LUZ ESPÍRITA
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Iniciação à doutrina espírita 1 - Noções gerais e princípios básicos-Astolfo Olegário Oliveira Filho

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:18 pm

10. Remontando à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a consequência natural do carácter e do proceder dos que os suportam.

11. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não saberem limitar seus desejos! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo género! Quantos pais são infelizes com seus filhos porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências!

12. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem é, portanto, em grande número de casos, o causador de seus próprios infortúnios.

13. Existem, no entanto, males que se dão sem que ele, ao menos aparentemente, tenha qualquer culpa. São dores e vicissitudes cuja origem se encontra em actos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir, os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência, os flagelos naturais, as enfermidades de nascença etc.

Acção e Reacção
14. Os que nascem nessas condições, sem que nada tenham feito na actual existência para merecer tão triste sorte, colhem agora os efeitos de seus actos em existência pregressa, porquanto não há sofrimento sem causa e a lei de acção e reacção, que rege a nossa vida, determina que, se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita.

15. Deus nos permite, assim, pelo exercício do livre-arbítrio, a decisão de praticarmos o bem ou o mal, mas, a partir do momento que decidimos o que fazer, essa acção gera uma reacção característica que virá mais tarde sob a forma de colheita.

16. Explicam-se, dessa forma, pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta.

Questões para fixação da leitura
1. Que é livre-arbítrio?
O livre-arbítrio pode ser definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

2. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade?
A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autómato, um joguete das forças ambientes.

3. Em que momento de nossa vida o livre-arbítrio se exerce de forma mais completa?
O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente quando do preparo da futura reencarnação. Escolhendo tal família e certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provas que o aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provas para desenvolver suas qualidades, reduzir ou eliminar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios. As dificuldades e vicissitudes que irá suportar podem ser também consequência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:19 pm

4. De que fonte promanam os males, as vicissitudes, os sofrimentos que o homem suporta?
A Doutrina Espírita ensina que as vicissitudes da vida promanam de duas fontes distintas. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida. Remontando à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a consequência natural do carácter e do proceder dos que os suportam. Há, no entanto, vicissitudes que se dão sem que aparentemente tenhamos qualquer culpa. Sua origem se encontra em actos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir, os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência, os flagelos naturais, as enfermidades de nascença etc.

5. Qual é o significado da frase seguinte: “Se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita”?
A frase citada é uma alusão à lei de acção e reacção, que rege a nossa vida e nos lembra que toda acção gera uma reacção característica, que virá, mais tarde, sob a forma de colheita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:19 pm

20 - O arrependimento e o perdão
Sumário: O perdão conforme a concepção espírita. - Como é o perdão de Deus. - Efeitos do perdão. - Maneira correta de perdoar. - Remorso e arrependimento. - Diferença entre expiação e reparação.

O perdão
1. Muito frequentemente interpretamos o perdão como sendo simples ato de virtude e generosidade, em auxílio do ofensor, que passaria a contar com a absoluta magnanimidade da vítima.

2. Preciso é perceber, porém, que quando conseguimos desculpar o erro, ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para connosco, ao mesmo tempo em que nos desenvencilhamos de todos os laços susceptíveis de apresar-nos a ele.

3. Mágoa retida é doença para o Espírito, a quem corrói as forças físicas e envenena a alma. É necessário, para a própria paz, ante quaisquer ofensas, perdoar sempre. Eis por que Jesus disse a Pedro que não se deveria perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

4. Há, no entanto, duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a susceptibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter. A outra é aquela em que o ofendido, ou aquele que tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: - Vejam como sou generoso!

5. Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Certamente não há nesse modo de perdoar qualquer generosidade; há tão somente uma forma de satisfazer ao orgulho.

6. No convívio familiar somos, constantemente, chamados a perdoar, porque estamos, muitas vezes, diante de antigos desafectos de outras existências, que se apresentam hoje sob a forma de cônjuge, filhos ou familiares próximos.
Precisamos, por isso, muito mais de perdão dentro de casa do que na arena social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir do que nas avenidas rumorosas do mundo.

7. Em auxílio a nós mesmos, temos necessidade de cultivar compreensão e apoio construtivo, no amparo sistemático a familiares e vizinhos, chefes e subalternos, clientes e associados, respeito constante à vida particular dos amigos íntimos, tolerância para com os entes amados, com paciência e esquecimento diante de quaisquer ofensas que nos assaltem o coração.

Deus perdoa?
8. Agindo assim, teremos condições de entender o perdão que Deus confere às suas criaturas, cientes de que o Criador perdoa concedendo ao devedor prazo ilimitado e facultando-lhe meios e possibilidades de resgatar o débito.
Ora, que mais pode querer um devedor honesto e probo?

9. O perdão não é, portanto, uma graça concedida por Deus. Há, para recebê-lo, necessidade do arrependimento com a consequente rogativa de perdão. O arrependimento é a confissão íntima de violação das leis morais, revelando-se não só pela insatisfação com o acto praticado, mas pelo empenho de repará-lo e não mais incidir no mesmo cometimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:19 pm

10. O arrependimento pode dar-se por toda a parte e em qualquer tempo, mas, embora seja o primeiro passo para a regeneração, por si só não basta. É preciso acrescentar a ele a expiação e a reparação.

11. O Espiritismo ensina que o efeito do arrependimento é o de desejar o arrependido uma nova encarnação para se purificar e na qual possa expiar suas faltas. A concessão renovadora para o infractor, traduzindo o perdão divino, se efectiva com a aceitação da programação cármica pelo perdoado.

12. A expiação se cumpre durante a existência corporal, mediante as provas que o Espírito enfrenta e, na vida espiritual, pelos sofrimentos morais por que passa.

A reparação
13. Após a expiação dos erros passados, vem, finalmente, a reparação, que consiste em fazer o bem àqueles a quem se fez o mal. Quem não repara seus erros numa existência, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas a quem houver prejudicado, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.

14. Praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se foi orgulhoso, amável se foi austero, caridoso se foi egoísta, benigno se foi perverso, laborioso se foi ocioso, útil se foi inútil, frugal se foi intemperante – trocando, em suma, por bons os maus exemplos perpetrados, o Espírito arrependido colhe desse esforço o seu próprio melhoramento e caminha a passos largos para a perfeição, meta final de todos nós.

Questões para fixação da leitura
1. Por que perdoar faz bem?
Perdoar faz bem porque, quando conseguimos desculpar o erro ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para connosco, ao mesmo tempo em que nos desenvencilhamos de todos os laços susceptíveis de apresar-nos a ele. Mágoa retida é doença para o Espírito, a quem corrói as forças físicas e envenena a alma.
Por isso é necessário, para a própria paz, ante quaisquer ofensas, perdoar sempre. Não foi, pois, sem razão que Jesus disse a Pedro que não se deveria perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

2. Qual é a maneira correta de perdoar aos que nos prejudicam?
Há duas maneiras bem diferentes de perdoar. A maneira nobre, grande, verdadeiramente generosa é a que se efectiva sem pensamento oculto e evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a susceptibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter.

3. Deus perdoa?
É evidente que Deus perdoa. A própria oração dominical, ensinada por Jesus, fala-nos do perdão de Deus. Ocorre que o perdão concedido pelo Pai não é exactamente o que o homem tradicionalmente tem imaginado. Deus perdoa ao devedor concedendo-lhe prazo ilimitado, meios e possibilidades de resgatar seu débito. Não é, portanto, uma graça concedida pelo Criador.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:20 pm

4. Como definir o arrependimento? Arrependimento e remorso são sinónimos?
O arrependimento é a confissão íntima da violação das leis morais, revelando-se não só pela insatisfação com o acto praticado, mas pelo empenho de repará-lo e não mais incidir no mesmo cometimento. O remorso pode levar o indivíduo ao arrependimento, mas não significa a mesma coisa. O efeito do arrependimento é o de desejar o arrependido uma nova encarnação para se purificar e na qual possa expiar suas faltas.

5. Existe diferença entre expiação e reparação?
Sim. A expiação se cumpre durante a existência corporal, mediante as provas que o Espírito enfrenta e, na vida espiritual, pelos sofrimentos morais por que passa, inerentes ao seu estado de inferioridade. A reparação consiste em
fazer o bem àqueles a quem se fez o mal. Quem não repara seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas a quem houver prejudicado, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:20 pm

21 - Finalidade da reencarnação e seu processo
Sumário: Objectivo da pluralidade das existências. - União da alma ao corpo. - Reencarnação e programação. - Início e término do processo reencarnatório. - Estado da alma da criança durante a gestação. - O esquecimento do passado.

Finalidade da reencarnação
1. Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos.

2. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral.
Quando erram ou não atingem os objectivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.

3. A reencarnação está sujeita a leis imutáveis. Os processos de reencarnação, embora obedecendo aos princípios gerais estabelecidos pelas leis divinas, variam de caso para caso, conforme as circunstâncias atenuantes ou agravantes que houver.
União da alma ao corpo

4. A união da alma ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante poderá cooperar ou trabalhar activamente nesse planeamento.

5. De acordo com o grau evolutivo em que se encontre, o Espírito poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento.

6. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação completamente a cargo dos trabalhadores espirituais, que escolhem as condições e as experiências a que deverão submeter-se. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhes organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam em estado de inconsciência.

7. Os processos de reencarnação são operações graduais. A união da alma com o corpo começa na concepção, mas só se completa com o nascimento. Essa união efectua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria.

8. Em processo extremamente variado e complexo, o perispírito é reduzido, condensado e, na sequência, se assimila às moléculas materiais. O perispírito torna-se um molde fluídico que age sobre o corpo em formação, juntamente com as condicionantes hereditárias, a influência mental materna e a actuação dos benfeitores no processo reencarnatório.

9. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização das formas em outros reinos da Natureza. Pelas necessidades de expiação ou de provas, o corpo em formação poderá apresentar deficiências ou qualidades.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:20 pm

Estado da alma durante a gestação
10. No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao do Espírito encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado.

11. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolve gradualmente, intensificando-se até o término da vida intra-uterina. Suas faculdades vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida e o Espírito como que é sepultado em opressiva crisálida.
Esse fenómeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das existências pregressas volvam ao inconsciente.

12. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas.

13. As reminiscências do passado podem manifestar-se com tendências instintivas, simpatias inexplicáveis e súbitas, ideias inatas etc. Isso ocorre porque o movimento vibratório perispiritual, amortecido pela matéria no decurso da vida actual, é excessivamente fraco para que o grau de intensidade e a duração necessária à renovação dessas recordações possam ser obtidas durante a vigília.

Esquecimento do passado
14. A oclusão da memória espiritual não é definitiva.
Com a desencarnação, liberto das contingências materiais, o Espírito poderá retomar a consciência de seu passado.

15. Esse mecanismo, que faz com que o homem esqueça
suas experiências anteriores ao nascimento, é prova irrefutável da Sabedoria Divina, visto que o conhecimento total da vida passada, seja no plano físico como no Plano Espiritual, apresentaria grandes inconvenientes para a reeducação dos indivíduos e o progresso da Humanidade e implicaria maiores dificuldades ao Espírito na tarefa de transformação de sua herança mental e, talvez, o prolongamento através dos séculos de ideias falsas, de preconceitos e teorias erróneas.

16. Na sua vida de relação o homem terá de conviver com antigos adversários, com o objectivo da reconciliação.
Se os reconhecesse, encontraria dificuldades para estabelecer vínculos afectivos necessários ao atendimento mútuo. Na qualidade de ofensor poderia sentir-se humilhado e, na qualidade de ofendido, magoado ou irado. O conhecimento de um passado faustoso poderia avivar o orgulho humano, enquanto que um passado de miséria ou de erros terríveis poderia causar desnecessária humilhação e, talvez, o remorso viesse a paralisar as iniciativas no bem.

