
Consciente disso, Emmanuel, o nobre Mentor de Chico Xavier, sem rebuços, afirma[2]: “(...) a melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do carácter...
Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar.
É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem”.
Dessa compreensão surge a frase de Joanna de Ângelis[3]:
“a educação será o recurso vigoroso que oferece os valiosos bens, por enquanto adormecidos no íntimo das criaturas”.
Segundo Léon Denis, “(...) como a educação da Alma é o objectivo da vida, importa em resumir seus preceitos em palavras:
aumentar tudo quanto for intelectual e elevado.
Lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos.
Iniciar seus semelhantes nos esplendores do verdadeiro e do belo.
Amar a Verdade e a justiça, praticar para com todos a Caridade, a benevolência – tal o segredo da felicidade presente e futura, tal o dever, tal a fé que Jesus legou à humanidade”.
Vamos, a seguir, mergulhar no abissal oceano das letras espíritas sob a condução do notável e singular beletrista Deolindo Amorim[4], quando ele fala da:
CONCEPÇÃO ESPÍRITA DE EDUCAÇÃO
Nesta época, em que tanto se fala em metas, que é a palavra da moda, e temos meta política, meta administrativa e assim por diante, não será despropósito dizer que a educação é a grande meta do Espiritismo.
Mas é preciso ver, desde logo, que a Doutrina Espírita tem um conceito de educação muito mais extenso e profundo, na realidade, do que o conceito corrente.
Como ponto de partida, devemos distinguir instrução e educação, o que, aliás, muita gente sabe distinguir muito bem.
Instrução é informativa, é instrumento indispensável ao processo educativo, mas a instrução por si só não educa, não transforma o homem.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Em muitos casos, como se sabe, a instrução é apenas acumuladora, servindo tão somente para fornecer elementos capazes de enriquecer a vida intelectual, mas não desce ao cerne da personalidade, não penetra no EU profundo.
A instrução bem conduzida, evidentemente, abre perspectivas e caminhos ao Espírito, mas é indispensável aproveitar todos os recursos e dinamizá-los no homem.
Aí, pois, já não é apenas a instrução, mas a educação.
É a educação, consequentemente, que dirige a instrução para fins úteis e elevados.
Feita essa distinção, que é trivial, devemos considerar a desigualdade que existe também entre os próprios conceitos de educação.
Dentro de certos padrões antigos, o que se chamava educação era simplesmente boas maneiras, etiqueta social e nada mais.
A educação era paramento formal ou exterior, não tinha profundidade, portanto.
Ser educado era apenas comportar-se de acordo com o figurino e as regrinhas de salão.
Tudo isso passou, não há dúvida.
Quase ninguém, hoje em dia, pensa em educação em termos de convenções e normas de sociabilidade.
Mas é verdade que apesar disso o conceito de educação ainda não é pacífico.
E é justamente neste ponto que cabe à Doutrina Espírita uma participação muito mais importante do que parece.
Há uma tendência, que se robusteceu muito com a II Guerra Mundial, para fazer da educação um meio e não um fim.
Meio de ganhar a vida, desprezando todos os valores que não sejam utilitários.
Educar, segundo essa concepção, consiste apenas em preparar o homem para vencer, ser auto-suficiente, mas tudo isso em função da vida presente.
Isto significa, sem sombra de dúvida, desprezar os valores ideais e fixar-se exclusivamente nos valores imediatos e materiais.
É um tipo de educação unilateral e de efeito apenas transitório.
Outra tendência, que é marcante nos regimes onde se dá a hipertrofia do Estado, procura cada vez mais bitolar a educação, tentando enquadrar o espírito dentro dos sistemas que mais convenham a esses.
O conceito de educação aí é muito diferente do nosso conceito, pois os regimes absorventes entendem que a educação é formar o homem para determinado tipo de necessidade, segundo os planos estatais.
Há realmente um finalismo.
Mas que finalismo é esse?
Usar a educação para um fim único, que é atender às conveniências do momento.
O conceito espírita de educação pressupõe três elementos convergentes:
1) - a instrução, que é um elemento instrumental;
2) - o meio social, que é um agente provocador das reacções e das necessidades, e
3) - a liberdade, que é a condição básica das opções.
Sem liberdade para escolher o caminho, sem o direito de optar pela direcção espiritual que lhes seja mais afeiçoada, as vocações ficarão estagnadas ou recalcadas.
E como aproveitar as aptidões sem oferecer condições de preferência?
E como educar sem respeitar as inclinações mais íntimas?
Então, será o caso da Fábula de Saturno:
a educação, que deveria ser criadora, terminaria sacrificando ou matando as vocações.
Em linhas gerais, apontamos apenas aspectos políticos da educação.
Mas não podemos, de forma alguma, pôr de lado o aspecto filosófico, dentro do conceito espírita de educação.
A instrução bem conduzida, evidentemente, abre perspectivas e caminhos ao Espírito, mas é indispensável aproveitar todos os recursos e dinamizá-los no homem.
Aí, pois, já não é apenas a instrução, mas a educação.
É a educação, consequentemente, que dirige a instrução para fins úteis e elevados.
Feita essa distinção, que é trivial, devemos considerar a desigualdade que existe também entre os próprios conceitos de educação.
Dentro de certos padrões antigos, o que se chamava educação era simplesmente boas maneiras, etiqueta social e nada mais.
A educação era paramento formal ou exterior, não tinha profundidade, portanto.
Ser educado era apenas comportar-se de acordo com o figurino e as regrinhas de salão.
Tudo isso passou, não há dúvida.
Quase ninguém, hoje em dia, pensa em educação em termos de convenções e normas de sociabilidade.
Mas é verdade que apesar disso o conceito de educação ainda não é pacífico.
E é justamente neste ponto que cabe à Doutrina Espírita uma participação muito mais importante do que parece.
Há uma tendência, que se robusteceu muito com a II Guerra Mundial, para fazer da educação um meio e não um fim.
Meio de ganhar a vida, desprezando todos os valores que não sejam utilitários.
Educar, segundo essa concepção, consiste apenas em preparar o homem para vencer, ser auto-suficiente, mas tudo isso em função da vida presente.
Isto significa, sem sombra de dúvida, desprezar os valores ideais e fixar-se exclusivamente nos valores imediatos e materiais.
É um tipo de educação unilateral e de efeito apenas transitório.
Outra tendência, que é marcante nos regimes onde se dá a hipertrofia do Estado, procura cada vez mais bitolar a educação, tentando enquadrar o espírito dentro dos sistemas que mais convenham a esses.
O conceito de educação aí é muito diferente do nosso conceito, pois os regimes absorventes entendem que a educação é formar o homem para determinado tipo de necessidade, segundo os planos estatais.
Há realmente um finalismo.
Mas que finalismo é esse?
Usar a educação para um fim único, que é atender às conveniências do momento.
O conceito espírita de educação pressupõe três elementos convergentes:
1) - a instrução, que é um elemento instrumental;
2) - o meio social, que é um agente provocador das reacções e das necessidades, e
3) - a liberdade, que é a condição básica das opções.
Sem liberdade para escolher o caminho, sem o direito de optar pela direcção espiritual que lhes seja mais afeiçoada, as vocações ficarão estagnadas ou recalcadas.
E como aproveitar as aptidões sem oferecer condições de preferência?
E como educar sem respeitar as inclinações mais íntimas?
Então, será o caso da Fábula de Saturno:
a educação, que deveria ser criadora, terminaria sacrificando ou matando as vocações.
Em linhas gerais, apontamos apenas aspectos políticos da educação.
Mas não podemos, de forma alguma, pôr de lado o aspecto filosófico, dentro do conceito espírita de educação.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
E, afinal, que é educação segundo a Doutrina Espírita?
Não é apenas instruir, não é simplesmente incutir hábitos externos, é transformar o homem dando-lhe uma concepção de vida fundamentada na supremacia do espírito e dos valores morais.
A educação, segundo a filosofia do Espiritismo, deve atender às necessidades materiais, às exigências do meio, às leis da Natureza, às repercussões da cultura, mas deve, além de tudo isso, interessar-se pelo lado espiritual da vida.
Além do mais, não podemos perder de vista, no aspecto filosófico da educação, um factor muitíssimo importante e às vezes decisivo:
a reencarnação!
O Espírito precisa encontrar condições favoráveis à missão ou à prova.
A educação, embora planeada pelas técnicas e pelos sistemas pedagógicos, cujo valor não se pode negar, não pode deixar, todavia, de proporcionar liberdade ao Espírito, a fim de escolher o seu campo de acção.
Há compromissos e escolhas que vêm do passado.[5]
Há Espíritos que reencarnam com sua tarefa ou missão já prevista, ou também sua prova na Terra.
A educação deve orientar bem, mas não deve violentar os compromissos do Espírito, indicando-lhe um rumo que não esteja de acordo com sua missão ou seus compromissos.
Segundo a Doutrina Espírita, a educação é finalista, porque visa a um fim.
E se não fosse assim, naturalmente não teria sentido prático e cairia no formalismo.
Mas o fim da educação, em termos espíritas, não é simplesmente imediato ou profissional.
O fim, neste caso, é abranger o homem real em sua totalidade, isto é, corpo e Espírito, tendo em vista a vida actual e a vida futura.
Já se vê, portanto, que é um finalismo superior. E esse finalismo parte de uma base — a concepção do homem como ser imortal.
Consequentemente, a educação deve cuidar, em tudo por tudo da essência espiritual do homem, harmonizando a inteligência e o sentimento, a cultura e a moral.[6]
À luz dos contextos espirituais, finalmente, podemos colocar a questão nos seguintes termos conclusivos:
se a educação não conseguir melhorar o homem de dentro para fora, teria apenas efeitos superficiais e, por isso mesmo, não modificará a sociedade; e o maior ideal da educação é modificar para melhor, começando pelo homem.
