LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Suicídio: uma calamidade mundial

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 25, 2020 8:09 pm

Luiz Guimarães Gomes de Sá

O setembro amarelo foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 10 de setembro de 2003, como data de campanha de prevenção contra o suicídio em todo o mundo, por conta dessa calamidade que assola a humanidade de forma alarmante.
A cada ano identificam-se pelas estatísticas o aumento dessas ocorrências que se tornaram um problema de saúde pública.
As causas são as mais diversas, sendo a depressão uma das mais importantes nesse contexto.
Dificuldades financeiras, doenças, drogas lícitas ou não, desenganos da vida e, também, a ausência de religiosidade do ser humano fazem com que essa incidência se torne cada vez mais preocupante.
O suicida não quer deixar de viver, ele quer “livrar-se” daquilo que o aflige.
A fragilidade humana decorrente dos sentimentos e emoções mal vivenciados oportuniza esse ato de desespero, e para quem acredita que a vida não se resume do berço ao túmulo, sabe que aumentamos em grau elevadíssimo nossas aflições do amanhã, ou seja, o Espírito segue além-túmulo com tudo que aqui construiu de bom ou não.
Lembremo-nos sempre de que a vida é um ciclo de desafios que são provas para o nosso processo evolutivo.
Abreviar a vida é a maior transgressão do ser humano às Leis de Deus, segundo a questão 944, de O Livro dos Espíritos:
“Tem o homem o direito de dispor da sua vida”? - Não; só a Deus assiste esse direito.
O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu, em 22 de janeiro de 1998, que “saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”, e o Ministério da Saúde apoia o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Em 2017, 2 milhões de pessoas ligaram de maneira gratuita para o número 188, que oferece apoio emocional e de prevenção do suicídio.
Imaginemos quantas vidas foram poupadas desse desatino...
Os números continuam crescentes e sabe-se que a cada 40s alguém comete o suicídio no mundo. No Brasil, a cada 42min isso acontece.
Chega-se a um total de 800 mil casos por ano em todo o mundo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020.
Não será fácil, visto que a pandemia do Covid-19 contribuiu fortemente para o crescimento dos processos depressivos.
Quando cremos no Criador e que somente nele poderemos ter o amparo necessário para as nossas vicissitudes, além obviamente da nossa vontade, sentimo-nos fortalecidos e a fé aliada à perseverança e à resignação leva-nos ao caminho de uma dor menor, enquanto a revolta é a porta do sofrimento.
Revoltar-se é agravar tudo que já nos incomoda e sabemos que essa postura nada resolve.
Enquanto o ser humano não buscar no seu interior as virtudes do bem, como o amor, a caridade, a fraternidade, dentre tantas outras, não sairá desse Dédalo que o eterniza encarcerado no desespero.
Esse reencontro com o seu “eu” constitui-se na chave do tesouro adormecido e que somente cada um de nós tem acesso.
Tenhamos consciência de que as nossas lutas externas são fugazes, mas aquelas contidas em nosso íntimo são as difíceis, pois é imperioso que renunciemos aos fatores impeditivos do nosso progresso moral, como o egoísmo, o orgulho e outros sentimentos inferiores que trazemos de vidas pretéritas.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty O ódio

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 26, 2020 8:05 pm

Marcos Paulo de Oliveira Santos

O famoso médico Dráuzio Varella escreveu na Folha de São Paulo interessante artigo a respeito do “ódio”.
Disse ele:
“A depender das condições, o ódio adquire características de epidemia que se dissemina pela vizinhança, pela cidade, por um país e até por um concerto de nações.
Pode ser dirigido contra uma única pessoa, contra um grupo, raça, etnia, habitantes de um país inteiro ou de uma região do planeta”.
Ainda de acordo com o esculápio, o ódio tem uma dupla feição:
fazer mal a quem é dirigido e envenenar o próprio emitente.
Trata-se, portanto, de uma virulência de difícil resolução.
Observamos o ódio nas relações sociais das mais diversas, quais sejam, nos grupos étnicos; nas discordâncias políticas; nas ideologias; na aporofobia; nos posicionamentos de gênero; nos segmentos religiosos; na política; nas redes sociais; nos meios de comunicação de massa; no esporte etc.
Muitos dos que são contaminados por este vírus moral demoram para se curar, porque são incapazes de refletir; de ponderar; de meditar no processo de insanidade e desumanização a que se submetem e que infligem ao outro.
Aquele que sente e propaga o ódio é brutal; irracional; irrefletido; incapaz de ter empatia e precisa de ajuda!
Precisa conhecer o outro lado da vida, necessita do amor!
Nos ensinamentos espíritas acerca deste tema, encontramos a seguinte reflexão de Fénelon:
“Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles.
Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles.
Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio” (KARDEC, 2015, p. 171).
Nesta hora grave da humanidade em que se enfrenta uma pandemia terrível, que tem ceifado milhares de vidas; neste momento truanesco em que se têm líderes pouco afeitos ao diálogo, à diplomacia, à paz; em que se espraiam os discursos de ódio, difamação, calúnia, contra pessoas, instituições e até mesmo, contra as evidências da Ciência; torna-se fundamental que as pessoas voltem à racionalidade, que demonstrem propensão àquilo que nos caracteriza como seres humanos, que se voltem à civilidade.
Jesus deixou o exemplo a ser seguido.
Mas não só Ele.
Recordemo-nos dos homens e mulheres pacíficos que abrilhantaram as páginas da História.
O amor de uma única pessoa é capaz de neutralizar o ódio de milhões.
Assim o fizeram Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Madre Teresa ou Nelson Mandela.
Sabedoria, bondade, pacifismo, generosidade são categorias que nunca estão fora de moda, preservam a nossa paz interior e favorecem a paz exterior.
O ódio deve ser combatido!
Os discursos de ódio devem ser denunciados e se deve explicar, educar, orientar quem os faz do porquê do equívoco.
Silenciar diante de um ódio no bojo de um lar ou de atitude de um policial que se ajoelha sobre uma pessoa que não oferece resistência até que ela morra é compactuar com esse vírus.
Permitir que um líder instigue o ódio e a exclusão no âmbito de uma sociedade não pode ganhar ressonância num Estado que se diz democrático e de direitos; que se fundamenta numa Carta Magna que traz em sua intimidade o respeito à dignidade da pessoa humana.
A nós, que nos identificamos com o Espiritismo, compete pelo exemplo, pelo respeito às leis, pelo combate constitucional e legal, não permitir que o ódio grasse na sociedade brasileira.
Os duelos de ódios não podem prosperar na nação que se pretende ser a Pátria do Evangelho, o Coração do Mundo.
“O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e fraternidade” (KARDEC, 2015, p. 176).

Referência:
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 131. ed. Brasília: FEB, 2015.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty O Divino Maestro

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 27, 2020 7:48 pm

por Ricardo Orestes Forni

Uma orquestra sinfónica pode ter até cem músicos dependendo da peça a ser executada.
Pode inclusive, em alguns casos, ultrapassar esse número.
Compõe-se de cinco classes de instrumentos: cordas (violinos, violas, violoncelos, contrabaixos); madeiras (flautas, flautins, oboés, clarinetes, fagote); metais (trompetes, tromboses, trompas e tubos); percussão (tímpanos, triângulo, caixas, bombo e pratos) e teclas (pianos, órgão e cravo).
Não vou me atrever a maiores detalhes porque nada sei sobre esse terreno da música clássica, embora admire imensamente essa face da cultura humana que nos revela, mesmo que de longe, como devem ser as sinfonias em planos elevados da espiritualidade.
Valho-me desses poucos dados da introdução para dizer que o maestro é capaz de identificar uma única nota errada procedente desse mar de instrumentos e sons diversos.
É denominado de ouvido absoluto.
Entendo que Deus, o Divino Maestro, fez a sua composição quando instituiu a vida desde todos os tempos.
Cada um de nós como Espírito vivente no Universo ou nos multiversos como defendem alguns cientistas, representa uma nota musical.
Quando ferimos a Lei do Amor que preenche a toda a obra da criação, somos semelhantes a um músico de uma orquestra sinfónica que emitiu do seu instrumento uma nota errada que foi imediatamente identificada pelo maestro.
Assim também se passa com o Divino Maestro dessa sinfonia absolutamente completa que é a vida imortal!
A qualquer desequilíbrio que damos origem, por menor que seja ele, é de pronto identificado pelo Criador ou por suas Leis, se preferirem.
E todos nós fomos colocados na sinfonia da vida representando uma nota que não pode destoar do conjunto sob a pena de comprometer a musicalidade do Amor.
Emmanuel, no livro Vinha de Luz, nos ensina que urge considerar, porém, que o testemunho cristão, no campo transitório da luta humana, é dever de todos os homens, indistintamente.
E continua ele afirmando que cada criatura foi chamada pela Providência a determinado setor de trabalhos espirituais na Terra.
As mães e os pais terrestres foram convocados a negócios de renúncia, exemplificação e devotamento.
O cientista vive fornecendo equações de progresso que melhorem o bem-estar do mundo.
O cozinheiro trabalha para alimentar o operário e o sábio.
Muitos outros exemplos nos fornece o nobre Mentor para deixar bem claro que absolutamente todos nós representamos essa nota musical na sinfonia da vida.
E isso é muito importante porque encontramos o hábito de se cobrar com rigor a falha de representantes de uma determinada religião como se esse ser humano tivesse uma responsabilidade maior perante a vida do que os demais.
Acentua-se a falha e divulga-se o desequilíbrio daquele religioso como se tal atitude servisse de alguma maneira para encobrir nossos erros.
Comenta-se a pedofilia de algum representante dessa ou daquela religião como se o mesmo crime aos olhos de Deus fosse diferente quando uma pessoa não ocupa papel de liderança religiosa.
Fofoca-se sobre o adultério de algum representante dessa ou daquela religião como se o mesmo deslize de uma pessoa que não tivesse compromisso maior com a religião citada, encontrasse uma complacência maior perante as Leis da vida.
Aponta-se o dedo para a ferida de uma pessoa de destaque como se ela fosse obrigada a demonstrar virtudes das quais estamos muito distantes.
Existem aqueles que não assumem religião nenhuma perante o mundo, como se fora de todas elas, tivesse o direito de fazer o que bem entende sem assumir responsabilidades pelo exercício do livre-arbítrio.
Felizmente e por uma questão de absoluta justiça, as coisas não se passam como entendemos, mas sim como deve ser.
Retornamos com Emmanuel no mesmo livro mencionado, quando ele nos ensina que todos os homens vivem na Obra de Deus, valendo-se dela para alcançarem, um dia, a grandeza divina.
E arremata: Em razão desta verdade, meu amigo, vê o que fazes e não te esqueças de subordinar teus desejos a Deus, nos negócios que por algum tempo te forem confiados no mundo.
Como dissemos no início, o Divino Maestro compôs uma música universal que tem como pauta o Amor.
Depositou cada um de nós nessa partitura como as notas musicais para uma sinfonia perfeita.
Será que temos ferido muito os ouvidos Divinos com a nossa desafinação?
Que tal afinarmos o instrumento de nossas atitudes pelo diapasão do Amor?

