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Casos de Mediunidade

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Casos de Mediunidade - Página 5 Empty Re: Casos de Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 19, 2012 9:48 am

O Caso de Giuseppe Riccardi: Um Raro Comunicador Drop-In na Itália
Silvio Ravaldini, Massimo Biondi e Ian Stevenson

RESUMO

Numa sessão mediúnica ocorrida em 1948 em Toscana, Itália, um comunicador identificou-se como Giuseppe Riccardi dizendo que tinha sido sacerdote de Cantão, Ohio (U.S.A.), e que tinha sido baleado por uma mulher enlouquecida logo depois que ele proferiu a missa na sua igreja.

Em 1987 investigações nos Estados Unidos mostraram que todos estes detalhes eram correctos.
O Padre Joseph Riccardi foi assassinado em 10 março de 1929 em Cantão, Ohio.

De duas breves notícias de jornal publicados na Itália sobre o assassinato uma identificou somente o local como Cantão, sem mais detalhes de sua localização;
e a outra imprimiu erroneamente o nome do estado de Ohio como "Chio".

O médium era um jovem de 16 anos quando o Padre Riccardi foi assassinado.
A sua família viveu numa aldeia de Toscana e não assinava nenhum jornal.

A família de Riccardi viveu primeiro na Sicília e então, cerca de duas décadas antes da época do assassinato, migrou para os Estados Unidos.

É extremamente improvável que o médium tenha sabido normalmente sobre o assassinato do Padre Riccardi no que, dois dos autores acreditam, ele de algum modo obteve conhecimento de forma paranormal.

INTRODUÇÃO

Um comunicador ‘drop-in’ é definido como alguém que é completamente desconhecido ao médium e aos acompanhantes no tempo da comunicação;
depois da sessão eles verificam a existência de uma pessoa correspondendo aos detalhes que o comunicador fornece.

Os casos deste tipo que parecem autênticos não ocorrem com frequência.
Não obstante, através dos anos um certo número desses casos foi publicado, e uma lista incompleta incluiria aqueles informados por Gauld, 1971;
Haraldsson & Stevenson, 1975; Hill, 1917; Myers, 1890; Stevenson, 1970; Tyrrell, 1939; e Zorab, 1940.

Os comunicadores ‘drop-in’ têm grande importância teórica (e prática) para a questão da sobrevivência depois da morte corpórea.

Nem pistas normais dadas ao médium pelos acompanhantes nem telepatia entre os acompanhantes e o médium podem ser usados plausivelmente como interpretações.

Atribuir poderes paranormais ilimitados ao médium — a interpretação às vezes conhecida como a hipótese 'super-PES' — parece também inaceitável, porque não se dirige a pergunta de porque o médium selecciona uma pessoa morta em vez de outra como o pretenso comunicador.

Deve-se admitir que nem todos os comunicadores drop-in explicam satisfatoriamente a razão deles se comunicarem em uma época e local particulares, mas alguns deles deram explicações pertinentes para suas comunicações.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 20, 2012 11:03 am

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No entanto, comunicadores drop-in são um tipo de caso fácil de fraudar, e alguns casos também foram mostrados serem devido a fontes normais de informação
(Podmore, 1897, pp. 131-2; Stevenson & Beloff, 1980).

Em 1987 descobriu-se um comunicador drop in que tinha se manifestado numa sessão na Itália assim como em 1948 quando forneceu informações correctas sobre um assassinato que tinha ocorrido quase vinte anos antes da sessão.

A rara demora em verificar a existência do comunicador junto com algumas outras características do caso foram relatadas em detalhe.

Um de nós (S.R.) já publicou um relatório dele em Luce e Ombra (Ravaldini, 1987).
No entanto, este jornal pode não ser acessível a muitos leitores em países de língua inglesa, e talvez só alguns deles leiam em italiano.

O relatório presente, além de repetir o essencial do relatório italiano, fornece algumas importantes informações adicionais obtidas durante a investigação do caso.

RELATÓRIO DO CASO

O médium referido neste caso nunca exerceu-se como profissional, e ele deseja permanecer anónimo.
Nós portanto demos-lhe o pseudônimo de Luigi Pisano.

Informações sobre Luigi Pisano

Luigi Pisano estava em Toscana por volta de 1913.

Ele ainda vive, mas os parentes que podiam informar sobre sua vida pregressa morreram, e ele se não deseja ser entrevistado sobre sua mediunidade nem factos biográficos de sua vida.

Ele cresceu numa grande aldeia em volta de Florença.
Acontece que um de nós (S.R.), embora nascido em Génova, cresceu na mesma aldeia de Toscana.

Tem uma população de talvez 5.000 pessoas.
A família de Luigi Pisano viveu perto do limiar da pobreza, e ele recebeu apenas uma educação elementar do colégio.

Exerceu numa variedade de ocupações, sendo em épocas diferentes barbeiro, vendedor, e secretário.

Quando Luigi Pisano era ainda jovem, ele teve um número de visões espontâneas que foram ditas corresponder a acontecimentos além do alcance de seus sentidos normais.

Ele também parece ter sido um foco de efeitos psicocinéticos.

Nos anos finais da década de 30 ele tornou-se um médium de transe, e uma variedade grande de fenómenos, incluindo comunicações de voz directas, ocorreram durante sua mediunidade, que durou de 1937 a 1952.

Um de nós fez um registo de sua mediunidade (Ravaldini, 1972).
As sessões do Sr. Pisano foram dadas na própria casa que S. R. possui na aldeia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 20, 2012 11:04 am

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Haviam normalmente cerca de dez pessoas presentes.
Um dos acompanhantes fez anotações (quase literalmente) das comunicações recebidas ou outros fenómenos observados.

Durante as sessões o médium estava num transe profundo, e depois ele sofria de amnésia sobre o que tinha ocorrido.

As comunicações eram de voz directa.
O médium teve vários controles, e aquele da época das comunicações de Riccardi foi chamado Mariol.

Um grande número de pessoas mortas pretenderam se comunicar através do Sr. Pisano.

Alguns comunicadores eram conhecidos dos acompanhantes, mas houve também mais de 100 comunicadores que eram ostensivamente pessoas desconhecidas a qualquer um dos presentes.

A maioria destes comunicadores, que podiam ser considerados como 'comunicadores drop-in’, falharam em dar informação suficiente para a verificação de sua existência.

Giuseppe Riccardi, o comunicador do caso presente, é o único claramente identificado com uma pessoa que viveu;
mas dois outros comunicadores ainda podem ser averiguados.

As Comunicações de Giuseppe Riccardi

No dia 18 de novembro de 1948, a sessão foi realizada, como de costume, no lar de S.R. na aldeia de Florença próxima onde ele e o Sr. Pisano então viveram.

Além do médium havia dez acompanhantes que eram todos membros da família de S. R. e um círculo de amigos.
Depois que o médium entrou num transe, o controle, Mariol, fez algumas observações preliminares.

Um comunicador então se manifestou e falou sobre ter-se afogado, parecendo reviver os momentos de agonia, mas não deu nenhum pormenor de quem ele tinha sido ou onde tinha se afogado.

Então veio a seguinte comunicação:
Eu não o posso ver, mas eu sinto que você existe assim como eu uma vez existi.
Eu era um sacerdote, eu estou feliz.

Estou alegre que você finalmente sabe a verdade.
Eu fui morto com um revólver.

Eu não guardo nenhum rancor.
Eu era sacerdote em Cantão, Ohio.
Giuseppe Riccardi.

Eu não sei quem vocês são; eu só sei que nós somos irmãos.
Nós não estamos uns contra os outros; somos irmãos.
Uma mulher baleou-me depois que eu tinha celebrado a missa.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 20, 2012 11:04 am

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O sacerdote não importa; o que importa é o irmão Giuseppe Riccardi.
Quando baleado, senti-me muito quente.
Levantei-me e quis perguntar a esta mulher por que ela tinha me baleado com uma pistola.

Ela estava num tipo de estado histérico, e ela não prestou nenhuma atenção a mim.
Ela não pareceu ciente que eu que tinha pedido a ela que me levantasse.
Mas isso não importa mais.

Somos todos irmãos, eu desejo para vocês as luzes e as belas flores de Ohio.
A luz, tudo o que é bom, tudo que é bom para todos vocês todos os seus amados e muita luz para vocês.[/i][1]

Em seguida á comunicação acima, ao menos dois outros comunicadores manifestaram-se na mesma sessão;
mas como o primeiro comunicador, eles não deram nenhum detalhe verificável de sua existência.

Giuseppe Riccardi comunicou-se brevemente em duas sessões posteriores com Luigi Pisano.

Numa sessão em 4 de maio de 1949, foi registado o seguinte:
Eu fui atingido embaixo do altar.
Isso não importa.