[1] - XAVIER, Francisco Cândido. Falando à Terra. 3. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1974, cap. “A Escola”.
[2] - XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. 23. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2001, questões 110 e 112.
[3] - FRANCO, Divaldo. Filho de Deus. 4. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1975, cap. 28.
[4] - AMORIM, Deolindo. Ponderações doutrinárias. Curitiba: FEP, 1989, p. 101-104.
[5] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 258.
[6] - Idem, ibidem, questões 192 e 791.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não é apenas instruir, não é simplesmente incutir hábitos externos, é transformar o homem dando-lhe uma concepção de vida fundamentada na supremacia do espírito e dos valores morais.
A educação, segundo a filosofia do Espiritismo, deve atender às necessidades materiais, às exigências do meio, às leis da Natureza, às repercussões da cultura, mas deve, além de tudo isso, interessar-se pelo lado espiritual da vida.
Além do mais, não podemos perder de vista, no aspecto filosófico da educação, um factor muitíssimo importante e às vezes decisivo:
a reencarnação!
O Espírito precisa encontrar condições favoráveis à missão ou à prova.
A educação, embora planeada pelas técnicas e pelos sistemas pedagógicos, cujo valor não se pode negar, não pode deixar, todavia, de proporcionar liberdade ao Espírito, a fim de escolher o seu campo de acção.
Há compromissos e escolhas que vêm do passado.[5]
Há Espíritos que reencarnam com sua tarefa ou missão já prevista, ou também sua prova na Terra.
A educação deve orientar bem, mas não deve violentar os compromissos do Espírito, indicando-lhe um rumo que não esteja de acordo com sua missão ou seus compromissos.
Segundo a Doutrina Espírita, a educação é finalista, porque visa a um fim.
E se não fosse assim, naturalmente não teria sentido prático e cairia no formalismo.
Mas o fim da educação, em termos espíritas, não é simplesmente imediato ou profissional.
O fim, neste caso, é abranger o homem real em sua totalidade, isto é, corpo e Espírito, tendo em vista a vida actual e a vida futura.
Já se vê, portanto, que é um finalismo superior. E esse finalismo parte de uma base — a concepção do homem como ser imortal.
Consequentemente, a educação deve cuidar, em tudo por tudo da essência espiritual do homem, harmonizando a inteligência e o sentimento, a cultura e a moral.[6]
À luz dos contextos espirituais, finalmente, podemos colocar a questão nos seguintes termos conclusivos:
se a educação não conseguir melhorar o homem de dentro para fora, teria apenas efeitos superficiais e, por isso mesmo, não modificará a sociedade; e o maior ideal da educação é modificar para melhor, começando pelo homem.
[1] - XAVIER, Francisco Cândido. Falando à Terra. 3. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1974, cap. “A Escola”.
[2] - XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. 23. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2001, questões 110 e 112.
[3] - FRANCO, Divaldo. Filho de Deus. 4. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1975, cap. 28.
[4] - AMORIM, Deolindo. Ponderações doutrinárias. Curitiba: FEP, 1989, p. 101-104.
[5] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 258.
[6] - Idem, ibidem, questões 192 e 791.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Passe e fluido vital
Todas as Doutrinas, não importa sobre o que versem, após serem elaboradas e divulgadas por seus autores, estão sujeitas a interferências daqueles para quem foram preparadas:
os leitores, aprendizes ou seguidores.
Entretanto, tudo indica existir uma tendência no homem para modificar a proposta original, não importa quem seja o seu autor, tampouco qual seja o seu conteúdo.
Isto se deu até com Jesus, embora Ele não tenha deixado nada escrito, porém, como alguns escreveram sobre seus exemplos e ditos, os Evangelistas, estes escritos, como se sabe, também sofreram inúmeras adulterações e modificações.
Com o Espiritismo não poderia ser diferente.
Há inúmeras “criações” de aprendizes da Doutrina, não se sabendo bem por qual razão, modificando os textos originais, sem qualquer respaldo lógico ou científico.
Entre tantas, destaca-se esta:
“O passista não transfere fluido vital para o assistido”.
Não se sabe quem criou esta novidade, tampouco de onde veio a proposta, mas, infelizmente, tem sido ensinada inclusive em cursos aplicados em algumas agremiações espíritas visando à formação de futuros passistas, pois aquelas não contam com uma direcção doutrinária alinhada com Allan Kardec.
O princípio vital, como aprendemos dos Espíritos coordenadores do trabalho do Prof. Rivail, dá vida à matéria, sem ele, só há matéria inerte.
Sem fluido vital a matéria permanece inanimada ou inactiva.
Todos nós recebemos uma cota deste fluido, impregnando os órgãos do corpo físico, de modo a mantê-lo em funcionamento ao longo da vida, contudo, devemos providenciar a absorção de novos fluidos, pois há um desgaste natural destes para manter o funcionamento da máquina corporal.
Usamos fluidos até para pensar, como se depreende desta passagem1:
“É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
[...] um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que actuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral”.
Uma das formas de se restituir este fluido acontece através do passe magnético.
É preciso repô-lo de um modo ou de outro sob pena do corpo físico colapsar prematuramente por falta deste elemento vital encharcando a matéria, é o seu combustível, se assim podemos nos expressar.
O passista, ao aplicar o passe magnético, por força de sua vontade e desejo, transmite fluidos ao assistido, não sendo estes apenas os fluidos espirituais oriundos dos Espíritos e do plano etéreo, são também fluidos mais materiais, densos, fundamentais no processo de reajuste ou reequilíbrio físico de quem os recebe.
Estes fluidos combinados podem promover o equilíbrio material e mesmo literalmente curar um organismo doente, depende da qualidade do fluido inoculado no perispírito e organismo do necessitado.
Esta possibilidade foi muito bem documentada por Allan Kardec em sua obra primeira O Livro dos Espíritos.
Ao comentar a resposta à questão 70, o Mestre de Lyon assim se expressou2:
“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se”.
Observa-se que Allan Kardec não disse ser esta transmissão possível de acontecer apenas por um passista treinado e preparado, não, este mecanismo divino contempla todos os humanos, e cremos até os irracionais.
É possível transferir fluido vital de uma pessoa a outra, sendo esta a razão de indivíduos, ao se encontrarem, por exemplo, um bem cansado, desanimado e em depressão, e o outro bem disposto, alegre, de bem com a vida; após o encontro a situação pode se inverter, pois ao dialogar, apertar as mãos, trocando olhares durante a conversa, é possível àquele com mais fluidos transferi-los para o mais necessitado, inclusive sem o desejar, há uma absorção, efeito esponja, entre um e outro.
os leitores, aprendizes ou seguidores.
Entretanto, tudo indica existir uma tendência no homem para modificar a proposta original, não importa quem seja o seu autor, tampouco qual seja o seu conteúdo.
Isto se deu até com Jesus, embora Ele não tenha deixado nada escrito, porém, como alguns escreveram sobre seus exemplos e ditos, os Evangelistas, estes escritos, como se sabe, também sofreram inúmeras adulterações e modificações.
Com o Espiritismo não poderia ser diferente.
Há inúmeras “criações” de aprendizes da Doutrina, não se sabendo bem por qual razão, modificando os textos originais, sem qualquer respaldo lógico ou científico.
Entre tantas, destaca-se esta:
“O passista não transfere fluido vital para o assistido”.
Não se sabe quem criou esta novidade, tampouco de onde veio a proposta, mas, infelizmente, tem sido ensinada inclusive em cursos aplicados em algumas agremiações espíritas visando à formação de futuros passistas, pois aquelas não contam com uma direcção doutrinária alinhada com Allan Kardec.
O princípio vital, como aprendemos dos Espíritos coordenadores do trabalho do Prof. Rivail, dá vida à matéria, sem ele, só há matéria inerte.
Sem fluido vital a matéria permanece inanimada ou inactiva.
Todos nós recebemos uma cota deste fluido, impregnando os órgãos do corpo físico, de modo a mantê-lo em funcionamento ao longo da vida, contudo, devemos providenciar a absorção de novos fluidos, pois há um desgaste natural destes para manter o funcionamento da máquina corporal.
Usamos fluidos até para pensar, como se depreende desta passagem1:
“É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
[...] um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que actuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral”.
Uma das formas de se restituir este fluido acontece através do passe magnético.
É preciso repô-lo de um modo ou de outro sob pena do corpo físico colapsar prematuramente por falta deste elemento vital encharcando a matéria, é o seu combustível, se assim podemos nos expressar.
O passista, ao aplicar o passe magnético, por força de sua vontade e desejo, transmite fluidos ao assistido, não sendo estes apenas os fluidos espirituais oriundos dos Espíritos e do plano etéreo, são também fluidos mais materiais, densos, fundamentais no processo de reajuste ou reequilíbrio físico de quem os recebe.
Estes fluidos combinados podem promover o equilíbrio material e mesmo literalmente curar um organismo doente, depende da qualidade do fluido inoculado no perispírito e organismo do necessitado.
Esta possibilidade foi muito bem documentada por Allan Kardec em sua obra primeira O Livro dos Espíritos.
Ao comentar a resposta à questão 70, o Mestre de Lyon assim se expressou2:
“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se”.
Observa-se que Allan Kardec não disse ser esta transmissão possível de acontecer apenas por um passista treinado e preparado, não, este mecanismo divino contempla todos os humanos, e cremos até os irracionais.
