LUZ ESPÍRITA
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Objectivos da Mediunidade

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2012 10:45 pm

Objectivos da MediunidadeRevista Espírita Allan Kardec, ano IV, no.15

O principal objectivo da mediunidade ostensiva é resgate cármico, na grande maioria dos médiuns.


Resgate cármico significa correcção de erros praticados nesta vida, mas a maioria deles o fora em outras encarnações.

Pelo facto do médium ter que exercitar as virtudes cristãs para ser fiel ao seu programa espiritual, vai corrigindo as tendências de reassumir os erros contidos no passado recente ou longínquo.

Se é para corrigir dívidas do passado, o exercício da mediunidade não pode ser remunerado no presente, sob pena de agravamento dos débitos, com juros e correcções.

O médium está pagando, com seu trabalho, o que deve à lei divina, que é amor e harmonia, por se ter desviado dela, por desamor e desequilíbrio do sentimento.

O atendimento pela psicografia (escrita), psicofonia (incorporação), seja para orientação de encarnados ou de desencarnados, cura física e espiritual, clarividência ou claraudiência, ou qualquer outra manifestação mediúnica, está sempre permitindo ao médium correcção dos seus defeitos, ao mesmo tempo, que traz consolo e ensinamento a todos os necessitados.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2012 10:47 pm

Curso Básico sobre Mediunidade
União Espírita Mineira

* Capítulo I - Introdução
* Capítulo II - Natureza da Mediunidade
* Capítulo III - Espírito, Corpo, Perispírito

* Capítulo IV - Da Identificação dos Espíritos
* Capítulo V - Mecanismos das Comunicações
* Capítulo VI - Classificação Mediúnica, Segundo a aptidão do médium

* Capítulo VII - A Casa Mental
* Capítulo VIII - Reflexo Condicionado
* Capítulo IX - Influência Moral do Médium

* Capítulo X - Da Influência do Meio
* Capítulo XI - Educação Mediúnica
* Capítulo XII - Exercício Mediúnico

* Capítulo XIII - Animismo
* Capítulo XIV - Mediunidade e Prece
* Capítulo XV - Da Influência dos Espíritos em Nossas Vidas


I - Introdução

1 - ASPECTO GERAL:

A mediunidade é faculdade inerente à própria vida e, com todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacertos, são qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas.(l)
Como instrumentação da vida, surge em toda a parte.

O lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume.
Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades.(2)

Desse modo, possuímos no artífice o médium de preciosas utilidades, no escultor o médium da obra-prima, nos varredores das vias públicas valiosos médiuns da limpeza, no juiz o médium das leis.

Todos os homens em suas actividades, profissões e associações são instrumentos das forças a que se devotam, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e ideias de que se nutrem.

O homem e a mulher, abraçando o matrimónio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a harmonia universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos.

Além do lar, será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura...(2)

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2012 10:47 pm

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2 - CONCEITO DOUTRINÁRIO:

Kardec define:
- MEDIUNIDADE: Faculdade dos médiuns.

MÉDIUNS:
(do latim - médium, meio, intermediário) pessoa que pode servir de intermediária entre os dois planos da vida, ou seja, entre os ESPÍRITOS e os HOMENS (3)

Segundo André Luiz, mediunidade é o atributo de homem encarnado, para corresponder-se com o homem liberado do corpo físico. (1)

Embora aceites em sentido mais amplo por vários autores em nossos estudos, conceituaremos, de um modo geral, os FENÓMENOS MEDIÚNICOS como aqueles que se reconhecem uma causa extra-física, supra-terrestre, isto é, fora da esfera de nossa existência física, portanto, FENÓMENOS ESPÍRITICOS, pois, se processam com a intervenção dos espíritos desencarnados.

3 - REFERÊNCIAS:

(1) “Evolução em Dois Mundos” - FEB - GB1959
(2) “Nos Domínios da Mediunidade” - FEB - 2ª edição.
(3) “O Livro dos Médiuns” - FEB 29ª edição.

II - Natureza da Mediunidade

1 - INTRODUÇÃO:

“Todos os homens são médiuns, todos tem um espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-los” (1)

“Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação.
Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente”.
(2)

“Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem.
Por este motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação.
É da Lei que ninguém se emancipe sem pagar o que deve”.
(3)

2 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA:

Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo.

Assim, destacamos:

- MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL
- Edgard Armond a define:
“À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta consequentemente sua percepção espiritual.

A isso denominamos mediunidade natural.
(4)”.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2012 10:49 pm

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- MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em carácter precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a de seus semelhantes.

Preparado arduademente no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico, abençoada oportunidade de trabalho.

- MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus actos menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura.

Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa sofrimentos aos quais não se pode furtar.

A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estagio de subjugação.

- MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade.

3 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL:

A sensibilidade mediúnica oriunda do trabalho perseverante do espírito é resultado de seu próprio esforço.

Como toda conquista espiritual, demanda perseverança e seu aperfeiçoamento se faz através das reencarnações, seguidas de idêntico empenho no plano espiritual.

Conquistada essa sensibilidade, transforma-se num atributo do espírito - património intransferível de sua individualidade.

Isenta dos percalços naturais, inerentes às provas e expiações, a sensibilidade psíquica conquistada é de carácter definitivo.
O seu exercício não acarreta sofrimentos e permite o intercâmbio espontâneo com as entidades espirituais, sem necessidade do trabalho mediúnico de carácter obrigatório.

Por estar ao alcance de todos, paulatinamente, caminhamos para a conquista deste atributo, através do qual contaremos com maiores recursos de identificação com o plano espiritual.

A expressão fenoménica característica das demais manifestações mediúnicas cede lugar a INTUIÇÃO pura e simples e as incursões da alma no plano extra-físico.

A sua característica principal é, portanto, a INTUIÇÃO.

4 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO:

A sensibilidade mediúnica é concedida como uma oportunidade de trabalho para a criatura.

Conferida em carácter transitório, por empréstimo, segundo programação no plano espiritual, antes do reencarne do médium, pode ser suspensa por iniciativa da própria espiritualidade, consoante o uso que dela fizer.

Seu despertar é quase sempre cercado de recursos alertadores, com vistas à segura orientação do médium.

Respeitado o livre-arbítrio do médium, este pode ou não atender ao compromisso assumido na espiritualidade.

Dispondo-se ao exercício mediúnico, além do aprendizado natural e excelente oportunidade de serviço, conta o médium com possibilidades de reajustar-se frente aos problemas de seu passado.

Recusando-se ao trabalho, no entanto, normalmente, retorna ao plano espiritual mais compromissado, em virtude do menosprezo da oportunidade que lhe foi concedida.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2012 8:18 pm

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5 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO:

A sensibilidade mediúnica é imposta ao médium para reajustes necessários, determinados pelos seus actos menos dignos do passado de culpas.

Manifesta-se independente da vontade actual do médium e muitas vezes à sua própria revelia.

Pelo seu carácter expiatório, pode cercar-se de determinados sofrimentos físico-psíquicos, que serão amenizados, ou mesmo eliminados pela perseverança do seu portador no trabalho mediúnico, dentro da seara cristã.

Independente de qualquer iniciativa visando ao seu desenvolvimento, a mediunidade surge, nem sempre branda, às vezes, violentamente, surpreendendo o próprio médium e aqueles que o cercam.

Tão logo surja esta manifestação, deve o médium ingressar numa reunião de EDUCAÇÃO MEDIÚNICA para melhor capacitar-se no devido controle de suas faculdades, com vistas ao seu exercício cristão.

