LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS V

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Inveja dos jupiterianos!

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 25, 2021 8:09 pm

por Cláudio Bueno da Silva

– Não vai pegar bife, Marcinho?
Você precisa comer carne, filho!
Minha mãe me disse isso em tom enfático e todos na mesa olharam para mim.
Corei. Tínhamos visita de parentes e nessas ocasiões o almoço era solene, com a mesa longa, toda tomada.
Tentei resistir, afinal havia outras comidas para escolher, mas minha mãe quis dividir sua inconformação com os presentes, e insistiu:
“Como pode desprezar um bifinho macio assim?
Você está em fase de crescimento, Marcinho!"
Quase morri de vergonha.
Os olhares continuavam sobre mim e agora também os risos concordantes com o despropósito de mamãe.
Criou-se uma expectativa e eu, vencido, enquanto me predispunha a escolher o menor dos bifes, reparei que todos já se haviam servido e manuseavam habilmente facas e garfos.
Depois de respirar fundo, pus a carne no meu prato e foi como se alguém tivesse apertado um botão e despausado a conversa que estivera suspensa.
O falatório reiniciou de imediato e eu deixei de ser o foco das atenções.
Enquanto mastigava sem pressa, mentalmente ia desculpando mamãe que não fez por mal, pois ela sabia que eu não apreciava carne, embora às vezes comesse.
Sua preocupação bem possivelmente era com as “vitaminas” no meu corpo, e quis mostrar aos convivas que conhecia a importância disso.
O que talvez ainda não soubesse era que ultimamente se tornara difícil para mim deglutir aquilo que eu sabia ter sido esfolado de um animal morto.
Dar cabo daquele pedaço de carne foi uma das coisas mais tristes que enfrentei na infância.
Não sei se as falas de mamãe tiveram alguma influência no meu psicológico, facto é que comecei a sentir náuseas e lutei bravamente para que ninguém percebesse.
Acho que estava começando ali o meu processo de rejeição à carne animal, de que me orgulharia para sempre.
Mais tarde eu conheceria o Espiritismo, e a amplitude da sua filosofia me faria refletir sobre o assunto me deixando bastante satisfeito com aquela “decisão” madura da minha adolescência.
Allan Kardec e os Espíritos não trataram objetivamente da alimentação humana com carne animal.
Esse tema não fazia parte das preocupações da época, ainda ignorante das contribuições que a ciência mais tarde traria sobre a vida animal.
Hábitos e costumes precisando de renovação, o mundo de 1850 estava por se desenvolver económica e materialmente para a explosão demográfica que ocorreria no planeta.
Passado o tempo, sabemos hoje da importância decisiva que o reino animal tem na vida planetária, e atingimos a exaustão com a industrialização egoísta e impiedosa da Vida, de tudo.
O homem já não mata animais para prover à fome (se é que um dia o fez), e sim para ganhar muito dinheiro.
O Espiritismo tratou competentemente das questões morais profundas que envolvem toda a vida na Terra, e as acções dos homens para com os animais estão subentendidas perfeitamente em bases solidárias e de cumprimento às leis de Deus.
O Espírito Bernard Palissy, que diz habitar Júpiter, faz na Revista Espírita, abril de 1858, uma descrição sobre as condições gerais daquele planeta, em tudo superiores às da Terra:
o estado físico do globo, dos animais, o estado moral dos habitantes.
Sobre a questão proposta por Allan Kardec:
“Qual a base da alimentação dos habitantes?
É animal e vegetal como aqui?”, o Espírito Bernard Palissy revela:
“Puramente vegetal.
O homem é o protector dos animais”.
Nós da Terra agiremos assim, um dia.
Por enquanto, é quase impossível não sentir uma invejazinha dos jupiterianos!

Saiba mais em:
Allan Kardec, Revista Espírita, 1864, março, “Da perfeição dos seres criados”.
Allan Kardec, Revista Espírita, 1865, abril, “Destruição recíproca dos seres vivos”.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Família, o arcabouço concreto da paz social

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 26, 2021 7:41 pm

por Jorge Hessen

Os Benfeitores espirituais esclarecem que de todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.
A família reaviva em nós as sensações de segurança e aconchego, tal a importância do grupo familiar como estrutura capaz de nos sustentar nas lutas da vida.
Atualmente o distanciamento familiar tem sido definido como a perda de afecto que ocorre ao longo de anos ou mesmo décadas em uma família.
O divórcio contribui para a perda de relacionamentos familiares, especialmente com os pais.
O abandono de parentes com identidades marginalizadas também é um factor comum, como a rejeição familiar a minorias sexuais e de género, por exemplo.
Também é importante notar que o distanciamento nem sempre é permanente.
As pessoas se afastam e se reaproximam.
Ademais, cortar o contacto com um membro da família pode ser muito doloroso devido à forma como a sociedade não entende bem e atribui a isso um aspecto de vergonha ou reprovação.
Os laços de família são necessários à harmonia e evolução da sociedade.
O resultado da negligência ou ruptura dos laços familiares leva à exacerbação do egoísmo.
Existem duas espécies de vínculos familiares: os espirituais e os corporais.
As ligações corporais são frágeis e temporárias, entretanto, os laços espirituais se fortalecem pela união e se vinculam na eternidade por meio das múltiplas migrações do Espírito.
É impossível auxiliar a composição social, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo com a família em que Deus nos colocou, a título precário.
Portanto, antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprendamos a colaborar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convictos de que análogo empenho importa realização essencial.
A nossa família consanguínea pode ser contemplada como o cerne eficaz de nossas representações.
Imagens aprazíveis ou desagradáveis que o pretérito nos restitui.
Aprendamos antes de tudo a exercer piedade para com a própria família e a recompensar nossos pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus, conforme narrava Paulo de Tarso.
A família é uma escola onde aprendemos a amar umas poucas pessoas para um dia amar a Humanidade.
É assim que em nossas múltiplas existências aprendemos a lidar com o amor, nos seus diversos aspectos: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho para tio, de esposo para esposa e assim por diante.
E, quando alcançamos amar genuinamente um filho, por exemplo, nosso coração se comove igualmente pelos filhos alheios.
Ponderando-se sobre a lei da reencarnação consolidamos os laços de afetividade com maior número de Espíritos, que (re)nascem sob o mesmo teto que nós.
Dessa forma, nossa família espiritual se amplia e os laços de benquerer se solidificam a cada nova possibilidade de convivência.
Deste modo, conviver em família é um desafio e, igualmente, um formidável aprendizado, pois o convívio quotidiano nos oferece ensejo de cinzelar as arestas com os que eventualmente tenhamos alguma contenda.
(Re) nascendo no mesmo reduto doméstico é mais fácil para suplantar os desamores, pois os vínculos consanguíneos ainda se compõem numa referência altiva a benefício da indulgência e da coexistência serenas.
É por isso que existe a família: para que aprendamos a exercitar o amor na condição de irmãos, pois que todos somos filhos do mesmo PAI.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty A opinião de Cairbar Schutel sobre colónias espirituais e animais no mundo espiritual

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 27, 2021 8:44 pm

por Leonardo Marmo Moreira

Uma das questões mais polémicas do movimento espírita na actualidade diz respeito aos conceitos de “colônia espiritual” e “umbral”, assim como sobre a presença de animais no mundo espiritual, os quais foram amplamente difundidos pela obra de André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier.
Apesar da obra de Yvonne do Amaral Pereira intitulada “Memórias de Um Suicida” ter sido elaborada, no que se refere às suas narrativas, em 1926, portanto, muito anteriormente à obra de André Luiz, tal corroboração parece não ser suficiente para persuadir aqueles que não aceitam o grande volume de detalhes de carácter semi-material (ou material) da obra de André Luiz.
Nesse contexto, a obra de Cairbar Schutel denominada “A Vida no Outro Mundo” merece ser destacada.
De facto, essa obra, que é pouco conhecida de grande parte de nosso movimento espírita, representa importante estudo sobre a realidade material ou semi-material do mundo espiritual e seus detalhes e implicações.
Cairbar Schutel nasceu em 1868 e desencarnou em 1938.
Conhecido como “O Apóstolo de Matão” (e também como “O Bandeirante do Espiritismo”), Schutel desenvolveu um trabalho de grande qualidade doutrinária em uma época em que as mais severas dificuldades em diferentes áreas limitavam as iniciativas de divulgação doutrinária.
Schutel escreveu “A Vida no Outro Mundo” no ano de 1932.
Esse livro, que foi publicado, em sua primeira edição, em outubro de 1932, consiste em um estudo sobre a realidade objetiva do mundo espiritual, tendo sido elaborado a partir de uma rigorosa averiguação da literatura espírita e/ou espiritualista disponível àquela época.
Naquele tempo não existiam ainda as obras de André Luiz e de Yvonne do Amaral Pereira.
Aliás, Chico Xavier publicaria sua primeira obra mediúnica, “Parnaso de Além-Túmulo”, justamente nesse ano de 1932, e Dona Yvonne era, então, uma ilustre desconhecida, e demoraria muito tempo para publicar seus primeiros livros, incluindo “Memórias de Um Suicida”.
De facto, seu mais célebre livro só seria lançado pela FEB em meados da década de 1950.
No caso de André Luiz, seus dois primeiros livros, “Nosso Lar” e “Os Mensageiros”, somente teriam suas primeiras edições publicadas no ano de 1944, seis (6) anos após a morte de Cairbar Schutel.
Assim sendo, Cairbar Schutel redigiu seu texto a partir do estudo de obras que nada tinham a ver com os legados de André Luiz e Camilo Castelo Branco, Léon Denis, e, muito menos de outros autores, tais como Manoel Philomeno de Miranda (pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco), que somente chegariam ao público muito tempo depois.
Demonstrando vasta cultura, Schutel correlaciona informações interessantes presentes em diferentes obras, com especial destaque para os chamados “clássicos do Espiritismo”, mas também contemplando um consistente estudo do texto bíblico.
Tudo isso partindo, obviamente, de uma sólida e ricamente referenciada base na obra de Allan Kardec.
Nomes como Gabriel Delanne, De Rochas, William Crookes, Oliver Lodge, entre outros, são citados e comentados por Cairbar Schutel para respaldar a existência de muitas realidades materiais no mundo espiritual.
Schutel demonstra compreender claramente quais itens tendem a gerar maiores dificuldades para que nós, encarnados em geral (e militantes espíritas, em particular), entendêssemos minimamente a realidade física do mundo espiritual com suas implicações em relação à rotina dos Espíritos desencarnados.
De facto, uma observação atenta de alguns debates vigentes atualmente em nosso movimento espírita denota como a obra de Cairbar Schutel é relevante e altamente útil para os estudos actuais.
Cairbar Schutel organiza seu livro “A Vida no Outro Mundo” por meio de capítulos curtos e extremamente didáticos, iniciando sua análise a partir de uma discussão sobre o materialismo e a questão da imortalidade da alma.
Subsequentemente, “O Apóstolo de Matão” aborda o perispírito e suas propriedades, citando e transcrevendo passagens de importantes autores, tais como Gabriel Delanne, De Rochas e Andrew Jackson Davis.
Schutel analisa igualmente a questão dos animais no mundo espiritual, defendendo sua existência no mundo espiritual, a partir de reflexões sobre textos de Ernesto Bozzano, entre outros autores.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 27, 2021 8:45 pm

