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Casos de Mediunidade

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Casos de Mediunidade - Página 4 Empty Re: Casos de Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 11, 2012 10:24 am

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Na Islândia, ao menos, aparições verídicas e coincidentes com a morte parecem ser informadas com uma frequência não apreciavelmente menor do que observado na Inglaterra do décimo nono-século
(Sidgwick, H. e Committee, 1894).

No entanto, eu acredito que a Islândia pode não ser típica de países Ocidentais, e eu penso — reconhecidamente em evidência insuficiente—que um declínio real de fenómenos paranormais macros ocorreu no Ocidente durante este século.

No restante deste discurso, eu proponho aceitar esta suposição e considera algumas possíveis razões para este declínio.

Teorias físicas sobre a natureza da percepção extra-sensorial foram propostas desde o décimo nono século passado (Barrett, Gurney e Myers, 1882);
elas alcançaram alguma proeminência com as conjeturas de Berger (1940) e em anos recentes ficaram na moda.

Ganharam muitos aderentes sem ganharem aceitação universal entre pessoas cujas opiniões nós devemos respeitar.

Se fossemos decidir que alguma característica física, tal como a frequência extremamente baixa das ondas electromagnéticas (Persinger, 1987), correlacionadas com segurança com as manifestações de percepção de extra-sensorial, nós podemos decidir que o aumento recente durante décadas de "poluição electrónica" (Fox, 1988) (ao menos em regiões tendo muito equipamento electrónico) foi uma causa importante do declínio dos fenómenos paranormais macros.

Isto nos levaria a esperar que manifestações de percepção extra-sensorial variariam de região a região com diferenças na quantidade de poluição electrónica.

Infelizmente, com nossos recursos magros presentes nós não podemos empreender um projecto da magnitude necessária para adequadamente testar esta hipótese.

Reconheço em mim um preconceito contra teorias físicas de percepção extra-sensorial, porque acredito que nós a podemos entender melhor por um conceito dualista de cérebro e mente que permite que as mentes, sob certas circunstâncias, comuniquem-se directamente uma com a outra (além dos meios físicos conhecidos de comunicação).

Assim, minha procura para causas no declínio dos fenómenos paranormais macros concentrou-se em possíveis explicações psicológicas.

Tentei pensar em que características da vida ocidental agora diferem das que existiam há cem anos e de que está em outras partes do mundo hoje.

Considerarei as mudanças que parecem a mim importante sob dois tópicos, de processos normais e paranormais.

Os processos normais que eu promovo dividem-se em mudanças em nossas condições e na maneira de vida e mudanças em nossas atitudes.

Fazendo exame do primeiro, penso que aprendemos do estudo de casos espontâneos a importância para sua ocorrência tanto do amor quanto da morte.

Os participantes são quase sempre pessoas tendo bónus de afecto, e o acontecimento comunicado a maioria é de frequentemente algo que coloca em perigo o agente.

Podemos dizer que o percipiente tem uma necessidade de saber o que acontece ao agente e o agente uma necessidade de deixar o percipiente saber (Murphy, 1943).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 11, 2012 10:25 am

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Quando a comunicação normal é impraticável, a necessidade para comunicações paranormais aumenta.

Os autores de Phantasms of the Living (Gurney, Myers e Podmore, 1886) podem não ter compreendido que morte violenta ocorria frequentemente entre os acontecimentos comunicados nos casos informados em seu grande trabalho.

Ao menos eles não chamaram atenção para o facto.
Não obstante, entre os 314 casos de Phantasms envolvendo morte, esta tinha ocorrido violentamente em 28 por cento.

Além do mais, entre aproximadamente dois terços dos casos em que morte tinha ocorrido naturalmente achamos que em um terço a morte tinha ocorrido repentinamente (Stevenson, 1982).

(Definimos uma morte como "repentina*' se ocorreu dentro de 24 horas em que a pessoa morta se achava bem ou ao menos, se doente, em nenhum perigo de morrer.)

Uma morte violenta no décimo nono século era quase sempre também uma repentina, e, se isto é correcto, então quase 53 por cento das mortes envolvidas nos casos de Phantasms ocorreram repentinamente.

Além do mais, as pessoas relacionadas frequentemente estavam separadas fisicamente por distâncias longas e as comunicações normais eram, por padrões modernos, extremamente rudes.
(O telégrafo não foi adequadamente desenvolvido até a segunda metade do décimo nono século, e o telefone não até seu último quarto.)

A lentidão e às vezes a impossibilidade de uma comunicação normal iria, acredito, aumentar a necessidade de ter uma paranormal.
Nos cem anos desde a fundação da nossa Sociedade as comunicações interurbanas normais melhoraram grandemente.

Os avanços nos cuidados médicos e sua melhor instalação também resultaram em atrasos nas mortes violentas, de modo que embora mortes violentas ainda ocorram, elas não são tão capazes de ser repentinas como elas uma vez o foram.

Estas mudanças, eu sugiro, reduzem a necessidade para uma pessoa que morre violentamente, ou que acidentalmente é ferida, a se comunicar paranormalmente com aqueles que ama.

A necessidade de se comunicar paranormalmente portanto diminuiu.
Podemos dizer que o desejo de se comunicar declinou também?

Disse acima que os percipientes e agentes em casos espontâneos quase sempre são ligados por um relacionamento amoroso.

Ninguém achou um meio de medir o amor, mas certos indicadores sociais, tais como o índice de aumento do divórcio, do crime, e talvez do abuso de crianças, sugere para mim que a nossa sociedade tornou-se, no total, mais egoísta, isso é, amando menos do que ao menos algumas sociedades de outras vezes e lugares.

Sendo assim, isto pode ser outro factor no declínio em comunicações paranormais.

Uma terceira característica normal da sociedade Ocidental que mudou notadamente durante os cem anos passados é o crescimento do materialismo filosófico.

A maioria dos cientistas, por exemplo, acreditam no materialismo tão inquestionavelmente quanto eles acreditam na astronomia de Copérnico.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 12, 2012 10:44 am

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Uma pesquisa da crença em vida depois que morte conduzida em 1981 mostrou que nos Estados Unidos 67 por cento da população geral acredita em vida após a morte, ao passo que só 32 por cento dos principais médicos e só 16 por cento dos principais cientistas (não-médicos) acreditam (Gallup, 1982).

A maioria de nós somos provavelmente familiares com o predomínio do materialismo entre cientistas.

O que não é suficientemente reconhecido é que, embora aproximadamente dois terços dos respondentes entre o público geral acredita em vida depois da morte, quase um terço não acredita.

É a essa minoria substancial que eu desejo chamar a atenção.
Eu não sou familiar com quaisquer pesquisas de crença em vida depois da morte do décimo nono século, e eu penso não há nenhuma.

No entanto, uma pergunta colocada sobre a crença em vida depois da morte teria chocado quase todos os respondentes desse tempo.

O estudo de Galton da eficácia da oração das pessoas assumiu que a maioria foi à igreja, orou quando estava na igreja, e acreditou — algumas vezes talvez só superficialmente — no poder de suas orações para conservar a vida do soberano britânico (Galton, 1883).

Penso que nós podemos supor também que todo o mundo que se empenhou em orações para o soberano acreditou que o soberano tinha uma alma que sobreviveria à morte física; e acreditavam o mesmo de si.

Algumas pessoas podem segregar crenças sobre aspectos diferentes de existências não materiais e acontecimentos.
Isto seria particularmente possível de ser verdade de pessoas que fizeram um estudo especial de fenómenos psíquicos.

Sabemos que ao menos dois (e provavelmente mais) Ex-presidentes da nossa Sociedade acreditaram em cognição paranormal mas não na sobrevivência da personalidade humana depois de morte (Dodds, 1934; Richet, 1922).

No entanto, eu penso que os membros do público geral normalmente não fazem tal distinção.
Para a maioria deles, uma crença em vida após a morte quase implica uma crença em milagres, tal como os fenómenos descritos na Bíblia, e também uma crença no que nós chamamos cognição paranormal.

Contrariamente, membros do público geral que não acreditam em vida depois da morte são prováveis também de serem céticos sobre todos os tipos de fenómenos paranormais, o reconhecimento que implicaria para eles uma alma que sobreviveria à morte corpórea.

Se estas suposições são justificadas, podemos concluir que a crença em fenómenos paranormais declinou durante o século passado.
(Compreendo que isto é contrário ao que as pesquisas que eu citei anteriormente sugerem.)

As crenças influenciam expectativas, e numerosas experiências na psicologia mostraram que expectativas influenciam percepções
(Allport e Kramer, 1946; Dixon, 1981).

