LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS V

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 01, 2021 6:55 pm

Acordei de madrugada com uma forte dor, não consegui nem falar.
Devo ter gemido, pois, acordei minha esposa que acendeu a luz.
Vi temor nos seus olhos.
Ouvi-a falar ao telefone, chamando a ambulância e os filhos.
Tenho dois que já estão casados.
Ela pegou na minha mão, senti-me seguro.
Outra dor forte, aguda, que me deu a impressão de que algo explodia em meu peito; fui apagando.
Esse "apagando" quer dizer "sumindo".
Ainda vi minha esposa passar as mãos sobre meu peito, ajeitar minha cabeça e me chamar:
- Nelson!
Acordei. Dei uma olhada no local onde estava.
Era um quarto estranho.
Somente mexi os olhos.
Estava num leito com lençóis brancos.
Do lado esquerdo havia uma janela fechada, por onde entrava ténue claridade.
Do lado direito, duas portas, uma mesinha de cabeceira e uma poltrona.
- Devo ter desencarnado! - exclamei baixinho.
Estava bem, tranquilo e me sentindo confortável.
Sem saber o que fazer resolvi ficar quieto.
"Se eu não tiver Desencarnado e estiver em um Hospital de Encarnados, falando que morri, eles acharão que enlouqueci.
É melhor esperar" - decidi.
Não demorou muito, um senhor entrou no quarto.
Olhei-o e achei que o conhecia.
- Bom dia, Nelson!
Como está passando? - Ele me cumprimentou sorrindo.
- Bom dia! Estou bem! - respondi.
- Está precisando de alguma coisa?
- Não, obrigado. O senhor é médico?
- Não sou médico, e sim seu amigo - respondeu.
Fiquei sem saber se perguntava onde estava e o que me acontecera.
Ele, vendo-me encabulado, explicou:
-Você, Nelson, sofreu um enfarte e está se recuperando.
"Sem soro? Não vejo instrumentos hospitalares.
Não devo estar Encarnado!" – Pensei.
Olhei novamente para ele.
Veio na minha mente a lembrança dos amigos da Casa Espírita.
Recordei-me da descrição dos Médiuns Videntes sobre os nossos Orientadores Desencarnados, lembrei-me com detalhes do que falavam de um deles, o que estava sempre ao meu lado, orientando-me.
José, assim o chamávamos.
Enquanto me recordava desse facto, ele ficou quieto.
Observei-o bem.
"Parece com ele ou é o próprio José?" - indaguei-me.
Resolvi perguntar:
- O senhor é meu amigo porque trabalha no Centro Espírita que frequento?
Do Lado Espiritual? É o José?
- Sim, sou. Tenho imenso prazer em tê-lo aqui connosco.
- O que aconteceu?
- Como já disse, você teve um enfarte e os órgãos do seu corpo cessaram suas funções.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 01, 2021 6:57 pm

Nós, os Companheiros Desencarnados, que por anos trabalhamos com você, pudemos desligá-lo da matéria morta e trazê-lo para cá.
Está na ala de recuperação da Colónia, situada no Espaço Espiritual da cidade onde viveu Encarnado.
Olhava-o atento, ele sorriu e perguntei em tom de indiferença - parecia que o assunto era corriqueiro, como se indagasse:
"Você leu esse livro?".
- E meus familiares?
- Comportaram-se e agiram muito bem, demonstrando os conhecimentos adquiridos.
Sendo Espíritas, deram exemplos de como se deve agir nesses momentos ainda tão difíceis para os terráqueos.
Você recebeu muitas Orações dos companheiros e teve um Velório e um Enterro tranquilos, dignos de um aprendiz do Evangelho.
Fiquei quieto.
Depois de dois longos minutos, esse senhor, percebendo que eu desejava ficar sozinho, sorriu e se despediu.
- Nelson, vou deixá-lo a sós um pouquinho. Volto logo.
Acenei com a cabeça concordando, e ao ficar sozinho, fiquei a pensar:
"Ontem não estava me sentindo bem.
Tive aqueles pensamentos estranhos.
Não, acho que não eram estranhos, eram reais.
Deixei de fazer muitas coisas, e outras fiz de forma errada.
E a morte me surpreendeu...".
Comecei a ficar inquieto, a suar, senti minhas mãos geladas.
"Não fiz o que deveria ter feito! Não julgava que isso ia ser cobrado."
Passei a respirar com dificuldade e senti uma dorzinha no peito.
Senti um pavor que me paralisou no leito, devo ter arregalado os olhos. Falei alto, repetindo a indagação:
- E agora?
- Nelson, por favor! - disse José, entrando no quarto novamente. - Calma!
E estendendo as mãos sobre mim, deu-me um passe. Fui me tranquilizando.
- O que lhe aconteceu?
Você estava tão bem! - Ele indagou.
- Sou infeliz! Deixei de fazer muitas coisas - queixei-me.
Não me dediquei como deveria à assistência social, não apaziguei as discórdias, não fiz...
- Pare! - ordenou-me José.
Não se recrimine assim!
Você vai agora me dizer o que fez de bom para a Casa Espírita.
- Eu? O que fiz?
- Sim, você!
Que tal lembrar-se dos Passes que aplicou, das entrevistas em que aconselhou e consolou a muitos, das orientações que deu a Desencarnados necessitados de ajuda por meio dos trabalhos de Desobsessão, dos Livros Espíritas que emprestou, doou e...
Foi falando dos pequenos actos que fiz, e fui melhorando.
José parou de falar, indaguei-o aflito:
- E agora? O que faço?
- Primeiro, descanse para se recuperar; depois aprenderá a viver sem o envoltório físico e a ser útil à Colónia que o abriga.
- O senhor falando assim, parece fácil - expressei-me.
- É, de facto é fácil.
Lembre-se, Nelson, de que a vida continua sem saltos e sem complicações, por isso não a complique.
Não se deixe abater por pensamentos negativos como esses que teve.
Pense no presente, é no momento actual que devemos fazer o bem para sermos bons um dia.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 01, 2021 6:58 pm

Envergonhei-me do vexame que dei, José sorriu compreendendo.
- Nelson, todos nós sabemos que os órgãos do corpo físico um dia cessam suas funções.
Mas, quando ocorre connosco, é um acontecimento especial, porque esse momento é nosso.
E nós é que passamos.
Agora, durma para descansar, ficarei aqui até que adormeça.
Quando acordei vim a saber que trinta dias já haviam se passado da minha mudança de Plano.
Cobrei de mim mesmo o que deixara de fazer quando Encarnado, amargurei-me, entristeci-me, sentindo-me um pouco fracassado.
Quem pode, tem obrigação de fazer.
E sofri, julguei a mim mesmo.
Mas compreendi que não basta se lamentar e me esforcei para melhorar.
Se não realizei mais coisas, agora estava tendo a oportunidade de realizar.
Fiz uma viagem em que mudei de plano, e somente o que me acompanhou foram as minhas obras!
Voltei com a bagagem quase cheia, aproveitei Encarnado muitas das oportunidades que tive.
Aprendi, erradiquei alguns vícios, adquiri virtudes, mas me incomodava o espacinho que deixei vazio.
Resolvi reagir.
Levantei-me e imaginei as malas que quando Encarnado mentalizei, aquelas em que fui colocando meus actos.
Abri o armário do quarto e também a primeira mala.
Continuei a imaginar, ia pegar meu aprendizado para colocar dentro da gaveta.
Parei. Compreendi que não se guardam conhecimentos adquiridos em locais.
Eles estavam dentro de mim.
Retornara à Pátria Espiritual.
E voltara sabendo como era, o que encontraria.
Eu estava num lugar de maravilhas e com amigos.
Ajoelhei-me e agradeci a Deus; lágrimas rolaram pelo meu rosto.
Senti-me agradecido e dei graças.
Fiquei mais cinco dias no hospital, depois fui hospedado numa casa com amigos.
Encantei-me com as belezas da colónia.
Lera em Livros Espíritas descrições das Cidades Espirituais, mas vê-las pessoalmente é uma felicidade indescritível.
O tempo passou, de aprendiz tornei-me servo útil, um morador pelos muitos serviços prestados.
Pude saber e estar sempre com meus familiares, e assim amenizar minha saudade.
Hoje, acho engraçado ao recordar aqueles momentos em que receei, sem razão, estar Desencarnado.
Sofri muito naqueles minutos.
Mesmo com conhecimento não me isentei de ficar inseguro, de sentir medo.
Ainda bem que aquela agonia passou rápido.
Hoje estou muito feliz, tentando não deixar mais nenhuma obra que possa ser feita, sem fazer.
E, penso nas malas, não quero deixar nenhuma vazia, porque sei que mudarei de Plano novamente.
Um dia, Reencarnarei novamente.
E quero ter uma boa bagagem, com boas obras, pois elas são tesouros conquistados.
Anseio servir sempre para ajudar a melhorar a Terra - o planeta que temos por graça para morar, pois tornando-o melhor, teremos um lar de bem-aventuranças.
Nelson.