Realmente, no capítulo intitulado “O Perispírito nos Seres Inferiores”, Schutel, ao comentar sobre o perispírito, tem ocasião de afirmar:
“Não só o homem é dotado desse órgão, necessário às funções que exerce; todos os animais mantêm essa ideia directriz, que é de indispensável utilidade fisiológica.
“O cão, o gato, o cavalo, o tigre, o leão, os pássaros, os peixes, os quadrúpedes de toda espécie, os répteis, até os mais insignificantes insetos, todos são dotados desse organismo, que existe neles ainda invisível para nós e que designa em cada parte e a cada elemento, seu lugar, sua estrutura e suas propriedades...”.
Subsequentemente, no mesmo capítulo, Schutel afirma:
“...na Outra Vida, encontraremos Espíritos de animais, como de seres que já pertencem, pelo seu grau de evolução espiritual, ao reino hominal.
“A prova dessa afirmação está nas aparições dos animais constatadas nos anais do psiquismo.
O Dr. Ernesto Bozzano chegou a reunir avultado número dessas manifestações póstumas em seu livro denominado Animali e Manisfestazioni Metapsichiche”.
No capítulo intitulado “No Outro Lado da Morte”, Schutel transcreve substancial trecho obtido da revista inglesa “Beyond”, afirmando o seguinte: “...é do nosso dever adicionar a esta obra, pois se acha de plena conformidade com o que sabemos sobre a vida no outro mundo”. De fato, Schutel vai subdividir esse capítulo nos significativos itens:
- Saúde e entusiasmo perfeito;
- Características inesperadas;
– Construções Celestes.
No item “Características inesperadas”, Schutel transcreve um interessante comentário, no qual o autor espiritual fala sobre seu pai e as características do ambiente espiritual que ele conheceu:
“...Ele tem vastos conhecimentos dos reinos animal, vegetal e mineral, porque também aqui a alma de qualquer ser está vivamente representada.
Há maravilhosas rochas, cristais de rocha, joias, ouro e prata, somente usados pela sua beleza e não desmoralizados, como meio de corrupção, como acontece na Terra”.
No item “Construções celestes”, Schutel também transcreve outras passagens significativas da revista “Beyond”:
“Algumas pessoas se comprazem em fazer casas dessas coisas encantadoras. Temos maravilhosos edifícios, salas para conferências e assim por diante, que são admiráveis de serem vistos, como essas visões que o Evangelista João descreve nas Revelações, com paredes de pedras preciosas, portões de pérolas e ruas de ouro.
“Esses lugares maravilhosos são muito interessantes para serem visitados, como, na Terra, se vai ver belos e notáveis palácios; naturalmente, os daqui são muito mais belos para conferências, reuniões e música do que qualquer edifício por mim visto na Terra.
Para mim, porém, as belezas naturais das árvores, montanhas, flores e rios, que são todos tão perfeitos, dão mesmo mais encanto e eu sempre gosto de procurar esses lugares gloriosos da Natureza, quando me sinto inclinado a ficar pesaroso, como algumas vezes me acontece.
O admirável e agradável efeito da luz através das árvores, ou brilhando nos rios, como nunca tive a dita de ver na Terra, é tudo tão maravilhoso!
Os rios são gloriosos, tão perfeitamente puros e incorruptos que, dentro deles, podemos andar, sentar na água e senti-la, cobrir-nos e dela sairmos refrescados e revigorados; e, ainda mais, a água, evaporando-se em contacto com o brilho solar, não deixa sensação nenhuma desagradável.
“Tudo isto é tão delicioso que só afago um desejo; a vossa participação em tudo que desperta o prazer de viver intensamente a vida celeste”.
Cairbar Schutel, possivelmente desconfiando que tais informações poderiam causar espanto ou ser interpretadas como algo puramente simbólico, desejou reforçar tais noções ao incluir um capítulo intitulado “Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos”.
Ao iniciar esse capítulo (que, inclusive, tem um subcapítulo denominado “Casas de Convalescentes”), Cairbar Schutel faz uma análise realmente admirável sobre o porquê dessa realidade material ou semimaterial do mundo espiritual.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 27, 2021 8:45 pm

Ele afirma:
“Já lembramos aos nossos leitores que o Outro Mundo deve ser algo de real, de positivo, pois não se poderia compreender a Vida sem os acessórios necessários para a sua manifestação e, também, não poderíamos admitir que houvesse um hiato na transição desta para a outra vida, uma transição tão grande que o homem chegasse a perder a noção de si mesmo, ou enlouquecesse com a mudança de estado absolutamente incompatível com a sua evolução, com o seu grau de progresso moral e científico”.
Diante de tão consistente argumentação, só nos restaria um pequeno questionamento:
Se nós, militantes minimamente esclarecidos do movimento espírita, temos tamanha dificuldade em conceber o mundo espiritual e suas actividades e implicações, o que dizer dos inúmeros irmãos materialistas e espiritualistas menos esclarecidos?!
A dificuldade de adaptação desses irmãos à vida além-túmulo tende, a princípio, a ser muito maior que a nossa.
Assim sendo, mudanças drásticas seriam extremamente traumatizantes e contraproducentes do ponto de vista educacional e evolutivo, o que ajuda a entender o motivo da Providência Divina evitar transições mais brutais na realidade de carácter semi-material (ou material) do mundo espiritual.

Nota da Redacção:
O livro A Vida no Outro Mundo, de Cairbar Schutel, foi estudado metodicamente nesta revista, nas edições 444 a 472, todas disponíveis para os leitores. Para acessar a parte inicial do estudo, clique aqui

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Mensagem de Georges sobre os Espíritos puros

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 28, 2021 6:51 pm

por Paulo da Silva Neto Sobrinho

(Parte 2 e final)

Dito isso, vamos ao que nos interessa.
Na Revista Espírita 1860, mês de outubro, foi publicada a mensagem “Os Espíritos Puros”, pela médium Sra. Costel e assinada por Georges, um Espírito superior, que se não prestarmos bem a atenção no que disse, poderá não corresponder ao que, até aqui, nós vimos:
Os puros Espíritos são aqueles que, chegados ao mais alto grau da perfeição, são julgados dignos de ser admitidos aos pés de Deus.
O infinito esplendor que os envolve não os dispensa de ser úteis nas obras da Criação:
as funções que devem preencher correspondem à extensão de suas faculdades.
Esses Espíritos são os ministros de Deus; sob suas ordens, regem os mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; […].
Sua forma é etérea, nada tendo de palpável; falam aos Espíritos superiores e lhes comunicam sua ciência; tornam-se infalíveis.
Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos da guarda, que bondosamente baixam o olhar sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores, que os amaram.
Estes escolhem os agentes de sua direção nos Espíritos de segunda ordem. […].
(KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 471-472, grifo nosso.)
No primeiro parágrafo, confirma-se o que já foi dito a respeito da missão dos Espíritos puros:
“ministros de Deus, que sob suas ordens, regem os mundos inumeráveis”.
No último, a impressão que se tem é que os anjos da guarda são escolhidos entre os Espíritos puros, caso se queira denominar assim aqueles que governam e os que protegem os mundos, que são missões especiais, porém, não quanto ao anjo da guarda de famílias e indivíduos.
O trecho “Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos da guarda, que bondosamente baixam o olhar sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores, que os amaram” para melhor entendimento, pode ser resumido da seguinte forma “Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos da guarda e os recomendam aos Espíritos superiores”.
Se disso entendermos que os Espíritos puros escolhem entre os Espíritos superiores aqueles que terão a missão de anjo da guarda, tudo bem, pois isso é condizente com o que foi dito pelo Codificador a respeito dos Espíritos puros:
“Comandam todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudando-os a se aperfeiçoarem e lhes designam missões”
(KARDEC, O Livro dos Espíritos, Petit, p. 76, grifo nosso.)
Entretanto, caso optarmos em considerar que os anjos da guarda são escolhidos entre os Espíritos puros, então tudo quanto foi dito, nas várias obras da Codificação, que julgamos necessário relembrar, deve ser desconsiderado.
Isso para nós faz sentido, porquanto, ainda no mês de outubro, numa outra mensagem intitulada “O Despertar do Espírito”, Georges afirma que “[…] não há relações amistosas entre os Espíritos errantes; aqueles mesmos que se amaram não trocam sinais de reconhecimento; […]”
(KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 476, grifo nosso.)
Essa afirmação causou tanta estranheza, que forçou Allan Kardec a escrever o artigo “Relações afectuosas dos Espíritos”, publicado em novembro, para explicar a todos, o que, na realidade, Georges queria dizer:
[…] É preciso daí concluir que os Espíritos errantes não são forçosamente privados, mas podem ser privados dessas comunicações, se tal for a punição a eles imposta.
Como diz Georges em outra passagem:
“Essa privação momentânea lhes dá mais ardor para atingirem o momento em que as provas realizadas lhes devolverão o objeto de sua afeição”.
Portanto, essa privação não é o estado normal dos Espíritos errantes, mas uma expiação para os que a mereceram, uma das mil e uma variedades que nos esperam na outra vida, quando tivermos desmerecido nesta.
(KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 503-504, grifo nosso.)
Como Allan Kardec jamais considerou os Espíritos seres infalíveis, sempre ficou atento ao que diziam.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 28, 2021 6:51 pm