Isto também deve ser verdade quanto a percepções extra-sensoriais.
Um descrente em assombrações é menos provável de ver uma do que aquele que é crente.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 12, 2012 10:44 am

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Algum descrentes podem ver assombrações apesar de seu cepticismo, mas o efeito total de um cepticismo aumentado seria reduzir o número de pessoas sensíveis a assombrações e para outras experiências paranormais também.

Além do mais, a incredulidade pode causar o abandono de uma experiência paranormal que ocorre por interpretação rápida dela como "apenas uma alucinação" ou "só uma coincidência".

Da consequente redução, tanto da percepção de experiências paranormais quanto de seu reconhecimento que são paranormais quando ocorrem, menos delas seriam informadas.

As indicações de interferência com fenómenos paranormais podem ser excedidamente difíceis de detectar.

Para ilustrar este ponto, eu mencionarei uma observação de nosso estudo das características de pessoas que reivindicaram lembrar-se de experiências quando se recuperavam de estarem próximas da morte.

Greyson e eu (1980) descobrimos que tais pessoas eram muito mais prováveis de dizer que tinham tido o que eu chamo de fenómenos avançados destas experiências, tais como encontrando pessoas mortas ou "seres de luz", quando sua crise próxima da fatalidade ocorreu em casa ou ao ar livre do que se ocorresse num hospital ou outro lugar público.

Quero realçar que eu supervisionei completamente a importância deste achado durante vários anos, até que aconteceu de eu ter a ocasião para revisar nossos dados e repentinamente compreender a possível importância desta correlação.

Por muito tempo eu pensei que as tentativas de alguns experimentadores de simular em seus laboratórios uma atmosfera de lar profundamente pondo em cadeiras estofados e algumas impressões bem conhecidas de pinturas de Picasso eram puramente ridículas.

Para alcançar esta ridícula sala de estar, os indivíduos de tais experimentadores normalmente teriam que atravessar meia milha do hospital ou outros corredores institucionais que eficientemente lhes diriam que estavam longe de casa.

Os resultados de nossa comparação entre as experiências de pessoas tendo crises próximas da fatalidade em seus lares e nos seus hospitais confirmou-me em meu preconceito contra o uso de laboratórios para estudar fenómenos paranormais, com excepção de alguns propósitos restritos.

Em seguida considerarei a possibilidade que o aumento do materialismo teve um efeito inibidor nos fenómenos paranormais por causas paranormais.

Os críticos nos dizem que as alegações deles terem um efeito adverso nos fenómenos são meras evasões da verdade dolorosa de que eles melhoraram a vigilância e apertaram os controles, de modo que os supostos fenómenos não ocorrem na presença dos controles que eles recomendam.

Isto pode ser verdadeiro em alguns exemplos, e eu nem de longe estou dizendo que nós não podemos aprender nada dos críticos.

No entanto, por nossa parte obtivemos evidência abundante do efeito das crenças dos participantes no equilíbrio delicado para ou contra efeitos paranormais em situações experimentais (White, 1976).

Uma atmosfera de crença completamente inadequada parece facilitar e de facto pode ser essencial para a ocorrência de fenómenos físicos paranormais (Batcheldor, 1966; Owen and Sparrow, 1976), e penso que isto pode ser igualmente verdade quanto a fenómenos paranormais mentais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 12, 2012 10:45 am

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Se a crença facilita-os, a incredulidade pode bloqueá-los, como os experimentos de Schmeidler (1943 A, 1943 B) mostraram há muitos anos.

Uma pessoa adversamente afectando uma experiência de percepção extra-sensorial não necessita estar fisicamente presente com o percipiente.

Schmeidler (1961a, 1961b) mostrou que as contagens de percipientes em cartões-adivinhatóreios tenderam a ser altas ou baixas de acordo com o desejo do agente do percipiente prosperar ou fracassar.

Algumas experiências mesmo sugerem que influências desfavoráveis podem não alcançar o nível de um desejo evidente que o percipiente venha a fracassar;
qualidades negativas muito mais sutis podem entrar em jogo (West and Fisk, 1953).

Várias experiências, principalmente do final do décimo nono século, demonstraram uma capacidade de certos indivíduos de serem postos para dormir por sugestão dirigida a eles de uma distância longa
(Adams, 1849-50; Janet, 1886a, 1886b; Richet, 1886; Vasiliev, 1976).

Há mesmo casos registrados cuja autenticidade que nós não temos nenhuma razão para duvidar de pessoas tendo morrido repentinamente depois que desejou-se a morte delas a uma certa distância, as vítimas estando inconscientes do desejo fatal apontado para elas
(David-Neel, 1961; Rosa, 1956).

Estas observações asseguram-nos pensar que a incredulidade pode inibir a ocorrência dos fenómenos cuja existência autêntica é negada.

Fiz um diagnóstico e, como um médico deveria, eu também indiquei o que médicos chamariam etiologia, isso é, as causas.

No entanto, eu estou lembrado agora da referência de Hilaire Belloc com desprezo para os médicos que ...responderam, enquanto pegavam seu pagamento, não há nenhuma cura para esta doença.

Portanto, devo propor algum remédio.
Nós não podemos—digo com algum pesar—retornar a todas as condições como estavam no Ocidente há um século.

No entanto, nossos estudos podem beneficiar-se de um novo ciclo de crença em fenómenos paranormais.

Talvez a onda actual de credulidade em direcção a supostos fenómenos paranormais que nós vemos entre muitos membros do público geral, e da qual a maioria de nós deplora, pode, pelos processos que eu conjecturei, mais uma vez facilitar a ocorrência dos fenômenos paranormais macros.

Deixem-me, no entanto, sugerir três outros meios de achar fenómenos paranormais macros hoje.
Primeiro, podemos ir aos países agora chamados pouco desenvolvidos.

Eu quero dizer a maioria da Ásia e África, onde as condições sociais estão em muitos aspectos semelhantes às do Ocidente no décimo nono século ou talvez no décimo oitavo século.

Nestas regiões as comunicações normais ainda dependem em grande parte da transmissão boca a boca.
Os próprios pés e talvez a carreta puxada por bois sejam os principais meios de movimento de um lugar a outro nas partes rurais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 13, 2012 11:05 am

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Os laços familiares permanecem estreitos[4], todo o mundo acredita na realidade de telepatia, e os mortos acredita-se que sobrevivem e às vezes são capazes ainda de intervir em assuntos terrestres.

As comunicações normais assim prejudicadas existem junto com um desejo ainda forte de se comunicar com outras pessoas amadas e uma crença comum nessa comunicação paranormal é possível.

Nestas regiões os fenómenos paranormais macros são ditos ainda ocorrer abundantemente.

Eu mesmo não tive nenhuma experiência pessoal com quaisquer outras formas de fenómenos paranormais na Ásia e África que as das crianças que reivindicam lembrar-se de vidas prévias, mas tenho muita experiência nestes casos.

Eu frequentemente perguntei-me por que nós encontramos tais crianças tão mais facilmente nessas partes do mundo que em outras partes.

Uma primeira resposta óbvia a esta pergunta é que as pessoas destas regiões quase todas acredita em reencarnação, e esta crença de algum modo facilita e mesmo promove as narrações das crianças sobre vidas prévias.

Isto certamente é verdadeiro, mas penso que é insuficiente como uma explicação sobre o que nós estamos tentando entender.
Devem haver outros factores contribuindo à ocorrência destes e outros casos de fenómenos paranormais aparentes na Ásia e África.

Eu sugiro que uma causa é que as pessoas destas regiões ainda acham normal o que nós no Ocidente viemos a chamar paranormal.

Se nós fóssemos aconselhar um jovem cientista entrando na pesquisa psíquica hoje, eu inverteria o conselho de Horace Greeley[5] para os jovens americanos da metade do décimo nono século e diria "Vá para o Leste, jovem[6]."

Minha segunda recomendação é uma procura cuidadosa por indivíduos especiais que tem capacidades paranormais raras e estão também dispostos a cooperar em investigações científicas.

Nas últimas décadas várias pessoas com supostos ou auto-proclamados dons apareceram em nossa arena.

Infelizmente, quase todas elas tenderam a tornarem-se figuras no mundo do entretenimento e da mídia ou receber e atrair um círculo (ou uma multidão) de fãs e seguidores pouco críticos.

O primeiro resultado ocorre a maioria frequentemente no Ocidente, o último a maioria frequentemente na Ásia.

Com ambas estas condições a pesquisa científica tranquila fica arruinada [With both of them conditions for quiet scientific inquiry become ruined].
Mas nós não devemos nos desesperar.

Nossos predecessores tiveram a boa fortuna de trabalhar com Eileen Garrett, Olga Kahl, Gladys Osborne Leonard, Stefan Ossowiecki, Eusapia Palladino, Leonora Piper, e alguns outros de sua qualidade.