É possível transferir fluido vital de uma pessoa a outra, sendo esta a razão de indivíduos, ao se encontrarem, por exemplo, um bem cansado, desanimado e em depressão, e o outro bem disposto, alegre, de bem com a vida; após o encontro a situação pode se inverter, pois ao dialogar, apertar as mãos, trocando olhares durante a conversa, é possível àquele com mais fluidos transferi-los para o mais necessitado, inclusive sem o desejar, há uma absorção, efeito esponja, entre um e outro.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Entretanto, se houver doação em demasia, o transmissor poderá se sentir desgastado instantaneamente.
Durante um passe, evidentemente, quando se tem um trabalhador preparado para tanto, ao longo do tempo, em bons programas de treinamento e estudos espíritas, o fluxo de fluidos se dá, em princípio, com mais intensidade, havendo uma transferência maior de fluido vital para o receptor do passe.
É exactamente este fluido material que todos nós detemos, associado aos fluidos mais rarefeitos provindos dos Espíritos acompanhantes do trabalho de passes, que podem promover a melhora física e mesmo psíquica do assistido.
O Sábio Gaulês registou outra menção directa a esta possibilidade3:
Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem, e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?
“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso.
O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de acção, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.”
Neste caso, não é apenas saúde a se restituir ao doente, é possível mesmo impedir a desencarnação do Espírito.
Veja-se o alcance desta lei de Deus, à disposição de nossas mãos, ao nosso inteiro alcance.
É de se perguntar, se de fato não transferíssemos fluido vital entre nós, o que o passista estaria fazendo ao trabalhar no passe?
Mero condutor dos fluidos espirituais?
Mas se fosse assim, acreditamos, os Espíritos poderiam dispensar totalmente os passistas e magnetizadores encarnados promovendo a transferência de fluidos mais etéreos directamente aos doentes em desarmonia psíquica e física.
Contudo, nesta última forma, os resultados seriam diferentes, pois faltariam os fluidos mais densos característicos e necessários dos encarnados.
É de notar, quando uma possibilidade é verdadeira ela é repetidamente reescrita.
O leitor está convidado a ler ou reler os registos do Sábio de Lyon em A Génese, cap. XIV, sobre Curas, nos itens 31 a 34.
E quando se fala em fluido magnético, fala-se em fluido vital, basta revisitar mais uma questão em O Livro dos Espíritos, para certificar-se desta realidade4:
De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?
? “Fluido vital, electricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.”
Não há qualquer dúvida sobre a natureza e existência dos fluidos, sejam magnéticos ou vitais, são estes mesmos fluidos que movimentamos e trocamos entre todos nós.
Cientes deste mecanismo divino, todos aqueles a se apresentarem nas actividades de passes devem se esmerar para se envolverem no serviço, portando os melhores fluidos vitais, de modo a transmitir de facto saúde e harmonia, pelos fluidos, a todos aqueles que os procuram, sejam nos centros espíritas, sejam no dia a dia, pois a lei não se restringe aos ambientes espíritas, ela funciona em qualquer lugar e situação; se expressa através de um aperto de mão, um abraço bem dado, uma troca de olhares com caridade e carinho, conforme anteriormente citado.
São muitas as formas de se transmitir os salutares fluidos magnéticos: Transmitamo-los, pois!
Referências:
1 KARDEC, Allan. A Génese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013. cap. XIV, Qualidade dos fluidos, item 20.
2 _____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69. ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 1987. q. 70.
3 _____._____. q. 424.
4 _____._____. q. 427.
§.§.§- Ave sem Ninho
Durante um passe, evidentemente, quando se tem um trabalhador preparado para tanto, ao longo do tempo, em bons programas de treinamento e estudos espíritas, o fluxo de fluidos se dá, em princípio, com mais intensidade, havendo uma transferência maior de fluido vital para o receptor do passe.
É exactamente este fluido material que todos nós detemos, associado aos fluidos mais rarefeitos provindos dos Espíritos acompanhantes do trabalho de passes, que podem promover a melhora física e mesmo psíquica do assistido.
O Sábio Gaulês registou outra menção directa a esta possibilidade3:
Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem, e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?
“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso.
O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de acção, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.”
Neste caso, não é apenas saúde a se restituir ao doente, é possível mesmo impedir a desencarnação do Espírito.
Veja-se o alcance desta lei de Deus, à disposição de nossas mãos, ao nosso inteiro alcance.
É de se perguntar, se de fato não transferíssemos fluido vital entre nós, o que o passista estaria fazendo ao trabalhar no passe?
Mero condutor dos fluidos espirituais?
Mas se fosse assim, acreditamos, os Espíritos poderiam dispensar totalmente os passistas e magnetizadores encarnados promovendo a transferência de fluidos mais etéreos directamente aos doentes em desarmonia psíquica e física.
Contudo, nesta última forma, os resultados seriam diferentes, pois faltariam os fluidos mais densos característicos e necessários dos encarnados.
É de notar, quando uma possibilidade é verdadeira ela é repetidamente reescrita.
O leitor está convidado a ler ou reler os registos do Sábio de Lyon em A Génese, cap. XIV, sobre Curas, nos itens 31 a 34.
E quando se fala em fluido magnético, fala-se em fluido vital, basta revisitar mais uma questão em O Livro dos Espíritos, para certificar-se desta realidade4:
De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?
? “Fluido vital, electricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.”
Não há qualquer dúvida sobre a natureza e existência dos fluidos, sejam magnéticos ou vitais, são estes mesmos fluidos que movimentamos e trocamos entre todos nós.
Cientes deste mecanismo divino, todos aqueles a se apresentarem nas actividades de passes devem se esmerar para se envolverem no serviço, portando os melhores fluidos vitais, de modo a transmitir de facto saúde e harmonia, pelos fluidos, a todos aqueles que os procuram, sejam nos centros espíritas, sejam no dia a dia, pois a lei não se restringe aos ambientes espíritas, ela funciona em qualquer lugar e situação; se expressa através de um aperto de mão, um abraço bem dado, uma troca de olhares com caridade e carinho, conforme anteriormente citado.
São muitas as formas de se transmitir os salutares fluidos magnéticos: Transmitamo-los, pois!
Referências:
1 KARDEC, Allan. A Génese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013. cap. XIV, Qualidade dos fluidos, item 20.
2 _____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69. ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 1987. q. 70.
3 _____._____. q. 424.
4 _____._____. q. 427.
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INFERNO E PURGATÓRIO
1 – O Espiritismo admite a existência do inferno?
Não como um local geográfico.
Trata-se de um estado de consciência.
Jesus dizia que o Reino de Deus está dentro de nós.
O inferno também.
Depende do que fazemos e pensamos.
Não obstante, se reunirmos vários Espíritos atormentados pela consequência de suas acções, onde estiverem será um inferno.
2 – E quanto aos tormentos de fogo, as almas perenemente devoradas pelas chamas, sem se consumirem?
Trata-se de uma interpretação ao pé da letra, envolvendo textos evangélicos.
Jesus referia-se ao fogo para representar os sofrimentos morais das almas comprometidas com o mal, ao retornarem à vida espiritual.
Nos círculos mais esclarecidos, em vários segmentos do Cristianismo, não há nenhuma dúvida de que estamos diante de um simbolismo.
3 – Os antigos situavam o inferno no interior da Terra.
Há Espíritos por lá?
Os mentores espirituais falam de regiões abismais, habitadas por seres atormentados, em face dos crimes cometidos durante a existência.
Suas penas, entretanto, não têm o carácter de perenidade.
Ali permanecem como doentes em tratamento de choque para que se lhes desperte a consciência, habilitando-os à renovação.
4 – Seria uma espécie de purgatório?
Sim. É uma ideia mais compatível com a Doutrina Espírita e com a Justiça Divina.
A própria Terra, considerada planeta de provas e expiações, habitado por Espíritos orientados pelo egoísmo, é um purgatório.
Aqui, dores e dissabores desbastam nossas imperfeições mais grosseiras.
5 – Esses sofrimentos são impostos pela justiça divina?
São impostos por nossa própria consciência.
Fomos programados para o Bem.
O exercício do mal é uma agressão que fazemos a nós mesmos.
A partir daí, onde estivermos levaremos o nosso purgatório, até que nos ajustemos às leis divinas.
6 – Funciona o arrependimento?
Na Terra ou no Além, o arrependimento, a consciência dos males que praticamos, aquele cair em si, a que se refere Jesus na Parábola do Filho Pródigo, é o primeiro passo para que o Espírito deixe o purgatório.
7 – Porque o primeiro passo?
Não é isso que Deus espera de nós?
O arrependimento é uma abençoada mudança de rumo nos descaminhos em que nos envolvemos, mas há que se retornar à estrada principal.
Isso demanda esforço de renovação, reparação dos prejuízos causados ao próximo.
Ainda na parábola, o exemplo perfeito.
Após cair em si, o filho pródigo teve longa jornada pela frente, no retorno à casa paterna.
8 – Digamos que o Espírito em tormentos purgatoriais, caindo em si, reconheça-se tão miserável, tão comprometido, em face dos males praticados, que não se sinta merecedor da misericórdia divina.
Não estaria justificado o tormento eterno, não por imposição de Deus, mas por imperativo de sua própria consciência?
Seria a negação da Omnipotência Divina.
Deus, o Senhor Supremo do Universo, que nos criou para a perfeição, revelaria lamentável incompetência, se não conseguisse demover um filho da louca ideia de submeter-se a injustificável sofrimento perene, sem cogitar da própria redenção.
Ouvi, certa feita culto sacerdote admitir que o inferno irremissível era para ele apenas uma hipótese.
Não acreditava que alguém ficasse lá para sempre.
