LUZ ESPÍRITA
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Objectivos da Mediunidade

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 16, 2012 8:27 pm

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3 - HOMOGENEIDADE DE PENSAMENTOS:

“O capítulo “mandato mediúnico” dá-nos margem para verificarmos a extensão do auxílio dispensado ao médium investido de tal encargo.
Mesmo nos ambientes heterogéneos, onde os pensamentos inadequados poderiam influenciá-lo levando-o a equívocos, a protecção se faz de modo eficiente e sumamente confortador.

Além do seu próprio equilíbrio, auto-defesa decorrente das virtudes que exornam a sua pessoa, tais como as referidas anteriormente e consideradas essenciais ao mandato mediúnico, trabalha o médium dentro de uma faixa magnética que o liga ao responsável pela obra de que está incumbido, segundo verificamos nas palavras a seguir transcritas:
Entre Dona Ambrosina e Gabriel destacava-se agora extensa faixa elástica de luz azulínea, e amigos espirituais, prestos na solidariedade, nela entravam e, um a um, tomavam o braço da medianeira, depois de lhe influenciarem os centros corticais, atendendo, tanto quanto possível, aos problemas ali expostos”.

Essa faixa de luz - partindo do irmão Gabriel e envolvendo inteiramente a médium - tem a finalidade de defendê-la contra a avalanche de formas-pensamentos dos encarnados e dos desencarnados menos esclarecidos, os quais, em sua generalidade, carreiam aflitivos problemas e dolorosas inquietudes.

Nenhuma interferência ao receituário, graças a essa barreira magnética que a sua condição de médium no exercício do mandato e a magnitude da tarefa justificam plenamente.

“Ao que tem, mais lhe será dado” - afirmou o Mestre Divino.

Os pensamentos de má vontade, de vingança e revolta, bem assim os de curiosidade, não conseguem perturbar a tarefa do médium que, no espírito de sacrifício e no devotamento do bem, se edificou em definitivo.

Bondade, discrição, discernimento, perseverança e sacrifício somam, na contabilidade do Céu, protecção e ajuda”.
(Ref. 4, Cap. XXV)

“Não podemos entender serviço mediúnico sem noção de responsabilidade individual”.

É inconcebível se promova o intercâmbio com a Espiritualidade sem que haja, da parte de cada um e de todos, em conjunto, aquela nota de respeito e veneração que nos faz servir, “espiritualmente ajoelhados”, às tarefas mediúnicas.

Os amigos Espirituais consagram tanto respeito ao sector mediúnico que o assistente Áulus, ao se dirigir para sala de reuniões, teve as seguintes palavras que, de maneira expressiva, e singular, traduzem a maneira como encaram o serviço:
- “Vemos aqui o salão consagrado aos ensinamentos públicos.
Todavia, o núcleo que buscamos
(sala de sessões mediúnicas), jaz em reduto íntimo, assim o coração dentro do corpo”.

E, referindo-se à preparação dos encarnados, antes do início dos trabalhos, reporta-se a:
- “Quinze minutos de prece, quando não sejam de palestra ou leitura com elevadas bases morais”.

Não se justifica, realmente, que antes das reuniões, demorem-se os encarnados em conversações inteiramente estranhas às suas finalidades.

Não se justificam a conversação inadequada e o ambiente impregnado de fumo, numa ostensiva desatenção a respeitáveis entidades e num desapreço aos irmãos sofredores trazidos aos centros afins de que, em ambiente purificado, sejam superiormente atendidos.

Há grupos em que os encarnados se comprazem, inclusive, em palestras desaconselháveis que estimulam paixões, tais como, política, negócios e alusões a companheiros ausentes, numa prova indiscutível de que não colaboram para que os recintos reservados às tarefas espirituais adquiram a feição de templos iluminativos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 16, 2012 8:27 pm

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Salientando o sentimento de responsabilidade dos dez companheiros do grupo visitado, Áulus esclarece:
- “Sabem que não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes, e, por este motivo, não comparecem aqui sem trazer ao campo que lhes é invisível as sementes do melhor que possuem”.