17. Para que o homem progrida espiritualmente e cumpra o programa assumido no plano físico, não é preciso lembrar-se das experiências anteriores. As tendências instintivas e, em alguns casos, o tipo de vicissitudes e provas que sofre podem esclarecê-lo sobre seu passado e sobre a natureza dos esforços que tem de fazer para sua evolução. A observação de suas más inclinações e das dificuldades por que passa permitirá que saiba o que foi, o que fez e o que necessita fazer para se corrigir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:20 pm

Questões para fixação da leitura
1. Qual é o objectivo da reencarnação?
Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando erram ou não atingem os objectivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória.
A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.

2. A reencarnação do Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual?
A união da alma ao corpo obedece a um planeamento, que tem como principal determinante em nosso mundo as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante poderá cooperar ou trabalhar activamente nesse planeamento e, de acordo com o grau evolutivo em que se encontre, poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação completamente a cargo dos trabalhadores espirituais, que escolhem as condições e as experiências a que deverão submeter-se. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhes organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam em estado de inconsciência.

3. Quando se iniciam e se completam os processos reencarnatórios?
Os processos de reencarnação são operações graduais:
iniciam-se na concepção e se completam no nascimento. A união da alma com o corpo começa na concepção. Essa união efectua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria.

4. Qual é o estado da alma durante a gestação?
No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao do indivíduo encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolve gradualmente, intensificando-se até o término da vida intra-uterina.

5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?
O esquecimento do passado decorre do fato de que, durante a gestação, as faculdades do Espírito vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e ele como que é sepultado em opressiva crisálida. O fenómeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das existências pregressas volvam ao inconsciente. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:21 pm

22 - Fundamentos e consequências da reencarnação
Sumário: Necessidade da reencarnação. - Quando surgiu no mundo a ideia de reencarnação. - Qual o meio mais completo de comprovação da reencarnação. - Consequências da admissão da doutrina reencarnacionista.

Fundamentos da reencarnação
1. A reencarnação revela a justiça divina porque mostra que Deus não permite que sejamos condenados eternamente por erros que a ignorância nos fez cometer, mas, ao contrário, abre-nos uma porta para o arrependimento.

2. Haveria, sem dúvida, grande injustiça por parte de nosso Pai e Criador se Ele não nos desse oportunidade de repararmos as faltas cometidas muitas vezes em momentos impensados, frutos de nossa cegueira e imperfeição espiritual.

3. Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provas da vida corporal. Sua justiça lhes permite, assim, realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

4. A doutrina que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus e a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatar nossos erros.

5. A doutrina da reencarnação é, por isso, eminentemente consoladora, pois faz com que o homem veja o Criador, não como um Deus vingador e parcial, mas como um Pai amigo e justo. As pessoas têm, assim, esperança de viver dias futuros de felicidade, após a quitação das dívidas contraídas perante a Lei que rege a vida.

A reencarnação no tempo
6. Ao reencarnarmos na Crosta do mundo, recebemos com o corpo um verdadeiro tesouro, cujos valores precisamos preservar, aperfeiçoando-o.

7. A crença nas vidas sucessivas não é coisa nova, nem pertence à Doutrina Espírita. Podemos encontrá-la no âmago das grandes religiões do Oriente e nos ensinos de Sócrates e Platão. Oriunda da Índia, a ideia da reencarnação espalhou-se pelo mundo.

8. Muito antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos, ela já era formulada nos Vedas, e o Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram. O Egipto e a Grécia também a adotaram e vê-se que, à sombra de um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia da palingenesia.

Recordações de vidas passadas
9. Nos tempos modernos, eminentes sábios e pesquisadores respeitáveis puderam comprovar a veracidade da ideia reencarnacionista, como refere Gabriel Delanne em seu livro O Fenómeno Espírita.

10. A recordação de existências passadas tem-se mostrado um dos mais completos para provar-se a reencarnação. Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, relata diversas experiências de regressão de memória em que o suject ou sensitivo alude a existências passadas vividas na Terra.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 12:21 pm

11. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris de 1900 por experimentadores espanhóis.
Um deles, José Maria Fernández Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado médium que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores.

12. O Espiritismo científico mantém, em seus arquivos, um número surpreendente de fatos que comprovam experimentalmente a veracidade da reencarnação.

13. Quatro livros constituem-se, nesse particular, em consulta obrigatória para quem quer aprofundar-se no assunto: A Reencarnação, de Gabriel Delanne; A reencarnação e suas provas, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcante de Melo; 20 casos sugestivos de reencarnação, de autoria de Ian Stevenson, e Reencarnação e imortalidade, de Hermínio Corrêa Miranda.

Consequências da reencarnação
14. A doutrina reencarnacionista, comprovada experimentalmente, só traz benefícios para aqueles que a aceitam, porque graças a ela a alma entende claramente qual é o seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria, para a luz mais viva. A equidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de haver falhas no Universo, sendo seu alvo a Beleza e seus meios, a justiça e o amor.
15. Dissipa-se, assim, todo temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o homem saboreia a alegria das certezas eternas. Confiado no dia seguinte, multiplicam-se-lhe as forças, e seu esforço para o bem se centuplica, porque, antes de tudo, ele sabe por que vive e qual é o seu futuro.

Questões para fixação da leitura
1. Por que a reencarnação é necessária?
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provas da vida corporal. Como uma única existência não é suficiente para atingir a meta, que é a perfeição, Deus lhes permite realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

2. Onde e em que época surgiu a ideia da reencarnação?
A crença nas vidas sucessivas não é coisa nova, nem pertence à Doutrina Espírita. Ela se encontra no âmago das grandes religiões do Oriente e nos ensinos de Sócrates e Platão. Oriunda da Índia, a ideia da reencarnação espalhou-se pelo mundo e muito antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos ela já era formulada nos Vedas. O Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram, o Egipto e a Grécia também a adotaram e vê-se que, à sombra de um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia da palingenesia.