Richard Simonetti
§.§.§- Ave sem Ninho
Não como um local geográfico.
Trata-se de um estado de consciência.
Jesus dizia que o Reino de Deus está dentro de nós.
O inferno também.
Depende do que fazemos e pensamos.
Não obstante, se reunirmos vários Espíritos atormentados pela consequência de suas acções, onde estiverem será um inferno.
2 – E quanto aos tormentos de fogo, as almas perenemente devoradas pelas chamas, sem se consumirem?
Trata-se de uma interpretação ao pé da letra, envolvendo textos evangélicos.
Jesus referia-se ao fogo para representar os sofrimentos morais das almas comprometidas com o mal, ao retornarem à vida espiritual.
Nos círculos mais esclarecidos, em vários segmentos do Cristianismo, não há nenhuma dúvida de que estamos diante de um simbolismo.
3 – Os antigos situavam o inferno no interior da Terra.
Há Espíritos por lá?
Os mentores espirituais falam de regiões abismais, habitadas por seres atormentados, em face dos crimes cometidos durante a existência.
Suas penas, entretanto, não têm o carácter de perenidade.
Ali permanecem como doentes em tratamento de choque para que se lhes desperte a consciência, habilitando-os à renovação.
4 – Seria uma espécie de purgatório?
Sim. É uma ideia mais compatível com a Doutrina Espírita e com a Justiça Divina.
A própria Terra, considerada planeta de provas e expiações, habitado por Espíritos orientados pelo egoísmo, é um purgatório.
Aqui, dores e dissabores desbastam nossas imperfeições mais grosseiras.
5 – Esses sofrimentos são impostos pela justiça divina?
São impostos por nossa própria consciência.
Fomos programados para o Bem.
O exercício do mal é uma agressão que fazemos a nós mesmos.
A partir daí, onde estivermos levaremos o nosso purgatório, até que nos ajustemos às leis divinas.
6 – Funciona o arrependimento?
Na Terra ou no Além, o arrependimento, a consciência dos males que praticamos, aquele cair em si, a que se refere Jesus na Parábola do Filho Pródigo, é o primeiro passo para que o Espírito deixe o purgatório.
7 – Porque o primeiro passo?
Não é isso que Deus espera de nós?
O arrependimento é uma abençoada mudança de rumo nos descaminhos em que nos envolvemos, mas há que se retornar à estrada principal.
Isso demanda esforço de renovação, reparação dos prejuízos causados ao próximo.
Ainda na parábola, o exemplo perfeito.
Após cair em si, o filho pródigo teve longa jornada pela frente, no retorno à casa paterna.
8 – Digamos que o Espírito em tormentos purgatoriais, caindo em si, reconheça-se tão miserável, tão comprometido, em face dos males praticados, que não se sinta merecedor da misericórdia divina.
Não estaria justificado o tormento eterno, não por imposição de Deus, mas por imperativo de sua própria consciência?
Seria a negação da Omnipotência Divina.
Deus, o Senhor Supremo do Universo, que nos criou para a perfeição, revelaria lamentável incompetência, se não conseguisse demover um filho da louca ideia de submeter-se a injustificável sofrimento perene, sem cogitar da própria redenção.
Ouvi, certa feita culto sacerdote admitir que o inferno irremissível era para ele apenas uma hipótese.
Não acreditava que alguém ficasse lá para sempre.
Richard Simonetti
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Nossas escolhas
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e muitos são os que entram por ela.”
Jesus (Mt, 7:13-14).
No período em que Jesus esteve entre nós, os povos viviam em cidades cercadas por muralhas, situadas sobre colinas e montes, para que o assédio dos inimigos se tornasse difícil.
Jerusalém era uma delas, e para alcançá-la era necessário percorrer caminhos íngremes, e, como as portas da cidade eram fechadas ao pôr do sol, aqueles que voltavam para casa galgavam rapidamente os aclives, porque atrasando-se ficariam de fora.
Assim, o Mestre nos traz um quadro impressionante do caminho cristão, ou seja, o das dificuldades que precisamos vencer para conquistar a vida eterna.
Duas são as estradas que se nos apresentam:
a da evolução e a da degradação.
Ao passarmos pela estrada da evolução, caminhamos pela porta estreita, apertada, que nos conduz à vida; no entanto, ao caminharmos pela estrada da degradação, atravessamos a porta larga que conduz ao sofrimento e ao infortúnio, por conceder-nos as diversões, a soberba, as facilidades imediatas, a luxúria, a preguiça, a inveja, de qual o mundo está repleto.
Eis a porta da perdição, porque são grandes as paixões que trazemos arraigadas em nosso Espírito milenar!
Caminhando assim, e assumindo as consequências de nossas escolhas, como asseverado na máxima:
“Muitos são os chamados e poucos os escolhidos” - (Mt, 20:16).
Em todos os empreendimentos humanos, somos convidados para realizações nobres e, no entanto, vestidos pela sombra, facilmente desinteressamo-nos de prosseguir por falta de resposta compensadora ao vazio interior, preocupando-nos em entulhar-nos de inquietações e lutas pela conquista da primazia.
Portanto, ao galgarmos a estrada da evolução, faz-se necessário a prudência, a temperança, a fé, a esperança, a caridade, percorrendo o caminho das lutas, dos obstáculos, dos sacrifícios, esforçando-nos desta forma para a redenção e para a renovação íntima.
Assim, estaremos nos preparando para um futuro de alegrias e felicidade.
É uma estrada árdua, bem sabemos, pois necessita ser trilhada com cuidado, examinando onde entrar, porque poderemos levar longo tempo para retomar o caminho que nos é próprio, e entendendo, definitivamente, a importância do vigiar e orar tão alertado por Jesus.
Nosso dever é a nossa escola e, por esta razão, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter constantemente no culto às obrigações assumidas diante do bem eterno.
É o resultado da nossa luta interior em favor das virtudes, do equilíbrio, da sensatez, da perseverança nos ideais de enobrecimento, possibilitando-nos permanecer em último lugar na competitividade do mundo, a fim de sermos os primeiros em espírito de paz e de realização do reino dos céus dentro de nós, onde frui bem-estar na conquista interior.
Encontramo-nos envoltos em batalhas iluminativas cada vez mais severas; e enfrentando as lutas adquirimos sabedoria; iluminamo-nos recorrendo à oração que é fonte de energia, abastecendo e renovando-nos, e triunfaremos sobre as dificuldades que já não nos são obstáculos na caminhada, mas a conscientização no processo de evolução.
Através de muitas estações no campo da humanidade, receberemos proveitosas experiências, juntando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Jesus, no clima sagrado, na aplicação dos Seus princípios, será possível encontrarmos a passagem abençoada de definitiva salvação.
Em momento algum, Jesus escolheu a porta larga. Da manjedoura ao calvário, caminhou entre as dificuldades que se transformaram para Ele em degraus para o encontro com o Pai Celestial.
Aceitou a cruz como a Sua maior mensagem de amor à humanidade de todos os tempos, deixando-nos, como exemplo vivo, a porta estreita do sacrifício como sendo o mais belo caminho de paz e libertação.
Tomemos, então, a nossa cruz em busca da porta estreita da redenção, colocando-nos acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em nós mesmos.
Longo é o caminho, difícil a jornada e estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos da estrada.
Assim como aqueles que caminhavam para Jerusalém, após vencerem o penoso aclive, encontravam descanso e alegria no convívio familiar, também podemos, se quisermos, atingir a meta de nossos destinos, como a perfeição relativa, e libertar-nos da cadeia de renascimento neste vale de lágrimas para ascender à glória da vida espiritual, a fim de usufruir da paz e da felicidade reservadas aos justos.
Jesus é a única porta e o Evangelho é a chave que nos levará à verdadeira libertação para a vida eterna.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Evangelho segundo o Espiritismo – 365ª edição – Araras – SP - IDE, 2009 - Capítulo 18 - A porta estreita.
RIBEIRO, Cesar Saulo - O Evangelho por Emmanuel; comentários ao Evangelho segundo João - 1ª edição - Brasília – FEB, 2015 - página 254.
CALLIGARIS, Rodolfo - O sermão da Montanha à luz da Doutrina Espírita - 18ª edição - Brasília; FEB, 2013 - Os dois Caminhos - lição 46.
SCHUTEL, Cairbar – Parábolas e Ensinos de Jesus – 13ª edição – Matão - SP – O Clarim – 1993 - página 154.
§.§.§- Ave sem Ninho
Jesus (Mt, 7:13-14).
No período em que Jesus esteve entre nós, os povos viviam em cidades cercadas por muralhas, situadas sobre colinas e montes, para que o assédio dos inimigos se tornasse difícil.
Jerusalém era uma delas, e para alcançá-la era necessário percorrer caminhos íngremes, e, como as portas da cidade eram fechadas ao pôr do sol, aqueles que voltavam para casa galgavam rapidamente os aclives, porque atrasando-se ficariam de fora.
Assim, o Mestre nos traz um quadro impressionante do caminho cristão, ou seja, o das dificuldades que precisamos vencer para conquistar a vida eterna.
Duas são as estradas que se nos apresentam:
a da evolução e a da degradação.
Ao passarmos pela estrada da evolução, caminhamos pela porta estreita, apertada, que nos conduz à vida; no entanto, ao caminharmos pela estrada da degradação, atravessamos a porta larga que conduz ao sofrimento e ao infortúnio, por conceder-nos as diversões, a soberba, as facilidades imediatas, a luxúria, a preguiça, a inveja, de qual o mundo está repleto.
Eis a porta da perdição, porque são grandes as paixões que trazemos arraigadas em nosso Espírito milenar!