Eles vão seguramente serem vistos outra vez;
algum deles mesmo pode estar entre nós agora, se os somente formos procurá-los.

Não haverá resultados rápidos neste esforço.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 13, 2012 11:05 am

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Pode tomar anos de peneiração antes de um investigador acha um indivíduo destacado e talvez alguns mais anos antes que as investigações com o indivíduo possam garantir uma publicação.

Ainda assim, as recompensas deste esforço em termos de poder de conhecimento são imensas.

Minha última sugestão pode parecer parece como uma repreensão para apresentar aos membros da Sociedade, mas eu certamente não entendo-a como tal.

Eu não posso, no entanto, deixar de dizer a vocês que em alguns aspectos o domínio da Sociedade para Pesquisa Psíquica diferiu em modos do[has broken up rather in the manner of the] Império Austro-Húngaro após a 1ª Guerra Mundial.

Se fossemos perseguir esta analogia nós poderíamos dizer que as regiões anteriormente seguradas sob uma soberania afirmaram sua independência e caminharam por suas próprias pernas.

A saída do hipnotismo depois que recebeu ao menos um pouquinho de reconhecimento oficial da medicina não foi lamentado na Sociedade;
alguns membros mesmo receberam ele como um sinal de progresso, porque os estudos de alguns de nossos membros anteriores, tais como Gurney, tinham significativamente contribuído para a legitimização da hipnose.

Até então tudo bem.

Considerem, no entanto, as seguintes categorias:
curas raras, sonhos lúcidos, múltipla personalidade, experiências místicas ou religiosas, e experiências durante feridas quase-fatais e doenças.

Cada um destes temas tiveram a atenção de nossos pioneiros, e relatórios deles aparecem nos primeiros volumes de a nossa Sociedade ou em publicações relacionadas por membros anteriores da Sociedade.

E ainda hoje cada uma destas cinco categorias de pesquisa tem uma sociedade separada dedicada ao estudo especial de um tipo de experiência particular. [7]

Eu não posso explicar por que isto ocorreu, mas eu lamento isto.

Eu não penso que a separação, como eu vejo, destes territórios que nós primeiramente colonizamos seja benéfica tanto com relação a qualquer um dos pequenos estados recentemente criados ou à pátria mãe.

Alguns daqueles que fundaram estas sociedades menores a mim parecem desencaminhados, e eles se podem achar mais isolados de outros cientistas do que nós.

No entanto, a nossa Sociedade pode ter sido tanto culpada quanto esses que não conseguiram achar um fórum apropriado para seus interesses.

A Sociedade para Pesquisa Psíquica pode ter insidiosamente chegado a identificar o campo de seus esforços como mais estreito que ele uma vez foi ou agora outra vez deva tornar-se.

Alguém mesmo pode dizer que a Sociedade começou a assemelhar-se a um capítulo particular dos Alcoólatras Anónimos nos Estados Unidos, que gradualmente tornou-se tão exclusivo que eventualmente negou sociedade a certos candidatos na base de que eles eram bébados.

Alguns dos grupos formados recentemente com interesses mais especializados que o nosso pode ter levado com eles, por assim dizer, alguns dos fenómenos macros dos quais eu lamento o declínio em nossos relatórios.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 13, 2012 11:05 am

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Devemos perguntar a nós mesmos o que deve ser a tarefa da Sociedade na década restante deste século e em todas as décadas do próximo.
Certamente continuando a agir como uma terceira força entre pessoas que são demais crédulas e as que são demais cépticas.

Se mantivermos os altos padrões pelos quais nós ficamos conhecidos e respeitados, nós mais uma vez podemos atrair cientistas da primeira categoria e académicos.

Contanto que a nossa Sociedade exista, cépticos fanáticos não podem dizer não há fenómenos paranormais para estudar.

Também, contanto que exista, pessoas inteligentes terão alguns recursos contra as reivindicações de auto-ilusão e os enganadores que abundam ao redor das margens da pesquisa psíquica.

Nossa sobrevivência não pode, no entanto, residir numa posição suposta de autoridade magistral.

Nós podemos não ser os melhores juizes — nós quase certamente não somos — do lugar em que os próximos avanços em nosso campo virão.

Portanto, ao manter nossos padrões nós devemos evitar quaisquer dogmas endurecidos que permitem somente ideias familiares encontrarem expressão.

Uma mente aberta não é necessariamente uma vazia.
Deixem-nos tentar procurar outra vez os fenômenos paranormais macros — onde quer que eles possam estar.

Investigações cuidadosas destes fenómenos trouxeram a esta Sociedade sua fama inicial;
e tais investigações podem trazer a ela uma nova fama também.

Division of Personality Studies
Department of Behavioral Medicine and Psychiatry
Box 152, Health Sciences Center
University of Virginia Charlottesville,
Virginia 22908, USA

Referências

Adams, N. Remarkable Mesmeric Phenomena. The Zoist 1849-50, 7,79-80.
Allport, G. W. and Kramer, B. M. Some Roots of Prejudice. Journal of Psychology 1946, 22,9-39.
Barrett, W. F., Gurney, E. and Myers, F. W. H. First Report on Thought-Reading. ProcSPR 1882, 1,13-34.

Batcheldor, K. J. Report on a Case of Table Levitation and Associated Phenomena. JSPR 1966, 43,339-356.
Berger, H. Psyche. Jena: Verlag von Gustav Fischer 1940.
David-Neel, A. Immortaliti et Reincarnation. Paris: Librairie Plon 1961.

Dixon, N. F. Preconscious Processing. New York: John Wiley and Sons 1981.
Dodds, E. R. Why I Do Not Believe in Survival. ProcSPR 1934, 42,147-172.
Eisenbud, J. Parapsychology and the Unconscious. Berkeley, California: North Atlantic Books 1983.

Flammarion, C. Presidential Address. ProcSPR 1923-24, 34,1-27.
Fox, B. Electronic Smog Fouls the Ether. New Scientist 1988, 118, 34-38.
Gallup, G., Jr. (with W. Proctor) Adventures in Immortality. New York: McGraw-Hill Company 1982.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 14, 2012 10:47 am

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Gal ton, F. Inquiries into Human Faculty and its Development. London: Macmillan and Company 1883.
Greyson, B. and Stevenson, I. The Phenomenology of Near-Death Experiences. Am. J. Psychiatry 1980, 137,1193-1196.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 14, 2012 10:47 am

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White, R. A. The Influence of Persons Other than the Experimenter on the Subject's Scores in Psi Experiments. JASPR 1976,70,133-166.

White, R. A. The Spontaneous, the Imaginal, and Psi: Foundations for a Depth Psychology. Research in Parapsychology 1984.
R. A. White and J. Solfvin, Eds. Metuchen, N.J.: The Scarecrow Press, Inc. 1985, 166-190.

[1] Discurso Presidencial, abril de 1989.
Eu agradeço a N. E. Greville, Emily Williams Cook e a Rhea White pelos comentários úteis a um esboço anterior deste discurso.


[2] Esta lista pode não ser exaustiva de todo esses que confiantemente alegaram a prova, ou quase-prova, de percepção extra-sensorial.
Eu não li todos os Discursos Presidenciais.


[3] O círculo de pessoas interessadas em pesquisa psíquica e elogiando o trabalho da Sociedade (mesmo que não estando activas nela) pode ter sido maior entre 1880 e 1920 do que esta frase encerra.

Penso que a boa vontade de tantos homens eminentes ao ficar brilhando na publicidade
[to stand in the glaring publicity] da Presidência reflecte uma aceitação mais ampla do trabalho da Sociedade por líderes intelectuais do que podemos achar entre seus sucessores hoje.

[4] Isto não são somente mais alguns dados para dissertações por estudantes graduados em antropologia.

Há base para acreditar que a recuperação mais duradoura e mais rápida de doenças mentais severas em países pouco desenvolvidos (comparado com países Ocidentais) pode ser devido aos laços familiares mais fortes que existe nestes países
(Waxier, 1974).

[5] Esta famosa frase é atribuída correctamente a John B. L. Soule.
Horace Greeley pediu-a e usou-a, mas com o reconhecimento devido a Soule.


[6] Durante um ensaio deste discurso meus colegas rapidamente contaram-me que a direcção para o Leste era demais estreita.

Lembraram-me que a área do noroeste da América do Norte não é Leste, enquanto África e a América do Sul são do sul.

Todo estas são regiões onde nós ainda podemos achar fenómenos paranormais macros.


[7] Talvez eu deva adiccionar a esta lista de secessões os cépticos, que agora formaram um grupo próprio.

A Sociedade para Pesquisa Psíquica sempre teve — desde Frank Podmore — um ou mais membros que podiam ser descritos como "cépticos em residência".