Tendo Jesus Cristo afirmado que estaria sempre, “onde duas ou três pessoas se reunissem em seu nome”, estamos convictos de que, onde o trabalho se realizar sob a inspiração de seu amor, num palacete ou num casebre, a Sua Presença se fará por meio de iluminados mensageiros.”
(Ref. 4 - Cap. XXXII)

4 - REFERÊNCIAS:

1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. -FEB - GB
2 - Armond, Edgard - “Mediunidade” - 9ª Ed. LAXE - SP.
3 - Luiz, André - “Desobsessão” - 1ª Ed. - FEB - GB
4 - Martins Peralva, José - “Estudando a Mediunidade” - 4ª Ed. - FEB - GB


XI - Educação Mediúnica

“A educação mediúnica tem, pois, duas etapas bem definidas:
- A primeira é o treinamento, em si mesmo, das faculdades mediúnicas que possuírem, e a segunda é a utilização dessas faculdades no campo da propagação e do esclarecimento evangélico”.
(Ref. 1, Pág. 85)


1 - ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA:

A maioria dos médiuns que buscam as reuniões mediúnicas, em função de suas faculdades, trazem consigo a mediunidade de “provas e expiações” e, comummente, não dispõem de base suficiente para sua condução segura neste complexo terreno do exercício mediúnico.

É necessário, portanto, que lhe seja oferecido, em primeiro lugar, uma eficiente orientação doutrinária.
O médium não pode exercer bem a tarefa de intermediária entre os Espíritos e os homens quando não tem, nem ao menos, conhecimentos elementares do plano espiritual, das Leis que o regem e de suas relações com o plano corpóreo.

É indispensável que o médium leia, estude e se oriente, frequentando reuniões especializadas, e ainda busque esclarecer-se doutrinariamente, com aqueles que dirigem trabalhos mediúnicos e, portanto, contam com maiores recursos e mais vivência neste sector.

O estudo da Doutrina Espírita deve, pois, preceder ao exercício mediúnico, uma vez que, sem aquele, o médium dificilmente poderá se beneficiar das luzes que o Espiritismo oferece às criaturas, na sua feição de processo libertador de consciências, conduzindo a visão do homem a horizontes mais altos da vida.

Havendo essa disposição, o médium buscará, inicialmente, o conhecimento dos princípios básicos ou fundamentais da Doutrina que lhe darão uma exacta visão do seu conjunto.

“O Livro dos Espíritos”, estudado ordenadamente nos oferece esse conhecimento.

Paralelamente ao estudo da filosofia espírita e de seus princípios básicos, o médium estudará a mediunidade, propriamente dita, tomando conhecimento das Leis que regem o intercâmbio entre os Espíritos e os homens.

Quanto mais conhecimento o médium possuir da questão mediúnica, melhor possibilidade terá de atender, equilibradamente, a sua tarefa de medianeiro entre os dois planos da vida.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 16, 2012 8:28 pm

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2 - ROTEIRO EVANGÉLICO:

Não basta ao médium apenas se inteirar acerca da Doutrina Espírita e das questões mediúnicas.
A fim de atender bem ao mandato que lhe foi confiado pela Espiritualidade, é necessário entregar-se à prática evangélica para que o seu trabalho produza benefícios para si e para a humanidade.

“Com o evangelho no coração e a Doutrina Espírita no entendimento, podemos, sem dúvida, promover o bem-estar físico e psíquico, de quantos realmente interessados na própria renovação, se tornarem objecto de nossas criações mentais.

E o que será não menos importante e fundamental:
- Consolidaremos o próprio equilíbrio interior, correspondendo, assim, à confiança daqueles que, na Espiritualidade mais Alta, aguarda a migalha da nossa boa vontade”.
(Ref. 2)

3 - EXERCÍCIOS PSÍQUICOS:

Atendida a etapa anterior, o medianeiro buscará uma reunião de “educação mediúnica”, cujos trabalhos se desenvolvem em duas partes:
- Estudos concernentes à mediunidade e, exercícios psíquicos, quando os médiuns presentes, por alguns minutos, entregam-se à concentração, durante a qual irão exercitando as suas faculdades mediúnicas e buscando o aprimoramento da sensibilidade psíquica.

A condução destes exercícios estará, naturalmente, a critério do dirigente da reunião que instruirá os médiuns durante os mesmos.

4 - REFERÊNCIAS:

1 - Armond, Edgard - “Mediunidade” - 9ª Ed. LAKE - SP.
2 - Peralva, José Martins - “Estudando a Mediunidade” - 4ª Ed. - FEB - GB


XII - Exercício Mediúnico

1 - CONDIÇÕES FÍSICAS:

Idade - Saúde - Equilíbrio Psíquico


“Todavia o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o desenvolvimento dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em todos os casos se deve proceder com grande circunspecção, não convindo nem excitá-las, nem animá-las nas pessoas débeis.

Do seu exercício cumpre afastar, por todos os meios possíveis as que apresentam sintomas, ainda que mínimos, de excentricidade nas ideias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais...”
(Ref. 1, Pág. 221)

Sabemos que a faculdade mediúnica, em si, independe da condição física do médium.
Assim, poderá manifestar-se, com imensa intensidade, tanto no homem, quanto na mulher, na criança quanto no adulto ou na pessoa de avançada idade.

