LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 03, 2020 7:42 pm

Seria realmente perigoso à saúde do sonâmbulo despertá-lo durante o transe?
Não há nenhuma evidência científica dessa afirmativa, que encontramos no rol do imaginário popular.
O mesmo cuidado que temos ao acordar o não-sonâmbulo devemos ter para despertar o sonâmbulo, sobretudo se este estiver em movimento.
Quase todas as pessoas, ao serem interrompidas, bruscamente, em seu sono, têm como reação, num primeiro momento, o susto ou a desorientação.
Se por ventura nos depararmos com uma pessoa em transe sonambúlico, é recomendável direccioná-la, cuidadosamente, ao leito, sem necessidade de despertá-la, a não ser que seja estritamente necessário.
A dupla vista ou segunda vista ocorre quando o Espírito se desdobra, sem que o corpo esteja adormecido.
Nesse estado, a pessoa vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos, podendo, inclusive, ter pressentimentos.
Durante a ocorrência do fenómeno, o indivíduo, embora consciente, apresenta um estado físico alterado, com o olhar vago, como se olhasse sem ver.[vi]
A faculdade, na dupla vista, é permanente, mas não o seu exercício.
Nos mundos mais elevados, a dupla vista é faculdade permanente, para a maioria dos habitantes, cujo estado normal pode se comparar ao dos sonâmbulos lúcidos.
A bibliografia espírita é farta de exemplos de casos de dupla vista, como os relatados por Kardec em A Génese:
entrada de Jesus em Jerusalém; beijo de Judas; e vocação dos apóstolos.[vii]
Outro exemplo clássico é o relatado pelo astrónomo e escritor espírita francês, Camille Flammarion (1842-1925):
O professor Boehm, que ensinava matemática em Marburg, estando uma noite com amigos, teve de repente a convicção de que devia regressar à sua casa (...).
Chegado à sua morada (...) sentia-se obrigado a mudar o seu leito de lugar.
Por mais absurda que lhe parecesse esta imposição mental, entendeu que a devia cumprir, chamou a criada e com o auxílio dela colocou a cama do outro lado do quarto.
Feito isto, ficou satisfeito e voltou para junto de seus amigos e acabar o serão.
Despediu-se deles e às dez horas, voltou para casa, deitou-se e adormeceu.
Foi despertado, durante a noite, por grande fragor e verificou que grossa viga tinha desabado, arrastando uma parte do tecto e caindo no lugar que o seu leito havia ocupado.[viii]
A segunda vista acontece, com mais frequência, de forma espontânea do que por efeito da vontade, porém, é susceptível de desenvolver-se pelo exercício ou diante de certas circunstâncias que põem em perigo as pessoas, como no caso de crises, calamidades e grandes emoções.
É a Providência Divina sempre a nos oferecer meios de nos proteger e de nos fazer superar as dificuldades do caminho.
O êxtase é a emancipação da alma no grau máximo, sem, todavia poder ultrapassar certos limites, que ela não poderia transpor sem quebrar totalmente os laços que a prendem ao corpo.
Conforme a evolução do extático, cuja lucidez é ainda mais acentuada, ele pode vislumbrar faixas espirituais superiores, em que lhe é dado haurir de uma paz e de um bem-estar inexprimíveis.[ix]
Kardec traz um exemplo de êxtase, que sucedeu com o famoso compositor italiano de música religiosa, Pergolesi, cujo facto foi relatado pelo Sr. Ernest Le Nordez:
(...) Na sexta-feira santa, Pergolesi acompanhou a multidão. Aproximando-se do templo, parecia-lhe que uma calma, há muito desconhecida para ele, se fazia em sua alma e, quando transpôs o portal, sentiu-se como que envolto por uma nuvem ao mesmo tempo espessa e luminosa.
Logo, nada mais viu (...), ouviu como um concerto longínquo de vozes melodiosas, que insensivelmente dele se aproximava (...).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 03, 2020 7:43 pm

Mas, enquanto sua alma, arrebatada no êxtase, bebia a longos sorvos as harmonias simples e celestes desse concerto angélico, sua mão, como que movida por força misteriosa, agitava-se no espaço e parecia traçar, mau grado seu, notas que traduziam os sons que o ouvido escutava.
Pouco a pouco, as vozes se afastaram, a visão desapareceu, a nuvem se desvaneceu e Pergolesi viu, ao abrir os olhos, escrito por sua mão, no mármore do templo, esse canto de sublime simplicidade que o devia imortalizar, o Stabat Mater, que desde esse dia todo o mundo cristão repete e admira.
O artista ergueu-se, saiu do templo, calmo, feliz e não mais inquieto e agitado.
Mas nesse dia uma nova inspiração se apoderou dessa alma de artista (...).[x]
Esse aspecto sublime do fenómeno, porém, não isenta o extático dos dissabores da perturbação, por influência de entidades inferiores, se se deixar levar pela invigilância.
Essa é uma das razões pelas quais se deve julgar com muito critério revelações espirituais que venham por meio do extático ou de qualquer outro médium.
Enfim, o sonambulismo, a dupla vista e o êxtase constituem variedades de fenómenos que repousam sobre uma mesma causa – a faculdade de desdobramento do Espírito, que se produz graças às propriedades e às irradiações do fluido perispirítico.
Como vimos pela descrição dos exemplos, a natureza espiritual do ser humano é ainda pouco estudada e, consequentemente, bastante desconhecida.
Pesquisadores da área psicológica têm encontrado no exame desses factos a prova irrefutável da existência e da independência da alma, derrubando mitos e superstições e levantando o véu das leis naturais que encobrem factos até então tidos por milagrosos ou sobrenaturais.

Christiano Torchi

* Artigo publicado na "Revista Reformador" n. 2.157, ano 126, dezembro de 2008, p. 22-24.
[i ]KARDEC, Allan. O Livro dos espíritos. 72ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. Questões 425-455.
[ii] –. A Génese. 34ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. XIV, parágrafos 22 a 28, p. 288-293.
[iii] SANTOS, Dr. José Roberto Pereira dos. Entrevista publicada no Jornal Folha Espírita, de março de 2005.
[iv] KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. 61ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Cap. XIV, parágrafos 172-174, p. 215-216.
[v] DELANNE, Gabriel. O espiritismo perante a ciência. 3ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Cap. II (segunda parte), p. 93.
[vi] KARDEC, Allan. Obras póstumas. 22ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Cap. IV (primeira parte), parágrafo 28, p. 54-55.
[vii] –. A génese. 34ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. XV, parágrafos 5 a 9, p. 312-315.
[viii] FLAMMARION, Camille. F A morte e seu mistério. 6ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, vol. I, cap. VIII, p. 231. Apud “Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita”, Programa Complementar, Tomo único. 1ª tiragem, FEB, 2005, p. 320.
[ix] KARDEC. Allan. Obras póstumas. 22ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Cap. IV (primeira parte), parágrafos 29 a 31, p. 55-56.
[x] –. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano XII. Fevereiro de 1869. 1ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Visão de Pergolese, p. 85-86.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty AS DROGAS E SUAS IMPLICAÇÕES ESPIRITUAIS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 04, 2020 7:21 pm

Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na actualidade, é o consumo indiscriminado e, cada vez mais crescente, das drogas por parte não só dos adultos, mas, também, dos jovens e lamentavelmente até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.
A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão:
“Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projectar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos”.
Diante de tal flagelo e de suas terríveis consequências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça.
O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual.
Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, entender e atender aos apelos velados que estes amigos espirituais nos enviam com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

II – A acção das drogas no perispírito
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o cérebro, e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz (pág. 221 – Edição FEB), lemos:
“O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue.
O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.
” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurónios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações destas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também reflectirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito.
Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona em relação a este, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

III – A acção dos Espíritos inferiores junto ao viciado
Esta acção pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das consequências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 04, 2020 7:21 pm

Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado.
O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e necessidade de consumir a droga.
Somente a forma de satisfazer seu desejo é que irá variar, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne.
Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente para saciar sua necessidade, valendo-se para tal recurso, ou da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de este ter suas funções alteradas, com consequente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado.
Segundo Emmanuel, “o viciado ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daqueles, deixando o viciado enfermiço, triste, grosseiro, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.

