LUZ ESPÍRITA
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Casos de Mediunidade

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2012 8:58 am

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Sabemos nós os espíritas que ninguém encarna com uma faculdade mediúnica patente por acaso, sem a existência de um propósito definido.

Todavia, há inúmeros médiuns de psicografia e vidência sem oportunidade de colocar em uso sua mediunidade.
São poucas as casas que possibilitam aos médiuns de psicografia exercerem suas mediunidades nas reuniões públicas.

A mensagem escrita é segura porque permite sua prévia leitura e seleção, caso não esteja adequada.
São raras as casas que contam com médiuns videntes nos trabalhos de passe especial, desobsessão, entrevista de avaliação etc.

Há mediunidades mais raras como de efeitos físicos e psicometria, cujos portadores são "esclarecidos" por muitas casas e até federações que este tipo de mediunidade já teve seu momento e lugar, convidando os seus detentores a esquecerem suas faculdades e se dedicarem a outras atividades.

É preciso dar condições para o exercício correto e útil de todas as mediunidades.
Nenhuma forma de mediunidade deve ser desprezada.

Todas possuem o seu propósito e utilidade.

O aspecto positivo desta situação é que as pessoas estão cada vez mais frequentando os Centros Espíritas motivadas pelo desejo de assimilar o conhecimento espírita, para com ele intensificar seu aperfeiçoamento interior.

Décadas atrás, muitas casas enalteciam apenas o fenômeno e transformavam a mediunidade em espetáculo público no infantil pressuposto de que o fenómeno ajudaria as pessoas a despertarem para o seu progresso espiritual.

Ainda é assim que acontece em muitas casas, em se tratando da mediunidade de cura que costuma arregimentar grande número de pessoas na ânsia de verem a dor física diminuída.

Não se pode menosprezar a mediunidade de cura, mas aplicá-la bem e esclarecer o máximo possível o público.

O aspecto negativo é que as pessoas estão se afastando do contato com a mediunidade facilitando a aura de mistificação que a mídia ajuda a formar.

Devemos lembrar que a mediunidade está inserida no âmbito da faculdade de comunicação — que nasce com a mónada destinada ao desenvolvimento.

Os espíritos nos asseguram que no futuro a mediunidade será uma coisa natural somada aos cinco sentidos que tanto nos acostumamos.
Só que este futuro pode ficar mais distante de nós pela nossa própria desatenção e desinteresse.

Conceitos de transcomunicação conflitam com Espiritismo
A precipitação e falta de estudo da Doutrina originou uma série de afirmações falsas na mídia espírita

A transcomunicação abre um campo novo de trabalho para ser explorado a bem da humanidade.
Cientistas, pesquisadores e estudiosos afastados do conhecimento espírita, já estão desenvolvendo teorias e explicações a respeito.

Aqueles, porém, considerados espíritas, ainda não estão aplicando efectivamente o conhecimento espírita para compreender o fenómeno, tanto em seus efeitos como em sua causa.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2012 8:59 am

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Não há dúvida que essa nova técnica de comunicação vem estender nossos horizontes, preparando-nos para um futuro melhor.
Todavia, na esteira acelerada do progresso, muita coisa estranha costuma acompanhar as coisas boas, pedindo mais discernimento e bom senso para proceder a necessária separação.

Assim foi com a descoberta da electricidade.
Passaram a atribuí-la muitos dos fenômenos não explicados e até criaram dispositivos manuais para as pessoas receberem doses diárias desse novo fluido regenerador, que pensavam capaz de curar qualquer enfermidade.

Acompanhando os congressos, palestras e artigos na imprensa sobre o assunto, não é difícil constactar a confusão inicial que está resultando das afirmações de pessoas espíritas ligadas a transcomunicação, misturando aspectos doutrinários fundamentados no sistema de investigação científica, com ideias e opiniões apressadas e até fantasiosas.

Facto lastimável e indicador que o espiritismo ainda é o grande desconhecido, inclusive para aqueles que são notícia na imprensa espírita, escrevem livros e proferem palestras.

O entendimento que fazem da mediunidade está longe daquele esclarecido pela codificação e analisado pelas obras de André Luiz.

Hipóteses de trabalho científicas no espiritismo são muito importantes, desde que anunciadas como tal

Parece incrível, mas estão confundindo (e com isso denegrindo) o próprio conceito de mediunidade, que deveria ser de conhecimento geral dos espíritas.
Estão afirmando que o processo mediúnico ocorre somente quando um espírito "ocupa" o corpo do médium???

Pior ainda, estão afirmando que a transcomunicação trás um modelo mais avançado de mediunidade, denominado "channelling".
Apenas através dele os espíritos podem se comunicar pelo pensamento!

Pobre mediunidade, pobre espiritismo, os homens nem conseguiram assimilar todo o conhecimento contido na codificação e já pretendem substituí-lo por teorias incipientes.

Como é possível substituir algo que ainda não conhecemos plenamente?
Como invalidar um remédio do qual ainda não se conhece perfeitamente sua actuação e não se pesquisou amplamente seus efeitos?


Isso é falta de estudo e de compromisso com o espiritismo.

Vamos estudar mais, vamos estudar sempre. Hipóteses de trabalho científicas no espiritismo são muito importantes, desde que anunciadas como tal, devendo obedecer, senão a princípios de ética, pelo menos a metodologia científica.

A organização de um evento eminentemente espírita, para o aprofundamento da transcomunicação no contexto dos fundamentos doutrinários, certamente traria mais luz ao nosso entendimento.

A transcomunicação funciona sem ectoplasma?
Há divergências entre pesquisadores espíritas e agnósticos

A transcomunicação encontra-se dividida em duas correntes:
transcomunicação instrumental - TCI e transcomunicação mediúnica TCM.

A primeira, parte da premissa que não é necessária a presença de um médium e do seu fluido especial, conhecido por ectoplasma, para que os espíritos, ou "consciências do terceiro plano", como os pesquisadores estrangeiros preferem, possam sensibilizar os gravadores, câmaras e microcomputadores.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2012 8:59 am

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A segunda, advoga a tese espírita que os espíritos necessitam do ectoplasma emanado dos encarnados, para poderem agir sobre a nossa matéria.

Durante o Congresso Internacional de Transcomunicação, de 22 a 24 de maio de 1993, Anhembi, São Paulo, promoção da Associação Médico-Espírita e Folha Espírita, tivemos a oportunidade de participar da entrevista colectiva com o casal Jules e Maggy Harsh Fischbach de Luxemburgo, o professor aposentado de física e engenharia eléctrica - Dr. Ernest Senkowski, o economista Ken Webster e o Padre François Brune.

Os jornalistas presentes ouviram as seguintes colocações, entre outras:
*Temos que trabalhar juntos, a união é importante para a melhoria dos resultados

* As entidades do terceiro plano são constituídas por seres ou consciências que habitaram o planeta Terra em diversas nações, pertencentes a todas as raças, religiões, incluindo até seres extraterrestres superiores.

* Estão obtendo comunicações com equipamentos comuns, com e sem a presença de operadores;
algumas vezes os equipamentos são ligados, as mensagens gravadas, sendo depois desligados por essas entidades.

* Essas entidades necessitam de um conhecimento especializado para produzirem as gravações;
algumas tiveram que fazer cursos e outras se utilizaram do serviço das entidades anteriormente treinadas nessa técnica.

* A qualidade das gravações parece sofrer influência das pessoas que participam junto com os operadores;
quanto mais unido o grupo, melhor;
quanto mais os integrantes são positivos e otimistas, melhor;
"o importante é o ambiente e a energia das pessoas", disseram.


* As consciências do terceiro plano obedecem uma organização social de acordo com seus interesses e afinidades;
dizem que podem voltar a encarnar (não os extraterrestres), assim como os homens já encarnaram muitas vezes e continuarão até o final do processo (evolutivo?).

* Essas entidades são consideradas superiores e dessa forma, não interferem nas vidas dos encarnados;
aconselham e advertem, procurando "nos fazer capaz de ajudarmos a nós mesmos".

* "Temos (os pesquisadores) que trabalhar juntos, a união é importante para a melhoria dos resultados, o primeiro passo já foi dado pelo Brasil nesse congresso".

Quando questionados sobre o uso do ectoplasma pelas entidades, eles demonstraram possuir uma concepção diferente sobre esse fluido.

Parecem entender o ectoplasma como uma substância que, uma vez exteriorizado, todos podem ver;
que não tem nenhuma ligação com o que eles chamam de "energia das pessoas", irradiação essa que dizem auxiliar a transmissão e gravação das mensagens.

Afirmaram que não conhecem nenhum grupo na Europa e nos EUA que estejam estudando o uso do ectoplasma na transcomunicação!

E no Brasil? O conhecimento espírita ajuda ou atrapalha?

Será que há pesquisadores brasileiros voltados a esse estudo ou ficará valendo mais uma vez o ditado popular: casa de ferreiro, espeto de pau?

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2012 9:44 am

J.A.S.P.R, Vol. 69, Jan. 1975, pp. 33-59

Um Comunicador do Tipo “Esporádico” na Islândia:
O Caso de Runolfur Runolfsson
[1]

ERLENDUR HARALDSSON E IAN STEVENSON[2], [3]

INTRODUÇÃO

Em artigos anteriores um de nós chamou a atenção à importância para a evidência de sobrevivência após a morte através de comunicações mediúnicas de comunicadores desconhecidos, na hora da sessão, ao médium e para os acompanhantes presentes
(Stevenson, 1965, 1970, 1973).