Explicações do Espírito António Carlos.
A história da vida de Nelson é um exemplo.
Foi um servo útil, tanto que mereceu um Socorro imediato e foi levado para uma Colónia.
Infelizmente são raras as pessoas que ao Desencarnarem não se sintam como Ele, que poderia ter feito mais a si e ao próximo, julgando-se devedoras, porque oportunidades de praticar o Bem, fazê-lo a outros e a si mesmo todos temos, quando Encarnados.
Tranquila é a Desencarnação dos que agem como Nelson; felizes e Bem-Aventurados os que realmente retornam à Pátria Espiritual, tendo no plano físico feito tudo o que podiam.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty ESPÍRITOS ATRAPALHANDO NOSSA VIDA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 02, 2021 7:43 pm

E SINTOMAS DA OBSESSÃO ESPIRITUAL, DOENÇA NÃO RECONHECIDA PELA MEDICINA FÍSICA.
Esse é assunto delicado que requer atenção e quebra de pré-conceitos.
Ninguém está livre de “Ataques Energéticos”, todos nós vez ou outra nos deparamos com situações em nossas vidas que realmente não conseguimos entender e muito menos resolver.
Às vezes parece que quanto mais lutamos contra uma situação ruim, pior ela fica.
Entramos em conflitos internos e externos e muitas vezes nos damos por vencidos em certas áreas de nossas vidas.
A “Obsessão Espiritual” é algo que realmente existe, pode ocorrer por meio de Espíritos Desencarnados, mas também com desafectos dessa vida, pessoas Encarnadas do seu passado que insistem em manter um vínculo energético negativo, de mágoa, rancor, inveja e ressentimento.
Alguns sintomas são bem típicos de Obsessões e ninguém passa por essa vida sem ter tido ao menos uns dois sintomas desses, porém o que determina a permanência ou não de Obsessores é o comportamento e entendimento de cada um.
Uma pessoa amorosa, que sente compaixão pelo próximo e não tem problemas em perdoar, consegue se livrar mais facilmente de ataques de Obsessores.
Já uma pessoa agressiva e magoada tende a alimentar Obsessões por longos períodos na vida.
Seguem alguns “Sintomas de Obsessão quando já instalada.
Fique atento, mas também entenda que existe solução, existe alívio e cura.
O Bem e a positividade sempre serão mais fortes!

1 – SENSIBILIDADE AUMENTADA E CHORO COMPULSIVO.
Parece que as pessoas estão mais agressivas ou com mais atenção aos seus erros.
Antes se alguém te desse uma patada, você revidava ou simplesmente não dava importância.
Agora você se sente perseguido e maltratado.
Chora, na maioria das vezes à noite e quando tenta desabafar com alguém, muitas vezes acham que é frescura sua e você não deve se importar.
Isso te deixa mais triste ainda e com a sensação que ninguém se importa com você e seus sentimentos.
Sempre vem na cabeça a ideia de que ninguém se importa com você, que se você morresse ou sumisse, ninguém se importaria.
Fique atento, essa ideia de que você não tem valor não é sua!

2 - VIDA FINANCEIRA DESTRUÍDA.
Desemprego, ou emprego com um salário que não dá para quase nada e te deixa frustrado.
Dívidas que aparecem do nada, quando entra um pouco de dinheiro, logo aparecem gastos inesperados e a esperança de uma vida melhor vai indo embora aos poucos.
Obsessores atacam muito a vida financeira pois sabem que as preocupações com dívidas, moradia e sobrevivência são extremamente dolorosas e desgastantes.

3 – RELACIONAMENTOS CONTURBADOS.
Ciúmes, Brigas, Desconfianças, Traições, Mágoas e em casos mais graves até agressões.
Após crises explosivas parece que a pessoa que agrediu estava fora do corpo sendo comandada por alguém.
Períodos de Paz se instalam, mas as brigas e desentendimentos nunca deixam de aparecer.

4 – AGRESSIVIDADE.
Ausência total de Paciência com as pessoas próximas.
Vontade de mudar a forma de ser de algumas pessoas, de falar verdades na cara sem ter medo de magoar ou ferir.
Ausência de compaixão pelo próximo e o sentimento crescente de que ninguém merece confiança, pois todos são falsos e hipócritas.
Gostam de dizer sempre a frase, sou sincero e falo na cara, quando na realidade são totalmente cruéis e sem nenhuma educação.
Ao magoar o outro, por mais fraco que o outro pareça, o agressor cria um vínculo negativo, atrai para si somente a negatividade.
Pense muito antes de jogar verdades na cara de alguém ou postar ofensas e indirectas, o mesmo constrangimento que você vai causar no outro, retornará para você amanhã.
Os juros cobrados pela Lei do Retorno são muito altos, não vale a pena pagar.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 02, 2021 7:43 pm

5 – JULGAR OS OUTROS E SE SENTIR VÍTIMA.
Obsessores atuam colocando as manias, desconfianças e compulsões exageradas em suas mentes.
O Obsessor coloca a ideia na sua vítima de que ela carrega o mundo nas costas e que se ela não interferir em tudo, nada dará certo.
Existe muita dificuldade em confiar em todos, e a vítima observa apenas os defeitos e falhas nas pessoas e não consegue achar nada positivo em ninguém.
Nesse ponto o Obsessor coloca a ideia de que sua vítima deve interferir na vida dos outros, criticar, excluir quem não se encaixa em seu meio, religião, trabalho e sua família.

6 - SE ENVOLVER EM FOFOCAS.
As fofocas sempre começam de forma inocente e são justificadas e defendidas pelos fofoqueiros.
Muitas vezes começam com frases do tipo:
– Vou te dar um “toque a respeito do fulano” ou “fica esperto com o fulano”….
O ambiente de trabalho é o lugar onde mais podemos observar esse tipo de comportamento.
Muitas teorias totalmente enganosas e mentirosas que causam verdadeiro mal estar são disseminadas diariamente por fofoqueiros nas empresas.
Quem de nós nunca trabalhou em um ambiente tóxico onde o fofoqueiro mantinha muitos reféns sob seu comando maléfico, pois obsessores sabem o quanto somos sugestionáveis, no ambiente de trabalho.
Presenciei um caso onde uma Gerente chegou certa manhã de cara fechada no trabalho, pois estava com dor de dente e dor de cabeça, mas como tinha uma reunião importante, foi trabalhar mesmo passando mal, pois tinha tarefas que não podiam esperar.
Ao passar pelos funcionários de cabeça baixa e sem cumprimentar ninguém, causou uma grande impressão errada e diversas teorias absurdas se formaram durante o dia, até uma funcionária muito sugestionável a maldade se convencer loucamente que a chefe estava com raiva dela e a demitiria naquele dia.
A Gerente passou o dia na sala dela em conferências e não falou com ninguém. Isso foi suficiente para uma série de confusões e fofocas maldosas se instalarem.
Apenas um funcionário desequilibrado e medroso, abriu o ambiente para Obsessores que já encontraram outros com vibrações baixas e instalaram um clima de terror na empresa.
Observei que as teorias descabidas corriam solto a respeito da cara fechada da Gerente, mas em nenhum momento ninguém pensou que ela poderia estar com um problema só dela e que não queria compartilhar com ninguém naquele momento.
A funcionária sugestionável acabou passando mal o dia todo achando que ia ser demitida, pois o fofoqueiro não gostava dela e se aproveitou para torturá-la e criar um clima desfavorável.
Outros acabaram achando que haveria uma grande corte de despesas e mais funcionários seriam demitidos.
A Gerente acabou saindo mais cedo para ir ao dentista, estava realmente passando mal e percebi que o rosto até estava um pouco inchado.
Os funcionários não perceberam esse detalhe, pois estavam ocupados de mais com a teoria de demissões.
Fiquei alguns dias nessa empresa, pois eu iria ministrar um treinamento.
Tive a oportunidade de observar que no dia seguinte a Gerente chegou e já estava bem, havia sido medicada e chegou cumprimentando a todos normalmente.
Observei que o fofoqueiro mestre foi ao encontro dela ansioso para saber o que havia acontecido no dia anterior.
Fiquei impressionada ao observar a decepção no rosto dele ao saber que ninguém seria demitido, nada de ruim iria acontecer, a chefe apenas tinha tido uma forte dor de dente.
A funcionária sugestionável acabou faltando naquele dia, havia passado mal de tanto medo e nervoso por causa das fofocas.
Fique atento, muitas vezes sentimos medos sem fundamentos, odiamos pessoas por ouvirmos falar coisas a respeito delas e não paramos para ver os factos como eles realmente são.
Passar a fofoca adiante, ficar na plateia assistindo os outros se prejudicarem e sentir prazer ao ver a loucura alheia também é um comportamento tóxico.
Se você simplesmente não quer se meter, afaste-se, não seja lenha da fogueira de ninguém!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 02, 2021 7:46 pm

7 – VER VULTOS, OUVIR BARULHOS ESTRANHOS EM CASA, SENTIR ANGÚSTIAS E PENSAMENTOS NEGATIVOS QUE VEM DE REPENTE.
Nem todos os alertas que recebemos são nossa intuição.
Nossa intuição nos defende de situações de perigo ou nos levam a situações positivas.
Se você está com uma série de problemas na sua vida, sem dinheiro para nada, lar conturbado, problemas de saúde, sua intuição provavelmente nem está funcionando.
Ver vultos, ouvir vozes que ninguém mais ouve e receber alertas exagerados de mágoa e raiva sobre determinadas pessoas é sinal de obsessão.
Sua intuição não vai te dizer para ir saber se a pessoa que te magoou está falando mal de você para alguém.
Fique atento, faça orações e tratamento para desobsessão.