IV – Contribuição do Centro Espírita no trabalho antidrogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais
As Casas Espíritas, como Pronto-Socorros espirituais, muito podem contribuir com os Espíritos Superiores no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida.
Com certeza, esta contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da instituição ensejassem:
a) Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelizaçãoda infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não o tenha implantado.
b) Estimular seus frequentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar.
Estas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afectivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou dar o primeiro passo nesse sentido.
c) Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmo as desencarnadas.
d) No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.
e) Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma actividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.

V – Conclusão
Diante dos factos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradores de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar esta realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação deste terrível flagelo que hoje assola a Humanidade.
Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as acções de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de acção mais específicos neste campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

Xerxes Pessoa de Luna

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Divórcio e espiritualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 05, 2020 7:29 pm

O divórcio é uma prática muito antiga.
No tempo de Moisés, era permitido ao marido repudiar qualquer uma de suas mulheres (a mulher era propriedade do marido) e lhe passar uma “carta de divórcio” por qualquer motivo.
Antes, o adultério da mulher era punido com a lapidação (apedrejamento) e Jesus queria evitar essa calamidade.
Tal como Jesus, também achamos que o divórcio pode ser um recurso a ser acionado para se evitar um mal maior.
Pode ser uma medida contra o suicídio, homicídio, agressões e outras desgraças.
Apesar de não dever ser estimulado ou facilitado, às vezes deve ser usado como recurso, não como solução.
Houve uma época, aqui no Brasil, em que o divórcio foi tema de acirrada polémica.
Uma verdadeira disputa político-religiosa.
De um lado os anti-divorcistas e, de outro, os pró-divorcistas.
O projeto tramitou no Congresso Nacional, cheio de “lobbies”, com ampla discussão, enorme repercussão e finalmente foi aprovado.
Depois, regulamentado por lei, foi colocado em prática.
Passou a ser fato consumado, sem despertar mais interesse para discussões.
No entanto, o seu mérito e as repercussões familiares precisam continuar a ser enfocados.

Compromisso com a evolução
O casamento será sempre um instituto benemérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança, aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação.
Com ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins para os quais se encaminha.
Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência e o espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça.
Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida espiritual, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que enfrentará na vida física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existência pretérita para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas.
Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face das dificuldades que se lhe desdobram à frente.
Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima.
Compelidos, muitas vezes, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, valha-se do divórcio por medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que complicariam ainda mais o seu destino.
Nesses lances da experiência, surge a separação à maneira de bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação, para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não nova companhia para a jornada humana.
É óbvio que não é lícito, de maneira nenhuma, estimular o divórcio em tempo algum, competindo a nós, encarnados, tão somente nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em luta nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou expiação que pediram antes do renascimento no plano físico, em auxílio a si mesmos.
Ainda assim, é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 05, 2020 7:30 pm

O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica.
Efetivamente, Jesus ensinou que “não separeis o que Deus juntou” e não nos cabe interferir na vida de cônjuge algum, no intuito de afastá-lo da obrigação a que se comprometeu.
Ocorre porém que, se não nos cabe separar aqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos, os amigos que se enlaçaram pelos vínculos do casamento, que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de respeitar-lhes a livre escolha, sem ferir-lhes a decisão.
Assim, devemos, antes de qualquer decisão precipitada, entender que no lar se cumpre a lei da reencarnação, como se fosse um filtro sagrado a depurar-nos das paixões em que nos enredamos em passado próximo ou remoto.

A Lei do Amor nos estimula.
Se o casamento, contudo, revelar-se difícil, problemático, convém saber que tal situação decorre de nossas próprias necessidades evolutivas e é produto de nossa própria escolha.
Por vezes, contudo, o casal perde a coragem e o gosto pela vida a dois e, não raro, um ou ambos voltam a se ferir, seja na crueldade, na violência, no desespero ou na deslealdade.
Quando tal situação se apresenta, é natural que um dos cônjuges recorra ao divórcio, para evitar outras consequências ainda mais comprometedoras e dolorosas.
Os filhos do casal, se houver, poderão sofrer.
Contudo, se a criatura prejudicada pela guerra instalada no lar tiver a aprovação da própria consciência, nada impedirá que ela renove o seu caminho após o divórcio, buscando nova companhia.
Reflita, contudo, com muita prudência diante do casamento assaltado por dificuldades, para saber se, com um pouco mais de tolerância, um tanto mais de paciência, o casamento não poderia ser sustentado.
Evite, se houver a separação, de utilizar os filhos do consórcio como armas contra o outro cônjuge, a fim de pervertê-los em seus sentimentos mais profundos.
Reexamine-se antes de tomar a decisão definitiva da separação, ponderando se a angústia e o sofrimento dentro do lar não são reflexos de nós mesmos.
Lembre-se de que a vida é, em essência, processo de evolução e, por isso, o lar não deve ser desfeito debaixo de nossos impulsos primários, de nossas queixas e lamentações.
Cada cônjuge é herdeiro de si mesmo.
O lar é sempre um educandário.
Antes da separação, contra a qual não se opõem as Leis Divinas, reflicta se o companheiro ou a companheira do lar não é a alma de que você mais necessita para se superar.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 10

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Medo e Doença

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 06, 2020 8:01 pm

Actualmente temos percebido uma postura de muitos colegas médicos gerarem uma verdadeira cultura do medo da doença em seus pacientes.
Apesar de percebermos que a intenção dos mesmos é alertar para os problemas que podem acontecer com a pessoa, achamos que esta é uma postura que se deve evitar pelos motivos que analisamos a seguir.
Em uma visão holística da saúde existem vários fatores que contribuem para a geração da doença, além dos exclusivamente materiais.
Em uma postura materialista analisa-se apenas os factores físicos relacionados à doença, esquecendo-se dos principais que são os espirituais/emocionais.
Citemos um exemplo em que isso acontece de forma bem intensa.
Menopausa-climatérico: de alguns anos para cá as mulheres tem sido submetidas a uma verdadeira cultura de terror em relação ao processo natural da menopausa.
Os médicos em geral e, particularmente, os ginecologistas colocam que após a menopausa acontecerão inúmeros problemas devido ao decréscimo da produção hormonal, se a mulher não começar a fazer reposição hormonal.
Doenças várias surgirão tais como: envelhecimento precoce, osteoporose (fragilidade nos ossos), cardiopatias, diminuição da libido ou frigidez, ondas de calor, depressão, angústia, ansiedade, etc.
Isso é colocado carregando-se nas letras como se tudo fosse acontecer de forma inevitável e que só existe uma salvação a reposição hormonal.
Resultado: as mulheres começam a ficar apavoradas com o "monstro" da menopausa a partir dos 38 a 40 anos.
Nessa idade já querem começar a tomar hormônio para prevenir a chegada do "monstro".
Analisemos a questão sobre uma perspectiva holístico-transpessoal.
Em uma visão integral da saúde em que se analisam os aspectos físicos, mentais e espirituais percebemos que existe um decréscimo natural na produção de hormônios a partir dos 45 aos 55 anos, data que em média acontece a menopausa e se inicia o climatérico, que é o período iniciado após a última menstruação, que em linguagem popular é colocado como sendo a menopausa.
Essa diminuição hormonal gera no organismo algumas alterações funcionais devido ao corpo vir num ritmo em os estrogênios estão em concentração alta e, após a cessação do funcionamento dos ovários, essa concentração baixa.
Nesses casos pode-se fazer de preferência um tratamento homeopático para se normalizar os sintomas que surgem nesta fase.
Se a mulher preferir uma reposição hormonal, também pode ser feita até que o organismo se acostume com a nova taxa de hormônio.
Tudo de forma muito natural, pois esta é uma fase normal que toda mulher passa.
O grande problema que acontece aqui é essa excessiva cultura de doença a que as mulheres estão sendo submetidas, de modo a que fiquem apavoradas com a perspectiva de se ter todas as doenças associadas ao climatérico.
Mas o que os médicos não dizem é que apenas existe uma predisposição a se contrair osteoporose e outros males, baseados em dados estatísticos e que é uma minoria que contrai esses problemas.
Nós não temos apenas um corpo físico, temos um corpo subtil, energético - quântico, e somos um espírito.
O maior problema que podemos analisar aqui é o medo, esse sim uma doença grave, que gera uma inibição energética do espírito que irá repercutir em seu corpo subtil, e que, por sua vez, irá bombardear energeticamente o corpo físico, ampliando os efeitos da deficiência hormonal.
Este é um outro lado da questão que não é considerado pelos médicos que não conhecem a medicina holística.
É necessário portanto, analisar a questão sobre todos os aspectos e não puramente de forma material.
Quando a pessoa cultiva hábitos salutares de saúde que começa no espírito, com bons pensamentos, equilíbrio emocional, harmonia, uma alimentação.