Caminhando assim, e assumindo as consequências de nossas escolhas, como asseverado na máxima:
“Muitos são os chamados e poucos os escolhidos” - (Mt, 20:16).
Em todos os empreendimentos humanos, somos convidados para realizações nobres e, no entanto, vestidos pela sombra, facilmente desinteressamo-nos de prosseguir por falta de resposta compensadora ao vazio interior, preocupando-nos em entulhar-nos de inquietações e lutas pela conquista da primazia.
Portanto, ao galgarmos a estrada da evolução, faz-se necessário a prudência, a temperança, a fé, a esperança, a caridade, percorrendo o caminho das lutas, dos obstáculos, dos sacrifícios, esforçando-nos desta forma para a redenção e para a renovação íntima.
Assim, estaremos nos preparando para um futuro de alegrias e felicidade.
É uma estrada árdua, bem sabemos, pois necessita ser trilhada com cuidado, examinando onde entrar, porque poderemos levar longo tempo para retomar o caminho que nos é próprio, e entendendo, definitivamente, a importância do vigiar e orar tão alertado por Jesus.
Nosso dever é a nossa escola e, por esta razão, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter constantemente no culto às obrigações assumidas diante do bem eterno.
É o resultado da nossa luta interior em favor das virtudes, do equilíbrio, da sensatez, da perseverança nos ideais de enobrecimento, possibilitando-nos permanecer em último lugar na competitividade do mundo, a fim de sermos os primeiros em espírito de paz e de realização do reino dos céus dentro de nós, onde frui bem-estar na conquista interior.
Encontramo-nos envoltos em batalhas iluminativas cada vez mais severas; e enfrentando as lutas adquirimos sabedoria; iluminamo-nos recorrendo à oração que é fonte de energia, abastecendo e renovando-nos, e triunfaremos sobre as dificuldades que já não nos são obstáculos na caminhada, mas a conscientização no processo de evolução.
Através de muitas estações no campo da humanidade, receberemos proveitosas experiências, juntando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Jesus, no clima sagrado, na aplicação dos Seus princípios, será possível encontrarmos a passagem abençoada de definitiva salvação.
Em momento algum, Jesus escolheu a porta larga. Da manjedoura ao calvário, caminhou entre as dificuldades que se transformaram para Ele em degraus para o encontro com o Pai Celestial.
Aceitou a cruz como a Sua maior mensagem de amor à humanidade de todos os tempos, deixando-nos, como exemplo vivo, a porta estreita do sacrifício como sendo o mais belo caminho de paz e libertação.
Tomemos, então, a nossa cruz em busca da porta estreita da redenção, colocando-nos acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em nós mesmos.
Longo é o caminho, difícil a jornada e estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos da estrada.
Assim como aqueles que caminhavam para Jerusalém, após vencerem o penoso aclive, encontravam descanso e alegria no convívio familiar, também podemos, se quisermos, atingir a meta de nossos destinos, como a perfeição relativa, e libertar-nos da cadeia de renascimento neste vale de lágrimas para ascender à glória da vida espiritual, a fim de usufruir da paz e da felicidade reservadas aos justos.
Jesus é a única porta e o Evangelho é a chave que nos levará à verdadeira libertação para a vida eterna.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Evangelho segundo o Espiritismo – 365ª edição – Araras – SP - IDE, 2009 - Capítulo 18 - A porta estreita.
RIBEIRO, Cesar Saulo - O Evangelho por Emmanuel; comentários ao Evangelho segundo João - 1ª edição - Brasília – FEB, 2015 - página 254.
CALLIGARIS, Rodolfo - O sermão da Montanha à luz da Doutrina Espírita - 18ª edição - Brasília; FEB, 2013 - Os dois Caminhos - lição 46.
SCHUTEL, Cairbar – Parábolas e Ensinos de Jesus – 13ª edição – Matão - SP – O Clarim – 1993 - página 154.
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15 COISAS QUE VOCÊ NUNCA DEVE DIZER A UMA MÃE ADOPTIVA.
DNA não define amor!
Mas, infelizmente, ainda existem pessoas que insistem em fazer comentários desagradáveis, grosseiros e até ofensivos.
Assim como Giovanna Ewbank, Astrid Fontenelle e Angelina Jolie, muita gente resolve adoptar e fala abertamente sobre isso.
Mesmo assim, ainda existem pessoas inconvenientes que insistem em fazer comentários desagradáveis, grosseiros e até ofensivos.
Infelizmente nem todo mundo tem bom senso, então aqui vai uma lista de 15 coisas que nenhuma mãe adoptiva – ou mãe do coração – deveria ser obrigada a ouvir.
1. É seu filho? Mesmo?
É comum que os pais do coração ouçam isso quando a criança tem uma etnia muito diferente da deles.
Para começo de conversa, é preciso estabelecer uma coisa: filho é filho, independente do DNA!
Se alguém diz “Olá, esse é meu filho”, simplesmente não fique duvidando disso, OK?
2. A gravidez foi uma fase linda na minha vida.
Você não sentiu falta disso?
Que bom que foi algo lindo na SUA vida.
Talvez aquela mãe realmente gostaria de ter tido essa experiência, mas não conseguiu.
Se esse foi o caso, perguntas assim só servem para magoar quem tanto desejou uma gestação.
E mesmo se não for, um comentário desse tipo dá a entender que você considera aquela mulher menos mãe pelo facto de não ter engravidado. Apenas pare!
3. Você tentou engravidar e não conseguiu?
O problema é com você ou com o seu marido?
Você tem intimidade o suficiente com essa mulher para sair perguntando detalhes tão íntimos?
O ideal é sempre deixar que o assunto seja proposto por ela e não por você!
4. Mas você chegou a recorrer à reprodução assistida?
Nem todo mundo tem dinheiro para bancar procedimentos como esse, sabia?
Além disso, há casos de mulheres que simplesmente não querem passar por esse processo.
E daí? Adoptar é um gesto lindo que envolve amor, generosidade e entrega.
Ao invés de sair fazendo mil indagações, apenas respeite a escolha dos outros.
5. Mas você ainda pensa em ter filhos biológicos?
Mais uma vez:
ao fazer esse tipo de pergunta você parte do pressuposto de que um filho adoptado tem menos valor do que um biológico.
Isso é absurdo! O mais sensato seria perguntar “Você pensa em ter mais filhos?”. Ponto!
6. Ah, mas a sensação não é igual a de ter um filho “de verdade”, né?
Quem tem coragem de dizer algo tão grosseiro assim simplesmente merece o troféu de pessoa mais insensível do mundo.
Para começo de conversa: filhos adoptados são filhos de verdade!
Não é o óvulo, o útero ou o espermatozóide que definem isso, mas sim o amor entre pais e filhos.
7. Você conhece a mãe “verdadeira” dele?
A mãe adoptiva É a mãe verdadeira da criança. Simples assim!
8. E ele já sabe que é adoptado? Deve ser muito estranho ter essa conversa!
Por pura curiosidade – já que essa informação não fará a menor diferença na sua vida – você estará tocando num assunto que pode ser sofrido para aquela mãe.
Muitas famílias lidam com isso sem qualquer tipo de problema, mas realmente vale a pena arriscar? Certamente não!
Mas, infelizmente, ainda existem pessoas que insistem em fazer comentários desagradáveis, grosseiros e até ofensivos.
Assim como Giovanna Ewbank, Astrid Fontenelle e Angelina Jolie, muita gente resolve adoptar e fala abertamente sobre isso.
Mesmo assim, ainda existem pessoas inconvenientes que insistem em fazer comentários desagradáveis, grosseiros e até ofensivos.
Infelizmente nem todo mundo tem bom senso, então aqui vai uma lista de 15 coisas que nenhuma mãe adoptiva – ou mãe do coração – deveria ser obrigada a ouvir.
1. É seu filho? Mesmo?
É comum que os pais do coração ouçam isso quando a criança tem uma etnia muito diferente da deles.
Para começo de conversa, é preciso estabelecer uma coisa: filho é filho, independente do DNA!
Se alguém diz “Olá, esse é meu filho”, simplesmente não fique duvidando disso, OK?
2. A gravidez foi uma fase linda na minha vida.
Você não sentiu falta disso?
Que bom que foi algo lindo na SUA vida.
Talvez aquela mãe realmente gostaria de ter tido essa experiência, mas não conseguiu.
Se esse foi o caso, perguntas assim só servem para magoar quem tanto desejou uma gestação.
E mesmo se não for, um comentário desse tipo dá a entender que você considera aquela mulher menos mãe pelo facto de não ter engravidado. Apenas pare!
3. Você tentou engravidar e não conseguiu?
O problema é com você ou com o seu marido?
Você tem intimidade o suficiente com essa mulher para sair perguntando detalhes tão íntimos?
O ideal é sempre deixar que o assunto seja proposto por ela e não por você!
4. Mas você chegou a recorrer à reprodução assistida?
Nem todo mundo tem dinheiro para bancar procedimentos como esse, sabia?
Além disso, há casos de mulheres que simplesmente não querem passar por esse processo.
E daí? Adoptar é um gesto lindo que envolve amor, generosidade e entrega.
Ao invés de sair fazendo mil indagações, apenas respeite a escolha dos outros.
5. Mas você ainda pensa em ter filhos biológicos?
Mais uma vez:
ao fazer esse tipo de pergunta você parte do pressuposto de que um filho adoptado tem menos valor do que um biológico.
Isso é absurdo! O mais sensato seria perguntar “Você pensa em ter mais filhos?”. Ponto!
6. Ah, mas a sensação não é igual a de ter um filho “de verdade”, né?
Quem tem coragem de dizer algo tão grosseiro assim simplesmente merece o troféu de pessoa mais insensível do mundo.