Comummente manifesta-se sob o aspecto de obsessão e, se o médium não busca os recursos evangélico-doutrinários indispensáveis a sua auto-educação, pode cair nas tramas da subjugação.

6 - REFERÊNCIAS:

(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - 29ª edição - Rio de Janeiro
(2) “Os Mensageiros” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro.
(3) “Nos Domínios da Mediunidade” - FEB - 2ª edição - Rio de Janeiro.
(4) “Mediunidade” - LAKE - 9ª edição - São Paulo.


III - Espírito, Corpo, Perispírito

1 - Deus - Espírito - Matéria - Fluido Cósmico:

Para melhor compreensão do fenómeno mediúnico, é importante se estabeleça a interdependência entre o corpo, o perispírito e o Espírito.

Para tanto, imprescindível aceitemos seguramente a existência e sobrevivência deste.

Allan Kardec afirma:
Antes de travarmos qualquer discussão espírita importa indaguemos se o nosso interlocutor conta com esta base:
* CRER EM DEUS

* CRER NA IMORTALIDADE DA ALMA
* CRER NA SOBREVIVÊNCIA DA VIDA APÓS A MORTE

Sem isso seria tão inútil ir além, com querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não a admitisse. (1)

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2012 8:20 pm

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Assim sendo, relembremos, com a Doutrina Espírita:
DEUS - Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Nosso pai e criador.

ESPÍRITO - Princípio inteligente do universo.
O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados ESPÍRITOS;
do mesmo modo que o elemento material individualizado constitui os diversos corpos da natureza, orgânicos e inorgânicos.

MATÉRIA - Princípio que dá origem e formação aos corpos.
Instrumento de que se serve o Espírito e sobre o qual ao mesmo tempo exerce a sua acção.

FLUIDO CÓSMICO - Desempenha papel de intermediário entre o espírito e a matéria, propriamente ditas, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer directamente acção sobre ela.

É fluido, como a matéria é matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a acção do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conhecemos uma parte mínima.

Este fluido universal, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio, sem o qual, a matéria estaria em perpétuo estado de desagregação e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá. (2)

Abstraindo-se o Espírito, tudo o que existe no Universo é oriundo do fluido cósmico, não só o princípio material, quanto as leis que o regulam, tudo nele se alicerça.

O fluido magnético e o fluido vital são apenas algumas das inúmeras modificações do fluido cósmico.

Pela sua característica de extrema maneabilidade e variadas funções, podemos dizer que se a matéria é manipulada pelo homem, as criaturas fluídicas são elaboradas mentalmente pelos Espíritos (encarnados ou desencarnados), uma vez que o fluido obedece ao seu comando mental.

André Luiz assim o conceitua:
“O Fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Neste elemento primordial vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano”.
(3)

2 - CORPO - ESPÍRITO - PERISPÍRITO:

Quando encarnado, o homem constitui-se de:

CORPO FÍSICO- Componente material análogo ao dos animais.
* É, ao mesmo tempo, invólucro e instrumento de que se serve o Espírito.
* De vida efémera, sujeita-se às transformações da matéria.

* À medida que o Espírito adquire novas aptidões, pelas reencarnações, utiliza-se de corpos físicos mais aperfeiçoados, condizentes com suas novas necessidades.

ESPÍRITO- Alma ou componente imaterial.
* O progresso é a sua condição normal e a perfeição a meta a que se destina.
* Imortal, preexiste e subsiste ao corpo físico que lhe serve de instrumento.
* Retornando ao Plano Espiritual, após o desencarne, conserva a sua individualidade, preparando-se para novas metas em sua ascensão evolutiva.

PERISPÍRITO- Envoltório fluídico de que se serve o Espírito em suas manifestações extra-físicas.
* Semi-material, participa ao mesmo tempo da matéria pela sua origem e da espiritualidade pela sua natureza etérea.
* Corpo espiritual que durante a reencarnação serve de elo entre o corpo físico e o Espírito.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2012 8:20 pm

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3 - O PERISPÍRITO:

O perispírito, ou corpo fluídico, também conhecido como corpo astral, psicossoma, corpo celeste e outras denominações, é o corpo de que se serve o Espírito como veículo de sua manifestação no Plano Espiritual e como intermediário entre o corpo e o espírito quando encarnado.

Para melhor entendimento do perispírito, analisaremos este assunto sob os seguintes prismas:
constituição, função, apresentação e propriedades.

CONSTITUIÇÃO:

* De natureza subtil, o perispírito é constituído do FLUIDO UNIVERSAL inerente ao globo em que estagia, razão porque não é idêntico em todos os mundos.

* Sua natureza está em relação directa com o grau de adiantamento moral do Espírito;
daí decorre que o mesmo se modifica e se aprimora com o progresso moral que conquiste.

* Enquanto as entidades superiores formam o seu perispírito com os fluidos mais etéreos do plano em que estagiam, as inferiores formam dos fluidos mais densos, ou grosseiros, pelo que, seu perispírito chega a confundir-se, na aparência com o corpo físico.

FUNÇÃO:

* O Espírito pela sua essência é um ser abstracto, que não pode exercer acção directa sobre a matéria bruta.
Precisa de um elemento intermediário (fluido universal), daí a necessidade do envoltório fluídico - o perispírito.

* O perispírito faz do Espírito um ser definido, tornando-o capaz de actuar sobre a matéria tangível.
É, assim, o traço de união entre o Espírito e a matéria.

* Quando encarnado, o Espírito se vale do perispírito para actuar sobre o corpo e sobre o meio ambiente e, por seu intermédio, recebe sensações dos mesmos.

* Despojado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito permanece com o perispírito, veículo de sua manifestação no Plano Espiritual.

APRESENTAÇÃO:

* O perispírito toma a forma que o Espírito queira.

* Actuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e da vontade, os Espíritos imprimem a esses fluidos tal ou qual direcção:
Aglomeram-nos, combinam ou dispersam, forma conjuntos de aparência, forma e cor determinadas.

* Essas transformações, obedecendo a vontade do Espírito, permitem-lhe ter ou apresentar-se com a forma que mais lhe agrade.
Podendo, num dado momento, alterar sua aparência instantaneamente.

* Essas transformações podem ser o resultado de uma intenção ou o produto de um pensamento inconsciente.
Se num ambiente o Espírito apresenta-se com a aparência de sua última existência, pode, inconscientemente, modificar-se no recinto;
algo, ou alguém o faz recordar-se de uma precedente reencarnação.
Tão logo desliga o seu pensamento do passado, retorna à aparência actual.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2012 8:35 pm

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PROPRIEDADES:

* Um Espírito pode, portanto, apresentar-se ao médium com a aparência de uma existência remota (vestuário ou outros sinais característicos da época, inclusive cicatrizes, etc), embora isto não signifique que ele conserve normalmente essa aparência, mas sim a de vidas posteriores (geralmente a última experiência na Terra).

* Mesmo um Espírito apenas intelectualmente desenvolvido, embora moralmente atrasado, pode apresentar-se ao médium sob a aparência que deseje (pela disposição do seu pensamento), até mesmo de uma outra entidade, num processo de mistificação espiritual.

* Normalmente, no entanto, o perispírito retrata a condição íntima do Espírito, razão pela qual, premido por um estado consciencial de culpa, este se apresenta portando inibições, defeitos, aleijões, ou problemas outros, dos quais, embora o desejasse, não se pode furtar.