Alírio de Cerqueira Filho

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty 9 SINAIS QUE A SUA MEDIUNIDADE É EVOLUÍDA.

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 07, 2020 7:15 pm

Hippolyte Léon Denizard Rivail, também conhecido como Allan Kardec, foi um famoso professor, tradutor, pedagogo francês, responsável pela fundação da Doutrina Espírita, se dedicando profundamente aos estudos do plano espiritual, mediunidade e sensitividade.
De acordo com Kardec, todos os seres humanos já nascem com uma determinada pré-disposição para a vidência e mediunidade, o que quer dizer que todos nós temos a oportunidade de desenvolver essas habilidades.
Por vezes, essa influência é aparente em formas de "insights", também conhecidos como intuição.
É muito importante lembrarmos que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas.
Nosso objectivo é único e exclusivo de informar e entreter.
Por isso, o conteúdo dessa matéria se refere apenas àqueles que se identificarem.
Caso você não seja uma dessas pessoas, não há necessidade para críticas, nem julgamentos.
Assim como você acredita (ou não) em algo e deve ser respeitado, aqueles que acreditam em algo diferente de você também merecem.
E, foi pensando nas pessoas que acreditam e se interessam pelo assunto é que a redacção da Factos Desconhecidos seleccionou uma listinha com 9 sinais que a sua mediunidade é evoluída.
Nessa matéria nos referimos apenas à mediunidade sensitiva, que se trata de uma sensibilidade maior ao plano espiritual.
Para Allan Kardec "todo indivíduo que sente num grau maior ou menor à presença ou influência do plano espiritual é possuidor de mediunidade sensitiva".

Se você tem alguma dúvida sobre ser ou não um médium sensitivo, confira os itens abaixo:
1 - Você sente ou já sentiu calafrios e arrepios de repente?
Os calafrios e arrepios são uma forma que o organismo possui para, tentar, esquentar rapidamente o organismo quando sentimos um frio repentino.
Como se fosse o início de uma gripe.
Caso você sinta calafrios e arrepios com uma certa frequência, isso pode indicar maior sensibilidade ao mundo espiritual.

2 - Você já teve a sensação de ouvir os pensamentos de outras pessoas?
Pode parecer uma sensação estranha e, por vezes, não escutamos realmente o pensamento das pessoas, apenas entramos em conexão com ela de uma maneira muito intensa, fazendo com que consigamos entender rapidamente sua linguagem corporal, "adivinhando" o a pessoa pensava.
Agora, pessoas com a sensitividade bastante aguçada, podem, realmente, chegar a "escutar pensamentos."

3 - Você tem a capacidade de captar os sentimentos das pessoas ao seu redor?
Assim como o item acima, conseguir sentir o que o outro está sentindo requer empatia.
Uma pessoa empática é, naturalmente, uma pessoa com sensibilidade maior ao plano espiritual.
Como consequência de um ser mais evoluído.

4 - Você sente, ou já sentiu, como se estivesse sendo observado mesmo quando não vê absolutamente nada?
Existem as mais variadas formas de mediunidade.
Uma delas é ver, outra ouvir, outra emprestar seu corpo físico para que o espírito possa se comunicar, através de escrita e fala, por exemplo.
Ter a sensação de que está sempre acompanhado pode ser mais do que apenas uma sensação.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 07, 2020 7:15 pm

5 - Você costuma acordar com o corpo pesado?
Acordar com o com o corpo pesado pode ser porque seu organismo está passando alguma dificuldade fisiológica ou, talvez, porque você está com uma aura carregada.
Existe um campo eletromagnético que circunda todos os seres vivos.
A aura é o campo magnético que está ao redor das pessoas.
Essa aura pode ficar carregada de energias positivas ou negativas, depende de nossas ações e cuidados.
Trata-se de um campo individual, se relaciona diretamente com a moral da pessoa.

6 - Você já teve ou costuma ter sonhos reais e verossímeis demais?
Nem sempre nossos sonhos querem dizer alguma coisa.
Podem ser apenas uma válvula de escape para nosso cérebro.
No caso da mediunidade, esses sonhos são um tanto constantes e aparentam ser o mais reais possíveis.

7 - Você sofre e toma as dores ao ver os animais sofrendo?
Assim como no item três, as pessoas empáticas possuem a capacidade de sentirem aquilo que o outro sente.
E, não necessariamente, apenas com os humanos, com os animais também.
Os animais são seres que estão em nossas vidas para nos ajudarem a sermos melhores e evoluirmos cada vez mais.

8 - Você tem mal-estar quando a lugares lotados?
No item cinco falamos sobre aura e energia.
Pois bem, quando estamos em lugares lotados, as pessoas sensitivas são mais suscetíveis a receber essas energias, sejam elas positivas ou negativas.
Normalmente, à noite, em festas, bares e afins, as energias tendem a ser negativas, o que não quer dizer ser uma regra.

9 - Você sente nervosismo ou tremedeiras do nada e sem motivos aparentes?
O nervosismo e a tremedeira podem se referir à sensibilidade de energias.
Sejam elas vindas de indivíduos encarnados como de desencarnados.
Por isso, é muito importante estar sempre em dia com as orações, pensamentos positivos e coração limpo.
Dessa forma essas forças não serão capazes de lhe fazer mal.
Para uma resposta verdadeira sobre sua condição é necessário que você responda a todas essas perguntas com a maior sinceridade possível.
Caso a maioria das resposta tenha sido positiva, saiba que há grandes possibilidades de você ser um médium sensitivo.

De uma forma geral, essas perguntas dizem bastante sobre a relação que você possui com o plano espiritual e à sensibilidade com os espíritos à sua volta.
Além de poder confirmar se você tem uma mediunidade aguçada ou não.
Caso tenha e esteja interessado em desenvolver suas habilidades, é aconselhável que busque um centro espírita.