Para começo de conversa: filhos adoptados são filhos de verdade!
Não é o óvulo, o útero ou o espermatozóide que definem isso, mas sim o amor entre pais e filhos.
7. Você conhece a mãe “verdadeira” dele?
A mãe adoptiva É a mãe verdadeira da criança. Simples assim!
8. E ele já sabe que é adoptado? Deve ser muito estranho ter essa conversa!
Por pura curiosidade – já que essa informação não fará a menor diferença na sua vida – você estará tocando num assunto que pode ser sofrido para aquela mãe.
Muitas famílias lidam com isso sem qualquer tipo de problema, mas realmente vale a pena arriscar? Certamente não!
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
9. Como é a relação dela [a criança adoptada] com seu(s) outro(s) filho(s)?
Com esse é um tipo de pergunta você está automaticamente deixando implícita uma diferenciação entre filhos biológicos e filhos adoptivos.
A única diferença é o útero, mas o amor é o mesmo!
É possível que exista rixa entre os filhos?
Sim, como há entre qualquer irmão.
Mas você não tem nada a ver com isso!
Especialmente pelo facto de que esse pode ser um assunto extremamente delicado para alguns pais.
Não faz o menor sentido se intrometer dessa forma na vida familiar dos outros.
10. Mas por que você não escolheu uma criança parecida com você?
DNA não define amor e cor de pele também não!
E você tem ideia de quantas crianças têm dificuldade em ser adoptadas por causa da etnia?
Todas as crianças merecem uma família. Simples assim!
11. Nossa, mas vocês são bem parecidos.
Até parece que é seu filho “de verdade”!
Aquele É o filho de verdade da mãe com quem você está conversando.
Pode ter certeza de que um comentário desse tipo NÃO é um elogio.
12. Essa é a criança que você e seu marido criam?
Não! Esse é o filho do casal.
E essa é uma família como qualquer outra!
13. Mas você não sentiu falta de acompanhar os primeiros meses de vida dele?
Muitos casais acabam adoptando crianças mais crescidinhas e esse é um ato de amor incondicional.
As pessoas precisam reconhecer isso, ao invés de fazer perguntas tão insensíveis – e inúteis – quanto essa!
14. Você não tem medo de descobrir que ele tem problemas por causa da herança genética?
Uma pergunta dessas vai mudar alguma coisa na sua vida? Não.
E ela pode angustiar MUITO aquela mãe.
Outra coisa: filhos biológicos também podem ter problemas genéticos, viu?
E não são menos amados por isso!
15. Eu, particularmente, não sei se conseguiria amar o filho de outra mulher como se fosse meu.
E nós, particularmente, achamos que comentários absurdamente insensíveis como esse deveriam ser extintos da face da Terra!
§.§.§- Ave sem Ninho
Com esse é um tipo de pergunta você está automaticamente deixando implícita uma diferenciação entre filhos biológicos e filhos adoptivos.
A única diferença é o útero, mas o amor é o mesmo!
É possível que exista rixa entre os filhos?
Sim, como há entre qualquer irmão.
Mas você não tem nada a ver com isso!
Especialmente pelo facto de que esse pode ser um assunto extremamente delicado para alguns pais.
Não faz o menor sentido se intrometer dessa forma na vida familiar dos outros.
10. Mas por que você não escolheu uma criança parecida com você?
DNA não define amor e cor de pele também não!
E você tem ideia de quantas crianças têm dificuldade em ser adoptadas por causa da etnia?
Todas as crianças merecem uma família. Simples assim!
11. Nossa, mas vocês são bem parecidos.
Até parece que é seu filho “de verdade”!
Aquele É o filho de verdade da mãe com quem você está conversando.
Pode ter certeza de que um comentário desse tipo NÃO é um elogio.
12. Essa é a criança que você e seu marido criam?
Não! Esse é o filho do casal.
E essa é uma família como qualquer outra!
13. Mas você não sentiu falta de acompanhar os primeiros meses de vida dele?
Muitos casais acabam adoptando crianças mais crescidinhas e esse é um ato de amor incondicional.
As pessoas precisam reconhecer isso, ao invés de fazer perguntas tão insensíveis – e inúteis – quanto essa!
14. Você não tem medo de descobrir que ele tem problemas por causa da herança genética?
Uma pergunta dessas vai mudar alguma coisa na sua vida? Não.
E ela pode angustiar MUITO aquela mãe.
Outra coisa: filhos biológicos também podem ter problemas genéticos, viu?
E não são menos amados por isso!
15. Eu, particularmente, não sei se conseguiria amar o filho de outra mulher como se fosse meu.
E nós, particularmente, achamos que comentários absurdamente insensíveis como esse deveriam ser extintos da face da Terra!
§.§.§- Ave sem Ninho
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ENTREVISTA RÁPIDA COM UMA SUICIDA COMUM
DITADO PELO IRMÃO X.
Sabe você, quanto eu, que não existem casos absolutamente iguais.
Cada um de nós é um mundo por si.
Para nosso esclarecimento, porém, devo dizer-lhe que se trata de jovem senhora que, há precisamente catorze anos, largou o corpo físico, por deliberação própria, ingerindo formicida.
Mais alguns apontamentos, já que não podemos transformar o doloroso assunto em novela de grande porte: ela se envenenou no Rio, aos trinta e dois de idade, deixando o esposo e um filhinho em casa; não era pessoa de cultura excepcional, do ponto de vista de cérebro, mas caracterizava-se, na Terra, por nobres qualidades morais, moça tímida, honesta, operosa, de instrução regular e extremamente devotada aos deveres de esposa e mãe.
Passemos, no entanto, às suas onze questões e vejamos as respostas que ela nos deu e que transcrevo, na íntegra:
A irmã possuía alguma fé religiosa, que lhe desse convicção na vida depois da morte?
Seguia a fé religiosa, como acontece a muita gente que acompanha os outros no jeito de crer, na mesma situação com que se atende aos caprichos da moda.
Para ser sincera, não admitia fosse encontrar a vida aqui, como a vejo, tão cheia de problemas ou, talvez, mais cheia de problemas que a minha existência no mundo.
Quando sobreveio a morte do corpo, ficou inconsciente ou consciente?[/i]
Não conseguia sequer mover um dedo, mas, por motivos que ainda não sei explicar, permaneci completamente lúcida e por muito tempo.
Quais as suas primeiras impressões ao verificar-se desencarnada?
Ao lado de terríveis sofrimentos, um remorso indefinível tomou conta de mim.
Ouvia os lamentos de meu marido e de meu filho pequenino, debalde gritando também, a suplicar socorro.
Quando o rabecão me arrebatou o corpo imóvel, tentei ficar em casa mas não pude.
Tinha a impressão de que eu jazia amarrada ao meu próprio cadáver pelos nós de uma corda grossa.
Sentia em mim, num fenômeno de repercussão que não sei definir, todos os baques do corpo ao veículo em correria; atirada com ele a um compartimento do necrotério, chorava de enlouquecer.
Depois de poucas horas, notei que alguém me carregava para a mesa de exame.
Vi-me desnuda de chofre e tremi de vergonha.
Mas a vergonha fundiu-se no terror que passei a experimentar ao ver que dois homens moços me abriam o ventre sem nenhuma cerimônia, embora o respeitoso silêncio com que se davam à pavorosa tarefa.
Não sei o que me doía mais, se a dor indescritível que me percorria a forma, em meu novo estado de ser, quando os golpes do instrumento cortante me rasgavam a carne.
Mas, o martírio não ficou nesse ponto, porque eu, que horas antes me achava no conforto de meu leito doméstico, tive de agüentar duchas de água fria na vísceras expostas, como se eu fosse um animal dos que eu vira morrer, quando menina, no sítio de meu pai...
Então, clamei ainda mais por socorro, mas ninguém me escutava, nem via...
Recorreu à prece no sofrimento?
Sim, mas orava, à maneira dos loucos desesperados, sem qualquer noção de Deus...
Achava-me em franco delírio de angústia, atormentada por dores físicas e mentais...
Além disso, para salvar o corpo que eu mesma destruíra, a oração era um recurso de que lançava mão, muito tarde.
Encontrou amigos ou parentes desencarnados, em suas primeiras horas no plano espiritual?
Hoje sei que muitos deles procuravam auxiliar-me, mas inutilmente, porque a minha condição de suicida me punha em plenitude de forças físicas.
As energias do corpo abandonado como que me eram devolvidas por ele e me achava tão materializada em minha forma espiritual quanto na forma terrestre.
Sentia-me completamente sozinha, desamparada...
Sabe você, quanto eu, que não existem casos absolutamente iguais.
Cada um de nós é um mundo por si.
Para nosso esclarecimento, porém, devo dizer-lhe que se trata de jovem senhora que, há precisamente catorze anos, largou o corpo físico, por deliberação própria, ingerindo formicida.
Mais alguns apontamentos, já que não podemos transformar o doloroso assunto em novela de grande porte: ela se envenenou no Rio, aos trinta e dois de idade, deixando o esposo e um filhinho em casa; não era pessoa de cultura excepcional, do ponto de vista de cérebro, mas caracterizava-se, na Terra, por nobres qualidades morais, moça tímida, honesta, operosa, de instrução regular e extremamente devotada aos deveres de esposa e mãe.
Passemos, no entanto, às suas onze questões e vejamos as respostas que ela nos deu e que transcrevo, na íntegra:
A irmã possuía alguma fé religiosa, que lhe desse convicção na vida depois da morte?
Seguia a fé religiosa, como acontece a muita gente que acompanha os outros no jeito de crer, na mesma situação com que se atende aos caprichos da moda.
