LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

ARTIGOS DIVERSOS V

Página 7 de 22 Anterior  1 ... 6, 7, 8 ... 14 ... 22  Seguinte

Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 12, 2021 6:57 pm

Esse mundo novo, que nos cabe enfrentar, e que o Espiritismo pode ser uma ferramenta nesse desiderato, tem como uma das características o fenómeno da pós-verdade, que, conforme definições da Oxford Dictionaries (clique aqui para acessar), é um adjetivo relacionado a circunstâncias em que fatos objectivos têm menos poder de influência na formação da opinião pública do que apelos por emoções ou crenças pessoais.
Um contexto no qual apesar de se ter muita informação, se tem muita dificuldade de se obter verdades.
Nesse mundo permeado pela pós-verdade, Kardec teria mais problemas do que já teve na época da codificação.
Seria cancelado, diriam alguns. Kardec teria entraves, e tem o Espiritismo também nos dias de hoje.
Como na situação das mesas girantes, na qual se debruçou o então professor Rivail, no contexto atual, a pressão das crenças pessoais, dos medos e das simplificações frente às evidências, pressionaria por interpretações dos fenômenos quotidianos de forma dissociada da realidade e do bom senso, com explicações muitas vezes permeadas por ideias conspiracionistas, por narrativas de perseguições, que despertam às vezes sentimentos primitivos, de ódio e de auto-defesa.
Nesse sentido, esse contexto da pós-verdade testa a todos nós, que decidimos seguir o Espiritismo, na nossa forma de nos relacionar com a realidade, seja no plano da mensagem supostamente psicografada que replicamos na rede social, seja pelas teorias que nos invadem os aparelhos celulares sobre questões gerais, como a economia, a ecologia e a crise sanitária.
Cada evento é permeado por um caudaloso rio de dúvidas e de narrativas substitutivas que, ao mesmo tempo que nos confunde, nos faz abraçar a tese mais confortável.
E, no caso espírita, de preferência avalizado por uma psicografia.
O professor Rivail, para ter a adesão das suas ideias pela força destas, e não pela sua fama, assume a alcunha de Allan Kardec.
Preocupava-o que as pessoas aderissem à nova doutrina sem ideias preconcebidas, dado que ele já era conhecido.
Convidava à razão, ao entendimento, à construcção da convicção pessoal pelo estudo e pela reflexão.
Pressupostos kardequianos que se apresentam ainda necessários nesse mundo tão informado e desinformado ao mesmo tempo.
Dói ver nas redes sociais espíritas e suas agremiações replicarem informações que não são objecto de estudos mais elaborados, boatos, fake news, conspirações rasas, algumas referendadas por psicografias, situações que poderiam ser esclarecidas na busca de fontes confiáveis, como são os chamados sites de checagem, uma criação derivada dessa época na qual se busca confiabilidade no universo das redes sociais.
Anda enfraquecida nossa fé raciocinada?
Além desses sites, a verificação, trabalhosa e necessária do que se vê por aí, pode se servir do trabalho dos profissionais da imprensa, ou ainda, pela busca da boa e velha ciência, com suas publicações e representantes reconhecidos, e que se pauta por metodologias, que vão desde repetições sucessivas, a comparações do mesmo fenómeno em diversos ambientes, na busca de se encontrar regularidades que balizem afirmativas.
A história nos mostra que momentos de tensão despertam o medo, que busca caminhos simplificadores para aplacar a ansiedade do que será o amanhã.
Medo que se potencializa pela multiplicidade de estímulos oriundos de imagens e notícias às quais somos submetidos diariamente, e que geram, na sua busca pela assimilação, a adoção de teses simplistas, que não resistem a dez minutos de reflexão e debate.
Esse é o desafio posto, e ter o espírito kardequiano ao nosso lado pode ser uma boa bússola a nos orientar em um período tão doloroso, por conta da pandemia.
Mas também tão confuso, por ainda estarmos nos acostumando a esse mundo cada dia mais veloz.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Para todo o sempre...

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 13, 2021 6:59 pm

por Wellington Balbo

O Espiritismo desembarcou em solo brasileiro na década de 60 do século 19, e algum tempo depois já tomou um baque.
Logo após a virada de Império para República, isto no Brasil no ano de 1889, o Espiritismo teve sua prática criminalizada no Código Penal de 1890.
Na época, assim como hoje, o Espiritismo contava com suas subdivisões:
espíritas mais ligados à ciência, outros à religião, alguns curiosos, uma turma mais ortodoxa, aqueles que trabalhavam com mais ênfase nas sessões de cura, enfim, diversos grupos compunham o segmento denominado espírita.
Porém, com a criminalização a partir de 1890, espíritas foram perseguidos e tornava-se, de certa forma, importante a união de todas as subdivisões acima mencionadas para que pudessem enfrentar, juntos, este abacaxi, caso contrário a Doutrina Espírita corria sério risco de não dar certo.
Afinal, havia, sim, um grande inimigo: a criminalização da prática espírita, ora combatida pela medicina dita oficial, ora pelos advogados, ora pelo poder estatal.
Talvez, e alguns historiadores defendem esta ideia, que se inicie bem aí o viés religioso mais acentuado do Espiritismo, posto que no Brasil República a prática religiosa era livre, então, de certo modo, os espíritas daquela época, e dentre eles Bezerra de Menezes, esforçaram-se para que preponderasse o Espiritismo como religião.
Pois bem, o Espiritismo saiu da França, caiu em nossa terra e por mais que se quisesse copiar os conterrâneos de Zidane, as diferenças culturais enormes promoveriam, naturalmente, uma abrasileirada na coisa, o que é algo perfeitamente natural dada a migração de Europa para Brasil.
Entender o processo histórico da época é importante para o espírita situar-se na actualidade e entender as razões pelas quais a doutrina pendeu para um lado e não para o outro.
Por isso, penso ser complicado tecer comentários mais ácidos acerca do chamado Espiritismo religioso se não mergulharmos no nascimento da Doutrina Espírita em solo nacional.
É bem verdade que Kardec não considerava o Espiritismo religião no sentido vulgar que se conhece a palavra, mas sem o conhecimento do que houve realmente na chegada do Espiritismo ao Brasil e todas as discussões do momento, qualquer julgamento mais agudo torna-se impossível.
As críticas, portanto, de que os espíritas se afastaram de Kardec e promoveram uma deturpação dos postulados doutrinários, prejudicando o bom andamento das coisas, causando confusão, podem sofrer uma releitura, de modo a possibilitar fazermos uma crítica desta crítica.
O contexto dita, não raro, o rumo dos acontecimentos e responde com relativo sucesso as indagações do presente, fazendo com que vejamos o passado com os olhos do passado, sem anacronismo.
O Espiritismo foi uma coisa na França, foi e é outra no Brasil e não há mais o que fazer, pois os fatos já foram lavrados no tribunal do tempo.
Se isto é bom ou ruim, sinceramente, não sei...
Mas a literatura de Kardec está aí para ser consultada, revista, estudada...
Ademais, com o foco na melhoria moral impresso desde o início por Kardec, a essência do Espiritismo, com ou sem mudança de pátria já havia sido dada e, penso, é o que fica de mais importante e que nos une para todo o sempre...

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty A moral e a ética

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 14, 2021 7:06 pm

por Altamirando Carneiro

Quando o cidadão vê acontecerem as falcatruas, os crimes de toda ordem, cometidos por pessoas que deveriam dar o exemplo à sociedade, ele (o cidadão), que faz tudo para manter-se digno, pergunta a si mesmo se vale a pena permanecer assim.

Há que se lembrar a história da avezinha que molhava as asas no lago e espalhava as pequeninas gotas de água num grande incêndio da floresta, quando um gavião gozador perguntou-lhe se realmente ela desejava apagar o incêndio.

"Não, eu sei que não vou apagar o incêndio, mas, pelo menos, estou fazendo a minha parte", foi a resposta.

É importante a nossa participação em favor do bem comum.

Não importa que nossos familiares, nossos vizinhos, nossos amigos, nossos colegas não tenham o mesmo procedimento.

O pouco que fizermos contribuirá para uma sociedade melhor, um Brasil mais humano, um mundo mais feliz.

Jesus disse que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, que um rico entrar no reino dos Céus.

É que a riqueza confere muito poder material a quem a detém.

E se quem a detém não é dotado de moral suficiente...

A moral e a ética devem ser normas de conduta do cidadão bem educado.

Corromper-se por milhões, ou por mesmo por bagatelas, não vale a pena.

Pobres ou ricos, a nossa obrigação é a de sermos cidadãos úteis à sociedade em que vivemos.

Corrompermos com procedimentos vis é desviar-nos do objetivo maior que nos trouxe à encarnação na Terra.

Estamos aqui, principalmente, para servir, para sermos educados e fraternos para com o semelhante, para disseminarmos a paz.