Vivemos eternamente e a justiça prevalece.
Que Deus ilumine a vocês, a todo o mundo.
Amor e saudações, saudações a vocês.


Na sessão de 14 de novembro 14 de 1950, o seguinte foi registado:
Eu era um homem e eu morri — talvez perto de vocês, talvez longe.
Giuseppe. Eu era sacerdote.
Eu entendo a razão de seu interesse e eu estou feliz.


Verificação das Declarações do Comunicador

Nenhum dos acompanhantes (ou o médium) jamais tinha ouvido falar de um Padre Giuseppe Riccardi de Cantão, Ohio.

O comunicador não tinha dado nenhum data para sua morte, e as possibilidades de verificar o que ele tinha dito pareciam bastante reduzidas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 21, 2012 10:48 am

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Não obstante, em outubro de 1979 S.R escreveu a I.S. e perguntou se ele tentaria verificar-se da existência de Giuseppe Riccardi e saber como que ele tinha morrido.

Aconteceu que I.S. estava no estrangeiro quando a carta de S. R.chegou, e uma assistente respondeu brevemente, explicando que sem uma data para a morte do Padre Riccardi a tarefa de procurar os registos consumiriam uma quantidade enorme de tempo.

Ela sugeriu que a própria S.R. escrevesse ao escritório da diocese Católico Romana a que Cantão, Ohio, pertence e pedir que o seu pessoal fizesse as pesquisas.

Mais tarde, em 1984, M.B. escreveu a outro assistente de I. S. e perguntou a ele onde ele poderia localizar os vestígios do Padre Giuseppe Riccardi.

No entanto, a equipe na Universidade de Virginia não fez nada sobre a questão, e I.S. não pode mais tarde se lembrar de alguma vez ter visto a correspondência da Itália em 1979 e 1984.

Em junho de 1986, I.S. estava em Verona, onde tinha ido visitar Gastone de Boni, um amigo velho. S.R. estava também em Verona então, e ele trouxe à tona mais uma vez a possível averiguação da morte de Giuseppe Riccardi.

I.S. prometeu examinar a questão, e quando retornou à Universidade de Virginia, ele olhou a correspondência de 1979 e decidiu que um esforço deveria ser feito para saber se um Giuseppe Riccardi havia existido e morrido em Cantão, Ohio.

Assim, Susan Adams, a assistente de pesquisa de I S. naquela época, soube que Cantão está dentro da diocese de Youngstown, Ohio, e ela escreveu ao escritório da diocese.

Uma resposta datada de 7 de maio, 1987, determinou que um Padre Giuseppe Riccardi de St. Anthony Parish, Cantão, tinham morrido em 10 março de 1929.

Tinha servido nessa paróquia desde 1925.
Esta carta não deu nenhuma outra informação.
No entanto, a informação que deu bastou para localizar o registro de morte do Padre Riccardi em jornais americanos.

Susan Adams também notificou S.R. sobre a informação que ela tinha obtido, e M.B. (que vive em Roma) começou uma procura por relatórios da morte nos arquivos de jornais da Biblioteca Nazionale Centrale Vittorio Emanuele II em Roma.

Nós primeiramente daremos as informações relevantes nos jornais americanos e então informaremos o que nós achamos nos italianos.

Seguinte a estas secções, nós descreveremos os resultados de mais inquéritos que nós fizemos sobre a vida de Padre Riccardi.

Reportagens da Morte do Padre Riccardi nos Jornais Americanos

Nós examinamos as reportagens sobre a morte do Padre Riccardi no Youngstown Vindicator, no Youngstown Telegram, no Canton Evening Repository, e no New York Times, todos de 11 de março de 1929.

Nós também examinamos o Canton Evening Repository de 12 março de 1929.

Estes registos afirmaram que o Padre Riccardi tinha acabado de dizer a missa (em 10 de março), e a maioria da congregação tinha deizado a igreja quando ele foi baleado.

Ele ia baptizar um bebé, quando uma mulher, Sra. Mamie Guerrieri, aproximou-se do vestíbulo, trocou algumas palavras com ele, e então abriu fogo com um revólver.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 21, 2012 10:48 am

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Embora tenha disparado cinco vezes, só duas balas feriram Padre Riccardi.
Viveu tempo suficiente para fazer uma declaração e, morreu nove horas depois que foi baleado.

Sua morte foi atribuída a hemorragia.
Antes de ele morrer, disse que a Sra. Guerrieri tinha-o acusado de molestar sua filha de cinco anos de idade, que ia à paróquia da escola.

Padre Riccardi disse que estas acusações eram completamente falsas, e um investigador médico mais tarde concordou com ele.

Houve uma especulação que a Sra. Guerrieri pode ter agido em favor de membros decepcionados da congregação que tinham-se oposto fortemente a uma mudança recente na posição da igreja.

Padre Riccardi de pai tinha sido o instrumento de mudança da igreja a um novo local, e um processo que surgiu desta mudança mostrou como esta mudança tinha amargurado alguns paroquianos.

O Youngstown Telegram e o Canton Repository deram alguns detalhes sobre a vida do Padre Riccardi.

Tinha 32 anos de idade quando morreu.
Ele estudou na Faculdade de St. Ignatius em Cleveland, Ohio.

Depois de se graduar, ele assistiu a seminários em Cleveland, Ohio, e em Rochester, N.Y. Mais tarde, ele estudou na Faculdade de Capranica em Roma, e foi ordenado aí em 1924.

Ele então retornou aos Estados Unidos e exerceu seus deveres na Igreja de St. Anthony, Cantão, Ohio, em 1925.

Ambos seus pais, três irmãos, e três irmãs viviam em Cleveland, Ohio, na época de sua morte.
Os relatórios não deram nenhuma informação sobre onde Padre Riccardi tinha nascido ou se outros membros de sua família ainda viviam na Itália quando morreu.

O New York Times atribuiu seu registo à Associated Press.

Reportagens da Morte do Padre Riccardi nos Jornais Italianos

De seu conhecimento da aldeia onde o médium e ele tinham vivido em 1928, S.R pode afirmar que somente dois jornais chegaram à aldeia naquela época.

Estes eram // Telegrafo de Livorno e La Naiione de Florença.
Mesmo estes jornais, no entanto, chegaram na aldeia somente em números pequenos entregues aos lares de pessoas educadas ou bem sucedidas.

A família de Luigi Pisano não assinava nenhum jornal e, no que diz respeito, nem a de S. R. nos ano de 1920.
Não obstante, uma procura dos jornais que soube-se chegar à aldeia pareceu ser um passo importante na investigação.

La Nazione não publicou nenhum relatório sobre o assassinato do Padre Riccardi, mas o // Telegrafo imprimiu o seguinte em 12 de março de 1929:

Um Acontecimento Trágico na Igreja Católica de Cantão Cantão (Chio) [sic] na noite do dia 11

Um acontecimento trágico ocorreu repentinamente hoje de manhã na igreja Católica.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 21, 2012 10:49 am

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Padre Giuseppe Riccardi tinha acabado de celebrar a Missa e preparava-se para deixar o altar, quando uma mulher, que aparentemente sofre de doença mental, repentinamente confrontou o sacerdote e, à queima-roupa, atirou nele com um revólver.

Atingido por cinco balas, Padre Riccardi caiu ao chão e foi levado ao hospital, onde morreu logo depois.[/i]

Desejamos chamar a atenção dos leitores ao erro tipográfico na reportagem do // Telegrafo'' relatório na ortografia de Ohio como Chio.

Quando a maioria das pessoas ouve uma referência a Cantão, elas pensam na cidade com este nome da China, que tem mais de dois milhões de habitantes.
Cantão, Ohio, em contraste, é uma cidade pequena com aproximadamente 120.000 habitantes (hoje), e é pouco conhecida mesmo nos Estados Unidos.

S.R. e M.B. conduziram entre alguns italianos educados uma pesquisa informal sobre seus conhecimentos e descobriram que eles invariavelmente localizaram Cantão na China.

Acreditamos que esta associação pode ter influenciado o tipógrafo do // Telegrafo a imprimir Chio, em vez de Ohio, sob a impressão equivocada de que a reportagem veio de uma província da China.

Nesta conexão nós desejamos realçar que o médium pronunciou a palavra Ohio distintamente duas vezes durante a primeira comunicação de Riccardi.

A palavra Chio em italiano soaria como 'keeyo' em inglês e não seria confundida com Ohio adequadamente pronunciado.

Em 1987 M.B. e S.R. examinaram os arquivos de um outro jornal, um semanal, La Domenica del Corriere.