Para ser sincera, não admitia fosse encontrar a vida aqui, como a vejo, tão cheia de problemas ou, talvez, mais cheia de problemas que a minha existência no mundo.
Quando sobreveio a morte do corpo, ficou inconsciente ou consciente?[/i]
Não conseguia sequer mover um dedo, mas, por motivos que ainda não sei explicar, permaneci completamente lúcida e por muito tempo.
Quais as suas primeiras impressões ao verificar-se desencarnada?
Ao lado de terríveis sofrimentos, um remorso indefinível tomou conta de mim.
Ouvia os lamentos de meu marido e de meu filho pequenino, debalde gritando também, a suplicar socorro.
Quando o rabecão me arrebatou o corpo imóvel, tentei ficar em casa mas não pude.
Tinha a impressão de que eu jazia amarrada ao meu próprio cadáver pelos nós de uma corda grossa.
Sentia em mim, num fenômeno de repercussão que não sei definir, todos os baques do corpo ao veículo em correria; atirada com ele a um compartimento do necrotério, chorava de enlouquecer.
Depois de poucas horas, notei que alguém me carregava para a mesa de exame.
Vi-me desnuda de chofre e tremi de vergonha.
Mas a vergonha fundiu-se no terror que passei a experimentar ao ver que dois homens moços me abriam o ventre sem nenhuma cerimônia, embora o respeitoso silêncio com que se davam à pavorosa tarefa.
Não sei o que me doía mais, se a dor indescritível que me percorria a forma, em meu novo estado de ser, quando os golpes do instrumento cortante me rasgavam a carne.
Mas, o martírio não ficou nesse ponto, porque eu, que horas antes me achava no conforto de meu leito doméstico, tive de agüentar duchas de água fria na vísceras expostas, como se eu fosse um animal dos que eu vira morrer, quando menina, no sítio de meu pai...
Então, clamei ainda mais por socorro, mas ninguém me escutava, nem via...
Recorreu à prece no sofrimento?
Sim, mas orava, à maneira dos loucos desesperados, sem qualquer noção de Deus...
Achava-me em franco delírio de angústia, atormentada por dores físicas e mentais...
Além disso, para salvar o corpo que eu mesma destruíra, a oração era um recurso de que lançava mão, muito tarde.
Encontrou amigos ou parentes desencarnados, em suas primeiras horas no plano espiritual?
Hoje sei que muitos deles procuravam auxiliar-me, mas inutilmente, porque a minha condição de suicida me punha em plenitude de forças físicas.
As energias do corpo abandonado como que me eram devolvidas por ele e me achava tão materializada em minha forma espiritual quanto na forma terrestre.
Sentia-me completamente sozinha, desamparada...
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Assistiu ao seu próprio enterro?
Com o terror que o meu amigo é capaz de imaginar.
Não havia Espíritos benfeitores no cemitério?
Sim, mas não poderia vê-los.
Estava mentalmente cega de dor.
Senti-me sob a terra, sempre ligada ao corpo, como alguém a se debater num quarto abafado, lodoso e escuro...
Que aconteceu em seguida?
Até agora, não consigo saber quanto tempo estive na cela do sepulcro, seguindo, hora a hora, a decomposição de meus restos...
Houve, porém, um instante em que a corda magnética cedeu e me vi libertada.
Pus-me de pé sobre a cova. Reconhecia-me fraca, faminta, sedenta, dilacerada...
Não havia tomado posse de meus próprios raciocínios, quando me vi cercada por uma turma de homens que, mais tarde, vim a saber serem obsessores cruéis.
Deram-me voz de prisão.
Um deles me notificou que o suicídio era falta grave, que eu seria julgada em corte de justiça e que não me restava outra saída, senão acompanhá-los ao Tribunal.
Obedeci e, para logo, fui por eles encarcerada em tenebrosa furna, onde pude ouvir o choro de muitas outras vítimas.
Esses malfeitores me guardaram em cativeiro e abusavam da minha condição de mulher, sem qualquer noção de respeito ou misericórdia...
Somente após muito tempo de oração e remorso, obtive o socorro de Espíritos missionários, que me retiraram do cárcere, depois de enormes
dificuldades, a fim de me internarem num campo de tratamento.
Por que razão decidiu matar-se?
Ciúmes de meu esposo, que passara a simpatizar com outra mulher.
Julga que a sua atitude lhe trouxe algum benefício?
Apenas complicações.
Após seis anos de ausência, ferida por terríveis saudades, obtive permissão para visitar a residência que eu julgava como sendo minha casa no Rio.
Tremenda surpresa!...
Em nada adiantara o suplício.
Meu esposo, moço ainda, necessitava de companhia e escolhera para segunda esposa a rival que eu abominava...
Ele e meu filho estavam sob os cuidados da mulher que suscitava ódio e revolta...
Sofri muito em meu orgulho abatido.
Desesperei-me.
Auxiliada pacientemente, contudo, por instrutores caridosos, adquiri novos princípios de compreensão e conduta...
Estou aprendendo agora a converter aversão em amor.
Comecei procedendo assim por devotamento ao meu filho, a quem ansiava estender as mãos, e só possuía, no lar, as mãos dela, habilitadas a me prestarem semelhante favor...
A pouco e pouco, notei-lhe as qualidades nobres de carácter e coração e hoje a amo, deveras, por irmã de minh’alma...
Como pode observar, o suicídio me intensificou a luta íntima e me impôs, de imediato, duras obrigações.
Com o terror que o meu amigo é capaz de imaginar.
Não havia Espíritos benfeitores no cemitério?
Sim, mas não poderia vê-los.
Estava mentalmente cega de dor.
Senti-me sob a terra, sempre ligada ao corpo, como alguém a se debater num quarto abafado, lodoso e escuro...
Que aconteceu em seguida?
Até agora, não consigo saber quanto tempo estive na cela do sepulcro, seguindo, hora a hora, a decomposição de meus restos...
Houve, porém, um instante em que a corda magnética cedeu e me vi libertada.
Pus-me de pé sobre a cova. Reconhecia-me fraca, faminta, sedenta, dilacerada...
Não havia tomado posse de meus próprios raciocínios, quando me vi cercada por uma turma de homens que, mais tarde, vim a saber serem obsessores cruéis.
Deram-me voz de prisão.
Um deles me notificou que o suicídio era falta grave, que eu seria julgada em corte de justiça e que não me restava outra saída, senão acompanhá-los ao Tribunal.
Obedeci e, para logo, fui por eles encarcerada em tenebrosa furna, onde pude ouvir o choro de muitas outras vítimas.
Esses malfeitores me guardaram em cativeiro e abusavam da minha condição de mulher, sem qualquer noção de respeito ou misericórdia...
Somente após muito tempo de oração e remorso, obtive o socorro de Espíritos missionários, que me retiraram do cárcere, depois de enormes
dificuldades, a fim de me internarem num campo de tratamento.
Por que razão decidiu matar-se?
Ciúmes de meu esposo, que passara a simpatizar com outra mulher.
Julga que a sua atitude lhe trouxe algum benefício?
Apenas complicações.
Após seis anos de ausência, ferida por terríveis saudades, obtive permissão para visitar a residência que eu julgava como sendo minha casa no Rio.
Tremenda surpresa!...
Em nada adiantara o suplício.
Meu esposo, moço ainda, necessitava de companhia e escolhera para segunda esposa a rival que eu abominava...
Ele e meu filho estavam sob os cuidados da mulher que suscitava ódio e revolta...
Sofri muito em meu orgulho abatido.
Desesperei-me.
Auxiliada pacientemente, contudo, por instrutores caridosos, adquiri novos princípios de compreensão e conduta...
Estou aprendendo agora a converter aversão em amor.
Comecei procedendo assim por devotamento ao meu filho, a quem ansiava estender as mãos, e só possuía, no lar, as mãos dela, habilitadas a me prestarem semelhante favor...
A pouco e pouco, notei-lhe as qualidades nobres de carácter e coração e hoje a amo, deveras, por irmã de minh’alma...
Como pode observar, o suicídio me intensificou a luta íntima e me impôs, de imediato, duras obrigações.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Que aguarda para o futuro?
Tenho fome de esquecimento e de paz.
Trabalho de boa vontade em meu próprio burilamento e qualquer que seja a provação que me espere, nas corrigendas que mereço, rogo à Compaixão Divina me permita nascer na Terra, outra vez, quando então conto retornar o ponto de evolução em que estacionei, para consertar as terríveis consequências do erro que cometi.
Aqui, meu caro, termina o curioso depoimento em que figurei na posição de seu secretário.
Sinceramente, não sei porque você deseja semelhante entrevista com tanto empenho.
Se é para curar doentia ansiedade em pessoa querida, inclinada a matar-se, é possível que você alcance o objectivo almejado.
Quem sabe? O amor tem força para converter e instruir.
Mas se você supõe que esta mensagem pode servir de instrumento para alguma transformação na sociedade terrena, sobre os alicerces da verdade espiritual, não estou muito certo quanto ao êxito do tenta-me.
Digo isso, porque, se estivesse aí, no meu corpo de carne, entre o frango assado e o café quente, e se alguém me trouxesse a ler a presente documentação, sem dúvida que eu julgaria tratar-se de uma história da carochinha.
§.§.§- Ave sem Ninho
Tenho fome de esquecimento e de paz.
Trabalho de boa vontade em meu próprio burilamento e qualquer que seja a provação que me espere, nas corrigendas que mereço, rogo à Compaixão Divina me permita nascer na Terra, outra vez, quando então conto retornar o ponto de evolução em que estacionei, para consertar as terríveis consequências do erro que cometi.