8 – Vício
Você nem quer comer mais um pedaço de pizza, mas está tão bom…
Passou um dia horrível no trabalho e sabe que sua cabeça não vai te deixar em paz se não tomar uma dose de Whisky para relaxar(e isso acontece no mínimo 4x por semana)…
Aquelas lembranças são dolorosas demais para aguentar de cara limpa…
Ou o prazer só vem com o uso de algumas substancias… entre outros pensamentos esses são alguns colocados por Obsessores para manter suas vítimas no vício.
Mas como o vício gera dependência e afecta o metabolismo do corpo, além de um Trabalho de Desobsessão é necessário um acompanhamento de especialistas para ajudar na cura.

9 – SUA VIDA MUDOU DE FORMA INEXPLICÁVEL APÓS A MORTE DE ALGUÉM.
Uma determinada pessoa da sua família ou próxima faleceu e sua vida logo depois começou a dar errado.
Uma série de pequenos azares e infortúnios começaram a aparecer de forma inexplicável.
Fique atento, orações para a alma do falecido são bem vindas nesse caso, entre outros procedimentos de Desobsessão.

10 – DOENÇAS RECORRENTES.
Infecções, pequenos procedimentos cirúrgicos, remédios que não fazem efeito, alergias, problemas respiratórios.
Enfim, hospitais e laboratórios são sua rotina.
Sentimentos de vitimismo e exigir que os outros compreendam e te ajudem também estão presentes nesses casos.
Alguns idosos costumam usar doenças para aprisionar a família toda em sua carência. Fique atento.

COMO ENXERGAR MELHOR OS SINTOMAS?
Fique atento a ideias torturantes a se fixar.
Quando sentimos forças interferindo no processo mental.
Quando se verifica a vontade sendo dominada.
Quando se experimenta inquietação constante.
Quando se sente desequilíbrio espiritual.

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS A LONGO PRAZO?
Desordens patológicas (doenças)
Loucura
Morte Física
O que você deve entender sobre Obsessão?
É um mal que existe, mas também tem solução.
Sim existe cura, sim existe saída, sim existe saúde, prosperidade, relacionamentos saudáveis.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 02, 2021 7:47 pm

FORMAS DE MUDAR A SITUAÇÃO.
Mudança de Padrão Vibratório, através de Bons Pensamentos, Palavras e Acções.
“Vigiar”, para não cair nas Mãos de Espíritos Malignos.
“Orar”, para ficar ligados ao Plano Maior.
“Evangelho no Lar, para colocar uma Corrente de Magnética de Protecção no Lar e para a Família.
Estudo das Verdades Eternas e das Leis Imutáveis do Pai Eterno.
Trabalho na Obra do Senhor, Ajudando o Próximo.
Você não deve ter Medo, culpa ou qualquer tipo de Desespero.
A saída é um pouco trabalhosa, mas pense que você merece ser Feliz e Viver Bem.
A Elevação de Pensamentos é infinitamente maior e mais forte do que a negatividade, uma vez que você aprende a se proteger, nada te impedirá de ter uma Vida Saudável e feliz.
Não participe de Boatos e Fofocas, perdoe sempre que possível, não julgue e não maltrate ninguém, pois essas atitudes abrem portas para energias tóxicas.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty ESPÍRITOS QUE NÃO REENCARNARÃO NA TERRA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 03, 2021 7:42 pm

NA CONDIÇÃO DE "PLANETAS DE REGENERAÇÃO", PERDENDO OPORTUNIDADE. SERÃO TRANSFERIDOS PARA "PLANETAS INFERIORES".
Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Génese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos Bons, Encarnados e Desencarnados, que só se dediquem ao Bem.
Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam:
a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso.
Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar.
Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração.
A actual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença:
uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar.
Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.
Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos.
Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava:
“Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”.
Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
A época actual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem.
Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.
As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos.
Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior.
Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Os homens aí vivem em paz...

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 04, 2021 6:08 pm

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

A suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da criação, que nenhuma linguagem humana seria capaz de descrever, que a imaginação mais fecunda não saberia conceber.
Allan Kardec – O Céu e o Inferno (Editora EME)

Estamos na Terra, mas não somos dela, somos viajores no tempo.
Caminhamos aqui para o aperfeiçoamento espiritual; a nossa meta não é uma disputa para chegarmos na frente, não, nossa vivência é pela resistência ao mal e pela prática do bem.
Felizes aqueles que conseguem trabalhar pela sua renovação moral e espiritual.
A nossa prova não é de velocidade, ela é de resistência na prática do amor, da vivência e da busca do conhecimento das verdades, entre elas o Espiritismo e seu exercício no dia a dia, como disse o Espírito de Verdade:
“Espíritas, amai-vos, este é o primeiro ensinamento; instruí-vos, este é o segundo”.
Isto significa a volta à origem da mensagem de Jesus, perseverar com a fraternidade até o fim da luta, produzindo a transformação de nós mesmos, ou seja, interiorizando estes valores:
“amar ao próximo como Ele nos amou”.
No livro O Céu e o Inferno, do pedagogo francês Allan Kardec, recordando o ensinamento de Jesus de que na casa do Pai existem várias moradas, ele afirma que:
“A reencarnação pode acontecer na Terra ou em outros mundos.
Entre os mundos, há uns mais avançados que outros...
Os corpos menos materiais, quase fluídicos, não são mais sujeitos às doenças, nem enfermidades, nem às mesmas necessidades.
Estando excluídos os Espíritos maus, os homens aí vivem em paz...”.
E ele apresenta essa afirmação alentadora de que nesses “mundos superiores reina a verdadeira fraternidade, pois neles não há o egoísmo.
Neles reina a verdadeira igualdade, porque não existe o orgulho.
Neles reina a verdadeira liberdade, porque não há desordens a reprimir, nem ambiciosos procurando oprimir o fraco.
Comparados à Terra, esses mundos são verdadeiros paraísos”.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty O que irei encontrar?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 05, 2021 7:26 pm

por Bruno Abreu

Têm passado pelo nosso planeta, Espíritos de grande sabedoria que nos deixaram o seu exemplo e as suas orientações, entre eles, Jesus Cristo.
Lemos os livros de trás para a frente e conhecemos as palavras da frente para trás, mas isso pouco tem servido à evolução moral da humanidade.
Continuamos a ter esperança na felicidade de uma vida futura, após o desencarne, que nos furta a lógica do agora e nos cega com o sonho do paraíso.
O que irei encontrar após o desencarne?
Segundo a doutrina espírita, o que temos na Terra, pois, é apenas uma continuação.
Quando me refiro ao que temos, não me refiro à matéria, como é óbvio, mas à constituição do ser, fora da matéria.
O outro lado é como um espelho da reencarnação.
Já se perguntou qual a sua constituição?
Esta forma de ver as coisas remete-nos ao que somos.
A humanidade tem construído, para além de todos os bens materiais e a evolução tecnológica, o ambiente moral que vivemos na Terra, a atmosfera psíquica e espiritual que compõe a energia circundante ao planeta.
Infelizmente, é uma atmosfera tóxica e destrutiva, à semelhança do que acontece no planeta.
Se olharmos de forma generalista, em relação à maioria dos habitantes, poderá, quem criou o caos no planeta, encontrar o “paraíso” após desencarne?
A atmosfera energética moral e envolvente da Terra é uma consequência natural da nossa forma de ser, tal como a energia de uma casa é o ambiente psíquico dos seus habitantes.
Esta ideia é clara no meio dos estudantes espíritas e de outras doutrinas que seguem a direcção do aprendizado de que somos nós que temos que “nos ajudar”.
Com isto, quero dizer que a “busca do Reino de Deus” é efectuada por cada um de nós, no sentido de fazermos crescer moralmente a humanidade.
A caminhada é individual, mas o sentido é em prol do geral.
Segundo esta lógica, encontraremos o paraíso no “céu” quando a Terra for um paraíso.
Alguns poderão afirmar que aqueles que evoluem poderão encontrar a paz e a felicidade após o desencarne.
A evolução é amor e compaixão.
Poderá um pai ou um irmão deixar os seus entes queridos no sofrimento e ser feliz?
Acredito que não, o que me leva a crer que quem evoluiu escolhe ficar por aqui para ajudar quem não o fez e deseja a paz, pois não a encontrou na Terra.
A orientação de Jesus, que nos leva a procurar em primeiro lugar o Reino de Deus, indica-nos uma caminhada interior de auto-descoberta.
Podemos imaginar que cada um de nós tem dentro de si “O Reino de Deus”, e a descoberta generalizada é a criação do paraíso na Terra.
Para o fazer, voltamos as vezes necessárias, através da reencarnação.
O que nos falta aprender para construir o Éden terreno?
A maioria das pessoas responderá que temos de ser melhores, o que parece lógico.
Temos que colocar a seguinte questão: por que não conseguimos ser melhores?
Quem é “pior”, ou seja, quem comete os actos errados?
Fácil responder de que somos nós próprios.
Então, podemos afirmar que:
1 – Cometemos os erros e todos os problemas que causamos no planeta.
2 – Chegamos à conclusão que temos de ser melhores.
3 – Voltamos a cometer os mesmos erros.
4 – Voltamos a concluir que temos de ser melhores… e assim por toda a existência humana, até hoje, e acredito que continuará no futuro.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 05, 2021 7:27 pm