Se ainda não corrigimos, é hora de fazê-lo, sejamos espíritas, ou não.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Sair do casulo do sofrimento

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 15, 2021 6:56 pm

por Bruno Abreu

Temos vivido dentro da imaginação do nosso pensamento.
Acreditamos ser possível conhecer a vida através dele, mas é apenas um engodo criado pelo desejo de suster o que é extremamente veloz e mutável.
Somos assustados pela velocidade estonteante da vida e o pensamento trata de criar as artimanhas a que recorremos para sentir segurança e confiança.
Estas últimas, são apenas palavras que descrevem uma sensação mental, tão verdadeiras quanto o seu criador.
Uma ideia ser fixa, não faz dela uma verdade, ninguém mata a sede com uma ideia estável e forte sobre a água.
Se a vida é mutável e impermanente, o pensamento tem os mesmos atributos, uma mudança constante, embora com intenção de fazer acreditar na estabilidade.
A única coisa que o pensamento mantém fixa é a existência de uma individualidade psicológica, depois tudo o resto passa por esta imagem sem sustentabilidade própria.
A segurança e confiança são duas ideias que tentam manter sustentabilidade destro deste mar em tempestade.
De certa forma é possível a imaginação da mente suster esta sensação.
Quando esta necessita, fabrica-a na hora, sem perceber o quanto é ilusória.
Estas duas ideias, sustentadas por sensações, não são as únicas ilusões criadas pela mente desatenta ao seu funcionamento.
O ser humano cria a sua vida através do movimento do pensamento, não percebendo o quanto perde por ver em uma pequena “televisão” a imensidão da existência.
Nada foge a este funcionamento, nesta construção cabe a imagem dos outros, mesmo aqueles que amamos, roubando-lhes a liberdade.
Incluímos nas nossas criações a religião e o religioso, por isso existirem tantos deuses, construídos pelos atributos e necessidades de cada pessoa.
Esta forma de vida cria a instabilidade e o conflito que a humanidade vive.
Depois de tudo construirmos mentalmente, sobra o desejo de que tudo seja como imaginamos, senão, porque teríamos construído?
Parecem dois carris da mesma linha de comboio, mas o primeiro foi colocado pelo pensamento, e o segundo pela vida, logo, não existe paralelismo durante muito tempo.
O dono da criação executa-a através do seu conhecimento, como consequência, e as características do efeito não podem ser diferentes da enorme limitação da causa.
Por outro lado, ou no outro carril, a vida é a gestora, com o enorme potencial e uma liberdade inimaginável, pois ultrapassa qualquer limitação da vontade e do desejo.
A ideia construída, mesmo que de forma inconsciente, sobre a vida, embatendo no real movimento desta, causa a indignação e a frustração tão conhecida pela humanidade. Isto leva-nos a longas épocas de desagrado, até aprendermos, ou o movimento da vida nos agradar.
Parecemos crianças mimadas abraçadas à teimosia.
Esta é a causa do conflito interno e externo.
É necessário crescermos, abandonando o apego à construção mental para vislumbrarmos o movimento da vida, pois não é este que nos causa o sofrimento, mas aquele a que nos apegamos por construção própria.
Qualquer um de nós pode percepcionar que o nosso descontentamento nasce na diferença do próprio desejo e do acontecimento.
O acontecimento está fora da nossa manipulação, é-nos entregue pelo universo, o desejo é uma criação nossa.
Dificilmente mudaremos o primeiro, mas o segundo é possível, através do desapego, acto tão difícil.
Desejar que as coisas tivessem acontecido como queríamos é querer mudar o passado, algo que percebemos com facilidade que é impossível.
Nós nos indignamos com o que aconteceu, e isso é o passado, mesmo que há uns minutos atrás.
Ficar preso a essa ideia é uma perda de tempo e, em especial, de paz.
Seguindo a lógica, percebemos que esta é uma realidade sofredora que vivemos desnecessariamente, só acontece porque não refletimos nisto, de vez em quando.
É demasiado óbvio que a manipulação da vida é impossível, mesmo que esta pareça decorrer temporariamente a favor do nosso desejo.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 15, 2021 6:56 pm

A vida não está sob nossa subjugação, é demasiado grande para isso.
Se não temos forma de subjugar a vida ao nosso desejo, existirá alguma forma de diminuirmos o nosso conflito?
O outro carril, como chamamos atrás, é o nosso desejo limitado de querer que a vida aconteça conforme a nossa vontade, o que poderemos alterar aqui?
Jesus chamou de Fé e resignação, a aceitação da vida como ela surge, o abandono do apego à construção mental.
Se eu não desejar que as coisas aconteçam e os outros sejam como eu quero, então não existirá conflito, percebendo que tudo tem um movimento próprio.
Esta forma de aceitar a vida leva-me para o presente, para agora, onde tudo se torna mais leve, redescobrindo a inocência da criança que em outrora senti.
Eventualmente, poderei perceber que o desejo de tudo correr como quero limitava a minha percepção sobre a beleza do movimento do universo.
É como ir dar um passeio com a mente carregada de problemas; não existirá proveito.
As coisas não têm de correr como eu quero, nem os outros serem como eu desejo, pois eu também quero ser livre e temos esse direito, logo, se transforma em um dever de dar liberdade aos outros.
Um homem pode ser livre em uma prisão, mas prisioneiro fora dela, qual a diferença?
O que difere é o poder do pensamento, onde nascem todos os desejos e as vontades que nos escravizam.
Somos escravos sem imaginar, do que nos surge na mente, sem percebermos sequer que não temos a total vontade sobre os mesmos.
Se você pensa o contrário, exija o seu término temporariamente, veja quem é o ditador?
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
O ser humano tem o direito de ser feliz, ou, pelo menos, não sofrer tanto.
Tenha a vontade de que isto aconteça e pergunte a si próprio como pode diminuir o cárcere do conflito.
Não permita que a sua mente seja a constante criadora da luta com a vida, mas ensine-a a ser leve e moderada, aproveitando a vida a cada minuto.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty "Naquela mesa está faltando ele"

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 16, 2021 7:33 pm

por Wellington Balbo

O ano era de 1969 e Sérgio Bittencourt, triste com a morte de seu pai, Jacob do Bandolim, compõe, num guardanapo de papel, a inesquecível canção "Naquela mesa", gravada por Elizeth Cardoso e, mais tarde, imortalizada na voz de Nelson Gonçalves.

Na minha infância escutei muito "Naquela mesa", que, ao menos para mim, exalava pura gratidão aos que se foram e deixaram um bem imperecível: a saudade.

A saudade, aliás, merece alguns comentários.
Vejo a saudade como uma “metamorfose ambulante”, conforme cantava o roqueiro Raul Seixas.

A saudade de nossos entes queridos, logo que partem, é uma saudade bem dolorida.

Natural, acabamos de nos despedir e as lembranças sempre trazem uma dor mais aguda.

Porém, em geral, o tempo vai passando e a saudade paulatinamente metamorfoseia-se, pois aquela saudade dorida perde espaço para uma saudade mais gostosa, que recorda os bons momentos com profunda gratidão por tê-los vivido.

Eis por que defino a saudade como esta metamorfose ambulante, pois sofre, ao longo do tempo, as mutações que a deixam mais amena e até prazerosa.

Recordo-me da desencarnação de minha mãe, julho de 1999.

No início, a saudade batia pesado.
Hoje, depois de alguns anos, é muito bom sentir aquela saudade do que vivemos.

Para quem tem o conhecimento da imortalidade da alma, a saudade é uma aliada.
Pois bem, deixemos um pouco a saudade de lado para falarmos sobre um texto de Kardec publicado na Revista Espírita, 1868, e com o título de: "A poltrona dos antepassados".

Diz Kardec que um amigo lhe contou sobre uma poltrona que havia na casa de um notável poeta e que nela ninguém se sentava.
É que a poltrona representava os antepassados, aqueles que deixaram sua história e marcaram a vida da família.
Mais do que um mero formalismo, a poltrona vazia trazia dois símbolos: gratidão e saudade.

Embora o que nos una seja o sentimento, e este não carece de vínculo material, posto que é de alma para alma, não deixa de ser emocionante encontrar histórias deste tipo, como as da canção "Naquela mesa" e o texto "Poltrona dos antepassados".