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Transplantes na concepção espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 08, 2020 6:57 pm

Nas práticas médicas de todas as especialidades , o transplante de órgãos é a que demonstra com maior clareza a estreita relação entre a morte e a nova vida, o renascimento das cinzas como Fénix:
o mitológico pássaro símbolo da renovação do tempo e da vida após a morte.(1)
A temática "doação de órgãos e transplantes" é bastante coetâneo no cenário terreno.
Sobre o assunto as informações instrutivas dos Benfeitores Espirituais não são abundantes.
O projeto genoma, as investigações sobre células-tronco embrionárias e outras sinalizam o alcance da ciência humana.
Os transplantes , em épocas recuadas repletas de casos de rejeição, tornaram-se práticas hodiernas de recomposição orgânica.
O esmero "in-vivo" de experiências visando regeneração de células e a perspectiva de melhoria de vida caminham adiante, em que pese às pesquisas ensaiarem, ainda, as iniciantes marchas.
Isso torna auspiciosa a expectativa da ciência contemporânea.
Contudo, o receio do desconhecido paira no imaginário de muitos.
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes.
Isso não é verdade!
Mister esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos,ao povo.
A minha morte é minha.
Eu tenho este direito.
Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fê-lo porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas [inoportunas] para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação.
Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido.
Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores.
"Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte.
Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!"(2)
Joanna de Angelis sabendo dessa importância ressalta "(...) Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico.
Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude - que é a vida em si mesma, estuante e real" (3)
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante.
Os Espíritos, segundo Chico Xavier, não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais.
Pois é muito natural que, ao nos desenvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. (4)
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.
Divaldo Franco certifica: se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse património, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada(5)
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico.
O doador de olhos não retornará cego ao Além.
Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?(6)
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 08, 2020 6:57 pm

Quando se pode precisar que uma pessoa esteja realmente morta? conforme a American Society of Neuroradiology morte encefálica é o estado irreversível de cessação de todo o encéfalo e funções neurais, resultante de edema e maciça destruição dos tecidos encefálicos apesar da atividade cardiopulmonar poder ser mantida por avançados sistemas de suporte vital e mecanismo e ventilação".(7)
A grande celeuma do assunto é a morte encefálica, na vigência da qual órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados.
Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.(8) Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado.
É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sanguínea não servem para transplantes.
Seria a eutanásia?
Evidentemente que caracterizar o facto como tal carece de argumentação científica (...) para condenarem o transplante de órgãos:
a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.(8)
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral(10), só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar.
Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
Questão que também amiudemente é levantada é a rejeição do organismo após a cirurgia.
Chico Xavier nos vem ao auxílio, explicando:
André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual está presente no receptor.
O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir.(11)
Especialistas, a partir de 1967, desenvolveram várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatiaprina e corticóides), para reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida.(12) Estatisticamente, o que há é que a taxa de prolongamento de vida dos transplantes é extremamente elevada.
Isso graças não só às técnicas médicas, sempre se aperfeiçoando, mas também pelos esquemas imunossupressores que se desenvolveram e se ampliaram consideravelmente, existindo actualmente esquemas que levam a zero por cento (0%) a rejeição celular aguda na fase inicial do transplante, que é quando ocorrem.(13)
André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo [por transplante, por exemplo], tenderá a adaptar-se ao novo comando [espiritual] que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajetória.(14)
Condição essa corroborada por Joanna de Angelis quando expõe:
(...) transferido o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que o seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.(15)
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses.(16)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 08, 2020 6:58 pm

Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. (17)
Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades:
a prática da necropsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras toracoabdominais.(18) Não se pode perder de vista a questão do mérito individual.
Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necropsia?!
O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!(19)
Em síntese, a doação de órgãos para transplantes não afectará o espírito do doador, excepto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade.
Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor.

JORGE HESSEN

FONTES:
1- Mário Abbud Filho Ex-Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto.Membro da American Society Transplant Physician. Membro da International Transplantation Society, disponível acesso em 12/04/2005
2- In Doação de Órgãos e Transplantes de Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva, disponível acesso em 15/04/2004
3- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Salvador/Ba: Ed. LEAL, 1999, Cf. Cap. Transplantes de Órgãos
4- Publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38
5- Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
6- Simonetti, Richard. Quem tem medo da morte? - São Paulo /SP: Editora Lumini ,2001
7- In: "Dos transplantes de Órgãos à Clonagem", de Rita Maria P.Santos, Ed. Forense, Rio/RJ, 2000, p. 41
8- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
9- Idem
10- O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais. Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
11- Cf. Revista Espírita, Allan Kardec, ano X, n°38
12- Folha de S.Paulo, A3, "Opinião", 15.Maio.2001
13- Entrevista com o Prof. Dr. Flávio Jota de Paula Médico da Unidade de Transplante Renal do HC/FMUSP. 1º Secretário da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretor da I Mini Maratona de Transplantados de Órgãos do Brasil. Publicado em Prática Hospitalar ano IV n º 24 nov-dez/2002
14- Xavier, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos - Ditado pelo Espírito André Luiz. 5ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed FEB, 1972, cap. "Células e Corpo Espiritual"
15- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joana de Angelis. Salvador: Ed. LEAL, 1999
16- Kardec, Allan,. O Livros dos Espíritos, RJ: Ed FEB/2003, questão n° 155, Cap. XI.
17- Kühl Eurípedes DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTES Entrevista Virtual disponível acesso em 24/04/2005
18- Cf. Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
19- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty MARIA DE MAGDALA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 09, 2020 7:25 pm

Maria de Magdala ouvira as pregações do Evangelho do Reino, não longe da Vila principesca onde vivia entregue a prazeres, em companhia de patrícios romanos, e tomara--se de admiração profunda pelo Messias.
Que novo amor era aquele apregoado aos pescadores singelos por lábios tão divinos?
Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se com o vinho de condenáveis alegrias.
No entanto, seu coração estava sequioso e em desalento.
Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes admiradores; mas seu espírito tinha fome de amor, O profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos.
Depois que lhe ouvira a palavra, observou que as facilidades da vida lhe traziam agora um tédio mortal ao espírito sensível.
As músicas voluptuosas não encontravam eco em seu íntimo, os enfeites romanos de sua habitação se tornaram áridos e tristes.
Maria chorou longamente, embora não compreendesse ainda o que pleiteava o profeta desconhecido.
Entretanto, seu convite amoroso parecia ressoar-lhe nas fibras mais sensíveis de mulher. Jesus chamava os homens para uma vida nova.
Decorrida uma noite de grandes meditações e antes do famoso banquete em Naim, onde ela ungiria publicamente os pés de Jesus com os bálsamos perfumados de seu afecto, notou-se que uma barca tranquila conduzia a pecadora a Cafarnaum.
Dispusera-se a procurar o Messias, após muitas hesitações.
Como a receberia o Senhor, na residência de Simão?
Seus conterrâneos nunca lhe haviam perdoado o abandono do lar e a vida de aventuras.
Para todos, era ela a mulher perdida que teria de encontrar a lapidação na praça pública.
Sua consciência, porém, lhe pedia que fosse.
Jesus tratava a multidão com especial carinho.
Jamais lhe observara qualquer expressão de desprezo para com as numerosas mulheres de vida equivoca que o cercavam.
Além disso, sentia-se seduzida pela sua generosidade.
Se possível, desejaria trabalhar na execução de suas ideias puras e redentoras.
Propunha-se a amar, como Jesus amava, sentir com os seus sentimentos sublimes.
Se necessário, saberia renunciar a tudo.
Que lhe valiam as jóias, as flores raras, os banquetes sumptuosos, se, ao fim de tudo isso, conservava a sua sede de amor?!
Envolvida por esses pensamentos profundos, Maria de Magdala penetrou o umbral da humilde residência de Simão Pedro, onde Jesus parecia esperá-la, tal a bondade com que a recebeu num grande sorriso.
A recém-chegada sentou-se com indefinível emoção a estrangular-lhe o peito.
Vencendo, porém, as suas mais fortes impressões, assim falou, em voz súplice, feitas as primeiras saudações:
- Senhor, ouvi a vossa palavra consoladora e venho ao vosso encontro!
Tendes a clarividência do céu e podeis adivinhar como tenho vivido!
Sou uma filha do pecado.
Todos me condenam.
Entretanto, Mestre, observai como tenho sede do verdadeiro amor!
Minha existência, como todos os prazeres, tem sido estéril e amargurada...
As primeiras lágrimas lhe borbulharam dos olhos, enquanto Jesus a contemplava, com bondade infinita.
Ela, porém, continuou:
- Ouvi o VOSSO amoroso convite ao Evangelho!
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 09, 2020 7:25 pm