Nós o vemos, muitas vezes, esclarecendo pontos obscuros ou alguns que viessem a contrariar informações ou fatos anteriores, como ocorreu no presente caso.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, o Codificador, referindo-se ao Controle Universal do Ensino dos Espíritos, entre várias coisas, disse:
[…] com relação a tudo que esteja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um possa receber terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser consideradas como opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que seria imprudente aceitá-las e propagá-las levianamente como verdades absolutas.
(KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo, p. 17, grifo nosso.)
[…] É que tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade não só compensou, como também superou o malquerer dos homens.
Assim sucederá a todas as ideias que, emanando dos Espíritos ou dos homens, não possam suportar a prova desse controle, cujo poder ninguém pode contestar. (KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo, p. 19, grifo nosso.)
Para nós, fica bem claro que nenhuma opinião pessoal, seja de Espíritos ou de homens, deve prevalecer diante da opinião da maioria.
Por outro lado, a nosso ver, não faz o menor sentido se ter o anjo da guarda como sendo Espírito puro.
É o mesmo que aceitar que seja atribuída a um professor com doutorado a missão de dar aulas a crianças do maternal.
Imagine, caro leitor, cada um de nós ter como anjo de guarda um Espírito com o mesmo nível evolutivo de Jesus.
Onde reside a lógica para se aceitar isso?
Mas encontramos algo bem interessante na mesma Revista Espírita 1860, mês de outubro.
Trata-se do artigo intitulado “Sobre o valor das comunicações espíritas”, assinado pelo Sr. Jobard, de Bruxelas, do qual destacamos o seguinte trecho:
[…] quanto aos Espíritos celestes, ou de uma ordem transcendental, é raro vê-los se comunicarem com os indivíduos que ainda não chegou o tempo para com eles falar; eles presidem aos destinos das nações e às grandes catástrofes, às grandes evoluções dos globos e das Humanidades; eles trabalham neste momento, esperemos com recolhimento as grandes coisas que vão chegar:
Renovabunt fadem terra. (KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 311, grifo nosso.)
As missões dos Espíritos puros são de grande alcance colectivo, conforme podemos entender.
E se “é raro vê-los se comunicarem com os indivíduos”, jamais poderiam ser anjos da guarda deles.
Na Revista Espírita 1861, meses de janeiro (KARDEC, Revista Espírita 1861, FEB, p. 35-46) e fevereiro (KARDEC, Revista Espírita 1861, FEB, p. 79-88), foi publicado o artigo “Carta sobre a incredulidade”, assinado pelo Sr. Alexandre Canu, secretário da Sociedade Espírita de Paris (KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 298):
O Espírito familiar, que até certo ponto confirma a teoria católica do anjo-da-guarda, não é, entretanto, exatamente aquilo que nos apresenta o dogma católico.
É simplesmente o Espírito de um mortal, que viveu como nós, mas que é muito mais adiantado que nós e, consequentemente, nos é infinitamente superior em bondade e em inteligência; que realiza uma missão meritória para si, proveitosa para nós, desse modo nos acompanhando neste mundo e no outro, até sermos chamados a uma nova encarnação, ou até que nós mesmos, chegados a um certo grau de superioridade, sejamos chamados a realizar, na outra vida, missão semelhante junto a um mortal menos evoluído do que nós.
(KARDEC, Revista Espírita 1861, FEB, p. 86, grifo nosso.)
Essa visão externada pelo Sr. Canu, ao nosso sentir, tem uma chance muito grande de representar a opinião dos membros da Sociedade Espírita de Paris.
Julgamos até que há boa possibilidade desse tema ter sido motivo de discussões entre eles, incluindo, obviamente, Allan Kardec, já que ele era o presidente da Sociedade.
Não descartamos a probabilidade de que, nas manifestações de Espíritos, o assunto foi ventilado.
Como exemplo, podemos citar Girard de Codemberg, autor da obra O Mundo espiritual, ou ciência cristã de comunicar intimamente com as potências celestes e as almas felizes, da qual Allan Kardec disse:
“Esta obra contém comunicações excêntricas que denotam uma obsessão manifesta”
(KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 118).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 28, 2021 6:51 pm

Em novembro de 1861, em Bordeaux, o Espírito Girard foi evocado, do diálogo registado na Revista Espírita 1862, destacamos o seguinte trecho:
P. – Numa passagem de vossa obra, que tenho em mãos, dissestes:
“Perguntam à mesa o nome do meu anjo-da-guarda que, conforme a crença americana, é apenas uma alma feliz, tendo vivido nossa vida terrena e que, por conseguinte, deve ter um nome na sociedade humana”.
Essa crença, dizeis, é uma heresia.
Que pensais hoje dessa heresia?
Resp. – Disse-vos que tinha visto mal, porque, inexperiente na prática do Espiritismo, aceitei como verdades os princípios que me eram ditados por Espíritos levianos e impostores.
Mas, em presença de verdadeiros e sinceros espíritas que aqui se acham reunidos nesta noite, confesso que o anjo-da-guarda, ou Espírito protetor, outra coisa não é senão o Espírito que chegou ao progresso moral e intelectual pelas diversas fases percorridas em suas encarnações nos diferentes mundos, e que a reencarnação, que eu negava, é a mais sublime e a maior prova da justiça de nosso Pai, que está no céu, e que não quer a nossa perda, mas a nossa felicidade.
(KARDEC, Revista Espírita 1862, FEB, p. 168, grifo nosso.)

Da afirmativa de que “chegou ao progresso moral e intelectual” julgamos tratar-se de Espírito de segunda ordem, uma vez que “[…] uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade.
Os mais adiantados aliam o saber às qualidades morais. […]”
(KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 94, grifo nosso).
Como os Espíritos puros têm “[…] Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 96, grifo nosso), entendemos que existe uma graduação em cada um dos progressos, ou seja, moral e intelectual.

Fonte: SILVA NETO SOBRINHO, P. Anjos da guarda, a que ordem e classe pertencem?

Referência bibliográfica:
KARDEC, A. A Gênese. São Paulo: FEAL, 2018.
KARDEC, A. O Céu e o Inferno. Brasília: FEB, 2013.
KARDEC, A. O Evangelho segundo o Espiritismo. Brasília: FEB, 2013.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Brasília: FEB, 2013.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. (PDF) São Paulo: Petit, 2001.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. Brasília: FEB, 2013.
KARDEC, A. Revista Espírita 1860. Araras (SP): IDE, 2000.
KARDEC, A. Revista Espírita 1861. (PDF) Brasília: FEB, 2008.
KARDEC, A. Revista Espírita 1862. Araras (SP): IDE, 1993.
KARDEC, A. Revista Espírita 1862. (PDF) Brasília: FEB, 2008.
KARDEC, A. Revista Espírita 1863. Araras (SP): IDE, 2000.
KARDEC, A. Revista Espírita 1865. Araras (SP): IDE, 2000.
MAIA, J. N. Filosofia Espírita – Volume X. (PDF) Belo Horizonte: Fonte Viva, 1987.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Estelionato afectivo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 29, 2021 7:27 pm

por Rodinei Moura

Engana-se quem tem o entendimento de que o estelionato, tipificado no art. 171 do Código Penal, caberia, tão somente, nas relações comerciais, pois é passível a sua aplicação na esfera emocional/afectiva, o chamado Estelionato Sentimental, que se dá quando uma das partes do relacionamento afectivo, um namoro, aproveita-se dos bons sentimentos da outra para levar vantagem indevida.
Aceitando presentes e valores, por exemplo, sem uma reciprocidade, num patamar que foge ao bom senso.
Tanto o Tribunal de Justiça do Distrito Federal como o Tribunal de Justiça de São Paulo já têm esse entendimento, já que as relações sociais têm que ter como pedra angular a boa-fé.
É um dos princípios fundamentais do Direito que ninguém pode lesar ninguém.
Assim como é um princípio básico de toda escola religiosa que devemos tratar o semelhante como nós mesmos gostaríamos de ser tratados.
O “amar ao próximo como a si mesmo” das leis divinas trazidas por Moisés ou ainda quando Jesus foi interrogado pelo discípulo e reafirmou, segundo podemos observar em Mateus, 22:39.
Ah, mas ele fez porque quis, podemos afirmar usando de um artifício que Cairbar Schutel, no livro Conversando sobre Mediunidade, qualifica como teorias secundárias.
Já que são desculpas que inventamos para nos escusar de responsabilidade, e que até possuem o manto da verdade.
Mas que não tem base cristã e, portanto, não são válidas.
Quando agimos dessa forma estamos enganando a nós mesmos, pois, mais dia ou menos dia a nossa consciência desperta e vamos nos arrepender e entrar em conflito, querendo nos punir por termos agido mal.
E, além disso, vamos minando a confiança das pessoas, de Espíritos encarnados e desencarnados, e vamos cada vez mais, dependendo do tempo que resolvemos mudar, desperdiçando oportunidades de boas relações.
De ter ao nosso lado Espíritos que realmente se preocupam connosco, não nos vendo apenas como um pedaço de carne.
Que primam e fazem o possível para contribuir com nosso bem-estar.
É muito importante, através do estudo sério da doutrina espírita, que nos leva à compreensão de como funciona a lei de causa e efeito, observar para o nosso próprio crescimento e não para apontar dedos, que as leis divinas são únicas e imutáveis e que as leis humanas é que vão se adequando às primeiras, de acordo com a evolução da humanidade.
(Questão 763 de O Livro dos Espíritos.)
E no exemplo em pauta, estelionato afectivo, não queremos incitar ninguém a começar uma briga nos tribunais, embora lícita e amparada pela jurisprudência, mas acima de tudo alertar a todos nós sobre como devemos proceder e sobre as consequências dessas escolhas em todas as esferas da vida.
O Novo Código de Processo Civil, inclusive, entende que é tão necessária e útil a conciliação, tão mais saudável à sociedade do que a demanda em si, que determinou que seja realizada audiência de tentativa de conciliação antes da apresentação da defesa do réu, sendo, ainda, possível a composição amigável a qualquer tempo processual.
E para a maioria de nós que gosta sempre de se colocar na condição de vítima, podemos trazer, ainda, um trecho do livro Sexo e Destino, do autor espiritual André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, que nos adverte sobre a influência de nossos pensamentos e atitudes sobre as atitudes de nossos semelhantes.
André Luiz e seu mentor espiritual observam uma situação de traição conjugal e dizem que é digno de nota que, apesar da predisposição daqueles dois Espíritos que ali estavam envolvidos nessa relação, a expectativa de André Luiz e do seu mentor, no sentido de que o acto se consumaria, aumentava a vontade dos dois de praticar o acto.
Significando que, apesar de cada um ser responsável pela sua escolha, muitas vazes, através dos nossos pensamentos, que possuem forma e energia, que não são uma abstração da realidade, mas algo que sai de nós para alcançar alguém, e de nossas atitudes e palavras, estamos também contribuindo para que as coisas aconteçam, sejam elas positivas ou não.
E temos, portanto, também, a nossa parcela de responsabilidade.
Mas quando tivermos dúvida sobre como agir, haja vista sermos falíveis, vale lembrar da questão 632 de O Livro dos Espíritos:
“Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
Jesus disse:
Vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem.
Tudo se resume nisso.
Não vos enganareis”.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Trilha para o desapego

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 30, 2021 7:30 pm

por Temi Mary Faccio Simionato

“Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.” Paulo (1 Timóteo, 6:7.)