Talvez alguém mais rígido não entenda o que seja a poesia de uma lembrança, que muitas vezes, melodicamente, pede um símbolo material para aplaudir aqueles que já deixaram este palco.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Amigo libanês

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 17, 2021 7:22 pm

por Gebaldo José de Sousa

"Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta." - Ralph Waldo Emerson

Há vários séculos (cerca de 5000 anos!), o Líbano – por situar-se estrategicamente às margens do Mar Mediterrâneo e entre a Europa e a Ásia – sempre foi entreposto de comércio e transporte mundial.
A habilidade de seu povo em comerciar – desde os fenícios – certamente foi e é influenciada pelos factores acima referidos.
“A cultura do Líbano é uma miscelânea de várias civilizações, ao longo de milhares de anos.
Originalmente, o Líbano foi a terra dos fenícios e, posteriormente, ocupado por assírios, persas, gregos, romanos, árabes, fatímidas, cruzados, turcos otomanos e, franceses.”
Diferencia-se totalmente da cultura de outros países árabes, pela mente aberta, por suas várias Universidades, o povo alfabetizado, e tratarem a mulher com dignidade.
Além do idioma árabe, falam também o francês e o inglês.
O famoso cedro do Líbano margeia as encostas de uma de suas duas cadeias de montanhas.
Sua história e sua cultura é rica; seu povo, generoso.
Consta que, ao acolher um viajante, oferecem-lhe, entre outras coisas o café – para eles símbolo da fraternidade.
Por muitos de seus caminhos de pedra andou Jesus, a divulgar sua magnífica mensagem de harmonia e paz.
Após sua independência, em 1943, até 1975, Beirute (capital do Líbano), foi conhecida como a Suíça do Oriente Médio.
Europeus investiram maciçamente na região, estimulando o turismo, além de outros interesses que não cabe aqui indicar.
Após o ano de 1975, o país sofreu com sucessivas guerras.
Israel, oprimindo dolorosamente os Palestinos (embora sejam, em sua origem, povos irmãos), anexando partes de seu território, motivou sangrentos combates, de parte a parte.
Muitos palestinos emigraram para o sul do Líbano, na divisa com Israel, e, a partir dali, disparam seus ataques contra os judeus, atraindo retaliações que atingem não só os palestinos, mas também civis libaneses, de todas as idades.
Tais conflitos perduram há décadas, gerando dores incontáveis.
Em 4 de agosto de 2020 houve dolorosa e extraordinária explosão, no porto de Beirute, destruindo não só o porto, mas grande parte da linda cidade, agravando os já imensos sofrimentos de seus habitantes.
Espanta-me a mim a crueldade com que judeus tratam os palestinos.
Até parece que não foram vítimas do inconcebível Holocausto.
Será que se esqueceram dessa tragédia que se abateu sobre seu povo?
-.-
Entre os amigos sinceros que cultivo, admiro e respeito, conto com um de origem libanesa, de personalidade invulgar.
Veio muito jovem para o Brasil, onde aprendeu nosso idioma e até se tornou Professor de nossa língua pátria, que aprendeu a amar.
É sabido que nós brasileiros acolhemos fraternalmente irmãos de todas as pátrias, e que apreciamos sua rica diversidade cultural em várias áreas.
Temos enorme afinidade com árabes em geral – conheceram os mascates? –, japoneses, italianos e originários de todas as pátrias.
É notável que árabes e judeus – que se entre-devoram no Oriente, a se guerrearem há séculos, em nosso país convivem fraternalmente.
No Rio de Janeiro vivem lado a lado, no comércio.
Chegam aqui e se contagiam do espírito pacífico da maioria dos brasileiros.
Esses factos enriqueceram a cultura de nosso amado Brasil – amado também por todos que emigram para cá! –, que se enriqueceu, ao acolher tudo de bom que todos os povos têm!
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 17, 2021 7:22 pm

Nota-se essa influência não só na culinária riquíssima, mas na música e nas artes em geral!
E as suas apreciadas frutas?-.-
Voltando ao nobre amigo, destaco nele, entre outras virtudes, a serenidade, a afabilidade e a pureza de sentimentos.
Se um grupo no qual ele se encontra, mesquinhamente fala mal de algum ausente, após correr a roda da maledicência, volta-se para ele e indagam-lhe o que tem a dizer, ele generosamente responde:
– E ele não tem alguma virtude que possamos ressaltar?
Silêncio ensurdecedor se forma imediatamente, desfazendo-se o grupo!
Construiu bela família que, nestes últimos tempos, presentearam a ele e à esposa, com netos que os encantam e que amam permanecer na casa dos avós, pela ampla liberdade que ali usufruem!
“Dizem que quando Deus tem compaixão dos velhos, manda-lhes netos.”
Por amar sua família, valoriza muito frase de autor anónimo, que lhe repassei:
“A gente aprende a ser filho quando se torna pai; e aprende a ser pai quando se torna avô!”.
E sua generosidade?
Quando é para compartilhar ações que beneficiam os semelhantes, ele colabora prontamente.
E o faz com alegria estampada na face.
Disso, tivemos mais de uma prova.
Espero que nossa amizade se perpetue séculos afora e que se multiplique na Terra uma multidão de homens com esse belo caráter!

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Amor em triunfo

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 18, 2021 8:04 pm

por Jane Martins Vilela

São verdadeiramente difíceis os dias que vivemos.
Pessoas de vários credos religiosos têm dado seus depoimentos, desde que começou a onda da Covid.
Nesse último mês, são inumeráveis as famílias que têm narrado sua história de dor.
Algumas mães dizem que tiveram e se curaram e, seu filho, não.
Outra senhora narra que pegou e sarou, mas o cunhado e a cunhada não suportaram.
Outros falam de avós, de tios, de pai, de mãe, de irmãos, que partiram e deixaram saudades.
A situação está acometendo milhares de pessoas, interligadas por laços de afecto a alguém atingido que partiu, até mesmo amigos ou vizinhos.
Todas as pessoas envolvidas falam algo semelhante:
que a dor mostra que nenhum bem material é maior que o amor.
Que agora o mundo está percebendo que mais importante que o dinheiro é ter a pessoa querida ao seu lado, que os bens materiais são apenas usufruto e que o maior bem é a presença física do ser querido.
Poder cuidar dele, poder abraçá-lo e beijá-lo.
Ter sua presença.
Foi preciso uma doença dessa para despertar o espírito, imerso em desejos de bens transitórios.
Há uma história, infantil ou não, pois pode ser bem aproveitada pelos adultos, que nos ilustra o atual momento.
Encontramo-la em “O Livro das Virtudes II”, de William Bennett, intitulada “A Caverna Mágica”.
No conto, uma jovem mãe, que era pobre, tinha um filho querido, que ela muito amava.
No verão, num belo dia, em que os morangos na mata estavam muito lindos, ela saiu para colhê-los com seu filho pequeno, a quem levava pela mão.
Os morangos eram suculentos, doces e grandes.
Depararam-se com uma caverna, onde três lindas jovens se postavam, guardando a entrada.
Convidaram a mulher para entrar, pegar o quanto de ouro pudesse pegar de uma só vez.
A mulher entrou, levando o filho pela mão.
Pegou um punhado de ouro e o pôs no avental.
Mas o toque do ouro despertou nela uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.
No mesmo instante, ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz!
Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!
A porta da caverna se fechou.
Não adiantou a mulher implorar.
Não mais se abriu.
Desesperada ela ia lá todos os dias, até que não mais encontrou a caverna.
No ano seguinte, no solstício do verão, ela levantou-se cedo e correu até onde ficava a caverna.
Encontrou-a e as três jovens lá estavam e repetiram que levasse o quanto de ouro ela pudesse carregar.
Ao lado delas, estava o menino, com uma maçã vermelha na mão.
Ela nem olhou para o ouro.
Correu direto para o menino e o tomou nos braços.
“Boa mulher, disseram as jovens.
Leve o menino para casa.
Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.”
Simbolicamente, vivemos dias parecidos.
As pessoas correram demais atrás de bens materiais e agora observam que não há bem maior que o amor.
Que nenhum dinheiro vale mais que a presença do ser querido.
A humanidade se perdia no desejo material, no desejo dos prazeres transitórios.
As crianças estavam sem suas mães, que as deixavam em creches ou escolinhas, ou com babás.
Jovens adolescentes saindo de casa, por terem vivido na solidão, agora em companhia de drogas e morando nas ruas.
Meninas, adolescentes de 14 a 16 anos, que viveram os prazeres e engravidaram.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 18, 2021 8:04 pm

Consumidas pelas drogas, deixaram o filho para trás, com seus avós e foram morar nas ruas.
São tantos os relatos dolorosos que ouvimos!
Crianças de 8 a 9 anos nos dizendo, em sua visão infantil, sem compreenderem a necessidade tão grande de dinheiro pelos pais, a falarem:
“Minha mãe não gosta de mim!
Só trabalha para ter coisas!
Sou a única da escola que, quando tem uma comemoração ou teatro, minha mãe não vai.
As mães dos meus coleguinhas vão!”.
É isso o que fica gravado. O abandono.
Não se incomodariam de ter menos, mas de ter a presença.
Depois vão-se acostumando e o desejo de amor, em muitos, vai esfriando.
Recebem a mensagem de que ter é mais importante.
É preciso amar, pois o máximo de amor que temos ainda é aprendizado de amor.
Estamos em exercício de amor ao próximo e a nós mesmos, amando a Deus pelas nossas atitudes no quotidiano.
Essa doença tem mudado muitas coisas.
A visão da importância da presença querida está se acentuando.
Agora é o momento de lembrar quando Jesus disse que aquele que estivesse em Jerusalém não descesse para Jericó.
Jerusalém era na época a cidade santa, onde se reuniam para orações no templo.
Simbolicamente demonstrava a espiritualidade.
Jericó era a cidade rica, do comércio ativo, representando a materialidade.
Então, Jesus nos pediu que na hora difícil, quem já tivesse alcançado a espiritualidade, se mantivesse nela, não descesse para a materialidade.
Observemos a lição da dor.
A materialidade cede e há a ascensão para a espiritualidade.
Todos oram por todos.
O templo já não é mais em Jerusalém, muito menos no monte Garizim.
O templo é o coração dos homens.
O santuário é sua casa.
Todos orando pelos aflitivos momentos do mundo.
A presença querida é redescoberta.
O amor se torna o bem maior.
A mãe já não corre tanto com o tesouro nas mãos esquecendo seu filho.
Seu filho agora é mais importante. Aprendeu.
Estamos todos aprendendo, e, no final, sabemos que o amor vencerá.
Estamos mergulhados na abençoada energia do amor, no corpo de Deus, que é seu universo.
Chegaremos ao mais puro amor um dia.
Nossa esperança aumenta, na medida em que vemos um número cada vez maior de pessoas solidárias, entendendo que o momento é de amar, ter fé e servir sempre ao bem.
Mantenhamos a esperança!
Somos imortais, filhos de Deus, e o bendito amor haverá de triunfar, quando as lições estiverem bem aprendidas.
Lições de fraternidade, de amor, de paz.
Até lá, tenhamos paciência e continuemos a nos esforçar por melhorar sempre e amar mais.
Caminhemos com Jesus.
Seus ensinos nos sustentam.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Dias melhores