Desejava ser das vossas ovelhas; mas, será que Deus me aceitaria?
O Profeta nazareno fitou-a, enternecido, Sondando as profundezas de seu pensamento, e respondeu, bondoso:
- Maria, levanta os olhos para o céu e regozija-te no caminho, porque escutaste a Boa Nova do Reino e Deus te abençoa as alegrias!
Acaso, poderias pensar que alguém no mundo estivesse condenado ao pecado eterno?
Onde, então, o amor de Nosso Pai?
Nunca viste a primavera dar flores sobre uma casa em ruínas?
As ruínas são as criaturas humanas; porém, as flores são as esperanças em Deus.
Sobre todas as falências e desventuras próprias do homem, as bênçãos paternais de Deus descem e chamam.
Sentes hoje esse novo Sol a iluminar-te O destino!
Caminha agora, sob a sua luz, porque o amor cobre a multidão dos pecados.
A pecadora de Magdala escutava o Mestre, bebendo-lhe as palavras.
Homem algum havia falado assim à sua alma incompreendida.
Os mais levianos lhe pervertiam as boas inclinações, os aparentemente virtuosos a desprezavam sem piedade.
Mergulhada em pensamentos confortadores e ouvindo as referências de Jesus ao amor, Maria acentuou, levemente:
- No entanto, Senhor, tenho amado e tenho sede de amor!...
- Sim - redarguiu Jesus -, tua sede é real.
O mundo viciou todas as fontes de redenção e é imprescindível compreenda que em suas sendas, a virtude tem de marchar por uma porta muito estreita.
Geralmente, um homem deseja ser bom como os outros, ou honesto como os demais, olvidando que o caminho onde todos passam é de fácil acesso e de marcha sem edificações.
A virtude no mundo foi transformada na porta larga da conveniência própria.
Há os que amam os que lhes pertencem ao círculo pessoal, os que são sinceros com os seus amigos, os que defendem seus familiares, os que adoram os deuses do favor.
O que verdadeiramente ama, porém, conhece a renúncia suprema a todos os bens do mundo e vive feliz, na sua senda de trabalhos para o difícil acesso às luzes da redenção.
O amor sincero não exige satisfações passageiras, que se extinguem no mundo com a primeira ilusão; trabalha sempre, sem amargura e sem ambição, com os júbilos do sacrifício.
Só o amor que renuncia sabe caminhar para a vida suprema.
Maria o escutava, embevecida.
Ansiosa por compreender inteiramente aqueles ensinos novos, interrogou atenciosamente:
- Só o amor pelo sacrifício poderá saciar a sede do coração?
Jesus teve um gesto afirmativo e continuou:
- Somente o sacrifício contém o divino mistério da vida.
Viver bem é saber imolar-se.
Acreditas que o mundo pudesse manter o equilíbrio próprio tão-só com os caprichos antagónicos e por vezes criminosos dos que se elevam à galeria dos triunfadores?
Toda luz humana vem do coração experiente e brando dos que foram sacrificados.
Um guerreiro coberto de louros ergue os seus gritos de vitória sobre os cadáveres que juncam o chão; mas, apenas os que tombaram fazem bastante silêncio, para que se ouça no mundo a mensagem de Deus.
O primeiro pode fazer a experiência para um dia; os segundos constroem a estrada definitiva na eternidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 09, 2020 7:26 pm

Na tua condição de mulher, já pensaste no que seria o mundo sem as mães exterminadas no silêncio e no sacrifício?
Não são elas as cultivadoras do jardim da vida, onde os homens travam a batalha?
Muitas vezes, o campo florescido se cobre de lama e sangue.
Entretanto, na sua tarefa silenciosa, os corações maternais não desesperam e reedificam o jardim da vida, imitando a Providência Divina, que espalha sobre um cemitério os lírios perfumados de seu amor!
Maria de Magdala, ouvindo aquelas advertências, começou a chorar, a sentir no íntimo o deserto da mulher sem filhos.
Por fim, exclamou:
- Desgraçada de mim, Senhor, que não poderei ser mãe!
Então, atraindo-a brandamente a si, o Mestre acrescentou:
- E qual das mães será maior aos olhos de Deus?
A que se devotou somente aos filhos de sua carne, ou a que se consagrou, pelo espírito, aos filhos das outras mães?
Aquela interrogação pareceu despertá-la para meditações mais profundas.
Maria sentiu-se amparada por uma energia interior diferente, que até então desconhecera.
A palavra de Jesus lhe honrava o espírito; Convidava-a a ser mãe de seus irmãos em humanidade, aquinhoando-os com os bens supremos das mais elevadas virtudes da vida.
Experimentando radiosa felicidade em seu mundo íntimo, contemplou o Messias com os olhos nevoados de lágrimas e, no êxtase de sua imensa alegria, murmurou comovidamente:
- Senhor, doravante renunciarei a todos os prazeres transitórios do mundo, para adquirir o amor celestial que me ensinastes!...
Acolherei como filhas as minhas irmãs no sofrimento procurarei os infortunados para aliviar-lhes as feridas do coração, estarei com aleijados e leprosos...
Nesse instante, Simão Pedro passou pelo aposento, demandando O interior, e a observou com certa estranheza.
A convertida de Magdala lhe sentiu o olhar glacial, quase denotando desprezo, e, já receosa de um dia perder a convivência do Mestre, perguntou com interesse:
- Senhor, quando partirdes deste mundo, como ficaremos?
Jesus compreendeu o motivo e o alcance de sua palavra e esclareceu:
- Certamente que partirei, mas estaremos eternamente reunidos em espírito.
Quanto ao futuro, com o infinito de suas perspectivas, é necessário que cada um tome sua cruz, em busca da porta estreita da redenção, colocando acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em si mesmo.
Observando que Maria, ainda opressa pelo olhar estranho de Simão Pedro, se preparava a regressar, o Mestre lhe sorriu com bondade e disse:
- Vai, Maria!...
Sacrifica-te e ama sempre.
Longo é o caminho, difícil a jornada, estreita a porta; mas, a fé remove os obstáculos...
Nada temas:
é preciso crer somente!
***
Mais tarde, depois de sua gloriosa visão do Cristo ressuscitado, Maria de Magdala voltou de Jerusalém para a Galileia, seguindo os passos dos companheiros queridos.
A mensagem da ressurreição espalhara uma alegria infinita.
Após algum tempo, quando os apóstolos e seguidores do Messias procuravam reviver o passado junto ao Tiberíades, os discípulos diretos do Senhor abandonaram a região, a serviço da Boa Nova.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 09, 2020 7:26 pm