No entanto, não continha nenhuma reportagem da morte do Padre Riccardi.
Em novembro de 1988, I.S. estava em Bolonha, e ele sugeriu que a análise dos jornais italianos devia ser estendida ainda mais.

Assim, ajudado pelo Sr. Orfeo Fiocchi, ele visitou a Biblioteca Comunale dell'Archiginnasio em Bolonha e examinou mais seis jornais italianos, a maioria deles diários, quatro ou cinco dias seguintes ao assassinato do Padre Riccardi.

Esta procura adicional mostrou que o L'Avvenire d'ltalia também tinha impresso um registo da morte do Padre Riccardi em sua edição de 12 março de 1929.

Este jornal é uma publicação católica impressa em Bolonha, mas tinha uma distribuição nacional.
Seu registo do assassinato do Padre Riccardi era quase idêntico ao do // Telegrafo.

Uma diferença era que o lugar do assassinato foi identificado simplesmente como Cantão, sem uma localização adicional.

Também, a reportagem foi atribuída a uma comunicação de rádio, mas esta referiu-se a uma mensagem transatlântica e não implicou em qualquer transmissão de rádio da notícia dentro da Itália.

Depois da descoberta de uma segunda reportagem sobre o assassinato do Padre Riccardi num jornal italiano, pareceu importante continuar os exames.

M.B. fez isto em Roma.
No final, nós estudamos doze jornais italianos durante o período do assassinato;
mas não achamos nenhum outro relatório disto neles.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 22, 2012 10:30 am

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Será apropriado acrescentar aqui que os assistentes de I.S. examinaram os arquivos do London Times, mas não encontraram nenhum relatório do assassinato nesse jornal.

Inquéritos Adicionais sobre a Vida de Padre Riccardi

Consideramos essencial saber onde Padre Riccardi tinha nascido.
Nenhum dos relatórios de jornal tinha dado esta informação.

Pensamos que a informação poderia estar incluída na cópia do julgamento da Sra. Mamie Guerrieri com relação ao assassinato do Padre Riccardi, mas quando solicitamos este registo do escritório da Stark County (onde Cantão, Ohio, é localizada), soubemos que a cópia não podia ser localizada.

I.S. se correspondeu com a Universidade de John Carroll na Universidade Heights, Ohio.

Esta instituição tinha absorvido a Faculdade St. Ignatius e tinha conservado seus registos.
Seu supervisor de registros era capaz de dizer-nos que Padre Riccardi tinha estudado aí de setembro 1917 a junho 1918.

A faculdade tinha registado sua data de nascimento como 27 agosto de 1896, mas não tinham anotado seu local de nascimento.

Nossa próxima tentativa foi a Faculdade de Capranica em Roma, onde algumas cartas e documentos concernentes ao Padre Riccardi foram mostradas e pessoalmente examinadas.

Disto nós soubemos que esse Padre Riccardi já quase tinha completado seus estudos teológicos nos Estados Unidos e tinha mesmo recebido o primeiro nível de sua ordenação aí.

Retornou à Itália ao fim de 1923 principalmente para melhorar seu conhecimento da linguagem italiana.
(Como mencionamos anteriormente, Riccardi Padre recebeu sua ordenação final em 1924 e, tendo retornado aos Estados Unidos, exerceu seus deveres na igreja de St. Anthony em Cantão, Ohio, em 1925.)

Mais importante, a faculdade tem conservada a ficha em que Padre Riccardi mostrou ter sido baptizado (no dia 30 de agosto de 1896) e confirmado (no dia 1 de junho de 1901) na diocese Alcara li Fusi em Patti, Sicília.

Estava claro também que seus pais tinham se casado na mesma paróquia.
Nós também obtivemos uma certidão de nascimento do Padre na aldeia de Alcara li Fusi.

Soubemos também que ele e seus pais viveram na Sicília ao menos nos primeiros cinco anos de suas vida.
Nós não soubemos quando a família emigrou para os Estados Unidos, mas isto provavelmente ocorreu na primeira década do século.

A residência da família na Sicília e a emigração aos Estados Unidos ao menos quinze anos antes do assassinato do Padre Riccardi em 1929 torna extremamente improvável que qualquer um em Toscana teria dado qualquer atenção para o assassinato, ainda que tinham lido dele nos jornais.

Nós também podemos excluir, mesmo mais firmemente, a possibilidade de uma transmissão da notícia numa rádio em Toscana.
Os toscanos teriam pequeno interesse no assassinato de um sacerdote siciliano nos Estados Unidos.

À parte disto, as estações de rádio desse período estiveram fortemente controladas pelo regime fascista de Mussolini, e quase inteiramente dadas a seus propósitos, que não incluíram atenção a um assassinato na América.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 22, 2012 10:30 am

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DISCUSSÃO

Neste caso a hipótese de fraude parece ter quase nada em seu favor.

Se Luigi Pisano tinha desejo de fraudar, ele facilmente podia ter estudado necrologias de pessoas que tinham morrido na Itália cuja existência podia ser verificada sem muita dificuldade.

Há pouco intento em fraudar a menos que se receba alguma satisfação ou crédito pelo que você fez.

Alguns fraudadores têm a motivação de exibir a ineficiência de peritos, Van Meegeren, que imitou as pinturas feitas por Vermeer (Tietze, 1948), assim como o fraudador ainda não claramente identificado do homem de Piltdown (Weiner, 1955) parecem estar nesta categoria.

Uma fraude exposta pelo S. P. R. (Anon., 1924) pode ter tido este motivo, mas nós não podemos estar seguros.

O motivo comum de médiuns fraudadores seguramente deve ser a esperança de influenciar a clientela através de impressionantes produções de comunicações verificáveis (ou fenómenos físicos).

Se Luigi Pisano produziu a comunicação de Giuseppe Riccardi fraudulentamente, ele certamente não fez nada para ajudar na verificação que teria lhe dado
crédito por 'ter trazido' uma pessoa identificável ao invés de uma que, apesar de toda a sua plausibilidade ou não, poderia ser puramente imaginária.

Trinta e nove anos decorreram entre o tempo da primeira comunicação de Riccardi e a verificação dos detalhes comunicados.

Mesmo assim, as declarações provavelmente teriam permanecido inverificadas, se I.S. não tinha encontrado S. em Verona em junho de 1986 e sido convencido por ele a fazer um determinado esforço para averiguar-se das comunicações.

As comunicações ostensivas de Giuseppe Riccardi não continham nada que fosse verificável que não estivesse incluído nos relatórios da morte do Padre Riccardi que os jornais italianos publicaram.

O comunicador declarou um detalhe que nós tínhamos a esperança de verificar, mas não pudemos.
Disse que depois que foi baleado pela mulher ele tinha tentado se levantar e que tinha perguntado à mulher que lhe deu o tiro que o ajudasse a levantar-se.

Nenhuma das reportagens dos jornais americanos mencionaram que Padre Riccardi tivesse feito isto.

No entanto, permanece plausível que fizesse assim.
O tiroteio tomou-o inteiramente de surpresa.

Além do mais, embora a Sra. Guerrieri, como mencionamos, disparou no Padre Riccardi cinco vezes, só duas balas acertaram nele — no pescoço e abdome;
e viveu mais ou menos nove horas depois que foi ferido antes de morrer de hemorragia.

Portanto, depois que tinha sido baleado e caído, ele quase certamente teria tido força suficiente para se levantar, e ele mais tarde falou o suficiente para as alegações da Sra. Guerrieri.

Não obstante, o detalhe na comunicação que Padre Riceardi quis levantar-se e pediu que a mulher o ajudasse nisso então permanece não verificado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 22, 2012 10:31 am

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Que as comunicações não contem nem mais nem menos de informações verificáveis que os jornais de Itália informaram pode parecer favorecer a interpretação o caso como uma criptomnésia.

No entanto, dois de nós (S.R. e I.S.) não acreditamos que esta seja a interpretação correcta do caso pelas seguintes razões.

Luigi Pisano era um jovem de apenas dezasseis anos quando o assassinato do Padre Riccardi ocorreu.
Embora cópias do// Telegrafo chegaram na aldeia onde viveu, a sua família não era assinante.

Nós não podemos excluir a possibilidade de que Luigi Pisano em algum lugar casualmente leu uma notícia da morte do Padre Riccardi, talvez numa cópia de jornal jogada próxima de um bar ou restaurante da aldeia;
mas pensamos isto ser extremamente improvável.

No entanto, se ocorreu dele ler o relatório da morte do Padre Riccardi no // Telegrafo (ou a reportagem no L'Avvenire d'ltalia), ele provavelmente teria situado a morte em Cantão, China, não Cantão, Ohio.

Outra possibilidade é que Luigi Pisano ouviu por acaso outras pessoas conversando sobre o assassinato do Padre Riccardi.
Isto poderia também ocorrer num bar ou restaurante.