4 - REFERÊNCIAS:

(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - Rio de Janeiro - 29ª edição.
(2) “O Livro dos Espíritos” - FEB - Rio de Janeiro - 30ª edição.
(3) “Evolução em Dois Mundos” - FEB - Rio de Janeiro - 1ª edição.
(4) “A Génese Segundo o Espiritismo” - FEB - Rio de Janeiro - 9ª edição.

IV - Da Identificação dos Espíritos

1 - INTRODUÇÃO:

“Amados não creiais a todo o Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus”.
(I João 4:1)

“No que respeita às instruções gerais que nos trazem os Espíritos, o mais é o ensino que nos proporcionam e não o nome sob o qual se apresentam”.
ALLAN KARDEC

“Se a individualidade do espírito pode nos ser indiferente, o mesmo não se dá quanto às suas qualidades.
É bom ou mau o Espírito que se comunica? Eis a questão.”
ALLAN KARDEC

2 - LÓGICA, BOM SENSO, RAZÃO:

A identificação do Espírito pelo nome não deve constituir preocupação do médium ou dos frequentadores da reunião, pois, o mais importante é o teor dos ensinos que nos transmitem, seja qual for o nome ou a forma sob a qual de apresente o comunicante.

Devemos considerar que, se o Espírito pode imprimir ao seu perispírito a forma que queira, este poderá apresentar-se sob a aparência de outra entidade, ou para infundir maior confiança ao médium, ou com o fim deliberado de enganar.

O mesmo se dá quanto ao nome com o qual se comunica, pois, nenhuma referência dispomos para comprovar a sua autenticidade, senão o teor de sua mensagem, condizente ou não com o nome indicado.

Será prudente, portanto, frente a qualquer comunicante, ainda que se apresente como é ou um dos guias da reunião, analisar rigorosamente o teor da comunicação, aceitando apenas e exclusivamente, aquilo que esteja dentro da lógica, do bom senso e da razão.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2012 8:36 pm

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3 - DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS:

A respeito da identificação dos Espíritos transcrevemos algumas recomendações de “O Livros dos Médiuns”, para nossa meditação.

DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS
“A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado.”

“Apreciam-se os Espíritos pela linguagem que usam e pelas suas acções.
Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão”.

A linguagem dos Espíritos Elevados é sempre idêntica senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo.
Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo o lugar.

Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correcção de estilo.
É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção.

Os bons Espíritos só dizem o que sabem;
calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem.

Os bons espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam de aconselhar.
Nunca, qualquer que seja o caso, deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil.

Os bons Espíritos só prescrevem o bem.
Nunca ordenam;
não se impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se.

Os bons Espíritos não lisonjeiam;
aprovam o bem feito, mas sempre com reserva.

PARA JULGAR OS ESPÍRITOS, COMO PARA JULGAR OS HOMENS É PRECISO, PRIMEIRO, QUE CADA UM SAIBA JULGAR-SE A SI MESMO.
A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo reflectem das paixões humanas.

Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que ostente o Espírito.

Deve-se desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não aceitar o que dizem, senão com muita reserva.

Reconhecem-se os Espíritos levianos pela facilidade em que predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado ter conhecimento.

Qualquer recomendação que se afaste da linha recta do bom senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.

Máxima nenhuma, nenhum conselho que se não conforme estritamente com a pura caridade evangélica pode ser obra de bons Espíritos.

Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal de superioridade deles.
A inalterável pureza dos sentimentos é, para esse respeito, a verdadeira pedra de toque.

SE NÃO FÔSSEIS IMPERFEITOS, NÃO TERÍEIS EM TORNO DE VÓS SENÃO BONS ESPÍRITOS;
SE FORDES ENGANADOS DE VÓS MESMOS VOS DEVEIS QUEIXAR.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2012 8:37 pm

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4 - APARÊNCIA:

Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que também podem, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?

Isso se dá, porém, mais dificilmente.
O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles.

Podem os Espíritos levianos aproveitar-se dessa disposição, para o enganar, por meio de falsas aparências;
isso depende das qualidades do Espírito do próprio médium. (“O Livro dos Médiuns”)

5 - ESTADO VIBRACIONAL:

Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles.

Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam.

O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima.

Quando ditoso, o Espírito é tranquilo, leve, reflectido;
quando feliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium.

Em suma, dá-se o que se dá com o homem na terra:
O bom é calmo, tranquilo;
o mau está constantemente agitado.
(“O Livro dos Médiuns”).

Concluímos que a maneira mais segura de se identificar a natureza do Espírito é pelo teor de sua linguagem, falada ou escrita, mediante os conceitos que nos trazem.

Tanto quanto, ao se aproximar de um médium, o Espírito pode por ele ser analisado, através do seu estado vibracional, ou seja, das sensações agradáveis ou desagradáveis que o Espírito infunde ao médium.

6 - REFERÊNCIAS:

“O LIVRO DOS MÉDIUNS” - FEB - Rio de Janeiro - 29ª edição.
“O NOVO TESTAMENTO” - Trad. João Ferreira de Almeida - IBB - Rio de janeiro.


V - Mecanismos das Comunicações

1 - INTRODUÇÃO:

“A mente permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos”. (1)
“Em mediunidade não podemos olvidar o problema da sintonia”. (2)

“No socorro espiritual, os benfeitores e amigos das esferas superiores, tanto quanto os companheiros encarnados, quais o director da reunião e seus assessores que manejam o verbo educativo, funcionam lembrando autoridades competentes no trabalho curativo, mas o médium é o enfermo convidado a controlar o doente, quanto lhe seja possível, impedindo, a este último, manifestações tumultuárias e palavras obscenas”. (3)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 11, 2012 9:47 pm

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2 - PROCESSO MENTAL:

Para que um Espírito se comunique é mister se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a desencarnada.

Esse mecanismo das comunicações espíritas, mecanismo básico que se desdobra, todavia, em nuances infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes - activo e passivo - valores espirituais, etc.

Sintonizando o comunicante com o medianeiro, o pensamento do primeiro se exterioriza através do campo físico do segundo, em forma de mensagem grafada ou audível.

Na incorporação (psicofonia), o médium cede o corpo ao comunicante, mas, de acordo com os seus próprios recursos, pode comandar a comunicação, fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos e controlando o vocabulário do Espírito.

O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, em tese, de fazer ou não fazer o que entidade pretende.
(ref. 2 - Cap. IX e X).

3 - SINTONIA (VIBRAÇÕES COMPENSADAS):

Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência.

Sintonia é, portanto, um fenómeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, a base de vibrações.

Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente.

Estarão respirando na mesma faixa, intimamente associadas:
SINTONIA, RESSONÂNCIA, VIBRAÇÕES COMPENSADAS

Sábios = Ideais superiores, Assuntos transcendentes
Ciência, Filosofia, Religião, etc

Índios = Objectivos vulgares Assuntos triviais
Caça, Lutas, Pesca, presentes, etc.

Árvores = Maior vitalidade melhor produção
Permuta dos princípios germinativos, quando colocadas entre companheiras da mesma espécie

Quanto mais evoluído o ser, mais acelerado o estado vibratório.

Assim sendo, em face das constantes modificações vibratórias verificar-se-á sempre, em todos os comunicados, o imperativo da redução ou do aumento das vibrações para que eles se dêem com maior fidelidade.