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Jesus: Irmão, Mestre e Senhor!

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 28, 2020 8:16 pm

por Rogério Coelho

Um dia todos nós faremos do Evangelho o que devemos fazer
“(...) Se guardares os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no Seu amor.” Jesus. (Jo., 15:10)

Allan Kardec nos convida[1] a envidar todos os esforços para a este Planeta não voltarmos após a presente estada e merecermos ir repousar em um mundo melhor...
Nossa admiração pelo Dr. Bezerra de Menezes se prende a vários factores, inclusive ao fato de solicitar a permissão para ficar por aqui quando, por seus méritos, já poderia habitar em mundos superiores.
Segundo contam as tradições do Mundo Espiritual, entre lágrimas, solicitou às Potestades Celestes ficar na ambiência da Terra enquanto nela existirem criaturas coleantes em sofrimento e dores.
Há dois milénios testemunhamos outra grande decisão e renúncia: a de Jesus que, abandonando o Seu formoso Jardim de Estrelas, ergastulou-Se na escura esfera dos homens, humilhando-Se, ajudando e sofrendo por amor, legando-nos a Sua fórmula inesquecível, capaz de alforriar-nos em definitivo:
“amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
O Espírita Cristão que já assimilou a mensagem de Jesus não se compraz com as humanas e subalternas ambições e valoriza os bens materiais na exacta medida de sua aplicação para o bem, não fazendo deles um fim, mas um meio.
Segundo o abnegado Mentor de Chico Xavier, “(...) o monumento que nos deslumbra sofrerá insultos do tempo, contudo o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista.
A cruz que o povo impôs a Jesus era um instrumento de tortura visto por todos, mas o Espírito do Senhor, que ninguém vê, é um Sol crescendo cada vez mais na passagem dos séculos.
Assim, não te apegues demasiado à carne transitória.
Amanhã, a infância e a mocidade do corpo serão madureza e velhice na forma; a terra que hoje reténs será, no futuro, inevitavelmente dividida; adornos que hoje possuis serão pó e cinzas; o dinheiro que agora te serve passará a mãos diferentes das tuas...
Usa aquilo que vês, para entesourar o que ainda não podes ver.
Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da Terra com o fim de aperfeiçoar-se.
Não te agarres, pois, à enganosa casa dos seres e das coisas.
Aprendendo e lutando, trabalhando e servindo com humildade e paciência na construção do bem, acumularás na tua alma as riquezas da vida eterna”.
Vezes sem conto, em nossa constante mania de omissão, arrolamos uma série de impedimentos que tolhem o bem em nossas iniciativas.
No entanto, lembra-nos André Luiz:
“(...) nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no mundo para exaltar a luz da Verdade e a bênção do Amor.
Ele não tinha uma pedra onde reclinar a cabeça; não desfrutou de qualquer expressão social; não contou com os familiares nas tarefas a que se propôs; não encontrou ninguém que O amparasse na hora difícil; nada pôde escrever...
E nós? - Muitos contamos com mais recursos, detemos algum título e estudo, temos familiares que nos ajudam, recebemos sempre apoio de alguém nos momentos difíceis e temos sempre condições de grafar alguns pensamentos na expressão do bem.
Que esperamos, então, para colaborar para a felicidade dos outros?!
Jesus segue à nossa frente e, se desejamos acertar, basta apenas segui-lO.
Antes d`Ele a caridade era desconhecida.
Os monumentos das civilizações antigas não se reportam à divina virtude; os destroços do palácio de Nabucodonosor, no solo em que se erguia a grandeza da Babilónia, falam simplesmente de fausto e poder que os séculos consumiram; nas lembranças do Egito glorioso, as pirâmides não se referem à compaixão; os famosos hipogeus de Persépolis são atestados de orgulho racial; as muralhas da China traduzem a preocupação da defesa; nos velhos santuários da China milenar, o Todo-Poderoso é venerado por milhões de fiéis, indiscutivelmente sinceros, mas deliberadamente afastados dos semelhantes, nascidos na condição de párias execráveis; a Acrópole de Atenas, com suas colunas respeitáveis, é louvor de inteligências; o Coliseu de Vespasiano, em Roma, é monumento levantado ao triunfo bélico, para as expressões da alegria popular...
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 28, 2020 8:17 pm

Por milénios numerosos, o homem admitiu a hegemonia dos mais fortes e consagrou-a através da arte e da cultura que era susceptível de criar e desenvolver.
Com Jesus, porém, a paisagem social experimenta decisivas alterações.
O Mestre não se limita a ensinar o bem; desce ao convívio com a multidão e materializa-Se com o próprio esforço; cura os doentes na via pública, sem cerimónias, e ajuda a milhares de ouvintes, amparando-os na solução dos mais complicados problemas de natureza moral, sem valer-Se de etiquetas do culto externo; lega aos discípulos a ‘Parábola do Bom Samaritano’, que exalta a missão sublime da Caridade para sempre.
Em casa, no grupo social, na profissão, no ideal ou na vida pública, experimentemos sentir, pensar, falar e agir, um tanto mais com o Cristo e absorvermos o resultado.
Pouco a pouco, perceberemos que o Senhor não nos pede prodígios de transformação imediata ou espetáculos de grandeza e, sim, que nos apliquemos no bem, de modo a caminhar com Ele, passo a passo, na edificação da nossa própria paz.
Não nos atemorizemos com os programas de reajuste, corrigenda, sublimação ou burilamento...
Ante as normas que nos indiquem elevação para a vida superior, recebamo-las respeitosamente, afeiçoando-nos a elas e, seguindo adiante, na base do dever retamente executado e da consciência tranquila, pratiquemos a regra de ascensão espiritual segura e verdadeira: sempre um tanto menos com os nossos pontos de vista pessoais e, a cada dia que surja, sempre um tanto mais com Jesus”.
Segundo o pensamento de Emmanuel, inobstante reconhecendo nossas limitações ante as emaranhadas equações da vida, saibamos que Jesus em nossa fraqueza é luz de esperança e, por isso mesmo, confiantes n`Ele – O Mestre e Senhor – estamos certos de que, um dia, todos nós faremos do Evangelho o que devemos fazer.
Jesus é o sublime conquistador que chegou para ficar...
Seu berço é a manjedoura singela que fala da humildade.
Não trouxe carruagens de ouro nem Se serviu de baixelas de prata; não teve exércitos e tampouco palácios, não possuiu escravo nem legionários; não fez alianças com os “poderosos” da Terra, nem contou com o apoio de juízes e partidos políticos do mundo.
No entanto, lembra-nos o Irmão X:
“ergueu, diante de todos, o coração pleno de amor e chamou a Si os fracos e tristes, os pobres e desamparados, os vencidos e os doentes, os velhos e as crianças...
Descortina à inteligência do povo a visão do Reino da Luz, cujas portas devem ser descerradas com as chaves da bondade e do trabalho, do entendimento e do perdão...
Caminha para a frente, ajudando, servindo incessantemente e, para que o ódio e a crueldade, a ignorância e a violência não se entronizem nas almas, submete-se Ele mesmo, ao sacrifício da cruz, legando à humanidade a revelação da vida eterna sobre o túmulo vazio...
Reaviva-se a fé, amplia-se a esperança e a caridade brilha imorredoura.
Desde então, o poder do Invencível Conquistador cresce com os dias...
E sempre que o Mundo recorda o Rei Divino, descido do trono celestial às palhas da manjedoura, o pensamento humano, por suas forças mais representativas, associa-se aos cânticos das vozes celestiais e acrescenta deslumbrado:
– Glória a ti, ó Cristo!
A esperança da Terra Te saúda e glorifica para sempre...”

[1] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 873.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Auto-perdão e obsessão

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 29, 2020 7:34 pm

por Rogério Miguez

O emprego do auto-perdão vem recebendo viva atenção nos meios espíritas: em palestras nos centros, transmissões ao vivo, as quais são disponibilizadas na WEB, artigos, entrevistas, ou seja, nos mais variados meios de divulgação e comunicação.
Tema realmente oportuno e relevante, com eficazes resultados para os seus reais utilizadores, pois pode proporcionar, quando pertinente, o reencontro com a paz interior, momentaneamente perdida pelo cometimento de graves atos e condutas perpetrados pelo infrator, distanciados do correto ordenamento divino.
Entretanto, é imperioso esclarecer que no desenrolar da existência, não há receitas mágicas, tudo desenvolve-se através do merecimento e do aproveitamento das lições oferecidas pela vida, traduzidas pelo resultado das boas obras efetivamente realizadas, ou seja: não há a lei do menor esforço.
Sem perceberem ter o emprego do auto-perdão alcance e efeitos muito bem delineados, alguns iludem-se acreditando em poder, pelo uso continuado deste recurso, escapar das inevitáveis consequências de suas obras levianas, às vezes mesmo, maldosas.
Uma das possíveis formas de, infelizmente, auto-enganar-se, alguns por desconhecimento, outros às vezes mesmo tentando subtrair-se das implicações de anteriores atitudes cometidas irrefletidamente, o indivíduo auto-perdoa-se, na expectativa de poder iniciar nova caminhada livre do sentimento de culpa, sem nenhuma necessidade de expiar e reparar o mal realizado.
O auto-perdão é uma ferramenta a ser utilizada em casos contundentes, onde o descumpridor dos eternos princípios divinos, se vê acuado diante de sua conduta, não encontra respaldo e apoio junto a seus amigos e familiares, e, diante de uma pressão interna cada vez maior, o auto-perdão apresenta-se como uma válvula de alívio da insuportável pressão interna, permitindo ao que sofre as consequências do remorso e arrependimento profundos, reorganizar-se, tendo condições de retomar sua marcha evolutiva.
Eventualmente, o conflito interno experienciado pelo transgressor pode ser acentuado pela atuação incisiva de um Espírito ainda desorientado – o chamado obsessor - que, por razões diversas, ligou-se mentalmente ao transgressor da lei e, através de continuadas más sugestões especificamente direcionadas à questão em foco, martiriza ainda mais a vítima, fazendo crer que o delito foi gravíssimo, não havendo desculpa para o feito, em suma: o agressor cometeu uma falta irremissível.
Nesta situação, poder-se-ia argumentar que o auto-perdão seria a solução ideal, liberando o obsediado desta incómoda situação.
É facto que o auto-perdão sincero, por parte daquele que se considera pecador, o ajuda muitíssimo a conviver com as consequências da ação indevida.
Entretanto, se o vínculo obsessivo se estabeleceu por conta de uma prejudicial conduta direta ao Espírito desencarnado, por exemplo, a prática de um abortamento, o futuro reencarnante que se viu impedido de voltar ao mundo material poderá, se assim o decidir, iniciar um processo obsessivo, tentando vingar-se.
Neste caso, apenas o auto-perdão terá pouca ou nenhuma serventia para interromper o assédio do obsessor.
O único caminho com o poder de aliviar a vítima de seu algoz, nesta particular situação, seria a mudança de atitude do infrator, neste caso a mãe que, em geral, já havia prometido previamente, antes de reencarnar, receber aquele particular Espírito para uma jornada em nova existência familiar.
E qual seria a conduta adequada em um caso como o descrito, além de auto-perdoar-se?
Certamente a mãe poderia voltar-se a actividades envolvendo crianças sem pais, um orfanato, por exemplo, dedicando-se a cuidar de filhos alheios.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 29, 2020 7:35 pm

Outra opção seria assumir a manutenção material de uma criança abandonada em uma ONG dedicada a este tipo de actividade, suportando as despesas materiais que este órfão necessita para viver sob a tutela desta organização filantrópica.
Não há necessidade em absoluto de levar a criança escolhida para a própria residência, pois muitas mães nem podem (possuem jornadas de trabalho extensas), é suficiente o compromisso de cuidar do filho alheio, com dedicação e responsabilidade.
Em nosso país é difundida a prática da contratação de serviços domésticos ajudando no funcionamento de um lar.
Em muitos casos, esta pessoa que nos ajuda, a chamada diarista, possui filhos.
Por qual razão não “adoptar” estas crianças, caso os contratantes possuam recursos suficientes, provendo material escolar, brinquedos, vestimentas, ou mesmo algum apoio na alimentação destes filhos alheios?
O obsessor precisa observar um comportamento altruísta da mãe em relação ao próximo; isto é que o motiva a desfazer o laço obsessivo.
Entres tantas obras espíritas orientando neste sentido, podemos recordar literatura do século passado, onde se lê uma orientação geral para desanuviar as mentes culpadas:1
“Para desobstruir o caminho de nossa consciência culpada, devemos favorecer a libertação dos que suportam fardos mais pesados que os nossos, porque ajudando aos nossos semelhantes angariaremos o auxílio deles, fazendo-nos, ao mesmo tempo, credores do amparo daqueles Irmãos Maiores que nos estendem próvidos braços da Vida Superior”.
Em um caso de abortamento, quando a mãe desconhece as graves implicações desta conduta, a situação pode ser plenamente contornada por uma nova gravidez, quando, às vezes, o próprio Espírito não aceito no passado, pode apresentar-se mais uma vez para um novo tentame reencarnatório.
Este exemplo pode se estender a outras situações onde o transgressor da lei divina, por meio de uma simples atitude de auto-perdoar-se, não logrará sucesso em acalmar-se internamente, e precisará agir de acordo com o delito perpetrado, reparando o mal realizado, e, certamente, a misericórdia de Deus sempre ajudará neste intento.

Referência:
1 XAVIER, Francisco C. Instruções psicofónicas. Espíritos Diversos. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1955. cap. XII. Ante a reencarnação.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 30, 2020 8:05 pm

por Temi Mary Faccio Simionato

Pois, como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no coração da terra.” - Mateus, 12:40.

Jonas narra sua própria história, contando sobre uma missão que recebeu do Pai para tomar um navio em direcção à Nínive (Assíria), com intuito de ajudar aquele povo que se encontrava perdido, cheio de injustiças e totalmente descrente; no entanto, ele foge da missão, rumando para Társis.
Há toda uma simbologia no facto do Profeta Jonas ter ficado no ventre da baleia por três dias e três noites, o que guarda profunda significação filosófica, como podemos perceber: primeiro, a Teoria, quando conhecemos, mas não aplicamos; segundo, a experimentação quando, paulatinamente, com suor e luta, descobrimos a verdade pelo sentimento; e, finalmente, a plenitude do saber e da verdade, quando se funde a teoria e a prática.
Todo processo de desvio exige a nossa preparação diante de nós mesmos e de Deus, após as escolhas equivocadas que tomamos, com o fim de revelar o Filho do Homem renovado e pleno de possibilidades.
Assim esclarece O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo 6, item 5, com o Advento do Espírito de Verdade:
(...) “Homens fracos, que compreendeis as trevas de vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina coloca entre vossas mãos para iluminar vosso caminho e vos conduzir, filhos perdidos, ao regaço do vosso Pai”.
Na alegoria de Jonas encontramos um convite especial para este momento planetário, necessário para o nosso aprendizado, para não fugirmos de nossas missões, pois toda fuga ao dever que é apontado pela consciência, torna-se geratriz de muitos males, caracterizando a geração má e adúltera.
Lembremos sempre que trazemos connosco o halo das forças criativas ou destrutivas que marcam a índole no feixe de raios invisíveis, que arrojam de nós mesmos.
Podemos assim observar que o Mestre se reporta às escolhas, pois uma geração guarda a conotação de um jardim cultivado por vontade própria, isso porque temos a liberdade de agir, como deixa claro Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, questão 844.
Jonas, arrependido, pede nova oportunidade e misericórdia.
Essas são as oportunidades que recebemos para a renovação espiritual que nos trazem benefícios, que poderíamos usufruir há muito mais tempo se fôssemos mais determinados na execução de nossos planeamentos reencarnatórios.
É nestes momentos de tomada de consciência que nos perguntamos quem somos e a que viemos.
Essa sacudida de consciência lança-nos às consequências de nossa falta de comprometimento.
Suas lições representam toda pureza e santidade da Lei de Deus para edificação consciente das almas em movimento de progresso moral, porque é no Evangelho que temos o edifício da redenção das almas.
Como tal, as lições de Jesus deveriam ser procuradas não mais apenas para exposição teórica, mas visando cada discípulo ao aperfeiçoamento de si mesmo, desdobrando as edificações do divino Mestre no terreno definitivo do Espírito.
A invigilância no trato com os valores internos do Espírito dão brechas a experiências amargurosas, e por isso o materialismo com todas as suas consequências é a imagem da destruição, da viciação, do crime moral...
Melhorados, proveremos ao mundo invisível bons Espíritos, porém, encarnando novamente, ofereceremos à humanidade o aperfeiçoamento.
Deste modo, os homens não mais sofrerão as misérias decorrentes de suas imperfeições.
O egoísmo e o orgulho são chagas morais que suplantam a razão e o bom senso, tornando indiferentes e cruéis os corações tomados por suas propostas nefastas e negadoras de Deus.
Mergulhados neste clima obsessivo, não assumidos, através do arrependimento sincero, não nos é possível a renovação, por ausência de sintonia, já que não reconhecemos nossos erros.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 30, 2020 8:05 pm

O livro Nosso lar, de André Luiz, capítulo 31, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, traz um exemplo de não entendimento de renovação, quando o Espírito André Luiz e irmã Narcisa procuram ajudar uma senhora que se encontrava do lado de fora da colónia, e pedia para ser resgatada.
Assim, o vigilante-chefe é chamado para auxiliá-los.
Desta forma, ele se aproxima da pedinte dizendo:
(...) “minha amiga, é preciso sabermos aceitar o sofrimento rectificador.
Por que razão tantas vezes cortou a vida a entezinhos frágeis, que iam à luta com permissão de Deus?
Irada, respondeu:
Demónio, Feiticeiro!
Não voltarei jamais.
Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar”.
(...) “Observaram o vampiro?
Exibe condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranquilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu.”
O Espírito sempre é o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela permanência no mal, quando, na verdade, pode suavizá-los ou anulá-los pela prática do bem.
Quem suporta serenamente o mal que atraiu para si mesmo trilha a estrada bendita da resignação, contudo, quem prática o bem, quando pode fazer o mal, vive por antecipação no iluminado país da virtude.
A natureza ensina-nos que o dia radioso é quando a alma encontra luz e se entusiasma e se dota de esperança.
Jonas é o símbolo de trabalho redentor, representando o alicerce gerador dos males radiantes, onde a consciência desperta deve operar, revisando propostas e dando seguro e novo direcionamento à vida.
Reflitamos, pois, na imensidão da piedade que nos sustenta a existência até agora e observemos que sem isso, provavelmente, a maioria de nós teria mergulhado indefinidamente nas correntes das provas criadas por nós mesmos, devido à nossa negligência.
Por fim, lembremos que, para viver, conviver e sobreviver, precisaremos em qualquer parte e circunstância da bondade e da compaixão de Deus.
Se nós somos efetivamente os aprendizes do Evangelho redivivo, unamos o ideal superior e a ação edificante em nossos sentimentos e atos de cada dia, e busquemos fundir numa só luz renovadora a fé e a caridade em nossos corações, desde já.

Bibliografia:
KARDEC, Allan – O Céu e O Inferno – 38ª edição – Editora FEB – Brasília/DF – 1ª Parte – capítulo 5, item 9 e capítulo 7, item 13 - 1992.
SILVA, Saulo César – coordenação – O Evangelho por Emmanuel, Segundo João – 1ª edição – Editora FEB – Brasília/DF – páginas 84 e 154 – 2015.
XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador – ditado pelo Espírito Emmanuel – 29ª edição – Editora FEB – Brasília/DF – questão 282 – 2013.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty O CORPO MORRE, PORQUE DEMORAMOS PARA NOS DESLIGAR?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 01, 2020 8:29 pm

Morte física e Desencarne não ocorrem simultaneamente.
O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar.
O Espírito Desencarna quando se completa o Desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de Objectivos Superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o Desligamento.
Certamente os Benfeitores Espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo.
No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às Realidades Espirituais.
O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia.
Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade.
Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível!
Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito.
As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano.
Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.

Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty NÃO ENCONTREI NO ESPIRITISMO UM CAMINHO DIFERENTE.

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 02, 2020 8:05 pm

ENCONTREI UM JEITO DIFERENTE DE CAMINHAR...

Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, ninguém vem ao Pai senão por Mim.
Em uma conversa com seus Discípulos, Ele tinha explicado que em breve iria voltar para a casa do Pai e que os Discípulos já conheciam o caminho para onde ele ia.
Os Discípulos não entenderam que Ele estava falando sobre ir para o Céu, ou seja, para o Plano Espiritual e lhe perguntaram como poderiam saber o caminho. Jesus lhes respondeu que Ele era o caminho.
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Sua luz imperecível brilha sobre os milénios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.
Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra.
Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza.
Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimónios da Verdade e da Vida.
O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados.
Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contacto do Mestre Divino.
Ele é o Amigo Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna.
No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo, sem qualquer pretensão a exegese.
Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.
Muitos amigos estranharão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-­lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem.
Em certas passagens, extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.
Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores directos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida.
A lição do Mestre, além disso, não constitui tão somente um impositivo para os misteres da adoração.
O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório.
É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência.
O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina.
Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo.
Por louvá-lo nas igrejas e menoscabos nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa.
Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.
Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-­lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes acções no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.
Embora esclareça nossos singelos objectivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.
Que fazer?
Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral.
Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio.
Quanto ao mais, consola-­nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”

1 Algumas destas páginas, já publicadas na imprensa espiritista cristã, foram por nós revistas e simplificadas para maior clareza de interpretação — Nota de Emmanuel. – Francisco Cândido Xavier

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty ELES NÃO MORRERAM, ESTÃO TÃO VIVOS COMO NÓS.

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 7:57 pm

Influências Externas Durante o Desencarne
- A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias astrais, o choque é muito forte e pensamentos e emoções dele ou de pessoas próximas o atingem com facilidade.
Essa fragilidade faz com que os irmãos que ficam aqui na Terra tenham grande importância na ajuda aos que voltam para o plano espiritual.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e, infelizmente esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados.
Através desse último laço de união eles podem receber os choques desagradáveis das lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados.
Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
Essa é A PIOR POSTURA que qualquer um pode ter, se não tiver o que falar, FIQUE QUIETO, mas não fale sobre assuntos de baixo padrão vibratório, PRINCIPALMENTE se envolve o moribundo.
Duas coisas acontecem quando os INVIGILANTES decidem fazer a sua parte.
A primeira é o incómodo que começa a ser sentido pelo espírito, que mesmo quando possui merecimento para auxílio, não está isento das energias hostis enviadas pelos seus irmãos.
A segunda é a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar pelo erro do moribundo.
Qualquer uma das opções é prejudicial para quem está preste a se libertar.
Sobre esse tema retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
“As imagens contidas nas evocações das palestras incidem sobre a mente do desencarnado, mantido em repouso depois de rápido mergulho na contemplação dos factos alusivos à existência finda.
Não somente as imagens.
Por vezes, nossos amigos presentes, fecundos nas conversações sem proveito. exumem, com tamanho calor, a lembrança de certos fatos, que trazem até aqui alguns dos protagonistas já desencarnados.”
A melhor postura durante o desencarne é a prece, o silêncio e assuntos que não comprometam o padrão vibratório do ambiente.
Após o Desencarne
- Após o desencarne o espírito também fica susceptível às vibrações dos familiares.
Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto de forma violenta, porque ainda está em período de adaptação.
Diferente do que muitos pensam, se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará obsessor dos seus entes queridos.
Nos casos de doença pode até acontecer de um dos encarnados começar a sentir as dores que o moribundo sofria.
Nesse caso ele se torna obsessor.
Retiramos o seguinte trecho do livro Voltei para exemplificar:
“… bastou que me entregasse à quietação para que certo fenómeno auditivo e visual me perturbasse as fibras mais íntimas.
Vi perfeitamente, qual se estivessem dentro de mim, as filhas queridas, então na Terra, e alguns poucos amigos, que deixara no mundo, dirigindo-me palavras de saudade e carinho.
– Pai querido! Diga-me se você ainda vive!
Desfaça minhas dúvidas, ensine-me o caminho, venha até mim!
Era a voz de uma delas a interpelar-me.
O amoroso chamamento ameaça-me o equilíbrio.
Minha razão periclitou por segundos.
Onde me encontrava?
Contemplava-a ao meu lado, queria beijar-lhe as mãos, expressando-lhe reconhecimento pela imensa ternura, mas debalde a buscava.
Ainda me não desembaraçara do inolvidável momento de estranheza, quando um médium de minhas relações apareceu igualmente no quadro.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 7:58 pm

– Meu amigo! Fale-nos, conforte-nos!.. – rogou comovidamente.
Ia gritar, suplicando socorro.
Todavia, o Irmão Andrade, mais prestativo e prudente que eu poderia supor, abeirou-se de mim e cientificou-me de que aquele era fenômeno da sintonia espiritual, comum a todos os recém-desencarnados que deixam laços de coração, na retaguarda…
… asseverou que, aos poucos, saberia controlar o fenômeno das solicitações terrestres, canalizando-lhes as possibilidades para trabalho de elevação.”

Conselhos Para quem Perdeu Recentemente Pessoas Próximas
- Como foi falado no item Após o Desencarne, o espírito que desencarna sofre inicialmente o impacto dos pensamentos e emoções dos encarnados que estavam ligados a ele.
Tanto os pensamentos de revolta e vingança quanto os de angústia e saudade chegam até ele.
Após algum tempo desencarnado ele aprende a lidar com essas vibrações.
O nosso conselho para quem perdeu alguém que ama é rezar por ele, pedindo ao Pai que o proteja e ampare onde ele estiver, PRONTO, SÓ ISSO e CHEGA!!
Aprendamos a acreditar REALMENTE na vida e eterna e na reencarnação, pois que nosso desequilíbrio traz sofrimento para aquele que amamos.
Dependendo do grau de evolução do espírito ele poderá voltar a visitar seus familiares na terra, assim que se restabelecer.

Formas de Desencarne
- Desencarne em Acidentes e Colectivo -
“… Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos assistentes se regista só depois da morte do corpo, as demais desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações liberatórias, em diversas etapas, como tenho observado nas oportunidades que me foram dadas para apreciar o fenómeno.”
A vida Além da Sepultura, pelo Médium Hercílio Mães, ditado por Atanagildo e Ramatís.
A grande maioria dos desencarnes por acidentes são resgates do espírito, não podemos englobar todos os desencarnes, mas podemos garantir que em sua maioria tinham uma “grande chance” de ocorrer com o espírito que desencarnou.
Na minha opinião, e isso eu não li em lugar algum, os desencarnes colectivos são resgates cármicos para o grupo de pessoas que participa de uma tragédia, elas não participaram necessariamente do mesmo erro, contudo, partilham da mesma dor e sofrimento para saldar suas dívidas com a Justiça Divina, que a ninguém prejudica.
Segue abaixo um trecho do livro Acção e Reacção, de Francisco Cândido Xavier.
” Sob a crista de serra alcantilada e selvagem, destroços de grande aeronave guardavam consigo as vítimas do acidente.
Adivinhava-se que o piloto, certamente enganado pelo traiçoeiro oceano de espessa bruma, não pudera evitar o choque com os picos graníticos que se salientavam na montanha, silenciosos e implacáveis, à maneira de medonhos torreões de fortaleza agressiva.
Em pleno quadro inquietante, um ancião desencarnado, de semblante nobre e digno, formulava requerimento comovedor, rogando à Mansão a remessa de equipe adestrada para a remoção de seis das catorze entidades desencarnadas no doloroso sinistro.
Cientes de que o generoso mentor poderia dispensar-nos mais tempo, aproveitamos o ensejo para versar a questão das provas coletivas.
Hilário abriu campo livre ao debate, perguntando, respeitoso, por que motivo era rogado o auxílio para a remoção de seis dos desencarnados, quando as vítimas eram catorze.
Druso, no entanto, replicou em tom sereno e firme:
– O socorro no avião sinistrado é distribuído indistintamente, contudo, não podemos esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que tombaram, a morte é diferente para cada um.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 7:59 pm

No momento serão retirados da carne tão-somente aqueles cuja vida interior lhes outorga a imediata liberação.
Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento rápido da armadura física, permanecerão ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes dizem respeito.
– Quantos dias? – clamou meu colega, incapaz de conter a emoção de que se via possuído.
– Depende do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea – respondeu-nos o mentor.
Alguns serão detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias…
Quem sabe?
Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma.
O género de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa morte.
Quanto mais chafurdamos o ser nas correntes de baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontrando combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado.
E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a exoneração da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei.
Assim é que “morte física” não é o mesmo que “emancipação espiritual”.
– Isso, no entanto – considerei -, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos.
– De modo algum – ajuntou o amigo generoso -, ninguém vive desamparado.
O amor infinito de Deus abrange o Universo.
Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber.
– Todavia – reparou Hilário -, não serão atraídos por criaturas desencarnadas, de inteligência perversa, já que não podem ser resguardados de imediato?
Druso estampou significativa expressão facial e ponderou:
– Sim, na hipótese de serem surdos ao bem, é possível se rendam às sugestões do mal, a fim de que, pelos tormentos do mal, se voltem para o bem.
No assunto, entretanto, é preciso considerar que a tentação é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora.
A junção de nossas almas com os poderes infernais verifica-se em relação com o inferno que já trazemos dentro de nós.
A explicação não poderia ser mais clara.”

Temos outro trecho que mostra do compromisso assumido pelos espíritos que seriam vítimas de acidentes:
” …suplicaram, ao revés, o retorno ao campo dos homens, no qual acabam de pagar o débito a que aludimos.
– Como? – indagou Hilário, intrigado.
– Já que podiam escolher o género de provação, em vista dos recursos morais amealhados no mundo íntimo – informou o orientador -, optaram por tarefas no campo da aeronáutica, a cuja evolução ofereceram as suas vidas.
Há dois meses regressaram às nossas linhas de ação, depois de haverem sofrido a mesma queda mortal que infligiram aos companheiros de luta no século XV.
– E o nosso caro instrutor visitou-os nos preparativos da reencarnação agora terminada? – inquiri com respeito.
– Sim, por várias vezes os avistei, antes da partida.
Associavam-se a grande comunidade de Espíritos amigos, em departamento específico de reencarnação, no qual centenas de entidades, com dívidas mais ou menos semelhantes às deles, também se preparavam para o retorno á carne, abraçando, assim, trabalho redentor em resgates colectivos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 7:59 pm

– E todos podiam seleccionar o género de luta em que saldariam as suas contas? – perguntei, ainda, com natural interesse.
– Nem todos – disse Druso, convicto.
Aqueles que possuíam grandes créditos morais, qual acontecia aos benfeitores a que me reporto, dispunham desse direito.
Assim é que a muitos vi, habilitando-se para sofrer a morte violenta, em favor do progresso da aeronáutica e da engenharia, da navegação marítima e dos transportes terrestres, da ciência médica e da indústria em geral, verificando, no entanto, que a maioria, por força dos débitos contraídos e consoante os ditames da própria consciência, não alcançava semelhante prerrogativa, cabendo-lhe aceitar sem discutir amargas provas, na infância, na mocidade ou na velhice, através de acidentes diversos, desde a mutilação primária até a morte, de modo a redimir-se de faltas graves.”

Desencarne por Doença
- Diferentemente do que muitos pensam, o desencarne por doença, em alguns casos, é uma bênção, que auxilia ao espírito repensar sua vida, perdoar e pedir para ser perdoado, ocorrendo até reconciliação entre desafetos.
Existem também espíritos que expurgam suas energias deletérias durante o período que fica hospitalizado, limpando seu organismo perispiritual das toxinas adquiridas pelo vício ou desregramento.
Impossibilitado de exercer seu vício ou desregramento, as energias deletérias que estavam aderidadas ao veículo etérico e astral são drenadas e se o espírito sabe aproveitar esses momentos finais para se reequilibrar, ele parte para o plano espiritual sem ter que expurgar as energias deletérias em zonas inferiores do Plano Astral.
Contudo, nada adianta se o paciente passa todo o tempo final da sua vida em estado de revolta e agonia, aliás, ele pode nesse caso piorar a sua situação.
Retiramos o trecho abaixo do livro Missionários da Luz, de Francisco Cândido Xavier:
” … Raramente os companheiros encarnados, quando em excelentes condições de saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição desesperadora ou dos moribundos prestes a partir.
Nós outros, porém, no quadro de realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias, depois de largos anos de atividades inúteis.
No leito da morte, as criaturas são mais humanas e mais dóceis.
Dir-se-ia que a moléstia intransigente enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a alma, abrindo-lhe, em torno, interstícios abençoados por onde penetra infinita luz.
E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo.
Então, é possível o grande entendimento.
Lições admiráveis felicitam a criatura que, palidamente embora, percebe a grandeza da herança divina.
Acentua-se-lhe o heroísmo e gravam-se-lhe no coração, para sempre, mensagens vivas de amor e sabedoria.
Na noite espessa da agonia começa a brilhar a aurora da vida eterna.
E aos seus clarões indistintos, nossos princípios são facilmente aceitos, a sensibilidade demonstra características sublimes e a luz imortal lança fontes de infinito poder nos recessos do espírito.”
O desencarne por doenças faz com que amigos e familiares partilhem do sofrimento do agonizante e estes por sua vez, “magnetizam” o ambiente do doente com energias que o “ajudam” a continuar vivo.
Esse tipo de apego atrapalha a equipe espiritual responsável pelo desenlace.
É por esse motivo que muitos instrutores espirituais insuflam energias no paciente para que ele tenha uma “falsa” melhora, atenuando o ambiente carregado e permitindo a muitos que fazem a vigília o descanso.
Vibremos pelo agonizante nas vibrações puras da fé no Criador, que ao buscar um filho querido não traz o sofrimento e sim a libertação.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 8:01 pm

Desencarne de Crianças
- No plano espiritual existem equipes especializadas no tratamento de crianças recém-desencarnadas.
Institutos são criados para que os pequeninos sejam amparados.
Após o desencarne várias coisas podem acontecer às crianças:
Caso seja um espírito evoluído ele pode rapidamente adquirir sua forma anterior, se assim desejar.
Alguns espíritos encarnam somente para unir uma família ou para queimar pequenos resquícios de Karma.
Espíritos medianos geralmente mantém a sua forma infantil, e conforme estudam e se aprimoram recebem algumas responsabilidades, como por exemplo monitorar outras crianças das instituições ou atuar junto as crianças encarnadas em instituições de socorro, auxiliar voluntários em orfanatos, etc.
Espíritos de crianças que desencarnaram cedo como resgate de acções de vidas anteriores PODEM não se recuperar totalmente do choque, sendo necessário realizarem tratamentos magnéticos e assim que tiverem uma melhora voltam ao plano físico, algumas vezes voltam na mesma família que deixaram, não sendo isso de forma alguma uma regra.

Visita das Mães aos Filhos Desencarnados
- As instituições, com o Lar de Bênçãos (citado no livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco Cândido Xavier), recebem visitas periódicas das mães que perderam os seus filhos.
Durante o sono físico elas são levadas por espíritos amigos até os filhos.
Esse tipo de contacto é importante para o filho e para a mãe.
Quando Desperta ela não lembre exactamente do que ocorreu, contudo, a lembrança do filho e a sensação de que ele está bem fica viva em sua memória.
É importe lembrar que nem todas as crianças desencarnadas podem ser visitadas e que nem todas as mães estão aptas a visitar o filho, cada caso é um caso.
Segue o trecho do livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco Cândido Xavier, que fala sobre o assunto abordado:
” É o Lar da Bênção — informou o instrutor, satisfeito.
Nesta hora, muitas irmãs da Terra chegam em visita a filhinhos desencarnados.
Temos aqui importante colónia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal.”

Após o Desencarne
- Deixo esse tópico para a brilhante explicação encontrada no livro Entre a Terra e o Céu.
“… e, nos últimos tempos, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto…
Em muitas situações, é o que acontece —esclareceu Blandina, afectuosa — ; quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura.
Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era costumeira Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnam, o caminho não é o mesmo.
Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do auto-governo. Jazem conduzidas pela Natureza, à maneira das Criancinhas no colo maternal.
Não sabem desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas e, por isso, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento.
É por esse motivo que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do veículo físico, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restauração.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 8:01 pm

E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio aperfeiçoamento moral.”
No livro Voltei também temos informação sobre um lar para crianças desencarnadas e também sobre recém-nascidos:
“Marta explicou-me que a instituição asila irmãozinhos desencarnados, entre sete e doze anos de idade, e, porque eu indagasse pelas crianças tenras, esclareceu Andrade que, para essas, quando se não trata de entidades excepcionalmente evoluídas, inacessíveis ao choque biológico da reencarnação, há lugares adequados, onde o tempo e o repouso lhes favorecem o despertar, a fim de que lhes não sobrevenham abalos nocivos.
Informou-me a filha de que as criancinhas não obstante viverem ali, em comunidade, dividem-se, no esforço educativo, por turmas afins.
Caracterizam-se os grupos por variados graus de elevação espiritual e as classes se subdividem pelas aptidões e tendências, examinados os precedentes de cada uma.
Quando perguntei se na vida espiritual pode a criança desenvolver-se e optar pelo mau caminho, replicou Andrade que isso é perfeitamente cabível, considerando-se que, com o desenvolvimento na nova esfera, a alma recapitula as emoções do passado, com apelos íntimos de variadas espécies, acrescentando, todavia, que, de modo geral, as crianças estacionadas nos parques de reajustamento sempre se encaminham à reencarnação.
Se o Espírito de ordem sublimada se desenfaixa dos laços da carne, quite com a lei que nos governa o destino, em período infantil, readquire, de pronto, as mais altas expressões da própria individualidade e ergue-se a mais elevados planos.

O Sofrimento dos Pais
- Acredito que poucas coisas machuquem tanto o coração quanto perder um filho.
Por isso é muito difícil que palavras curem as feridas deixadas pelos pequenos que se foram.
Buscamos aqui somente mostrar o que acontece com eles após o desenlace, para lembrar que eles não se foram para sempre e que nunca estarão desamparados por nosso Pai, que é só amor e bondade.
Do trecho abaixo, retirado do livro Acção e Reacção é falado sobre o sofrimento dos pais relativo a filhos que desencarnam.

CEMITÉRIO - Vamos traçar o ambiente de um cemitério.
Os cemitérios, onde geralmente os corpos são velados e posteriormente enterrados são centros acumuladores de energias de sofrimento, angústia, revolta e etc.
Dentre os vários tipos de espíritos que podemos encontrar em um cemitério podemos citar:
– Espíritos que estão algemados ao corpo, sofrendo pela própria decomposição.
– Espíritos que não são bons nem maus, podem estar acompanhando um enterro.
– Falanges de espíritos trevosos que espreitam os cemitérios atrás de recém-desencarnados que não possuem o merecimento da protecção.
Eles se aproveitam de todas as maneiras possíveis dos que ficam ao léo.
– Equipes espirituais de auxílio.
Elas ficam sempre em vigília para ajudar aqueles que se tornam mais receptivos.
É importante se envolver em energias positivas quando for ao cemitério, sempre orando ao entrar e ao retornar.
Para os médiuns a atenção deve ser redobrada.
Não se deve brincar em um enterro, falar mal da pessoa que morreu e etc, pois do outro lado estão espíritos que podem se afinizar ou se revoltar com o que você está falando e as consequências podem ser graves se o espírito resolver lhe acompanhar ou se vingar.
“E os pais? – inquiriu meu colega, alarmado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 03, 2020 8:02 pm

Em que situação surpreenderemos os pais dos que devem ser imolados ao progresso ou à justiça, na regeneração de si mesmos? a dor deles não será devidamente considerada pelos poderes que nos controlam a vida?
– Como não? – respondeu o orientador – as entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família.
A dor coletiva é o remédio que nos corrige as falhas mútuas.”

Locais para onde são levados os desencarnados
- Cada espírito que desencarna é levado para um lugar diferente, que está em sintonia com o seu grau de evolução e com a sua conduta durante a vida.
Para os espíritos medianos o processo é de encaminhamento aos Postos de Socorro e depois eles são levados para o ambiente que se vinculam por afinidades familiares ou de trabalho.
Para os que tiveram uma vida desregrada, prejudicando outras pessoas e a si próprio, é necessário um período mais ou menos curto em zonas inferiores do Astral, que Ramatís chama de Charcos Pestilenciais.
Nesses ambientes, habitados por espíritos que se entregaram as energias animais, o tempo se responsabiliza por trazer à tona os erros cometidos, fazendo-o reflectir, revoltando-se ou se culpando ele vai aos poucos drenando as energias e se preparando para habitar esferas de vibração superior ou reencarnar.
Retiramos o trecho abaixo do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, onde o nosso querido amigo espiritual fala de forma clara e objectiva sobre o Astral Inferior, seus objectivos e sua necessidade, com vista a recuperação do espírito.
“As vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente às necessidades de reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado espiritual que demonstram.
Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os Órgãos de repressão e de cura, porquanto as consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas, na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda.
É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar, pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração.
O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações do Globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital.”.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty AFINAL... PODEMOS ESCOLHER (LIVRE ARBÍTRIO) OU ACEITAR (COMPULSÓRIA) REENCARNAR EM CORPO DE HOMEM OU DE MULHER?"

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 04, 2020 7:48 pm

O Espírito que animou o corpo de um Homem pode animar o de uma Mulher, numa nova existência, e vice-versa?
Questão 201. Resposta: “Sim, pouco importa ao Espírito; depende das Provas que ele tiver de sofrer.”
Os Espíritos não encontram nenhuma dificuldade para Reencarnar, ora em corpo de Homem ora em corpo de Mulher, em obediência ao fenómeno natural do "Processo Reencarnatório.
Não há obstáculo nenhum para o Espírito tomar o corpo de Homem ou corpo de Mulher.
É a Lei natural que se cumpre para todos os espíritos no universo.
Assim determina a Lei magnânima de Deus, que orienta todos os Espíritos em todas as épocas da humanidade, a fim de exercitar e assimilar tudo que as sagradas funções dos Dois Sexos oferecem no campo do Desenvolvimento e aprimoramento das potencialidades do Espírito.
Há necessidade de todo o Espírito aprender tanto as funções da Masculinidade e da Feminilidade, o que provocará mudanças consideráveis e permanentes na sua organização mental, ocorrendo fenómenos os mais estranhos e complexos na personalidade do Espírito no percurso dos séculos.
Reencarnar torna-se fácil, graças à ajuda amorosa, à protecção segura e à coordenação sábia dos Benfeitores Espirituais.
Após a retomada de novos corpos a experiência na vida humana correrá por conta do Livre Arbítrio de cada Espírito.
Cada um receberá uma existência de Lutas e Provações, dificuldades e facilidades, tudo condicionado às suas acções em vidas anteriores, no uso de seu próprio Livre Arbítrio.
A pergunta que nós, estudiosos do Espiritismo, devemos fazer será esta:
como está a condição íntima do Espírito Reencarnado:
sua vida mental? Os sentimentos? Desejos? Emoções?
Instinto sexual? Paixões? Frustrações?
Timidez? Remorsos? Consciência culpada?
Os erros de amor sexual?
Os adultérios praticados em vidas passadas?
Os reflexos psíquicos de vidas passadas estão bem fortes e poderosos no inconsciente de cada espírito.

Reencarnar em corpo de homem é muito natural.
Difícil mesmo será ser homem em espírito com suficientes características psíquicas masculinas guardadas na estrutura mental:
ser marido fiel, ser parceiro sexual sincero, ser companheiro ideal, ser pai responsável e educador, ser irmão, ser amoroso, ser gentil, ser respeitoso com as qualidades e defeitos morais da companheira, ser amigo, ser humano, ser bom gerente da família.

Reencarnar em corpo de mulher é muito natural.
Difícil mesmo será ser mulher em espírito com bastantes características psíquicas femininas guardadas na estrutura mental: ser esposa fiel, ser parceira sexual sincera, ser companheira ideal, ser mãe responsável e educadora, ser irmã, ser amorosa, ser delicada, ser respeitosa com as qualidades e defeitos do marido, ser amiga, ser humana, ser boa gerente da casa e da família.

Observemos com a razão iluminada pela fé raciocinada que as qualidades no homem e na mulher não são oferecidas pelo corpo físico (ele somente determina as funções especificas para atuação do espírito).
Na verdade, são manifestações psico-sexuais provenientes da mente do espírito reencarnado que assume corpo de homem ou de mulher.
O sexo é muito mais mental, muito mais psicológico, em cada pessoa, pois é o próprio espírito que expõe seus recursos psíquicos adquiridos nas lutas e trabalhos através das sucessivas reencarnações nos séculos e milénios…..
O novo corpo adquirido pelo Espírito ao Reencarnar não acrescentará nada de novo em sua vida mental: somente sinaliza a especificidade de seus trabalhos no mundo, na união conjugal, na família e na sociedade.
Os recursos psíquicos da mente em cada espírito é que determinarão como será usado o seu livre arbítrio, o seu instinto sexual, o seu desejo sexual, o seu amor sexual, a sua conduta afetivo-sexual…..
O corpo físico de homem e de mulher é simplesmente o maravilhoso e extraordinário instrumento para o espírito realizar suas actividades na vida corpórea.
A actuação na vida corpórea dependerá exclusivamente dos recursos de seu mundo mental para “ser homem” e “ ser mulher”.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty ATITUDES PARA “VERDADEIROS MÉDIUNS” CONQUISTAREM SEGURANÇA NAS PASSIVIDADES AOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS.

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 05, 2020 8:31 pm

EQUILÍBRIO - Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior;
CONDUTA - Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados;
CONCENTRAÇÃO - Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador, registá-la com fidelidade;
ORAÇÃO - Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os instrutores da Vida Melhor;
DISPOSIÇÃO - Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio mediúnico;
HUMILDADE - Escasseando o auto-conhecimento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação da mensagem espiritual, porquanto, nos temperamentos rebeldes e irascíveis, a supremacia da vontade do próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres desencarnadas;
AMOR - Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz.

Em “Diversidades de Carismas”, Hermínio C. Miranda nos relata que existem Centros Espíritas que impõem um rígido padrão de comportamento mediúnico, e muitas vezes, “regras” inibidoras: o médium tem que ficar imóvel, olhos fechados, mãos juntas e abandonadas sobre a mesa, manter o tom de voz sereno (sem elevações), nenhuma forma de movimentação do corpo, dos membros e da cabeça.
Hermínio C. Miranda acha que deve haver certa naturalidade e espontaneidade nas manifestações, afinal, o médium não é nenhum robô, que filtra sentimentos e emoções da Entidade comunicante.
E nos relata ainda: “... permitindo que o Espírito manifestante pudesse expressar-se convenientemente, dizer enfim ao que veio e expor sua situação a fim de que pudesse ser atendido ou, pelo menos, compreendido nos seus propósitos.
Se ele vinha indignado por alguma razão - e isto é quase que a norma em trabalhos dessa natureza - como obrigá-lo a falar serenamente, com voz educada, em tom frio e controlada?
Somos nós, encarnados, capazes de tal proeza?
Não elevamos a voz e mudamos o tom nos momentos de irritação e impaciência?
Como exigir procedimento diferente do manifestante e do médium?
Afinal de contas, se a manifestação ficar contida na rigidez de tais parâmetros, acaba inibida e se torna inexpressiva, quando não inautêntica, de tão deformada.
Em tais situações, é como se o médium ficasse na posição de mero assistente de uma cena de exaltação e a descrevesse friamente, em voz monótona e emocionalmente distante dos problemas que lhe são trazidos.
É preciso considerar, no entanto, que ali está uma pessoa angustiada por pressões íntimas das mais graves e aflitivas, muitas vezes em real estado de desespero, que vem em busca de socorro para seus problemas, ainda que não o admita conscientemente.
Não é uma vaga e despersonalizada Entidade, uma abstração, mas um Espírito que se manifesta.
É um ser humano vivo, sofrido, desarvorado, que está precisando falar com alguém que o ouça, que sinta seu problema pessoal, que o ajude a sair da crise, por alguns momentos, o abrigo de um coração fraterno.
O médium frio e com todos os freios aplicados à manifestação não consegue transmitir a angústia que vai naquela alma.
É um bloco de gelo através do qual não circulam as emoções do manifestante, a pungência de seu apelo, a ânsia que ele experimenta em busca de amor e compreensão.
Nenhum problema é maior, naquele instante, para o manifestante do que o seu, nenhuma dor mais aguda do que a sua.
A manifestação deve realmente ser disciplinada, sem grandes ruídos, sem palavras descontroladas e de baixo calão, mas deve, além de tudo, ser feita com naturalidade e espontaneidade, dando oportunidade para a Entidade manifestar o seu lado psicológico e emocional.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Vencendo as drogas

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 06, 2020 8:09 pm

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

Os deletérios efeitos da Covid-19 não se circunscreveram apenas ao elevado número de óbitos e à depressão económica, infelizmente.
Eles também têm servido de estímulo ao aumento da drogadição.
Como destacou um recente artigo da revista Veja, a imposição do isolamento social, o receio de contrair o vírus, a substancial queda de renda ou desemprego e a perspectiva de um futuro incerto são factores que têm causado insopitável angústia e desespero em muitas pessoas ao redor do mundo.
O pessimismo chega ao ponto de muitos acreditarem que a vida não será mais como antes, esquecendo-se, talvez, que mudanças são parte da vida.
Seja como for, o facto é que estamos vivendo em meio a uma procela, que certamente deixará sequelas em todos nós.
É quase certo que mudanças estruturais provavelmente advirão dessa dura experiência, e, assim sendo, teremos de nos readaptar a uma outra realidade.
Esse é o desafio colocado diante de nós, e que exigirá muita paciência e força interior de cada um.
Talvez, mais do que nunca, precisaremos buscar os recursos da fé, da esperança e Deus para nos guiar.
Aliás, o momento presente – independentemente do estrago económico-financeiro ou emocional que tem produzido em nossas vidas – também tem possibilitado a oportunidade de construirmos a fé dentro de nós, em caso de ainda não a possuirmos.
Por essa razão, poderemos sair muito mais fortes espiritualmente dessa passageira tempestade que ora nos atinge, a depender da maneira como reagirmos.
No entanto, apelar para o alcoolismo ou a drogadição só tornam as coisas muito piores do que já são.
Seguir esse caminho errático significa malbaratar sagradas bênçãos concedidas pelo mais alto com vistas ao avanço do Espírito encarnado.
Infelizmente, considerável parte da humanidade usa essas destrutivas bengalas em flagrante prejuízo aos compromissos assumidos junto à espiritualidade maior.
Analisando essa problemática, o Espírito Joanna de Ângelis observou, no livro Conflitos Existenciais (psicografia de Divaldo Pereira Franco), que “A drogadição constitui, na atualidade, um dos mais graves problemas de saúde mental e orgânica...”
Trata-se, como sabemos, de verdadeira pandemia que vergasta o planeta, atingindo especialmente os incautos.
O quadro funesto é exacerbado pela insegurança advinda da pandemia.
Em consequência disso, os indivíduos têm se atirado insanamente às drogas e ao álcool como se tais fugas pudessem resolver as dificuldades presentes.
Como corretamente afirma a respeitável mentora espiritual, “Os conflitos internos que aturdem o jovem ou o adulto, que sente insegurança na realização de alguns cometimentos, respondem pela procura de determinadas drogas estimulantes que lhes proporcionam segurança na primeira fase da intoxicação...”
Não poucos, como também reconhece a benfeitora, já trazem de encarnações pregressas o hábito ou inclinação à dependência de drogas.
De modo geral, a crise atual, as ínsitas fraquezas do indivíduo e a acção dos obsessores acabam, por fim, levando-o à derrocada.
Para Joanna de Ângelis, a toxicomania é “uma válvula para escapar-se à ansiedade, ao stress, às pressões vigentes, lamentavelmente conduzindo para a loucura, a destruição e a morte...”
Posto isto, é indispensável a auto-determinação do dipsômano em se ajudar, em buscar a recuperação, voltando, assim, a exercer o comando da própria existência, aceitando as vicissitudes e reveses - sejam eles quais forem - como obstáculos naturais do trajecto ascensional.
Nesse sentido, Joanna de Ângelis recomenda as leituras edificantes, os exercícios físicos, o cultivo do pensamento positivo centrado na auto-cura e a benfazeja oração para que os resultados positivos ocorram.
Por fim, cabe lembrar que não nascemos para nos auto-destruir, mas para efectuar realizações sublimadas pela vontade de Deus.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Aborto é pecado contra a lei da procriação

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 07, 2020 8:47 pm

por José Reis Chaves

Quando a lei aceita o aborto, não quer dizer que a lei moral religiosa, também, o aceite, pois, às vezes, o que é legal, nem sempre é moral.
E nesses casos de necessidade de um aborto, confiemos mais no parecer de um médico espiritualista, que é médico duas vezes, pois leva em conta também a alma!
Do ponto de vista moral, legal e jurídico da menina capixaba de 10 anos, seu tio está totalmente errado e deve, pois, ser julgado pela lei.
O aborto não natural, geralmente, causa problemas de consciência moral, espiritual, religiosa e psíquica para os envolvidos com ele, principalmente, para a mãe do feto.
No caso da menina capixaba, as consequências para ela são menos graves, pois ela não tem responsabilidade no caso.
Não queremos aqui criticar o hospital e ninguém dos responsáveis pelo aborto acontecido.
Só estranhamos a rapidez com que agiram os responsáveis por ele.
Não seria melhor esperar um pouco e, no momento certo, fazer uma cesariana e confiar o recém-nascido ao Juizado de Menores para adoção?
Certamente, se agissem assim, o hospital e o médico que estavam cuidando do caso seriam aplaudidos pelos manifestantes nas proximidades do hospital.
Mas, quando se esperava uma notícia semelhante à da opção que sugerimos acima, veio a decepcionante de que o aborto já tinha sido realizado, o que, indubitavelmente, chocou e escandalizou grande parte da população brasileira religiosa, principalmente católica, espírita e de grande parte dos protestantes e evangélicos.
Com os nossos ancestrais, pelo seu atraso evolucional em geral, grande parte de seus relacionamentos sexuais era violenta.
Lamentavelmente, pois, nossa existência se deve a essa violência dos nossos ancestrais.
Mas, se houvesse abortos por isso, muitos de nós, de nossos filhos, netos e bisnetos não existiríamos como Espíritos reencarnados.
E a população mundial seria muito menor, o que dá o que pensar!
Com poucas excepções, deve-se fazer de tudo para que não haja abortos, pois eles são, na verdade, um assassinato de um novo ser humano que, de acordo com a lei divina da procriação, tem que ficar como que “hibernando” por um tempo no ventre materno, antes de nascer.
E que diferença faz estar o novo ser humano fora do ventre materno ou ainda dentro dele?
Realmente, desde o instante em que houve a fecundação, já existe de facto uma tenra criatura humana, pois seus pais são pessoas.
E o aborto, pois, além de ser uma fria execução de um ser humano totalmente inocente e indefeso, é também uma grave interrupção de um processo da lei divina da procriação humana.
Moralmente falando, ele só deve ocorrer por um motivo muito sério como, por exemplo, quando há risco de morte da mãe.
Fora disso, ele é, realmente, um grave pecado de assassinato.
Ou, por acaso, o feto no ventre materno é de um ser de outra espécie não humana?