No entanto, até agora como sei, estes membros, embora eles frequentemente tenham duvidado de exemplos individuais, nunca adoptaram a posição que fenómenos paranormais não podem ser possível;
e nenhum jamais advogou parar a procura para mais e melhores evidência dos fenómenos.


§.§.§- O-canto-da-ave
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Casos de Mediunidade - Página 4 Empty A PSICOGRAFIA À LUZ DA GRAFOSCOPIA

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 14, 2012 10:48 am

A PSICOGRAFIA À LUZ DA GRAFOSCOPIA
CARLOS AUGUSTO PERANDRÉA[1]

RESUMO

No presente trabalho estudam-se, através da Grafoscopia, as características gráficas das escritas constantes em mensagens psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier.

A primeira parte do trabalho apresenta alguns aspectos fundamentais da Grafoscopia, e a segunda conceitua a Psicografia e os tipos de médiuns escreventes, segundo a Doutrina Espírita.

Apresenta, na terceira parte, exames grafotécnicos de Autoria Gráfica, efectuados em mensagens psicográfica.

PALAVRAS-CHAVE: Psicografia; Grafoscopia; Exame Grafotécnico.

INTRODUÇÃO

Este trabalho teve início, devido a um questionamento sobre exames grafotécnicos de autoria gráfica, aplicados em mensagens psicografadas, surgidos durante um curso de Grafoscopia para Coordenadores do Banco do Brasil, realizado em Brasília (DF), em julho de 1977.

Iniciadas as pesquisas, verificou-se tratar-se de trabalho inédito, com ausência de bibliografia e publicações de trabalhos de autoria gráfica nessa área.

O primeiro material colectado e examinado foi uma mensagem psicografada aos 15.05.76 pelo médium Francisco Cândido Xavier, constituída de 54 folhas de papel tipo ofício, sem pautas, atribuídas ao Espirito de FAUSTO BAILÃO LUIZ PEREIRA, falecido com 15 anos de idade, aos 08.02.76, em decorrência de acidente automobilístico, ocorrido aos 06.02.76, em Anicuns (GO), em que foi tambémm vítima fatal seu irmão ACYLINO LUIZ PEREIRA NETO.

Consoante se verá no desenvolver deste trabalho, não poucas foram as dificuldades que se apresentaram nos exames iniciais, pois se tratava de grafismos, que em sua maior parte combinavam com a génese gráfica do médium escrevente e em algumas passagens apresentavam modificações radicais, sendo algumas mais voltadas para as características gráficas da pessoa quando em vida.

Esses resultados iniciais pareciam não fazer sentido dentro dos princípios básicos da Grafoscopia.
Procurou-se saber as causas.

Não obstante as dificuldades, ficava caracterizada a necessidade de melhor se compreenderem alguns pontos fundamentais da própria PSICOGRAFIA. e, para tanto, buscaram-se nas obras de ALLAN KARDEC as respostas para o entendimento e desenvolvimento desse novel trabalho.

Em decorrência desse novo estudo, constatou-se a ineficácia da aplicabilidade do método convencional de exames para a determinação da autoria gráfica.

Sabe-se que nos exames de escritas cursivas normais, dentro de uma técnica largamente aconselhada, o examinador inicialmente levanta os dados da Cultura Gráfica e do Grau de firmeza, ao tempo em que a Dinâmica e a própria Génese Gráfica vão como que emergindo aos olhos experimentados do especialista.

Comprovou-se que a técnica de conferência mais adequada é a aplicada para os exames das escritas em alfabetos ideográficos e em escritas numéricas, ou seja, partindo-se dos exames da Génese Gráfica sendo reforçada pelos demais exames.

Confirmou-se a necessidade de uma maior valorização de alguns pontos de grafoscopia, tais como Cultura Gráfica, Causas Modificadoras do Grafismo, Mão Amparada, Mão Guiada e principalmente o Pivó da Escrita, todos analisados a partir da Génese Gráfica.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 15, 2012 10:17 am

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Em 1979, outras mensagens psicográficas foram pesquisadas, e aos poucos foram sendo colectados os dados e materiais-padrões, dando condições para os levantamentos das frequências e das intensidades das resultantes nos estudos desenvolvidos.

Em 1984, novas pesquisas foram desenvolvidas, com a colaboração da Sra. Clarice Pereira de Freitas, fornecendo diversas mensagens psicografadas, atribuídas ao Espirito de seu Filho OSMAR DE FREITAS FILHO, falecido aos 22 anos, aos 19.07.75, em acidente automobilístico ocorrido na região denominada Serra do Cadeado, na rodovia que liga Londrina a Curitiba.

Em 1989 dezenas de novos casos de mensagens psicografadas foram colectadas, favorecendo e dando novas condições e meios que enriqueceram as pesquisas com resultantes cada vez maiss positivas e esclarecedoras.

Dentre os novos casos, destacam-se quatro mensagens no idioma italiano, psicografadas por Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, atribuídas ao Espírito de ILDA MASCARO SAULLO, falecida em Roma, aos 20.12.1977, após enfermidade de longos anos.

Nas pesquisas iniciais, observou-se uma predo­minância das características gráficas da escrita do médium no corpo das mensagens, ao tempo em que nas assinaturas se destacavam elementos gráficos voltados para a escrita-padrão da pessoa quando em vida.

Já no último caso citado, a abundância de características gráficas voltavam-se para a escrita-padrão da pessoa quando em vida, tudo indicando para uma PSICOGRAFIA MECÂNICA, ou SEMIMECÂNICA, com elementos gráficos suficientes para uma conclusão pericial técnica positiva, conforme ilustrações apresentadas em EXAMES GRAFOTÉCNICOS, na parte final.

E para a complementação da parte de Exames Grafotécnicos, necessário, ainda que numa abordagem parcial, o desenvolvimento de alguns pontos básicos da GRAFOSCOPIA e da PSICOGRAFIA.

Com esse propósito, subdivide-se este trabalho em três partes:
I - GRAFOSCOPIA; II - PSICOGRAFIA; III - EXAMES GRAFOTÉCNICOS.

I - GRAFOSCOPIA

Pode ser definida como um conjunto de conhecimentos norteadores dos exames gráficos, que verifica as causas geradoras e modificadoras da escrita, através de uma metodologia apropriada, para a determinação da Autenticidade Gráfica e da Autoria Gráfica.

Dois, são portanto, os objectivos da Grafoscopia:
- Exames para a verificação da AUTENTICIDADE, que podem resultar em Falsidade Gráfica ou Autenticidade Gráfica.

- Exames para a verificação da AUTORIA:
aplicáveis para a determinação da autoria de GRAFISMOS NATURAIS, GRAFISMOS DISFARÇADOS e GRAFISMOS IMITADOS.

I.1 - FASES DA PRODUÇÃO DO GRAFISMO E CULTURA GRÁFICA

Em Grafoscopia, costuma-se dizer que uma sim­ples palavra grafada apresenta um verdadeiro universo de detalhes informativos.

Para isso consideram-se as três fases da produção do grafismo:

a) EVOCAÇÃO - que representa o chamammento da simbologia;

b) IDEAÇÃO - que representa a criatividade, a personalização e a individualização da escrita (GÉNESE);

c) EXECUÇÃO DA ESCRITA - acto de grafar.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 15, 2012 10:17 am

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Exemplificando, a escrita de uma criança em fase escolar é facilmente diferenciada da escrita de um adulto de alta cultura gráfica, justamente pelas diferenças nas fases de ideação e execução.

Na fase da evocação, ambos evocam os mesmos simbolos, ao grafar uma mesma palavra, no entanto, na fase da ideação, enquanto a criança ainda se encontra subordinada aos padrões caligráficos escolares, o adulto ornamenta e desenvolve os símbolos de acordo com o seu senso estético, de um modo todo individual.

As diferenças na qualidade da execução são devidas ao menor ou maior grau de habilidade de cada escritor.

Cumpre observar que a EXECUÇÃO (sinergia) estará sempre na dependência directa das fases anteriores.
EVOCAÇÃO (morfologia) e IDEAÇÃO DO ESCRITO (génese gráfica).

Por sua vez, as Fases da Produção do Grafismo estão directamente ligadas à CULTURA GRÁFICA de cada escritor.

O escritor de ALTA CULTURA GRÁFICA mentaliza a forma com facilidade, idealiza com criatividade e executa com desenvoltura e segurança.

Na MÉDIA CULTURA GRÁFICA, observa-se, comparando com a Alta Cultura, que a maior diferença se apresenta na fase da IDEAÇÃO[i], onde o escritor se subordina, ainda, a grafismos oriundos da fase de aprendizagem da escrita.

O escritor de [i]BAIXA CULTURA GRÁFICA
apresenta dificuldades nas três fases da produção do grafismo.