Se desejarmos emancipar a alma das algemas escuras do eu, comecemos o curso da auto-libertação aprendendo a viver como se tivéssemos tudo, mas não tendo nada.
Será necessário, então, não encarcerarmos o Espírito ao apego dos patrimónios transitórios do plano material que, muitas vezes, não passam de sombra coagulada em torno do coração.
Observemos, assim, o infortúnio de quantos se prenderam à paixão das posses, nos territórios do sentimento, supondo-se donos das criaturas que amavam; porém, ante os primeiros sinais de emancipação a que se mostraram dispostas, não vacilaram em abatê-las sob o golpe homicida.
Chegamos à Terra na condição de peregrinos necessitados de aconchego e socorro, e, se sabemos que nos retiraremos dela sozinhos, precisamos aprender a nos resignar, servindo a todos em favor do nosso crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembremos de que, por força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da auto-superação - transformação interior - desenvolvendo virtudes (grifo nosso).
Desta forma, consagremo-nos ao bem, não só pelo bem de nós mesmos, mas, acima de tudo, por amor ao próprio bem.
Precisamos ser sóbrios, prudentes, respeitáveis, amáveis, pacíficos, ter cuidado connosco, trabalhando para a nossa evolução espiritual e também para com a do outro, pois este é o caminho lógico na aquisição de valores eternos.
O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração, no entanto, para alcançar a vitória do Espírito, precisaremos de esforço integral.
Mais tarde, seremos convidados a testemunhos mais ásperos compelidos à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos.
Na Lei de Renovação, o roteiro é modificado subtraindo-nos as ilusões, selecionando os ideais.
Quando como aprendizes recebermos a dor, compreendendo a sua santificante finalidade, aceitando e exercendo a justiça acima de toda preocupação, estaremos atingindo a sublime posição de triunfo no combate contra o mal.
As aquisições materiais não nos acompanharão quando partirmos para o mundo espiritual, como lembra o evangelista Mateus, no capítulo 6, versículos 19 a 21:
“Não ajunteis para vós tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem os corroem, e onde os ladrões arrombam e roubam; pois onde está o vosso tesouro aí estará também o vosso coração”.
São os homens prudentes que se empenham em adquirir tesouros eternos, não os transitórios.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 16, item 12, um Espírito protetor relata:
“Quando considero a brevidade da vida, fico dolorosamente impressionado pela incessante preocupação da qual o bem-estar material é para vós o objecto, ao passo que ligais tão pouca importância e não consagrais senão pouco ou nenhum tempo ao vosso aperfeiçoamento moral, que deve vos ser contado para a eternidade.
Crer-se-ia, ao ver a atividade que desdobrais, que ela se prende a uma questão do mais alto interesse para a Humanidade, enquanto que não se trata, quase sempre, senão em vos esforçar para satisfazer necessidades exageradas, à vaidade, ou vos entregar aos excessos.
Quantas penas, cuidados e tormentos se inflige, quantas noites sem sono para aumentar uma fortuna, frequentemente, mais do que suficiente! Por cúmulo da cegueira, não é raro ver aqueles a quem um amor imoderado da fortuna e dos gozos, que ela proporciona, sujeita a um trabalho penoso, orgulhar-se de uma existência dita de sacrifício e de mérito, como se trabalhassem para os outros e não para si mesmos. Insensatos!
Credes, pois, realmente, que vos será tido em conta os cuidados e os esforços dos quais o egoísmo, a cupidez ou o orgulho são os móveis, enquanto que negligenciais o cuidado do vosso futuro, assim como os deveres da solidariedade fraternal impostos a todos os que gozam das vantagens da vida social!
Não haveis pensado senão em vosso corpo; seu bem-estar, seus gozos foram o único objeto de vossa solicitude egoística; por ele que morre, haveis negligenciado o vosso Espírito que viverá sempre.
Assim, esse senhor tão estimado e acariciado tornou-se o vosso tirano; comanda o vosso Espírito que se fez seu escravo.
Estava aí o objetivo da existência que Deus vos havia dado?”.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 30, 2021 7:34 pm

Ao observarmos homens e mulheres despojados de qualquer escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo, tenhamos piedade deles.
A galeria da evidência carnal sempre será efémera; beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o tempo transforma infatigavelmente.
Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração no céu, porquanto estaríamos órfãos da sintonia para corresponder aos apelos da Vida superior.
Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria, porque amanhã seremos visitados pela mão niveladora da morte e possuiremos tão somente as qualidades nobres ou aviltantes que tivermos instalado em nós mesmos.
Desanuviemos a mente a cada manhã e sigamos para adiante na certeza de que acertaremos as nossas contas com quem nos emprestou a vida, e não com os homens que a malbarataram.
Deixemos que a realidade nos auxilie a visão e encontraremos a divina felicidade do anjo anónimo, que se confunde na glória do bem comum.
Assim sendo, usemos as possibilidades e oportunidades desta caminhada, sem a presunção de nos assenhorarmos daquilo que Deus nos empresta.
Nessa ou naquela vantagem efémera que nos felicite o caminho entre os homens, aprendamos a ser sós, para sermos mais livres no desempenho do dever que nos une a todos e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste que esposou o caminho estreito da cruz, recordemos da advertência do apóstolo Paulo de Tarso, quando diz, com alusão a quaisquer patrimónios de ordem material, nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada poderemos levar dele.

Bibliografia:
XAVIER, Francisco C. Palavras de Vida Eterna. Pelo Espírito Emmanuel. 35 ed. Uberaba: Edição Comunhão Espírita Cristã. 2010. Lição 119.
__________________ Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 27 ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira Editora. 2011. Capítulo 79.
__________________ Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. 36 ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira Editora. 2011. Capítulos 47 e 177.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty O prazer e a saúde na alimentação

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 31, 2021 7:29 pm

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Laranja na mesa.
Bendita a árvore que te pariu. - Clarice Lispector

Gosto de frutas e especialmente de laranjas, todas me agradam.
Não falta em minha mesa, e minha mulher e filho, todos os dias, depois do almoço, consomem uma.
Quando temos visita de filhos e outros amigos não deixamos também de servir.
É uma tradição que vem de meus sogros, José Braghero e dona Mariquinha.
Deus, que é sábio, em tudo que fez colocou a recompensa.
E nós somos livres para escolher.
O nosso amigo Chico Xavier dizia que ele tinha descoberto a maneira de ser mais tranquilo:
“Aprendi a viver só com o necessário”.
O romancista espanhol Miguel de Cervantes, que desencarnou com 68 anos – minha idade, e eu espero viver ainda até 82, portanto mais 14 anos –, foi casado com Catalina, que era mais nova do que ele 18 anos.
O autor da obra-prima, Dom Quixote, dizia sabiamente:
“Come pouco ao almoço e menos ainda ao jantar, que a saúde de todo o corpo se constrói na oficina do estômago”.
Hoje a ciência psicológica descobriu que existe uma imensidão de compulsões e de transtornos físicos, emocionais e mentais. Com minha experiência há mais de dez anos em terapia para recuperação de dependentes de álcool e outras drogas, percebo que, quando internados, os pacientes se voltam para o cigarro e a comida.
Um jovem de dezoito anos chegou a engordar 30 quilos em meio ano.
Nas clínicas, para manter a recuperação, além do auto-controle, eles aprendem “os evites”.
Evitem-se companhias da ativa (de uso de álcool e outras drogas), lugares da ativa, coisas da ativa, música da ativa.
Com a compulsão por alimentação, a melhor forma de controlar a obesidade e as calorias é o “evite” também – por exemplo, manter distância de churrascaria e rodízio de pizza.
Cuidemos bem do nosso corpo: alimentação controlada e diversificada, sono, exercícios e água, para uma vida saudável.
Nosso corpo é nosso templo na Terra, devemos conceder ao corpo o que lhe é necessário, para que ele nos sustente e seja nosso servidor útil e, para que, quando deixarmos a matéria pela libertação de nossa alma, possamos agradecê-lo pela contribuição à nossa evolução.
Quem se vicia de diversas formas, bem como pela alimentação, acaba por se tornar escravo do corpo físico, que o tiraniza pela compulsão de não ter controle.
Um corpo saudável precisa de uma mente que o alimente com ideias boas, nobres, espiritualizadas e com autocontrole.
Por isso, busquemos motivação para a nossa alma a cada dia.
Viver é um exercício, e somos aquilo que queremos ser.
Ao gostarmos de nós mesmos, e nos tratarmos bem, deixamos as portas abertas para que outras pessoas também gostem de nós.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty O Espírito governa a matéria

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 01, 2021 7:40 pm

por Fernando Rosemberg Patrocínio

É possível que os mais diversos e estudiosos amigos da novel doutrina do Espiritismo - e, em face do ‘Intercâmbio’, ou, da ‘Permuta’, ou, ainda, da ‘Troca’ de informações mentais de um plano a outro, material e espiritual que nos envolvem -, já tenham ouvido ou lido dita e sábia sentença de que:
“O Mundo Espiritual governa o Mundo Material conforme os fins daquele”!

O que se prova, pois, não tão só pela Bíblia Sagrada – Primeira e Segunda Revelação da Lei de Deus – bem como, também, pela Terceira delas, ou seja, pelo Espiritismo, e, mais ainda, pela Evolução de todas as coisas do Mundo terreno, tal como se provara, inclusive, pela própria Ciência mundana, pelos dados mesmos de Darwin e dos demais pesquisadores do Neodarwinismo, ou, do Evolucionismo Universal.

Ora, o que conduziria a evolução das espécies senão um princípio diretor “não-físico”, que lhe ditaria as regras de um plano incognoscível, porém, ordenado, que, por sua vez, vai melhorando e aperfeiçoando tudo, e, pois, em nosso caso:
do Homem das cavernas ao Homo Sapiens que, ainda hoje, como Homem tecnológico, prossegue avançando sempre e, sobretudo, na área científica, e, portanto, cerebral ou, melhor: intelectual.