Ao disporem-se os dois últimos companheiros a partir em definitivo para Jerusalém, Maria de Magdala, temendo a solidão da saudade, rogou fervorosamente lhe permitissem acompanhá-los à cidade dos profetas; ambos, no entanto, se negaram a anuir aos seus desejos.
Temiam-lhe o pretérito de pecadora, não confiavam em seu coração de mulher.
Maria compreendeu, mas lembrou-se do Mestre e resignou-se.
Humilde e sozinha, resistiu a todas as propostas condenáveis que a solicitavam para uma nova queda de sentimentos.
Sem recursos para viver, trabalhou pela própria manutenção, em Magdala e Dalmanuta.
Foi forte nas horas mais ásperas, alegre nos sofrimentos mais escabrosos, fiel a Deus nos instantes escuros e pungentes.
De vez em quando, ia às sinagogas, desejosa de cultivar a lição de Jesus; mas as aldeias da Galileia estavam novamente subjugadas pela intransigência do judaísmo.
Ela compreendeu que palmilhava agora o caminho estreito, onde ia só, com a sua confiança em Jesus.
Por vezes, chorava de saudade, quando passeava no silêncio da praia, recordando a presença do Messias.
As aves do lago, ao crepúsculo, vinham pousar, como outrora, nas alcaparreiras mais próximas; o horizonte oferecia, como sempre, o seu banquete de luz.
Ela contemplava as ondas mansas e lhes confiava suas meditações.
Certo dia, um grupo de leprosos veio a Dalmanuta.
Procediam da lduméia aqueles infelizes, cansados e tristes, em supremo abandono.
Perguntavam por Jesus Nazareno, mas todas as portas se lhes fechavam.
Maria foi ter com eles e, sentindo-se isolada, com amplo direito de empregar a sua liberdade, reuniu-os sob as árvores da praia e lhes transmitiu as palavras de Jesus, enchendo-lhes os corações das claridades do Evangelho.
As autoridades locais, entretanto, ordenaram a expulsão imediata dos enfermos.
A grande convertida percebeu tamanha alegria no semblante dos infortunados, em face de suas fraternas revelações a respeito das promessas do Senhor, que se pôs em marcha para Jerusalém, na companhia deles.
Todo o grupo passou a noite ao relento, mas sentia-se que os júbilos do Reino de Deus agora os dominavam.
Todos se interessavam pelas descrições de Maria, devoravam-lhe as exortações, contagiados de sua alegria e de sua fé.
Chegados à cidade, foram conduzidos ao vale dos leprosos, que ficava distante, onde Madalena penetrou com espontaneidade de coração.
Seu espírito recordava as lições do Messias e uma coragem indefinível se assenhoreara de sua alma.
Dali em diante, todas as tardes, a mensageira do Evangelho reunia a turba de seus novos amigos e lhes dizia o ensinamento de Jesus.
Rostos ulcerados enchiam-se de alegria, olhos sombrios e tristes tocavam-se de nova luz.
Maria lhes explicava que Jesus havia exemplificado o bem até à morte, ensinando que todos os seus discípulos deviam ter bom ânimo para vencer o mundo.
Os agonizantes arrastavam-se até junto dela e lhe beijavam a túnica singela.
A filha de Magdala, lembrando o amor do Mestre, tomava-os em seus braços fraternos e carinhosos.
Em breve tempo, sua epiderme apresentava, igualmente, manchas violáceas e tristes.
Ela compreendeu a sua nova situação e recordou a recomendação do Messias de que somente sabiam viver os que sabiam imolar-se.
E experimentou grande gozo, por haver levado aos seus companheiros de dor uma migalha de esperança.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 09, 2020 7:26 pm

Desde a sua chegada, em todo o vale se falava daquele Reino de Deus que a criatura devia edificar no próprio coração.
Os moribundos esperavam a morte com um sorriso ditoso nos lábios, os que a lepra deformara ou abatera guardavam bom ânimo nas fibras mais sensíveis.
Sentindo-se ao termo de sua tarefa meritória, Maria de Magdala desejou rever antigas afeições de seu círculo pessoal, que se encontravam em Éfeso.
Lá estavam João e Maria, além de outros companheiros dos júbilos cristãos.
Adivinhava que as suas últimas dores terrestres vinham muito próximas; então, deliberou pôr em prática seu humilde desejo.
Nas despedidas, seus companheiros de infortúnio material vinham suplicar-lhe os derradeiros conselhos e recordações.
Envolvendo-os no seu carinho, a emissária do Evangelho lhes dizia apenas:
- Jesus deseja intensamente que nos amemos uns aos outros e que participemos de suas divinas esperanças, na mais extrema lealdade a Deus!...
Dentre aqueles doentes, os que ainda se equilibravam pelos caminhos lhe traziam o fruto das esmolas escassas e as crianças abandonadas vinham beijar-lhe as mãos.
Na fortaleza de sua fé, a ex-pecadora abandonou o vale através das estradas ásperas, afastando-se de misérrimas choupanas.
A peregrinação foi-lhe difícil e angustiosa.
Para satisfazer aos seus intentos recorreu à caridade, sofreu penosas humilhações, submeteu-se ao sacrifício.
Observando as feridas pustulentas que substituíam sua antiga beleza, alegrava-se em reconhecer que seu espírito não tinha motivos para lamentações.
Jesus a esperava e sua alma era fiel.
Realizada a sua aspiração, por entre dificuldades infinitas, Maria achou-se, um dia, às portas da cidade; mas, invencível abatimento lhe dominava os centros de força física.
No justo momento de suas efusões afectuosas, quando o casario de Éfeso se lhe desdobrava à vista, seu corpo alquebrado negou-se a caminhar.
Modesta família de Cristãos do subúrbio recolheu-a a uma tenda humilde e caridosamente Madalena pôde ainda rever amizades bem caras, consoante seus desejos.
Entretanto, por largos dias de padecimentos debateu-se entre a vida e a morte.
Uma noite, atingiram o auge as profundas dores que sentia.
Sua alma estava iluminada por brandas reminiscências e, não obstante seus olhos se acharem selados pelas pálpebras intumescidas, via com os olhos da imaginação o lago querido, os companheiros de fé, o Mestre bem-amado.
Seu espírito parecia transpor as fronteiras da eternidade radiosa.
De minuto a minuto, ouvia-se-lhe um gemido surdo, enquanto os irmãos de crença lhe rodeavam o leito de dor, com as preces sinceras de seus corações amigos e desvelados.
Em dado instante, observou-se que seu peito não mais arfava.
Maria no entanto, experimentava consoladora sensação de alívio.
Sentia-se sob as árvores de Cafarnaum e esperava o Messias.
As aves cantavam nos ramos próximos e as ondas sussurrantes vinham beijar-lhe os pés.
Foi quando viu Jesus aproximar-se, mais belo que nunca.
Seu olhar tinha o reflexo do céu e o semblante trazia um júbilo indefinível.
O Mestre estendeu-lhe as mãos e ela se prostrou, exclamando, como antigamente:
- Senhor!..
Jesus recolheu-a brandamente nos braços e murmurou:
- Maria, já passaste a porta estreita!...
Amaste muito!
Vem! Eu te espero aqui!

Do livro "Boa Nova" - Humberto de Campos - Psicografado por Chico Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty O AUTISMO E A REENCARNAÇÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 10, 2020 7:11 pm

Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio das tribulações da existência corpórea, segue-se que a vida material seja uma espécie de crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição?
“Sim, é exactamente isso.
Eles se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem a finalidade para que tendem.”
O Livro dos Espíritos. Questão 196

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de três anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
Via de regra os autistas não encaram as pessoas nos olhos, não respondem quando são chamados, não conseguem fazer distinções de situações em que possa haver um perigo imediato.
Muitos apresentam ecolalia em sua fala e não compreendem nem o facto nem o que foi dito, demonstrando ainda inexpressividade.
O retardo mental, embora frequente nas comorbidades do autismo, não é um aspecto obrigatório, havendo indivíduos que revelam capacidade de alta funcionalidade para funções como memorização, cálculos e música, a despeito de conservarem suas características autísticas, é o caso de alguns asperger.
Pesquisas apontam que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas?
Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim:
que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?
Compreendemos que apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual aclaradas pela Doutrina Espirita.
Segundo o escritor espírita Hermínio C. Miranda, o autismo é uma rejeição do espírito à encarnação.
Ele reencarna e não quer participar, nem interagir com ninguém, se isolando do mundo.
Sem comorbidades não é uma pessoa perturbada e nem um doente mental, é apenas uma pessoa que tem um grande conflito.
Também o dr. Jano Alves de Souza – médico neurologista, ao prefaciar o livro de Hermínio Miranda, afirma que "Sejam quais forem os mecanismos materiais envolvidos na génese do autismo, indubitavelmente, sua causa inicial está nas experiências pregressas e nas necessidades cármicas do espírito reencarnante”.
Nesse estado psicológico conflituoso, que leva a pessoa a se fechar em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior, há débitos passados muito graves, acompanhados, normalmente, pela consequente obsessão espiritual,
Segundo a literatura espírita, o autismo, resulta de graves desvios de comportamento no passado, de tentativas de afrontar as leis que regem o universo.
Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos um elo que liga estes dois momentos distintos.
Este elo é o próprio processo de reencarnação.
Aqui evidencia a formação do autismo, que se expressa em duas possibilidades.
Na primeira está o reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a consequente formação do autismo conduzindo-o à expiação.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 10, 2020 7:11 pm