3. Qual é, segundo os clássicos do Espiritismo, o meio de comprovação da reencarnação mais completo?
A recordação de existências passadas tem-se mostrado um meio, senão o melhor, pelo menos um dos mais completos para provar-se a reencarnação. Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, relata diversas experiências de regressão de memória em que o suject ou sensitivo alude a existências passadas vividas na Terra. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris de 1900 por experimentadores espanhóis. Um deles, José Maria Fernández Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado médium que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:08 pm

4. Podemos considerar comprovada a doutrina reencarnacionista?
Sim. O Espiritismo científico mantém, em seus arquivos, um número surpreendente de fatos que comprovam experimentalmente a veracidade da reencarnação. Quatro livros constituem-se, nesse particular, em consulta obrigatória para quem quer aprofundar-se no assunto: A Reencarnação, de Gabriel Delanne; A reencarnação e suas provas, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcante de Melo; 20 casos sugestivos de reencarnação, de autoria de Ian Stevenson, e Reencarnação e imortalidade, de Hermínio Corrêa Miranda.

5. Que consequências da admissão da doutrina reencarnacionista advêm para o homem?
A doutrina reencarnacionista só tem trazido benefícios para aqueles que a aceitam. Graças a ela, a alma vê claramente seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria, para a luz mais viva. A equidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de haver falhas no Universo, sendo seu alvo a Beleza e seus meios, a justiça e o amor. Dissipa-se, assim, todo temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o homem saboreia a alegria das certezas eternas. Confiado no dia seguinte, multiplicam-se-lhe as forças, e seu esforço para o bem se centuplica, porque, antes de tudo, ele sabe por que vive e qual é o seu futuro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:08 pm

23 - Justiça e necessidade da reencarnação
Sumário: Renascimento e evolução. - Objectivo da pluralidade das existências. - Diferença entre reencarnação e ressurreição. - As inúmeras moradas da casa do Pai.

Renascimento e evolução
1. A alma, depois de residir temporariamente no plano espiritual, reencarna na condição humana, trazendo consigo a herança, boa ou má, do seu passado. Reaparece então na cena terrestre para quitar as dívidas que contraiu, conquistar novas capacidades que facilitarão a sua ascensão e acelerar a marcha para a frente.

2. Não se pode compreender que o Espírito, destinado à perfeição, consiga realizar todo o seu progresso numa só existência corpórea. Os próprios fatos do dia a dia repelem tal ideia. Devemos ver na pluralidade das existências a condição necessária de sua educação e seu progresso. É à custa do próprio esforço, de suas lutas, de seus sofrimentos, que ele se redime do seu estado de ignorância e inferioridade e se eleva, de degrau em degrau, a caminho das inúmeras habitações do Universo. Somos assim, hoje, o resultado das experiências vividas no passado, como seremos, amanhã, o produto das nossas acções de agora.

3. Nem todas as almas têm a mesma idade, nem todas alcançaram com o mesmo passo seu estágio evolutivo.
Umas percorreram uma carreira imensa e aproximaram-se já do apogeu dos progressos terrestres; outras mal começaram seu ciclo de evolução no seio da humanidade. Estas são as almas jovens, emanadas há menos tempo do Foco Eterno. Chegadas à Humanidade, elas tomam lugar entre os povos selvagens ou entre as raças bárbaras que povoam os continentes atrasados, as regiões deserdadas do globo. E quando, afinal, penetram em nossas civilizações, ainda se deixam facilmente conhecer pela falta de desembaraço, de jeito, por sua incapacidade para todas as coisas e, principalmente, por suas paixões violentas.

Objectivo das encarnações sucessivas
4. No encadeamento de nossas estações terrestres, continua a completar-se a obra grandiosa de nossa educação, a edificação de nossa individualidade, de nossa personalidade moral. É por essa razão que a alma tem de encarnar sucessivamente nos meios mais diversos, em todas as condições sociais. E passando alternadamente pelas provas da pobreza e da riqueza, pelas experiências da renúncia e do trabalho, é que ela irá compreendendo a transitoriedade dos bens materiais e desenvolvendo valores espirituais superiores.

5. São necessárias as existências de estudo, as missões de dedicação, de caridade, por vias das quais se ilustra a inteligência e o coração se enriquece com a aquisição de novas qualidades. Virão depois as existências de sacrifício pela família, pela pátria, pela humanidade, e ocorrerão, por certo, existências em que o orgulho e o egoísmo serão abafados através das provas dolorosas de resgate do passado de erros.

Reencarnação e ressurreição
6. A reencarnação ou palingenesia fazia parte dos dogmas dos judeus sob o nome de ressurreição. Só os saduceus (seita judia formada por volta do ano 248 a.C., fundada por Sadoc), cuja crença era de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. Os judeus entendiam que um homem que vivera podia reviver, sem saber precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam com o nome de ressurreição o que o Espiritismo chama reencarnação.
Ressurgir em um corpo que já se acha com seus elementos dispersos ou absorvidos é, como sabemos, cientificamente impossível.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:09 pm

7. Reencarnação é a volta do Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo formado especialmente para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.

8. Quando Jesus disse a Nicodemos: “Em verdade, em verdade, te digo: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”, ante a estranheza do senador dos judeus que não entendia como tal situação poderia ocorrer, Jesus replicou como que surpreendido: “Como pode isso fazer-se?
Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. Mas, se não credes quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos falo das coisas do céu?” (João, 3:1 a 12). O Mestre quis mostrar, com tais palavras, que a reencarnação era um facto óbvio, natural, inerente à evolução do próprio homem. Há muitas moradas na casa do Pai

9. Não encarnamos e reencarnamos apenas no planeta Terra, mas em diferentes mundos. As existências que aqui passamos não são as primeiras nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição, porque a reencarnação nos diferentes mundos guarda relação com o grau evolutivo desses mundos.

10. A constituição do perispírito está em função da natureza de cada mundo. Passando por transformações sucessivas, torna-se cada vez mais etéreo, até a depuração completa, que é a condição dos Espíritos puros.