Será que queremos mesmo ser melhores?
O que nos impede?
Recordem-se que os actos são nossos.
Bastaria abdicar dos actos; por que não conseguimos?
Por que são eles mais fortes do que nós?
O mais interessante é que nem pensamos nestas coisas, e esse é precisamente o problema.
A inconsciência com que vivemos e a enorme força com que ficamos apegados a esta forma de viver.
O caminho é o simples conselho de Jesus: uma vigia constante.
Um dos ensinamentos mais conhecidos do Mestre da vida é a passagem que João nos traz em 8:32.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Responderam-lhe:
Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.”
Se eu sou servo, quem é o meu senhor?
Os nossos desejos, parte constituinte e serviçal do Ego terreno, um bocado de nós torna-se o nosso senhor sem que nos apercebamos.
Quando o impulso é mais forte, anula a consciência e leva-nos a uma acção dirigida pelo objectivo de um retorno imediato.
Este hipnotismo é tão forte que dura reencarnações inteiras, perdendo a sua força com a evolução espiritual e a conquista do livre-arbítrio.
Esta ainda é uma realidade para a maioria das pessoas, no entanto, acreditam que detêm o livre-arbítrio, passando-lhes despercebido que são dirigidos por quem os cega, imaginando que é uma escolha própria.
Na fase de compreendermos que somos dirigidos, nasce a oportunidade de dirigir.
Cabe-nos escolher a quem damos força, ao escravizador ou à consciência pura, mas para termos este direito é necessário vigiar, como o Mestre alertou.
Pergunte-se a si próprio, quem tem dirigido a sua vida terrena.
Não aceite uma simples palavra mental como resposta, tire a regra dos nove.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Integridade psíquica

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 06, 2021 7:14 pm

por Derni Oliveira

Precisamos cuidar melhor da nossa integridade psíquica.
Para muitos que não estudam a Doutrina Espírita mais atentamente, muitas vezes os médiuns parecem estar fraudando, ou seja, não estão sendo verdadeiros nem consigo mesmos nem com os outros.
Ou, quando não são uma fraude (no caso quando não é possível comprovar o carácter irreprochável da conduta do médium), muitos acreditam que provavelmente os mesmos estariam passando por algum tipo de problema de ordem psicótica.
Do ponto de vista da psicologia não transpessoal, segundo Carl Jung indagou em sua tese de Medicina de 1902, intitulada “Sobre a Psicologia e a Patologia do Suposto Fenómeno Oculto”, os médiuns seriam “vítimas” de um estado egoico extremamente lábil?
Isto é, nas palavras de outro não menos renomado psiquiatra, James Hollis (autor do excelente livro “Assombrações”), qualquer pessoa durante um transe auto-induzido (mas também ocorre quando se está “fatigado ou estressado”), teria “partes dissociadas de sua psique” exercendo “um quinhão de autonomia e expressão”.
Ou, da mesma forma, “em momentos de stress e consciência alterada”, pode-se “dizer coisas que nos provocariam arrependimento ou repúdio” posteriormente, pois “aspectos dissociados de nós mesmos podem factualmente emergir de nossas bocas”.
Argumentos à parte, não é de bom alvitre para um artigo com breves linhas esmiuçar os diversos experimentos executados tanto no campo do animismo quanto no campo da mediunidade.
Entre muitos, a título de consulta (ou de pesquisa), poderíamos citar, desde “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, “Animismo e Mediunidade”, de Alexandre Aksakof, “Hipnotismo e Mediunidade”, de César Lombroso, “Channeling”, de Jon Klimo, a “Condomínio Espiritual”, de Hermínio Correa de Miranda - que não ficaríamos devendo absolutamente em nada ao leitor prudente.
Não resta dúvida que, no campo anímico, toda a carga de energias mal resolvidas, desta ou de outra vida, tende a se manifestar enquanto “fantasmas de nós mesmos que nos assombram”.
Mas quando se trata de energias associadas, quero dizer, quando ocorre o contacto com Espíritos desencarnados, os complexos que se potencializam passam a tomar vultos enormes, por assim dizer, traumáticos nos casos quando se processa a subjugação.
Complexos anímicos e complexos mediúnicos são uma realidade que a ciência mecanicista não consegue separar, já que não somos ao pé da letra um único organismo, tal e qual como se robô fôssemos, sem uma existência anterior, e sem muito menos uma existência posterior, ou seja, imortal.
Noutras palavras, existem muitas coisas que alguns teóricos materialistas não explicam, como, por exemplo, o surgimento do altruísmo no ser humano: seriam apenas heranças genéticas herdadas arcaicamente de nossos ancestrais?
Espero, então, ter contribuído no incentivo à leitura com estas notas de rodapés que fizemos sobre temas intrigantes, pois, como muito bem diz Jung:
“Todo mundo sabe que nós temos complexos.
O que poucos sabem, entretanto, é que os complexos podem nos ter…”.
Ou, como se costuma dizer na psicologia, é bom lembrar que, ter consciência do complexo somente ao nível da racionalização, em nada vai alterar sua danosa extensão em nosso campo mental.
Fica, portanto, este alerta para nós médiuns: cuidarmos melhor da nossa integridade psíquica, tanto quanto da nossa reforma interior.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Ressurreição do Espírito ou simplesmente Reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 07, 2021 7:37 pm

por Hugo Alvarenga Novaes

Muitos espíritas famosos defendem a tese da RESSURREIÇÃO DO ESPÍRITO, ou seja, que esta seria o mesmo que dizer REENCARNAÇÃO.
Ora! A nosso ver “não existe” o chamado primeiro termo narrado acima, o que aprendemos e “afirmamos com toda a certeza do mundo” é que apenas encontramos o segundo.
Certamente esses indivíduos cresceram e tiveram, até em parte da sua vida adulta, ligados a religiões não reencarnacionistas, para só depois da madureza se converterem ao Kardecismo.
Esquecem ou simplesmente passam por cima do magistral ensinamento que Kardec nos dá a esse respeito quando fala:
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição.
Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso.
As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo.
Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o facto poderia dar-se.
Designavam pelo termo ressurreição, o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.
Se, portanto, segundo a crença deles, João Baptista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos.
João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.[1]
Se essas pessoas, profitentes incautos da Doutrina Espírita que são, fossem mais atentas, já teriam visto na obra inaugural da Codificação Kardeciana, as duas questões seguintes escritas pelo Espírito São Luís:
1010. O dogma da ressurreição da carne será a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos?
“Como quereríeis que fosse de outro modo?
Conforme sucede com tantas outras, estas palavras só parecem despropositadas, no entender de algumas pessoas, porque as tomam ao pé da letra.
Levam, por isso, à incredulidade.
Dai-lhes uma interpretação lógica e os que chamais livres pensadores as admitirão sem dificuldades, precisamente pela razão de que reflectem.
Porque, não vos enganeis, esses livres pensadores o que mais pedem e desejam é crer.
Têm, como os outros, ou, talvez, mais que os outros, a sede do futuro, mas não podem admitir o que a ciência desmente.
A doutrina da pluralidade das existências é consentânea com a justiça de Deus; só ela explica o que, sem ela, é inexplicável.
Como havíeis de pretender que o seu princípio não estivesse na própria religião?”2
Assim, pelo dogma da ressurreição da carne, a própria Igreja ensina a doutrina da reencarnação?
“É evidente, demais essa doutrina decorre de muitas coisas que têm passado despercebidas e que dentro em pouco se compreenderão neste sentido.
Reconhecer-se-á em breve que o Espiritismo ressalta a cada passo do texto mesmo das Escrituras sagradas.
Os Espíritos, portanto, não vêm subverter a religião, como alguns o pretendem.
Vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis.
Como, porém, são chegados os tempos de não mais empregarem linguagem figurada, eles se exprimem sem alegorias e dão às coisas sentido claro e preciso, que não possa estar sujeito a qualquer interpretação falsa.
Eis por que, daqui a algum tempo, muito maior será do que é hoje o número de pessoas sinceramente religiosas e crentes.”[2]
SÃO LUÍS[3]
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 07, 2021 7:38 pm