Padre Riccardi, no entanto, veio da Sicília, e não teria havido nenhuma razão para pessoas de Toscana conversar sobre seu assassinato em bares e restaurantes.

Pensamos que o longo período latente de dezanove anos entre a morte do Padre Riccardi (em 1929) e a primeira comunicação (em 1948) faria deste caso um recorde de demora antes da germinação de uma comunicação criptomnésica.

Entretanto, no caso Blanche Poynings (Dickinson, 1911) a informação estava latente na mente do médium por uns doze anos.

Se a criptomnésia for a interpretação correta para este caso e Luigi Pisano derivar a informação correcta nas comunicações de ouvir em vez de ler sobre a morte do Padre Riccardi, o caso ainda seria raro, porque poucos casos documentados de criptomnésia se derivaram de exposição auditiva da fonte normal de informação (Stevenson, 1983).

No entanto, nossa razão principal para rejeitar uma fonte auditiva de criptomnésia é a mesma para rejeitar uma fonte de jornal:
por qualquer rota de transmissão o Cantão referido provavelmente foi colocado na China, não em Ohio.

Nós mesmos acreditamos que a fraude não é uma explicação convincente para o caso.
Dois de nós (S.. e I.S.) também acreditamos que a criptomnésia foi satisfatoriamente excluída, e favorecemos a hipótese espírita, isso é, que as comunicações derivaram de um Giuseppe Riccardi desencarnado que tinha sobrevivido morte.

S.R. adopta esta interpretação absolutamente, I.S. com reconhecimento que nós absolutamente não excluímos outras possíveis explicações.
M.B., de sua parte, acredita que nós sequer nem excluímos criptomnésia, e ele suspende seu julgamento sobre a melhor interpretação do caso.

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos são devidos a Susan Adams pelos persistentes inquéritos na diocese Católica Romana de Youngstown, Ohio que levou à verificação da morte do Padre Giuseppe Riccardi.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 23, 2012 10:41 am

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Nós também agradecemos a Orfeo Fiocchi pelo auxílio na procura pelos relatórios da morte do Padre Riccardi em jornais italianos.

Somos também agradecidos a Richard H. Barrick, Esq., pelo problema que ele tomou em localizar os registros do julgamento de Sra. Mamie Guerrieri pelo assassinato do Padre Joseph Riccardi.

Emily Williams Cook melhorou o artigo com comentários úteis em um esboço.

Silvio Ravaldini
Massimo Biondi
Ian Stevenson

Piazza Azzarita 5
Via de Roberto 9

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40122 Bologna, ITALY

00137 Rome, ITALY
Box 152, Health Sciences Center

University of Virginia Charlottesville, Virginia 22908,USA

REFERENCIAS

Anon. A fictitious communicator. JSPR, 1924, 21, 306-314.
Dickinson, G. L. A case of emergence of a latent memory under hypnosis. ProcSPR, 1911, 25, 455-467.

Gauld, A. A series of'drop-in' communicators. ProcSPR, 1971, 55, 273-340.
Haraldsson, E. and Stevenson, I. A communicator of the 'drop-in' type in Iceland: The case of

Runolfur Runolfsson.7/l.S7>tf, 1975, 69, 33-59.
Hill, J. A. Psychical Investigations. New York: Doran, 1917.

Myers, F. W. H. A Defence of Phantasms of the Dead. ProcSPR, 1890, 6, 314-357.
Podmore, F. Studies in Psychical Research. New York: G. P. Putnam's Sons, 1897.

Ravaldini, S. II paranormale in casa mia: Nascita e sviluppo di una medianita (1937-1952). Luce e Ombra, 1972, 52, 1-126; 129-252.

Ravaldini, S. II caso Riccardi: Verifica di una personalita 'drop-in'. Luce e Ombra, 1987, 87, 307-319. Stevenson, I.

A communicator unknown to medium and sitters: The case of Robert Passanah. JASPR, 1970, 64, 53-65.
Stevenson, I. Cryptomnesia and parapsychology.y.S/7?, 1983, 52, 1-30.

Stevenson, I. & Beloff, J. An analysis of some suspect drop-in communications. JSPR, 1980, 50, 427-447.
Tietze, H. Genuine and False: Copies, Imitations, Forgeries. London: Max Parrish and Co., 1948.

Tyrrell, G. N. M. A communicator introduced in automatic script. JSPR, 1939, 31, 91-95.
Weiner, J. S. The Piltdown Forgery. London: Oxford University Press, 1955.

Zorab, G. A case for survival? JSPR, 1940, 31, 142-152.
[1] I.S. fez todas as traduções de documentos ou jornais na Itália.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 23, 2012 10:42 am

Investigação Psíquica e Serviço Humanitário: O Caso de Gerard Croiset
Jorge Villanueva

INTRODUÇÃO

Gerard Croiset é considerado por muitos pesquisadores do campo, provavelmente o mais dotado clarividente da história desta ciência.

Sua fama transcendeu as fronteiras de seu país natal (Holanda) e sua capacidade extra-sensorial o fez famoso em todo mundo.

Este "paragnosta", como o definiu o Doutor W.H.C. Tenhaeff (1934), é, quiçá, o psíquico que foi submetido experimentalmente mais do que nenhum outro.

Minha intenção é, brevemente, destacar alguns dos aspectos mais importantes de sua vida em função da parapsicologia, para quem este sujeito possa ser desconhecido, ou simplesmente para recordar, entre aqueles que já conhecem a literatura sobre este tema, o valor que encerra o estudo actual da investigação qualitativa e observacional na investigação psíquica.

Gerard Croiset: Vida do "Radar Humano"


Croiset nasceu em 10 de Março de 1909, na pequena cidade de Laren, na província de Holanda Setentrional, e morreu próximo de seu povo natal em 20 de Julho de 1980, aos 71 anos de idade.

Seus pais, ambos de origem judia, trabalhavam no teatro;
seu pai -Hyman Croiset- era um conhecido ator quem realizava viagens contínuas pela Holanda e Bélgica, representando os principais papéis em dramas de Shakespeare e Ibsen;
sua mãe era a encarregada dos armários.

O irmão de Gerard, de nome Max, era também um reconhecido actor e cantor.

Desde a infância Croiset experimentou profundos sentimentos de insegurança e abandono por causa dos problemas suscitados em seu lar, onde seu pai se ausentava durante longos períodos para depois retornar só temporariamente.

Isto foi motivo para que surgisse no pequeno Gerard, um estado de instabilidade emocional que se traduziu em agressividade e retracção.

Por isso, mal conheceu o que é a vida de lar, já que aos oito anos o colocaram numa casa de criação, onde começou para ele, uma existência infeliz.

Conviveu com seis casais distintos de pais adotivos. Um destes, irritado pela conduta do pequeno, não encontrou melhor maneira do que prender uma de suas pernas a uma estaca.

Em sua meninice, foi extremamente desnutrido e padeceu de raquitismo, e devido a isto, passava a maior parte do tempo em solidão.

Como evasão a essa dura realidade, dedicava-se a escrever a pessoas às quais nunca tinha conhecido e falar de lugares que nunca tinha frequentado.

Sentia-se rodeado de personagens criados pela sua própria imaginação.

Esse sonhar desperto, somado a suas contínuas relações telepáticas com as demais pessoas foram os primeiros sinais de seus dotes paranormais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 23, 2012 10:42 am

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Outras experiências conflitantes marcaram a vida deste psíquico.

Depois de vários anos, quando os alemães ocuparam Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial, em maio de 1940, Croiset se viu obrigado a levar um bracelete com a estrela judia.

No início de 1941, quando, junto a sua mulher Gerda ter Morsche e seus filhos, vivia na cidade de Enschede, nas redondezas da fronteira alemã, a polícia de ocupação se apresentou em sua casa e o prendeu, sendo transladado a Alemanha onde permaneceu prisioneiro até 1943 quando foi posto em liberdade.

Em 17 de Outubro do mesmo ano, foi novamente detento junto a outros compatriotas.
Esteve num campo de prisioneiros, durante alguns meses, e depois liberado sem explicação alguma.

[b]Gerard-Croiset: Objecto de Investigação Científica[/bi]

Mas a experiência mais importante de sua vida teve lugar já finalizada a guerra, uma noite de dezembro de 1945.

Movido pela curiosidade, assistiu a uma conferência sobre parapsicologia pronunciada pelo Dr.W.H.C. Tenhaeff, um dos pioneiros da investigação psíquica no mundo Ocidental, aos alunos de uma escola para adultos.

Essa reunião significou para Croiset uma profunda mudança em sua vida, já que compreendeu que sua faculdade extra-sensorial recém descoberta tinha agora um novo sentido e direcção.