11. A encarnação, tal como ocorre na Terra, observa-se também nos mundos inferiores. Nos mundos superiores, no entanto, onde imperam o sentimento de fraternidade, estando seus habitantes livres das paixões grosseiras que ocorrem em mundos atrasados, os Espíritos gozam de uma encarnação bem mais feliz e nenhum temor têm da morte.

12. A duração da existência corpórea nos diferentes mundos guarda proporção com o grau de superioridade física e moral de cada um. Quanto menos material o corpo, menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam. Quanto mais puro o Espírito, menos paixões a dominá-lo. É essa uma graça da Providência, que desse modo abrevia os sofrimentos das criaturas à medida que elas progridem.

Questões para fixação da leitura
1. As almas têm a mesma idade?
Nem todas as almas têm a mesma idade, nem todas alcançaram com o mesmo passo seu estágio evolutivo. Umas percorreram uma carreira imensa e aproximaram-se já do apogeu dos progressos terrestres; outras mal começaram seu ciclo de evolução no seio da humanidade. Estas são as almas jovens, emanadas há menos tempo do Foco Eterno.
Chegadas à humanidade, tomam lugar entre os povos selvagens ou entre as raças bárbaras que povoam os continentes atrasados, as regiões deserdadas do globo. E quando, afinal, penetram em nossas civilizações, ainda se deixam facilmente conhecer pela falta de desembaraço, de jeito, por sua incapacidade para todas as coisas e, principalmente, por suas paixões violentas.

2. A que se deve o progresso alcançado pelos Espíritos em sua trajectória evolutiva?
Ao seu próprio esforço, às lutas, aos sofrimentos, às vicissitudes que enfrentam. É assim que eles se redimem do seu estado de ignorância e inferioridade e se elevam, de degrau em degrau, a caminho das inúmeras habitações do Universo. Podemos, portanto, afirmar que somos hoje o resultado das experiências vividas no passado, como seremos, amanhã, o produto de nossas acções de agora.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:09 pm

3. Há diferença de conteúdo entre os vocábulos reencarnação e ressurreição?
Sim. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não a aceitavam. Os judeus acreditavam que um homem que vivera na Terra podia reviver, sem saber precisamente de que maneira o facto podia dar-se. Designavam com o nome de ressurreição o que o Espiritismo chama reencarnação. Ressurgir em um corpo que já se acha com seus elementos dispersos ou absorvidos é cientificamente impossível. A reencarnação é a volta do Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo formado especialmente para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.

4. Onde cumprimos as diferentes existências corpóreas indispensáveis ao nosso progresso?
O Espiritismo ensina que não encarnamos e reencarnamos apenas no planeta Terra, mas em diferentes mundos.
As existências que aqui passamos não são as primeiras nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição, porque a encarnação nos diferentes mundos guarda relação com o grau evolutivo desses mundos.

5. Existe diferença entre encarnar num planeta atrasado e encarnar num planeta como Júpiter?
A encarnação, tal como ocorre na Terra, observa-se também nos mundos inferiores. Nos mundos superiores, no entanto, onde impera o sentimento de fraternidade, estando seus habitantes livres das paixões grosseiras que ocorrem em mundos atrasados, os Espíritos gozam de uma encarnação bem mais feliz e nenhum temor têm da morte. É o que se dá com os que vivem em Júpiter, que é, segundo Kardec, um planeta bem superior ao nosso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:09 pm

24 - Diferentes categorias de mundos habitados
Sumário: Povoamento dos mundos. - Constituição física dos diversos planetas. - As diferentes categorias dos mundos habitados. - Posição evolutiva do planeta Terra.

Povoamento dos mundos
1. Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos eles para o objectivo final da Providência. Acreditar que só haja pessoas no planeta que habitamos é duvidar da sabedoria de Deus, que não faz coisa alguma inútil. Certamente, a esses mundos o Pai há de ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Nada, aliás, existe, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos triliões de mundos semelhantes.

2. Quando Jesus disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver também vós aí estejais" (João, 14:1 a 3), o Mestre estava ensinando-nos o princípio da pluralidade dos mundos habitados, de uma maneira cristalina, para não deixar dúvidas.

3. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.

A constituição física dos diversos planetas
4. Não é a mesma a constituição física de cada mundo e, consequentemente, a constituição dos seus habitantes.
Cada mundo oferece aos que o habitam condições adequadas e próprias à vida planetária. As necessidades vitais num planeta poderão não ser as mesmas, e até opostas, noutro.

5. O mundo que habitamos faz parte de um séquito de planetas e asteróides que acompanham o Sol em sua viagem pela vastidão incomensurável do espaço. Mesmo assim, as distâncias entre os planetas que formam o nosso sistema planetário são imensas. Para se ter uma singela ideia disso, enquanto a Terra gasta aproximadamente 365 dias para promover uma volta ao redor do Sol, existem planetas que gastam para completar uma revolução ao redor do mesmo Sol entre 88 dias e 25 anos terrestres.

6. Nosso sistema planetário não ocupa, porém, senão um ponto ínfimo no universo. Ele pertence a um agrupamento estelar, ou galáxia, chamada Via-Láctea, onde existem bilhões de estrelas, algumas das quais tão grandes, mas tão grandes, que uma só ocupa espaço igual ao ocupado pelo Sol e quase todos os planetas que este arrasta consigo. A estimativa mais recente feita pelos astrónomos revela que existem na Via-Láctea cerca de 400 bilhões de estrelas.

Classificação dos mundos habitados
7. Dos ensinos dados pelos Espíritos resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há planetas em que seus habitantes são inferiores, física e moralmente, aos da Terra. Outros possuem a mesma categoria que o nosso e muitos lhe são mais ou menos superiores.