Do mesmo modo, o estado orgânico também não apresenta qualquer obstáculo para o fenómeno mediúnico, podendo este se manifestar (aliás é muito comum) na pessoa enferma física ou psiquicamente.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 17, 2012 9:16 pm

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Essa espontaneidade não justifica, no entanto, que a criatura, em qualquer circunstância, venha indiscriminadamente entrega-se ao exercício mediúnico.
Deve, ao contrário, prevalecer o bom senso que nos indicará o roteiro certo a seguir.

Uma criança, por exemplo, pelo simples facto de, espontâneamente ser um excelente sensitivo, não pode trabalhar mediunicamente, sem sérios riscos para si própria.

O exercício destas funções pode causar sobreexcitação ao seu psiquismo e, independente disto, falta-lhe a experiência e amadurecimento imprescindíveis para um trabalho de tal envergadura.

Uma pessoa muito idosa, da mesma maneira, poderá sentir dificuldade para atender regularmente a esta sacrificial tarefa, pois sua própria constituição física oferece obstáculos, mormente, quando se trata da mediunidade psicofônica, no trato com irmãos desencarnados em desequilíbrio.

O enfermo, por outro lado, também deverá se abster da prática mediúnica, que pode lhe acarretar dispêndio de energias, prejudicial ao seu organismo.

Assim, pois, o médium amadurecido mental e psiquicamente, buscará se valer das suas possibilidades físicas e boa disposição orgânica, atendendo perseverantemente à nobre tarefa, consoante a recomendação evangélica:
- Caminhai enquanto tendes a luz do dia.

2 - PREPARAÇÃO CONSTANTE:
Alimentação - emoções - atitudes


“Nos problemas de intercâmbio com a Esfera superior, antes do progresso medianímico, há que considerar o aprimoramento da personalidade para melhor ajustar-se à obra de perfeição geral”

“Antes de nos mediunizarmos, amemos e eduquemo-nos.
Somente assim recebemos das ordenações de mais alto o verdadeiro poder de ajudar.”

(Ref. 4, pág. 137)

O serviço mediúnico não se restringe à frequência do medianeiro às reuniões práticas do Espiritismo, antes, exigi-lhe um esforço constante de preparação interior, através do qual poderá se apresentar ao trabalho, na posição de instrumento fiel à Divina Vontade.

Emoções equilibradas, atitudes dignas e elevadas, alimentação adequada, mormente os dias das reuniões, são factores imprescindíveis para manter o médium na condição de servidor útil à Espiritualidade Maior.

ALIMENTAÇÃO:
- A esse respeito, transcrevemos a seguinte página:

“A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual, será leve.
Nada de empanturrar-se o companheiro com viandas desnecessárias.
Estômago cheio, cérebro inábil.

A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara e mais ampla do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas actividades da desobsessão.

Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados de qualquer anotação em torno da propriedade do álcool, acrescendo observar que os amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitantes, estão convidados a lhes reduzirem o uso, durante o dia determinado para a reunião, quando não lhes seja possível a abstenção total, compreendendo-se que a posição ideal será sempre a do participante dos trabalhos que transpõe a porta do templo sem quaisquer problemas alusivo à digestão”.
(Ref. 3, Cap. II)

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 17, 2012 9:17 pm

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EMOÇÕES E ATITUDES

A disciplina de nossas atitudes e emoções também deve merecer a melhor atenção, pois, que, durante toda a semana se nutre de emoções menos edificantes e entrega-se a atitudes não recomendáveis, não pode esperar que, no horário destinado ao intercâmbio mediúnico venha “milagrosamente” modificar seu tónus vibracional ou hálito mental, ao contrário, o acto de entregar-se à concentração, buscando alhear-se das interferências exteriores, faz com que, naturalmente, aflore na sua mente, os pensamentos e anseios que normalmente acalenta em seu íntimo.

Toda vigilância, portanto, é indispensável por parte do medianeiro, especialmente, nos dias destinados às reuniões.

“No dia marcado para as tarefas de desobsessão, os integrantes da equipe precisam, a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo.

Ao despertar pela manhã, o dirigente, os assessores da orientação, os médiuns incorporadores, os companheiros da sustentação ou mesmo aqueles que serão visitas ocasionais no grupo, devem elevar o nível do pensamento, seja orando ou acolhendo idéias de natureza superior.

Intenções e palavras puras, atitudes e acções limpas.
Evitar deliberadamente rusgas e discussões, sustentando paciência e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobrevenham durante o dia.