A literatura mais antiga sobre mediunidade contem numerosos exemplos individuais de casos deste tipo
(Gibbes, 1937; Hill, 1917; Moses, 1874.1875, 1879; Tyrrell, 1939; Zorab, 1940).

Sua força talvez tenha se perdido porque eles foram publicados principalmente em relatórios isolados de casos.
Gauld (1971) publicou um bloco grande de tais casos ocorrendo num círculo mediúnico privado na Inglaterra.

Referimo-nos aos comunicadores de tais casos como comunicadores “esporádicos”.

A importância destes casos deriva do facto que sua interpretação como resultado de telepatia entre o médium e as pessoas vivas (ou a clarividência) devem incluir o entendimento de porquê uma pessoa morta em particular ao invés de outro é seleccionado para representar em forma dramatizada como se fosse o comunicador de uma mensagem que o médium construiu de ingredientes derivados da percepção extra-sensorial de pessoas vivas.

Além do mais, quando um comunicador “esporádico” parece mostrar propósitos sobre o que ele comunica, sua motivação em dar uma mensagem aos acompanhantes frequentemente parece maior do que a motivação do médium em fornecer uma mensagem dessa pessoa particular.

Em outras palavras, a hipótese de telepatia entre pessoas vivas e/ou de clarividência apenas não explica adequadamente a representação, em algum destes casos ao menos, dos factores cognitivos da parte do comunicador que parece estar em jogo.

Uma hipótese considerando todos os fatos deve de algum modo considerar não apenas os detalhes cognitivos — isso é, a informação correcta mostrada na comunicação — mas também a personificação exata pelo médium da pessoa morta representada como comunicante.

(As mesmas dificuldades confrontam tentativas em explicar todos casos do tipo reencarnação como inteiramente devidos por clarividência ou telepatia entre as pessoas vivas).

Nós não estamos afirmando categoricamente que a telepatia entre vivos ou a clarividência não poderia interpretar melhor alguns casos de comunicadores “esporádicos” e também alguns casos de reencarnação.

Mas nós dizemos que muitos advogados destas hipóteses (algumas vezes convenientemente chamadas conjuntamente de “a hipótese de super PES”) parecem considerar somente os aspectos cognitivos dos casos nos quais eles aplicam a teoria sem ter pensado inteiramente nos outros aspectos, tais como as características cognitivas, na representação total do comunicador.

Nós devemos reconhecer, entretanto, que em muitas comunicações do tipo “esporádico”, o comunicador diz muito pouco sobre si mesmo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2012 9:44 am

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Frequentemente não diz porque escolheu se comunicar em uma sessão particular e nem mesmo fornece mesmo informações suficientes para conjecturas sobre seus motivos.

O termo que se tornou popular para estes comunicadores deriva-se do facto que muitos deles parecem “surgir espontânea e informalmente” e, após serem registados oficialmente, por assim dizer, eles tão rapidamente quanto “abandonam a sociedade”, de modo que nunca se ouça deles outra vez.

Os exemplos de Abraham Florentine (Moses, 1874, 1875, 1879;
Stevenson, 1965), Robert Passanah (Stevenson, 1970), e Robert Marie (Stevenson, 1973) todos ilustram esta característica de manifestação transiente.

O comunicador Abraham Florentine nunca deu qualquer razão para seu aparecimento na Inglaterra quando tinha morrido em Brooklyn, New York.

O comunicador Robert Passanah não deu também nenhuma razão para sua aparição, embora toda a informação disponível sobre o caso permitisse a especulação que pudesse ter vindo tranquilizar sua aflitiva mãe sobre sua sobrevivência em uma hora em que a remoção de sua lápide no cemitério renovasse sua tristeza.

Robert Marie foi dito ter sido trazido às sessões em que se manifestou expressivamente para fornecer evidência de sobrevivência após a morte porque era completamente desconhecido ao médium e ao único assistente e portanto, assim foi suposto, suas comunicações exatas não poderiam ser explicadas como devido a telepatia – a menos entre o médium e o assistente.

Destes três comunicadores, Robert Passanah apareceu em uma sessão somente, Abraham Florentine em duas somente, e Robert Marie em cerca de quatro somente.

Mais tarde todos desapareceram sem deixar traços.

Esta característica dos comunicadores “esporádicos” não invalida sua reivindicação de serem pessoas falecidas que dão realmente mensagens através dos médiuns.

Pode bem ser que, supondo-os ser pessoas falecidas reais, desejam somente estabelecer sua identidade, talvez para tranquilizar seus parentes sobreviventes, e quando conseguem isto, não têm nenhum motivo adicional para aparições em sessões posteriores.

Em uma análise dos casos de Phantasms of the Living sugestivos de sobrevivência, Gibson encontrou que o “agente, moribundo ou falecido, parece ser o director principal e constrangedor nos fenómenos observados, enquanto o percipiente toma normalmente um papel secundário”
(Gibson, 1944, p. 105).

Talvez o motivo em comunicar-se não seja somente uma característica da situação putativa do agente falecido, mas uma exigência real para uma comunicação bem sucedida.

E uma vez que a motivação tenha sido aplacada, por assim dizer, por uma comunicação bem sucedida, pode faltar ao agente o “poder” para fornecer comunicações adicionais sobre ele mesmo ou algum outro tópico, não importa quão os acompanhantes possam estar ansiosos para ouvir mais dele.

Seja como for, não se pode evitar um sentimento de desapontamento, quase irritação, já que assim que muitos comunicadores “esporádicos” desaparecem para sempre assim que se identificam.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2012 9:44 am

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Seria preferível tornar-se melhor familiarizado com eles e entender mais plenamente os motivos de suas comunicações e o desenvolvimento adicional de seus pensamentos e de outros aspectos de suas personalidades.

Nós apresentamos aqui um exemplo de um comunicador “esporádico” que não “falou e correu,” mas pelo contrário continuou a comunicar-se frequentemente com o médium e transformou-se eventualmente em seu controle regular.

Este caso tem a importante característica adicional que a informação escrita que permitiu finalmente a verificação da identidade do comunicador não existia em nenhuma uma fonte, mas em duas.

Mas mesmo estas duas fontes escritas não continham todos os detalhes verificados da comunicação.

Nós não pensamos de que todos estes detalhes fossem conhecidos por qualquer pessoa viva, embora nós não possamos estar completamente certos sobre este último ponto.

Nossa informação no caso deriva-se de três fontes.
Primeiramente, nós usamos relatórios escritos do caso publicado na língua islandesa.

Segundo, nós obtivemos a informação adiccional sobre o médium de outros relatórios ou originais publicados.

E finalmente, nós (principalmente E.H). fizemos pessoalmente inquéritos adiccionais na Islândia sobre vários detalhes do caso.

HAFSTEINN BJORNSSON, O MÉDIUM DO CASO

O médium do caso que nós relataremos, Hafsteinn Bjornsson[4], nasceu em Skagafjordur, na Islândia do norte, em 30 de outubro de 1914.

Seus poderes paranormais manifestaram-se cedo na infância e têm, de acordo com o próprio médium (Bjornsson, 1972), permanecido forte desde então.

Um de nossos informantes, Ingibjorg Danivalsdottir, conheceu-o em 1934 e disse a E.H. que Hafsteinn já tinha experiências psíquicas e frequentemente “via” pessoas falecidas.

Em aproximadamente 1933-35 Hafsteinn gastou aproximadamente dois anos na área de Keflavik, sudoeste de Reykjavik.

Em aproximadamente 1936 moveu-se para um lugar aproximadamente a 40 milhas leste de Reykjavik e no seguinte ano (1937) para a própria Reykjavik.

Também nesse ano começou a dar sessões regulares como um médium, e continuou a fazer assim desde então.

Hafsteinn é um empregado em período integral de uma estação de rádio em Reykjavik.
Não é um médium profissional no sentido de ganhar sua vida através da mediunidade, mas aceita taxas dos acompanhantes.

Hafsteinn pode às vezes descrever as entidades do desencarnado que reivindica ver em torno das pessoas em sua presença quando está aparentemente em um estado desperto.

Nós relatamos resultados de uma experiência (Haraldsson e Stevenson, 1974) em que Hafsteinn participou desta maneira;
os resultados foram significativamente positivos.

Hafsteinn é também um médium de transe que tem controles regulares, e também comunicadores à exceção dos controles que parecem às vezes falar directamente através de seu instrumento vocal.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 27, 2012 8:39 am

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Tem um dom notável para conseguir nomes próprios - que, como é bem sabido, muito poucos médiuns possuem.

Suas realizações neste campo lembram-nos do médium inglés pouco-conhecido, A. Wilkinson, que era, incidentalmente, o médium para diversos exemplos excelentes de comunicadores “esporádicos” (Hill, 1917).

Certamente, alguma habilidade maior do que média de comunicar nomes próprios é quase essencial para as comunicações “esporádicas”, que de outra maneira conteriam raramente detalhes suficientes para fazer a verificação possível.

Hafsteinn parece também ter a habilidade, manifestada em ocasiões muito raras, de permitir um comunicador de falar em uma língua desconhecida ao médium.