8. Nos mundos inferiores, a existência é toda material e as paixões reinam soberanas, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que nos mundos mais adiantados a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:10 pm

9. Não é possível fazer uma classificação absoluta das categorias dos mundos habitados, mas Kardec nos oferece uma que nos permite uma visão geral sobre o assunto:
Mundos primitivos – Nos mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana, a vida, toda material, se limita à luta pela subsistência, o senso moral é quase nulo e, por isso mesmo, as paixões reinam soberanas. A Terra já passou por essa fase.
Mundos de expiação e provas – Nesses mundos o mal predomina. É a actual situação da Terra, razão por que aqui vive o homem a braços com tantas misérias.
Mundos de regeneração – São mundos em que as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta.
Mundos ditosos ou felizes – São os planetas onde o bem sobrepuja o mal e, por isso, a felicidade impera.
Mundos celestes ou divinos – São as habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem, visto que todos que aí vivem já alcançaram o cume da sabedoria e da bondade.

Questões para fixação da leitura
1. Jesus referiu-se em algum momento de suas pregações à existência de outros mundos habitados?
Sim. Quando o Mestre disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar”, ele estava ensinando-nos o princípio da pluralidade dos mundos habitados, de uma maneira cristalina, para não deixar dúvidas.

2. É a mesma a constituição física dos diferentes globos que circulam no Universo?
Não. As diferentes moradas a que Jesus se referiu correspondem ao adiantamento dos Espíritos que nelas se encarnam. Em função disto, diversa é a constituição física de cada mundo e, consequentemente, a constituição dos seus habitantes.

3. Existem em outros planetas indivíduos moralmente inferiores aos habitantes da Terra?
Sim, do mesmo modo que há em determinados planetas Espíritos superiores aos que habitam a Terra.

4. Segundo o Espiritismo, como podem ser classificados os diferentes mundos habitados?
Os mundos que circulam no espaço infinito classificam-se em cinco categorias: mundos primitivos, mundos de expiação e provas, mundos de regeneração, mundos ditosos ou felizes e mundos celestes ou divinos.

5. Dentre os diversos planetas existentes no Universo, qual é a situação da Terra?
Planeta ainda muito novo, a Terra está, segundo o Espiritismo, situada na categoria de mundo de expiação e provas, razão pela qual o homem vive aqui a braços com tantas misérias.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:10 pm

25 - Mundos transitórios e esferas espirituais
Sumário: Finalidade dos mundos transitórios. - Regiões ou esferas espirituais. - Distinção entre mundos transitórios e regiões espirituais. - Kardec e os mundos transitórios. Comunidades redimidas. - Regiões espirituais vizinhas da crosta terrestre.

Finalidade dos mundos transitórios
1. Mundos transitórios são lugares destinados particularmente aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de campos onde descansam de uma longa erraticidade, estado esse sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermediárias graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde gozam de maior ou menor bem-estar.

2. Os mundos transitórios não se prestam à encarnação
de seres corpóreos, porque estéril é neles a superfície e os que os habitam de nada precisam. Essa esterilidade é, contudo, transitória. A Terra, por exemplo, já foi um mundo transitório durante a sua formação. Hoje é um planeta de expiação e provas, prestando-se, portanto, à encarnação e reencarnação de Espíritos necessitados de passar pelas vicissitudes que o planeta oferece.

Regiões ou esferas espirituais
3. Vizinhas à Crosta da Terra, no plano extra-físico, existem regiões ou esferas espirituais de diferentes graus evolutivos, caracterizando-se desde simples postos a verdadeiras cidades espirituais. Essas regiões dividem-se gradativamente em lugares de sofrimento e ignorância até aqueles onde o Espírito, em estado de maior entendimento, é feliz.
Considerando a penitência em sua feição expiatória, existem numerosos lugares de provações na esfera para nós invisível, destinados à regeneração e preparo de entidades perversas ou renitentes no crime, a fim de conhecerem as primeiras manifestações do remorso e do arrependimento, etapas iniciais da obra de redenção. Estas fazem parte das chamadas zonas inferiores.

4. A série "Nosso Lar" esclarece-nos a respeito dessas diversas regiões espirituais. Na obra Libertação, cap. 4, há referência a uma cidade situada “no vasto domínio das trevas", limítrofe com a Terra, assim descrita por André Luiz:
''A claridade solar jazia diferenciada. Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão. A volitação fácil se fizera impossível. A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas. Aves agoureiras, de grande tamanho, de uma espécie que pode ser situada entre os corvídeos, crocitavam em surdina, semelhando-se a pequenos monstros alados espiando presas ocultas. O que mais contristava, porém, não era o quadro desolador, mais ou menos semelhante a outros de meu conhecimento, e, sim, os apelos cortantes que provinham dos charcos. Gemidos tipicamente humanos eram pronunciados em todos os tons”.

5. No livro Voltei, de Irmão Jacob, o autor fala-nos de uma colónia espiritual situada em esferas mais elevadas: "A estrada que percorríamos marginava-se de flores, algumas delas como que talhadas em radiosa substância, o que convertia a paisagem numa cópia do firmamento. Árvores próximas pareciam cobertas de estrelas. A que país, afinal, fora eu arrebatado pela morte? Teria subido a Terra ao Céu ou teria o Céu baixado para a Terra? Vi desdobrar-se ante meus olhos enlevados a paisagem florida e brilhante de um burgo feliz. Atravessávamos extensas e formosas avenidas marginadas por vegetação caprichosa e linda, quando tive o contentamento de ver alguns pássaros marcados por peregrina beleza. Cantavam estáticos, glorificando a Divindade”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:10 pm

Kardec e os mundos transitórios
6. Seriam os mundos transitórios, de que os Espíritos
Superiores falaram a Kardec, essas mesmas colónias ou regiões espirituais que André Luiz descreve? Evidente que tais colónias ou regiões são destinadas aos Espíritos desencarnados ainda necessitados de reencarnações (portanto, Espíritos errantes) e intimamente ligados ao nosso planeta pelas acções cometidas no pretérito.

7. O facto de os Espíritos que participaram da elaboração d´O Livro dos Espíritos terem afirmado que a Terra foi um mundo transitório na sua formação planetária levou Kardec a dizer: "Assim, durante a dilatada sucessão dos séculos que passaram antes do aparecimento do homem na Terra, durante os lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio.
Quis Deus que, mesmo assim, ainda imperfeita, a Terra servisse para alguma coisa. Quem ousaria afirmar que, entre os milhares de mundos que giram na imensidade, um só, um dos menores, perdido no seio da multidão infinita deles, goza do privilégio exclusivo de ser povoado? Qual então a utilidade dos demais? Tê-los-ia Deus feito unicamente para nos recrearem a vista? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que esplende em todas as suas obras e inadmissível desde que ponderemos na existência de todos os que não podemos perceber”.