Na segunda, o espírito reencarnante rejeita a reencarnação expiatória se fechando na rebeldia e desenvolvendo a auto-obssessão e levando à formação do autismo.
Na primeira possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pelo comportamento equivocado e pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e consequentes lesões no Sistema Nervoso Central, gerando uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação.
Neste caso, a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação com o mundo exterior.
Esta linha de entendimento de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos por acreditarem que certos autistas, realizam angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo.
Há casos conhecidos na literatura de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente.
Desta forma, recorriam aos gritos e ao agitar das mãos como único mecanismo de comunicação que dispunham.
Na segunda possibilidade de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa que, temendo colher as consequências em uma nova existência rejeita a reencarnação provocando o desenvolvimento de características autisticas.
No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, encontrmaos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação.
Nos capítulos sete e dezoito, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado.
Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida.
Dr. Bezerra afirma que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, uma tentativa de fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.
Diante do exposto, é importante refletirmos um pouco sobre nossa existência e a de quem reencarna com autismo, como propõe o escritor espírita e director do Projeto Espiritizar Alírio Cerqueria Filho, quando infere que o sentido maior da existência do Espírito imortal, criado para evoluir conforme a Vontade de Deus, é de submeter-se às Suas Leis transcendendo o ego e desenvolvendo-se essencialmente.
Ele escreve que Deus criou as Leis Morais e uma Lei biológica intimamente conectada às Leis Morais, a Lei da Reencarnação.
É por meio dessa Lei que o Espírito se transforma em um Ser Consciencial, elevando-se gradualmente, por meio da vontade, transformando pensamentos e sentimentos nas várias existências sucessivas.
Desta forma, se o que causa a predisposição genética e as disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas, associadas à rebeldia e tentativa de burlar as leis divinas, podemos entender esse processo do Autismo quando Alirio Cerqueira escreve sobre a questão 115 de o Livro dos Espíritos, explicando que murmúrio é o processo circunstancial de revolta insubmissa ao propósito existencial, que pode durar mais ou menos tempo, e ter diferentes graus de manifestação, desde o vazio existencial, passando pelo abandono existencial, podendo chegar até o estágio do isolamento existencial.
Segundo Alirio Cerqueira, todo conflito existencial é resultante do movimento do indivíduo tentar afrontar as Leis Divinas, não se dispondo a desenvolver nas diversas circunstâncias as virtudes que a Vida o convida.
Ao agir assim, o indivíduo gera para si um estado de inquietude ansiosa proveniente do distanciamento da Força da Vontade Divina, pois não se dispõe a conectar a sua vontade com a Vontade de Deus, de modo a direcionar adequadamente pensamentos e sentimentos.
Neste sentido, entendemos que o autismo não é um castigo, porque não existe a lei de punição, mas um instrumento que proporcionará aprendizado através da lei de causa e efeito que convida o espírito ao ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar.
Destarte, os conflitos existenciais são convites para que o indivíduo possa desenvolver o propósito existencial, trabalhando em função da superação dos mesmos, pela conexão com as Leis Divinas e a disposição para desenvolver as virtudes essenciais, elevando o seu estado de consciência na vertical da Vida resultando em uma comunhão consigo mesmo em essência e com Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 10, 2020 7:12 pm

Não obstante, isso não impede que o espírito possa receber as manifestações de afecto e carinho a ele endereçadas que certamente, graças a essas impressões vigorosas do amor e da compaixão, contribuirão para minimizar a alienação e a dor temporária em que vive.
Entende-se assim, que a conjunção de esforços através do atendimento por equipe multidisciplinar, da actuação dos pais desde a gestação conversando com o espírito reencarnante proporcionando um psicosfera de acolhimento para a libertação da culpa, e principalmente a força de vontade do próprio Espírito, são factores propiciadores para a superação do fenómeno autístico do espírito imortal, iniciando-a ainda nesta existência.
Neste sentido, Alirio de Cerqueira escreve que para que possamos conceber as virtudes essenciais que transmutarão os sentimentos egóicos é fundamental desenvolver o auto-acolhimento amoroso.
O auto-acolhimento amoroso é fruto da aceitação plena da nossa condição de filhos de Deus, aprendizes da Vida.
Quando nos percebemos dentro dessa óptica aceitamos que temos um ego equivocado, mas que somos seres essenciais, criados para a iluminação completa.

A importância dos pais na vida do Autista
É de grande importância a contribuição que os pais ou responsáveis, na tarefa de co-criadores com Deus, podem realizar através da educação para auxiliar o Autista no processo de auto libertar-se da situação em que se encontra.
Chico Xavier disse que o autismo é um caso muito sério, pois a pessoa não se prende a nada na terra, nada aqui lhe interessa, e com isso vai perdendo a vontade de permanecer no corpo, vive num mundo somente dele, alheio a tudo a sua volta. Chico afirma ainda que cabe aos pais, principalmente a mãe, a tarefa de conversar muito com a criança, buscando fazer com que ele (espírito) se interesse por alguma coisa, convence-lo de que a terra não é tão cruel assim, para que ele fique aqui. É uma tarefa de muita paciência e amor, pois o espírito imortal está em sua plena consciência e percebe o que ocorre à sua volta, ainda que "encapsulado" em si mesmo.
Neste sentido, Divaldo Franco nos orienta uma atitude que os pais podem utilizar, é a de se esperar a criança dormir e conversar com ela, pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito).
Fale devagar, pausadamente:
“Estamos contentes por você estar entre nós; você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; nós te amamos muito; tudo vai ficar bem, acredite; etc. ”.
Desse modo, recorremos à mentora Joanna de Angelis nos livros S.O.S. Família e Adolescência e Vida onde orienta que grande tarefa se reserva aos pais no que tange aos valores da educação, deveres que não podem ser postergados sob pena de lamentáveis consequências.
Escreve ela que, os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência.
Orienta ainda a fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de bênçãos para todas as circunstâncias.
Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos, como valorização preciosa das concessões divinas.
A Mentora ainda alerta para que não te poupes esforços na educação dos filhos.
Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a Cósmica que rege os fenómenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.
Joanna de Angelis ainda esclarece que “A tarefa da educação deve começar de dentro para fora e não somente nos comportamentos da moral social, da aparência, produzindo efeitos poderosos, de profundidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 10, 2020 7:12 pm

Segundo ela, a dor, em qualquer situação, jamais funciona como punição, porquanto sua finalidade não é punitiva, porém educativa, corretora.
Qualquer esforço impõe o contributo do sacrifício, da vontade disciplinada ou não, que se exterioriza em forma de sofrimento, mal-estar, desagrado, porque o aprendiz, simplesmente, se recusa considerar de maneira diversa a contribuição que deve expender a benefício próprio.
Por fim, recorremos ao o espírito Honório, através da mediunidade do médium e escritor Afro Stefanini, orientando que há um meio que a nossa querida irmã Emiliana Ducena está nos chamando ao entendimento: o ponto central é o amor de Deus por nós.
E que neste sentido, para a reflexão do pensamento infantil na prática das virtudes é necessário colocar o quanto Deus nos ama independente das situações.
“Quando a criança sente em si um sentimento que não lhe faz bem deve ser levada a refletir por meio das estórias sobre a presença amorosa de Deus, e que, independente da atitude equivocada, Deus nos ama e o que Ele quer é que fiquemos bem, ou seja, que a criança de sinta amparada, segura, acolhida”.

José Romildo Magalhães

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty ALERTA GERAL, RECADO IMPORTANTE DOS ESPÍRITOS ELEVADOS.