De acordo com um relatório publicado (Larusdottir, 1970), o professor Svend Fredriksen da Dinamarca, visitando a Islândia, atendeu a uma sessão com Hafsteinn e conversou por um tempo curto na língua esquimó com um comunicador que alegava ser um esquimó da Groelândia.

O professor Fredriksen tinha gasto muito tempo na Groelândia e conheceu bem a língua esquimó (apesar da proximidade geográfica da Islândia e da Groelândia e de sua associação comum por séculos com a Dinamarca, quase ninguém na Islândia pode falar a língua esquimó e o médium certamente nunca aprendeu-a).

O comunicador esquimó era uma pessoa que o professor dinamarquês tinha sabido quando ele vivia na Groelândia.

E.H. entrevistou dois acompanhantes que tinham comparecido a esta sessão e a uma terceira pessoa em cuja casa professor Fredriksen estava permanecendo em Reykjavik.

Todos disseram que o professor Fredriksen tinha-os contado que tinha conversado na língua esquimó com o comunicador.

Infelizmente, nenhuma anotação simultânea ou gravação de fita foram feitas desta troca na língua esquimó e nós não estamos em uma posição para reivindicar mais para ela do que seu valor como uma ilustração da variedade dos poderes atribuídos a Hafsteinn.

A mediunidade de Hafsteinn evocou muito interesse em seu próprio país e particularmente dos membros da Sociedade da Islândia para a Pesquisa Psíquica.

Ao retornar a Islândia após diversos anos no exterior, um de nós (E.H.) tornou-se familiar com ele e também com um número de pessoas que o tinham conhecido sobre muitos anos.

Estes inquéritos confirmaram em nossas mentes que a impressão dada nos relatórios publicados na Islândia que Hafsteinn é um médium notável.

Infelizmente, os registos anteriores das sessões com Hafsteinn deixam a desejar já que os acompanhantes raramente fizeram transcrições textuais ou gravações de fita.

Alguns acompanhantes fizeram breves anotações dos eventos das sessões e de outros escreveram as anotações posteriormente.
Somente algumas sessões foram gravadas em fita.

Entretanto, as datas de cada sessão e os nomes e os endereços de todos os acompanhantes foram registados.
Elinborg Larusdortir (1946, 1965, 1970) escreveu diversos livros em que ela incluiu relatórios das sessões de Hafsteinn.

Ao preparar os relatórios entrevistou os acompanhantes nas sessões principais, individua e conjuntamente, e então ela incluiu nos registos somente detalhes sobre o que todas as pessoas entrevistadas tivessem concordado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 27, 2012 8:40 am

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Também às vezes obteve e publicou escritos originais, incluindo depoimentos dos acompanhantes que afirmaram que os relatórios dela batiam com suas memórias.

RELATÓRIO DO CASO

Nós apresentaremos primeiramente um sumário derivado da tradução por um de nós (E.H.) de um relatório do caso publicado por Elinborg Larusdottir (1946) [5].

Durante os anos 1937-38 um grupo das pessoas participou de sessões regulares com Hafsteinn no lar de Einar H. Kvaran em Reykjavik.
No início eles tinham sessões semanais e mais tarde geralmente duas vezes semanalmente.

Algumas vezes no outono de 1937 um comunicador, que mostrou o comportamento mais incomum, começou a manifestar-se através do médium em transe.

Quando pedido para identificar-se disse, “meu nome é Jon Jonsson ou Madur Mannsson”[6] e adicionou:
“o que diabos lhes importa conhecer meu nome?”

Einar Kvaran perguntou ao comunicador o que queria e a este respondeu:
“eu estou procurando minha perna.
Eu quero ter minha perna”.


Einar Kvaran perguntou então onde sua perna estaria, e o comunicador respondeu: “está no mar”.

O comunicador continuou a manifestar-se nas sessões subsequentes, exigindo sempre sua perna e recusando sempre revelar sua identidade.

No outono de 1938 as sessões com Hafsteinn ocorreram no lar de Lilja Kristjansdottir.
O mesmo comunicador apareceu também nestas sessões ainda reclamando por sua perna e que ainda recusando dizer quem era.

Estes sessões tiveram a presença de alguns acompanhantes que não estavam presentes durante as sessões do ano precedente.

As pessoas que participaram das sessões incluíam Niels Carlsson e sua esposa, Gudrun Stefansdottir, de Hafnarfjordur.

Logo após (1 de janeiro, 1939) Ludvik Gudmundsson juntou-se o círculo.

Era um comerciante de peixes que possuía uma fábrica processadora de peixe na vila de Sandgerdi, aproximadamente a 36 milhas de Reykjavik, mas ele e sua esposa viviam em Reykjavik.

Possuíam também uma casa em Sandgerdi.

Quando Ludvik Gudmundsson juntou-se às sessões o estranho comunicador, que se chamava ainda somente Jon Jonsson ou Madur Mannsson, expressou prazer em conhece-lo.

Ludvik Gudmundsson e Niels Carlsson, um acompanhante em ocasiões precedentes, eram relacionados e familiares, mas o médium nunca tinha-se encontrado com Ludvik Gudmundsson antes e não sabia nada sobre ele ou sua família.

Ludvik Gudmundsson não podia achar qualquer sentido para o prazer do comunicador na reunião.

Quando perguntou ao comunicador quem ele era, como os outros acompanhantes tinham feito previamente, o comunicador continuou o jogo de não revelar sua identidade.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 27, 2012 8:40 am

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Mas disse finalmente que Ludvik Gudmundsson sabia sobre sua perna e que ela estava agora em sua casa em Sandgerdi.
Mesmo após ter dito tudo isto, entretanto, continuou a esconder sua identidade.

Durante este período, o comunicador mostrou um comportamento completamente diferente daquele habitual ao médium.

Por o exemplo, pediu frequentemente rapé.
Então fazia o movimento de cheirar rapé levantando sua mão até seu nariz (do médium) e aspirando.

Também pediu café e sugeriu que quando os acompanhantes tomassem o café após a sessão, que era seu costume, eles deviam derramar para fora uma xícara para ele!

Uma vez uma sessão com Hafsteinn ocorreu no lar de uma Sra. Soffia.
O comunicador enigmático manifestou-se e a Sra. Soffia perguntou se ele gostaria de provar algum rapé.

Declinou esta oferta e disse que não queria o café tampouco, mas que ele tomaria qualquer coisa a mais que ela tivesse.
Quando perguntou o que seria, o comunicador disse que ela tinha algo em um vidro na parte traseira de um armário na cozinha.

A Sra. Soffia recordou então que ela tinha algum rum em sua cozinha que usava ocasionalmente para cozinhar.
Recusou, entretanto, dar o rum ao comunicador, no que a recusa evocou resmungos da parte dele.

Uma vez que um acompanhante perguntou ao comunicador, em referência a seus desejos, porque ele não tinha evoluído mais ainda.
A isto ele respondeu: “eu não quero ser [mais evoluído]. É óptimo ser como eu sou [7]”.

Finalmente em uma sessão Ludvik Gudmundsson e Niels Carlsson deram ao comunicador um ultimatum.

Exigiam saber sua identidade e disseram que de outra forma não fariam nada para ele.
Isto teve o efeito de irritar o comunicador, que então não apareceu por muitas sessões.

Quando retornou finalmente (a data exacta desta sessão não está registada; veja a nota de rodapé 11 abaixo), ele pareceu vir abruptamente e os acompanhantes tiveram a impressão essa ele forçou-se a entrar literalmente no médium acotovelando de lado um outro comunicador.

O comunicador disse então:
- Bem, é melhor para mim dizer-lhes quem sou.
Meu nome é Runolf Runolfsson, e tinha 52 anos quando morri.

Vivi com minha mulher em Kolga, ou Klappakot, perto de Sangerdi.
Estava numa viagem de Keflavik[8] (acerca de 6 milhas de Sandgerdi) ao fim do dia, e estava bébado.
Parei na casa de Sveinbjorn Thordarson em Sandgerdi e aceitei tomar alguma coisa ali.

Quando quis ir embora, o tempo estava tão ruim que não queriam me deixar sair, a menos que alguém me acompanhasse.
Fiquei nervoso e disse que não iria, se não pudesse ir só.
Minha casa estava a apenas 15 minutos de distância.

Assim, saí sozinho, mas estava molhado e cansado.
Caminhei sobre o kambuin[9] (cascalho) e cheguei ao rochedo conhecido como Flankastadklettur, agora quase desaparecido.

Ali fiquei sentado, peguei minha garrafa e bebi um pouco mais.
Então caí no sono.
A maré chegou, e me levou embora.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2012 9:52 am

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Isto aconteceu em outubro de 1879.
Só fui encontrado em janeiro de 1880.
Fui trazido pela maré, mas os cães e corvos vieram e me fizeram em pedaços.

Os restos (de meu corpo) foram encontrados e enterrados no cemitério de Utskalar[10] (a umas 4 milhas de Sangerdi).

Mas um fémur estava faltando.
Foi de novo levado para o mar, mas depois, devolvido em Sandgerdi.
Ali passou de mão em mão, e agora está na casa de Ludvik.[/i]
(Larusdottir, 1946, pp. 203-204).

O comunicador mencionou também um outro detalhe, a saber, que tinha sido muito alto, mas nós não sabemos se mencionou isto na época em que se identificou ou em uma sessão anterior[11].