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 19, 2021 6:05 pm

por Nilton Moreira

Certa feita o poeta disse que “vivemos esperando por dias melhores”.
Certamente o poeta em sua inspiração, há 20 anos, previu que atravessaríamos uma turbulência muito grande como a que toma conta do Planeta.
Mas será que é possível termos dias melhores se temos visto nos noticiários que esta pandemia está ainda em fase de crescimento?
Eu respondo que sim, e são várias as máximas que nos dão ânimo nos momentos difíceis, como “depois da tempestade vem a bonança”, “não há mal que dure para sempre”, “nada como um dia após o outro”, “há males que vêm para o bem” e tantos outros.
O que importa é desenvolvermos em nosso coração a paciência, esta virtude que está muito bem explicada lá no Evangelho e que foi ditada por um Espírito Protetor.
A paciência nos proporciona harmonia que reflete no corpo material, e, portanto, nos melhora a saúde e fortifica nosso sistema imunológico.
Realmente a tristeza atinge a todos nós, pois temos sempre um amigo, parente ou conhecido que desencarnou em razão da peste que assola a Terra, mas a tristeza sempre fez parte da nossa vida por outros motivos.
A nossa trajetória aqui é de batalhas, de muitas lutas, isto mesmo antes de nascermos quando ainda estava sendo preparada nossa reencarnação, foi escolhido entre tantos espermatozoides um que deveria chegar primeiro ao óvulo, lembram?
Está lá no livro Missionários da Luz do nosso saudoso Chico!
Foram aplicados passes magnéticos para ajudá-lo na trajectória.
Depois passamos meses numa barriga, alguns com muita paciência, outros nem tanta, até que nascemos numa explosão de energias, e, ao longo da adolescência e depois adulto, sempre lutamos para ocupar nosso espaço.
Sempre fomos vencedores e é para ser assim que Deus nos criou.
Então não é agora por causa de uma pandemia que vamos esmorecer.
Lutemos com todas as forças para sairmos vitoriosos e fazermos parte destes “dias melhores”.
Lembremos que a Terra é um palco de provas e expiações e, portanto, ninguém vem para lazer e deixar a vida lhe levar como disse um outro poeta!
Viemos para embates.
É isso que o Criador espera de nós, pois sem garra não venceremos.
É preciso que façamos nossa parte.
Não interessa que os outros deixem de fazer.
Fiquemos em casa quem pode ficar, e quem tiver que sair para trabalhar o faça com cuidados, procurando distanciar-se de outrem, usando máscara e praticando higiene principalmente das mãos.
Se não tiver álcool, as lave com sabão.
Agindo assim certamente chegaremos a “dias melhores”.

Paz a todos.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Escolhas nossas de cada dia

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 20, 2021 6:15 pm

por Rodinei Moura

Você aporta nesta estação para um grande curso, mais intensivo do que extensivo.
E começa a ter que fazer escolhas e tomar as rédeas da situação.
E se você foi saber somente aos dezoito anos o que é responsabilidade, o que é ter que trabalhar para pagar a própria comida, já pode começar por esta escolha:
entre agradecer por desconhecer a miséria ou lamentar por não conhecer toda a realidade da vida.
Mas não importa a condição social à qual pertença, não é um viajante privilegiado.
Apenas veio cursar algo diferente, o seu curso.
Colher a lição que precisa, para enriquecer seu espírito.
Mas, na escola da vida, em comum, invariavelmente, existe a dor.
E você escolhe se é sofrimento ou lição. Se isso vai torná-lo melhor ou pior.
Você vai se separar de pessoas muito especiais no meio desta caminhada.
Ela retorna ao mundo de origem dos Espíritos, ou simplesmente resolve seguir um caminho diferente do seu.
E você decide se chora e segue em frente, usando a dor e as lembranças para viver de tal forma que um dia o reencontro seja possível, ou retarda tudo com sua rebeldia.
Você ganha às vezes e perde outras vezes.
E quando ganha escolhe se vai ser um exemplo de generosidade ou do que não se deve ser.
A sua vida, ainda que não perceba, ecoa pela vida afora e inspira outras pessoas.
Quando você tem sucesso, você toca as multidões e faz pessoas perseguirem seus sonhos.
Quando você tem sucesso e humildade, você toca a essência dos seres e faz almas não se esquecerem da velha preocupação dos antigos filósofos:
"De onde viemos e aonde vamos".
Quando você perde, você escolhe entre desistir e seguir em frente, mais forte e mais sábio.
Você escolhe, muito mais nas dificuldades, entre apenas ter ou ser.
Ou melhor ainda, entre a ilusão de ter, quando na verdade nada temos, e a sabedoria de buscar se superar a cada turbulência.
De tentar conseguir a incrível façanha de descobrir qual o seu papel neste mundo.
Até que você desconfia, vislumbra, a que veio.
E escolhe ser mais teimoso que tudo. Resolve vencer o que seja preciso para não sair de cena antes da hora.
A não entregar o jogo, não importa quão cansado esteja.
Até que você entende que a grande jogada deste jogo é o equilíbrio.
É continuar seguindo em frente, sempre em frente, invariavelmente em frente.
Sem perder a capacidade de amar.
Sem deixar seu coração esfriar. Sem deixar de ser idealista.
E você descobre que o amor, no microcosmo, é se relacionar fielmente com alguém.
É prometer e entregar um coração para outra pessoa, que quer fazer o mesmo.
É construir com ela uma vida, ter e educar filhos.
E que o amor, no macrocosmo, é renunciar a tudo isso para servir algo maior sem recompensas imediatas.
É ver na humanidade sua família e estender sua tolerância e generosidade a níveis muito maiores.
É fazer da sua profissão uma escolha em ser útil, antes de pensar na renda.
O amor no macrocosmo é difundir a necessidade de construcção de um mundo melhor, através de seus exemplos e imensos sacrifícios, ainda sabendo que você não estará nele.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Ver e sentir

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 21, 2021 7:25 pm

por Rogério Coelho

Quem se deixe tocar por Ele, nunca mais viverá bem sem a Sua presença.
“Um jovem rico viu-O; uma mulher equivocada sentiu-o, e seus destinos se assinalaram de forma diversa.” - Joanna de Ângelis[1]

A esperança de determinadas pessoas, mormente as que sofrem o prejuízo de seitas que analisam de forma superficial as letras evangélicas sem penetrar-lhes a essência, é ver a Jesus tão logo saiam deste mundo pelas inevitáveis injunções do decesso somático.

Quantas se decepcionam, haja vista as manifestações dessas criaturas nas reuniões mediúnicas!...

Vai um longo pego entre ver Jesus e senti-lO.
O ver reveste-se de superficialidade; o sentir já implica profundas mudanças íntimas...

Todas as pessoas que sentiram Jesus jamais foram as mesmas, transformando-se em Suas cartas-vivas de luz e vida para toda a humanidade.

Joanna de Ângelis acena-nos com formosas alvíssaras quando afirma1:
“(...) o nosso encontro com Jesus não é casual, senão um compromisso adredemente estabelecido.

Ele tem conhecimento de nossa rota e é o timoneiro da embarcação, que conduz com proficiência e sabedoria.

Portanto, acalma as tuas necessidades e submete-as à Sua orientação, a fim de que sigas em paz.
Há convites perturbadores em toda parte, conclamando-te ao desequilíbrio, e te apresentas quase ilhado no tumulto das paixões asselvajadas.

Se já consegues percebê-lO, escuta-O nos refolhos d`Alma, deixando que Suas mãos te conduzam à barca.

Não recalcitres e não reclames...
Intenta aproximar-te d`Ele pela doçura e resignação, vencendo o espaço que medeia entre ambos.

Impregna-te da vibração que Ele irradia e plenifica-te, de modo a dispensares outros alimentos que te pareçam imprescindíveis.

Quem vê Jesus não O esquecerá. Todavia, quem se deixe tocar por Ele, nunca mais viverá bem sem a Sua presença”.