8. Segundo Emmanuel, podemos conceituar de três maneiras, para efeito de estudo, a palavra “moradas” mencionada no Evangelho de Jesus:
a) Os mundos que formam o Universo, onde outras humanidades realizam a marcha evolutiva.
b) As diversas zonas espirituais superiores ou inferiores, além das fronteiras físicas, onde a vida palpita com a mesma intensidade das metrópoles humanas.
c) Os vários departamentos da mente, onde se demoram pensamentos e reacções, dramas e tragédias, anseios e realidades do Espírito.

9. Ninguém poderá imaginar quantos mundos habitados realmente existem, mas nenhum espírita põe em dúvida que inúmeras humanidades vivem nesses mundos, felizes uns, infelizes outros. Os departamentos da mente são outras tantas “moradas individuais”, como repositório das realizações mais ou menos felizes das inteligências encarnadas ou desencarnadas.

Comunidades redimidas
10. No que toca às diversas regiões espirituais, sabemos que comunidades redimidas habitam zonas mais elevadas da espiritualidade, às quais obreiros dedicados são periodicamente conduzidos em processo estimulante do esforço pessoal. Em faixas vibratórias mais ligadas à Terra estacionam, temporariamente, almas ainda vinculadas às sensações e problemas da vida física, uma vez que o peso específico de suas organizações perispirituais apresenta certa densidade que não lhes permite lograr grandes ascensões.

11. Os chamados mundos transitórios, como o nome indica, não teriam a superfície física eternamente estéril.
Como tudo no Universo evolui, eles e os Espíritos são submetidos à lei do progresso. Os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los a fim de irem para onde devam ir. Figuremo-los como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu destino.
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12. Podemos então concluir que os mundos transitórios fazem parte dos corpos celestes espalhados pelo Universo, podendo ser um planeta, um satélite ou algo similar. Já as regiões espirituais, também denominadas zonas, colónias ou esferas, dizem respeito às colectividades desencarnadas existentes no plano espiritual e vinculadas a esse ou àquele planeta.

13. O campo magnético da Terra seria, por exemplo, dividido em sete esferas:
1 – o Umbral “grosso”;
2 – o Umbral médio;
3 – o Umbral superior, onde se localiza “Nosso Lar”;
4 – região da arte, da cultura e da ciência;
5 – região do amor fraterno universal;
6 – directrizes do planeta;
7 – abóbada estelar, conforme descrito no livro Cidade no Além, cap. IV, de Heigorina Cunha.

Questões para fixação da leitura
1. Que são mundos transitórios e a que se destinam?
Mundos transitórios são mundos destinados particularmente aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de campos onde descansam de uma longa erraticidade, estado esse sempre um tanto penoso.

2. A crosta da Terra é rodeada de regiões ou esferas espirituais?
Sim. Vizinhas à crosta terrestre, no plano extra-físico, existem regiões ou esferas espirituais de diferentes graus evolutivos, caracterizando-se desde simples postos a verdadeiras cidades espirituais. Essas regiões dividem-se gradativamente em lugares de sofrimento e ignorância até aqueles onde o Espírito, em estado de maior entendimento, é feliz.

3. Regiões espirituais e mundos transitórios são expressões equivalentes?
Não. Os mundos transitórios fazem parte dos corpos celestes, espalhados pelo Universo, podendo ser um planeta, um satélite ou algo similar. Já as regiões espirituais, também denominadas zonas, colónias ou esferas, correspondem às colectividades desencarnadas existentes nos planos dos Espíritos e vinculadas a esse ou àquele planeta.

4. Emmanuel atribui à palavra “moradas” mencionada no Evangelho três conceitos diferentes. Quais são eles?
Ei-los:
1. Mundos que formam o Universo, onde outras humanidades realizam a marcha evolutiva.

2. As diversas zonas espirituais superiores ou inferiores, além das fronteiras físicas, onde a vida palpita com a mesma intensidade das metrópoles humanas.

3. Os vários departamentos da mente, onde se demoram pensamentos e reacções, dramas e tragédias, anseios e realidades do Espírito.

5. Quantas e quais são as regiões espirituais circunvizinhas à Crosta terrena?
De acordo com o livro Cidade no Além, cap. IV, de Heigorina Cunha, o campo magnético da Terra seria dividido em sete esferas:
1 – o Umbral “grosso”;
2 – o Umbral médio;
3 – o Umbral superior, onde se localiza “Nosso Lar”;
4 – região da arte, da cultura e da ciência;
5 – região do amor fraterno universal;
6 – directrizes do planeta;
7 – abóbada estelar
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2023 8:11 pm

26 – A Terra: planeta de provas e expiações
Sumário: Destinação actual da Terra e seus habitantes. - Tipos de progresso que experimentam os planetas. - A destinação futura da Terra. A geração futura. - A transição para mundo de regeneração.

A Terra e seus habitantes
1. Vimos em ocasião anterior que os mundos dividem-se em cinco categorias e que nos chamados mundos de expiação e provas, que é a actual condição da Terra, o mal predomina.

2. Na Terra, diz Santo Agostinho (Espírito), os Espíritos em expiação são, se assim se pode dizer, seres estrangeiros, indivíduos que já viveram em outros mundos, de onde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levavam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram.

3. É por isso que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. E é também por esse motivo que para essas raças de mais amargor se revestem os infortúnios da vida.

4. Importante lembrar, contudo, que nem todos os Espíritos que se encarnam neste planeta vêm para ele em expiação. Os povos chamados selvagens são formados de Espíritos que apenas saíram da infância espiritual e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados.

5. Vêm em seguida as colectividades semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso, as quais são, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aqui se elevaram pouco a pouco, em longos períodos seculares.