Porém, dito Homem encontra-se, de momento, numa das mais importantes encruzilhadas de sua romagem pelo Mundo terreno, que, indubitavelmente, tratará do estudo e da prática vivencial do “Evangelho” de Jesus, pacificando sua Alma e, pois, iluminando seu Coração, se não quiser prosseguir sua jornada expiatória noutros Mundos universais, porém, inferiores a este, de nossa morada terrenal.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty A graça é para todos, mas uns a recusam

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 02, 2021 6:37 pm

por José Reis Chaves

Sim, a graça é para todos, pois, Deus não faz acepção de pessoas.
Mas ela é recebida na medida em que a quisermos receber, já que Deus não a impõe a nós, mas apenas no-la expõe, pois, Ele é infinitamente perfeito, respeitando religiosamente o nosso livre-arbítrio, o que não acontece connosco, já que ainda estamos longe da perfeição semelhante à de Deus.
E quem não quiser receber, totalmente, a graça, fica mesmo com ela insuficiente para a salvação.
Mas o espírito, por ser imortal, tem todas as eternidades para um dia aceitar a graça em toda a sua plenitude.
E porque ela é infinita, um dia, sem dúvida nenhuma, ela o atingirá, quando ele se tornar realmente seguidor do Evangelho do excelso Mestre.
Estamos dizendo essas coisas baseado na Bíblia.
Porém, não vamos citar referências de seus livros, versículos etc., pois se trata de questões bem conhecidas dos seus leitores.
E ela diz que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas isso em estado potencial, como se fôssemos uma semente, a qual tem o gérmen da planta, mas ainda demora tornar-se de facto uma planta propriamente dita, exigindo de nós para isso o que nos toca fazer.
Então, por recebermos a graça da salvação, mas só na medida que a quisermos receber, o que quer dizer de modo imperfeito, nós não a possuímos suficientemente para a nossa salvação ou libertação.
Por isso, só a graça não basta.
Como diz o Nazareno, muitos querem passar pela porta estreita, mas não podem, do que se conclui, claramente, que é porque eles ainda não são dignos de se salvarem.
E como costumo dizer, muitos ainda nem têm interesse de a atravessar, pois, estão ainda totalmente mergulhados nos interesses desta vida material e, pois, nem sequer pensam nas coisas espirituais.
São Espíritos ainda imperfeitos, o que não quer dizer que eles sejam maus em si, mas porque são Espíritos muito novos e, pois, ainda, bem pouco evoluídos espiritualmente.
E quais Espíritos encarnados aqui nesse nosso mundo físico que recusam receber plenamente a graça da sua libertação, só a recebendo em parte insuficiente para se salvarem?
São, praticamente, todos nós, com raríssimas exceções.
Por isso, Deus, Pai e Mãe de todos nós e que nos ama mais do que nós mesmos nos amamos, pois, seu amor por nós é infinito, enviou-nos seu filho e irmão maior nosso para trazer-nos o código de moral mais perfeito que existe, o Evangelho, para nos colocar no verdadeiro caminho da salvação, o qual, quando for mesmo vivenciado por nós, nós voltaremos a nos unir novamente ao nosso Deus, Pai Amoroso, do qual viemos.
Se o que dissemos não for verdade, então Jesus teria perdido o seu tempo em nos trazer o seu Evangelho, pois seria ele só para inglês ver!

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Amar o próximo para a cura de todos

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 03, 2021 7:40 pm

por Juan Carlos Orozco

Na pandemia da Covid-19, que desafia a Ciência e provoca grandes perdas de vidas humanas, lições evolutivas apresentam-se para cada ser humano e à sociedade como um todo para superar esses momentos de grandes tribulações e provações, tão necessárias para a regeneração do planeta Terra.
Essas provações exigem de nós mais conscientização, responsabilidade e atitude proactiva para conter o avanço do vírus e minimizar os seus efeitos nocivos à saúde.
O ser humano é o principal vetor de transmissão, como querendo dizer a cada um de nós: amem-se muito mais para a cura de todos; e tenham mais empatia, solidariedade, piedade e caridade, afastando o egoísmo, o orgulho, a vaidade e a indiferença.
Por outro lado, a mudança de comportamento não é tarefa fácil, pois conduz para a luta contra as próprias imperfeições e o enfrentamento da consciência para se libertar dos sentimentos inferiores, requerendo ainda ação e trabalho edificante na prática do amor e da caridade.
Essa transformação tem que ser no íntimo de cada ser humano, em uma ação de dentro para fora, mediante processo contínuo de aprimoramento moral do Espírito para a sua necessária evolução.
A reforma íntima não se conquista da noite para o dia, demandando tempo, boa vontade, disciplina, esforço incessante, muita resignação, luta contra as próprias tendências inferiores e, principalmente, estar vigilante para os próprios defeitos e ter foco na tarefa de melhorar-se.
Em uma ação magnética amorosa, fraterna, amando o próximo como a si mesmo, atraindo o bem e repelindo o mal, confiando em Deus e no Mestre Jesus, poderemos mudar situações difíceis que se aproveitam das nossas fraquezas e vulnerabilidades, pois temos as potências da alma para melhorar e evoluir, para desenvolver o potencial de amar e suportar a dor e o sofrimento nas nossas existências.
Pela oração, pedindo a Deus a força necessária e com a ação da vontade e do querer, que partem do fundo do coração, poderemos ter a assistência dos bons Espíritos que nos auxiliarão a resistir às provações impostas pelo momento de regeneração da Humanidade.
O verdadeiro amor renova as almas, faz evoluir moral e espiritualmente, proporcionando a cura para os males do Espírito.
Isto porque o amor é fonte de energia que faz vibrar a alma e o corpo, percorrendo o sistema nervoso, saturando de energias saudáveis o sistema imunológico, revitalizando os órgãos enfermos e restaurando o equilíbrio vibratório entre as células, para transformar em vitalidade o corpo físico.

Rogamos a Deus que, nesse momento de grande tribulação da Humanidade, possamos aprender a lição sagrada do nosso Mestre Jesus, que disse:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37-39).

Que possamos amar o próximo para a cura de todos, pois fora da caridade não há salvação.

Bibliografia:
ÃNGELIS, Joanna de (Espírito); (psicografia por) Divaldo Pereira Franco. Garimpo de amor. 6ª Edição. Salvador/BA, LEAL, 2015.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Entusiasmo frente às adversidades da vida

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 04, 2021 7:45 pm

por Paulo Hayashi Jr.

A sociedade parece ser movida por grandes ciclos de transformações, tal como uma repetição de momentos com formação de padrões, sejam tristes ou felizes.
Por exemplo, no final do século XIX havia uma grande esperança no mundo com as exposições mundiais de ciência e tecnologia, tais como a exposição de Londres em 1851, ou a de Paris em 1889.
Nesta última, em especial, foi marcada pela inauguração da torre Eiffel na entrada do parque.
Posteriormente, a mesma foi aceita como símbolo da cidade luz.
Do sentimento de pujança humana e de controle sobre a natureza vem o orgulho descuidado que leva a desastres posteriores, como é o caso do naufrágio do Titanic (1912), maior navio construído até então, ou a explosão do dirigível Hindenburg (1937).
O orgulho e a vaidade desenfreada culminaram na extravasão da violência em duas grandes guerras mundiais, e um rastro, não apenas de destruição, mas também de pessimismo com o futuro.
O niilismo como cartilha filosófica, o descrédito das matérias humanistas, sendo muitas vezes apossadas como agendas distorcidas de poder e corrupção, bem como o próprio esvaziamento da fé no velho continente, o que provocou a transformação de muitas imponentes catedrais e igrejas em pontos turísticos aos viajantes sedentários por boas fotos, ao invés das vibrações e conhecimentos edificantes.
Isso fragilizou a humanidade, em especial no velho continente, aos embates necessários de reerguimento.
Sem mistério, nesta mesma condição, vem a sensação de vazio existencial, da busca incessante e implacável pelo prazer a todo custo, a toda hora e que perdura sem esforços.
Vidas são esvaziadas pelos vícios, pela comodidade do bem-estar momentâneo, pela falsa higiene de não se misturar com o que é sujo, feio e fedido.
A separação da realidade - seja por meios virtuais, seja pelas altas paredes de condomínios - priva muitos seres de um senso maior de pertencimento.
A luz das estrelas parece já não brilhar tão alto nas grandes cidades que não têm mais céu noturno.
Sempre é dia, sempre é tempo para exercitar-se na cidade, seja no gym ou no office.
Todavia, como bênção e esperança de volta dos filhos pródigos, somos compelidos a repensar nossa própria vida, bem como os padrões a serem adotados e seguidos.
Se antes a catedral era ponto turístico, por exemplo, a chama ainda não se apagou.
A fé e a boa palavra também podem ser propagadas por meio da internet e de outros meios.
A família se reuniu novamente em torno da mesa.
O debate do desencarne, por exemplo, que antes era tabu, hoje é uma reflexão diária.
As férias em praias paradisíacas, hoje, são realizadas no próprio lar, para aqueles que souberam transformar a casa em altar de comunhão e fé.
Somos compelidos para o alto, mas não podemos esquecer de quem está no comando.
O orgulho, a vaidade e o egoísmo precisam ser combatidos como a principal praga que atinge a humanidade há séculos e vem ceifando esperanças e oportunidades no caminho da verdade e da vida.
As transformações pessoais pedem urgência, pois a velocidade de mudanças é gradativa e ela começou há tempos.
Nada se faz de improviso no plano espiritual.
Assim, tenhamos em conta, por exemplo, as lições deixadas por Emmanuel - o Deus connosco - e enfrentamos a adversidade com entusiasmo.
Esta palavra tem sua origem no Grego enthousiasmos que significa “ter um Deus interior” ou estar possuído por um Deus interior.
Com entusiasmo e com as luzes do amor e do conhecimento de Cristo e da Boa Nova, não há nada a temer.
Com entusiasmo frente às dificuldades podemos ser aqueles que aprenderam a riscar o ‘s’ da crise ou o ‘z’ da paz.
O entusiasmo maternal que a tudo abraça, educa e transforma sem nada exigir em troca.
O bem querer e a caridade pura.
Nestas horas de transição, lembremos de Maria de Nazaré e de todas as outras mães que, com firmeza e dedicação, amaram seus filhos com a certeza de um mundo melhor.
As mudanças pedem passagem.
Sejamos como aqueles que escutaram o toque do clarim e que prontamente se dispuseram ao trabalho sério e disciplinado, com entusiasmo e amor.
Nosso Deus interior frente ao trabalho honra nossas mães e nos abre caminhos para voltarmos ao seio do paraíso e do reencontro desejado. (1)

(1) Em homenagem a todas as mães, em especial para a minha - Ioko Ikefuti Hayashi (in memoriam).