[1] - FRANCO, Divaldo. Momentos de felicidade. Salvador: LEAL, 1991, cap. 9.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Antes de partir, você já pensou o que quer…

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 22, 2021 6:49 pm

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

A vida é nobre e precisamos vivê-la, pela graça que recebemos de Deus.
Meu amigo Jorge Sabino de Figueiredo sentia o coração alterado e estava cheio de esperança para que a cirurgia a que seria submetido o levasse ao reequilíbrio, aos 65 anos de idade.
Jorge era casado com Maria José de Camargo Figueiredo, e ambos se dedicavam ao bem do próximo, agora aposentados, trabalhando como voluntários junto à Adusmec.
Não resistiu à cirurgia e retornou à vida espiritual no dia 3 de setembro de 2020.
Deixa saudades pela amizade e bem que fez, e temos certeza de que, de coração renovado, vai continuar a servir à causa do próximo.
Estávamos em setembro, todos propagando que esse é o mês da prevenção ao suicídio, quando muitos aflitos e enfermos da alma se despedem do corpo em atitudes brutais.
Nessa hora tem gente que se revolta porque Deus não coloca cabresto em tudo.
Queriam tudo controlado pelo poder do Altíssimo, para só ocorrer o bem.
Tem gente que acredita que Deus cuida de tudo.
Até citam o Salmos 23:1:
“O Senhor é meu pastor e nada me faltará...”.
Claro que o Ser Soberano que nos dá vida graciosamente também nos dá o livre-arbítrio.
E a vida vai nos ensinando que nada nos faltará de bom se nos dedicarmos a fazer o bem, e de sofrimento, se fizermos o mal.
É a lei de retribuição ou de retorno.
Conforme afirmou Jesus:
“A cada um segundo suas obras”.
No site do Jornal Metrópoles, de Brasília, a jornalista Leilane Menezes conta emocionante história de um adolescente que queria viver e que, quando soube que não seria possível continuar nessa dimensão, pediu duas coisas:
um lanche do McDonald’s e um carrinho de controle remoto que custava próximo de mil reais e que sua mãe não tinha condições de comprar.
Lucas Rodrigues saboreou o sanduíche acompanhado de batatas fritas e refrigerante, ao lado da mãe, Claudinete Rodrigues, que, aos 15 anos de idade dele, o devolveu à Vida Maior, dizendo:
“Deus me emprestou o Lucas para eu cuidar.
Chegou a hora de devolvê-lo”.
Lucas Rodrigues, aos 12 anos, sentiu fortes dores na perna esquerda.
Descobriu tumores no fémur.
De repente, não podia mais jogar futebol, subir em árvores ou ir à escola.
Passou de hospital em hospital, até encontrar atendimento.
Foram 3 cirurgias, muitas sessões de químio e radioterapia.
Até que, aos 15 anos, o câncer teve metástase – o que significa que a doença se espalhou por vários pontos do corpo.
Com as opções de tratamento esgotadas, entrou para a categoria de pacientes em cuidados paliativos.
Ia aos hospitais de Brasília para tomar morfina e fazer terapias que amenizassem a dor.
Nos outros dias, sentava-se por breves momentos na porta de sua casa, no Jardim Ingá, em Luziânia, encarando a rua sem asfalto onde meninos como ele jogavam bola e corriam.
“É muito triste pensar no resto da vida e o tempo ser tão pouco”, dizia.
Muitas vezes, Lucas relutou ao ter alta no hospital.
Não queria voltar para casa, pois a pobreza o esperava.
“O banheiro vive estragado, meu quarto não tem porta ou forro no tecto.
Se chove, alaga.
No hospital eu fico melhor”, dizia, para tristeza da mãe, que tem outros 11 filhos e nenhum emprego.
O menino sonhava em ser engenheiro mecânico.
Não conseguiu terminar o ensino fundamental, por conta da doença...

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Eu tenho esperança…

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 23, 2021 8:39 pm

por José Lucas

Que o mundo deixará de ter guerras e viverá em paz.
Que todo o ser humano terá o essencial para comer.
Que qualquer Homem terá uma habitação condigna.
Que a Humanidade terá o necessário para viver.
Que todo o ser humano sentir-se-á útil na Sociedade, com trabalho.
Que a saúde seja gratuita e igual para todos, ricos e pobres.
Que as crianças e os jovens tenham livre acesso à instrução escolar.
Que haja um ordenado máximo possível.
Que a remuneração do trabalho efetuado seja justa e digna.
Que a mãe Natureza seja respeitada e cuidada pelo Homem.
Que os dirigentes políticos sejam servidores honestos do povo.
Que na Sociedade deixe de haver privilégios de qualquer espécie.
Que o Homem seja honesto, justo, transparente e bom.
Que o bem comum seja sempre colocado acima do bem pessoal.
Que o Homem seja fraterno, solidário e caridoso para com o próximo.
Que o ser humano colabore em vez de competir.
Que cada um de nós faça ao próximo o que deseja para si próprio.
Eu tenho esta esperança, porque existem provas de que a vida continua noutra dimensão (espiritual), noutro estado existencial e vibracional.
Eu tenho esta esperança, porque está comprovada cientificamente a reencarnação e, por esse mecanismo, nascem na Terra Espíritos mais evoluídos, sedentos de paz e justiça.
Eu tenho esta esperança, porque a evolução intelectual e moral é uma Lei da Natureza.

Eu tenho esperança…

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Por que penas eternas e não sempiternas?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 24, 2021 6:45 pm

por José Reis Chaves

A maioria dos que são nossos leitores já sabe a diferença entre as palavras ‘eterno’ e ‘sempiterno’ nos textos da Bíblia.
Porém, vou explicá-la novamente e com mais detalhes, por atenção aos nossos novos leitores, o que farei no corpo desta matéria, onde há mais espaço para uma abordagem melhor do assunto, que é bastante complexo e desconhecido do grande público.
O adjectivo ‘eterno’, em grego “aionios”, significa tempo indeterminado e não sem fim como foi entendido por parte dos teólogos do passado.
Aliás, desde o início do cristianismo, sempre houve uma tendência de parte dos teólogos para exagerar, não tanto o amor de Deus para conosco, mas para exagerar as ameaças Dele contra os que não obedecem às suas Leis, o que se deve muito às influências das ideias vingativas de Deus do Velho Testamento.
Assim, de facto, em vez de interpretarem as palavras “aionios” em grego e ‘eterno’ em português, com o sentido correto de ‘tempo indefinido’, parte dos teólogos entendeu erradamente essas duas palavras, dando-lhes o sentido de ‘tempo sem fim’ ou ‘para sempre’.
“Ateleíotos” em grego é que significa ‘tempo sem fim’.
E, em português correto, é traduzido por ‘sempiterno’.
Já “aionios”, como já vimos, é tempo indefinido, traduzido para o latim “aeternus” e o português ‘eterno’.
Pelo exposto, vimos que está correta a tradução de “aionios” por ‘eterno’, mas a interpretação desse termo ‘eterno’ por ‘tempo sem fim’ é que está errada, mas, lamentavelmente, assim ficou em nossa língua e outras de alguns teólogos de todos os tempos. Poderíamos dizer, talvez, que são fenômenos variáveis da Linguística, envolvendo a linguagem clássica dos literatos e a linguagem simples do povo.
Reiterando que “aionios” no grego é tempo indefinido, lembramos que no hebraico do Velho Testamento, também, há o termo equivalente ao do grego “aionios”:
“ôlam”, cujo sentido é igualmente tempo indefinido, desconhecido.
E eternidade, no sentido que entendemos hoje em grego, é “aidios”, e, em latim, como já vimos, é “sempiternus”.
Ademais, na Bíblia se fala em mais de uma eternidade.
“Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade em eternidade.” (Salmos 103: 17).
O Mestre dos Mestres disse:
“Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo” (São Mateus 5: 26).
Isso quer dizer que, pago o último centavo, o indivíduo não vai pagar mais nada, e nos mostra que ‘eterno’ (“aionios” em grego e “aeternus” em latim significam mesmo um ‘tempo indefinido e não sem fim, que seria em grego “ateleíotos”, em latim sempiternus e em português sempiterno.
As penas são mesmo ‘eternas’ e não ‘sempiternas’.
E isso joga por terra totalmente as chamadas “penas eternas do inferno”!

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Na erraticidade

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 25, 2021 7:04 pm

por Raymundo Rodrigues Espelho

Conhece-te a ti mesmo, e o teu saber iluminará o Universo.” – Sócrates

Contou-nos certo dirigente de um centro espírita que um veterano orador certa feita, em uma de suas costumeiras palestras na casa, fez uma afirmativa não muito de acordo com os ensinamentos da doutrina.
Disse ele que os Espíritos têm um prazo fixo para permanecerem na erraticidade.
O confrade dirigente, discordando da afirmativa do orador, foi depois ter uma conversa com o orador, que sempre trouxe suas palestras dentro das bases da Codificação.
E entendeu o que houve.
Um facto mais comum do que pensamos.
Nosso orador leu tal informação em obra que traz conteúdo em desacordo, traz “novidades” que muitos oradores descuidados não percebem, que muitos conceitos passam longe da lógica da doutrina.
Buscando autores duvidosos, muitos conceitos são entendidos de forma errada e acabam criando confusão no entendimento do Espiritismo.
No capítulo 6 de O Livro dos Espíritos, que trata da vida espírita, na questão 223, Kardec pergunta:
- A alma reencarna logo depois de se haver separado do corpo?
- Algumas vezes reencarna imediatamente, porém de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos.
Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata.
Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase de todas as suas faculdades de Espírito, sendo seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.