Ao ouvir estas declarações, Ludvik Gudmundsson e Niels Carlsson perguntaram onde poderiam encontrar a prova da exactidão do que o comunicador tinha narrado.
A isto respondeu: “no livro da igreja de Utskalar”.

Os acompanhantes examinaram os livros da igreja de Utskalar e encontrados rapidamente neles o registo de uma pessoa com o nome dado pelo comunicador.
A presumida data da morte fornecida e a idade da morte fornecida ambos provaram estar correctas.

Mas o mistério da perna remanesceu.

Algum tempo antes destas sessões, quando Ludvik Gudmundsson tinha comprado a fábrica dos peixes e sua casa em Sandgerdi, tinha ouvido relato de assombração da última.

Contaram-lhe sobre dois crânios que foram mantidos na casa.
Um homem jovem que vivia lá tinha jogado um destes crânios em um canto com uma observação desdenhosa sobre o lixo que encontra-se ao redor.

Na noite seguinte os habitantes da casa sentiram as “presenças” de dois homens que pareceram circular olhando todos que estava dormindo, ou tentando fazer assim.

“Eles” pararam particularmente ao lado da cama do menino que tinha jogado o crânio e ele ficou totalmente estarrecido.
Os crânios permanesceram depois disso na casa até que Ludvik Gudmundsson a comprou.
Colocou-os em uma caixa de vidro.

Ocorreu de mencionar a matéria dos crânios a um habitante da área que observou que talvez a casa contivesse outros ossos que pudessem ser encontrados se alguém os procurasse.

Ludvik Gudmundsson pensou mais sobre esta sugestão naquele tempo, mas quando o comunicador, Runolfur Runolfsson[12], afirmou que sua perna estava na casa de Ludvik em Sandgerdi que recordou o incidente dos crânios.

Assim foi a diversos homens idosos da vila e perguntou-lhes se sabiam qualquer coisa sobre um osso da perna na área.
Alguns deles recordaram vagamente que um osso da perna (fémur) “tinha circulado”, mas não souberam o que lhe tinha acontecido.

Então alguém disse que pensou que o carpinteiro que tinha construído a parede interna abaixo da escada na parte norte da casa tinha colocado um osso da perna lá entre as paredes internas e exteriores da casa.
Tinha dito, parece, que não estaria lá[13]!

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Casos de Mediunidade - Página 2 Empty Re: Casos de Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2012 9:52 am

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A casa de Ludvik Gudmundsson era grande, entretanto, e não era uma coisa fácil decidir-se em que parede, se existisse, o osso da perna foi colocado.

Alguém sugeriu a área entre duas janelas.
A parede lá foi aberta, mas o osso da perna não foi encontrado.

Então um homem chamou Helgi Thordarson, um mecânico empregado na fábrica dos peixes que tinha vivido por um momento em um quarto da casa de Ludvik, e que tinha sabido também sobre o carpinteiro que põe um fémur entre as duas paredes, sugeriu que podia ser no quarto onde ele tinha vivido[14].

A parede foi aberta consequentemente neste quarto e um fémur foi descoberto.

Era extremamente longo, assim concordando com uma das indicações anteriores do comunicador sobre que tinha sido muito alto.
(O neto de Runki, Jonas Bjarnason, disse-nos mais tarde que seu avô tinha tido mais de seis pés de altura).

Este osso, possivelmente de Runki, foi encontrado assim em 1940, isto é, mais de 60 anos após a morte de Runki e aproximadamente três anos após as primeiras comunicações que vieram aparentemente dele.

Quando Ludvik Gudmundsson encontrou o osso levou-o a seu escritório para guarda-lo e tinha construído um caixão para ele.
Guardou-o por um ano e então houve uma cerimónia religiosa do enterro executado para ele em Utskalar.

Os participantes acreditaram que enterravam o último resto terreno de Runki, embora supusessem meramente que o fémur descoberto na casa de Ludvik tinha vindo do corpo desmembrado de Runki encontrado e enterrado aproximadamente 60 anos mais cedo.

A cerimónia do enterro seguiu o procedimento tradicional para tais ocasiões na Islândia.
O clérigo deu um sermão elogiando Runki, o coro cantou, e mais tarde os participantes apreciaram uma recepção na casa do clérigo.

Diversos dos acompanhantes regulares das sessões de Hafsteinn compareceram à cerimónia e à festa do enterro mais tarde.

O médium, entretanto, não estava presente.

Runki veio expressar a gratidão em uma sessão feita imediatamente depois da cerimónia do enterro para o fémur.

Declarou que tinha estado presente na cerimónia e na recepção e as descreveu em detalhe, mesmo mencionando os nomes dos bolos diferentes servidos na casa do clérigo.

Expressou agradecimentos particularmente a Ludvik Gudmundsson e sua esposa por arranjar a cerimónia do enterro.
Elinborg Larusdottir examinou os registos da paróquia de Utskalar e de outros documentos relevantes para o período mencionado na comunicação de Runki.

Os registos indicaram que em 1849 ele teve um lar em Klopp na paróquia de Hvalnes.
Em 1859 viveu em Flankastadakot (perto da rocha mencionada na comunicação) com uma mulher chamada Gudrun Bjarnadottir.

Tiveram uma filha chamada Gudrun Maria.
Esta mesma informação foi registada também no censo nacional de 1860.

Nesse registo Runki foi registado como um trabalhador solteiro e dito ter sido nascido na paróquia de Melar.
Os registos da igreja em Melar gravaram que nasceu em 25 de dezembro de 1828, em Melaleiti, em Borgarfjordur.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2012 9:52 am

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Era o filho de Runolfur Thorsteinsson, um lavrador em Hafthorsstadir em Nordurardal, e de Gudrun Magnusdottir, que trabalhou como uma empregada doméstica em Melaleiti.

A igreja regista Gudrun Bjarnadottir também vivendo (em 1860) com uma dona de casa, mas o documento não implica que foi casada legalmente com Runki.
Alguns registos posteriores mostraram que Runki foi localizado em Klappakot (Kolga) e tendo três crianças, dois meninos e uma menina.

Em 1879 registos mostravam que vivia ainda em Klappakot.
Como o nome de Gudrun Bjarnadottir não mais apareceu nos registos da igreja, supõe-se que tivesse morrido antes dessa data.

No seguinte ano (1880) o nome de Runolfur Runolfsson desapareceu também dos livros da igreja de Utskalar.
Entretanto, os clérigos da Islândia mantinham registos e notas oficiais de eventos incomuns, principalmente de funções e de cerimónias religiosas de suas paróquias.

E no livro de registos do clérigo da paróquia de Utskalar a seguinte nota ocorreu:
16 de outubro de 1879, Runolfur Runolfsson, vivendo em Klappakot, desapareceu por causa de alguma ocorrência acidental ou artificial de seu lar no meio de Keflavik durante uma tempestade com chuva perto de sua fazenda no meio da noite.

Acredita-se ter sido carregado longitudinalmente para baixo pela tempestade ao sul da praia no limite da fazenda em Flankastadir de onde o mar carregou-o longe, porque seus ossos foram encontrados desmembrados muito mais tarde e sua roupa foi carregada também separadamente [isto é, aparte de seus ossos].

Os registos do clérigo ainda afirmam que o resto corporal de Runolfur Runolfsson tinha sido enterrado decentemente em 8 de janeiro de 1880.
Foi registado como tendo 52 anos de idade na altura da morte[15].

O relatório publicado por Elinborg Larusdottir (1946) do qual nós extraímos o registo acima continha no fim o seguinte depoimento dos acompanhantes presentes durante as sessões quando Runki comunicou:

Os eventos ocorridos em relação a Runolfur Runolfsson eram tão memoráveis que nós acreditamos que aqueles que de nós que fizeram parte destes eventos os recordam distintamente.

Consequentemente nós estamos contentes de testemunhar que o relatório acima é exacto.

Datado: Reykjavik, 23 de abril de 1946

Assinado: Ludvik Gudmundsson / Kristjana Arnadottir / Jorunn Gudmundsson / Niels Carlsson / Lilja Kristjansdottir

Verificações adicionais

Anteriormente em 1969 um sumário deste caso apareceu em um jornal de Reykjavik, Lesbok Morgunbladsins.
Isto levou a um correspondente, Rev. Jon Thorarensen, escrever ao Lesbok Morgunbladsins chamando a atenção para um outro lugar onde um registo escrito existia a respeito da morte de Runki.

Isto ocorreu em um livro, Anais de Sudurnes, escrito pelo Rev. Sigurdur B. Sivertsen,[16] o clérigo de Utskalar na época da morte de Runki, e editado pelo Rev. Jon Thorarensen.
(este livro, entretanto, não tinha sido publicado até 1953, um ponto a que nós retornaremos mais tarde).

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2012 10:52 am

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Nós citaremos em seguida a tradução de E.H. da comunicação do Rev. Jon Thorarensen publicado em 9 de março de 1969, no Lesbok Morgunbladsins.

O Rev. Sigurdur B. Sivertsen da paróquia de Utskalar nasceu em 1808 e morreu em 1887.

Era um clérigo devotado, diligente dentro e fora de sua igreja.
Era um dos poucos homens que combinavam o trabalho literário com negócios práticos.
Seus anais contêm registos detalhados do ano 1879.