Destinação futura da Terra
6. A felicidade não pode existir ainda na Terra porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram endividadas, intoxicadas, despreparadas, e não sabem contemplar a grandeza das paisagens que as cercam no planeta. Mas é encarnando-se neste globo que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência.

7. Um dia a Terra sairá do estágio de expiação e provas e passará para a condição de mundo de regeneração, porquanto nosso mundo está, como tudo na Natureza, submetido à lei do progresso.

8. A Terra progride, assim, material e moralmente. Materialmente ou fisicamente, pela transformação dos elementos que a compõem. Moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que a povoam. Esses progressos se realizam paralelamente, visto que o melhoramento da habitação guarda relação com o aprimoramento do habitante.

9. Fisicamente, o globo terráqueo tem experimentado transformações que o vêm tornando sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados. Moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Para que a felicidade impere na Terra torna-se preciso, pois, que somente a povoem Espíritos bons, que somente ao bem se dediquem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 9:46 am

A geração futura
10. Havendo chegado o tempo, grande migração se verifica entre os planetas. Os que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, não mais sendo dignos do planeta transformado, são dele excluídos, porque sua presença constituiria obstáculo ao progresso.

11. Irão tais Espíritos expiar, dessa forma, o endurecimento de seus corações em mundos inferiores, ou em grupos étnicos moralmente mais atrasados. Substitui-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

12. A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de cataclismos que aniquilem de súbito uma geração.

13. Cada geração desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela reencarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

14. A época actual é de transição; confundem-se os elementos de duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada de outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhe são peculiares.

15. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distinguirá por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e à crença espiritualista, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior.

16. A destinação imediata da Terra, segundo o Espiritismo, é tornar-se mundo de regeneração. Continuando, porém, no seu progresso ininterrupto, ela ascenderá a planos cada vez mais altos, até chegar à perfeição a que todos nós – planetas e pessoas – estamos destinados.

Questões para fixação da leitura
1. Por que na Terra o homem vive a braços com tantas misérias?
Como já vimos anteriormente, os mundos dividem-se em cinco categorias e nos chamados mundos de expiação e provas, que é a actual condição da Terra, o mal predomina.
Essa é a razão por que neste planeta o homem vive a braços com tantas misérias.

2. Quem são os habitantes do planeta Terra?
Há na Terra, segundo Santo Agostinho (Espírito), três grupos de Espíritos: os que se encontram em regime de expiação, que já viveram em outros mundos; os que chamamos selvagens, Espíritos que apenas saíram da infância espiritual e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados, e, por fim, os povos semicivilizados, constituídos desses mesmos Espíritos em via de progresso e que são, de certo modo, criaturas que vivem há muito tempo na Terra e que aqui se elevaram pouco a pouco, em longos períodos seculares.

3. Que tipo de progresso experimentam os planetas?
Os planetas progridem material e moralmente. Materialmente, pela transformação dos elementos que os compõem.
Moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que os povoam. Esses progressos se realizam paralelamente, visto que o melhoramento da habitação guarda relação com o aprimoramento do habitante.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 9:46 am

4. Qual é a destinação futura da Terra?
A Terra sairá, um dia, do estágio de expiação e provas e passará para a condição de mundo de regeneração, porquanto este globo está, como tudo na Natureza, submetido à lei do progresso. Do ponto de vista material, o globo terráqueo tem experimentado transformações que o vêm tornando sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados, mas, para que a felicidade impere na Terra, torna-se preciso que somente a povoem Espíritos bons, que somente ao bem se dediquem.

5. De que modo se operará a transformação de nosso planeta?
A Terra não terá de transformar-se por meio de cataclismos que aniquilem de súbito uma geração. A actual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Fim
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2023 9:46 am

Bibliografia
BARBOSA, Pedro Franco. Espiritismo Básico.
BÍBLIA. Deuteronómio, 18:10-12.
BÍBLIA. Levítico, 19:31 e 20:27.
CALLIGARIS, Rodolfo. As Leis Morais.
CALLIGARIS, Rodolfo. Páginas de Espiritismo Cristão.
CAMARGO, Pedro de (Vinícius). Na Seara do Mestre.
CUNHA, Heigorina. Cidade no Além.
DELANNE, Gabriel. A Reencarnação.
DELANNE, Gabriel. O Fenómeno Espírita.
DENIS, Léon. Cristianismo e Espiritismo.
DENIS, Léon. Depois da Morte.
DENIS, Léon. No Invisível.
DENIS, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.
DOYLE, Arthur Conan. História do Espiritismo, tradução em português de The History of Spiritualism.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. As leis morais da vida.
FRANCO, Divaldo P. Por Joanna de Ângelis. Estudos espíritas.
FRANCO, Divaldo P. Por Marco Prisco. Glossário Espírita Cristão.
KARDEC, Allan. A Génese.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.136
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Introdução ao Livro dos Espíritos, por J. Herculano Pires. Lake Editora.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.
KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo.
KARDEC, Allan. Obras Póstumas.
KARDEC, Allan. Revista Espírita, edição de dezembro de 1868.
PERALVA, Martins. O Pensamento de Emmanuel.
PIRES, José Herculano. O Espírito e o Tempo.
REFORMADOR, O. Lembrando Kardec, edição de outubro de 1980.
THIESEN, Francisco e WANTUIL, Zêus. Allan Kardec.
WANTUIL, Zêus. As mesas girantes e o Espiritismo.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por André Luiz. Mecanismos da Mediunidade.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por Hilário Silva. Almas em desfile.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Libertação.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Missionários da luz.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. No Mundo Maior.
XAVIER, Francisco Cândido. Por André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Alma e coração.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Justiça Divina.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. O Consolador.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Emmanuel. Religião dos Espíritos.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Espíritos diversos. Ideias e ilustrações.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Por André Luiz. Evolução em dois mundos.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Irmão Jacob. Voltei.
XAVIER, Francisco Cândido. Por Irmão X. Cartas e crónicas.


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