Rememorando essa noite, o Dr. Tenhaeff declarou:
"... Tinha ouvido da capacidade de Croiset mas essa foi a primeira vez que o vi.

Depois da conferência, veio ver-me e me falou de sua capacidade extra-sensorial, ao mesmo tempo em que me ofereceu seus serviços.
Os primeiros meses de 1946, realizou numerosas provas de metagnosia.

Muito cedo compreendi que era altamente dotado.
Quanto mais o submetia a provas, mais me persuadia de que Croiset era um sujeito notável para a indagação parapsicológica."

Tenhaeff submeteu Croiset a testes na Universidade de Utrecht.
Realizou-se uma série de testes psicológicos com o fim de averiguar em que medida as pessoas sensitivas diferem dos não-sensitivos, em sua estrutura psíquica, e encontrou resultados pouco significativos em seu conjunto

(utilizaram os testes de Personalidade de Rorscharch, a Percepção Temática de Morgan e Murray, Pfister-Heiz, Seleção de cores de Luscher e o Teste de Szondi).

Estas provas evidenciaram que a personalidade de Croiset se assemelhava ao conjunto de sujeitos dotados pesquisados por outros pesquisadores (Osty, 1932), quanto a que era infantil, teatral, inseguro, tenso, e por outra parte, padecia desordens estomacais [1], bem como também menos altos e baixos do que outros psíquicos.

Croiset possuía uma atitude ética a respeito de suas faculdades psíquicas admirável.
Nunca aceitou dinheiro por sua ajuda nos casos mais comprometedores.

Ainda quando foi consultado pela polícia, pagou ele mesmo seus gastos de viagem e sempre recusou fazer predições a respeito do mercado bursátil, ler na borra do café ou adivinhar o ganhador de uma corrida de cavalos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 24, 2012 10:40 am

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Conquanto era adepto ao hipnotismo, jamais fez uso dessa técnica:
"... se me valesse do hipnotismo - declarou - isto me concederia certo poder sobre outras pessoas, e não creio que eu tenha esse direito."
(Pollack, 1967, p.35).

Um dos tantos perfis sugestivos de sua vida é o que muitos dos casos nos que esteve envolvido em seu trabalho como psíquico, tinham por associação feitos relacionados com sua própria vida. Croiset assombrava pela exactidão de seus relatórios em localizar meninos afogados.

Sua descrição de circunstâncias e lugares era de uma precisão admirável.

Esta capacidade quiçá derive do facto de que o próprio Croiset esteve em perigo de morrer afogado em sua meninice.
Este acontecimento ocorreu quando contava só oito anos de idade, foi, como é de supor, uma recordação inesquecível.

Meses depois que fora resgatado das águas, Gerard soube que o homem que tinha salvado sua vida, tinha caído de uma escada... ainda não me recobrei de toda a comoção que senti então - declarou sendo já adulto - me culpei a mim mesmo por não ter estado ali quando caiu esse homem para agarrá-lo e salvá-lo como ele o teria feito comigo e durante muitos anos vivi com um sentimento de culpa, por não ter estado ali quando ele precisava de mim..."
(Pollack, 1967, p.75).

Numa oportunidade, se lhe apresentou a Croiset um envoltório em que se achava o vestido de uma jovem assassinada.
Abriu o envoltório, enviado pelo pai da vítima, apalpou o vestido coberto em sua maior parte de sangue seco, e recebeu uma impressão imediata, suspirou e assinalou um lugar no mapa que tinha sido anexado com o pacote e ditou ao gravador.

"Esta moça foi golpeada e assassinada no preciso lugar no que desenho um X".
Seguidamente descreveu detalhadamente ao possível assassino e deu algumas características do homicida, capturado depois pela polícia
(Tenhaeff, 1957).

Factos como o relatado anteriormente são frequentes na vida deste dotado.
Certa vez, a polícia requereu sua ajuda para encontrar a uma menina desaparecida.

Sucedeu na cidade holandesa de Heeten, em 23 de julho de 1962.
A menina desaparecida era Marijke Alfering de 18 meses de idade.

Centenas de policiais, bombeiros e gente do lugar iniciaram a busca rastreando valas, canais, bem como campos próximos de milho, sem achar rasto algum da pequena.

O prefeito A.J.Groteboom, de Raalte, telefonou a Croiset e antes de que este tivesse pronunciado uma só palavra Croiset lhe disse a causa de seu chamado:
"A menina esta viva... está dormindo próxima de uma vala".

Os procuradores retomaram a procura, desta vez próxima das valas, mas ainda não a encontraram.

O prefeito, telefonou então a outro clarividente, G.H.Groot Enserink, de Ruurlo, que confirmou independentemente as impressões de Croiset.

Tratando de escutar algum som que revelasse a presença da menina, pois a escuridão era total, os procuradores se dispersaram em diferentes lugares na zona assinalada por Croiset.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 24, 2012 10:40 am

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Ao cabo de uma hora, um deles ouviu o pranto de uma criatura e encontraram à pequena jazendo no lodo de uma vala
(Tenhaeff, 1962).

É este outro caso típico de exactidão da visão deste paragnosta.
Outros antecedentes que poderiam aumentar a quantidade de relatórios favoráveis a sua acentuada capacidade, é o ocorrido em 4 de Agosto de 1954.

O Sr. MvD, gerente de uma fábrica, entregou a Croiset, no Instituto de Parapsicologia de Utrecht, uma pequena caixa de papelão vazia na que se tinha guardado com anterioridade, um relevador eléctrico.

Este artefacto, apto para mudar a corrente de circuitos eléctricos, tinha desaparecido dessa caixa alguns meses atrás.

Depois de concentrar-se no objecto, Croiset enunciou estas dez impressões:
(1) Esta caixa continha um objecto de cor marrom, utilizado para medir ou indicar diferenças de voltagem eléctrica,
(2) Passou através de uma porta onde o controle não era muito eficiente,

(3) Vejo um homem vestido com um traje azul de trabalho, que leva um boné pertencente a algum uniforme.
Levou-se o aparelho no bolso,
(4) Este homem tem 45 anos e é robusto,

(5) Vejo que vive numa casa ocupada por duas famílias.
A um lado da casa há uma porta que leva a um pequeno atelié.
Há água e bosques nas imediações desta casa.
Vejo um caminho largo,

(6) este homem tem algo a ver com um departamento de incêndios,
(7) Este homem não se propunha a roubar o aparelho.
A curiosidade o impulsionou a levá-lo.
Simplesmente esqueceu-se devolvê-lo,

(8) Vejo um homem com um punhal fincado no pescoço.
Parece-se com esses quadros que costumam encontrar-se nos romances sensacionalistas.
Este homem lê muitos romances?

(9) 'Ouço agora o nome de Johan,
(10) O objecto tem algo a ver com uma antiga caixa de rádio.

Dias depois desta experiência, o Sr. MvD examinou as impressões de Croiset com outros membros da empresa.
Depois de estudá-las suspeitaram que o revelador perdido estava em poder do Senhor X.

O Senhor MvD achou uma desculpa para ingressar à casa do suspeito e descobriu o revelador numa velha caixa de rádio (10) próxima de um aquário.

O Senhor X tinha 40 anos mas aparentava mais e era de alta estatura (4).
Na fábrica onde trabalhava levava a roupa azul do trabalho.
É aficcionado à navegação e por isto levava um boné da marinha (3).

É membro da Brigada de Incêndios da fábrica e encarregado de revisar os extintores de fogo (6).
Seu nome oficial é Johan, ainda que habitualmente o chamem Joap (9).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 24, 2012 10:40 am

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A descrição de sua casa e os arredores desta correspondiam à impressão de Croiset (5).

Os directores da fábrica se preocuparam pelo facto que não existia uma revista profunda dos empregados que saíam depois de suas tarefas, o que originava alguns roubos (2).

Quando o Sr. MvD perguntou ao Senhor X como o aparelho tinha chegado a suas mãos, este narrou uma detalhada história que preocupava "provar" que não tinha roubado o revelador.

Decidiu-se não prosseguir a investigação e desta forma o caso se fechou legalmente.

Apesar das oito impressões correctas de Croiset, o Dr. Tenhaeff ao examinar o caso assinalou objectivamente dois erros:
"Há razões para crer que o Senhor X roubou o revelador.

Croiset tem profunda aversão a proporcionar informação que possa incriminar a alguém e que isso seja motivo para que uma pessoa seja despedida de seu posto de trabalho ou se a submeta a julgamento.

De maneira que devemos considerar a possibilidade de que Croiset freou a si mesmo quando deu esta informação (7).
Quanto a (8) o Senhor X não lê romances sensacionalistas, portanto este dado se refere a algo que ignoramos."