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Paz e equilíbrio

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 05, 2021 7:24 pm

por Wagner Ideali

A minha paz vou dou, a minha paz voz deixo.” - Jesus

A todo momento escutamos pessoas dizendo que gostariam de mudar para a praia e ficar lá só andando na beira-mar, olhando o mar para ter Paz e, portanto, equilíbrio.
Deixar tudo para trás e buscar o que merecem, que é tranquilidade, lazer, uma vida mais saudável e com muito sossego.
Não há nada de errado em buscar esse conforto material, essa vivência diferente e sem dúvida aparentemente mais tranquila e feliz, mas devemos ficar atentos pois o ócio é um monstro destruidor que muitas vezes nos parece agradável e reconfortante, que vai pouco a pouco destruindo nossa psique com pensamentos, posicionamentos muito danosos à nossa condição espiritual, portanto ao nosso equilíbrio.
Além do mais, sempre vamos ter uma desculpa para nos manter nesse estado, com um crescimento material, deixando o necessário e passando para o supérfluo, porque, com uma visão mais estreita da vida, nos parece o melhor caminho a seguir.
Essa busca constante de conforto, com a desculpa de buscar paz e equilíbrio, será sempre uma desculpa.
Ao lembrar da frase de Jesus:
“A minha paz vos dou, a minha paz vos deixo”, não está inserida no contexto da vida material, mas num crescimento dentro de nós, sobre o aprendizado dos seus ensinos e a vivência desse aprendizado, enfrentando as dificuldades que se apresentam em nossas vidas.
A vida material abundante pode ser durante um período algo agradável, mas, se não tomarmos cuidado, vamos nos acomodando numa situação onde nosso ser vai desenvolvendo um tipo de perturbação que vai exigindo cada vez mais e mais, pois nunca estaremos satisfeitos.
A paz somente dentro de um aspecto material, confunde com o progresso individual, que são coisas diferentes nas nossas vidas.
Quando nossos olhos enxergam a vida numa profundidade maior do que a temporalidade dessa existência, bem como os compromissos assumidos na espiritualidade, nos levam a um outro patamar de percepção, onde a paz que nos interessa será a paz interior, mesmo estando o nosso entorno em total descontrole.
O conhecimento da realidade da continuidade da vida, bem como uma reflexão mais profunda dos ensinamentos de Jesus, deixa claro que não tem nada de errado na busca de uma vida mais tranquila, confortável e com o objectivo de paz e equilíbrio, apenas que precisamos sentir o limite entre necessário e o supérfluo e buscar sempre um sentido maior para as nossas vidas.
Lembrar que a paz oferecida por Jesus não é a paz do mundo; a verdadeira paz, que leva a um equilíbrio profundo da alma, é a busca constante do conhecimento de nós mesmos, as reflexões do que devemos ou não realizar, a construção do reino de Deus dentro de coração, o trabalho pelo próximo, por fim, as mudanças íntimas que a Doutrina Espirita não se cansa de advertir.
Não se fala aqui de uma vida fora da realidade, contemplativa, mas, sim, de uma vida ativa, dentro da possibilidade de cada um, pois essa transitoriedade da vida pode, além de nos mostrar que o ócio é prejudicial, como ainda, verdadeiramente, não estaremos em paz, mas somente vamos conquistá-la com a construção do reino de Deus dentro de nós.
A verdadeira paz é desenvolvida dentro da gente, independentemente do local onde estivermos, com quem estivermos, mas, sim, com o que estamos trabalhando para essa melhoria.
O que vai nos levar à paz e ao equilíbrio sempre será o dever realizado, o pensamento elevado, palavra construtiva e ações pautadas no bem.
Os pensamentos construtivos, a prece incessante e a ação no bem precisam fazer parte da vida do trabalhador na seara de Jesus.
Como disse Jesus, “Procure antes o reino de Deus e o restante vos será dado como acréscimo”.
Essa busca está profundamente enraizada nas reflexões, reservando alguns momentos no dia para pensar, e seguir em ações no bem.
Não existe paz nem equilíbrio sem um coração voltado para o amor, a ajuda ao próximo, a observância da natureza no nosso entorno.
Da mesma forma que temos os mentores procurando nos encorajar, emitindo vibrações e pensamentos positivos para que captemos e venhamos a seguir, existem os irmãos infelizes procurando dificultar nossa caminhada, quando eles encontram espaço, abertura oferecida por nós para o desequilíbrio e, portanto, a agitação que nos retira a paz.
Lembrar sempre o que Jesus disse sobre a paz:
“A minha paz vou dou, a minha paz vos deixo”.
Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.

(Mensagem recebida intuitivamente do Espírito que se denominou Irmão José.)

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty Onde está escrita a lei de Deus?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 06, 2021 7:20 pm

por Waldenir A. Cuin

“Onde está escrita a lei de Deus?
- Na consciência.” (Questão 621, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)

Seguimos pela vida ainda vivenciando pouca evolução espiritual, mas já tendo certa consciência da nossa individualidade e sabendo que o progresso que precisamos realizar é tarefa exclusivamente nossa, nos preocupamos em acertar mais e errar menos.
Obviamente a questão está em como fazer isso.
Como escolher o caminho adequado, tomar as atitudes correctas e evitar os equívocos.
Na condição de filhos de Deus e, sendo esse Pai soberanamente justo e bom, certamente nos delegou todos os recursos e mecanismos capazes de nos assegurar perfeitas possibilidades de trilhar pelas veredas ideais.
As leis do Criador estão escritas em nossa consciência.
Dessa forma, indispensável é que nos esforcemos para reconhecê-las e aplicá-las no quotidiano.
Claramente, ninguém poderá afirmar que não as conhece.
Em determinada oportunidade Jesus ensinou à humanidade que aquilo que não é bom para nós certamente também não será para o nosso irmão, deixando-nos uma regra simples, mas de profundo alcance.
Então, toda vez que estivermos na dúvida sobre uma decisão a tomar, uma escolha a fazer, ou uma acção qualquer, reflitamos se o que estamos por decidir com relação àqueles que seguem connosco, seria bom para nós.
Como reagiríamos se alguém tomasse a decisão que estamos pretendo, em relação a nós?
Agindo assim, sem dúvida, a probabilidade de acertar será muito maior do que a de errar.
Ainda a Providência Divina sempre disponibilizou criaturas que nos deixaram e ainda demonstram grandes exemplos a serem seguidos.
Verdadeiros arautos ensinando com suas acções e comportamentos, notáveis roteiros de vida que, se devidamente observados, nos servem de base e apoio.
Jesus Cristo, num esforço que jamais conseguimos compreender, pessoalmente nos entregou suas inesquecíveis e profundas lições que, mesmo as conhecendo teoricamente ainda, temos imensas dificuldades de exemplificá-las na prática, mas que nos dão total condição de distinguir entre o que é correto e o que é indevido.
Assim, na certeza de que o que nos interessa verdadeiramente são as conquistas de valores espirituais, pois que a nossa vida na Terra tem essa proposta, procuremos nos apoiar sempre naqueles que dignificam a vida, que apresentam comportamentos nobres, atitudes fraternas, acções honradas e exemplificam sempre um caráter ilibado.
Fujamos dos que poluem a vida social com o desprezo pela moral, espargindo exemplos de promiscuidade, insensibilidade, desagregação familiar e sovinice.
Reflitamos, parafraseando Chico Xavier:
“O mundo não é dos espertos.
É das pessoas honestas e verdadeiras.
A esperteza um dia é descoberta e vira vergonha.
A honestidade se transforma em exemplos para as próximas gerações.
Uma corrompe a vida; a outra enobrece a alma”.
Orientação precisa para uma caminhada segura não nos falta, uma vez que as Leis de Deus estão inseridas em nossa consciência e, por extensão, espalhadas em todos os quadrantes do universo, para que as observemos.
Vivenciá-las é tarefa exclusivamente nossa.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty A questão 676 analisada em óptica do século 21

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 07, 2021 6:58 pm

por Wellington Balbo

Em conversa com um amigo, já faz um tempo, ele indagou sobre a questão 676 de O Livro dos Espíritos, em que os invisíveis dizem a Kardec que a imposição do trabalho atende a dois objectivos:
expiação e desenvolvimento da inteligência.
O que deixou o amigo cismado foi o termo “expiação”, haja vista que, apaixonado pelo seu trabalho, nosso interlocutor o concebe como um prazer, uma realização em que, além de desenvolver a inteligência, o faz feliz pela execução de sua tarefa que, em nosso diálogo, chamou de abençoada oportunidade de crescimento.
Já falamos em outras oportunidades da importância de entender o que queria dizer Kardec com o termo expiação.
Numa explicação bem simples, Kardec diz que no estado de Espírito errante a expiação é moral e como Espírito encarnado a expiação é física.
Diante de uma análise da questão proposta, não podemos esquecer que as respostas dadas pelos Espíritos a Kardec são do século 19, portanto, para não fugirmos muito da realidade precisamos entender os contextos.
Naquela época o trabalho era, para a maioria das pessoas, sinonimo de sofrimento físico, uma autêntica expiação, como relatam os Espíritos, haja vista que tínhamos jornadas de 15, 16 horas, sem Leis que regulamentavam as relações entre empresas e colaboradores, condições de trabalho inóspitas, salários muito baixos.
Enfim, não havia este prazer, citado pelo amigo, no trabalho que traz o ganha pão diário, ao contrário, era, como se diz na passagem evangélica, choro e ranger de dentes num verdadeiro vale de lágrimas.
Natural, portanto, a resposta dada pelos Espíritos naquele momento.
Hoje, com o avanço do mundo onde vivemos, o trabalho profissional já não é, para muitos, fonte de expiação que impõe sofrimentos físicos.
O incremento da tecnologia trazido pela ciência faz com que o trabalho traga, também, prazer e realização pessoal, além, é claro, do desenvolvimento da inteligência, sem o qual o homem ainda estaria engatinhando no campo da civilização.
Longe de estarmos num mundo ideal, porém, já ficou para trás o século 19, e duvidar disso seria colocar em xeque a Lei do Progresso.
Eis por que, acima, uma das hipóteses, penso, de os Espíritos terem tratado o trabalho como uma imposição imposta, por conta da natureza corporal do homem.
Hoje, todavia, vigora uma natureza um pouco mais desenvolvida, mais intelectual que outrora, o que traz, naturalmente, outras possibilidades de encarar a questão 676.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 11 Empty 30 ENSINAMENTOS PARA CHEGARMOS MELHORES NA VIDA ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 08, 2021 7:32 pm

SERVEM MAIS PARA OS SOFRIMENTOS DE HOJE, ESPÍRITO "ANDRÉ LUIZ".