Trata-se de preparação adequada a assunto grava:
- A assistência a desencarnados menos felizes, com a supervisão de instructores da Vida Espiritual.

Imaginem-se os companheiros no lugar dos Espíritos necessitados de socorro e compreenderão a responsabilidade que assumem.
Cada componente do conjunto é peça importante no mecanismo do serviço.
Todo grupo é instrumentação.”
(Ref. 3, Cap. I)

3 - PREDISPOSIÇÃO EVANGÉLICA:
- Auto-educação

“Onde a luz definitiva para a vitória do apostolado mediúnico?

- Essa claridade divina está no Evangelho de Jesus, com o qual o missionário deve estar plenamente identificado para a realização sagrada da sua tarefa.
O médium sem Evangelho pode fornecer as mais elevadas informações ao quadro das filosofias e ciências fragmentárias da Terra;
pode ser um profissional de renome, um agente de experiências do invisível, mas não poderá ser um apóstolo pelo coração.

Só a aplicação com o Divino Mestre prepara no íntimo do trabalhador a fibra da iluminação para o amor, e da resistência contra as energias destruidoras, porque o médium evangelizado sabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo de si mesmo, na dignificação da vida, sabendo, igualmente, levantar-se para a defesa da sua tarefa de amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento oportuno.

O apostolado mediúnico, portanto, não se constitui tão somente da movimentação das energias psíquicas em suas expressões fenoménicas e mecânicas, porque exige o trabalho e o sacrifício do coração, onde a luz da comprovação e da referência é a que nasce do entendimento e da aplicação com Jesus Cristo.”
(Ref. 2, pág. 411)

4 - SEGURANÇA COM NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE
- Local para o exercício mediúnico - prudência - simplicidade.


No atendimento da tarefa mediúnica, guardemos segurança íntima, com noção de responsabilidade;
nada de receios, quando nos predispomos ao trabalho com o Senhor, visando o reerguimento espiritual nosso e o auxílio aos que se aproximam de nós.

Estejamos certos de que não podemos nos afastar do caminho que nos foi destinado, sem sérios prejuízos para nós próprios.
Todos temos compromissos do passado e precisamos aproveitar ao máximo as oportunidades que o Senhor nos concede, atendendo de boa vontade ao trabalho que nos é peculiar.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 17, 2012 9:19 pm

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O estudo metódico torna-nos mais conscientes de nossas próprias necessidades, colocando-nos em melhores condições para o trabalho.

Busquemos, ainda, no esforço constante, o arejamento mental e a vivência dos ensinamentos cristãos, exemplificando o Evangelho e teremos a ajuda indispensável para que o nosso empreendimento na Divina Seara alcance o êxito desejado.

Local para o trabalho - prudência - Simplicidade

“Médiuns que trabalham isoladamente.”

- Assim o fazem, geralmente, porque se atribuem com mediunidade educada.

Que é “Mediunidade Educada”?
* Incorporar nos momentos adequados.
* Conservar posições correctas.

* Controlar expressões verbais.
* Conter impulsos para gritar, derrubar móveis e objectos, etc.

Motivos que levam o médium ao trabalho isolado:
* Impulso, bem intencionado, para o bem.
* Desejo de angariar simpatias.

* Alegação que não encontra ambiente propício.
* Superestimação da própria faculdade.

Há médiuns que:
* Consideram o poder de sua faculdade acima do ambiente e das circunstâncias.

Estão sujeitos a sérios perigos:
* Médiuns que confiam cegamente em si mesmo, excluindo ou desprezando:
- O estudo evangélico-doutrinário;
- o bom senso;
- a lógica;
- os conselhos dos companheiros.


Um Espírito cruel e violento pode:
* Subjugar o médium e provocar tumulto e confusão.

Factores que, em tese:
* Podem levar Espíritos inferiorizados a se apossarem do médium:
- Estado psíquico do médium;
- Condições do ambiente;
- Desarmonia vibracional dos dois campos, o espiritual e o material, ou humano.

No templo espírita:
* Há avançados recursos de amparo Espiritual, tais como:
- Protecção dos amigos espirituais;
- Colaboração dos companheiros responsáveis pela tarefa, no plano físico;
- Harmonia vibratória.

Resumo:
* Quando o médium for chamado a socorrer alguém, fora do Centro Espírita, em carácter de excepcionalidade, deve fazê-lo assistido por companheiros de confiança.”
(Ref. 5)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 18, 2012 9:21 pm

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5 - REFERÊNCIAS:

1 - kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. - FEB - GB
2 - Emmanuel - “O Consolador” - 2ª Ed. - FEB - GB
3 - Luiz, André - “Desobsessão” - 1ª Ed. - FEB - GB

4 - Emmanuel - “Roteiro” - 2ª Ed. - FEB - GB
5 - Peralva, José Martins - Trabalho apresentado e aprovado no simpósio sobre mediunidade, realizada pela Liga Espírita da Guanabara de 12 a 19 de abril de 1970.