Croiset não só descrevia acontecimentos que ocorriam no presente a centenas de milhas de distância, como com frequência no passado e o futuro:
"Para mim é difícil separar passado, presente e futuro - explicava.

Ainda que Tenhaeff dedicou quase meio século a pesquisar tais fenómenos, não encontrou nenhuma razão válida a respeito das causas dessas impressões.

"Provavelmente tenha a ver com nosso novo conceito do tempo - assinalou - e hoje devemos reexaminar não somente os antigos conceitos do espaço, senão também as ideias sobre o tempo."
(Pollack,1967, p.37).

Tenhaeff sugere a possibilidade de que as imagens deste dotado não estão combinadas dentro dos limites do tempo e espaço convencionais.
O ocorrido no vilarejo de Slikkerveer, no início de 1962, pode de ser um exemplo disso.

Quando se pediu a Croiset sua ajuda para achar um menino desaparecido nas redondezas do lugar, Croiset disse imediatamente:
"Há uma larga ponte e próxima dela está agora o menino ..." se disse ao paragnosta:
"Impossível, não há nenhuma ponte por esta zona ..."

Mas ao efectuar uma investigação mais detalhada, um servidor público policial confirmou que uma ponte figurava nos projectos de construção desse lugar, e ali se dirigiu a busca.

Ali acharam são e salvo ao menino desaparecido.
A ponte ainda não tinha sido construída, no entanto, Croiset recebeu uma clara imagem dela.

Viu uma ponte no presente, a ponte que devia estar nesse lugar no futuro.
"O entendimento do presente e futuro possibilitou a Croiset irromper através da barreira do tempo"
(Pollack, 1967, p.153).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 25, 2012 11:10 am

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De acordo com Jordán Peña (1989), acontece o entendimento quando duas ou mais imagens se misturam ou se fundem, imagens do passado, do presente ou do futuro;
poderíamos classificar sua capacidade clarividente em dois termos conceituais:

a - Clarividência precognitiva: conhecimento sem intervenção de um segundo agente transmissor de certos acontecimentos que têm de acontecer no futuro.

b - Clarividência viajante: peculiar forma de percepção extra-sensorial na que o sujeito, geralmente em transe, crê encontrar-se no lugar onde acontece um facto longínquo.

Projectando o caso anterior, de acordo ao esquema mencionado, (a) o sujeito (Croiset) recebeu informação por via extra-sensorial de um facto objectivo, o lugar onde se encontrava o menino;
e (b) o sujeito viu a ponte ainda não construída (conhecimento sem a intervenção de um segundo agente transmissor de acontecimentos futuros).

Agora bem, um exame comum dos muitos casos (nos que Croiset participou, caberia a possibilidade de que derivasse seus dados extra-sensorialmente com uma ou mais pessoas vinculadas ao facto, como pode ter sucedido num caso no que Croiset indicou o lugar onde se encontrava o cadáver do gângster assassinado).

De acordo com Pollack (1967, p.101) o Dr. Tenhaeff supôs que é mais óbvio neste experimento de psicoscopia [2] coroado pelo sucesso, consiste em que Croiset derivou seus dados, de forma telepática, do psiquismo de uma ou mais pessoas envolvidas neste assassinato.

Não quero deixar este artigo finalizado, sem antes mencionar uma das últimas expressões de Tenhaeff (1965) com respeito a seu sujeito estrela Gerard Croiset com estas palavras:

"Durante minha longa carreira, tive ocasião de encontrar-me com numerosos paragnostas, quem me permitiram efectuar investigações muito variadas.

Meu objectivo não foi somente provar a realidade dos fenómenos parapsicológicos, senão também pesquisar as leis que governam este campo e avaliar suas consequências.

Ao conhecer a Gerard Croiset compreendi que estava diante de um sujeito excepcionalmente dotado, comparável a Pascal Forthuny, e, sobretudo, com uma atitude para a cooperação construtiva.

O Senhor Croiset compreendia muito bem a utilidade dessas investigações.

Mas, ao mesmo tempo, advertia que essas investigações lhe preocupavam a ocasião de valer como paragnosta e de fundamentar assim suas aspirações ao poder.
Para ele, os desempenhos não eram a finalidade única, parecia-lhe igualmente interessante o entendimento de seu mecanismo.

Suas notáveis capacidades de introspecção me têm proporcionado, efectivamente, dados que pude aplicar seguidamente a outros sujeitos.
Desde os primeiros meses, resultou manifesto que o Senhor Croiset era normalmente utilizável na busca de pessoas desaparecidas.

Isto permitia experiências especialmente bem verificadas e que diziam respeito ademais, a nossas investigações de carácter oficial, preciosas para sua autenticação.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 25, 2012 11:11 am

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Os artigos e informações publicados em numerosos diários (muitas vezes com um carácter lastimosamente sensacionalista) levaram a pensar que meu propósito era pôr aos paragnostas a disposição das pessoas com dificuldades.

Chegou-me uma enorme quantidade de pedidos de ajuda, algumas de uma extraordinária extravagância.
Resta dizer que só respondemos a um número limitado destes pedidos e que nossa selecção foi determinada por considerações científicas.

Foi-me em ocasiões muito difícil fazer compreender a alguns jornalistas que as realizações parapsicológicas têm antes de mais nada, um valor de investigação e que seu interesse para a polícia e para o público é completamente secundário.

A investigação puramente científica de nossas faculdades parapsicológicas deve ser em todo momento a única tarefa do chefe de um Instituto universitário de parapsicologia.

Para ele, a questão de saber se estes estudos podem ter aplicações práticas deve permanecer como um assunto de importância secundária.
Verdade é que nunca se esquecem os motivos humanos, como o alívio imediato de infortúnios pessoais.

Mas os fins superiores da ciência e, em última instância, os mais humanamente úteis exigem do que o conhecimento de uma força qualquer preceda a seu emprego prático...

Mas a pesquisa do cientista enriqueceu, mesmo assim, com a experiência, que contribui à solução ulterior dos problemas parapsicológicos."[/i]

Ficam, como depoimento de sua notável capacidade de clarividente, os relatórios arquivados na Universidade de Utrecht, à espera de que um maior número de cientistas abordem uma mais profunda investigação dos mesmos.

REFERÊNCIAS

Jordán Peña, J.L. (1989). Diccionario de Parapsicologia. Psi Comunicación 15 (29/30), pp.69-94.
Onetto Bächler, B. (1971). Dos Notables Paragnostas: Croiset y Ossowieky. Santiago: Documentos de Estudio No.l.

Osty, E. (1932). Una Facultad de Conocimiento Supranormal: Pascal Fortuny. Madrid: Aguilar.
Pollack, J.H. (1967). Los Ojos del Milagros: Croiset, el Clarividente. Buenos Aires Sudamericana.

Tenhaeff, W.H.C.(1934). Hoffdstukken uit de Parapsychologie. Utrecht.
Tenhaeff, W.H.C. (1957). Beschouwingern over het Gebruik vam Paragnosten voor Politiele en Andere Practische Doeleiden. Bijlevelds: Utrecht.

Tenhaeff, W.H.C. (1962). Hellsehen und Telepathie. Bertelsmanns: Gutersloh.
Tenhaeff, W.H.C.(1967). Prefacio. En J.H.Pollack (Ed.), Los Ojos del Milagro: Croiset, el Clarividente. (pp.9-23). Buenos Aires: Sudamericana.

NOTAS

1-
Cabe circunscrever que menciono estas características de sua personalidade em termos gerais, para evitar utilizar uma terminologia mais complexa, a qual faria demasiado extenso o relatório. Para uma maior informação a respeito, ver Tenhaeff, 1957, 1965.

2-Termo utilizado por Tenhaeff como sinônimo de clarividência

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 25, 2012 11:11 am

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PSYCHICAL RESEARCH AND HUMAN NECESITY: TIIE CASE OF GERARD CROISET
by Jorge Villanueva

Abstract.
- Gerard Croiset is considered by many investigators probably the most gifted man in the history of the parapsychology.

His fame goes beyond his birthplace (The Netherlands) and his extrasensory perception (ESP) made him famous in all the world.
Since his infancy, he had deep feeling of insecurity and abandonment due to his problems at home and others problems at home.

During the persecution jews in Holland years later, moved by the curiosity to attended the conference about parapsychology given by W.H.C.
Tenhaeff, one of the pionner of the parapsychological research in the world, tested to Croiset in the University of Utrecht.