Se esta lei de afinidade comanda inteiramente os fenómenos psíquicos, não há dificuldade em compreendermos porque as entidades luminosas ou iluminadas são compelidas a reduzir o seu tom vibratório a fim de, tornando mais densos os seus perispíritos, serem observadas pelos Espíritos menos evolvidos.

Do mesmo modo, graduam o pensamento e densificam o perispírito, quando desejam transmitir as comunicações, inspirar os dirigentes de trabalhos mediúnicos ou os pregadores e expositores do Evangelho e da Doutrina. (2)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 11, 2012 9:48 pm

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André Luiz em “Nos Domínios Da Mediunidade” (cap V) descreve:
"Nesse instante, o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a assembleia, mostrando-se-nos MAIS HUMANIZADO, QUASE OBSCURO”.

O benfeitor espiritual, que ora nos dirige -
acentuou nosso instrutor - afigura-se-nos mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo a posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do trabalho começante.”

Léon Denis afirma:
- “... o Espírito, libertado pela morte, se impregna de matéria subtil e atenua suas radiações próprias, a fim de entrar em uníssono com o médium”.

Conclui-se, das palavras do filósofo francês, que os Espíritos dispõem de recursos para reduzir ou elevar o tom vibratório, da seguinte forma;

1. Para reduzir o seu próprio padrão vibratório, o Espírito superior impregna-se de matéria subtil colhida no próprio ambiente.

2. Para elevar o tom vibratório do médium, o Espírito encontra na própria concentração ou transe, daquele, os meios de ativar as vibrações. (2)

4 - RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES:

Comummente o médium se deixa sugestionar pelos Espíritos rebeldes ou menos esclarecidos e sob a sua influência, extravasam no campo físico, suas impressões de desequilíbrio de que o comunicante se faz portador.

Isto se verifica quase sempre com o médium que ignora a sua responsabilidade na manifestação mediúnica, quando não o faz julgando que a “encenação” provocada pelo irmão sofredor é indício de autenticidade da “incorporação” do Espírito.

Qualquer que seja o motivo que leva o médium a permitir este excesso, sem qualquer controle de sua parte, denota que ele, embora detentor de faculdades psíquicas, ainda não se compenetrou de suas responsabilidades e não se dedica ao estudo doutrinário e aperfeiçoamento evangélico, indispensável ao melhor desempenho de sua tarefa.

Quanto à conduta do médium, André Luiz nos recomenda:
- “Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimento de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos”.

O medianeiro será sempre o responsável directo pela mensagem de que se faz portador.”
(Ref. 4, Cap IV)

Conscientes de que o pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro do médium, passa pelo seu cérebro perispíritico, fácil compreender que o médium pode e deve “policiar” as sugestões do comunicante, permitindo que seja externado apenas o necessário para o esclarecimento e orientação do Espírito, por parte do dirigente da reunião.

É compreensível que o Espírito em desequilíbrio, sugira ao médium:
gritos, contorções, batimentos de mãos e pés ou outros gestos violentos, no entanto, cabe ao medianeiro, opor a estas sugestões, atitudes moderadas e equilibradas, as quais, coibindo a violência do comunicante, funcionam à guisa de alerta para o próprio Espírito, facilitando assim o esforço para sua orientação.

Por isso, em uma mesma reunião, com um mesmo Espírito se comunicando através de dois médiuns distintos, pode se verificar o seguinte:
- Encontra-se no primeiro médium um instrumento afim com o seu estado íntimo, não só dará expansão as suas atitudes menos edificantes quanto, dificilmente assimilará os recursos esclarecedores que o dirigente busque lhe endereçar.

Se, ao contrário, aproxima-se de um médium espiritualizado, à sua simples aproximação, já é auxiliado, pois este irradia, naturalmente, vibrações de paz e harmonia com que o envolve beneficamente.

A tarefa do dirigente, nesse caso, é grandemente facilitada pela condição íntima do médium.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 11, 2012 9:49 pm

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Lembremos mais uma vez André Luiz:
- “Ainda mesmo um médium absolutamente sonâmbulo, incapaz de guardar lembranças posteriores ao socorro efectuado, semi-desligado de seus implementos físicos, dispõe de recursos para governar os sentidos corpóreos de que o Espírito comunicante se utiliza, capacitando-se, por isso, com o auxílio dos instrutores espirituais, a controlar devidamente as manifestações”.

Não se diga que isso é impossível.
Desobsessão é obra de reequilíbrio, refazimento, nunca de agitação e teatralidade.

Nesse sentido, vale recordar que há médium de incorporação normal, e médium ainda obsidiado.
E, sempre que o médium, dessa ou daquela espécie, se mostre obsidiado, necessita de socorro espiritual, através de esclarecimento, emparelhando-se com as entidades perturbadas carecentes de auxílio.

Realmente, em casos determinados, o medianeiro da psicofonia não pode governar todos os impulsos destrambelhados da inteligência desencarnada que se comunica na reunião, como nem sempre o enfermeiro logra impedir todas as extravagâncias da pessoa acamada;
contudo, mesmo nessas ocasiões especiais, o médium integrado em suas responsabilidades dispõe de recursos para cooperar no socorro espiritual em andamento, reduzindo as inconveniências ao mínimo.”
(Ref. 3, Cap 43)

Encerramos com Martins Peralva, concitando-nos à auto-evangelização:
- “Os médiuns, portanto, que desejam, sinceramente, enriquecer o coração com tesouros da fé, a fim de ampliarem os recursos de servir ao Mestre na seara do bem, não podem nem devem perder de vista o factor auto-aperfeiçoamento”.

Não podem, de forma alguma, deixar de nutrir-se com o alimento evangélico, tornando-se humildes e bons, devotados e convictos, a fim de que os modestos encargos mediúnicos de hoje sejam, amanhã, transformados em sublimes e redentoras tarefas, sob o augusto patrocínio do Divino Mestre, que nos afirmou ser o “Pão da Vida” e a “Luz do Mundo”.

Abnegação por perseverança, no trabalho mediúnico, mantém o servidor em condições de sintonizar, de modo permanente, com Espíritos Superiores, permutando, assim, com as forças do bem as divinas vibrações do amor e da sabedoria.

Estabelecida, pois, esta comunhão do medianeiro com os prepostos do senhor, a prática mediúnica se constituirá, com reais benefícios para o médium e o agrupamento onde serve, legítima sementeira de fraternidade e socorro.
(Ref. 2, Cap. IV)

5 - REFERÊNCIAS:

(1) “Nos Domínios Da Mediunidade” - FEB - 2ª edição - Rio de Janeiro.
(2) “Estudando a Mediunidade” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro.
(3) “Desobsessão” - FEB - 1ª edição - Rio de Janeiro.
(4) “Conduta Espírita” - FEB - 1ª edição - Rio de Janeiro.


VI - Classificação Mediúnica
(Segundo a aptidão do médium)


1 - EFEITOS FÍSICOS:

Mediunidade em que se observam os fenómenos objectivos e, por isso, perceptíveis pelos sentidos físicos.

Os médiuns de efeitos físicos, segundo Kardec, podem ser:
1. Facultativos
- O que tem consciência da sua mediunidade e se presta à produção dos fenómenos por acto de sua própria vontade;

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2012 8:30 pm

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2. Involuntário ou natural
- Nenhuma consciência tem dessas faculdades psíquicas, servindo muitas vezes, de instrumento dos fenómenos, a seu mau grado.
(Ref. 1, Cap. XIV).