Para corroborar as duas questões propostas acima, Allan Kardec nos dá um esclarecedor comentário a seguir:
Efectivamente, a Ciência demonstra a impossibilidade da ressurreição, segundo a ideia vulgar.
Se os despojos do corpo humano se conservassem homogéneos, embora dispersos e reduzidos a pó, ainda se conceberia que pudessem reunir-se em dado momento.
As coisas, porém, não se passam assim.
O corpo é formado de elementos diversos: o oxigénio, hidrogénio, azoto, carbono, etc.
Pela decomposição, esses elementos se dispersam, mas para servir à formação de novos corpos, de tal sorte que uma mesma molécula, de carbono, por exemplo, terá entrado na composição de muitos milhares de corpos diferentes (falamos unicamente dos corpos humanos, sem ter em conta os dos animais); que um indivíduo tem talvez em seu corpo moléculas que já pertenceram a homens das primitivas idades do mundo; que essas mesmas moléculas orgânicas que absorveis nos alimentos provêm, possivelmente, do corpo de tal outro indivíduo que conhecestes e assim por diante.
Existindo em quantidade definida a matéria e sendo indefinidas as suas combinações, como poderia cada um daqueles corpos reconstituir-se com os mesmos elementos?
Há aí impossibilidade material.
Racionalmente, pois, não se pode admitir a ressurreição da carne, senão como uma figura simbólica do fenómeno da reencarnação.
E, então, nada mais há que aberre da razão, que esteja em contradição com os dados da Ciência.
É exacto que, segundo o dogma, essa ressurreição só no fim dos tempos se dará, ao passo que, segundo a doutrina Espírita, ocorre todos os dias.
Mas, nesse quadro do julgamento final, não haverá uma grande e bela imagem a ocultar, sob o véu da alegoria, uma dessas verdades imutáveis, em presença das quais deixará de haver cépticos, desde que lhes seja restituída a verdadeira significação?
Dignem-se de meditar a teoria espírita sobre o futuro das almas e sobre a sorte que lhes cabe, por efeito das diferentes provas que lhes cumpre sofrer, e verão que, excepção feita da simultaneidade, o juízo que as condena ou absolve não é uma ficção, como pensam os incrédulos.
Notemos mais que aquela teoria é a consequência natural da pluralidade dos mundos, hoje perfeitamente admitida, enquanto que, segundo a doutrina do juízo final, a Terra passa por ser o único mundo habitado.[4]
Ainda no primeiro parágrafo do referido e elucidativo comentário Kardeciano que acabamos de ver, não podemos deixar de lado as frases:
"Efectivamente, a Ciência demonstra a impossibilidade da ressurreição, segundo a ideia vulgar".
E fala mais:
[...] "Há aí impossibilidade material.
Racionalmente, pois, não se pode admitir a ressurreição da carne, senão como uma figura simbólica do fenómeno da reencarnação".
Sinto, sinto muito nós ainda contarmos em nossas fileiras, com os chamados “Espiritólicos” (Espíritas e Católicos) ou “Espiritantes” (Espíritas e Protestantes).

Obs.: Aqui não vai nenhum comentário pejorativo a essas religiões citadas.
Uma certeza tenho: “com o tempo e consequentemente com a reencarnação, todos, absolutamente todos, serão Espíritas por inteiro”.

[1] ESE, (PDF), FEB, 112ª. Ed. Cap. 4, it. 4.
[2] LE (PDF), FEB, 76ª. Ed., q. 1010-1011.
[3] Protector da Sociedade Espírita de Paris.
[4] Comentário de Allan Kardec após as questões 1.010 e 1.011.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Evolução, racismo, bullying, ideologia e mídia

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 08, 2021 6:41 pm

por José Reis Chaves

Quem estuda linguística ou mesmo só etimologia, sabe que há uma grande diferença entre o significado de um substantivo e de um adjectivo.
Substantivo designa um ser.
Já o adjectivo dá apenas uma qualidade ao ser propriamente dito.
O que importa mais é, pois, o substantivo.
O adjectivo lhe dá somente uma ideia secundária, por exemplo, de medida, de cor, porém, o substantivo, quando se trata de um ser vivo, ele designa a sua espécie.
Exemplos: a espécie humana e a espécie bovina.
São espécies diferentes.
Quando eu era escolar do antigo primário, entre os meus sete e doze anos, em Lafaiete (MG), quase todos os alunos tinham apelidos.
E era dito que a gente, não se incomodando com o apelido, ele não ia em frente.
E a maioria não se incomodava mesmo com os apelidos, que acabavam realmente desaparecendo, salvo raras excepções.
Por que será que muitos se incomodam hoje tanto com apelidos nas escolas?
Seria por exagero da mídia nas suas abordagens sobre eles?
Foi até criado o nome de bullying para eles!
E até parece que, nisso, em vez de evoluirmos, andamos para trás, criando um mal que, antes, não existia!
E, quanto ao racismo, mais frequente entre os jogadores de futebol, criou-se uma grande confusão.
E seria também por culpa da mídia?
No Brasil, o racismo é, geralmente, fruto de um desentendimento momentâneo, sem ódio premeditado.
Nos Estados Unidos, ele é frequentemente com ódio, pois ainda recebe influência da Guerra Civil Americana de Secessão.
E tanto o do Brasil como o dos Estados Unidos são também envenenados pela mídia, e, às vezes, por questões ideológicas.
O Presidente Trump dos Estados Unidos perdeu a sua reeleição, em parte, por causa das manifestações contra o racismo e a direita.
E alguns veículos da mídia brasileira parecem que querem fazer, também do racismo brasileiro, que, como vimos, é muito diferente do americano, um meio político ideológico para prejudicar o Presidente do Brasil.
Dissemos que o substantivo é diferente do adjectivo.
Com isso, queremos dizer que todas as pessoas negras, brancas e amarelas etc. pertencem ao substantivo que designa a ‘espécie humana’.
Todas as pessoas têm, pois, qualquer que seja a sua raça ou cor, a certeza absoluta de que são seres da ‘espécie humana’ e de que a sua cor é apenas uma questão secundária, adjectiva, que não as descaracteriza como seres humanos da nossa espécie.
Então, se alguém nos chama de branquelo, negrão ou amarelão, por que nós nos preocuparmos tanto com esses adjectivos?
Por acaso, quando somos criticados ou xingados com o uso deles, nós deixamos de pertencer ao substantivo da nossa superior ‘espécie humana’?

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty A propósito das bênçãos de Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 09, 2021 7:24 pm

por Leda Maria Flaborea

Muitas vezes, em determinados dias da nossa existência terrena, e algumas vezes todos os dias, nos queixamos e nos revoltamos ante as dificuldades que nos surgem e que somos obrigados a enfrentar. Lamentamos nossa sorte – gostaríamos de realizar todos os nossos desejos e caprichos – porque nos achamos injustiçados diante da Justiça Divina.
Temos a sensação de que merecemos muito mais do que recebemos, independentemente das nossas atitudes, e por isso nos revoltamos, pois acreditamos ser melhores do que os outros; aguardamos ter mais privilégios e direitos que os outros, devido à nossa posição social, o nosso nome ilustre, a nossa fortuna e até mesmo, muito comum hoje em dia, a nossa beleza física.
Quase não conseguimos enxergar um milímetro que seja além da nossa visão moral estreita, por causa do nível evolutivo em que nos encontramos.
Ainda presos às paixões terrenas, sequer nos damos conta de que temos uma vida espiritual que precisa e deve ser cuidada com o mesmo zelo que dedicamos à nossa vida material.
Se cuidássemos dessa vida que vai muito além da pequenez dos nossos sentidos físicos, certamente não teríamos um décimo das aflições que hoje nos consomem a existência, e que nos adoecem tantas vezes.
Se cuidamos da higiene do corpo, da casa, daquilo que ingerimos, por que não cuidamos da nossa higiene mental?
Por que permitimos que pensamentos inferiores, doentios, saiam de nossas mentes?
Por qual razão permanecemos desatentos com aquilo que entra em nossas mentes, através dos nossos olhos, ouvidos, de todos os sentidos, enfim?
Por tudo isso é que o Pai nos envia, sempre, sinais de que é chegado o momento da nossa renovação.
É chegado o momento em que a necessidade da transformação interior deve ser conscientizada em nós, para que a mudança aconteça dentro de nós.
Sem esse primeiro passo fica mais difícil iniciarmos a tarefa de elevação e aprimoramento.
É bem verdade que ela ocorrerá, queiramos ou não, de forma bem mais dolorida, mas, se colocarmos à nossa disposição a vontade firme a serviço dessa tarefa, tudo será mais fácil.
Por esse motivo é que a generosidade de Deus está presente nas concessões, nas oportunidades que nos oferece, por toda parte, com igualdade a todas as suas criaturas, a fim de que percebamos que enquanto o homem “raciona a distribuição deste ou daquele recurso, Deus não altera suas leis de abundância”.¹
Observemos ao nosso redor:
O Sol magnífico, nutrindo a vida, espalha-se em todas as direcções; o ar puro e sem medida é celeiro de bênçãos divinas e, alimentando nosso corpo, faz a vida continuar em nós...
A fonte que se dá sem reservas, engrossando rios, mares, levando a vida à terra sedente que recebe carinhosamente a semente que dorme...
Tudo doado a todos, infinitamente, igualmente repartido...
Se a bondade divina nos concede tantas graças no campo material, também assim acontece no reino do Espírito.
Tudo está aí, à nossa disposição:
“os tesouros da Ciência, as alegrias da compreensão humana, as glórias da arte e as luzes da sublimação interior” ¹, acessíveis que são a todas as criaturas.
Entretanto, do rio das graças da vida, cada alma retira a porção de riqueza que consegue perceber e carregar, para utilizá-la proveitosamente.
Por essa razão, o Pai nos chama à renovação: para aprendermos a estudar, observar, trabalhar e a renovar-nos, ajudando a nós mesmos através da ajuda ao outro.
Emmanuel recorda-nos que “Deus a ninguém dá seus dons por medida, contudo, cada alma traz consigo a medida que instalou no próprio íntimo para a recepção dos dons de Deus”. ¹
Mas, que rio de graças é esse de que nos fala o querido instrutor espiritual?
Observemos nas nossas próprias vidas, a presença dessas graças: acreditamo-nos frágeis e recorremos a Deus para suprir nossas energias, e Ele as supre.
Quantas vezes, desanimados e sem forças para continuar a luta redentora, nos aprontamos para a deserção, para a fuga, e algo acontece – um facto ou a palavra de alguém, não importa – que nos coloca em movimento, fazendo com que nos sintamos mais fortalecidos, mais esperançosos, porque renovados em nossas forças.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 09, 2021 7:24 pm