Na questão 224, temos:
- Que é a alma no intervalo das encarnações?
- Espírito errante, que aspira a novo destino que o espera.

a) Quanto podem durar esses intervalos?
- Desde algumas horas até alguns milhares de séculos.
Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prorrogar-se muitíssimo, mas não é perpétuo.
Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada.

Concluindo:
Precisamos consultar outras fontes, se temos aí Kardec e os Espíritos que o assessoraram com mediana clareza?
Agir diferente disso não é querer inventar?
Não será o caso de querer mostrar uma sapiência que não temos?

Raymundo Rodrigues Espelho é autor do livro Retalhos de recordações.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty A quem beneficia?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 26, 2021 6:42 pm

por Ricardo Baesso de Oliveira

As tarefas espíritas são, para muitos de nós, fonte de imensas alegrias e grande prazer.
Mas esse prazer equivale, algumas vezes, ao mesmo prazer que decorre de actividades como pesca submarina, jogo de sinuca ou uma partida de futebol com os amigos:
apenas um acontecimento prazeroso.

Gostamos da Doutrina Espírita (como outros gostam de viagens longas, ou churrasco na laje) e nos sentimos bem com as actividades espíritas, onde encontramos os amigos e realizamos tarefas que nos permitem demonstrar nossas habilidades.

Nada mal nisso, mas pobre e insuficiente para quem, de verdade, quer fazer do Espiritismo algo mais que um divertimento, mas um empreendimento que traz benefício para outros.

Necessário, portanto, que em nossas iniciativas espiritistas, sejam quais forem, nos perguntemos:
que benefícios essas atividades trazem àqueles que compartilham connosco as experiências corpóreas?

A minha palestra, o meu artigo, a descrição que faço de uma experiência pessoal, o grupo criado, a iniciativa inventada, de alguma forma, torna o meu semelhante melhor, alivia a sua dor, esclarece as suas dúvidas, sensibiliza-o para melhoramento pessoal, dá-lhe esperança, reforça sua fé?

Se as respostas a essas indagações forem não, estamos agindo aquém do que poderíamos.
Um ato moral é aquele que consciente e voluntariamente interfere positivamente no bem-estar de outros.
O conhecimento espírita necessita, de alguma forma, render, gerar frutos, valer a pena, apresentar algo de bom, útil, nobre e belo.

Se nossa actividade espírita não contempla isso, fazemos pouco!

Lembra o benfeitor Emmanuel:
A questão fundamental é de aproveitamento.
Indubitável que a cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao seguro ministério do bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do crente ambiciona a santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da vida, é indispensável se ocupe nas coisas sagradas do espírito, não por vaidade, mas para que o seu justo aproveitamento seja manifesto a todos. [ i]

[ i] Vinha de luz, cap. 14.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Fé, esperança e caridade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 27, 2021 7:13 pm

por Wagner Ideali

Se tivessem a fé de um grão de mostarda, transportariam montanhas. - Jesus

Tema recorrente dentro da Doutrina espírita, mas sempre vale a pena conversar um pouco mais, pois nossa evolução depende muito desses três ensinamentos.
Nas nossas preces sempre pedimos a Deus ‘dai-nos a fé’, assim ficamos aqui pensando sobre essa nossa colocação de muitas vezes pedir fé.
Fé, vem do latim, que significa firme opinião de que algo é verdade, sem a necessidade de prova ou um critério objectivo.
Esperança, um estado de espírito que acompanha a fé.
Elas são amigas inseparáveis.
Fé e esperança podem ser comparadas ao Sol e à lua.
A lua não tem luz própria, mas usa da luz do Sol para brilhar.
Assim a esperança depende da fé para se estabelecer em nossas vidas.
A fé na doutrina espírita diferencia-se um pouco dos demais segmentos religiosos, pois ela se baseia dentro de um estudo criterioso, ou pelo menos deveria ser assim, nos dando uma esperança para dias melhores, seja na matéria ou na vida espiritual, dentro do conhecimento das imutáveis Leis de Deus e de nossas acções positivas, éticas e construtivas.
Ter esperança na verdadeira justiça e não na justiça humana que em muitas vezes está adequada a interesses e épocas.
Precisamos desenvolver a esperança do justo, daquele que procurou fazer de seus pensamentos, palavra e actos, provas de verdadeira caridade, trabalho e mudanças íntimas profundas.
Justamente a fé e a esperança nos fazem lembrar da frase de Chico, quando ele dizia, isso vai passar...
Quando ele nos convida a ter paciência, tolerância e força de vontade, para resistir aos problemas que aparecem, pois são como tudo nessa vida, temporário.
Como alguém pode dizer que uma tormenta ou uma alegria vai passar?
Porque está balizada na fé em Deus e na esperança de suas Leis.
Pois a única alegria que nunca vai passar será aquela que tem como base a caridade, pois essa é a alegria de servir.
Precisamos desenvolver a caridade no olhar, no falar, no pensar, nas ações e tudo aqui que venha enobrecer o homem.
Assim, dentro da fé profunda e da esperança activa, construiremos o maior de todos os sentimentos do homem de bem, a caridade, na sua mais profunda expressão de amor e dedicação ao próximo.
Caridade, como nos ensina Paulo, é a maior de todas as virtudes do espírito; fé e esperança são sentimentos nobres que devem e precisam ser cultivados, mas a que vai calar profundamente dentro de nós é a caridade.
A fé nos faz acreditar, a esperança nos leva a esperar e a Caridade nos faz agir.
Caridade também chamada de Amor.
Precisamos entender que o exercício da Caridade realiza no íntimo do ser profundas mudanças que nos conduzem à fé, consequentemente à esperança, pois podemos ver os frutos dessa luta incessante.
Hoje passamos momentos difíceis, mas na época de Jesus as coisas também não eram fáceis.
O nosso grande problema está na nossa necessidade de exaltar nosso ego.
Muito difícil em nossas atividades, decisões e comportamento, aniquilar ou pelo menos reduzir nossas vaidades, portanto, nosso orgulho.
Mas hoje muitos companheiros de jornada enfrentam grandes dores, problemas de saúde, financeiro, entre outros, e nós precisamos nessa hora realizar tudo aquilo que está ao nosso alcance e quem sabe ir mais além.
Tudo segue o rumo preparado por Deus; devemos confiar, seguir e agir no caminho do bem.
Por isso disse Jesus:
A minha paz vos dou, a minha paz vou deixo, mas não a paz do mundo...
Lembre-se sempre que na espiritualidade temos muitos irmãos torcendo por nós e nos ajudando, por isso devemos cultivar a fé e a esperança, mas nunca a fé cega.
Também vamos sempre trabalhar pela fé e com a caridade.
Precisamos sempre fazer com que as nossas acções sejam marcadas pela caridade pura.
Essa Caridade estará sempre baseada na fé e na esperança que não morre jamais.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Auto-motivação: combustível para o espírito

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 28, 2021 7:10 pm

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

Conforme nos esclarecem as entidades espirituais, voltamos ao cenáculo físico para o enfrentamento das nossas (ainda) imensas imperfeições, bem como cumprir relevantes desígnios que o Criador nos inspira a fixar.
Assim sendo, cada um de nós traz em sua bagagem uma “lista” relativa ao que nos compete realizar, subtilmente gravada em nosso subconsciente.
Na monumental obra, O Livro dos Espíritos, de autoria de Allan Kardec, temos (ver a questão nº 132) o esclarecimento de que Deus estabelece o mecanismo da encarnação como único meio de chegarmos à perfeição.
No entanto, cumpre entender que para uns ela funciona como experiência expiatória, enquanto para outros tem o caráter de missão.
Sejam quais forem os objectivos delineados pelo Pai Celestial a nosso favor, importa compreender que para atingirmos um dia tal condição, é necessário que soframos todas as vicissitudes e reveses inerentes à via corporal.
Em tal imperativo, portanto, reside a expiação.
Não obstante, o outro aspecto da encarnação que devemos considerar, é o facto de que Deus nos proporciona as condições adequadas para suportarmos a parte que nos cabe na obra da sua criação.
E ao obedecermos às directrizes de Deus, cooperamos automaticamente para a obra geral e, por extensão, avançamos em sabedoria e amor.
Indo um pouco mais adiante, Kardec questionou (questão nº 576) as entidades se os Espíritos seriam predestinados à execução de uma missão importante, assim como se teriam dela conhecimento.
E a resposta foi clara:
“Algumas vezes, assim é.
Quase sempre, porém, o ignoram.
Baixando à Terra, colimam um vago objectivo.
Depois do nascimento e de acordo com as circunstâncias é que suas missões se lhes desenham às vistas.
Deus os impele para a senda onde devam executar-lhe os desígnios”.
Curiosa essa resposta e ao mesmo tempo convidativa à reflexão.
Conclui-se por ela que temos um plano traçado previamente pelo Criador não havendo espaço, assim, para o acaso.
De modo geral, pode-se crer que, se o nosso livre-arbítrio for bem empregado, provavelmente não nos desviaremos dos objectivos estabelecidos.
Revendo recentemente este assunto, fui compelido a ligá-lo a um acontecimento digno de nota.
Explicando melhor, o dia 18 de fevereiro passado ganhou notoriedade não apenas na história da exploração espacial.
Recordando: a rover Perseverance, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o mais sofisticado veículo de exploração já enviado pela humanidade ao espaço, pousou com sucesso em solo marciano quase sete meses após deixar a Terra.
Não bastasse o extraordinário feito, que merece todos os encômios dado que coloca a nossa civilização num outro patamar nesse campo, pela primeira vez, uma aterrisagem em outro mundo foi narrada em espanhol.
Algo nada desprezível considerando que o inglês é, de certo modo, a língua oficial do planeta.
A responsável por tal iniciativa foi a engenheira aeroespacial colombiana Diana Trujillo, directora de voo dessa missão.
A propósito, o objetivo desse empreendimento é encontrar vestígios de actividades microbianas no planeta vermelho.
Mas, segundo o seu relato ao jornal El País, “O objectivo era que este momento histórico chegasse não só aos cientistas e aos engenheiros que falam inglês, mas também às avós, aos avôs, às mães, aos pais e sobretudo às meninas e meninos da América Latina e Espanha".
Além do fato em si, o que chama a atenção é a própria história de Diana, isto é, de como ela chegou à Nasa, assumindo um cargo tão expressivo.
Num vídeo publicado pela agência espacial americana, ela esclareceu que “limpava casas” e hoje está empenhada em “descobrir se existe vida em outro planeta".
A sua origem é relativamente modesta.
Conforme a reportagem do UOL apurou, ela nasceu na cidade de Cali, na Colômbia, e lá viveu no país até os 17 anos, quando decidiu literalmente buscar outros horizontes indo para os Estados Unidos sem dinheiro e sem falar inglês.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 28, 2021 7:11 pm