XIII - Animismo

1 - CLASSIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS SEGUNDO AKSAKOF.

Aksacof, no século passado, admitiu um tríplice determinismo para os fenômenos mediúnicos, perfeitamente válido à luz dos conhecimentos actuais.

1. Fenómenos explicáveis unicamente pelas funções clássicas da subconsciência e que, portanto, se situam nos domínios da psicologia - personismo (Aksacof), fenómenos subliminais (Myers), automatismo psicológico (Janet).

2. Fenómenos explicáveis pelo que hoje denominamos funções Psi ou, como diziam os metapsiquistas, “as faculdades supranormais da subconsciência”.

Aksacof reuniu-os sob a denominação de animismo, porque, na realidade, indicam que existe no homem um sistema não físico, uma alma.

Infelizmente, a palavra tem várias acepções.

Aplica-se à doutrina de Stahl que vê na alma o princípio da vida orgânica;
significa a tendência a atribuir vida anímica a todas as coisas, inclusive objectos “inanimados” - como fazem as crianças e os povos primitivos - ou, ainda, a “crença segundo a qual a natureza é regida por almas, espíritos, ou vontades análogas à vontade humana” (Cuvillier - Pequeno vocabulário da língua filosófica”.)

O animismo, no sentido que lhe deu o sábio russo, é a terra própria da actual parapsicologia.

3. “Fenómenos de personismo e de animismo na aparência, porém reconhecem uma causa extra-mediúnica, supraterrestre, isto é, fora da esfera de nossa existência”.

(Adsakof - “Animismo e Espiritismo”.)
Allan Kardec criou a palavra espiritismo para designar os fenómenos desta natureza e suas implicações filosófico-religiosas.
(Ref. 1)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 18, 2012 9:22 pm

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2 - EXPLICAÇÃO NEUROFISILÓGICA:

Grosseiramente, diríamos que o cérebro humano possui duas partes distintas no que se refere à sua actuação durante o fenómeno mediúnico.

A primeira delas é o subcórtex representado pela substância branca existente no interior do cérebro, e a segunda é o córtex, representado pela substância cinzenta, que envolve a anterior formando uma membrana de alguns milímetros de espessura.

No córtex existem por sua vez, duas partes bem configuradas, a anterior, conhecida como lobos frontais e uma outra que compreende todo córtex restante.
São chamadas respectivamente córtex frontal e córtex extrafrontal.

Através do estudo de várias questões - ausência de diferenciação cortical nas crianças, psicocirurgias, evolução do cérebro dos animais, etc.
- os cientistas chegaram à conclusão que o subcórtex e duas partes do córtex desempenham tarefas definidas e específicas no mecanismo da estruturação mental.

“Em síntese, eis, segundo Pavlov os aspectos básicos de nossa estrutura mental:
1. Actividade sub cortical, representada pelos reflexos incondicionalidades, inatos (actividades fisiológicas, instintos, emoções).

2. Actividade cortical, que corresponde aos reflexos condicionados ou adquiridos e desenvolve-se em dois sistemas:

1. Primeiro sistema de sinalização:
Comum aos animais e ao homem, responsável pelo pensamento figurativo, isto é, feito de imagens, concretas e particulares - os sinais da realidade.

O primeiro sistema tem como substrato anatómico todo o córtex situado fora das áreas frontais e está em conexão directa com as vias aferentes que relacionam o cérebro com o mundo exterior.

É a origem dos reflexos condicionados propriamente ditos.

2. Segundo sistema de sinalização:
Característico da espécie humana e resultante do desenvolvimento da linguagem, conjunto de [i]“sinais de sinais” que possibilitam o pensamento abstracto.

Afirma Pavlov, citando seu predecessor Sctchenov, que “os pensamentos são reflexos cujas manifestações exteriores estão inibidas”.

Os lobos frontais, onde se encontram os centros motores da palavra, são, principalmente, áreas de associação (áreas pré-frontais) e representam a base estrutural do segundo sistema.
(ref. 1)

Em outras palavras, ainda de uma forma um tanto genérica, poderíamos admitir, sob o ponto de vista reencarnacionista, que ao subcórtex corresponde o arquivo de nossas existências pretéritas e ao córtex, em particular ao extrafrontal, corresponde o arquivo dapresente existência.