Prestemos atenção na maneira como o Pai age com suas criaturas: usa o próprio homem para ajudar os homens.
Silenciosamente. Sem alardes.
E quase sempre aguardamos grandes manifestações divinas vindo em nosso socorro.
Temos, às vezes, atitudes infantis diante da sabedoria divina, quando éramos crianças e acreditávamos que o brinquedo maior, o mais enfeitado e o mais barulhento, era o melhor.
Hoje, mais amadurecidos na idade, deveríamos já ter compreendido que a utilidade não está subordinada ao tamanho, à beleza ou a qualquer outra característica que chame a atenção dos nossos sentidos.
Reconheçamos nossas próprias limitações e Deus nos conferirá o crescimento, e isso é certo, queiramos ou não crescer.
Alguns o farão de forma mais rápida, outros mais lentamente, mas sempre cresceremos, porque é da lei de Progresso que assim seja.
Outras vezes declaramo-nos pobres e, no entanto, temos à nossa disposição as riquezas infinitas do Pai.
Aquilo que não conseguimos obter não é porque nos falte o recurso, mas porque não conseguimos vê-lo ao nosso redor.
Todavia, precisamos entender que o processo para assimilação desses recursos será sempre o serviço prestado aos outros.
Sob esse aspecto, não podemos, portanto, alegar inaptidão, fraqueza, desalento ou penúria para fugirmos da tarefa que nos cabe na construção do edifício do bem.
Mais trabalho, mais entendimento, melhor captação dos recursos divinos à nossa disposição representam a chave para abrir as comportas desse manancial de luz.
Queixas contínuas, lamentações descabidas, tristezas sem motivos reais, intolerância, maledicência são portas fechadas para o processo de assimilação desses benefícios.
Assim, em cada momento que pudermos dedicar ao companheiro necessitado de uma palavra de reconforto, de optimismo, necessária ao fortalecimento para continuar suas lutas, Deus nos abençoa.
Pelo gesto de silêncio, com a palavra não dita, pela prece silenciosa com a qual podemos amparar e sustentar o equilíbrio de todos que nos cercam, seja em nosso lar, no nosso trabalho, na casa de oração que nos serve de abrigo espiritual, seja nos trabalhos de assistência que realizamos em benefício de tantos, Deus nos abençoa.
Quando com caridade temos a oportunidade de usar palavras esclarecedoras, assegurando o entendimento fraterno, aliviando corações mergulhados em sentimentos dolorosos de culpas e arrependimentos por actos impensados, fortalecendo almas enfraquecidas pela desesperança e falta de fé, Deus nos abençoa.
Pela migalha de tempo ou de socorro que dispensamos no apoio àqueles que nada têm e que de tudo carecem, onde essa migalha pode ser a diferença entre a vida e a morte, onde muitas vezes será a única ajuda que receberão, mas que poderá mantê-los lutando por mais alguns dias, Deus nos abençoa.
Pela atitude de tolerância e serenidade que pudermos manter frente à incompreensão que nos rodeia a existência, e que nos convida a testemunharmos nossa fé e nossa disposição de praticar o ensinamento evangélico do “amar ao próximo como a ti mesmo”, Deus nos abençoa.
Diante desse convite à renovação e ao aprimoramento, ficamos pensando: mas, se não somos capazes de realizar nem um milésimo de tudo isso, como pode Deus nos abençoar?
Sem dúvida alguma, convivemos com almas heróicas, abençoadas por Deus, capazes de renunciarem a si próprias e de sacrificarem a felicidade pessoal em benefício da felicidade alheia.
Mas, se Deus abençoa esses rios de almas que são capazes de garantir as searas do campo, na expressão de Emmanuel, pelo imenso desprendimento que demonstram, pela fé inabalável em Deus e na Sua Justiça, também é verdade que Ele “abençoa cada gota de orvalho que ameniza a sede da rosa”.
Erros e acertos marcaram nossa estrada até ontem.
Hoje, entretanto, é momento de nos voltarmos para Deus, com sinceridade em nossos corações “refazendo a esperança e suportando sem mágoas as acusações do caminho”.
É natural termos sempre alguém nos censurando.
Mas, ouçamos com paciência.
Se existe bom senso na advertência, aproveitemos o conselho para que possamos crescer mais um pouco; se a crítica for injusta, conservemos a tranquilidade, na certeza de que temos a consciência pura por estarmos fazendo o melhor que podemos.
Em qualquer dificuldade que venhamos a enfrentar, apoiemo-nos na confiança em Deus, “trabalhando e servindo com alegria, na certeza invariável de que Deus” nos abençoa e nos vê.

Bibliografia:
XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, ditado pelo Espírito Emmanuel – 20ª edição – Editora CEC – Uberaba/MG – lições 02 e 180.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Desfalque expressivo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 10, 2021 8:02 pm

por Orson Peter Carrara

Há um grave desfalque na análise que se faz de assunto que sempre volta à mídia.
Discussões infindáveis se estabelecem, muitas vezes sem acordo, com argumentos que se apresentam favoráveis e contrários, embasados todos em inúmeras razões.
O que ocorre é que um detalhe fundamental muda todo o panorama para análise do tema.
E convidamos o leitor para considerar esse fundamental aspecto no contexto do assunto, especialmente os que são fervorosos na defesa do aborto.
O tema, novamente em evidência, é o aborto, e o detalhe é que o desconhecimento da realidade espiritual – ou seja, a vida tem variadas manifestações, muito além de nossa limitada visão material.
A vida não se resume às décadas que aqui vivemos.
No feto, portanto, há vida desde a concepção e ali habita um Espírito imortal, que retorna para experiências de aprendizado.
Uma vez concebido, o feto já não é propriedade de ninguém, nem dos pais, médicos ou parteiras, e adquire imediatamente o direito de viver, ainda que rejeitado pelos sentimentos ou circunstâncias de sua concepção.
Antes, pois, dos brados em favor do crime do aborto, há que se considerar o Espírito imortal ali habitando no corpo que se pretende exterminar. Se não é desejado, é melhor doar que matar.
O desconhecimento desse fundamental detalhe, é a grande causa dessa onda dispensável de agressividade.
A expressão muito clara independente de crença, que conclama-nos pensar, surgiu do capítulo “Os abortistas, onde estarão?”, constante do livro O Silêncio Quebrado, do amigo Humberto Vasconcelos, de Recife-PE.

A vida é muito valiosa para ser agredida ou desconsiderada.
A ela, devemos gratidão e cuidados.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Afinal, em qual estágio evolutivo nos encontramos?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 11, 2021 7:48 pm

por Yé Gonçalves

Sabemos que estamos nesta oficina Terra (que também é hospital e escola), ora encarnados ora desencarnados, a fim de buscar o nosso melhoramento moral e a nossa consequente evolução espiritual.
Sabemos, também, que estamos de passagem neste planeta, onde cada qual tem a sua missão e compreensão diversa da realidade, ou seja, cada qual enxerga a vida de acordo com o seu grau de conhecimento, conquistado ao longo de tantas e tantas encarnações.
Sabemos ainda que este planeta é de provas e de expiações, onde Espíritos, ao reencarnarem, escolhem as suas provas, enquanto muitos, em razão da lei de causa e efeito, aqui se encontram por expiações, isto é, pagando o “carnê espiritual” pelas consequências do mau uso do livre-arbítrio ou pelas escolhas equivocadas.
Sabemos, inclusive, que estamos neste planeta em busca da felicidade possível de se ter neste mundo (questão 920 e seguintes de O Livro dos Espíritos), onde um mesmo motivo é felicidade para uns e infelicidade para outros; onde uma mesma tarefa é prazerosa para uns e entediante para outros; onde um mesmo lugar é paraíso para uns e inferno para outros; onde tudo é relativo, e por aí se vai.
Ou seja: estamos em um mundo de diversidades e de adversidades, onde, todo o tempo, nos encontramos entre as escolhas, atraindo e repulsando companhias espirituais de acordo com o que pensamos, com o que nos sintonizamos.
Em um mundo cheio de atractivos para fazermos em nós a tão necessária reforma íntima; onde podemos aproveitar o ensejo da nossa jornada para curar as nossas enfermidades, começando pela educação do pensamento para o bem; onde temos, a todo instante, oportunidades de aprendizado, principalmente no campo moral, isto é, aprendendo com os erros alheios e com os próprios erros, com os acertos dos outros e com os próprios acertos, inclusive como se diz no dito popular: “quebrando a cara” nas confusões que arrumamos para nós mesmos, na lida do quotidiano, e reparando os próprios erros.
Agora, um detalhe importantíssimo é que muitos de nós nos perguntamos e nos questionamos: em que estágio nos encontramos nesta caminhada evolutiva?
Podemos encontrar a resposta nos exercícios de reforma íntima, quando deparamos com nós mesmos, diante do próprio espelho, ou seja, o da consciência, cada qual consigo mesmo, na busca do auto-conhecimento, questionando cada qual a si próprio sobre o que ainda pensamos e aceitamos; se ainda estamos ligados ao mal; apegados às pessoas, aos animais, aos bens materiais etc.; ou se estamos “em cima do muro”, isto é, não fazendo nem o bem nem o mal, e achamos que assim está tudo bem; ou se estamos envolvidos com os bons pensamentos e com as boas acções; se buscamos fazer ao outro somente aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem; se cuidamos da própria vida, sem nos incomodarmos com a dos outros; se a ideia da fofoca ou da maledicência passa longe das nossas intenções etc...
Então, a partir desses exercícios podemos ter uma ideia a qual estágio evolutivo nos sintonizamos e em qual estágio evolutivo nos encontramos.