A sua experiência de vida é digna de menção, pois cresceu na Colómbia na década de 1980, época em que aquele país era assolado pela violência extrema.
Aparentemente, foram o medo e a insegurança decorrentes daquele cenário macabro que a impulsionaram para o céu.
Diana confessou numa live que apreciava se deitar sobre a grama, sentindo o cheiro da terra e das plantas, enquanto apreciava a imensidão.
Mais ainda: ela sentia segurança em simplesmente olhar para as estrelas.
Em suas palavras, “É insano o quanto de paz o céu pode trazer.
Nada está colidindo com nada, nada parece estar brigando.
Tudo parece óptimo.
Cada estrela é um mundo em si mesmo, além de serem mágicas por si só".
Ao concluir o colégio, ela se mudou para os Estados Unidos visando aprender inglês.
Levou consigo apenas 300 dólares, único dinheiro que conseguiu economizar antes da viagem.
Diana admitiu que a ideia de ir para o exterior tinha sido do próprio pai ao notar seu interesse pela ciência, assim como pela sua opinião de que ela poderia ter um futuro melhor no referido país.
No entanto, como nada na vida são flores, ao chegar em Miami, se viu forçada a encarar a atividade de faxineira – única maneira de angariar recursos para frequentar o curso do idioma, que durou três anos.
Ela relatou que um dia, “por acaso”, leu uma reportagem que aludia ao papel das mulheres na Nasa - a maioria delas ocupando carreiras de engenharia e medicina.
Tal leitura lhe foi altamente inspiradora, pois, conforme contou ao jornal El Tiempo, embora não falasse fluentemente inglês, era competente em matemática.
Assim sendo, decidiu que era aquilo o que iria fazer na vida profissional.
Posto isto, é inevitável ficar imaginando a “mãozinha” do Além soprando-lhe sugestões para perseguir bons caminhos e decisões...
Estando na faixa dos 20 anos, ela se sentia um tanto "velha" para os padrões dos graduandos nos EUA.
Apesar dessa inquietação, decidiu matricular-se no curso de Engenharia Aeroespacial na Universidade da Flórida.
Durante o curso teve a oportunidade de ter mais contacto com coisas tecnológicas – na verdade, apenas alguns minutos durante as aulas, em computadores sem internet.
Mas também foi nessa época que conseguiu ser a primeira mulher imigrante (e hispânica) a ser admitida na Academia da Nasa, através de um programa de treinamento para estudantes universitários em que a agência espacial buscava novos talentos.
Na vida quase sempre encontramos um “padrinho”, “benfeitor” ou “mecenas” que nos abrem portas.
De certa maneira, são colocados por Deus em nosso caminho para que possamos avançar em nosso plano existencial. Indubitavelmente, esse também foi o caso de Diana.
Afinal de contas, pouco depois ela conheceu um pesquisador da Universidade de Maryland, cujo trabalho focava em robôs usados em operações espaciais, e que a convenceu a trocar de escola.
Desse modo, Diana passou a fazer parte da equipa de pesquisa liderada por ele e, assim, obteve uma oportunidade profissional no departamento de educação da Nasa como gerente de operações da Academia.
No fim de 2009, já formada, Diana se mudou para Los Angeles com o marido e participou de um processo selectivo para trabalhar no Laboratório de Propulsão a Jacto da agência espacial.
A partir daí, Diana se engajou activamente em muitos projetos e, agora, não há mais limites.
O seu caso é, sem dúvida, emblemático em matéria de auto-motivação.
Concluindo, façamos a nossa parte.
Jamais deixemos de sonhar e aprender.
Se estivermos, de facto, imbuídos de bons ideais e pensamentos, a nossa vez certamente chegará um dia...
O que é inquestionável é o facto de que Deus sempre zela por nós.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty O Além estimulando a implantação do Esperanto

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 29, 2021 6:28 pm

por Aylton Paiva

O médium Francisco Cândido Xavier transmitiu, para o espírita e esperantista Ismael Gomes Braga (1), belíssima mensagem do Espírito João Ernesto, estimulando-o no estudo e divulgação do Espiritismo e do Esperanto, conforme consta em páginas de Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, em julho de 1940.
Ismael informa que:
João Ernesto foi autodidata, fez-se notável guarda-livros, maestro e compositor de fama, aprendeu muitas línguas, tornou-se ardoroso propagandista do Espiritismo e do Esperanto e os defendeu até a sua desencarnação.
Pela sua elevada cultura e retidão de conduta, preencheu várias vezes o lugar de promotor de Justiça nas vagas dos promotores efetivos, por nomeação de Juízes de Direito locais.
Em 1904/5 publicava ele textos em Esperanto no jornalzinho O Cinzel, e artigos de propaganda do Espiritismo em A folha do Povo e outros jornais.
Por volta de 1907 pôs-me nas mãos o primeiro livro de Esperanto e em 1912 O Livro dos Espíritos.
Seu pseudónimo era ‘Discípulo de Jesus’, com o qual assinava artigos e publicou o livro ‘Fariseu!’ (1), pág.52.
Em seguida adita:
Que saibamos, João Ernesto nunca havia dado uma comunicação mediúnica.
Revela ele a integralidade da sua personalidade depois de trinta e dois anos, pois desencarnou em 5 de outubro de 1914.
Inicia sua mensagem psicográfica com essa bela declaração:
“É um consolo suave rememorar o pretérito, de espírito voltado para o futuro, através do trabalho e da realização em cada dia” (2), pág.54.
Mais adiante informa e estimula, mostrando que o trabalho para a implantação do Espiritismo e do Esperanto se faz no plano físico e no plano espiritual, com o esforço de dedicados trabalhadores:
“Nós, os companheiros esperantistas e espíritas, prosseguimos na mesma luta abençoada, incentivando a fraternidade humana e a redenção espiritual.
Podes crer, meu amigo, que nenhum esforço nobre é perdido, nenhum trabalho para o bem escapa às compensações naturais”.
Quanto estiver em tuas mãos e possibilidades, distribui o entusiasmo, a esperança e a alegria no grande campo do Esperanto e do Espiritismo no Brasil.
Revela, de forma muito clara, os preparativos no plano espiritual para as transformações previstas no decorrer do terceiro milénio:
“Aqui se forma diferente mentalidade para a Terra do milénio futuro.
Novas expressões de espiritualidade renovadora surgirão do recanto planetário que nos é tão querido, sazonando o futuro da compreensão humana.
O mundo tem sede de união e de universalismo...
E o Esperanto e o Espiritismo constituem as duas alavancas do porvir no terreno da legítima aproximação fraternal entre homens e povos.
Trabalhemos, pois, meu amigo, ainda e sempre.
Recordemo-nos de que o Mestre dos Mestres até hoje trabalha mais intensamente que todos os apóstolos do bem reunidos no mundo inteiro”.
E sobre a anunciada transformação em que o planeta Terra passará, saindo do estágio de Mundo de Provas e Expiações para mundo de Regeneração, elucida enfaticamente:
“Ondas de renovação surgem de toda parte.
Algumas trazem consigo suor e lágrimas, desenganos e golpes aparentemente fatais.
É a reconstrução necessária, a reestruturação planetária, cuja obra, em verdade, ainda não terminou.
Unamo-nos, pois, em Cristo, o Divino Condutor, que nunca desfalece.
A noite ainda é muito espessa, entretanto, não podemos duvidar da aurora próxima.
Que sejas, meu amigo, o trabalhador otimista e devotado de sempre, suportando as responsabilidades da hora que passa, como quem transporta bandeiras de alegria e luz para os exércitos da fraternidade terrestre que desfilarão no radioso amanhã da Humanidade, são os votos do velho amigo de todos os tempos. João Ernesto”. (3)
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 29, 2021 6:29 pm