O escritor trata muito da severidade extrema do tempo.
Nós lemos que houve muitos navios perdidos em Skagi no tempo extraordinariamente mau durante a noite de 16 de outubro de 1879.

Durante a mesma noite um acidente ocorreu. Um determinado homem de Klappakot, pelo nome de Runolfur, que tinha vindo de Keflavik tarde do dia durante uma grande tempestade com chuva, veio à fazenda em Landakot[17] e deixou-a onze horas.

Ele tinha percorrido somente uma curta distância na escuridão para alcançar sua própria casa.
Acredita-se que foi varrido longitudinalmente pela tempestade sobre a praia onde o mar o levou longe.
Tinha ficado bêbado com o conhaque que levava consigo.

Parece por este relatório que Runolfur não era bem conhecido nesta área.
O Rev. Sigurdur Sivertsen sem dúvida conhecia as pessoas de sua área muito bem, no entanto referiu-se somente “a um determinado homem de Klappakot pelo nome de Runolfur.”

Quando isto foi escrito tinha sido um clérigo do lugar (Utskalar) por 48 anos.[18]

Nos registos do período após o ano novo (1880) nós podemos ler a seguinte passagem nos Anais de Sudurnes:
“Nesse tempo os ossos de Runolfur posteriormente foram levados para a praia perto de Flankastadir.

Seus ossos estavam todos rasgados em pedaços e a carne tinha sido rasgada fora dos ossos, mas sua roupa tinha sido levada também e algumas delas não foram rasgadas.

Sua capa estava abotoada.
[Isto implica que o corpo e a roupa foram levados separadamente.]

As pessoas supuseram que o mar tinha cuidado dele quando se sentou exausto ou que tinha sofrido morte repentina por causa do frio e da exaustão.

Acredita-se que animais carnívoros aquáticos tenham comido sua carne e rasgado em pedaços seu corpo e que o camarão tenha consumido sua carne.
Tudo isto acredita-se ter ocorrido de uma maneira estranha”.

Esta [última] conjectura não bate com o que Runolfur [o comunicador] disse nas sessões mediúnicas, a saber:
“eu fui levado, mas então os cães e os corvos vieram e destroçaram-me”.

Inquéritos Posteriores por Nós

Os relatórios antecedentes pareceu-nos justificar alguns inquéritos adicionais sobre os detalhes não incluídos neles nos quais os investigadores anteriormente talvez tivessem negligenciado ou não mencionado em seus relatórios.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2012 10:53 am

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Conformemente, nós extraímos de uma lista os vários pontos que nos pareceram necessitar mais exame.
Então em visitas a Islândia em 1971-72, E.H. fez os inquéritos que cobrem quase todos estes itens.
Em setembro de 1972, I.S. gastou diversos dias na Islândia e trabalhou com E.H. na verificação de vários detalhes.

Nós saímos a Sudurnes e olhamos sobre o terreno da morte e do cemitério de Runki (em Utskalar) onde seu corpo e o fémur (que pensava-se ser o dele) foram enterrados mais tarde.

Subsequentemente, E.H. fez umas entrevistas adicionais e continuou verificando em detalhes o que nós sentíssemos que ainda requeresse investigação.

No fim nós entrevistamos um número grande de pessoas que tinham informação para nos dar sobre o médium (Hafsteinn), as sessões em que Runki se tinham comunicado, as verificações das afirmações feitas nestas sessões, ou sobre o próprio Runki.

Pessoas Entrevistadas Durante a Investigação

Nós entrevistamos sozinho ou conjuntamente as seguintes pessoas:

Hafsteinn Bjornsson, o médium

Elinborg Larusdottir, autor de um relatório publicado no caso e de outros relatórios sobre a mediunidade de Hafsteinn
Niels Carlsson, assistente das sessões em que Runki se comunicou

Ingibjorg Danivalsdottir, um amigo de Hafsteinn
Helgi Thordarson, inquilino anterior da casa possuída por Ludvik Gudmundsson em Sandgerdi onde um fémur foi encontrado na parede

Gudmundur Jorundsson, em um amigo de Hafsteinn e acompanhante frequente em suas sessões.
Eggert Briem, acompanhante em sessões de Hafsteinn.

Helgi Briem, acompanhante da sessões de Hafsteinn.
Rev. Jon Auduns acompanhante das sessões de Hafsteinn,
Jon Eiriksson, que fez inquéritos para nós sobre o fémur situado na casa de Ludvik Gudmundsson

Jonas Bjarnason, neto de Runki
Elisabet Helgadottir, neta de Runki
Rev. Gudmundur Gudmundsson, clérigo da paróquia de Utskalar

Rev. Jon Thorarensen, editor dos Anais de Sudurnes
Sigurleifur Thorleifsson, guardião de um farol em Sudurnes, que estava presente na cerimónia para o enterro do fêmur

Hulda Helgadottir, acompanahnte frequente nas sessões de Hafsteinn
Otto Michelsen, acompanhante nas sessões de Hafsteinn

Zophonias Petursson, um amigo de Hafsteinn que o tinha acompanhado aos Arquivos Nacionais em novembro de 1939 (veja abaixo)
Ulfur Ragnarsson, M.D., acompanhante freqüente nas sessões de Hafsteinn

Gisli Gudmundsson, residente de Sandgerdi
Einar Gestsson, residente de Sandgerdi

Johannes Sigurdsson, de Akranes, o capitão do mar aposentado que tinha vivido em Sandgerdi em torno de 1920
Johannes Jonsson, de Gerdum, proprietário de um navio em Sandgerdi durante os anos 1917-37

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2012 10:53 am

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Durante os anos de 1971-72 E.H. se tornou bem familiarizado com Hafsteinn e soube dele que nunca tinha estado em Sandgerdi antes do desenvolvimento do caso.

Nem tinha ele, tanto quanto pode saber, sequer conhecido qualquer pessoa de Sandgerdi antes que o comunicador tivesse se identificado nos meses anteriores a 1939.

Esta possibilidade, entretanto, não pode ser excluída, especialmente emvista do facto que Hafsteinn gastou aproximadamente dois anos (aproximadamente 1933-35) na área de Keflavik, que está aproximadamente cinco milhas e meia de Sandgerdi.

Em suas primeiras reuniões E.H. questionou Hafsteinn sobre se tinha estado alguma vez nos Arquivos Nacionais ou na Biblioteca Nacional (em Reykjavik) onde os registos escritos relevantes que suportam este caso são mantidos.

Neste tempo Hafsteinn disse que não tinha estado nos Arquivos Nacionais, embora nós soubéssemos mais tarde que esteve, um tópico a que nós retornaremos mais tarde.

Mas aparte desta questão, nós pensamos ser importante examinar estes registos escritos para aprender todos os detalhes que continham, alguns dos quais podiam ter sido omitidos do relatório de Elinborg Larusdottir.

E nós quisemos estar tão certos quanto possível que Hafsteinn não tinha visto os registos escritos antes que o comunicador desse sua identidade nos meses anteriores a 1939.

O leitor terá observado já que os dois registos escritos relevantes, aqueles da paróquia em Utskalar e aqueles nos Anais de Sudurnes (ambos escritos pelo Rev. Sigurdur B. Sivertsen) contém alguns detalhes diferentes.

A comunicação mediúnica não poderia ter vindo inteiramente de tampouco um destes somente porque nenhum contém todos os detalhes da comunicação.

Os registos da igreja não mencionam que Runki tem bebido o álcool quando levao ao mar.
E os Anais de Sudurnes não dão seu último nome (Runolfsson) nem mencionam o facto que seus ossos foram enterrados em Utskalar.

Talvez de mais importância, entretanto, é o facto que embora ambos os registos se refiram ao corpo como “desmembrado”, nenhum afirma que um osso da perna foi perdido quando o restante foi encontrado e enterrado em janeiro de 1880[19].

Mas se nós supusermos que o osso da perna encontrado na casa de Ludvik tinha sido parte do corpo desmembrado de Runki, então a interpretação do caso como um exemplo de clarividência (com ou sem o alguma telepatia das pessoas vivas) requer que a informação transportando todos os factos comunicados verificados deve ter vindo de três fontes.

Por causa da importância que nós demos ao detalhe do osso faltante, E.H. estudou os registos da igreja de Utskalar (nos Arquivos Nacionais de Reykjavik) e os Anais de Sudurnes na Biblioteca Nacional de Reykjavik.

Ele descobriu que Elinborg Larusdottir e o Rev. Jon Thorarensen tinha-os reproduzido exatamente[20] e que de facto ninguém mencionou que uma perna (ou o osso) faltavam do corpo de Runki quando o encontrou-se em janeiro de 1880.

Aparte do antecedente, parece-nos improvável que Hafsteinn pudesse ter lido um ou outro relatório a respeito da morte de Runki antes das sessões relevantes.
Negou sempre ter examinado os registos da igreja de Utskalar ou ter lido os Annals de Sudurnes.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 30, 2012 10:51 am

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Por volta de 1939, e provavelmente por algum tempo antes disso, os registos da igreja da paróquia de Utskalar (para o período em questão) tinha sido transferidos para os Arquivos Nacionais em Reykjavik e aí permaneceu desde então.

Os registos dos Arquivos Nacionais são usados geralmente somente pelos universitários ou pelas pessoas associados com a pesquisa de alguma maneira.