Observação: Vide capítulo I, questões de 96 a 99, de O Livro dos Espíritos (Diferentes ordens de Espíritos); questão n.º 100 (Escala Espírita); de 101 a 106 (Terceira ordem. – Espíritos imperfeitos); de 107 a 111 (Segunda ordem. – Bons Espíritos); de 112 e 113 (Primeira ordem. – Espíritos puros).

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Crianças espirituais

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 12, 2021 7:28 pm

por Altamirando Carneiro

Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. (João, 10:9)

Nesta maneira simbólica de se apresentar, Jesus quis dizer que Ele é a passagem para algo maior, ou seja, o reino de Deus.
O ato de atravessarmos uma porta significa que antes a elegemos como alvo a ser atingido e direccionando a nossa vontade, caminhando sem desvios em sua direcção, por ela adentraremos.
Assim acontece com a nossa evolução espiritual.
Temos Jesus como guia, porém, para atingirmos o ambiente maior, o reino de Deus, ao qual estamos destinados, faz-se mister o nosso esforço, para que, com caminhada segura ao longo dos tempos, possamos cruzar a porta do nosso destino.
Na condição de Bom Pastor, tange-nos Jesus desde tempos imemoriais, na direcção da conquista de nós mesmos.
Orientando-nos os passos, tira-nos hoje do reino dos instintos para nos conduzir ao imenso reino dos sentimentos.
Pede-nos que aprendamos amar sem condicionar, a fim de que a síntese de todos os sentimentos, o Amor, possa crescer em nosso coração e dar os suculentos frutos que só ele pode produzir.
Ele conhece a nossa condição de crianças espirituais, ainda ensaiando os primeiros passos fora do campo da animalidade e da barbárie e por isso se coloca na condição de Bom Pastor, apascentando ovelhas, para que entendamos que a evolução se processa pela mansuetude que este suave animal representa.
Sabendo que o erro nos vincula a dores futuras, pede que aprendamos a perdoar incondicionalmente.
Mostra-nos que a alma se sente mais gratificada quando perdoa, pois a sua consciência deixa de acusá-la.
Ensina que há encantos de inenarrável beleza quando se age através do amor, por ser esta a força a síntese de todo o equilíbrio da Obra Divina.
Encontra a alma, quando o exerce, intensa serenidade a lhe propiciar doce sentimento de paz.
Por ele, eleva-se ao encontro de seres radiosos e, em sintonia com eles, antecipa as sensações de felicidade que viverá no futuro, se persistir neste caminho.
Pelo amor, sente o homem a necessidade de ser útil e, esquecendo-se de seus próprios problemas, sai ao encontro do próximo, auxiliando-o no que possa, sem nada pedir em troca.
Serve apenas pela satisfação de servir, engrandecendo-se aos olhos de sua própria consciência.
Ao fim da jornada, encontra a porta que lhe permitirá a passagem para um mundo radioso e cheio de luz, onde as dores e as preocupações não existem e a felicidade se torna permanente.
Eis o destino dos que, aceitando os ensinamentos de Jesus, amam verdadeiramente.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty O horror à mudança de comportamento

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 13, 2021 7:27 pm

por Cláudio Bueno da Silva

Observa-se a dificuldade que muitas pessoas têm para cumprir os protocolos em relação à pandemia do Covid-19.
Se o fizeram no início da calamidade, com o passar dos meses foram perdendo a disciplina, e o que era medo virou afrontamento social, principalmente no Brasil, o que fez piorar a situação, já grave.
Pode-se dizer que uma parcela da população se lança à sorte (ou à morte), tentando demonstrar que “esse vírus” não é capaz de alterar indefinidamente a rotina da sua vida.
Os equívocos e mentiras circulantes são aceites sem nenhuma reflexão, o que torna quase impossível que esse enorme grupo se predisponha a acatar os conselhos da ciência e a dar uma mínima chance ao bom senso.
É certo que as tantas situações que permeiam o convívio entre as pessoas tornam difícil criar um modelo fixo de comportamento para todos.
Mas, convenhamos, coisas simples que não exigem, assim, tanto sacrifício de cada um, estão sendo sistematicamente desrespeitadas:
o uso de máscara protectora que causa nada além de um leve desconforto, o distanciamento preventivo nos contactos presenciais inevitáveis, as aglomerações que se formam para pretenso lazer e distracção, os ajuntamentos desnecessários e às vezes até provocativos, tudo isso poderia ser observado com um pouco mais de renúncia e paciência, inteligência e boa vontade.
Estamos falando de uma grave pandemia global, altamente transmissível, que mata, e se não mata pode deixar sequelas de longa duração.
Isso, no meu ponto de vista, deveria ser motivo suficiente para criar um forte movimento em defesa da vida.
Cada um colaborando com o que lhe fosse possível.
Mas infelizmente não tem sido assim.
Se cumprir algumas regras sociais e alguns cuidados sanitários, de relativo incómodo, se torna difícil para tanta gente – fazendo um paralelo comportamental –, o que dizer então das mudanças profundas e de grande esforço moral que o homem precisa fazer para o seu próprio bem?
Se há enorme dificuldade com o simples, o que se dará com o complexo?
Há um pensamento da escritora espírita espanhola, Amália Domingo Soler, que nos ajuda a reflectir sobre as dificuldades do homem em relação às mudanças.
Ela diz:
“O estudo do Espiritismo vem indubitavelmente destruir a paz de algumas existências que se deslizam na languidez”.
Esse pensamento traduz a inquietação, o incómodo e o medo que as mudanças provocam nas pessoas que não querem mudar.
A reacção contrária às mudanças é tão forte que buscar conhecimento novo e libertador pode representar uma tortura.
Estudar o Espiritismo, por exemplo, e ser convocado à transformação moral inevitável, é muito penoso para aquele que está satisfeito com a sua vida egoísta e medíocre.
É como se sentisse “sua paz” ameaçada.

Uma longa e pedregosa estrada aguarda a travessia do homem cínico, cheio de amargor e revolta.
A humanidade tem recebido tanta ajuda do Alto e, em vista disso, deveria ser, já, mais responsável e amorosa, mais grata e solidária.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty PANDEMIA - VALE A PENA VIVER (1)

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 14, 2021 7:24 pm

por José Lucas

Medo? Não, obrigado!
Mas o que é que a pandemia da COVID 19 tem a ver com a Doutrina Espírita (Espiritismo ou Doutrina dos Espíritos)?
Outra questão se pode colocar: como o Espiritismo vê a pandemia e a Sociedade mundial?
Embora tenhamos tido várias pandemias ao longo dos séculos, esta afigura-se com características fantásticas: nunca a Humanidade teve tantos recursos, tanto conhecimento, tantos meios para a combater, o que é um fato evidente, apesar do egoísmo que ainda impera na Humanidade.
Fala-se muito do medo da COVID 19, do medo continuadamente difundido pelos órgãos de comunicação social, e da necessidade de não ter medo.
Ora, o medo é uma sensação perfeitamente natural, intrínseca ao ser humano, se em doses equilibradas.
É normal, para que nos protejamos de perigos desnecessários, mas, quando exacerbado, pode levar ao pânico e paralisar a pessoa, ao nível do controle das emoções.
Com a doutrina espírita (que não é mais uma religião nem seita, mas, sim, uma filosofia de vida) foram demonstradas, à saciedade, a imortalidade do Espírito, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação e a lei de causa e efeito, bem como a assunção filosófica da existência de Deus e da pluralidade dos mundos habitados (esta ainda não comprovada cientificamente).
Sabemos que somos seres imortais, temporariamente num corpo carnal e que, depois desta vida, mudaremos apenas de plano existencial (o mundo espiritual, noutro estado vibracional), durante alguns anos, até que voltemos numa nova reencarnação, num novo corpo, com todo o nosso bojo psíquico adquirido até então.
Se não faz sentido violar as leis dos homens que regem a Sociedade, muito menos faz sentido violar as leis de Deus, nomeadamente com o suicídio, na esperança de fugir de uma realidade do quotidiano, em busca do nada.
O nada não existe, portanto, fugir da vida é opção sem fundamento lógico.
Está provado cientificamente (desde 1857, com Allan Kardec) que a vida continua num patamar vibratório diferente.
De um modo simplista, digamos que, na Terra, somos o cubo de gelo e, no mundo espiritual somos o vapor de água, isto em termos de consistência do corpo físico e do corpo espiritual.
Estando provado cientificamente que a vida continua.
O suicídio não tem qualquer eficácia.
Vale a pena viver…
Se sabemos que a vida continua, fará sentido ter medo da morte do corpo carnal?
Obviamente que não!
No entanto, faz todo o sentido ter responsabilidade, não correr riscos desnecessários, fazer a sua parte nas atitudes sociais, e ficar sereno perante aquilo que não está nas suas mãos mudar, mantendo uma atitude mental de confiança em si, nos cientistas, nas estruturas sociais e, essencialmente, em Deus e na espiritualidade superior que connosco convive e interage.
Esta confiança (estudada, pesquisada e confirmada) na imortalidade do Espírito faz com que lidemos com estas dificuldades pandémicas com mais serenidade, com mais aceitação activa, com maior ligação mental ao mundo espiritual, vendo com alegria, com ânimo, com esperança, o dia de amanhã, que sempre virá, estejamos nós neste ou noutro plano existencial.
Acima de tudo, tendo uma fé raciocinada, uma confiança em Deus, na vida, mantendo a luz da serenidade no nosso interior, fará com que estejamos sempre um pouco melhor, sendo dentro do corpo de carne ou fora dele, devido ao fenómeno biológico natural da morte do corpo físico.
Afinal, se a vida continua, “nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”, não faz sentido pensar em suicídio.
Se porventura isso já lhe passou pela cabeça, sinta-se normal, mas reaja de imediato, telefone a alguém, peça orientação a uma pessoa amiga, a um psicólogo, num centro espírita; sempre haverá um ombro amigo para o apoiar neste momento difícil, na certeza de que amanhã, quiçá, seremos nós mesmos a necessitar dessa ajuda interpessoal.
(Continua)