O médium de efeitos físicos, durante a produção dos fenómenos, pode permanecer em estado de transe, ou completamente desperto.

Os fenómenos de efeitos físicos mais comuns são:
- 1. LEVITAÇÃO: Quando pessoas ou objectos são erguidos no ar, sem interferência de recursos materiais objectivos;

- 2. TRANSPORTE: Quando objectos são levantados e deslocados de uma parte para outra, dentro do mesmo local ou trazidos de locais distantes;

- 3. TIPTOLOGIA: Comunicação dos Espíritos - valendo-se do alfabeto ou qualquer outro sinal convencionado - por meio de movimento de objectos ou através de pancadas.

O Espírito responderá às perguntas formuladas, valendo-se de um código estabelecido anteriormente.

Por exemplo:
* Uma pancada significa sim; duas pancadas, não.
* Uma pancada corresponde a letra A; duas pancadas correspondem à letra B, etc.;

* As letras do alfabeto são dispostas sobre uma mesa e os Espíritos conduzem um determinado objecto que, percorrendo as várias letras, forma palavras e frases inteiras.

A tiptologia, portanto, pode ser obtida de maneira muito variada, a critério dos responsáveis pela experiência.

É muita conhecida, nesse caso, a experiência com o copo;

4. MATERIALIZAÇÃO:

Manifestação dos Espíritos, através da criação de formas ou efeitos físicos.

A materialização se desdobra em nuances variadas - sinais luminosos ligeiros ou intensos, ruídos, odores e a materialização propriamente dita, desde apenas determinadas partes do corpo até a completa materialização da entidade espiritual que se comunica.

Para a materialização, os Espíritos manipulam e conjugam três elementos essenciais:
* Fluidos inerentes à Espiritualidade;
* Fluidos inerentes ao médium e demais participantes da reunião;
* Fluidos retirados da natureza, especialmente da água e das plantas.


5. VOZ DIRECTA ou PNEUMATOFONIA
- Comunicação oral do Espírito, directamente, através de um aparelho vocal fluídico, manipulado pela espiritualidade.
Nesse caso, os presentes registram apenas a voz dos Espíritos.

6. ESCRITA DIRECTA OU PNEUMATOGRAFIA
- Comunicação dos Espíritos, através da escrita directa, isto é, sem concurso físico do médium.
A mensagem é grafada pelos Espíritos e, para tanto, nem o próprio lápis é indispensável.

7. DESDOBRAMENTO (bicorporeidade)
- Exteriorização do perispírito do médium que, afastado do corpo carnal - [i]ao qual se liga pelo cordão fluídico
- se manifesta materializado em local próximo ou distante.

O desdobramento pode assumir outras características, as quais, necessariamente, não se enquadram na categoria de efeitos físicos.

Por exemplo:
- O Espírito do médium, afastado do corpo, pode se fazer notar em outro local, através da vidência de um segundo médium.
(Ref. 3, Cap. XII.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2012 8:35 pm

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2 - SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS:
- São aqueles cuja mediunidade se manifesta através de uma sensação física experimentada pelo médium, à aproximação do espírito.
Assim, o médium impressionável, ainda que não ouça ou veja um Espírito, sente a sua presença pelas reacções em seu organismo .

Do teor dessas reacções, pode o médium deduzir a condição do Espírito:
Rebelde, perseguidor, evoluído, dócil, etc.

Com o exercício, o médium chega a identificar, individualmente, os Espíritos, à sua simples aproximação.
(Ref. 1, Cap. XIV)

3 - AUDITIVOS:
- O médium audiente ouve vozes proferidas pelos Espíritos ou sons por eles produzidos, bem como, sons da própria natureza, que escapam à percepção da audição normal.

Por ser fenómeno de natureza psíquica, é fácil compreender-se que a audição se verifica no órgão perispíritico do médium, por isso, independe de sua audição física.
(Ref. 3, Cap IX)

4 - VIDÊNCIA:
- Faculdade mediante a qual o médium percebe, pela visão hiperfísica, os Espíritos desencarnados ou não, bem como situações ou paisagens do plano espiritual.

Pode-se classificar em:

1. VIDÊNCIA AMBIENTE OU LOCAL
- quando o médium percebe o ambiente espiritual em que se encontra, registando factos que ali mesmo se desdobram ou então, quadros, sinais e símbolos projectados mentalmente por Espíritos com os quais esteja em sintonia.

2. VIDÊNCIA NO ESPAÇO
- O médium vê cenas, sinais ou símbolos em pontos distantes do local em que se encontra.

3. VIDÊNCIA NO TEMPO
- O médium vê cenas, representando factos a ocorrer
(visão profética) ou factos passados em outros tempos (visão rememorativa).

4. PSICOMETRIA
- Forma especial de vidência que se caracteriza pelo desenvolvimento, no campo mediúnico, de uma série de visões de coisas passadas, desde que, posto em presença do médium um objecto qualquer ligado àquelas cenas.
Essa percepção se verifica em vista de tais objectos se acharem impregnados de influências pessoais dos seus possuidores ou dos locais onde se encontravam.

5 - FALANTES OU PSICOFÓNICOS:
- Os médiuns falantes ou psicofónicos transmitem, pela palavra falada, a comunicação do Espírito.
É uma das formas de mediunidade mais comuns no intercâmbio mediúnico e é frequentemente denominada de “incorporação”.

O médium psicofónico pode ser:

1. CONSCIENTE
- O Espírito comunicante transmite telepaticamente, às vezes de grandes distâncias, as suas ideias ao médium, que as retracta aos encarnados com as suas próprias expressões.

2. SEMI-CONSCIENTE
- Estabelecida a sintonia, ou equilíbrio vibratório, o Espírito comunicante, através do perispírito do médium, entra em contacto com este, passando a actuar sobre o campo da fala e outros centros motores do médium.

Não há afastamento acentuado do Espírito do médium e este não perde a consciência ou conhecimento do que se passa.
Sujeita-se, espontaneamente, à influência do Espírito comunicante, mas o controla devidamente, podendo reagir a qualquer momento a essa influência, pela própria vontade.

O Espírito, apesar de não ter domínio completo sobre o médium, pode expressar com mais fidelidade as suas idéias, do que no caso anterior.
Na psicofonia semiconsciente, o comunicante é a acção, mas o médium personifica a vontade.
(Ref. 3, Cap. XI)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2012 8:36 pm

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3. INCONSCIENTE
- Também denominada psicofonia sonambúlica, se processa com o afastamento do Espírito do médium de seu corpo.

O comunicante utiliza-se mais livremente dos implementos físicos do medianeiro, pelo que a sua comunicação é mais fiel e isenta de “interpretações” por parte do médium.

É comum, nesse caso, observada a afinidade, o Espírito retratar também, com maior ou menor nitidez, o tom de voz, as maneiras e até mesmo o seu aspecto físico característico.

Se o comunicante é um Espírito de inteira confiança do médium, este se afasta, tranquilamente, cedendo-lhe o campo somático, como que entrega um instrumento valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza.

Quando, no entanto, o irmão que se manifesta se entrega à rebeldia ou perversidade, o médium, embora afastado do corpo, age na condição de um enfermeiro vigilante que cuida do doente necessitado.

Esse controle é pacífico, porque a mente superior subordina as que lhe situam à retaguarda nos domínios do Espírito.

Quando se trata de uma entidade intelectualmente superior ao médium, porém, degenerada ou perversa, a fiscalização corre por conta dos mentores espirituais do trabalho mediúnico.