Com pouca habilidade se prende aos padrões alfabéticos, concentra-se demasiadamente no ato de escrever, ocasionando a vagarosidade acompanhada de indecisões e claudicações.

Por outro lado, vale lembrar que a escrita não é imutável:
ela se desenvolve, estabiliza-se e declina.

Essas fases não são rígidas, e nem tem durações determinadas.
Variam de pessoa para pessoa e resultam das circunstâncias da formação, da profissão, da idade e do estado psicossomático do escritor.

Ao declinarem, as escritas classificadas em qualquer dos estágios da CULTURA GRÁFICA passam a fazer parte da chamada CULTURA DECADENTE, sendo denominadas ESCRITAS SENIS, que se caracterizam por traçados indecisos, claudicantes e trémulos.

Fora das escritas normais encontra-se a ESCRITA PATOLÓGICA, temporária ou permanente, que apresenta os mais variados tipos de trémulos gráficos, causados por moléstias e perturbações orgânicas, que são estudadas na GRAFOPATOLOGIA.

Nas escritas normais, as causas deformadoras constituem um importante capítulo da Grafoscopia, pois muitas são as causas que poddem alterar o grafismo natural, sendo a sua compreensão de capital importân­cia, principalmente nas questões judiciais.

I.2 - CAUSAS DEFORMADORAS DOS GRAFISMOS

Felix Del Vai Latierro, em sua obra "Grafocrítica" (Editorial Tecnos S.A., Madrid, 1963, p. 65), diz:

"El acto de escribir es un acto extraordinaria­mente complejo.".
"... Alma, cuerpo y materia escriptoria son los três elementos principales que intervienen en el acto de escribir."
"... el hombre no es igual a sf mismo en ningúm momento."
"... la escritura tampoco es igual a sf misma en cada momento."


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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 15, 2012 10:17 am

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Vale lembrar que alguns escritores, com maior regularidade dos gestos gráficos, conseguem executar duas ou mais palavras, ou assinaturas, que, examinadas por transparência, quase se superpõem, mas não ocorre igualdade absoluta em todos os seus pormenores, do ataque inicial ao remate final.

No caso de assinaturas, costuma-se dizer que se duas assinaturas forem perfeitamente iguais, em suas extensões e em todos os detalhes, uma das duas será falsa, ou ambas, provenientes de uma terceira, a matriz.

As causas que provocam modificações nos grafismos, de maior ou menor intensidade, transitórias ou permanentes, podem ser classificadas em CAUSAS INTERNAS e CAUSAS EXTERNAS.

CAUSAS INTERNAS:
aquelas que actuam sobre o organismo produzindo perturbações, tais como o álcool, a droga, o cansaço, a emoção exaltativa ou depressiva, moléstias em geral, enfim todos os tipos de patologias temporárias ou permanentes.

CAUSAS EXTERNAS:
são causas transitórias ocasionadas pelo ambiente, tais como iluminação insuficiente, frio ou calor intenso;
inadequabilidade do instrumento escritor ou do tipo do papel ou do suporte;
e ainda, principalmente, a ocasionada pela mudança do pivô gráfico ou ponto de apoio da escrita, em decorrência do mau posicionamento do próprio escritor.

Maiores deformações gráficas ocorrem com as junções de CAUSAS INTERNAS e EXTERNAS, quando, por exemplo, o escritor, fora de seu posicionamento normal, escreve em suporte inadequadamente assentado, sob tensão nervosa, ou debilitado, ou ainda sob a forma de produção gráfica por MÃO GUIADA, MÃO FORÇADA ou MÃO AUXILIADA.

Essas formas de produção gráfica há muito vêm sendo objecto de pesquisas dentro das causas modificadoras do gesto gráfico.

Torna-se oportuna a transcrição da matéria tratada por Carlos de Arroxellas Galvão, no livro "Grafoscopia Judiciária"
(Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1936, p. 117):

"Dentre as influências que caracterizam e deformam o grafismo, está em primeiro lugar a escrita da mão guiada.
Essa produção gráfica tem sido estudada por diversos autores, notadamente Solange Pellat, nas perícias dos testamentos, e Edmond Locard, em seu aspecto criminal.
Distinguem-se três formas diferentes:
a mão guiada propriamente dita, a mão forçada e a mão auxiliada.

A mão guiada é a inerte, do paralítico ou do agónico, nem sempre representando uma falsificação.

Essa escrita resulta do preconceito de pessoas menos versadas em questões jurídicas, de que a escrita só é válida, em sua autenticidade, quando o pseudo-escritor intervém, mesmo que seja com a sua mão desprovida da acção motora.

O resultado é uma deformação de letras muito espaçadas com frequência de interrupções, irregularidades de ligações, ausência de traços essenciais, etc.

A mão forçada só pode produzir uma escrita sob acção violenta, quando a vítima tem a mão segura por um agressor mais forte, que luta para obrigá-la a traçar um texto (Locard).
Verificam-se então essas reacções da vontade, que provocam traços desordenados e quase ilegíveis.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 16, 2012 10:13 am

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A mão auxiliada é a que, para escrever, se socorre de outrem, para reforçar a sua impotência funcional mais ou menos acentuada:
é o caso da escrita senil, das lesões ou feridas no braço, ou doenças nervosas, etc."

"Nas escritas de moribundo, estudadas por Solange Pellat, o traço é ténue, filigranado, de orientação indecisa em consequência do estado de extrema fraqueza do escritor, sendo ainda deformado por influências externas em conseqüência da posição desfavorável e imprópria em que se encontra o escritor."

"Na análise grafoscópica, o perito deve ter presentes todos esses fenómenos de deformações internas e externas do grafismo, tendo em vista que eles explicam as diferenças das deformações voluntárias e conduzem a um juízo seguro sobre a identidade das escritas.

Observada, seleccionada e estudada cada uma dessas características, é preciso, ainda, considerá-las em relação à frequência e intensiidade de sua manifestação.

Orientada sob este critério, a grafoscopia é um método científico de individualização que presta os maiores serviços ao grande problema médico-legal da identidade."

— As experiências de Solange Pellat foram relatadas em 1924 e as de Edmond Locard em 1935.
Como se observa, o interesse nessa área remonta há mais de meio século.

Por nossa vez, bem antes de tomarmos conhecimento dos estudos relatados, realizamos diversas experiências no campo dos processos da MÃO GUIADA, DA MÃO FORÇADA e da MÃO AUXILIADA, ao darmos início, em 1977, às pesquisas voltadas para a área das pslcografias, as quais, em síntese, passamos a relatar:

MÃO GUIADA:

Experiências realizadas:
Escritores (Guia e Guiado) de igual Cultura Gráfica e condições físicas normais.
Guiado é orientado no sentido de manter a mão inerte, não interferindo no acto de escrever.

três situações:

a) guiado desconhece o teor do texto, e não se atém ao acto de escrever,
b) guiado desconhece o teor do teto, mas fica atento ao acto de escrever;
c) guiado conhece o teor do texto.

RESULTANTES EM CADA SITUAÇÃO

a) a escrita apresenta características gráficas genéticas do punho do GUIA, com relativas alterações da forma, em virtude da situação normal;

b) as características da génese gráfica ainda é do GUIA, e as alterações formais se acentuam em alguns momentos em que o guiado, conscientizando-se do andamento da mensagem, dificulta os movimentos, inconscientemente;

c) características genéticas também do GUIA, com frequência maior de distorções formais ocasiona­ das pelo GUIADO, em decorrência do conhecimento prévio da mensagem a ser grafada.

O GUIADO, mesmo orientado para não intervir, interfere, quase num impulso natural, como que desejando participar, sem no entanto fazê-lo, mas ocasionando, com isso, uma interferência que fica registada graficamente, com aumento das distorções formais, ocasionadas pela resistência momentânea.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 16, 2012 10:14 am

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MÃO FORÇADA:

Ocorre quando há a oposição do GUIADO.
Predominam as características gráficas do GUIA.
Ocorrem anormalidades das mais variadas, bem como traços ilegíveis e desordenados.

As modificações ficam na dependência das mais diversas circunstâncias.

MÃO AUXILIADA:

Experiências realizadas:

Escritores (Auxiliar e Auxiliado) de igual cultura gráfica em condições físicas normais, mas com simulação por parte do Auxiliado, como se necessitasse de ajuda, tendo o braço amparado.

três situações:

d) o Auxiliar desconhece o teor do texto e não se concentra no desenvolver da mensagem ao ser grafada;
e) o Auxiliar desconhece o teor do texto, mas acompanha o desenvolvimento da mensagem ao ser
grafada;
f) o Auxiliar conhece o teor do texto e acompanha o desenrolar da mensagem ao ser grafada.

RESULTANTES EM CADA SITUAÇÃO

d) a escrita apresenta características gráficas do AUXILIADO, com deformações, inclusive com simplificações dos gestos gráficos, ocasionadas pela situação anormal.

e) as resultantes são as mesmas anteriores, com aumento das deformações, nos instantes em que o AUXILIAR, conscientizando-se do conteúdo da mensagem, freava, em alguns instantes, os movimentos.

f) as mesmas resultantes da letra (E), mas com aumento significativo das deformações, em decorrência dos impulsos do AUXILIAR.

Em nova experiência, na mesma situação, o AUXILIADO foi orientado para tentar acompanhar o ritmo rápido do ditado, e resultou um hibridismo em alguns trechos, com características gráficas de ambos os escritores, principalmente quando foram ditadas, em trechos diferentes, as palavras "VOLKSWAGEN" e "BECKENBAUER".

De caso prático, temos conhecimento de apenas um registo forense envolvendo HIBRIDISMO GRÁFICO, assim mesmo ocorrido em assinatura, em que o signatário, enfermo, debilitado e no leito, conseguiu grafar somente o primeiro vocábulo, sendo o segundo produzido por terceiro, conforme ficou provado pela perícia realizada para o Poder Judiciário da Capital Paulista, em 1942, e citado pelo professor JOSÉ DEL PICCHIA FILHO, como caso de Mão Guiada conjugada com imitação gráfica, em sua obra [bi]"A Perícia de Documentos"[/b], Edição Elo, S. Paulo, 1942, p. 119.

Comprovou-se, em todas as situações, que a maior dificuldade para o acto de escrever do AUXILIADO tinha como CAUSA GERADORA a imposs­bilidade da acomodação natural do PIVÔ GRÁFICO.

PIVÔ GRÁFICO

Pivô gráfico é o chamado ponto de apoio do escritor no acto de escrever.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 16, 2012 10:14 am

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Destacam-se quatro tipos de apoio:

a) apoio no dedo mínimo;
b) apoio no pulso;
c) apoio no antebraço;
d) apoio no ombro.

Quanto mais próximo estiver o Pivô Gráfico do instrumento escritor, maior será a restrição de movimentação;
quanto mais distante, menor a restrição de deslocamentos, com maior liberdade de ação no ato de escrever.

O ponto de apoio da escrita normalmente se transforma em hábito do escritor, e a variação ou a impossibilidade dessa acomodação inevitavelmente acarretará variações e deformações na escrita natural.

EXAMES DE GRAFISMOS

Observa-se que várias poderão ser as CAUSAS DEFORMADORAS DOS GRAFISMOS e, por conse­guinte, nos exames gráficos insuficiente seria a simples conferência formal (MORFOLÓGICA), aliás, a grande responsável por inúmeros erros judiciários.

É necessário que os exames da GÊNESE GRÁFICA se­jam profundamente aplicados, tanto nos casos mais simples como nos mais complexos, pesquisando-se, se for o caso, as causas deformadoras dos grafismos.

EXAMES DE AUTENTICIDADE GRÁFICA E DE AUTORIA GRÁFICA

Em ambos os tipos de exames, os levantamentos de dados são efectuados a partir do Aspecto Geral da Escrita (Cultura Gráfica e Espontaneidade), Dinâmica (claros-escuros) e Génese Gráfica (Planeamento, Sentido, Tendência e Concepção).

O exame de AUTENTICIDADE GRÁFICA geralmente não apresenta dificuldades para uma conclusão segura, a não ser no caso de insuficiência de padrões para o levantamento das constantes e variáveis gráficas, ou ainda no caso de insuficiência de substância gráfica (assinaturas diminutas).

O exame de AUTORIA GRÁFICA poderá apresentar maior dificuldade, pois deverá contar sempre com uma quantidade maior de substâncias gráficas a serem trabalhadas.

Para a conclusão de autoria gráfica é necessário contar com quantidade e qualidade de características genéticas individualizadoras do grafismo.

Sobre esses tipos de exames, diz JOSÉ DEL PICCHIA FILHO, o renomado e saudosso Mestre da Documentoscopia ("GRAFOSCOPIA", Ed. Arquivos Polícia Civil, S. Paulo, 1953, p. 285):

"Apenas quando padrões insuficientes são apre­sentados, ou em casos excepcionalíssimos (como em certas questões de marcas individuais ou rubricas), o perito competente pode não chegar a uma conclusão categórica e segura.

"Ora, nos casos de autoria não se observam análogas condições.
No trabalho gráfico realizado, quer pelo falsário, quer pelo apóócrifo, o perito terá que encontrar número suficiente de característicos reveladores da identidade.

Não bastarão apenas algumas concordâncias.
Elas precisam ser em "número" e "qualidade" suficientes para excluir qualquer possibilidade de erro."

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 17, 2012 10:24 am

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GÉNESE GRÁFICA:
praticamente indefinível, eminentemente abstracta e subjectiva, reflecte a criatividade que individualiza o grafismoo, pela originalidade e peculiaridade do escritor.

SENTIDO GENÉTICO:
é a orientação dada pelo escritor na manifestação do gesto gráfico.

A verificação pode ser resumida na observação de onde se origina o movimento e para onde ele se destina.
A própria inclinação da escrita (inclinação axial) está em função do Sentido Genético.


TENDÊNCIA GENÉTICA:
característica gráfica de grande valor no exame genético é a observação das tendências apresentadas pelo grama (unidade gráfica sem mudança brusca de sentido).

Podem ser rectilíneos, curvilíneos e mistos.
Facilmente observáveis nos lançamentos de maior amplitude, mas de maior valor nos pequenos gramas.


CONCEPÇÃO GENÉTICA:
tem como elementos intrínsecos o Planeamento, o Sentido e a Tendência, que em conjunto resultam na manifestação gráfica que individualiza o grafismo. Trata-se da própria Génese.

O exame do grafismo consiste, essencialmente, em observar com maior profundidade e a constituição e o desenvolvimento do escrito.
Este exame estuda e analisa a manifestação gráfica a partir de suas causas geradoras.
Toda e qualquer manifestação gráfica tem por causa primeira a Génese Gráfica.


Em todos os casos, a GRAFOSCOPIA determina as normas, os princípios técnicos e os procedimentos a serem aplicados nos exames gerais do grafismo e permite a análise dos resultados e conclusões obtidas.

II - PSICOGRAFIA

A Psicografia, de acordo com o dicionário AURÉLIO, é a escrita dos espíritos pela mão do médium.


Das obras de ALLAN KARDEC, sobre PSICOGRAFIA, destacamos as seguintes observações:

"Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita", S. Paulo, Ed. Lumen, 1966, p. 36:

"Psicografia (do gr. psuké, borboleta, alma e graphô, escrevo):
transmissão do pensamento dos Espíritos por meio da escrita pela mão de um médium.

No médium escrevente a mão é o instrumento, porém a sua alma ou Espírito nele encarnado é o intermediário ou Intérprete do Espírito estranho que se comunica;"

— "Psicografia imediata ou directa é quando o próprio médium toma do lápis e escreve como se o fizesse normalmente."

— "Psicografia mediata ou indirecta é quando o lápis é adaptado a um objecto qualquer, que serve, de algum modo, como apêndice da mão, assim cornou ma cesta, uma prancheta, etc."


"Livro dos Médiuns", Editora FEB, Rio, 1977 (original francês: "Le Livre des Mediums", Paris, 1861).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 17, 2012 10:26 am

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Da Psicografia

"152. A ciência espírita há progredido como todas as outras e mais rapidamente do que estas.

Alguns anos apenas nos separam da época em que se empregavam esses meios primitivos e inccompletos, a que trivialmente se dava o nome de "mesas falantes", e já nos achamos em condições de comunicar com os Espíritos tão fácil e rapidamente, como o fazem os homens entre si e pelos mesmos meios:
a escrita e a palavra.

A escrita, sobretudo, tem a vantagem de assinalar, de modo mais material, a intervenção de uma força oculta e o de deixar traços que se podem conservar, como fazemos com nossa correspondência."

Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrrafos

"178. De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cómodo e, sobretudo, mais completo.
Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós."

Médiuns Mecânicos

"179. Quando actua directamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último.
Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e pára, asssim ele acaba.

Nesta circunstância, o que caracteriza o fenómeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve.
Quando se dá, no caso, a inconsciencia absoluta, têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos."

Médiuns Intuitivos

"180. A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado.

O Espírito livre, neste caso, não actua sobre a mão, para fazê-la escrever;
não a toma, não a guia.

Actua sobre a alma, com a qual se identifica.
A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis."

"O papel do médium mecânico é o de uma máquina;
o médium intuitivo age como o faria um intérprete.