O extraordinário Autor Espiritual André Luiz fornece muitas informações valiosas que ilustram, reforçam e desdobram os conceitos imorredouros estabelecidos pela Plêiade de “O Espírito da Verdade”, através da Codificação do grande mestre lionês, Allan Kardec.
Dentre os diversos campos que recebem valiosas contribuições de André Luiz, a compreensão sobre a Vida Espiritual, em suas diversas manifestações, e suas implicações sobre os indivíduos encarnados constitui um dos tópicos marcantes.
De facto, o Benfeitor Espiritual Emmanuel, ao prefaciar a obra “Nosso Lar” tem ocasião de afirmar “... de há muito desejamos trazer ao nosso círculo espiritual alguém que possa transmitir a outrem o valor da experiência própria, com todos os detalhes possíveis à legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos e bem-intencionados nas esferas invisíveis ao olhar humano, embora intimamente ligadas ao planeta...”.
A seguir, é compilada uma breve e singela seleção de informações extraídas da Série “A Vida No Mundo Espiritual”, apresentando a citação de pelo menos uma obra que aborda o tópico com significativa ênfase.
Tal síntese representa um estudo preliminar e, principalmente, uma ferramenta motivacional para que todos nós aprofundemos a leitura e o estudo do estupendo conteúdo legado por André Luiz através da mediunidade inolvidável de Francisco Cândido Xavier.

1) As habilidades e conquistas específicas dos Mentores Espirituais variam muito de Espírito para Espírito.
Porém, há uma unanimidade. Não existe Mentor Espiritual que não trabalhe muito e não existe evolução sem trabalho.
Tal inferência remete-nos à frase que André Luiz utiliza para representar toda a obra “Nosso Lar”, a qual se encontra exarada na folha de rosto do referido livro:
“Quando o Servidor está pronto, o serviço aparece”, que é uma espécie de paráfrase do conhecido ensino oriental “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”.
Vale lembrar-se de “O Livro dos Espíritos”:
“Trabalho é toda ocupação útil”. (NOSSO LAR.)

2) Não conseguimos fingir evolução espiritual quando estivermos na erraticidade, pois nossos pensamentos são detectados com facilidade pelos mentores espirituais.
Várias vezes André Luiz pensa enunciar uma interrogação e os mentores respondem sem que ele pronuncie quaisquer palavras, evidenciando que eles liam os pensamentos de André com muita facilidade.
Ademais, a vibração espiritual emitida pelo indivíduo em desequilíbrio espiritual é facilmente detectada por Espíritos que estiverem um pouco mais equilibrados. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE; E A VIDA CONTINUA...)

3) As barreiras fluídico-magnéticas são uma realidade em todos os ambientes, e é sempre mais fácil para o Espírito mais evoluído atingir a esfera de atuação do Espírito mais atrasado do que o contrário.
Isto ocorre porque as barreiras actuam sobre determinada faixa de densidade perispiritual, sendo que o Espírito que se encontra em nível mais quintessenciado de manifestação de seu envoltório perispiritual passa ileso a essa possibilidade de sobre-choques magnéticos. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; MISSIONÁRIOS DA LUZ; OBREIROS DA VIDA ETERNA; NO MUNDO MAIOR.)

4) Os títulos das personalidades terrestres não representam nossa condição real, pois nem sempre fazemos jus ao que, à priori, deveriam ser as habilidades e os conhecimentos pressupostamente requisitados de alguém que apresente algum título profissional, religioso ou científico.
De facto, em algumas situações, muitas vezes nem mesmo o nome ou a forma espiritual utilizados pelo Espírito na última experiência terrestre pode ou deve ser empregado em tarefas no mundo espiritual e em seu intercâmbio com a Crosta terrestre.
Facto semelhante aconteceu com o próprio autor de “Nosso Lar”, que não revelou seu verdadeiro nome, preferindo o pseudónimo “André Luiz”. (NOSSO LAR.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 08, 2021 7:33 pm

5) Se não pudermos evitar totalmente as manifestações de viciações e os eventuais fracassos espirituais, tentemos diminuir suas ocorrências, pois a minimização das quedas morais já representa significativa evolução espiritual.
Auto-controle, disciplina e conduta física e verbal são passos importantes para a verdadeira conquista da elevação mental e emocional. (SEXO E DESTINO.)

6) Todas as habilidades conquistadas e experiências úteis verdadeiramente apreendidas durante a vida material, inclusive as profissionais e familiares, são aproveitadas no Mundo Espiritual, constituindo alicerce para nossa matrícula em novos cursos de crescimento espiritual, os quais são abundantes em colônias espirituais como “Nosso Lar”. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS.)

7) Aprender a identificar suas próprias mazelas, hábito pouco empreendido no mundo físico, é processo muito frequente nas Colônias Espirituais como “Nosso Lar”.
Tal metodologia seria eficaz para evitarmos novas quedas associadas a essas deficiências.
Vários Espíritos desencarnados em processo de regeneração narram e comentam suas experiências dolorosas reavaliando os caminhos percorridos e solidificando o amadurecimento espiritual obtido a fim de evitar quedas similares em futuras experiências. (OS MENSAGEIROS; ACÇÃO E REACÇÃO.)

8) O bom aproveitamento das horas de sono físico é fator decisivo para o nosso bem-estar espiritual durante as horas de vigília, funcionando como oportunidade de contato com Mentores Espirituais, para os indivíduos que conseguem vencer as fixações negativas, tais como a sensualidade, o medo, a culpa, entre outras.
Vale lembrar o comentário do Codificador em “A Génese”, quando o mestre francês reitera o valor do ditado popular, “A noite é boa conselheira”, em função de muitas vezes recebermos intuições concretas de nossos guias espirituais sobre como proceder em nosso dia-a-dia. (MISSIONÁRIOS DA LUZ; ACÇÃO E REACÇÃO.)

9) A intercessão espiritual de amigos e mentores é uma realidade constante no Mundo espiritual.
Isto ocorre porque a Lei Universal é, antes de qualquer coisa, uma Lei de Amor.
Desta forma, a conquista legítima de simpatia por meio da prática do bem é sempre fonte de colaboração e apoio em diversos contextos. (NOSSO LAR; MISSIONÁRIOS DA LUZ.)

10) O conhecimento e a vivência do Evangelho, da Psicologia e do Magnetismo físico-perispiritual são imprescindíveis para a prática da Medicina no Mundo Espiritual. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; LIBERTAÇÃO; EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)

11) O planeamento reencarnatório para Espíritos minimamente conscientes é extremamente elaborado para que as chances de crescimento espiritual com segurança sejam as maiores possíveis em relação à condição espiritual prévia à futura experiência física.
Para Espíritos mais grosseiros espiritualmente, no entanto, o planeamento é mais simplificado, em função das limitações espirituais do reencarnante.
Quanto mais evoluído, mais complexas e amplas são as futuras tarefas e, por conseguinte, mais complexos e trabalhosos são os esforços dos mentores em relação ao planeamento da futura reencarnação. (NOSSO LAR; MISSIONÁRIOS DA LUZ; SEXO E DESTINO.)

12) Nossos pequenos gestos de benemerência são integral e rigorosamente considerados em avaliações a respeito de nosso aproveitamento, nossos méritos e, consequentemente, nossas novas oportunidades evolutivas. (NOSSO LAR; ACÇÃO E REACÇÃO.)

13) O suicídio indireto ou inconsciente atinge grande número de criaturas atualmente, impedindo grandes oportunidades evolutivas. (NOSSO LAR.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 08, 2021 7:35 pm

14) Raros Espíritos encarnados aproveitam bem as horas de sono físico.
Para Espíritos encarnados de evolução mediana é comum dar vazão a experiências variadas, com destaque para aquelas de natureza sexual, durante as horas de sono físico através do desprendimento parcial do corpo físico através do veículo perispiritual.
Durante a vigília, os escrúpulos morais seriam maiores e o autocontrole mais eficaz, mas, durante o sono físico, o despreparo espiritual prevaleceria para um grande número de indivíduos, e, apesar de muitos já possuírem informações substanciais sobre a realidade espiritual, a invigilância ainda prevaleceria, em significativa percentagem de criaturas. (MISSIONÁRIOS DA LUZ.)

15) A hierarquia espiritual nas colônias espirituais como “Nosso Lar” é bem rigorosa, inclusive com classificação de condições específicas e tarefas, como é o caso dos chamados “Assistentes”, “Instrutores” bem como “Ministros” e “Governadores”.
Vale adir que até mesmo para assistir a determinadas conferências, os potenciais assistentes deveriam apresentar os pré-requisitos mínimos para que suas respectivas presenças fossem aceitas.
No caso de perguntas para o debate fraterno de ideias, comum no fim de palestras, o rigor seria ainda maior, somente sendo permitido para Espíritos que já tivessem o mínimo de crédito e experiência espiritual na área de estudo abordada na respectiva preleção. (NOSSO LAR.)

16) Tanto nas artes como nas Ciências, grande número de trabalhos originais encontra-se, em realidade, no Mundo Espiritual, e não na Crosta terrestre, sendo que, frequentemente, os chamados autores originais da inovação no mundo físico estão apenas transmitindo as intuições que recebem da esfera espiritual.
Isto ajuda a explicar o facto de muitas vezes uma descoberta e invenção ser proposta simultaneamente em várias partes do mundo físico, pois diferentes “intermediários” poderiam transmitir as informações quando nossos mentores consideram que determinado avanço está no momento propício para ser alcançado.
Obviamente, esta realidade não retira o mérito do autor físico do trabalho, pois para decodificar a “inspiração” ele deverá apresentar os pré-requisitos intelectos solicitados pela área em questão.
De qualquer maneira, a “inspiração artística” ou “científica” amiúde não se trata de figura de linguagem, tratando-se, de facto, de uma “inspiração espiritual”.
Portanto, muitos trabalhos são elaborados por meio de uma espécie de “mediunidade intuitiva”, e, em alguns casos, de uma mediunidade realmente “ostensiva”, mesmo que o “médium” em questão desconheça o fenômeno, não se dando conta do processo espiritual do qual faz parte.
Infelizmente, tal desconhecimento é muito comum em função das parcas noções espirituais, do medo ou dos preconceitos que vicejam, sobretudo em certos meios da chamada “intelectualidade”, em relação a questões relacionadas à Espiritualidade. (OS MENSAGEIROS.)

17) Toda prece, sem exceção, é atendida.
O que varia é o tipo de resposta, que dependerá da maturidade da rogativa, condição espiritual do indivíduo que eleva seu pensamento através da oração, mérito espiritual estabelecido por suas obras no bem e repercussão da rogativa para outras pessoas. (MISSIONÁRIOS DA LUZ; ENTRE A TERRA E O CÉU.)