Se a psicofonia inconsciente ou sonambúlica se manifesta em um médium desequilibrado - sem méritos morais - ou irresponsável, pode conduzi-lo à subjugação (possessão), sempre nociva e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que renderam às forças vampirizantes.

6 - SONAMBÚLICOS:

No sonambulismo vemos duas ordens de fenómenos:

1. O sonâmbulo, propriamente dito, que age sob a influência de seu próprio Espírito.
É a sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos.
Suas ideias são, em geral, mais justas do que no estado normal;
seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma.

2. O médium sonambúlico, ao contrário, é um instrumento passivo e o que diz não vem de si mesmo.
Enquanto o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, o médium exprime o de outrem;
confabula com os Espíritos e nos transmite os seus pensamentos.
(Ref. 1, Cap. XIV.)

Médium sonambúlico, portanto, é aquele que, em estado de transe, se desprende do corpo e, nessa condição de “liberdade”, nos descreve o que vê, o que sente e ouve no plano Espiritual.

Esta mediunidade é denominada por André Luiz como DESDOBRAMENTO e assim é também classificada por diversos autores.
(Ref. 2, Cap. XI.)

7 - CURADORES:

A mediunidade de cura é a capacidade que certos médiuns possuem de provocar reacções reparadoras de tecidos e órgãos de corpo humano, inclusive os oriundos de influenciação Espiritual.

Nesse campo é muito difundida a prática de “passes” individuais ou colectivos, existindo dois tipos, assim discriminados:

1. Passe ministrado com os recursos magnéticos do próprio médium;

2. Passe ministrado com recursos magnéticos hauridos, no momento, do Plano Espiritual.

No primeiro caso, o médium transmite ao doente suas próprias energias fluídicas, operando assim, um simples trabalho de magnetização.
No segundo, com a presença do médium servindo de polarizador, um Espírito desencarnado faz sobre o doente a aplicação, canalizando para ele os fluidos reparadores.
(Ref. 3, Caps. XII e XX).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2012 9:45 pm

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EFEITOS FÍSICOS
- Também no campo de Efeitos Físicos, comummente, encontramos médiuns que se dedicam às curas, realizando alguns, inclusive, operações de natureza extra-física, em doentes tidos como incuráveis, cujos resultados benéficos são imediatos, contrariando, desse modo, todo o prognóstico da ciência terrena.

8 - PSICOGRAFIA:

Faculdade mediúnica, através da qual os Espíritos se comunicam pela escrita manual.

Os médiuns psicógrafos se classificam em:
1. MÉDIUM MECÂNICO
- Quando o Espírito actua sobre os centro motores do médium, impulsionando directamente a sua mão.
Esta se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer.

Nesta circunstância, o que caracteriza o fenómeno é que o médium não tem a menor consciência de que escreve.

2. MÉDIUM INTUITIVO
- O Espírito não actua sobre a mão para fazê-la escrever;
actua sobre o Espírito do médium que, percebendo seu pensamento, transcreve-o no papel.

Nessa circunstância, não há inteira passividade;
o médium recebe o pensamento do Espírito e o transmite.
Tendo, portanto, consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.

A ideia nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e essa pode estar mesmo fora dos limites dos conhecimentos e da capacidade do médium.

Enquanto o papel do médium mecânico é o de uma máquina o médium intuitivo age como um intérprete.
Para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, para traduzi-lo fielmente.

3. MÉDIUM SEMI-MECÂNICO
- No médium mecânico o movimento da mão independe da vontade;
no médium intuitivo esse movimento é voluntário.

O médium semi-mecânico participa dos dois géneros:
Sente que à sua mão é dada uma impulsão, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam.

Assim, no médium mecânico, o pensamento vem depois do acto da escrita;
no intuitivo o pensamento precede a escrita e no semi-mecânico o pensamento acompanha a escrita.
(Ref. 1, Cap. XV.)

9 - POLIGLOTAS:

Médiuns que, no estado de transe, possuem a capacidade de se exprimirem em línguas estranhas às suas próprias, embora no estado normal não conheçam estas línguas.

Essa mediunidade é denominada XENOGLOSSIA e tem causa no recolhimento de valores intelectuais do passado, os quais repousam na subconsciência do médium.
Só pode ser o médium poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expressa durante o transe.
(Ref. 4, Cap. XXXVIII.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2012 9:46 pm

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10 - PRESSENTIMENTOS:

Os médiuns de pressentimentos ou proféticos são pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão ou, permitindo-o a Espiritualidade, têm a revelação de coisas futuras de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para sua instrução.

As profecias se circunscrevem às linhas mestras da evolução humana, pelo que é fácil de ser entendida por nós o seu mecanismo, pois, quem já percorreu o caminho, pode retornar atrás e alertar aos da retaguarda sobre seus percalços.

No que diz respeito ao campo individual, pode um Espírito falar a respeito de determinadas provas programadas pela própria pessoa antes da reencarnação.

Seja, no entanto, no plano geral ou no plano individual, as profecias são sempre relativas, já que, detendo a criatura o “livre-arbítrio” poderá em qualquer época, consoante a sua vontade, modificar as circunstâncias de sua vida, imprimindo-lhe novos rumos e, portanto, alterar os prognósticos que naturalmente se cumpririam se não fosse a sua deliberação.

11 - INTUIÇÃO:

Faculdade que permite ao homem receber, no seu íntimo, as inspirações e sugestões da Espiritualidade.

Desenvolve-se por não ter carácter fenoménico, à medida que a criatura se espiritualiza.

Para a intuição pura, portanto, todos nós caminhamos, constituindo a sua conquista um património da criatura espiritualizada.

12 - REFERÊNCIAS:

1 - [i]Kardec, Allan
- “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. FEB - GB
2 - Luiz, André - “Nos Domínios da Mediunidade” - 2ª Ed. FEB - GB
3 - Armond, Edgard - “Mediunidade” - 9ª Ed. LAKE - SP
4 - Peralva, José Martins - “Estudando a Mediunidade” - 4ª Ed. FEB - GB


VII - A Casa Mental

1 - AS TRÊS PARTES DA MENTE:
(Ref. 2)

Precisamos avaliar correctamente a natureza dos nossos instintos e apetites básicos, a fim de que, melhor equipados, possamos controlá-los.

O mundo, neste particular, está em débito para Com Sigmund Freud, o descobridor da Psicanálise, em virtude de ter sido ele o primeiro homem a passar a mente humana pelos raios X com êxito, descrevendo seus complicados trabalhos.

De acordo com sua teoria, a mente está dividida em três partes:
- 1. O inconsciente;
- 2. O consciente;
- 3. A consciência.

Freud deu a estas três partes da mente nomes técnicos específicos, chamando:
O inconsciente de ID;
o consciente de EGO e a consciência de superego.


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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2012 9:46 pm

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2 - A CASA CONSTRUÍDA POR FREUD:
(Ref. 2)

Se fizermos uma ideia de que a mente é uma pequena casa, poderíamos chamar o inconsciente de porão - andar subterrâneo;
o consciente de andar principal, parte da casa onde realmente vivemos e nos entretemos, e a consciência - censor moral, a polícia, seria o sótão.

É lógico presumirmos que o porão não é tão limpo ou não está tão em ordem como a parte de cima.
Na maioria das casas o porão torna-se um lugar para despejo, onde se armazena quantidade de velharias e, ao mesmo tempo, onde se localiza o sistema de abastecimento de toda a casa.