O facto de as crianças serem descorticadas, parece vir a favor de tal hipótese, pois desta forma, o cérebro perispiritual teria plasmado durante a gestação, apenas o subcórtex, retratando nele somente a parte de seu acervo que se torna necessária ao espírito durante esta última existência.

3 - O MECANISMO DOS FENÓMENOS MEDIÚNICOS:

- Conjugando-se a classificação de Aksacof com a hipótese neurofisiológica aventada no item anterior teríamos:
* Os fenómenos mediúnicos personímicos ocorrem quando são feitas consultas ao córtex, ou seja, ao arquivo da existência presente.
Nesta ocasião são trazidos até à mesa mediúnicos factos pertencentes à última encarnação do próprio médium.

* Os fenómenos mediúnicos anímicos ocorrem quando a parte consultada é o subcórtex ou o que equivale a dizer, o arquivo das existências pretéritas.
Os acontecimentos que desta feita são relembrados pertencem ainda ao Espírito do médium, apenas acontecerem em vidas anteriores.

* Os fenómenos mediúnicos espíriticos ocorrem, só quando existe uma causa extramediúnica, ou seja, alheia ao médium.
Nesta hipótese, haveria não só a consulta aos arquivos do próprio espírito do médium, mas também, a participação, directa ou não, de outros Espíritos.

Neste ponto vale lembrar que é básico dentro do Espiritismo, que o fenómenos espíritico não ocorre isoladamente.
Há sempre uma maior ou menor interferência do próprio médium, o que equivale a dizer, ocorrem concomitantemente fenómenos mediúnicos personímicos e anímicos.
As vantagens e os inconvenientes deste facto serão examinados mais adiante.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 18, 2012 9:23 pm

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4 - CORRELACIONAMENTO ENTRE ESPIRITISMO E ANIMISMO

O fenómeno anímico na esfera de actividades espíritas significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas além-túmulo.

Essa interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão subtil que o médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando é o Espírito comunicante que transmite suas ideias pelo contacto perispiritual.

Não podemos confundir o animismo com a “mistificação”, ou seja, a deliberação consciente de enganar, resultada da má intenção.

A criatura anímica, quando em transe pode também revelar o seu temperamento psicológico, as suas alegrias ou aflições, suas manhas ou venturas, seus sonhos ou derrotas.

Se esta manifestação anímica é assinalada por cenas dolorosas, factos trágicos ou detestáveis, então trata-se de médium desajustado ou doente que necessita mais de amparo e orientação espiritual.

A criatura que supera a maioria dos médiuns, pois se é inteligente, de moral superior e sensível à vida espiritualangélica, não deixa de ser um médium intuitivo-natural, um feliz inspirado que pode absorver directamente na Fonte Viva os mais altos conceitos filosóficos da vida imortal e as bases exactas da ascese espiritual.

Só o médium com propósitos condenáveis é que pode ter remorsos de sua interferência anímica, pois nesse caso tratar-se-ia realmente de uma burla à conta de mediunismo.

Não é passível de censura aquele que impregna as mensagens dos Espíritos com forte dose de sua personalidade mas o faz sem poder dominar o fenómeno ou mesmo distingui-lo da realidade mediúnica.

Só há um caminho para qualquer médium lograr o melhor êxito no seu trabalho mediúnico:
- É o estudo incessante aliado à disciplina moral superior.
Nenhum médium ignorante, fantasioso ou anímico transformar-se-á em um instrumento sensato, inteligente e arguto, se não o fizer pelo estudo ou próprio esforço de ascensão espiritual.

5 - REFERÊNCIAS:

1. Cervino, Jayme - “Além do inconsciente” - FEB - RJ - 1ª Ed.
2. Aksakof, Alexander - “Animismo e Espiritismo” - FEB - RJ
3. Maes, Hercílio - Mediunismo - Liv. Freitas Bastos - Cr. 1961.

4. Xavier, Francisco Cândido - “Mecanismos da Mediunidade” - FEB - RJ
5. Bozzano Ernesto [/i]- “Animismo ou Espiritismo” - FEB - RJ

6. Crooks, William - “Factos Espíritas” - FEB - RJ
7. Aksakof, Alexander - “Um caso de Desmaterialização” - FEB - RJ

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 19, 2012 8:21 pm

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XIV - Mediunidade e Prece

1 - ASPECTO FORMAL

1.1 - PERANTE A ORAÇÃO
Ref. 1, pág. 78

Proferir prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias, facilitando-se, dessa forma, a ligação com os benfeitores da vida maior.

A prece enlaça os Espíritos.

Quanto possível, abandonar as fórmulas decoradas e a leitura maquinal das “preces prontas”, e viver preferentemente as expressões criadas de improviso, em plena emotividade, na exaltação da própria fé.