Sobre essa transformação encontramos no livro A Génese, de Allan Kardec:
“Tornada adulta, a Humanidade tem novas necessidades, aspirações mais vastas e mais elevadas; compreende o vazio com que foi embalada, a insuficiência de suas instituições para lhe dar felicidade; já não encontra, no estado das coisas, as satisfações legítimas a que se sente com direito” (4).
E mais adiante:
“Essa fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis e que começam a encontrar eco.
Assim é que vemos fundar-se uma imensidade de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras sob o influxo e por inciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se vão apresentando dia a dia impregnadas de sentimento mais humano.
Enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família”. (5)
Observamos nas palavras do elevado Espírito João Ernesto que o mundo espiritual acompanha com muito carinho, zelo e trabalho esse processo de renovação da humanidade e, dentro dele, a divulgação e o estudo da língua internacional Esperanto.
Isso porque, além de intercomunicação individual e coletiva, ele traz internamente as forças da união e da solidariedade entre pessoas e povos.
Desta forma, o Espiritismo e o Esperanto como poderosos instrumentos que, ao lado de outros, deverão promover a evolução individual e coletiva do nosso Planeta.
Então, companheiros espíritas, estamos todos convocados para a tarefa da implantação do Esperanto sobre a face deste orbe.
Poderá surgir, assim, em nossa mente os pensamentos: como poderei participar dessa magnifica empreitada?
Ainda não tenho tempo para estudar o Esperanto, como poderei participar desse Projecto de Jesus?
Cada um de nós pode dar sua contribuição de conformidade com a disponibilidade de tempo e conhecimento que já possua no momento.
Primeiro, procure conhecer o que é o Esperanto.
Fale, escreva, comunique sobre a ideia do Esperanto como língua internacional neutra que deverá unir as pessoas e os povos.
Estude. Se você já dispõe de tempo, não importa a idade, estude com dedicação.
Se você estudou ou estuda, procure compartilhar seus conhecimentos com outras pessoas que tenham interesse nessa tarefa solidária e de amor.
*
FACILIDADE DO ESPERANTO
Todo substantivo termina com a letra o. (regra nº 2)
Exemplos: Dio (Deus), Jesuo (Jesus), Evangelio (Evangelho), Spiritismo (Espiritismo), Esperanto (Esperanto) senmorteco (imortalidade), reenkarniĝo (reencarnação), mediumeco (mediunidade), ago kaj reago (ação e reação), evoluo (evolução).
Dio estas nia Patro. (Deus é nosso Pai)
Jesuo estas nia Majstro. (Jesus é nosso Mestre)
Amo estas Leĝo de nia Patro. (Amor é Lei de nosso Pai).
*
NO GOOGLE VOCÊ ENCONTRA INFORMAÇÕES SOBRE O ESPERANTO

Referências:
1. Braga, Ismael Gomes. Espírita e esperantista, diretor do Departamento de Esperanto da Federação Espírita Brasileira, de 1937 a 1969, autor de vários livros em e sobre Esperanto, dicionarista e tradutor de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, do idioma francês para o Esperanto.
2. Braga, Ismael Gomes, O Esperanto na Visão Espírita, Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz, 1ª edição, 1998, p. 52.
3. ____, ____ p. 54 e 55.
4. A Gênese, Os milagres e as Predições segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro, Cap. XVIII, São Chegados os tempos, item 14, p. 468, 50ª edição FEB.
5. ____, ____ item 21, p. 472.


§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Fé e boas obras

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 30, 2021 7:12 pm

por Claudia Gelernter

Como humanos já vivemos diversas crises.
Medos, perdas e adoecimentos não são novidade no contexto terreno, porém carregamos em nós certa dúvida se o que estamos vivenciando no agora não seria o pior se comparado ao que já se foi.
Sabemos que não…
E, apesar da história escrita e recontada, nosso medo e sensação de desamparo nos arrastam para um drama muito além do real, que nada ajuda e mais agrava situações, com desequilíbrios e outros adoecimentos.
Por certo hoje já não podemos falar em crise, no singular, mas em “crises”, pois que estão acontecendo, em diversas áreas, em todos os lugares, atingindo a todos.
Crise ambiental, política, económica, de valores… são muitas crises porque todas as áreas onde atuam os humanos precisam ser revistas, refletidas, reformuladas, reconstruídas sob outras bases.
Faz lembrar a advertência precisa de Jesus:
“Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi grande a sua ruína”. (Mt, 7: 25).
Temos construído nossa 'casa humana’, ao longo dos milénios, sobre a areia do egoísmo, da vaidade, da soberba.
Areia das ilusões, que se espalham e somem ao sopro do vento renovador da Lei Divina.
Construímos nossas vidas numa cultura pautada no consumismo, no materialismo e no individualismo - três pilares de palha - que jamais poderiam sustentar o edifício que nos abrigaria da dor e do sofrimento!
Sendo assim, colhemos hoje frutos semeados no ontem.
Alguns me perguntam:
"Como atravessar este momento sem adoecer?”.
Invariavelmente, retorno com a receita que temos aprendido nesta trilha Espírita:
“Com fé e boas ações”.
O segundo ingrediente traz vida ao primeiro, disse-nos Tiago (2: 26) e, sem o primeiro, sobra-nos desesperança e depressão.
A fé é atributo dos que observam a vida para além do ego transitório.
É o resultado de uma peregrinação consciente, quando transitamos pela Terra como discípulos da realidade e não como vítimas ou algozes.
Fé é a certeza da guiança, da Mão forte do Criador, que jamais permitiria crise sem função, colheita sem semeadura, dor sem ensinamento.
Sim, tudo tem um porquê, nada é acaso.
Já nos contaram os Espíritos que o acaso é o nada e que o nada não existe.
Tudo é força, energia, evolução neste mundo, queiramos (saibamos) ou não.
E o trabalho é o caminho para o desenvolvimento real, disseram eles.
No âmbito da fé podemos nos inspirar em uma das mais belas passagens do Evangelho de Marcos.
Está lá no capítulo 10, a partir do versículo 46.
Contou-nos o evangelista que, antes de caminharem para o que seria a última entrada de Jesus em Jerusalém - dias antes da festividade de Pessach e seus funestos desdobramentos, culminando com a crucificação - passaram (o Mestre e seus discípulos) pela milenária cidade de Jericó.
Foi quando um grito ecoou no ambiente, quebrando a relativa harmonia presente:
“Jesus, Filho de Davi, tende piedade de mim!”
Não tardou para que os homens que seguiam o Mestre ralhassem com ele: “Cala-te!” - disseram.
E o que fez o cego, conhecido como Bartimeu?
Gritou ainda mais! “Jesus, filho de Davi, tende piedade de mim!”
Gritos nascidos da certeza de que, se escutados, seriam emudecidos pela alegria da visão.
E assim foi.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 30, 2021 7:12 pm

Jesus pede para que ele se aproxime.
Bartimeu fica de pé, joga sua capa e vai até ele, resoluto.
Sente-se visto nos recônditos da alma.
Já não era o marginal, o excluído.
Estava agora no centro da cena, num diálogo curto, preciso e sagrado:
“Que queres que eu faça?” - perguntou o Mestre.
- “Rabonni, que eu volte a ver…”.
A palavra rabonni significa “meu mestre”, em hebraico.
Bartimeu reconhece que Jesus era o messias anunciado nas escrituras, pois o chama de Filho de Davi e diz mais que isso: era, também, o Mestre de um cego abandonado à beira do caminho.
Sabia ele que Jesus vê muito além do que pode alcançar os olhos comuns e míopes dos humanos e que, por isso, saberia reconhecer os anseios mais profundos de sua alma.
“Vai! Tua fé te curou”, foi a última resposta dada àquele homem, agora feliz.
Nada de imposições, explicações ou movimentos.
Na simplicidade do momento, a riqueza da verdade última: a fé é o antídoto contra a cegueira.
Ela o salvou e agora ele podia enxergar.
A força da fé foi capaz de mudar todo o sentido daquela vida, a ponto de Bartimeu lançar a própria capa (considerada como uma continuação do corpo e proteção para ele) sem olhar para trás.
Nenhuma dúvida, nenhuma fala sem proveito.
O resumo necessário se fez ali.
E deste encontro comovente, entre um cego do corpo e um iluminado da alma, surge um novo Bartimeu, um homem que, lúcido e pleno de novas disposições, passa a seguir Jesus.
Fé e boas obras.
Não a fé que vacila, que questiona ou violenta, mas a fé que se traduz em certeza, que nos mantém na trilha, apesar do mundo.
Fé e boas obras que nos permitem um olhar para além do perceptível aos olhos comuns.
E é por conta destes ingredientes fundamentais que, atónitos, nos deparamos com aqueles que, mesmo diante das perdas e dores, conseguem cultivar a serenidade na alma.
São os “Bartimeus" do caminho - iluminados pelo sublime encontro com a luz do Cristo através da força impressionante da própria fé.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122635
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

ARTIGOS DIVERSOS V - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 7 de 22 Anterior  1 ... 6, 7, 8 ... 14 ... 22  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos