LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Compromisso reencarnatório e doenças crónicas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 13, 2020 7:23 pm

Lembra-nos André Luiz, pela pena psicográfica de Chico Xavier, que “renascendo entre as formas perecíveis, nosso corpo subtil, que se caracteriza, em nossa esfera menos densa, por extrema leveza e extraordinária plasticidade, submete-se, no plano da crosta, às leis de recapitulação, hereditariedade e desenvolvimento fisiológico, em conformidade com o mérito ou demérito que trazemos e com a missão ou o aprendizado necessários" (No Mundo Maior).
A pedagogia reencarnatória reclama estudo, atenção e atitude para não produzir deteriorações desnecessárias a este corpo, carro material da nossa jornada pelo planeta.
A química fisiológica, como a química espiritual, não é casual ou fatalista.
Emerge de nossos actos.
Embora seja certo que a dor nos ensina, a ninguém foi dado buscar a doença ou o sofrimento como opção de vida.
Incumbe-nos viver de forma cautelosa, escudando a nossa saúde física e espiritual, condição para tornar mais proveitosa a nossa experiência reencarnatória.
Neste prisma, ter os olhos abertos para o que ocorre à nossa volta é o primeiro passo para evitar doenças e produzir saúde.
Você sabe o que é doença crônica?
São aquelas de progressão lenta e de longa duração.
Podem ser silenciosas ou sintomáticas e sempre comprometem a nossa qualidade de vida.
Para considerar apenas as não transmissíveis, podemos exemplificá-las com as doenças cardiovasculares, as respiratórias crónicas (bronquite, asma, rinite), a hipertensão, o câncer, as doenças autoimunes (lúpus, doença celíaca, esclerose múltipla etc.) e as doenças metabólicas (obesidade, diabetes, esteatose, osteoporose etc.).
Junto às últimas podem ocorrer diversas manifestações psiquiátricas, como o autismo e a depressão.
Segundo a OMS, as doenças crónicas respondem por 63% das mortes no mundo (74% das causas dos óbitos no Brasil).
Tive acesso, em data recente, a uma explanação feita pelo Dr. Cícero Galli Coimbra, médico e cientista, acerca de alguns dados estarrecedores da saúde mundial.
Na actualidade, 60% da população norte-americana com menos de 25 anos de idade sofrem de pelo menos uma doença crônica.
Deste contingente, 45% padecem com duas dessas doenças.
Trata-se de amostragem do que ocorre em todo o planeta, num ritmo exponencial que se agravou desde 1980.
Na década de 1975 a 1985, duplicaram os casos de autismo no mundo.
Nas décadas anteriores, as estatísticas apontavam para o nascimento de 1 criança autista para cada 5.000 crianças normais.
No período seguinte, esta proporção já era de 1 para cada 2.500.
Em 2012, chegamos a 1 criança autista para cada 88 normais e, em 2018, o índice foi de 1 por 40.
Se nada for feito, um enorme contingente de pessoas manter-se-á dependente de medicamentos que a indústria farmacêutica lança no mercado a preços exorbitantes.
Essas empresas não estão preocupadas em descobrir ou combater as causas dessas doenças.
Orbitam nas cifras milionárias de seus negócios e doenças crónicas constituem a matéria-prima de seus lucros.
Os fármacos que produzem, combatem apenas os efeitos dessas doenças, o que lhes garante, por tempo indefinido, a fidelidade forçada de um expressivo público consumidor.
Em 2016, essa indústria movimentou US$ 17 biliões apenas com a venda de imunossupressores para o tratamento da esclerose múltipla.
Quatro gigantes desse sector projectaram, no mercado de acções, um lucro de US$ 40 biliões para 2026, gerado exclusivamente com essa doença.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 13, 2020 7:23 pm

Milhares de pessoas tendem a se tornar, ainda jovens, incapacitadas para o trabalho e até para cuidados pessoais.
A boa notícia é que a maioria das doenças crónicas pode ser prevenida ou controlada.
O peso da herança genética é pequeno, se comparado a outros factores de risco que estão sob o nosso domínio e dependem apenas de nossa vontade e determinação.
“Não somos vítimas de nossos genes, mas donos do nosso destino.” (Bruce Lipton).
Para trabalhar no bem (essência do nosso compromisso reencarnatório) é preciso saúde.
Com pequenas atitudes você pode evitar doenças crónicas e permitir uma experiência proveitosa no vaso físico.
Mude hábitos para garantir uma alimentação saudável e variada, rica em frutas, vegetais e cereais.
Esforce-se para banir o consumo de produtos industrializados, de açúcar, de sódio, de fumo, embutidos e refrigerantes.
Mantenha atividades físicas regulares e reduza ao máximo o consumo de bebidas alcoólicas.
Não se torne refém de medicamentos.
Reserve momentos para desfrutar do prazer merecido, da tranquilidade e do relaxamento.
Tudo sem esquecer da actividade mais importante, motriz de saúde física e mental: o trabalho desinteressado em favor do outro.

Raul de Mello Franco Jr.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty ALEGRIA, COM JESUS

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 14, 2020 7:51 pm

Lucas 6:22-23;- João Ferreira de Almeida – RC;
Capítulo Segundo o Espiritismo capítulo 24 – item 17, pág. 369;

"22 - Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem e quando vos separarem, e vos injuriarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.
23 - Folgai nesse dia, e exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas." (Lc 22-23).

"BEM-AVENTURADOS" – Felizes, venturosos.
Isto acontece com todos aqueles que se enquadram nos ensinamentos do versículo.

"SEREIS" – Na época, exposto em termos futuros, pois, só à medida que tomamos conhecimento de uma instrução e a sentimos, isto é, e ela repercute em nosso íntimo, é que passamos a experimentar os resultados que podem ser bons ou maus.

"QUANDO" – Circunstancia de tempo, de oportunidade.

"OS HOMENS" – Filhos de Deus, nossos irmãos.
A disponibilidade que ocorre entre as criaturas se deve ao facto de estarem todas em evolução, portanto, cada uma em seu nível.
O nosso entendimento corresponde sempre ao grau de nossa evolução.
Quanto mais evoluído o ser, mais paciência, mais compreensão ele tem.
E é natural que os mais desenvolvidos espiritualmente falando sejam os mais sintonizados com o pensamento cristão, alvos, por isso mesmo, das reações negativas dos que não encaram a vida de igual maneira.

"VOS ABORRECEREM" – Colocar à margem, não dispensar consideração, congelar, o que pode se dar com a pessoa e ou com a mensagem.
Enquanto os outros nos desprezam é uma coisa, mas, quando o fazem com a mensagem é muito grave a situação.
A isso, o Mestre se referiu assim:
"E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, será abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos prodígios que em ti se operassem, teria ela permanecido até hoje.
Porém eu vos digo que haverá menor rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti". (Mt 11:23-24).
Enquanto a dificuldade é pessoal, ela pode e quase sempre é também nossa.
Quando é com a mensagem fiel, transmitida de modo bem intencionado, a dificuldade e, nesse caso, responsabilidade é de terceiros.

"E VOS INJURIAREM," – Injuriar: difamar, insultar, ofender.
Podem falar todo o mal acerca de quem se esforça por ser discípulo de Jesus.
Ninguém foi mais ofendido do que o Filho de Maria.
Entretanto, não se rebelou.
Continuou calmo, sereno e confiante em Deus o seu trabalho.
O discípulo, apesar de tudo, tudo precisa fazer para prosseguir na tarefa, tendo como incentivo o exemplo do próprio Mestre.

"E REJEITAREM" – Rejeitar: lançar fora, não admitir, repelir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 14, 2020 7:51 pm

"O VOSSO NOME COMO MAU" – Não se refere à designação da pessoa, como Maria, José ou António.
Mas, à de "homem do caminho", naquele tempo e, mais tarde, cristão, ou seguidor de Cristo, conforme a sugestão de Lucas.

"POR CAUSA DO FILHO DO HOMEM" – Seguir alguém pode ser acompanhá-lo por uma rua ou estrada, mas, também, por em pratica os seus ensinamentos.
Assim estavam e continuam procedendo os seguidores do Divino Mestre.
No esforço de viver o seu Evangelho, vão se tornando diferentes, e, por isso, passam a ser alvos de toda a sorte de problemas por parte daqueles que, conscientes ou inconscientemente, não aderem às mesmas ideias e aos mesmos ideais. Importa, porém, prosseguir na pratica do bem.
"Folgai nesse dia, e exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas." (Lc 6:23).

"FOLGAI" – Alegrar, experimentar grande alegria pelo facto de passar por tudo aquilo com equilíbrio, sem se envolver, sem se comprometer.

NESSE DIA" – Quando isso acontecer.
Tudo tem a sua hora. Mais cedo ou mais tarde seremos levados ao testemunho, como teste indispensável.

"E EXULTAI;" – Regozijar-se.
Como o verbo anterior, no imperativo.
Exultar è um jubilo que vem dentro da pessoa, expressando-se de modo a envolvê-la toda, no que se relaciona à vibração própria desse estado.

"PORQUE" – O Mestre vai passar à exposição do motivo porque assim devemos proceder.

"EIS QUE É GRANDE O VOSSO GALARDÃO NO CÉU," – O sentido é presente, porque o beneficio espiritual do bem é imediato.
"Grande", porque extenso e profundo.
"O vosso", porque de cada um, individual. "galardão", prémio, recompensa.
"No céu", do coração, revelado pelo estado íntimo.

"POIS, ASSIM FAZIAM" – Quer dizer, procediam de igual modo; tinham reações semelhantes em face de ideias novas ou comportamentos também novos.

"OS SEUS PAIS" – Não progenitores, no caso, mas ancestrais ou antepassados, os quais poderiam ser os mesmos espíritos em reencarnações diversas.
Ontem perseguindo, aborrecendo, injuriando, rejeitando; hoje, buscando converter-se ao Evangelho, submetidos à mesma prova.
É para se folgar e exultar, já que se trata de uma quitação, com a consequente libertação.

"AOS PROFETAS" – Os profetas de Israel eram arautos da verdade, pregando o Deus único e a necessidade de se observarem os seus mandamentos.
Geralmente, eram portadores de ostensivas faculdades mediúnicas.
Durante sua vida conheceram altos e baixos, ora consagrados pelas autoridade e o povo, ao por eles perseguidos, maltratados e até sacrificados.
Dentro da lei de causa e efeito, os perseguidores do passado, seriam os perseguidos do presente.
A lei de causa e efeito encontra-se bem clara no Evangelho:
"Então Jesus disse-lhe (a Pedro):
"Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão". (Mt 26:52).

José Damasceno Sobral-

Blog Espiritismo Na Rede conforme estudo realizado na cidade de Belo Horizonte em 23-09-1982.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty O JUÍZO TEMERÁRIO

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 15, 2020 7:21 pm

Mateus 7:1-2; João Ferreira de Almeida – RC;

Capítulo Segundo o Espiritismo- capítulo 10 – item 11, pág. 179;
" 1 Não julgueis para que não sejais julgados, 2 porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós". (Mt 7:1-2).

"NÃO JULGUEIS" – Julgar - decidir como juiz ou como árbitro.
Jesus proíbe o julgamento, porque desconhecemos o fato sob todos os seus ângulos e, inclusive, as razões íntimas que levam a criatura a proceder deste ou daquele modo.
No ela se apresenta mais evoluída do que nós, corremos o risco de não compreende-la.
No que deixa a desejar, pode empenhar-se a fundo, dar tudo que tem condições, entretanto, seu esforço nos parece insignificante.
Cremos haver carência de boa vontade.
Aquele que, pelas funções profissionais é obrigado a julgar, deve fazê-lo com a imparcialidade ao seu alcance, de tal modo que conserve a consciência em paz, não vindo, assim, a padecer de insónia.

"PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADO" – O Nazareno nos induz a não julgar.
Como Mestre por excelência, expôs o motivo pelo qual devemos proceder deste modo.
Lembra a lei de causa e efeito, segundo a qual do que damos recebemos; como agimos os outros procedem connosco.
Forçoso recordar também que todos temos nossos erros.

Basta que a própria consciência nos fale deles, nos advirta.
al pronunciamento será sempre de acordo com a nossa evolução.
Cabe aqui a transcrição de João, com relação á mulher adúltera:
"Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (Jo 8:7), e "Quando ouviram isto, saíram um a um a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio" (Jo 8:9).

Paulo escreve:
"Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo". (Romanos 2:1).

Tiago por sua vez esclarece:
"Há um só legislador e um juiz que pode salvar e destruir.
Tu, porém, quem és que julgas a outrem?" (Tiago 4:12)."
porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós". (Mt 7:2).

"PORQUE" – Jesus proporciona o ensinamento e o justifica.
E o faz de modo tão explicito que não há como questioná-lo.

"COM O JUÍZO" – Juízo – ato de julgar; conceito; opinião.
Não devemos julgar.
Se, por força das circunstâncias, formos levados a opinar sobre alguém, devemos agir com justiça e caridade.
Muitas vezes, embora nos pareça errada, a criatura deu o melhor segundo a sua evolução.
Nós, em seu lugar e com a sua compreensão, talvez, nem isso fizéssemos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 15, 2020 7:22 pm

"QUE JULGARDES" – Não nos encontramos no mundo para julgar o semelhante.
Como temos a tendência de emitir pareceres, mesmo quando inoportunos e dispensáveis, procuremos o lado bom de cada um, para o apresentarmos como compensação, lembrando sempre que o nosso proceder (acção) estabelece uma consequência (reacção).
Com isso, não podemos nos esquecer da Lei de Evolução, isto é, que cada espírito traz a sua bagagem e se encontra a caminho da perfeição.

"SEREIS JULGADOS" – A vida é assim: do que damos, recebemos.
Se não for nesta será numa próxima existência.
E não podemos admitir que é Deus quem nos pune.
Ele não castiga nem recompensa ninguém.
A Lei de causa e efeito (estabelecida pela Divindade) é que actua, nos enquadrando de conformidade com nossa conduta.

"E COM A MEDIDA" – Medida – "grandeza determinada que serve de padrão para comparação e a avaliação de outras grandezas".
No caso, adoptamos como padrão a nossa condição.
E isso não dá.
Os dedos da nossa mão são diferentes,,,
As pessoas também o são.

"COM QUE TIVERDES MEDIDO" – Revelando as faltas alheias, estamos assegurando para nós um tratamento semelhante.
Aliás, os amigos espirituais procedem assim connosco.
Reincidimos nos mesmos erros, eles, porém, continuam aí, perseverantes na ajuda e confiantes na nossa renovação.
Entendem e têm fé, por isso não se desanimam.

"VOS HÃO DE MEDIR A VÓS" – O processo é inevitável.
E atinge a todos, sem exceção.
Para sermos condescendentes com o próximo, não será difícil, se nos lembrarmos que ele é nosso irmão e que, como Filho de Deus, apresenta numerosos fatores positivos.
Basta possuirmos olhos para vê-los.
No sermão do Monte, Jesus ensinou:
"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus". (Mt 5:8).
Importa limparmos o nosso coração, o nosso sentimento e, a partir de então, começaremos a ver a Deus, isto é, as suas manifestações em toda a criação e, principalmente, é claro, na criatura.
Com isso, estaremos fazendo uso da vacina com vistas a nos imunizar do julgamento.
Terminemos citando Emmanuel:
"Se conseguimos discernir o bem do mal, é que já conhecemos o mal e o bem, e se o Senhor nos permite identificar as necessidades alheias, é porque, de um modo ou de outro, já podemos auxiliar".

Nota: Vide livro Palavras de Vida Eterna, capítulo 179.

José Damasceno Sobral

Blog Espiritismo Na Rede conforme estudo realizado na cidade de Belo Horizonte em 28-11-1980.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Causas, consequências e profilaxia do suicídio

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 16, 2020 8:23 pm

As estatísticas de órgãos oficiais são imprecisas quanto às taxas de suicídio no Globo, que apresentam variantes indefinidas de região para região.
O suicídio é considerado a décima causa de morte no mundo.
Os estudiosos não encontram uma explicação conclusiva para as disparidades das taxas e as causas do suicídio, visto que há uma combinação de factores de diversas ordens: sociais, económicos, psicológicos, psiquiátricos e ambientais que podem contribuir para a sua ocorrência.1
Graças ao crescimento dos índices de suicídio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o evento como um problema de saúde pública desde a década de 90, iniciativa que também foi adoptada pelo governo brasileiro a partir de 2005.2
Não obstante todas as causas apontadas pelos estudiosos terrestres, quase sempre ligadas a factores exógenos, na raiz do problema encontramos o enigma espiritual ignorado pelas ciências académicas.
A tese espírita contribui muito para o combate e a erradicação do suicídio, porque, além dos factores externos, estudados pela comunidade científica, avalia a própria experiência dos suicidas, os quais, utilizando-se de médiuns, vêm, pessoalmente, advertir os homens sobre a inutilidade e o equívoco desse gesto.3
Que razões levam uma pessoa a desertar de um bem tão precioso que é a vida, contrariando o instinto de conservação?
Como vacinar-se contra esse flagelo?
O desgosto da vida e o suicídio possuem diversas causas.4
Pretendemos analisar apenas algumas delas, sob o ponto de vista dos princípios estudados pelo Espiritismo, sem intenção de esgotar o tema, até porque não há espaço para isso nestas páginas.
O materialismo, fundado na crença niilista, tem sido um dos grandes vetores desse flagelo.5
Acreditando que a morte é o fim de tudo,muitas pessoas, desgostosas da vida, optam pela saída desditosa do suicídio.
É uma ideia que repugna à lógica e ao bom-senso.
Se a morte fosse a destruição completa do homem,muito ganhariam com ela os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, do Espírito e dos vícios.
Basta um pouco de reflexão: por que lutar para ser bom, para progredir, se todos vamos ter o mesmo destino, independentemente de nosso comportamento?
A vida no corpo físico perderia completamente a razão de ser.
Seria inútil reencarnar.
A crença de que após a morte física vem o nada é incompatível com a perfeição, a justiça e a bondade de Deus.
O orgulho e a ignorância a respeito das leis espirituais também contribuem para isso.
Criaturas em desespero, numa atitude de rebeldia contra as Leis do Criador, não aceitando os reveses que a vida lhes impõe, em decorrência da lei de causa e efeito, procuram o suicídio como válvula de escape para seus problemas, que lhes parecem insuperáveis ou insolúveis, sem considerar que as dificuldades, por mais desafiadoras que sejam, constituem instrumentos de resgate, crescimento intelectual e espiritual.
Para não cederem em seus pontos de vista inflexíveis ou por não aceitarem uma derrota, uma doença aparentemente incurável, um desastre financeiro, 6 uma decepção amorosa, procuram o suicídio que, entretanto, lhes reserva amargas experiências.
A obsessão espiritual tem sido outra causa dos suicídios, muito pouco estudada pelos profissionais da saúde, muitos deles desconhecedores das Leis Naturais ora estudadas.
A obsessão é o domínio que Espíritos inferiores exercem sobre certas pessoas.7
Não raro, são inimigos do passado, ávidos de vingança contra o seu desafecto.
Por vezes, o assédio espiritual é tão grande que pode ocasionar problemas orgânicos sérios, inclusive lesões no cérebro, capazes de levar a pessoa à loucura, se não receber tratamento espiritual adequado, a tempo.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 16, 2020 8:24 pm

Outra causa predominante é o desleixo para com o corpo físico, instrumento do progresso, tais como o abuso dos alimentos, do álcool, do fumo, das drogas, dos remédios em excesso, do sexo desequilibrado, do ódio, da mágoa profunda etc.
Estes hábitos nocivos constituem fontes solapadoras das energias, que muito contribuem para que a morte física aconteça antes do tempo.
É conhecido como suicídio indireto ou inconsciente. 8
A pessoa não quer, deliberadamente, a morte, mas o estilo de vida adotado a conduz à morte prematura.
Considerando o estágio moral da colectividade, quase todos podemos ser considerados suicidas inconscientes.
Daí a importância do cultivo da religião, que nos oferece directrizes para vivermos uma vida de qualidade, sem abusar das prerrogativas que o Criador nos concede para dela desfrutarmos.
As consequências do suicídio são terríveis para o Espírito e todos aqueles que contribuíram directa ou indiretamente para a sua prática.
Elas são as mais variadas e correspondem às causas e às circunstâncias que o produziram.9
Há, entretanto, resultados que são comuns a todos.
Os Espíritos narram que a primeira coisa que descobrem, frustrados, após o gesto tresloucado, é que ninguém foge de si mesmo, ninguém morre.
O que se destrói é apenas o corpo físico.
A consciência continua palpitando em outra dimensão.
Por isso, o desapontamento e a desordem das faculdades mentais são assaz penosos, os quais, aliados ao remorso, os atingem em cheio.
Os sofrimentos, em vez de serem aliviados, como esperava o suicida, agravam-se superlativamente.
Experiência comum a todos os Espíritos que optaram por essa fuga impossível é a visão constante dos factos que culminaram com a sua morte física, como se fosse um filme de sua própria vida, num morrer e remorrer sem tréguas.10
A visão do corpo em estado de putrefação e a sensação de estar sendo devorado pelos vermes também é muito comum no Espírito suicida, o qual experimenta severas dificuldades para se desligar dos laços carnais.
Depois, vêm as flagelações nos planos espirituais inferiores, onde o enfermo se junta a outros Espíritos sofredores em situação semelhante, agravando a sua situação moral.
Não bastasse tudo isso, o suicida poderá ter dificuldades de acesso às reencarnações futuras, benditas oportunidades de recomeço para o Espírito, que lhe proporcionarão trégua nas dores superlativas e lhe permitirão a chance de reparar seu erro e as consequências do acto desatinado, que também flagela os entes queridos.
O estudo das propriedades do perispírito, considerado o modelo organizador biológico do corpo físico, auxilia a compreender o porquê de tantas enfermidades físicas e/ou mentais dolorosas que afetam milhares de reencarnantes, muitas delas radicadas no suicídio então praticado, as quais devem ser vistas não como punição divina, mas sim como o remédio amargo que corrige e reeduca o Espírito imortal, considerando que a Justiça Divina se encontra insculpida na própria consciência. É que a dor do remorso, sob o comando da mente, tem o condão de provocar alterações na estrutura atómica do perispírito, o que afeta, sensivelmente, a formação do futuro corpo físico.11
O suicídio é uma violenta interferência nos mecanismos da Lei Divina, pois a vida é um bem supremo indisponível.
Se o homem não é capaz de criar, também não tem o direito de destruir o próprio corpo, primeiro empréstimo de Deus concedido ao seu detentor, para aperfeiçoamento do Espírito imortal.
Aquele que se mata, na vã esperança de rapidamente chegar ao “céu”, comete outra loucura.
Assim agem muitos fanáticos, destruindo-se e a tantos outros inocentes.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 16, 2020 8:24 pm

Os que assim procedem apenas retardam a sua entrada num mundo melhor e terão de pedir lhes seja permitido voltar, para concluírem a vida a que puseram termo, sob o influxo de uma ideia falsa.
O mesmo destino está reservado àqueles que se matam, com o intuito de se juntar aos entes queridos que os precederam na grande viagem.
Esse gesto estúrdio, em vez de aproximá-los, os afastará ainda mais dos seres que amam.12
O Espiritismo, com este precioso cabedal de informações, apresenta-se como solução preventiva não somente aos Espíritos atormentados, mas também aos que gozam de boa saúde mental, alertando-os sobre os perigos e a inutilidade desse gesto insano.
Tais conhecimentos não apenas previnem como também consolam os familiares, ante a certeza da misericórdia divina que, além das atenuantes dos sofrimentos, conforme as circunstâncias, proporciona ao suicida a reparação do erro.
Por isso, ao tomarmos conhecimento de que alguém cometeu suicídio, não condenemos, mas elevemos o pensamento em prece a Deus,13 para que o irmão desventurado suporte, com resignação, os sofrimentos que carreou a si próprio, sempre lembrando que, para aqueles que continuam estagiando no plano físico, os maiores antídotos contra o suicídio são a vigilância, a oração e o trabalho em favor do próximo.

O reformador - Julho de 2012

1Disponível em: . Acesso em: 8/4/2012.
2Disponível em: . Acesso em: 8/4/2012.
3PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um suicida. Pelo Espírito Camilo Cândido Botelho. 26. ed. 9. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011.
4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 943.
5KARDEC,Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. (atualizada).Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 5, it. 14 a 17.
6XAVIER, Francisco C.; VIEIRA,Waldo. A vida escreve. Pelo Espírito Hilário Silva. 10. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 2, cap. 7.
7KARDEC,Allan. O livro dos médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 2. ed. esp. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 2, cap. 23.
8XAVIER, Francisco C. Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. 61. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 1, 2 e 4.
9KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad.Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 957.
10SCHUBERT, Suely C. O semeador de estrelas. Salvador: LEAL, 1989. Cap. 9.
11XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp.

Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Veneno.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty É NATAL! Que ofertamos ao Aniversariante?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 17, 2020 8:27 pm

No livro “Os mais belos contos de Natal” (1), com o título de O Quarto Rei Mago, há um deles, belíssimo, escrito por Joannes Joergensen, no qual atribui a uma lenda o facto de que Jesus não sorriu, ao receber as oferendas dos Reis Magos (Gaspar, Melchior e Baltasar), que se constituíam de ouro, incenso e mirra.

Mas o autor se refere à existência de um quarto rei, originário da Pérsia, que chegou atrasado... e de mãos vazias.
Ao narrar por que chegara de mãos vazias, fez o pequeno Jesus se voltar para ele, estender-lhe suas mãozinhas e sorrir-lhe.
Em seu relato afirma que, ao partir de seu amado país, trazia-Lhe precioso tesouro:
três pérolas brancas, cada uma semelhante a um ovo de pomba, retiradas do Mar da Pérsia.
Contudo, a primeira delas ofertou ao hospedeiro de uma estalagem, a fim de que buscasse um médico para um velho que tremia de febre, estendido num banco, próximo à lareira.
Era magro e pobre, e muito parecido com seu próprio pai...
Certamente seria enxotado no dia seguinte, se não morresse até lá.
Que cuidasse dele e, se fosse o caso, desse-lhe sepultura digna.
No dia seguinte, em viagem, ouviu gritos vindo de um bosque.
Verificou que se tratava de soldados que iam violentar jovem mulher.
Com a segunda pérola comprou sua liberdade.
Ela beijou as mãos do rei e fugiu célere para as montanhas.
Restava-lhe uma pérola e, ao menos esta, pensava consigo, seria entregue ao pequeno Rei, nascido no Ocidente.
Seguindo em frente, aproximou-se de uma pequena cidade em chamas.
Eram os soldados de Herodes, a executar-lhe as ordens de matar as crianças de dois anos para baixo.
Um deles mantinha, dependurado por uma perna, pequeno menino que se debatia e gritava.
Ameaçava jogá-lo ao fogo.
Sua mãe gritava desesperadamente.
Com terceira pérola resgatou a criança, devolvendo-a à mãe, que a enlaçou em seus braços, fugindo, sem ao menos agradecer-lhe, tamanha era sua angústia.
Por isso, chegara de mãos vazias... e lhe pedia perdão.
Aquele rei trazia, sim, as mãos vazias, mas o coração, esse, estava pleno de amor.
A compaixão que o moveu, nas três circunstâncias, foi o melhor presente que, afinal, ofereceu ao meigo Jesus, ainda infante.
Na sua conduta, demonstrou que se harmonizava com os futuros ensinos de Jesus em seu Evangelho.
Nele, a vivência era visível e já se tornara uma segunda natureza.
Já possuía o salutar hábito da bondade, em todas as acções.
O Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, tem como objectivo primordial restabelecer, na Terra, o Cristianismo primitivo, sem os atavios e distorções que lhe acrescentamos, os homens que o não assimilamos, que o não compreendemos.
Em Jesus temos “o conquistador diferente”, no dizer do Irmão X(2):
“Jamais humilhou e feriu (...) recebeu sem revolta, ironias e bofetadas (...)”.
Assim ainda o temos tratado.
Pois, que temos nós ofertado ao Divino Amigo?
Que temos feito de nossas vidas?
Será que o fazemos sorrir? Ou Chorar?
Nossas mãos estão vazias porque nos despojamos de egoísmo e somos mais fraternos, mais dados à compaixão, mais caridosos material e moralmente, ou por que nada nos comove?
Temos hoje nova visão do Natal, ou permanecemos nas velhas ilusões do desperdício, da matança dos animais, das bebedeiras, da alegria exterior?
Compartilhamos com o próximo, de qualquer condição social, o júbilo íntimo, os bens e os talentos?
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 17, 2020 8:27 pm

No nosso Natal, o Cristo está presente?
Jesus veio ao mundo, no dizer de Isaías (61:!)
“(...) para anunciar a Boa Nova aos pobres.
(...) para proclamar a libertação dos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos (...)”(3).
Somos cativos, sim, da ignorância e de seus efeitos. Dos vícios e do comodismo.
Por ignorarmos a Lei, que Jesus resumiu no Amor a Deus e ao Próximo é que nos mantemos escravos dos compromissos cármicos.
Sofremos as reações más de ações também más.
Para sairmos desse círculo vicioso de reencarnações dolorosas, indispensável aviar a receita que o Mestre nos trouxe no Evangelho do Reino.
Nossa evangelização é um processo.
Não se acaba. Não se esgota na prática de uma ou outra acção generosa.
Não se deve se restringir à caridade de material de fins de semana ou à frequência desatenta aos cultos periódicos de quaisquer seitas.
Para se tornar efetiva e transformadora, conscientizemo-nos de que é de todos os momentos e lugares, não se limitando a ocasiões determinadas.
É claro que o Natal é motivo para nos rejubilarmos. Jesus veio para nos libertar.
Mas nossa libertação depende de nossa adesão aos ensinos contidos na Boa Nova do Reino.
O mensageiro celeste, ao se dirigir ao aos pastores, na noite de Seu nascimento, deixa bem claro:
“Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10-11)
Natal e fim de ano são momentos propícios à reflexão, ao balanço do uso do tempo que passou, à idealização de projetos novos para o ano que recomeça.
Que temos feito de nossos talentos e de nossas vidas?
Como será, quem sabe, nossa prestação de contas?
“(...) o dia do Senhor vem como ladrão de noite (...)”. (Paulo, 1 Ts, 5-2)
Temos buscado nos tornar dignos de tantas bênçãos?
Se nossas acções levarem alegria ao Divino Amigo, também nós seremos felizes.
Que tal incluirmos nos projetos para o Natal e Ano Novo – para todos os Natais e Anos Novos que virão – espaço para as lições que Ele nos trouxe há dois mil anos?
Projectar e REALIZAR, pois que “(...) a fé sem as obras é inoperante.” (Tiago, 2:20).

Gebaldo José de Sousa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) “Os mais belos contos de Natal”, Ed. Vozes, Pág. 47, 1993.
(2) “Antologia Mediúnica do Natal”, de Autores Diversos, Cap. 3, 3ª ed. FEB – 1990.
(3) “Bíblia Sagrada”, Trad. João Ferreira de Almeida, Soc. Bíblica do Brasil, 1969.

Fonte: revista Reformador, da FEB, de dezembro de 1996.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Concepção espírita dos sonhos

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 18, 2020 8:33 pm

O sonho é um fenómeno corriqueiro, comum a todas as pessoas, que sempre intrigou os seres humanos e que está intimamente ligado ao sono.
Quem já não sonhou estar voando?
Quem já não sonhou com pessoas falecidas ou desencarnadas...?
Com o advento da Doutrina Espírita, a partir de 1857, muita luz se projectou sobre o enigma do sono e dos sonhos,[ i ] cujos princípios repousam sobre o axioma de que o homem é um ser integral, constituído de corpo e alma, independentes entre si, premissa que tem auxiliado grandemente o entendimento do fenómeno.
Observando a incapacidade humana de compreender os sonhos, os Espíritos exclamaram:
“Pobres homens, que mal conheceis os mais vulgares fenómenos da vida!”[ii]
Todos sonhamos, ainda que não nos lembremos!
O sonho, a catalepsia, a letargia[iii] e o sonambulismo[iv] são todos fenómenos de emancipação ou desdobramento da alma.
O Espírito se desdobra, quando se desprende parcialmente do corpo físico, permanecendo unido a este por um cordão ou laço fluídico[v](conhecido, vulgarmente, como “cordão prateado”[vi]), situação que ocorre diuturnamente nos momentos do sono físico ou mesmo durante um leve cochilo.
Ao dormirmos, ficamos, temporariamente, no mesmo estado em que permaneceremos depois da morte física, motivo pelo qual se diz que o sono é um treino para a morte.
Sob esta ótica, pode-se dizer que todos os dias morremos.
O sonho é a lembrança mais ou menos nítida das experiências que o Espírito traz, ao despertar, de sua excursão pelo Plano Espiritual.
Constitui, por isso, uma das evidências da realidade da alma.
Quando o corpo repousa, o Espírito libera um pouco mais suas faculdades, ao contrário do que acontece quando se encontra acordado, lembrando-se, muitas vezes, do passado e até penetrando o futuro.
Se não dormíssemos, a encarnação e o nosso progresso espiritual certamente estariam comprometidos, uma vez que é no mundo espiritual – a nossa pátria verdadeira – onde buscamos forças para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, no plano físico.
Não sem razão os Espíritos disseram, na q. 402 da primeira obra básica que o sono é a porta que Deus abre aos homens, para que possam relacionar-se com os amigos do céu; é o recreio depois do trabalho.
Graças ao sono, os encarnados estão sempre em contacto mais estreito com os desencarnados e inclusive com outros encarnados.
O Espírito jamais está inactivo.
O sono, além de proporcionar o descanso e o refazimento do corpo físico, facilita a ampliação das percepções psíquicas e fornece maior intensidade ao raciocínio e à memória.
A interpretação onírica é um dos aspectos mais controvertidos deste tema.
Muitas teorias exóticas, para não dizer fantasiosas, já se levantaram sobre a interpretação dos sonhos.
Em 1900, Sigmund Freud (1856-1939), considerado o “pai da Psicanálise”[vii], lançou a obra A interpretação dos sonhos, que trouxe uma contribuição académica importante ao estudo deste interessante fenómeno.
Entretanto, Freud não levava em consideração o elemento espiritual, motivo por que as suas teorias psicanalíticas nem sempre explicam todos os factos relacionados com os sonhos, apresentando, mesmo, diversas lacunas.
Conforme anotado pelo Espírito André Luiz, na obra “Os Mensageiros”, “Freud foi um grande missionário da Ciência; no entanto, manteve-se, como qualquer Espírito encarnado, sob certas limitações.
Fez muito, mas não tudo, na esfera da indagação psíquica”.[viii]
Portanto, muito antes de Freud, o Espiritismo já havia desvendado os sonhos, que podem representar diversas situações.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 18, 2020 8:34 pm

Algumas delas são:
[ix]a) visão actual de coisas presentes ou ausentes;
b) visão retrospectiva do passado;
c) em alguns casos menos frequentes, pressentimento do futuro;
d) comummente, constituem quadros alegóricos (simbólicos) que os bons Espíritos nos apresentam como úteis advertências ou salutares conselhos;
e) de outras vezes, esses quadros alegóricos são produzidos por Espíritos imperfeitos, quando tentam nos enganar e explorar nossas paixões;
f) em outras circunstâncias, o sonho pode representar apenas uma ruminação das experiências vividas durante o período em que o Espírito permaneceu acordado.
Nesse caso, o sonho não retrata propriamente lembranças de factos ocorridos na espiritualidade, mas apenas criações fluídicas do pensamento derivadas de alguma preocupação ou experiências mais fortes vivenciadas durante o dia, fenómeno designado pela Psicanálise de “restos do dia”.
Como lembram os imortais na q. 404 de O Livro dos Espíritos, “os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha [adivinhos], pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra.
São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, frequentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal”.
O despertamento do sono indica que o Espírito, acompanhado de seu envoltório, o períspírito, este de natureza semi-material subtil ou quintessenciada, retornou ao casulo carnal, trazendo as memórias de suas experiências pelo mundo espiritual, as quais, entretanto, em virtude do contacto do perispírito com as células, são abafadas pelo corpo denso, cujos átomos vibram com maior lentidão.
Por causa disso, muitas vezes não lembramos dos sonhos ou apenas nos recordamos de partes deles, que nada mais são do que trechos de lembranças de nossas experiências pelo mundo invisível, fazendo com que se apresentem estranhos, sem muito nexo, como se estivéssemos lendo uma página em que algumas palavras, linhas ou mesmo frases inteiras estivessem apagadas, truncando ou impedindo a compreensão integral da mensagem.
Tal fenómeno ocorre porque a apreensão dos factos, nos sonhos, é feita directamente pelo pensamento, não passando pelos órgãos dos sentidos.
Pondere-se, ainda, que a linguagem do pensamento é universal, enquanto a linguagem das palavras articuladas é revestida de símbolos que nem sempre traduzem, com exactidão, a essência das experiências vivenciadas pelo Espírito, que não encontram analogia no estreito vocabulário humano.
Isso, de certo modo, explica por que duas pessoas estrangeiras, mesmo não conhecendo o idioma um do outro, podem se comunicar pela via telepática.
Ao penetrar o mundo espiritual, pelas portas do sono, o encarnado entra em relação mais próxima com outros Espíritos, encarnados ou desencarnados, onde influencia e é influenciado, para o bem ou para o mal, conforme suas afinidades e suas tendências.
Muitas decisões que tomamos e ideias que temos, durante o dia, são hauridas desses relacionamentos extracorpóreos.
Por isso, os Benfeitores Espirituais recomendam que sempre oremos antes de dormir,[x] para que nos contactemos com Espíritos que estejam em condições morais superiores à nossa, ocasião em que podemos receber ajuda, além de sermos úteis, promovendo boas obras e inclusive auxiliando Espíritos necessitados, se for o caso.
Como alerta Carlos Torres Pastorino, em seu opúsculo Minutos de Sabedoria,[xi] não devemos nos impressionar com os sonhos.
Isto poderia levar-nos a extravagâncias ridículas. Vivamos acordados no bem que os nossos sonhos serão belos e bons.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 18, 2020 8:35 pm

Se alguma característica de verdade nos for revelada em sonho, aceitemo-la com simplicidade, mas não nos deixemos levar por interpretações supersticiosas.
Procuremos sempre o lado bom das coisas.
Concluindo, os sonhos encontram explicações nas leis que governam as relações entre o mundo físico e o mundo espiritual, decorrentes da existência do Espírito, do perispírito e dos fluidos espirituais, a chave que faltava para a melhor compreensão desses fenómenos.

Christiano Torchi

* Artigo publicado na Revista Reformador n. 2.152, julho de 2008, págs. 8-10.

Referências:
[ i]Sobre o sono e os sonhos, consulte o que os Espíritos superiores disseram a Kardec, no cap. VIII da parte 2ª de O Livro dos Espíritos, sob os títulos “Da Emancipação da Alma” (q. 400 a 412) e “Visitas Espíritas Entre Pessoas Vivas” (q. 413 a 418).
[ii] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 72ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. Cap. VIII, “Da Emancipação da Alma”, p. 222 (questão n. 402).
[iii] A catalepsia e a letargia são uma espécie de sono físico de ordem patológica e caracterizam-se pela perda temporária da sensibilidade e do movimento do corpo físico, que assume, temporariamente, a aparência da morte biológica. É um fenômeno bastante comum, embora pouco pesquisado. Muitas vezes, o corpo da pessoa é sepultado sem que tenha ainda realmente ocorrido a morte. Alguns desses fenômenos estão descritos no Novo Testamento (Lucas, 7:11-17 [o filho da viúva de Naim] e Mateus, 9:23-26 [a filha de Jairo]), sendo o caso mais conhecido o da ressurreição de Lázaro (João, 11:1-46).
[iv]O sonambulismo “é um estado de independência do Espírito, mais completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades. A alma tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um estado de sonambulismo imperfeito” (q. 425 de O Livro dos Espíritos).
[v] Sobre o laço fluídico, consulte O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, cap. VII, item 118, e o cap. XXV, item 284.
[vi] Eclesiastes, 12:6.
[vii] Método desenvolvido para tratar de distúrbios psíquicos a partir da investigação do inconsciente.
[viii] Obra citada. 24a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. 38, “Atividade Plena”, p. 202.
[ix] Sobre a interpretação dos sonhos, na ótica espírita, consulte também O Livro dos Médiuns, cap. VI, “Das Manifestações Visuais”, item 101: “Ensaios Teóricos Sobre as Aparições”; e A Gênese, cap. XIV, “Fatos Tidos como Sobrenaturais”, item 28: “Vista Espiritual ou psíquica. Dupla Vista. Sonambulismo. Sonhos”.
[x] A respeito da importância da oração antes do sono, consulte o item 38 do cap. XXVIII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Coletânea de Preces Espíritas. Preces por aquele mesmo que ora. A hora de dormir”.
[xi] Obra citada. 39a ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2000, p. 33.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Se alguém deve um centavo não pode "fingir" que esqueceu tal dívida

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 19, 2020 7:40 pm

Jorge Hessen

Não somos o primeiro, o único, ou o último a divulgar sobre o cortejo de práticas desonestas entre os religiosos.
A mídia em geral, frequentemente, anuncia e expõe tais factos, francamente, abomináveis e com grande repercussão negativa.
Não conseguimos ver coerência numa pessoa "meio honesta", "quase honesta" ou "mais ou menos honesta".
Ou se “é honesto”, ou “desonesto, não há meio termo.
Seja sua palavra Sim! Sim!
- Não! Não! Ensinou-nos Jesus.
Proferimos palestras em várias casas espíritas sobre esse tema e destacamos da tribuna que o lídimo cristão é honesto em tudo que banca.
Se alguém deve um centavo que seja, obrigatoriamente, tem que quitar esse débito com seu credor, por simples questão de integridade moral.
Não se pode "fingir" que deslembrou tal dívida (quer seja de um centavo).
Por elevadíssima razão é indispensável haver transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa espírita.
Cremos que é simples obrigação afixar, no 'quadro de avisos' ao público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos.
Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas intenções.
Por outro lado, evitam-se rumores, do tipo: -"fulano (a) está cada vez mais rico (a)"; -"sicrano (a) construiu uma mansão com o dinheiro doado ao centro" e, -"beltrano (a) comprou um carro do ano, caríssimo", olhem só para isso!
Aconteceu connosco.
Certa vez, após uma palestra sobre o “incómodo” tema, houve rumores nos corredores do centro, alguns dirigentes da casa nos arremessaram saraivadas de 'chumbo grosso' pela maledicência.
“Fraternalmente” proscreveram-nos da escala de oradores.
Porém, tal decisão em nada nos afectou, mesmo porque isso implicaria em que admitíssemos contemporizar com as artimanhas obscuras que faziam com dinheiro dos frequentadores.
Nos surpreendemos com as atitudes de alguns deles, desarmonizados moralmente, mas são confrades que fingem gestos de “santidade”, usam palavras “dóceis”, olhares de superioridade, julgam-se donos da verdade, determinando normas de conduta sem sustentáculo doutrinário para exemplificá-las.
É evidente que ficamos atónitos e envergonhados quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições "filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações, etc..
Há centros que dão, até, uma 'ajudazinha' aos confrades, driblando o Imposto de Renda retido na Fonte... imaginem!
Instituições outras recebem, à guisa de doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos, etc., e os dirigentes se apropriam delas, com a maior naturalidade.
Temos conhecimento de instituições que aceitam doações, até, de objectos valiosos e que os dirigentes se apropriam dos melhores, é claro, antes de os exporem em bazares ditos "beneficentes", objectivando arrecadar fundos para obras "assistenciais".
Daí, indagamos: isso é fruto da “minha” imaginação?
Será que estamos obsedados ao abordar tal assunto?
Não, meus irmãos!
Estamos completamente conscientes da responsabilidade cristã.
A prudência continua sendo a nossa melhor conselheira.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 19, 2020 7:41 pm

É imperioso salientar que nossos argumentos não estão sendo direcionados para a instituição A, B, ou C.
Dirigimo-nos a todas, indistintamente, como alerta geral.
Difundimos esses alertas sem expor esse ou aquele grupo espírita, mas por questão de consciência ética, acreditamos que um autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a doutrina estabelece e saber que HONESTIDADE é prática IMPERIOSA para todo ser humano, que dirá, para um espírita cristão?
Portanto, que seja definitivamente esconjurado todo e qualquer subterfúgio, que tente justificar sistémicas concessões fraudulentas, como se fossem naturais para certas ocasiões.
As falanges do mal de "cá" e do "além-túmulo" se organizam para obstruir muitos projetos cristãos.
Os obsessores (encarnados e desencarnados) são inteligentes, organizados e vão dando um passo de cada vez, por conhecerem muito bem pontos vulneráveis dos incautos.
É urgente advertir sobre a obrigatoriedade da conduta honesta para que o ideal espírita seja cada vez mais ético, transparente consoante os preceitos estabelecidos por Jesus.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty ...Além da vida...

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 20, 2020 7:08 pm

Reencarnação algo conhecido, porém não muito compreendido.
É comum ouvimos pessoas falarem que essa ou aquela coisas é "sem lógica", ou 'burras".
Porém pouquíssimas pessoas falam sobre determinado assunto com embasamento.
A lógica é a única ferramenta que pode nos orientar em direção a verdade, ou o mais próximo possível dela.
Se utilizamos a lógica sem a compreende-la ficamos refém dos "Donos da verdade", dos dogmas absolutos que não podem jamais ser questionados.
Para analisarmos melhor que é a reencarnação é preciso primeiro fazermos algumas perguntas e a primeira é: Deus é justo?
Resposta: Sim.
Todos aqueles que acreditam na existência de um ser criador de todas as coisas, admitem que ele é perfeito e possui todas as virtudes.
Seria ilógico imaginar Deus sujeito ás nossas imperfeições.
Portanto, se Deus é perfeito, é acima de tudo justo.
(observação: Justiça é a virtude de dar a cada um aquilo que é seu) Dicionário Aurélio.
Seria justo impor um sofrimento a alguém sem que este tenha merecido tal sofrimento?
Resposta: Não.
Tal ação vai de encontro ao próprio conceito de justiça, visto acima.
(Não é justo impor um sofrimento a um inocente)
Análise lógica.
Conclusão: Deus não pode ser justo e cometer injustiça ao mesmo tempo!
Se existisse apenas uma vida, então Deus estaria impondo a alguns, desde o nascimento, sofrimentos terríveis, sem que o mesmo tenham merecido.
(Deus estaria, assim, sendo injusto) Análise lógica.
Por que algumas pessoas já nascem defeituosas ou doentes e outras não?
Seria justo que Deus fizesse pessoas sofrerem, desde o nascimento, por algo que elas não fizeram, ou pelo o que as outras pessoas fizeram?
Qual a explicação para as pessoas que nascem defeituosas, paralíticas, doentes, ou cegas, enquanto outras nascem perfeitas e saudáveis?
Analisamos agora a foto postada pela página, vemos quatro crianças.
Por que algumas delas é perfeita e a outra, paralítica de nascença?
Por que uma já nasce com esse sofrimento e a outra não?
Por que um menino passando fome, enquanto outro nem sabe o que come?
Se houvesse apenas uma vida, e tivéssemos como objetivo atingir a chamada "salvação".
Por que então alguns nascem com mais condições para atingir esse objetivo do que outros?
Uns nascem em famílias estruturadas, que lhes dá educação e bons exemplos de moral e os encaminham para o bem...
Outros nascem em famílias desestruturadas, no meio extrema miséria, sem nenhum tipo de referencia moral, ás vezes vítimas já cedo de violência e todos os tipos de mazelas.
Quantas desventura, e quanta injustiça!
Além de serem injustiçados pela a sociedade, seria injustiçados pelo próprio Deus!
E além disso, mesmo enfrentando todas essas adversidades, tais pessoas ainda teriam que serem julgadas, após a morte, e poderiam até mesmo ser condenadas a "pena eterna".
Pelos erros que cometeram em apenas uma vida?
Se nós fôssemos criados por Deus no momento do nascimento, e não existisse vidas anteriores, qual seria saudável, perfeito e quem seria deficiente, cego, mudo, etc?
A única explicação então seria sorte ou azar!?
Não haveria uma explicação mais coerente!? Absurdo!
Imaginemos um pai que tenha dois filhos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 20, 2020 7:09 pm

A um deles dá carinho, educação, roupas, alimentação de tudo.
Ao outro não dá carinho, nem educação.
Pelo contrário, o trata de forma agressiva, impondo-lhe todo tipo de sofrimento, desde a infância.
Tudo isso sem nenhum motivo que justificasse tal tratamento. Seria justo?
É claro que não! Ora, se não é justo que um pai proceda desta maneira, será que Deus, sendo infinitamente sábio, poderia agir assim?
Evidentemente que não!
Outros dizem que sofremos devido ao que nossos pais ou antepassados fizeram.
Ou até mesmo pelo pecado original, cometido por Adão!!!
Novamente pergunto: teria sentindo alguém pagar pelo erro de outra pessoa?
Imaginemos mais uma vez uma pessoa sendo presa porque seu pai cometeu um crime e a polícia não conseguiu prendê-lo.
Então o filho, que seria inocente, teria que pagar pelo crime do pai.
Seria Deus assim tão injusto?
Mais uma vez a resposta é não!
Sendo assim a doutrina mais mais lógica é a reencarnação que oferece um conceito mais justo, que é:
Deus jamais impõe sofrimento a quem quer que seja, e ninguém sofre sem merecer.
Deus determinou aos espíritos a necessidade de encarnar para alcançar a perfeição e de colaborarem na criação.
Objectivo da encarnação o Livro dos espíritos - Allan Kardec
Deus criou leis sábias e justa que regem a harmonia de todo o universo.

Dentre tais leis, podemos destacar 3 delas:
Lei da evolução, lei do livre-arbítrio e lei de causa e efeito.
Desta forma Deus não precisa ficar, a cada erro nosso, nos punindo, ou a cada acerto, nos premiando.
Aliás, Deus nunca pune ninguém.
Nós mesmo nos punimos, através de acções erradas.
Então com base em tudo escrito podemos concluir que a terra é como uma grande escola, na qual nos alunos podemos escolher:
Estudar e passar de anos, ou então não estudar e repetir de anos.
Cada vida nossa é como um ano letivo.
Até que um dia o aluno atinja um tal nível tal nível evolutivo em que poderá deixar a escola, indo para escolas mais evoluídas.

...Além da vida...

Fonte: Emmanuel Mensagens

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty SERVE E PASSA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 21, 2020 8:00 pm

NÃO QUEIRA CARREGAR A CRUZ DOS OUTROS...
NÃO CONSEGUIMOS CARREGAR A NOSSA...


“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me", ensinou-nos Jesus, a fim de carregar somente a nossa Cruz e não a dos Outros.
Quando o Discípulo chega no Caminho e vê às maravilhas que pode fazer em Favor do Próximo, acha que pode Socorrer o Mundo, abraçando tudo que aparece, inclusive os problemas dos Outros, às vezes até, esquecendo de resolver os seus.
“Carregar a sua cruz é não se submeter às imposições mesquinhas de quem quer que seja", mas assumir a vida com todas as realidades que o mundo oferece, como oportunidades necessárias, estímulos adequados ao processo de Crescimento Espiritual.
Carregar a Cruz e seguir os passos de Jesus, é cumprir com todos os deveres que nos competem em relação a nós, à família e à comunidade da qual fazemos parte; é agir em todas as situações, favoráveis ou adversas, com firmeza, com tranquilidade, empreendimento e serviço, contribuindo com eficiência e equilíbrio em favor do Bem.
Recordemos que o termo Cruz significa, geralmente, martírio, punição, dor, porque nos tempos primeiros a cruz foi apresentada, idealizada para castigo daqueles que se insurgissem contra hábitos, leis vigentes e mais tarde crimes políticos.
A primitividade dos seres levava-os a buscarem instrumentos de contenção idênticos através dos quais o medo da dor física funcionava como meio de barrar, impedir ou diminuir a violência e a dureza dos costumes nos relacionamentos.
A cruz era utilizada pelos romanos como instrumento de suplício, servindo à execução da pena de morte.
Segundo Joanna de Ângelis nesses tempos o ensino de Jesus possuía uma interpretação literal uma vez que segui-Lo significava perder a pouca liberdade que se tinha e a própria existência física.
Jesus mostrava que os valores mundanos não eram os mais importantes porque o ser transcende às injunções materiais e a Imortalidade é a aspiração máxima a cuja realização todos devemos nos entregar.
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” encerra uma convocação à renovação espiritual pela conquista de valores intelectuais e morais.
Essa renovação é íntima despertando e aprimorando as coisas do nosso mundo interior, vencendo a nós mesmos, reajustando as dificuldades mentais, emocionais e sentimentais.
Todos trazemos, sem excepção, condicionamentos, tendências, que promanam do passado em forma de inclinações e de desejos que podem se transformar em motivo de queda e desalinho se não forem corrigidos.
Estando ainda despreparados emocional e vivencialmente para os enfrentamentos necessários geralmente buscamos os processos de fuga através de atitudes levianas e irresponsáveis, na agressividade, no medo que leva ao afastamento do convívio social e familiar, ou mantendo as mesmas situações como forma de nos pouparmos ao sofrimento.
A proposta de Jesus fala da necessidade de buscar os valores maiores do Espírito e sua Imortalidade, onde as necessidades da vida, que aparecem de várias formas, não se constituem em fardo que se deve carregar, mas empreendimentos difíceis que devem ser vencidos.
“Carregar a sua cruz é não se submeter às imposições mesquinhas de quem quer que seja", mas assumir a vida com todas as realidades que o mundo oferece, como oportunidades necessárias, estímulos adequados ao processo de crescimento espiritual.
Por isso, no texto em estudo, Emmanuel reflete sobre como devemos nos portar diante das dificuldades da vida dizendo que não há justificativas para queixas, para a rebeldia, uma vez que todos “caminheiros da evolução têm cada qual a sua cruz”.
“Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate”.
Como exemplo diz que:
“No Plano Carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz...
No Plano Espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago...”.
É preciso sair do estado de indiferença que nos caracteriza e acordar para a responsabilidade de viver cada dia segundo o roteiro traçado pelos exemplos e ensinos de Jesus.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Para evoluir é necessário sofrer?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 22, 2020 7:36 pm

As religiões classificam a Terra como um lugar de degredo, de expiação.
Marcados pelo pecado original, arrastamo-nos pela vida, e sacerdotes e ministros das diversas igrejas afirmam ter os meios de alcançar a salvação para o outro mundo, mas às vezes, com a promessa de uma boa cota de felicidade, ainda para esse mundo.
Por outro lado, são muitas as pessoas que ensinam que se pode ser feliz, desde que se queira, bastando pensar positivamente.
O pensamento positivo ajuda bastante, contudo, não é o suficiente.
Carregando a culpa de um pecado original, e da fragilidade humana, acrescida por um “deicídio”, ou seja, o assassinato de Deus, pois segundo a teologia cristã, Jesus de Nazaré foi a encarnação de Deus na Terra, ficamos sujeitos a mil sofrimentos, desnecessários, por incapacidade de vencer os condicionamentos com os quais reencarnamos, e que introjectaram em nossa mente desde os primeiros dias da nossa vida aqui na Terra.
Que bom seria se pudéssemos esvaziar a nossa mente de tudo que ali colocaram, desde que éramos pequeninos, e selecionarmos aquilo que seja realmente útil para a nossa evolução.
Numa linguagem de hoje, precisaríamos deletar os arquivos inúteis, seleccionar e criar novos arquivos, usando um bom antivírus, como o conhecimento espírita, para evitarmos a perda ou distorção do aprendizado.
Os espíritos disseram a Allan Kardec, que a felicidade completa, ou permanente, aqui na Terra, é impossível, mas pode-se ter momentos felizes.
No entanto os momentos felizes, quando se tem sensibilidade, fraternidade, é empanado pela dor de ver o sofrimento do próximo.
Nossas vitórias quase sempre equivalem a derrota de outrem.
Um exemplo simples é uma partida de futebol, basquete ou qualquer jogo desportivo.
Enquanto uma torcida delira com a vitória, a outra amarga a derrota.
Para cada cidadão que consegue um título universitário, existem milhares de analfabetos ou cidadãos de segunda classe, que mal aprenderam a escrever o próprio nome.
Quantas vezes, alguém está saudável, forte, pleno de alegria, mas tem em sua própria família, um ente querido doente, paralisado, canceroso, mentalmente obnubilado.
Talvez poucos, ao degustarem um prato sofisticado, caríssimo, com nome estrangeiro complicado, feitos por cozinheiros famosos em elegantes restaurantes se lembram de que existem milhões de pessoas no mundo, e muitas ali por perto, que não comem o suficiente para manter as energias, ou simplesmente não comem.
Não prezado leitor, esse artigo não é a exaltação do pessimismo.
É apenas uma chamada à consciência, um exame do gozar e sofrer, da felicidade e da infelicidade.
O que queremos dizer é que precisamos ser fraternos, e aplicar aquilo que os espíritos codificadores disseram a Kardec:
“Do supérfluo dos ricos, muitos pobres se sustentariam”.
Mas as riquezas não são apenas valores amoedadados, mas também, fé, compreensão, amizade, amor, inteligência.
Nascemos para sofrer?
Estamos sujeitos ao pecado original?
Afinal, é possível ser feliz aqui na Terra?
Estamos aqui para pagar nossos débitos perante as leis divinas?
Somos réprobos neste mundo que foi classificado como penitenciária e hospital?

Cada uma dessas perguntas suscitariam páginas e mais páginas para análises e respostas.
Em síntese, responderíamos que não nascemos para sofrer, mas sofremos!
Sofremos porque o nosso mundo é imperfeito.
Nós somos imperfeitos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 22, 2020 7:37 pm

Sofremos porque erramos, mas erramos porque somos ainda ignorantes e temos pouca evolução.
As desigualdades são aumentadas pela falta de solidariedade, fraternidade, e pelo império do egoísmo.
A Doutrina Espírita ensina que Deus nos criou simples e ignorantes, e determinou, por meio das suas leis, que o nosso desenvolvimento se faça através de vidas sucessivas em mundos materiais.
Logicamente esses mundos obedecem a uma escala evolutiva: mundos primitivos para espíritos primitivos.
Mundos angelicais para espíritos angélicos.
Mas todos começaram pelo primitivo.
Entretanto, porque Deus quis que fosse assim, ninguém poderá responder.
Porém, prezado leitor, o que queremos dizer realmente nesse artigo, é que a dor, em qualquer uma das suas formas, tem uma mensagem para nós.
Decodificar essa mensagem é tarefa de cada um.
Talvez possamos decodificar aquilo que é comum em todas elas:
Evolua!
Cresça!
Ame incondicionalmente!
Confie na providência divina!
Partilhe a sua felicidade, os seus momentos felizes com o seu próximo.
Examine o seu património moral, seu património intelectual, os seus direitos adquiridos, e ensine todos a conquistá-los.
Podemos dizer que Deus não castiga, se entendermos as dores do mundo como lições preciosas, aprendizado.
Precisamos compreender que a vida num corpo físico é muito importante e devemos valorizá-la, devemos amar e respeitar esse corpo e não culpá-lo pelos nossos deslizes, pois quem pensa, ama e sente é o espírito imortal, e não a matéria.
Se você está passando por grandes sofrimentos, não se revolte, nem desanime.
Não se julgue, também, um grande pecador, mas alguém que batalha para evoluir.
O peixe, ao lutar para fugir da rede, perde muitas escamas.
Portanto, a rede do sofrimento que te aprisiona, não exigirá menores perdas, mas valerá a pena.
E como valerá a pena, quando compreendermos o que disse o Rabi Nazareno:
Conhecereis a verdade e ela vos libertará.

Amilcar Del Chiaro Filho.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Crimes Hediondos

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 23, 2020 8:23 pm

1 – Sucedem-se acontecimentos funestos, envolvendo acções criminosas que chocam a opinião pública, como o assassinato da menina jogada do sexto andar de um edifício, em São Paulo.
O mal está se expandindo?

Melhor dizer regredindo.
Quando lembramos o circo romano, a escravidão, os tribunais inquisitoriais, as cruzadas, o assassinato de recém-nascidos com deficiência física e tantos outros crimes de lesa-humanidade, praticados outrora com a iniciativa dos governos e o aplauso dos governados, dá para perceber que houve progresso.
Hoje essas atrocidades geram repulsa, como está ocorrendo em relação ao episódio citado.

2 – Não obstante, crimes hediondos continuam ocorrendo, em escala progressiva.
Chega a ser assustador.

É preciso considerar que a população mundial, no início do século passado, era de aproximadamente um bilião e seiscentos milhões de habitantes.
Hoje está perto dos seis biliões e quinhentos milhões, quase quatro vezes maior.
Por isso, embora em menor proporção, tais crimes ocorrem em maior número.
Por outro lado, há o espantoso desenvolvimento dos meios de comunicação.
Acontecimentos funestos tornam-se universalmente conhecidos em questão de minutos, chocando a opinião pública.
Antes, raramente ou tardiamente tomávamos conhecimento do que acontecia fora do âmbito de nosso Estado ou de nosso país.

3 – Isso é bom?
Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, diz que o comentário em torno do mal é sempre o mal a expandir-se.
Milhões de pessoas maldizendo episódios dessa natureza, revoltadas contra os criminosos submetidos à execração pública, entram numa faixa de desajuste e favorecem a acção de Espíritos perturbados e perturbadores, a gerar novas atrocidades, como rastilhos de pólvora a detonar explosivos.

4 – É uma perspectiva preocupante.
A própria indignação popular favorecendo a expansão do mal?

Quando se adensam as nuvens sobre uma cidade, logo desabam temporais violentos, chuva pesada, raios destruidores, causando sérios prejuízos.
O mesmo acontece com a atmosfera psíquica.
Se a população não cultiva os valores morais preconizados por Jesus, turva-se o ambiente psíquico, favorecendo a incidência maior de ocorrências policiais, inclusive crimes que chocam a opinião pública.

5 – Não é razoável a indignação popular diante de crimes hediondos, pressionando as próprias autoridades para que haja justiça?
Justiça sob pressão é coerção que favorece a injustiça.
Em defesa da paz é preciso que a nossa justiça, como ensina Jesus, exceda o olho por olho, dente por dente, de Moisés, exercitada por escribas e fariseus.