Em princípio, entretanto, estão abertos ao público.
Cada pessoa que usa os materiais dos arquivos é suposta assinar o livro do convidado.

Nós mencionamos anteriormente que quando E.H. questionou Hafsteinn sobre se tinha estado alguma vez nos arquivos nacionais, ele disse que não esteve.
Disse que tinha enviado uma vez um homem aos Arquivos Nacionais para obter para ele uma cópia do certificado de morte da sua mãe.

Mais tarde, entretanto, E.H. encontrou a assinatura de Hafsteinn no livro do convidado dos Arquivos Nacionais na data de 24 de novembro de 1939.
(Nós obtivemos uma fotocópia da página relevante do livro do convidado).

Seu nome não aparece no livro do convidado antes desta esta data em 1939.

Quando E.H. mencionou mais tarde a Hafsteinn que sua assinatura tinha sido encontrada no livro do convidado, ele recordou então que tinha ido realmente aos Arquivos Nacionais com seu amigo Zophonias Petursson.

Disse a E.H. que tinha ficado curioso para ver por si mesmo os detalhes nos registos da paróquia dos quais os acompanhantes lhe disseram que tinham verificado.

Ao mesmo tempo quis ir aos arquivos nacionais olhar algo a respeito de sua mãe falecida.
Zophonias Petursson (cuja a assinatura aparece também no registro dos visitantes) corroborou a memória revivida de Hafsteinn de sua visita aos Arquivos Nacionais 24 de novembro de 1939.

Isto pode ser interpretado como um erro honesto da memória de um evento que aconteceu 32 anos antes de nossos inquéritos de 1971-72.

Hafsteinn disse ainda que nunca tinha estado nos Arquivos Nacionais antes de novembro de 1939, o que foi aproximadamente seis meses depois que o comunicador tinha dado sua identidade correcta e todos detalhes essenciais restantes da comunicação sobre ele próprio[21].

Seria enganador dizer que as assinaturas no livro do convidado dos Arquivos Nacionais fornecem um registo completamente digno de confiança de todas as pessoas que consultam livros e originais nele.

Nós estávamos naturalmente interessados em encontrar no livro do convidado as assinaturas dos acompanhantes que tinham verificado as indicações do comunicador nos registos da igreja da paróquia de Utskalar que foram mantidos nos Arquivos Nacionais.

Nenhuns dos nomes dos acompanhantes apareceu no livro do convidado.
Niels Carlsson disse a E.H. que tinha ido aos arquivos nacionais olhar os registos da paróquia de Utskalar.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 30, 2012 10:51 am

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Ao explicar sua missão a um dos arquivistas, o último tornou-se interessado na matéria, touxe à luz o livro relevante dos arquivos, e examinou-o com Niels Carlsson.

No fim Niels Carlsson verificou (a maioria) os detalhes da comunicação deste exame dos registos da paróquia e deixou os arquivos sem assinar o livro do convidado.[22]

Nós mesmos observamos uma falta de controle em pedir que os visitantes assinem o livro do convidado nos Arquivos.
Nós fomos lá verificar alguns registos, gastamos algum tempo na sala dos visitantes, e então o deixamos sem sermos pedidos para assinar o livro.

Entretanto, em uma visita anterior aos arquivos, E.H. foi pedido para assinar o livro do convidado.
A sala onde os registos podem ser consultados é bem pequeno com lugares para somente 18 visitantes.
Parece razoavelmente certo que todo o visitante regular se tornaria rapidamente conhecido à equipe de funcionários dos arquivos.

Todas as coisas consideradas, entretanto, parece melhor colocar mais confiança em memórias individuais do que nas assinaturas no livro do convidado para se decidir se uma pessoa particular tinha visitado os arquivos em qualquer data dada.

Nós consideramos também a possibilidade que Hafsteinn tivesse examinado o manuscrito dos Anais de Sudurnes que em 1939 foi mantido na Biblioteca Nacional.

O último está realmente no mesmo edifício que os Arquivos Nacionais em Reykjavik.
A entrada nele não requereu assinar um livro do convidado.
Os Anais de Sudurnes existiram somente na forma de manuscrito até ser editado e publicado em 1953.

O manuscrito, entretanto, podia ser consultado prontamente pelas pessoas que pedissem para vê-lo.
O obstáculo principal a qualquer um que faz assim era que muito poucas pessoas souberam de sua existência antes de sua publicação em 1953.

Ao contrário dos registros da paróquia, em que cada ministro é requerido anotar os eventos principais de seu pastorado, os Anais de Sudurnes eram um diário confidencial que o Rev. Sigurdur B. Sivertsen, clérigo de Utskalar para o período em questão, mantinha mais ou menos para seu próprio interesse.

Nós não podemos dizer se não o escreveu ou com o pensamento da publicação eventual.
Mas em todo o caso nós sabemos que existiu somente como um manuscrito que era sabido somente por alguns estudantes até 1953.

É virtualmente impossível que Hafsteinn pudesse acidentalmente “ter tropeçado nele”.
Teria que estar na Biblioteca Nacional e procurar deliberadamente este manuscrito, ou algo como ele, para fim de ter vindo atrás dele.

Supor isto é implicar em fraude e esta parece-nos uma interpretação improvável do caso.

Nenhum jornal diário existiu no período de 1879-80 na Islândia e consequentemente nenhuma obituário ou observação da morte de Runki poderiam ter aparecido nesse formulário.

Dois jornais foram publicados duas vezes por semana no sul e ocidente da Islândia em 1879-80.
E.H. examinou as edições de setembro de 1879, até fevereiro de 1880, de ambos os jornais e não encontrou nada neles sobre Runki.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 30, 2012 10:51 am

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Isto não está surpreendente desde que estes jornais pequenos continham na maior parte notícias políticas ou anúncios governamentais.

Publicavam obituários ocasionais de pessoas proeminentes, mas ignoravam a morte de um homem obscuro como Runki, mesmo supondo que o editor tivesse ouvido falar dele.

Uma outra possibilidade existe para uma comunicação normal.

Nós nos referimos ao facto que algumas pessoas que ainda viviam no fim da década de 1930 e no início da década de 1940 souberam que um fémur “tinha circulado” em Sandgerdi e que um carpinteiro tinha colocado ele nas paredes da casa que comprou mais tarde por Ludvik Gudmundsson.

Parece-nos completamente improvável que algumas destas pessoas soubessem qualquer coisa sobre Runki.

De qualquer modo, não conectaram conscientemente o osso com seu nome quando Ludvik Gudmundsson fazia inquéritos na área sobre a existência de um osso que pertencia a uma pessoa desse nome.

É apenas remotamente possível, entretanto, que uma destas pessoas idosas, nascidas talvez antes de 1880, tivessem sabido quando criança sobre a morte deveras incomum de Runki e tivessem esquecido mais tarde deste fato ao mesmo tempo reter um conhecimento conscientemente vago sobre o fémur faltante.

Se tal pessoa existisse e fosse faladeira, o que soube pode de algum modo ter alcançado Hafsteinn-talvez através de terceiros
(isto seria aparte de uma comunicação telepática, que nós consideraremos mais tarde).

Pareceu importante para nós obter qualquer informação que pudessem responder as perguntas acima.
Por causa do lapso longo de tempo desde a morte de Runki e também desde as sessões em 1938-39, nós não supusemos que muitas testemunhas em primeira mão estariam ainda vivas.

Não obstante, E.H. pôde encontrar-se com alguns informantes úteis.

O primeiro destes foi Helgi Thordarson, que nasceu na Islândia do sul em 1901 e se moveu para Sandgerdi em 1914.
(estava vivendo em Keflavik em 1972).

Tinha vivido na casa comprada por Ludvik Gudmundsson em Sandgerdi e é mencionado no relatório por Elinborg Larusdottir que nós sumariamos anteriormente.

Recordou que um fémur tinha sido mantido na casa comprada mais tarde por Ludvik Gudmundsson.
Acreditou-se que o fémur tinha sido trazido pelo mar.
O osso não foi associado com nenhum homem em particular.

Helgi Thordarson recordou também que quando um quarto no segundo assoalho da casa era remodelado, o carpinteiro, Asbjorn Palsson, colocou o fémur entre as paredes.

Isto aconteceu não muito antes de Ludvik Gudmundsson ter comprado a casa.

Depois da sessão em que Runki se identificou, Ludvik Gudmundsson veio a Helgi Thordarson (porque tinha vivido na casa que Ludvik Gudmundsson tinha comprado) e inquirido dele sobre a perna que o comunicador tinha reivindicado que estava em sua casa (de Ludvik).

Helgi Thordarson mencionou a Ludvik Gudmundsson sobre o carpinteiro, Asbjorn Palsson, que mostrou a Ludvik aonde tinha colocado o fémur na parede.[23]

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 31, 2012 11:17 am

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Helgi Thordarson não pôde indicar definitivamente se tinha ouvido de Runki antes que Ludvik Gudmundsson lhe dissesse sobre a comunicação mediúnica.
Estava, entretanto, completamente certa que o fémur não tinha sido conectado com o nome de Runki antes das sessões.

Nossos inquéritos conduziram-nos também a Jonas Bjarnason, neto de Runki.
Tinha sabido desde sua infância sobre o modo do desaparecimento do seu avô.