Este, de facto, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas atravessa o cérebro.
Tal precisamente o papel do médium intuitivo."

Médiuns semimecânicos

"181. No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo.
O médium semimecânico participa de ambos esses géneros.

Sente que à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam.

No primeiro, o pensamento vem depois do acto da escrita;
no segundo, precede-o;
no terceiro, acompanha-o.

Estes últimos médiuns são os mais numerosos."

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 17, 2012 10:27 am

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Mudanças de caligrafia

"219. Um fenómeno muito comum nos médius escreventes é a mudança de caligrafia, conforme os espíritos que se comunicam.

E o que há de mais notável é que uma certa calegrafia se reproduz constantemente com determinado Espirito, sendo às vezes idêntica à que este tinha em vida.
Veremos mais tarde as consequências que daí se podem tirar, com relação à identidade dos espíritos.

A mudança da caligrafia só se dá com os médiuns mecânicos ou semimecânicos, porque neles é involuntário o movimento da mão e dirigido unicamente pelo Espírito.

O mesmo já não sucede com os médiuns puramente intuitivos, visto que neste caso, o Espírito apenas actua sobre o pensamento, sendo a mão dirigida, como nas circunstâncias ordinárias, pela vontade do médium.

Mas a uniformidade da caligrafia, mesmo em se tratando de um médium mecânico, nada absolutamente prova contra a sua faculdade, porquanto a variação da forma da escrita não é condição absoluta, na manifestação dos Espíritos:
deriva de uma aptidão especial, de que nem sempre são dotados os médiuns, ainda os mais mecânicos.

Aos que a possuem, damos a denominação de Médiuns polígrafos."

Da "Revista Folha Espírita", Edição Comemorativa dos 50 anos de mediunidade de Chico Xavier, 1977: Por Maria Julia de M.P. Peres:

— Análise científica das faculdades de Francisco Cândido Xavier.

Consta na pesquisa às págs. 81: Estudo dos diversos tipos de mediunidade:
Psicografia:
Mecânica ambidestra simultânea;
Mecânica ambidestra simultânea bilingue;
Mecânica especular;
Semimecânica;
Intuitiva.


III - EXAMES GRAFOTÉCNICOS

(Com a participação especial do perito judiciário Carlos Augusto Perandréa Júnior)

1. Descrição das peças de exames QUESTIONADA e PADRÃO

Conforme mencionado na parte de INTRODUÇÃO, deste trabalho, dentre os casos examinados, um dos que despertaram maior interesse, para exames, foi o da mensagem psicografada aos 22.07.78, pelo médium Francisco Cândido Xavier, atribuída a ILDA MASCARO SAULLO, falecida em Roma, na Itália, aos 20.12.77.

Trata-se de uma mensagem grafada em três folhas de papel, tipo ofício, sem pautas, contendo dize­res manuscritos a lápis, com elevado aumento no calibre das letras, contendo como assinatura o nome ILDA, conforme reproduções em dimennsão natural, demonstradas pelas figuras de números 1, 2 e 3, e que aqui passam a denominar-se PEÇA QUESTIONADA, de acordo com as normas técnicas usuais.

Como peça de confronto, tecnicamente denominada de peça-padrão, foi utilizado um cartão de correspondência de "Buona Pasqua" (tipo cartão de Natal), contendo dizeres manuscritos em calibre médio de letras, sem data, constando em seu final, como assinatura, o nome ILDA e que se encontra reproduzido em sua dimensão natural.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 18, 2012 11:35 am

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2. Demonstrativo de algumas das peças utilizadas nas pesquisas

— Manuscritos naturais de Francisco Cândido Xavier.

Os grafismos normais de Francisco Cândido Xavier foram, como não poderia deixar de ser, também objectos de estudos e, como amostragem, são apresentados, manuscritos dos anos de 1978, 1979 e 1983, anteriores e posteriores à data da psicografia questio­nada (22.07.78), conforme reproduções apresentadas nas figuras de números 5 a 8.

Psicografias anteriores e posteriores à data de 22.07.78

Dos exames comparativos efectuados, reproduzi­mos pelas figuras de números 9 e 11, parciais de duas mensagens psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier, uma anterior e outra posterior à data da psicografia questionada (fig. 10), para que os grafismos possam ser cotejados.

Trata-se de psicografias atribuídas a Espíritos diferentes, em datas diferentes, todas psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Mesmo em umaa análise rápida e superficial, constata-se uma mudança de caligrafia na constante na figura n°- 10.

Inicialmente se observam indecisões e pequenos tremores ou quebramentos de trajectórias no grafismo da fig. 10, bem como demonstra ser uma escrita mais morosa, diferenciando-se totalmente, nesses aspectos, das psicografias anterior e posterior, demonstradas nas figuraas de n°s. 9 e 11.

Dessa análise, pode-se concluir que a ffig. 10 apresenta grafismos mais voltados para uma Cultura Gráfica Decadente, sendo que as demais podem ser classificcadas como de Alta Cultura Gráfica.

REPRODUÇÕES PARCIAIS DE TRÊS MENSAGENS PSICOGRAFADAS PELO MÉDIUM FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

3. Exames com cotejamentos das peças questionada e Padrão

Como pôde ser observado na descrição das pelas de exames (figs. 1 a 4), ou ainda na figura n° 12, abaixo, as diferenças de calibres entre as escritas Questionada e Padrão são enormes.

Uma das peculiaridades da psicografia, constatada nas pesquisas, é justamente a característica de um aumento significativo dos calibre das letras.

3.1. Exames Gerais da Escrita Questionada e Padrão

Procurou-se, inicialmente, examinar todas as trajectórias de ambas as escritas, atentando para a qualidade dos registos gráficos, criatividade e grau de habilidade, bem como para o grau de firmeza dos traçados.

Com base nos exames do grau de firmeza e espontaneidade, ambas as escritas foram classificadas como sendo de Média Cultura Gráfica, em estágio anterior, apresentando agora características de Senilidade ou Patologia, pelos tremores, indecisões e distorções constatadas, sendo dessa forma classificadas como escritas de CULTURA GRÁFICA DECADENTE.

Com vistas a criatividade e às características individualizadoras do escritor, pode-se levantar uma constante da Génese Gráfica, dentro de uma sequência de sucessão de sentidos que, aliados às tendências retilíneas e curvilíneas, praticamente invariáveis em muitos pontos, vieram fornecer condições para uma conclusão categórica dos exames efectuados.

Obs.: Para condições mais adequadas nas análises, e visualização, os calibres dos grafismos foram aproximados, com redução na questionada e ampliação no padrão.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 18, 2012 11:36 am

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A sequência fotográfica por translucidez demonstra claramente as perfeitas igualdades existentes nos símbolos "t", "e", "n" e gramas de ligações, inclusive nos ângulos formados nesses símbolos, bem como ainda nos pontos de Tendência Genética curvilínea e rectilínea, dentro de um mesmo Sentido Genético.

No cotejamento dos vocábulos acima, constatam-se perfeitas igualdades nas letras "t", bem como nos gramas de ligações entre os símbolos "r" para "t", "t" para "e", "e" para "n".

Ainda nas letras "t", confirmam-se igualdades nas extensões e aberturas das hastes, com os mesmos "quebramentos" oriundos de um mesmo Sentido Genético e Tendência Genética.

Igualdade, também no corte da letra "t", apresentando as barras na mesma altura e na mesma inclinação.
As letras " e" apresentam uma mesma Concepção Genética, lembrando a formação de um losango.

Observam-se, também, perfeitos encaixes das barras que cortam os símbolos "t", confirmando-se perfeitas igualdades de altura e situação, conforme comentários efectuados quando dos exames das figuras de números 13 e 14.

Essas igualdades absolutas, adiccionadas às demais, definem o exame de autoria gráfica.
Valendo mais a imagem do que as próprias palavras, tornam-se desnecessárias outras fundamentações.

CONCLUSÕES DOS EXAMES

Após todos os exames efectuados, com base nos estudos técnico-científicos de grafoscopia, conforme comentários, fundamentações e ilustrações em macro-fotografias apresentadas, pode a perícia comprovai;
sem margem de dúvidas, e chegar às seguintes conclusões CATEGÓRICAS:

1-) a mensagem psicografadda por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, aos 22.07.78, atribuída a ILDA MASCARO SAULLO, contém, conforme demonstração fotográfica, em "número" e em "qualidade", consideráveis e irrefutáveis características de GÉNESE GRÁFICA, suficientes para a revelação e identificação de ILDA MASCARO SAULLO, como AUTORA DA MENSAGEM QUESTIONADA.

2-) em menor número constam, também, elementos de génese gráfica, coincidentes com os existentes na escrita-padrão de Francisco Cândido Xavier.

