LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 41 Empty A metáfora da laje

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 20, 2021 7:57 pm

por Ricardo Baesso de Oliveira

A obra mediúnica de Chico Xavier trabalha incansavelmente o pensamento de que o espírita é alguém que assumiu, previamente a essa experiência corpórea, compromissos de tarefa no bem, por via da seara espírita.
André Luiz se reporta a vastas e complexas escolas domiciliadas nas esferas espirituais mais próximas do planeta destinadas a preparação de colaboradores para as tarefas espíritas.
Comenta que longas fileiras de médiuns e doutrinadores para o mundo carnal partem daqui, com as necessárias instruções, porque os benfeitores da Espiritualidade Superior, para intensificarem a redenção humana, precisam de renúncia e de altruísmo.[ i]
Emmanuel, na mesma linha, exorta-nos:
Se te encontras, quanto nós, entre aqueles que tanto recebem da Nova Revelação, perguntemos a nós mesmos o que lhe damos em serviço e apoio, cooperação e amor, porque sendo o Espiritismo crédito e prestigio de Cristo entregues às nossas consciências endividadas, é natural que a conta e o rendimento que se relacionem com ele seja responsabilidade em nossas mãos.[ii]
Recentemente, tem-se ouvido de simpatizantes da Doutrina espírita que tal pensamento é por demais exclusivista, retratando uma espécie de ufanismo espírita, pois o que importa é fazer o bem, independentemente se no ambiente espírita ou em qualquer outro espaço vital.
Indiscutivelmente, ser bom, útil, justo e generoso é uma proposta transcendental de vida, e tem seus méritos próprios; assim, jamais deve ser limitada a este ou aquele setor específico.
No entanto, o que os benfeitores espirituais têm mostrado é que um serviço anteriormente aceite faz parte de um programa extenso e complexo do qual não fazemos a mínima ideia.
A questão que importa no caso ora examinado, portanto, não é a acção no bem em si mesma, mas a especificidade que lhe caracteriza.
Para ilustrar, consideremos a seguinte metáfora.
Armando está construindo, na cidade de Astolfo Dutra uma nova casa e pede a Arthur, amigo querido, colaboração no enchimento da laje.
Combinam para a manhã do domingo seguinte.
Na data aprazada, Arthur levanta-se cedo e parte em direcção à futura morada do amigo, conforme combinado.
Todavia, em rua anterior, observa que um outro amigo, o Luciano, está igualmente envolvido em morada nova e prepara para também preencher a laje da residência.
Atendendo ao convite de Luciano, Arthur fica por lá mesmo, auxiliando alegremente o amigo.
Diante do acontecido Armando fica impossibilitado de seguir sozinho na tarefa programada, transferindo-a para outro dia.
A questão que se coloca é esta:
Arthur ajudou um amigo, fez o bem, mas faltou com um compromisso previamente assumido, obrigando a uma revisão das tarefas, com os inconvenientes ligados ao facto.

Concluindo: viver é cumprir uma missão, preservando a fidelidade ao núcleo mais íntimo da nossa personalidade, e, consequentemente, aos avalistas de nossa reencarnação que, da dimensão espiritual, acreditaram em nós e investem incansavelmente em nossas realizações.

[ i] Os Mensageiros, cap. 3.
[ii] Opinião espírita, cap. 6.

§.§.§- Ave sem Ninho[/i]
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