In this paper the author mentioned some cases in which Croiset participated, and theories, that may help to understand the phenomena, the same opinion that Tenhaeff.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 26, 2012 11:38 am

Irma Maggi (1882-1972): uma psíquica argentina excepcional
Jorge Villanueva

Os denominados médiuns, dotados ou psíquicos, constituem, sem dúvida, elemento indispensável em toda experimentação relacionada à fenomenologia paranormal.

Desde o início da experimentação metapsiquista até nossos dias, estes sujeitos foram estudados intensamente por parte de qualificados cientistas e pesquisadores da área parapsicológica:
Eusapia Palladino, Leonore Piper, Willy e Rudy Schneider, Pascal Forthuny, entre outros, foram minuciosamente examinados durante os experimentos levados a cabo por cientistas do calibre de F.W.H. Myers, Eugene Osty, Gustave Geley, e Charles Richet, para citar alguns dos quais comprovaram as extraordinárias dotes destes sensitivos, e ainda mais recentes no tempo, psíquicos como Ingo Swann ou Gerard Croiset, os quais estiveram sob a atenciosa observação da doutora Gertrude Schmeidler e o doutor W.H.C.Tenhaeff, respectivamente.

Seria extensa a lista de nomes, tanto de psíquicos como de pesquisadores quanto a este tema já que tais estudos são parte essencial na história da experimentação parapsicológica.

Na Argentina, existiram dotados com notáveis capacidades extra-sensoriais, (p.e. Osvaldo Fidanza, María Amanda Ravagnan, Ronald Warburton, Ricardo Marchessini e Federico Poletti) são só alguns dos nomes que exibiram tais aptidões.

A maioria deles foram fiscalizados cientificamente por brilhantes pesquisadores, entre eles, José S. Fernández, J.Ricardo Musso, e Eduardo del Ponte (Parra, 1990).

Uma das figuras mais recordadas é Irma Maggi.
Nascida em Itália em 1882, desde muito jovem manifestou sua sensibilidade paranormal, manifestando fenómenos de PES.

Durante sua meninice, a morte de sua mãe lhe provocou um transtorno emocional, sendo talvez este facto, o detonante de suas capacidades extra-sensoriais, como ocorre com certo número de psíquicos.

Em seu país natal, em 1922 conheceu ao psiquiatra e Director do Hospício da Cidade de Como, Professor Ferdinando Cazzamalli.

Irma Maggi se acercou à ciência procurando desenvolver suas faculdades latentes.
Segundo suas palavras:
"... foram esses tempos de estudo, de provas, de experimentação".

Com respeito a esses trabalhos, transcrevia o Dr. Efróm no diário Lhe Matin de Paris, declarações do Professor russo Lasareff, quem tinha apresentado em 1923 uma Memória à Academia de Ciências de seu país com o objecto de demonstrar que o cérebro humano emite radiações:

"Utilizando uma Cabine de Faraday aperfeiçoada, o doutor Cazzamalli se servia para seus experimentos de sujeitos hipnotizados e particularmente de uma italiana, a senhorita Irma Maggi, celebrada por suas assombrosas faculdades de clarividência
(Maggi, 1964, p.65)."

A respeito deste mesmo facto, expressou o Professor Cazzamalli:
"Merece particular menção a médium sensitiva que de muito bom grau e com total desinteresse se prestou em grande parte a meus experimentos.

Trata-se de Irma Maggi, sensitiva de singular potência, isto é, dotada de criptestesia pragmática e clarividente, ou seja, telepsiquismo espontâneo e provocado (experimental) sem estímulo de objectos ou pessoas".

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 26, 2012 11:39 am

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Irma Maggi foi convidada a dar conta de seus estudos a pedido do neurologista e psiquiatra italiano Enrico Morselli nos Cadernos de Psiquiatria por ele dirigidos.

Outros importantes investigadores como o Professor Cayetano Boschi, o Director do Instituto Metapsíquico Internacional de Paris doutor Eugene Osty e o professor de Psicologia da Universidade de Roma S. de Santis, estimularam-na a seguir seus estudos.

Diversos meios de difusão daquele então fizeram eco das aptidões desta psíquica.
Um destes meios: L'Arengo, de março de 1924, transcreve nos seguintes termos uma psicometria levada a cabo por Irma Maggi:

"Uma mulher deu à psicometria um envelope fechado com uma fotografia dentro, e ela escreveu:
"A pessoa retratada herdou de seus antepassados grandes qualidades, mas aqueles tinham terminado seu ciclo de glória numa derrota militar.

A fotografia tem um não sei que de imperial
...Ei fu (Ele foi), quem pode referir-se a Napoleão, seja o primeiro ou o terceiro".

Irma Maggi aporta a Argentina em 1927, e devido a seu renome, que já tinha transcendido o continente europeu, não demora em conectar-se com os pesquisadores psíquicos, formando-se uma sociedade, a qual levou o nome de "Sociedade Psikesophia".

Foi assim mesmo convidada pelas mais conhecidas famílias de nosso país, e nessas reuniões demonstrava sua capacidade de PES.

Pela a mesma época, Irma Maggi agrupou a diversas pessoas com o propósito de realizar numerosas experiências:
combinava com integrantes desse grupo o dia e a hora em que se levaria a cabo tal experiência.

A sensitiva se concentrava e atuando como agente enviava perguntas àqueles, os quais atuando como percipientes deviam contestar por escrito o que tinham captado da mensagem emitida.

Estas provas se realizaram com sujeitos que se encontravam em cidades distantes de Buenos Aires, tais como Córdoba, Rosario, e outros afastados pontos do país.

Os resultados destes experimentos foram altamente significativos, pois a totalidade das respostas recebidas, demonstraram que, de uma forma ou outra, os percipientes tinham captado a essência da mensagem 2.

Irma Maggi, experimentou em sua própria carne a oposição e o cepticismo de certos setores da sociedade.

A vista disso declarou:
"As pessoas, o público que não sabe, que não quer saber, e que quer anular as coisas que não pode compreender, vem a nós para que lhe façamos ver o milagre, e esperam na parte infantil de sua inteligência, encontrar a nulidade de nossos estudos para poder proclamar absurdos todos nossos esforços, porque para eles, em seu mesquinho entendimento, estes são fenómenos atraentes e por isso jogam sobre nós a censura e as vezes o ridículo.

Não podem convencer-se, porque neles mesmos não há a preparação necessária para compreender ou pelo menos a humildade para admitir que fora da lógica está a intuição ou a maravilhosa evolução da alma"


A fotografia representava efectivamente a Napoleão III, e alude à conhecida poesia de Manzoni "Il 5 Maggio", que se refere a Napoleão I, e que começa com o quarteto:
"Ei fu. Sicone inmobile dado il mortal sospiro sttete a spoglia inmemore orba dei tanto spirito"
(Maggi, 1964).

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Casos de Mediunidade - Página 5 Empty Re: Casos de Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 26, 2012 11:39 am

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Apesar das objecções e as críticas, Irma Maggi seguiu prestando seu aporte em todo experimento que fora requerida em seu caráter de psíquica.

Nas Memórias de ditas experiências (Psikesophia, 1929-1935), extraímos o seguinte:

"Vida destruída, vida que teve gratos momentos de celebridade, ainda se diria de glória;
mas depois se produziu nessa vida uma escuridão, como se tudo se fechasse a seu redor, porque o divino ritmo sonoro que era sua glória e seu prazer não pôde já penetrar em sua alma, adoçando-a.

Um pouco de trágico e de espantoso, e que se despedaçou no vertiginoso correr de um veículo de ferro;
sangue, dor, morte.

Um carácter e uma linha magnífica de altruísmo, de bondade e beleza.
Adorou a arte, que a beijou na testa, mas depois imperou dentro de seu coração a amargura, o sonho se dissipou e ao final o horrendo desastre que destruiu sua vida, malogrando tudo o que tinha de bom e de belo nela.

Os olhos, que tinham chorado tanto, fecharam-se no horror da morte, para abrir-se uma esfera de luz para sua alma, para sua atribulado coração, que tanto sofreu".

Esta pérola fazia parte de um colar que levava consigo ao ser atropelada por um trem, na estação ferroviária de Belgrano (Buenos Aires), uma exímia pianista.

Viveu efectivamente para sua arte e todas suas amarguras e tristezas provinham de que nos últimos dias que precederam a sua trágica morte, estava perdendo o sentido auditivo e esse surdez progressiva a consumia em uma grande angústia.

Daí o acerto de Irma Maggi ao dizer:
"... uma escuridão se fez dentro dela porque o ritmo sonoro que era sua glória não podia seguir chegando a sua alma adoçando-a".