Para os exames da autenticidade gráfica de uma assinatura, é necessário que se disponha de vários padrões, para os levantamentos das variáveis e constantes gráficas.

No caso em questão existe apenas um padrão, o que prejudica esse tipo de exame.
No entanto, constatam-se semelhanças nos gramas curvilíneos e rectilíneos, com as mesmas Tendências Genéticas na formação do símbolo "I".

Por outro lado, chama a atenção, o facto de que, tanto na escrita-padrão, como na escrita questionada, a assinatura é representada simplesmente pelo vocábulo ILDA

Em todas as peças, as características gráficas mais marcantes se apresentam nos símbolos "t", onde se constatam igualdades de formações nas hastes, com as mesmas situações, proporcionando os mesmos ângulos de aberturas.

As barras nos cortes desses símbolos mantém as mesmas alturas e situações.
Observa-se, ainda, a tendência da utilização de apenas uma barra para o corte de duas letras "t".

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 18, 2012 11:36 am

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Todas as peças apresentam semelhanças nos gramas constitutivos do símbolo "F", inclusive no grama de ligação com a letra "A";
verificam-se ainda, no símbolo "m", as mesmas formações de Sentidos e Tendências genéticas, com semelhanças também na inclinação dos eixos gramáticos.

A letra "O" em todas as peças se apresenta com o mesmo tipo de fechamento, mantendo sempre um espaço aberto, com formação de presilha que mantém uma mesma altura ao ligar-se com o símbolo "r".

No cotejo entre as figuras n°s. 27 e 28, nota-se enorme semelhança na formação do vocábulo "cuore", pelas extensões dos gramas de ligações das letras "c" para as letras "u", e destas para as letras "o", de forma tal, inclusive, que a junção das três lembra a presença de uma letra "M" maiúscula.

As formações das preposições "di" são variáveis tanto nas questionadas, como nas padrões, que se apresentam em dois tipos, mas com muita semelhança entre si, inclusive nos pingos dos "I" (igualdades de formação, altura e situação).

As figuras n°s 33 e 34 apresentam igualdades no início e na extensão do grama inicial, bem como na formação das le­tras "e", que possuem os mesmos sentidos em suas bases com formação plana e não angulosa, além de arrematar em grama retilíneo.

IV - CONCLUSÃO

Procurou-se no desenvolver deste trabalho, em sua primeira parte, dar uma visãoo, mesmo que superficial, dos rudimentos da Grafoscopia, realçando determinados aspectos básicos preparatórios para os exames de Autoria Gráfica.

A partir das fases da produção do grafismo e da cultura gráfica, pode-se melhor aquilatar a existência dos mais variados tipos de grafismo e suas causas geradoras.

Da mesma forma, procurou-se, em Causas Deformadoras do Grafismo, retratar as diversas situações de alterações.
Os estudos sobre Mão Guiada e Auxiliada reflectem bem as inteerferências externas e a inadaptabilidade do Pivô da Escrita e as suas resultantes.

Relembraram-se as técnicas voltadas para exames de Autenticidade e Autoria Gráfica, sendo a primeira mais simples e a segunda mais complexa, requerendo conhecimentos mais profundos e disponibilidade mais adequada de material gráfico, mesmo tratando-se de exames normais, em grafismos naturais.

E o que não dizer em se tratando de grafismos disfarçados ou imitados?
E em uma situação totalmente diferente e desconhecida, onde dificuldades de toda ordem se apresentam, como é o pròprio caso da psicografia?

Dada a vinculação da psicografia com a grafoscopia, onde uma se faz representar pela escrita e a outra trata da análise das escritas, em seus aspectos de autenticidade e autoria, por que não submeter a primeira à luz dos exames da segunda?
Essa foi a proposição.

Proposição para a qual o autor se sentia plenamente capacitado, por contar, na época, com a prática de doze anos no desempenho das funções de perito documentoscópio credenciado pelo Poder Judiciário, além das experiências acumuladas em salas de aulas.

Tomou-se necessário o conhecimento dos princípios básicos da própria psicografia.

E foi pesquisando as obras do Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, que os primeiros dados informativos foram obtidos, conforme esboço apresentado na parte II deste trabalho.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 19, 2012 9:47 am

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A partir daí, diferenciadas as variáveis, novas colectas de materiais se fizeram necessárias.
As observações e as pesquisas se aprofundaram em um universo replecto de factos íntimos.

Revolveu-se em dados reservados, pesquisando-se em mensagens psicografadas, escritas-padrões e correspondências diversas.

Sem possibilidade do resguardo da privacidade, esta pesquisa somente pode ser desenvolvida, concluí­da e apresentada em todas as suas nuances e pormenores necessários, devido ao elevado desprendimento dos entrevistados.

E na parte III, adentrando nos Exames Grafotécnicos propriamente ditos, tentou-se levar ao alcance da vista não especializada um pouco do que a acuidade visual desenvolvida dos peritos consegue observar na mais rápida análise.

Mesmo nos cursos de formação em grafoscopia, constata-se nos incipientes a preocupação em localizar, nos exames de autoria gráfica, igualdades absolutas em todo o escrito.

Buscam formas iguais, sem a efectuação da decomposição analítica dos movimentos gráficos, ou seja, da própria Génese Gráfica.

Esperam-se igualdades em toda a escrita, como se isso fosse possível e necessário, mesmo em situações anormais, como as mencionadaas em "Causas Deformadoras do Grafismo".

Na prática, em mais de vinte e cinco anos de perícias, centenas de resultados positivos foram alcançados, dispondo-se de menor quantidade de material do que o colectado para esta pesquisa.

No caso em questão, dentro de um quadro totalmente novo, onde o aparecimento de hibridismo gráfico se fez presente, requerendo um retorno às experiências passadas de MÃO GUIADA e MÃO AUXILIADA, procurou-se confirmar, ou não, a AUTORIA GRÁFICA da mensagem questionada.

E as características gráficas genéticas, constantes em diversos símbolos e palavras, bem como a demonstrada em superposição por transparência, altamente valorizada, considerando-se a disparidade dos calibres em suas dimensões naturais, forneceram as respostas, e de forma insofismável e categórica.

Respostas a factos desconhecidos pela ciência, ou simplesmente sem divulgação.
Constitui o propósito básico deste trabalho a apresentação da conclusão, ob­tida através de princípios, normas e procedimentos técnicos determinados pela Grafoscopia, permitindo a análise e a demonstração dos factos revelados.

E a propósito, no dizer de Sir Arthur Conan Doyle:
"SÓ O DESCONHECIMENTO DOS FACTOS IMPEDEM A SUA ACEITAÇÃO.
ÓBVIO QUE SOMENTE A APATIA E A IGNORÂNCIA IMPEDEM A ACEITAÇÃO DOS FACTOS".

((Reformador, Brasília, FEB, Mai/1989, p. 32).

ABSTRACT

In this paper, the graphological characteristics ofthe writings contained in psycographic messages received by the medium Francisco Cândido Xavier were studied through graphoscopy.

The first part of this paper presents some basic aspects about graphoscopy.
The second part explains the concepts ofpsycography and the kinds of medium who write, according to the Spiritist Doctrine.
In the third part, graphotechnical examinations ofpsychographic messages in order to identify authorship are presented.

KEY-WORDS: Psycography, graphoscopy, graphotechnical examination.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 19, 2012 9:48 am

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - DEL PICCHIA FILHO, José. A Perícia de Documentos. S. Paulo, Elo, 1942.
2 - Grafoscopia. S. Paulo, Arq. Polícia Civil, S. Paulo, 1953.
3 - DOYLE, Arthur Conan. Reformador. Brasília, FEB, Revista Reformador n. 1.922, mai/1989.

4 - GALVÃO, Carlos Arroxellas. Grafoscopia Judiciária. Rio, Ed. Guanabara, 1936.
5 - KARDEC, Allan. Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita. S. Paulo, Lumen, 1966.
6 - Livro dos Médiuns. FEB, Rio, 1977.

7 - PERANDRÉA, Carlos Augusto. Reciclagem em Grafoscopia. Brasília, BB. DEMAG/GRAFI, 1982.
8 - PERES, Maria Júlia de M.P. Análise Científica das Faculdades de Francisco Cândido Xavier. S. Paulo, Revista Folha Espírita, 1977.
9 - VALLATIERRO, Felix dei. Grafocrttica. Madri, Tecnos, 1963.

[1] Professor Adjunto do Departamento de Patologia Aplicada, Legislação e Deontologia - Centro de Ciências da Saúde da Fundação Universidade Estadual de Londrina.

§.§.§- O-canto-da-ave


Última edição por O_Canto_da_Ave em Seg Nov 19, 2012 9:48 am, editado 1 vez(es)
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