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 11, 2020 8:01 pm

Aos pobres Espíritos que outrora viveram na Terra, Deus concede a missão de vir esclarecer-vos.
Bendito seja pela graça que nos dá, de podermos, ajudar o vosso adiantamento.
Que o Espírito Santo me ilumine, me ajude a tornar compreensível a minha palavra, e me conceda a graça de pô-la ao alcance de todos.
Todos vós, encarnados, que estais sob a pena e procurais a luz, que a vontade de Deus venha em minha ajuda, para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós.
Os grandes exemplos que vos foram dados são tão pouco seguidos.
E, no entanto, sem humildade, podeis ser caridosos para o vosso próximo?
Oh! não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem.
Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuís, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo.
Lembrai-vos d'Aquele que nos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade.
Se o Cristo prometeu o Reino dos Ceais aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre.
Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e, por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injustiça.
Oh! irrisão e cegueira!
Dei acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pelos corpos?
O invólucro do pobre não é o mesmo do rico?
O Criador fez duas espécies de homens?
Tudo quanto Deus fez é grande e sábio.
Não lhe atribuais as ideias concebidas por vossos cérebros orgulhosos.
Oh rico! Enquanto dormes em teus aposentos sumptuosos, ao abrigo do frio, não sabes quantos milhares de irmãos, iguais a ti, jazem na miséria?
O desgraçado faminto não é teu igual?
Bem sei que teu orgulho se revolta com estas palavras.
Concordarás em lhe dai uma esmola; nunca, porém, em lhe apertar fraternalmente a mão que exclamarás:
Eu, nascido de sangue nobre, um dos grandes da Terra, ser igual a esse miserável estropiado?
Vã utopia de pretenso filósofos!
Se fôssemos iguais, por que Deus o teria colocado tão baixe e a mim tão alto?
É verdade que vossas roupas não são nada iguais mas, se vos despirdes a ambos, qual a diferença que então haverá entre vós?
A nobreza do sangue, dirás.
Mas a química não encontro diferenças entre o sangue do nobre e o do plebeu, entre o do rico e o do escravo.
Quem te diz que também não foste miserável com ele?
Que não pediste esmolas?
Que não a pedirás um dia a esse mesmo que hoje desprezas?
As riquezas são por acaso eternas?
Não acabam com o corpo, invólucro perecível do Espírito?
Oh! debruça-te humildemente sobre ti mesmo!
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 11, 2020 8:01 pm

Lança, enfim, os olhos sobre a realidade das coisas desse mundo, sobre o que constitui a grandeza e a humilhação no outro; pensa que a morte não te poupará mais do que aos outros; que os teus títulos não te preservarão dela; que te pode ferir amanhã, hoje, dentro de uma hora; e se ainda te sepultas no teu orgulho, oh! então, eu te lamento, porque serás digno de piedade!
Orgulhosos!
Que fostes, antes de serdes nobres e poderosos?
Talvez mais humildes que o último de vossos servos.
Curvai, portanto, vossas frontes altivas, que Deus as pode rebaixar, no momento mesmo em que as elevais mais alto.
Todos os homens são iguais na balança divina; somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus.
Todos os Espíritos são da mesma essência, e todos os corpos foram leitos da mesma massa.
Vossos títulos e vossos nomes em nada os modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza.
Pobre criatura!
És mãe, e teus filhos sofrem.
Estão com frio. Têm fome.
Vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te para conseguir um pedaço de pão.
Oh! eu me inclino diante de ti!
Como és nobre, santa e grande aos meus olhos!
Espera e ora; a felicidade inda não é deste mundo.
Aos pobres oprimidos, que nele confiam, Deus concede o Reino dos Céus.
E tu, que és moça, pobre filha devotada ao trabalho, entregue as privações, por que esses tristes pensamentos?
Por que chorar?
Que teus olhos se voltem, piedosos e serenos, para Deus:
às aves do céu Ele dá o alimento.
Confia nele, que não te abandonará.
O ruído das festas, dos prazeres mundanos, faz bater-te o coração.
Querias lambem enfeitar de flores a fronte e misturar-te aos felizes da Terra.
Dizes que poderias, como as mulheres que vês passar, estouvadas e alegres, ser rica também.
Oh! cala-te, filha!
Se soubesses quantas lágrimas e dores sem conta se ocultam sob esses vestidos bordados, quantos suspiros se asfixiam sob o ruído dessa orquestra feliz, preferias teu humilde retiro e tua pobreza.
Conserva-te pura aos olhos Deus, se não queres que o teu anjo da guarda volte para Ele, escondendo o rosto sob as asas brancas, e te deixe com os teus remorsos, sem guia, sem apoio, neste mundo em que estarias perdida, esperando a punição no outro.
E todos vós que sofreis as injustiças dos homens, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, lembrando que vós mesmos não estais sem manchas:
isso é caridade, mas é também humildade.
Se suportais calúnias, curvai a fronte diante da prova.
Que vos importam as calúnias do mundo?
Se vossa conduta é pura, Deus não pode vos recompensar?
Suportar corajosamente as humilhações dos homens, é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e todo-poderoso.
Oh! meu Deus, será preciso que o Cristo volte novamente à Terra, para ensinar aos homens as tuas leis, que eles esquecem?!
Deverá Ele ainda expulsar os vendilhões do templo, que maculam tua casa, esse recinto de orações?
E, quem sabe?
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 11, 2020 8:02 pm

Ó homens, sei Deus vos concedesse essa graça agora, se não o renegaríeis, de novo, como outrora?
Se não o acusaríeis de blasfemo, por vir abater o orgulho dos fariseus modernos?
Talvez, mesmo, se não o faríeis seguir de novo o caminho do Gólgota?
Quando Moisés subiu ao Monte Sinai, para receber os mandamentos da Lei de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus.
Homens e mulheres entregaram suas jóias e seu ouro, para a fabricação de um ídolo que adoraram!
Homens civilizados, fazeis, entretanto, como eles.
O Cristo vos deixou! a sua Doutrina, vos deu o exemplo de todas as virtudes, mas abandonastes exemplos e preceitos.
Cada um de vós, carregando as suas paixões, fabricou um deus de acordo com a sua vontade:
para uns, terrível e sanguinário; para outros, indiferente aos interesses do mundo.
O deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro, que cada qual apropria aos seus gostos e às suas ideias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos!
Que a voz dos Espíritos vos toque o coração.
Sede generosos e caridosos, sem ostentação.
Quer dizer: fazei o bem com humildade.
Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho.
Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade.
Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas.
Vimos preparar o caminho para o cumprimento das profecias.
Quando o Senhor vos der uma manifestação mais esplendente da sua clemência, que o enviado celeste vos encontre reunidos numa grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de receber a palavra divina que Ele vos trará; que o eleito não encontre em seu caminho senão as palmas dispostas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade; e então o vosso mundo tornará um paraíso terreno.
Mas, se permanecerdes insensíveis voz dos Espíritos, enviados para purificar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica em conhecimentos e não obstante tão pobre de sentimentos, ah! nada mais nos restará do que chorar e gemer ela vossa sorte.
Mas, não, assim não acontecerá.
Voltai-vos para Deus, vosso pai, e então nós todos, que trabalhamos para o cumprimento da sua vontade, entoaremos o cântico de agradecimento no Senhor, por sua inesgotável bondade, e para O glorificar por todos os séculos.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 22 Empty Ser mãe

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 12, 2020 7:58 pm

A missão de ser mãe quase sempre começa por alguns meses de muito enjoo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, ganho de peso assustador, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros, preenchendo espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.
Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga; o instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o seio, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebé e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?
É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira.
É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas.
Sentir sua mãozinha procurando a protecção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e incentivá-lo nas pequenas derrotas.
É ouvir as confidências.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar:
E se tivesse sido meu filho?
E quando vir fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que assistir um filho morrer à fome.
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho.
É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.
Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no golo ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de mamãe a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebé.
Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo se deseja viver mais – não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.
É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão quando ele se aventurar ao volante de um carro.
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração:
um Espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.

blog Espiritismo Na rede, baseado no cap. Dia das mães, de Sharon Nicola Cramer e no cap. Isso vai mudar totalmente a sua vida, de Dale Hanson, do livro Histórias para aquecer o coração, v. 2, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante.

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