18) Quanto maior o crédito adquirido pelo médium em função de sua obra no bem, mais efectiva e “próxima” torna-se a proteção de seu mentor espiritual, em função do merecimento espiritual alcançado em concordância com a Lei de Causa e Efeito. (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE.)

19) No trabalho de assistência a Espíritos sofredores somente indivíduos realmente muito equilibrados conseguem excursionar por regiões do “baixo” umbral, sem se desequilibrarem espiritualmente. (NO MUNDO MAIOR.)
De facto, mesmo Espíritos já previamente socorridos em uma determinada colónia espiritual de regeneração podem voltar para o umbral se forem indisciplinados mental e emocionalmente, pois o livre-arbítrio é base da Lei de Deus. (E A VIDA CONTINUA...)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 08, 2021 7:36 pm

20) A irradiação de cada um adquire características específicas relacionadas à evolução espiritual daquela entidade que esteja irradiando.
Aquilo que é conhecido no plano físico como “aura” é uma realidade, sendo que o brilho, o esplendor, a cor e essa intensidade dependem da evolução espiritual de cada ser. (OS MENSAGEIROS; MECANISMOS DA MEDIUNIDADE.)

21) Existe mediunidade não só no mundo físico, mas também no Mundo Espiritual.
De facto, mentores espirituais provenientes de esferas elevadíssimas possuem perispíritos extremamente “rarefeitos”, a ponto de necessitarem, muitas vezes, de médiuns em colónias de evolução intermediária para levarem suas mensagens a estes locais. (LIBERTAÇÃO.)

22) Muitas vezes os mentores espirituais atuam em regiões inferiores “disfarçados”, ou seja, sem revelarem sua verdadeira condição de Espíritos evoluídos, pelo menos, em um primeiro momento, pois, do contrário, não seriam aceitos pelos Espíritos a quem desejam ajudar. (ACÇÃO E REACÇÃO; LIBERTAÇÃO.)

23) A forma perispiritual que utilizamos no Mundo Espiritual, pelo menos em colônias mais próximas à Terra, como é o caso de “Nosso Lar”, corresponde quase que exatamente ao envoltório perispiritual que quando encarnados empregamos, guardando, portanto, extraordinária semelhança com o corpo físico, exceto devido a pequenas alterações no aparelho gastrintestinal e no aparelho sexual. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)

24) O Perispírito apresenta várias “camadas” ou várias estruturas de manifestação, sendo que, no momento do sono do corpo perispiritual, o Espírito pode se desdobrar em seu corpo mental para regiões diferenciadas, como aconteceu com o próprio André Luiz quando ele dormiu e sonhou com a sua mãe, estando habitando a colônia “Nosso Lar”. (NOSSO LAR.)

25) No Mundo Espiritual próximo à Terra, as colônias apresentam significativa semelhanças com relação à vida na Crosta terrestre.
Apesar de todos que habitam a Cidade Espiritual de “Nosso Lar”, por exemplo, poderem desfrutar de condições mínimas de vida, independentemente do que realizarem em termos de trabalho no bem, somente aqueles que são mais efectivos ganham direito a adquirirem determinadas oportunidades.
Para que a avaliação da produção no trabalho do bem não seja constrangedora e aparentemente subjetiva, sobretudo para os Espíritos mais imaturos, os mentores espirituais evitam critérios que poderiam parecer injustos (o que não seria verdade) aos olhos menos aptos, o que, por sua vez, poderia forçar os guias espirituais a expor drasticamente as causas morais de determinado indeferimento de solicitação ou de restrição no oferecimento de certas oportunidades evolutivas.
Assim sendo, “Nosso Lar” faz uso do chamado “bónus-hora”, que, grosseiramente, poderia ser comparado ao dinheiro da vida física ou, pelo menos, a uma espécie de carta de crédito ou curriculum vitae, em função de serviços prestados. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS.)

26) Mesmo no umbral, estamos sempre sendo amparados pela Providência Divina, dentro dos limites que nós mesmos permitimos no que se refere ao recebimento do amparo espiritual, o qual requer sintonia psíquica com os protetores.
Mentores visitam os Espíritos umbralinos, auxiliando espiritualmente e tentando despertar as consciências para uma proposta superior de existência.
Entretanto, para alguém cujas vibrações mentais estejam muito arraigadas nas viciações materiais, o despertamento espiritual pode não ser trivial, pois o indivíduo teria que romper com a vibração ambiente, realmente superando o padrão vibratório em que se encontra envolvido, desprendendo-se do comportamento e das peculiaridades dos seres que habitam a mesma região espiritual. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS. OBREIROS DA VIDA ETERNA; NO MUNDO MAIOR.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 08, 2021 7:37 pm

27) Existem regiões piores do que o Umbral, as quais André Luiz denomina “Trevas”.
De facto, os degraus dos níveis evolutivos são incontáveis no mundo espiritual, em função da evidência concreta das barreiras magnéticas (também chamadas barreiras vibratórias) entre as várias faixas evolutivas.
Logo, as regiões de sofrimento bem como as regiões mais elevadas variam extraordinariamente em suas manifestações e intensidades de atitudes morais positivas ou negativas. (NOSSO LAR)

28) A evolução moral realmente prevalece em relação à evolução intelectual no que se refere à prioridade de resgate espiritual de regiões umbralinas.
Isto ocorre porque é mais fácil e produtiva a convivência com alguém humilde, de boa vontade, mesmo que ignorante, do que com um indivíduo intelectualizado, porém orgulhoso, ressentido e agressivo, pois tal Espírito, enquanto não se elevar moralmente, tende a ser instrumento de rebeldia e perturbação para a colônia espiritual onde seria socorrido.
Ou seja, ele não aproveitaria significativamente a inserção na colônia e ainda prejudicaria o ambiente de trabalho e a boa vontade dos habitantes da referida colônia espiritual. (NO MUNDO MAIOR.)

29) Além do corpo mental, André Luiz relata a relevância, principalmente para os seres encarnados, do chamado “duplo etérico” ou “corpo vital”, o qual atua como fonte de energia e elo entre o Perispírito propriamente dito e o corpo físico.
O fluido vital que o compõe, quando exteriorizado, é conhecido como ectoplasma (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE.)

30) Centros vitais ou centros de força (também conhecidos como chacras pelos orientalistas) são fulcros energéticos que são inter-relacionados.
Tais centros funcionam como pontos de interação e ligação entre os diferentes “corpos”, desde o corpo físico, para o indivíduo encarnado, até o corpo mental para os desencarnados.
A compreensão da atuação destes centros é fundamental para o entendimento das conhecidas “curas espirituais”, que seriam mais propriamente denominadas “curas perispirituais”, uma vez que cura espiritual, a rigor, seria a transformação intelecto-moral para melhor de cada um de nós. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 09, 2021 7:02 pm

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

A pergunta que enseja o presente artigo deveria ser objecto de exame de todos nós.
Corresponder, na sua acepção mais simplória, deveria ser entendido como o ato de atender, dar atenção ou reciprocar e, de minha parte, respondo desde já à questão proposta afirmativamente.
Creio, sim, que carregar tal entendimento faz de seu portador um ser diferenciado, particularmente nesses tempos de afastamento social e enorme aridez nas relações humanas.
Parto, aliás, de uma premissa básica e elementar devidamente esclarecida por Jesus, a saber:
“E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também” (Lucas 6:31).
Ou ainda, como abordado em outro ensinamento:
“Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” (Mateus 18: 33).
Como fiel e perfeito transmissor da sabedoria divina, Jesus lembrou-nos no versículo acima dos construtos da compaixão e da misericórdia, que poderiam ser perfeitamente associados ao ato de corresponder de maneira imediata.
Afinal de contas, somos instados à solução e/ou encaminhamento de inúmeras situações e acontecimentos – terreno fértil, aliás, para colocá-los em prática – em nossa rotina diária.
Sendo assim, analisá-los sob as lentes espiritistas e ponderar como reagimos a eles, certamente nos ajudarão a evoluir espiritualmente.
Com efeito, todos nós precisamos do auxílio de alguém, especialmente nos momentos de adversidade.
Todos nós estamos sujeitos a ser fortemente atingidos pelas intempéries ou rigores existenciais.
Não há nenhum ser inteligente neste planeta isento de aborrecimentos ou dissabores.
Desse modo, na vida, de uma hora para outra, as coisas podem subitamente mudar, e os reveses nos alcançar.
Sendo essa a realidade inexorável decorrente da nossa condição evolutiva ainda muito imperfeita, quando estamos passando por dificuldades – sejam elas quais forem – esperamos que sejam muito breves.
Desejamos que as eventuais angústias e aflições sejam rapidamente superadas, e as coisas voltem ao seu curso normal.
Mas, infelizmente, nem sempre é assim.
As agruras momentâneas podem ser consideravelmente aumentadas se faltar o sopro compassivo e misericordioso por parte daqueles a quem recorremos.
Às vezes batemos à porta de alguém com sofreguidão ou desespero, e a ajuda não chega.
Para melhor ilustrar o raciocínio descreverei em breves palavras um caso recentemente ocorrido com pessoas de minha relação de amizade.
Ou seja, a mãe (octogenária) de um amigo meu foi submetida a um delicado procedimento cirúrgico visando à limpeza e eventual retirada de resquícios de um tumor na bexiga (extraído dois meses antes).
Realizada a intervenção médica, logo depois, já na sala de recuperação, a pobre mulher (consciente) começou a sentir fortes dores na citada região do corpo.
O efeito da anestesia havia cessado e a suplementar (pós-operatório) não havia lhe sido aplicada.
Previsivelmente as dores aumentaram ainda mais tornando-se lancinantes com o passar do tempo.
Embora a pobre mulher já houvesse se queixado às seis técnicas de enfermagem presentes na sala de recuperação – que estavam, a propósito, animadas numa conversa extemporânea –, nenhuma ajuda concreta lhe fora prestada.
Pelo contrário.
Em dado momento, sentindo imenso desconforto e mal-estar elevou a voz quase aos gritos.
Só depois dessa dramática iniciativa apareceu uma mulher – algo meio contrariada, segundo a sua percepção – identificando-se como médica.
Ao ser informada pela paciente sobre o seu doloroso estado, ainda tentou argumentar que aquilo era “normal” devido ao escopo da cirurgia.
Diante de tamanha insensibilidade, a mãe do meu amigo, indignada, acabou, enfim, ponderando se estava num centro cirúrgico ou num açougue, já que o seu estado não estava sendo, de facto, levado em conta.
A partir desse arroubo, a médica, enfim, prescreveu urgente aplicação de morfina e outras substâncias para alívio da paciente anciã.
Moral da história: não poderiam ter sido tomadas providências adequadas a priori?
É claro que sim.
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