Há diferença fundamental entre orar e declamar.
Abster-se de repetir em voz alta as preces que são proferidas por amigos outros nas reuniões doutrinárias.

A oração, acima de tudo, é sentimento.

Prevenir-se contra a afetação e exibicionismo ao proferir essa ou aquela prece, adoptando prece, adotando concisão e espontaneidade em todas elas, para que não se façam veículo de intenções especiosas.

Fervor d'alma, luz na prece.

Durante os colóquios da fé, recordar todos aqueles a quem tenhamos melindrado ou ferido, ainda mesmo inconscientemente, rogando-lhes, em silêncio e à distância, o necessário perdão de nossas faltas.

Os resultados da oração, quanto os resultados da amor, são ilimitados.

Cancelar as solicitações incessantes de benefícios para si mesmo, centralizando o pensamento na intercessão em favor dos menos felizes.

Quem ora em favor dos outros, ajuda a si próprio.

Controlar a modulação da voz nas preces públicas, para fugir à teatralidade e à convenção.

O sentimento é tudo.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.”

Jesus. (Mateus, 26:41)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 19, 2012 8:21 pm

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2 - ASPECTO CIENTÍFICO

I - CARÁCTER DA PRECE

(Ref. 2, Pág. 74)

Não basta ter estabelecido as nossas relações com Deus.
É necessário entrar em comunhão com Ele, isto é, é necessária a oração.

Eis aqui uma outra cousa elementar, comumente não compreendida e que também é aqui uma outra coisa elementar, comumente não compreendida e que também é necessário compreender, para não só alcançar o conhecimento da vontade de Deus, mas também a adesão a ela e, com isto, a união mística da alma com Ele.

Em geral não se sabe orar e assim se explica o escasso resultado que obtemos com nossas orações.

A lei de Deus, que tudo regula, inclusive a nossa vida, não é e não pode ser ilógico capricho, como frequentemente cremos e como, tais somos nós, assim desejaríamos, para que pudéssemos submeter à nossa vontade.

Nesta lei que guia e rege o universo, tudo é ordem, lógica, método, disciplina.

O contrário está apenas em nós, que somos um grosseiro esboço de sua realização e, por conseguinte, nos encontramos muito longe de sua perfeição.

A desordem não está na lei, nem em Deus, mas somente em nós e a dor que lhe é consequente, não é uma absurda condenação de um Deus malvado, que nos criou para atormentar-nos, mas é uma prova da Sua bondade, sabedoria e cuidado que nos dedica, visto que por intermédio dela, Ele nos conduz pelo único caminho que nos pode proporcionar felicidade, sabiamente corrigindo-nos e ensinando-nos na escola da vida.

A dor que tanto nos azorraga não é uma violação da vida divina do universo, mas é justamente uma reintegração nela, ainda que seja às nossas expensas, o que é justo, porque fomos nós que livremente quisemos violá-la.

II - MECANISMO DA PRECE

REFLEXO CONDICIONADO E MEDIUNIDADE

(Ref. 3, Pág. 162)

Em toda parte, desde os amuletos das tribos mergulhadas em profunda ignorância até os cânticos sublimados dos santuários religiosos dos templos modernos, vemos o reflexo condicionado, facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o plano espiritual.

Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador desta ou daquela cerimônia, mágica ou religiosa e pelas assembléias que os acompanham.
Visando certos fins.

E compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta procura induzir à emissão de energias do mesmo naipe com que, à base de terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma, sempre que não possua a integridade da consciência tranquila;
o sacerdote de classe elevada, toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxílio da Esfera Superior;

o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes em todos os escaninhos da natureza;

o professo, estimulando o discípulo a dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para incorporar a carga de conhecimento de que necessita.

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Última edição por O_Canto_da_Ave em Qui Abr 19, 2012 8:23 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 19, 2012 8:21 pm

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GRANDEZA DA ORAÇÃO
(Ref. 3, Pág. 163)

Observamos em todos os momentos da alma, seja no repouso ou na actividade, o reflexo condicionado (ou acção independente da vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) nas bases das operações da mente, objectivando esse ou aquele género de serviço.

Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta recta sustenta o recto pensamento e de posse do recto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores.

De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros que possa dispor.

No reconhecimento ou não da petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranqüilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.

A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz

Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação.

3 - ACÇÃO DA PRECE

Com o objectivo de melhor compreender a ação da prece, examinemos através do gráfico n.º 1, os fenómenos que ocorrem quer durante a realização de uma sessão espírita, querem nossas relações normais de todos os dias.