Tinha sabido também que o corpo, quando encontrado e enterrado consistia nos “restos” após ele ter sido comido presumivelmente pelos camarões.
Ele não sabia, entretanto, se faltava ou não um pedaço da perna quando o corpo do seu avô foi enterrado.

Nasceu depois que a morte de seu avô.

Um informante, Johannes Jonsson, que tinha sido um proprietário de navio em Sandgerdi desde 1917, disse a E.H. que Ludvik Gudmundsson lhe tinha dito que depois que (Ludvik) se tinha interessado em Runki e que o osso da perna tinha sido encontrado em sua casa, seus inquéritos tinha-lhe conduzido a acreditar que o fémur tinha sido recuperado no início da década de 1920 em que havia uma escavação para uma casa na praia.

Um outro informante, Gisli Gudmundsson, disse que o fémur tinha estado na casa de Ludvik quando viveu lá em 1922, e que tinha sido trazido até lá no ano anterior, provavelmente através do mar.

Gisli Gudmundsson (1948) tinha ouvido sobre Runki, mas afirmou que o fémur não tinha nunca sido associado com nenhum homem particular.
O meio-irmão de Gisli, Einar, recordou também que o fémur estava na casa em 1922.

O osso, ambos concordaram, tinham sido de um homem raramente alto.
Assim a informação mais confiante indica que o osso foi descoberto no início da década de 1920.

Parece quase não ser do conhecimento da vizinhança que os dois crânios mencionados acima foram associados com os pescadores que tinham-se afogado imediatamente antes da virada do século.

Nenhum dos informantes em primeira mão questionados recordaram que o fémur, quando encontrado, foi associado com o Runki (ou com alguma pessoa particular).
Isto não é surpreendente desde que o osso não foi descoberto até aproximadamente 40 anos após a morte de Runki.

E.H. soube também do Rev. Jon Thorarensen, a quem, por causa da edição dos Anais de Sudurnes, era uma fonte possível da informação, que nunca se encontrou com Hafsteinn antes de 1940 e nunca ouviu sobre o fémur perdido antes do desenvolvimento do caso e mesmo quando foi trazido à tona naquela parte da Islândia preocupou-se com ele.

Como uma ajuda à compreensão dos detalhes complicados deste caso, nós apresentamo-los na tabelação abaixo de um sumário das afirmações feitas pelo comunicador, junto com as fontes da verificação para elas e alguns comentários.

DISCUSSÃO

Antes que nós nos ofereçamos as interpretações deste caso reveremos para os leitores diversos do que nós consideramos seus importantes pontos fracos e fortes.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 31, 2012 11:17 am

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Seu primeiro ponto fraco deriva-se da negação inicial por Hafsteinn de que nunca tinha estado nos Arquivos Nacionais.
Isto pode ter sido um lapso honesto da memória, mas outras interpretações não podem ser excluídas.

Uma destas seria que Hafsteinn, antes das sessões relevantes, tinha obtido muita da informação comunicada sobre Runki consultando os registos da paróquia de Utskalar nos Arquivos Nacionais.

Nosso outro conhecimento de Hafsteinn não suporta a ideia de uma fraude tão deliberada.

É também possível que Hafsteinn tinha-se lembrado desde o começo que tinha ido uma vez aos Arquivos Nacionais depois das sessões relevantes a fim verificar a exactidão das comunicações de Runki;
mas então suprimiu esta informação ao falar primeiramente com E.H. fora um medo de que nós pudéssemos pensar que tinha ido aos Arquivos Nacionais antes das sessões com a finalidade de se levantar uma fraude.

Sabendo que era inocente da última ofensa, ele pode ter-se decidido iludir-nos sobre uma visita aos Arquivos Nacionais.

Uma segunda fraqueza do caso encontra-se no facto que o osso encontrado na parede da casa de Ludvik Gudmundsson em Sandgerdi não foi nunca identificado de forma definitiva como pertencente a Runki.

Embora se saiba que o corpo de Runki, quando encontrado na praia, estava “desmembrado” ou “ feito em pedaços” estas frases por si não implicam que todas as peças do esqueleto faltavam.

Foi posteriormente suposto por todas as pessoas relacionadas que o fémur encontrado na parede da casa de Ludvik Gudmundsson tinha sido parte do corpo de Runki.

Os factos de que o fémur era longo e que Runki foi conhecido por ter mais de seis pés de altura sustentou esta conjectura.
Assim como a raridade de encontrar corpos e ossos emergidos na costa nessa parte da Islândia.

É natural ligar qualquer resto que seja encontrado na praia com as poucas pessoas conhecidas por terem morrido em acidentes fora da costa dessa área.

Não obstante, considerando tudo isto, nós permanecemos sem evidência clara que o fémur encontrado na casa de Ludvik tinha sido parte do corpo de Runki.

Nós consideramos seriamente um esforço para desenterrar o corpo e o fémur de Runki de modo que nós pudéssemos determinar se combinavam.

Nós obtivemos mesmo o consentimento da neta e do neto de Runki para isto.
Infelizmente, o cemitério em Utskalar é grande e não havia nenhum indício a respeito da posição de nenhum dos ossos individuais.

As lápides eram na maior parte de origem razoavelmente recente, embora algumas datassem do décimo nono século e de algumas do décimo oitavo século.

As sepulturas pareciam aglomeradas juntas e nós acreditamos que o cemitério contém muitas sepulturas não marcadas e também enterros de corpos “depositados” no mesmo lote colocados em níveis diferentes.

O Rev. Gudmundur Gudmundsson, clérigo de Utskalar, concordou mais tarde com E.H. em nossa conclusão desanimadora sobre a impossibilidade de uma busca para os ossos de Runki no cemitério.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 31, 2012 11:17 am

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Do lado forte do caso nós temos a característica notável do comunicador Runki de expressar prazer em encontrar-se com Ludvik Gudmundsson quando juntou-se pela primeira vez às sessões e dizendo que “seu osso” estava na casa de Ludvik.

Um fémur foi encontrado então subsequentemente na casa de Ludvik como indicado pelo comunicador.
Nenhuns dos acompanhantes souberam da existência deste osso nem tinham ouvido falar da pessoa viva que o comunicador reivindicava ter sido.

A descoberta do fémur harmonizou com todas as indicações restantes verificadas feitas pelo comunicador se nós supuséssemos que o fémur tinha sido parte do corpo vivo de Runki.

Deixe-nos supor por um momento que esta suposição está incorreta e que o fémur descoberto não era de Runki.
O médium ainda teria que unir um grupo incomum de detalhes que dão forma a uma história coerente em que o fémur teve um lugar muito natural.

Isto justifica-nos em inquirir ainda mais sobre como o médium pôde ter obtido toda a informação correcta comunicada.

Nós consideraremos a possibilidade que Hafsteinn tenha adquirido de algum modo o conhecimento sobre Runolfur Runolfsson com os meios normais (a) das pessoas vivas informadas sobre os factos essenciais da morte do comunicador, (b) dos registos escritos sobre ele, ou (c) de uma combinação de ambas estas fontes.

Nós consideraremos estas hipóteses por sua vez.

Como nós mencionamos anteriormente, Hafsteinn gastou aproximadamente dois anos na área de Keflavik e, embora negue ter procedido assim, é concebível que durante este tempo tinha ido até Sandgerdi (aproximadamente seis milhas afastada) e tivesse aprendido lá mais do que ele recordou posteriormente sobre Runki.

E embora nenhuma das pessoas mais velhas que sabiam sobre o fémur que tinha sido colocado na parede de uma casa em Sandgerdi muitos anos antes que tivesse sido identificado com qualquer pessoa em particular, muito menos ainda com Runki, não está além da imaginação supor que Hafsteinn uniu de algum modo os vários fragmentos da informação que colheu acima e mais tarde integrou-a nas comunicações subsequentemente verificadas.

Se nós nos decidirmos que Hafsteinn não teve nenhum contato normal com as pessoas que sabiam sobre a morte de Runki, nós podemos supôr em seguida que obteve sua informação de tais pessoas por telepatia.

Nós podemos identificar diversos candidatos possíveis para o papel do “agente” nesta troca.
Mas nenhum parece ser qualificado satisfatoriamente em todos os aspectos.

Nós pudemos considerar os homens mais velhos de Sandgerdi, em especial, o carpinteiro, Asbjorn Palsson, que soube que o fémur tinha sido colocado na parede, como fontes da informação sobre ele.

Mas, como nós mencionamos, estas pessoas nunca tinham identificado o fémur com qualquer pessoa em particular e mal poderiam ter sido as fontes para toda a informação correcta dada pelo comunicador.

O Rev. Jon Thorarensen era uma fonte da informação sobre a área de Sandgerdi e sabia sobre a morte de Runolfur Runolfsson.
Mas não conheceu Hafsteinn antes de 1940 e não soube nada sobre a existência de um osso da perna em uma parede da casa de Ludvik Gudmundsson antes deste ser encontrado lá.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 01, 2012 11:46 am

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Jonas Bjarnason, neto do comunicador, soube na sua infância sobre a maneira em que seu avô tinha desaparecido durante a tempestade, mas não sabia que um pedaço da perna estava faltando quando seu corpo foi enterrado.

E não sabia nada sobre seu avô estar bêbado na altura de sua morte.
(isto ele somente soube após a publicação do primeiro relatório do caso por Elinborg Larusdottir).