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty As potências da alma: meios disponíveis para impulsionar a evolução

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 08, 2020 7:33 pm

por Juan Carlos Orozco

Esta reflexão apoia-se no livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de Léon Denis, em que as potências da alma, a poderosa rede de forças e energias ocultas em nós, são identificadas pela vontade, pela consciência, pelos pensamentos, pelo livre-arbítrio, pelo amor e pela dor.
Como seres espirituais e inteligentes criados por Deus, trazemos no íntimo da alma os germens de faculdades poderosas e variadas, ou seja, os elementos necessários para impulsionar a nossa evolução espiritual a caminho da perfeição relativa à Humanidade.
Do amor de Deus, poderemos ser amorosos; da bondade divina, poderemos ser bondosos; da misericórdia divina, poderemos ser misericordiosos; da justiça divina, poderemos ser justos; da inteligência divina, poderemos ser criativos; e assim por diante.
Nascemos espiritualmente simples e ignorantes, mas o nosso destino é a evolução rumo à perfeição relativa para a humanidade, cujo modelo e guia é Jesus: o caminho, a verdade e a vida em direcção ao Pai.
A vontade é a força interior que impulsiona o ser a realizar algo, a atingir seus fins ou desejos, colocando em movimento as potências internas, orientando-as para um ideal elevado, pois querer é poder.
A persistência e a tenacidade na vontade permitem modificar a nossa natureza, vencer os obstáculos e dominar a matéria, a doença e a morte.
É pela vontade que dirigimos os nossos pensamentos para o alvo determinado.
É preciso saber se concentrar, colocar o pensamento em sintonia com o divino.
A consciência é o sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar e compreender aspectos de seu mundo interior.
É a percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado, em atos e motivos individuais.
A inteligência se desenvolve à medida que o Espírito conhece a si mesmo auto-descobrindo e tem consciência de seus actos, dominando as potencialidades da alma e do corpo.
Temos a consciência percebida pelos sentidos corpóreos e a decorrente dos sentidos espirituais, enxergando o imperceptível fisicamente.
A consciência física é o centro da personalidade, que se completa pela consciência espiritual, controlando as vontades; os desejos; as esperanças; os temores; os pensamentos; o livre-arbítrio; o amor e a dor.
Muitas pessoas têm o sentido espiritual, que as torna capaz de perceber os fatos e as verdades de ordem transcendental.
Contudo, estas desconhecem a possibilidade de comunicar-se com os seus amigos do espaço por meio da mediunidade.
O livre-arbítrio é a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.
É a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões.
O livre-arbítrio desenvolve-se à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo.
Nas primeiras fases da vida, a liberdade do Espírito é quase nula.
Liberdade e responsabilidade são correlatas, aumentando com a elevação do ser, reflectindo a expansão da personalidade e da consciência.
Estas capacidades somente podem ser obtidas com educação e preparação prolongada das faculdades humanas.
O pensamento é criador e quem pensa é a alma.
O pensamento projeta-se sem cessar no tempo e no espaço.
Todo produto do Espírito reverte para o autor com as suas consequências, podendo acarretar sofrimento ou elevação do ser.
Pode-se percorrer caminho de atmosfera brilhante ou turva, povoada pelas criações de seu pensamento.
O pensamento é portador de carga energética que o qualifica positiva e negativamente, interferindo nos relacionamentos humanos conforme as faixas vibratórias que se expandem.
O pensamento de natureza doentia, pessimista e rancorosa tanto prejudica quem o cultiva quanto produz ressonância perniciosa na pessoa contra a qual é dirigido.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 08, 2020 7:34 pm

O pensamento não actua somente em torno de nós, influenciando os nossos semelhantes para o bem ou para o mal; actua principalmente em nós, pois gera as nossas palavras e acções e, com ele, construímos o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura.
O amor reveste-se de formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes.
O amor divino proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em volta de si.
É por ele que a alma se sente estreitamente ligada ao Poder divino, foco ardente de toda a vida e todo o amor.
O amor é força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e quem recebe.
É por amor que Deus atua no mundo.
A alma adquirirá a plenitude de seu desenvolvimento quando for capaz de compreender a vida celeste, que é toda amor, e dela participa.
O amor divino deve se expandir para os outros, o amor que multiplica, expande, liberta e faz evoluir.
A dor é lei de equilíbrio e educação, pois ela adverte, faz reflectir, aprender, ensinar e permite evoluir.
Todos os seres passam pela dor, porquanto os erros do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições do nosso destino.
O sofrimento é a repercussão das violações cometidas de ordem eterna.
A acção da dor é um bem para quem sabe compreender, mas somente podem compreender aqueles que sentiram os seus poderosos efeitos.
Quanto mais a alma se eleva, cresce e se faz bela, tanto mais a dor se espiritualiza e se torna subtil.
Quanto mais o ser humano se aperfeiçoa, tanto mais admiráveis se tornam nele os frutos da dor.
Por trás da dor, há alguém invisível que lhe dirige a acção e a regula segundo as necessidades de cada um.
A dor é apenas meio de que usa o Poder Infinito para chamar cada um a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.
Assim, trazemos os germens da divindade, como seres espirituais e inteligentes, obras do Criador.
É na vida íntima, no desabrochar de nossas potências, faculdades e virtudes, que está o manancial para alavancar a nossa evolução.

Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 32ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 32 Empty A verdade nos libertará, certeza de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 09, 2020 8:07 pm

por Leda Maria Flaborea

“O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam em não me entregarem aos judeus.
Mas agora meu reino não é daqui.” – Jesus (João, 18:36.)
Estas foram as palavras de Jesus a Pôncio Pilatos quando este perguntou ao Mestre se Ele era rei.
Jesus fala nesta passagem do reino de Deus e, a fim de entendermos a essência desse ensinamento, procuremos compreender o que essa expressão significa.
Tomemos a expressão reino de Deus como sinónimo de felicidade plena (conceito espiritual) e felicidade como sendo igual à ausência de problemas (conceito humano).
Todos nós imaginamos que uma vida feliz é uma vida sem dificuldades, sem sustos ou medos.
Enfim, uma vida sem preocupação.
E isso é tão verdadeiro que costumamos dizer que nossa vida, quando não existem tropeços, é um céu ou um mar de rosas.
Por causa desse conceito de felicidade, muitos trabalhadores da seara de Jesus, enganados por ilusões transitórias, afastam-se da vida do mundo passando a viver uma existência contemplativa, esquecendo-se de que Jesus fez essa afirmação, mas não se afastou do planeta.
Levou até o final a sua missão.
Isto nos faz perceber, claramente, que a vida terrena é de facto cercada de dificuldades e só terá sentido vivê-la se nos conscientizarmos disso.
Então, a vida planetária e dificuldades caminham juntas.
Se assim não fosse, Jesus teria afastado de si todos os obstáculos para que Ele mesmo não sofresse o que sofreu.
Existem ainda outros companheiros que acreditam ser a vida na Terra um mar de sofrimentos, e que só serão felizes quando passarem a viver no mundo espiritual.
Costumam dizer:
“Aí, sim, vou descansar”.
Entretanto, aprendemos através de leituras, palestras e cursos, enfim, das mais variadas formas de comunicação, que a vida espiritual não é um campo florido onde permanecemos na ociosidade, no gozo das benesses divinas, simplesmente pelo facto de não estarmos mais no corpo físico.
Muito pelo contrário, já temos conhecimentos suficientes para saber que seremos lá o que formamos aqui e que as benesses divinas virão de acordo com nossas reais necessidades.
Parece-nos, então, que o nosso conceito de felicidade está errado ou pelo menos não estamos entendendo o significado das afirmações de Jesus.
Vamos agora prestar atenção à segunda parte da frase: “mas agora meu reino não é daqui”.
Podemos perceber que em momento algum Jesus disse que Seu reino não seria na Terra.
Ele afirma que naquele momento pelo qual o planeta passava, seu reino não estava estabelecido.
Entretanto, a confiança dele de que em algum momento isso efectivamente aconteceria, não deixa margem de dúvida ao usar a palavra “agora”.
Ele confia nessa mudança através da transformação do homem, e tanto isso é verdadeiro que permanece nos amparando, curando nossas feridas morais, lembrando-nos de que os problemas humanos no planeta são transitórios, apesar das enormes dificuldades que atravessamos.
Isto nos faz entender que a presença do reino de Deus em nossa vida está ligada à proposta de mudança do nosso ponto de vista em relação à verdadeira realidade, e não a que supostamente imaginamos que seja ela.
E como poderemos realizá-la?
Podemos, primeiramente, estabelecer o que realmente necessitamos e não o que imaginamos necessitar para sermos felizes.
Depois, com base nisso, determinar o que é possível fazer para que essa conquista aconteça: nossos limites e não nossas ilusões deverão nortear essas acções.
É necessário não nos esquecermos de que tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém e que é importante conhecermos tudo, mas retermos apenas o bem, conforme nos lembra o apóstolo Paulo de Tarso.
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