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty A luz e a escuridão

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 15, 2021 7:11 pm

por Luiz Guimarães Gomes de Sá

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:16)

Essas sábias palavras são estímulos para que busquemos constantemente a luz.
Sem ela, nada vemos no âmbito físico.
Mas esse despertar é muito mais profundo, já que requisita a visão do nosso verdadeiro mundo que é a do Espírito.
Para que o diamante espelhe o seu brilho, impõe-se-lhe a lapidação.
O Espírito, também imperfeito, necessita do esmeril para que venha reluzir a sua luz obscurecida com as nódoas existenciais da longa caminhada evolutiva.
Enquanto não atentarmos para essa necessidade, estaremos fadados a continuar com as dores e sofrimentos que nos fustigam.
As mudanças se fazem necessárias e quanto mais delongarmos esse processo de burilamento regido pela Lei Divina, mais sofrimentos teremos, visto que, enquanto não totalmente liberta a consciência, as cobranças acontecerão incessantemente.
Alcançando as virtudes latentes no Espírito, estaremos seguindo as palavras e o exemplo do Cristo.
Não esqueçamos de que Deus é o Criador Supremo e nós, na condição de filhos, somos co-criadores.
Em João 10:34, consta:
“Não está escrito na vossa lei:
Eu disse: Sois deuses?”.
Com essa assertiva fica evidente nossa imensa capacidade de realização.
Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) já dizia:
“Conhece-te a ti mesmo”.
Jesus com a sua sabedoria nos ensinou, segundo João 8.32:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
O conhecimento do nosso Eu nos trará as verdades adormecidas e quando reveladas pelo despertar da nossa consciência, levar-nos-á ao necessário ajuste para seguirmos o Caminho da Luz.
Encontramos no Livro Auto-descobrimento – Uma busca interior, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, 17ª Edição, pág. 158:
“A libertação do Eu profundo ocorre à medida que se desenfeixa dos desejos - raga (as paixões) do conceito budista -, a fim de alcançar a realização interior”.
Esse processo de transformação e renúncia dos velhos hábitos, onde o orgulho e o egoísmo predominam, leva-nos desconforto, já que estamos acostumados com atitudes que conflituam com a humildade e a caridade, virtudes basilares do ser Cristão.
Na obra Voltei, 1ª Edição – Editora FEB, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Irmão Jacob, item Novo Despertar, consta:
“Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e sê feliz, meu amigo!
A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao Bem Infinito”.
Precisamos mergulhar em nosso interior e expandir a luz que lá permanece ténue.
Estaremos assim consolidando a nossa condição de co-criadores da Obra de Deus, levando as verdades divinas para todos que connosco convivem.
Dessa forma a nossa candeia não permanecerá “debaixo do alqueire”.
(A escuridão nada mostra, é anónima, enquanto a luz, por ser a verdade, nada esconde.)

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty O aparelho

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 16, 2021 7:03 pm

por Marcus Vinícius de Azevedo Braga

Nicholas havia comprado um som novinho, modelo “Trend sound machine”.
Um espectáculo! Som límpido, toca mp3, fita k7 e até os velhos bolachões que ele ainda tinha em casa, das colecções de seu pai.
Nicholas, todo orgulhoso, ouvia em alto volume diariamente o seu novo mimo.
E a casa, de tabela, se embalava naquele som escolhido por Nicholas, e seus gostos pessoais.
Mas essa paixão não parou por aí.
No clube, na Universidade, nas festinhas ou na casa da namorada.
Lá estava Nicholas e o seu som inseparável.
Era a alegria da rapaziada. Todos se juntavam para curtir um sonzinho naquela máquina musical, como se fosse uma fogueira de outrora, e o som de Nicholas era requisitado para todos os eventos.
As pessoas, aos poucos, ficaram dependentes daquela traquitana. Iam à porta de Nicholas pedi-lo em empréstimo, e se ele chegava em um lugar desacompanhado (sem o som), mandavam-no de volta para buscar o aparelho.
Não existia mais o Nicholas sem o seu sonzaço.
Perdera a identidade o nosso protagonista para aquele aparelho tecnológico.
Essa singela historieta ilustra um pouco a nossa relação e do nosso entorno com a chamada mediunidade ostensiva.
Tratada como um grande barato, uma novidade, esta se sobrepõe à nossa identidade, para que o médium seja visto como um aparelho mediúnico apenas, e a sua identidade, sua dimensão humana, de falhas e necessidades, seja esquecida, diante de seu novo papel, prisioneiro das demandas de outros, como as pitonisas de outrora.
Essa reflexão nos faz pensar que a mediunidade, como faculdade, precisa de uma percepção mais aprofundada, que fuja da visão circense de pedir mais um fenómeno para alegrar o pessoal, ou ainda, da devoção santificadora, que vê no médium um emissário divino para atender os nossos caprichos.
Faz-se necessário que essa faculdade seja vista como algo natural, e que traz responsabilidades àquele que a possui, mas também aos que com ela convivem.
O processo de tratar o médium como se um medalhão fosse nos remete a paradigmas antigos, estranhos à visão espírita, nos quais buscamos gurus ou mestres que nos substituam nos difíceis processos da encarnação.
Claro, os Espíritos nos orientam sempre que possível, e não precisam de um “Trend sound machine”, podendo fazê-lo pelo sonho, pela intuição ou de formas mais subtis.
Pelo contrário, essa pressão por desempenho termina por ser uma porta para a obsessão e para o animismo, na busca do médium, envolto em grande expectativa de agradar o seu selecto público.
Certa vez conheci uma pessoa católica que conhecia do ambiente de trabalho um desses médiuns medalhões que temos por aí, e foi muito interessante ouvir dela um relato da pessoa “X” (o médium), como um excelente colega de trabalho, dado que para ela não fazia sentido aquela aura mágica que a mediunidade lhe conferia entre os espíritas.
Talvez nos falte olhar essas pessoas como pessoas normais que elas são, e não como aparelhos de última geração.
Se você é médium ostensivo, ou convive com um, busque normalizar as suas relações com este que já tem suas dificuldades naturais dessa percepção expandida, olhando para o Nicholas que é dono do som, primeiramente, para que o seu convívio não se torne um fardo para todos os envolvidos nessa relação.
Como diziam sabiamente os Espíritos, médium somos todos nós.
Como em todas as potencialidades, temos os que se destacam, mas todo esse poder também traz fardos provacionais.
E não seremos nós a complicar mais ainda isso.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 3 Empty Vontade e desejo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 17, 2021 8:25 pm

por Ricardo Baesso de Oliveira

Dialogava, certa feita, com um experiente expositor, hoje desencarnado, quando passamos a reflectir sobre nossas lutas íntimas – a complicada e dolorosa superação de hábitos inadequados.
Em certo momento, perguntei a ele:
- Mas, afinal, o que nos falta para acertarmos o passo?
Tanto já nos foi dito e mostrado e continuamos presos à retaguarda espiritual!
Todas as grandes tradições filosóficas e religiosas do passado – no Egipto, na Índia, na Grécia – apresentaram propostas de superação pessoal; Jesus mostrou, de forma simples e didáctica, como devemos agir em cada situação da vida; Kardec, como embaixador do Mundo maior, adequou todas essas ideias à mentalidade do homem moderno, mas nós persistimos no erro, continuamos fazendo escolhas menos felizes, ferindo corações amigos, desconsiderando o bem colectivo por excessivamente apegados ao bem pessoal!
O que nos falta, afinal?!
A sua resposta, dada em uma só palavra, surpreendeu-me pela precisão:
- O que nos falta é decisão!
Decisão para fazermos o que deve ser feito!
Esse pensamento nos remete ao item novecentos e nove de O Livro dos Espíritos, onde identificamos uma das afirmações mais contundentes da codificação:
Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações.
O que lhe falta é a vontade.
Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!
A palavra central no texto parece ser vontade, que, filosoficamente, difere de desejo.
Desejo evoca um querer projectado para o futuro, que não se concretiza, que espera um dia vir a acontecer.
Vamos encontrá-lo no fumante que deseja deixar de fumar, mas não o faz.
Vontade, por sua vez, evoca um querer que se fez, que aconteceu, que não é uma promessa, mas que já está se dando.
Se identifica com o indivíduo com excesso de peso que, fazendo valer sua vontade, perdeu dez quilos.
Deixar a dimensão do desejo e nos identificarmos com a vontade é fazer prevalecer a decisão, única ferramenta que pode nos habilitar a uma condição espiritual melhor.

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