Jonas Bjarnason tinha-se ouvido mais cedo sobre os crânios e um osso da perna que está na casa de Ludvik Gudmundsson em Sandgerdi, mas não tinha conectado estes ossos com nenhuma pessoa particular, incluindo seu avô.

Se o caso devesse ser interpretado como um exemplo de telepatia entre o médium e pessoas vivas, então Jonas Bjarnason pareceria ser uma fonte mais provável da informação telepaticamente derivada, mas ele também não poderia ser qualificado como o único depósito de toda a informação correta comunicada.

Os registos escritos disponíveis fornecem dificuldades similares se nós desejarmos supor que o médium pela clarividência obteve toda a informação correcta comunicada de uma única fonte.

Nós já mencionamos que os detalhes principais sobre a morte de Runki estavam em dois registos escritos em Reykjavik, nos registos da igreja de Utskalar e nos Anais de Sudurnes.

Mas cada um destes registos omitiu um ou dois detalhes significativos encontrados no outro.

O médium negou que houvesse estudado alguma vez estes registos, mas mesmo se tivesse feito assim, não poderia ter obtido deles sozinho a informação correcta sobre o osso da perna que está na casa de Ludvik Gudmundsson.

Recapitulando as possibilidades para que o médium tenha adquirido todas as informações correctamente comunicadas, não parece ser possível atribuir todas essas informações a qualquer pessoa ou fonte escrita isolada.

E isto seria verdade, acreditamos, quer o médium tenha adquirido as informações normalmente ou por PES.
Achamos, portanto, que algum processo de integração de detalhes derivados de diferentes pessoas ou de fontes diversas deve ser suposto na interpretação do caso.

Pode ser mais simples explicar esta integração como devida à sobrevivência de Runki após sua morte física, com a retenção de muitas memórias e sua subsequente comunicação através da mediunidade de Hafsteinn.

Por outro lado, sabe-se que os sensitivos têm realizado feitos notáveis ao receber e integrar informações sem a participação de qualquer personalidade desencarnada.

Este caso, entretanto, não pode satisfatoriamente ser interpretado na base dos detalhes cognitivos somente.

Ao contrário da maioria de casos de comunicadores “esporádicos”, o actual contém detalhes comportamentais ricos e nesse respeito assemelha-se a muitas dos casos do tipo reencarnação na Ásia (Stevenson, 1974).

Os advogados da hipótese de telepatia entre o médium e as pessoas vivas devem também explicar, em nossa opinião, a personificação vivida pelo médium de um carácter completamente diferente dos seus próprios.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 01, 2012 11:46 am

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Infelizmente, nós não sabemos como o carácter de Runki realmente era.
Os Anais de Sudurnes mencionam que estava bêbado no tempo em que foi levado pelo mar, mas esta é a única sugestão de um traço dado nos registros escritos.

Nós não podemos consequentemente dizer que a personificação mostrada pelo comunicador correspondia ao carácter de Runki, desde que nós temos informações escassas sobre ele.

Mas o comunicador não obstante exibiu uma personalidade bem definida e harmoniosa com o pouco que é sabido ou que pode ser conjecturado sobre o Runki vivo.

Houve primeiramente os pedidos importunos e incessantes para a recuperação de uma perna faltante.
Então houve gestos bruscos, mesmo rudes, e alguma demanda por rapé, café, e o álcool.

E finalmente o comunicador mostrou uma reserva bastante inexplicável sobre revelar sua identidade a qual guardou por mais de um ano.
Estes traços comportamentais parecem inteiramente o que nós devemos esperar de um homem que seja apegado aos prazeres sensuais e a seu próprio corpo físico.

Concordam com os factos sabidos a respeito da morte do Runki real.
O leitor deve decidir-se se pensa que Hafsteinn teve uma motivação maior para se comportar na maneira descrita sobre diversos anos do que estar sob o controle do Runki real supondo que este tivesse sobrevivido à morte.

A história de Runolfur Runolfsson não terminou com o enterro do fémur removido das paredes na casa de Ludvik Gudmundsson em Sandgerdi.

Runki continuou a comunicar-se com Hafsteinn.
Embora, como nós já tenhamos mencionado, ele rejeitou anteriormente uma proposta dele de modificar suas maneiras ásperas, fez de facto gradualmente assim.

Tornou-se mais delicado e também crescentemente útil a outros comunicadores.
Eventualmente (em 1949) transformou-se no controle principal do médium e tem continuado a agir desde então assim.

E.H. compareceu a um número de sessões com Hafsteinn em que Runki foi o controle.
Em 1972 Hafsteinn veio a New York pela primeira vez e em sessões que nós ambos assistimos na A.S.P.R.

Runki se comunicou e exerceu uma parte importante nas actas.

Tabulação
Sumário das Declarações Feitas pelo Comunicador Runolfur Runolfsson (Runki)

Item
Verificação
Comentários


1. Seu nome era Runolfur Runolfsson
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes
Anais de Sudurnes dá somente o primeiro nome do falecido, Runolfur.

2. Ele morreu com 52 anos.
Registos da paróquia de Melar citado por Larusdottir (1946)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 01, 2012 11:46 am

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Os registos da igreja mostram que Runolfur Runolfsson nasceu em 25 de dezembro de 1828.
Ele tinha assim 51 anos quando morreu e 52 quando seu corpo foi encontrado em janeiro de 1880.
Eles presumivelmente registaram a partir da data em que seu corpo foi encontrado e ele podia ser declarado morto ao invés de somente desaparecido.

3. Ele viveu em Kolga ou Klappakot.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

4. Ele tinha uma esposa.
Registos da paróquia de Utskalar
Elisabet Helgadottir, neta de Runki

O registo da paróquia afirma que Runki vivia com Gudrun Bjarnadottir, mas não que foram casados.
Elisabet Helgadottir disse que seus avós foram casados.

5. No dia de sua morte ele tinha estado “numa viagem de Keflavik.'
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

6. Tinha parado na casa de Thordarson em Sandgerdi.
Não verificado.

Nunca ficou virtualmente certo que Runki atravessou Sandgerdi antes de alcançar o lugar onde a maré carregou-o longe.
Este lugar (Flankastadir) é perto de Sandgerdi e entre Keflavik e Klappakot, seu destino.

7. O tempo estava extremamente ruim.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

8. Sua casa estava a somente 15 minutos de distância [da casa de Sveinbjorn Thordarson].
Verificado por nós em nossa visita à área entre Sandgerdi e Klappakot

9. Ele foi deixado por si só e andou sobre o cascalho até alcançar Flankastadir.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

Os registos de paróquia não dizem exactamente onde corpo de Runki foi levado.
Mas foi conjecturado que tenha sido levado na área de Flankastadir.

10. Sentou-se e bebeu [espíritos alcoólicos] de uma garrafa que tinha com ele.
Anais de Sudurnes

O Anais de Sudurnes simplesmente registam que “tinha ficado bastante bébado com o conhaque que ele carregava consigo.”

11. Caiu no sono e a maré subiu e arrastou-o longe.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 02, 2012 10:32 am

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Os registos da paróquia conjeturam que Runki foi “levado pela tempestade.”
O Anais de Sudurnes afirma que “o mar carregou-o longe.”

Que ele estava adormecido nessa hora é inverificável, mas provável, desde que é improvável que teria afogado-se se estivesse acordado.

12. Isso ocorreu em outubro, 1879.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

Os registos de paróquia dão a data exata como sendo 16 de outubro, 1879.

13. Ele [i][seu corpo] [i]não foi encontrado até janeiro de 1880.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

Os restos foram enterrados no dia 8 de janeiro de 1880, presumivelmente alguns dias a mais ou a menos depois que foi arrastado e encontrado.

14. Seu corpo foi trazido de volta pelo mar e os cães e os corvos o desmembraram.
Registos da paróquia de Utskalar
Anais de Sudurnes

Ambos os registos declaram só que o corpo foi desmembrado, não como isto realizou-se.
O Anais de Sudurnes inclui uma conjectura que os animais carnívoros aquáticos o tinham comido e tinha desmembrado o corpo e o camarão estragou-o ainda mais.

15. Um osso da perna estava faltando.

16. Ele foi carregado novamente pelo mar, e arrastado até Sandgerdi.

Nos primórdios de 1920 um osso não identificado da perna foi colocado na casa (mais tarde possuída por Ludvik Gudmundsson) em Sandgerdi.
Presumivelmente o osso tem sido achado perto da casa, mas nós não sabemos isto com certeza.

17. O osso da perna estava na casa de Ludvik [Gudmundsson].
E. Larusdottir (1946)
HelgiThordarson, inquilino anterior de casa Ludvik Gudmundsson em Sandgerdiem

Johannes Jonsson Gisli Gudmundsson
Um osso da perna foi achado na casa de Ludvik Gudmundsson.

Definitivamente não pode ser identificado como um osso da perna de Runki.
Helgi Thordarson tinha participado na busca pelo osso na parede da casa de Ludvik Gudmundsson e de sua descoberta.
Veja texto para detalhes das entrevistas de E. H. com todos os informantes para este item.

18. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Utskalar.
Registos da paróquia de Utskalar

19. Ele parecia ser muito alto.
Jonas Bjarnason, neto de Runki

Runki era três “alin” (“ell” em dinamarquês) alto.
Isto quer dizer aproximadamente seis pés e uma polegada.

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