A revista Constância - órgão de difusão da Sociedade Espírita do mesmo nome - publicou um artigo a respeito de Irma Maggi que dizia:
"Uma médium, vidente de excelentes qualidades sensitivas, que presenciou várias vezes os experimentos feitos com a Senhorita Maggi, revelou-nos que via formar-se, durante a realização desses experimentos, sobre a cabeça da vidente, a uma altura de dez centímetros e perpendicularmente, um longo tubo fluídico - algo bem como um telescópio - sulcado longitudinalmente por uma quantidade incalculável de fios luminosos

(Seria a conexão das radiações por ultra-frequência que aparecem sem solução de continuidade como se fossem fios reunidos, mas diferentes cores predominando o dourado?)."

É interessante recordar aqui, o expressado por Irma Maggi, de como ela se encontrava com respeito ao estado psicofísico em momentos de produzir os fenómenos de PES:

"Como capto as vibrações do objecto para cristalizá-las numa criptestesia?
Tenho que me pôr num estado espiritual de meditação, sentir o ritmo de uma poesia que me exalta e me concentrar profundamente sobre o objecto ou o escrito que tenho que vasculhar.

Quanto sinto o ritmo que golpeia em todas minhas veias, escuto;
é como se me desdobrasse.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 27, 2012 11:22 am

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Sinto fluir da mão ao braço e deste ao cérebro uma pequena vibração eléctrica, então me ponho a escutar firme, segura, com a respiração fechada e toda a tensão nervosa dedicada a esse fim e sucede o milagre.

Como telegramas urgentes chegam as sensações, as respostas, os factos com tanta celeridade que a mão deve escrever febrilmente.

Se algumas vezes se me escapa uma frase giro a cabeça e escuto do lado esquerdo. porquê do lado esquerdo?
Não o sei. Então se me repete a frase.

Se enquanto escrevo se me escapa uma palavra, deixo um pequeno espaço em branco, e depois de um resplendor, como uma luz, chega a palavra que faltava e a escrevo no espaço deixado.

É como se eu fosse duas pessoas:
uma que dita e outra que escreve, a primeira é a que imperiosamente - aceleradamente - capta as imagens, as junta, divide-as, dá-lhes forma e as dita.

Mas deve estar calma, a pessoa que está perto de mim não deve ser contrariada
(porque sente de um modo tremendo o pensamento hostil, incrédulo, zombador ou malvado das pessoas que não queriam que a inspiração e o experimento tenha bom sucesso).

Se são entusiastas, melhor ainda, sinto-os comigo, no desejo de indagar, de saber, de escrutinar, e então tudo sai bem, porque não me fatiga, e as palavras chegam com fluidez.

Os factos, os conselhos maravilhosos, o verdadeiro, fluem facilmente desde o desconhecido a meu cérebro, que transmite com suma facilidade a minha mão e esta a sua vez escreve aceleradamente
(Maggi, 1964)".

Em 1932, Irma Maggi viaja a Brasil, país no que permanece vários anos.

Num artigo aparecido no diário Correio Da Noite de Rio de Janeiro, é apresentada como "A Sacerdotisa Italiana" devido a seus surpreendentes vaticínios e a seus notáveis acertos como psicometria.

Já de regresso a Argentina, em 1953, e à idade de 71 anos, procura um meio de expressão que lhe permita sair de um momento de grande abatimento, dedicando-se à pintura, chegando a expor alguns de seus quadros na prestigiosa Galeria de arte pictórica Witcomb.

Um dos mais importantes pintores argentinos, Benito Quinquela Martín, elogiou seu labor artístico, dizendo:
"Você encontrou o que ninguém fez até agora, deu forma à cor".

Depois de 35 anos de afastamento, volta a Itália, onde a TV italiana apresenta em suas telas alguns experimentos realizados por esta sensitiva.

De volta em Argentina, contínua vinculada com os parapsicólogos argentinos.
Irma Maggi foi também poetisa e escritora, demonstrando uma personalidade de extraordinária sensibilidade e depurado estilo.

Esta notável psíquica - um pouco argentina, um pouco italiana - morre em Buenos Aires em 1972, à idade de 90 anos.

Este artigo, além de uma homenagem a sua pessoa leva o propósito de fazer conhecer a uma figura que foi, sem dúvida, um aporte valioso à então nascente experimentação parapsicológica em nosso país, tanto por sua vocação, como por sua singular capacidade extra-sensorial.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 27, 2012 11:22 am

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REFERÊNCIAS

CAZZAMALLI, Ferdinando (1935). Phenomenes electromagnetiques rayonnant du cerveau. Revue Metapsychique 16 (6), pp.417-446.-

MAGGI, Irma (1964). Meditación, Silencio y Luz. Edición del autor: Buenos Aires.
MAGGI, Irma (1972). Meditación, Silencio y Luz (Apéndice). Edición del autor: Buenos Aires.

OSTY, Eugene (nd [circa 1928]). Una facultad de conocimiento supranormal: Pascal Forthuny. Aguilar: Merlo.
PARRA, Alejandro (1990). Historia de la parapsicologia en la Argentina. Edición del autor: Buenos Aires.

PSIKESOPHIA (1929-1935). Memoria de Actividades del Círculo de Estudios Filosóficos "Psikesophia". Edición de la Sociedad Psikesophia: Buenos Aires.

IRMA MAGGI (1882-1972): AN ARGENTINIAN PSYCHIC ON THE 20TH. ANIVERSARY OF HER PASSING AWAY
by Jorge Villanueva

Abstract.
- Irma Maggi, an important argentinian psychic was born in Italy in 1882, and at a very early age began to show her ability.

In 1922 she met the Italian physician Dr. Ferdinando Cazzamalli with whom she carried out numerous ESP experiments.
Two famous psychical researchers, Italian Enrico Morselli and French Eugene Osty wrote about her.

In the popular literature and the psychical research specialized literature these reports were published.
Irma Maggi arrived to Argentina in 1927 and in spite of much criticism, anyway she created the "Sociedad Psikesophia" (Psychesophy Society).

She wrote two books: Meditación, Silencio y Luz [Meditation, Silence, and Light] in 1964, and in 1972 an apendix-book was published, the same year of her death. This article is a remembrance of her life and her notable capacity as psychic.

Artigo disponível em http://www.alipsi.com.ar/publicaciones_articulo.asp?id_articulo=65

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Nov 28, 2012 11:08 am

O Caso dos Dedos Faltantes: Evidência Comprovativa de Sobrevivência
TOM CROSS

RESUMO

Um registo de evidência mediúnica da aparente sobrevivência de um profissional conhecido pessoalmente do escritor, visto pela última vez trinta e dois anos antes.

No primeiro contacto o escritor não tinha nenhum conhecimento de sua morte.
A averiguação levou algum tempo, durante a qual um segundo contato foi feito, e na época cinco médiuns produziram comunicações independentes.

Estas são esboçadas e discutidas.

INTRODUÇÃO

O escritor tem durante quatorze anos prestado serviços em igrejas Espiritualistas e participado de sessões particulares com médiuns e registado o que a mediunidade deles produziu.

Tentativas de 'contato' particular nunca foram feitas.
Pelos primeiros quatro anos notas foram feitas, frequentemente com a esposa do escritor registrando e vice versa.

Os últimos dez anos estão em fita cassete e estes são predominantemente de sessões privadas, sempre feitas a sós.

Nenhuma condição de sessão espírita de qualquer espécie jamais foi criada;
caso se busque uma analogia seria como qualquer entrevista profissional normal.

Houve intervalos de quatro a seis semanas sempre que possível e nunca duas vezes com o mesmo médium durante qualquer ano.
Em torno de figuras da época houve 150 serviços/sessões, com 50 médiuns diferentes.

Estes produziram uma massa de evidências familiar e outras pessoais, muitas delas verídicas mas não de um tipo que fosse do interesse ou que convencesse a outros inquiridores/ pesquisadores.

O que segue é o segundo exemplo bom, na visão do escritor, de aparente continuidade e corroboração de comunicação.

O CASO

Em 3 de abril 1989 eu sentei-me em particular em Liverpool com uma senhora escocesa de Kirkcaldy.
No curso de uma sessão de trinta minutos ela perguntou se eu conhecia o nome Kennedy.

Disse que conhecia mas que isso tinha sido há muito tempo.
Ela disse que podia ver uma mão com o topo de dois dedos faltando.
Adicionou que havia um anel em um dos dedos da mão e que não podia ser uma senhora.

Nisto voltei cerca de trinta e três anos para uma ocasião quando tinha vivido em Hong Kong.
Tinha chegado aí em janeiro de 1956 para tratar de um compromisso de ensino com o então Escritório de Guerra.
Viajando de avião comigo havia um escocês jovem, James Kennedy.

Havia uma desordem civil na época de nossa chegada e ele e eu fomos colocados no grupo dos oficiais de um depósito de material militar adjacente à escola das crianças onde íamos trabalhar

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