6 – Qual é a proposta de Jesus?
Uma justiça inspirada na compaixão, que nos coloca no lugar dos que praticam o mal para entender que são irmãos nossos, necessitados, como ensina Jesus, de tratamento, não de execração.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 23, 2020 8:23 pm

7 – É impensável para a maioria da população encarar dessa forma os que se comprometem em atrocidades, agindo com requintes de crueldade.
Isso apenas demonstra quão distanciados estamos da moral evangélica.
E se o criminoso fosse nosso filho?
Não nos sentiríamos de certa forma culpados por não lhe termos oferecido uma orientação moral que o isentasse de tais comprometimentos?
E ainda que tivéssemos a consciência tranquila, não nos compadeceríamos dele, procurando ajudá-lo ao invés de repudiá-lo?
A fórmula de Jesus é perfeita: aprendamos a nos colocar no lugar das pessoas, reconhecendo a doença moral dos que se comprometem com o crime e a dor moral daqueles que estão ligados a eles pelos laços familiares e afetivos.

8 – E quanto às vítimas desses crimes tenebrosos?
Qual a sua situação após a morte?
Todo aquele que desencarna na condição de vítima recebe amplo amparo dos benfeitores espirituais.
Não obstante, nossa posição além-túmulo não depende do tipo de morte que soframos, mas do tipo de vida que levamos.
As crianças constituem um caso especial. Sem nenhum comprometimento com vícios, paixões e ambições, já que são Espíritos acordando para a vida física, são imediatamente amparadas, sem maiores problemas de readaptação à vida verdadeira.

Richard Simonetti

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty O NECESSÁRIO QUANDO DESENCARNARMOS...

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 24, 2020 8:00 pm

Quando você chegar a Pátria Espiritual, o questionário de perguntas vai ser direccionado a Você e não ao outro.
Não vão te perguntar o que o outro fez com Você.
Vão te perguntar o que Você fez, qual foi a sua reacção diante da atitude do outro.
Não vai importar se o outro foi injusto, honesto, bom e correcto com Você e sim se você foi Bom, se soube Perdoar, se soube Compreender, se soube Amar o outro, apesar de todos acontecimentos.
Então se o que te interessa é Você e seu progresso, por que se preocupar com o erro do outro?
Por que apontar as falhas alheias?
Se podes Ajudar é muito Bom, mas se não podes Ajudar, o erro do outro é problema dele é não seu.
Portanto não Julgue, Ajude.
Não fale mal do outro, Ore por Ele.
A Prece é o Maior Canal de Comunicação com Deus.
Através Dela, damos e recebemos, às Maiores Vibrações de Paz, Progresso, Saúde, Luz e Amor.
A Oração, a Prece, tem um Poder que não é passível de medição, uma vez que ela é a Chave que Abre as Portas do Infinito.
Registe-se, desde logo, que a Prece pode ser feita de vários modos, articulado ou em silêncio, por exemplo, e em qualquer lugar: no quarto de dormir, no transporte coletivo, no trabalho, na rua, seja onde for, enfim, que o resultado será exactamente o mesmo.
E, muito importante destacar, independe de forma porquanto os Espíritos hão dito sempre:
A forma nada vale, o pensamento é tudo.
Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque.
Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.(O Evangelho segundo o Espiritismo, 131ª edição FEB, 1ª impressão da Edição Histórica, 2013, página 325), de tal modo que cada um de nós pode orar utilizando o vocabulário do seu dia a dia, sem qualquer ritual, sem qualquer formulário, em verdadeira conversa informal com Deus, nosso Pai Celestial, ou com Jesus, o Cristo, filho de Deus, nosso Mestre, irmão, amigo e companheiro de todas as horas, o ser mais perfeito que até agora habitou o planeta Terra, Modelo e Guia da Humanidade, ou, ainda, com nosso Espírito Protector, nosso Anjo da Guarda [e todos temos o nosso Espírito Protector, sem qualquer excepção], que pertence a uma ordem elevada e cuja missão é a de um pai com relação aos filhos:
a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida (questões 490 e 491 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo).
Claro que quem preferir poderá, por exemplo, se utilizar da prece, da oração dominical [da oração do Senhor] que se encontra escrita, pronta e explicada nas páginas 327 a 332 da edição antes apontada de O Evangelho segundo o Espiritismo, cujo conteúdo é de irrepreensível verdade e de enorme beleza.
O mais importante é que a prece brote da alma, da mais profunda intimidade de quem ora e com o pensamento voltado exclusivamente para o acto de orar; que não haja repetição pura e simples de oração decorada, mas, sim, e bem ao contrário, seja feita com concentração, com confiança, com sensibilidade, com amor na mente e no coração e com muita fé.
A propósito, vale a pena reproduzir a insuperável definição:
Fé inabalável só o é a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade (encontrável na página de abertura de O Evangelho segundo o Espiritismo – edição anteriormente citada).
Ainda em O Evangelho segundo o Espiritismo, essa magnífica e extraordinária obra, que está completando 150 anos de veiculação em 2014 [e que é de todo conveniente que a adoptemos como livro de cabeceira em nosso próprio favor], há, entre inúmeras outras, esta importantíssima informação com a seguinte orientação:
Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs.
Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou
(página 315 da edição aqui indicada).

A vibração da mente que ora tem o poder de iluminar consciências, de clarear discernimentos, trazendo solução para diversos problemas de difíceis aparências
(Para uso diário, 2ª edição Fráter, 2000, página 35).
Por esta brevíssima exposição, é fácil concluir que a prece é de enorme importância e de valor simplesmente inestimável.
Não se pode perder de vista, entretanto, que a prece, a oração, para alcançar o seu melhor resultado, deverá ser seguida de acção, de atitude, da vontade de mudar positivamente o nosso comportamento, nossa postura e compostura, do desejo sincero de proceder melhor a cada dia, mesmo que a pouco e pouco, mas de modo continuado e permanente, tornando-nos pessoas de mais fácil convivência e, sobretudo, pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, sem um átimo de hesitação, seja qual for a circunstância, seja qual for a situação.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 23 Empty E quando o desequilíbrio da saúde mental destrói o futuro...

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 25, 2020 7:18 pm

por Jane Maiolo

Por que estamos nós também a toda a hora em perigo? ¹
O ano de 2020 apenas se inicia e já contamos com dados mundiais alarmantes sobre o número de abortos (3.315.995), suicídios (83.694) e mortes em acidente de trânsito (105.357) ² é inegável que, apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o homem contemporâneo adoece, morre, se mata.
A saúde mental está em jogo.
O ressentir, o temer, o pavor, o descompasso, a violência e as inseguranças são indícios que o adoecimento mental é facto consumado, escancarado e escandaloso.
As depressões, a ansiedade, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, o transtorno obsessivo-compulsivo precisam ser encarados como agentes detonadores de vida.
Há de se levar em consideração os factores que influenciam o estado de saúde e os factores que desencadeiam as doenças de ordem mental.
A saúde mental ainda é muito negligenciada.
Infelizmente, a maioria somente pensa nela quando já estão doentes.
Cuidar da saúde mental deve ser uma prioridade da população assim como dos governantes, porque os outros níveis de saúde dependem dela.
Dentre os factores que influenciam de uma maneira positiva a saúde temos como rede de protecção:
as amizades sinceras, o bom papo com os amigos, a estabilidade no emprego, o afecto seguro, o sentimento de pertencimento, o auto-amor, a busca pela a espiritualidade, o lazer, as actividades desportivas, dentre outros.
Já dentre os fatores que desencadeiam os transtornos de ordem mental estão a falta de vínculo afectivo, negligência na primeiríssima infância, alterações químicas do cérebro, os relacionamentos “afectivos” tóxicos e abusivos, o luto não superado, instabilidade no emprego, ociosidade mental e preguiça moral, sedentarismo, falta de engajamento proactivo na comunidade, o uso exagerado de bebidas e substâncias tóxicas e ou alucinógenas, dentre outros.
Procurar ajuda especializada é ainda a coisa mais acertada a fazer, os amigos podem ouvir seu desabafo.
A bebida alcoólica, por exemplo, pode até momentaneamente alterar o seu estado de consciência, entorpecendo-lhes os sentidos, mascarando suas aflições, porém, o tratamento especializado é eficaz e pode alterar a saúde mental de forma significativa.
Não permitas, pois, que ideias malfazejas e ameaçadoras envolvam a sua mente.
Não consinta que a solidão e o sentimento de abandono e vazio existencial lhe desfalque a proposta de um futuro pujante.
Mover-se sob as luzes de uma relativa felicidade com lucidez, grandeza e dignidade ainda é a proposta mais contrabalançada a seguir.
Rememoremos a indagação de Paulo, o apóstolo dos gentios:
“Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?”
Em face das ameaças sedutoras dos tempos modernos acrescentaríamos o seguinte ao questionamento do iluminado “Filho de Tarso”: pois, se a vida é uma viagem, é melhor que estejamos juntos!

Referências bibliográficas:
1-1 Coríntios 15:30
2-Disponível em https://www.worldometers.info/br/ acesso em 29/01/2020 às 11h50min

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