FIGURA 1 - SINTONIA VIBRATÓRIA

PLANO ESPIRITUAL

Objectivos da Mediunidade - Página 2 Curso-basico-mediunidade-14

LEGENDA

HIPÓTESE A:
Espírito encarnado por ocasião de uma prece.

HIPÓTESE B:
Comunicação mediúnica entre um espírito encarnado (1) e outro desencarnado (2) em condições de orientá-lo.
O primeiro eleva o seu padrão vibratório e o segundo sacrifica-se para descer até ele.

HIPÓTESE C:
Outra comunicação mediúnica, desta feita entre um encarnado (1) e um desencarnado a ser beneficiado (3).
Como se observa, o médium, sob a orientação de um espírito protector (2) reduz o seu padrão vibratório até sintonizar-se com o espírito comunicante.

HIPÓTESE D:
Comunicação mediúnica irrealizável.
Um médium despreparado sob múltiplos aspectos, não consegue sintonizar-se com um desencarnado, mesmo este tendo reduzido o seu padrão vibratório.

HIPÓTESE E:
Um encarnado (1), em um momento de invigilância, estabelece sintonia com espíritos encarnados (3) ou não (2), que apresentam más condições vibratórias.
É o caso típico da maledicência.

O espírito
(1) quando voltar ao seu estado vibratório, possuirá fluidos correspondentes aos planos mais grosseiros (choque de retorno).

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Última edição por O_Canto_da_Ave em Sex Abr 20, 2012 8:48 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 20, 2012 8:45 pm

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HIPÓTESE F:
Um encarnado (1), embora sujeito a um ambiente onde outros espíritos apresentam-se em condições vibratórias inferiores, mantém-se através da vigilância, em um estado satisfatório.

4 - REFERÊNCIAS:

1 - Luiz, André - “Conduta Espírita” - obra mediúnica recebida por Waldo Vieira - FEB - GB - 1961
2 - Ubaldi, Pietro - “Ascensões Humanas” - LAKE - S.Paulo - 2ª edição.
3 - Luiz, André - “Mecanismos da Mediunidade” - Obra mediúnica recebida por F.C.Xavier e Waldo Vieira - FEB - GB - 1960

4 - Pastorino, C.Torres - “Técnica da Mediunidade” - Ed.Sabedoria - GB - 1970.
5 - Armond, Edgard - “Mediunidade” - LAKE - S.Paulo, 1956.


XV - Da Influência dos Espíritos em Nossas Vidas

1 - INFLUÊNCIAS OCULTAS OU OSTENSIVAS:

As relações dos Espíritos com os homens são constantes.
Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação.

Os maus nos impelem para o mal:
É-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas.
As ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós à nossa revelia.
Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações.

As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumento.

2 - INFLUÊNCIAS BENÉFICAS OU PERNICIOSAS:

Sejam ocultas ou ostensivas, as influências espirituais podem ser BENÉFICAS, quando nos induzem ao bem ou buscam nos auxiliar e, PERNICIOSAS, quando nos induzem ao mal ou buscam nos prejudicar.

As influências benéficas se dão por iniciativa dos espíritos amigos e simpáticos:
Mentores espirituais do indivíduo;
guias familiares:
Espíritos responsáveis pelas colectividades; mentores dos Grupos Doutrinários, etc.

As influências perniciosas são oriundas dos Espíritos inferiores;
Espíritos levianos;
adversários espirituais;
entidades que se comprazem com o mal, etc.

Normalmente se manifestam sob a forma de obsessão.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 20, 2012 8:47 pm

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3 - OBSESSÃO:

“Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas.

Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procura, dominar.
Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem.

Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se.”
(Ref. 1 - item 237)

Obsessão simples:
“Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõem a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com os outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados.

“A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito, da qual não consegue desembaraçar-se a pessoa sobre quem ele actua.”

(Ref. 1 - item 238)

Fascinação:
“A fascinação tem consequências muito mais graves.

É uma ilusão produzida pela acção directa do Espírito sobre o pensamento de médium e que, e certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações.

O médium fascinado não acredita que o estejam enganando.”

“Efectivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade.

Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.”

(Ref.1, item 239)

Subjugação:
“A subjugação é uma contrição que paralisa a vontade daquele que sofre e o faz agir a seu mau grado.

Numa palavra:
O paciente fica sob um verdadeiro jugo.

A subjugação pode ser moral ou corporal.

No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ela julga sensatas:
É uma como fascinação.

No segundo caso, o Espírito actua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.”
(Ref. 1, item 240)

4 - REFERÊNCIAS:

1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. - FEB - GB
2 - Kardec, Allan - “O Livro dos Espíritos” - 11ª Ed. - FEB - RJ

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