3 - O SISTEMA NERVOSO É A CASA DE FREUD:
(Ref. 1, pág. 42.)

No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das actividades subconscientes;
figuremo-lo como sendo o porão de sua individualidade, onde arquivamos todas as experiências e registamos os menores factos da vida.

Na região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no actual momento evolutivo do nosso modo de ser.

Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução.

Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente.
Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas.

Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares;
no primeiro situamos a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados;
no
segundo localizamos o “domicílio das conquistas actuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando;
no
terceiro, temos “a casa das noções superiores”, indicando as eminências que nos cumpre atingir.

4 - REFERÊNCIAS:

1 - “No Mundo Maior” - Cap.. III - André Luiz - FEB - GB - 1962.
2 - “Ajuda-te pela Psiquiatria” - Frank S. Caprio - IBRASA - São Paulo - 1959.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 14, 2012 9:43 pm

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VIII - Reflexo Condiccionado

1 - CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Há reflexos que nascem com o indivíduo, e se transmitem, invariáveis, através das gerações:
O do tremor de frio, o da deglutição, o do piscar, por exemplo.

Podem desaparecer com a idade, ou só se manifestam em determinadas épocas da vida;
mas sempre reaparecem, na geração seguinte, com o mesmo tipo, observando a mesma cronologia.

Os reflexos exclusivamente medulares, bulbares e cerebelosos, estão nesta categoria e receberam a designação de reflexos incondicionados, ou congénitos.

Ao lado dos reflexos incondicionados, cada animal, individualmente, apresenta um grande número de actividades reflexas particulares, que não se encontram, necessariamente, em todos os seres da mesma espécie.

Os cães, em geral, segregam saliva quando lhes coloca alimento na boca:
Esta secreção é um reflexo incondicionado, ou congênito.

Mas certo cão pode segregar saliva quando vê o homem que o costuma alimentar, ou o prato em que lhe trazem comida:
A secreção será agora um reflexo adquirido ou condicionado.

O estudo experimental dos reflexos condicionados deve-se ao fisiologista russo contemporâneo I.P. Pavlov (1849-1936).

Para tornar mais fácil, e ao mesmo tempo, rigorosamente objectiva a observação do fenômeno, Pavlov investigou sobretudo o reflexo salivar do cão, depois de haver praticado no animal uma fístula que comunicava uma das parótidas ou das sub-maxilares com o exterior, trazendo para a superfície cutânea a extremidade do respectivo canal excretor.

A saliva que goteja é recolhida num tubo de vidro preso ao canal.
Torna-se assim possível notar a marcha do fenómeno e medir a sua intensidade contando o número de gotas por minuto.
Aliás, a contagem de laboratório executada por Pavlov é hoje feita automaticamente, por dispositivo eléctrico.

As conclusões básicas das experiências de Pavlov são as seguintes:
- Quando se introduz subitamente alimento na boca do cão, aparece, um os dois segundos depois, o fluxo salivar.
A secreção é neste caso, ocasionada pelas propriedades físicas e químicas de alimento, actuando sobre os receptores nervosos da mucosa bucal.

A secreção assim determinada é um reflexo congénito, encontrado em todos os cães, sem dependência com o aprendizado anterior.
- Faça-se a mesma experiência, de introduzir alimento na boca do cão;
mas, de cada vez, combine-se com o estímulo natural um impulso qualquer, indiferente, como, por exemplo, as pancadas de um metrónomo.

Ao fim de alguns dias de repetição, o estímulo indiferente, o estímulo sinal, como diz Pavlov, adquire a propriedade de, por si só, provocar a secreção salivar.

Basta que o cão ouça o metrónomo, para que imediatamente a glândula salivar se ponha em actividade.
O fenómeno toma nome de reflexo condicionado, ou adquirido, não observado em todos os cães, mas unicamente nos que sofrem prévio aprendizado.

2 - REFERÊNCIAS:

1 - No Mundo Maior - Caps. III, IV e VII - André Luiz - FEB - GB, 1962.
2 - Novo Testamento - Mateus 26:41
3 - Almeida Júnior, A.- Elementos de Anatomia e Fisiologia Humanas - Companhia Editora Nacional - São Paulo, 1958.
4 - Orieux, M. - Everaere, M - Leite, João d’Andrade - O Homem - Ed. Liceu - GB - 1967.
5 - Kahn, Fritz - O Corpo Humano - Ed.Civilização Brasileira S/A - GH - 1962.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 14, 2012 9:43 pm

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IX - Influência Moral do Médium

“O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns ?”.
- Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo;
independe do moral.

O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidade do médium”.
(Ref. 1, Cap. XX - 226).

1 - AFINIDADE:

Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral.
Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta influência não se pode verificar, se não havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é, lícito dizer-se, afinidade.

A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atracção, ou repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles.
Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.

Se o médium é vicioso, em torno dele se vem grupar espíritos inferiores, sempre prontos a tomar lugar dos bons Espíritos evocados.

As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são:
A bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais.

Os defeitos que os afastam são:
O orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
(Ref. 1 - Cap. XX - 227).

Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos.
A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma.

O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora esta imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas decepções.
(Ref. 1. Cap. XX - 228).

A par disso, ponhamos em evidência o quadro do médium verdadeiramente bom, daquele em quem se pode confiar.
Supor-lhe-emos, antes de tudo, uma grandíssima facilidade de execução, que permita se comuniquem livremente os Espíritos, sem encontrarem qualquer obstáculo material.

Isto posto, o que mais importa considerar é de que natureza são os Espíritos que habitualmente o assistem, para o que não nos devemos ater aos nomes, porém à linguagem.

Jamais deverá ele perder de vista que a simpatia, que lhe dispensam os bons Espíritos, estará na razão directa de seus esforços por afastar os maus.

Persuadido de que a sua faculdade é um dom que só lhe foi outorgado para o bem, de nenhum modo procura prevalecer-se dela, nem apresentá-la como demonstração de mérito seu.

Aceita as boas comunicações, que lhe são transmitidas, como uma graça, de que lhe cumpre tornar-se cada vez mais digno, pela sua bondade, pela sua benevolência e pela sua modéstia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 14, 2012 9:45 pm

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O primeiro se orgulha de suas relações com os Espíritos superiores;
este outro se humilha, por se considerar sempre abaixo desse favor.
(Ref. 1, Cap. XX - 229).

2 - MÉDIUM PERFEITO:

“Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor.
Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e porque se vêem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal?”.

- Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens hão privados delas.
Podereis igualmente perguntar porque concede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas.

O mesmo se dá com a mediunidade.
Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem”.

“Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se servem delas para o bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as consequências dessa falta?

- Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio de mais se esclarecerem e o não aproveitam.
Aquele que vê claro e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.”

“Há médiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, são dadas comunicações sobre o mesmo assunto, sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados defeitos.
Terá isso algum fim?”.

- Tem, e esse fim é esclarecê-los de certos defeitos.
Por isso é que uns falarão continuamente do orgulho, a outros, da caridade.
É que só a saciedade lhes poderá abrir, afinal, os olhos.

Não há médium que faça mau uso da sua faculdade, por ambição ou interesse, que a comprometa por causa de um defeito capital, como o orgulho, o egoísmo, a leviandade, etc.

E que, de tempos a tempos, não receba admoestações dos Espíritos.
O pior é que as mais das vezes, eles não as tomam como dirigidas a si próprias”.