Aqui, meu caro, termina o curioso depoimento em que figurei na posição de seu secretário.
Sinceramente, não sei porque você deseja semelhante entrevista com tanto empenho.
Se é para curar doentia ansiedade em pessoa querida, inclinada a matar-se, é possível que você alcance o objectivo almejado.
Quem sabe? O amor tem força para converter e instruir.
Mas se você supõe que esta mensagem pode servir de instrumento para alguma transformação na sociedade terrena, sobre os alicerces da verdade espiritual, não estou muito certo quanto ao êxito do tenta-me.
Digo isso, porque, se estivesse aí, no meu corpo de carne, entre o frango assado e o café quente, e se alguém me trouxesse a ler a presente documentação, sem dúvida que eu julgaria tratar-se de uma história da carochinha.
§.§.§- Ave sem Ninho
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PSICOGRAFIA RESPOSTA DO IRMÃO LUCIUS
EM 13/02/17, A UMA IRMÃ DO GRUPO.
Irmã, Não é a primeira a apresentar tais dúvidas, não será a última.
A Doutrina Espírita como se conhece, também passará por evolução, melhorando-se e aprimorando-se, como consequência das então mudanças planetárias.
O Homem crescerá, a Humanidade tornar-se-á melhor, carregando dentro de si mesmos, o Amor ao Próximo, a Compaixão e as conexões com o Amor Maior, levando a Paz e o Amor a Todos, auxiliando e servindo no Bem, assim mesmo, como tem você mesma pressentido.
No momento actual, ainda é necessário fazer os Socorros aos Irmãos que sofrem, que tão necessário é, para diminuir o número de seres que se exilarão, quando chegado o momento. (1)
Num futuro próximo, isso não será mais necessário, uma vez que a Terra será habitada mais pelos seres comprometidos com o Bem. (2)
A expansão da consciência e a busca da evolução na própria Doutrina, é factor notado em seres que se envolvem conscientemente e irrevogavelmente com a Espiritualidade.
De quando em quando, esses seres carregam consigo vislumbres de Benesses vindouras, mas, como humanidade, ninguém cresce sozinho, de forma isolada, sendo muito mais aproveitável repassar a outros também, tudo o que acreditam esses e professam, arrastando consigo para o Alto, tantos quantos puderem ver e ouvir, soltar e servir, em tal empreitada. (3)
Faça seu trabalho com Amor e as portas se abrirão, auxilie seu irmão com Amor, as portas se abrirão, cresça no Bem com Amor e as portas se abrirão. (4)
Leve o tempo que sentir necessário para ter clareza de pensamentos e actos, mas jamais se volte na direcção contrária, mantenha-se pura de coração. (5)
Existem muitas formas de Servir, a sua, já sabe qual é, mesmo que em certos momentos deva cumprir sua tarefa com o que for melhor para o maior número de pessoas e almas perdidas.
Serve com Amor, que, como disse, as portas se abrirão. (6)
No futuro, tudo conflui para a execução contínua do trabalho de ensino e divulgação, a gravação de voz, com as doces Mensagens de nossos Irmãos do Espaço, agindo também como mais uma forma de aprendizado, como já lhe diz a sua intuição. (7)
Mas, Serve com Amor, serve no Bem, que as certezas virão, de portas abertas.
Novos conhecimentos, novos aprendizados, sempre necessários para um crescimento eterno, são necessários e deverão somar, nunca subtrair.
Não é motivo para exclusão, somente para mais Trabalho.
E, não se engane quanto ao Trabalho.
Gosta de fazê-lo, vive desta vez para fazê-lo, sem o trabalho árduo e constante, terá uma existência de lamento e tristeza, deixando de praticar o Amor, que deveria. (8)
Muita diferença há entre a teoria e a prática.
Mas, em tudo, encontre o Bem, faça dele seu norte, é a ele que deve buscar, como propósito de vida. (9)
O CRESCIMENTO SÓ É UMA VANTAGEM, SE PUDER SER COMPARTILHADO COM OS IRMÃOS, DISTRIBUÍDO A TODOS QUE VÊEM E OUVEM, como sabe. (10)
Caridade da Doutrina Espírita também são as formas de aprendizado e a sua divulgação, para que se atinja a todos, indistintamente, lançando sementes que germinarão ao menor sopro do Amor do Criador, benevolente com suas criaturas, paciente com suas falhas.
Mas, não permita que o “Dom” que possui e carrega como tarefa, desvaneça-se sem germinar, sem produzir, sem se efectivar. (11)
O TRABALHO É DIFÍCIL, POIS ASSIM O É A TODOS A QUEM É DADA A OPORTUNIDADE DE ESCLARECER AS MENTES, AS SUAS PRÓPRIAS E A DE OUTROS IRMÃOS, mas disso já sabe. (12)
Encontrará dificuldades, sofrerá críticas e calúnias, mas nada disso deverá atemorizar um Obreiro determinado. (12)
Confia. CONFIA E NOS SINTA AO SEU LADO, POIS ESTAMOS, POUPANDO NO POSSÍVEL, APOIANDO E FORTALECENDO NO INEVITÁVEL. (13)
Acredite, Irmã, que o Bem que hoje faz, se incorpora para sempre em você, em seu corpo mais íntimo e subtil, lhe proporcionará ainda felicidades, que não pode-se medir pelos parâmetros da Terra. (14)
Irmã, Não é a primeira a apresentar tais dúvidas, não será a última.
A Doutrina Espírita como se conhece, também passará por evolução, melhorando-se e aprimorando-se, como consequência das então mudanças planetárias.
O Homem crescerá, a Humanidade tornar-se-á melhor, carregando dentro de si mesmos, o Amor ao Próximo, a Compaixão e as conexões com o Amor Maior, levando a Paz e o Amor a Todos, auxiliando e servindo no Bem, assim mesmo, como tem você mesma pressentido.
No momento actual, ainda é necessário fazer os Socorros aos Irmãos que sofrem, que tão necessário é, para diminuir o número de seres que se exilarão, quando chegado o momento. (1)
Num futuro próximo, isso não será mais necessário, uma vez que a Terra será habitada mais pelos seres comprometidos com o Bem. (2)
A expansão da consciência e a busca da evolução na própria Doutrina, é factor notado em seres que se envolvem conscientemente e irrevogavelmente com a Espiritualidade.
De quando em quando, esses seres carregam consigo vislumbres de Benesses vindouras, mas, como humanidade, ninguém cresce sozinho, de forma isolada, sendo muito mais aproveitável repassar a outros também, tudo o que acreditam esses e professam, arrastando consigo para o Alto, tantos quantos puderem ver e ouvir, soltar e servir, em tal empreitada. (3)
Faça seu trabalho com Amor e as portas se abrirão, auxilie seu irmão com Amor, as portas se abrirão, cresça no Bem com Amor e as portas se abrirão. (4)
Leve o tempo que sentir necessário para ter clareza de pensamentos e actos, mas jamais se volte na direcção contrária, mantenha-se pura de coração. (5)
Existem muitas formas de Servir, a sua, já sabe qual é, mesmo que em certos momentos deva cumprir sua tarefa com o que for melhor para o maior número de pessoas e almas perdidas.
Serve com Amor, que, como disse, as portas se abrirão. (6)
No futuro, tudo conflui para a execução contínua do trabalho de ensino e divulgação, a gravação de voz, com as doces Mensagens de nossos Irmãos do Espaço, agindo também como mais uma forma de aprendizado, como já lhe diz a sua intuição. (7)
Mas, Serve com Amor, serve no Bem, que as certezas virão, de portas abertas.
Novos conhecimentos, novos aprendizados, sempre necessários para um crescimento eterno, são necessários e deverão somar, nunca subtrair.
Não é motivo para exclusão, somente para mais Trabalho.
E, não se engane quanto ao Trabalho.
Gosta de fazê-lo, vive desta vez para fazê-lo, sem o trabalho árduo e constante, terá uma existência de lamento e tristeza, deixando de praticar o Amor, que deveria. (8)
Muita diferença há entre a teoria e a prática.
Mas, em tudo, encontre o Bem, faça dele seu norte, é a ele que deve buscar, como propósito de vida. (9)
O CRESCIMENTO SÓ É UMA VANTAGEM, SE PUDER SER COMPARTILHADO COM OS IRMÃOS, DISTRIBUÍDO A TODOS QUE VÊEM E OUVEM, como sabe. (10)
Caridade da Doutrina Espírita também são as formas de aprendizado e a sua divulgação, para que se atinja a todos, indistintamente, lançando sementes que germinarão ao menor sopro do Amor do Criador, benevolente com suas criaturas, paciente com suas falhas.
Mas, não permita que o “Dom” que possui e carrega como tarefa, desvaneça-se sem germinar, sem produzir, sem se efectivar. (11)
O TRABALHO É DIFÍCIL, POIS ASSIM O É A TODOS A QUEM É DADA A OPORTUNIDADE DE ESCLARECER AS MENTES, AS SUAS PRÓPRIAS E A DE OUTROS IRMÃOS, mas disso já sabe. (12)
Encontrará dificuldades, sofrerá críticas e calúnias, mas nada disso deverá atemorizar um Obreiro determinado. (12)
Confia. CONFIA E NOS SINTA AO SEU LADO, POIS ESTAMOS, POUPANDO NO POSSÍVEL, APOIANDO E FORTALECENDO NO INEVITÁVEL. (13)
Acredite, Irmã, que o Bem que hoje faz, se incorpora para sempre em você, em seu corpo mais íntimo e subtil, lhe proporcionará ainda felicidades, que não pode-se medir pelos parâmetros da Terra. (14)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
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