“Será absolutamente impossível as obtenham boas comunicações por um médium imperfeito?”.

- Um médium imperfeito pode algumas vezes obter boas coisas, porque, se dispões de uma bela faculdade, não é raro que os bons Espíritos se sirvam dele, à falta de outro, em circunstâncias especiais;
porém, isso só acontece momentaneamente, porquanto, desde que os Espíritos encontrem um que mais lhe convenha, dão preferência a este”.

“Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?”.

- Perfeito, ah! Bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela.
Diz, portanto, bom médium, e já é muito, por isso que eles são raros.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 15, 2012 8:41 pm

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Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espíritos jamais ousariam uma tentativa de enganá-lo.
O melhor é aquele que, simpatizando somente com bons Espíritos, tem sido o menos enganado”.

“Se ele só com os bons Espíritos simpatiza, como permitem estes que seja enganado?”.

- Os bons Espíritos permitem, às vezes, que isso aconteça com os melhores médiuns, para lhes exercitar a ponderação e para lhes ensinar a discernir o verdadeiro do falso.
Depois, por muito bom que seja, um médium jamais é tão perfeito, que não possa ser atacado por algum lado fraco.

Isso lhe deve servir de lição.
As falsas comunicações, que de tempos em tempos ele recebe, são avisos para que não se considere infalível e não se ensoberbeça”.

“Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue isenta de qualquer alteração?”.

- Querer o bem; repulsar o egoísmo e o orgulho.
Ambas essas coisas são necessárias”.

(Ref. 1, Cap. XX - 226)

3 - REPELIR DEZ VERDADES A ACEITAR UMA FALSIDADE:

- Desde que uma opinião nova venha a ser expedida, por pouco que vos pareça duvidosa, fazei-a passar pelo crivo da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom senso reprovarem.

É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errónea.

Efectivamente, sobre essa teoria podereis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento edificado sobre a areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas claras e logicamente, mais tarde um facto brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade.”
(Ref. 1, Cap. XX - 230)

4 - REFERÊNCIAS:

1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. - FEB - GB.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 15, 2012 8:42 pm

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X - Da Influência do Meio

“O meio em que se acha o médium exerce alguma influência nas manifestações?”.
- Todos os Espíritos que cercam o médium o auxiliam, para o bem ou para o mal.”
(Ref. 1, Cap. XXI - 231)

1 - COMUNICAÇÕES ESPELHANDO AS IDEIAS PRESENTES:

“Os Espíritos superiores procuram encaminhar para uma corrente de ideias sérias as reuniões fúteis?”.
- Os Espíritos superiores não vão às reuniões onde sabem que a presença deles é inútil.
Nos meios pouco instruídos, mas onde há sinceridade, de boa mente vamos, ainda mesmo que aí só encontremos instrumentos medíocres.
Não vamos, porém, aos meios instruídos onde domina a ironia.

Em tais meios, é necessário se fale aos ouvidos e aos olhos:
Esse o papel dos Espíritos batedores e zombeteiros.
Convém que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos menos instruídos e menos adiantados.

“Aos Espíritos inferiores é interditado o acesso às reuniões sérias?
- Não, algumas vezes lhes é permitido assistir a elas, a fim de aproveitarem os ensinos que vos são dados.
(Ref. 1, Cap. XII - 231).”

“Partindo desse princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos, inconsequentes, ocupados com seus prazeres;
quais serão os Espíritos que preferencialmente os cercarão?”
- Não serão, de certo, os Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam passar o seu tempo em semelhante lugar.

Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assembleia oculta, que simpatiza com suas qualidades e seus defeitos, feita abstracção completa de toda a ideia de evocação.

Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicarem com seres do mundo invisível, por meio de um intérprete, isto é, por meio de um médium;
quais serão os que lhes responderão o chamado?
Evidentemente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião de se comunicarem.

Se numa assembleia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas palavras poderosas, como um bom pastor que acode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas.

Porém, desde que não se veja compreendido nem ouvido, retire-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós, ficando os outros com o campo livre.”
(Ref. 1, Cap. XXI - 232)

“Quando as comunicações concordam com a opinião dos assistentes, não é que essa opinião se reflicta no Espírito do médium como num espelho;
é que com os assistentes estão Espíritos que lhes são simpáticos, para o bem, tanto para o mal, e que abundam nos seus modos de ver.

Prova-o o facto de que, se tiverdes a força de atrair outros Espíritos, que não os vos cercam, o mesmo médium usará linguagem absolutamente diversa e dirá coisas muito distanciadas das vossas ideias e das vossas convicções.

Em resumo:
As condições dos meios serão tanto melhores quanto mais homogeneidade houver para o bem, mais sentimento puros e elevados, mais desejo sincero de instrução, sem ideias preconcebidas”.
(Ref. 1, Cap. XXI - 233)

“É preciso, portanto, que (os médiuns) somente frequentem sessões onde encontrem ambientes verdadeiramente espiritualizados, onde imperem as forças boas e onde as más, quando se apresentarem, possam ser dominadas.

E sessões desta natureza só podem existir onde haja, da parte de seus dirigentes, um objectivo elevado a atingir, fora do personalismo e da influência de interesses materiais, onde os dirigentes estejam integrados na realização de um programa elaborado e executado em conjunto com entidades espirituais de hierarquia elevada.”

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 15, 2012 8:43 pm

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Sem espiritualidade não se consegue isso;
sem evangelho não se consegue espiritualidade e sem propósito firme e perseverante de reforma moral não se realiza o evangelho.
(Ref. 2, Pág. 84)

2 - SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS NATURAIS:

“Precisa, por outro lado (o médium), criar um ambiente doméstico favorável, pacífico, fugindo às discussões estéreis e desentendimentos, e sofrer as contrariedades inevitáveis com paciência e tolerância evangélicas.

Como pai, como irmão ou como filho, mas, sobretudo, como esposo, deve viver em seu lar como um exemplo vivo de pacificação, de acomodação, de conselho e de boa vontade.

Não esqueça que, em sua qualidade de médium de prova, ainda não desenvolvido, ou melhor educado, representa sempre uma porta aberta a influências perniciosas de carácter inferior que, por seu intermédio, comummente atingem os indivíduos com quem convive.

E, quanto à sua vida social, deve exercer seus deveres com rigor e honestidade, guardando-se, porém, de se deixar contaminar pelas influências malévolas naturais dos meios em que se põem em contacto indivíduos de toda espécie, sem homogeneidade de pensamentos, crenças, educação e sentimentos”.
(Ref. 2, Pág. 102)

“Na série de obstáculos que, em muitas ocasiões, parecem inteligentemente determinados a lhe entravarem o passo, repontam os mais imprevistos contratempos à frente do servidor da desobsessão.

Uma criança cai, explodindo em choro...
Desaparece a chave de uma porta...

Um recado chega, de imprevisto, suscitando preocupações...
Alguém chama para solicitar um favor...

Certo familiar se queixa de dores súbitas...
Colapso do sistema de condução...
Dificuldades de trânsito...


O colaborador do serviço de socorro aos desencarnados sofredores não pode hesitar.

Providencie, de imediato, as soluções razoáveis para esses pequeninos problemas e siga ao encontro das obrigações espirituais que o aguardam, lembrando-se de que mesmo as festas de natureza familiar, quais sejam as comemorações de aniversário ou os júbilos por determinados eventos domésticos, não devem ser categorizados à conta de obstrução”.
(Ref. 3, Cap. VII)

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